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C O M O T I R A R S U A E M P R E S A D E U M A S I T U A Ç Ã O F I N A N C E I R A C R Í T I C A
REESTRUTURAÇÃO DE PEQUENAS
EMPRESAS
C É S A R N . C R E M O N E S IAutor de "Arquitetura Básica de um Plano de Negócio"
REESTRUTURAÇÃO DE PEQUENAS EMPRESAS
Como tirar sua empresa de uma situação financeira crítica
Estratégias, Ações, Planejamento
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1
Sumário
Reestruturação de Pequenas Empresas ..................................... 0
I. Sobre o Autor ................................................................. 2
II. Preâmbulo ................................................................... 3
III. O Alto Custo da Má Gestão ....................................... 5
IV. Sinais de Alerta: Como saber se a empresa vai mal? . 8
V. Estágios da Reestruturação do Negócio ................... 10
VI. Turnaround – Planejamento financeiro para
reestruturação da empresa ................................................... 34
VII. Resumo das Fases e Ações ....................................... 37
VIII. Final ...................................................................... 39
IX. Bibliografia ............................................................... 40
2
I. SOBRE O AUTOR
Empreendedor e Executivo de Finanças
com 18 anos de experiência em
Planejamento Estratégico de Novos
Negócios, abertura de empresas, set-ups
operacionais, administração financeira.
- Experiência como lojista no Shopping D (São Paulo)
- Desenvolvimento de mais de 25 Planos de Negócio
- Experiência em Assessoria Empresarial e Planej. Estratégico
- Experiência com captação de investimentos e linhas de crédito
para Capital de Giro.
É membro do Conselho de Administração da Distribuidora
Empório Bourbon de Campinas – SP, tendo desenvolvido o pelo
Plano de Negócio e start-up da empresa.
Em 2006 teve um de seus Planos de Negócio premiado no1°
Fórum de Projetos Sustentáveis da FGV-SP.
Graduado em Engenharia pela UNICAMP (1995).
César Novais Cremonesi
Cel. / Whatsapp: (19) 9 8968 5524
E-mail: [email protected]
www.cesarnc.com.br
3
II. PREÂMBULO
xiste uma estatística que certamente você já ouviu
mais de vinte vezes na televisão: “90% das empresas
que abrem, fecham no primeiro ano de operação”.
Simples, claro, rápido, verdadeiro.
Se sua empresa está a caminho de entrar nesta estatística, sofre
com problemas de caixa, vendas e custos altos, você tem duas
opções apenas:
Feche a empresa e corte as perdas (stop loss) ou;
Reestruture o seu negócio. Sim, tenha em mente que:
Sempre há uma saída!
A reestruturação de um negócio tem muito mais chances de
sucesso se realizada seguindo-se uma metodologia criteriosa,
com concentração, sem colocar emoções nas decisões e,
preferencialmente, com o acompanhamento de um profissional
que complemente seu conhecimento, seja na área administrativa,
de vendas, finanças, etc. Cubra suas deficiências com a ajuda de
um especialista.
Todos nós temos deficiências em algumas áreas de um negócio.
É impossível sermos experts em absolutamente todos os
aspectos do nosso negócio.
E principalmente:
Um bom gestor trabalha sobre as estratégias da
empresa. Nunca “metendo a mão na massa” ou
dizendo “deixa comigo”. Ele pensa, decide. Os outros
executam.
E
4
Este é um livro que tem o objetivo único de ajudar você a
reestruturar seu negócio. Ele não leva em consideração aspectos
emocionais e psicológicos como:
Sentimentalismo (“meu pai criou este negócio do zero!”,
“esta empresa é minha filha”)
Egocentrismo (“só eu sei ‘tocar’ esta empresa”)
Auto sabotagem (“vou tentar mais 3 meses e depois vejo o
que fazer”)
Medo (“E seu eu mudar e não adiantar nada?”)
Ansiedade (“Vou mudar tudo a partir de amanhã!”)
Letargia (“Já estamos no fim do ano, verei isso depois do
Carnaval”)
Se sua intenção é salvar seu negócio e torna-lo rentável, terá que
tomar decisões que não gostaria, assumir novos riscos –
calculados, sim – mas ainda, riscos e agir efetivamente. Terá de
ser uma Empresário com “E” maiúsculo. Deixe a pessoa
sentimental, egocêntrica, medrosa, ansiosa ou letárgica em casa.
Arregace as mangas e comece imediatamente.
A reestruturação do negócio levará a empresa a dispensar
diversos de seus recursos (produtos, colaboradores, estrutura) e
a adotar novos recursos que serão mais rentáveis. Quanto mais
incisivas, corretas e rapidamente implementadas, melhor será
para o negócio.
O tempo está contra você
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III. O ALTO CUSTO DA MÁ GESTÃO
No Capítulo IV do meu livro “Arquitetura Básica de um Plano
de Negócio”, listo os Principais Erros dos Empreendedores
quando abrem seu primeiro negócio.
Mesmo não cientes destes erros, a princípio, são exatamente eles
que têm o potencial de levar a empresa ao fracasso, pois serão
os fatores geradores da má gestão.
Negócios fracassam por má gestão
Muitas causas contribuem para o fracasso de um negócio.
Estudos apontam que apenas 9% dos fracassos são devidos
fatores que estão além do controle do gestor1. Os outros 91% são
relacionados com fatores que o gestor poderia controlar. E
destes, 52% estão enraizados em problemas gerados
internamente, que o gestor não gerenciou na hora certa.
Algumas vezes se trata de negação, desconhecimento, outras
vezes de negligência, mas sempre resulta em prejuízos.
