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Curso PrPré-Vestibular XII de Maio Simulado 2017.2
O Cursinho da Faculdade de Medicina da UFC Enem – 1º Dia
Rua Alexandre Baraúna S/N, Campus do Porangabuçu – Tel.: 3082-5202/8633-7473– www.curso12demaio.ufc.br
1
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS
TECNOLOGIAS
Questões 1 a 46
Questões 1 a 5 (OPÇÃO ESPANHOL)
01. “¿Messi? Entre los mejores del
momento, no de la historia”
Bilardo confesó en una entrevista a Olé
que fue “él el que encontró la posición a
Messi. Hay bastante diferencia entre Leo y
Cristiano”. También elogió a Simeone.
El extrenador argentino Carlos Bilardo concedió una
entrevista a Olé en la que habló sobre la trayectoria
profesional de Lionel Messi. “Lo pongo entre los mejores,
pero no de la historia, sino de este momento”, reconoció
el exseleccionador de Argentina sobre el crack del
Barcelona.
Balón de Oro: “Sabía que lo iba a ganar Messi, se
lo merece. Le voté. Hay bastante diferencia entre él y
Cristiano Ronaldo. Lo pongo entre los mejores, pero no
de la historia, sino de este momento”.
Mejores de la historia: “Di Stéfano era un súper
hombre. Arrancaba una jugada en la portería y la
terminaba en la otra. Después vinieron Pelé y Maradona.
Ahora está Messi, pero son épocas distintas”.
Disponível em: http://goo.gl/hhZ0Ip. Acesso em: 10 maio
2016.
O texto trata de uma entrevista concedida pelo ex-treinador
argentino Carlos Bilardo ao jornal Olé. Nessa entrevista,
ele argumenta que
a) votou em Messi para a eleição de melhor jogador,
mas apenas por falta de opções.
b) Messi é um ótimo jogador, mas não é um dos melhores
da história, e sim do momento.
c) Di Stéfano era um “super-homem”, e Messi está
prestes a se tornar tão bom quanto ele.
d) os melhores jogadores da história até hoje são argentinos,
porque lá o futebol é valorizado.
e) Maradona e Pelé foram jogadores que ficaram para
a história, mas não são bons tanto quanto Messi.
Comentário: O ex-treinador argentino argumenta que Messi
é um ótimo
jogador, um dos melhores do momento, mas que, na
história, ainda se destacam Di Stéfano, Pelé e Maradona.
Bilardo argumenta ainda que são épocas distintas e,
por isso, não considera Messi como um dos melhores
jogadores da história, mas sim do momento.
Resposta: b
02.
Na tirinha, a personagem Jon faz um elogio a Garfield,
que, no terceiro quadrinho, reage com certa desconfiança.
Essa desconfiança é causada porque Garfield
a) está pensando em preparar uma surpresa no aniversário
de Jon.
b) não gosta de celebrar seu aniversário e Jon preparou
uma festa.
c) não gostaria que esse elogio fosse seu presente de
aniversário.
d) faz aniversário nesse dia e Jon deve ter se esquecido.
e) pensa que Jon está querendo algo a mais dele.
Comentário: Garfield desconfia do elogio feito por Jon
(dizendo que ele era o melhor gato do mundo), pois, pelo que
se percebe em sua fala no terceiro quadrinho, esse dia (em
que o diálogo acontece) seria seu aniversário, e ele não
gostaria de receber um elogio como presente. Por isso,
Garfield diz “espero que este não seja meu presente de
aniversário”.
Resposta: c
03. — ¿Qué es tu padre?
— Es banquero.
— Pues debe ganar mucho dinero.
— No creas, el negocio de los bancos de madera no va
muy bien este año.
Disponível em: http://goo.gl/2HheJD. Acesso em: 10 maio
2016.
O humor da piada apresentada decorre do emprego da
Palavra
a) madera, que indica o material de que são feitos os
bancos pelo pai de um deles.
b) qué, a qual introduz uma pergunta, mas acaba sendo
mal interpretada pelo interlocutor.
c)padre, pois no contexto não fica claro sobre o pai de
quem se fala, devido ao uso do pronome tu.
d) creas, pois o falante pede que o outro acredite nele,
porque sabe que é uma história difícil de acreditar.
e) banquero, que indica tanto a pessoa que trabalha
em um banco como alguém que constrói bancos
para sentar.
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Comentário: O humor da piada está relacionado ao uso da
palavra
banquero que, no contexto, foi entendida pela primeira
personagem como sinônimo de “homem que trabalha
em uma instituição financeira”, porém, o verdadeiro sentido
da palavra, atribuído pelo segundo falante, é “pessoa
que constrói bancos para os outros sentarem”. Esse
duplo sentido da palavra gera o humor da piada.
Resposta: e
04.
Mi patria está celebrando
vestida de primavera
y dicen se ha perfumado
con agua de flores nuevas
Sus calles visten guirnaldas
con los colores de la bandera
pareciera que al viento bailan
una cueca dieciochera
En la ciudad y en los campos
en las costas y laderas
todas las casas en alto
tienen nuestra bandera
En las fondas y ramadas
se juntan nuestras familias
a comer ricas empanadas
con vino tinto y frutillas
En el cielo los volantines
serpentean multicolores
ajenos a los trajines
de las fiestas y sus clamores
Mi patria está celebrando
la música en el aire suena
arpas y guitarras cantando
las fiestas patrias chilena.
Disponível
<http://mijardindepoemas.blogspot.com.br/2012/09/fiestaspatrias-
chilenas.html>. Acesso em: 14 jan. 2015.
O poema é uma descrição das Festas Pátrias Chilenas,
que comemoram a formação do Chile como um Estado
independente da Espanha. Essa comemoração acontece
no mês de setembro e conta com diversas manifestações
da cultura chilena, como
a) a dança típica La cueca e degustação de empanadas
e vinhos.
b) caminhadas até a casa dos camponeses em busca
de bandeiras chilenas.
c) competição de pipas e guirlandas com as cores da
bandeira chilena.
d) competição de música típica e apresentação de
pratos típicos.
e) o festival de cinema de Viña del Mar e degustação
do prato típico empanada.
Comentário: Para a resolução da questão, o estudante deverá
observar as estrofes 2 e 4, que descrevem a dança típica e o
ato de estar reunido com a família para comer empanada e
tomar vinho.
Resposta: a
05. El primer día en la universidad
Primer día de universidad… ¿qué hacer? ¿Por
dónde empezar? El Servicio de Información y
Orientación Académica de la Universitat Abat Oliba
CEU es un apoyo de entrada para el futuro alumno. El
estudiante se sentirá acompañado en todo momento.
E incluso antes de formalizar el proceso de admisión
y matrícula para formar parte de la UAO CEU, ya que
este Servicio se encarga de realizar talleres para los
futuros alumnos y jornadas de puertas abiertas para
poner en contacto a los alumnos de Bachillerato con
estudiantes y profesores universitarios.
Todos los alumnos de la UAO CEU pueden acudir
al Servicio de Atención al Estudiante, el cual es de
gran ayuda, ya que su objetivo es informar, orientar
y asesorar al estudiante en todos los ámbitos de la
vida universitaria. Ofrece, por tanto, un seguimiento
personalizado de los progresos y necesidades del
alumno. Además, los alumnos también tienen a su
disposición el Servicio de Orientación Psicológica.
Una vez ya en el campus, el estudiante pronto se
dará cuenta de que hay mucha vida más allá de los
libros y las aulas. De hecho, uno de los mejores consejos
que le darán será el de aprovechar al máximo todas las
actividades y cursos extracurriculares que organiza la
Universitat Abat Oliba CEU a lo largo de todo el curso.
[…]
Disponível
<www.lavanguardia.com/vida/20140930/54416474004/
nuevo-universidad.html>. Acesso em: 14 jan. 2015.
A Universidade Abat Oliba (UAO-CEO), preocupada com
a inserção dos jovens nas universidades, criou um programa
que consiste em
a) acompanhar os egressos, informá-los, orientá-los
e assessorá-los sobre os cursos extracurriculares
oferecidos pela instituição.
b) ensinar os estudantes como aproveitar as aulas e ter
um melhor rendimento nos trabalhos e nas provas.
c) dar apoio aos estudantes que demonstram
dificuldade
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nas aulas de Matemática e línguas.
d) dar assistência aos futuros acadêmicos ainda no
Ensino Médio e, na universidade, acompanhá-los
e orientá-los sobre as oportunidades.
e) mostrar aos egressos que a universidade oferece
cursos extracurriculares de empreendedorismo,
idiomas e cinema.
Comentário: O programa criado pela UAO-CEO consiste
em dar apoio aos estudantes quando ainda estão no Ensino
Médio e continua na universidade.
Resposta: d
Questões 1 a 5 (OPÇÃO INGLÊS)
1. Anúncios publicitários buscam chamar a atenção do
consumidor por meio de recursos diversos. Nesse pôster, os
números indicados correspondem ao(à)
a) comprimento do cigarro.
b) tempo de queima do cigarro.
c) idade de quem começa a fumar.
d) expectativa de vida de um fumante.
e) quantidade de cigarros consumidos.
Comentário
A questão verifica se o aluno tem a habilidade de reconhecer
a função de um texto. O texto em questão convida o leitor a
refletir sobre a expectativa de vida de um fumante, através da
pergunta “How Long Can You Live?” (“Quanto tempo você
consegue viver:”) Sendo assim, conclui-se que o números
indicados ao lado do cigarro correspondem ao tempo de vida
de um fumante.
Resposta: d
New vaccine could fight nicotine addiction
Cigarette smokers who are having trouble quitting
because of nicotine’s addictive power may some day be able
to receive a novel antibody-producing vaccine to help them
kick the habit.
The average cigarette contains about 4 000 different
chemicals that — when burned and inhaled — cause the
serious health problems associated with smoking. But it is the
nicotine in cigarettes that, like other addictive substances,
stimulates rewards centers in the brain and hooks smokers to
the pleasurable but dangerous routine.
Ronald Crystal, who chairs the department of
genetic medicine at Weill-Cornell Medical College in New
York, where researchers are developing a nicotine vaccine,
said the idea is to stimulate the smoker’s immune system to
produce antibodies or immune proteins to destroy the
nicotine molecule before it reaches the brain.
BERMAN, J. Disponível em: www.voanews.com. Acesso em: 2 jul. 2012.
2. Muitas pessoas tentam parar de fumar, mas fracassam e
sucumbem ao vício. Na tentativa de ajudar os fumantes,
pesquisadores da Weill-Cornell Medical College estão
desenvolvendo uma vacina que
a) diminua o risco de o fumante se tornar dependente da
nicotina.
b) seja produzida a partir de moléculas de nicotina.
c) substitua a sensação de prazer oferecida pelo cigarro.
d) ative a produção de anticorpos para combater a nicotina.
e) controle os estímulos cerebrais do hábito de fumar.
Comentário
A questão busca verificar a habilidade do aluno de
utilizar a língua inglesa para ampliar seus
conhecimentos a respeito de uma nova vacina que
poderia, em tese, combater o vício gerado pela nicotina.
No último parágrafo do texto, o autor afirma que a ideia
é estimular o sistema imunológico do fumante para que
ele produza anticorpos que destruam a molécula de
nicotina antes que ela alcance o cérebro.
Resposta: d
PROFESSIONAL
In Europe being a waiter is
considered a profession. Waiters
receive a salary from a restaurant and
the tips are considered an "extra": if
the service is good, the costumer
leaves a small tip. In New York, being a waiter is not
considered a profession. Waiters are often university students
or out-of-work actors. They receive very little money from
the restaurant and so they depend on tips. In American
restaurants you are expected to leave a tip of between 15 and
20 percent of the bill. So our tips: is you eat in a New York
restaurant, please be more generous!
3. A O texto explica o diferente costume de se dar
gorjeta a garçons na Europa e nos Estados Unidos. Essa
diferença pode ser explicada:
a) pelo fato da profissão de garçom ser regulamentada na
Europa, e, nos Estados Unidos, ser considerada apenas um
trabalho temporário.
b) pelo fato do americano ser mais generoso do que o
europeu de um modo geral.
c) pelo fato dos restaurantes de Nova Iorque não contratarem
garçons profissionais.
d) pelo fato dos europeus não frequentarem tantos
restaurantes como fazem os americanos.
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e) pelo fato da gorjeta nos Estados Unidos representar cerca
de 20% da despesa feita nos restaurantes da cidade.
Comentário
O tema principal do texto é o contido no item a. O que está
contido nos itens b, c e d não é citado no texto. O que está
contido no item e é verdadeiro, mas não explica a diferença
evidenciada no enunciado da questão.
Resposta: a
4. O cartoon é um gênero textual que representa uma
situação humorística, de caráter extremamente crítico
retratando de uma forma bastante sintetizada algo que
envolve o cotidiano de uma sociedade. Com base nesta
definição, a narrativa do cartoon abaixo sugere que o
professor:
a) pressiona psicologicamente os alunos com relação às suas
responsabilidades.
b) estimula a conservação adequada de embriões de porcos e
vacas.
c) motiva os estudantes a não terem medo do que se encontra
dentro do vaso.
d) questiona os meios de preservação de certos tipos de
animais.
e) ameaça os estudantes que maltratarem os animais citados.
Comentário
O professor diz que o que está contido no vidro é o último
aluno que tentou pescar em uma das provas dele. Desta
forma, o único item que pode ser considerado correto é o
item a.
Resposta: a
A DEPRESSING SITUATION
In 2004 the British government made foreign languages in
secondary schools optional, and student numbers
immediately decreased. Only 44 per cent of students study a
foreign language at 16. Some British universities are closing
their language departments. The situation is depressing.
The British may be bad at languages, but Britain is becoming
a more multi-lingual society. This is because of immigration.
15 per cent of primary school children do not speak English
as their first language. Today primary schools offer courses
in Polish, Russian and Hindi. The English may not like
foreign languages, but they will have to start learning them! Speak Up – Ano XXIV – Nª290 – Pg. 8.
.
5. O Britânico é conhecido mundialmente por várias
qualidades no seu jeito de ser. Pontualidade, educação e
formalidade são apenas algumas delas. Por outro lado, saber
uma língua estrangeira nunca fez parte dos desejos da
maioria dos moradores da ilha. Essa situação, de acordo com
o texto, deve piorar ainda mais:
a) devido ao grande número de alunos secundaristas oriundos
de outros países que estudam nas escolas inglesas.
b) devido ao fechamento de todos os departamentos de
idiomas nas universidades inglesas.
c) devido à falta de uma sociedade mais preocupada em
aprender idiomas como o polonês, russo e hindu.
d) devido a um decreto governamental que tronou o estudo de
uma língua estrangeira opcional nas escolas secundárias do
país.
e) devido ao pequeno número de estrangeiros que procuram
aprender inglês quando passam a morar na Inglaterra.
Comentário
O decreto que torna o estudo de uma linguagem estrangeira
opcional é o que tende a piorar a situação abordada no texto.
Resposta d
Texto para as questões 6 e 7
Esse Cara
Caetano Veloso
Ah! Esse cara tem me consumido
A mim e a tudo que eu quis
Com seus olhinhos infantis
Como os olhos de um bandido
(...)
Ele chega ao anoitecer
Quando vem a madrugada ele some
Ele é quem quer
Ele é o homem
Eu sou apenas uma mulher
06. A partir da análise da letra da música acima e de seus
conhecimentos sobre as chamadas “cantigas de amigo”
(pertencentes ao período literário chamado Trovadorismo
compreendido entre os séculos XII e XV), marque a
alternativa correta
a) Como o que ocorria nas “cantigas de amigo”, a letra da
música de Caetano Veloso também apresenta eu-lírico
feminino.
b) As “cantigas de amigo” inspiravam-se nos valores
cultivados pela nobreza na época, e a música acima também
tem inspiração nos valores cultivados pelas classes mais altas
da sociedade atual.
c) A expressão “amigo” das “cantigas de amigo” fazia
referência a alguém de confiança com quem se podia contar,
e a palavra “cara”, na música de Caetano Veloso, traçando-se
um comparativo, tem relação com o “amigo” das
referidas cantigas medievais.
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d) Também como ocorria nas “cantigas de amigo”, percebe-
se na música de Caetano Veloso uma concepção de amor que
se limita ao amor idealizado.
e) Não é possível estabelecer nenhuma relação entre a música
de Caetano Veloso e as cantigas de amigo devido à distância
de tempo entre os textos.
Gabarito: A
Comentário: Lembrar que no Trovadorismo a canção de
amigo tem eu-lírico feminino e a canção de amor tem eu-
lírico masculino. Veja que nos dois últimos versos mostrados,
o eu-lírico revela: Ele é o homem/Eu sou apenas uma mulher.
