Curso Segurança Química para Agentes Estratégicos · -elaborar estratégias e medidas com o fim...

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1 1 Curso Segurança Química para Agentes Estratégicos O GHS - Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Substâncias Químicas São Paulo Arline Sydneia Abel Arcuri FUNDACENTRO 15 de setembro de 2017 2 Um pouco de história Grande parte do esforço destinado a enfrentar os problemas decorrentes do uso crescente de produtos químicos foi estimulado pela Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, celebrada em Estocolmo, em 1972. Várias organizações principalmente da ONU, desenvolveram atividades relacionadas a Segurança Química desde então: PNUMA, OMS, OIT, FAO, OECD

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Curso Segurança Química para Agentes Estratégicos

O GHS - Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação

e Rotulagem de Substâncias Químicas

São Paulo

Arline Sydneia Abel Arcuri FUNDACENTRO

15 de setembro de 2017

2

Um pouco de história Grande parte do esforço destinado a enfrentar os problemas decorrentes

do uso crescente de produtos químicos foi estimulado pela Conferência das

Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, celebrada em Estocolmo,

em 1972. Várias organizações principalmente da ONU,

desenvolveram atividades relacionadas a Segurança Química desde então: PNUMA, OMS, OIT, FAO, OECD

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Um pouco de história

A posição do Brasil - na época sob o governo militar - era a de

"Desenvolver primeiro e pagar os custos da poluição mais tarde", como declarou o Ministro Costa Cavalcanti,

na ocasião.

http://amaliagodoy.blogspot.com/2007/09/desenvolvimento-sustentvel-evoluo_16.html

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1972

Neste ano o Departamento de Estado norte-americano elaborou um documento intitulado "Brasil - Se o Desenvolvimento Traz Poluição, Que Assim Seja” ("Brazil -If Development Brings Pollution, so Be It").

Este relatório procurava dar uma panorâmica da

situação do meio ambiente no Brasil para o governo Nixon (1969-1974).

Este relatório concluía: "No futuro, o Brasil poderá até mesmo se tornar um "porto seguro de poluição" para

empresas que estejam procurando escapar a restrições de países com controles."

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Um pouco de história Em 1989, a Assembléia Geral das Nações

Unidas havia decidido convocar uma Conferência das Nações Unidas sobre o

Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD) para:

-elaborar estratégias e medidas com o fim de deter e inverter os efeitos da degradação do meio ambiente.

-intensificar os esforços nacionais e internacionais para promover o desenvolvimento sustentável e ambientalmente racional em todos os paises.

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Um pouco de história

Em 6 de junho de 1990, em sua septuagésima sétima reunião, a

Organização Internacional do Trabalho elaborou e adotou a Convenção (170) e a Recomendação (177) sobre Segurança no Uso de Produtos Químicos no Trabalho.

A adoção destes instrumentos exige que um país possua um sistema para classificação

e rotulagem de produtos químicos

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Convenção 170

Segurança na utilização de produtos químicos no trabalho

Ratificada no Brasil pelo Decreto

Legislativo nº 67 de 1995 do Senado Federal e Decreto Lei nº 2657 da

Presidência da República, publicado no Diário Oficial da União em 6/7/98

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2657.htm

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Convenção 170

Aplicação Todos os ramos da atividade econômica nos quais os

produtos químicos são utilizados

Princípios • Consultar organizações representativas de

trabalhadores e empregadores • Revisar periodicamente • Autoridade competente – se se justificar por

motivos de segurança e saúde, poderá de proibir ou restringir o uso de substâncias perigosas ou exigir notificação prévia e autorização para o uso de tais substâncias.

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Convenção 170

Utilização de produtos químicos no trabalho implica toda atividade de trabalho que poderia expor um trabalhador a um produto químico, e abrange:

I) a produção de produtos químicos; II) o manuseio de produtos químicos; III) o armazenamento de produtos químicos; IV) o transporte de produtos químicos; V) a eliminação e o tratamento dos resíduos de produtos

químicos; VI) a emissão de produtos químicos resultantes do

trabalho; VII) a manutenção, a reparação e a limpeza de

equipamentos e recipientes utilizados para os produtos químicos;

Portanto o ciclo de vida dos produtos químicos

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Convenção 170

Obrigatoriedades

• Sistema de classificação

• Rotulagem – facilmente compreensível aos trabalhadores e com informações essenciais sobre a classificação do produto, os danos que apresentam e as medidas de precaução que devem ser tomadas

• Fichas de informação de segurança de produtos químicos (FISPQ)

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Convenção 170

Responsabilidades dos fornecedores (produtores, importadores ou

distribuidores) Providenciar classificação, identificação,

rotulagem e ficha de segurança. Assegurar que rótulos e FISPQ, sempre

atualizados, sejam disponibilizados aos trabalhadores.

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Um pouco de história (cont.)

O comitê técnico da OIT também aprovou uma resolução solicitando que a OIT estudasse as etapas/tarefas que seriam necessárias para se atingir a harmonização.

A OIT concluiu que havia quatro sistemas principais existentes que necessitavam ser harmonizados para se conseguir uma abordagem global.

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Um pouco de história (cont.)

Sistemas Principais Existentes • Recomendações da Nações Unidas para Transporte

de Produtos Perigosos (primeira recomendação existente desde 1956)

• Diretrizes da União Européia sobre Substâncias e Preparados Químicos (Diretiva 67/548/EEC (27 de Junho de 1967), relacionada às disposições legislativas, regulamentares e administrativas de classificação, embalagem e rotulagem de substâncias perigosas é a principal legislação da União Europeia sobre segurança química)

• Normativas do Canadá sobre produtos químicos no Ambiente de Trabalho, Consumidores e Pesticidas

• Normativas dos Estados Unidos sobre produtos químicos no Ambientes de Trabalho, Consumidores e Pesticidas

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Um pouco de história

Logo após, em 1992 no Brasil, de 3 a 14 de junho de 1992, foi realizada a

Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento -

CNUMAD (UNCED) que ficou conhecida como ECO92 ou RIO92

Os Acordos da RIO 92 foram endossados

pela Assembléia Geral das Nações Unidas.

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Um pouco de história

Entre os textos sobre meio ambiente e desenvolvimento aprovados na conferência, destacam-se:

Declaração do Rio sobre o Meio Ambiente

e Desenvolvimento e

Agenda 21

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Agenda 21

É um modelo para a ação em todas as principais esferas que influenciam a

relação entre meio ambiente e economia. Reflete um consenso

mundial e um compromisso político do mais alto nível sobre a cooperação

mundial em relação ao desenvolvimento e ao meio ambiente.

É constituída de 40 capítulos

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Capítulo 19 da Agenda 21

Capítulo 19 da Agenda 21 Manejo Ecologicamente Saudável das Substâncias Químicas Tóxicas, incluída a Prevenção do Tráfico Internacional Ilegal dos Produtos Tóxicos e Perigosos. – Incorpora as propostas destinadas a reforçar

a cooperação internacional com relação à segurança química e a necessidade de maior coordenação.

– No artigo 19.75 recomenda "criação de foro intergovernamental para o manejo e a avaliação de riscos ligados aos produtos químicos”

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Capítulo 19 da Agenda 21 seis áreas programáticas:

A - Expansão e aceleração da avaliação internacional dos riscos dos produtos químicos

B - Harmonização da classificação e da rotulagem dos produtos químicos

C - Intercâmbio de informação sobre produtos químicos tóxicos e riscos devido aos produtos químicos

D - Organização de programas de redução de riscos

E - Fortalecimento da capacidade e dos meios nacionais para a gestão dos produtos químicos

F - Prevenção do tráfico internacional de produtos tóxicos e perigosos

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Capítulo 19 da Agenda 21

A área programática B do Capítulo 19 da Agenda 21, incorporou portanto, o

projeto referente a Harmonização Internacional da Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos.

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Capítulo 19 da Agenda 21 Como resultado, e seguindo as

recomendações constantes do capítulo 19, em 1992 grupo de coordenação sobre a harmonização dos sistemas de classificação dos produtos químicos

(CG/HCCS – sigla em inglês – Coordinating Group for the

Harmonization of Chemical Classification Systems), sob os auspícios do Programa Internacional de Segurança Química –

PISQ (IPCS – sigla em inglês – International Program on Chemical

Safety).

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Fórum Intergovernamental de Segurança Química

As agências da ONU PNUMA, OIT, e OMS convocaram a Conferência Internacional sobre Segurança Química, realizada em Estocolmo, Suécia, de 25 a 29 de abril de 1994, Fórum Intergovernamental de Segurança Química.

Este fórum foi constituído para promover

a cooperação internacional com a finalidade de alcançar as metas da

Agenda 21, mais especificamente aquelas referentes ao Capítulo 19

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Fórum Intergovernamental de Segurança Química

Em 1995, já sob os auspícios do FISQ o

CG/HCCS que era secretariado pela OIT, passou a fazer parte das atividades do “Inter-organization Programme for the Sound Management of Chemicals” (IOMC).

IOMC criado implementação das recomendações da CNUMAD (ECO 92) relativas à segurança química.

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Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos no Brasil

Set/1995 – “Jornadas de trabalho sobre sistemas harmonizados de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos” Projeto Interdepartamental sobre Meio

Ambiente e o Mundo do Trabalho/OIT

Realização: – OIT

– FUNDACENTRO

– SSST/MTb

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Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos no Brasil

Deste evento

“ Documento nacional sobre os meios e Formas de Apoio para por em Prática

Sistemas Harmonizados de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos a

Nível Nacional”

Feito levantamento da situação nacional

Inicio das ações no Brasil voltadas a questão

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Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos no Brasil

No Brasil a rotulagem de substâncias químicas utilizadas em ambientes de trabalho deveria seguir a Norma

Regulamentadora Número 26 (NR26), que regulamenta a Portaria 3214 do Ministério do Trabalho, que por sua

vez regulamenta o Capítulo 5º da CLT.

