Custo Fixo X Custo Variável - Esboço

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CONCEITOS Custo é certa quantidade em recursos financeiros correspondentes a aquisição de bens materiais, trabalho e serviços consumidos pela empresa, necessários à produção de seus bens e serviços, bem como as despesas que são realizadas para a manutenção de instalações e equipamentos e para a realização das funções administrativas. A palavra custo é, geralmente, atribuída aos consumos de uma maneira geral. Assim procedendo, não haveria diferença quanto à natureza, causa e finalidade na utilização dos recursos das sociedades empresariais. Entretanto, há que se fazer uma separação para que se possa identificar a sua origem, tanto funcional como gerencial. Segundo Martins (1996): Custos Fixos e Variáveis são uma classificação que não leva em consideração o produto, e sim o relacionamento entre o valor total fixado não em função de oscilações na atividade, e Variáveis os que têm seu valor determinado em função dessa oscilação. CUSTOS FIXOS Os custos fixos são aqueles que se mantêm sempre constantes, durante um exercício, e com grandes variações no volume de atividade. Observa-se que o custo fixo é a parcela do custo que se mantém fixa, quando a produção varia. Por exemplo, do aluguel. Este

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esboço sobre comparação entre custo fixo e custo variavel

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CONCEITOS

Custo é certa quantidade em recursos financeiros correspondentes a aquisição de

bens materiais, trabalho e serviços consumidos pela empresa, necessários à

produção de seus bens e serviços, bem como as despesas que são realizadas para

a manutenção de instalações e equipamentos e para a realização das funções

administrativas.

A palavra custo é, geralmente, atribuída aos consumos de uma maneira geral. Assim

procedendo, não haveria diferença quanto à natureza, causa e finalidade na

utilização dos recursos das sociedades empresariais. Entretanto, há que se fazer

uma separação para que se possa identificar a sua origem, tanto funcional como

gerencial.

Segundo Martins (1996):

Custos Fixos e Variáveis são uma classificação que não leva em consideração o produto, e sim o relacionamento entre o valor total fixado não em função de oscilações na atividade, e Variáveis os que têm seu valor determinado em função dessa oscilação.

CUSTOS FIXOS

Os custos fixos são aqueles que se mantêm sempre constantes, durante um

exercício, e com grandes variações no volume de atividade.

Observa-se que o custo fixo é a parcela do custo que se mantém fixa, quando a

produção varia. Por exemplo, do aluguel. Este será cobrado pelo mesmo valor

qualquer que seja o nível de produção, inclusive no caso de não se produzir nada.

De acordo com Santos (2006):

Consideram-se como custos fixos aqueles custos cujo montante independe do nível de atividade da empresa, isto é, são os custos que não se alteram quando o nível de atividade aumenta ou se reduz [...].

Para Oliveira e Perez Junior (2000, p. 66), custos fixos “são aqueles custos quer

permanecem constantes dentro de determinada capacidade instalada,

independentemente do volume de produção.” Gastos existentes mesmo sem

produção, ou seja, não variam em função do volume de produção.

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CUSTOS VARIÁVEIS

Os custos variáveis são aqueles que variam de acordo com o volume produzido.

Exemplos de custos variáveis são as matérias-primas, pois só compramos aquilo

que precisamos e vamos utilizar. Também as comissões, a preparação para

entrega, entre muitos outros são exemplo de custos variáveis.

Por isso, alguns elementos básicos são de muita relevância para classificação dos

custos, quanto ao aspecto de “variáveis” ou “fixos”. Entre eles estão os desembolsos

efetuados com:

• Matérias-Primas – Os custos com a matéria-prima básica e outros insumos

utilizados na elaboração dos produtos e serviços da empresa, ou os “materiais e

produtos utilizados no processo de produção de mercadoria ou na elaboração de

serviços”.

• Mão-de-Obra – Representado pelo “dispêndio com o pessoal dos setores de

produção”.

• Gastos Gerais – Custos não relacionados com a produção, representados pelos

“dispêndios necessários ao desenvolvimento das atividades operacionais, porem

não aplicáveis diretamente na produção”, como, por exemplo, os impostos, os

custos com venda, aluguel da área comercial, gastos administrativos etc.