07. Sabemos que, ao criar um texto, o escritor pode se utilizar
de certas estratégias para conseguir determinados efeitos. A
partir disso, analisa os versos a seguir, extraídos da música
“Esse Cara”, de Caetano Veloso.
a) “Com seus olhinhos infantis
Como os olhos de um bandido”
b) “Ele é o homem
Eu sou apenas uma mulher”
Atentando para os termos sublinhados, responda quais são as
figuras de linguagem presentes nos trechos em questão na
ordem em que se encontram.
a) Metáfora e paradoxo.
b) Anáfora e gradação.
c) Eufemismo e hipérbole.
d) Ironia e personificação.
e) Comparação e antítese.
Gabarito: E
Comentário: o termo comparativo Como claramente
estabelece comparação e a oposição de palavras homem x
mulher exemplifica uma antítese.
Leia o poema a seguir.
Soneto pós-moderno
Cinema Novo, Bossa Nova, tudo
é novo nesta terra! A velharia
nos vem só do estrangeiro. O que seria
do Chaplin sem o velho cine mudo?
Temos tempos modernos! Também mudo
meu modo de pensar a poesia.
Concreto e verso livre contagia,
mas algo mais à frente aguarda estudo:
É o raio do soneto, que ora volta
liberto das amarras do conceito
e sem as igrejinhas de escolta.
Depois do modernismo, vem refeito.
Até o vocabulário já se solta:
ao puro, e ao sujo está sujeito. MATTOSO, Glauco. Panaceia: sonetos colaterais. São
Paulo: Nankin Editorial, 2000. p. 78.
08. Com base na leitura do texto acima, é correto afirmar que
o poema
a) apresenta uma estrutura modernista, que se desvincula das
regras fixas de composição poética.
b) é uma homenagem ao soneto, forma poética privilegiada
na lírica dos trovadores medievais de língua portuguesa.
c) é um soneto metalinguístico que afirma a vitalidade dessa
forma fixa, em pleno período contemporâneo.
d) foge das formas fixas, apresentando uma estrutura
fragmentada, demonstrando influência do cinema.
e) O texto apresenta a função de linguagem emotiva, uma
vez que o autor expões seus sentimentos a respeito do soneto.
Gabarito: C
Comentário: A metalinguagem é quando o código reflete
sobre o próprio código. O sonoeto em questão fala sobre o
próprio soneto que atravessa as épocas e “Depois do
modernismo, vem refeito.”
LIMITES AO LÉU
POESIA: “words set to music” (Dante
via Pound), “uma viagem ao
desconhecido” (Maiakóvski), “cernes e
medulas” (Ezra Pound), “a fala do
infalável” (Goethe), “linguagem
voltada para a sua própria
materialidade” (Jákobson),
“permanente hesitação entre som e
sentido” (Paul Valéry), “fundação do
ser mediante a palavra” (Heidegger),
“a religião original da humanidade”
(Novalis), “as melhores palavras na
melhor ordem” (Coleridge), “emoção
relembrada na tranquilidade”
(Wordsworth), “ciência e paixão”
(Alfred de Vigny), “se faz com
palavras, não com idéias” (Mallarmé),
“música que se faz com idéias”
(Ricardo Reis/ Fernando Pessoa), “um
fingimento deveras” (Fernando
Pessoa), “criticism of life” (Mathew
Arnold), “palavra-coisa” (Sartre),
“linguagem em estado de pureza
selvagem” (Octavio Paz), “poetry is to
inspire” (Bob Dylan), “design de
linguagem” (Décio Pignatari), “lo
imposible hecho posible” (Garcia
Lorca), “aquilo que se perde na
tradução” (Robert Frost), “a liberdade
da minha linguagem” (Paulo
Leminski)... LEMINSKI, P. La vie en close. 5. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. p.6.
09. Em relação ao poema acima, de Paulo Leminski, é
correto afirmar que:
a) apresenta uma colagem de definições científicas para a
poesia.
b) tem como modelo, no plano formal, o verbete do
dicionário.
c) convida o leitor a escolher uma definição de poesia, ao
final.
d) contém um caráter emotivo – a poesia voltada sobre ela
mesma.
e) pode ser considerado um poema de estilo clássico.
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Gabarito: B
Comentário: Perceba que o poema todo é construído por
definições e entre os parênteses os nomes dos autores dessas
definições. Não é um modelo clássico de poesia, pelo
contrário: é inovador e contemporâneo.
Como comecei a escrever
Já contei [...] a primeira vez que vi meu nome em
letra de forma: foi no jornalzinho "O ltapemirim", órgão
oficial do Grêmio Domingos Martins, dos alunos do colégio
Pedro Palácios, de Cachoeiro de Itapemirim.
O professor de Português passara uma composição
"A Lágrima" — e meu trabalho foi julgado tão bom que
mereceu a honra de ser publicado. Eu ainda estava no curso
secundário quando um de meus irmãos mais velhos —
Armando — fundou em Cachoeiro um jornal que existe até
hoje — o "Correio do Sul". Fui convidado a escrever alguma
coisa, o que também aconteceu com meu irmão Newton, que
fazia principalmente poemas. Eu escrevia artigos e crônicas
sobre assuntos os mais variados; no verão mandava da praia
de Marataízes uma crônica regular, chamada "Correio
Maratimba".
Quando fui para o Rio (na verdade para Niterói) por
volta dos 15 anos, mandava correspondência para o Correio.
Continuei a fazer o mesmo em 1931, quando mudei para
Belo Horizonte. A essa altura meu irmão Newton trabalhava
na redação do "Diário da Tarde" de Minas. Em começo de
1932 ele deixou o emprego e voltou para Cachoeiro; herdei
seu lugar no jornal. Passei então a escrever diária e
efetivamente, e fui aprendendo a redigir com os profissionais
como Octavio Xavier Ferreira e Newton Prates.
Quando terminei meu curso de Direito, resolvi
continuar trabalhando em jornal. Fazia crônicas, reportagens
e serviços de redação. Ainda em 1932 tive uma experiência
bastante séria: fui fazer reportagem na frente de guerra da
Mantiqueira missão aventurosa porque a direção de meu
jornal era favorável à Revolução Constitucionalista dos
paulistas, e eu estava na frente getulista. Acabei preso e
mandado de volta. A essa altura eu já era um profissional de
imprensa, e nunca mais deixei de ser. BRAGA, Rubem. Como comecei a escrever. In: Para Gostar de Ler. v. 4.
São Paulo: Ática: 1980. p. 4.
10. Em relação ao gênero textual, afirma-se que o texto
“Como comecei a escrever” pertence
a) à crônica, uma vez que é um texto literário breve,
narrativo, de trama quase sempre pouco definida e motivos
gerais extraídos do cotidiano.
b) ao conto, haja vista que se trata de narrativa breve e
concisa, contendo um só conflito, uma única ação, com
espaço geralmente limitado a um ambiente, unidade de tempo
e número restrito de personagens.
c) à novela, visto que é uma narrativa breve, maior do que um
conto e menor do que um romance, e que se caracteriza por
apresentar uma espécie de concentração temática em torno de
um número restrito de personagens.
d) à lenda, tendo em vista o fato de ser uma narrativa de
caráter maravilhoso em que um fato histórico se amplifica e
transforma sob o efeito da evocação poética ou da
imaginação popular.
e) à notícia, por ser uma informação a respeito de
acontecimentos ou mudança recentes.
Gabarito: A
Comentário: Rubem Braga é um dos mais renomados
cronistas contemporâneos. Seu texto apresenta um fato (suas
lembranças pessoais) e reflexões subjetivas a respeito do ato,
o que caracteriza a crônica.
11. Considerando-se os elementos verbais e visuais da
tirinha, é correto afirmar que o que contribui de modo mais
decisivo para o efeito de humor é
a) a ingenuidade dos personagens em acreditarem na
existência de poderes sobrenaturais.
b) o contraste entre os personagens que representam
diferentes classes sociais.
c) o duplo sentido do substantivo “super-herói”, no contexto
do 1º quadrinho.
d) a tentativa fracassada do personagem ao fazer um discurso
panfletário.
e) a quebra de expectativa produzida, no último quadrinho,
pelo termo “invisibilidade”
Gabarito: E
Comentário: É comum utilizar nas tirinhas o recurso da
quebra da expectativa. Quando o personagem diz
“invisibilidade” ficamos mais atentos ao fato de ele ser um
morador de rua, desassistido de cuidados.
12. Nos quadrinhos, o uso simultâneo das linguagens verbal e
não verbal contribui para a construção de sentidos do texto
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7
Na tira do cartunista argentino Quino, utilizam-se recursos
gráficos que lembram o cinema. A associação com a
linguagem artística do cinema, que lida com o movimento e
com o instrumento da câmera, é garantida pelo procedimento
do cartunista demonstrado a seguir:
a) ressaltar o trabalho com a vassoura para sugerir ação.
b) ampliar a imagem da mulher para indicar aproximação.
c) destacar a figura da cadeira para indiciar sua importância.
d) apresentar a sombra dos personagens para sugerir
veracidade.
e)utilizar a estática para sugerir captação do momento.
Gabarito: B
Comentário: Para o melhor entendimento da questão, é
preciso observar todos os elementos presentes nos
quadrinhos, entre eles, as linguagens verbal e não verbal. A
linguagem não verbal é representada pelos recursos gráficos
utilizados pelo cartunista, com destaque para a imagem da
mulher que, à medida que a história é contada, sofre
ampliação, simulando o efeito de close muito utilizado no
cinema.
Texto para as questões 13 e 14
Haveis de entender, começou ele, que a virtude e o
saber têm duas existências paralelas, uma no sujeito que as
possui, outra no espírito dos que o ouvem ou contemplam. Se
puserdes as mais sublimes virtudes e os mais profundos
conhecimentos em um sujeito solitário, remoto de todo
contato com outros homens, é como se eles não existissem.
Os frutos de uma laranjeira, se ninguém os gostar,
valem tanto como as urzes e plantas bravias, e, se ninguém os
vir, não valem nada; ou, por outras palavras mais enérgicas,
não há espetáculo sem espectador. Um dia, estando a cuidar
nestas coisas, considerei que, para o fim de alumiar um pouco
o entendimento, tinha consumido os meus longos anos, e,
aliás, nada chegaria a valer sem a existência de outros
homens que me vissem e honrassem; então cogitei se não
haveria um modo de obter o mesmo efeito, poupando tais
trabalhos, e esse dia posso agora dizer que foi o da
regeneração dos homens, pois me deu a doutrina salvadora. (Machado de Assis, O segredo do bonzo)
13. De acordo com o texto,
a) os homens que sabem ouvir e contemplar tornam-se sábios
e virtuosos.
b) a virtude e o saber adquirem existência quando
compartilhados pelos homens.
c) a virtude e o saber existem no espírito do homem que
consegue perceber a dualidade da existência.
d) a virtude e o saber, por terem realidades paralelas, devem
ser conquistados individualmente.
e) o homem sábio e virtuoso, para iluminar-se, deve buscar
uma vida isolada e contemplativa.
Gabarito: B
Comentário: A resposta está no seguinte trecho “Se puserdes
as mais sublimes virtudes e os mais profundos conhecimentos
em um sujeito solitário, remoto de todo contato com outros
homens, é como se eles não existissem.”
14. No texto, ao afirmar "então cogitei se não haveria um
modo de obter o mesmo efeito, poupando tais trabalhos", a
personagem:
a) expressa a intenção de divulgar seus conhecimentos,
aproximando-se dos outros homens.
b) procura convencer o leitor a poupar esforços na busca do
conhecimento.
c) demonstra que a virtude e o saber exigem muito trabalho
dos homens.
d) resume no conceito da doutrina salvadora, desenvolvida no
parágrafo.
e) exprime a ideia de que a admiração dos outros é mais
importante do que o conhecimento em si.
Gabarito: E
Comentário: A frase citada na questão é a conclusão de
como o parágrafo inicia “Os frutos de uma laranjeira, se
ninguém os gostar, valem tanto como as urzes e plantas
bravias, e, se ninguém os vir, não valem nada”, ou seja:
requer admiração de outrem.
15.
Pela forma como as informações estão organizadas, observa-
se que, nessa peça publicitária, predominantemente, busca-se
a) conseguir a adesão do leitor à causa anunciada.
b) reforçar o canal de comunicação com o interlocutor.
c) divulgar informações a respeito de um dado assunto.
d) enfatizar os sentimentos e as impressões do próprio
enunciador.
e) ressaltar os elementos estéticos, em detrimento do
conteúdo veiculado.
Gabarito: A
Comentário: Lembre que o texto apelativo (Propaganda),
independente do tipo de recurso que utilize, tem por objetivo
convencer a respeito de algo.
TEXTO I
Canção do exílio
Gonçalves Dias
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
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8
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
TEXTO II
Rosa
Pixinguinha
Tu és, divina e graciosa
Estátua majestosa do amor
Por Deus esculturada
E formada com ardor
Da alma da mais linda flor
De mais ativo olor
Que na vida é preferida pelo beija-flor
Se Deus me fora tão clemente
Aqui nesse ambiente de luz
Formada numa tela deslumbrante e bela
Teu coração junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado sobre a rósea cruz
Do arfante peito seu
Tu és a forma ideal
Estátua magistral oh alma perenal
Do meu primeiro amor, sublime amor
Tu és de Deus a soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração sepultas um amor
O riso, a fé, a dor
Em sândalos olentes cheios de sabor
Em vozes tão dolentes como um sonho em flor
És láctea estrela
És mãe da realeza
És tudo enfim que tem de belo
Em todo resplendor da santa natureza
Perdão, se ouso confessar-te
Eu hei de sempre amar-te
Oh flor meu peito não resiste
Oh meu Deus o quanto é triste
A incerteza de um amor
Que mais me faz penar em esperar
Em conduzir-te um dia
Ao pé do altar
Jurar, aos pés do onipotente
Em preces comoventes de dor
E receber a unção da tua gratidão
Depois de remir meus desejos
Em nuvens de beijos
Hei de envolver-te até meu padecer
De todo fenecer
16. Em relação ao texto II, está correta a alternativa:
a) O autor compara a mulher amada a uma bela estátua.
b) A mulher amada é comparada a um símbolo de perfeição
referido no título da canção.
c) Trata-se de um texto escrito à época do movimento
romântico.
d) O texto se aproxima do modelo romântico devido ao seu
caráter sombrio, de elevação do sofrimento.
e) O eu-lírico demonstra-se sem esperanças.
Gabarito: B
Comentário: Assim como a imagem de beleza da Rosa, a
mulher é retratada de maneira elevada e idealizada. Apesar de
aproximar-se da estética romântica, não pertence a esse
período, pois é um texto contemporâneo.
17. Compare os textos I e II e marque a alternativa adequada.
a) Os textos pertencem ao mesmo movimento literário.
b) Os textos se distanciam devido à visão crítica presente no
texto II.
c) Os textos distanciam-se apenas em relação ao objeto
temático.
d) Os dois textos apresentam visões idealizadas de seus
objetos temáticos.
e) Os dois textos apresentam visões sobre as riquezas do
Brasil.
Gabarito: D
Comentário: Os textos distanciam-se em relação à época em
que foram escritos e ao objeto retratado, pois um exalta a
pátria e outro, a mulher amada. No entanto, ambos
aproximam-se pelo tom idealista e romântico.
18. Da leitura de todos os elementos que compõem o cartaz, é
correto afirmar que o texto principal denuncia que a violência
doméstica contra a mulher
a) atinge principalmente a mãe, e a ilustração apresenta uma
imagem negativa do agressor, sob o ponto de vista da mulher.
b) atinge todos os membros da família, e a ilustração
apresenta uma imagem negativa do agressor, sob o ponto de
vista de um dos filhos.
c) atinge principalmente os filhos, e a ilustração apresenta
uma imagem negativa do agressor, sob o ponto de
vista da mulher.
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d) atinge todos os membros da família, e a ilustração
apresenta uma imagem negativa do agressor, sob o ponto de
vista do próprio agressor.
e) desestabiliza a família, e a ilustração apresenta uma
imagem negativa do agressor, sob o ponto de vista dos dois
filhos.
Gabarito: B
Comentário: Toda a família é afetada e o desenho foi feito
por um filho, uma vez que ele desenha-se também e indica
“eu”.
19. Leia o texto.
Uma das principais características do ecletismo é a
utilização de estilos arquitetônicos do passado, seja
misturando-os em uma mesma edificação ou escolhendo um
único estilo como o que melhor representa a função de um
prédio. É o caso do Palácio Arquiepiscopal, erguido no bairro
da Glória [no Rio de Janeiro] para abrigar uma instituição
religiosa, merecendo por isso características inspiradas no
estilo romano dos edifícios pontifícios da Renascença. Ou do
Café Mourisco, na Avenida Central, em estilo persa, pois se
destinava a uma casa de diversão. RICCI, Claudia Thurler. Eclético é o arquiteto. Além das soluções
urbanísticas inovadoras, Adolfo Morales de los Rios se dedicou a diversas
áreas do saber. Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro, ano 8, n. 87, dez. 2012, p. 64 (adaptado).