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Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos no Brasil

Senado Federal, através do Decreto Legislativo nº 67 de 1995 e a Presidência da República, através do Decreto-Lei nº 2657, publicado no Diário Oficial da União em 6/7/98 ratificam a Convenção nº 170 da OIT, sobre “Segurança na Utilização de Produtos Químicos no Trabalho”, adotada na 77a Reunião da Conferência Internacional do Trabalho (Genebra 1990).

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Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos no Brasil

1995/1996 – ações da equipe do programa de saúde do trabalhador da PMSP rotulagem de produtos químicos em

empresas paulistas, principalmente no inicio na área gráfica

Encaminhamento da questão para

intermediação do Ministério Público do Estado de São Paulo, através da

Promotoria de Justiça de Acidentes do Trabalho, Setor de Prevenção

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Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos no Brasil

MP encaminha 1º processo para parecer da FUNDACENTRO

FUNDACENTRO sugestão de rotulagem baseada na “Proposta de Diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho Relativa a Classificação, Embalagem e Rotulagem de Substâncias Perigosas” (CCE, 1993) apresenta as normas a serem aplicadas na Comunidade Européia sobre rotulagem de substâncias perigosas.

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Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos no Brasil

Aumento significativo de processos sobre rotulagem

MP cria grupo de trabalho multidisciplinar com a responsabilidade de propor inicialmente modelo de rotulagem que possibilitasse a manipulação segura de substâncias químicas, complementado posteriormente com modelo de ficha de informação de segurança. Inicialmente a solicitação visava apenas as misturas contendo solventes orgânicos e foi posteriormente ampliada para outros tipos de produtos químicos.

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Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos no Brasil

O grupo de trabalho recomendou os itens que deveriam constar obrigatoriamente do

rótulo do recipiente de produto, assim como o conteúdo e modelo geral de Ficha de Informação de Segurança de Produto

Químico (FISPQ) que deveria fornecer um conjunto de informações em 16 títulos

baseados na Recomendação 177 da OIT

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Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos no Brasil

Composição do grupo de trabalho instituído em 1997 Arline Sydneia Abel Arcuri1; Cleide Lopes2; Esther M.O. Archer Camargo Andrade3; Luíza Maria Nunes Cardoso 4; Magda Andreotti5;

Neli Pires Magnanelli6

1 Química Pesquisadora da FUNDACENTRO, na Coordenação de Higiene do Trabalho

2 Médica do Trabalho do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador da Lapa

3 Higienista Ocupacional e Enfermeira do Trabalho do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Santo Amaro

4 Química Pesquisadora da FUNDACENTRO, na Coordenação de Higiene do Trabalho

5 Médica Sanitarista e do Trabalho, do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador Freguesia do Ó

6 Farmacêutica-Bioquímica do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador da Lapa

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Participação em encontros internacionais

Entre 1998 e 2001

Participação brasileira (FUNDACENTRO e MTE) em reuniões

do Grupo de Trabalho de Comunicações de Risco / GHS (WGHS

– Working Group Hazard Comunication) coordenado pela OIT

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Norma ABNT 14725 jul 2001

ABNT elabora “Ficha de informações de segurança de produtos químicos – FISPQ”

Para atender demanda das indústrias pressionadas pelo Ministério Público para

elaboração de fichas e rótulo.

Norma sofreu algumas revisões

Conteúdo do GHS foi traduzido, adaptado e está distribuído em 5 normas

Disponível pelo convenio entre ABIQUIM e ABNT

http://www.abntcatalogo.com.br/abiquim/

Está em andamento projeto de Lei sobre Substâncias Químicas de Uso Industrial que exigirá a adoção do

GHS.

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GHS aprovação

O GHS foi formalmente aprovado pelo Comitê Econômico e Social da

Organização das Nações

Unidas, em 2003

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O que é o GHS ?

Globally Harmonized System for Classification and Labeling of Chemicals

Globally - Geral ou Global? ou ambos?

Harmonized = Harmonizado (e não padronizado)

Chemicals = Produtos Químicos

Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos

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O que é o GHS ?

Uma abordagem de fácil compreensão e sistematizada para definição e Classificação de perigos

de produtos químicos e para Comunicação desses, através de Rótulos e Fichas de dados de

segurança (SDS).

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O que é o GHS ?

Fornece ainda a infraestrutura básica para

o estabelecimento de programas nacionais de

segurança química

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Porque o GHS é necessário?

Nenhum país tem a capacidade de identificar e regular detalhadamente

o risco de cada produto químico

A adoção de exigências sobre as informações que acompanham o

produto ajuda nas medidas necessárias de proteção.

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Porque? (cont.)

Apesar de similares, as informações vindas de diferentes países ainda eram diferentes o suficiente a

ponto de existirem rótulos e fichas de informações de segurança

diferentes para um mesmo produto, no comércio internacional.

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Porque? (cont.) Países que possuem sistemas nacionais

tinham exigências diferentes para a classificação de risco, bem como as

informações a serem incluídas no rótulo ou na ficha de informações de

segurança.

Por exemplo, um produto pode ser considerado inflamável ou tóxico no país em que esteja sendo produzido, mas não para

o qual esteja sendo exportado.

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Exemplo das Diferenças

Antes deste esforço de harmonização, a União Européia tinha como “valor de corte” de 25 mg/kg (oral), para Toxicidade Aguda - Classe 1, enquanto os Estados Unidos tinham 50 mg/kg.

Todos os produtos químicos entre 25 e 50 mg/kg eram, como resultado, classificados de forma diferente.

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Exemplo das Diferenças Exemplo de Classificações para Toxicidade Substância com Toxicidade Oral Aguda LD50 = 257 mg/kg Transporte (TDG): líquido: ligeiramente tóxica; sólida: não

classificada União Européia Nociva (símbolo: Cruz de Santo Andre ) EUA Tóxico Canadá Tóxico Austrália Nocivo Índia Não-tóxico Japão Tóxico Malásia Nocivo Tailândia Nocivo Nova Zelândia Perigosos China Não perigoso Coréia do Sul Tóxico

Palestra Roque Puiatti - Uberlândia agosto 2011 - O Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), a Convenção 170 da OIT e a nova NR 26

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Porque? (cont.)

Estas diferenças impactam tanto na proteção como no comércio.

Na área de proteção, os usuários em

países que não têm exigências específicas, podem encontrar rótulos ou fichas com informações diferentes

para o mesmo produto químico.

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Porque? (cont.)

Na área do comércio, a necessidade de cumprir com múltiplos regulamentos

referentes à classificação e rotulagem é onerosa

Empresas de pequeno e de médio portes ficam impossibilitadas de comercializar

internacionalmente produtos químicos devido ao ônus do cumprimento de múltiplos

regulamentos.

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Objetivo do GHS

O objetivo principal do sistema de classificação e comunicação

dos perigos (hazards) é fornecer informações para proteção da

saúde humana e do meio ambiente.

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Públicos Alvo

Os públicos-alvo abrangem, especialmente: trabalhadores nos locais de trabalho, consumidores, trabalhadores no transporte, e pessoal de emergência.

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Benefícios da Harmonização – Países, organismos internacionais, fabricantes de

produtos químicos e usuários se beneficiarão deste sistema harmonizado

• Aumento da proteção para os seres humanos e ao meio ambiente.

• Facilitação para o comércio internacional de produtos químicos.

• Redução da necessidade de testes e avaliações.

• Serve de plataforma aos países e aos organismos internacionais na garantia da gestão segura de produtos químicos.

Os países terão um sistema internacional disponível, sem a necessidade de desenvolver toda a

infra-estrutura necessária para a construção e manutenção de um sistema dessa magnitude.

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Princípios da Harmonização As proteções não foram reduzidas;

• O entendimento (comprehensibility) é uma questão essencial.

• Todos os tipos de produtos químicos são abrangidos e o sistema é baseado nas propriedades intrínsecas (hazards) dos produtos químicos.

• Todos os sistemas estão em processo de fazer alterações.

• O GHS não é compulsório.

• Building Block Approach (BBA)-(abordagem por módulos) Permite flexibilidade na escolha, por exemplo, de Classes

de Perigos e Categorias. Ex: Não adotar Classe V para Toxicidade Aguda

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GHS : aplicação

Aplicação: Produtos químicos (substâncias químicas puras, suas soluções diluídas ou misturas de substâncias químicas elaborados por processos químicos em laboratório ou indústria)

Não se aplica a: • Minerais e biomassa não processados quimicamente. • Substâncias intermediárias não isoladas. • Produtos destinadas ao utilizador final (exposição

intencional) – Medicamentos – Medicamentos veterinários – Produtos cosméticos e higiene pessoal – Dispositivos médicos (contendo produtos químicos) – Gêneros alimentícios – Aditivos alimentares

• Substâncias ou produtos radioativos

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GHS : aplicação

Fármacos, aditivos em alimentos,

cosméticos e resíduos de pesticidas em alimentos não estão abrangidos em

termos de rotulagem do ponto de vista de ingestão intencional, mas podem ser

abrangidos onde trabalhadores estejam expostos nos locais de

trabalho e no transporte.

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Texto final O Documento do GHS junta o

trabalho técnico elaborado com informações explicativas

no chamado

“Livro Púrpura” 1ª edição em 2005

Revisões a cada 2 anos (2007, 2009, 2011, 2013, 2015 e 2017)

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GHS

Revisão 7 2017

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GHS (Rev.7) (2017) - Globally Harmonized System of Classification and

Labelling of Chemicals (GHS)

https://www.unece.org/trans/danger/publi/ghs/ghs_rev07/07files_e0.html

7ª edição Revisão dos critérios para classificação de Gases Inflamáveis na categoria 1;

Alteração nas definições de algumas classes de risco para a saúde a fim de melhor clareza em tais interpretações;

Orientação adicional para ampliar a cobertura da seção 14 das SDS/FISPQ para todas as cargas a granel transportadas sob instrumentos da International Maritime Organisation (IMO), independentemente do seu estado físico;

Frases de precaução (Frases P) revisadas no Anexo 3;

E um novo exemplo para a rotulagem de pequenas embalagens com rótulos dobráveis, no Anexo 7.

