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Impactos sociais e econmicos dos acidentes de trnsito nas aglomeraes urbanas brasileiras

PESQUISA DE CUSTOS MDICO-HOSPITALARES

Braslia 2004

Governo Federal Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto Ministro Guido Mantega Secretrio-Executivo Nelson Machado

Fundao pblica vinculada ao Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, o Ipea fornece suporte tcnico e institucional s aes governamentais possibilitando a formulao de inmeras polticas pblicas e de programas de desenvolvimento brasileiro e disponibiliza, para a sociedade, pesquisas e estudos realizados por seus tcnicos.

Presidente Glauco Arbix Diretoria Anna Maria T. Medeiros Peliano Celso dos Santos Fonseca Luiz Henrique Proena Soares Marcelo Piancastelli de Siqueira Mario Sergio Salerno Paulo Mansur Levy Assessor-Chefe de Comunicao Murilo Lbo

INSTITUIES PARTICIPANTES DO PROJETO

FINANCIADORES Ministrio dos Transportes / STT Ministrio da Sade Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano Sedu/PR (atual Ministrio das Cidades) Secretaria de Estado de Direitos Humanos Denatran Departamento Nacional de Trnsito Rede Ipea de Pesquisas / Pnud / BID

COORDENAO GERAL Ipea Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada Diretoria de Estudos Regionais e Urbanos

EXECUO ANTP Associao Nacional de Transportes Pblicos

COOPERAO TCNICA Codeplan / GDF Companhia de Desenvolvimento do Planalto Central

APOIO INSTITUCIONAL Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina da USP CET-SP Companhia de Engenharia de Trfego Secretaria de Estado de Segurana Pblica de So Paulo Secretaria de Estado de Sade de So Paulo

Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada ipea 2004

EQUIPE TCNICA DO PROJETOIpea Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada Ricardo R. A. Lima Coordenador Geral Jos R. R. Ges Coordenador Executivo Margarida H. Pinto Coelho Alexandre A. Gomide Ida M. O. Lima Apoio Tcnico Maria de la Soledad B. Castrillo ANTP Associao Nacional de Transportes Pblicos Ailton Brasiliense Pires Diretor Executivo Eduardo A. Vasconcellos Coordenador Geral Pedro A. C. Machado Coordenador Executivo Francisco Aquino Gerente Administrativo Nancy R. Schneider CET-SP Max E. B. Paula CET-SP Emlia Mayumi Hiroi METR-SP Elisa Eriko Kawashima METR-SP Ftima Bernardes Lgia Oliveira

Consultores Ivan R. Gartner (Univ. Catlica de Braslia) Jlia M. A. Greve (Hospital das Clnicas FMUSP) Luis Carlos S. Cunha (Educ Consultoria) Olivrio Graciotti Jr. (Hospital das Clnicas FMUSP) Philip Gold (Gold Projects) Sebastio de Amorim (Unicamp) Superviso Tcnica Editorial Margarida H. Pinto Coelho Produo Editorial Slvia Maria Costa Leite Fbio Rodrigues Roberto Astorino

Impactos sociais e econmicos dos acidentes de trnsito nas aglomeraes urbanas brasileiras : Pesquisa de Custos Mdico-Hospitalares / Ipea, ANTP. - Braslia : Ipea : ANTP, 2004. 252 p. : grfs., tabs. 1. Acidentes de Trnsito. 2. Aglomeraes Urbanas. 3. Custos. 4. Aspectos Sociais. 5. Aspectos Econmicos. 6. Brasil. I. Instituto de Pesquisa Ecnomica Aplicada. II. Associao Nacional de Transportes Pblicos. CDD 363.125As opinies emitidas nesta publicao so de exclusiva e de inteira responsabilidade dos autores, no exprimindo, necessariamente, o ponto de vista do Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada, do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto. permitida a reproduo destes textos e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte. Reprodues para fins comerciais so proibidas.

PESQUISA DE CUSTOS MDICO-HOSPITALARESInstituies Participantes Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina da Universidade de So Paulo Faculdade de Medicina da Universidade de So Paulo Fundao Faculdade de Medicina Secretaria de Estado de Sade de So Paulo Secretaria de Estado de Segurana Pblica de So Paulo Consultores Jlia Maria DAndra Greve Professora Associada Faculdade de Medicina da Universidade de So Paulo Olivrio Graciotti Junior Consultor para Custos Hospitalares Fundao Faculdade de Medicina Auditoria Maria Virgnia Gomes das Neves Nesse - auditora mdica da Auditoria Mdica do Depto. de Faturamento da Fundao Faculdade de Medicina Rosana Cmara Agondi - auditora mdica da Auditoria Mdica do Depto. de Faturamento da Fundao Faculdade de Medicina Lgia Maria Dal Secco - assistente tcnica da Diviso de Enfermagem do HCFMUSP Snia Maria da Rocha - enfermeira auditora Rtilo Lucena Rocha - graduando em enfermagem Daniel Freria Francisco Vagner da Silva - analista de faturamento jnior Cludio Ricardo dos Santos - analista de faturamento jnior Marcelo Vieira Salles - analista de faturamento pleno Jackson Barros - engenheiro e gerente de informtica da Fundao Faculdade de Medicina Edson Nicolai - tecnlogo em suporte de informtica Andr Bezerra Lima - tecnlogo em suporte de informtica Maria Vitria Agra - engenheira da Fundao Faculdade de Medicina Afonso Castellucci - engenheiro da Fundao Faculdade de Medicina Colaboradores Marisa Martins Rosa da Costa - Chefe de Seo Iara Maria da Costa - Encarregada de Setor Genilde Oliveira Barreto - Auxiliar Tcnico de Sade Agradecimentos Departamento de Cirurgia FMUSP Professor Dario Birolini - Professor titular Professor Renato Srgio Pogetti - Diretor do Pronto-socorro HCFMUSP Departamento de Ortopedia e Traumatologia FMUSP Professor Ronaldo Jorge Azze - Professor titular Professor Marco Martins Amatuzzi - Professor titular Departamento de Neurologia e Neurocirurgia FMUSP Professor Raul Marino Jnior - Professor titular Fundao Faculdade de Medicina Dra. Sandra Papaiz - Diretora geral Fundao Faculdade de Medicina Dr. Marcelo Pustiglione - Diretor do Departamento de Faturamento da Fundao Faculdade de Medicina Secretaria de Estado de Sade Dr. Pedro J. Rozolen - Diretor do Servio Atendimento Mdico Urgncia (SAMU)/SP Secretaria de Estado de Segurana Pblica Tenente Coronel Otaclio Soares Lima - Comandante do Grupamento Areo do Estado de So Paulo Coronel P.M. Wagner Ferrari - Comandante do Corpo de Bombeiros do Estado de So Paulo Consolidao do relatrio final Jlia M. A. Greve Margarida H. Pinto Coelho Reviso ortogrfica: Melissa Brito Spndola Pesquisadores - Coleta Coordenadora Toshiko Oyh Diretora Tcnica de Sade II Servio de Pronto Socorro HCFMUSP Supervisora Tcnica Eliana Rodrigues Carlessi Diretora da Diviso de Enfermagem ICHCFMUSP Supervisoras Carmen Mohamad R. Saleh - Enfermeira Chefe HCFMUSP Cristina K. Kuga - Diretor Tcnico de Servio de Sade IOTHCFMUSP Isabel Momiy - Diretor Tcnico de Servio de Sade IOTHCFMUSP Lgia Maria Dal Secco - Assistente Tcnico de Sade HCFMUSP Luiza M. Shibuia - Diretor Tcnico de Servio de Sade IOTHCFMUSP Isa Sandra Amorim Porto - Gerente de Enfermagem do SAMU/SP

