Curso Provas de Psicologia 13

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Provas  de  Psicologia  Resolvidas  Professor:  Alyson  Barros              

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08  Fall  

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Questões  

Questões   do   “Curso   de   Questões   Comentadas   de   Psicologia”.   São   questões  inéditas  e  apenas  sobre  PSICOPATOLOGIA.  Elas  estarão  no  curso  que  será  reeditado  em  junho  desse  ano.    

São   questões   simples   e   rápidas   e   o   candidato   deve   marcar   Certo   ou   Errado.  Temos  questões  interpretativas  e  questões  decorebas  clássicas.  

Vamos  começar!    Acerca  das  bases  teóricas  da  Psicopatologia,  julgue  os  itens  a  seguir.  1. Psicopatologia  pode   ser  definida   como  o  estudo  descritivo  dos   fenômenos  psíquicos  de  cunho  anormal,  exatamente  como  se  apresentam  à  experiência  imediata.    2. Os  principais  métodos  de   identificação  de  psicopatologias  estão   centrados  na  observação  do  comportamento  e  no  relato  do  paciente  ou  de  terceiros.  3. O  modelo  descritivo  de  psicopatologia  busca  explicar  origem  das  condições  psicopatológicas.  4. As   classificações   voltadas   às   explicações   são   denominadas   etiológicas,  enquanto  que  as  voltadas  à  descrição  são  chamadas  de  nosográficas.    5. Os   manuais   de   diagnóstico   de   transtornos   mentais   apresentam  classificações  nosográficas  e  descritivas  da  psicopatologia  humana.  6. O   modelo   dinâmico   de   psicopatologia   apresenta   uma   abordagem  complementar   ao  modelo   descritivo   na  medida   em   que   oferece   um   viés   subjetivo   do  doente  e  da  sua  doença.  7. A   compreensão   do   modelo   psicopatológico   psicodinâmico   pressupõe   a  estruturação   da   mente   humana   através   de   pensamentos   automáticos   e   de   crenças  irracionais.  8. Na  psicopatologia  dimensional,   a   preocupação  básica   é   a   compreensão  do  paciente   a   partir   das   diferenças   que   seu   transtorno   apresenta   em   relação   a   outros  transtornos.  9. Jaspers  é  um  dos  expoentes  da  corrente  descritiva  em  psicopatologia.  10. O  modelo  biológico  de  psicopatologia  não  considera  a  perspectiva  social  na  constituição  das  psicopatologias.    Sobre  as  classificações  de  sinais  e  sintomas  em  psicopatologia,  julgue  os  seguintes  itens.  11. Os   sintomas   de   ansiedade   presentes   na   fobia   e   no   transtorno   obsessivo  compulsivo  são  de  origem  egossintônica.  

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12. A  desrealização  é  um  distúrbio  afetivo  no  qual  sentimentos  de   irrealidade,  assim   como   uma   perda   da   convicção   da   própria   identidade   e   de   um   senso   de  identificação  e  controle  do  próprio  corpo,  constituem  os  principais  sintomas.  13. O   transtorno   obsessivo-­‐compulsivo   caracteriza-­‐se   pela   intromissão  indesejável   de   um   pensamento   no   campo   da   consciência   de   maneira   insistente   e  repetitiva,   reconhecido  pelo   indivíduo   como  um   fenômeno   incômodo   e   absurdo.  Além  disso,  temos  a  presença,  necessária,  de  rituais  que  visem  reduzir  a  ansiedade.    14. Na   fobia  específica,  a  ansiedade  significativa  é  provocada  pela  exposição  a  um  objeto,  enquanto  que  na  fobia  social  a  ansiedade  é  provocada  pela  exposição  a  certos  tipos   de   situações   sociais   ou   de   desempenho.   Em   ambos   os   casos   pode   haver  comportamento  de  esquiva.  15. A   diferença   básica   entre   o   Transtorno   de   Estresse   Pós-­‐Traumático   e   o  Transtorno  de  Estresse  Agudo  é  o  tempo  de  início  de  sua  ocorrência.  16. O   Transtorno   de   Ansiedade   Generalizada   se   diferencia   do   Transtorno   de  Ansiedade   Social   em   função   do   foco   de   atuação   da   ansiedade.   Enquanto   que   no  Transtorno   de   Ansiedade   Generalizada   o   eliciador   da   ansiedade   é   orientado   para   as  atividades  de  convívio  social,  no  Transtorno  de  Ansiedade  Social,  é  o  contato  social  em  si.  17. Os   transtornos  de  personalidade   antissocial   e   o   obsessivo   compulsivo   são  caracterizados  pela  egossintonia.  18. Na   moderna   concepção   de   psicopatologia   encontra-­‐se   o   conceito   de  transtorno  mental.    Acerca  dos  critérios  de  diagnóstico  em  psicopatologia,  julgue  o  item  a  seguir.  19. A   técnica   de   Rorschach   é   útil   para   a   identificação   de   condições  psicopatológicas,   como   a   psicose   e   as   tendências   depressivas,   e   constitui   um  instrumento  seguro  para  formar  diagnósticos.    O  Manual  de  Diagnóstico  de  Transtornos  Mentais  foi   lançado  em  1952  pela  Associação  Psiquiátrica  Americana  e  a  partir  da  sua  terceira  versão,  em  1980,  algumas  significativas  transformações  foram  implementadas  no  modo  de  entender  as  condições  de  transtornos  mentais.  Acerca  desse  manual  e  de  sua  evolução  histórica,  julgue  os  itens  a  seguir.  20. Uma   das   inovações   apresentadas   a   partir   de   sua   terceira   versão   foi   a  substituição  e  termos  psicanalíticos  por  termos  nosológicos.  21. As  condições  sociais,  como  pobreza  e  baixa  escolaridade,  estão  descritas  no  Eixo  III  do  referido  manual.  22. Os   transtornos   de   personalidade   estão   descritos   no   Eixo   II   do   referido  manual.    

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O  portador  de  transtorno  do  humor  sempre  esteve  presente  na  sociedade,  permeando  o  cuidado   de   enfermagem,   independente   da   área   de   atuação   profissional,   pois   o   ser  humano  desde  a  sua  existência  é  acometido  por  este  transtorno,  e,  nesse  sentido,  declara  que   a   dor   psíquica   é   concomitante   com   a   condição   humana.   No   entanto,   apenas   no  último   século   foi   possível   identificar   os   diferentes   tipos   de   transtorno   de   humor   e   as  suas  características.  Sobre  esse  tipo  de  transtorno,  julgue  os  seguintes  itens.  23. A  moderna  visão  de  psicopatologia  descreve  o  transtorno  de  humor  bipolar  do  tipo  II  como  sendo  eminentemente  situacional.  24. A  distimia  é  caracterizada  por  um   leve  estado  depressivo  que  se  prolonga  por  mais  de  seis  meses.  25. Apesar  dos  sintomas  mais  brandos  da  distimia,  a  cronicidade  e  a  ausência  do   reconhecimento   da   doença   fazem   com   que   o   prejuízo   à   qualidade   de   vida   dos  pacientes  seja  considerado  maior  do  que  nos  demais  tipos  de  depressão.  26. A   distinção   entre   mania   e   hipomania   está   na   intensidade   dos   sintomas,  sendo   a   mania   caracterizada   pelo   humor   persistente   e   anormalmente   elevado,  expansivo   ou   irritável,   associados   à   grandiosidade,   necessidade   diminuída   de   sono,  pressão   para   falar,   fuga   de   ideias,   distratibilidade,   aumento   da   atividade   dirigida   a  objetivos  ou  agitação  psicomotora  e  envolvimento  excessivo  em  atividades  prazerosas.  27. Delírios  de  onipotência  e  de  indisponibilidade  do  Eu  são  característicos  da  fase  depressiva  do  Transtorno  do  Humor  Bipolar  do  tipo  I.  28. O  diagnóstico  de  episódio  misto  de  humor  não  possui   consenso  de   tempo  mínimo  de  identificação  dos  sintomas  para  caracterizar  sua  condição.    29. Pacientes   com   transtorno   ciclotímico,   ou   ciclagem   rápida,   apresentam  variações  do  humor  caracterizadas  por  numerosos  períodos  de  hipomania  de  menos  de  4  dias  de  duração  alternados  com  períodos  de  leve  depressão.    Acerca   da   perspectiva   da   terapia   cognitivo   comportamental   sobre   os   transtornos   do  humor,  julgue  os  itens  a  seguir.  30. Evidências   sugerem   que   a   Terapia   Cognitivo-­‐Comportamental   é   capaz   de  exercer  controle  sobre  o  surgimento  dos  primeiros  sintomas  do  Transtorno  do  Humor  Bipolar  e  das  suas  consequências  sociais.  31. Entre   as   técnicas   cognitivo-­‐comportamentais   indicadas   para   o   tratamento  de   portadores   de   transtorno   do   humor   bipolar   estão   a   técnica   de   relaxamento   e   a   de  registro  de  pensamento  automático.  32. O   modelo   cognitivo   entende   que   distorções   cognitivas   aliadas   a   eventos  estressantes  predispõem  a  recaídas.  33. O  perfil  cognitivo  da  hipomania  sugere  a  visão  inflada  da  tríade  cognitiva.  

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34. Entre  os  objetivos  da  terapia  comportamental  cognitiva  para  os  portadores  do   transtorno  bipolar   estão   a  melhora  do   convívio   familiar   e   a   redução  da  medicação  após  a  estabilização  do  quadro  por  mais  de  dois  anos.    Soraya,   psicóloga   de   formação   e   estudante   de   concursos,   procurou   tratamento  psicológico  e  psiquiátrico  após  a  perda  de  seus  pais  em  um  trágico  acidente  de  carro.  Na  anamnese   ficou   claro   a   presença   de   anedonia,   tristeza,   redução   de   interesse   social,  humor   deprimido   e   sintomas   psicóticos   incongruentes   com   o   humor.   Acerca   desse  quadro,  julgue  os  itens  a  seguir.  35. O   quadro   descrito   é   compatível   com   o   diagnóstico   de   episódio   único   de  Depressão.  36. A   característica   essencial   do  Transtorno   Depressivo   Maior  é   um   curso  clínico   caracterizado   por   um   ou  mais  Episódios   Depressivos  Maiores,   sem   história   de  Episódios  Maníacos,  Mistos  ou  Hipomaníacos.  37. A   presença   de   sintomas   psicóticos   exclui   o   diagnóstico   de   transtorno   de  humor.    Sobre  os  transtornos  de  ansiedade,  julgue  os  itens  a  seguir.  38. O  transtorno  do  pânico  é  caracterizado  pela  presença  de  Ataques  de  Pânico  recorrentes  e  inesperados  acompanhados  por  comportamentos  evitativos.  39. A  agorafobia  é  identificada  apenas  no  transtorno  do  pânico.  40. A   agorafobia   é   a   esquiva   voluntária   que   o   indivíduo   com   transtorno   do  pânico  exibe  ao  sentir  apreensão.  41.  Um  ataque  de  pânico  é  representado  por  um  período  distinto  no  qual  há  o  início   súbito   de   intensa   apreensão,   temor   ou   terror,   frequentemente   associados   com  sentimentos  de  catástrofe  iminente.    42. É   fundamental   a   identificação   de   dois   ou   mais   episódios   de   pânico   para  caracterizar  o  transtorno  do  pânico.    43. É   possível   realizar   o   diagnóstico   de   agorafobia   sem   a   identificação   de  histórico  de  transtorno  do  pânico.  44. A   duração   das   perturbações   no   Transtorno   de   Estresse   Pós-­‐Traumático  para  o  seu  correto  diagnóstico  deve  ser  de,  pelo  menos,  6  meses.  45. É  condição  fundamental  para  o  diagnóstico  de  Transtorno  de  Estresse  Pós-­‐Traumático  a  vivência  direta  de  eventos  traumáticos.  46. A  agorafobia  pode  estar  presente  na  Fobia  Social    Acerca  da  concepção  analítica  de  neurose,  julgue  os  seguintes  itens.  47. A  neurose  é  eminentemente  um  conflito  entre  o  eu  real  e  o  eu  ideal.  48. A  neurose  fóbica  leva  a  comportamentos  compulsivos  

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49. Na  neurose  histérica  a   angústia   é   fixada,  de  modo  mais  ou  menos  estável,  em  um  objeto  exterior.  Isto  é,  o  sintoma  principal  é  o  medo.  50. A  neurose  apresenta,  em  algum  grau,  ruptura  com  a  realidade.  51. Dentre   as   patologias   descritas   por   Freud,   as   neuroses   são   as   que  apresentam  maior  de  comprometimento  afetivo  e  maior  dificuldade  de  tratamento.  52. Em  relação  a  psicose,  apresenta  defesas  mais  evoluídas.    Julgue  os  itens  a  seguir  acerca  do  transtorno  fóbico.  53. Segundo   a   psicanálise,   o   paciente   fóbico   enfrenta   seu   conflito   emocional  interno   e   ansiedade   tentando   reprimir   seus   pensamentos   e   impulsos   perturbadores.  Como  isso  falha,  desloca  seu  conflito  para  um  lugar  ou  situação  externa  e  tenta  confinar  sua  ansiedade  neste  local  ou  situação.    54. O  sintoma  específico  do  paciente  fóbico  caracteriza-­‐  se  pelo  uso  da  evitação  como  meio  de  solucionar  problemas.    55. Na   fobia   social,   as   defesas   fóbicas   conduzem   a   uma   limitação   geral   da  personalidade,  uma  vez  que  ele  renuncia  a  liberdade  de  ir  e  vir  a  fim  de  evitar  o  conflito.    56. O  paciente  fóbico  está  envolvido  num  conflito  entre  a  obediência  e  o  desafio.  Isto  leva  a  alternância  entre  os  sentimentos  de  medo  de  ser  apanhado  ou  punido  e  raiva  por  renunciar  aos  seus  desejos  e  submeter-­‐se.    57. Os  sintomas  fóbicos  podem  variar  e  se  prolongar  de  uma  situação  para  outra.  Acerca  da  perspectiva   cognitivista  e   suas   interações   com  os   transtornos  de  ansiedade,  julgue  os  itens  a  seguir.  58. Segundo   o   modelo   cognitivo,   os   portadores   de   transtornos   de   ansiedade   tem    uma  tendência  aumentada  a  cometer  distorções  ao  processar  o  real   interno  e  externo,  além   de   uma   rigidez   que   o   levaria,   uma   vez   cometida   uma   distorção,   a   resistir   à  consideração  de  interpretações  alternativas.  59. O  tratamento  cognitivo  dos  transtornos  de  ansiedade  é  em  regra,  segundo  Aaron  Beck,  pautado  pela  reestruturação  cognitiva  e  pela  terapia  de  exposição.    Com  relação  ao  transtorno  antissocial  de  personalidade,  julgue  os  seguintes  itens.  60. Os  traços  de  caráter  psicopático  têm  por  objetivo  assegurar  a  gratificação  de  impulsos  e  proporcionar  segurança  e  o  alivio  da  tensão  resultante.    61. O  portador  desse  tipo  de  transtorno  tem  pouca  empatia  social,  mas,  em  relação  à  média  populacional,  apresentam  um  elevado  nível  de  habilidades  sociais.  62. Apresentam  alta  capacidade  de  tolerância  à  ansiedade  e  frustração.    63. A  organização  emocional  é  superficial.  64. Portadores   desse   tipo   de   transtorno   perseguem   a   gratificação   imediata,  dando  pouca  importância  às  demandas  da  realidade  externa.  65. Pessoas   com   transtorno   de   personalidade   antissocial   apresentam   humor  lábil.  

