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D1 - Localizar informações explícitas em um texto. (SAERO). Leia o texto abaixo e responda. Feijões ou problemas? Reza a lenda que um monge, próximo de se aposentar, precisava encontrar um sucessor. Entre seus discípulos, dois já haviam dado mostras de que eram os mais aptos, mas apenas um o poderia. Para sanar as dúvidas, o mestre lançou um desafio, para por a sabedoria dos dois à prova: ambos receberiam alguns grãos de feijão, que deveriam colocar dentro dos sapatos, para então empreender a subida de uma grande montanha. Dia e hora marcado, começa a prova. Nos primeiros quilômetros, um dos discípulos começou a mancar. No meio da subida, parou e tirou os sapatos. As bolhas em seus pés já sangravam, causando imensa dor. Ficou para trás, observando seu oponente sumir de vista. Prova encerrada, todos de volta ao pé da montanha, para ouvir do monge o óbvio anúncio. Após o festejo, o derrotado aproxima-se do vencedor e pergunta como é que ele havia conseguido subir e descer com os feijões nos sapatos: – Antes de colocá-los no sapato, eu os cozinhei. Carregando feijões, ou problemas, há sempre um jeito mais fácil de levar a vida. Problemas são inevitáveis. Já a duração do sofrimento, é você quem determina. Disponível em: <http://www.metaforas.com.br/>. Acesso em: 13 mar. 2011. Nesse texto, o discípulo que venceu a prova A) colocou o feijão em um sapato. B) cozinhou o feijão. C) desceu a montanha correndo. D) sumiu da vista do oponente. E) tirou seu sapato. ---------------------------------- -------------------------- (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Nunca é tarde, sempre é tarde Conseguiu aprontar-se, mas não teve tempo de guardar o material de maquiagem espalhado sobre a penteadeira. Olhou-se no espelho. Nem bonita, nem feia. Secretária. Sou uma secretária, pensou, procurando conscientizar-se. Não devo ser, no trabalho, nem bonita, nem feia. Devo me pintar, vestir-me bem, mas sem exagero. Beleza mesmo é pra fim de semana. Nem bonita, nem feia, disse consigo mesma. Concluiu que não havia tempo nem para o café. Cruzou a sala e o hall em disparada, na direção da porta da saída, ao mesmo tempo em que gritava para a mãe envolvida pelos vapores da cozinha, eu como alguma coisa lá mesmo. Sempre tem alguma bolachinha disponível. Café nunca falta. A mãe reclamou mais uma vez. Você acaba doente, Su. Assim não pode. Assim não. Su, enlouquecida pela pressa, nada ouviu. Poucas vezes ouvia o que a mãe lhe dizia. Louca de pressa, ia sair, avançou a mão para a maçaneta da porta e assustou-se. A campainha tocou naquele exato momento. Quem haveria de ser àquela hora? A campainha era insistente. Algum dedo nervoso apertava-a sem tréguas. A campainha. Su acordou finalmente com o tilintar vibrante do despertador Westclox e se deu conta de que sequer havia levantado. Raios. Tudo por fazer. Mesmo que acordasse em tempo, tinha sempre que correr, correr. [...] FIORANI, Silvio. In: LADEIRA, Julieta de Godoy (Org). Contos brasileiros contemporâneos. São Paulo: Moderna: 1994, p. 79. Fragmento. A personagem se assustou devido 1

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D1 - Localizar informaes explcitas em um texto.

(SAERO). Leia o texto abaixo e responda.

Feijes ou problemas?Reza a lenda que um monge, prximo de se aposentar, precisava encontrar um sucessor. Entre seus discpulos, dois j haviam dado mostras de que eram os mais aptos, mas apenas um o poderia. Para sanar as dvidas, o mestre lanou um desafio, para por a sabedoria dos dois prova: ambos receberiam alguns gros de feijo, que deveriam colocar dentro dos sapatos, para ento empreender a subida de uma grande montanha.