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REVISÃO 7 DO GHS (PURPLE BOOK) JÁ ESTÁ DISPONÍVEL PARA DOWNLOAD http://br.lisam.com/pt-br/lisam/news/revis%C3%A3o-7-do-ghs-purple-book-j%C3%A1-

est%C3%A1-dispon%C3%ADvel-para-download/

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Documento GHS (Livro Púrpura) Parte 1 Introdução e

Comunicação de Perigos (Símbolos e ficha de dados de segurança)

5 Cap.

Parte 2 Critérios dos Perigos Físico-Químicos

16 Cap. 17 na 6º ed.

Parte 3 Critérios dos Perigos à Saúde

10 Cap.

Parte 4 Critérios para o Meio Ambiente

2 Cap.

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Anexos Anexo 1 – Tabela resumo sobre a classificação e rotulagem Anexo 2 – Reservado Anexo 3 – Codificação das Frases de Perigo; codificação e uso

das frases de Precaução; codificação dos pictogramas de perigo e exemplos de pictogramas de precaução

Anexo 4 - Diretrizes sobre a preparação de Ficha de Dados de Segurança de Produto Químico (FDS) Anexo 5 - Rotulagem de produtos para o consumidor baseada na probabilidade de danos à saúde. Anexo 6 - Metodologia de avaliação de compreensibilidade dos

instrumentos de comunicação de perigo Anexo 7 - Exemplos de distribuição dos elementos do GHS nos rótulos Anexo 8 - Exemplo de classificação segundo o Sistema Globalmente Harmonizado Anexo 9 - Diretrizes sobre os perigos para o ambiente aquático Anexo 10 - Diretrizes sobre a transformação/dissolução de metais e compostos metálicos em meio aquoso

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Sistema de Classificação quanto aos perigos

- físicos (incêndio, explosão, reatividade)

- à saúde humana

- ao meio ambiente

Comunicação de perigos e riscos genéricos (nos usos previstos)

Rotulagem (ou etiquetagem) preventiva

Ficha de Dados de Segurança (FDS)

Elementos do GHS

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Classificação segundo o GHS

Classificação baseada nas propriedades intrínsecas – perigo (hazards).

Dados disponíveis são aplicados para a classificação de substâncias e misturas.

Um dos objetivos do GHS é permitir

“auto-classificação”

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Classificação segundo o GHS 1.3.2.2.2 A classificação de perigos inclui apenas 3 etapas, ou seja (a)identificação de dados relevantes sobre os perigos de uma substância ou mistura; (b)subseqüente revisão de tais dados para comprovar os perigos associados com as substâncias ou misturas (c) decisão sobre se a substância ou mistura será classificada como substância ou mistura perigosa e o grau de perigo, sempre que apropriado, por comparação dos dados com os critérios de classificação de perigo acordados.

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Classificação segundo o GHS 1.3.3 Considerações específicas para a classificação de misturas Substância: Os elementos químicos e seus compostos em estado natural ou obtidos por qualquer processo de produção, incluindo qualquer aditivo necessário para preservar a estabilidade do produto e quaisquer impurezas que derivem do processo utilizado, mas excluindo qualquer “solvente” que possa ser separado sem afetar a estabilidade da substância ou modificar sua composição. Mistura: Misturas ou soluções compostas de duas ou mais substâncias que não reagem entre si. Liga: Material metálico, homogêneo em escala macroscópica, constituído de dois ou mais elementos de tal modo combinados que não podem ser facilmente separados por meios mecânicos. As ligas são consideradas como misturas para a finalidade de classificação de acordo com o GHS.

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Produto químico quem tem o potencial de causar danos e que tenha sido classificado como tal a partir de critérios previamente

definidos e dados obtidos em ensaios específicos.

Não é adequado dizer “produto não perigoso” mas produto não classificado como perigoso. A princípio, qualquer material ou produto químico

pode dar origem a um determinado risco.

O QUE É PRODUTO QUÍMICO PERIGOSO?

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GHS: Perigos físicos

CLASSES CATEGORIAS

Explosivos Div 1.1

Div. 1.2

Div 1.3

Div 1.4

Div 1.5

Div 1.6

Gases inflamáveis 1 A

1B

2

Aerossóis inflamáveis 1 2 3

Gases oxidantes 1

Gases sob pressão C L Rf Ds

Líquidos inflamáveis 1 2 3 4

Sólidos inflamáveis 1 2

Substâncias e misturas auto-reativas

A B C e D

E e F

G

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63

GHS: Perigos físicos CLASSES CATEGORIAS

Líquidos pirofóricos 1

Sólidos pirofóricos 1 2

Substâncias e misturas que auto-aquecem

1 2

Substâncias e misturas, em contato com a água, emitem gases inflamáveis

1 2 3

Líquidos oxidantes 1 2 3

Sólidos oxidantes 1 2 3 4

Peróxidos orgânicos A B C D E F

G

Corrosivos para metais 1

Explosivos “desensitized” (incluído 2015) 1 2 3 4

Explosivos “desensitized”

Exemplo:

Picrato de amônio seco ou com menos de 10% de água explosivo classe 1

Picrato de amônio molhado com pelo menos 10% de água, em massa explosivo “desensitized”

64

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33

65

GHS - Perigos à saúde humana

CLASSES CATEGORIAS

Toxicidade aguda 1 2 3 4 5

Corrosão / Irritação à pele 1ABC 2 3

Lesões oculares graves / Irritação ocular

1 2A 2B

Sensibilização respiratória 1AB

Sensibilização à pele 1AB

Mutagenicidade em células germinativas

1AB 2

Carcinogenicidade 1AB 2

Toxicidade à reprodução 1AB 2 Lactação

66

CLASSES CATEGORIAS

Toxicidade para órgãos-alvo específicos- Exposição única

1 2 3

Toxicidade para órgãos-alvo específicos – Exposição repetida

1 2 2B

Perigo por aspiração 1 2

GHS - Perigos à saúde humana

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34

67

GHS - Perigos ao meio ambiente

CLASSES CATEGORIAS

Toxicidade aguda – amb. aq. 1 2 3

Toxicidade crônica – amb. aq. 1 2 3 4

Perigoso para camada de O3 1 2 3

Classificação: Perigos ao meio ambiente

Perigoso para a Camada de Ozônio introduzido nas 3ª e 4ª versões (2008 e 2010)

68

Contaminantes ou impurezas somente são

considerados para fins de classificação se as concentrações forem iguais ou superiores a determinados valores limites de concentração.

[Limites de concentração ou concentrações de corte - cut-off]

Contaminantes ou impurezas

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35

69

Limites de concentração de contaminantes para classes de perigo à saúde [cut off

values] Classe de perigo Concentração

Toxicidade aguda ≥ 1 %

Corrosão / irritação da pele ≥ 1 %

Lesões oculares grave s/ irritação ocular ≥ 1 %

Sensibilizante respiratório ≥ 0,1 %

Sensibilizante da pele ≥ 0,1 %

Mutagenicidade em células germinativas – Cat. 1 ≥ 0,1 %

Mutagenicidade em células germinativas – Cat. 2 ≥ 1 %

Carcinogenicidade ≥ 0,1 %

Toxicidade à reprodução ≥ 0,1 %

Toxicidade para órgãos-alvo específicos- Exposição única

≥ 1 %

Toxicidade para órgãos-alvo específicos- Exposição repetida

≥ 1 %

70

Elementos-chaves de comunicação de perigos que foram harmonizados

Identificação do produto químico/composição dos ingredientes da mistura

Símbolos/pictogramas (symbols/pictograms) Palavras de Advertência (perigo, atenção)(signal

words) Frases de Perigos - H(hazard statements) Frases de Precaução – P (precautionary statement)

e pictogramas de precaução Fichas de Dados de Segurança (SDS)

corresponde ao FISPQ

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36

71

Identificação do Produto ou Identidade Química

A identificação do produto utilizada no rótulo deve coincidir com a usada na SDS

Para substâncias, o rótulo deve incluir a identidade química da

substância

Para misturas ou ligas, o rótulo deve incluir a identidade química de todos os ingredientes ou ligas que contribuem para toxidade aguda, corrosão cutânea ou danos oculares graves, mutagenicidade em células germinativas, carcinogenicidade, toxicidade para a reprodução, sensibilização respiratória ou a pele ou Toxicidade sistêmica em órgão alvo TOT

Número das Nações Unidas (TDG) quando a substância é coberta pela regulamentação de transporte de produtos perigosos.

72

Declaração de ingredientes Substâncias:

– Identidade química (conforme determinado pela IUPAC, ISO, CAS ou nome técnico)

Misturas – Identidades químicas de todos os ingredientes que

contribuem para: • Toxicidade aguda, • Corrosão da pele ou dos olhos, • Mutagenicidade, • Carcinogenicidade • Toxicidade reprodutiva, • Sensibilização da pele ou respiratória, • Toxicidade sistêmica em órgãos específicos.