1 Proprietário, Sócio Diretor, Diretor Contratado, Gerente Responsável. Neste
livro utilizarei apenas o termo genérico “Gestor”.
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A má gestão é frequentemente observada em mais de uma entre
múltiplas áreas.
Gestão autocrática (“Eu decido”) e superestendida (“Eu
resolvo tudo em todos os assuntos da empresa”)
Comunicação ineficiente ou inexistente
Alto turnover (trocas de funcionários) e negligência com
recursos humanos.
Remuneração e incentivos ineficientes.
Mix de produtos decadentes, fora de moda ou desatualizados
Metas da empresa não atingidas ou não compreendidas
Nicho de mercado decadente e falta de novos clientes
Análises e estratégias de mercado inadequadas
Falta de informações financeiras precisas em tempo real
Histórico de planos de expansão que não deram certo
Crescimento descontrolado ou mal gerido
Uma máxima formulada pelo democrata americano Will
Rogers:
Se você está no buraco, pare de cavar!
Este é um bom conselho para diretores e gerentes com a
responsabilidade de liderar uma empresa e um excelente
conselho para potenciais investidores ou fontes de
financiamento, que poderiam (mas não irão) ajudar
financeiramente no seu negócio
7
O PAPEL DE UM ESPECIALISTA EM REESTRUTURAÇÃO DE
EMPRESAS
Para planejar e conduzir uma reestruturação bem sucedida a
empresa deve considerar a contratação de um profissional
independente, não contaminado com o cotidiano da empresa, de
pensamento claro para:
Achar oportunidades rapidamente
Determinar o que há de errado,
Desenvolver estratégias que não foram tentadas antes
Implementar planos para reestruturar o negócio.
Fornecer ferramentas, planilhas de gestão e sistemas de
controle adequados.
Os problemas nas empresas raramente são o que os gestores
indicam que são, mas sim, dois ou três problemas crônicos
subjacentes, que frequentemente podem ser consertados.
Você não deve se focar nos sintomas: Precisa achar as
causas reais.
O gestor permitiu que estes problemas surgissem e levaram a
empresa a seu estado precário. Desta forma é fundamental que o
8
gestor analise se ele é a pessoa adequada para gerenciar a
reestruturação com ou sem um especialista o auxiliando.
Igualmente, terá de analisar se ele – gestor – necessita de
treinamento, curso de aprimoramento ou algum tipo de
aprendizado, para que, no futuro, não volte a cometer os mesmos
erros.
Usar um especialista em reestruturação é frequentemente uma
excelente escolha. O especialista traz um novo conjunto de
ferramentas de gerenciamento e de aconselhamento para
situações problemáticas. Não desconsidere a hipótese de
contratar um especialista. Não corra o risco de cometer os
mesmos erros novamente.
Há um determinado ponto de precariedade da empresa
em que a única solução possível passará a ser fechar
IV. SINAIS DE ALERTA: COMO SABER SE A
EMPRESA VAI MAL?
Quais são os principais sinais de que uma empresa está
“quebrando”? Esta é uma das perguntas mais frequentes feitas
para um especialista em reestruturação empresarial.
Problemas surgem a partir de uma variedade de causas. Os sinais
óbvios raramente são as causas dos problemas. Perder dinheiro,
por exemplo, não é o problema. É o resultado de outros
problemas.
Os sinais de alerta listados abaixo podem dar algumas dicas do
porquê da empresa estar passando por dificuldades.
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Sinais relacionados com a performance da operação incluem:
Lucros decrescentes
Falta de planejamento e orçamento de curto e longo prazos
Problemas de controle de qualidade – devoluções,
reclamações
Atraso ou lentidão nas entregas – ou execução de serviços
Aumento dos custos fixos em relação às vendas
Trocas constantes de funcionários, supervisores e gerentes
Demissões em massa
Queda das Vendas por Funcionário
Restrições ou dificuldades de crédito no mercado (prazos
com fornecedores)
Falha em compras
Falha dos acionistas em exercer diligentemente suas funções
de supervisão
Aumento da inadimplência
Sinais relacionados com a performance financeira incluem:
Lucros decrescentes
Queda nas vendas
Queda de caixa disponível
Sinais relacionados com à má utilização dos ativos incluem:
Queda do Capital de Giro
Queda nos ativos circulantes (recebíveis a curto prazo)
Queda no giro de contas a pagar
Queda no giro do estoque
Piora no aging de contas a pagar
Piora no aging de contas a receber
Saldos a pagar de empréstimo assustadores
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V. ESTÁGIOS DA REESTRUTURAÇÃO DO NEGÓCIO
A reestruturação da empresa tem cinco estágios, que serão
abordados a fundo neste livro:
Mudança na gestão
Diagnóstico da Situação Atual
Ações de Emergência
Reestruturação do Negócio
Retorno ao Normal
MUDANÇA NA GESTÃO
Os sócios deverão definir, dentre eles ou diretores contratados,
quem será a pessoa para liderar a reestruturação da empresa.
Também deverão, preferencialmente, contratar um Especialista
em Reestruturação de empresas, que ofereça o serviço com
valores compatíveis com a capacidade de pagamento da
empresa. Não é o momento de gastar dez ou quinze mil reais
com uma consultoria.
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Há profissionais no mercado com experiência suficiente para
conduzir uma reestruturação rápida em uma pequena empresa,
reduzindo-se significativamente o investimento necessário.
Procure profissionais que cobrem valores acessíveis e
justos, preferencialmente com honorários mensais e
meta de planejar a reestruturação em no máximo 45
ou 60 dias.
Dependendo do planejamento, mais ou menos complexo,
contrate-o para um acompanhamento periódico da
reestruturação posteriormente, até que a empresa esteja
devidamente aculturada com o novo modo de fazer as coisas.
