Custos Fixos e Variaveis Na Producao de Frango

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  • 7/26/2019 Custos Fixos e Variaveis Na Producao de Frango

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    DocumentosISSN 0101-6245

    Maio, 2006

    Metodologia para o Clculo do Custo deMetodologia para o Clculo do Custo de

    Produo de Frango de Corte - Verso 1Produo de Frango de Corte - Verso 1

    109

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    Repblica Federativa do Brasil

    Luiz Incio Lula da SilvaPresidente

    Ministrio da gricultura! Pecuria e basteci"ento

    Ro e!to Rod!i"uesMinistro

    #"presa Brasileira de Pes$uisa gropecuria-#"brapa

    Consel%o de d"inistrao

    Luis #a!los $uedes %intoPresidente

    S&lvio #!estana

    Vice-Presidente 'le(and!e )alil %i!es#ludia 'ssun*+o dos Santos ie"as

    !nesto %ate!niani ./lio ollini Membros

    &iretoria-#'ecutiva da #"brapa

    S&lvio #!estanaDiretor-Presidente

    os/ $e!aldo u" nio de 3!an*a)le e! uclides 3il o

    atiana Deanede ' !eu SDiretores-Executivos

    #"brapa (u)nos e ves

    lsio 'nt nio %e!ei!a de 3i"uei!edoChefe-Geral

    #ludio 7ellave!

    Chefe-Adjunto de Comunicao e e!"ciose!esin a Ma!iza 7e!tol

    Chefe-Adjunto de Pes#uisa e Desenvolvimento

    Di!ceu 7enelli Chefe-Adjunto de Administrao

    $

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    Metodologia para o Clculo do Custo deMetodologia para o Clculo do Custo de Produo de Frango de Corte - Verso 1Produo de Frango de Corte - Verso 1

    Ademir %rancisco GirottoMarcos Venicius ovaes de &ou'a

    #onc8!dia, S# 2005

    (

    Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuriaCentro Nacional de Pesquisa de Sunos e Aves

    Minist rio da Agricultura! Pecuria e A"astecimento

    ISSN 0101-6245 Maio, 2006

    #ocumentos 109

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    Exem)lares desta )ublicao )odem ser ad#uiridos na*

    #"brapa (u)nos e vesCaixa Postal $+, ./00-0001 Conc"rdia1 &C2elefone* 304 5 (44+ 0400

    %ax* 304 5 (44$ ,66htt)*77888.cn)sa.embra)a.br sac9cn)sa.embra)a.br

    Co"it* de Publica+es da ,nidade

    Presidente #ludio 7ellave! Me"bros e!esin a Ma!isa 7e!tol

    #&ce!o 9 Monticelli $e!son N9 Sc eue!mann

    'i!ton )unz al/!ia M9 N9 ' !eu

    (uplente '!lei #olde ella

    Reviso tcnica #&ce!o 9 Monticelli, Ma!celo Miele, 'sd!: al de #a!val o aco ina e Ro e!to#9% de 'nd!ade SilvaCoordenao editorial ;nia Ma!ia 7iavatti #elant .or"ali/ao bibliogr0ica I!ene nos e Aves1 $00nos e Aves1@&& 0+0+-

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    (u"rio(u"rio

    + @ntroduo ............................................................................................................... 0/

    $ Metodolo!ia* As)ectos Gerais................................................................................. 0,

    ( %ormulas e Exem)lo de C=lculo.............................................................................. 0(.+ Custos %ixos..................................................................................................... +0

    (.+.+ De)reciao das @nstalaFes.................................................................. +0

    (.+.$ De)reciao de E#ui)amentos............................................................... ++(.+.( uros sobre o Ca)ital M dio das @nstalaFes e E#ui)amentos............... +$(.+.4 uros sobre Ca)ital de Giro..................................................................... +(

    (.$ Custos Vari=veis.............................................................................................. +4(.$.+ Pintos...................................................................................................... +4(.$.$ ao...................................................................................................... +4(.$.( Cama....................................................................................................... +6(.$.4 Calefao................................................................................................ +veltecnol"!ico e a eficiJncia com #ue as o)eraFes so desenvolvidas na)ro)riedade. De ofmann 3+ ,+51 dedu'-se #ue )ara os )rodutores continuarema )rodu'ir )reciso #ue recebam uma remunerao )elos fatores de )roduoinvestidos )or eles na atividade.

