Curso Rosacruz Grau Onze Alquimista

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CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA) 1 Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br 2ª. EDIÇÃO 2015 2ª. EDIÇÃO 2015 2ª. EDIÇÃO 2015 2ª. EDIÇÃO 2015 IBEMAC IBEMAC IBEMAC IBEMAC SÃO PAULO SÃO PAULO SÃO PAULO SÃO PAULO

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Esforço de especialistas do IBEMAC-GLOMEB em estudo da Rosacruz.

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    2. EDIO 20152. EDIO 20152. EDIO 20152. EDIO 2015 IBEMACIBEMACIBEMACIBEMAC SO PAULOSO PAULOSO PAULOSO PAULO

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    2015 Edio Do Autor

    Editor: Instituto Brasileiro de Ensino Manico

    Produo, Reviso e Capa: Enart

    Direitos Autorais: Professor Radams, transferidos legalmente para

    o IBEMAC

    ______________________________________________________

    ______________________

    Ficha Catalogrfica

    Instituto Brasileiro de Ensino Manico.

    Curso de Mstico Rosacruz- SRIA/BR/ IBEMAC/SP, Ed.2013

    1.Rosacruz. 2. Ritual. 3. Alchimicus. 4. Grau Onze. I-Ttulo

    ______________________________________________________

    _____________________

    Proibida a reproduo total ou parcial desta obra de qualquer forma

    ou de qualquer meio eletrnico, mecnico, inclusive por meio de pro-

    cessos xerogrficos, incluindo ainda o uso da internet, sem a permis-

    so do Instituto Brasileiro de Ensino Manico, na pessoa do seu edi-

    tor (Lei 9.610, de 19-2-98) Todos os direitos desta edio, em lngua

    portuguesa, reservados pelo Editor. Proibida a traduo sem autori-

    zao.

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    Introduo - *Ateno! Leia, de grande importncia para voc.

    A inteno do IBEMAC (Instituto Brasileiro de Ensino Manico) divulgar

    a doutrina dos Rosacruzes principalmente aos no-iniciados, possibilitando

    desta forma, que um grande nmero de pessoas, ainda que no ligados direta-

    mente a Ordem Rosacruz, possam conhecer um pouco dos nossos estudos, sem

    contudo adentrar aos segredos desta Ordem Secular.

    Seguindo este raciocnio, o IBEMAC preparou o Curso Mstico da Rosa-

    cruz, dividido em cinco estgios ou ciclos, que correspondem aos onze graus

    acadmicos para o estudo da filosofia Rosacruz.

    Os ensinamentos rosacruzes deste curso so baseados nas apostilas de

    estudos da Societatis Rosacrucis in Anglia para o Brasil, traduzidas do ingls

    para o portugus e adaptadas para o estudante brasileiro. O IBEMAC o nico

    Instituto no Brasil autorizado a divulgar com exclusividade - esse material im-

    presso ou no formato Arquivo PDF.

    Ao final de cada uma das lies encontra-se um questionrio o qual de-

    ver ser respondido e enviado para o IBEMAC para fins de correo e nota;

    somente receber o Certificado de Aprovao e o selo de apto para o prximo

    grau o aluno que responder as questes e obtiver nota mnima 5,0 (cinco).

    Juntamente com as apostilas do curso, ao final de cada grau, o aluno receber

    uma folha avulsa contendo todas as questes, poder responder nessa folha e

    envi-la para a Caixa Postal do IBEMAC neste endereo: IBEMAC - Caixa Pos-

    tal n 51 Cep 15150-970 Monte Aprazvel/SP. A folha de exame corrigida ser

    devolvida para o candidato com a nota final obtida e o carimbo de aprovado.

    Os alunos que optaram pelo curso na modalidade Arquivo PDF devero

    fazer uma cpia da folha de questes respondida e envi-la via e-mail para se-

    [email protected]

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    Preste ateno durante a leitura da lio pois as frases que foram utiliza-

    das para formar o questionrio esto todas no texto. Ao terminar o Curso Rosa-

    cruz o aluno que obtiver nota mnima de 5,0 (cinco) em cada um dos graus, com

    mdia final 5,0 (cinco) ser indicado, caso seja de sua vontade, para uma das

    Lojas Manicas filiadas ao IBEMAC e poder tornar-se um Aprendiz Maom,

    caso preencha os requisitos bsicos para ingresso na Maonaria.

    As Lojas manicas filiadas ao IBEMAC todas trabalham com os concei-

    tos de maonaria aliado aos conceitos rosacruzes da Societatis Rosacrucis In

    Anglia.

    Todo acadmico regularmente matriculado no IBEMAC pertence a LOJA

    ROSACRUZ JOIA DO NILO fundada pelos Mestres Rosacruzes do Instituto

    Brasileiro de Estudos Manico, com a finalidade de atender as necessidades

    dos alunos e dirimir as dvidas que naturalmente surgem durante o perodo de

    estudos.

    O Mestre da sua classe sempre atender s suas solicitaes e durante

    o curso manter contato para orient-lo da melhor forma possvel para a conclu-

    so dos estudos. Ele tambm ser o seu padrinho para um futuro e possvel

    ingresso na Maonaria ou na SRIA Societatis Rosacrucis In Anglia para o Bra-

    sil.

    Todo aluno regularmente matriculado no IBEMAC est autorizado a

    se identificar como ROSACRUZ do ramo SRIA - Societatis Rosacrucis In

    Anglia para o Brasil, podendo assim se apresentar perante reunies de tra-

    balho, msticas, religiosas, polticas, sociais e outras. Convm que o aluno

    informe ao IBEMAC que ir participar de tais reunies ou que delas j tenha

    participado. O aluno faz a sua identificao com a apresentao da sua

    Credencial de Rosacruz (Carteira de Estudante) e do Certificado de Conclu-

    so do Grau.

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    SOCIETATIS ROSACRUCIS IN ANGLIA (SRIA)

    Quinto Ciclo

    GRAU ONZE (alchimicus)

    I Zelador : Este o primeiro ano da Sociedade, onde o aspirante recebido em uma cerimnia mais impressionante e colorido e onde ele exortado a iniciar a sua busca da verdadeira sabedoria. Todos os negcios do Colgio so transacionado neste grau.

    II Theoricus : Como sugere o ttulo, o ritual de admisso preocu-pado com os aspectos tericos da divindade em todas as suas for-mas. Esta srie incorpora uma palestra erudita na cor.

    III Praticus : O estudo e ritual desta classe tem referncia especial faceta espiritual da antiga arte da alquimia. A prtica da telepatia, vibroturgia, reconhecimento da aura humana, cura metafsica e sons msticos (mantras), bem como a preparao para o desdobramento da conscincia ou projeo astral, construo do Sanctum do Lar e ingresso no Sanctum Celestial o trabalho que espera o Praticus nesta apostila e nas prximas do Segundo Ciclo

    IV Philosophus: Neste grau o acadmico rosacruz ter um encontro muito especial com os antigos e atuais filsofos e seus raciocnios que marcaram a humanidade. Aprender as formas corretas e cien-tficas do raciocnio humano. Ter seu primeiro contato com a mon-tagem fsica do seu Sanctum do Lar. Conhecer as lendas que os rosacruzes preservam at os dias de hoje.

    V Adeptus Minor: Nesta apostila estudaremos os significados dos termos esotrico e exotrico e identificaremos a sua utilizao correta dentro do roscacrucianismo; veremos a formao das ondas de pen-samento predominante e aprenderemos a identificar como e quais so os nossos pensamentos e quais so aqueles que nos chegam de fontes externas, ou seja de outras pessoas; aprenderemos a men-talizar o ingresso no Sanctum Celestial e faremos a nossa primeira

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    reunio nessa local sagrado. Aprendermos mais um sinal da cruz, desta vez a cruz rosacruz feita para o ambiente.

    VI - Adeptus Major: Nesta apostila estudaremos a vida dos grandes filsofos esotricos, homens e mulheres que com sua atividade mu-daram o mundo no qual vivemos. O adeptus major deve conhecer a fundo esses personagens a ponto de ser inspirado por eles e ao ponto de poder difundir aos profanos essas biografias de forma a in-centivar que cada vez mais um maior nmero de pessoas seja inspi-rado por esses personagens de modo que possamos manter acesa a chama que aquelas almas trouxeram para este mundo. Esses gran-des personagens pertencem a Egrgora da Rosacruz e podem ser acessados quando o frater ou a soror entram em meditao e se di-rigiem ao Sanctum Celestial.

    VII - Adeptus Exemptus: Deste ponto em diante o aluno Rosacruz est em direo ao magistrio ou seja em tornar-se um mago um verdadeiro mestre. Para isso dever estudar e compreender a diviso do mundo em que vivemos, passando a entender que existem no mnimo dois mundos: o visvel e o invisvel. Enquanto o mundo fsico o mundo do efeito o mundo invisvel o das causas. O homem transita nesses dois mundos mas a maioria apenas enxerga e sente o mundo fsico, sendo cedo para o invisvel. Estudar a regio qu-mica do mundo fsico

    1 - Mundo de Deus.

    2 - Mundo dos Espritos Virginais.

    3 - Mundo do Esprito Divino.

    4 - Mundo do Esprito de Vida.

    5 - Mundo do Pensamento.

    6 - Mundo do Desejo.

    7 - Mundo Fsico.

    O aluno tambm ter acesso aos diagramas com as explicaes e demonstraes sobre os dois mundos, suas divises, as importn-cias de cada uma das divises e a finalidade de cada uma delas para

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    o homem e principalmente para o Rosacruz. Ao final do vasto estudo ser convidado a praticar um exerccio excepcional que ir abrir a sua mente para a clarividncia, possibilitando que o outro mundo se descortine diante dos seus olhos.

    VIII - Magister - Neste estudo o aluno ir se deparar com temas totalmente desconhecidos para ele e ser necessrio que dedique muitas horas de estudos para bem compreender o ensinamento. Te-mas como cordo de prata e suas implicaes com a vida e a morte, bem como a mumificao e cremao; Purgatrio um outro tema de extremo interesse para todos os estudantes de ocultismo pois de-monstra a existncia desse estado e o porqu de termos que passar por ele: a diviso do homem em sete corpos e qual a finalidade de cada um deles e quando surgem; temas como lemuria e atlntida tratamos de forma direta e objetiva realmente impressionam ao estu-dante. O Grau 8 de mdia para grande dificuldade para a maioria dos estudantes, podemos afirmar que mais de 50% dos alunos no conseguem transpor essa barreira e isso por vrios motivos, princi-palmente pela dificuldade em entender os temas abordados. Damos a chave para que o aluno realmente esforado avance: deixe de lado os pre-conceitos ou preconceitos sobre tudo o que j ouvir falar ou leu sobre esses temas; limpe a sua mente para que algo de novo e de bom possa nela entrar e fazer morada. Dessa forma voc vencer essa barreira e chegar ao Grau Nove. Espero voc por l. O Mestre da Sua Classe.