Cerque-se de profissionais competentes. Livre-se de
colaboradores ruins, falsos consultores e pretensos
“milagreiros”.
Procure aprimoramento do gestor, através de cursos e
treinamentos específicos, já na fase inicial de reestruturação
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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL
Neste ponto, o objetivo é o de terminar a severidade da situação
do negócio e se ele tem chances de ser reestruturado. Perguntas
a serem respondidas são:
O negócio, em si, é viável?
É possível migrar para outro nicho de mercado?
O negócio pode sobreviver, mesmo após uma
reestruturação?
O negócio deve ser reestruturado? (há questões societárias,
de mercado ou outras, que sejam irreconciliáveis?)
A empresa ou seus acionistas conseguem recursos
financeiros para impulsionar a reestruturação?
O problema é simples, bastando apenas a adoção de mais
ferramentas de controle?
Identifique estratégias eficazes de reestruturação.
Estratégias Operacionais incluem (mas não estão limitadas a):
Aumento de receitas
Redução de custos
Venda de ativos
Estabelecimento de um reposicionamento competitivo.
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Iniciativas Estratégicas incluem:
Adoção de sólidas estratégias e táticas empresariais e
objetivos que se alinhem com os interesses e metas dos
sócios.
Muito frequentemente, metas estão desalinhadas com os
objetivos, levando à confusão, perda de tempo e funcionários
enviados na direção errada. Você diz que a meta de vendas é de
R$ 20.000 reais, mas no mês passado vendeu R$ 8.000 e nada
foi feito, que indique que 20 mil são possíveis.
Entenda que, a esta altura, você já deve ter perdido muitos dos
bons funcionários. A gestão tem de trabalhar com “o que tem”
para aproveitar o tempo e melhorar a equipe conforme ela
trabalha.
Entenda o ciclo e estágio do nicho de mercado e como ele se
relaciona com a estratégia de reestruturação escolhida.
Identificar pontualmente todos os problemas e suas causas,
que levaram a empresa a uma situação financeira crítica
Demonstrar onde estão as maiores virtudes da empresa, que
podem estar sendo menosprezadas ou mal utilizadas.
Após o diagnóstico da situação da empresa a empresa terá de
realizar modificações em todas as áreas da empresa:
Fazer alterações, revisões ou cortes dos “recursos causadores
de problema”: produtos não lucrativos, clientes não
lucrativos, operações não lucrativas, custos e despesas fixas
e variáveis, estratégias de preço, distribuição, comunicação,
prestação de serviço.
Passar a prestigiar os recursos da empresa que são positivos
e/ou lucrativos, através de modificações de estratégias de
produto, preço, comunicação, distribuição ou prestação de
serviço.
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Para o diagnóstico da empresa, são necessárias algumas
ferramentas importantes.
SISTEMA DE GERENCIAMENTO
Esqueça a caderneta e a planilha de Excel.
Caso sua empresa ainda não tenha um, será necessária a
implantação de um sistema de gerenciamento na empresa, o
chamado ERP (do inglês Planejador de Recursos Empresariais).
Há inúmeras opções de sistemas ERP de baixíssimo custo para
aquisição pela internet, sejam eles baseados nos seus
computadores ou na “nuvem” (dados salvos em servidores
doutras empresas).
Eu, pessoalmente, recomendo sistemas com plataforma em
nuvem, pois permitem acesso de qualquer lugar do mundo em
tempo real, não se corre risco de perda de informações e são
sistemas com recursos bem completos.
Com o ERP você conseguirá estruturar adequadamente:
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Cadastros de produtos, fornecedores, clientes, parceiros,
transportadores, etc. (que a esta altura devem estar
totalmente bagunçados)
Vendas e Contas a Receber (que devem estar em cadernetas)
Compras e Contas a Pagar (que devem ser uma pilha de
boletos no canto do balcão)
Despesas e Contas a Pagar (descontroladas e pagas à medida
que a “conta chega”, sem recibos)
Estoques (a esta altura, você já nem sabe o que tem e quanto
tem em estoque, seja físico ou financeiro)
Administração de Pedidos
Faturamento eletrônico (Certificado Digital e-CNPJ), de
acordo com a lei
Relatórios contábeis para envio à contabilidade
Com este sistema estruturado, você terá um TESOURO nas
mãos:
A capacidade de gerar Relatórios Gerenciais
extremamente detalhados e confiáveis, que te ajudarão
na Gestão da Operação da empresa.
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BUSINESS INTELLIGENCE (BI) OU “INTELIGÊNCIA DE
NEGÓCIOS)
A segunda ferramenta, agora sim é em Excel. Um excelente
recurso para análises, projeções, criação de cenários – todos –
baseados nos Relatórios Gerenciais do sistema ERP.
Sistema ERP
•Vendas
•Compras
•Estoques
•Contas a Pagar
•Contas a Receber
•Cadastros
BI (Excel)
•Projeções de Vendas
•Projeções de Caixa
•Projeções de Compras
•Adminsitração de Estoques
Decisão
•Políticas de Preços e Vendas
•Previsões de Caixa Futuro
•Tomada de Decisões Estratégicas
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Com a integração do Sistema ERP com o sistema de Inteligência
da empresa (BI) você terá condições de tomar todos os tipos de
decisão de curto, médio e longo prazos para sua empresa.
Disponibilidade futura de caixa para compra a prazo hoje
Disponibilidade de caixa para pagamento de salários
Análise de Giro de Produtos
Análise de Margem de Lucro por produto ou serviço
Performance dos colaboradores (vendas, administrativo,
logística, operação).