    De acordo com aNlor O Vernon 3+ /(51 o custo de em)re!ar um determinadofator )ara )rodu'ir certo bem o valor de sua melhor o)ortunidade a #ual serenuncia ao em)re!ar esse fator de outra maneiraQ.

    Da> conclui-se #ue o )rodutor ao decidir criar fran!os de corte1 renunciou aremunerao financeira #ue resultaria da a)licao de seu ca)ital em outraatividade.

    A estrutura de c=lculo de custo a#ui a)resentada baseou-se nas #ue foramdescritas )or Girotto O &antos %ilho 3$00051 Canever 3+ nos e Aves1 de acordo com o )ro)osto nesta metodolo!ia1 buscacalcular os custos de )roduo de fran!o de corte objetivando com isto fornecersubs>dios #ue )ermitam ao )rodutor de #ual#uer re!io do )a>s1 inte!rado ouno1 melhor !erenciar sua atividade. Possibilita tamb m1 )or )arte de em)resas1"r!os e instituiFes envolvidas com o setor1 melhor conhecimento sobre arealidade da avicultura de corte brasileira.

    A estrutura de c=lculo de custo )ro)osta )ode ser utili'ada )ara #ual#uer ti)o de

    avi=rio 3climati'ado1 autom=tico ou manual5 e vinculao comercial 3inte!rado ouinde)endente5. Existe no setor uma forte tendJncia ao )rocesso de inte!raodos a!entes )rodutivos1 assim buscamos definir uma metodolo!ia #uedemonstrasse o Modelo @nde)endente1 onde o )rodutor tem certa am)litude deo)o )elos fornecedores de insumos e com)radores de seu fran!o1 e o Modelo@nte!rado1 baseado em contratos de fornecimento de mat ria )rima1 onde o)rodutor1 de certa forma1 terceiri'ado )ela a!roindRstria #ue mant m o a)oiot cnico e )or fim com)ra seu fran!o )ara abate e )rocessamento.

    A)resenta-se tamb m1 um exem)lo do uso da metodolo!ia1 de maneira #ue osinteressados )ossam utili'=-la sem maiores dificuldades1 com )ossibilidade de

    /

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    alterar os coeficientes t cnicos a)resentados no c=lculo de acordo com a suarealidade. o final so a)resentadas duas tabelas1 uma )ara o )rodutorinde)endente e outra )ara o caso de sistema inte!rado1 dividindo os itens dedes)esas entre a a!roindRstria e o )rodutor inte!rado.

    6 M6 Metodologiaetodologia spectos 4eraisspectos 4eraisPara a EMA2E -P 3+ ,,51 deve-se atribuir um juro a todo ca)ital em)re!adoem al!uma atividade1 calculado com base no seu melhor uso alternativodis)on>vel e com facilidade de acesso ao )e#ueno )rodutor rural.

    2amb m de acordo com &chuh 3+ /nos1 com exceo da ca)acidade em)resarial1 )odem ter )reosde acordo com seus custos de o)ortunidade no mercadoQ.

    De forma #ue1 se o )rodutor decidiu investir seus recursos em al!um ti)o dene!"cio1 seja ele #ual for1 renunciou a renda #ue seria auferida )ela a)licao doseu ca)ital no mercado financeiro1 ou em outra atividade e )recisa de al!umaforma1 ser com)ensado )or esta )erdaQ.