Cada uma dessas categorias básicas de custo deve ter, por parte da administração

da empresa, uma forma própria de controle e análise. Relativamente à mão-de-obra,

por exemplo, devem ser utilizados meios para evidenciar o tempo efetivamente

utilizado – cartões de ponto ou outro tipo de apontamentos que objetivam mensurar

o tempo aplicado por cada empregado em determinada função ou tarefa etc. Estes

apontamentos são desenvolvidos para apuração de custos, suporte ao sistema de

pagamentos dos empregados, mensuração do nível de produtividade de cada

empregado etc.

Em relação ao custo variável, Santos (2006, p.62) afirma que:

Consideram-se custo variável todos os custos cujo total depende do nível de atividade, isto é, crescem ou decrescem junto com o nível de atividade, porém não sempre na mesma proporção.

Ou seja, podem variar de acordo com o volume de produção (Martins, 2008).

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Para Oliveira e Perez Junior (2003), custo variável é aquele “que mantém uma

relação direta com o volume de produção ou serviço e, consequentemente, podem

ser identificados com os produtos”.

A seguir podemos visualizar graficamente os custos fixos, variável e total

respectivamente:

Figura 1 – Custo Fixo, variável e total.Fonte: Santos, 2006.

Stark (2007, p. 166) afirma que: O procedimento básico desse critério está em reconhecer que somente os custos e despesas variáveis devem ser debitados ao custo dos produtos. As despesas e os custos considerados fixos deverão ser debitados contra o lucro do período.

Dessa maneira, os custos fixos são considerados elementos alheios à produção não

tendo origem na atividade produtiva. Esse critério permite que apenas componentes

que possuem relação exclusiva com a atividade da empresa entrarão na

composição do custo.

No custeio variável somente os custos variáveis fazem parte do custo do produto,

enquanto os custos fixos serão considerados custos do período.

Megliorini (2009, p.111) identifica alguns problemas relacionados aos custos fixos,

pois sua absorção à produção pode dificultar o conhecimento dos custos dos

produtos: “Por serem classificados como custos indiretos, essa apropriação ocorre

por rateio, cujas bases são sempre fonte de controvérsia por envolver aspectos

subjetivos e arbitrários”.

No método do custeio variável, apenas gastos variáveis são considerados no processo de formação dos custos dos produtos individuais. Custos ou despesas indiretas são lançados de forma global contra os resultados. (BRUNI e FAMÁ, 2008, p. 163)

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Este sistema baseia-se na divisão existente entre gastos variáveis e gastos fixos,

isto é, os que variam com o nível de atividade da empresa e os que se mantêm

constantes dentro de certos níveis de atividade. Neste caso, na preparação da

Demonstração de Resultado do Exercício pelo método do custeio variável,

consideramos no cálculo do Custo das Vendas todos os gastos variáveis, sejam eles

custos variáveis de operação ou despesas variáveis de vendas.

O procedimento básico desse critério está em reconhecer que somente os custos e despesas variáveis (em relação a alguma base que represente o esforço produtivo ou de vendas) devem ser debitados ao custo dos produtos. As despesas e os custos considerados fixos (quando comparados à variação da base selecionada) deverão ser debitados contra o lucro do período. (STARK, 2007, p.167)

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REFERÊNCIAS

BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Gestão de Custos e Formação de Preços. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2008.

Contabilista.pt, Contabilidade e Fiscalidade. Disponível em: http://contabilista.pt/custos-fixos-variaveis-e-totais/. Acesso em 19 de Setembro de 2015.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 1996.

MEGLIORINI, Evandir. Custos: análise e gestão. 2ª ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.

OLIVEIRA, Luís M. de; PEREZ JUNIOR, José Hernandez. Gestão Estratégica de Custos. 3ª Edição. São Paulo: Atlas, 2003.

SANTOS, José L. dos. Fundamentos de Contabilidade de Custos. São Paulo: Atlas, 2006.

STARK, José Antônio. Contabilidade de Custos. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2007.

TOMISLAV R. Femenick, Conceitos Funtamentais sobre Custos. Disponível em: http://www.tomislav.com.br/conceitos-funtamentais-sobre-custos/. Acesso em 19 de Setembro de 2015.