Pare imediatamente de controlar sua empresa de
maneira amadora.
Pastas e pastas de papéis, contas, boletos, pedidos,
tudo, TUDO deve ser imediatamente informatizado
A estrutura do diagnóstico, demonstrado a seguir, pode variar de
empresa para empresa, mas como ferramenta inicial é válida
para todos os tipos de negócio
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MIX DE PRODUTOS OU SERVIÇOS
Objetivo: Avaliar o Mix de Produtos ou Serviços, identificando
um a um suas capacidades de geração de receita (venda),
geração de lucro ou prejuízo (margem), geração de caixa (prazos
de compra, venda).
DuagnósticoSituação Atual
Mix de Produtos ou Serviços
Vendas por Produto ou Serviço em ordem decrescente (Curva
ABC)
Lucravidade dos Produtos ou Serviços
Carteira ou Perfil de Clientes
Vendas por Cliente ou Público-Alvo em
ordem decrescente (Curva ABC)
Lucratividade por Cliente ou Perfil de
Cliente
Operações Internas
Listagem de todas as operações e pessoas
envolvidas
Demonstrações Financeiras
Situação do Fluxo de Caixa
Análise de Custos e Despesas Fixas e
Variáveis
Análise do Ponto de Equilíbrio e Margem
de Contribuição
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Vendas de Produtos ou Serviços
o Fazer uma lista, em ordem decrescente, das vendas de
todos os produtos ou serviços em um determinado
período. Normalmente, um histórico entre 3 e 6 meses.
Esta lista demonstrará o giro de cada produto e quanto de
vendas eles geram
Lucratividade de Produtos ou Serviços
o Fazer uma lista, em ordem decrescente, de todos os itens
de produtos (SKUs) ou serviços com as informações de
custos, preço de venda, mark-up e margem de
contribuição unitária. Esta lista, se aliada à lista anterior,
demonstrará o giro financeiro que os produtos geram na
empresa, item a item.
Com este primeiro diagnóstico, ficarão claros:
Produtos ou serviços que vendem muito bem e produtos ou
serviços que vendem muito mal. (Receita)
Produtos ou serviços que geram maior ou menor lucro
unitário (mark-up e margem de contribuição unitário)
Histórico de Vendas e Margem de Contribuição apenas do
Mix de Produto, essenciais para tomada de decisões de
reestruturação.
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CARTEIRA DE CLIENTES OU PÚBLICO-ALVO
A clientela de uma empresa é seu Baú do Tesouro. Baú
composto, porém, de “itens” mais valiosos e itens menos
valiosos.
Se você não for capaz de carregar todo o Baú de Tesouro devido
a seu grande peso, você – obviamente – se livrará dos itens
menos valioso (a contragosto, porque nós sempre queremos ter
TUDO), mas pelo menos você lucraria com uma boa parcela dos
itens mais valioso.
Sua carteira de clientes também tem clientes mais valiosos (os
mais lucrativos, bom pagadores) e os menos valiosos (menos
lucrativos, inadimplente, problemáticos).
Em caso de “público-alvo”, em que você não tem uma carteira,
seu critério é “tipo de perfil”: mais lucrativo e menos lucrativo
(faixa etária, gênero, poder aquisitivo, etc).
Livre-se imediatamente dos menos valioso através da seguinte
metodologia.
Faça uma lista de seus clientes com a quantidade de pedidos
realizados e valor de compra mês a mês, por 90 dias.
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Ordene esta lista por Valor de Compra (do maior para o
menor). Assim você visualizará facilmente.
Se tiver histórico de produtos ou serviços comprados pelos
clientes, você poderá listar até os clientes que são mais
lucrativos
Faça uma linha de corte: Não atenda mais clientes que,
somados, correspondam à apenas 25% do faturamento da
empresa. Assim você concentrará esforços nos melhores
clientes, adaptará a linha de produtos ou serviços para eles e
otimizará processos internos e de logística – reduzindo
custos e criando um espaço para recuperar o faturamento
perdido com mais lucros.
Se sua clientela é difusa (tipo varejo, bar e restaurante, serviços
diversos) em que você não tem uma carteira de cliente:
Elimine os públicos-alvo não valiosos alterando seu
posicionamento: altere o mix de produtos e serviços,
preços, ofertas e benefícios. Desta forma os clientes menos
valioso diminuirão substancialmente e você lucrará com os
tipos de clientes de maior valor (gastam mais, compram mais
caro, geram mais lucro).
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OPERAÇÕES INTERNAS
Toda empresa tem uma série de operações que são realizadas
internamente e que são importantes para a consolidação das
ações das áreas comercial e de marketing.
Frequentemente as empresas iniciam rotinas de operações
internas que ao longo do tempo se tornam complexas devido ao
crescimento da empresa. O aumento de vendas, por exemplo,
gera aparecimento e crescimento da inadimplência, que exigirá
operação interna específica para a recuperação de contas a
receber.
Liste as operações de cada área ou funcionário da empresa,
pelas atividades que ele executa desde o momento que chega
na empresa até a hora em que sai.
Classifique cada operação segundo critérios de prioridade,
importância. Muitas vezes uma atividade é importante mas
não prioritária. Pode ser deixada para mais tarde ou pode ser
executada com menor periodicidade (de diariamente para a
cada dois dias).
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Faça uma matriz de rotina interna x competência. Desta
forma, atribua tarefas repetitivas (relatórios, conferências,
conciliações) para funcionários menos qualificados.
Reserve para os gestores as atividades de grande importância
e prioridade (análise de relatórios, tomada de decisão)
Reserve momentos para reuniões (com conjunto ou
individuais área por área) com funcionários. Esta é a forma
mais eficaz para o gestor se inteirar dos assuntos internos.
