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FECHAMENTOS E DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS. 1. Cálculo do Imposto de Renda sobre o lucro do exercício social. Apurados os RESULTADOS e FECHADO O EXERCÍCIO SOCIAL, obtemos o chamado RESULTADO ANTES DO IR. Cabe, pois, efetuar a provisão para os pagamentos dos impostos, normalmente do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o resultado obtido pela empresa, após o encerramento do exercício social. As alíquotas do IR variam conforme o tipo de empresa e a forma de apuração do lucro (se Real ou Presumido). Vamos admitir, a título de exemplo, uma alíquota do IR de 15% sobre o lucro do período. Supondo um lucro real de R$ 25.000,00, teremos de provisionar 8%, a título de IR, isto é, R$ 3.600,00. Admitindo uma alíquota da Contribuição Social de 8%, deveremos provisionar, para o posterior pagamento desse tributo, normalmente no primeiro mês do exercício social subsequente, R$ 1.920,00. Os lançamentos seriam feitos, como segue: Débito: Despesas de Impostos – IR Crédito: Provisão para Imposto de Renda a Pagar. E, no caso, da Contribuição Social: Débito: Despesas de Impostos – CS Crédito: Provisão para Contribuição Social a Pagar. Efetuados os lançamentos, apuramos o RESULTADO APÓS O IMPOSTO DE RENDA (e a CONTRIBUIÇÃO SOCIAL). Essas duas contas de Provisão serão, então, liquidadas, por ocasião do efetivo pagamento dos tributos, a saber: Fechamentos e demonstrativos contábeis 29/10/2007 Página 1

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FECHAMENTOS E DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS.

1. Cálculo do Imposto de Renda sobre o lucro do exercício social.

Apurados os RESULTADOS e FECHADO O EXERCÍCIO SOCIAL, obtemos o chamado RESULTADO ANTES DO IR.

Cabe, pois, efetuar a provisão para os pagamentos dos impostos, normalmente do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o resultado obtido pela empresa, após o encerramento do exercício social.

As alíquotas do IR variam conforme o tipo de empresa e a forma de apuração do lucro (se Real ou Presumido).

Vamos admitir, a título de exemplo, uma alíquota do IR de 15% sobre o lucro do período.

Supondo um lucro real de R$ 25.000,00, teremos de provisionar 8%, a título de IR, isto é, R$ 3.600,00.

Admitindo uma alíquota da Contribuição Social de 8%, deveremos provisionar, para o posterior pagamento desse tributo, normalmente no primeiro mês do exercício social subsequente, R$ 1.920,00.

Os lançamentos seriam feitos, como segue:

Débito: Despesas de Impostos – IRCrédito: Provisão para Imposto de Renda a Pagar.

E, no caso, da Contribuição Social:

Débito: Despesas de Impostos – CSCrédito: Provisão para Contribuição Social a Pagar.

Efetuados os lançamentos, apuramos o RESULTADO APÓS O IMPOSTO DE RENDA (e a CONTRIBUIÇÃO SOCIAL).

Essas duas contas de Provisão serão, então, liquidadas, por ocasião do efetivo pagamento dos tributos, a saber:

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Débito: Provisão para Imposto de Renda a PagarCrédito: Caixa (ou Banco).

E, para o caso da Contribuição Social:

Débito: Provisão para Contribuição Social a PagarCrédito: Caixa (ou Banco).

2. Distribuição dos resultados do período.

O resultado final do exercício social, após o provisionamento para os pagamentos dos impostos, será retido na empresa ou distribuido, para:

Funcionários = conforme a legislação, acordo com os Sindicados e a política social da empresa.

Diretores e Administradores = conforme a política de incentivo a essas categorias.

Credores e sócios = de acordo com os estatutos e acordos entre os quotistas das empresas.

Muitas vezes, essa distribuição obedece também a preceitos e limites legais, como é o caso, dos pagamentos mínimos de dividendos aos acionistas de empresas SAs, que possuem ações no mercado e negociadas na Bolsa de Valores.

3. Retenção de lucros após o encerramento do exercício social.

Muitas vezes a empresa efetua significativas retenções de lucros, sem os distribuir.

A intenção, neste caso, é assegurar a integridade do seu Patrimônio.

Existem dois tipos fundamentais de reservas:

• As legais = estabelecidas por Lei, o que é muito comum nos casos de empresas SAs.