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Acerca  da  psicopatologia  psicanalítica,  julgue  os  itens  a  seguir.  66.  A  neurose  situacional  recebe,  atualmente,  o  nome  de  transtorno  do  pânico.  67. A  fixação  da  libido  na  fase  anal  pode  gerar  a  neurose  obsessiva.  68. Freud   considera   que   o   recalque   é   o   principal   mecanismo   de   defesa  responsável  pela  neurose  obsessiva.    69. Para  Freud,  a  origem  da  depressão  pode  estar  relacionada  com  a  privação  ou   excesso   de   gratificação   oral,   fazendo   com   que   exista   uma   fixação   nesse   estágio   de  desenvolvimento.    70. O  Hospitalismo,  ou  a  depressão  anaclítica,   se   caracteriza  pela  presença  de  sintomas  severos,  mas  reversíveis,  na  formação  dos  vínculos  infantis.  71. A  fixação  em  uma  determinada  fase  de  desenvolvimento  psicossexual  pode  resultar  em  distúrbios  de  personalidade.    Acerca   da   conceituação   da   psicanálise   e   da   neurose   na   teoria   psicanalítica,   julgue   os  itens  a  seguir.  72. De   acordo   com   a   teoria   psicanalítica,   a   neurose   está   relacionada   com  conflitos  inconscientes  enquanto  a  psicose  está  relacionada  com  a  transferência  para  si  próprio   da   totalidade   da   libido   que   a   pessoa   normal   orienta   para   objetos   animados   e  inanimados  que  a  rodeiam.  73. De   acordo   com   a   psicanálise,   a   psicose   é   uma   perturbação   primária   da  relação  libidinal  com  a  realidade.      Considerando  a  psicopatologia  psicanalítica,  julgue  os  itens  a  seguir.  74. A  histeria  é  considerada  uma  neurose  atual.  75. Na   histeria   de   conversão   observa-­‐se   uma   série   de   sintomas   físicos   que  expressam  conflitos  recalcados.    76. A  neurose   traumática  é  um  tipo  de  neurose  desenvolvida  a  partir  da   forte  eclosão  de  elementos   inconscientes  à  consciência  e  que  não  podem  ser  coerentemente  trabalhados  pelo  Ego.  77. A  discrepância  entre  o  ego  ideal  e  o  ideal  de  ego,  segundo  Freud,  constitui  a  raiz  da  psicose.  78. As  doenças  psicossomáticas  são  resultantes  de  defesas  a  elementos  sociais  não  aceitos  pelo  ideal  de  ego.    79. De   acordo   com   Freud,   a   neurose   representa   uma   condição   resultante   de  conflitos  do  Id  manifesto  no  Ego  acerca  dos  conflitos  e  limitações  impostos  pelo  mundo  externo.    80. A  clivagem  do  eu  caracteriza  a  estrutura  de  perversão.  81. O   fundamento   da   diferença   entre   a   neurose   e   a   psicose,   para   Freud,   é   o  agente   que   exerce   maior   influência   sobre   o   Ego.   Na   neurose   é   o   meio   externo   e   na  psicose  é  o  Id.  

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82. A   histeria   de   conversão   caracteriza-­‐se   pela   presença   de   sintomas   físicos  geralmente  de  natureza  neurológica,  como  por  exemplo,  paralisia,  cegueira,  ou  mutismo.    83. A   histeria   de   conversão   é   conhecida   atualmente   como   transtorno  somatoforme.    Acerca  dos  critérios  de  diagnóstico  das  psicopatologias,  julgue  os  itens  a  seguir.  84. Delírios   são   tipos   de   alucinações   e   referem-­‐se   a   percepção   de   estímulos  sensoriais  quando  não  há  objeto  a  ser  percebido.  85. Alucinações   táteis   são   comuns   em   portadores   de   esquizofrenia   do   tipo  paranoide.  86. A  ênfase  da  Esquizofrenia  Hebefrênica  é  a  desestruturação  dos  delírios.    Julgue  os  seguintes  itens  acerca  dos  transtornos  de  personalidade.  87. O   pensamento   obsessivo   manifesto   no   Transtorno   de   Personalidade  Obsessivo  Compulsivo  é  caracterizado  pela  intromissão  indesejável  de  um  pensamento  no  campo  da  consciência  de  maneira  insistente  e  repetitiva,  reconhecido  pelo  indivíduo  como  um  fenômeno  incômodo  e  absurdo.  88. O   modelo   cognitivo   pressupõe   que   os   transtornos   de   personalidade   são  constituídos  por  indivíduos  com  esquemas  não-­‐adaptativos  e  inflexíveis.  89.  As   cognições   mais   marcantes   nos   indivíduos   com   Transtorno   de  Personalidade   Esquizoide   são   referentes   à   baixa   auto-­‐estima,   abandono   e   medo   de  errar;   geralmente,   referem-­‐se   a   si   mesmos   como   sendo   incapazes   de   fazer   qualquer  coisa  sozinhos.  Do  ponto  de  vista  comportamental,  a  falta  de  iniciativa  é  marcante  e  não  percebem  os  prejuízos  que  este  comportamento  pode  acarretar  na  vida.  90. Um   Transtorno   da   Personalidade   é   um   padrão   persistente   de   vivência  íntima  ou  comportamento  que  se  desvia  acentuadamente  das  expectativas  da  cultura  do  indivíduo,  é  invasivo,  flexível  e  instável  ao  longo  do  tempo.  91. O  Transtorno  da  Personalidade  Paranoide  é  caracterizado  pela  desconfiança  e   suspeitas,   geralmente   infundadas,   que   geram   interpretações   dos   atos   alheios   como  sendo  intencionais  e  malévolos.  92. O   diagnóstico   de   Transtorno   de   Personalidade   Paranoide   comporta   a  presença  de  alucinações  e  delírios  em  níveis  leves.  93. O   Transtorno   da   Personalidade   Esquizotípica   é   um   padrão   de  distanciamento   dos   relacionamentos   sociais,   com   uma   faixa   restrita   de   expressão  emocional.  94. O  Transtorno  de  Personalidade  Antissocial  está   inserido,  de  acordo  com  o  DSM-­‐IV,  no  Cluster  A.  95. O  Transtorno  da  Personalidade  Passivo-­‐Agressivo  está  inserido  no  Grupo  A  do  DSM-­‐IV.  

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96. O  Transtorno  da  Personalidade  Histriônica  está   inserido,  de  acordo  com  o  DSM-­‐IV,  no  Cluster  A.  97. O   transtorno   de   personalidade   antissocial   não   pode,   por   definição,   ser  diagnosticado  em  pessoas  menores  de  18  anos.  98. As   causas   mais   prováveis   dos   transtornos   de   personalidade,   segundo   o  cognitivismo,  estão  no  padrão  socialmente  aprendido  de  crenças  centrais  distorcidas.  99. Transtornos   da   Personalidade   Antissocial   são   diagnosticados   com   maior  frequência   em   homens   enquanto   Transtornos   da   Personalidade   Borderline,   são  diagnosticados  com  maior  frequência  em  mulheres.  100. O  Transtorno  de  Personalidade  Histriônico  é  caracterizado  por  um  padrão  invasivo  de  excessiva  emocionalidade  e  busca  de  atenção,  que  começa  no  início  da  idade  adulta  e  está  presente  em  uma  variedade  de  contextos.  101. O  Transtorno   da   Personalidade  Narcisista   é   caracterizado   por   um   padrão  invasivo  de  grandiosidade,  necessidade  de  admiração  e  falta  de  empatia,  que  começa  no  início  da  idade  adulta  e  está  presente  em  uma  variedade  de  contextos.  102. A   nomenclatura   do   Transtorno   da   Personalidade   Passivo-­‐Agressiva  substitui  a  classificação  de  Transtorno  de  Personalidade  Borderline.  103. O   Transtorno   da   Personalidade   Sem   Outra   Especificação   é   uma   categoria  que   caracteriza   situações   onde   o   padrão   de   personalidade   do   indivíduo   satisfaz   os  critérios   gerais   para   um   Transtorno   da   Personalidade   e   existem   traços   de   diferentes  Transtornos   da   Personalidade,   mas   não   são   satisfeitos   os   critérios   para   qualquer  Transtorno  da  Personalidade  específico.    Aaron   Beck   desenvolveu   um   modelo   cognitivo   que   considera   que   cada   transtorno  caracteriza-­‐se   não   só   por   um   comportamento   disfuncional   mas   também   por   uma  composição  de  crenças  atitudes,  afetos  e  estratégias  diferentes.  É  possível  oferecer  um  perfil   distintivo   de   cada   um   destes   transtornos,   com   base   em   suas   características  cognitivas,  afetivas  e  comportamentais  típicas.  Acerca  dessa  perspectiva,  julgue  os  itens  a  seguir.  104. O  paciente  com  Transtorno  da  Personalidade  Evitativa  é  caracterizado  pela  visão  de  que  as  pessoas  do  convívio  pessoal  são  críticas  e  superiores  a  ele  mesmo.  105. Pacientes   com   Transtorno   da   Personalidade   Paranoide   veem   a   si   como  pessoas  corretas,  mas  vulneráveis  aos  outros.  106. Pacientes   com   Transtorno   da   Personalidade   Histriônica   se   veem   como  merecedoras  de  atenção  dos  outros  e  acima  das  leis.  

Questões Comentadas e Gabaritadas  Acerca  das  bases  teóricas  da  Psicopatologia,  julgue  os  itens  a  seguir.  

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1. Psicopatologia  pode   ser  definida   como  o  estudo  descritivo  dos   fenômenos  psíquicos  de  cunho  anormal,  exatamente  como  se  apresentam  à  experiência  imediata.    Gabarito:  C  Comentários:   Definição  mais   clássica   de   psicopatologia   que   existe.   Veja   que   essa   é   a  versão   “descritiva”   da   psicopatologia.   Na   psicopatologia   descritiva   existe   um   forte  critério   de   objetividade   e   é   necessário   observar   comportamento,   buscando   indícios   e  critérios  para  um  enquadre   segundo  uma   lista   que   agrupa   sinais   ou   sintomas  de  uma  determinada  categoria.    2. Os  principais  métodos  de   identificação  de  psicopatologias  estão   centrados  na  observação  do  comportamento  e  no  relato  do  paciente  ou  de  terceiros.  Gabarito:  C  Comentários:   Correto   novamente.   Esses   são   os   principais   métodos   de  identificação/estudo  da  psicopatologia  (observação  e  relato/entrevista).  Podemos  usar  testes  psicológicos,  exames  bioquímicos,  mas  nada  substitui  essa  observação  direta  para  a  formulação  de  critérios  para  diagnóstico.    3. O  modelo  descritivo  de  psicopatologia  busca  explicar  origem  das  condições  psicopatológicas.  Gabarito:  E  Comentários:   Esse   é   o   modelo   explicativo.   Não   confunda!   Há   duas   perspectivas   na  análise   dos   fenômenos   psicopatológicos:   a   explicativa,   que   tem   como   principal  característica  a  busca  de  uma  explicação,  origem  ou  gênese  dos  estados  psicopatológicos  (entre  as  quais  estão  as  teorias  de  base  psicodinâmica,  comportamental  ou  existencial)  e  uma   perspectiva   descritiva   (preocupada   apenas   com   a   descrição   e   categorização  precisas  dos  fenômenos  em  questão).      4. As   classificações   voltadas   às   explicações   são   denominadas   etiológicas,  enquanto  que  as  voltadas  à  descrição  são  chamadas  de  nosográficas.    Gabarito:  C  Comentários:   Perfeita   definição.   Fundamentalmente,   este   último   modelo   tende   a  considerar  mais  um  modelo  de  identificação  da  psicopatologia  através  de  sinais  externos  do  que  internos.    5. Os   manuais   de   diagnóstico   de   transtornos   mentais   apresentam  classificações  nosográficas  e  descritivas  da  psicopatologia  humana.  Gabarito:  C  Comentários:   Perfeito!   Não   tem  mais   como   esquecer  mais.   Esses  manuais   (DSM-­‐IV   e  CID-­‐X)   se  preocupam  com  a  descrição  dos   sintomas  e  organizam   listas  deles  para  que  

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eles  possam  ser  verificados  (critérios  de  diagnóstico  que  identificam  transtornos).  Veja  uma  simplificação  possível  das  classificações  de  vieses  da  psicopatologia:    

 

     6. O   modelo   dinâmico   de   psicopatologia   apresenta   uma   abordagem  complementar   ao  modelo   descritivo   na  medida   em   que   oferece   um   viés   subjetivo   do  doente  e  da  sua  doença.  Gabarito:  C  Comentários:  Temos  aqui  o  modelo  dinâmico  em  sua  mais  clara  essência.  Destaco  que,  apesar   dele   poder   ser   uma   complementação   do   modelo   descritivo,   pode   existir  independente  da  presença  deste.    7. A   compreensão   do   modelo   psicopatológico   psicodinâmico   pressupõe   a  estruturação   da   mente   humana   através   de   pensamentos   automáticos   e   de   crenças  irracionais.  Gabarito:  E  Comentários:   Veja   bem,   o   modelo   psicodinâmico   é   a   base   da   psicanálise   e   não   da  abordagem  cognitiva.  Não  confunda.    8. Na  psicopatologia  dimensional,   a   preocupação  básica   é   a   compreensão  do  paciente   a   partir   das   diferenças   que   seu   transtorno   apresenta   em   relação   a   outros  transtornos.  

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Gabarito:  E  Comentários:   Essa   foi   pesada.   No   modelo   dimensional,   em   verdade,   busca-­‐se   o  entendimento  do  paciente  e  de  seu  transtorno  a  partir  de  sua  singularidade.  Assim,  esse  paciente   tem   uma   vivência   única   de   sua   condição   (mesmo   dentro   de   uma   mesma  alcunha  de  transtorno).  A  assertiva  refere-­‐se  ao  modelo  de  psicopatologia  categorial.    9. Jaspers  é  um  dos  expoentes  da  corrente  descritiva  em  psicopatologia.  Gabarito:  E  Comentários:  Ele  é  representante  da  corrente  compreensiva  (fenomenológica)  e   ficou  famoso   pela   sua   ênfase   no   estudo   da   metodologia   em   psicopatologia.   Para   ele,   a  psicopatologia  é  responsável  pelo  estudo  das  manifestações  da  consciência  (normais  ou  anormais)   e   pode   ser   conceituada   como   uma   ciência   pura   que   é   exercida   apenas   de  forma   mediada   através   das   expressões   verbais   e   do   comportamento   perceptíveis   ao  paciente.   Observe   que   para   Jaspers,   a   psicopatologia   jamais   pode   reduzir   o   indivíduo  humano  a  conceitos  psicopatológicos.    Psicopatologia  Categorial   Psicopatologia  Dimensional  As   categorias   diagnósticas   seriam  espécies   únicas,   como   as   entidades  biológicas,   cuja   identificação   precisa   e  exata   seria   tarefa   da   psicopatologia.  Desse   modo,   pacientes   com   depressão  se  diferenciam  de  pacientes  com  TOC.  