Corte a prática de “para cada problema, uma ação” ao longo
do dia. Isso gasta um enorme volume de tempo e causa
estresse desnecessário
Estas reuniões devem ser periódicas rápidas e objetivas:
enderece os assuntos, identifique as causas, tome decisões,
delegue a execução.
Informatize rotinas ao máximo. Elimine controles com papel,
elimine atividades desnecessárias ou duplicadas entre
funcionários diferentes. Estabeleça responsabilidades e rotinas
para cada área e para cada funcionário. Reúna as informações
em reuniões periódicas para tomada de decisão e atribuição de
tarefas com objetivos e prazos claros.
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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Faça imediatamente um apanhado geral da situação financeira
atual da empresa
Dinheiro em Caixa / Bancos
Nível de Estoque (item a item por quantidade e valor)
Ativos Fixos ou Bens da empresa (Equipamentos, veículos,
terrenos, imóveis)
Contas a Receber de Clientes (valores e prazos)
Contas a Pagar de Fornecedores (valores e prazos). Avalie
se há acúmulos em datas específicas.
Situação de dívida financeira (empréstimos a pagar,
financiamentos a pagar) com valores e prazos
Volume Médio de Vendas Mensal
Despesas com funcionários (salários, contribuições e
benefícios)
Custos variáveis (que variam de acordo com as vendas –
comissões, embalagens, combustível para entrega, serviços
terceirizados relacionados a vendas, como entregadores,
cobradores, etc.)
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Custos fixos (que são constantes, independentemente das
vendas – aluguel, IPTU, despesas diversas)
Esta listagem geral é capaz de demonstrar a saúde financeira da
empresa. Será o ponto de partida da reestruturação, pois todas
as modificações em mix de produtos e serviços e todo o
remanejamento de clientes irão gerar resultados a partir da
situação financeira atual.
Seja minucioso. Em todos os itens, vá até a segunda casa
decimal. Não “arredonde”, não menospreze despesas
aparentemente baratas. Várias contas baixas somam-se em
pagamentos altos.
AÇÕES EMERGENCIAIS
Feito o diagnóstico da situação da empresa, já com ideias de
como se dará a reestruturação, o próximo estágio é a adoção de
ações emergenciais, cujo objetivo é o de reestabelecer o
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controle da situação, particularmente o caixa e reestabelecer o
Ponto de Equilíbrio2.
Centralize a função de gerenciamento de caixa para garantir
controle. Se você estancar a sangria de caixa, você dá uma
chance para a empresa sobreviver. O tempo é seu inimigo.
Proteja o valor da empresa através da demonstração de que
o negócio é viável durante a transição.
Muito provavelmente você precisará levantar dinheiro
imediatamente. Reveja os ativos da empresa que podem ser
fonte de dinheiro (“coisas que podem ser vendidas”), faça
antecipações de Contas a Receber (com bancos, factorings,
FDICs, etc).
Renegocie contas a pagar com fornecedores e outros
credores, através de parcelamentos, redução de juros ou até
redução do valor principal.
Venda partes do negócio que não geram lucro, imóveis,
terrenos e ativos não utilizados.
Consiga empréstimos contra garantia real (refinanciamento
de veículos, imóveis, etc) se necessário.
Faça cortes de funcionários rapidamente e de forma justa. É
muito melhor cortar fundo de uma vez do que fazer
pequenos cortes repetidamente. Os funcionários que ficarem
terão mais foco, uma vez que estejam certos de que seu
emprego está seguro e de que eles são importantes neste
momento.
Corrigir o tamanho da empresa significa mais do que fazer
demissões.
Corrija produtos mal precificados, corrija as linhas de
produtos ficando apenas com as que são lucrativas e
atendem à demanda.
2 Cremonesi, César N; “ARQUITETURA BÁSICA DE UM PLANO DE
NEGÓCIO”. Pp. 36.
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Livre-se de clientes problemáticos (inadimplentes, baixo
consumo, não lucrativos)
Enfatize vender mais aquilo que dá mais lucro.
Recompense funcionários que ajudaram a mudar a situação,
repreenda ou livre-se daqueles que não.
REESTRUTURAÇÃO DO NEGÓCIO
Neste ponto o objetivo é de criar lucratividade através das
operações, produtos e serviços que sobreviveram aos cortes das
ações emergenciais.
Verifique constantemente preços de linhas de produtos e
suas lucratividades.
Mude o foco de crise de caixa para lucratividade
Corrija a estrutura financeira e renegocie dívidas de curto e
longo prazos.
Certifique-se de que sistemas de Relatórios Gerenciais
estejam funcionando e que demonstrem lucratividade em
cada centro de receitas, centro de custos, centro de lucro,
centro de caixa. Se você não puder “enxergar” a situação, não
poderá gerenciá-la.
Há apenas dois caminhos para aumentar as vendas: 1) vender
produtos existentes para novos clientes e 2) vender produtos novos
para clientes existentes. Se você quer crescer faça os dois.
28
RETORNO AO NORMAL
A fase final da reestruturação é a institucionalização (fixação)
das mudanças na cultura empresarial para enfatizar
lucratividade, Retorno Sobre o Investimento e retorno sobre
ativos utilizados
Procure oportunidades de crescimento lucrativo. Reforce os
diferenciais competitivos. Melhore serviço e relação com
clientes. Construa programas de desenvolvimento e treinamento
gerencial e operacional para aumentar o calibre dos seus
recursos humanos.
Esta pode ser a hora para reestruturar as finanças a longo prazo
para taxas mais razoáveis, agora que a empresa está estável e no
caminho do crescimento
As chances de sucesso da Reestruturação aumenta
dramaticamente se um Plano de Fases e Ações é implementado
e seguido (tabela abaixo).