Dia e hora marcado, comea a prova. Nos primeiros quilmetros, um dos discpulos comeou a mancar. No meio da subida, parou e tirou os sapatos. As bolhas em seus ps j sangravam, causando imensa dor. Ficou para trs, observando seu oponente sumir de vista.

Prova encerrada, todos de volta ao p da montanha, para ouvir do monge o bvio anncio. Aps o festejo, o derrotado aproxima-se do vencedor e pergunta como que ele havia conseguido subir e descer com os feijes nos sapatos: Antes de coloc-los no sapato, eu os cozinhei.

Carregando feijes, ou problemas, h sempre um jeito mais fcil de levar a vida.

Problemas so inevitveis. J a durao do sofrimento, voc quem determina.Disponvel em: . Acesso em: 13 mar. 2011. Nesse texto, o discpulo que venceu a prova

A) colocou o feijo em um sapato.B) cozinhou o feijo.C) desceu a montanha correndo.

D) sumiu da vista do oponente.

E) tirou seu sapato.------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Nunca tarde, sempre tardeConseguiu aprontar-se, mas no teve tempo de guardar o material de maquiagem espalhado sobre a penteadeira. Olhou-se no espelho. Nem bonita, nem feia. Secretria.

Sou uma secretria, pensou, procurando conscientizar-se. No devo ser, no trabalho, nem bonita, nem feia. Devo me pintar, vestir-me bem, mas sem exagero. Beleza mesmo pra fim de semana. Nem bonita, nem feia, disse consigo mesma. Concluiu que no havia tempo nem para o caf. Cruzou a sala e o hall em disparada, na direo da porta da sada, ao mesmo tempo em que gritava para a me envolvida pelos vapores da cozinha, eu como alguma coisa l mesmo. Sempre tem alguma bolachinha disponvel. Caf nunca falta. A me reclamou mais uma vez. Voc acaba doente, Su. Assim no pode. Assim no. Su, enlouquecida pela pressa, nada ouviu. Poucas vezes ouvia o que a me lhe dizia. Louca de pressa, ia sair, avanou a mo para a maaneta da porta e assustou-se. A campainha tocou naquele exato momento. Quem haveria de ser quela hora? A campainha era insistente.

Algum dedo nervoso apertava-a sem trguas. A campainha. Su acordou finalmente com o tilintar vibrante do despertador Westclox e se deu conta de que sequer havia levantado.

Raios. Tudo por fazer. Mesmo que acordasse em tempo, tinha sempre que correr, correr. [...]FIORANI, Silvio. In: LADEIRA, Julieta de Godoy (Org). Contos brasileiros contemporneos. So Paulo: Moderna: 1994, p. 79. Fragmento.A personagem se assustou devido

A) percepo de que sequer havia levantado.

B) possibilidade de ficar muito doente.

C) reclamao da me.

D) ao atraso para o trabalho.

E) ao toque da campainha.------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

O torcedorNo jogo de deciso do campeonato, Evglio torceu pelo Atltico Mineiro, no porque fosse atleticano ou mineiro, mas porque receava o carnaval nas ruas se o Flamengo vencesse. Visitava um amigo em bairro distante, nenhum dos dois tem carro, e ele previa que a volta seria problema.

O Flamengo triunfou, e Evglio deixou de ser atleticano para detestar todos os clubes de futebol, que perturbam a vida urbana com suas vitrias. Saindo em busca de txi inexistente, acabou se metendo num nibus em que no cabia mais ningum, e havia duas bandeiras rubro-negras para cada passageiro. E no eram bandeiras pequenas nem torcedores exaustos: estes pareciam terem guardado a capacidade de grito para depois da vitria.

Evglio sentiu-se dentro do Maracan, at mesmo dentro da bola chutada por 44 ps. A bola era ele, embora ningum reparasse naquela esfera humana que ansiava por tornar a ser gente a caminho de casa.