Marque a alternativa que apresenta um exemplo da
linguagem arquitetônica descrita pelo texto:
Gabarito: D
Comentário: Percebe-se pela imagem que o teatro de São
Paulo foi construído de acordo com sua finalidade e ainda
conserva estilo do passado, conforme descrito no texto.
Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram
todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos:
completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas,
mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando
a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio.” Carlos Drummond de Andrade. Fonte: www.algumapoesia.com.br
20. Carlos Drummond de Andrade, poeta e prosador
brasileiro do século XX, quando usa o advérbio de tempo
“antigamente”, sugere um contraponto entre o passado e o
presente. O antigo vocabulário que ele resgata diz respeito à
memória nacional, e remete o leitor à ideia de que:
a) o conceito de língua considera que ela seja sincrônica, isto
é, presa a um momento de tempo, portanto, imutável.
b) o exercício concreto de um idioma — a fala — promove
mudanças na língua.
c) o vocabulário incomum usado por Carlos Drummond,
como “janota” e “pé-de-alferes”, refere-se à prática comum
na língua portuguesa de criar neologismos.
d) a noção de língua e fala auxilia o leitor no entendimento
do trecho: “arrastando a asa, mas ficavam longos meses
debaixo do balaio.”
e) a dicotomia língua e fala pode ser traduzida pela ideia de
norma linguística de um grupo social.
Gabarito: B
Comentário: Ao mostrar palavras antigas e o que elas
significam hoje, Drummond mostra as variações que a língua
sofre no decorrer do tempo.
21. Leia o texto.
Mas ele desconhecia
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Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
[...]
Mas o que via o operário o patrão nunca veria.
O operário via as casas e dentro das estruturas
via coisas, e objetos, produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia o lucro do patrão.
E em cada coisa que via misteriosamente havia
a marca de sua mão. Vinicius de Moraes. Fragmento do poema “Operário em construção”.
A produção das desigualdades decorre da oposição dos
papéis sociais ocupados pelo opressor e oprimido. O
fragmento do poema “Operário em construção” aborda a
tomada de consciência do operário, que rompe essa
ordenação antagônica.
Essa transformação decorre da:
a) percepção do operário de que ele produz a mercadoria e
esta produz o trabalhador.
b) visão do patrão de que os produtos manufaturados
dependem do trabalho do operário.
c) consciência patronal de que a construção civil gera lucros e
desigualdade.
d) coisificação do homem e humanização das coisas.
e) cooperação entre os opostos: patrão e operário.
Gabarito: D
Comentário: “Que o operário faz a coisa/E a coisa faz o
operário.”
22. Considere os versos que seguem, da canção “Na moral”,
da banda Jota Quest, para responder à questão.
Vivendo de folia e caos
Quebrando tudo, pra variar
Vivendo entre o sim e o não
Levando tudo na moral
Uma manchete de jornal
Não vou deixar me abalar
[...]
No texto, a expressão “na moral” tem o mesmo sentido que
em:
a) Esqueci o dinheiro, cara. Na moral, posso trazer amanhã?
b) Na maratona, ele foi um dos últimos, mas foi até o fim, na
moral.
c) Na moral, eu não esperava isso de você.
d) A polícia fechou o cerco, mas o grupo saiu na moral.
e) Cara, na moral que você fez assim?
Gabarito: D
Comentário: No texto, “na moral” significa “sem punição”,
sem consequência... O mesmo ocorre no item D.
23. Leia o texto.
Perecível, mas indestrutível
[...] Uma notícia na Folha, há dias, me calou fundo: a história
de Cleuza, 47, a catadora de recicláveis em Mirassol (452 km
de São Paulo), que recolhe os livros que encontra no lixo,
recupera-os e os leva para uma biblioteca que criou no centro
de triagem do lugar. Entre os 300 títulos que já salvou da
destruição e empresta ou dá a seus colegas, estão muitos de
Machado de Assis, Erico Verissimo e José Saramago. Eu
ficaria orgulhoso de ver algum dos meus próprios livros
nesse lote. Há melhor prova de que, por Cleuza, o livro de
papel — tão precário e perecível — será indestrutível?
Ruy Castro. Folha S. Paulo, 10 nov. 2012.
Para atrair a atenção do leitor, o autor do texto utiliza, no
título, um recurso linguístico baseado:
a) na gradação das ideias dispostas em sentido ascendente.
b) na personificação de seres inanimados por meio da
adjetivação.
c) na metaforização do adjetivo indestrutível desviado da
significação própria.
d) na oposição estabelecida pelo contrassenso perecível/
indestrutível.
e) no exagero em relação à adjetivação visando a um efeito
expressivo.
Gabarito: D
Comentário: Apesar de o livro ser perecível, frágil, pelo fato
de ser feito de papel, seu valor é indestrutível.
24. Leia o texto.
Hipertexto é o termo que remete a um texto em
formato digital, ao qual se agregam outros conjuntos de
informação na forma de blocos de textos, palavras, imagens
ou sons, cujo acesso se dá por meio de referências específicas
denominadas hiperlinks, ou simplesmente links. Esses links
ocorrem na forma de termos destacados no corpo de texto
principal, ícones gráficos ou imagens e têm a função de
interconectar os diversos conjuntos de informação,
oferecendo acesso às informações que estendem ou
complementam o texto principal. O conceito de “linkar” ou
de “ligar” textos foi criado por Ted Nelson nos anos 1960 e
teve como influência o pensador francês Roland Barthes, que
concebeu em seu livro S/Z o conceito de “Lexia”, que seria a
ligação de textos com outros textos. Em palavras mais
simples, o hipertexto é uma ligação que facilita a navegação
dos internautas. Um texto pode ter diversas palavras, imagens
ou até mesmo sons, que, ao serem clicados, são remetidos
para outra página onde se esclarece com mais precisão o
assunto do link abordado.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertexto
A partir do exame do texto e da imagem, deduz-se que:
a) a linearidade é um traço fundamental do hipertexto.
b) o recurso fundamental usado na construção do hipertexto é
sua organização unidirecional.
c) o prefixo hiper da palavra hipertexto remete o leitor à ideia
de tamanho.
d) texto e hipertexto são palavras sinônimas.
e) a organização do hipertexto é multilinear e favorece
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a interatividade.
Gabarito: E
Comentário: A principal característica do hipertexto é
permitir diversas leituras e formatações, ao gosto do leitor.
25. Analise atentamente a propaganda a seguir produzida por
uma agência de publicidade para celebrar o dia do deficiente
físico.
O que pode o corpo?
Ver com as mãos.
Falar com as mãos.
Ouvir com as mãos.
Andar com as mãos.
Manusear com os pés.
Podemos mais do que pensamos. Somos mais do que
limitamos.
11/10 – Dia do deficiente físico
Tudo é possível, porque todos são capazes.
Fonte: http://gingarara.com.br (acesso em 4 fev. 2012)
Uma possível interpretação da mensagem veiculada pela
propaganda seria:
a) Por meio da força de vontade e da dedicação contínua,
conseguimos superar todas as barreiras criadas pela natureza.
b) A limitação de alguns movimentos corporais é fruto de
uma avaliação negativa quanto às capacidades que
desenvolvemos.
c) O corpo humano não possui limites, tendo em vista que
podemos nos adaptar a várias adversidades impostas pela
vida.
d) Os limites do desempenho corporal não representam
necessariamente um obstáculo para o desenvolvimento de
nossas potencialidades.
e) A linguagem corporal pode ser desenvolvida por qualquer
indivíduo, desde que tenha vivenciado uma situação adversa.
Gabarito: D
Comentário: A mensagem mostra em vários trechos que o
corpo não é um obstáculo absoluto para o desenvolvimento
de atividades.
26. Leia o texto.
Três mitos gregos
[...] Não faço parte das turmas que tentam vender a
ideia de que jornalistas são dispensáveis num mundo em que
qualquer um pode publicar qualquer coisa na internet.
O que me salta aos olhos na internet são outros
mitos gregos: Eco e Narciso.
Narciso é um jovem magnífico que se apaixona pela
própria imagem refletida na água. Acabou consumido pelo
amor-próprio e se tornou o nome da flor encontrada onde ele
desapareceu.
Somos todos Narcisos no Facebook, Orkut ou
Instagram, quando publicamos fotos dos nossos sorrisos e
melhores momentos.
Eco é uma ninfa que amava os bosques e os montes,
mas tinha um defeito: falava demais e sempre queria ter a
última palavra em qualquer discussão.
Como Eco fez o papel de distrair Hera enquanto
Zeus se divertia com outras ninfas, ela recebeu um castigo.
Perdeu o direito à própria voz, que tanto amava. Foi
condenada a repetir eternamente a última palavra do que os
outros falassem.
Pois são muitos ecos que encontro no Twitter e em
outras redes sociais. Repetições contínuas, em vez de um mar
de palavras originais.
Marion Strecker. Folha de S. Paulo, 12 nov. 2012.
No fragmento de texto apresentado, a jornalista e
cofundadora do UOL faz uma análise das mensagens
veiculadas na internet. Para desenvolver seu texto usa como
estratégia argumentativa a intertextualidade e remete o leitor
aos mitos gregos, com o objetivo de:
a) comparar o conteúdo das mensagens com narrativas
clássicas.
b) desqualificar a profissão do jornalista.
c) orientar usuários da internet em suas postagens de textos.
d) ironizar a publicação de fotos e textos longos nas redes
sociais.
e) criticar mensagens vazias e sem criatividade.
Gabarito: E
Comentário: a crítica da jornalista é a respeito do
exibicionismo e da falta de conteúdo de muitas postagens.
27.
Aquele bêbado
— Juro nunca mais beber — e fez o sinal da cruz com os
indicadores. Acrescentou: — Álcool.
O mais, ele achou que podia beber. Bebia paisagens, músicas
de Tom Jobim, versos de Mário Quintana. Tomou um pileque
de Segall. Nos fins de semana embebedava-se de Ìndia
Reclinada, de Celso Antônio.
— Curou-se 100% de vício — comentavam os amigos. Só
ele sabia que andava bêbado que nem um gambá. Morreu de
etilismo abstrato, no meio de uma carraspana de pôr de sol no
Leblon, e seu féretro ostentava inúmeras coroas de ex-
alcoólatras anônimos.
ANDRADE, C. D. Contos plausíveis. Rio de Janeiro:
Record, 1991.
A causa mortis do personagem, expressa no último parágrafo,
adquire um efeito:
a) irônico no texto porque, ao longo da narrativa, ocorre uma
metaforização do sentido literal do verbo “beber”.
b) aproximação exagerada da estética abstracionista.
c) apresentação gradativa da coloquialidade da
linguagem.
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d) exploração hiperbólica da expressão “inúmeras coroas”.
e) citação aleatória de nomes de diferentes artistas.
Comentário
O efeito irônico no texto ocorre porque o verbo beber é
utilizado com o valor conotativo, ou seja, no sentido
figurado. A primeira opção traduz essa ideia de metaforizar o
sentido literal do verbo beber.
Resposta: a
28. Cada língua tem seus mecanismos próprios de formação
de novas palavras. No caso específico do português, existem
vários processos. Qual deles foi utilizado para formar o título
do filme em destaque?
a) justaposição
b) parassíntese
c) aglutinação
d) redução
e) derivação sufixal
Comentário
O processo de aglutinação consiste na junção de duas ou mais
palavras com o objetivo de formar uma terceira palavra,
porém uma delas ou as duas sofrerão alguma mudança na sua
forma, ganhando ou perdendo letras, fonemas ou morfemas.
Lobisomem = lobo + homem.
Resposta: c
29.
O sedutor médio
Vamos juntar
Nossas rendas e
expectativas de vida
querida,
o que me dizes?
Ter 2, 3 filhos
e ser meio felizes?
VERISSIMO, L. F. Poesia numa hora dessas?! Rio de
Janeiro: Objetiva, 2002.
No poema acima, é possível reconhecer a presença de
posições críticas:
a) nos três primeiros versos, em que “juntar expectativas de
vida” significa que, juntos, os cônjuges poderiam viver mais,
o que faz do casamento uma convenção benéfica.
b) na mensagem veiculada pelo poema, em que os valores da
sociedade são ironizados, o que é acentuado pelo uso do
adjetivo “médio” no título e do advérbio “meio” no verso
final.
c) no verso “e ser meio felizes? ”, em que “meio” é sinônimo
de metade, ou seja, no casamento, apenas um dos cônjuges se
sentiria realizado.
d) nos dois primeiros versos, em que “juntar rendas” indica
que o sujeito poético passa por dificuldades financeiras e
almeja os rendimentos da mulher.
e) no título, em que o adjetivo “médio” qualifica o sujeito
poético como desinteressante ao sexo oposto e inábil em
termos de conquistas amorosas.
Comentário
Veríssimo critica no texto esse "sedutor" fazendo uso de um
vocabulário que aponta a insignificância de uma vida
pequeno-burguesa. Essa ironia aos valores da sociedade é
marcada pela utilização do adjetivo "médio" no título e do
advérbio "meio" no verso final, conforme expressa a segunda
opção.
Resposta: b
Leia o texto a seguir para responder às questões 30 e 31.
‘‘Vocês que têm mais de 15 anos, se lembram quando a gente
comprava leite em garrafa, na leiteira da esquina? (...) Mas
vocês não se lembram de nada, pô? Vai ver nem sabem o que
é vaca. Nem o que é leite. Estou falando isso porque agora
mesmo peguei um pacote de leite - leite em pacote, imagina,
Tereza! - na porta dos fundos e estava escrito que é
pasterizado, ou pasteurizado, sei lá, tem vitamina, é garantido
pela embromatologia, foi enriquecido e o escambau. Será que
isso é mesmo leite? No dicionário diz que leite é outra coisa:
'Líquido branco, contendo água, proteína, açúcar e sais
minerais'. Um alimento pra ninguém botar defeito. O ser
humano o usa há mais de 5.000 anos. É o único alimento só
alimento. A carne serve pro animal andar, a fruta serve pra
fazer outra fruta, o ovo serve pra fazer outra galinha (...) O
leite é só leite. Ou toma ou bota fora. Esse aqui examinando
bem, é só pra botar fora. Tem chumbo, tem benzina, tem
mais água do que leite, tem serragem, sou capaz de jurar que
nem vaca tem por trás desse negócio. Depois o pessoal ainda
acha estranho que os meninos não gostem de leite. Mas,
como não gostam? Não gostam como? Nunca tomaram!
Múúúúúúú!"
(FERNANDES, Millôr. "O Estado de S. Paulo", 22 de
agosto de 1999)
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30. A crítica do autor é dirigida:
a) ao desconhecimento, pelas novas gerações, da importância
do leiteiro para a economia nacional.
b) à diminuição da produção de leite após o desenvolvimento
de tecnologias que têm substituído os produtos naturais por
produtos artificiais.
c) à artificialização abusiva de alimentos tradicionais, com
perda de critério para julgar sua qualidade e sabor.
d) permanência de hábitos alimentares a partir da revolução
agrícola e da domesticação de animais iniciada há 5.000
anos.
e) à importância dada ao pacote de leite para a conservação
de um produto perecível e que necessita de aperfeiçoamento
tecnológico.
Comentário
A crítica do texto é explícita e reside no fato de o leite
industrializado perder sua ‘‘essência’’, isto é, ser
descaracterizado em sua composição a ponto de se tornar, no
ponto de vista do autor, um outro produto.
Resposta: c
31. A palavra embromatologia usada pelo autor é:
a) um termo científico que significa estudo dos bromatos.
b) uma composição do termo de gíria “embromação”
(enganação) com bromatologia, que é o estudo dos alimentos.
c) uma junção do termo de gíria “embromação” (enganação)
com lactologia, que é o estudo das embalagens para leite.
d) um neologismo da química orgânica que significa a
técnica de retirar bromatos dos laticínios.
e) uma corruptela de termo da agropecuária que significa a
ordenha mecânica.
Comentário
O neologismo embromatologia, apesar de derivado de
bromatologia (estudo dos alimentos) remete, no texto,
imediatamente, ao verbo embromar (regionalismo que
significa enganar, calotear usando de lábia). Assinala-se,
pois, a segunda alternativa.
Reposta: b
32. Leia o texto abaixo.
O mundo é grande
O mundo é grande e cabe
Nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
Na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
No breve espaço de beijar.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia e prosa. Rio de
Janeiro: Nova Aguilar, 1983.)