Este plano certamente pode ser adaptado para situações
específicas de empresas, quando requerido.
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PLANO DE REESTRUTURAÇÃO DE EMPRESA. O TURNAROUND
PLAN
DIAGNÓSTICO DE MIX DE PRODUTOS
Imagine que a empresa comercialize 30 SKU3s, denominados
“Produto P1, Produto P2, ..., Produto P30”.
Classifique os SKUs por ordem decrescente de margem de
contribuição4. Desta forma, você conseguirá um panorama
chamado “Curva ABC” em que:
Produtos A: Primeiros 20% dos SKUs (no exemplo 6)
Produtos B: Seguintes 30% dos SKUs (no exemplo 9)
Produtos C1: Seguintes 25% dos SKUs (no exemplo 7)
Produtos C2: Seguintes 25% dos SKUs (no exemplo 8)
*Produtos Classe “C” Totalizam 50% do total dos SKUs, mas
subdividimos em “C1” e “C2” para uma tentativa de recuperar
vendas com potencial não explorado “C1” e para excluir SKUs
não rentáveis “C2”.
3 Stock Keeping Unit – produto específico que a empresa vende. Produtos
idênticos vendidos em 2 embalagens com conteúdos diferentes serão dois
SKUs 4 Margem de Contribuição = Venda do SKU – Custo do SKU
Cu
rva
AB
C
po
r M
arg
em d
e
Co
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ibu
ição
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de
SK
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lass
e
% S
ob
re V
end
as
% A
cum
ula
da
ESTRATÉGIA
Classe 100% 30 19.370,93 100% 100%
A 20% 6 7.568,14 39% 39% Manter Nível
B 30% 9 6.114,25 32% 71% Aumentar Vendas
C1 25% 7 3.035,67 16% 86% Aumentar Vendas ou Exluir
C2 25% 8 2.652,87 14% 100% Excluir e Buscar Novos
30
A listagem dos SKUs deve seguir um formato semelhante a este:
Note, neste exemplo, que produtos de diferentes preços de
custo geram diferentes margens de contribuição (lucratividade
bruta). O Produto “P2” tem o dobro do custo do produto “P3”,
mas ambos geram margem de contribuição semelhante.
Da mesma forma, o produto “P25”, que é “caro”, está na lista
dos produtos a serem excluídos.
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0002 Produto P2 Empresa F1 37,44 90 4.925,12 (3.369,60) 1.555,52 A
0003 Produto P3 Empresa F1 16,90 181 4.575,74 (3.058,90) 1.516,84 A
0004 Produto P4 Empresa F1 36,86 82 4.355,87 (3.022,52) 1.333,35 A
0007 Produto P7 Empresa F2 15,37 121 3.090,59 (1.859,77) 1.230,82 A
0005 Produto P5 Empresa F1 12,96 169 3.204,95 (2.190,66) 1.014,29 A
0006 Produto P6 Empresa F2 2,50 885 3.129,82 (2.212,50) 917,32 A
0010 Produto P10 Empresa F2 28,59 64 2.631,23 (1.829,76) 801,47 B
0009 Produto P9 Empresa F2 25,59 76 2.711,31 (1.944,84) 766,47 B
0001 Produto P1 Empresa F1 5,70 853 5.612,19 (4.862,10) 750,09 B
0012 Produto P12 Empresa F3 17,94 93 2.403,93 (1.668,42) 735,51 B
0011 Produto P11 Empresa F3 57,60 31 2.465,86 (1.785,60) 680,26 B
0008 Produto P8 Empresa F2 37,95 57 2.795,38 (2.163,29) 632,09 B
0019 Produto P19 Empresa F4 24,06 41 1.580,99 (986,46) 594,53 B
0017 Produto P17 Empresa F4 20,11 50 1.594,27 (1.005,50) 588,77 B
0022 Produto P22 Empresa F5 7,56 104 1.351,30 (786,24) 565,06 B
0013 Produto P13 Empresa F3 14,39 124 2.336,35 (1.784,32) 552,03 C1
0020 Produto P20 Empresa F4 9,33 115 1.542,07 (1.072,95) 469,12 C1
0015 Produto P15 Empresa F3 2,16 568 1.676,50 (1.226,88) 449,62 C1
0023 Produto P23 Empresa F5 13,46 67 1.344,95 (902,09) 442,86 C1
0028 Produto P28 Empresa F6 3,60 219 1.173,94 (788,40) 385,54 C1
0018 Produto P18 Empresa F4 68,00 18 1.592,39 (1.224,00) 368,39 C1
0027 Produto P27 Empresa F6 11,28 72 1.180,27 (812,16) 368,11 C1
0029 Produto P29 Empresa F6 6,48 124 1.167,74 (803,15) 364,59 C2
0014 Produto P14 Empresa F3 43,50 41 2.134,49 (1.783,50) 350,99 C2
0016 Produto P16 Empresa F4 9,50 139 1.667,68 (1.320,49) 347,19 C2
0030 Produto P30 Empresa F6 3,00 256 1.109,36 (768,00) 341,36 C2
0025 Produto P25 Empresa F5 31,81 28 1.227,14 (890,68) 336,46 C2
0026 Produto P26 Empresa F6 11,85 72 1.180,86 (853,20) 327,66 C2
0024 Produto P24 Empresa F5 1,35 751 1.318,78 (1.017,45) 301,33 C2
0021 Produto P21 Empresa F5 4,50 261 1.457,78 (1.174,50) 283,28 C2
31
O critério de margem de contribuição joga o foco diretamente
nos produtos que tem maior venda e geram maior lucro ao
mesmo tempo. Os produtos A, B têm performance
inquestionável. Não devem ser mexidos. Suas vendas devem
ser nutridas e mantidas. Se possível aumentadas.