Lembrando-se de que torcera pelo vencido, teve medo, para no dizer terror. Se lessem em seu ntimo o segredo, estava perdido. Mas todos cantavam, sambavam com alegria to pura que ele prprio comeou a sentir um pouco de Flamengo dentro de si. Era o canto?

Eram braos e pernas falando alm da boca? A emanao de entusiasmo o contagiava e transformava. Marcou com a cabea o acompanhamento da msica. Abriu os lbios, simulando cantar. Cantou. [...] Estava batizado, crismado e ungido: uma vez Flamengo, sempre Flamengo.

O pessoal desceu na Gvea, empurrando Evglio para descer tambm e continuar a festa, mas Evglio mora em Ipanema, e j com o p no estribo se lembrou. Loucura continuar Flamengo [...] Segurou firme na porta, gritou: Eu volto, gente! Vou s trocar de roupa e, no se sabe como, chegou intacto ao lar, j sem compromisso clubista.ANDRADE, Carlos Drummond de. Disponvel em: . Acesso em: 13 jan. 2011. Fragmento. De acordo com esse texto, Evglio torceu contra o Flamengo, porque

A) achava os flamenguistas perturbadores.

B) detestava os clubes de futebol.

C) era torcedor do Atltico Mineiro.

D) estava na casa de um amigo mineiro.

E) receava o carnaval nas ruas.------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Em harmonia com a naturezaTodas as manhs, Laila Soares, 17, entra na internet para ver qual a lio de casa do dia. De dentro de sua casa no interior de Gois, feita de barro, areia e palha, ela se comunica com seus professores na Austrlia e discute com outros alunos os tpicos do frum da semana. Alm das aulas convencionais, como biologia e matemtica, ela estuda mitologia e a condio da mulher na sociedade. tarde, se dedica a tocar violo, pintar ou cuidar das plantas. Duas vezes por semana, ela visita escolas onde d aula para alunos e professores com o intuito de promover a sustentabilidade.

Sustentabilidade significa gastar menos do que a natureza consegue repor. Este o conceito por trs das ecovilas, comunidades nas quais as aes sustentveis vo muito alm da reciclagem do lixo. Ela mora no Ecocentro Ipec (Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado), uma ecovila a trs quilmetros de Pirenpolis criada h dez anos por seu pai, brasileiro, e sua me, australiana.

Atualmente, h cerca de 20 pessoas morando no local. Mas na poca dos cursos o nmero de residentes pode subir para 150. Recebemos gente do mundo inteiro. Estou sempre conhecendo culturas novas e fazendo novos amigos. Mas no s no ecocentro que Laila expande seus horizontes. Frequentemente, acompanha os pais em trabalhos ao redor do mundo. Por isso optamos pela escola a distncia, explica. Assim, posso viajar e continuar estudando.Disponvel em: . Acesso em: 20 abr. 2012. De acordo com esse texto, Laila estuda em uma escola a distncia porque

A) filha de pai brasileiro e me australiana.

B) expande seus horizontes nos ecocentros.

C) mora a trs quilmetros de Pirenpolis.

D) precisa promover a sustentabilidade nas escolas.

E) viaja ao redor do mundo acompanhando os pais.------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Descoberta novas espcies de homindeos que conviveram com Homo erectus h 1,7 milho de anosTrs fsseis encontrados na frica desvendam um mistrio de quarenta anos e permite aos especialistas conhecer melhor a base da evoluo humana Trs novos fsseis descobertos na fronteira entre o Qunia e a Etipia, na frica, confirmam que duas espcies de homindeos viveram ao lado do Homo erectus h dois milhes de anos. At ento se sabia com certeza apenas da existncia de uma segunda espcie que habitou a Terra na poca o terceiro Homo era uma incgnita. O estudo foi publicado na revista Nature. Os fsseis um rosto e alguns dentes de um menino com cerca de oito anos, uma mandbula inferior completa com dentes e razes e parte de outra mandbula inferior de um adulto, incompleta, tambm com dentes e razes foram encontrados entre 2007 e 2009 no leste do lago Turkana e pertenceram a homindeos que viveram entre 1,78 milhes e 1,95 milhes de anos atrs.