SUMRIO

APRESENTAO

21

2 RESUMO 22 2.1 Introduo 22 2.2 Objetivos 22 2.3 Resultados 22 2.3.1 Resgate 22 2.3.2 Atendimento mdico-hospitalar HCFMUSP 23 2.3.3 Reabilitao 25 2.4 Expanso dos dados para pesquisa nacional 25 2.5 Recomendaes 26 2.5.1 Quanto melhoria da informao 26 2.5.2 Quanto preveno de acidentes 26 2.5.3 Quanto aos servios de sade 26 3 INTRODUO 27 3.1 Dados epidemiolgicos existentes 3.2 Dados de custo disponveis 31 4 OBJETIVOS DA PESQUISA 4.1 Geral 32 4.2 Especficos 32

27

32

5 METODOLOGIA CONCEITOS 33 5.1 Acidentes de trnsito considerados 33 5.2 Vtimas consideradas 33 5.3 Componentes de custos mdico-hospitalares 33 5.4 Atendimento mdico-hospitalar 33 5.4.1 Resgate 33 5.4.2 Rede de atendimento hospitalar 33 5.5 Coleta de dados e instituies participantes 34 5.5.1 Resgate 34 5.5.2 Atendimento mdico-hospitalar 34 6 METODOLOGIA DE COLETA DOS DADOS 6.1 Resgate 35 6.1.1 Local da coleta 35 6.1.2 Planilha de coleta 35

35

6.1.3 Horrios de coleta 35 6.1.4 Equipe de coleta 36 6.1.5 Dados coletados 36 6.1.6 Seguimento e finalizao 36 6.2 Atendimento mdico-hospitalar HCFMUSP 6.2.1 Local da coleta 37 6.2.2 Planilha de coleta 37 6.2.3 Horrios de coleta 38 6.2.4 Equipe de coleta 38 6.2.5 Dados coletados 39 6.2.6 Seguimento e Finalizao 39 6.3 Reabilitao 40 6.3.1 Casustica 40 6.3.2 Perodo de coleta 40 6.3.3 Local da coleta 41 6.3.4 Planilha de coleta 41 6.3.5 Equipe de coleta 41 6.3.6 Dados coletados 41

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7 PERFIL EPIDEMIOLGICO DOS ACIDENTES DE TRNSITO DO MUNICPIO DE SO PAULO 43 7.1 Perfil epidemiolgico Servio de Resgate do Municpio de So Paulo 43 7.1.1 Nmero de atendimentos 43 7.1.2 Perfil das vtimas 44 7.1.3 Descrio do acidente e da vtima 48 7.1.4 Descrio do atendimento 52 7.1.5 Descrio das leses 57 7.1.6 Concluses e comentrios 62 7.2 Perfil Epidemiolgico HOSPITAL DAS CLNICAS 63 7.2.1 Desfecho dos casos 63 7.2.2 Descrio da casustica 63 7.2.3 Descrio do acidente 68 7.2.4 Descrio e dados sobre as vtimas 85 7.2.5 Descrio do atendimento pr-hospitalar 88 7.2.6 Descrio do atendimento hospitalar 90 7.2.7 Comentrios 100 7.3 Casustica pacientes reabilitao 100 8 CLCULO DOS CUSTOS DE ATENDIMENTO DE RESGATE SO PAULO 8.1 Parmetros clnicos utilizados para clculo dos custos 114 8.1.1 Gravidade da leso 114 8.1.2 Extenso da leso 114

114

8.2 Tabelas e ndices para clculo dos custos variveis do resgate 114 8.3 Custos variveis do atendimento de resgate 115 8.4 Custo fixo dos servios de resgate 117 8.4.1 Metodologia utilizada para clculo dos custos fixos 117 8.5 Composio dos custos totais de resgate 121 8.6 Observaes finais 122 9 CLCULO DOS CUSTOS MDICO-HOSPITALARES FASE HCFMUSP 123 9.1 Coleta das informaes para clculo dos custos 123 9.2 Metodologia de clculo dos custos 123 9.2.1 Critrios para classificao da gravidade das leses das vtimas 124 9.2.2 Classificao dos pacientes includos para anlise de custos, de acordo com o desfecho do caso 124 9.2.3 Tabelas e ndices para clculo dos custos mdico-hospitalares dos pacientes internados 9.3 Custos dos pacientes no internados 128 9.3.1 Custos calculados pela gravidade da leso 128 9.3.2 Custos associados s unidades topogrficas 132 9.3.3 Custos mdico-hospitalares de acordo com o tipo de acidente 133 9.4 Custos dos pacientes internados 137 9.4.1 Apresentao da casustica 137 9.4.2 Custos por gravidade 139 9.4.3 Componentes da conta hospitalar 140 9.4.4 Custos de acordo com o nmero de unidades topogrficas 144 9.4.5 Custos de acordo com o tipo de acidente 146 9.4.6 Custos e sua correlao com a permanncia hospitalar 147 9.4.7 Custos individuais dos pacientes internados e no internados 149 9.4.8 Composio dos custos pela variao do peso dos componentes 150 9.5 Concluses e recomendaes 153 9.5.1 Dificuldades 153 9.5.2 Necessidades e recomendaes 153 9.6 Custos de reabilitao 154 9.6.1 Comentrios e recomendaes 166 10 RECOMENDAES PARA POLTICAS PBLICAS 10.1 Quanto melhoria da informao 167 10.2 Quanto preveno de acidentes 167 10.3 Quanto aos servios de sade 167 BIBLIOGRAFIA

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ANEXOS

Anexo 1 Planilhas do projeto 173 Anexo 2 Custo hospitalar por classificao de gravidade e nmero de reas topogrficas (R$) 218 Anexo 3 Dados consolidados dos 104 pacientes no internados, vtimas de acidentes de trnsito, atendidos no HCFMUSP,de 23/07 a 23/08/2001 219 Anexo 4 Custos mdico-hospitalares associados aos traumas leves das vtimas de acidentes de trnsito atendidas no HCFMUSP, de 23/07 a 23/08/2001, no internadas 225 Anexo 5 Custos mdico-hospitalares associados aos traumas moderados das vtimas de acidentes de trnsito atendidas no HCFMUSP, de 23/07 a 23/08/2001, no internadas 230 Anexo 6 Custos mdico-hospitalares associados aos traumas graves das vtimas de acidentes de trnsito atendidas no HCFMUSP, de 23/07 a 23/08/2001, no internadas 231 Anexo 7 Descrio dos casos no internados de acordo com o tipo de acidente e diagnstico 232 Anexo 8 Descrio dos casos internados de acordo com o tipo de acidente e diagnstico 238 Anexo 9 Custos mdico-hospitalares consolidados para 76 vtimas de acidentes de trnsito,atendidas no HCFMUSP, de 23/07 a 23/08/2001, internadas 247