    Para remunerar ou com)ensar o )rodutor )elo investimento do seu ca)ital nacriao de fran!os de corte1 )ro)Fe-se utili'ar1 )ara o c=lculo dos juros1 a taxa dacaderneta de )ou)ana1 )ois entendemos ser esta a o)o de mais f=cil acessoaos )rodutores.

    Is valores #ue servem de base )ara o c=lculo dos juros sobre o ca)ital investidoem instalaFes e e#ui)amentos1 sero os do mJs de instalao do lote defran!os.

    o caso dos valores em)re!ados na formao do ca)ital de !iro 3animais emesto#ue51 o )rocedimento o mesmo do valor a)licado em instalaFes ee#ui)amentos1 s" #ue neste caso1 de acordo com Girotto O &antos %ilho 3$00051os juros so calculados com base nos desembolsos dos itens diretamente li!adosa )roduo de fran!os 3rao1 medicamentos1 ener!ia1 mo-de-obra1 manutenoe etc.5.

    Is dis)Jndios com insumos alimentares e veterin=rios1 custo da mo-de-obra1

    trans)orte e demais itens necess=rios S )roduo dos animais1 so calculados)or lote.

    A estrutura de c=lculo de custo )ro)osta a)resentada no Tuadro + a se!uir*

    ,

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    7uadro 13 Estrutura de C=lculo de Custo de Produo de %ran!o de Corte

    13 Custos Fi'os 8 9+.+ - De)reciao das @nstalaFes+.$ - De)reciao dos E#ui)amentos+.( emunerao sobre o Ca)ital M dio )7 @nst. e E#ui)amentos+.4 - emunerao s7 Ca)ital de Giro8 : 9 2otal dos Custos Fi'os

    63 Custos Variveis 8B9$.+ Pintos$.$ - ao$.( Cama$.4 - Calefao$.6 - Ener!ia El trica$.< H!ua

    $./ - Produtos Veterin=rios$., 2rans)ortes$. - Mo de Ibra$.+0 - Mo de Ibra de Carre!amento$.++ - Manuteno das @nstalaFes$.+$ &e!uro$.+( - AssistJncia 2 cnica$.+4 - %unrural$.+6 Eventuais8 : 9 2otal dos Custos Variveis

    ;; Fnos e Aves em de'embro de$006 no Estado de &anta Catarina.

    Is )reos relativos aos insumos alimentares1 )intos de um dia e )rodutosveterin=rios foram levantados junto ao com rcio atacadista e7ou varejistas atuanteno ramo1 indRstrias de rao e coo)erativas da re!io. I custo de trans)orte defran!os da )ro)riedade ao fri!or>fico e dos insumos alimentares do com rcio ouindRstrias de rao S )ro)riedade1 foi determinado a )artir de informaFes obtidas junto aos trans)ortadores da re!io.

    Is )reos m dios )a!os )elo U! de fran!o vivo e da lenha utili'ada )ara acalefao1 foram levantados junto ao @nstituto CEPA-&C. Is )reos da ener!iael trica1 dos combust>veis e da mo-de-obra foram levantados junto a CentraisEl tricas de &anta Catarina Celesc1 Postos de Combust>veis e Em)resas #ueo)eram no ramo de carre!amento de fran!os.

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    os c=lculos dos exem)los foram considerados os dados1 Tuadro $ a se!uir1 a)artir de um avi=rio com +$60m$1 com sistema autom=tico*

    7uadro 63 Coeficientes t cnicos de )roduo de fran!o de corte:otes )or ano 3 n5

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    Inde*

    Di Y Custo de de)reciao das instalaFes )or fran!o?Vi Y Valor inicial das instalaFes?Vu Y Vida Rtil das instalaFes.

    Considera-se como instalaFes*

    a5 Avi=rio?b5 @nstalaFes )ara tratamento de dejetos 3ester#ueiras1 bioester#ueiras1

    biodi!estores...5?c5 De)"sito )ara arma'ena!em de milho1 soja e outros in!redientes )ara o

    )re)aro da rao?d5 @nstalaFes )ara o su)rimento7tratamento dZ=!ua?e5 Cercas lim>trofes?f5 %=brica de raFes?!5 Iutras.