A descoberta permitiu aos paleontlogos juntar as peas de um quebra-cabea que, h quarenta anos, os intrigava: o fssil, chamado de KNM-ER 1470 (ou s 1470), descoberto em 1972, seria ou no uma nova espcie de Homo? Ele tinha um rosto muito maior que outros fsseis encontrados na regio, o que tornava difcil compar-lo com outras espcies.

Por no se ter a arcada dentria desses fsseis, as anlises no eram conclusivas. Parte dos especialistas defendia que se tratava de uma dismorfia de uma nica espcie, outra parte que se tratava de algo completamente novo. aqui que os novos fsseis entram e se encaixam na histria do 1470: as novas evidncias comprovam que no se tratava de uma alterao pontual na forma, mas de um tipo diferente de Homo.O fssil do rosto recentemente encontrado semelhante ao do 1470. Ele tem uma morfologia desconhecida at ento, incluindo o tamanho da face e dos dentes ps-caninos.

Foi chamado de KNM-ER 62 000. A mandbula completa, chamada de KNM-ER 60 000, e o fragmento de mandbula, KNM-ER 62 003, tm uma arcada dentria mais curta e incisivos pequenos, o que encaixa na morfologia do 1470 e do rosto 62 000.Disponvel em: .

Acesso em: 14 ago. 2012. De acordo com esse texto, era difcil comparar o fssil descoberto em 1972 com o de outras espcies, porque

A) a arcada dentria era desconhecida.

B) as anlises eram inconclusivas.

C) era algo totalmente novo.

D) era uma dismorfia da espcie.

E) o tamanho do rosto era maior.------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Sopo nas ruasDoar comida nas ruas da cidade no legal. A Vigilncia Sanitria no permite a distribuio de alimentos nas vias pblicas sem um laudo. Portanto, as pessoas no podem fazer isso, ainda que de maneira voluntria.

Tambm precisam entender que essa forma de voluntarismo prejudica as ONGs conveniadas com a prefeitura, que oferecem servios de alimentao em locais adequados, limpos e seguros, assim como o trabalho dos 125 agentes de proteo social que circulam todos os dias pela cidade tentando convencer, sempre de maneira respeitosa, os que moram nas ruas a fazer uso dos 37 albergues e 9 abrigos que existem hoje na capital, funcionando 24 horas e atendendo mais de 8 mil pessoas. A distribuio de comida incentiva a permanncia das pessoas nas ruas, comprometendo em muito o acolhimento, a proteo e a reinsero social e familiar desses cidados mais vulnerveis.

O polmico gesto resulta, ainda, em centenas de reclamaes de moradores e comerciantes acerca da sujeira espalhada nas caladas da cidade, contribuindo para a proliferao de ratos, com restos de alimentos, pratos e copos descartveis e garrafas de pet usadas. As organizaes sociais que querem realmente ajudar devem nos procurar para que possamos, juntos, organizar uma distribuio de alimentos dentro de equipamentos prprios, de forma digna e humana. A Associao Evanglica Brasileira ou a ONG Rede Rua, por exemplo, mantm o restaurante Porto Seguro, na Amrica, e o Penaforte Mendes, na Bela Vista, que servem refeies gratuitas aos moradores de ruas.

Por que no doar alimentos a esses locais? Vamos trabalhar em rede, com sinergia e em parceria?Floriano Pesaro, Secretrio Municipal de Desenvolvimento e Assistncia Social.

Disponvel em: . Acesso em: 4 mar. 2012. De acordo com esse texto, a doao de comida nas ruas ilegal porque

A) contribui para a proliferao de ratos nas ruas.

B) necessrio ter um laudo da Vigilncia Sanitria.

C) gera reclamaes de comerciantes e moradores.