Neste poema, o poeta realizou uma opção estilística: a
reiteração de determinadas construções e expressões
linguísticas, como o uso da mesma conjunção para
estabelecer a relação entre as frases. Essa conjunção
estabelece, entre as ideias relacionadas, um sentido de:
a) oposição.
b) comparação.
c) conclusão.
d) alternância.
e) finalidade.
Comentário
Cada oração introduzida pela conjunção ‘‘e’’ está em relação
de oposição com a oração que a antecede. Observa-se,
contudo, que não é a conjunção ‘‘e’’ que estabelece essa
relação, conforme propõe o enunciado da questão. A
oposição decorre do sentido das orações em confronto. Em
outras palavras, apesar de o mundo ser grande, ele cabe em
lugares e em situações inesperados, nos quais aparentemente
não se encaixaria.
Reposta: a
33. As florestas tropicais estão entre os maiores, mais
diversos e complexos biomas do planeta. Novos estudos
sugerem que elas sejam potentes reguladores do clima, ao
provocarem um fluxo de umidade para o interior dos
continentes, fazendo com que essas áreas de floresta não
sofram variações extremas de temperatura e tenham umidade
suficiente para promover a vida. Um fluxo puramente físico
de umidade do oceano para o continente, em locais onde não
há florestas, alcança poucas centenas de quilômetros.
Verifica-se, porém, que as chuvas sobre florestas nativas não
dependem da proximidade do oceano. Esta evidência aponta
para a existência de uma poderosa "bomba biótica de
umidade" em lugares como, por exemplo, a bacia amazônica.
Devido à grande e densa área de folhas, as quais são
evaporadores otimizados, essa "bomba" consegue devolver
rapidamente a água para o ar, mantendo ciclos de evaporação
e condensação que fazem a umidade chegar a milhares de
quilômetros no interior do continente.
A. D. Nobre. Almanaque Brasil Socioambiental. Instituto
Socioambiental, 2008, p. 368-9 (com adaptações).
As florestas crescem onde chove, ou chove onde crescem as
florestas? De acordo com o texto:
a) onde chove, há floresta.
b) onde a floresta cresce, chove.
c) onde há oceano, há floresta.
d) apesar da chuva, a floresta cresce.
e) no interior do continente, só chove onde há floresta.
Comentário
O texto informa que as florestas são ‘‘potentes reguladores
do clima, ao provocarem um fluxo de umidade para o interior
dos continentes’’. O segundo item está correto.
Resposta: b
34.
Aula de Português
A linguagem
na ponta da língua
tão fácil de falar
e de entender.
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14
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a priminha.
O português são dois; o outro, mistério.
Carlos Drummond de Andrade. Esquecer para lembrar. Rio
de Janeiro: José Olympio, 1979.
No poema, a referência à variedade padrão da língua está
expressa no seguinte trecho:
a) “A linguagem / na ponta da língua” (v.1 e 2).
b) “A linguagem / na superfície estrelada de letras” (v.5 e 6).
c) “[a língua] em que pedia para ir lá fora” (v.14).
d) “[a língua] em que levava e dava pontapé” (v.15).
e) “[a língua] do namoro com a priminha” (v.17).
Comentário
A variedade padrão respeita as regras gramaticais e difere da
variedade coloquial, falada com frequência no dia a dia.
Sendo assim, o item ‘‘b’’ é o único que faz referência à
linguagem não dominada pelo eu lírico, isto é, aquela
linguagem complexa, difícil de entender.
Resposta: b
35.
A busca da felicidade
Ser feliz é provavelmente o maior desejo de todo ser humano.
Na prática, ninguém sabe definir direito a palavra felicidade.
Mas todos sabem exatamente o que ela significa. Nos últimos
tempos, psicólogos, neurocientistas e filósofos têm voltado
sua atenção de modo sistemático para esse tema que sempre
fascinou, intrigou e desafiou a humanidade.
(Gurovitz, Hélio. Revista ÉPOCA. Editora Globo, São Paulo.
Número 412, 10 de abril de 2006, p. 6)
Sobre a palavra felicidade é correto afirmar que:
a) é um substantivo abstrato formado por derivação sufixal e
composto por dez letras e dez fonemas.
b) é um substantivo derivado formado por derivação
imprópria e composto por dez letras e cinco fonemas.
c) é um adjetivo formado por derivação imprópria e
composto por dez letras e dez fonemas.
d) é um adjetivo formado por derivação progressiva e
composta por dez letras e dez fonemas.
e) é um substantivo comum formado por derivação
parassintética e composto por dez letras e nove fonemas.
Comentário
‘‘Felicidade’’ é um substantivo abstrato, pois representa um
sentimento. Tem dez letras e dez fonemas (não possui
dígrafos). Ao radical, se junta um afixo posterior, isto é, um
sufixo.
Resposta: a
36. A publicidade, de uma forma geral, alia elementos
verbais e imagéticos na constituição de seus textos. Nessa
peça publicitária, cujo tema é a sustentabilidade, o autor
procura:
a) convencer o leitor a assumir uma atitude reflexiva diante
dos fenômenos naturais.
b) evitar o consumo excessivo de produtos reutilizáveis.
c) aderir à onda sustentável, evitando o consumo excessivo.
d) abraçar a campanha, desenvolvendo projetos sustentáveis.
e) consumir produtos de modo responsável e ecológico.
Comentário
O cartaz publicitário faz uso de textos verbal e não verbal na
intenção de convencer o interlocutor a adotar um
comportamento responsável e ecológico no momento de
consumir. A opção ‘‘e’’ confirma esse propósito do autor e
do cartaz.
Resposta: e
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15
Leia o texto abaixo para responder as questões 37, 38 e 39.
Aí, Galera
Jogadores de futebol podem ser vítimas de estereotipação.
Por exemplo, você pode imaginar um jogador de futebol
dizendo “estereotipação”? E, no entanto, por que não?
- Aí, campeão. Uma palavrinha pra galera.
- Minha saudação aos aficionados do clube e aos demais
esportistas, aqui presentes ou no recesso dos seus lares.
- Como é?
- Aí, galera.
- Quais são as instruções do técnico?
- Nosso treinador vaticinou que, com um trabalho de
contenção coordenada, com energia otimizada, na zona de
preparação, aumentam as probabilidades de, recuperado o
esférico, concatenarmos um contragolpe agudo com
parcimônia de meios e extrema objetividade, valendo-nos da
desestruturação momentânea do sistema oposto, surpreendido
pela reversão inesperada do fluxo da ação.
- Ahn?
- É pra dividir no meio e ir pra cima pra pegá eles sem calça.
- Certo. Você quer dizer mais alguma coisa?
- Posso dirigir uma mensagem de caráter sentimental, algo
banal, talvez mesmo previsível e piegas, a uma pessoa à qual
sou ligado por razões, inclusive, genéticas?
- Pode.
- Uma saudação para a minha progenitora.
- Como é?
- Alô, mamãe!
- Estou vendo que você é um, um...
- Um jogador que confunde o entrevistador, pois não
corresponde à expectativa de que o atleta seja um ser algo
primitivo com dificuldade de expressão e assim sabota a
estereotipação?
- Estereoquê?
- Um chato?
- Isso.
(Correio Braziliense, 13/05/1998.)
37. O texto retrata duas situações relacionadas que fogem à
expectativa do público. São elas:
a) a saudação do jogador aos fãs do clube, no início da
entrevista, e a saudação final dirigida à sua mãe.
b) a linguagem muito formal do jogador, inadequada à
situação da entrevista, e um jogador que fala, com
desenvoltura, de modo muito rebuscado.
c) o uso da expressão “galera”, por parte do entrevistador, e
da expressão “progenitora”, por parte do jogador.
d) o desconhecimento, por parte do entrevistador, da palavra
“estereotipação”, e a fala do jogador em “é pra dividir no
meio e ir pra cima pra pegá eles sem calça”.
e) o fato de os jogadores de futebol serem vítimas de
estereotipação e o jogador entrevistado não corresponder ao
estereótipo.
Comentário
A fala rebuscada e culta normalmente não é associada a
situações de entrevistas com jogadores de futebol, por
exemplo. Sendo assim, a quebra de expectativa reside no
usuário dessa linguagem e na situação em que ela é utilizada.
Resposta: b
38. O texto mostra uma situação em que a linguagem usada é
inadequada ao contexto. Considerando as diferenças entre
língua oral e língua escrita, assinale a opção que representa
também uma inadequação da linguagem usada ao contexto:
a) “o carro bateu e capotô, mas num deu pra vê direito” - um
pedestre que assistiu ao acidente comenta com o outro que
vai passando.
b) “E aí, ô meu! Como vai essa força?” - um jovem que fala
para um amigo.
c) “Só um instante, por favor. Eu gostaria de fazer uma
observação” - alguém comenta em uma reunião de trabalho.
d) “Venho manifestar meu interesse em candidatar-me ao
cargo de Secretária Executiva desta conceituada empresa” -
alguém que escreve uma carta candidatando-se a um
emprego.
e) “Porque se nós não resolve as coisa como têm que ser, a
gente corre o risco de ter, num futuro próximo, muito pouca
comida nos lares brasileiros” - um professor universitário em
um congresso internacional.
Comentário
A linguagem do professor não é adequada o suficiente para
ser utilizada em um congresso internacional. Os outros itens
apresentam adequações.
Resposta: e
39. A expressão “pegá eles sem calça” poderia ser
substituída, sem comprometimento de sentido, em língua
culta, formal, por:
a) pegá-los na mentira.
b) pegá-los desprevenidos.
c) pegá-los em flagrante.
d) pegá-los rapidamente.
e) pegá-los momentaneamente
Comentário
Utilizando o sentido do texto como base, a expressão ‘‘pegá
eles sem calça’’ se refere à ação de surpreender o adversário
no momento em que ele não estiver preparado.
Resposta: b
Para responder às questões de números 40 e 41, leia a seguir
um trecho de um bate-papo pela internet, retirado de uma das
“salas” do UOL.
(04:01:51) LOIRA fala para E.F.S-MSN: NAO QUERO
PAPO CONTIGO PQ VC PIZOU NA BOLA
(04:01:55) Alex entra na sala...
(04:02:02) Alex fala para Todos: Alguém quer teclar?
(04:02:04) A T I R A D O R fala para AG@SSI: QUEM E
VC
(04:02:39) LOIRA fala para nois (Mô, Lê e Ti):
APARENCIA NAO EMPORTA
(04:02:43) A T I R A D O R fala para LOIRA: eai
princesa ta afim de tc
(04:02:56) LOIRA fala para AG@SSI: OI QTOS
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16
ANOS
40. Sobre a escrita no bate-papo, são feitas as quatro
afirmações seguintes.
I. As palavras teclar e tc são formadas, respectivamente,
por sufixação e redução.
II. Estão incorretamente grafadas as palavras pizou e
emporta.
III. A pontuação está incorreta nas frases de Loira, Alex e
Atirador.
IV. Alex e Atirador apresentam erros na acentuação de
palavras.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
Comentário
Teclar é formada a partir do radical tecl, por meio do
acréscimo de sufixo. Tc é formado a partir do mesmo radical,
pela supressão de letras. A grafia correta seria ‘‘pisou’’ e
‘‘importa’’.
Resposta: a
41. Observando a segunda fala de Atirador, vê-se que ele
comete infração gramatical semelhante à que ocorre em:
a) Durante a reunião, todos se referiram o mesmo problema.
b) Vossa Excelência deveis ouvir as exigências do povo.
c) Lhe enviaremos a resposta o mais breve possível.
d) Chegou todos os convidados para a festa.
e) Derrepente ela parou e percebeu que estava sendo seguida.
Comentário
Em ‘‘eai princesa ta afim de tc’’ há erros de ortografia,
acentuação e pontuação, entre outros.
Resposta: e
Para responder às questões de números 42 e 43, considere a
imagem a seguir, levando em conta que ela remete a um funk
polêmico, bastante difundido na mídia em 2003: ‘‘Minha
eguinha pocotó’’.
ÉGUA POCOTÓ MORRE EM TRÁGICO ACIDENTE.
42. Na frase que acompanha a imagem, os substantivos
próprios que compõem a mensagem indicam:
a) referência indefinida ao animal e ao estilo de música, visto
com reservas por boa parte do público. A informação
equivale a ‘‘Um acidente trágico tira a vida de uma égua’’.
b) informação como crítica à situação caótica do trânsito nas
cidades, levando à morte trágica um ídolo musical. Poderia
ser redigida assim: Éguas são vítimas de trânsito caótico.
c) metáfora do fim trágico de um estilo musical, bastante
discutido na mídia, equivalendo a ‘‘Acidente trágico vitima
égua’’.
d) informação apresentada satiricamente a partir de um
elemento já conhecido, podendo ser redigida da seguinte
forma: Acidente trágico mata a Égua Pocotó.
e) morte da Égua para representar a violência humana aos
animais. A ideia equivale a ‘‘O acidente trágico mata a Égua
Pocotó’’.
Comentário
A frase que acompanha a imagem se refere a um elemento (a
Égua Pocotó) já conhecido devido ao funk difundido na
mídia, que, no texto, é nomeado por substantivos próprios. A
sátira da informação consiste no fato de a notícia se referir à
música de sucesso.
Resposta: d
43. Tomando como referência os processos de formação de
palavras, dada a relação com o som produzido pelos equinos
quando em movimento, a palavra Pocotó é formada a partir
de uma:
a) prefixação.
b) sufixação.
c) onomatopeia.
d) justaposição.
e) aglutinação.
Comentário
Onomatopeia consiste na imitação de sons, seja o som das
vozes dos animais, seja o som dos ruídos da natureza, ou
mesmo o som produzido pelos objetos.
Resposta: c
44. Dos diminutivos destacados abaixo, assinale a alternativa
em que o uso traduza ideia pejorativa (ou depreciativa):
a) Procuram-se cofrinhos. Entregar na Caderneta de
Poupança Banespa.
b) Benzinho, não gostaria de tocar mais nesse assunto.
c) A folhinha não indica o Dia do Professor.
d) Eu não quero ler esse jornaleco.
e) Vou passar uns diazinhos na praia.
Comentário
‘‘Jornaleco’’ dá a ideia de Jornal de pouco valor informativo,
sem importância ou mal redigido. Resposta: d
45.
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17
O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação
de informações visuais e recursos linguísticos. No contexto
da ilustração, a frase proferida recorre à:
a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão
“rede social” para transmitir a ideia que pretende veicular.
b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra
coisa”.
c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o
espaço da população pobre e o espaço da população rica.
d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo
virtual rico.
e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores
com a rede caseira de descanso da família.
Comentário
A charge utiliza-se dos diversos significados da palavra rede
para transmitir a crítica.
Resposta: a
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIA
Questões 46 a 90
46. A ilha japonesa surgida recentemente cerca de mil
quilômetros ao sul de Tóquio devido à forte atividade
vulcânica se uniu à vizinha ilha de Nishinoshima, segundo
informou a Guarda Costeira japonesa. Um avião da Guarda
confirmou que a pequena ilha surgida no Oceano Pacífico
seguiu crescendo até ter uma extensão de 15 hectares e ficar
praticamente grudada à desabitada ilha vulcânica de
Nishinoshima.
Nishinoshima se encontra a 130 quilômetros da ilha habitada
mais próxima, motivo pelo qual se considera que sua
atividade vulcânica não põe nenhuma população em perigo.
Disponível em: <http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/nova-ilhajaponesa-
surgida-de-erupcao-cresce-e-se-une-a-outra>.
Acesso em: 13 jan. 2015. (Adapt.).
O vulcanismo pode provocar graves consequências para a
população residente nas áreas que apresentam instabilidade
tectônica. No entanto, as erupções vulcânicas têm uma
importante função no processo de constituição do relevo
terrestre por se tratarem de:
a) agentes endógenos e destruidores das formas de relevo já
existentes, ajudando na formação de solos de baixa
fertilidade.
b) agentes exógenos e formadores das rochas ígneas,
provocando a formação de ilhas e o aparecimento de novos
arquipélagos.
c) agentes endógenos e modeladores da superfície terrestre,
sendo responsáveis pelo surgimento de ilhas e montanhas.
d) agentes exógenos e destruidores das formas de relevo já
existentes na superfície terrestre, criando solos vulcânicos.
e) agentes exógenos e modeladores da superfície terrestre,
podendo reconstruir as altitudes de planaltos mais
desgastados.
Comentário:
Os vulcões são considerados agentes endógenos, pois
ocorrem devido às forças que atuam em camadas inferiores
da litosfera, pressionando o magma existente no manto em
direção à superfície. O resfriamento do magma produz rochas
vulcânicas que, em conjunto, dão origem a novas formações
de relevo, como montanhas e ilhas – nesse último caso, em
vulcões que estão localizados no oceano –, modificando a
fisionomia do relevo terrestre.