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Envolvidos em acidentes de trnsito atendidos pelo resgate terrestre de 1 a 31 de maio de 2001 na cidade de So Paulo 23 Figura 2 Tipo de vtima atendida pelo resgate areo na cidade de So Paulo de 1 a 31 de janeiro de 2002 23 Figura 3 Nmero de atendimentos dos resgates areo e terrestre 43 Figura 4 Distribuio das vtimas por tipo de unidade acionada resgate terrestre 44 Figura 5 Estatstica da idade das vtimas atendidas resgate terrestre 44 Figura 6 Estatstica da idade das vtimas atendidas resgate areo 45 Figura 7 Distribuio das vtimas do resgate terrestre por sexo 45 Figura 8 Distribuio das vtimas do resgate areo por sexo 46 Figura 9 Uso de equipamentos segurana pelas vtimas do resgate terrestre 47 Figura 10 Uso de equipamentos de segurana pelas vtimas do resgate areo 48 Figura 11 Tipo de veculo envolvido em acidente resgate terrestre 48 Figura 12 Tipo de acidente ocorrido resgate terrestre 49 Figura 13 Tipo de vtimas atendidas resgate terrestre 50 Figura 14 Tipo de vtimas atendidas resgate areo 50 Figura 15 Tipo de vtimas de acordo com o veculo envolvido - resgate areo 51 Figura 16 Atendimentos distribudos por regio resgate terrestre 52 Figura 17 Atendimentos distribudos por regio resgate areo 53 Figura 18 Posio da vtima em relao ao veculo resgate terrestre 53 Figura 19 Tempo de atendimento do resgate terrestre (chegada do veculo no local da ocorrncia) 54

Figura 20 Estatstica do tempo de atendimento resgate terrestre 55 Figura 21 Nmero de vtimas envolvidas por acidente resgate terrestre 55 Figura 22 Nmero de vtimas envolvidas por acidente resgate areo 56 Figura 23 Relao do nmero de veculos envolvidos por acidente no resgate terrestre 56 Figura 24 Nmero de bitos resgate terrestre 57 Figura 25 Leses Resgate Terrestre 57 Figura 26 Quadros clnicos encontrados Resgate Terrestre 58 Figura 27 Leses Resgate Areo 58 Figura 28 Tipo de equipamento resgate terrestre 59 Figura 29 Tipo de procedimento resgate areo 60 Figura 30 Classificao das vtimas pelo nmero de unidades topogrficas comprometidas 61 Figura 31 Estatstica da idade das vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP 65 Figura 32 Distribuio das vtimas de acordo com o dia do ms 70 Figura 33 Distribuio das vtimas de acordo com o tipo de acidente e dia da semana de ocorrncia 73 Figura 34 Distribuio das vtimas de coliso de acordo com o dia da semana e horrio de ocorrncia 74 Figura 35 Distribuio dos atropelamentos de acordo com o dia da semana e horrio da ocorrncia 75 Figura 36 Distribuio das quedas de acordo com o dia da semana e horrio de ocorrncia 76 Figura 37 Distribuio das quedas de veculos em movimento de acordo com o dia da semana e horrio de ocorrncia 77 Figura 38 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito pelo tipo de acidente e sexo 84 Figura 39 Distribuio pelo local inicial de atendimento hospitalar 90 Figura 40 Distribuio das vtimas de acidentes de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/ 08/2001 pelo diagnstico topogrfico da leso 92 Figura 41 Estatstica da idade das vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular e amputao de membro inferior atendidas na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas-USP 101 Figura 42 Distribuio pelo sexo das vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular e amputao de membro inferior atendidas na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas - USP 102 Figura 43 Correlao entre os tipos de leses e acidentes ocorridos com vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular e amputao de membro inferior atendidas na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas-USP 102 Figura 44 Tipo de vtima de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular e amputao de membro inferior atendidas na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas -USP 103 Figura 45 Uso de equipamentos de segurana pelas vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular e amputao de membro inferior atendidas na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas -USP 104 Figura 46 Nvel de leso da medula espinal vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular atendidas na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas-USP 105 Figura 47 Nvel de leso medular e tipo de veculo envolvido no acidente de vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular atendidas na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas -USP 105

Figura 48 Nvel de leso da medula espinal e tipo de vtima de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular atendidas na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas - USP 106 Figura 49 Tipo de vtima e nvel de amputao em vtimas de acidente de trnsito com amputao de membro inferior atendidas na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas - USP 106 Figura 50 Grau de independncia de vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular e amputao de membro inferior atendidas na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas - USP 107 Figura 51 Profisso das vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular e amputao de membro inferior atendidas na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas - USP 108 Figura 52 Profisso antes e depois do acidente das vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular e amputao de membro inferior atendidas na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas - USP 109 Figura 53 Condio de trabalho (afastados ou trabalhando) das vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular e amputao de membro inferior atendidas na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas - USP 109 Figura 54 Estatstica da renda familiar das vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular e amputao de membro inferior atendidas na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina da Universidade de So Paulo 110 Figura 55 Rendas das vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular e amputao de membro inferior atendidas na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas - USP 111 Figura 56 Leses associadas de vtimas de acidente de trnsito com amputao de membro inferior atendidas na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas - USP 112 Figura 57 Leses associadas de vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular atendidas na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas - USP 112 Figura 58 Estatstica do tempo de internao de vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular e amputao de membro inferior atendidas na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas - USP 113 Figura 59 Custos totais do resgate (R$) de acordo com extenso da leso corporal 115 Figura 60 Custos dos atendimentos de resgate de acordo com o envolvido no acidente e ocorrncia ou no de bito 116 Figura 61 Comparao dos custos mdios entre os resgates com e sem bito 116 Figura 62 Custos do atendimento efetuado pelo resgate com ocorrncia e sem ocorrncia de bito. 117 Figura 63 Custo dos atendimentos realizados pelo resgate areo e terrestre na cidade de So Paulo. 117 Figura 64 Comparao entre o custo fixo e o do atendimento no resgate terrestre 121 Figura 65 Comparao entre o custo fixo e o do atendimento no resgate areo 121 Figura 66 Custo total do resgate areo e terrestre na cidade de So Paulo, de acordo com a ocorrncia ou no de bito 122 Figura 67 Distribuio porcentual dos itens de custo na conta hospitalar dos pacientes no internados 130 Figura 68 Distribuio dos itens de custo (R$) do atendimento mdico-hospitalar de acordo com a gravidade da leso 131

Figura 69 Variao dos custos hospitalares das 104 vtimas no internadas, de acordo com a gravidade e extenso da leso 133 Figura 70 Custos mdico-hospitalares por tipo de acidente (R$) 134 Figura 71 Distribuio do custo total de cada item dos 104 pacientes no internados atendidos no HCFMUSP de 23/07-23/08/2003. (R$) 136 Figura 72 Custos proporcionais do atendimento das 104 vtimas de acidente de trnsito atendidas 136 no HCFMUSP de 23/07-23/08/2001, de acordo com o tipo de acidente Figura 73 Distribuio das leses corporais comprometidas das vtimas internadas de acidente de 139 trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07-23/08/2001 Figura 74 Distribuio percentual dos custos por item dos pacientes internados vtimas de acidente 142 de trnsito atendidos no HCFMUSP de 23/07-23/082001 Figura 75 Distribuio percentual dos itens de custo das 76 s vtimas de acidentes de trnsito internadas no HCFMUSP, de acordo com a gravidade e ocorrncia de bito 144 Figura 76 Distribuio dos custos das 76 vtimas de acidentes de trnsito internadas atendidas no HCFMUSP de 23/07-23/08/2001 146 Figura 77 - Distribuio dos custos das 104 vtimas de acidentes de trnsito no internadas atendidas no HCFMUSP de 23/07-23/08/2001 147 Figura 78 Permanncia mdia das 76 vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 147 Figura 79 Custos mdico-hospitalares e tempo de permanncia das vtimas com gravidade moderada internadas 148 Figura 80 Custos mdico-hospitalares e tempo de permanncia das vtimas internadas graves 149 Figura 81 Custos mdico-hospitalares e tempo de permanncia das vtimas que foram a bito internadas 149 Figura 82 Tendncias dos Componentes da Conta Mdico-Hospitalar pela gravidade das leses das vtimas acidentes de trnsito internadas no HCFMUSP 153 Figura 83 Custos mdios dos equipamentos e medicamentos das vtimas de acidente de trnsito, com traumatismo raquimedular na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas - USP 155 Figura 84 Custo total dos equipamentos e medicamentos das vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas - USP 156 Figura 85 Custo dos equipamentos e medicamentos das vtimas de acidente de trnsito com amputao de membro inferior na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas - USP 156 Figura 86 Custo dos equipamentos e medicamentos das vtimas de acidente de trnsito com amputao de membro inferior na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas - USP 157 Figura 87 Custo dos procedimentos das vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular e amputao de membro inferior na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas - USP 158 Figura 88 Custo dos procedimentos das vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular e amputao de membro inferior na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas - USP 158