Defende   a   ideia   de   polaridades  dimensionais   dentro   de   um   mesmo    diagnóstico.   Cada   transtorno   mental   é  único   em   sua   manifestação   e   em   seu  contexto,   mesmo   recebendo   a   mesma  classificação   categorial.   Assim,   cada  paciente  com  depressão  é  diferente.  

 10. O  modelo  biológico  de  psicopatologia  não  considera  a  perspectiva  social  na  constituição  das  psicopatologias.  Gabarito:  C  Comentários:   Perfeito.   E   em   oposição   ao   modelo   biológico,   temos   o   modelo  sociocultural  de  psicopatologia.  Psicopatologia  Biológica   Psicopatologia  Sociocultural  Enfatiza   os   aspectos   cerebrais,  neuroquímicos  ou  neurofisiológicos  das  doenças  e  sintomas  mentais,  sendo  que  a   base   de   todo   transtorno   mental  seriam   alterações   de   mecanismos  neurais   e   de   determinadas   áreas   e  circuitos   cerebrais:   doenças   mentais  são  doenças  cerebrais.  

Estuda   os   transtornos   mentais   como  comportamentos   desviantes   que  surgem   a   partir   de   determinados  fatores  socioculturais  como  a  pobreza,  a  migração,   a   discriminação,   o   estresse  ocupacional,   a   desmoralização  sociofamiliar,   etc.   A   cultura,   assim,   é   o  elemento   fundamental   na   própria  determinação   do   que   é   normal   e  

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patológico,   na   constituição   dos  transtornos   e   dos   repertórios  terapêuticos   disponíveis   em   cada  sociedade.  

 

 

Sobre  as  classificações  de  sinais  e  sintomas  em  psicopatologia,  julgue  os  seguintes  itens.  11. Os   sintomas   de   ansiedade   presentes   na   fobia   e   no   transtorno   obsessivo  compulsivo  são  de  origem  egossintônica.  Gabarito:  E  Comentários:  Na  verdade,  são  egodistônica.  No  sujeito  com  egossintonia,  ao  contrário,  os   pensamentos   e   os   comportamentos   estão   de   acordo   com   o   ego   e   não   geram  ansiedade.      12. A  desrealização  é  um  distúrbio  afetivo  no  qual  sentimentos  de   irrealidade,  assim   como   uma   perda   da   convicção   da   própria   identidade   e   de   um   senso   de  identificação  e  controle  do  próprio  corpo,  constituem  os  principais  sintomas.  Gabarito:  E  Comentários:  Essa  é  a  despersonalização.  Faço  uma  observação  importante  aqui:  existe  diferença  entre  a  desrealização  e  despersonalização,  mas  muitas  correntes  psiquiátricas  modernas  consideram  que  os  dois  conceitos  são  praticamente  sinônimos.  Mesmo  assim,  assertiva  errada  (e  atente  para  a  observação).    13. O   transtorno   obsessivo-­‐compulsivo   caracteriza-­‐se   pela   intromissão  indesejável   de   um   pensamento   no   campo   da   consciência   de   maneira   insistente   e  repetitiva,   reconhecido  pelo   indivíduo   como  um   fenômeno   incômodo   e   absurdo.  Além  disso,  temos  a  presença,  necessária,  de  rituais  que  visem  reduzir  a  ansiedade.    Gabarito:  C  Comentários:   Perfeito.   Lembro   a   você   que   podemos   ter   o   Transtorno   Obsessivo  Compulsivo,  o  Transtorno  Obsessivo  e  o  Transtorno  Compulsivo.  Podem  ser  separados.    14. Na   fobia  específica,  a  ansiedade  significativa  é  provocada  pela  exposição  a  um  objeto,  enquanto  que  na  fobia  social  a  ansiedade  é  provocada  pela  exposição  a  certos  tipos   de   situações   sociais   ou   de   desempenho.   Em   ambos   os   casos   pode   haver  comportamento  de  esquiva.  Gabarito:  C  Comentários:  Essa  definição  está  clara.  Lembre-­‐se  de  nunca  confundir  a  fobia  específica  com  a  fobia  social.  Apenas  para  lembrar,  a  fobia  específica  é  aquela  que  é  restrita  a  um  

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objeto  ou  um  tipo  de  situação  particular,  como  o  medo  de  altura,  salgue  ou  de  caixões,  por  exemplo.  Caso  alguma  questão  fale  de  fobia  específica  a  situações  sociais,  desconfie  (pode  ser  que  estejamos  falando  de  fobia  social).    15. A   diferença   básica   entre   o   Transtorno   de   Estresse   Pós-­‐Traumático   e   o  Transtorno  de  Estresse  Agudo  é  o  tempo  de  início  de  sua  ocorrência.  Gabarito:  C  Comentários:   Perfeito.   O  Transtorno   de   Estresse   Pós-­‐Traumático  caracteriza-­‐se   pela  revivência   de   um   evento   extremamente   traumático,   acompanhada   por   sintomas   de  excitação  aumentada  e  esquiva  de  estímulos  associados  com  o  trauma.  O  Transtorno  de  Estresse  Agudo  caracteriza-­‐se  por  sintomas  similares  àqueles  do  Transtorno  de  Estresse  Pós-­‐Traumático,  ocorrendo  logo  após  um  evento  extremamente  traumático.    16. O   Transtorno   de   Ansiedade   Generalizada   se   diferencia   do   Transtorno   de  Ansiedade   Social   em   função   do   foco   de   atuação   da   ansiedade.   Enquanto   que   no  Transtorno   de   Ansiedade   Generalizada   o   eliciador   da   ansiedade   é   orientado   para   as  atividades  de  convívio  social,  no  Transtorno  de  Ansiedade  Social,  é  o  contato  social  em  si.  Gabarito:  E  Comentários:  Perceba  que  o  eliciador  do  Transtorno  de  Ansiedade  Generalizada  –TAG  pode  ser  tanto  interno  como  externo,  e,  ainda,  nem  ser  identificável!  O  erro  da  questão  está   em   falar  que  as   atividades  do   convívio   social   que   incitam  o  TAG.  Esse   transtorno  tem   a   peculiaridade   de   ser   um   modo   ansioso   de   funcionamento   (diferentemente   da  maioria   dos   outros   tipos   de   transtorno   de   ansiedade).   Perceba   que   a   característica  essencial  do  TAG  é  uma  ansiedade  ou  preocupação  excessiva  (expectativa  apreensiva),  ocorrendo   na   maioria   dos   dias   por   um   período   de   pelo   menos   6   meses,   acerca   de  diversos  eventos  ou  atividades  e  o   indivíduo  considera  difícil  controlar  a  preocupação.  Um  breve  parêntesis,  o  Transtorno  de  Ansiedade  Social  é  a  Fobia  Social  no  DSM-­‐IV.    17. Os   transtornos  de  personalidade   antissocial   e   o   obsessivo   compulsivo   são  caracterizados  pela  egossintonia.  Gabarito:  C  Comentários:   Isso   mesmo,   nos   dois   tipos   de   transtorno   de   personalidade     não   há  sofrimento   causado   pela   execução   dos   comportamentos   em   confronto   com   o   ego  (egossintonia).    18. Na   moderna   concepção   de   psicopatologia   encontra-­‐se   o   conceito   de  transtorno  mental.  Gabarito:  C  

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Comentários:  Correto.  Na  verdade,  alguns  autores  usam  como  sinônimos,  mas  destaco  que  o  campo  da  psicopatologia  é  mais  amplo  que  o  dos  transtornos  mentais.  Em  breve  resumo  posso  dizer  que  o  campo  da  psicopatologia  descritiva  estuda  a  classificação  dos  transtornos  mentais.    Vejamos  a  definição  de  transtornos  mentais  de  acordo  com  a  OMS  Baseado   na   Organização  Mundial   de   Saúde   –   OMS   (organismo   da   ONU),   entendem-­‐se  como   Transtornos   Mentais   e   Comportamentais   as   condições   caracterizadas   por  alterações  mórbidas  do  modo  de  pensar  e/ou  do  humor  (emoções),  e/ou  por  alterações  mórbidas   do   comportamento   associadas   a   angústia   expressiva   e/ou   deterioração   do  funcionamento   psíquico   global.   Os   Transtornos   Mentais   e   Comportamentais   não  constituem   apenas   variações   dentro   da   escala   do   "normal",   sendo   antes,   fenômenos  claramente  anormais  ou  patológicos.  Um   comportamento   anormal   ou   um   curto   período  de   anormalidade   do   estado   afetivo  não  significa,  em  si,  a  presença  de  distúrbio  mental  ou  de  comportamento.  Para  serem  categorizadas  como  transtornos,  é  preciso  que  essas  anormalidades  sejam  persistentes  ou  recorrentes  e  que  resultem  em  certa  deterioração  ou  perturbação  do  funcionamento  pessoal,  em  uma  ou  mais  esferas  da  vida.  Os  Transtornos  Mentais  e  Comportamentais  se  caracterizam  também  por  sintomas  e  sinais  específicos  e,  geralmente,  seguem  um  curso  natural   mais   ou   menos   previsível,   a   menos   que   ocorram   intervenções.   Nem   toda  deterioração  humana  denota  distúrbio  mental.      Acerca  dos  critérios  de  diagnóstico  em  psicopatologia,  julgue  os  itens  a  seguir.  19. A   técnica   de   Rorschach   é   útil   para   a   identificação   de   condições  psicopatológicas,   como   a   psicose   e   as   tendências   depressivas,   e   constitui   um  instrumento  seguro  para  formar  diagnósticos.  Gabarito:  E  Comentários:  Nenhum  teste  psicológico  pode  ser  utilizado  isoladamente  para  oferecer  um  diagnóstico.  É  necessária,  pelo  menos,  uma  boa  anamnese  para  o   levantamento  de  dados.  Sobre  esse  assunto,  destaco  um  dos  trechos  de  nossa  aula.  Esses  métodos  incluem  uma  cuidadosa  entrevista  (anamnese)  colhida  com  o  paciente  e  com  outras  pessoas,  incluindo  sua  família,  um  exame  clínico  sistemático  para  verificar  o  estado   mental   e   suas   condições   orgânicas,  testes   e   exames  especializados   que   forem  necessários.  Registraram-­‐se,  nas  últimas  décadas,  avanços  importantes  na  padronização  da  avaliação  mental  e  emocional,  bem  como  na  confiabilidade  dos  diagnósticos  clínicos.      O  Manual  de  Diagnóstico  de  Transtornos  Mentais  foi   lançado  em  1952  pela  Associação  Psiquiátrica  Americana  e  a  partir  da  sua  terceira  versão,  em  1980,  algumas  significativas  

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transformações  foram  implementadas  no  modo  de  entender  as  condições  de  transtornos  mentais.  Acerca  desse  manual  e  de  sua  evolução  histórica,  julgue  os  itens  a  seguir.    20. Uma   das   inovações   apresentadas   a   partir   de   sua   terceira   versão   foi   a  substituição  e  termos  psicanalíticos  por  termos  nosológicos.  Gabarito:  C  Comentários:  Correto.  Abandonou-­‐se  a  utilização  de  termos  psicanalíticos  por  conta  de  sua   incompatibilidade   com  a   perspectiva   nosológica.   Alguns   termos   como   “neurose”   e  “anancástica”  são  preteridos  em  função  de  não  serem  apropriados  para  a  proposta  desse  tipo  de  manual.  Desse  modo,   a  neurose  de   angústia,   por   exemplo,   foram   trocados  por  transtorno   de   pânico   com   e   sem   agorafobia   e   transtorno   de   ansiedade   generalizada.  Alguns   termos  passaram  a   ser   evitados,   para  que  não  houvesse   confusão   com  alguma  tentativa   de   classificação   etiológica   -­‐   lembre   que   a   classificação   dos   manuais   é  nosológica.      21. As  condições  sociais,  como  pobreza  e  baixa  escolaridade,  estão  descritas  no  Eixo  III  do  referido  manual.  Gabarito:  E  Comentários:  Veja  os  comentários  da  questão  seguinte.    22. Os   transtornos   de   personalidade   estão   descritos   no   Eixo   II   do   referido  manual.  Gabarito:  C  Comentários:   O   DSM   é   sistematizado   de   modo   a   agrupar   16   classes   diagnósticas  distintas,  que  e  se  distribuem  por  cinco  grandes  eixos:    1. Eixo   I:   congrega   transtornos   clínicos,   incluindo   principalmente   transtornos  mentais,  bem  como  problemas  do  desenvolvimento  e  aprendizado;  2. Eixo   II:   agrupa   transtornos   de   personalidade   ou   invasivos,   bem   como   retardo  mental;  3. Eixo  III:  descreve  condições  médicas  agudas  ou  desordens  físicas;  4. Eixo   IV:   oferece   indicações   de   transtornos   que   estão   associados   a   fatores  ambientais  ou  psicossociais.    5. Eixo   V:   Avaliação   Global   das   Funções   (Global   Assessment   of   Functioning)   ou  Escala  de  Avaliação  Global  para  Crianças  (Children’s  Global  Assessment  Scale)  para  jovens  abaixo  de  18  anos.      O  portador  de  transtorno  do  humor  sempre  esteve  presente  na  sociedade,  permeando  o  cuidado   de   enfermagem,   independente   da   área   de   atuação   profissional,   pois   o   ser  humano  desde  a  sua  existência  é  acometido  por  este  transtorno,  e,  nesse  sentido,  declara  que   a   dor   psíquica   é   concomitante   com   a   condição   humana.   No   entanto,   apenas   no  