Gabarito: Item C
47.A poluição decorrente do uso de veículos está causando
perdas estimadas em US$ 3,5 trilhões (R$ 7,7 trilhões) ao ano
devido a mortes prematuras e doenças, contados apenas os
países desenvolvidos, a China e a Índia. O valor é maior que
o PIB do Brasil, estimado em quase R$ 5 trilhões. É o que
divulgou nesta quarta-feira (21) a OCDE (Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico), durante seu
Fórum Internacional de Transporte, realizado em Leipzig,
Alemanha. Segundo o secretário-geral da OCDE, Angel
Gurría, o número de mortos decorrente da poluição do
transporte é maior que o estimado de mortes causadas por
contaminação da água e falta de coleta de esgoto no mundo.
Dimmi Amora. “Doenças ligadas à poluição do trânsito geram perdas de
R$ 7,7 trilhões anuais, diz OCDE”. Folha de S.Paulo, 22 maio 2014.
Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2014/05/1458366-
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18
doencas-ligadas-a-poluicao-do-transito-geram-perdas-de-r-77-trilhoesanuais-
diz-ocde.shtml>. Acesso em: 12 jan. 2015.
O grande número de veículos existente, principalmente, nas
áreas metropolitanas do mundo promove perdas econômicas
e ambientais, afetando substancialmente a qualidade de vida
da sociedade. Representam um dos problemas decorrentes do
trânsito das grandes cidades e uma proposta plausível para
minimizar o problema apresentando, respectivamente?
a) O predomínio do transporte individual e a redução de
impostos incidentes sobre os automóveis.
b) A ausência de meios de transporte coletivos e a criação de
corredores exclusivos para carros.
c) Os deslocamentos entre curtas distâncias e as restrições ao
uso de carros de maior cilindrada.
d) a lentidão das vias de circulação e o aumento dos limites
de velocidade nas vias expressas.
e) A piora da qualidade do ar e os incentivos ao uso de
combustíveis considerados ecológicos.
Comentário:
As dificuldades encontradas no trânsito das áreas
metropolitanas estão, dentre outros fatores, relacionadas ao
uso intensivo dos meios de transporte individuais e à
fragilidade dos meios de transporte coletivos, produzindo
muitas consequências nocivas para a sociedade. Dentre essas
consequências, estão as emissões de gases poluentes, capazes
de alterar o clima urbano, poluir o ar e impor riscos à saúde
humana. Uma saída específica para minimizar esse problema
é a produção de tecnologias limpas aplicadas nos sistemas de
transporte, como a utilização de fontes alternativas de
energia, motores menos poluentes e o aproveitamento dos
potenciais naturais muito presentes no Brasil, como a
biomassa.
Gabarito: Item E
48. O problema da escassez de água e as restrições sobre o
seu uso são uma realidade presente em todos os continentes.
Uma crise hídrica produz implicações de ordem econômica,
social e territorial, motivando disputas bélicas e depreciação
das condições sociais. Levando em consideração as
características geográficas dos países assinalados no
infográfico e a amplitude desse desafio, os problemas no
abastecimento de água em seus territórios têm como
fundamento
a) O mau uso da água, realidade exclusiva de nações
emergentes e que tiveram industrialização tardia.
b) A ausência de precipitação, quadro característico somente
dos países que apresentam regiões de clima árido.
c) A dimensão territorial, já que os países de maior extensão
estão menos vulneráveis à escassez de água.
d) O predomínio de atividades agrícolas e primárias, quando
os níveis de industrialização não são expressivos.
e) A gestão dos recursos disponíveis, pois os fatores de
ordem natural não representam a única justificativa.
Comentário: A falta de água não é uma situação exclusiva
de áreas desérticas ou com o predomínio de climas secos.
Mesmo em locais de clima úmido ou com abundância de rios
de maior volume, a disponibilidade de água é afetada, dentre
outros fatores, pelo mau gerenciamento e pela contaminação
por atividades agrárias, industriais e esgoto doméstico. A
urbanização desenfreada também é um fator relevante,
principalmente em locais de maior densidade demográfica.
Além disso, há uma disparidade quanto ao uso dos recursos
hídricos, pois, de acordo com a ONU, mais de 700 milhões
de pessoas no mundo não têm acesso à água potável,
enquanto as atividades agrícolas respondem por cerca de 70%
do consumo mundial.
Gabarito: Item E
49. A nascente do Rio São Francisco, que está localizada e
dentro do Parque Nacional da Serra da Canastra, no Sudoeste
de Minas Gerais, está seca. Segundo o Comitê da Bacia
Hidrográfica do Rio São Francisco, a bacia do rio corta seis
estados – Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas,
Sergipe e Goiás – e uma pequena parte do Distrito Federal,
chegando a 504 municípios. O rio é a única alternativa de
água para milhares de pessoas que vivem no semiárido desses
estados.
O rio também é alvo da maior obra do PAC (Programa de
Aceleração de Crescimento), com a transposição que constrói
dois canais com um total de 477 km, que vão retirar água do
rio e levar a 390 municípios do sertão de Pernambuco,
Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimasnoticias/
2014/09/23/pela-primeira-vez-seca-a-nascente-do-rio-sao-franciscoem-
mg.htm>. Acesso em: 14 jan. 2015. (Adapt.).
O Rio São Francisco, conhecido como o “rio da integração
nacional”, tem suas nascentes em áreas úmidas de Minas
Gerais, na região Sudeste, e seu baixo curso situado na região
Nordeste, atravessando trechos do sertão semiárido. Em
decorrência da estiagem prolongada do ano de 2014 e da
degradação dos ecossistemas relacionados a sua bacia
hidrográfica, o São Francisco enfrenta uma das piores secas
de sua história. Qual consequência a problemática em
questão causa para as populações que se localizam próximo
às margens do Rio São Francisco?
a) Desvalorização das propriedades urbanas peloêxodo em
direção ao campo.
b) Redução do volume de peixes com prejuízos à
sobrevivência dos ribeirinhos.
c) Alagamentos decorrentes da abertura das comportas de
usinas hidrelétricas.
d) Queda na exportação de frutas produzidas pelos
agricultores de base familiar.
e) Desvio das águas do São Francisco para o Sudeste por
razões econômicas
Comentário: A Bacia do Rio São Francisco é ameaçada pelo
desmatamento de sua mata ciliar, pela poluição de suas
águas, pela geração de energia hidrelétrica e pelos projetos de
irrigação em latifúndios destinados principalmente para a
fruticultura. Como consequência, seus rios sofrem com o
assoreamento e a redução da vazão que, combinado com a
seca natural, resulta em danos que incidem justamente
naqueles que estão mais desamparados e que dependem
diretamente dos rios para a sobrevivência, como as
comunidades de pescadores.
Gabarito: Item B
50.Por muitas décadas, a cidade de São Paulo ficou
conhecida popularmente como a “terra da garoa”,
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19
menção a uma precipitação fina e típica dos finais de tarde
nas estações úmidas. Atualmente, nesse horário,
particularmente nos meses de verão, é mais comum serem
observadas verdadeiras tempestades, criando transtornos para
milhões de paulistanos. A redução da garoa na capital
paulista e a sua substituição por chuvas extremas se devem,
principalmente,
a) à retirada da vegetação e à impermeabilização do solo
urbano, originando as chamadas ilhas de calor.
b) à geração de poluição atmosférica, criando uma barreira de
ar seco que dificulta a formação das nuvens de chuva.
c) ao desmatamento nas cidades litorâneas, que modifica a
direção dos ventos que carregam a umidade oceânica.
d) à contaminação de rios e córregos, o que acelera a
evapotranspiração junto à superfície, formando tempestades.
e) ao acúmulo de lixo em aterros, favorecendo a lixiviação e
o transporte da água para camadas inferiores e aquíferos.
Comentário: A cidade de São Paulo é a maior metrópole do
Brasil, cuja urbanização substituiu a vegetação original por
asfalto e concreto, provocando a impermeabilização do solo
na área urbana e interferindo no balanço energético e na
distribuição de umidade. Nos meses de verão, a ação das
ilhas de calor e o efeito estufa contribuem para a formação de
chuvas extremas a partir do meio ao final das tardes,
momento em que a brisa oceânica (formada por ar mais
úmido e frio) ultrapassa a Serra do Mar alcançando a capital,
que está com temperaturas elevadas por conta da ilha de
calor. O ar mais quente sobe, levando umidade para as
camadas mais altas da atmosfera, e, por conta da ilha de
calor, essa ascensão é intensificada. Portanto, a umidade se
condensa e precipita sob a forma de fortes chuvas.
Gabarito: Item A
51. A atuação do jornalismo brasileiro das grandes redes
nacionais de comunicação nacional salta aos olhos, nos
tempos atuais, se considerada a distância dos noticiários do
Brasil sobre os demais países da América do Sul e Central, de
colonização e língua espanhola. Uma realidade que torna a
população brasileira, no país com liderança na região e quase
um continente, com pouco conhecimento do que se passa
com os seus vizinhos. Paradoxalmente, numa época de
organização de grupos econômicos e de amplo processo de
globalização da comunicação midiática. [...] Se analisado
mais atentamente, é forçoso notar que o nosso jornalismo está
voltado com primazia para a América do Norte e Europa,
com informações cotidianas destes lugares, em grande parte
da mídia nacional – sem contar as angulações
prioritariamente negativas das notícias. Muitas vezes,
acidentes corriqueiros nos Estados Unidos concorrem com
notícias importantes em determinados estados fora do eixo
Rio-São Paulo ou acontecimentos latino-americanos
importantes.
Disponível em: <http://observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed798_a_
america_latina_no_ jornalismo_brasileiro>. Acesso em: 14 jan. 2015.
(Adapt.).
O desenvolvimento da globalização favorece o aumento do
fluxo de informações, o que agiliza a capacidade de obter
informações de países e regiões distantes. O artigo destaca a
configuração dos meios de imprensa brasileiros, que, em sua
maioria, preferem enfatizar os acontecimentos dos países
europeus e norte-americanos em detrimento da realidade de
países vizinhos localizados nas Américas do Sul e Central.
Analisando as características da expansão do meio técnico-
científico-informacional no Brasil, o encurtamento das
distâncias produzido pelas ferramentas da globalização no
país:
a) Relativo e condicionado ao acesso aos requisitos espaciais
e tecnológicos necessários.
b) Censurado pela população que possui maior poder de
renda e controla a imprensa.
c) total e efetivo, pois todas as pessoas têm acesso irrestrito e
gratuito pela internet.
d) intermediário e limitado ao uso da mídia digital, que já
supera as mídias tradicionais.
e) determinado por grupos de mídia internacionais que
restringem a imprensa brasileira.
Comentário: No mundo atual, são nítidas as facilidades
proporcionadas pelas ferramentas da globalização, que
dinamizam os fluxos mundiais de informação. Contudo, a
diminuição relativa das distâncias tem limites impostos pelas
condições espaciais e tecnológicas essenciais para que ela
ocorra. Nem todas as pessoas têm acesso a essas condições, o
que acaba por originar uma forma de exclusão.
Gabarito: Item A
52.A Anheuser-Busch InBev vê no mercado asiático uma
excelente via de expansão para seus negócios nos próximos
anos, disse o presidente-executivo da maior fabricante de
cervejas do mundo, Carlos Brito. [...] Segundo o executivo
brasileiro, o continente conta com populações numerosas,
com poder aquisitivo crescente e oportunidades de negócio
ainda não exploradas pelo segmento de cervejas e bebidas.
[...]
Atualmente, a empresa já conta com forte posicionamento no
mercado chinês, onde possui 40 fábricas e 35 mil
funcionários, segundo Brito. [...] Brito destacou que a
empresa já tem negócios com potencial de crescimento em
mercados como Vietnã, Índia, Hong Kong, Japão e Austrália.
Disponível em: <www.brasil247.com/pt/247/economia/146465/AB-InBevv%
C3%AA-oportunidades-de-expans%C3%A3o-na-%C3%81sia.htm>.
Acesso em: 21 nov. 2014. (Adapt.).
As metas da empresa citada para se consolidar em outros
mercados, como os apresentados pela reportagem, incluem a
compra e o controle acionário de companhias até então
concorrentes. Essa prática de fusões e aquisições de empresas
no mundo capitalista tem como objetivos
a) incrementar os seus negócios e impedir a existência dos
monopólios.
b) reduzir os custos de produção e coordenar estratégias de
marketing.
c) assumir o controle parcial da produção e aumentar a livre
concorrência.
d) manter mercados já atuantes e evitar a expansão para áreas
de risco.
e) fabricar produtos menos procurados e reduzir custos para o
consumidor.
Comentário: Em um cenário cada vez mais competitivo, as
empresas transnacionais adotam estratégias globais
como a prática das fusões, buscando ingressar em
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novos mercados e agrupar investimentos para reduzir seus
custos finais – como na compra de matérias-primas e nos
gastos com publicidade, marketing e transportes –, além da
vantagem de compartilhar conhecimento produtivo e
tecnológico. Embora sujeita à regulamentação, que varia de
acordo com os países, as fusões podem conduzir à formação
de monopólios, que são altamente prejudiciais para o
consumidor final.
Gabarito: Item A
53.A fotografia anterior exibe a colheita da soja no Centro-
Oeste brasileiro. Analisando a imagem e tendo em vista os
sistemas agrícolas mais utilizados na agricultura brasileira e
mundial, a atividade retratada está inserida na
a) agricultura itinerante, quando a ocupação intensiva dos
solos exige deslocamentos constantes dos agricultores.
b) agricultura de jardinagem, realizada nos grandes terraços e
várzeas dos rios existentes no Brasil Central.
c) agricultura de plantation, com embasamento na
fragmentação das propriedades rurais destinadas à
policultura.
d) agricultura rudimentar, que desconsidera os aspectos
ecológicos e de sustentabilidade ambiental.
e) agricultura moderna, potencializando os recursos naturais a
partir da aplicação de melhorias técnicas e genéticas.
Comentário: A agricultura retratada é considerada moderna,
a qual aplica melhorias que aumentam a produtividade, como
a mecanização, o melhoramento genético, a especialização da
produção, dentre outras. Tal aplicação é proporcionada pelo
uso intensivo de capitais.
Gabarito: Item E
54.A expansão dos agrocombustíveis suscita diferente
opiniões. Ainda que ofereça aspectos positivos como
renovabilidade e menor emissão de gases poluentes, o cultivo
de gêneros específicos para a geração desse tipo de
combustível também suscita preocupação quanto à ocorrência
de impactos socioambientais, uma vez que
a) os agrocombustíveis instigam a produtividade e a geração
de empregos nos países pobres.
b) o milho representa a única alternativa orgânica para a
produção dos combustíveis renováveis.
c) os agrocombustíveis podem impor uma concorrência ante
a produção de alimentos.
d) o cultivo do milho passou a ser destinado apenas à
fabricação de combustíveis.
e) a perda de fertilidade dos solos tornou os agrocombustíveis
uma fonte não renovável.
Comentário: Os combustíveis fósseis de uso mais comum
nas usinas termelétricas são o carvão mineral, o diesel do
petróleo e o gás natural. Entre esses, o carvão mineral é o
mais empregado, apresentando enorme capacidade de
geração de energia, mas, ao mesmo tempo, sendo
extremamente poluente. A queima do carvão mineral em
larga escala, que teve início com o advento da Revolução
Industrial, é diretamente causadora de fenômenos como o
efeito estufa, as chuvas ácidas e os smogs, sendo estes
causadores de importantes alterações ambientais no planeta.
Gabarito: Item E
55. Avaliando os potenciais e a utilização das fontes
energéticas explicitadas no gráfico, configura(m) uma dessas
fontes e as características de sua utilização
a) as hidrelétricas, que são classificadas como energia limpa
por não produzirem qualquer tipo de impacto ambiental.
b) o carvão vegetal, que é mais utilizado nas usinas térmicas
do que os combustíveis fósseis devido a sua maior
combustão.
c) o gás natural, que tem se mostrado um ótimo substituto do
óleo diesel nas usinas termelétricas, sendo renovável e pouco
poluente.
d) os projetos destinados à ampliação das fontes alternativas,
como solar e eólica, que apresentam baixo custo e grande
geração de energia.
e) a geração térmica convencional, realizada a partir de
combustíveis fósseis, que constitui uma importante ameaça
ao equilíbrio ecológico da Terra.