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37

73

Informações confidenciais As autoridades nacionais competentes devem

criar mecanismos apropriados para Confidencialidade das Informações” Confidential Business Information - CBI)

As regras das autoridades competentes para CBI têm precedência em relação ao GHS para declaração de ingredientes

Os princípios estabelecidos devem

observar fundamentalmente, o “direito de saber”

74

Informações confidenciais

(Confidential Business Information (CBI))

GHS 1.4.8.3

A proteção das informações confidenciais devem ser consistentes com os seguintes princípios gerais:

(a) As informações confidencias devem se limitar aos nomes das substâncias químicas e suas concentrações nas misturas. Todas as outras informações devem ser disponibilizadas conforme requeridas;

(b) O rótulo ou ficha de informação de segurança deve indicar se há informação confidencial;

(c) As CBI devem ser disponibilizadas às autoridades competentes se requeridas. A autoridade competente deve proteger a confidencialidade da informação de acordo com a lei e a prática aplicável;

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38

Informações confidenciais (Confidential Business Information (CBI))

(d) Em uma emergência médica a informação

deve ser fornecida

(e) Em situações de não emergência as informações devem ser dadas aos profissionais de SST, se forem dadas justificativas convincentes

(f) Se a informação for negada os produtores ou empregadores devem justificar muito bem o motivo da negação

75

76

Forma e Cores do Pictograma

Para o transporte, os pictogramas usados terão a cor de fundo e o símbolo

especificado no regulamento do UNRTDG

No GHS (for supply), os pictogramas terão um símbolo de cor preta em fundo branco

com uma moldura vermelha (ou preta)

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39

77

Pictogramas do Transporte utilizados no GHS

78

Pictogramas do GHS

Bomba explodindo

Chama

Chama sobre círculo

Cilindro de gás

Corrosão

Crânio e ossos cruzados

Ponto de exclamação

Perigoso à saúde

Meio ambiente

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40

79

Pictogramas do GHS

•Explosivos •Autorreagentes

•Peróxidos orgânicos

•Inflamáveis •Autorreagentes

•Pirofóricos •Combustão espontânea

•Emitem gases inflamáveis

•Oxidantes •Peróxidos orgânicos

•Gases sob pressão

•Corrosivos

Toxicidade aguda (severa)

•Toxicidade aguda (moderada) •Irritante

•Sensibilizante à pele

•Carcinogênico •Mutagênico

•Tóxico à reprodução

•Sensibilizante respiratório

•Tóxico sistêmico para certos órgãos alvos

•Perigoso ao meio ambiente

80

Pictograma

Borda

Cor Símbolo

Fundo

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41

Classificação para líquidos inflamáveis

Categoria Critério

1 Ponto de fulgor < 23°C (73°F) e ponto inicial de ebulição ≤ 35°C (95°F)

2 Ponto de fulgor < 23 °C (73°F) e ponto inicial de ebulição > 35°C (95°F)

3 Ponto de fulgor ≥ 23 °C (73°F) e ponto inicial de ebulição ≤ 60 °C (140°F)

4 Ponto de fulgor > 60 °C (140°F) e ponto inicial de ebulição ≤ 93 °C (200°F)

81

82

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42

83

1 2 3 4 5 1 Toxicidade Aguda

2 Irritação/Corrosão cutânea 1 2 3

Classes de Perigos à Saúde Categoria de Perigo

4 Sensibilização Respiratória

5 Sensibilização cutânea

3 Irritação/Graves Danos Oculares

1

1

1 2A 2B

1A/B/C

Atenção

Perigo Perigo Perigo Atenção

Atenção

Atenção

Atenção Perigo

Perigo

Atenção

Perigo

Atenção

Pictogramas para diferentes classes de perigos á saúde

84

Classes de Perigos à Saúde Categoria de Perigo

6 Mutagenicidade 7 Carcinogenicidade 8 Toxicidade para a Reprodução

9 TOT – exposição única

1 1A/B 2

1 2

Lactação

10 TOT – exposição repetida 11 Perigo por aspiração

Perigo Atenção

Atenção ?

Perigo Atenção

3

Atenção ?

Nota: Não se usa mais a Cruz de Sto André Nota: Não se usa mais o crânio com ossos cruzados para efeitos crônicos

Pictogramas para diferentes classes de perigos á saúde

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43

Classificação para toxicidade aguda Toxicidade

aguda Categoria

1 Categoria

2 Categoria

3 Categoria

4 Categoria

5

Oral (mg/kg)

≤ 5 > 5 ≤ 50

> 50 ≤ 300

> 300 ≤ 2000

Critério: • DL 50 antecipada entre 2000 e 5000 mg/kg; • Indicação de efeito significante em humanos;* • Qualquer mortalidade na classe 4;* • Sinais clínicos significantes na classe 4;* • Indicação para outros estudos.* *Se não se justifica a atribuição para uma classe mais perigosa.

Dermal (mg/kg)

≤ 50 > 50 ≤ 200

> 200 ≤ 1000

> 1000 ≤ 2000

Gases (ppm)

≤ 100 > 100 ≤ 500

> 500 ≤ 2500

> 2500 ≤ 20000

Vapores (mg/l)

≤ 0.5 > 0.5 ≤ 2.0

> 2.0 ≤ 10

> 10 ≤ 20

Poeiras e névoas (mg/l)

≤ 0.05 > 0.05 ≤ 0.5

> 2.0 ≤ 10

> 1.0 ≤ 5

85

http://www2.unitar.org/cwm/publications/cw/ghs/GHS_Companion_Guide_final_June2012_EN.pdf

86

Tabela D.19 — Toxicidade aguda – Inalação

Categoria 1 2 3 4 5

Pictograma

Não exigido

Palavra de advertência

Perigo Perigo Perigo Atenção Atenção

Frase de perigo

H330

Mortal por inalação

H330

Mortal por inalação

H331

Tóxico por inalação

H332

Nocivo por inalação

H333

Pode ser nocivo por inalação

Frases de precaução:

- prevenção

P260

P271

P284

P260

P271

P284

P261

P271

P261

P271

- resposta a emergências

P304 +P340

P310

P320

P304 +P340

P310

P320

P304 +P340

P311

P321

P304 +P340

P312

P304 + P312

- armazena- mento

P403+P233

P405

P403+P233

P405

P403+P233

P405

- disposição P501 P501 P501

Fonte: NBR14725-3, em processo de revisão.

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44

87

Tabela D. 19 – Toxicidade aguda - Inalação

Categoria 1 2 3 4 5

Pictograma

Não exigido

Palavra de advertência

Perigo Perigo Perigo Atenção Atenção

Frase de perigo H330 Fatal se inalado

H330 Fatal se inalado

H331 Tóxico se inalado

H332 Nocivo se

inalado

H333 Pode ser nocivo se inalado

Frase de precaução: Prevenção

P260 P271 P284

P260 P271 P284

P260 P271

P260 P271

Não exigidas

Frase de precaução: Resposta a

emergências

P303 + P340 P310 P320

P303 + P340 P310 P320

P303 + P340 P311 P321

P303 + P340 P312

P304 + P312

Frase de precaução:

Armazenamento

P403 + P233 P405

P403 + P233 P405

P403 + P233 P405

Não exigidas Não exigidas

Frase de precaução: Disposição

P501 P501 P501 Não exigidas Não exigidas

ABNT NBR 14725-3:2012

88

Palavras de Advertência (signal words)

Danger ou Warning - Perigo ou Atenção/Cuidado

• Usadas para enfatizar o perigo e para diferenciar entre categorias de perigos (nível de perigo)

• Por exemplo: Toxicidade aguda

Categoria 1 Danger = Perigo

Categoria 4 Warning = Atenção

PERIGO ATENÇÃO

CUIDADO

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45

89

Frases de perigo (hazard statements)

“frase de perigo harmonizada para cada categoria de perigo dentro de cada classe de

perigo”

Por exemplo: Tóxico agudo oral

Categoria 1: “Fatal se ingerido” H300

Categoria 2: “Fatal se ingerido” H300

Categoria 3: “Tóxico se ingerido” H301

Categoria 4: “Nocivo se ingerido” H302

Categoria 5: “Pode ser nocivo se ingerido” H303

90

Código (1)

Frases de perigo para perigos á saúde (2)

Classe de perigo (GHS Capítulo 3)

Categoria de perigo

(4)

H300

Fatal se ingerido

Toxicidade aguda – oral (Capítulo 3.1)

1, 2

H301

Fatal se ingerido

Toxicidade aguda– oral (Capítulo 3.1)

3

H302

Tóxico de ingerido

Toxicidade aguda– oral (Capítulo 3.1)

4

H303

Pode ser nocivo se ingerido

Toxicidade aguda– oral (Capítulo 3.1)

5

H304

Pode ser fatal se ingerido ou entrar nas vias aéreas

Tóxico por aspiração (Capítulo 3.1)

1

H305

Pode ser tóxico se ingerido ou entrar nas vias aéreas

Tóxico por aspiração (Capítulo 3.1)

2

Frases de perigo - exemplos

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46

91

Classificação: classe/categoria de perigo + frase H Ex. Glutaraldeído

Classe / Categoria

Frases de Perigo

Tóxico Agudo 3 * H331 – Tóxico por inalação.

Tóxico Agudo 3 * H301 – Tóxico por ingestão.

Corr. Pele 1B H314 – Provoca queimaduras na pele e lesões oculares graves.

Sens. Resp. 1 H334 – Quando inalado pode provocar sintomas alérgicos, de asma ou dificuldades respiratórias.

Sens. Pele 1 H317 – Pode provocar reações alérgicas na pele.

Tox.aq. aguda 1 H400 – Muito tóxico para organismos aquáticos.

92

Classificação do Glutaraldeído 2%

Classe / Categoria Frases de Perigo

Irr. Pele 2 H315 – Provoca irritação à pele.

Lesão ocular 1 H318 – Provoca lesões oculares graves.

Tox.orgão alvo esp.- exposição unica

H335 – Pode provocar irritação das vias respiratórias.

Sens. Pele 1 H317 – Pode provocar reações alérgicas na pele.

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47

93

Frases de precaução

Medidas recomendadas que devem ser tomadas para minimizar ou prevenir

efeitos adversos resultantes da exposição, da armazenagem

inapropriada ou do manuseio de produto perigoso.

Listadas na seção 2 do anexo 3 do livro púrpura.