    IX - Neste grau o aluno estudar a evoluo dos planetas, enten-der como surgiu nosso planeta Terra e as diversas fases que a hu-manidade passou at chegar ao presente estgio, estudar a forma-o da raa humana, sobre a gerao hiperbrea, sobre os gigantes que habitavam a face da terra e muito mais.

    X - Illuminati neste grau que o estudante Rosacruz toma consci-ncia definitiva sobre as sociedades secretas que dominam o mundo; maonaria, templrios, skull and bondes, sociedade tule, sociedade vril e outras. Aqui so explicados os processos de formao que es-sas associaes utilizam e os meios que empregam para o domnio da humanidade. neste grau que o estudante rosacruz recebe as

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    chaves para a liberao da sua mente de uma vez por todas, reco-nhecendo e se libertando do domnio dessas sociedades secretas pelo simples fato de entende como o mecanismo de dominao delas funciona. O estudante tambm ser preparado para aceitar ou no um convite vindo dessas sociedades principalmente dos Illuminati e no caso de aceitar saber como utilizar o sistema ao seu favor ao invs de ser utilizado como mais uma pea no tabuleiro de xadrez.

    XI - Este o ltimo grau para o estudante Rosacruz. Ele equivale e supera o Grau XII de outras escolas rosacruzes e adentra em al-guns segredos da Golden Dawn e em uma boa parte do Grau 33. da Maonaria. Neste grau o acadmico ter contato com as foras da alquimia e poder ao final, tornar-se um alchimicus (alquimista) ou no, dependendo da inteno e do preparo e da dedicao de cada um. Ao terminar este grau o aluno estar apto a prosseguir nos estu-dos, desta vez com as iniciaes rosacruzes que um captulo parte deste curso somente revelada para aqueles que atingem este grau. As iniciaes conferem o ttulo de Grau 12 (arteso) ao estu-dante que participar do curso; geralmente leva-se cerca de 12 (doze) meses para concluir o grau 12. O seu Orientador poder fornecer maiores detalhes sobre as iniciaes.

    Nesta Dcima Primeira Apostila Geral que a nica do

    Quinto Ciclo voc estudar as teorias e prticas do Grau

    11. Alchimicus.

    Princpios Essenciais

    Nesta apostila que o Quinto Ciclo dos Ensinamentos Rosacruzes, Grau 11 chamado de Grau do Alquimista o aluno tomar conheci-mento sobre assuntos os quais a maioria das pessoas encara como tabus religiosos ou sociais, por isso no permitido divulgar o con-tedo desta apostila para profanos uma vez que no compreendem que este estudo parte de um curso e que o aluno foi devidamente preparado desde o grau um e que praticou exerccios ritualsticos.

    Compreender as principais prticas dos alquimistas, conhecer a quinta-essncia, ter contato e experincia com a energia sexual e

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    outras experincias qumicas principalmente da transmutao dos elementos.

    Abaixo esto os princpios essenciais dessa Monografia. Releia-os durante a prxima semana para mant-los em sua memria.

    O aluno ter contato com os seguintes temas:

    1. Definio de Alquimia 2. Os trs princpios da alquimia 3. A origem da alquimia no mundo 4. Tbua das Esmeraldas 5. Coisa Stil e Coisa Slida 6. Enxofre, Mercrio e Arsnico 7. Os Quatro Elementos 8. O Quinto Elemento 9. Verdadeira Rota da Alquimia 10. Verdadeiro Mercrio 11. Os smbolos alqumicos 12. Controlando a energia sexual 13. A cura distncia 14. Reunio Psquica.

    Todos esses temas foram ocultados em nossa pgina no contedo do curso justamente para evitar uma propaganda demasiada forte sobre o assunto e consequentemente atrair um grande nmero de curiosos que nada somam com o nosso movimento e querem ape-nas especular sobre aquilo que podemos oferecer.

    Os assuntos so muito amplos e abrangentes, por isso tivemos o cui-dado para sermos o mais objeto possvel ao abordar cada um dos temas. O aluno livre para buscar em outras fontes a complementa-o desses temas, tanto em bons livros quanto atravs de consultas no google, a maior fonte de informao (nem sempre segura) que temos nos dias de hoje.

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    Outra diferena neste Grau que o aluno observar que a folha de questes no tem mais perguntas e respostas no formato assertiva (marque um X), mas sim no formato descritivo, ou seja, agora o aca-dmico chamado a dar as respostas com as suas palavras demons-trando aquilo que aprendeu com o estudo do contedo do curso. Para facilitarmos o estudo e resposta das questes fizemos uma marcao em cada texto utilizado para formular uma pergunta, basta que o aluno preste ateno na marcao, o texto estar marcado em cor amarela em toda a sua extenso.

    O Aluno receber um Dicionrio de Alquimia em Portugus que o auxiliar para entender os termos que so utilizados nesta matria.

    Palavras Iniciais

    Mensagem de Perseverana diria e constante

    A pacincia um grande teste, e uma das ferramentas favo-ritas pelas quais o Universo tenta a sua devoo nas chamas da prtica espiritual. Lembre-se de sempre perseverar se voc no vir progresso no incio. No dado a todos ns avanarmos rapida-mente, mas com pacincia e prtica consistente, todos podem avanar.

    FormasdeIdentificaao:Relembree

    pratique. PAZ PROFUNDA: Esse antigo cumprimento dos rosacruzes utilizado ainda hoje no mundo todo pela maioria dos segmentos da Rosacruz. Dessa forma o estudante poder se identificar com outro rosacruz, basta mencionar Paz Profunda, essa forma de identificao utilizada antes ou logo aps o cumpri-mento normal de cordialidade: bom dia, boa tarde ou boa noite.

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    Dentro da Linguagem prpria dos Rosacruzes, encontramos dois termos que so muito utilizados, so eles: Frater identi-fica o irmo da rosacruz; Soror identifica a irm na rosacruz. Nas Cartas e nos e-mails, os rosacruzes sempre comeam saudando aos irmos da seguinte forma: Saudaes nas Trs Pontas do Sagrado Tringulo e ao final, no encerramento do documento: votos de Paz Profunda. Salutem Punctis Trianguli a saudao Rosacruz mais utili-zada nas correspondncias. Em portugus ela poder ser substituda pela frase Saudaes nas Trs Pontas do Sagrado Tringulo. O Philosuphus se identifica acrescentando em sua assinatura o smbolo alfa a primeira letra do alfabeto grego que se as-semelha a nossa letra a. Os gregos utilizavam a expresso do alfha ao mega ( ) para simbolizar o incio e o fim de todas as coisas. O Adeptus Minor se identifica acrescentando em sua assinatura as letras Fr. A.M. (Frater Adeptus Minor) ou Sr.A.M. (Soror Adeptus Minor) O Adeptus Major se identifica acrescentando em sua assina-tura as letras Fr. A. M+ (Frater Adeptus Major) ou Sr. A.M+ (So-ror Adeptus Major), note que acrescentou o sinal de + ao nome sem que no anterior Adeptus Minor no haja necessidade da utilizao do sinal (-). No terceiro ciclo, o rosacruz se identifica acrescentando em sua assinatura as letras Fr. A. (7) ou (8) ou (9) conforme o grau que esteja cursando. A saudao Paz Profunda trocada entre os rosacruzes quando se encontram e assim que se do aos mos

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    e caso no haja o toque de mo a saudao e mencionada le-vantando-se a mo direita na altura do ombro com a palma aberta e os dedos esticados apontados para o cu. No Grau 10 de Illuminati o rosacruz se identifica levantando a mo direita somente dedo indicador levantado formando a letra I (i) e a mo esquerda para cima somente o polegar e o indi-cador abertos apontados um para o lado e o outro para cima formando a letra L (l) sendo ambas as letras i e l as iniciais de Illuminati. Em suas correspondncias colocar a frente do seu nome a letra Fr com trs pontinhos invertidos, formando um tringulo com o vrtice para baixo (.) No Grau 11 de Alchimicus o rosacruz far a sua identificao atravs do formato do oruborus ou oroborus, este sinal feito juntando-se os dedos polegar e indicador da mo direita com os dedos polegar e indicador formando um crculo. Outra forma de identificao demonstrar com as mos cada um dos quatro elementos, esse ensinamento est no texto que o aluno receber agora.

    Saudaes do Mestre Incgnito da sua Classe

    Ns, da Societatis Rosacrucis in Anglia (SRIA), divulgado atra-

    vs do convnio com o Instituto Brasileiro de Estudos Mani-

    cos os recebemos com grande alegria em nossa comunidade.

    nosso desejo sincero que o nosso relacionamento com essa

    nova classe aprendizes que se inicia, reflita o verdadeiro esp-

    rito de fraternidade e que juntos, com a ajuda do Grande Arqui-

    teto do Universo, possamos com tranquilidade estudar e com-

    preender os primeiros princpios dos ensinamentos da Rosa-

    cruz.

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    GRAUONZEALCHIMICUS

    Comea aqui os ensinamentos do Grau Dez de ALCHIMI-

    CUS, ele compreende os estudos esotricos superiores ou

    mistrios maiores e representa o incio e o fim de um ciclo, o

    quinto.

    Ao final desta apostila o aluno receber as questes de exame

    e desta vez dever responder por dissertao sobre cada um

    dos temas abordados durante este aprendizado.

    Antes de iniciar a leitura desta apostila necessrio que o

    aluno se submeta ao juramento que est logo abaixo, sem ter

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    concludo o juramento o aluno no ter a mente aberta para

    compreender os mistrios da alquimia. Qualquer um que tiver

    acesso a este estudo, profano ou iniciado, que no tiver jurado

    segundo a frmula antiga, nada conhecer desses mistrios.

    Juramento:

    "Eu te fao jurar pelos cus, pela terra, pela luz e pe-las trevas;

    Eu te fao jurar pelo fogo, pelo ar, pela terra e pela gua;

    Eu te fao jurar pelo mais alto dos cus, pelas pro-fundezas da terra

    e pelo abismo do trtaro; Eu te fao jurar por Mercrio e por Anubis, pelo ru-

    gido do drago Kerkorubos e pelo latido do co tricfalo, Crbero, guardio do

    inferno; Eu te conjuro pelas trs Parcas, pelas trs frias e

    pela espada a no revelar a pessoa alguma nossas teorias e tc-

    nicas"

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    VamosaAula

    Os Trs fundamentos que so a base dos objetivos dos alquimistas, ei-

    los:

    1. Transformar os metais chamados inferiores (principalmente o

    mercrio e o chumbo) em ouro e prata, metais tidos como superi-

    ores;

    2. Preparar uma panaceia que cure as enfermidades humanas, con-

    serve e devolva a juventude e prolongue a vida - a Medicina Uni-

    versal ou o Elixir da Longa Vida;

    3. Conseguir a transformao espiritual do alquimista, de homem ca-

    do em criatura perfeita.