Comentário: Os combustíveis fósseis de uso mais comum
nas usinas termelétricas são o carvão mineral, o diesel do
petróleo e o gás natural. Entre esses, o carvão mineral é o
mais empregado, apresentando enorme capacidade de
geração de energia, mas, ao mesmo tempo, sendo
extremamente poluente. A queima do carvão mineral em
larga escala, que teve início com o advento da Revolução
Industrial, é diretamente causadora de fenômenos como o
efeito estufa, as chuvas ácidas e os smogs, sendo estes
causadores de importantes alterações ambientais no planeta.
Gabarito: Item E
56. “A partir da III Cúpula do Bric (grupo formado por
Brasil, Rússia, Índia e China) que acontece nesta quinta-feira
(14) na cidade de Sanya, na China, o bloco ganhará um novo
membro, a África do Sul. Assim, o bloco dos países
emergentes passa a se chamar Brics, com o “S” de
South Africa (África do Sul).
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De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Antonio
Patriota, a chegada de mais um participante será comemorada
pelo País. “Seguramente o Brasil vai dar as boas-vindas à
África do Sul, já que nos coordenamos no Ibas (Índia, Brasil
e África do Sul). A África do Sul é um país que estamos
bastante familiarizados”, disse o ministro.” Fonte: brasil.gov.br
A entrada da África do Sul no BRIC reforça o grupo como
um expressivo fórum de países emergentes. Mas essa adesão,
resultado do convite chinês, pode evidenciar:
a) Um fortalecimento econômico do grupo, devido à
semelhança do produto interno bruto sul-africano com o dos
demais países formadores do BRIC
b) O aumento da diversidade interna entre os membros, no
que tange ao tamanho da população e à oferta de
consumidores.
c) Um afastamento do Brasil e da China do continente
africano, que será área de influência sul-africana
d) Uma provável redução da prática comercial entre os
membros do grupo, em função da entrada de um país com
pequena expressividade de mercado consumidor
e) O início da comercialização de commodities chinesas com
o continente africano, tendo como país intermediário a África
do Sul.
Comentário: termo criado por Jim O’Neil no início do
século XXI, o termo BRIC refere-se aos países que ele
acreditava que dominariam o cenário político e econômico
mundial naquele século. Com a entrada da África do Sul no
bloco, houve uma expansão do mercado consumidor e das
ofertas de mão de obra, bem como de capitais e de circulação
de pessoas e mercadorias.
Gabarito: Item B
57. Na imagem, visualizam-se um método de cultivo e as
transformações provocadas no espaço geográfico. O objetivo
imediato da técnica agrícola utilizada é:
a) Controlar a erosão laminar
b) Preservar as nascentes fluviais
c) Diminuir a contaminação química
d) Incentivar a produção transgênica
e) Implantar a mecanização intensiva
Comentário: trata-se de uma clássica imagem de agricultura
de jardinagem, praticada sobretudo na Ásia de monções, onde
há cultivo de arroz e preserva-se o solo dos processos de
desgaste e erosivos.
Gabarito: item A
58. Em Vigiar e Punir, Michel Foucault substitui a análise
dos aparelhos que exercem o poder (isto é, das instituições
localizáveis, expansionistas, repressivas e legais) pela dos
“dispositivos” que “vampirizaram” as instituições e
reorganizaram clandestinamente o funcionamento do poder:
procedimentos técnicos “minúsculos”, atuando sobre e com
os detalhes, redistribuíram o espaço para transformá-lo no
operador de uma “vigilância” generalizada. Problemática
bem nova. No entanto, mais uma vez, esta “microfísica do
poder” privilegia o aparelho produtor (da disciplina), ainda
que, na “educação”, ela ponha em evidência o sistema de
uma ”repressão” e mostre como, por trás dos bastidores,
tecnologias mudas determinam ou curto-circuitam as
encenações institucionais. Se é verdade que por toda a parte
se estende e se precisa de “vigilância”, mais urgente ainda é
descobrir como é que uma sociedade inteira não se reduz a
ela: que procedimentos populares ( também “minúsculos” e
cotidianos) jogam com os mecanismos da disciplina e não se
conformam com ela a não ser para alterá-los, enfim, que
“maneiras de fazer” formam a contrapartida, do lado dos
consumidores ( ou dominados?) dos processos mudos que
organizam a ordenação sócio-politica.
Certeau, Michel de - A invenção do cotidiano : 1 Artes de fazer; Vozes, 2008.
Não existe nenhuma dominação total, os “dominados”
sempre encontram meios para burlar as redes de “vigilância”
e domínio. Pensando a história do Brasil é possível perceber
isso na:
a) Na resignificação, por parte de índios e negros, de
elementos do culto católico que foram imposto aos mesmo.
b) Na partilha voluntária de elementos culturais entre grupos
diferentes.
c) Na obediência total de escravos aos seus senhores.
d) No surgimento de abolicionistas brancos em uma
sociedade escravista.
e) Na resignificação, por parte de negros, de elementos do
culto mulçumano que foram imposto aos mesmo, na África,
mais especificamente no reino do Mali.
Comentário: O texto é uma crítica do historiador Michel de
Certeau a Foucault. Nele o autor crítica a sanha de Foucault
por entender, buscar os mecanismos de controle em uma
sociedade. Para Certeau, antes de se buscar os mecanismos
de vigilância é preciso entender como os indivíduos
conseguem subverter esse controle. Na história do Brasil,
essa subversão fica claro “na resignificação, por parte de
índios e negros, de elementos do culto católico que foram
imposto aos mesmo”.
Resposta: A
59.
Texto I
Durante o Período Regencial, várias medidas foram tomadas
com o intuito de se conter as rebeliões provinciais. Em 1831,
o ministro Antônio Feijó propôs a criação da Guarda
Nacional, milícia organizada com o intuito de conter os
levantes que tomavam o país. No ano seguinte, o Código de
Processo Criminal concedia maiores liberdade para que os
juízes de paz punissem os delitos ocorridos em esfera
local.
Apesar destas medidas de controle, as revoltas se
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avolumavam e, junto delas, a pressão dos setores políticos
liberais em realizar um processo de descentralização do
cenário político. Fortalecidos pela visível instabilidade, os
liberais conseguiram aprovar, em agosto de 1834, o chamado
Ato Adicional. Por meio deste dispositivo legal foram
realizadas significativas reformas no texto constitucional.
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/ato-adicional-1834.htm
Texto II
O chamado Regresso conservador marca o final do período
regencial e ficou assim conhecido pelo movimento de retorno
a centralização política que fora atacada como o Ato
adicional de 1834. Para Visconde de Uruguai, proeminente
conservador brasileiro, era preciso que a “razão nacional”
fosse sobreposta a interesses “mesquinhos e regionais”.
Um enigma chamado Brasil, 29 interpretes e um país/ André Botelho e Lilia Moritz
Schwarz; Cia. Das letras, 2009.
A partir da analise dos textos e de seus conhecimentos é
possível inferir:
a) O Ato adicional de 1834 é fruto da necessidade de
aumentar o número de rebeliões que já estavam acontecendo
no território, uma vez que, para liberais e conservadores era
preciso dividir o Brasil em várias nações independentes, pois
somente assim poderiam manter o tráfico de escravos sem o
importuno da Inglaterra.
b) O período regencial fora marcado fortemente por disputas
políticas, mas essas disputas aconteceram somente no
Parlamento, nunca extravasando de tal esfera para a
sociedade brasileira.
c) Durante o período regencial ficou claro a heterogeneidade
da sociedade brasileira e mais claro ainda que a
descentralização política favorecia a interesses provinciais e
separatistas. Desse modo, a regência foi um período de
fortíssima centralização política.
d) O regresso conservador ficou marcado pelo sentimento de
que somente com a centralização política seria possível
superar interesses regionais e favorecer o espírito e a razão
nacional.
e) O regresso conservador não teve nenhum impacto na
sociedade brasileira, uma vez que, inúmeras rebeliões
continuaram a acontecer durante todo o Segundo Reinado e
este fora tão conflituoso quanto o período regencial.
Comentário: A descentralização política possibilitada pelo
Ato de 1834 intensificou as revoltas que já aconteciam no
país. O regresso conservador buscou reverter esse quadro. O
pensamento de Visconde de Uruguai deixou bem claro o
sentimento que os conservadores tinham do Regresso:
superar interesses regionais e desagregadores.
Resposta: D
60. Das leis do Estado e da Igreja, com frequência bastante
duras, à vigilância inquieta de pais, irmãos, tios, tutores e à
coerção informal, mas forte, de velhos costumes misóginos,
tudo confluía para o mesmo objetivo: abafar a sexualidade
feminina que, ao rebentar as amarras, ameaçava o equilíbrio
doméstico, a segurança do grupo social e a própria ordem das
instituições civis e eclesiásticas. História das mulheres no Brasil, Mari, Del Priori ( organizadora) – Sexualidade
feminina na colônia.
A sexualidade, especialmente a feminina, fora e é ainda
bastante controlada. Sobre as mulheres paira o estereótipo
que se locomove entre dois limites - a santa e a puta. Sobre
a sexualidade feminina:
a) Foi marcada, especialmente no Brasil colônia, por
altíssima liberdade.
b) Era vista como uma ameaça, pois era associada às práticas
demoníacas.
c) Tinha de ser controlada, uma vez que, sem esse controle o
demônio agiria na vida das pobres mulheres.
d) Fora completamente controlada durante a colônia.
e) Não tinha a mínima importância.
Comentário: A sexualidade feminina na colônia fora
amplamente vigiada. Entendia-se que a mulher estava mais
susceptível as investidas do demônio e por isso deveria ser
constantemente alvo de vigilância. Obviamente, tal
perspectiva não passava de uma visão misógina daquela
sociedade.
Resposta: B
61. A invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão
Bonaparte obrigou dom João a optar pela fuga, mas os planos
de mudança para o Brasil eram uma idéia antiga. Ressurgia
sempre que a independência do país estava ameaçada pelos
vizinhos. Apesar de ter inaugurado a era das grandes
navegações marítimas, Portugal não passava de um país
pequeno e sem recursos. No meio de interesses de seus
vizinhos mais poderosos, não tinha braços nem exércitos para
se defender na Europa e muito menos para colonizar e
proteger seus territórios além-mar. A fuga para o Brasil, onde
haveria mais riquezas naturais, mão-de-obra e, em especial,
maiores chances de defesa contra os invasores do reino, foi,
portanto, uma opção natural e bem avaliada. Laurentino Gomes, 1808 – São Paulo ; editora Planeta Terra, 2007.
A vinda da família real para o Brasil é considerada na
historiografia brasileira o grande marco que deu inicio ao
processo de independência e independência do país. Sobre o
assunto, é correto afirmar:
a) A abertura dos portos a nações amigas em 1815 se tornou
um marco, uma vez que é um dos primeiros passos para a
independência do país.
b) O processo de independência foi tomado pelas elites, pois
havia o medo de que acontecesse uma revolta escravista
como a do Haiti. Elas se preocuparam, desse modo, em
agregar as demandas das comunidades negras em seus
projetos políticos.
c) Representou grandes mudanças estruturais no Brasil, por
exemplo, o fim da escravidão.
d) a independência do Brasil foi marcada fortemente pela luta
contra portugueses, tal fato fica claro no verso do hino
brasileiro: Veras que um filho teu não foge a luta.
e) Não era objetivo primeiro de grande parte das elites
brasileiras, uma vez que, separar-se de Portugal representava
o romper de laços com a “civilização”.
Comentário: A independência não era bem vista por parte da
elite brasileira, pois representaria um romper de laços com a
“civilização”. Porém, essa mesma elite não estava disposta a
voltar ao seu status anterior a vinda da família real
para o país.
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Resposta: E
62. O que ocorreu na Bahia de 1798, ao contrário das outras
situações de contestação política na América portuguesa, é
que o projeto que lhe era subjacente não tocou somente na
condição, ou no instrumento, da integração subordinada das
colônias no império luso. Dessa feita, ao contrário do que se
deu nas Minas Gerais (1789), a sedição avançou sobre a sua
decorrência.
JANCSÓ, I.; PIMENTA, J. P. Peças de um mosaico. In: MOTA, C. G. (Org.) Viagem
incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000.
A diferença entre as sedições abordadas no texto encontrava-
se na pretensão de
a) eliminar a hierarquia militar.
b) abolir a escravidão africana.
c) anular o domínio metropolitano.
d) suprimir a propriedade fundiária.
e) extinguir o absolutismo monárquico.
Comentário: Questão do ENEM 2016 e fala sobre a
conjuração baiana. Essa, diferente da inconfidência mineira,
tinha como seus principais membros pessoas pobres e
escravos.
Resposta: B
63.
Texto I
A aluna do Programa de Pós Graduação em Comunicação
(PPGCOM) da UFJF Gisele Leske defendeu, no dia 31 de
maio, sua dissertação de mestrado “A disputa pelo poder de
fala e a construção da memória dos Movimentos Sociais: Um
estudo de caso sobre a Executiva Nacional de Estudantes de
Comunicação Social (Enecos)”. Orientada pelo professor
Carlos Pernisa, a pesquisadora analisou as relações entre a
autonomia comunicativa e a produção de sentido no âmbito
da memória social no ambiente digital.
“A memória, em seu sentido mais amplo, encontra-se em
construção, unindo passado e futuro pelo que se transcreve no
presente por meio das narrativas. Por isso é importante
analisar toda a estrutura comunicacional do nosso país e seu
reflexo na formação da memória social”, destacou a
pesquisadora. http://www.ufjf.br/noticias/2016/06/06/construcao-da-memoria-dos-movimentos-
dociais-e-tema-de-dissertacao-defendida-na-comunicacao/
Texto II
http://blogs.ne10.uol.com.br/jamildo/2016/04/17/votacao-do-impeachment-nao-escapa-
do-bom-humor-veja-os-memes/
A partir da analise dos textos é possível inferir que é
característica da memória:
a) Sua rigidez, no sentido que ela é uma herança do passado
captada pelo presente e na sua reprodução não são
incorporados elementos do presente.
b) Sua fluidez, no sentido de que ela não guarda nenhuma
relação com o passado, pois está em constante mudança.
c) Sua construtibilidade, pois esta em constante reinvenção,
incorporando elementos do passado ao presente.
d) Sua politização indevida, pois é utilizada por grupos
políticos e por isso perde seu status de memória.
e) Sua constante reinvenção, porém mantém sempre seu
sentido original.
Comentário: A memória esta sempre em reconstrução,
misturando elementos do passado aos do presente e muitas
vezes servindo para grupos se manifestarem politicamente.
Resposta: C
64. Observe a imagem e o texto:
“Uma senhora de algumas posses em sua casa”, aquarela sobre papel, 16,2 x 23 cm,
Jean-Baptiste Debret, Rio de Janeiro, 1823.
“Tentei captar essa solidão habitual desenhando uma mãe de
família, de pequenas posses, em seu lar onde a encontramos
sentada, como de hábito, sobre sua marquesa (…) lugar que
serve, de dia, como sofá fresco e cômodo em um país quente,
para descansar o dia inteiro, sentada sobre as pernas, à
maneira asiática. Imediatamente ao seu lado e bem ao
seu alcance se encontra o gongá (paneiro) destinado a
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conter os trabalhos de costura; entreaberto, deixa à mostra, a
extremidade do chicote enorme feito inteiramente de couro,
instrumento de castigo com o qual os senhores ameaçam seus
escravos a toda hora. Do mesmo lado, um pequeno mico-
leão, preso por sua corrente a um dos encostos desse móvel,
serve de inocente distração à sua dona (…). A criada de
quarto, mulata, trabalha sentada no chão aos pés da madame
– a senhora. É reconhecido o luxo e as prerrogativas dessa
primeira escrava pelo comprimento de seus cabelos cardados,
(…) penteado sem gosto e característico do escravo de uma
casa pouco opulenta. A menina no centro, à direita, pouco
letrada, embora já crescida, conserva a mesma atitude de sua
mãe, mas sentada numa cadeira bem menos cômoda, e
esforça-se por ler as primeiras letras do alfabeto traçadas
sobre um pedaço de papel. À direita, outra escrava, cujos
cabelos cortados muito rentes revelam seu nível inferior.
Avança do mesmo lado um moleque com um enorme copo de
água, bebida frequentemente solicitada durante o dia para
acalmar a sede devido ao abuso de alimentos apimentados.
Os dois negrinhos, apenas na idade de engatinhar, que
gozam, no quarto da dona da casa, dos privilégios do mico-
leão, experimentam suas forças na esteira da criada”.