Já os produtos C1 podem ter sido mal trabalhados, por isso lhes
damos uma chance e fazemos estratégias específicas
Já os produtos C2 consomem caixa da empresa (através da
manutenção de estoque), têm baixo giro (atrapalhando a equipe
de vendas, administração, faturamento, contas a pagar) e
devem ser extirpados da empresa sumariamente.
Desta forma, a empresa poderá buscar por novos produtos que
têm potencial de lucratividade.
Fazendo isso, você estará “oxigenando” a base de produtos da
empresa, conferindo-lhe dinâmica e vitalidade.
32
DIAGNÓSTICO DE CLIENTES
Imagine que a empresa atende a 30 clientes, denominados
“Cliente C1, Cliente C2, ..., Cliente C30”.
Classifique os clientes por ordem decrescente de compra média
mensal. Desta forma, você conseguirá um panorama chamado
“Curva ABC” em que:
Clientes A: Primeiros 20% dos clientes (no exemplo 6)
Clientes B: Seguintes 30% dos clientes (no exemplo 9)
Clientes C1: Seguintes 25% dos clientes (no exemplo 7)
Clientes C2: Seguintes 25% dos clientes (no exemplo 8)
*Clientes Classe “C” Totalizam 50% do total de clientes, mas
subdividimos em “C1” e “C2” para uma tentativa de resgatar
clientes com potencial não explorado “C1” e para excluir
clientes não rentáveis “C2”.
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ESTRATÉGIA
Classe 100% 30 10.238,72 100% 100%
A 20% 6 5.265,61 51% 51% Cultivar
B 30% 9 2.755,68 27% 78% Aumentar Vendas
C1 25% 7 1.314,71 13% 91% Aumentar Vendas ou Exluir
C2 25% 8 902,72 9% 100% Excluir e Buscar Novos
33
A listagem de Clientes deve seguir um formato semelhante a
este:
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ESTRATÉGIA
Cliente C14 1.067,52 1.029,12 5.416,08 7.512,72 2.504,24 A
Cliente C3 837,06 837,67 461,98 2.136,71 712,24 A
Cliente C10 802,19 465,50 631,15 1.898,84 632,95 A
Cliente C1 522,13 - 1.145,96 1.668,09 556,03 A
Cliente C27 220,87 784,66 335,35 1.340,88 446,96 A
Cliente C24 331,27 135,36 772,97 1.239,60 413,20 A
Cliente C21 815,77 263,35 126,34 1.205,46 401,82 B
Cliente C6 518,19 404,79 174,37 1.097,35 365,78 B
Cliente C19 261,83 603,86 145,26 1.010,95 336,98 B
Cliente C28 448,19 196,52 314,57 959,28 319,76 B
Cliente C30 147,09 346,68 410,12 903,89 301,30 B
Cliente C7 274,44 236,47 359,60 870,51 290,17 B
Cliente C18 310,02 245,30 228,87 784,19 261,40 B
Cliente C11 156,60 326,04 239,48 722,12 240,71 B
Cliente C26 112,53 498,79 101,96 713,28 237,76 B
Cliente C22 276,02 285,82 131,38 693,22 231,07 C1
Cliente C17 149,10 364,23 149,70 663,03 221,01 C1
Cliente C5 181,18 135,74 250,43 567,35 189,12 C1
Cliente C15 40,23 177,60 319,08 536,91 178,97 C1
Cliente C12 177,03 150,45 202,24 529,72 176,57 C1
Cliente C2 117,88 - 368,95 486,83 162,28 C1
Cliente C25 123,49 144,48 199,11 467,08 155,69 C1
Cliente C29 214,10 - 221,42 435,52 145,17 C2
Cliente C20 81,50 - 323,85 405,35 135,12 C2
Cliente C13 102,75 130,80 130,56 364,11 121,37 C2
Cliente C16 128,67 - 204,10 332,77 110,92 C2
Cliente C9 172,06 - 146,57 318,63 106,21 C2
Cliente C23 95,60 79,70 136,99 312,29 104,10 C2
Cliente C4 224,54 - 53,10 277,64 92,55 C2
Cliente C8 24,08 115,83 121,94 261,85 87,28 C2
Cultivar
Relacionamento,
Manter Atendimento
Cultivar
Relacionamento,
Aumentar Vendas
Melhorar
Relacionamento,
Aumentar vendas,
Exluir não lucrativos,
Parar atendimento,
Buscar Novos clientes
com maior potencial
34
VI. TURNAROUND – PLANEJAMENTO FINANCEIRO
PARA REESTRUTURAÇÃO DA EMPRESA
RECEITAS E DESPESAS
A reestruturação do mix de produtos e da carteira de clientes terá
impacto direto nas Projeções de Vendas futuras. Serão
necessárias a criação de novas premissas e uma projeção de
crescimento mês a mês por um período mínimo de 3 anos (36
meses).
Já a reestruturação das operações (demissões, otimização de
operações) irão impactar nas Projeções de Despesas da empresa,
que, igualmente, deverá ser equacionada pelo mesmo período.
O objetivo é de se atingir um panorama conforme o gráfico
abaixo, saindo de um passado de vendas descontroladas e altas
despesas, para um futuro de vendas com crescimento sustentável
e redução de custos – e, portanto, saindo do prejuízo operacional
para o lucro operacional.
35
FLUXO DE CAIXA
A reestruturação da empresa poderá ou não depender de um ou
mais aportes financeiros para sustentar a operação.