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último   século   foi   possível   identificar   os   diferentes   tipos   de   transtorno   de   humor   e   as  suas  características.  Sobre  esse  tipo  de  transtorno,  julgue  os  seguintes  itens.  23. A  moderna  visão  de  psicopatologia  descreve  o  transtorno  de  humor  bipolar  do  tipo  II  como  sendo  eminentemente  situacional.  Gabarito:  E  Comentários:   nenhum   transtorno   de   humor   é   estruturado   por   questões   situacionais,  mas  por  condições  biológicas.  Podemos  ter  gatilhos  sociais  e  estressores  que  piorem  o  quadro,   mas   a   natureza   dessa   condição   é   eminentemente   biológica.   Por   fim,   não  confunda  o  transtorno  bipolar  I  com  o  II,  sua  diferença  está  apenas  no  tipo  de  variação  de  humor  predominante.  Confira:  O  Transtorno  Bipolar  I  é  caracterizado  por  um  ou  mais  Episódios  Maníacos  ou  Mistos,  geralmente  acompanhados  por  Episódios  Depressivos  Maiores.  O  Transtorno  Bipolar  II  caracteriza-­‐se  por  um  ou  mais  Episódios  Depressivos  Maiores,  acompanhado  por  pelo  menos  um  Episódio  Hipomaníaco.    24. A  distimia  é  caracterizada  por  um   leve  estado  depressivo  que  se  prolonga  por  mais  de  seis  meses.  Gabarito:  E  Comentários:  Creio  que  você  já  fez  a  associação  de  que  a  maioria  dos  prazos  descritos  no   DSM-­‐IV   para   a   classificação   dos   transtornos   mentais   é   de   6   meses,   correto?   Isso  funciona   para   metade   dos   casos.   No   caso   dessa   assertiva,   os   sintomas   devem   estar  presentes  por  mais  de  2  anos  para  o  correto  diagnóstico.    25. Apesar  dos  sintomas  mais  brandos  da  distimia,  a  cronicidade  e  a  ausência  do   reconhecimento   da   doença   fazem   com   que   o   prejuízo   à   qualidade   de   vida   dos  pacientes  seja  considerado  maior  do  que  nos  demais  tipos  de  depressão.  Gabarito:  C  Comentários:   Como   você   sabe,   a   distimia   é   uma   forma   de   depressão   crônica,   não-­‐episódica  e  de  sintomatologia  menos   intensa  do  que  as  chamadas  depressões  maiores.  Seu   aparecimento   costuma   ser   tardio,   até   25   anos,   e   nem   sempre   seu   diagnóstico   é  realizado.   Apesar   da   alta   taxa   de   prevalência   na   população   (até   6%   da   população  mundial),   essa   condição  não   é   socialmente  ou  profissionalmente   incapacitante,   apesar  dos  severos  problemas  que  acarreta.  Veja:  Os   pacientes   com   transtorno   distímico   frequentemente   são   sarcásticos,   niilistas,  rabugentos,   exigentes   e   queixosos.   Eles   podem   ser   tensos,   rígidos   e   resistentes   às  intervenções   terapêuticas,   embora   compareçam   regularmente   às   consultas.   Como  resultado   disso,   o   médico   pode   sentir-­‐se   irritado   com   o   paciente   e   até   mesmo  desconsiderar   suas   queixas.   Apesar   de   o   transtorno   cursar   com   um   funcionamento  social   relativamente   estável,   essa   estabilidade   é   relativa,   visto   que   muitos   desses  

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pacientes  investem  a  energia  que  têm  no  trabalho,  nada  sobrando  para  o  prazer  e  para  as  atividades  familiares  e  sociais,  o  que  acarreta  atrito  conjugal  característico.  ....  Como   a   distimia   está   associada   a   um   aumento   da   utilização   dos   serviços   de   saúde   e  também  ao  aumento  do   consumo  de  drogas  psicotrópicas,   enormes   custos   financeiros  podem   ser   atribuídos   a   esse   transtorno.  A  diminuição  da  produtividade  no   trabalho   e  um  aumento  do  risco  de  hospitalização  e  de  doenças  físicas  (como  aumento  do  risco  de  doenças   cardiovasculares   e   respiratórias)  também   incrementam   o   custo   econômico   e  social   dessa   patologia,   tornando-­‐a   um   problema   de   saúde   pública   que   precisa   ser  identificado  de  forma  mais  eficiente.  A  grande  taxa  de  comorbidade  com  outras  doenças  psiquiátricas   (cerca   de   77%   dos   distímicos   terão   comorbidades   psiquiátricas)   torna  ainda   mais   importante   o   diagnóstico   da   distimia   para   o   manejo   adequado   das  psicopatologias  comórbidas.  Fonte:   SPANEMBERG,   Lucas;   JURUENA,   Mario   Francisco.   Distimia:   características  históricas  e  nosológicas  e  sua  relação  com  transtorno  depressivo  maior.  Rev.  psiquiatr.  Rio   Gd.   Sul,   Porto   Alegre,   v.   26,   n.   3,  dez.   2004   .     Disponível   em  <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-­‐81082004000300007&lng=pt&nrm=iso>.   acessos   em   30   dez.   2012.  http://dx.doi.org/10.1590/S0101-­‐81082004000300007.    26. A   distinção   entre   mania   e   hipomania   está   na   intensidade   dos   sintomas,  sendo   a   mania   caracterizada   pelo   humor   persistente   e   anormalmente   elevado,  expansivo   ou   irritável,   associados   à   grandiosidade,   necessidade   diminuída   de   sono,  pressão   para   falar,   fuga   de   ideias,   distratibilidade,   aumento   da   atividade   dirigida   a  objetivos  ou  agitação  psicomotora  e  envolvimento  excessivo  em  atividades  prazerosas.  Gabarito:  C  Comentários:   Definição   perfeita   e   concernente   com   a   visão   atual   de   mania   e   de  hipomania.  A  assertiva  foi  tirada  do  link  da  questão  anterior.      27. Delírios  de  onipotência  e  de  indisponibilidade  do  Eu  são  característicos  da  fase  depressiva  do  Transtorno  do  Humor  Bipolar  do  tipo  I.  Gabarito:  E  Comentários:  Da  fase  maníaca!  Os  delírios  de  onipotência  são  incompatíveis  com  o  tipo  de   delírio   existente   na   fase   depressiva.   O   DSM-­‐IV   diz   que   nos   episódios  maníacos   os  delírios  grandiosos  são  comuns   (por  ex.,   ter  um  relacionamento  especial   com  Deus  ou  com  alguma  figura  pública  do  mundo  político,  religioso  ou  artístico).      28. O  diagnóstico  de  episódio  misto  de  humor  não  possui   consenso  de   tempo  mínimo  de  identificação  dos  sintomas  para  caracterizar  sua  condição.  Gabarito:  C  

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Comentários:  Pois  é,  aposto  que  você  também  não  sabia.  Apesar  do  consenso  do  ciclo  de  episódios  de  depressão  e  de  mania  ao   longo  do  dia,  o  CID-­‐10  e  o  DSM-­‐IV  divergem  acerca  de  sua  duração.  Na   atualidade,   o   diagnóstico   de   estado-­‐misto   ainda   permanece   um   desafio.   O   DSM   IV  preconiza   a   concomitância   de   critérios   para   episódio   depressivo   e   episódio   maníaco  durante  ao  menos  uma  semana  para  preenchimento  de  critérios  de  estado  misto  (APA,  1994).  A  CID-­‐10,  além  de  propor  a  concomitância  de  sintomas  depressivos  e  eufóricos  por   duas   semanas,   define   o   estado-­‐misto   como   uma   rápida   alternância   entre   estes  sintomas  (OMS,  1993).  Na  prática  clínica,  é  difícil  encontrar-­‐se  as  duas  síndromes  completas  simultaneamente.  Por   isso,  recentemente,  alguns  autores  propuseram  conceitos  mais  abrangentes  para  o  diagnóstico  de  um  episódio  misto:  Mc  Elroy  et  al.   (1992)  propõem  uma  definição  para  mania  mista  ou  disfórica  nos  “Critérios  de  Cincinatti”,  que  implicaria  na  simultaneidade  do  diagnóstico  de  mania  de  pelo  menos  três  sintomas  depressivos.  Perugi  et  al.  (1997)  sugerem  que  a  presença  de  instabilidade  emocional,  com  a  rápida  alternância  de  humor  (depressivo,   ansioso,   expansivo   e   irritável)   e   com   consequente   alteração   de  comportamento   (inibição   a   explosões   de   agressividade),   associados   a   alterações   do  sono,  seriam  suficientes  para  o  diagnóstico  de  estado-­‐misto.  Fonte:  http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol32/n6/336.html    29. Pacientes   com   transtorno   ciclotímico,   ou   ciclagem   rápida,   apresentam  variações  do  humor  caracterizadas  por  numerosos  períodos  de  hipomania  de  menos  de  4  dias  de  duração  alternados  com  períodos  de  leve  depressão.  Gabarito:  E  Comentários:  A  definição  de  ciclotimia  está  perfeita,  mas  ciclotimia  não  é  sinônimo  de  ciclagem  rápida!  Cuidado!  A  ciclagem  rápida  é  um  tipo  de  curso  do  transtorno  bipolar,  definida  pela  presença  de  pelo  menos  quatro  episódios  distintos  de  mania,  hipomania,  depressão   ou   misto   durante   um   ano.   Esse   termo   é   usado,   exclusivamente,   para   o  Transtorno  de  Humor  Bipolar.  Anote  isso.  Ainda  sobre  esse  assunto,  é  interessante  destacar:  Como   o   nome   sugere   –   ciclagem   rápida   –   tem   relação   com   duração   de   crises   e  alternância  de  estados  de  humor  que  ocorrem  com  velocidades  maiores  do  que  naqueles  que   são   bipolares,   mas   não   cicladores   rápidos.   Tem   relação   estreita   também   com  bipolares   do   tipo  misto,   isso   porque   no   tipo  misto   vamos   encontrar   simultaneamente  pacientes   com  sintomas  de  depressão  e  mania,   e,   isso  ocorre  provavelmente  porque  a  “ciclagem  de  humor”  é  tão  rápida  que  acaba  não  dando  tempo  do  paciente  experimentar  um  só  polo  da  doença  por  vez  –  é  uma  suposição  minha...  E  diria  também  como  analogia  que  ciclagem  rápida  é  o  um  “liquidificador”  ligado  do  humor  bipolar.  É  o  que  mistura  os  sintomas  de  forma  rápida  tornando  o  paciente  extremamente  sensível  a  diversas  crises  etc.  

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PARA  ENTENDER  CICLAGEM  RÁPIDA  E  SUAS  VARIANTES  Embora  existam  poucas  pesquisas  a  respeito  de  ciclagem  rápida,  podemos  considerar  o  seguinte:  1.   Bipolar   com   ciclagem   rápida  =   paciente   que   tem   4   ou   mais   crises   por   ano   que  podem  ser  de  depressão  e/ou  (hipo)  mania.  2.  Bipolar  com  ciclagem  ultra-­‐rápida  =  paciente  que  tem  4  ou  mais  crises  por  mês.  3.   Bipolar   com   ciclagem   ultradiana  =   paciente   que   tem   4   ou   mais   crises   por   dia.  (Akiskal  et  al.,  2000).  Fonte:  http://www.bipolarbrasil.net/2011/10/ciclagem-­‐rapida-­‐e-­‐bipolaridade.html    Leitura  Extra:  Farmacoterapia  dos  Transtornos  do  Espectro  do  Humor  Bipolar  http://www.ufrgs.br/psiq/Algoritmo%20THB%20final.pdf      Acerca   da   perspectiva   da   terapia   cognitivo   comportamental   sobre   os   transtornos   do  humor,  julgue  os  itens  a  seguir.  30. Evidências   sugerem   que   a   Terapia   Cognitivo-­‐Comportamental   é   capaz   de  exercer  controle  sobre  o  surgimento  dos  primeiros  sintomas  do  Transtorno  do  Humor  Bipolar  e  das  suas  consequências  sociais.  Gabarito:  E  Comentários:   As   evidências   são   significativas   para   a   adesão   ao   tratamento   e   para   o  risco  de  recaída,  mas  não  para  a  redução  do  surgimento  da  condição.  Sobre  este  assunto,  recomendo:  http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/284/28420658004.pdf    31. Entre   as   técnicas   cognitivo-­‐comportamentais   indicadas   para   o   tratamento  de   portadores   de   transtorno   do   humor   bipolar   estão   a   técnica   de   relaxamento   e   a   de  registro  de  pensamento  automático.  Gabarito:  C  Comentários:   Sim,   e   digo   ainda  mais,   essa   duas   técnicas   são   indicadas   para   qualquer  trabalho   em   terapia   cognitivo   comportamental.   Não   hesite   em   sempre   marcar,   em  qualquer  condição.  Combinado?  Segue   uma   tabela   com   a   descrição   de   algumas   técnicas   também   indicadas   para   tal  transtorno:      

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 Fonte:  http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/284/28420658004.pdf  

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 32. O   modelo   cognitivo   entende   que   distorções   cognitivas   aliadas   a   eventos  estressantes  predispõem  a  recaídas.  Gabarito:  C  Comentários:   Isso  mesmo.   Esse   é   o  modelo   diátese-­‐estresse   e   é   entendido   dentro   da  TCC   a   partir   da   sua   interação   com   a   distorções   cognitivas.   Essas   distorções   seriam   o  pressuposto  para  desencadear  as  respostas  não-­‐adaptativas  do  organismo.  Perceba  que  esse   modelo   é   usado   tanto   no   transtorno   de   humor   quanto   na   esquizofrenia   e   na  depressão.  Anote!  