D) incentiva as pessoas a continuarem morando nas ruas.

E) prejudica as ONGs que servem alimentos adequados.------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Estudo simular aquecimento amaznico e suas consequnciasPara descobrir como animais e plantas vo se virar diante do desafio do aquecimento global, cientistas do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amaznia) vo recriar artificialmente o ambiente aqutico amaznico num clima mais quente.

A ideia ter cenrios baseados em trs projees do IPCC (painel do clima da ONU) para 2100, da mais branda mais catastrfica.

O projeto, diz seu coordenador, Adalberto Val, diretor do Inpa, indito no mundo. Muitos pesquisadores olham para os animais terrestres quando fazem projees, mas se esquecem da vida aqutica, afirma o bilogo.

No caso da Amaznia, h mais de 3.000 espcies de peixes conhecidas boa parte delas endmica (ou seja, s existem naquela regio). O impacto do aquecimento sobre a vida aqutica comea fora dgua. Com a reduo das rvores em volta dos rios (elas podem morrer com o clima mais quente), a radiao solar que atinge o ambiente aqutico aumenta.

Alm disso, os bichos tendem a nadar mais superficialmente para respirar diante da reduo de oxignio nas guas, que tm aumento de carbono e ficam mais cidas com o aquecimento global. Mais expostos luz solar, os peixes correm mais risco de sofrer mutaes por causa da radiao, e isso pode prejudicar sua sade. [...].

A hiptese dos cientistas que os truques para sobreviver ao aquecimento esto no

DNA dos animais desde o perodo Jurssico, h cerca de 200 milhes de anos, quando o clima era mais quente.

Val tambm lembrou que, diante de condies climticas adversas, os peixes tendem a migrar para outros ambientes. Em geral, os que ficam nas condies mais quentes tendem a ser os peixes sseos. Os cartilaginosos (como as arraias) procuram outras guas, menos tpidas. Isso traz desequilbrios ambientais, como disputa acirrada por alimentos.RIGUETTI, Sabine. Disponvel em: . Acesso em: 24 ago. 2011. Fragmento.De acordo com Adalberto Val, a tendncia migrao de peixes para outros ambientes ocorre por causa

A) da disputa acirrada por alimentos.

B) da grande quantidade de espcies.

C) da reduo de oxignio na gua.

D) de condies adversas do clima.

E) de mutaes genticas sofridas.------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

Vivendo e aprendendoA manuteno da atividade mental no processo de envelhecimento to importante que um dos 10 Mandamentos da Aposentadoria Feliz Seja um eterno aprendiz: lngua estrangeira, instrumento musical, pintura, etc.

Quando nascemos temos aproximadamente 100 bilhes de neurnios, mas muitos morrem ao longo da vida. Um dos fatores que acelera a morte das clulas nervosas a falta de uso. Para continuar vivo, o neurnio precisa ser estimulado, o que acontece quando aprendemos coisas novas. [...]

Outro Mandamento da Aposentadoria Feliz Curta a natureza e conhea novos lugares, comeando pelos mais prximos. O contato com o meio ambiente natural e com a rea rural tem um efeito positivo na sade mental. [...]

Aliar educao, cultura e preservao ambiental com turismo essencial qualidade de

vida, em todas as idades.COSTA, Jos Luiz Riani. Disponvel em: < http://jornalcidade.uol.com.br/rioclaro/Colaboradores/colaboradores/94439-Vivendo-e-aprendendopor-

Jose-Luiz-Riani-Costa>. Acesso em: 8 out. 2012. (P110044E4_SUP)De acordo com esse texto, as clulas nervosas morrem mais rapidamente quando

A) aprendemos coisas novas.

B) entram em contato com o ambiente.

C) inicia o processo de envelhecimento.

D) precisam ser estimuladas.