94

Frases de precaução As frase de precaução seguem uma código alfanumérico

que consiste de uma letra e de três números como segue:

(a) A letra P (para frase de precaução)

(b) Um número que designa o tipo de frase de precaução:

(a) “1” para frases de precaução geral

(b) “2” para frases de precaução para prevenção

(c) “3” para frases de respostas

(d) “4” para frases de armazenamento

(e) “5” para frases de descarte

(c) Dois números (que correspondem a seqüência numérica das frases

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95

Rev. 3 - 2009 Tabela A3.2.1 codificação para frases de precaução

geral Código Frases de

precaução geral

Classe de perigo

Categoria de perigo

Condições para o uso

P101 Se assistência médica for necessária, tenha a embalagem ou o rótulo do produto á mão

Como apropriado

Produtos aos consumidores

P102 Mantenha longe do alcance das crianças

Como apropriado

Produtos aos consumidores

P103 Leia o rótulo antes de usar

Como apropriado

Produtos aos consumidores

96

Rev. 3 - 2009 Tabela A3.2.2 codificação para frases de precaução

para prevenção Código Frases de precaução

para prevenção

Classe de perigo Categoria de perigo

Condições para o uso

P201 Obter instruções especiais antes de usar:

Explosivos (Capítulo 2.1) Explosivo instável

Mutagenicidade de células germinativas (Capítulo 3.5)

IA, IB, 2

Carcinogenicidade (Capítulo 3.60 IA, IB, 2

Toxicidade a reprodução (Capítulo 3.7)

IA, IB, 2

Toxicidade reprodutiva, efeitos na ou via lactação (Capítulo 3.70

Categoria adicional

P202 Não manuseie até que todas as medidas de precaução sejam lidas e entendidas

Explosivos (Capítulo 2.1) Explosivo instável

Mutagenicidade de células germinativas (Capítulo 3.5)

IA, IB, 2

Carcinogenicidade (Capítulo 3.60 IA, IB, 2

Toxicidade a reprodução (Capítulo 3.7)

IA, IB, 2

P211 Não pulverize sobre chamas ou outras fonte de ignição

Aerossóis inflamáveis (Capítulo 2.3)

1, 2

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49

97

Rev. 3 - 2009 Tabela A3.2.2 codificação para frases de respostas

Código Frases de respostas

Classe de perigo Categoria de perigo

Condições para o uso

P301 Se inalado: Toxicidade aguda oral(Capítulo 3.1)

1, 2, 3, 4

Corrosão da pele (Capítulo 3.2)

1A, 1B, IC

Perigo de aspiração(Capítulo 3.10)

1, 2

P302 Se cair sobre a pele:

Pirofórico líquido (Capítulo 2.9)

1

Toxicidade aguda, dermal (Capítulo 3.1)

I, 2, 3, 4

Irritação da pele (Capítulo 3.2)

2

Sensibilização da pele (Capítulo 3.4)

1, 1A, 1B

P303 Se cair sobre a pele ou cabelo:

Líquidos inflamáveis (Capítulo 2.6)

1, 2, 3

Corrosão da pele (Capítulo 3.2)

1A, 1B. 1C

98

Rev. 3 - 2009 Tabela A3.2.2 codificação para frases de

armazenamento

Código Frases de armazenamento

Classe de perigo Categoria de perigo

Condições para o uso

P401 Armazenar Explosivos (Capítulo 2.1)

Explosivos instáveis e divisões 1.1, 1.2, 1.3, 1.4, 1.5

...de acordo com as regulamentações locais, regionais, nacionais, internacionais (a ser especificado)

P402 Estocar em local seco

Substâncias e misturas que em contato com água podem emitir gases inflamáveis (Capítulo 2.12)

1, 2, 3

P404 Estocar em embalagem fechada

Substâncias e misturas que em contato com água podem emitir gases inflamáveis (Capítulo 2.12)

1, 2, 3

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50

99

Pictogramas de precaução

100

Atenção!!!

Podem existir perigos que não tenham relação com a classificação segundo o GHS que, dependendo do contexto do uso do produto químico, podem dar origem a riscos.

Classificação pelo GHS X outros perigos

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– Formação de aerossois ou particulados atmosféricos (poeiras, fumos, névoas, particulados mistos)

– Produtos de decomposição térmica

– Formação de amosferas perigosas (explosivas, deficientes de oxigênio)

– Formação de produtos tóxicos decorrentes de misturas incompatíveis

– Perigos para o meio ambiente ainda não considerados pelo GHS (efeitos sobre microorganismos do solo, insetos, vertebrados, flora, etc...)

–Impactos ambientais relacionados à quantidade usada

Perigos não relacionados à classificação

102

Devem vir indicados na Ficha de Dados de Segurança (campos 2 e 8) ou no rótulo quando o produto é destinado a consumidor final (domiciliar).

Por essa razão o Sistema Europeu de Classificação, Rotulagem e Embalagem de Produtos Químicos que aplicou o GHS (CLP-GHS) adotou frases de perigo adicionais [ EUH]

Perigos não relacionados à classificação

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52

103

Comunicação de Perigos (e riscos no uso indicado) de

produtos químicos: • rótulos e • ficha de dados de

segurança (equivalentes à FISPQ)

104

Rótulo segundo o GHS

Informação exigida no rótulo do GHS : – Identificação do produto e fornecedor – Pictograma de perigo – Palavra de advertência (perigo, atenção) – Frases de perigo (H – de hazard) – Frases de precaução (P) – selecionadas por julgamento profissional – Opcional: pictogramas de precaução

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53

105

Apresentação da informação no rótulo

Os pictogramas, palavras de advertência, frases de perigo do GHS devem ser localizadas juntas no rótulo.

A autoridade competente pode escolher fornecer um leiaute especifico para a apresentação destas

informações e para as informações de precaução ou deixar a critério do fornecedor.

Exemplos de rotulagem são apresentados no Anexo 7 do GHS

106

Atualização das informações

As atualizações devem ser feitas prontamente ao se ter conhecimento de informações novas ou significativas que

mudem a classificação da substância ou mistura de acordo com o GHS e leva a de controle apropriadas que podem afetar um resultado que muda a informação fornecida no rótulo ou qualquer informação relativa ao produto químico

ou medidas as SDS.

Os fornecedores devem também periodicamente revisar as informações sobre as quais os rótulos ou fichas de informação de segurança são baseadas, mesmo que nenhuma informação nova ou significativa tenha sido

fornecida a eles com respeito a substância ou mistura.

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54

107

UNXXXX & Proper

Shipping Name

GHS Product Identifier (§1.4.10.5.2(d)(i))

[GHS Chemical Identities (§1.4.10.5.2(d)(ii))]

GHS Signal Word (§1.4.10.5.2(a))

GHS Hazard Statement (§1.4.10.5.2(b))

GHS Hazard Statement (§1.4.10.5.2(b))

GHS Precautionary Statement (§1.4.10.5.2(c))

GHS Precautionary Statement (§1.4.10.5.2(c))

GHS Precautionary Statement (§1.4.10.5.2(c))

GHS Supplier Identifier (§1.4.10.5.2(e))

GHS Supplemental Information (§1.4.6.3)

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Commercial Information

PRODUCT ABC Manufactured by

Company XYZ

Product Information/Use Instructions XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXX

GHS Label §1.4.10.5.4.1

GHS Supplemental Information §1.4.10.5.4.2

Transport

Information

§1.4.10.5.2(d)(i)

Other Information

Company/Branding Information

108

Rotulagem GHS CLOREX

Rua X no. xxx 30.000 Belo Horizonte

Brasil (31)3 203 97 50

HIPOCLORITO DE SÓDIO 12% CAS 7681-52-9

PERIG0

H 314 Provoca queimaduras severas na pele e lesões oculares graves. EUH 031 Em contato com ácidos libera gases tóxicos. H 400 Muito tóxico para organismos aquáticos.

Prevençao

Não inale os vapores/aerossóis.

Use luvas de proteção e proteção ocular

Resposta a emergëncia

P301 + P330 + P331 EM CASO DE INGESTÃO: Enxague a boca. NÃO provoque vômito.

P303 + P361 + P353 EM CASO DE CONTATO COM A PELE: Retire imediatamente toda a roupa

contaminada. Enxágue a pele com água/tome uma ducha.

P304 + P341 EM CASO DE INALAÇÃO: Remova a vítima para local ventilado e a mantenha em

repouso numa posição que não dificulte a respiração.

P305 + P351 + P338 EM CASO DE CONTATO COM OS OLHOS: Enxague cuidadosamente com água

durante vários minutos. No caso de uso de lentes de contato, remova-as, se for fácil. Continue

enxaguando.

Contate imediatamente um CENTRO DE INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA ou um médico.

Armazenamento

P 405 Armazene em local fechado à chave.

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55

109

CLOREX Rua X no. xxx

30.000 Belo Horizonte Brasil

(31)3 203 97 50

HIPOCLORITO DE SÓDIO 1-2 % CAS 7681-52-9

ATENÇÃO

Provoca irritação à pele. Provoca irritação ocular grave.

Prevençao

Lave as mãos cuidadosamente após manuseio.

Use luvas de proteção e proteção ocular.

Resposta a emergëncia

EM CASO DE CONTATO COM A PELE: Lave com água e sabão em abundância.

Em caso de irritação cutânea: Consulte um médico.

Retire a roupa contaminada e lave-a antes de usá-la novamente.

Rotulagem GHS

110

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56

111

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422013000800028

112

Comunicação de Riscos no Documento do GHS

Capítulo 1.5, Comunicação de Risco: Fichas de Informações de Segurança de Produtos Químicos – FISPQ (SDS - Safety Data Sheet )

– o papel da FISPQ no GHS

– quando é necessário uma FISPQ ?