Figura 89 Custo total dos procedimentos das vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular e amputao de membro inferior na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas - USP 159 Figura 90 Quantidade de vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular e amputao de membro inferior na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas - USP, que utilizou um cuidador 159 Figura 91 Custo dos cuidadores e transporte das vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular e amputao de membro inferior na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas - USP 160 Figura 92 Custos fixos e de transporte das vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular e amputao de membro inferior na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas - USP 160 Figura 93 Custos fixos e de transporte (com e sem carro adaptado) das vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular e amputao de membro inferior na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas - USP 161 Figura 94 Custo total da reabilitao das vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas - USP 162 Figura 95 Custo total do programa de reabilitao das vtimas de acidente de trnsito com amputao de membro inferior na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas - USP 162 Figura 96 Porcentagem dos componentes de custo de reabilitao das vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas - USP 164 Figura 97 Porcentagem dos componentes de custo de reabilitao das vtimas de acidente de trnsito com amputao de membro inferior na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas USP 165 Figura 98 Custo de reabilitao das vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular e amputao de membro inferior na Diviso de Medicina Fsica e Reabilitao do Hospital das Clnicas - USP 166

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Custos do atendimento por resgate na cidade de So Paulo, de acordo com a ocorrncia de bito (R$) 23 Tabela 2 Vtimas atendidas no HCFMUSP, de 23/07 a 23/08/2001, por acidente e sexo 24 Tabela 3 Mortalidade Proporcional, por Grupos de Idade. Regies do Brasil e Unidades da Federao, 1999 28 Tabela 4 bitos por Tipo de Causas Externas Brasil e Regies Metropolitanas, 1999 28 Tabela 5 Morbidade e fatores de risco. Nmeros de internaes hospitalares por causas externas no Sistema nico de Sade - SUS, por Tipo - Brasil e Regies Metropolitanas 2001 29 Tabela 6 Dados resumidos sobre acidentes de trnsito com vtimas no Brasil de 1998-2001 30 Tabela 7 Descrio estatstica das idades (anos) dos dois grupos de vtimas atendidas pelos servios de resgate areo (jan. 2002) e terrestre (mai. 2001) na cidade de So Paulo 46 Tabela 8 Uso de equipamentos de segurana pelas vtimas do resgate terrestre 47 Tabela 9 Procedimentos realizados nas vtimas atendidas pelo resgate terrestre na cidade de So Paulo em maio de 2001 60 Tabela 10 Procedimentos realizados pelo resgate areo nas vtimas de acidente de trnsito na cidade de So Paulo em janeiro de 2002 61 Tabela 11 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito, por sexo, atendidas no HCFMUSP entre 23/07 e 23/08/2001 63 Tabela 12 Distribuio das vtimas por acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP entre 23/07 e 23/08/2001, pela faixa etria 64 Tabela 13 Descrio estatstica da idade (anos) do grupo geral, do grupo masculino e feminino das vtimas por acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP entre 23/07e 23/08/ 2001 64 Tabela 14 Distribuio das vtimas de acordo com a nacionalidade 65 Tabela 15 Distribuio das vtimas de acidentes de trnsito atendidas no HCFMUSP entre 23/07 e 23/08/2001 pelo estado civil 65 Tabela 16 Distribuio das vtimas de acidentes de trnsito atendidas no HCFMUSP pela raa 65 Tabela 17 Distribuio das vtimas de acidentes de trnsito atendidas no HCFMUSP entre 23/07 e 23/08/2001 de acordo com local de nascimento - estado (naturalidade) 66 Tabela 18 Distribuio das vtimas de acidentes de trnsito atendidas no HCFMUSP entre 23/07 e 23/08/2001 de acordo com contribuio previdncia social 66 Tabela 19 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 de acordo com o municpio de moradia 67 Tabela 20 Distribuio das vtimas de acidentes de trnsito atendidas no HCFMUSP entre 23/07 e 23/08/ 2001 de acordo com aposentadoria 68 Tabela 21 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP entre 23/07 e 23/08/ 2001 pelo local de ocorrncia do acidente 68 Tabela 22 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP entre 23/07 e 23/08 de 2001 pelo horrio da ocorrncia do acidente 68 Tabela 23 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito atendidas no PSIOT-HCFMUSP de 23/ 07 a 23/08 de 2001 pelos dias da semana de ocorrncia do acidente 69

Tabela 24 Distribuio das vtimas atendidas no HCFMUSP de 23/07 - 23/08 de 2001 de acordo com o dia do ms da ocorrncia do acidente 69 Tabela 25 Distribuio das vtimas por acidentes de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 ocorridos de madrugada, pelo dia da semana 70 Tabela 26 Distribuio das vtimas por acidentes de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 ocorridos de manh, pelo dia da semana 71 Tabela 27 Distribuio das vtimas por acidentes de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 ocorridos de tarde, pelo dia da semana 71 Tabela 28 Distribuio das vtimas por acidentes de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 ocorridos de noite, pelo dia da semana 71 Tabela 29 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito atendidas no PSIOT HCFMUSP entre 23/07 e 23/08/2001 conforme o tipo do acidente 72 Tabela 30 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP entre 23/07 e 23/08/2001 conforme tipo do acidente agrupados sem o local da ocorrncia 72 Tabela 31 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 de acordo com o tipo de acidente e dia da semana de ocorrncia 73 Tabela 32 Distribuio das vtimas de coliso atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/ 2001 de acordo com o dia da semana e horrio de ocorrncia 74 Tabela 33 Distribuio das vtimas de atropelamento atendidas no HCFMUS de 23/07 a 23/08/2001 de acordo com o dia da semana e horrio de ocorrncia 75 Tabela 34 Distribuio das vtimas de quedas de pedestres sem envolvimento com veculos atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/ 2001 de acordo com o dia da semana e horrio de ocorrncia 76 Tabela 35 Distribuio das vtimas de quedas de veculos em movimento atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08 de 2001 de acordo com o dia da semana e horrio de ocorrncia 77 Tabela 36 Distribuio das vtimas por acidente de trnsito atendidas entre 23/07 a 23/08/ 2001 no HCFMUSP de acordo com o tipo veculo envolvido no acidente 77 Tabela 37 Distribuio das vtimas por atropelamento atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/ 08/2001 pelo tipo de veculo atropelador 78 Tabela 38 Distribuio das vtimas por queda de veculo atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/ 08/2001 pelo tipo de veculo da queda 78 Tabela 39 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 pelos tipos de veculos envolvidos no acidente 79 Tabela 40 Distribuio das vtimas atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 pelo tipo de acidente e sexo 79 Tabela 41 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 de acordo com a mdia das idades (anos) 80 Tabela 42 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 pelo tipo de acidente e sexo 80 Tabela 43 Distribuio das vtimas de atropelamento atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/ 2001 de acordo com o sexo, idade e local de atropelamento 81 Tabela 44 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito por coliso atendidas no HCFMUSP de 23/ 07 a 23/08/2001 de acordo com o tipo de coliso sofrida e idade mdia (anos) 82 Tabela 45 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito por quedas atendidas no HCFMUSP de acordo com o tipo de queda, sexo e idade (anos) 83