   33. O  perfil  cognitivo  da  hipomania  sugere  a  visão  inflada  da  tríade  cognitiva.  Gabarito:  C  Comentários:  Lembra  o  que  é  a  tríade  cognitiva?  É  a  visão  de  si,  dos  outros  e  do  futuro.  Sobre  o  perfil  cognitivo  das  patologias,  destaco:  

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 Fonte:  KNAPP,  Paulo;  BECK,  Aaron  T.  Fundamentos,  modelos  conceituais,   aplicações  e  pesquisa  da   terapia  cognitiva.  Rev.   Bras.   Psiquiatr.,   São  Paulo,  2012   .    Available   from  <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-­‐44462008000600002&lng=en&nrm=iso>.   access   on   30   Dec.   2012.  http://dx.doi.org/10.1590/S1516-­‐44462008000600002.      34. Entre  os  objetivos  da  terapia  comportamental  cognitiva  para  os  portadores  do   transtorno  bipolar   estão   a  melhora  do   convívio   familiar   e   a   redução  da  medicação  após  a  estabilização  do  quadro  por  mais  de  dois  anos.  Gabarito:  E  Comentários:   Não   temos,   felizmente   em   alguns   casos,   autoridade   para   sugerir  mudanças   medicamentosas.   Essa   descrição   de   que   após   dois   anos   de   estabilização   o  quadro   pode   ensejar   a   redução   medicamentosa   é   falaciosa.   O   tratamento  medicamentoso   é   para   o   resto   da   vida,   assim   como   diabetes   e   esquizofrenia,   por  exemplo.  Atente  para  isso.  Veja  um  breve  resumo  dos  objetivos  da  TCC  para  o  THB:  O  Transtorno  bipolar  (TB)  possui   forte  componente  biológico  e  sua  principal   forma  de  tratamento   é   com   medicamentos   estabilizadores   do   humor.   Entretanto,   o   papel   da  psicoterapia  para   o   seu   tratamento   é   enorme  e   com  potencial   ainda  pouco   explorado.  Estamos  diante  de  uma  doença   crônica,   que  necessita  de   acompanhamento   e   controle  por   toda   a   vida.   Assim,   cooperação   é   importante   e   para   isto   a   terapia   pode   ajudar.   A  síndrome   sofre   influência   de   fatores   de   estresse   e   tem   importantes   consequências  psicossociais,   interpessoais   e   de   diminuição   da   qualidade   de   vida.   Uma   porcentagem  relevante   de   portadores   não   tem   boa   resposta   aos   tratamentos   atuais,   apresentando  fases,   apesar   de   adequadamente   tratados.   Isto   para   não   falar   no   estigma,  desmoralização,  problemas  da  família  e  nas  dificuldades  e  conflitos  psicodinâmicos  que  qualquer   pessoa   pode   apresentar.   Há   um   campo   aberto   para   o   tratamento  psicoterápico.1  

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São   objetivos   da   Terapia   comportamental   cognitiva   (TCC)   para   os   portadores   deste  transtorno:  1)   Educar   pacientes   e   seus   familiares   e   amigos   sobre   o   transtorno   bipolar,   seu  tratamento  e  dificuldades  associadas  à  doença;  2)  Ajudar  o  paciente  a  ter  um  papel  mais  ativo  no  seu  tratamento;  3)   Ensinar   métodos   de   monitoração   da   ocorrência,   gravidade   e   curso   dos   sintomas  maníaco-­‐depressivos;  4)  Facilitar  a  cooperação  com  o  tratamento;  5)   Oferecer   técnicas   não   farmacológicas   para   lidar   com   pensamentos,   emoções   e  comportamentos  problemáticos;  6)  Ajudar  a  controlar  sintomas  leves  sem  necessidade  de  modificar  medicação;  7)   Ajudar   a   enfrentar   fatores   de   estresse   que   podem   interferir   no   tratamento   ou  precipitar  episódios  de  mania  ou  depressão;  8)  Estimular  o  aceitar  a  doença;  9)  Diminuir  trauma  e  estigma  associados;  10)  Aumentar  o  efeito  protetor  da  família;  11)  Ensinar  habilidades  para  lidar  com  problemas,  sintomas  e  dificuldades.  Há  diferenças   com  a  psicoterapia   tradicional,   pois   os  pacientes   em  geral   não   estão  na  fase   aguda   da   doença.   Durante   a  mania,   é  muito   difícil   fazer   terapia.   A   TCC   tem   uma  forma  mais  didática,  algumas  técnicas  somente  são  ensinadas  e  a  agenda  de  cada  sessão  pode   ser   ou   não   determinada   por   um   protocolo.   De   modo   algum   se   exclui   a   terapia  tradicional.  Fonte:  LOTUFO  NETO,  Francisco.  Terapia  comportamental  cognitiva  para  pessoas  com  transtorno   bipolar.  Rev.   Bras.   Psiquiatr.,   São   Paulo,   2012   .     Disponível   em  <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-­‐44462004000700010&lng=pt&nrm=iso>.   acessos   em   30   dez.   2012.  http://dx.doi.org/10.1590/S1516-­‐44462004000700010.    Recomendação   de   Leitura:   Efetividade   da   Terapia   Cognitivo-­‐Comportamental  para  os  Transtornos  do  Humor  e  Ansiedade:  Uma  revisão  de  revisões  sistemáticas  http://seer.imed.edu.br/index.php/revistapsico/article/view/173/145      Soraya,   psicóloga   de   formação   e   estudante   de   concursos,   procurou   tratamento  psicológico  e  psiquiátrico  após  a  perda  de  seus  pais  em  um  trágico  acidente  de  carro.  Na  anamnese   ficou   claro   a   presença   de   anedonia,   tristeza,   redução   de   interesse   social,  humor   deprimido   e   sintomas   psicóticos   incongruentes   com   o   humor.   Acerca   desse  quadro,  julgue  os  itens  a  seguir.  35. O   quadro   descrito   é   compatível   com   o   diagnóstico   de   episódio   único   de  Depressão.  

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Gabarito:  E  Comentários:  Essa  foi  fácil,  além  de  precisarmos  de  mais  dados  (como  o  tempo  de  luto),  a   presença   de   sinais   psicóticos   descarta   o   quadro   episódio   depressivo   maior   como  principal  diagnóstico.      Critérios  para  Episódio  Depressivo  Maior    A.   Cinco   (ou   mais)   dos   seguintes   sintomas   estiveram   presentes   durante   o   mesmo  período  de  2  semanas  e  representam  uma  alteração  a  partir  do  funcionamento  anterior;  pelo   menos   um   dos   sintomas   é   (1)   humor   deprimido   ou   (2)   perda   do   interesse   ou  prazer.  Nota:   Não   incluir   sintomas   nitidamente   devidos   a   uma   condição   médica   geral   ou  alucinações  ou  delírios  incongruentes  com  o  humor.    (1)   humor   deprimido   na  maior   parte   do   dia,   quase   todos   os   dias,   indicado   por   relato  subjetivo  (por  ex.,  sente-­‐se  triste  ou  vazio)  ou  observação  feita  por  outros  (por  ex.,  chora  muito).  Nota:  Em  crianças  e  adolescentes,  pode  ser  humor  irritável    (2)   interesse   ou   prazer   acentuadamente   diminuídos   por   todas   ou   quase   todas   as  atividades  na  maior  parte  do  dia,  quase  todos  os  dias  (indicado  por  relato  subjetivo  ou  observação  feita  por  outros)    (3)  perda  ou  ganho  significativo  de  peso  sem  estar  em  dieta  (por  ex.,  mais  de  5%  do  peso  corporal  em  1  mês),  ou  diminuição  ou  aumento  do  apetite  quase  todos  os  dias.  Nota:  Em  crianças,  considerar  falha  em  apresentar  os  ganhos  de  peso  esperados    (4)  insônia  ou  hipersonia  quase  todos  os  dias    (5)   agitação   ou   retardo   psicomotor   quase   todos   os   dias   (observáveis   por   outros,   não  meramente  sensações  subjetivas  de  inquietação  ou  de  estar  mais  lento)    (6)  fadiga  ou  perda  de  energia  quase  todos  os  dias    (7)   sentimento   de   inutilidade   ou   culpa   excessiva   ou   inadequada   (que   pode   ser  delirante),   quase   todos   os   dias   (não  meramente   auto-­‐recriminação   ou   culpa  por   estar  doente)    (8)  capacidade  diminuída  de  pensar  ou  concentrar-­‐se,  ou  indecisão,  quase  todos  os  dias  (por   relato   subjetivo   ou   observação   feita   por   outros)    (9)  pensamentos  de  morte   recorrentes   (não  apenas  medo  de  morrer),   ideação   suicida  recorrente   sem   um   plano   específico,   tentativa   de   suicídio   ou   plano   específico   para  cometer  suicídio    B.  Os  sintomas  não  satisfazem  os  critérios  para  um  Episódio  Misto  C.   Os   sintomas   causam   sofrimento   clinicamente   significativo   ou   prejuízo   no  funcionamento   social   ou   ocupacional   ou   em   outras   áreas   importantes   da   vida   do  indivíduo.    

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D.  Os  sintomas  não  se  devem  aos  efeitos  fisiológicos  diretos  de  uma  substância  (por  ex.,  droga   de   abuso   ou   medicamento)   ou   de   uma   condição   médica   geral   (por   ex.,  hipotiroidismo).    E.  Os   sintomas  não   são  melhor  explicados  por  Luto,   ou   seja,   após  a  perda  de  um  ente  querido,   os   sintomas   persistem   por   mais   de   2   meses   ou   são   caracterizados   por  acentuado   prejuízo   funcional,   preocupação   mórbida   com   desvalia,   ideação   suicida,  sintomas  psicóticos  ou  retardo  psicomotor.      36. A   característica   essencial   do  Transtorno   Depressivo   Maior  é   um   curso  clínico   caracterizado   por   um   ou  mais  Episódios   Depressivos  Maiores,   sem   história   de  Episódios  Maníacos,  Mistos  ou  Hipomaníacos.  Gabarito:  C  Comentários:  Vide  DSM-­‐IV.    37. A   presença   de   sintomas   psicóticos   exclui   o   diagnóstico   de   transtorno   de  humor.  Gabarito:  E  Comentários:   Nunca.   O   transtorno   de   humor   possui,   per   si,   sinais   de   delírios   e   até  alucinações.  No   caso   descrito   existe   uma  probabilidade   significativa   de   que   estejamos  falando  de  algum  tipo  de  transtorno  de  humor  ou  do  espectro  esquizofrênico.  Para  isso,  mais  dados  devem  ser  colhidos.        Sobre  os  transtornos  de  ansiedade,  julgue  os  itens  a  seguir.  

38. O   transtorno   do   pânico   é   caracterizado   pela   presença   de   Ataques   de  Pânico   recorrentes   e   inesperados   acompanhados   por   comportamentos  evitativos.  

Gabarito:  E  Comentários:  Observe  que  existe  o  Transtorno  de  Pânico   sem  Agorafobia.  Ele  é  caracterizado   por   Ataques   de   Pânico   inesperados   e   recorrentes   acerca   dos   quais   o  indivíduo  se  sente  persistentemente  preocupado  e  sem  comportamentos  de  evitação.    

39. A  agorafobia  é  identificada  apenas  no  transtorno  do  pânico.  Gabarito:  E  Comentários:   Vários   transtornos   de   ansiedade   possuem   comportamentos   de  agorafobia,   como   o   Transtorno   de   Ansiedade   Generalizada   e   a   Fobia   Social.   O  próprio  DSM-­‐IV  fala:  

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Uma  vez  que  Ataques  de  Pânico  e  Agorafobia  ocorrem  no  contexto  de  diversos  outros  transtornos,   os   conjuntos   de   critérios   para   Ataque   de   Pânico   e   para   Agorafobia   são  listados  separadamente  no  início  desta  seção.    40. A   agorafobia   é   a   esquiva   voluntária   que   o   indivíduo   com   transtorno   do  pânico  exibe  ao  sentir  apreensão.  Gabarito:  E  Comentários:  Para  o  paciente  com  agorafobia,  não  há  escolha.  A  ação  é   involuntária  e  automática.  Lembre-­‐se  que  a  agorafobia  é  a  ansiedade  ou  esquiva  a   locais  ou  situações  das  quais  poderia  ser  difícil  (ou  embaraçoso)  escapar  ou  nas  quais  o  auxílio  poderia  não  estar   disponível,   no   caso   de   ter   um   Ataque   de   Pânico   ou   sintomas   tipo   pânico.   A  ansiedade  tipicamente  leva  à  esquiva  global  de  uma  variedade  de  situações,  que  podem  incluir:   estar   sozinho   fora   de   casa   ou   estar   sozinho   em   casa;   estar   em   meio   a   uma  multidão;  viajar  de  automóvel,  ônibus  ou  avião,  ou  estar  em  uma  ponte  ou  elevador.      41.  Um  ataque  de  pânico  é  representado  por  um  período  distinto  no  qual  há  o  início   súbito   de   intensa   apreensão,   temor   ou   terror,   frequentemente   associados   com  sentimentos  de  catástrofe  iminente.    Gabarito:  C  Comentários:   Isso  mesmo,   e   durante   esses   ataques   estão   sempre   presentes   sintomas  físicos   tais   como   falta   de   ar,   palpitações,   dor   ou   desconforto   torácico,   sensação   de  sufocamento  e  medo  de  "ficar  louco"  ou  de  perder  o  controle.    42. É   fundamental   a   identificação   de   dois   ou   mais   episódios   de   pânico   para  caracterizar  o  transtorno  do  pânico.  Gabarito:  C  Comentários:  Pelo  menos  dois  Ataques  de  Pânico   inesperados  são  necessários  para  o  diagnóstico   de   transtorno   do   pânico,   mas   a   maioria   dos   indivíduos   tem   um   número  consideravelmente  maior  de  ataques.    43. É   possível   realizar   o   diagnóstico   de   agorafobia   sem   a   identificação   de  histórico  de  transtorno  do  pânico.  Gabarito:  C  Comentários:  Perfeito.  Esse  é  um  tipo  possível  de  diagnóstico.  Confira:  Critérios  Diagnósticos  para  F40.00  -­‐  300.22  Agorafobia  Sem  História  de  Transtorno  de  Pânico    A.   Presença   de   Agorafobia   relacionada   ao  medo   de   desenvolver   sintomas   tipo   pânico  (por  ex.,  tontura  ou  diarreia).    

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B.   Jamais   foram   satisfeitos   os   critérios   para   Transtorno   de   Pânico    C.  A  perturbação  não  se  deve  aos  efeitos  fisiológicos  diretos  de  uma  substância  (por  ex.,  droga  de  abuso,  medicamento)  ou  de  uma  condição  médica  geral.    D.  Na  presença  de  uma  condição  médica  geral  associada,  o  medo  descrito  no  Critério  A  excede  claramente  aquele  em  geral  associado  com  a  condição.    44. A   duração   das   perturbações   no   Transtorno   de   Estresse   Pós-­‐Traumático  para  o  seu  correto  diagnóstico  deve  ser  de,  pelo  menos,  6  meses.  Gabarito:  E  Comentários:  Os  sintomas  principais  devem  ter  duração  superior  a  um  mês,  e  não  seis.      45. É  condição  fundamental  para  o  diagnóstico  de  Transtorno  de  Estresse  Pós-­‐Traumático  a  vivência  direta  de  eventos  traumáticos.  Gabarito:  E  Comentários:   Opa,   não   precisa   ser   direta!   A   pessoa   vivenciou,   testemunhou   ou   foi  confrontada  com  um  ou  mais  eventos  que  envolveram  morte  ou  grave  ferimento,  reais  ou  ameaçados,  ou  uma  ameaça  à  integridade  física,  própria  ou  de  outros.    46. A  agorafobia  pode  estar  presente  na  Fobia  Social  Gabarito:  C  Comentários:  O  indivíduo  com  Fobia  Social  tipicamente  evita  as  situações  temidas.  Com  menor  frequência,  força-­‐se  a  suportar  a  situação  social  ou  de  desempenho,  porém  o  faz  com  intensa  ansiedade.  A  ansiedade  antecipatória  acentuada  também  pode  ocorrer  bem  antes  do  advento  das  situações  sociais  ou  públicas  (por  ex.,  preocupação  todos  os  dias,  por   várias   semanas,   antes   de   comparecer   a   um  evento   social).   Pode   haver   um   círculo  vicioso   de   ansiedade   antecipatória   levando   à   cognição   temerosa   e   sintomas   de  ansiedade  nas  situações  temidas,  que  levam  a  um  fraco  desempenho,  real  ou  percebido,  nessas   situações,   levando,   por   sua   vez,   ao   embaraço   e  maior   ansiedade   antecipatória  acerca  das  situações  temidas,  e  assim  por  diante.    Acerca  da  concepção  analítica  de  neurose,  julgue  os  seguintes  itens.  47. A  neurose  é  eminentemente  um  conflito  entre  o  eu  real  e  o  eu  ideal.  Gabarito:  E  Comentários:   Não   confunda.   Na   teoria   freudiana   original,   a   neurose   representa   uma  condição  resultante  entre  o  conflito  que  o  ego  entra  com  o   Id  a   serviço  das   limitações  impostas  pela  realidade  do  mundo  externo.      48. A  neurose  fóbica  leva  a  comportamentos  compulsivos  Gabarito:  E  