DEBRET, Jean Baptiste. Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil - 1816 - 1831
Sobre a escravidão no Brasil:
a) Foi marcada pela democracia racial, pois senhores e
escravos conviviam cotidianamente em harmonia.
b) O uso da força e do chicote, como relatado no texto, foi o
único modo encontrado pelos senhores para exercer o
domínio sobre seus escravos.
c) Foi completamente elitista, pois, como fica claro na
imagem, somente uma pequena elite podia comprar um
escravo.
d) Os escravos nunca tiveram condição de resiste, muito
menos tentaram escapar da dominação escravista sobre eles.
e) Foi marcada por heterogeneidade, uma vez que, a relação
senhor/escravo poderia variar e os tratamentos dados aos
escravos também.
Comentário: Não é possível pensarmos que a escravidão foi
sempre homogênea e nem que a relação senhor escravo
também foi. Na pintura e no texto fica bem claro essa relação
heterogênea, uma vez que, enquanto uma escrava, como
relata o texto, goza de alguns luxos a outra não. Porém as
duas estão sob a vigilância do chicote.
Resposta: E
65.
http://www.fafich.ufmg.br/~luarnaut/cont1.html
A pintura representa a revolução francesa, porém a revolução
é apenas um momento da intensa crise pela qual a Europa
passava no século XVIII, crise essa que reverberou no Brasil.
Qual seria essa crise e qual a consequência para Portugal e
consequentemente para o Brasil, respectivamente?
a) Despotismo esclarecido e crise do absolutismo.
b) Revolução industrial e independência do Brasil.
c) Crise do absolutismo e independência do Brasil.
d) Crise do absolutismo e despotismo esclarecido.
e) Guerra dos Cem anos e despotismo esclarecido.
Comentário: A revolução francesa é uma conseqüência
prática do iluminismo. A critica do iluminismo se destina a
vários setores da sociedade, especialmente a monarquia
absolutista. A imagem representa a crise do absolutismo e por
conseqüência teremos o despotismo esclarecido.
Resposta: D
66. Leia o texto.
“A língua de que [os índios] usam, toda pela costa, é uma:
ainda que em certos vocábulos difere em algumas partes; mas
não de maneira que se deixem de entender. (...) Carece de
três letras, convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem
R, coisa digna de espanto, porque assim não tem Fé, nem Lei,
nem Rei, e desta maneira vivem desordenadamente (...)."
(GANDAVO, Pero de Magalhães, História da Província de Santa Cruz, 1578.)
A partir do texto, pode-se afirmar que todas as alternativas
expressam a relação dos portugueses com a cultura indígena,
exceto:
a) A busca de compreensão da cultura indígena era uma
preocupação do colonizador.
b) A desorganização social dos indígenas se refletia no
idioma.
c) A diferença cultural entre nativos e colonos era atribuída à
inferioridade do indígena.
d) A língua dos nativos era caracterizada pela limitação
vocabular.
e) Os signos e símbolos dos nativos da costa marítima eram
homogêneos.
Comentário: O europeu via o índio pela ótica do
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etnocentrismo considerando-o, desse modo, inferior. Assim
sendo, não foi objetivo dos portugueses buscar conhecer a
cultura indígena.
Resposta: A
67. "O senhor de engenho é título a que muitos aspiram,
porque traz consigo o ser servido, obedecido e respeitado de
muitos." O comentário de Antonil, escrito no século XVIII,
pode ser considerado característico da sociedade colonial
brasileira porque:
a) a condição de proprietário de terras e de homens garantia a
preponderância dos senhores de engenho na sociedade
colonial.
b) a autoridade dos senhores restringia-se aos seus escravos,
não se impondo às comunidades vizinhas e a outros
proprietários menores.
c) as dificuldades de adaptação às áreas coloniais levaram os
europeus a organizar uma sociedade com mínima
diferenciação e forte solidariedade entre seus segmentos.
d) as atividades dos senhores de engenho não se limitavam à
agroindústria, pois controlavam o comércio de exportação, o
tráfico negreiro e a economia de abastecimento.
e) o poder político dos senhores de engenho era assegurado
pela metrópole através da sua designação para os mais altos
cargos da administração colonial.
Comentário: Na sociedade colonial ser senhor de engenho
significa ter terras, escravos, dinheiro, poder político etc.
Desse modo, tinham preponderância nessa sociedade.
Resposta: A
68. A guerra brasílica diferia das técnicas científicas de
guerra tão em voga na Europa moderna. Já no início do
século, o capitão-mor Jerônimo de Albuquerque, no cimo de
seus 60 anos de vida, muitos em batalhas e em tratos com os
índios, explicava a seu camarada Diogo do Campos Moreno,
em alusão à sua experiência européia, que esta guerra que
faziam aqui no Brasil não era "guerra de Flandres", isto é, à
moda europeia. O uso dos índios, e de sua arte militar, era
essencial. Na Jornada do Maranhão (16l4), Moreno se
assustara com a confiança que Albuquerque havia depositado
na aliança com os naturais, ao que este lhe dizia: "Vosmecê
me deixe com os índios por me fazer mercê, que eu sei como
me haver com eles, que sei que me vêm buscar de paz". A
guerra brasílica de Albuquerque não respeitava as regras da
arte militar, exagerando na crueldade e não dando quartel aos
prisioneiros e feridos. Seu "mortal inimigo", o general La
Ravardière, em uma carta de novembro de 1614, acusava o
capitão-mor de nada praticar daquilo "que toca à nossa arte",
"porque tu quebras todas as leis praticadas em todas as
guerras assim cristãs como turquescas, ou seja, em
crueldades, ou seja, na liberdade das seguridades".
Puntoni, Pedro – A guerra dos bárbaros: Povos indígenas e colonização do Sertão
Nordeste do Brasil, 1650-1720.
Sobre o índio no processo de colonização:
a) Foi totalmente descartado, uma vez que, considerado
inferior não era bem visto pelos europeus.
b) Foi fundamental, mas sua função na colonização se resume
a luta contra os holandeses.
c) Foi importante, uma vez que, teve sua cultura amplamente
incorporada por portugueses e “brasileiros”, especialmente a
cultura de guerra, pois apresentaram aos portugueses a guerra
de Flandres.
d) Foi essencial, pois tiveram suas culturas amplamente
incorporadas pelos portugueses e “brasileiros”. Essa
incorporação era de elementos da arte indígena de guerra, da
produção de alimentos etc.
e) O índio não participou do processo de colonização, pois
sempre resistiram a colonização portuguesa.
Comentário: O indígena mesmo sendo considerado inferior
foi fundamental no processo de colonização, especialmente,
porque teve sua cultura amplamente incorporada pelos
“brasileiros” e sem o conhecimento indígena a colonização
seria mais difícil ou até mesmo impossível.
Resposta: D
69. Durante a República, a conquista de novas terras foi um
fator determinante para que a feição social de Roma passasse
por inúmeras transformações. Logo de início, a economia de
caráter agropastoril disputou espaço com um articulado
contato entre várias regiões próximas do Mediterrâneo.
A expansão de Roma durante a República, com o
consequente domínio da bacia do Mediterrâneo, provocou
sensíveis transformações sociais e econômicas, dentre as
quais:
a) marcado processo de industrialização, êxodo urbano,
endividamento do Estado.
b) fortalecimento da classe plebeia, expansão da pequena
propriedade, propagação do cristianismo.
c) crescimento da economia agropastoril, intensificação das
exportações, aumento do trabalho livre.
d) enriquecimento do Estado romano, aparecimento de uma
poderosa classe de comerciantes, aumento do número de
escravos.
e) diminuição da produção nos latifúndios, acentuado
processo inflacionário, escassez de mão-de-obra escrava.
70. Leia o texto:
"Os homens que combatem e morrem pela Itália têm o ar, a
luz e mais nada (...). Lutam e perecem para sustentar a
riqueza e o luxo de outro, mas embora sejam chamados
senhores do mundo, não têm um único torrão de terra que
seja seu." (Tibério Graco - Perry Anderson, PASSAGEM DA ANTIGÜIDADE AO
FEUDALISMO, pág. 60)
Os irmãos Tibério e Caio Graco, Tribunos da Plebe romana,
pretendiam:
a) limitar a área de terras públicas (Ager Publicus) ocupadas
por particulares e distribuir as mesmas aos cidadãos pobres.
b) limitar a área de latifúndios e distribuir as terras públicas
aos Patrícios.
c) limitar o direito de cidadania romana aos habitantes do
Lácio, Etrúria e Sabínia.
d) limitar a excessiva expansão territorial derivada de uma
prolongada política de conquista e anexação de terras.
e) limitar a expropriação dos latifúndios e estabelecer
propriedades coletivas.
71. As origens do feudalismo remontam ao século III,
quando o sistema escravista de produção no Império
Romano entrou em crise. Diante da crise econômica e
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das invasões germânicas, muitos dos grandes senhores
romanos abandonaram as cidades e foram morar nas suas
propriedades no campo. Esses centros rurais, conhecidos por
vilas romanas, deram origem aos feudos medievais. Muitos
romanos menos ricos passaram a buscar proteção e trabalho
nas terras desses grandes senhores. Para poderem utilizar as
terras, no entanto, eles eram obrigados a entregar ao
proprietário parte do que produziam, estava instituido assim,
o colonato. Aos poucos, o sistema escravista de produção no
Império Romano ia sendo substituído pelo sistema servil de
produção, que iria predominar na Europa feudal. Nascia,
então, o regime de servidão, onde o trabalhador rural é o
servo do grande proprietário.
As principais características do feudalismo eram:
a) Sociedade de ordens, economia levemente industrial,
unificação política e mentalidade impregnada pela
religiosidade.
b) Sociedade estamental, economia tipicamente artesanal,
organização política descentralizada e mentalidade marcada
pela ausência do cristianismo.
c) Sociedade de ordens, economia terciária e competitiva,
centralização política e mentalidade hedonista.
d) Sociedade de ordens, economia agrária e autossuficiente,
fragmentação política e mentalidade fortemente influenciada
pela religiosidade.
e) Sociedade estamental, economia voltada para o mercado
externo, fragmentação política e ausência de mentalidade
religiosa.
72. Com a expansão do feudalismo por toda a Europa
Medieval, observamos a ascensão de uma das mais
importantes e poderosas instituições desse mesmo período: a
Igreja Católica. Aproveitando-se da expansão do
cristianismo, observada durante o fim do Império Romano, a
Igreja alcançou a condição de principal instituição a
disseminar e refletir os valores da doutrina cristã.
Porém, o ano de 1054 foi marcado pelo "Cisma do Oriente".
Após um longo processo de conflitos, ocorreu a ruptura entre
o papado romano e o patriarca de Constantinopla,
ocasionando:
a) a criação da igreja Cristã Ortodoxa Grega.
b) a transferência da sede do papado para a cidade de
Avignon.
c) o conflito denominado Querela das Investiduras.
d) a fundação da Igreja Cristã Protestante.
e) a divisão do Clero em secular ortodoxo e regular
monástico.
73. No estudo da sociedade medieval, comumente fazemos
uma distinção inspirada nos dizeres de um bispo do século
XI, que assim dizia: “...uns rezam, outros combatem e outros
trabalham.”. Porém, ao estudarmos a sociedade medieval
podemos levantar uma dinâmica de grupos sociais que nos
mostram, na verdade, uma outra série de grupos que
circulavam no interior dos feudos. Portanto, podemos
vislumbrar algo para além do clero, dos nobres e dos servos.
A respeito do Sistema Feudal, assinale a alternativa correta.
a) A sociedade feudal era estática e não permitia a
mobilidade social, era uma sociedade de castas - dela faziam
parte quatro ordens hierarquizadas: os nobres, o clero, os
servos e os escravos.
b) Consistia em um sistema de relações onde os vassalos
doavam terras aos seus suseranos, que ficavam obrigados a
pagar impostos nas formas de produtos e serviços.
c) Esse sistema foi condenado pela Igreja Católica, que não
concordava com as exigências senhoriais que
sobrecarregavam os camponeses.
d) Através do domínio político, exercido por meio da
violência e da obediência aos costumes, o servo era obrigado
a prestar trabalhos e serviços ao Senhor Feudal.
e) A principal fonte de lucro era o excedente de produção,
oriundo do trabalho servil e livremente comercializado pelos
senhores feudais e servos.
74. O clero tinha grande importância no interior dos feudos
nessa época. Sendo a única classe letrada do período, a Igreja
tinha grande influência nos costumes e formas de agir do
mundo medieval. Os clérigos eram divididos entre alto e
baixo clero. O primeiro era composto por bispos, abades e
cônegos que influenciavam fortemente as decisões políticas
dos reis e senhores feudais. O baixo clero era composto por
padres e monges que cuidavam diretamente da vivência
religiosa das populações feudais ou viviam enclausurados em
mosteiros.
Valendo-se de sua crescente influência religiosa, a Igreja
passou a exercer importante papel em diversos setores da
vida medieval,
a) como por exemplo nas Universidades, onde disseminaram
o cultivo das línguas nacionais.
b) inclusive estimulando o avanço da ciência, sobretudo da
medicina.
c) impedindo a divulgação de conhecimentos científicos
através do estabelecimento do Index.
d) pois, enriquecida com as grandes doações de terras feitas
pela burguesia, passou a se omitir, não se preocupando mais
com a construção de Igrejas e Mosteiros.
e) servindo como instrumento de homogeneização cultural
diante da fragmentação política da sociedade feudal.
75. Diferentemente do que o senso comum sugere, Júlio
César nunca foi príncipe e portanto não é
considerado imperador romano, ainda que tivesse sido
nomeado Cônsul vitalício em 45 a.C. (apesar de terem
existido outros ditadores romanos antes dele) e, ainda, apesar
de alguns historiadores romanos assim o designarem. Por
outro lado, o nome César tornou-se nome de família da
primeira dinastia, sendo usado como um título, mantendo-se
essa tradição por todo o império. Suetónio, por exemplo, fala
dos "Doze Césares, incluindo as duas primeiras dinastias e o
próprio Júlio César, que sem o ter sido era já, quase
lendariamente, o primeiro imperador romano.
A importância de Otávio Augusto, o primeiro imperador em
Roma antiga, concentra-se principalmente no seu esforço
para:
a) solucionar a crise agrícola decorrente da falta de pequenas
propriedades.
b) vencer as guerras púnicas, trazendo paz para a sociedade
romana.
c) estruturar um império com governo centralizado,
apoiado em instituições republicanas.
d) impedir que as reformas introduzidas pelos Gracos
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alterassem a estrutura agrária de Roma.
e) favorecer a expansão do cristianismo, conciliando seus
princípios com a filosofia romana.
76. O clero ocupava o topo dessa hierarquia social. Entre os
fins da Antiguidade e início da Idade Média, a Igreja
estruturou um conjunto de normas que permitiu a
disseminação do cristianismo por todo o mundo europeu.
Além disso, os membros dessa ordem tinham grande
influência entre os grandes proprietários e reis desse período.
Ao longo do tempo, a própria instituição acumulou terras e
conhecimento em uma época em que a leitura e a escrita era
privilégio de poucos.
A Igreja integrou-se ao Sistema Feudal através dos mosteiros,
cujas características se assemelhavam às dos domínios dos
senhores feudais. Como tinha
a) o controle do destino espiritual, procurou combater a usura
entre os integrantes do clero e entre os judeus, no que foi
rigorosamente obedecida.
b) o monopólio da cultura, tinha também o monopólio da
interpretação da realidade social.
c) grande influência na formação da mentalidade, insistia no
ideal do preço justo, permitindo que na venda dos produtos se
cobrasse a mais apenas o custo do transporte.
d) o controle da realidade social, exigia que os cristãos
distribuíssem os excedentes entre seus parentes mais
próximos para auferir lucros.
e) a fiscalização sobre a distribuição dos excedentes em
épocas de calamidade, inibia a atuação dos comerciantes
inescrupulosos, ameaçando-os com multas ou com a perda de
suas propriedades.
77. Quando se fala em Queda do Império Romano, deve-se
entender que se trata da queda do Império Romano do
Ocidente, isto é, a porção do vasto Império Romano que tinha
por sede a cidade de Roma, haja vista que a porção oriental
do Império, cuja sede era Bizâncio (depois Constantinopla),
vigorou até 1453.
O processo de declínio do Império Romano do Ocidente
começou em meados do século IV d.C., sobretudo em razão
da série de problemas que desde o século III o assolava.
Na história de Roma, o século III da era cristã é considerado
o século das crises. Foi nesse período que:
a) As tensões geradas pelas conquistas se refletiram nas
contendas políticas, criaram um clima de constantes
agitações, promovendo desordens nas cidades.
b) O exército entrou em crise e deixou de ser o exército de
cidadãos proprietários de terras.
c) O império romano começou a sofrer a crise do trabalho
escravo, base principal de sua riqueza.
d) Os soldados perderam a confiança no Estado e tornaram-se
fiéis a seus generais partilhando com eles os espólios de
guerra.
e) Os conflitos pela posse da terra geraram a Guerra Civil.