Tabela 46 Distribuio das vtimas atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 por acidente de trnsito pelo sexo e tipo de acidente 85 Tabela 47 Distribuio dos tipos de vtima por acidente de trnsito atendidos no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 85 Tabela 48 Distribuio dos tipos de vtimas por acidente de trnsito, discriminadas pelo tipo de veculo da ocorrncia atendidos no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 86 Tabela 49 Uso de equipamentos de segurana obrigatrios, pelas vtimas ocupantes de veculo e motociclistas atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 86 Tabela 50 Distribuio das vtimas de acidentes de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 de acordo com a quantidade de ocupantes do veculo envolvido no acidente 87 Tabela 51 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 pelo nmero de vtimas do acidente referido 87 Tabela 52 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 pela ocorrncia de morte no local do acidente 87 Tabela 53 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 pelo desfecho 88 Tabela 54 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 pelo atendimento pr-hospitalar recebido 88 Tabela 55 Distribuio das vtimas de acidentes de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 com atendimento pr-hospitalar pelo tipo de veculo de resgate 88 Tabela 56 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 de acordo com o tempo de atendimento pr-hospitalar (minutos) 89 Tabela 57 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 de acordo com o tempo de deslocamento do veculo de resgate at o hospital 89 Tabela 58 Distribuio das vtimas de acidentes de trnsito sem atendimento pr-hospitalar pelo modo de transporte 89 Tabela 59 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito, sem atendimento pr-hospitalar, de acordo com o tempo de chegada ao hospital (minutos) aps o acidente 90 Tabela 60 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 de acordo com o local inicial do atendimento hospitalar 90 Tabela 61 Distribuio das vtimas por acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08 de 2001 de acordo com os diagnsticos efetuados 91 Tabela 62 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 de acordo com o diagnstico topogrfico efetuado 91 Tabela 63 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/ 08/2001 com diagnstico de politrauma de acordo com o tipo de acidentado 92 Tabela 64 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 de acordo com o diagnstico topogrfico e tipo de acidentado 92 Tabela 65 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 de acordo com o tipo de acidente e diagnstico topogrfico 94 Tabela 66 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08 de 2001 com politrauma, por tipo de acidente 97

Tabela 67 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 com politraumatismo de acordo com o desfecho do caso 97 Tabela 68 Distribuio do nmero de procedimentos realizados de acordo com o diagnstico topogrfico das vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 98 Tabela 69 Distribuio das vtimas atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 pelo tempo de internao (dias) 98 Tabela 70 Estatstica dos dias de internao das vtimas atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/ 08/2001 pelo tempo de internao (dias) 98 Tabela 71 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 de acordo com a quantidade de profissionais envolvidos no atendimento efetuado 99 Tabela 72 Distribuio das vtimas de acidente de trnsito entrevistadas para coleta de dados de custo de reabilitao de acordo com a profisso anterior e atual 108 Tabela 73 Distribuio da amostra pelo tipo de atividade profissional das vtimas de acidente de trnsito entrevistadas para coleta de dados de reabilitao 110 Tabela 74 Distribuio dos tipos de vtimas atendidas pelo servio de resgate da cidade de So Paulo no ms de maio de 2001 (resgate terrestre) e janeiro de 2002 (resgate areo) 118 Tabela 75 Distribuio dos tipos de atendimento efetuados nas vtimas de acidente de trnsito feitos pelo servio de resgate terrestre da cidade de So Paulo no ms de maio de 2001 118 Tabela 76 Quantidade total de ocorrncias de trnsito atendidas no ms de maio de 2001 na cidade de So Paulo pelo servio de resgate do Corpo de Bombeiros da Polcia Militar 119 Tabela 77 Quantidade de ocorrncias de trnsito atendidas no ms de maio de 2001 na cidade de So Paulo pelo servio de resgate do Corpo de Bombeiros da Polcia Militar e pelo servio de resgate da Secretaria de Estado de Sade de So Paulo (SES) 119 Tabela 78 Salrios brutos (R$) dos profissionais paramdicos do servio de resgate da cidade de So Paulo ano-base 2001 119 Tabela 79 Salrios brutos (R$) do mdico e enfermeira do servio de resgate da cidade de So Paulo - ano-base 2001 119 Tabela 80 Gastos com viaturas utilizadas para resgate terrestre no perodo de julho a dezembro de 2001 120 Tabela 81 Custo fixo mdio (reais) estimado por ocorrncia de resgate na cidade de So Paulo considerando valores do ms de maio de 2001 (salrios e gastos) 120 Tabela 82 Custo fixo estimado (reais) mensal dos servio de resgate da cidade de So Paulo 120 Tabela 83 Custos totais (R$) por ocorrncia de resgate na cidade de So Paulo, distribudos de acordo com a ocorrncia ou no de bito 121 Tabela 84 Distribuio dos casos includos no estudo epidemiolgico pelo tipo de desfecho 123 Tabela 85 Distribuio dos 104 casos no internados selecionados pela classificao da gravidade das leses 124 Tabela 86 Distribuio das 104 vtimas no internadas de acordo com a gravidade e nmero de unidades topogrficas acometidas 125 Tabela 87 Distribuio das 104 vtimas no internadas includas para avaliao de custos pelas regies topogrficas acometidas 125 Tabela 88 Distribuio das vtimas pelo tipo de acidente e local da leso 125

Tabela 89 Distribuio dos casos internados includos para estudo de custo 126 Tabela 90 Distribuio dos casos internados de acordo com a gravidade e nmero de unidades topogrficas envolvidas 126 Tabela 91 Custos Mdico-Hospitalares Comparativos (R$) 128 Tabela 92 Custos Mdico-Hopitalares Comparativos (US$) 129 Tabela 93 Distribuio da composio da conta hospitalar para pacientes no internados (R$) 129 Tabela 94 Custos hospitalares totais para a populao dos 104 pacientes no internados e pela gravidade da leso (R$) 131 Tabela 95 Descrio estatstica dos custos mdico-hospitalares das 104 vtimas no internadas de acidentes de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 132 Tabela 96 Custos mdico-hospitalares das 104 vtimas no internadas de acordo com o tipo de acidente (R$) 133 Tabela 97 Distribuio dos itens de custos dos atendimentos das 104 vtimas de acidentes de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001, no internadas, de acordo com o tipo de acidente (R$) 135 Tabela 98 Custos do atendimento das 104 vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001, de acordo com o tipo de acidente 136 Tabela 99 Distribuio das vtimas de acidentes de trnsito internadas atendidas de 23/07 a 23/ 08/2001, pela gravidade da leso 137 Tabela 100 Tipos de acidente em relao aos pacientes internados e no internados 137 Tabela 101 Distribuio do nmero de pacientes por unidades topogrficas acometidas e classificao de gravidade do trauma 138 Tabela 102 Distribuio de reas corpreas acometidas por tipo de acidente de trnsito das vtimas internadas atendidas de 23/07 a 23/08/2001 139 Tabela 103 Custos mdico-hospitalares mdios de acordo com a gravidade da leso de 76 vtimas de acidentes de trnsito internadas, atendidas de 23/07 a 23/08/2001 no HCFMUSP (R$) 140 Tabela 104 Custos mdico-hospitalares mdios de acordo com a gravidade da leso de 76 vtimas de acidentes de trnsito internadas, atendidas de 23/07-23/08/2001 no HCFMUSP. (US$) 140 Tabela 105 Composio da conta hospitalar para as 76 vtimas de acidentes de trnsito internadas, atendidas no HCFMUSP de 23/7 a 23/08/2001 (R$) 141 Tabela 106 Distribuio dos custos totais do atendimento s vtimas de acidentes de trnsito internadas no HCFMUSP de 23/07-23/08/2003 de acordo com a gravidade da leso 143 Tabela 107 Custo mdico-hospitalar de 76 vtimas de acidente de trnsito internadas no HCFMUSP, por classificao de gravidade e nmero de reas topogrficas acometidas 145 Tabela 108 Custos mdico-hospitalares das vtimas de acidente de trnsito internadas atendidas no HCFMUSP, de acordo com o tipo de acidente (R$) 146 Tabela 109 Permanncia hospitalar (dias de internao) para as 76 vtimas de acidente de trnsito atendidas no HCFMUSP de 23/07 a 23/08/2001 148 Tabela 110 Custos individuais (R$) de cada tipo de acidente distribudos pelo desfecho internado ou no internado 149 Tabela 111 Correlaes entre variveis utilizadas para o modelo de regresso linear 152