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Comentários:  Na  neurose  obsessiva  sim  –  esta  é  entendida  como  o  transtorno  obsessivo  compulsivo   clássico.   Na   neurose   fóbica   existe   uma   reação   de  medo   em   relação   a   um  objeto  exterior.    49. Na  neurose  histérica  a   angústia   é   fixada,  de  modo  mais  ou  menos  estável,  em  um  objeto  exterior.  Isto  é,  o  sintoma  principal  é  o  medo.  Gabarito:  E  Comentários:   Na   neurose   histérica   o   conflito   psíquico   simboliza-­‐se   nos   sintomas  corporais  de  modo  ocasional,  isto  é,  como  crises.    50. A  neurose  apresenta,  em  algum  grau,  ruptura  com  a  realidade.  Gabarito:  E  Comentários:  Apesar  dos  problemas  psicodinâmicos  da  neurose,  em  nenhum  momento  existe  a  ruptura  com  a  realidade.  Quem  faz  isso  é  a  psicose.    51. Dentre   as   patologias   descritas   por   Freud,   as   neuroses   são   as   que  apresentam  maior  grau  de  comprometimento  afetivo  e  maior  dificuldade  de  tratamento.  Gabarito:  E  Comentários:  Acredite,  a  psicose  e  a  perversão  apresentam  maior  comprometimento  e  dificuldade  de  tratamento.    52. Em  relação  a  psicose,  apresenta  defesas  mais  evoluídas.  Gabarito:  C  Comentários:   Certamente.   A   psicose   apresenta   as   defesas   mais   primitivas   de   toda  psicopatologia  analítica.      Julgue  os  itens  a  seguir  acerca  do  transtorno  fóbico.  53. Segundo   a   psicanálise,   o   paciente   fóbico   enfrenta   seu   conflito   emocional  interno   e   ansiedade   tentando   reprimir   seus   pensamentos   e   impulsos   perturbadores.  Como  isso  falha,  desloca  seu  conflito  para  um  lugar  ou  situação  externa  e  tenta  confinar  sua  ansiedade  neste  local  ou  situação.    Gabarito:  C  Comentários:  Perfeito,  para  a  psicanálise,  a  explicação  da  fobia  reside  no  deslocamento  de  conflitos  internos  para  um  objeto  externo.    54. O  sintoma  específico  do  paciente  fóbico  caracteriza-­‐  se  pelo  uso  da  evitação  como  meio  de  solucionar  problemas.    Gabarito:  C  Comentários:  A  evitação  é  uma  estratégia  comportamental  de  todo  paciente  fóbico.  

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 55. Na   fobia   social,   as   defesas   fóbicas   conduzem   a   uma   limitação   geral   da  personalidade,  uma  vez  que  ele  renuncia  a  liberdade  de  ir  e  vir  a  fim  de  evitar  o  conflito.    Gabarito:  C  Comentários:  Perfeito.    56. O  paciente  fóbico  está  envolvido  num  conflito  entre  a  obediência  e  o  desafio.  Isto  leva  a  alternância  entre  os  sentimentos  de  medo  de  ser  apanhado  ou  punido  e  raiva  por  renunciar  aos  seus  desejos  e  submeter-­‐se.    Gabarito:  E  Comentários:   A   fobia   não   é   uma   resposta   obsessiva   ao   qualquer   tipo   de  questionamento.  Mas   uma   reação   condicionada   a   exposição,  mesmo   que   cognitiva,   de  um  objeto  ansiogênico.    57. Os  sintomas  fóbicos  podem  variar  e  se  prolongar  de  uma  situação  para  outra  Gabarito:  C  Comentários:  A  reação  fóbica  apresenta  variações.  Perfeito.      Acerca  da  perspectiva   cognitivista  e   suas   interações   com  os   transtornos  de  ansiedade,  julgue  os  itens  a  seguir.    58. Segundo   o   modelo   cognitivo,   os   portadores   de   transtornos   de   ansiedade   tem    uma  tendência  aumentada  a  cometer  distorções  ao  processar  o  real   interno  e  externo,  além   de   uma   rigidez   que   o   levaria,   uma   vez   cometida   uma   distorção,   a   resistir   à  consideração  de  interpretações  alternativas.  Gabarito:  C  Comentários:  Correto.  Segundo  o  modelo  cognitivo,  o  ponto  central  para  a  experiência  subjetiva  de  ansiedade  diante  de  um  evento  não  seria  o  evento  em  si,  mas  a  atribuição  de  um  significado  ameaçador  ou  perigoso  ao  evento  pelo  sujeito.  No  caso  específico  dos  transtornos   de   ansiedade,   a   experiência   de   ansiedade   decorreria   de   uma   atribuição  exagerada  de  ameaça  ou  perigo  a  eventos  que  outros  poderiam  processar  como  neutros.      59. O  tratamento  cognitivo  dos  transtornos  de  ansiedade  é  em  regra,  segundo  Aaron  Beck,  pautado  pela  reestruturação  cognitiva  e  pela  terapia  de  exposição.  Gabarito:  E  Comentários:  Observe  que,  apesar  de  sempre  lidarmos  com  a  reestruturação  cognitiva,  nem   sempre   a   exposição   será   viável.   Apesar   de   ser   uma   excelente   técnica,   apresenta  limitações   práticas   como,   por   exemplo,   quando   o   estímulo   não   é   simulável   e  

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reproduzível   em   escala   controlável.   Ex.   medo   de   leões,   de   germes,   de   sentir  desfalecimento,  etc.  Nesses  casos  deve-­‐se  optar  pelo  ensaio  cognitivo.      Com  relação  ao  transtorno  antissocial  de  personalidade,  julgue  os  seguintes  itens.  60. Os  traços  de  caráter  psicopático  têm  por  objetivo  assegurar  a  gratificação  de  impulsos  e  proporcionar  segurança  e  o  alivio  da  tensão  resultante.    Gabarito:  C  Comentários:  Correto.  Aliais,  em  todo  transtorno  de  personalidade  os  comportamentos  serão  explicados  através  deste  mecanismo  de  redução  de  tensão.    61. O  portador  desse  tipo  de  transtorno  tem  pouca  empatia  social,  mas,  em  relação  à  média  populacional,  apresenta  um  elevado  nível  de  habilidades  sociais.  Gabarito:  E  Comentários:   A   primeira   parte   da   afirmativa   está   correta,  mas   não   podemos   dizer   a  mesma   coisa   da   segunda   parte.   Não   existem   dados   significativos   que   corroborem   a  hipótese   que   pessoas   com   transtorno   de   personalidade   antissocial   possuam   elevados  níveis  de  habilidades  sociais.  Destaco,  ainda:  Vários   estudos   têm   mostrado   a   importância   e   a  aplicabilidade   das   escalas   CGF   no  diagnóstico  clínico.  Por  exemplo,  há  indicações  claras  na  literatura  de  que  pessoas  com  diagnóstico   de   transtorno   de   personalidade   anti-­‐social  apresentam   baixos   escores   de  socialização   (Widiger,   Trull,  Clarkin,   Sanderson   &   Costa,   2002).   Tal   aspecto   é  relevante,  uma  vez  que,  conforme   já  mencionado,   transtornos  da  personalidade  podem  afetar  HS  de  forma  significativa.      Fonte:  http://www.scielo.br/pdf/pusf/v13n1/v13n1a06.pdf      62. Apresentam  alta  capacidade  de  tolerância  à  ansiedade  e  frustração.    Gabarito:  E  Comentários:  Baixa,  por  isso  mesmo  colocam  suas  estratégias  em  ação  cotidianamente.    63. A  organização  emocional  é  superficial.  Gabarito:  C  Comentários:  Perfeito.    64. Portadores   desse   tipo   de   transtorno   perseguem   a   gratificação   imediata,  dando  pouca  importância  às  demandas  da  realidade  externa.  Gabarito:  C  Comentários:   Correto.   São   imediatistas   e   colocam   suas   prioridades   acima   das  prioridades   dos   outros.   Na   verdade,   os   outros   são   vistos   como   instrumentos   para   a  

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aquisição  de  seus  objetivos.    65. Pessoas   com   transtorno   de   personalidade   antissocial   apresentam   humor  lábil.  Gabarito:  E  Comentários:   Humor   lábil   significa   a   inconstância   do   humor.   Essa   não   é   uma   das  características   do   transtorno   de   personalidade   antissocial   –   é,   por   exemplo,   do  transtorno  de  personalidade  borderline.      Acerca  da  psicopatologia  psicanalítica,  julgue  os  itens  a  seguir.  66.  A  neurose  situacional  recebe,  atualmente,  o  nome  de  transtorno  do  pânico.  Gabarito:  E  Comentários:   É   a   neurose   de   angústia   que   recebe   a   alcunha   atual   de   transtorno   do  pânico.  Lembre-­‐se  que  Freud  denominou  de  neurose  de  angústia  o  distúrbio  psicológico  caracterizado  pelo  acúmulo  de  uma  excitação  sexual  que  se  transforma  diretamente  em  sintoma   sem  mediação   psíquica.   A   excitabilidade   geral   tem   a   capacidade   de   produzir  efeitos   somáticos   (vertigem,   dispnéia,   perturbações   cardíacas,   exsudação)   sem   passar  por  uma  atividade  psíquica.    67. A  fixação  da  libido  na  fase  anal  pode  gerar  a  neurose  obsessiva.  Gabarito:  C  Comentários:  Perfeito.  De  acordo  com  a  teoria  psicanalítica  desenvolvida  por  Freud,  a  fixação   da   libido   na   fase   anal   do   desenvolvimento   psicossexual   pode   gerar   uma  personalidade  com  características  de  limpeza,  minunciosidade  e  perseverante.  A  fixação  na   fase   anal   estaria   relacionada   com   a   origem   das   neuroses   obsessivas.   Aproveito   a  oportunidade   para   dizer   que,   de   acordo   com   a   psicanálise,   o   complexo   de   Édipo   é   o  principal  eixo  de  referência  psicopatológico.      68. Freud   considera   que   o   recalque   é   o   principal   mecanismo   de   defesa  responsável  pela  neurose  obsessiva.    Gabarito:  C  Comentários:   Isso   mesmo.   Saliento,   ainda,   que   o   sucesso   do   recalque   na   neurose  obsessiva  é  inicialmente  completo,  mas  não  é  permanente.      69. Para  Freud,  a  origem  da  depressão  pode  estar  relacionada  com  a  privação  ou   excesso   de   gratificação   oral,   fazendo   com   que   exista   uma   fixação   nesse   estágio   de  desenvolvimento.    Gabarito:  C  Comentários:  Digno  de  grifo.  É  isso  mesmo.  

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 70. O  Hospitalismo,  ou  a  depressão  anaclítica,   se   caracteriza  pela  presença  de  sintomas  severos,  mas  reversíveis,  na  formação  dos  vínculos  infantis.  Gabarito:  E  Comentários:   Cuidado,   Hospitalismo   é   uma   coisa   e   depressão   anaclítica   é   outra.  Hospitalismo   é   um   termo   utilizado   a   partir   dos   trabalhos   de   Spitz   para   designar   o  conjunto   das   perturbações   somáticas   e   psíquicas   provocadas   em   crianças   durante   os  primeiros   18   meses   por   uma   permanência   prolongada   em   uma   instituição  completamente   privadas   da   mãe   em   que   os   cuidados   lhes   são   dispensados   de   forma  anônima   e   sem   o   estabelecimento   de   uma   laço   afetivo   (por   exemplo,   hospitais   ou  orfanatos).   A   depressão   anaclítica   aparece   progressivamente   na   criança   que   sofreu  privação  da  mãe   após   ter   tido   contato   com  ela,   pelo  menos  durante   os   seis   primeiros  meses   de   vida.   Dessa   forma,   o   hospitalismo   consiste   numa   privação   afetiva   total  enquanto  que  a  depressão  anaclítica   consiste  numa  carência  afetiva  parcial  na   criança  que   vinha   se   beneficiando   de   uma   relação   normal   com   a   mãe.   O   hospitalismo   tem  consequências  duradouras  e  mesmo   irreversíveis  enquanto  que  a  depressão  anaclítica  pode  cessar  quando  a  criança  volta  a  encontrar  a  mãe.      71.  A  fixação  em  uma  determinada  fase  de  desenvolvimento  psicossexual  pode  resultar  em  distúrbios  de  personalidade.  Gabarito:  C  Comentários:   Correto.   A   fixação   é   a   explicação,   por   exemplo,   do   caráter   oral  (caracterizado  pela  passividade  e  dependência)  ou  do  caráter  anal   (caracterizado  pela  ordem  e  obstinação).        Acerca   da   conceituação   da   psicanálise   e   da   neurose   na   teoria   psicanalítica,   julgue   os  itens  a  seguir.    72. De   acordo   com   a   teoria   psicanalítica,   a   neurose   está   relacionada   com  conflitos  inconscientes  enquanto  a  psicose  está  relacionada  com  a  transferência  para  si  próprio   da   totalidade   da   libido   que   a   pessoa   normal   orienta   para   objetos   animados   e  inanimados  que  a  rodeiam.  Gabarito:  C  Comentários:  Correto.  Destaco  ainda  que  a  o  fato  de  a  libido  estar  totalmente  investida  no   ego   reduz   a   capacidade   dos   pacientes   psicóticos   transferirem   sua   libido   para   um  objeto   externo   e,   por   conta   disso,   se   tornam   pouco   acessíveis   a   um   tratamento   cujo  elemento  propulsor  é  a  transferência.      