A reestruturação do Fluxo de Caixa dependerá de:
Esforço para diminuir o Prazo Médio de Recebimentos de
vendas, através de incentivos para compras à vista ou
acréscimos a prazo ou de outras formas
Abasteça o seu caixa o mais rapidamente possível
Esforço para aumentar o Prazo Médio de Pagamentos de
fornecedores, ou seja, comprar com mais prazo. Mesmo que
lhe seja oferecido um desconto para pagamento à vista,
pague com o máximo de prazo possível sem juros!!!
Proteja seu Caixa acima de tudo!
Esforço para diminuir o Prazo Médio dos Estoques, ou seja,
manter quantidades de produtos em estoque adequadas com
as projeções de venda. Faça compras repetitivas ao invés de
comprar muito de uma vez.
Estoque parado é dinheiro parado
No exemplo abaixo, a empresa levantou R$ 30.000 reais em
duas parcelas e, já com a operação estabilizada, começou a gerar
e acumular caixa.
Perceba como uma empresa com crescimento consistente e
despesas sob controle, apesar de faturar entre R$ 10.000 e R$
37
VII. RESUMO DAS FASES E AÇÕES
Estágio Gestão Diagnóstico da Situação Ações Emergenciais
Objetivos - Contrate um Especialista em
Reestruturação - A empresa pode sobreviver?
- Entre em "modo
sobrevivência"
- Estabeleça a Equipe Gerencial da
empresa responsável pela
Reestruturação
- O negócio é viável? - Assuma o controle
-Substitua parte ou todos os
gerentes
- Há fontes de recursos
financeiros para impulsionar a
reestruturação?
- Atinja o Ponto de
Equilíbrio
- Elimine impedimentos.
- Desenvolva um Plano de
Ação preliminar e a natureza
da reestruturação
- Torne o fluxo de caixa
positivo
- Levante recursos
financeiros para sustentar a
reestruturação
- Proteja recursos
Vendas e Marketing - Impulsione vendas com força
- Analise a distribuição de
produtos e serviços, sistemas
e estratégias de vendas e
marketing
- Corrija Preços
- Administre as Receitas - Corrija Linhas de Produtos
- Livre-se de clientes e
distribuidores fracos
- Traga custos de vendas e
marketing para a média de
seu nicho de mercado
-Venda, venda. Venda mais
Finanças - Cuide do dinheiro
minuciosamente
- Analise o fluxo de caixa,
Ponto de Equilíbrio,
lucratividade
- Reestruture as dívidas
Melhore o capital de giro
Venda ativos não-produtivos
- Desenvolva análises e relatórios
confiáaveis
Redução de custos, balanço e
relatórios de margem bruta por
produto ou serviço
Reduza custos / Aumente
Receita
Elimine práticas de
"contabilidade criativa"
REESTRUTURAÇÃO - FASES E AÇÕES
38
Estágio Gestão Diagnóstico da Situação Ações Emergenciais
Operações de ProduçãoProduza apenas o suficiente para
acompanhar vendas
Analise a estrutura,
equipamentos
Suspenda operações
Diminua a força de trabalho
Balanceie picos e vales de
produção
Sistemas, procedimentos e
fornecedores
Reduza estoques
Controle compras
Aumente a produtividade
Pesquisa e Desenvolvimento
Desenvolva ou adote novos
produtos ou serviços para
fomentar as vendas
Analise desenvolvimentos de
novos produtos
Acelere projetos de alto
potencial
Melhorias em produtos,
produtividade e processos
Suspenda projetos
tangenciais
Divida a oferta de produtos
Organização Empresarial Organize / Prepare para mudar Analise sistemas:Estruture a equipe de
Reestruturação
Reformule o tamanho da empresaA estrutura organizacional faz
sentido?
Avalie competências
individuais e de trabalho em
equipe
Contabilidade / Controladoria
Recompense aqueles que
ajudam nas mudanças. Livre-
se dos que não
Incentivos/compensação por
performance
Recursos humanos Responsabilize funcionários
Analise equipes de gerentes,
supervisores, vendas,
finanças, pessoal operacional,
Obtenha a atenção das
pessoas
Deixe claro quem está no
comando
Nutra recursos de capital humano
críticos
recrutamento e seleção e
sistemas de avanço na carreira
Crie uma atmosfera
profissional, de negócios
Diminua a troca de funcionários
(turnover )
Punição a quem não rende no
trabalho
Institua um gerenciamento baseado
em incentivos
39
VIII. FINAL
Reestruturar uma empresa não é, nem de longe, uma tarefa fácil.
Nem tampouco rápida e sem sobressaltos. Requer dedicação,
foco, desprendimento e tomada de decisões difíceis em todos os
níveis (financeiro, pessoal, físico, mental e emocional).
O auxílio de um especialista em reestruturação aportará, acima
de tudo, uma tranquilidade para o empreendedor, na medida em
que ele não estará mais sozinho tendo de tomar decisões sem as
ferramentas adequadas – que muitas vezes ele nem sabe que
existem!
Quantas empresas que fecharam, poderiam estar de portas
abertas se tivessem se reestruturado?
A reestruturação de uma empresa pode ter vários objetivos, que
vão de alguns acertos na gestão e ajustes na operação até a
completa reinvenção do modelo de negócio. Talvez até mudança
do próprio tipo de negócio.
Sendo assim, uma empresa que passa por uma reestruturação
seguindo uma metodologia adequada, sistemática, tem muito
mais chance de sucesso do que aquela que vai na tentativa e erro
repetidas vezes. Perdendo mais dinheiro a cada vez que tenta e
erra.
Reestruture já - Comece a Ganhar Dinheiro