Curso Psicologia Cognitiva da Depressão - Teorias Psicológicas

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Por Felipe de Souza – www.psicologiamsn.com

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Aula do Curso Psicologia Cognitiva da Depressão, sobre as Teorias Psicológicas da Depressão, dada online por Felipe de Souza - www.psicologiamsn.com

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“As teorias da depressão que foram amais testadas eaplicadas ao tratamento psicoterapêutico de humorincluem as formulações interpessoal e cognitivo-comportamental. Outras teorias incluem a teoriapsicanalítica de Freud, as teorias evolutivas, oexistencialismo, as perspectivas neurológica eneuropsicológica, a teoria bioquímica e os modelosanimais” (BECK, p. 184)

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TEORIAS COMPORTAMENTAIS

“Seligman sugeriu que o fenômeno do desamparoaprendido em modelos animais poderia sersignificativamente análogo à depressão clínica emhumanos” (BECK, 184)

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TEORIAS COMPORTAMENTAIS

“Em resumo, Seligman descobriu que, quando um cãonormal recebe treinamento de fuga-esquiva, elerapidamente aprende a evitar um choque movendo-se parao lado seguro de uma caixa com dois compartimentos.Contudo, constatou-se que cães que receberam choquesinevitáveis antes do treinamento de esquiva agiam de mododiferente. Em vez de tentar fugir, os cães desistiam epassivamente aceitavam o choque” (BECK, p. 184).

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TEORIAS COMPORTAMENTAIS

Analogia – Desamparo aprendido – Depressão

Causa da depressão para a comportamental:

Arranjo específico de contingências de reforço compunição inevitável.

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TEORIAS COMPORTAMENTAIS

Analogia – Desamparo aprendido – Depressão

Para Ferster e Lewinsoh:

“a pessoa deprimida aumentaria o comportamento deesquiva e fuga em situações nas quais seria possível obterreforço positivo, e inversamente desenvolveria umrepertório comportamental passivo em circunstâncias nasquais a fuga seria reforçadora, assim deixando de fugir dapunição (como no modelo de desamparo aprendido)”(BECK, p. 184).

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TEORIAS COMPORTAMENTAISPara Beck:“Uma lição importante das teorias comportamentais é quenão se comprovou que fatores comportamentais isoladosinduzam à depressão clínica. Além disso, intervençõescomportamentais puras não se mostraram efetivas notratamento da depressão clinicamente significativa” (BECK,184).

Mas Beck também alerta que não foram suficientementetestadas.

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TEORIAS PSICANALÍTICAS

Para Abraham: Breve Estudo do Desenvolvimento daLibido (1924):

... “concluiu que uma predisposição herdada aoerotismo oral fixava o desenvolvimento psicossexual domelancólico na fase oral” (BECK, 186).

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TEORIAS PSICANALÍTICAS

Para Freud, em Luto e Melancolia

“As autoacusações do melancólico são vistas comomanifestações de hostilidade para com o objeto amadoperdido” (BECK, 186).

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TEORIAS PSICANALÍTICAS

Para Melanie Kleine:

“Melanie Kleine acreditava que a predisposição àdepressão não dependia de uma série de incidentestraumáticos, e sim da relação mãe-bebê no primeiroano de vida. Sua contribuição levou as especulaçõespsicanalíticas de volta ao primeiro ano de vida paraexplicar os efeitos da introjeção e projeção nodesenvolvimento psíquico” (BECK, 186)

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TEORIAS PSICANALÍTICAS

Para Melanie Kleine:

“Kleine sentia que a criança, com técnica defensiva,nega a complexidade de seu objeto de amor e o vêcomo todo bom ou todo mau. Esta tendência écaracterística do adulto maníaco-depressivo” (BECK,186)

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TEORIAS EXISTENCIALISTAS

“Em 1959, Arieti publicou uma síntese das teoriasexistencialistas da depressão. Ele assinalou que, deacordo com os existencialistas, a ambivalência dopaciente maníaco-depressivo é diferente da doesquizofrênico” (BECK, 189)

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TEORIAS EXISTENCIALISTAS

“Enquanto o esquizofrênico odeia e ama ao mesmotempo, o maníaco-depressivo se alterna entre amor eódio. Segundo Arieti, Henry Ey considerava o estadodepressivo uma paralisação ou insuficiência de todas asatividades vitais. Ey via a depressão como ‘umaimobilidade patética, uma suspensão da existência,uma síncope do tempo’. Como resultado, o pacientevivencia um sentimento de incompletude, deimpotência e de irrealidade” (BECK, 189)

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TEORIAS EXISTENCIALISTAS

“A questão da atitude dos pacientes deprimidos com otempo tem ocupado a atenção de muitos autoresexistencialistas. Eles enfatizam que o tempo pareceestar mais lento para os pacientes deprimidos. Em suaexperiência subjetiva, somente o passado importa.Memórias dolorosas dominam seu pensamento e osfazem recordar de sua falta de valor e incapacidade derealização” (BECK, 189)

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Críticas de Aaron Beck às teorias anteriores:

1) Muitos autores tinham a tendência de atribuir algumpropósito aos sintomas (p. ex, Adler e a sua teleologia);

2) Alguns autores apresentaram formulações tãocomplexas ou abstratas que não podem sercorrelacionadas com material clínico (Freud e MelanieKleine);

3) Falta de especificidade. O que é aplicado à depressãotambém é aplicado a outros transtornos mentais.

4) As explicações dão conto de, no máximo, alguns dossintomas mas não de todo o quadro depressivo queconsiste em sintomas cognitivos, afetivos, emocionais,físicos e vegetativos