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73. De   acordo   com   a   psicanálise,   a   psicose   é   uma   perturbação   primária   da  relação  libidinal  com  a  realidade.    Gabarito:  C  Comentários:  Correto  novamente.  Em  contraste  com  o  transtorno  neurótico,  a  psicose  caracteriza-­‐se  pela   recusa  da   realidade,   retirando   todos   os   investimentos  da   libido  no  objeto  e  fragmentando  sua  representação.  A  retirada  da  libido  do  objeto  externo  leva  a  uma  transferência  dessa   libido  para  si  próprio  caracterizando  o  que  Freud  denominou  de   neurose   narcísica   (equivalente   à   psicose).   O   fato   de   a   libido   estar   totalmente  investida   no   ego   reduz   a   capacidade   dos   pacientes   psicóticos   transferirem   sua   libido  para   um   objeto   externo   e,   consequentemente,   tornando-­‐os   pouco   acessíveis   a   um  tratamento   psicanalítico.   Isso   ocorre   pela   incapacidade   de   realizar   transferência   às  sessões  de  análise.      Considerando  a  psicopatologia  psicanalítica,  julgue  os  itens  a  seguir.    74. A  histeria  é  considerada  uma  neurose  atual.  Gabarito:  E  Comentários:   A   histeria   não   é   considerada   neurose   atual,   mas   uma   psiconeurose   de  defesa.  Observe  que  a  neurose  atual  deve   seu  nome,  precisamente,   ao   fato  de  que   sua  origem  não  deve  ser  buscada  em  um  conflito  infantil  -­‐  como  as  psiconeuroses  de  defesa  -­‐  mas   em   um   conflito   experimentado   atualmente   pelo   paciente.   Exemplos   de   neurose  atual:  neurastenia  e  neurose  de  angustia.    75.  Na   histeria   de   conversão   observa-­‐se   uma   série   de   sintomas   físicos   que  expressam  conflitos  recalcados.    Gabarito:  C  Comentários:   Perfeito.   Exemplos   de   sintomas   na   histeria   de   conversão:   convulsão,  vermelhidão  na  pele,  rouquidão,  tontura,  etc.    76. A  neurose   traumática  é  um  tipo  de  neurose  desenvolvida  a  partir  da   forte  eclosão  de  elementos   inconscientes  à  consciência  e  que  não  podem  ser  coerentemente  trabalhados  pelo  Ego.  Gabarito:  E  Comentários:   Observe   que   a   neurose   traumática   é   um   tipo   de   neurose   em   que   o  aparecimento   dos   sintomas   é   consequência   de   um   choque   emotivo   externo   capaz   de  ameaçar   de   forma   real   sua   vida.   Freud   descreveu   como   trauma   quaisquer   excitações  provindas  de  fora  que  sejam  tão  poderosas  a  ponto  de  atravessar  o  escudo  protetor  do  psiquismo  humano.      

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77. A  discrepância  entre  o  ego  ideal  e  o  ideal  de  ego,  segundo  Freud,  constitui  a  raiz  da  psicose.  Gabarito:  E  Comentários:   A   raiz   da   psicose,   além   da   cisão   com   a   realidade   (cisão   do   ego)   e   a  ausência  da  interdição  paterna,  é  a  incapacidade  de  criar  vínculos  (transferir  libido  aos  elementos  externos  ao  eu).  Essa  é  a  visão  da  psicanálise.  Quanto  ao  ego  ideal  e  o  ideal  de  ego,  preciso  fazer  alguns  apontamentos.  O  ideal  de  ego  foi  uma  expressão  utilizada  por  Freud   no   quadro   da   sua   segunda   teoria   do   aparelho   psíquico.   É   uma   instância   da  personalidade   resultante   da   convergência   do   narcisismo   e   da   identificação   com  identificações  com  os  pais,  com  os  seus  substitutos  e  com  os  ideais  coletivos.  O  conceito  de  ideal  de  ego  pode  ser  utilizado  como  sinônimo  de  superego.  Não  confundir   ideal  de  ego  com  o  conceito  de  ego   ideal.  Ego   ideal  está  relacionado  com  um  ideal  narcísico  de  onipresença.      78. As  doenças  psicossomáticas  são  resultantes  de  defesas  a  elementos  sociais  não  aceitos  pelo  ideal  de  ego.    Gabarito:  E  Comentários:  Não  é  bem  assim.  Nas  doenças  psicossomáticas  ocorre  um  deslocamento  para  o  corpo  dos  conflitos  inconscientes.      79. De   acordo   com   Freud,   a   neurose   representa   uma   condição   resultante   de  conflitos  do  Id  manifesto  no  Ego  acerca  dos  conflitos  e  limitações  impostos  pelo  mundo  externo.    Gabarito:  C  Comentários:   Essa   é   a   raiz   da   neurose,   uma   dificuldade   de   conciliação   entre   os  elementos  do  Id  e  da  realidade  e  expresso  no  Ego.    80. A  clivagem  do  eu  caracteriza  a  estrutura  de  perversão.  Gabarito:  E  Comentários:  A  clivagem  não  é  um  mecanismo  presente  na  neurose  ou  na  perversão,  mas  sim  na  psicose.  A  perversão,  por  sua  vez,  representa  um  desvio  em  relação  ao  ato  sexual  "normal".      81. O   fundamento   da   diferença   entre   a   neurose   e   a   psicose,   para   Freud,   é   o  agente   que   exerce   maior   influência   sobre   o   Ego.   Na   neurose   é   o   meio   externo   e   na  psicose  é  o  Id.  Gabarito:  C  Comentários:  Isso  mesmo!  Na  neurose  o  ego  toma  partido  do  meio  externo  e  coloca-­‐se  contra   as   pulsões   do   Id.   Na   psicose   o   processo   é   oposto,   o   ego   ignora   a   realidade,  colocando-­‐se  a  serviço  do  Id.    

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 82. A   histeria   de   conversão   caracteriza-­‐se   pela   presença   de   sintomas   físicos  geralmente  de  natureza  neurológica,  como  por  exemplo,  paralisia,  cegueira,  ou  mutismo.    Gabarito:  E  Comentários:  Os  sintomas  são  inconscientes  e  possuem  manifestação  física.  Suas  causas  não  são  neurológicas.    83. A   histeria   de   conversão   é   conhecida   atualmente   como   transtorno  somatoforme.  Gabarito:  C  Comentários:   Perfeito.   Os   transtornos   somatoformes,   anteriormente   chamados   de  histeria   de   conversão,   estão   relacionados   com   alterações   corporais   sem   qualquer  identificação  orgânica  clara.  Sintomas  corporais  tais  como  paralisia  ou  perda  de  função  sensorial  sem  aparente  causa  orgânica,  são  exemplos  de  transtornos  somatoformes.        Acerca  dos  critérios  de  diagnóstico  das  psicopatologias,  julgue  os  itens  a  seguir.    84. Delírios   são   tipos   de   alucinações   e   referem-­‐se   a   percepção   de   estímulos  sensoriais  quando  não  há  objeto  a  ser  percebido.  Gabarito:  E  Comentários:   Errado,   delírio   não   é   um   tipo   de   alucinação.   Não   confunda   esses  conceitos.   Delírio   é   um   transtorno   de   pensamento   enquanto   que   alucinação   é   um  transtorno   sensorial.   Existem   vários   tipos   de   delírio.   Além   disso,   delírios   são  caracterizados   por   uma   distorção   na   organização   e   linearidade   do   pensamento.  Memórias   e   conceitos   são   erroneamente   ligados   ocasionando,   desse   modo,   uma  distorção  da  interpretação  da  realidade  e  da  própria  identidade.      85. Alucinações   táteis   são   comuns   em   portadores   de   esquizofrenia   do   tipo  paranoide.  Gabarito:  E  Comentários:   Não,   não   é   característico   da   esquizofrenia   do   tipo   paranoide.   Aliais,   de  nenhum  tipo  de  esquizofrenia.  Ela  pode  até  ser  identificada,  mas  sua  incidência  é  muito  rara.   O   lugar   mais   comum   para   encontrarmos   esse   tipo   de   alucinação,   quase   que  exclusivamente,  é  no  quadro  de  Delirium  Tremens.      86. A  ênfase  da  Esquizofrenia  Hebefrênica  é  a  desestruturação  dos  delírios.  Gabarito:  C  Comentários:  Perfeito.  Na  Esquizofrenia  Hebefrênica  os  delírios  não  são  estruturados,  daí   a   nova  denominação  de  Esquizofrenia  Desorganizada  para   esse   tipo.  O  CID.10  diz,  

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para   a   Esquizofrenia   Hebefrênica   que   o   pensamento   é   desorganizado   e   o   discurso  incoerente.        Julgue  os  seguintes  itens  acerca  dos  transtornos  de  personalidade.  87. O   pensamento   obsessivo   manifesto   no   Transtorno   de   Personalidade  Obsessivo  Compulsivo  é  caracterizado  pela  intromissão  indesejável  de  um  pensamento  no  campo  da  consciência  de  maneira  insistente  e  repetitiva,  reconhecido  pelo  indivíduo  como  um  fenômeno  incômodo  e  absurdo.  Gabarito:  E  Comentários:   Esse   é   o   pensamento   obsessivo   do   transtorno   obsessivo,   e   não   do  transtorno   de   personalidade   obsessivo-­‐compulsivo.   Nesse   tipo   de   transtorno   de  personalidade,   os   pensamentos   são   egossintônicos,   e   não   são   percebidos   como   algo  ansiogênico   ou   incomodo.   Aliais,   a   manifestação   de   pensamentos   obsessivos   nessa  condição,  via  de  regra,  ocorre  quando  o  ambiente  em  que  ele  está  inserido  não  responde  adequadamente   ao   seu   controle.   Para   que   fique   claro:   pacientes   com   TPOC   sentem  ansiedade  normalmente  e  essa  ansiedade  não  vem  de  pensamentos  obsessivos.  Atente  para  isso.    88. O   modelo   cognitivo   pressupõe   que   os   transtornos   de   personalidade   são  constituídos  por  indivíduos  com  esquemas  não-­‐adaptativos  e  inflexíveis.  Gabarito:  C  Comentários:   Isso  mesmo.   Veja   que   estamos   falando   de   esquemas   não-­‐adaptativos   e  inflexíveis.  Não  estamos  falando  de  esquemas  pouco  adaptativos  ou  com  dificuldade  de  adaptação.  Atente  para  isso.  Ainda  sobre  o  assunto,  é  válido  destacar:  Indivíduos   com   transtornos   de   personalidade   geralmente   apresentam   esquemas   não-­‐adaptativos   e   inflexíveis,   uma   vez   que   são   mantidos   cognitivamente   por   meio   dos  processos   descritos   por   Beck   (1993),   tais   como   distorções   cognitivas.   Além   disso,  apresentam  uma  incapacidade  de  discriminar  suas  próprias  percepções  das  percepções  dos   outros   (APA,   2002;   Ventura,   1998).   Entretanto,   aqueles   com   algum   transtorno   de  personalidade,  como  o  Evitativo,  Dependente  ou  Obsessivo-­‐Compulsivo,  geralmente  têm  consciência   das   suas   dificuldades,   são   ansiosos   e   estão   constantemente   preocupados  com  a  aceitação  por  parte  do  terapeuta  (Ventura,  1998),  o  que  pode  facilitar  o  processo  de  tratamento.  Fonte:   ZANIN,   Carla   Rodrigues;   VALERIO,   Nelson   Iguimar.   Intervenção   cognitivo-­‐comportamental   em   transtorno   de   personalidade   dependente:   relato   de   caso.  Rev.  bras.ter.   comport.   cogn.,   São   Paulo,   v.   6,   n.   1,  jun.   2004   .     Disponível   em  <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-­‐55452004000100009&lng=pt&nrm=iso>.  acessos  em  31  dez.  2012.  

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 89.  As   cognições   mais   marcantes   nos   indivíduos   com   Transtorno   de  Personalidade   Esquizoide   são   referentes   à   baixa   auto-­‐estima,   abandono   e   medo   de  errar;   geralmente,   referem-­‐se   a   si   mesmos   como   sendo   incapazes   de   fazer   qualquer  coisa  sozinhos.  Do  ponto  de  vista  comportamental,  a  falta  de  iniciativa  é  marcante  e  não  percebem  os  prejuízos  que  este  comportamento  pode  acarretar  na  vida.  Gabarito:  E  Comentários:  Esse  é  o  transtorno  de  personalidade  dependente  e  não  o  esquizoide.  Sobre  o  transtorno  de  personalidade  esquizoide,  é  válido  destacar  a  seguinte  tabela:    

Características  Clínicas  do  Transtorno  de  Personalidade  Esquizoide  

Área  Características  

Aberto   Encoberto  

Auto-­‐conceito  

• complacente  • estóico  • não  competitivo  • autosuficiente  • pouco  assertivo  • sentindo-­‐se  inferior   e   um   "estranho"  na  vida  

• cínico  • inautêntico  • despersonalizado  • alternativamente   sentindo-­‐se   vazio  ("como   um   robô")   ou   cheio   de   fantasias  onipotentes  e  vingativas  • grandiosidade  oculta  

Relações  interpessoais  

• afastado  • indiferente  • poucos   amigos  chegados  • impermeável   às  emoções  dos  outros  • medo   de  intimidade  

• extremamente  sensível  • profundamente  curioso  • sedento  de  amor  • invejoso  da  espontaneidade  alheia  • necessitando   intensamente   de  envolvimento  com  os  outros  • capaz  de  excitação  com  amigos  íntimos  cuidadosamente  escolhidos  

Adaptação  social  

• prefere   atividades  recreativas   e  ocupacionais  solitárias  • marginal   ou  ecleticamente   sociável  em  grupos  • vulnerável   a  movimentos   esotéricos  

• falta  de  clareza  nos  objetivos  • fraca  afiliação  étnica  • usualmente   capaz   de   regularidade   no  trabalho  • por   vezes   bastante   criativo,   podendo  fazer  contribuições  únicas  e  originais  • capaz   de   persistência   apaixonada   em  certas  esferas  de  interesse  

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devido   a   uma   forte  necessidade  de  pertença  • tendência   à  preguiça  e  indolência  

Amor   e  sexualidade  

• assexual,   por  vezes  celibatário  • sem   interesse  românticos  • aversão  a  boatos  e  insinuações  sexuais  

• interesses  voyeuristicos  secretos  • vulnerável  à  erotomania  • tendência  a  perversões  compulsivas  

ética,  padrões  e  ideais  

• convicções   morais  e   políticas  idiossincráticas  • tendência   para  interesses   espirituais,  místicos   e   para-­‐psicológicos  

• instabilidade  moral  • ocasionalmente   contundentemente  amoral  e  vulnerável  a  crimes  bizarros,  outras  vezes  auto-­‐sacrificando-­‐se  altruisticamente  

Estilo  cognitivo  

• distraído  • absorto   em  fantasia  • discurso   vago   e  empolado  • alternando  entre  a  eloquência   e   o   discurso  pouco  articulado  

• pensamento  focado  em  si  próprio  • flutuações   entre   agudo   contato   com   a  realidade  exterior  e  a  hiper-­‐reflexão  acerca  de  si  • uso  autocentrico  da  linguagem  

Fonte:  http://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_esquizoide    90. Um   Transtorno   da   Personalidade   é   um   padrão   persistente   de   vivência  íntima  ou  comportamento  que  se  desvia  acentuadamente  das  expectativas  da  cultura  do  indivíduo,  é  invasivo,  flexível  e  instável  ao  longo  do  tempo.  Gabarito:  E  Comentários:  É  INflexível  e  EStável  ao  longo  do  tempo.    91. O  Transtorno  da  Personalidade  Paranoide  é  caracterizado  pela  desconfiança  e   suspeitas,   geralmente   infundadas,   que   geram   interpretações   dos   atos   alheios   como  sendo  intencionais  e  malévolos.  Gabarito:  C  Comentários:  Definição  clássica.      