– orientação geral para elaborar uma FISPQ

– formato e conteúdo

Primariamente para uso no local de trabalho

16 elementos

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57

113

Ordem que a informação deverá ser apresentada na seguinte:

1. Identificação do produto e da empresa fornecedora ou fabricante

2. Identificação de danos à saúde e meio ambiente (hazard(s) identification)

3. Composição / informação sobre os componentes

4. Primeiros socorros

5.Medidas de combate a incêndios

6.Medidas que devem ser tomadas em caso derramamentos ou vazamentos

7. Manuseio e armazenamento

8. Controles da exposição / proteção individual

9. Propriedades físico-químicas

10. Estabilidade e reatividade

11. Informação toxicológica

12. Informações relativas ao meio ambiente - ecotoxicológica

13. Considerações sobre disposição/descarte

14. Informação relativa ao transporte

15. Informação sobre regulamentação

16. Outras informações

Ficha de dados de segurança (FDS)

Detalhes sobre o que deve conter cada um destes itens podem ser encontrados em: http://www.unece.org/trans/danger/publi/ghs/ghs_rev01/English/08e_annex4.pdf

114

O Sub-Comitê do GHS O Sub-Comitê de Especialistas para a Classificação e

Rotulagem de Produtos Químicos (UN SCE GHS) é o responsável pelo Sistema Harmonizado.

A adoção formal, implementação e manutenção do GHS se enquadram no escopo de suas responsabilidades.

1a Sessão: Julho 2001 (reúne-se 2 vezes ao ano – julho e dezembro, em Genebra, nas Nações Unidas)

Composto por: Países membros (c/direito a voto), Países observadores, Organismos das Nações Unidas (OIT, OMS, UNITAR, FAO,...), Organizações Intergovernamentais (OECD,...), e Organizações não-governamentais(CEFIC, ICCA, CropLife,...)

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58

115

Responsabilidades do Sub-Comitê

Órgão responsável por todos os aspectos do GHS

Pode delegar trabalhos técnicos e outros trabalhos • Perigos Físicos: TDG - Perigos ao meio ambiente e saúde: OECD - Capacitação e apoio para a implementação: UNITAR Responsável pelo monitoramento da implementação Não classifica ou rotula substâncias ou misturas (ver TR)

116

O Comitê do GHS (Parent Committee)

Chart Title

SUB-COMMITTEE

ON GHS

SUB-COMMITTEE

ON TDG

PARENT COMMITTEE

UN ECOSOC

1a Sessão: Dezembro 2002 Adoção formal do Documento GHS

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59

117

International

Court of

Justice

Security

Council

General

Assembly

Economic

& Social

Council

Trusteeship

Council

UN

Secretariat

IAEA UNEP

UNITAR

WTO

WHO

FAO

ILO

UN CE GHS & TDG

UN SCE

TDG

UN SCE

GHS

United Nations

118

http://www.echa.europa.eu/web/guest/information-on-chemicals

Search for Chemicals I have read and I accept the legal

notice Coloca: Name, EC or CAS number

Aparece tela com varios textos que citam o produto

Escolhe o que for de interesse (view) Vai para outra tela com várias opções Escolhe REACH Registered Substances

Aparece novamente o produto de interesse Escolhe ver o texto completo (full)

Onde encontrar o que já existe

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60

119

Classification and Labelling GHS

Benzene Aparecem todas as informações sobre a

classificação e a rotulagem

Outra fonte

120

http://gestis-en.itrust.de/nxt/gateway.dll/gestis_en/000000.xml?f=templates$fn=defa

ult.htm$vid=gestiseng:sdbeng$3.0

Neste site é possível encontrar informações sobre classificação, rotulagem e informações para

preparação das fichas de informação de segurança

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61

121

No Brasil a ABNT aprovou 4 normas relacionadas ao tema que estão disponíveis na página da entidade para

cópia gratuita.

São Normas sobre Produtos químicos – informações sobre segurança, saúde e meio ambiente: – NBR 14725-1 – Terminologia – NBR 14725-1:2009 Errata 1:2010 - Terminologia – NBR 14725-2 – Sistema de classificação de perigo – NBR 14725-3 - Rotulagem – NBR 14725-4 - Ficha de informação de segurança de

produtos químicos - FISPQ

Não são, porém aprovadas pelo Grupo de Trabalho Interministerial – GT-GHS-Brasil que foi constituído com a atribuição de elaborar e propor estratégias,

diretrizes, programas, planos e ações para a implantação do GHS no país. (DOU nº122,

27/06/2007) http://www.abntcatalogo.com.br/abiquim/default.aspx

122

Apresentações

Esta exposição foi baseada em apresentações preparadas por:

• Roque Puiatti

• Neli Pires Magnanelli

• Gilmar da Cunha Trivelato

• Apresentações em eventos internacionais

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62

123

[email protected]

Obrigada pela atenção

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1

Nanotecnologia

Brasília

15 setembro de 2017

Arline Sydneia Abel Arcuri

Fundacentro

Curso Segurança Química para Agentes Estratégicos

O que é nanotecnologia?

Há várias definições de nanotecnologia. Uma delas considera a nanotecnologia como o desenvolvimento da pesquisa e a tecnologia em nível atômico, molecular e macromolecular, em um escala de aproximadamente 1-100 nanômetros, para a produção de conhecimentos fundamentais dos fenômenos e dos materiais em nanoescala, com isto possibilitando a criação e o uso de estruturas, dispositivos e sistemas com novas propriedades e funções devido a estes tamanhos.

www.nsf.gov/crssprgm/nano/reports/omb_nifty50.jsp

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2

Para o Grupo Técnico da ISO 229

O conceito de nanotecnologia inclui um ou ambos do que se segue:

Compreensão e controle da matéria e processos em nanoescala, normalmente, mas não exclusivamente, abaixo de 100 nanômetros em uma ou mais dimensões, onde o aparecimento de fenômenos dependentes do tamanho geralmente permite novas aplicações,

Utilização das propriedades dos materiais em escala nano que diferem das propriedades de átomos individuais, moléculas e da matéria em escala maior, para criar os melhores materiais, dispositivos e sistemas que exploram essas novas propriedades.

Nanotecnologia

anunciada como uma nova revolução tecnológica, mas tão profunda que irá atingir todos os aspectos da sociedade

humana.

Ela envolve o estudo e a manipulação da matéria em uma escala muito pequena,

geralmente na faixa de 1 a 100 nanômetros

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3

5

Revolução industrial Revolução da informação

FORÇAS TÉCNOLÓGICAS REVOLUCIONÁRIAS

Final do crescimento rápido

Introdução da tecnologia

Ampla utilização Ref: Milunovich S. and Roy J.M.A.:

The Next Small Thing RC 30224705

Merril Lynch, 4 September, 2001

© SIEMENS AG, CT, Manfred Weick Montag 1, Marz 2004

Grundlagen und State of the Art der Nanotehnologie.ppt

Palestra Mario N. Baibich 24/-4/2009 CRDF FUNDACENTRO

1850 1900 1925 1950 1975 2010 2020 2050

Os ciclos da Química

Apresentado na palestra: O impacto ambiental da indústria química e o caminho até 2020, por Marcelo Kós, Diretor de Assuntos Industriais – ABIQUIM, em 12 de

agosto de 2011 no Ciclo de Debates: “A Indústria Química em 2020 – Um Novo Rumo é Possível” - Dimensão Ambiental da Indústria Química Painel 1 - Sindicato dos Químicos do ABC, Santo André

Adaptado pelo palestrante de: ACC 2008 Guide to the Business of Chemistry

Nascimento

Crescimento

Maturidade

Química Inorgânica

Nascimento

Crescimento

Maturidade

Petroquímica

Nascimento

Crescimento

Maturidade

Nanoquímica e Bioquímica

Nascimento

Crescimento

Maturidade

Carboquímica

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4

Máquina a vapor

Permitiu: mecanização; energia hidráulica; novas ferramentas

Eletricidade

Permitiu:

Criação de linha de montagem

Eletrônica e informática

• Permitiu:

• Desenvolvimento da computação e automação

• Era da inteligência artificial, dos robôs, da impressão 3D, da internet das coisas, e, sobretudo, da nanotecnologia

• Permite:

• Internet das coisas

• Computação em nuvem

• Industria 4.0

Atualmente 4ª revolução industrial

http://www.group-promotion.com/industria-4-0/industria-4-0/

http://www.gazetadigital.com.br/conteudo/show/secao/60/materia/467815/t/a-quarta-revolucao-industrial

Nanômetro?

1 metro = 1 bilhão de nanômetros

O que representa isto?

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5

Comparando os tamanhos

~ 3000 km

A distância entre São Paulo e Porto Velho, em linha

reta, é de ~ 3000 km

3000 km = 3 000 000 metros (3

milhões de metros)

3 milhões de metros =

3 bilhões de milímetros

9

Comparando os tamanhos Um pulga tem cerca de 3

milímetros

O que é uma pulga comparada a toda a

distância entre São Paulo e Porto Velho?

Esta é a mesma comparação do tamanho de 1 nanômetro com o

metro!

Um nanômetro é uma medida muito pequena!

10

3

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6

Comparando os tamanhos

1 Å

1 nm

10 nm

100 nm

1 µm

100 µm

10 µm

1 mm

100 mm

10 mm

1 metro Fio de cabelo 50 – 100 µm

Glóbulos vermelho 2 – 5 µm

Virus 15 – 150 nm

DNA largura 2 nm

Átomo 0,1 nm

Pontos quânticos 10 a 50 átomos de

diâmetro - 1 a 5 nm de raio

Nanotubo de carbono Fulereno

Cabeça de alfinete 1 – 2 mm

Pulga 1 mm

Formiga 5 mm

Bactérias 150 nm – 10 µm

Borboletas ~ 50 mm

Bolas ~ 200 mm

Nanotecnologia ou Nanotecnologias?

Existem várias “ Nanotecnologias”: As tecnologias que manipulam materiais em

tamanho nano são diferentes dependendo do campo de aplicação: medicina, condutores, informática, etc.

O que todas tem em comum é que envolvem o estudo e a manipulação da matéria em uma escala muito pequena, geralmente da ordem de 1 a 100 nanômetros.