Tabela 112 Componentes de custo da reabilitao das vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular e amputao de membro inferior da Diviso de Medicina 155 Fsica e Reabilitao HCFMUSP Tabela 113 Custos por um perodo de 18 meses, de um programa de reabilitao das vtimas de acidente de trnsito com traumatismo raquimedular 161 Tabela 114 Custos por um perodo de 18 meses, do programa de reabilitao das vtimas de acidente de trnsito com amputao de membros inferiores 162 Tabelas 115 Porcentagens dos diversos componentes de custo do programa de reabilitao de 18 meses para pacientes portadores de traumatismo raquimedular custo mnimo 163 Tabela 116 Porcentagens dos diversos componentes de custo do programa de reabilitao de 18 meses para pacientes portadores de traumatismo raquimedular custo mdio 163 Tabela 117 Porcentagens dos diversos componentes de custo do programa de reabilitao de 18 meses para pacientes portadores de traumatismo raquimedular custo mximo 163 Tabela 118 Porcentagens dos diversos componentes de custo do programa de reabilitao de 18 meses para pacientes portadores de amputao membro inferior custo mnimo 164 Tabela 119 Porcentagens dos diversos componentes de custo do programa de reabilitao de 18 meses para pacientes portadores de amputao membro inferior custo mdio 164 Tabela 120 Porcentagens dos diversos componentes de custo do programa de reabilitao de 18 meses para pacientes portadores de amputao membro inferior custo mximo 165

APRESENTAO Este relatrio apresenta os dados obtidos na pesquisa dos custos mdico-hospitalares dos acidentes de trnsito, parte integrante do projeto Impactos Sociais e Econmicos dos Acidentes de Trnsito nas Aglomeraes Urbanas Brasileiras. A pesquisa sobre custos mdico-hospitalares teve duas fases: Clculo dos custos mdico-hospitalares de cada vtima atendida. Esses dados foram obtidos por uma coleta de dados de uma unidade hospitalar previamente escolhida. Criao de padres de estratificao do acidente, vtima e atendimento feito (identificao dos itens de custos mais significativos em cada ocorrncia), simples e confiveis o suficiente, que pudessem ser aplicados em pesquisas domiciliares posteriores (outras aglomeraes urbanas), utilizadas para a ampliao da base de dados e clculo dos custos nacionais. Este relatrio tem a seguinte estrutura: :: Introduo: :: Objetivos da pesquisa: :: Metodologia de coleta de dados para cada etapa do atendimento mdico prestado s vtimas de acidente de trnsito: resgate, atendimento hospitalar, reabilitao; :: Perfil epidemiolgico da casustica estudada, com discusso das possveis inferncias e repercusses nos custos; :: Metodologia do clculo dos custos mdico-hospitalares: Definio dos ndices e tabelas utilizadas; Custo do atendimento realizado (taxas e materiais); Honorrios mdicos; Dias de internao; Metodologia de caracterizao da vtima pelas leses ocorridas; Clculo de custos de cada tipo de vtima definido pelas leses ocorridas; Clculo de custos das vtimas pela gravidade e pelas leses; Equipamentos de reabilitao; Custos fixos. :: Resultados dos custos de atendimento do resgate, hospitalar e de reabilitao. :: Metodologia para determinao dos critrios de estratificao, para ampliao dos clculos de custos em cada tipo de ocorrncia. :: Discusso e possveis inferncias sobre os indicativos de polticas pblicas de preveno e assistncia.

Impactos sociais e econmicos dos acidentes de trnsito nas aglomeraes urbanas brasileiras

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2 RESUMO 2.1 Introduo Para levantamento dos custos mdico-hospitalares das vtimas de acidentes de trnsito, foram considerados os acidentes de trnsito rodovirios ocorridos na rea urbana da Regio Metropolitana de So Paulo, em vias e logradouros pblicos. O estudo considerou dois grupos de acidentes: com envolvimento de veculos automotores ou sem envolvimento de veculos, isto , quedas de pedestres e ciclistas. Os componentes de custo do atendimento foram avaliados de forma independente, pois ocorrem em momentos cronolgicos distintos e so realizados por instituies e organizaes que agem separadamente. O trabalho foi realizado no Servio de Resgate da Secretaria de Estado de Sade de So Paulo um servio com unidades atuando em toda a cidade, com vrios tipos de equipes e viaturas de resgate e no Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina da Universidade de So Paulo (HCFMUSP), um hospital tercirio, que dispe de equipes e infra-estrutura para atender todos os tipos de vtima por acidente de trnsito. 2.2 Objetivos Quantificar os custos mdico-hospitalares do atendimento s vtimas de acidente de trnsito, desde a fase pr-hospitalar reabilitao no HCFMUSP; Definir o perfil epidemiolgico da vtima de acidente de trnsito atendida no HCFMUSP; Criar um padro de estratificao desses custos para ser utilizado nas demais cidades pesquisadas. 2.3 Resultados 2.3.1 Resgate A coleta dos dados referentes aos custos do atendimento do resgate foi realizada nos meses de maio de 2001 nas unidades terrestres e janeiro de 2002 no grupamento areo. As informaes foram coletadas desde a chegada do veculo de resgate ao local do acidente at a entrada do paciente na unidade hospitalar. Os bitos considerados foram os ocorridos durante o atendimento. Os custos fixos (recursos humanos e transporte) foram calculados a partir de informaes disponibilizadas pelo servio de resgate. Foram includas 132 vtimas de acidentes de trnsito atendidas pelo resgate terrestre e 33, pelo resgate areo. Setenta e trs por cento das vtimas atendidas eram do sexo masculino e 27%, do sexo feminino. A idade mdia foi de 25 anos no resgate areo e 29 no terrestre. Os traumas graves, com risco iminente de morte, representaram 31% das leses atendidas pelo resgate terrestre e areo, com predomnio do trauma crnio-enceflico (TCE) e fraturas de membros inferiores. A maior parte dos casos foi atendida na Zona Leste de So Paulo. O tempo mdio de atendimento foi de 13 minutos. Ocorreram 14 bitos.