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92. O   diagnóstico   de   Transtorno   de   Personalidade   Paranoide   comporta   a  presença  de  alucinações  e  delírios  em  níveis  leves.  Gabarito:  E  Comentários:   Não   comporta.   Nada   de   achar   que   sintomas   psicóticos   servem   para  diagnosticar   transtornos  de  personalidade.   Pode  haver   comorbidade,   claro,  mas  não   é  base   de   critério   para   tal   diagnóstico.   Além   disso,   caso   a   desconfiança   desse   tipo   de  transtorno   de   personalidade   não   seja   um   traço   persistente   e   envolva   alucinações,  devemos   pensar   em   esquizofrenia   do   tipo   paranoide.   Caso   envolva   delírios,   devemos  pensar  em  distúrbio  delirante  paranoide.    93. O   Transtorno   da   Personalidade   Esquizotípica   é   um   padrão   de  distanciamento   dos   relacionamentos   sociais,   com   uma   faixa   restrita   de   expressão  emocional.  Gabarito:  E  Comentários:  Esse  é  o  Transtorno  de  Personalidade  Esquizóide  e  não  o  Esquizotípico.  A  diferenciação   é   fácil,   o   Transtorno   da   Personalidade   Esquizotípica   é   um   padrão   de  desconforto  agudo  em  relacionamentos   íntimos,  distorções  cognitivas  ou  da  percepção  de   comportamento   excêntrico.   Assim,   enquanto   o   esquizoide   se   posiciona   de   modo  distante   aos   relacionamentos   sociais   (e   não   sofre),   o   esquizotípico   busca  relacionamentos   sociais   e   sofre.   Cuidado   com   a   diferenciação   do   transtorno   de  personalidade  esquizoide  com  o  transtorno  de  personalidade  de  esquiva.  No  transtorno  da  personalidade  de   esquiva   a   pessoa  mantém   conduta   sistemática   de   evitar   contatos  sociais  e  qualquer  situação  que  possa  resultar  em  embaraço  ou  ansiedade.  Mesmo  com  pessoas  do  convívio,  esquiva-­‐se  de  envolvimento  mais  íntimo.    94. O  Transtorno  de  Personalidade  Antissocial  está   inserido,  de  acordo  com  o  DSM-­‐IV,  no  Cluster  A.  Gabarito:  E  Comentários:  Está  no  Cluster/Grupo  B.    95. O  Transtorno  da  Personalidade  Passivo-­‐Agressivo  está  inserido  no  Grupo  A  do  DSM-­‐IV.  Gabarito:  E  Comentários:   Não   está   em   canto   nenhum,   o   DSM-­‐IV   não   classifica   o   Transtorno   da  Personalidade  Passivo-­‐Agressivo.    96. O  Transtorno  da  Personalidade  Histriônica  está   inserido,  de  acordo  com  o  DSM-­‐IV,  no  Cluster  A.  Gabarito:  E  Comentários:  Está  no  Cluster  B,  veja  a  classificação  na  tabela  abaixo.  

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97. O   transtorno   de   personalidade   antissocial   não   pode,   por   definição,   ser  diagnosticado  em  pessoas  menores  de  18  anos.  Gabarito:  C  Comentários:   Isso   mesmo.   Podemos   falar,   antes   disso,   apenas   em   transtorno   de  conduta.   Observe   que   o   diagnóstico   dos   Transtornos   da   Personalidade   exige   uma  determinação   dos   padrões   de   funcionamento   do   indivíduo   a   longo   prazo,   e   as  características   particulares   da   personalidade   devem   ser   evidentes   no   início   da   idade  adulta.    98. As   causas   mais   prováveis   dos   transtornos   de   personalidade,   segundo   o  cognitivismo,  estão  no  padrão  socialmente  aprendido  de  crenças  centrais  distorcidas.  Gabarito:  E  Comentários:   Em   verdade,   as   causas   são   genéticas   e   neurológicas   na   grande  maioria  dos  transtornos.  No  caso  de  nossa  assertiva,  observe  que,  para  não  gerar  recursos,  existe  ainda  a  expressão  “socialmente  aprendido”.  Mesmo  que  você  parta  do  pressuposto  que  todo   transtorno   de   personalidade   tem   crenças   centrais   distorcidas,   não   temos   como  falar   que   essas   crenças   são   aprendidas.   Em   suma:   a   moderna   ciência   entende   que   a  maioria  dos   transtornos   tem  causas  biológicas  e  com  padrões  neurais  característicos   -­‐  ainda   com   algumas   imprecisões   nos   estudos.   Assim,   crenças   são   decorrentes   do  desenvolvimento  dessa  estrutura  neural  -­‐  são  maturadas.    99.  Transtornos   da   Personalidade   Antissocial   são   diagnosticados   com   maior  frequência   em   homens   enquanto   Transtornos   da   Personalidade   Borderline,   são  diagnosticados  com  maior  frequência  em  mulheres.  Gabarito:  C  Comentários:   Essa   é   a   definição   do   próprio   DSM-­‐IV.   A   literatura   também   relata   essa  diferença  de  prevalência  nos  gêneros.    100. O  Transtorno  de  Personalidade  Histriônico  é  caracterizado  por  um  padrão  invasivo  de  excessiva  emocionalidade  e  busca  de  atenção,  que  começa  no  início  da  idade  adulta  e  está  presente  em  uma  variedade  de  contextos.  Gabarito:  C  Comentários:  Essa  é  a  definição  do  transtorno  de  personalidade  histriônico.    101. O  Transtorno   da   Personalidade  Narcisista   é   caracterizado   por   um   padrão  invasivo  de  grandiosidade,  necessidade  de  admiração  e  falta  de  empatia,  que  começa  no  início  da  idade  adulta  e  está  presente  em  uma  variedade  de  contextos.  Gabarito:  C  Comentários:  Essa  é  a  definição  do  DSM-­‐IV.    

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102. A   nomenclatura   do   Transtorno   da   Personalidade   Passivo-­‐Agressiva  substitui  a  classificação  de  Transtorno  de  Personalidade  Borderline.  Gabarito:  E  Comentários:   Não   confunda   uma   coisa   com   a   outra.   O   transtorno   borderline   é   uma  coisa  e  o  passivo-­‐agressivo  é  outra.  Sobre  este  último,  é  válido  destacar:  A   característica   essencial   é   um   padrão   invasivo   de   atitudes   negativistas   e   resistência  passiva  a  exigências  de  desempenho  adequado  em  situações  sociais  e  ocupacionais,  que  começa  no  início  da  idade  adulta  e  ocorre  em  uma  variedade  de  contextos.  Este  padrão  não   ocorre   exclusivamente   durante   Episódios   Depressivos   Maiores,   nem   é   melhor  explicado  por  Transtorno  Distímico.  Esses  indivíduos  habitualmente  ressentem,  opõem-­‐se  e   resistem  a  exigências  de  que   funcionem  em  um  nível   esperado  pelos  outros.  Esta  oposição  ocorre  mais  freqüentemente  em  situações  ocupacionais,  mas  também  pode  se  manifestar   no   funcionamento   social.   A   resistência   é   expressada   por   procrastinação,  esquecimento,   teimosia  e   ineficiência   intencional,   especialmente  em  resposta  a   tarefas  designadas   por   figuras   de   autoridade.   Esses   indivíduos   podem   obstruir   os   esforços  alheios   por   deixarem   de   cumprir   sua   parte   nas   tarefas.   Por   exemplo,   quando   um  executivo  dá  a  algum  subordinado  algum  material  a  ser  estudado  para  uma  reunião  na  manhã  seguinte,  este  pode  extraviar  o  material  ou  arquivá-­‐lo  em  local  incorreto,  ao  invés  de  apontar  a   insuficiência  de   tempo  para   fazer  o   trabalho.  Esses   indivíduos  sentem-­‐se  trapaceados,   desconsiderados   e   incompreendidos   e   são   cronicamente   queixosos.   Eles  podem   ser   mal-­‐humorados,   irritáveis,   impacientes,   propensos   a   discussões,   cínicos,  céticos  e   "do  contra".  As   figuras  que  representam  autoridade   (por  ex.,  um  superior  no  emprego,  um  professor  na  escola,  um  dos  pais  ou  um  cônjuge  que  representa  o  papel  de  pai/mãe)  frequentemente  se  tornam  o  foco  da  insatisfação.  Em  vista  de  seu  negativismo  e   tendência   a   externalizarem   a   culpa,   esses   indivíduos   frequentemente   criticam   e  verbalizam   hostilidade   para   com   figuras   de   autoridade,   à   menor   provocação.   Eles  também  sentem  inveja  e  demonstram  ressentimento  com  colegas  que   tiveram  sucesso  ou   que   são   vistos   de   maneira   positiva   por   figuras   de   autoridade.   Esses   indivíduos  frequentemente   se   queixam   acerca   de   seus   infortúnios   pessoais.   Eles   têm   uma   visão  negativa  do  futuro  e  podem  fazer  comentários  do  tipo:  "Fazer  o  bem  não  compensa"  e  "O  que  é  bom  dura  pouco".  Esses  indivíduos  podem  oscilar  entre  a  expressão  de  um  desafio  hostil  a  quem  vêem  como  causadores  de  seus  problemas  e  uma  tentativa  de  apaziguar  estas  pessoas,  pedindo  perdão  ou  prometendo  sair-­‐se  melhor  no  futuro.  Fonte:  http://www.psicnet.psc.br/v2/site/dicionario/registro_default.asp?ID=554    103. O   Transtorno   da   Personalidade   Sem   Outra   Especificação   é   uma   categoria  que   caracteriza   situações   onde   o   padrão   de   personalidade   do   indivíduo   satisfaz   os  critérios   gerais   para   um   Transtorno   da   Personalidade   e   existem   traços   de   diferentes  Transtornos   da   Personalidade,   mas   não   são   satisfeitos   os   critérios   para   qualquer  Transtorno  da  Personalidade  específico.  

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Gabarito:  C  Comentários:   Correto,   essa   é   uma  das  hipóteses.  A   segunda  hipótese  para   tal   tipo  de  classificação  ocorre  quando  o  clínico  acredita  que  o  transtorno  da  personalidade  exista  de   fato   e   não   existam   critérios   de   diagnóstico   para   tal   tipo   de   transtorno   (como   o  transtorno  da  personalidade  passivo-­‐agressiva).    Aaron   Beck   desenvolveu   um   modelo   cognitivo   que   considera   que   cada   transtorno  caracteriza-­‐se   não   só   por   um   comportamento   disfuncional   mas   também   por   uma  composição  de  crenças  atitudes,  afetos  e  estratégias  diferentes.  É  possível  oferecer  um  perfil   distintivo   de   cada   um   destes   transtornos,   com   base   em   suas   características  cognitivas,  afetivas  e  comportamentais  típicas.  Acerca  dessa  perspectiva,  julgue  os  itens  a  seguir.  104. O  paciente  com  Transtorno  da  Personalidade  Evitativa  é  caracterizado  pela  visão  de  que  as  pessoas  do  convívio  pessoal  são  críticas  e  superiores  a  ele  mesmo.  Gabarito:  C  Comentários:  Veremos  isso  daqui  a  algumas  questões.    105. Pacientes   com   Transtorno   da   Personalidade   Paranoide   veem   a   si   como  pessoas  corretas,  mas  vulneráveis  aos  outros.  Gabarito:  C  Comentários:  Veremos  isso  na  próxima  questão.      106. Pacientes   com   Transtorno   da   Personalidade   Histriônica   se   veem   como  merecedoras  de  atenção  dos  outros  e  acima  das  leis.  Gabarito:  E  Comentários:  A  parte  de  se  ver  acima  das  leis  está  errada.  Esse  ponto  é  característico  do  Transtorno  de  Personalidade  Antissocial.  Observe  o  quadro  abaixo.      

Transtorno  de  personalidade  

Visão  de  si   Visão   dos  outros  

Principais  crenças  

Principal  estratégia  

Evitativo   Vulnerável   à  depreciação,  rejeição  Socialmente  incapaz  Incompetente  

Críticos    Depreciadores  Superiores  

É   terrível   ser  rejeitado,  rebaixado  Se   as   pessoas  conhecerem  meu  verdadeiro   eu,  me  rejeitarão  Não   consigo  

Evitar   situações  de  avaliação  Evitar  sentimentos   ou  pensamentos  desagradáveis  

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tolerar  sentimentos  desagradáveis  

Dependente   Carente  Fraco  Indefeso  Incompetente  

(Idealizados)  Provedores  Apoiadores  Competentes  

Necessito   das  pessoas   para  sobreviver,   ser  feliz  Necessito   de   um  fluxo   contínuo  de   apoio   e  encorajamento  

Cultivar  relacionamentos  de  dependência  

Passivo-­‐agressivo  

Auto-­‐suficiente  Vulnerável   ao  controle,   à  interferência  

Intrusivos  Exigentes  Interferentes  Controladores  Dominadores  

Os   outros  interferem   em  minha   liberdade  de  ação  O   controle   por  outros   é  intolerável  Tenho   de   fazer  as   coisas   à  minha  maneira  

Resistência  passiva  Submissão  superficial  Escapar   e  contornar  regras  

Obsessivo-­‐compulsivo  

Responsável  Confiável  Obstinado  Competente  

Irresponsáveis  Negligentes  Incompetentes  Auto-­‐indulgentes  

Eu   sei   o   que   é  melhor  Os   detalhes   são  cruciais  As   pessoas  deveriam   fazer  melhor,   tentar  com  mais  afinco  

Aplicar  regras  Perfeccionismo  Avaliar,  controlar  “Deveres”,  criticar,  punir  

Paranóide   Correto  Inocente,  nobre  Vulnerável  

Interferentes  Maliciosos  Discriminadores  Motivos  abusivos  

Os   motivos   são  suspeitos  Esteja  em  guarda  Não  confie  

Cautela  Procura  motivos  ocultos  Acusa  Contra-­‐ataque  

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Antissocial   Solitário  Autonômo  Forte  

Vulneráveis  Exploráveis  

No   direito   de  infringir  regras  Os   outros   são  otários,  trouxas  Os   outros   são  exploráveis  

Ataca,  rouba  Engana,  manipula  

Narcisista   Especial,  único  Merecedor   de  regras  especiais;  superior  Acima   das  regras  

Inferiores  Admiradores  

Visto   que   sou  especial,   eu  mereço   regras  especiais  Eu   estou   acima  das  regras  Eu   sou   melhor  que  os  outros  

Usa  os  outros  Transcende   as  regras  Manipulador  Competitivo  

Histriônico   Glamouroso  Impressionante  

Seduzíveis  Receptivos  Admiradores  

As  pessoas  estão  aí  para  me  servir  ou  admirar  Elas   não   têm   o  direito   de   negar  meus   justos  direitos  Eu   posso   seguir  os   meus  sentimentos  

Usa   a  dramaticidade,  o  charme;   acessos  temperamentais,  choro;   gestos  suicidas  

Esquizoide   Auto-­‐suficiente  Solitário  

Intrusivos   Os   outros   não  são  gratificantes  Relacionamentos  são   confusos   e  indesejáveis  

Mantem  distância  

         

Conecte-se  

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Qual  a  sua  estratégia?