• Outras = definidas pela própria política e estratégia da empresa, visando atender a situações de emergência/contingência ou para permitir a execução de planos de investimentos e crescimentos de negócios.

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Um típico lançamento, neste caso, seria:

Débito: Lucros do Exercício.Crédito: Reservas para Contingências.

4. Remuneração dos sócios e acionistas.

Pode ser total ou parcial, conforme os estatutos e práticas da empresa.

5. Aspectos estático e dinâmico das Demonstrações Financeiras.A análise estática procura refletir a situação da empresa num determinado momento, sem a preocupação com passado e futuro.

Um instrumento para essa análise é o Balanço Patrimonial.

Por outro lado, pelo aspecto dinâmico, há a preocupação em se conhecer/analisar a evolução e o rítmo dos negócios da empresa, comparando-se os resultados do exercício atual com os de exercícios anteriores e analisando as perspectivas de evolução futura.

6. Verificação da situação econômica e financeira da empresa.

Um típica análise pode ser a verificação do montante dos recursos aplicados no Ativo que pertencem aos sócios. Temos, aqui, um caso de análise econômica, sob o aspecto estático.

Quando são analisados os aspetos relacionados com as operações sociais e os reinvestimentos dos resultados, esgtaremos diante de uma enfoque econômico, sob o aspecto dinâmico.

Por outro lado, quando são estudadas as condições de solvência e a capacidade de pagamento dos compromissos pela empresa, estamos tratando de uma análise financeira.

7. Objetivos dos levantamentos das Demonstrações Contábeis.

Sob a ótica dos administradores e empresários = constatar o acerto (ou não) passado da gestão econômico-financeira da empresa.

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Do ponto de vista dos investidores. Conhecer o retorno (lucratividade) do investimento realizado na empresa e a

segurança dessa aplicação. Com relação aos credores.

Conferir a garantia dos capitais emprestados e o retorno de seus valores dentro dos prazos estabelecidos/acordados.

8. Confiabilidade dos dados e resultados da empresa.

No caso das grandes empresas, essa garantia deve ser proporcionada pos auditores externos e independentes.

As pequenas são fiscalizadas por auditores internos e até diretamente pelos sócios e proprietários.

9. A importância do Balanço Patrimonial.

O Balanço Patrimonial constitui um retrato da situaçao patrimonial da empresa, ao demonstrar, de maneira agrupada, os saldos das contas patrimoniais ( e não de receitas e despesas, que foram encerradas antes do seu levantamento).

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10. Importância do Balanço Patrimonial.

Se deve à visão por ele fornecidadas APLICAÇÕES DE RECURSOS feitas pela empresa (Ativos) e quantos desses recursos são devidos a terceiros (Passivo).

Mostra, então, o nível de endividamento, a liquidez da empresa, a proporção do capital próprio (Patrimônio Líquido) e outras análises.

A visão de dois balanços de períodos consecutivos mostra facilmente a movimentação ocorrida no período e como a estrutura patrimonial e financeira se alterou, no período.

É peça fundamental para a revisão e análise dos negócios.

Alguns tipos jurídicos de sociedade tem o Balanço padronizado de acordo com normas especiais e entre eles desacam-se as companhias seguradoras e as instituições financeiras.

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11. Agrupamentos das contas do ATIVO.

Circulante (cuja realização está prevista para ocorrer no exercício social seguinte)

Realizável a Longo Prazo (em que a realização está prevista para ocorrer após o exercício social seguinte)

Permanente, subdividido em:Investimentos.Imobilizado.Diferido.

(esses agrupamentos são apresentados em ordem de liquidez)

12. Agrupamentos das contas do PASSIVO.

Circulante (em que obrigações vencerão no exercício social seguinte).

Exigível a Longo Prazo (quando os compromissos serão devidos após o exercício social seguinte)

Resultados de Exercícios Futuros.

Patrimônio Líquido, subdividido em:Capital Social.Reservas.Lucros ou Prejuízos acumulados.

(esses agrupamentos são demonstrados em ordem de exigibilidade)

13. Demonstração do Resultado do Exercício.

Apresenta, exclusivamente, dados relativos à performance da empresa no período (isto é, no exercício social) , pois apresenta os saldos acumulados das contas de receitas e despesas, isto é, as contas de resultados.

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