E) so pouco usadas.------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.A importncia da leitura como identidade social[...] Um dos nossos objetivos incentivar a leitura de textos escritos, no apenas daqueles legitimados pelos acadmicos como boa leitura, mas os escolhidos livremente. Pela anlise dos nmeros da ltima Bienal do Livro realizada em So Paulo, constata-se que ler no problema, pois, segundo o Correio Braziliense de 25 de agosto de 2010, cerca de 740 mil pessoas visitaram os stands que apresentaram mais de 2.200.000 ttulos. Mas, perguntamo-nos: os livros expostos e os leitores que l compareceram se encaixam em qual tipo de leitor? Podemos afirmar que todos os livros foram escritos para um leitor ideal, reflexivo, que dialogar com os textos?

Muitos livros vendidos na Bienal tm como foco a primeira e a segunda viso de leitura, seus autores enxergam o texto como um fim em si mesmo, apresentando ideias prontas, ou primando pelo seu trabalho como um objeto de arte, em que o domnio da lngua a base para a leitura.

Assim, cabe-nos refletir inicialmente sobre como transformar um leitor comum em leitor ideal, um cidado pleno em relao a sua identidade. A construo da identidade social um fenmeno que se produz em referncia aos outros, a aceitabilidade que temos e a credibilidade que conquistamos por meio da negociao direta com as pessoas. A leitura a ferramenta que assegurar no apenas a constituio da identidade, como tambm tornar esse processo contnuo.

Para tornar isso factvel podemos, como educadores, adotar estratgias de incentivo, apoiando-nos em textos como as tirinhas e as histrias em quadrinhos, at chegar a leituras mais complexas, como um romance de Saramago, Machado de Assis ou textos cientficos. Construir em sala de aula relaes intertextuais entre gneros e autores tambm uma estratgia vlida.

A famlia tambm tem papel importante no incentivo leitura, mas como incentivar filhos a ler, se os pais no so leitores? Cabe famlia no apenas tornar a leitura acessvel, mas pensar no ato de ler como um processo. Discutimos mesa questes polticas, a trama da novela, por que no trazermos para nosso cotidiano discusses sobre os livros que lemos?KOCH, Ingedore Villaa; ELIAS, Vanda Maria. Disponvel em: . Acesso em: 13 nov. 2011. Fragmento. De acordo com esse texto, uma das caractersticas do leitor ideal

A) conhecer as obras acadmicas.

B) dialogar com todos os tipos de texto.

C) dominar o objeto da leitura, a lngua.

D) enxergar o texto com um fim em si mesmo.

E) visitar a Bienal do Livro em So Paulo.------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Texto

Entregue elevador da prefeituraO prefeito de Nova Odessa e autoridades inauguraram hoje o elevador panormico para PNEs (Portadores de Necessidades Especiais), idosos, gestantes e pessoas com difi culdades de locomoo. Em seguida, cadeirantes usaram o elevador para conhecer o piso superior do prdio pblico. [...]

O novo elevador tem capacidade de carga de 215 quilos, ou duas pessoas. A cabine tem 1,30 por 0,90 metro, porta deslizante automtica de quatro folhas (abertura central), com 90 centmetros de largura, alm de piso revestido por borracha sinttica e botes em braile.Estamos realizando uma inaugurao simples, mas que tem um grande signifi cado, principalmente para os usurios do novo elevador. Acessibilidade algo srio e ns, como servidores pblicos, temos que estar atentos s obras necessrias. Com este elevador, poderemos cobrar que qualquer prdio, seja comercial ou residencial, com mais de um andar, tenha um elevador, para garantir o acesso de todos., disse Samartin.Ter um elevador no Pao Municipal no uma conquista apenas para os defi cientes fsicos, e sim para todos que tm difi culdades de locomoo. S ns sabemos as difi culdades que encontramos. As pessoas que andam, veem um elevador e o acham algo normal, no sabem a difi culdade que as barreiras arquitetnicas nos impem. Para ns, um degrau com alguns centmetros j considerado uma barreira, disse o presidente da APNEN

(Associao dos Portadores de Necessidades Especiais de Nova Odessa). [...]Disponvel em: . Acesso em: 16 mar. 2012. Fragmento.De acordo com o Texto, o elevador inaugurado representa uma conquista para

A) o prefeito de Nova Odessa.