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7

Aplicações das nanotecnologia

Produção e distribuição de energia

Aumento da produtividade agricultura

Tecnologia da informação

Telecomunicação

Construção civil

Defesa/guerra

Produtos químicos diversos: colas,

tintas, catalisadores

Tratamento de água e remediação

do solo

Indústria têxtil

Cosméticos

Indústria alimentícia

Embalagens

Nanoarte

Veterinária Criação animal

Odontologia

Aeroespacial

Metalurgia

SST

Nanomedicina

Produtos esportivos

Comercio

Nanotecnologia

Novos riscos ambientais? Novos Riscos Ocupacionais?

Importância do tamanho

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8

Características básicas dos nanomateriais

Reduzir o tamanho dos materiais até a nanoescala pode ocasionar mudanças significativas em suas propriedades.

Devido ser tão pequenas, as nanopartículas têm uma grande relação superfície/volume que é

um dos fatores responsáveis por novas propriedades físicas e químicas.

A diminuição do tamanho faz com que aumente a área superficial das partículas.

Importância do tamanho

A área superficial é importante porque muitas reações químicas envolvendo sólidos

acontecem na superfície, onde as ligações químicas são incompletas.

Isto provoca um grande aumento da energia superficial e em consequência da reatividade das partículas, o que por exemplo, provoca

um aumento na atividade catalítica de alguns materiais.

Page 71: Curso Segurança Química para Agentes Estratégicos · -elaborar estratégias e medidas com o fim de ... sobre Segurança no Uso de Produtos ... apresenta as normas a serem aplicadas

9

Importância do tamanho

Aço é usado para fabricar panelas que vão direto no fogo

Porém, palha de aço se for

colocada no fogo, queima!

Aumento da área superficial

Importância do tamanho

Page 72: Curso Segurança Química para Agentes Estratégicos · -elaborar estratégias e medidas com o fim de ... sobre Segurança no Uso de Produtos ... apresenta as normas a serem aplicadas

10

Relação entre o tamanho da partícula e o área superficial

http://www.mobisenergy.com/catalystdesign.html

Relação entre o Tamanho da Partícula e o Área Superficial

Este gráfico já mostra que a área começa a

aumentar significativamente abaixo de cerca

de 300 nanômetros

www.nanohorizons.com/AboutNanoTechnology.html

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11

Importância do tamanho

Outra razão para as substâncias mudarem de comportamento é o fato de que na medida em que a matéria é reduzida à escala nanométrica as suas

propriedades começam a ser dominadas por efeitos quânticos.

Importância do tamanho Estas características da matéria na escala nanométrica são responsáveis

pela constatação de que nesta escala as propriedades dos materiais e elementos

químicos se alteram drasticamente.

Apenas com a redução de tamanho e sem alteração de substância, verifica-se que os materiais

apresentam novas propriedades e características.

Page 74: Curso Segurança Química para Agentes Estratégicos · -elaborar estratégias e medidas com o fim de ... sobre Segurança no Uso de Produtos ... apresenta as normas a serem aplicadas

12

Importância do Tamanho

O alumínio em escala nano entra em combustão espontaneamente quando em contato com o oxigênio.

Absorção de radiação solar em células fotovoltaicas é muito maior em nanopartículas do que em filmes finos formados por lâminas de material em escala maior. Como as nanopartículas são menores elas absorvem quantidade maior de radiação solar.

O ouro muda de cor em vários níveis nano. Muda até seu ponto de fusão. Em escala macro ele funde a 1064ºC, dividido em partículas de 5 nm ele pode fundir a cerca de 830°C, enquanto partículas de cerca de 2 nm pode ficar líquidas a 350°C .

Fonte: K.J. Klabunde, 2001

Ponto de Fusão do Ouro (Au)

Pont

o de f

usão

(oC)

Raio da Partícula (nm)

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13

Importância do Tamanho

Exemplo de variação de cor

obtida em suspensões com

nanopartículas de ouro de diferentes

dimensões.

Comprimento de onda

Coe

ficient

e d

e e

xtinç

ão

htpp://divulgação.dmc.fct.unl.pt/Nanosaude.pdf https://thetechnologythesaurus.wordpress.com/

Diferentes tamanhos de partículas coloidais de ouro

Além do Tamanho Além do tamanho há vários outros aspectos que são importantes para a

determinação das propriedades dos materiais em escala nano, especialmente com relação às nanopartículas:

Tamanho e distribuição de tamanho; Forma;

Estado de aglomeração; Biopersistência, durabilidade e solubilidade (em água e em gordura);

Área superficial,

Porosidade (pós porosos possuem área superficial muito maior do que os não porosos);

Química da superfície, incluindo sua: composição, energia superficial, molhabilidade, carga, reatividade, espécies adsorvidas, contaminação. Possível modificação na cobertura da partícula também é citada por alguns autores

Contaminantes ou traços de impurezas;

Composição química, incluindo dispersão da composição;

Propriedades físicas: tais como densidade, condutividade. Alguns artigos incluem: dureza, deformabilidade;

Estrutura cristalina.

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14

Exemplos do Carbono

Formas Conhecidas

Diamante

Grafite

Negro de fumo

Composição química variada, mas contém nanopartículas

Exemplos do Carbono Nanomateriais engenheirados/manufaturados

Fulerenos

Nanotubos de Carbono PROPRIEDADES IMPORTANTES Mecânicas

Um dos materiais mais duros conhecidos (semelhante ao diamante), apresenta resistência mecânica altíssima capaz de suportar pesos, alta flexibilidade.

Elétricas Suportam bem a corrente elétrica, podem atuar com característica metálica, semicondutora e até supercondutora.

Térmicas Apresenta altíssima condutividade térmica na direção do eixo do tubo São cerca de100 vezes mais resistente e seis vezes mais leve do que o aço Paredes múltiplas

Pesquisa testa cabo de alumínio com nanotubos de carbono que aumenta condutividade elétrica, reduzindo perdas de energia em até 65%.

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15

Exemplos do Carbono

Nanomateriais engenheirados/manufaturados

Grafeno

Se comparada ao aço, ele é seis vezes mais

leves, cinco a seis vezes menos densas, duas

vezes mais duras, possui 10 vezes mais resistência

à tensão e 13 vezes maior rigidez à flexão

Espuma de carbono apoiada sobre flor conhecida como “Cabeça de Leão”. Foto:

Reuters

Espuma de carbono Ilhas de átomos de carbono tipicamente entre 6 a 9 nm

são interconectadas aleatoriamente formando estruturas tridimensional muito leves, sólidas e

esponjosas, que podem agir como semicondutoras.

Exemplos do Carbono

Superfície com maior capacidade de funcionalização

http://pubs.rsc.org/en/content/articlehtml/2010/ay/b9ay00312f

Nanomateriais engenheirados/manufaturados Nanofibra de carbono

Tipos de nanofibras https://www.researchgate.net/figure/3435712_fig1_Fig-1-

Structural-differences-between-carbon-nanotube-and-carbon-nanofiber-produced-by

http://what-when-how.com/nanoscience-and-nanotechnology/noble-metal-nanoparticles-on-carbon-

fibers-synthesis-properties-and-applications-nanotechnology/

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16

Alteração de propriedades pode incluir mudança de:

• Cor, • Solubilidade, • Resistência do material, • Condutividade elétrica, • Comportamento magnético, • Mobilidade (no corpo humano e no ambiente), • Propriedades físico químicas como ponto de fusão • Reatividade química e • Atividade biológica, entre outras alterações.

Tudo isto vai depender das características das nanopartículas

31

Preocupação

Desta forma:

Conhecer as características das substâncias em tamanho maior não

fornece informações compreensíveis sobre suas propriedades no nível nano.

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17

Preocupação Um material que pode ser considerado “seguro” para ser manuseado em tamanho

maior, pode com mais facilidade: • penetrar na pele na forma de

nanopartícula ou • se tornar um aerossol e entrar no

organismo via respiratória.

A maior reatividade devido a grande área superficial e aos efeitos quânticos pode

provocar conseqüências não pretendidas, e até desconhecidas, quando elas entram

em contato com o organismo humano ou mesmo outros sistemas biológicos

Apesar de já existir vários trabalhos ainda há uma séria falta de conhecimento sobre os aspectos de

segurança desta tecnologia.

É bem conhecido, por exemplo, que os efeitos toxicológicos das partículas ultrafinas são muito

mais severos conforme diminui o seu tamanho mas pouco é conhecido sobre o mecanismo pela qual as partículas extremamente pequenas migram para

dentro do corpo e se acumula em tecidos e órgãos.

Impactos á Saúde, especialmente dos Trabalhadores e Meio Ambiente

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18

Impactos á Saúde, especialmente dos Trabalhadores e Meio Ambiente

Estudos epidemiológicos mostram uma correlação

significativa entre a mortalidade devido a

doenças cardiorrespiratórias e a

concentração de partículas de dimensões nanométricas presentes em situações de poluição

do ar.

Em dias de greve do metrô há um aumento dos atendimentos nos

hospitais por problemas respiratórios

Estudo feito em Londres relacionando mortalidade com a área superficial das partículas

http://www.lbl.gov/msd/msd_safety/assets/ASSE%20Introduction%20to%20NanotoxicologyFinalSmall.pdf

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19

Poluição do ar desde 2013 considerada reconhecidamente cancerígena para humanos

A poluição do ar externo a que esta

agência da OMS refere-se diz

respeito às partículas em suspensão no ar,

que são o componente principal desta

poluição.

www.oncoclinica,com.br/artigos.php?id=106#.VTZ1XuOEvnV

Efeitos Cardiovasculares de Nanopartículas

Na últimas décadas estudos epidemiológicos e toxicológicos forneceram evidencia que níveis elevados de material particulado no ar ambiente poluído estão associados com aumento da morbidade e mortalidade por problemas cardiovasculares.

Vários fatores de risco de doenças cardiovasculares, por exemplo: elevação da freqüência cardíaca, diminuição da variabilidade da freqüência cardíaca, vasoconstrição arterial, pressão arterial sistólica aumentada, e aumento da viscosidade plasmática foram associadas com a exposição à partículas no ambiente.