    Parte Um Conhecimento Especfico sobre alquimia.

    A palavra alquimia, Al-Khemy, vem do rabe e quer dizer "a qumica".

    A transmutao de qualquer metal em ouro, o elixir da longa vida na reali-dade coisa minscula diante da compreenso do que somos. A Alquimia a busca do entendimento da natureza, a busca da sabedoria, dos grandes co-nhecimentos e o estudante de alquimia um andarilho a percorrer as estradas da vida. O verdadeiro alquimista um iluminado, um sbio que compreende a simplicidade do nada absoluto. capaz de realizar coisas que a cincia e tec-nologias atuais jamais conseguiro, pois a Alquimia est pautada na energia espiritual e no somente no materialismo e a cincia a muito tempo perdeu este caminho. A Alquimia o conhecimento mximo, porm muito difcil de ser aprendida ou descoberta. Podemos levar anos at comearmos a perceber que nada sabemos, vamos ento comear imediatamente pois o prmio para os que conseguirem o mais alto de todos.

    Os quatro elementos. O quinto Elemento. A quintessncia.

    E papel de todo alquimista ter pleno domnio dos cinco elementos. O nmero cinco sempre foi representado como mstico, magico e

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    essencialmente humano. Basta se lembrar que cinco so os senti-dos, cinco os dedos da mo e do p, cinco representa o homem como estrela, com os braos e pernas abertos dentro do penta-grama. Lorena de Mantheia (O Ocultismo Sem Mistrios) explica que "O nmero cinco tira seu simbolismo do fato de ser: por um lado a soma do primeiro nmero par e do primeiro nmero mpar (2+3) e, por outro lado, de estar no meio dos nove primeiros nme-ros". "E ainda o smbolo do homem (braos abertos, o homem pa-rece disposto em cinco partes em forma de cruz: os dois braos, o busto, o centro - abrigo do corao - a cabea, as duas pernas). Smbolo igualmente do Universo: dois eixos, um vertical, outro hori-zontal, passando por um mesmo centro." Alm disso, cinco so os elementos: o ter (elemento imaterial), ar, terra, gua e fogo (ele-mentos materiais). O fato de o ter estar acima dos demais elemen-tos significa que rege os demais, na realizao da mgica.

    O Pentagrama

    Estrela de cinco pontas, formada por cinco linhas num trao nico; na Antiguidade visto tambm como penetrao quntupla da pri-meira letra do alfabeto grego, como pentalfa. Em consonncia com o nmero cinco, inicialmente smbolo da harmonia csmica. O pen-tagrama, utilizado pelos pitagricos como sinal de sade e de salva-o, tornou-se smbolo mdico. No exrcito bizantino o pentalfa (=pentagrama) sobre os escudos servia como uma espcie de em-blema de vitria. O pentagrama refere-se aos cinco elementos: ter, nico elemento que e imaterial e serve para harmonizar os outros quatro, materiais, que so o ar, o fogo, a terra e a gua.

    Segundo Eliphas Levi, se invertido o pentagrama, o caminho seria involutivo, em busca do nada, da mentira etc., no qual no se pode concordar, uma vez que o melhor entendimento para a referida in-verso e a aceitao dos aspectos "negativos" do ser, sem o qual a pessoa continua dividida entre uma parte de si "que gosta" e a ou-tra parte, "que no gosta". O primeiro passo e aceitar esta parte "de que no gosta". Por outro lado, pelo simples fato de esta parte ter

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    sido sempre reprimida, representa um alto poder magico que pode transformar a vida do mago na ascenso pelo caminho da matria.

    O alquimista e estudante de hermetismo aprendero que os quatro elementos so regidos pelo quinto, ter. o momento de se obser-var como este se manifesta atravs dos demais.

    Terra

    A Terra um elemento de polaridade feminina, associado a fertili-dade, matria, origem do homem como espcie e sua ligao com a natureza. Os signos astrolgicos da terra so touro, capricr-nio e virgem. Como os signos podem ser cardeais (iniciar uma ao), fixos (estabilizar o que for realizado) e mutveis (alterar o que foi estabilizado), Capricrnio e um signo cardeal, voltado para a ao material; o Touro e um signo fixo, para acumular bens materi-ais; e Virgem um signo mutvel, para alterar o que aprendeu atra-vs de suas experincias, para aperfeioar.

    Caractersticas:

    Ponto Cardeal : Norte

    Sinal do Elemento : set

    Prncipe Infernal : Belial

    Chakra : bsico

    Clima : seco e frio

    Cor : amarelo

    Estao : inverno

    Lua : lua negra

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    Sentido : Tato

    Smbolo: Quadrado

    Ativa : fome, alegria da vida, prazer espiritual, germinao de idias e objetivos, fortalece o trabalho, atrai rendas , energia fsica e equil-brio.

    Fogo

    O fogo um elemento de polaridade masculina, de poder transfor-mador ele destri o que est desgastado para dar lugar ao novo. Tambm estimula a intuio a percepo

    extra-sensorial, a sexualidade, a vitalidade e o senso de liderana. Na astrologia, os signos so Aries, cardeal, com ao para firmar sua identidade; Leo, fixo, a fim de manter sua identidade; e Sagit-rio, mutvel, com o escopo de alterar ideais, a fim de melhor se ex-pressar socialmente, atravs de consideraes filosficas, intelectu-ais e religiosas. A maior caracterstica de fogo a Intuio. Anna Maria relata as qualidades desse elemento: "Entusiasmo, alegria, otimismo, espontaneidade."

    Caractersticas

    Ponto Cardeal : Sul

    Sinal do Elemento : thoum-aesh-neith

    Prncipe Infernal : Sat

    Chakra : Plexo Solar

    Clima : Seco e Quente

    Cor : Vermelho

    Estao : Vero

    Lua : Cheia

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    Sentido : Viso

    Smbolo : Tringulo

    Ativa :Aumento de Energia, Agressividade, Bem-Estar fsico, Queima do que no presta.

    gua

    A gua um elemento de polaridade feminina, associado s muta-es, aos sonhos ao inconsciente e as emoes em geral. O signo cardeal e o cncer, ligado a ao emocional; o signo fixo e o escor-pio, no sentido de controlar as emoes; o signo mutvel, peixes, que adapta-se as situaes, conforme as suas vivncias e percep-es emocionais ou psquicas. Sua caracterstica e o Sentimento, "percebe as coisas por via emocional, sentindo-se logo bem ou mal nas situaes ou com pessoas" (Anna Maria). "Para gua s o sen-timento e real. Subjetivo, ntimo e profundo.

    Caractersticas

    Ponto Cardeal : Oeste

    Sinal do Elemento : auromoth

    Prncipe Infernal : Leviat.

    Chakra : Umbilical

    Clima : mido e frio

    Cor : Prata

    Estao : Outono

    Lua : Minguante

    Sentido : Paladar

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    Smbolo : Meia Lua

    Ativa : Tomada de decises , manipulao de emoes, meditao.

    Ar

    O signo cardeal libra, regedor da ao social e intelectual; o signo fixo e aqurio, mantenedor das suas ideias; e o signo mutvel e g-meos, alterador daquilo que prende social ou intelectualmente. A caracterstica marcante e o Pensamento, "porque elabora coisas in-telectualmente, raciocina e relaciona-se com coisas e pessoas. E abstrato." Tem como qualidades a objetividade, capaz de ver o ponto de vista do outro mesmo quando zangado, por isso sabe lidar com as decepes de forma filosfica. Boas maneiras, reflexo e explicaes" (Anna Maria).

    Caractersticas

    Ponto Cardeal : Leste

    Sinal do Elemento : shu

    Prncipe Infernal : Lcifer.

    Chakra : Cardaco

    Clima : mido e quente

    Cor : Azul

    Estao : Primavera

    Lua : Crescente

    Sentido : Olfato

    Smbolo : Crculo

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    Ativa : Inteligncia Clareza de ideias memria .

    Os quatro elementos simbolizados pela mo do alquimista.

    Abaixo esto as formas de identificao do grau de alquimista que so feitas com as tomadas de posio com ambas as mos, necessrio que voc pratique

    Para finalizar o estudo, deve-se descrever o sinal de cada ele-mento. O fogo representado pelas mos juntas na testa, com a palma para fora, formando um tringulo no espao vazio entre as junes dos polegares e indicadores. O ar e representado pelas mos espalmadas para cima da cabea, como se fosse Atlas segu-rando o globo terrestre. A gua, pela mesma juno da do fogo, s que agora o tringulo e apontado para baixo, com as mos sobre o plexo solar. Finalmente, a terra, por uma postura similar da letra hebraica Aleph , ou seja, a mo direita espalmada para a frente, por cima da cabea, a mo esquerda, espalmada para baixo e recuada, o p direito situado a frente do corpo e o esquerdo, atrs.

    A ARTE HERMTICA

    A arte hermtica da alquimia j nasceu em lenda e mistrio. Mais de dois mil anos antes do incio da nossa era, os babilnios e os egpcios, procuravam ob-ter ouro artificialmente, interessavam-se pela transformao dos metais em ouro:

    "O chumbo transforma-se em ouro..."Procura-se a pedra de ouro...".

    Nessa poca, a prtica da alquimia era realizada sob o mais absoluto dos se-gredos, pois era considerada como uma cincia oculta. Sob a influncia dessas cincias no Oriente Mdio, os alquimistas passaram a atribuir propriedades so-brenaturais s plantas, letras, pedras, figuras geomtricas e nmeros que eram usados como amuleto, como o 3, o 4 e o 7.

    Pretendia-se, na alquimia, a transformao da matria, e isto leva a sua putre-fao, a partir da qual se produz o "negrume". Por isso, o smbolo da alquimia,

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    o corvo, ave que aparece fazendo parte de muitos temas hermticos que os antigos deixaram consignados em seus monumentais edifcios e catedrais. O negrume surge devido presena dominante de Saturno que considerado pela tradio astrolgica e hermtica como planeta malfico e aparece em cus escurecidos. Outro smbolo da alquimia o ORUBORUS ou OROBORUS que representado por uma serpente engolindo a si mesma com o significa de que o Alfa (comeo) e o mega (final) esto obrigatoriamente unidos e que tudo est regido pela Lei do Infinito.

    Saturno preside s depuraes e transformaes dos metais, especialmente o chumbo em ouro. O negrume a fase mais longa no caminho da transforma-o da matria e por isso, quando chega ao momento da consumao, subs-titudo por outras fases plenas de claridade e de cor. Segundo as doutrinas her-mticas, o branco a cor dos iniciados que conseguiram deixar de ser profa-nos e portanto, foram capazes de abandonar as trevas e seguir em busca da luz.Com o branco inicia-se a purificao da matria.