    #'e"plo

    Valor das @nstalaFes Y [ 6/.(00100?Vida Rtil Y $0 anos?

    ; de %ran!os )or :ote Y +4.000 3cab5?; de :otes )or ano Y

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    Considera-se como e#ui)amentos*

    a5 Comedouros?b5 Kebedouros?c5 Misturador de aFes?

    d5 Kalanas?e5 2riturador de Milho?f5 Iutros.

    #'e"plo

    Valor dos E#ui)amentos Y [ /0./00100?Vida Rtil Y +0 anos?

    ; de %ran!os )or :ote Y +4.000 3cab5?; de :otes )or ano Y das novas instalaFes e com)rados e#ui)amentos novos.

    Desta forma1 os juros sobre o ca)ital m dio so calculados como se!ue*

    Ca @ Guros de Poupana 8anual9Gi : ---------------------------------------------------------------------

    .> de Frangos por ?ote @ .> de ?otes por ano

    Inde*

    i Y uros s7ca)ital m dio das instalaFes e e#ui)amentos1 )or %ran!o 3 [5?Ca Y Ca)ital m dio das instalaFes e e#ui)amentos 3 [5.

    #'e"plo

    Ca)ital M dio das @nstalaFes e e#ui)amentos Y [

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    ;313D Guros sobre Capital de 4iro;313D Guros sobre Capital de 4iro

    Is juros sobre o ca)ital de !iro so calculados com base nos desembolsosdiretos do )rodutor )ara a )roduo de fran!o de corte.

    Para o c=lculo consideramos como des)esas diretas os se!uintes itens*a5 Pintos 3item (?$?+5?b5 Consumo de rao1 3item (.$.$5?c5 Cama 3item (.$.(5?d5 Calefao 3item (.$.45?e5 Ener!ia el trica 3item (.$.65?f5 H!ua 3item (.$.

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    x5 Mo-de-obra carre!amento Y [ 010$0?N5 Manuteno de @nstalaFes Y [ 010$+?'5 &e!uro Y [ 0100(?aa5AssistJncia 2 cnica Y [ 0100,?bb5Des)esas eventuais Y [ 01+

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    Inde *

    C% Y Custo da rao )or fran!o 3 [7cab5?T: Y Tuantidade do insumo :Q consumido )elo fran!o 3com :Q variando de + a

    nQ5?

    P: Y Preo do insumo :Q 3com :Q variando de + a nQ51 3 [7U!5.#'e"plo

    Consumo de ao*

    - ao @nicial Y +10$, U!7fran!o?- ao Crescimento Y +1

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    Inde*

    CA Y Custo da Cama )or %ran!o 3 [5?TC Y Tuantidade de cama no lote inicial 3m( 5?P Y Preo da cama 3 [7 m(5?

    C Y e)osio de cama 3m (7lote5?:I Y Rmero de lotes )or cama?% Y Rmero de %ran!os )or :ote 3cab.5.

    #'e"plo

    - Tuantidade de cama no lote inicial Y /6m ( ?- Preo da cama Y [ $(1007 m(?- e)osio de cama Y +,m (7lote?- Rmero de lotes )or cama Y 6?- Rmero de %ran!os )or :ote Y +4.000 cab.

    H 8 A @ 6;! 9 I 1 @ 8A S 19 @ 6;! J K C : ------------------------------------------------------

    A @ 1D3

    C : ! D

    ;363D Cale0ao;363D Cale0ao

    I sistema de a#uecimento1 forma e ti)o de ener!ia7combust>vel utili'ado variamuito no Krasil. o entanto o mais comum o uso de cam)Lnulas a lenha e a

    !=s 3G:P5.o &ul do Krasil1 o sistema de a#uecimento em !eral mantido )or cerca de +