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Impactos sociais e econmicos dos acidentes de trnsito nas aglomeraes urbanas brasileiras

FIGURA 1Envolvidos em acidentes de trnsito atendidos pelo resgate terrestre de 1 a 31 de maio de 2001 na cidade de So Paulo

FIGURA 2Tipo de vtima atendida pelo resgate areo na cidade de So Paulo de 1 a 31 de janeiro de 2002

TABELA 1Custos do atendimento* por resgate na cidade de So Paulo, de acordo com a ocorrncia de bito (R$)**Ocorrncia bito No bito Geral*Procedimentos, material e custo fixo. **Valores mdios de 2001.

Terrestre 390,00 338,00 348,00

Areo 389,00 336,00 347,00

2.3.2 Atendimento mdico-hospitalar HCFMUSP A coleta dos dados referentes ao atendimento mdico no Hospital das Clnicas/SP dividiu-se em trs fases. Foi feita em todas as vtimas atendidas nas unidades de pronto-socorro do HCFMUSP noImpactos sociais e econmicos dos acidentes de trnsito nas aglomeraes urbanas brasileiras23

perodo entre 23 de julho e 23 de agosto de 2001 (fase 1). As vtimas foram acompanhadas durante sua passagem pelo hospital at 23 de fevereiro de 2002 (fases 2 e 3). Fase 1 - 30 dias; com coleta de informaes durante 24 horas, em regime de planto, nas unidades de emergncia; Fase 2 - 6 meses; concluda em 23 de fevereiro de 2002; acompanhou os pacientes por 6 meses durante a internao hospitalar, nas unidades de terapias intensivas e enfermarias; Fase 3 6 meses; concluda em 23 de fevereiro de 2002, acompanhou os pacientes por 6 meses durante o atendimento ambulatorial. No total, foram avaliados 587 pacientes, dos quais 548 foram includos na amostra do estudo. Destes, 360 eram do sexo masculino e 175, do sexo feminino. A idade mdia do grupo foi de 35 anos 17 (1 a 90 anos). As mulheres tiveram idade mdia de 42 anos 20 (1 a 90 anos) e os homens 31 anos 15 (1 a 89 anos). A maioria das vtimas era brasileira (94%), solteira (51%), branca (78%) e natural de So Paulo (57%). Noventa e seis por cento dos acidentes ocorreram na regio urbana. No houve predomnio de dia e horrio de ocorrncia; porm, 48% dos acidentes da madrugada ocorreram nos finais de semana. Os acidentes mais comuns foram colises (33%), quedas de pedestre sem envolvimento de veculo (22%) e atropelamentos (21%). Dos acidentes, 43% foram causados por automveis; 37%, por motocicletas e 8%, por nibus. Dos veculos atropeladores, 67% foram automveis; 26%, motocicletas e 3%, nibus. Das quedas de veculos, 58% ocorreram de motocicleta e 22%, de bicicleta. Dos veculos que se envolveram em colises, 52% foram automveis; 27%, motocicletas e 6%, caminhes.TABELA 2Vtimas atendidas no HCFMUSP, de 23/07 a 23/08/2001, por acidente e sexoTipo de acidente Coliso* Atropelamento Queda Veculo Movimento Queda Pedestre s/ Veculo Queda Veculo Parado Queda dentro Veculo TotalObs: 20 sem informao. *Incluindo capotamento.

Feminino 40 40 6 74 12 5 177

% 7 8 1 14 2 1 33

Masculino 151 73 62 47 12 6 351

% 28 15 12 9 2 1 67

As mulheres so maioria apenas nas quedas sem envolvimento de veculos. O grupo de maior risco para acidentes de trnsito so os homens entre 20 e 29 anos. Quarenta e quatro por cento (242) das vtimas eram pedestres, dos quais 22% foram atropelados e 22% sofreram quedas sem envolvimento de veculo; 25% (138) eram motociclistas e 16% (88), ocupantes de automveis. As principais vtimas dos acidentes, com ou sem envolvimento de veculos, so os pedestres, seguidos pelos motociclistas, e depois pelos motoristas e ocupantes de veculos. Das vtimas, 68% (400) foram atendidas e liberadas e 17% (99), internadas. Ocorreram 11 bitos (2%). Quarenta e sete por cento das vtimas tiveram leses nos membros inferiores (MMII); 32%, leses mltiplas (politraumatismos); 27%, leses nos membros superiores (MMSS) e 17%, trauma24

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crnio-enceflico (TCE). Dos politraumas (leses mais extensas e graves), 42% ocorreram em pedestres e 33%, em motociclistas. O custo mdio por paciente no internado foi de R$ 521,00 546,00 (US$ 221 232);1 com custo mnimo de R$ 224,00 (US$ 95) e mximo de R$ 4.568,00 (US$ 1.942) (valores mdios de 2001). O custo mdio por paciente internado, com e sem bito, foi de R$ 38.418,00 56.662,00 (US$ 16.332 24.088), com custo mnimo de R$1.523,00 (US$ 647) e mximo de R$ 238.481,00 (US$101.386) (valores mdios de 2001). 2.3.3 Reabilitao A coleta dos dados referentes aos custos dos programas de reabilitao foi feita de forma retrospectiva. Foram includos 20 pacientes que haviam sofrido acidente de trnsito de dois a quatro anos antes do incio da coleta e avaliados os custos de atendimento nos 18 meses aps a alta hospitalar. Foram estudados 10 pacientes com traumatismo raquimedular (TRM) e 10 pacientes amputados dos membros inferiores (MMII). Quinze dos pacientes includos eram do sexo masculino e cinco, do feminino. No TRM, sete eram homens e trs mulheres; nos amputados, oito pacientes eram homens e dois, mulheres. A idade mdia dos pacientes com TRM foi de 25 anos 6 (23 a 45 anos) e dos amputados MMII, de 22 anos 2 (18 a 26 anos). Cinco das vtimas com TRM eram ocupantes de carros, duas foram atropeladas e trs eram motociclistas. Nos amputados, seis eram motociclistas, duas, atropeladas e duas, ocupantes de carros. A mdia dos custos totais, por um perodo de 18 meses, do programa de reabilitao das vtimas com traumatismo raquimedular foi R$ 45.305,00 (R$ 18.665,00 a R$ 73.413,00) e das vtimas com amputao de membros inferiores, R$ 44.648,00 (R$ 19.902,00 a R$ 73.165,00) (valores mdios de 2001). O custo da reabilitao um custo importante, pois perdura ao longo do tempo e vem acompanhado de perda de rendimentos e diminuio no padro de vida, o que sempre agrava a situao da vtima e sua famlia. 2.4 Expanso dos dados para pesquisa nacional Os pacientes no internados foram avaliados de acordo com a gravidade da leso e nmero de unidades topogrficas acometidas, sendo aplicados os custos correspondentes a cada situao. Para os pacientes internados, a composio da conta hospitalar mdia mostra que a maior parte dos custos (72%) advinda de quatro itens: 34% de medicamentos, 21% de materiais mdicohospitalares, 11% de honorrios mdicos e 6% de dirias hospitalares. Todos os itens esto ligados ao tempo de internao do paciente e, assim, foi utilizada a seguinte funo para clculo dos custos: C (int) = C1 + C2.(d.enf) + C3.(d.uti) onde C(int) = custo da internao hospitalar; C1, C2, C3 = constantes do modelo; d.enf = nmero de dias que a vtima ficou internada em enfermaria; e d.uti = nmero de dias que a vtima ficou internada em UTI.1. Considerada a taxa de converso de 1 US$ = R$ 2,35, correspondente ao valor mdio do dlar em 2001.