    Os alquimistas usavam frmulas e recitaes mgicas destinadas a invocar de deuses e demnios favorveis as operaes qumicas, por isso muitos acusa-dos de pacto com o demnio, presos, excomungados e queimados vivos pela inquisio da Igreja Catlica. Por uma questo de sobrevivncia, os manuscri-tos alqumicos foram elaborados em formas de poemas alegricos, incompre-ensveis aos no iniciados.

    Introduo:

    O ideal alquimista no constitui a descoberta de novos fenmenos, ao contrrio do que procura cada vez mais intensamente a cincia moderna, mas sim reen-contrar um antigo segredo, que ainda inacessvel e inexplorado para a maio-ria. Ela no constituda somente de um caminho material, como por exemplo a transmutao de qualquer metal em ouro. Antes de tudo a alquimia uma arte filosfica, uma maneira diferente de ver o mundo.

    No podemos, no entanto, separar o material do espiritual, uma vez que na Terra estamos encarnados em um corpo, onde um sofre influncia do outro, pois na realidade tudo uma coisa s, uma unidade, o ser humano. Na alqui-

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    mia ocorre a transmutao da matria e do esprito ao mesmo tempo. O alqui-mista adquire conhecimentos irrestritos da natureza, se pondo em um ponto es-pecial de observao, vendo tudo de maneira diferente. Seria como se uma pessoa pudesse ver tanto o aspecto fsico nos mnimos detalhes bem como as energias associadas a este corpo. O alquimista estaria em contato total com o universo, enquanto que para todos ns este contato apenas superficial.

    Na realizao da Grande Obra, o alquimista consegue obter a pedra filosofal e modificar sua aura eliminando a cobia e a avidez. Descobre que o ouro mate-rial no tem grande valor quando comparado ao ouro interno, ou seja, o cami-nho espiritual infinitamente mais importante que as coisas materiais. Todos deveriam se contentar com o bsico para sobrevivncia do corpo e se dedicar por inteiro a busca de um aperfeioamento espiritual. Somente os homens de corao puro e intenes elevadas sero capazes de realizar a Grande Obra.

    Por isso existe um grande segredo em torno da alquimia. A cincia na atuali-dade se especializou tanto que cada vez mais os cientistas estudam uma parte menor de determinada rea. Acreditam que com isso podem avanar muito mais em determinada direo. Assim, perdem a viso do todo, tornando-se me-nos conscientes da utilizao de tais pesquisas, quer seja para o bem ou para mal.

    Os cientistas esto mais preocupados com a fama e dinheiro do que com o prprio sentido da cincia. Eles podem ser comparados a empresrios capita-listas pois para a maioria o caminho unicamente material. Quando pensam no aspecto espiritual este se encontra dissociado de tudo o quanto mais acredi-tam. Eles so os sopradores modernos.

    O alquimista o estudante assduo da alquimia, aquele que busca o caminho para a iluminao. O soprador um mercenrio que s se interessa pelo ouro que ele poder produzir e o Adepto o alquimista que realizou a Grande Obra, ou seja um iluminado.

    A alquimia a mais antiga das cincias e influenciou todas as demais. Tem como principal objetivo compreender a natureza e reproduzir seus fenmenos para conseguir uma ascenso a um estado superior de conscincia. Os alqui-mistas, em suas prticas de laboratrio, tentavam reproduzir a pedra filosofal a

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    partir da matria prima primordial. Com uma pequena parte desta pedra pos-svel obter o controle sobre a matria, transformando metais inferiores em ouro e tambm o Elixir da Longa Vida, que capaz de prolongar a vida indefinida-mente.

    O ouro considerado o mais perfeito dos metais pois dificilmente se oxida, no perde o brilho e acredita-se que todos os outros metais evoluem naturalmente at ele no interior da terra. Portanto, a transmutao considerada um pro-cesso natural. Os alquimistas somente aceleram este processo, realizando as transmutaes em seus laboratrios. Este tipo de conhecimento ficou sendo o mais cobiado, no pelos alquimistas, mas pelos no iniciados, os sopradores como eram chamados. Eles buscavam a pedra filosofal, que lhes confeririam poderes como a invisibilidade, viagens astrais, curas milagrosas, etc.

    Esta pedra filosofal no se constitua necessariamente de um objeto, mas sim energia que pode ser adquirida e controlada. Este conjunto pedra e alquimista so responsveis dos poderes alcanados. Um no iniciado poderia possuir a pedra e dela no desfrutar toda a sua potencialidade conseguindo, quando muito transformar uma pequena quantidade de chumbo em ouro. A transforma-o da matria-prima na pedra filosofal, juntamente com a transformao do in-divduo constitui a Grande Obra.

    No laboratrio, com experimentos e constantes leituras e releituras, o alqui-mista nas vrias etapas da transformao da matria, vai gradativamente trans-formando a prpria conscincia. Antes do ouro metal, o alquimista dever en-contrar o ouro espiritual dentro de si.

    Os ideais e poderes pretendidos pelos alquimistas, nos faz correlacion-los aos poderes de Cristo, que foi capaz de transmutar gua em vinho, multiplicar os pes, andar sobre a gua, curar milagrosamente, dentre outros. Ele sempre di-zia: "aquele que cr em mim, far tudo que eu fao e ainda far coisas maio-res".

    Os alquimistas buscavam esta pureza e compreenso espiritual, conseguindo assim, realizar estas obras. Portanto, o exemplo de Cristo, alm do exemplo espiritual, constitui-se em um meio de descobrir o poder sobre a matria. Mui-tos alquimistas consideram Cristo a pedra filosofal. Encontrar a pedra filosofal

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    significa descobrir o segredo da existncia, um estado de perfeita harmonia f-sica, mental e espiritual, a felicidade perfeita, descobrir os processos da natu-reza, da vida, e com isso recuperar a pureza primordial do homem, que tanto se degradou na Terra. Portanto, a Grande Obra eleva o ser a mais alta perfei-o: purifica o corpo, ilumina o esprito, desenvolve a inteligncia a um ponto extraordinrio e repara o temperamento.

    A pedra filosofal era gerada a partir da matria prima primordial, alm de outros compostos, no Ovo Filosfico que um recipiente redondo de cristal onde to-dos estes compostos vo sendo transformados, em vrias etapas, sempre utili-zando o forno. Este processo frequentemente comparado a uma gestao da pedra filosofal. Isto seria como reproduzir o que a Natureza fez no princpio, quando s existia o caos, porm de maneira mais rpida, dando melhores con-dies para que ocorram as transformaes. Portanto, a concluso da Grande Obra, ou seja, o entendimento dos segredos alqumicos, significa adquirir os conhecimentos das leis universais e penetrar em uma dimenso espao-tempo sagrada, diferente da do cotidiano de todos.

    Origem:

    A origem da alquimia se perde no tempo, sendo mais antiga do que a histria da humanidade. Seu verdadeiro incio desconhecido e envolto em obscuri-dade e mistrio. Assim, seu surgimento confunde-se com a origem e evoluo do homem sobre a Terra.

    A utilizao e o controle do fogo separou o animal irracional do ser humano. Nos primrdios, no se produzia o fogo, porm ele era controlado e utilizado para aquecer, iluminar, assar alimentos, alm de servir para manejar alguns materiais, como a madeira. Bem mais tarde conseguiu-se produzir e manufatu-rar materiais com metal, a partir de metais encontrados na forma livre e posteri-ormente partindo dos minrios.

    Muitos associam a origem da alquimia a herana de conhecimentos de uma antiga civilizao que teria sido extinta. Na Terra, j teriam existido inmeras outras civilizaes em diversas pocas remotas, dentre elas vrias eram mais evoludas que a nossa. Estas civilizaes tiveram uma existncia cclica, com o nascimento, desenvolvimento e morte ocorrida provavelmente por meio de

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    grandes catstrofes, como a queda de um grande meteoro, inundaes, erup-es vulcnicas, dentre outras que acabavam por reduzir grandes civilizaes a um nmero nfimo de sobreviventes ou mesmo por dizim-las, fazendo com que uma nova civilizao brotasse das cinzas. Os conhecimentos sobre a al-quimia estariam impregnados no inconsciente coletivo de todas as civilizaes at hoje ou poderiam ter sido transmitidos pelos poucos sobreviventes, desta maneira a alquimia teria resistido ao tempo.

    Os textos chineses antigos se referem as "ilhas dos bem aventurados" que eram habitadas por imortais. Acreditava-se que ervas contidas nestas trs ilhas aps sofrerem um preparo poderiam produzir a juventude eterna, seria como o elixir da longa vida da alquimia.

    No ocidente, o Egito considerado o criador da alquimia. O prprio nome de origem rabe (Al corresponde ao artigo o), com raiz grega (elkimy). Kimy de-riva de Khen (ou chem), que significa "o pas negro", nome dado ao Egito na antiguidade. Outros acham que se relaciona ao vocbulo grego derivado de chyma, que se relaciona com a fundio de metais.

    Os alquimistas relacionam a sua origem ao deus egpcio Tote, que os gregos chamavam de Hermes (Hermes Trimegisto). Alguns alquimistas o considerava como um rei antigo que realmente teria existido, sendo o primeiro sbio e in-ventor das cincias e do alfabeto. Por causa de Hermes a alquimia tambm fi-cou conhecida como arte hermtica ou cincia hermtica.

    Os relatos mais remotos de doutrinas que utilizavam os preceitos alqumicos, remontam de uma lenda que menciona o seu uso pelos chineses em 4.500 a.C. Ao que parece ela teria aflorado do taosmo clssico (Tao Chia) e do tao-smo popular, religioso e mgico (Tao Chiao). Porm os textos alqumicos co-mearam a surgir na dinastia T'ang, por volta de 600 a.C. Na China, o mais fa-moso alquimista foi Ko Hung (cujo nome verdadeiro era Pao Pu-tzu, viveu de 249-330 d.C.) que acreditava que com a alquimia poderia superar a mortali-dade. Atribui-se a ele a autoria de mais de cem livros sobre o assunto, dos quais o mais famoso "O Mestre que Preserva sua Simplicidade Primitiva".

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    Teria aprendido a alquimia por volta de 220 d.C com Tso Tzu. O tratado de Ko Hung, alm da alquimia trata tambm da cincia da alma e das cincias natu-rais. Sua obra trata tanto do elixir da longa vida bem como da transmutao dos metais. At ento a alquimia chinesa era puramente espiritual e foi Ko Hung que introduziu o materialismo, provavelmente devido a influncias exter-nas. Ela foi influenciada tambm pelo I Ching "O livro das Mutaes". Posterior-mente seguiu a escola dos cinco elementos, que mesmo assim permaneceu quase que completamente mental-espiritual.