Estas alterações podem resultar em conseqüências negativas para a função cardíaca, especialmente em pacientes com doença cardíaca isquêmica, arritmias cardíacas e insuficiência cardíaca congestiva

http://www.akpf.org/health2009/data/Health-VERT-2009/ETH-Healt_effects/2004/Presentations/Schulz.pdf

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20

Nanotoxicologia?

Toxicologia dos nanomateriais ou Nanotoxicologia

Devido ao pequeno tamanho e grande área superficial dos nanomateriais eles tem propriedades únicas comparadas com os mesmos materiais em escala

maior.

Nanotoxicologia?

Nanotoxicologia, então é uma sub-especialidade da toxicologia.

Trata-se da toxicologia das nanopartículas (partículas <100 nm) que aparentam ter

alguns efeitos tóxicos não usuais e diferentes das partículas da mesma substância, mas de tamanho maior.

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21

Re

sp

os

ta d

o o

rga

nis

mo

Morte

Exposição Homeostase sa

ud

áve

l Compensação

Não Compensação

do

en

ça

Reversível

Cu

rável

in

cu

rável

Irreversível

Padrões de Qualidade

IBE

Relação Exposição X Efeito Depledge et al., 1993, modificado

Por Gil Ricardi, AFT/DRT/SP

Res

po

sta

do

org

an

ism

o

Morte

Exposição Homeostase sa

ud

áve

l Compensação

Não Compensação

do

en

ça

Reversível

Cu

rável

in

cu

rável

irreversível

Padrões de Qualidade

IBE

Relação Exposição X Efeito Depledge et al., 1993, modificado

Por Gil Ricardi, AFT/DRT/SP

Não é satisfatório para nanotoxicologia

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22

Limites de exposição são baseados em massa de substância por volume de ar.

Não são apropriados para nanomateriais onde a toxicidade depende de vários outros fatores além da massa: tamanho e forma da partícula, composição química, cristalinidade, propriedades

superficiais (área, porosidade, carga, modificações na superfície, desagregação superficial), estado de aglomeração,

biopersistência, solubilidade e quantidade. (Oberdörster, G. “Biokinetics and effects of nanoparticles”, in Simeonova, P. P. et al “Nanotecnology – toxicological Issues

and Environmental safety”,Springer,2006, 276pgs.

Exemplo:a toxicidade dos pontos quânticos de CdSe depende da toxicidade intrínseca do íon metálico e também da promoção catalítica de estresse oxidativo da partícula.

Exemplo: estudo in vitro sobre penetração e toxicidade de pontos quânticos

de CdTe em células nervosas e glial foram mais pronunciadas com CdTe de 2,2 nm, carregados positivamente, do que as nanopartículas com 5,2 nm, igualmente carregadas.

Dúvidas na avaliação dos possíveis impactos à segurança e saúde dos trabalhadores

Limite utilizado para nanotubo de carbono = grafite

NIOSH “Com base nos nossos estudos sobre

inalação pode-se inferir que os trabalhadores sujeitos a exposição de longa duração aos nanotubos de carbono de parede simples na PEL atual do grafite sintético, deverão

ter aumento de risco de danos pulmonares”

http://www.lbl.gov/msd/msd_safety/assets/1.introduction_nanotoxicology.pdf

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23

Exposição a nanotubo de carbono

Lesão granulomatosa resultantes da

exposição a ~ 20 dias de inalação

no limite de exposição

permissível para grafite Anna Shvedova from NIOSH, 2005

http://dchas.org/phocadownload/Archival%20Technical%20Information/nano_symp_07/nano_occ_med.pdf

Curvas representando área superficial x dose?

Toxicidade de TiO2 ultrafino parece maior do que TiO2 por unidade de massa Toxicidade é equivalente quando o que se utiliza como medida de comparação é a área superficial PMN = Measured polymorphonuclear neutrophils in lung lavage fluid, an index of inflammation (Medida de Neutrófilos Polimorfonucleares no líquido de lavagem pulmonar, um índice de inflamação)

Fonte original: Oberdorster, Int Arch Occup Environ Health. 2001 Jan; 74(1):1-8.

http://ceramics.org/wp-content/uploads/2009/07/technical_geraci.pdf

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Como as nanopartículas são da mesma escala de tamanho dos componentes

celulares típicos e das proteínas, tais partículas são suspeitas de escapar das defesas naturais do organismo

humano e pode levar a danos celulares permanentes.

“Safety aspects of engineered nanomaterials” edited by

Wolfgang Luteher e Axel Zweck, 2013

Vias de penetração Respiração

– Depositam-se em todo o sistema respiratório – Podem escapar de mecanismos de defesa

específicos – Translocação (deslocamento) do pulmão para o

sistema circulatório – Translocação pelo nervo olfativo e trigêmeo

Pele – Através das células do extrato córneo – Por entre as células do extrato córneo –

movimentação dos pulsos – Folículo do cabelo – Glândulas de suor – Através da pele inflamada ou ferida

Ingestão

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NANOTOXICOLOGIA?

Adaptação: http://www.nanowerk.com/spotlight/spotid=1382.php

PELE

AR, ÁGUA, ROUPAS INTRODUÇÃO DE MEDICAMENTOS

AR ALIMENTO, ÁGUA

SNC

SNP

TRATO GI

Linfa

Fígado

Linfa

Sangue (plaquetas/ monócitos/

células endoteliais)

Medula óssea

TRATO RESPIRATÓRIO Nasal traqueo alveolar bronquial

Outras partes (por ex: músculos, placenta) Rins Baço Coração

Suor/esfoliação Urina Leite materno Fezes

DEPOSIÇÃO INJEÇÃO INALAÇÃO INGESTÃO

Rotas confirmadas

Rotas potenciais

EXPOSIÇÃO

ROTAS DE ENTRADA

TRANSLOCAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO

ROTAS DE EXCREÇÃO

Toxicidade de Nanotubo de Carbono

Alguns tipos de nanotubos de carbono introduzidos na cavidade abdominal e

pulmão de camundongos mostram patogenicidade semelhante ao amianto em

um estudo piloto

http://www.nature.com/nnano/journal/v3/n7/abs/nnano.2008.111.html

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Alguns estudos já realizados

MAIS POTENTE DO QUE A CROCIDOLITA!

http://www.lbl.gov/msd/msd_safety/assets/1.introduction_nanotoxicology.pdf

Novas abordagens além da nanotoxicologia

Vigilância

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Novas abordagens além da nanotoxicologia

Consequências da vigilância constante

Além da tensão constante devido a fiscalização pessoal certas empresas estimulam inclusive que cada

trabalhador fiscalize seus colegas para saber se estão usando luvas, botas, capacetes, etc. e estes relatos

devem ser levados para as chefias. Esta ação tem impacto direto nas relações interpessoais,

diminui a colaboração, a solidariedade entre colegas de trabalho.

Isto contribui com o crescente aumento de doenças mentais no trabalho, já constatado em inúmeras

pesquisas.

Novas abordagens além da nanotoxicologia

A crescente informatização dos controles operacionais afasta o trabalhador da atividade concreta. Dá ao trabalho quase uma dimensão

imaterial. Mas ao mesmo tempo este trabalho abstrato exige

maior trabalho intelectual. A informatização possibilita inclusive que parte de

alguns trabalhos seja executada em qualquer lugar, não se restringido mais às jornadas de

trabalho.

Isto gera sobrecarga de trabalho, esgotamento físico e mental do

trabalhador

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Novas abordagens além da nanotoxicologia

• Novas formas de relação de trabalho

• Ocupações extintas

• Surgimento de novas ocupações com necessidade de maior formação

• Novas formas de produção: impressoras 3D, robotização, etc.

• Novos materiais

Importante Considerar Todo o Ciclo de Vida

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As nanotecnologias e os nanomateriais estão trazendo novos desafios para a compreensão e a gestão dos riscos potenciais à saúde e segurança dos trabalhadores e ao meio ambiente.

É necessária uma abordagem com idéias mais abrangentes, por parte dos profissionais da área de saúde, segurança ocupacional e meio ambiente, dos tomadores de decisão, dos pesquisadores, dos empregadores e dos empregados, para evitar os mesmos erros que foram cometidos no passado.

Considerações a Serem Feitas

Há necessidade urgente em regulamentação na área levando em conta o Princípio da Precaução.

Assim...

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Fundacentro

Desenvolve desde 2007 projeto sobre “Impactos das nanotecnologias na saúde dos trabalhadores e no meio

ambiente”

Histórias em quadrinhos http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2011/8/nanotecnology-

transport-to-a-new-universe-hq1 - Inglês

http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2011/8/nanotecnologia-

transporte-a-un-nuevo-universo-hq1 - Espanhol

http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2012/9/nanotecnologia-o-

transporte-para-um-novo-universo - Português

http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2011/9/nanotechnologies-

wonders-and-uncertainties-in-the-universe-of-chemistry-hq2 - Inglês

http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2012/9/nanotecnologias-

maravilhas-y-incertidumbres-en-el-universo-de-la-quimica-hq2- - Espanhol

http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2012/9/nanotecnologias-

maravilhas-e-incertezas-no-universo-da-quimica-hq2- - Português

http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2015/3/nanotechnology-a-

universe-in-construction - Inglês

http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2015/3/nanotecnologia-un-

universo-en-construccion - Espanhol

http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2013/7/nanotecnologiaum-

universo-em-construcao-hq3 - Português

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Histórias em quadrinhos

http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2015/3/nanotechnology-in-

rural-areas-4 - Inglês

http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2014/2/hq4-nanotecnoligia-no-

campo - Português

http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2015/6/nanotecnologia-en-el-

campo - Espanhol

http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/biblioteca-digital/publicacao/detalhe/2017/5/hq-5-nanotecnologia-na-area-metalurgica - Português

OBRIGADA!

http://www.fundacentro.gov.br/nanotecnologia/inicio