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2.5 Recomendaes 2.5.1 Quanto melhoria da informao Integrao e descentralizao dos sistemas de referncia e contra-referncia, para assistncia s vtimas de acidentes de trnsito, principalmente as advindas das aglomeraes urbanas: resgate, unidades de pronto-atendimento e emergncia e unidades hospitalares secundrias e tercirias; ou seja, uma rede de atendimento com servios distintos, de acordo com a gravidade especfica do caso. Hoje, a sobrecarga dos hospitais universitrios e tercirios importante fator de aumento dos custos de atendimento. Integrao dos bancos de dados das instituies que lidam com acidentes de trnsito: rgos de trnsito, policiais, hospitais, Instituto Mdico Legal, seguradoras e previdncia, visando melhoria dos dados e atualizao dos custos. Existncia de sistemas de informao nos hospitais da rede pblica, padronizado com dados bsicos de custo e atendimento, mesmo quando no atendidos pelo Servio nico de Sade (SUS). Monitorizao epidemiolgica para avaliar resultados de programas ou/e polticas implantadas. 2.5.2 Quanto preveno de acidentes Utilizao de dados visando a diminuir as causas mais evidentes de acidentalidade nas aglomeraes urbanas; Implementao de polticas para grupos especficos: motociclistas e pedestres; condutor e pedestre idoso; Implementao de programas de respeito aos pedestres e de sinalizao adequada para eles; Melhoria das caladas; Realizao de pesquisa sobre nmero de colises e outros acidentes com veculos, aps a regularizao e implantao da fiscalizao eletrnica de velocidade; Estudo mais aprofundado da correlao utilizao de lcool e acidentalidade; Estudo mais aprofundado da utilizao de medicamentos psicoativos e acidentalidade. 2.5.3 Quanto aos servios de sade Capacitao da rede de resgate e hospitalar para atendimento de leses por causas externas que integrem todos os nveis de cuidados; Orientao populao para utilizao dos recursos: resgate e rede hospitalar; Realizao de cursos de educao de trnsito e primeiros-socorros para estudantes dos ensinos bsico e fundamental; Utilizao do programa Mdico da Famlia para divulgar informaes sobre leses por causas externas, destacando os acidentes de trnsito e sua preveno; Implementao de centros de reabilitao voltados ao atendimento e preveno de incapacidades.

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3 INTRODUO 3.1 Dados epidemiolgicos existentes A United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO) refere que o trnsito a segunda causa de morte de pessoas entre 18 e 25 anos, e a Organizao Mundial da Sade (OMS) lista o trnsito como a nona causa de morte geral no mundo. Os acidentes de trnsito, no Brasil, so uma das principais causas de morbidade e mortalidade, principalmente entre a populao abaixo dos 40 anos, a despeito da nova legislao trazida pelo Cdigo de Trnsito Brasileiro de 1998. MANTOVANI & RAIA Jr (2000) afirmam que... Na atualidade, o Brasil participa com apenas 3,3% do nmero de veculos da frota mundial, mas responsvel por 5,5% dos acidentes com morte registrados no mundo. Segundo a Associao Brasileira de Detrans (ABDETRAN), o Brasil est longe de alcanar o ndice de trs mortos por dez mil veculos/ano, tido como aceitvel pela ONU. No Brasil, so sete mortos por dez mil veculos/ano. Nos pases desenvolvidos, ocorre menos de uma morte por dez mil veculos/ano.... Os dados do Ministrio da Sade2 mostram que a mortalidade, de forma geral, aumenta com a idade e que os dados variam bastante entre as regies brasileiras (tabela 3). Porm, um fato que chama a ateno, nessa tabela, o aumento abrupto do nmero de mortes que ocorre na transio entre o grupo de 10-14 anos (crianas) para o grupo de 15-19 anos (adolescentes), aumento esse que persiste nos demais grupos etrios, at 40 anos, mostrando uma possvel interferncia da mortalidade por causas externas, dentre as quais os acidentes de trnsito. O prprio Ministrio da Sade aponta, pelos dados epidemiolgicos disponveis, que ... j os bitos por causas externas tm registrado crescimento, com uma sobremortalidade masculina mais acentuada entre os jovens. Em 1999, ocorreram 116.894 mortes por essas causas no pas, ou seja, 71 bitos por 100 mil habitantes, sendo que as maiores taxas encontram-se nas Regies Sudeste (87,3) e Centro-Oeste (80,2). Os homicdios ocupam o primeiro lugar no Norte, Nordeste e Sudeste, enquanto os acidentes de transporte predominam no Sul, e h um equilbrio entre esses dois tipos de causas no Centro-Oeste3. Na tabela 4, quando se avalia a mortalidade por causas externas nas regies metropolitanas do Brasil, observa-se que os nmeros so expressivos na mortalidade geral do pas, demonstrando que as aglomeraes urbanas so as mais afetadas por esse tipo de evento. Na tabela 5, podem ser observados os dados estatsticos da morbidade decorrente de causas externas. A morbidade pode ser estimada pelo nmero de internaes ocorridas nos hospitais do Sistema nico de Sade (SUS) provocadas pelas causas externas. Um fato interessante, observado na tabela 5, mostra que os acidentes de transporte (nomenclatura do Ministrio da Sade) so mais freqentes que as agresses, como causa das internaes hospitalares. A necessidade de internao hospitalar est ligada diretamente gravidade das leses ocorridas e mostra, com clareza, que os acidentes de trnsito contribuem de forma significativa nos custos mdicohospitalares do SUS e do pas. As estatsticas disponibilizadas pelo Ministrio da Sade demonstram que as ocorrncias por acidentes de trnsito so muito importantes dentro do SUS, pois, pela gravidade das leses encontradas, representam uma grande parcela nos custos de atendimento, mesmo que no sejam as mais prevalentes, quando comparadas com outros casos de morbidade por causas externas.2. Ministrio da Sade (http://www.saude.gov.br). 3. Anurio Estatstico da Sade Ministrio da Sade do Brasil.

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Por outro lado, as estatsticas disponibilizadas pelo Departamento Nacional de Trnsito (Denatran), no Anurio Estatstico de 2001,4 mostram que nesse ano o Brasil tinha cerca de 35 milhes de condutores registrados e aproximadamente 32 milhes de veculos. Nesse mesmo ano ocorreram 307.287 acidentes com vtimas, os quais causaram 20.039 mortes no local, em que pese a observao de alguns dados estarem incompletos (tabela 6). Esses nmeros significam que 7% dos acidentes de trnsito com vtimas, ocorridos em 2001, causaram mortes. Quatro mil, setecentos e sessenta e nove dos mortos (24%) tinham entre 18 e 29 anos de idade, mostrando que essa faixa etria a de maior risco para esse tipo de acidente. Outra observao interessante so as 1.861 mortes de motociclistas (9% do total). As vtimas no fatais somaram 374.557 (1,2 vtima por acidente), das quais 129.822 tinham entre 18 e 29 anos (35% das vtimas) e 69.681 eram motociclistas (18%). Existem 23 milhes de automveis (65% da frota) e quase cinco milhes de motocicletas (14% da frota) dentre os 35,5 milhes de veculos em circulao no pas, o que mostra a importncia dos nmeros proporcionais dos acidentes com vtimas envolvendo motociclistas.TABELA 3Mortalidade Proporcional (*), por Grupos de Idade. Regies do Brasil e Unidades da Federao, 1999.Regies