    Na China a alquimia tambm ficou vinculada preparao artificial do cinbrio (minrio do qual se extraa o mercrio - sulfeto de mercrio), que era conside-rado uma substncia talismnica associada a manuteno da sade e a imorta-lidade. A metalurgia, principalmente o ato da fundio, era um trabalho que de-veria ser realizado por homens puros conhecedores dos ritos e do ofcio. A transformao espiritual era simbolizada pelo "novo nascimento", associada a obteno do metal a partir do minrio (cinbrio e mercrio).

    A filosofia hindu de 1000 a.C. apresentava algumas semelhanas com a alqui-mia chinesa, como por exemplo o soma cujo conceito assemelhava-se ao do elixir da longa vida. No Egito a alquimia teria surgido no sculo III d.C. e de-monstrava uma influncia do sistema filosfico-religioso da poca helenstica misturando conhecimentos mdicos com metalrgicos. A cidade de Alexandria era o reduto dos alquimistas. O alquimista grego mais famoso foi Zzimo (s-culo IV), que nasceu em Panpolis e viveu em Alexandria, escreveu uma grande quantidade de obras. Nesta poca, vrias mulheres dedicavam-se a al-quimia, como por exemplo Maria, a judia, que inventou um banho trmico com gua muito utilizado nos laboratrios atualmente, o "banho-maria", Kleopatra que possivelmente no seria a Rainha Clepatra, Copta e Teosbia. Os persas conheciam a medicina, magia e alquimia. A alquimia possua um pouco da ima-gem da populao de Alexandria, era uma mistura das prticas helensticas, caldaicas, egpcias e judaicas.

    Alexandre "o Grande" foi quem teria disseminado a alquimia durante suas con-quistas aos povos Bizantinos e posteriormente aos rabes. Os rabes, sob a influncia dos egpcios e chineses, trouxeram a alquimia para o ocidente ao re-dor do ano de 950, inicialmente para a Espanha. Construram-se escolas e bi-bliotecas que atraiam inmeros estudiosos. Conta-se que o primeiro europeu a conhecer a alquimia foi o telogo e matemtico monge Gerbert que mais tarde tornou-se papa, no perodo de 999/1003, com o nome de Silvestre II. Na Itlia

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    Miguel Scott, astrlogo, escreveu uma obra intitulada De Secretis em que a al-quimia estava constantemente presente. No sculo X, a alquimia chinesa re-nunciou a preparao de ouro e se concentrou mais na parte espiritual. Ao in-vs de fazerem operaes alqumicas com metais, a maioria dos alquimistas realizavam experimentos diretamente sobre seu corpo e esprito. Esta reto-mada a uma cincia espiritual teve como ponto culminante no sculo XIII com o taosmo budaizante, com as prticas da escola Zen.

    A alquimia deixou muitas contribuies para a qumica, como subproduto de seus estudos, dentre eles podemos citar: a plvora, a porcelana, vrios cidos (cido sulfrico), gases (cloro), metais (antimnio), tcnicas fsico-qumicas (destilao, precipitao e sublimao), alm de vrios equipamentos de labo-ratrio. Na China produzia-se alumnio no sculo II e a eletricidade era conhe-cida pelos alquimistas de Bagd desde o sculo II a.C.

    Como aprender:

    "Ora, lege, lege, relege, labora et invenier" (ore, l, l, rel, trabalhe e encontra-rs). Esta era uma das primeiras grandes lies que o mestre alquimista ensi-nava a seus discpulos.

    A literatura alqumica produzida pelos iniciados bastante complexa por estar em linguagem hermtica de difcil compreenso. Portanto para aqueles que pretendem se aprofundar na alquimia, o primeiro passo ler os livros gerais para compreender os fundamentos e comear a familiarizar-se com a interpre-tao dos textos hermticos. Cada livro deve ser relido at a obteno de uma compreenso mais profunda, sendo que as releituras devem ser intercaladas entre os vrios textos. O ltimo livro lido ou relido mostrar o conhecimento de todos os demais, assim como os primeiros iro ajudar a entender o ltimo. O estudante deve se fixar principalmente nos livros que mais lhe agrada.

    Apesar de tanto estudo, a maior parte do conhecimento ainda ficar incompre-endida e s clarear na prtica diria, ou seja, fazendo experincias em labora-trio. A pacincia uma grande virtude a ser desenvolvida, pois vrios anos de estudo tericos e prticos so necessrios para alcanar uma melhor compre-enso e posteriormente a concluso da Grande Obra, sendo que no caminho

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    muitos fracassos ocorrero. A maior parte dos que se dedicam a alquimia de-sistem e muitos, apesar de no desistirem, no a compreendem mesmo du-rante toda uma vida. Dos poucos que conseguem concluir a Grande Obra, a maior parte leva mais da metade de sua existncia para alcanar.

    A iniciao talvez seja um processo semelhante ao da criao da prpria pedra filosofal. Ela considerada como um novo nascimento, a gnese para aquele que recebeu a luz e agora pode direcionar-se a caminho de um novo comeo, com uma outra conscincia. Constitui a morte dos conceitos errneos e o re-nascimento das coisas puras e verdadeiras.

    A alquimia de difcil compreenso porque seus ensinamentos referem-se, ao mesmo tempo, s operaes de laboratrio e ao caminho de uma evoluo ps-quica e espiritual. Portanto os ensinamentos devem ser interpretados em todos os aspectos. A observao mais acurada da natureza de todos os seus fen-menos e manifestaes deve fazer parte do dia-a-dia do estudante, ou seja, ele deve sempre estar atento as transformaes, aos ciclos astrolgicos (do sol, da lua, dos planetas) e terrestres (da gua e dos nutrientes) e aos pequenos deta-lhes (dos animais, vegetais e minerais), pois todo o conhecimento alqumico, inclusive sua linguagem, provm destas observaes e sabendo interpret-las fica mais fcil compreender a alquimia.

    A orientao de alguns alquimistas que o estudante faa seu laboratrio em local isolado, no divulgue para ningum sua inteno devendo ser perseve-rante, dedicado, calmo, paciente, honesto, caridoso, acredite em Deus e princi-palmente que consiga um capital para poder dedicar-se totalmente aos estu-dos, incluindo alm das despesas bsicas, livros e equipamentos para o labo-ratrio, ou que consiga uma atividade que possibilite uma grande disponibili-dade para a dedicao ao estudo. Cada um deve procurar o melhor caminho para obter tempo e recursos para uma total dedicao.

    O encontro com o mestre: (quando o discpulo est pronto o mestre surge)

    Apesar do estudante ter lido inmeros livros dos iniciados, realizado experi-mentos em laboratrio e possua inteligncia suficiente, ainda no ser capaz de atingir o cerne dos segredos "sozinho". A literatura hermtica uma ddiva

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    para aqueles que conhecem os segredos e uma tortura para aqueles que no o conhecem. "Ao que tem, lhe ser dado; e, ao que no tem, at o que tem lhe ser tirado". Quando o estudioso de alquimia estiver preparado, ou seja, quando esgotarem suas possibilidades de estudos tericos e prticos e os co-nhecimentos estiverem presentes em seu consciente e inconsciente, ele en-contrar a figura de um mestre que o conduzir ao caminho da sabedoria e ilu-minao, tornando-o um iniciado na arte sagrada podendo assim concluir a Grande Obra.

    Este mestre pode se revelar na forma de anjo ou esprito. Poucos foram os que encontraram um mestre vivo que lhes passasse os grandes conhecimentos, pois os alquimistas no revelavam seus segredos nem para seus prprios fi-lhos, somente para os puros de esprito que estiverem preparados. O estado de semiconscincia, necessrio para obter o sonho ou viso normalmente atingido aps longas horas de concentrao, meditando sobre os livros ou quando parado no laboratrio esperando e observando as transformaes den-tro dos recipientes alqumicos.

    Nos relatos do encontro com um mestre, normalmente este um homem de meia idade, veste roupas simples, tm cabelos lisos e negros, estatura medi-ana, magro, rosto pequeno e comprido e no tem barba. Estas so as caracte-rsticas de Saturno, que o "sujeito dos Sbios", o velho, o planeta mais longe da Terra. Podendo designar tambm a matria-prima.

    Linguagem hermtica:

    Animais normalmente tem um significado especial, como por exemplo, a repre-sentao dos quatro elementos. O unicrnio ou o veado representam a terra, peixes a gua, pssaros o ar e a salamandra o fogo. O corvo simboliza a fase de putrefao do processo, que fica da cor negra. Enquanto que um tonel de vinho representa a fermentao.

    A caverna representa a fase de dissoluo, quando a matria se aprofunda, se racha e se abre. Em muitos textos os metais esto representados pelos plane-tas correspondentes (veja os sete metais) pois eram preparados elixires de ou-tros metais, alm do ouro e da prata. A balana representa o ar, a sublimao,

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    as propores naturais. A figura de um andrgino ou de Ado e Eva, represen-tam a matria prima, composta do mercrio e do enxofre.

    O anjo simboliza a gua - "Esprito da Pedra" A matria-prima, bem como o prprio alquimista, podem ser representados pelo bobo, pelo peregrino ou pelo viajante. A imagem de uma rocha, cavernas, montanhas e outras representa-es de grandes blocos de pedra, sob o qual encontram-se tesouros. A cena ainda pode conter uma rvore, uma nascente, um drago montando guarda, mineiros trabalhando, isto tudo evoca a matria-prima, que tambm compa-rada virgem, pois ainda no recebeu o princpio masculino, ou com uma pros-tituta que capaz de receber todos os princpios masculinos, comparando as-sim a matria-prima com a facilidade de unir-se aos metais. capaz de abrigar dentro de si todos os metais, apesar de no ser metlica. Os alquimistas tam-bm chamavam a matria-prima de lobo cinzento.

    Uma mendiga ou uma velha representa o aspecto desprezvel e repulsivo da matria-prima ou raiz metlica. O leite da virgem designa o mercrio comum ou primeiro mercrio por fluir sem cessar de uma coisa a outra, alimentar tudo e passando de um ser a outro, at mesmo da vida para a morte e vice-versa. O eixo do mundo ou o eixo do trabalho do alquimista representado pela rvore em que a matria-prima constitui a raiz.

    Uma luta entre o drago alado contra o drago ptero, de um co com uma ca-dela ou da salamandra com a rmora, representam o combate entre o voltil e o fixo, o feminino e o masculino, ou o mercrio e o enxofre, os dois princpios que esto contidos na matria. Enquanto que a unio entre estes dois princ-pios representada pelo casamento do rei e da rainha, do homem de vermelho com a mulher de branco, do irmo com a irm (pois eles provm de uma mesma matria me), de Apolo e Diana, do sol e da lua ou juntar a vida vida. Normalmente a este casamento precede morte e tristeza.

    Apanhar um pssaro significa fixar o voltil. O leo verde normalmente asso-ciado ao sal. A pessoa inicivel ou a substncia inicial (matria-prima) pode ser representada pelo filho mais jovem de uma viva (que representa Isis) ou de um rei, um soldado que j cumpriu o servio militar, um aprendiz de ferreiro, um jovem pastor, o filho de um rei em idade de se casar e outros casos semelhan-tes. O abismo, um recife e outros perigos de uma viagem representam os cui-dados ou os perigos que o fogo conduzido inadequadamente podem causar.