78. A expansão islâmica (632–732), também chamada
de conquistas islâmicas ou conquistas árabes, começou logo
após a morte do profeta Maomé. Ele havia estabelecido uma
nova organização política unificada na península Arábica, a
qual, sob o subsequente domínio dos califas experimentou
uma rápida expansão do poder árabe para muito além da
península, sob a forma de um vasto Império
Árabe muçulmano, com uma área de influência que se
estendia do noroeste da Índia, através da Ásia Central,
o Oriente Médio, África do Norte, península
Itálica meridional e península Ibérica, até aos Pirenéus.
O Império Árabe está associado a um legado cultural
islâmico secular. Assinale o significado histórico correto da
expressão islâmica que se manifesta na crise atual do Golfo
Pérsico.
a) "Jihad" é a luta pela fé, pela restauração da palavra de Alá
e ação contra a opressão.
b) "Muçulmano" é ser árabe necessariamente.
c) "Mesquita" é livro sagrado.
d) "Kiffer" é aquele que pratica rezas diárias e segue o Islã.
e) "Hégira" é vocábulo árabe que no léxico português
significa tufão.
79. O Império Bizantino foi herdeiro do Império Romano do
Oriente tendo sua capital em Constantinopla ou Nova Roma.
Durante o seu período de existência, o grande governante que
teve em sua região foi Justiniano, um legislador que mandou
compilar as leis romanas desde a República até o Império;
combateu as heresias, procurando dar unidade ao
cristianismo, o que facilitaria na monarquia.
A Civilização Bizantina floresceu na Idade Média, deixando
em muitas regiões da Ásia e da Europa testemunhos de sua
irradiação cultural. Assinale importante e preponderante
contribuição artística bizantina que se difundiu expressando
forte destinação religiosa:
a) Adornos de bronze e cobre.
b) Aquedutos e esgotos.
c) Telhados de beirais recurvos.
d) Mosaicos coloridos e cúpulas arredondadas.
e) Vias calçadas com artefatos de couro.
OBSERVAÇÃO: As questões 69 a 79 são do professor
Diego se refém a matéria ministrada por ele (História do
Brasil).
80.
Filosofia
O mundo me condena, e ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber se eu vou morrer de sede
Ou se vou morrer de fome
Mas a filosofia hoje me auxilia
A viver indiferente assim
Nesta prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Pra ninguém zombar de mim
Não me incomodo que você me diga
Que a sociedade é minha inimiga
Pois cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba, muito embora vagabundo
Quanto a você da aristocracia
Que tem dinheiro, mas não compra alegria
Há de viver eternamente sendo escrava dessa gente
Que cultiva hipocrisia
a) A natureza é a mesma para todos os seres, por isso
ela não fez os seres humanos nobres ou ignóbeis, e,
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sim suas ações e intenções.
b) Para sermos felizes, o essencial é o que se passa em nosso
interior, pois é deste que nós somos donos.
c) Para se explicar os fenômenos naturais, não se deve
recorrer nunca à divindade, mas se deve deixá-la livre de
todo encargo, em sua completa felicidade.
d) As leis existem para os sábios, não para impedir que
cometam injustiças, mas para impedir que as sofram.
e) A natureza é a mesma para todos os seres, por isso ela não
fez os seres humanos nobres ou ignóbeis, e, sim suas ações e
intenções.
81. Em 322, após a morte de Alexandre Magno, o sucessor
deste decide expulsar de Samos todos os colonos atenienses,
entre os quais a família inteira de Epicuro. Os historiadores
da cultura convencionaram designar Helenismo as atividades
culturais desenvolvidas no período transcorrido entre a morte
de Alexandre Magno, em 323 a.C., e o fim da república
romana, em 31 a.C., quando Augusto (vencedor da batalha de
Actium, em 27 a.C.) se torna imperador de Roma. A
designação referese à presença dominante da língua e da
cultura gregas em todo o mundo conhecido, numa difusão
sem precedentes cuja causa inicial foi a convicção de
Alexandre, aluno de Aristóteles, de que por seu intermédio a
Grécia devia cumprir uma missão civilizatória sobre todos os
povos da terra. A língua grega transformou-se na koiné,
dialeto comum em todas as terras conquistadas por
Alexandre, e Alexandria, no Egito, tornou-se a capital
cultural da Antiguidade, papel que conservou mesmo quando
Roma ocupou o lugar de centro político e econômico de um
império que se estendia do Próximo Oriente ao Sul da
Europa, do Mediterrâneo ao Atlântico. Embora o termo
Helenismo pareça indicar apenas a hegemonia da cultura
grega, na realidade, exprime a comunicação intensa entre as
criações culturais helênicas e as orientais enquanto
submetidas a um mesmo e único poder central, ligadas por
rotas comerciais e tendo como ponto de encontro Alexandria
e, mais tarde, Roma. Muitos preferem usar a expressão
alexandrinismo para acentuar o papel que a dinastia dos
Ptolomeus conferiu a Alexandria como centro de confluência
da cultura grega e da oriental, com a criação do Museu e da
Biblioteca, espaços destinados às atividades do conhecimento
e das artes.
No caso da história da filosofia, fala-se em período
helenístico para designar os três grandes sistemas filosóficos
predominantes nessa época. São eles:
a) Ceticismo, epicurismo e estoicismo.
b) Epicurismo, neoplatonismo e patrística.
c) Neoplatonismo, ceticismo e patrística.
d) Escolástica e epicurismo.
e) Ceticismo e escolástica.
82. A crescente intelectualização e
racionalização não indicam um conhecimento maior e geral
das condições sob as quais vivemos. Significa a crença em
que, se quiséssemos, poderíamos ter esse conhecimento a
qualquer momento. Não há forças misteriosas incalculáveis;
podemos dominar todas as coisas pelo cálculo.
WEBER, M. A ciência como vocação. In: GERTH, H.; MILLS, W. (Org.). Max Weber:
ensaios de sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1979 (adaptado).
Tal como apresentada no texto, a proposição de Max Weber a
respeito do processo de desencantamento do mundo
evidencia o(a)
a) progresso civilizatório como decorrência da expansão do
industrialismo.
b) extinção do pensamento mítico como um desdobramento
do capitalismo.
c) emancipação como consequência do processo de
racionalização da vida.
d) afastamento de crenças tradicionais como uma
característica da modernidade.
e) fim do monoteísmo como condição para a consolidação da
ciência.
83. Nas redes sociais, britânicos cumprimentam rainha por
jubileu
Centenas de cidadãos britânicos e de outras partes do mundo
utilizaram as redes sociais nesta segunda-feira para
cumprimentar a rainha Elizabeth II no dia em que completa
60 anos no trono do Reino Unido. Como havia ocorrido há
alguns meses, quando o príncipe William e Kate Middleton
se casaram, as inúmeras mensagens de apoio à rainha, 85
anos, se sobrepuseram a algumas vozes críticas à monarquia
britânica, que também se expressaram pela internet.
Pelo texto, podemos afirmar que a Rainha da Inglaterra
possui um tipo de poder que se encaixa no conceito
weberiano de:
a) Dominação tradicional.
b) Dominação de microfísica.
c) Dominação carismática.
d) Dominação legal.
e) Dominação burocrática
84. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU)
aprovou um plano de partilha da Palestina que previa a
criação de dois Estados: um judeu e outro palestino. A recusa
árabe em aceitar a decisão conduziu ao primeiro conflito
entre Israel e países árabes.
A segunda guerra (Suez, 1956) decorreu da decisão egípcia
de nacionalizar o canal, ato que atingia interesses
anglofranceses e israelenses. Vitorioso, Israel passou a
controlar a Península do Sinai. O terceiro conflito árabe-
israelense (1967) ficou conhecido como Guerra dos Seis
Dias, tal a rapidez da vitória de Israel.
Em 6 de outubro de 1973, quando os judeus comemoravam o
Yom Kippur (Dia do Perdão), forças egípcias e sírias
atacaram de surpresa Israel, que revidou de forma arrasadora.
A intervenção americano-soviética impôs o cessar-fogo,
concluído em 22 de outubro.
A partir do texto acima, assinale a opção correta.
a) A primeira guerra árabe-israelense foi determinada pela
ação bélica de tradicionais potências européias no Oriente
Médio.
b) Na segunda metade dos anos 1960, quando explodiu a
terceira guerra árabe-israelense, Israel obteve rápida vitória.
c) A guerra do Yom Kippur ocorreu no momento em que, a
partir de decisão da ONU, foi oficialmente instalado o
Estado de Israel.
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d) A ação dos governos de Washington e de Moscou foi
decisiva para o cessar-fogo que pôs fim ao primeiro conflito
árabeisraelense.
e) Apesar das sucessivas vitórias militares, Israel mantém
suas dimensões territoriais tal como estabelecido pela
resolução de 1947 aprovada pela ONU
85.
"[...] o Estado israelense anexou a Península do Sinai e a
Faixa de Gaza (então pertencentes ao Egito), a Cisjordânia
(da Jordânia) e as Colinas de Golam (da Síria). A guerra
foi particularmente trágica para os palestinos. Novos
contingentes de dezenas de milhares engrossaram a
diáspora." ARBEX JR., José. Guerra Fria: terror de Estado, política e cultura. 3a ed. São Paulo:
Moderna, 1997. [adapt.].
Os textos referem-se à
a) ocupação israelense sobre o sul do Líbano (2006), antiga
Fenícia, aprofundando a Diáspora hebraica como forma de
contenção à ação do Hezbollah.
b) Guerra dos Seis Dias (1967), quando, com o apoio dos
Estados Unidos, Israel expandiu seu território, promovendo
um continuado conflito.
c) Guerra do Yom Kippur (1973), quando Egito e Síria,
embasados pelo nacionalismo de Nasser, ameaçaram a
soberania israelense.
d) formação do Estado de Israel (1948), apoiada pela ONU,
na região onde, na Antiguidade, se localizaram os reinos de
Israel e Judá.
e) Guerra do Yom Kippur (1973), quando a OLP
(Organização para a Libertação da Palestina), liderada por
Yasser Arafat, entrou em conflito com os sionistas.
86. A importância do filósofo medieval Tomás de Aquino
reside principalmente em seu esforço de valorizar a
inteligência humana e sua capacidade de alcançar a verdade
por meio da razão. Discorrendo sobre a “possibilidade de
descobrir a verdade divina”, ele diz:
“As verdades que professamos acerca de Deus revestem uma
dupla modalidade. Com efeito, existem a respeito de Deus
verdades que ultrapassam totalmente as capacidades da
razão humana. Uma delas é, por exemplo, que Deus é trino e
uno. Ao contrário, existem verdades que podem ser atingidas
pela razão: por exemplo, que Deus existe, que há um só Deus
etc. Estas últimas verdades, os próprios filósofos as
provaram por meio de demonstração, guiados pela luz da
razão natural”.
A partir dessa citação, identifique a opção que melhor
expressa esse pensamento de Tomás de Aquino.
a) A Filosofia é capaz de alcançar todas as verdades acerca
de Deus.
b) O ser humano só alcança o conhecimento graças à
revelação da verdade que Deus lhe concede.
c) A fé é o único meio de o ser humano chegar à verdade.
d) Mesmo limitada, a razão humana é capaz de alcançar por
seus meios naturais certas verdades.
e) Deus é um ser absolutamente misterioso e o ser humano
nada pode conhecer d’Ele.
87. TEXTO I
Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário
de tudo o que existe, existiu e existirá, e que outras coisas
provêm de sua descendência. Quando o ar se dilata,
transforma-se em fogo, ao passo que os ventos são ar
condensado. As nuvens formam-se a partir do ar por
feltragem e, ainda mais condensadas, transformam-se em
água. A água, quando mais condensada, transforma-se em
terra, e quando condensada ao máximo possível, transforma-
se em pedras. BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado).
TEXTO II
Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: “Deus, como
criador de todas as coisas, está no princípio do mundo e dos
tempos. Quão parcas de conteúdo se nos apresentam, em face
desta concepção, as especulações contraditórias dos filósofos,
para os quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro
elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos, como
julga Demócrito. Na verdade, dão a impressão de quererem
ancorar o mundo numa teia de aranha”. GILSON, E.; BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991
(adaptado).
Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses
para explicar a origem do universo, a partir de uma
explicação racional. As teses de Anaxímenes, filósofo grego
antigo, e de Basílio, filósofo medieval, têm em comum na sua
fundamentação teorias que
a) eram baseadas nas ciências da natureza.
b) refutavam as teorias de filósofos da religião.
c) tinham origem nos mitos das civilizações antigas.
d) postulavam um princípio originário para o mundo.
e) defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas.
88. Leia atentamente o texto a seguir, de Moacyr Scliar.
"Israel representa uma mudança transcendente na
multimilenar trajetória dos judeus. O Holocausto as
revelações sobre o massacre de judeus deram dramática
legitimidade ao movimento sionista e reivindicação de um
território. A fundação de Israel deveria ser decidida pela
recém-criada Organização das Nações Unidas. EUA e
URSS apoiavam a partilha da Palestina e a criação de
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dois Estados um árabe, outro judeu.
Com as superpotências coincidindo em seus pontos de vista,
não foi difícil para a Assembleia Geral da ONU aprovar, em
novembro de 1947, a divisão da Terra Santa. O projeto foi
rejeitado pelos representantes dos países árabes. Mas os
judeus, liderados por David Ben-Gurion, levaram a proposta
adiante. Quase seis meses depois, 14 de maio de 1948,
proclamaram a independência. Imediatamente estourou o
conflito bélico, vencido pelos israelenses. Outros conflitos
vieram, notadamente a Guerra dos Seis Dias. Israel
consolidou-se como potência militar. Desde então, travasse
uma luta amarga e desumana entre israelenses palestinos,
que, ao longo dessas décadas, acabaram por forjar uma
identidade nacional."
A partilha da Palestina está completando 60 anos. Tendo em
vista a partilha e seus impactos, a base para a criação do
Estado de Israel foi assentada:
a) na existência de um Estado judaico sob aprovação dos
países árabes.
b) na legitimação pela força comprovada pela sequência de
conflitos e guerras.
c) na possibilidade da existência de uma maioria judaica num
território.
d) na ideologia sionista, que defendia a entrada dos judeus na
Palestina sob domínio inglês
e) a vitória dos judeus na II guerra mundial ao lado dos
aliados.
89. A excelência moral, então, é uma disposição da alma
relacionada com a escolha de ações e emoções, disposição
esta consistente num meio-termo (o meio-termo relativo a
nós) determinado pela razão (a razão graças à qual um
homem dotado de discernimento o determinaria)”.
Aristóteles
Sobre o pensamento ético de Aristóteles e o texto acima,
seguem as seguintes afirmativas:
I. A virtude é uma paixão consistente num meio-termo entre
dois extremos.
II. A ação virtuosa, por estar relacionada com a escolha, é
praticada de modo involuntário e inconsciente.
III. A virtude é uma disposição da alma relacionada com
escolha e discernimento.
IV. A virtude é um meio-termo absoluto, determinado pela
razão.
V. A virtude é um extremo determinado pela razão e pelas
paixões de um homem dotado de discernimento.
Das afirmativas feitas acima
a) somente a afirmação I está correta.
b) somente a afirmação III está correta.
c) as afirmações II e III estão corretas.
d) as afirmações III e IV estão corretas.
e) as afirmações IV e V estão corretas.
90. A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais
aprazível coisa do mundo, e esses atributos não devem estar
separados como na inscrição existente em Delfos “das coisas,
a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a
mais doce é ter o que amamos”. Todos estes atributos estão
presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a
melhor, nós a identificamos como felicidade.
ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010.
Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes
atributos, Aristóteles a identifica como
a) busca por bens materiais e títulos de nobreza.
b) plenitude espiritual e ascese pessoal.
c) finalidade das ações e condutas humanas.
d) conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas.
e) expressão do sucesso individual e reconhecimento.
OBSERVAÇÃO: As questões 80 a 90 são do professor
Carlos Alexandre se refém a matéria ministrada por ele
(Filosofia, Sociologia e Atualidades).
EM CASO DE DUVIDAS SEGUE
LISTA DE PROFESSORES
RESPONSÁVEIS POR CADA
QUESTÃO:
Dia 01 (Redação, Linguagens Códigos e Suas Tecnologias e Ciências Humanas e Suas Tecnologias) Redação - Português Adriele 1 a 5 - Espanhol Sarah (5) 1 a 5 - Inglês Luana (5) 6 a 26 - Português Larissa (20) 27 a 45 - Português Thayllan (20) 46 a 57 - Geografia Ivan (12) 58 a 68 - História Maykson (11) 69 a 79 - História Diego (11) 80 a 90 - Fil/Soc/Atual Carlos A (11)