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    O dissolvente universal tanto associado ao sal como ao mercrio normal-mente representado por uma fonte, leo verde, gua da vida ou da morte, gua gnea, fogo aquoso, gua que no molha as mos, gua benta, vento, es-pada, lanterna, cervo, um velho, um servidor, o peregrino, o louco, me louca, drago, serpente, Diana, co, dentre outros. Os alquimistas utilizam tambm al-fabetos secretos, codificados, anagramas e criptografia. Alm de simples sinais que identificam uma operao, substncia ou objeto.

    Princpios:

    Os quatro elementos e os trs princpios:

    A alquimia alm do aspecto espiritual, constitu uma verdadeira cincia que tem como finalidade compreender a matria e o cosmo, ou seja, o microcosmo e o macrocosmo, alm de tentar reproduzir de forma mais rpida o que a natureza leva milnios para conseguir. Como em qualquer rea de conhecimento, a al-quimia possua uma linguagem prpria. Para tentar transmitir conhecimentos que no haviam palavras especficas para expressar eles utilizaram termos co-nhecidos, que transmitia uma ideia rudimentar de algum evento. Assim utiliza-vam os termos gua, Terra, Ar e Fogo para explicar os quatro elementos, cor-relacionando-os respectivamente com os estados lquido, slido, gasoso e a energia. O fogo simbolizava todos os tipos de energia, inclusive a energia ima-terial dos corpos, o "ter", ou estado "etreo". O conceito de estado gasoso no ficou conhecido pelo ocidente at o sculo XVIII com as pesquisas de Lavoi-sier. Isto demonstra o quanto os Alquimistas estavam adiantados em relao aos sbios de seu tempo.

    gua - penetrante, dissolvente e nutritiva Terra - solidez que estabiliza a mat-ria, suporte para o lquido Ar - gasoso, expansivo, voltil Fogo - energia que acelera o processo, aquece, ilumina A Quintessncia - ter - equilibra e pene-tra nos corpos, a fora viva A terra e a gua constituem estados visveis, en-quanto o fogo e o ar so estados invisveis.

    Os quatro elementos porm no eram suficientes para expressar todas as ca-ractersticas e assim os alquimistas adotaram os termos Enxofre, Mercrio e o Sal para expressar os trs princpios e, da mesma maneira que os quatro ele-mentos, no representavam as substncias mencionadas em si, mas sim as

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    suas propriedades materiais que poderiam ser retiradas ou acrescentadas as substncias, possivelmente por reaes qumicas ou transmutaes.

    Enxofre - princpio fixo - representa as propriedades ativas - combustibilidade, a ao corrosiva, o poder de atacar os metais, e tambm o princpio ativo ou masculino, o movimento, a forma, o quente. considerado o embrio da pedra e alimentado pelo mercrio, pois est contido em seu ventre. Tambm consi-derado a energia animadora e constitui o objetivo da Grande Obra.

    Mercrio - princpio voltil - representava as propriedades passivas - maleabili-dade, brilho, fusibilidade, a fraca tenso de vapor, o escorregadio que toma v-rias formas e o fugidio. Alm de designar a matria, designa tambm outros as-pectos como: o princpio passivo ou feminino, o inerte, o frio. O mercrio tam-bm pode designar a matria-prima, considerado a me dos metais ou a gua primitiva que deu origem a todos eles. Este o mercrio segundo, merc-rio filosfico ou mercrio duplo que contm os dois princpios, o mercrio e o enxofre. O primeiro mercrio ou mercrio comum tambm chamado de dis-solvente universal.

    O mercrio ao mesmo tempo o caminho e o andarilho, com a Grande Obra representando uma viagem. Estes dois princpios possuem as propriedades contrrias e a mistura de propriedades contrrias muito importante na alqui-mia, ou seja, o dualismo enxofre-mercrio de todas as coisas.

    O mercrio tambm chamado de sal dos metais. Na realidade o mercrio no final da obra adquire a trplice qualidade. Sal - tambm conhecido por arsnico - o meio de unio entre as propriedades do Mercrio e as do Enxofre, como uma fora de interao, muitas vezes associado a energia vital, que une a alma ao corpo. No ser humano, o enxofre seria o corpo fsico; o mercrio, a alma e o sal, o esprito mediador. Esse sal normalmente relatado como sendo um fogo aquoso ou uma gua gnea e obtido a partir do mercrio comum em conjun-o com o fogo, obtendo assim a chamada "gua que no molha as mos". As-sim como o mercrio, o sal tambm relatado como sendo o dissolvente uni-versal. Na verdade o fixo e o voltil nunca podem estar separados, no existe mercrio que no contenha o enxofre, por isso, as vezes o sal aparece com o nome de um deles dependendo da fase da operao. O sal protege os metais para que no processo no sejam totalmente destrudos e reste assim a se-mente, que por seu intermdio nascer algo novo.

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    Os sete metais:

    Na natureza, a terra contm "sementes" que do origem aos metais por um processo de evoluo e aperfeioamento. Todos os metais, com o tempo, transformar-se-o em ouro que contm o equilbrio perfeito dos quatro elemen-tos. Na alquimia no existe matria morta e todas as substncias, animal, ve-getal ou mineral, so dotadas de vida e movimento, ou seja, possuem suas energias caractersticas.

    Ouro - representado pelo Sol.

    Prata - representado pela Lua.

    Mercrio - representado pelo planeta Mercrio.

    Estanho - representado por Jpiter.

    Chumbo - representado por Saturno, por ser considerado pesado e lento.

    Cobre - representado por Vnus, maleabilidade, sossego, beleza e prazer.

    Ferro - representado por Marte.

    A unidade da matria e do universo:

    O mundo como um grande organismo (macrocosmo), enquanto que o ho-mem um pequeno mundo (microcosmo), esta uma das interpretaes da frase: "O que est em cima como o que est em baixo". O prprio laboratrio do alquimista um microcosmo onde ele tenta reproduzir de maneira mais ace-lerada um processo semelhante ao da criao do mundo.

    Toda matria (por matria fica entendido tudo que existe no universo, at mesmo a energia pode estar revestida pela matria) constituda de uma mesma unidade comum a todas as substncias. A partir desta "semente" pode-se produzir infinitas combinaes e infinitas substncias. O smbolo alqumico do ouroboros, que a figura de uma serpente mordendo a prpria calda for-mando um crculo, representa estas constantes transformaes em que nada

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    desaparece nem criado, tudo transformado como o princpio da conserva-o de energia, ou primeira lei da termodinmica, postulado muito tempo de-pois.

    Portanto, esta unidade da matria nica e a mesma para todas as coisas, po-dendo combinar-se produzindo uma variedade infinita de substncias e ener-gias. Matria e energia provm de uma mesma entidade. Einstein unificou a in-terconverso entre matria e energia, na equao E=m.c2 (E = energia libe-rada; m = matria transformada e c = velocidade da luz).

    Os alquimistas procuram reduzir a matria unidade comum, que no so os tomos, para assim poderem reestrutur-la, tornando possvel a transmutao. Esta unidade da matria constitui tudo que existe, desde os tomos que se combinam para formar as molculas e estas iro formar outras substncias mais complexas, os organismos at os planetas que formam os sistemas e ga-lxias. Portanto, todas as coisas possuem a mesma unidade fundamental, este o postulado fundamental da alquimia "Omnia in unum" (Tudo em Um).

    O caos primordial que deu origem ao universo comparado no reino mineral matria-prima, que uma massa em estado de desordem que dar origem pedra filosofal.

    Deus - o mundo celeste e o terreno:

    Tudo o que existe material ou espiritual constitui uma nica unidade. O divino expresso como sendo "o crculo cujo centro est em toda parte e a circunfern-cia em parte alguma". Portanto, todas as coisas surgiram do mesmo Criador, o mundo terreno constitudo pelos mesmos componentes que o mundo celeste.

    Um dos grandes problemas de compreenso dos fundamentos da alquimia consiste na interpretao do esprito que s pode ser compreendido remon-tando a uma memria muito antiga, da poca em que todos os seres do mundo celeste e do mundo terreno se comunicavam e o esprito circulava livremente entre todos os seres.

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    Muitos alquimistas foram grandes profetas como Nostradamos, Paracelso, den-tre outros e todos eles acreditavam que em breve, no fim de mais um ciclo ter-restre, haveria uma grande catstrofe que seria um novo comeo para a huma-nidade. Restaria uma conscincia coletiva, a mesma que deu origem a alquimia em outros ciclos.

    O dualismo sexual:

    A energia original criada pela juno dos princpios masculino e feminino (sol e lua). Muitos alquimistas constituem casais na busca da Grande Obra, porm para que ocorra uma perfeita unio alqumica este casal, ou seja, estas duas metades devem ser complementares formando um nico ser (como a figura al-qumica do andrgino). Contudo muito difcil encontrar um par que produza uma unio to perfeita.

    O Cosmo:

    O cosmo visto como um ser vivo sendo que seus constituintes tem esprito e propsito definido. As estrelas exalam um campo de energia que pode ser sen-tido e utilizado pelo homem e assim obter as transformaes.

    A vida:

    Existe uma crena na alquimia da criao artificial de um ser humano, o ho-mnculo ou Golem, porm estes relatos de alguns alquimistas clebres poderia referir-se de forma figurada ao processo de fabricao da pedra filosofal, onde o homnculo representaria a matria prima para a fabricao da pedra ou en-to uma fase da iniciao em que o homem ressurge aps a morte do outro j degradado.

    Na concepo alqumica tudo o que existe vivo, at mesmo os minerais. Os metais vivem, crescem, reproduzem-se e evoluem. Portanto quaisquer metfo-ras sobre seres vivos podem estar referindo-se tambm ao reino mineral. A na-tureza e todos os seus constituintes devem ser respeitados para que a harmo-nia perfeita possa ser mantida. Esta conscincia ope-se claramente a forma de encarar a natureza at hoje, em que esta deve ser explorada o mximo pos-svel e ainda consideram isto a evoluo da humanidade. Reaprender a ver, sentir e ouvir a natureza, significa incorporar-se a ela, para relembrar o remoto passado quando fazamos parte dela integralmente.

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    O amor:

    Todo o conhecimento alqumico est alicerado no amor e por isso inacessvel aos processos cientficos atuais. A unio pelo amor est sempre presente em qualquer obra alqumica representando uma energia que une dois princpios ou dois materiais, tornado-os um s. De forma figurada descrita como o casa-mento do Sol e da Lua, do enxofre e do mercrio, do Rei e da Rainha, do Cu e da Terra ou do irmo e da irm, por terem vindo da mesma raiz ou mesma substncia.

    Astrologia:

    Na alquimia a astrologia exerce um papel fundamental desde a escolha do mo-mento certo para o incio da obra, da colheita dos materiais utilizados, at o momento mais propcio para o alquimista trabalhar.

    Laboratrio:

    A prtica alqumica, de maneira extremamente resumida, consiste em pegar a prima matria (matria-prima primordial) eliminar as suas impurezas (morte e renascimento), separar seus componentes (mercrio e enxofre) e reuni-los no-vamente (por intermdio do sal) fixando os elementos volteis, formando assim a pedra filosofal. Seria como "libertar o esprito por meio da matria e a prpria matria por meio do esprito", ou ainda, fazer do fixo, voltil e do voltil, o fixo, onde no se pode fazer cada etapa independentemente.

    O alquimista uma pea fundamental nos experimentos e no somente um simples observador. O experimento e o experimentador constituem uma nica coisa na alquimia. Este ponto de vista do experimentador como participante est agora sendo retomado pela fsica quntica, alterando o termo observador para participante. Portanto, mesmo tendo o conhecimento prtico do processo, se tiver perdido a pureza do esprito, a Grande Obra no poder ser concluda.

    Vrios alquimistas relatam doze processos, em trs etapas ou trs obras, para a realizao da Grande Obra que, contudo, no correspondem literalmente aos nomes conhecidos. So eles: Calcinao - constitui a purificao do primeiro material pelo fogo, sem contudo diminuir seu teor de gua. Soluo ou dissolu-o - a parte slida dissolvida na gua, porm relatado que esta gua no

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    molha a mo. A gua pode ser o prprio mercrio. Esta uma "dissoluo filo-sfica" em que o solvente mata os metais, portanto esta fase um smbolo da morte para os trs reinos.

    Separao - o mercrio separado do enxofre. Fornecendo um calor externo adequado, o mercrio que contm o enxofre interno coagula a si mesmo gra-as a um artificio que constitui um segredo, o secretum secretorum, que uma marca divisria entre a alquimia e a qumica. Este artifcio consiste, metaforica-mente, em capturar um raio de sol, condens-lo, aprision-lo em um frasco her-meticamente fechado e aliment-lo com o fogo. A terra fica em baixo enquanto o esprito sobe. Esta etapa completa a primeira obra e quando concluda corre-tamente pode se ver a formao de uma estrela dentro do frasco.

    Conjuno - o mercrio e o enxofre so novamente unidos. Toda a operao deve ser realizada no mesmo recipiente, sendo que nesta fase o frasco her-meticamente fechado.

    Putrefao - o calor mata os corpos e a putrefao ocorre. Aparece uma colo-rao escura, enegrecida. Congelamento - nesta fase aparece uma colorao esbranquiada, um calor brando quem promove esta mudana. Cibao - matria seca deve ser adicionado os componentes necessrios para aliment-la.

    Sublimao - fase em que o corpo torna-se espiritual e o esprito corporal, ou seja, volatilizar o fixo e fixar o voltil, sendo que um processo depende do outro e no possvel fixar um sem volatilizar o outro. Para esta fase relatado uma durao de quarenta dias. Porm, todo esse processo que se encerra com a sublimao teve incio na conjuno e constitui a segunda obra. Fermentao - adiciona-se ouro para tornar o j existente mais ativo.

    Exaltao - processo semelhante a sublimao, seria uma ressublimao.

    Multiplicao - uma quantidade maior de energia acrescida nesta etapa, po-rm no necessariamente a matria que aumenta. Projeo - teste final da pedra em seus usos normais, como a transmutao. O agente da dissoluo convertido em paciente que sofre a operao na fase da coagulao. Por isso a operao comparada a brincadeira de criana de "pular carnia" em que ora um pula o outro e ora pulado.

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    A matria-prima:

    Esta primeira matria que dar origem a pedra filosofal constitui um dos gran-des segredos da alquimia. Normalmente descrita como algo desprezado, in-ferior e sem valor. Pode ser encontrado em todos os lugares, conhecido por todos, varrido para fora de casa, as crianas brincam com ele, porm possui o poder de derrubar soberanos.

    Dentre os no iniciados, cada um aposta em um tipo de material tanto do reino animal, vegetal como mineral. Vrios utilizaram minrios (especialmente os de chumbo, o cinabre que contm enxofre e mercrio, o stibine um raro mineral sulfuroso, a galena que magntica), cinzas, fezes, barro, sangue, cabelos. A maioria deles emprega a prpria terra, recolhida em local preservado. A terra estaria impregnada de energia csmica, com a gua que contm.

    Esta matria no est somente no reino do psiquismo, como afirmava Jung, ela tem tambm sua expresso no reino material atravs de um mineral que possui propriedades vegetativas. Descobrir a matria-prima no o principal, mas sim ergu-la a um ponto privilegiado para as operaes subsequentes. Esta abor-dagem s ser conseguida quando o alquimista deixa de lado a fronteira fictcia entre os elementos constitutivos de sua personalidade (fsica e espiritual) e o universo.

    Ela normalmente relacionada ao caos da gnese, a base de todo o processo, que tanto material como imaterial. Para descobrir a matria-prima mineral o operador e o objeto, observador e o observado, devem estar unidos. Isto signi-fica se abstrair da viso lgica e desenvolver uma viso intuitiva. Esta viso pode aparecer aps um longo perodo de reflexo sobre os impasses insol-veis da alquimia, aps um estmulo externo como o barulho do vento, das on-das do mar, do trovo e outros. Caso contrrio ela permanecer escondida por uma roupagem ou uma casca como o ovo.

    O orvalho:

    O orvalho normalmente utilizado para umedecer (banhar e nutrir) a matria-prima. Como se condensa lentamente e desce da atmosfera est impregnado da energia csmica. A melhor poca de recolher o orvalho vai do equincio de primavera ao solstcio de vero, pois possui uma maior energia. Normalmente

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    recolhido com lenis estendidos sobre vegetao rasteira sem, no entanto, toc-la.

    As cores da Grande Obra:

    Nas vrias etapas do processo a matria vai mudando de cor, primeiro apare-cendo uma massa enegrecida, que passa a esbranquiada e finalmente aver-melhada. A cor negra seria a cor da fase da putrefao, a cor branca se inicia na fase de dissoluo e a cor vermelha constitui a fase final do processo, ou seja, a pedra filosofal. Podem tambm aparecer cores intermedirias como o amarelo e mesmo as cores do arco-ris, tambm chamadas de cores da cauda do pavo. A observao destas cores muito importante para saber se a obra est evoluindo de maneira correta. Outro indcio da concluso constitui na jun-o de cristais em forma de estrela na superfcie do lquido, ou um som pare-cido com o canto de cisnes.

    A Temperatura:

    A temperatura do forno em cada etapa do trabalho deve ser rigorosamente controlada. O aquecimento deve ser aumentado de forma gradual e bem lenta. A primeira etapa (putrefao) pode durar quarenta dias e a temperatura desta compara a do ventre ou do seio materno. Aquecendo-se muito corre o risco de fracasso ou mesmo de exploso.

    Os dois caminhos:

    Via mida:

    A via mida, como o prprio nome j indica, realizada com gua (do orvalho). Esta via muito lenta, podendo durar meses ou anos e oferece menores ris-cos. As temperaturas nas vrias etapas so consideravelmente menores, tendo em vista que a gua ferve a 100C (cem graus). O recipiente utilizado um ba-lo de vidro ou cristal (tambm chamado de ovo filosfico, por seu formato) que suporta bem as temperaturas requeridas nesta via. Nunca se deve deixar fer-ver, pois pode haver uma exploso devido ao aprisionamento de gases no reci-piente hermeticamente fechado.

    Via seca:

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    Esta via bem mais rpida, dura apenas sete dias, porm bem mais perigosa pois pode haver exploso. Tudo feito em um cadinho, pequeno recipiente de porcelana aberto em cima com a aparncia de um copo, que resiste a altssi-mas temperaturas. No h adio de gua. raramente relatada e praticada, porm os alquimistas que a praticaram a consideram com muito mais chances de obter sucesso.

    Uma outra via seca tambm relatada a diretssima, que seria quase instant-nea durando apenas trs dias. Esta seria realizada a partir da emanao de um tipo de energia na forma de raio diretamente no cadinho e no corpo do alqui-mista. Porm seria extremamente perigosa podendo at mesmo fazer desapa-recer o corpo do alquimista.

    Concluso:

    Os sbios alquimistas deixaram escrito nos textos sagrados, afirmaram que a obteno do ouro resultou num fracasso pela falta de concentrao e prepara-o espiritual daqueles que realizaram as experincias.

    O significado mais puro da alquimia consiste em transmutar a prpria natureza humana e libertar as pessoas dos desejos que as afligem.

    Os preceitos e axiomas alqumicos encontram-se condenados na misteriosa "Tbua Esmeraldina"- A esmeralda era considerada como a pedra preciosa mais formosa e mais cheia de simbolismo.

    Era a flor do cu- Um dos quarenta e dois livros da doutrina hermtica atribu-dos `a Hermes Trimegisto, no qual se recolhe a quinta essncia da alquimia.

    "O que est em baixo como o que est em cima

    e o que est em cima como o que est em baixo"

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    PARTE DOIS CONHECIMENTO ESPIRITUAL

    Sucubus e Incubus

    O Alquimista no pode desconhecer que muito da alquimia, da transfor-mao da realidade em abstrato e vice e versa se processa enquanto dorme, principalmente durante o sonho ou melhor dizendo dentro do so-nho; a mente confusa do profano no consegue distinguir o trabalho de alquimia no sonho com os pesadelos comuns. Um dos inimigos que o al-quimista deve aprender a reconhecer e enfrentar so os Sucubus e Incu-bus. Neles reside todo o mal pois conhecem a fraqueza humana pelo sexo e exploram isso at levar o ser humano a loucura ou a que seja seu es-cravo.

    um fato de domnio pblico e que muitos afirmam hav-lo experimentado ou escutado pessoas autorizadas que tenham experincia disso, que os Silvanos e os Faunos, vulgarmente chamados ncubus, tem atormentado com frequn-cia s mulheres e saciado suas paixes. Alm disto, so tantos e de tal peso os que afirmam que certos demnios chamados pelos Gauleses, Dusios, intenta-ram e executaram essa animalidade que, neg-lo parece imprudncia. - Santo Agostinho, livro 15 Cap. 23 em DE CIVITATE DEI

    Ao se tratar de ncubos e scubos, o que mais popularmente conhecido, o mito como citado acima por Santo Agostinho que viveu nos longnquos sculos IV e V da nossa era crist.

    Embora, sculos se passaram, ainda hoje, ncubos e Scubos so conhecidos como demnios que atacam suas vtimas enquanto essas se encontram dor-mindo. O intuito do ataque ter relaes sexuais com elas e, por meio disso, drenar suas energias para assim se alimentarem, na maioria das vezes dei-xando-as vivas, mas em condies muito frgeis, por esse motivo, tambm es-to relacionados aos vampiros.

    Os ncubos so demnios masculinos que atacam as mulheres, j os scubos so demnios femininos que atacam os homens. Numa pesquisa no Wikipedia, temos a informao de que o prefixo in- sobre, da palavra ncubos, d o signi-ficado de algum que est em cima de outra pessoa. De acordo com o livro O Martelo das Bruxas (Malleus Maleficarum) da idade mdia, a palavra succu-bus vem de uma alterao do antigo latim succuba significando prostituta. A palavra derivada do prefixo sub-, em latim, que significa em baixo-por

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    baixo, e da forma verbal cubo, ou seja, eu me deito. Assim, o scubo al-gum que se deita por baixo de outra pessoa, e o ncubo (do latim, in-, sobre) algum que est em cima de outra pessoa.

    Apesar de as descries acima do modus operandi desses seres serem dis-tintas entre si, segundo os relatos das vtimas, eles atacam de forma muito se-melhante, como uma presso muito forte sobre o peito, os imobilizando e ainda, com intensa conotao sexual.

    De aparncia muito sedutora e magntica, esses demnios so descritos algu-mas vezes com asas de morcego e tambm com outras caractersticas demo-nacas, como chifres e cascos. O scubos atraem o sexo masculino e, em al-guns casos, o homem apaixona-se por ela. Mesmo fora do sonho, ela no sai da sua mente, por esse motivo, ela permanece lentamente a sugar-lhe energia at sua morte por exausto. Outras fontes dizem que o demnio ir roubar a alma do homem atravs de relaes sexuais. Para Dominar os sucubus e os incubus o alquimista tem que conhecer e saber dominar a energia sexual que o prximo captulo.

    Aps conhecer a existncia dos Sucubus i Incubus, o alquimista precisa aprender a lidar com a energia sexual. Veja abaixo:

    Parte Trs: Projeo Astral e transformao do abstrato em concreto atravs da prtica de manipulao, acumulao e ex-panso da energia sexual.

    ENERGIA SEXUAL Tcnicas e prticas.

    Este um mtodo de gerar e projetar energia sexual. um meio de dirigir um orgasmo aos planos astrais. Esta uma catapulta para exaltar a conscincia para qualquer estado que seja. Este mtodo foi testado pelo Mestre da Sua Classe, por isso o texto est, em partes, descrito de forma narrativa direta e no na terceira pessoa.

    As sensaes fsicas do sexo so causadas pela acumulao, movimento ou liberao de Energia. O Controle um ato de Vontade, a visualizao o meio para a magia (k ) e a rvore da Vida um sistema coordenado, til na descri-

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    o da ocorrncia mgicka. Assim como em cima, tambm embaixo ...Uma im-plicao de que todos os pontos do Macrocosmo so imediatamente acessveis atravs do microcosmo; i.e, a aura.

    Quase toda a informao que voc ter de outras realidades so transpostas sob forma simblica. Os parmetros (limitaes) com os quais voc realmente trabalha em suas magias(K) pessoais permaneceram fiis a esses trabalhos sexuais. O sistema de smbolos com o qual voc trabalha e pensa determinar a natureza de suas observaes. Voc poder ter revelaes e aprender mui-tas coisas novas, mas apenas coisas que se adequem atravs de sua prpria janela ou sub-realidade particular. Eu considero o sistema da rvore da Vida extremamente til, mas qualquer glifo completo do universo ser eficiente. Es-colha seus smbolos cuidadosamente- eles so seus pensamentos.

    A Tcnica Projetiva

    1) Gere e acumule energia sexual.

    2) Formule a energia como uma forma astral dentro de seu corpo, ntida e bri-lhante.

    3) Movimente a forma de energia para a base da espinha, materialize-a com a sua conscincia, oriente e aspire ao "local" de trabalho.

    4) Libere a energia atravs da espinha, direcionada e consagrada pela Von-tade.

    Gerar e acumular energia no problema algum, j que qualquer mtodo de estimulao sexual ser suficiente. Alguns meios so mais apropriados para al-guns tipos especficos de trabalho que outros. Todos os numerosos meios de causar excitao que as pessoas encontraram podem ser atribudas a rvore da Vida. Essas consideraes devem ajud-lo em seu trabalho. Ao inflamar a mente com os smbolos ou ideias que caracterizam o trabalho, possvel atin-gir o portal de qualquer dos planos astrais apenas atravs da tcnica projetiva. Se voc deseja permanecer em um plano astral tempo o suficiente para fazer a sua Vontade, voc precisa ter afinidade com as formas desse plano, ou ento voc cair de volta em seu corpo.

    Uma forma simples de engendrar essa afinidade escrever, de seu prprio pu-nho, todas as atribuies e correspondncias que puder encontrar concernen-tes ao plano em que deseja trabalhar. Leia essa lista cinco ou seis vezes por dia (no mnimo) e permita que essas imagens ajam por si s em sua conscin-cia. Execute esse exerccio durante uma semana antes de iniciar o Trabalho.

    Suas percepes ficaro sintonizadas s foras envolvidas, e tornar-se-o apa-rentes na sua vida cotidiana. Por exemplo, se voc deseja trabalhar Netzach, voc aspira observar a Fora Dela sob formas normalmente obscurecidas pela

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    justaposio de todas as Sephirot. A Obra (ambientao, postura mental) deve ser evocativa de Netzach em todos os aspectos. Quanto gerao de energia, alguns meios seriam mais alinhados com Netzach que outros. Sacerdote e Sa-cerdotisa seriam perfeitos para tal situao, enquanto para Hod seria melhor que o Sacerdote ou a Sacerdotisa executassem o trabalho sozinhos.

    Durante o congresso sexual, ou seu equivalente, a energia sexual percebida como sensao. O corpo animal v o sexo meramente como uma funo cor-poral. No acumulada mais energia do que a necessria para desencadear um orgasmo. Geralmente isso no o suficiente para se trabalhar. Precisa ha-ver controle para acumular essa energia e criar o "montante". Precisamos tam-bm condicionar o corpo energtico a lidar com um poder maior.

    Para controle, voc deve antes de tudo ter um grau maior de conscincia. Voc deve estar acuradamente ciente de cada uma de suas sensaes fsicas. Onde o ponto de sensao mxima, sua extenso urea, sua intensidade relativa, sua profundidade no corpo e assim por diante. Voc deve aspirar atingir a conscincia total e a habilidade de descrev-la completa e acuradamente. Torne-se absolutamente consciente de seus limites cenestsicos e onde a sen-sao est localizada neles. Visualize a sensao como luz. Voc deve criar uma analogia visual para tudo o que sente. De incio, luz branca o mais ade-quado. No tente ainda nenhuma manipulao, apenas sinta e veja a luz. En-to, cubra seu corpo com essa viso. Ela deve ser mais brilhante onde a sen-sao mais intensa, esmaecendo nas extremidades. Essa viso deve seu uma qualidade integral, feita sem esforo. Deve haver uma identificao total entre viso e sensao- como quando se coloca a mo sobre a chama de uma vela. Todo orgasmo deve ser monitorado e visualizado. Mantenha um dirio, sem, no entanto, ficar obcecado. Voc ter mais chances de sucesso se isso for feito em um esprito de diverso, apesar do fato de que este um rito deve-ras sagrado.

    Na acumulao de energia, voc dever notar que a luz torna-se cada vez mais brilhante e concentrada medida que voc se aproxima do xtase. A tc-nica aqui alcanar o ponto de xtase e permanecer equilibrado ali, permitindo que o campo de energia se intensifique e se expanda. a formulao da forma astral requer toda a concentrao de seu controle. Quando concentrada e limi-tada pela Vontade, essa forma de energia torna-se uma espcie de objeto s-lido. Quando o controle abandonado, torna-se uma espcie de energia ou luz e muito mais difcil de ser governada.

    Criar uma esfera na luz branca talvez uma das mais simples e eficazes for-mas, j que apresenta a mesma aparncia seja qual for a sua perspectiva. As cores viro espontaneamente medida que sua habilidade e percepo au-mentarem. Quando voc for competente na tcnica, voc poder moldar essa

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    forma de qualquer jeito que quiser, mas, mais til ainda, projetar a sua cons-cincia nessa forma. Isso feito enquanto a energia est sendo concentrada no campo do deleite pr-orgsmico.

    As sensaes construdas com a continuao da estimulao.. A energia li-mita-se a rea genital. A acumulao ali na verdade restringir a corrente de certa forma como ao colocar um carregador de baterias em uma bateria com-pletamente carregada- nenhum lucro. Ns, portanto, movemos a esfera de luz para a base da espinha e a mantemos ali. O posicionamento permite que mais energia seja gerada, fluindo do chakra Sexual (mudhalahara) atravs dos geni-tais, e devidamente fixa a esfera para a eventual liberao de energia atravs da coluna. na base da espinha que transferimos a conscincia para a forma astral. Mas apenas a inspirao pode guiar o magista. Voc deve estar absolu-tamente certo daquilo que aspira, pois quando a flecha solta corre direta-mente para seu alvo.

    Mesmo enquanto voc comea a formular as sensaes, melhor que marque o local de sua aspirao. Aqui retornamos ao conceito de Macro/microcosmo. Formule a rvore da Vida em sua aura de modo que Kether fique posto sobre o Chakra da Coroa e Malkuth na base da espinha. Isso fornece um mapa astral, especialmente til ao se trabalhar com caminhos no diretamente posicionados no pilar do meio. Ento, se eu desejo trabalhar em Chesed, devo fixar uma es-trela azul no ombro direito, guarnecida pelo sigilo de Jpiter. Isso fixado na aura para persistir de sua prpria maneira.

    Ao transferir a conscincia para a base da espinha, nossa perspectiva muda ra-dicalmente. comum vivenciar a experincia de estar num campo de estrelas ou numa estrela em si. Sua percepo de seu corpo fsico permanecer, mas de outra forma. O sigilo que voc estabeleceu (como no exemplo acima) est agora a uma vasta distncia de voc, provavelmente longe do alcance de vista, mas sua aspirao o leva a ele assim como a agulha de uma bssola aponta o Norte.

    O orgasmo agora chega a um ponto inevitvel. Apenas mantendo a forma as-tral voc conseguir prolongar esse estado. Voc deve manter-se equilibrado no prprio limiar, escorregando, mas lutando por permanecer ali, pois o deleite aumenta mais e mais. O corpo animal derrama energia abundantemente sobre os genitais, ameaando desencadear o orgasmo. No aprendizado, ser mais fcil para voc e seu parceiro revezarem entre ser o ativo e o passivo, permi-tindo que o parceiro ativo controle os movimentos. Segure-se firme ao pice! medida que sua habilidade em prolongar este estado a