B) o presidente da APNEN.

C) os moradores da cidade.

D) os que tm dificuldades de locomoo.

E) os servidores pblicos municipais.------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.

A melhor amiga do homemDiogo Schelp

Devemos muito vaca. Mas h quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como a parte pelo todo bovino, acusada de contribuir para a degradao do ambiente e para o aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilho de cabeas de gado existentes no mundo quase metade das emisses de metano, um dos gases causadores do efeito estufa. Acusam-se as chifrudas de beber gua demais e ocupar um espao precioso para a agricultura.

O trusmo inconveniente que homem e vaca so unha e carne. [...] Imaginar o mundo sem vacas como desejar um planeta livre dos homens uma ideia, alis, vista com simpatia por ambientalistas menos esperanosos quanto nossa espcie. Alterar radicalmente o papel dos bovinos no nosso cotidiano, subtraindo-lhes a importncia econmica, pode lev-los extino e colocar em jogo um recurso que est na base da construo da humanidade e, por que no, de seu futuro, diz o veterinrio Jos Fernando Garcia, da Universidade Estadual Paulista em Araatuba. [...]

A vaca tem um papel econmico crucial at onde considerada animal sagrado. Na ndia, metade da energia domstica vem da queima de esterco. O lder indiano Mahatma Gandhi (1869-1948), que, como todo hindu, no comia carne bovina, escreveu: A me vaca, depois de morta, to til quanto viva. Nos Estados Unidos, as bases da superpotncia foram estabelecidas quando a conquista do Oeste foi dada por encerrada, em 1890, fazendo surgir nas Grandes Plancies americanas o maior rebanho bovino do mundo de ento. Esse estoque permitiu que a carne se tornasse, no sculo seguinte, uma fonte de protena para as massas, principalmente na forma de hambrguer, escreveu Florian Werner. [...] Comer um bom bife uma aspirao natural e cultural. Ou seja, nem que a vaca tussa a humanidade deixar de ser onvora.Revista Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento.De acordo com o autor desse texto,

A) a agricultura mais preciosa do que a pecuria.B) a dependncia entre o homem e a vaca real.C) a importncia econmica da vaca unanimidade.

D) o ser humano gosta de comer um bom bife.

E) os EUA hoje possuem o maior rebanho bovino.------------------------------------------------------------(PAEBES). Leia o texto abaixo.As cocadasEu devia ter nesse tempo dez anos. Era menina prestimosa e trabalhadeira moda do tempo.

Tinha ajudado a fazer aquela cocada. Tinha areado o tacho de cobre e ralado o coco.

Acompanhei rente fornalha todo o servio, desde a escumao da calda at a apurao do ponto. Vi quando foi batida e estendida na tbua, vi quando cortada em losangos. Saiu uma cocada morena, de ponto brando, atravessada de paus de canela cheirosa. O coco era gordo, carnudo e leitoso, o doce ficou excelente. Minha prima me deu duas cocadas e guardou tudo mais numa terrina grande, funda e de tampa pesada. Botou no alto da prateleira.

Duas cocadas s... Eu esperava quatro e comeria de uma assentada oito, dez mesmo.

Dias seguidos namorei aquela terrina, inacessvel de noite, sonhava com as cocadas. De dia, as cocadas danavam pequenas piruetas na minha frente. Sempre eu estava por ali perto, ajudando nas quitandas, esperando, aguardando e de olho na terrina.

Batia os ovos, segurava a gamela, untava as formas, arrumava nas assadeiras, entregava na boca do forno e socava cascas no pesado almofariz de bronze.

Estvamos nessa lida e minha prima precisou de uma vasilha para bater um po-de-l.

Tudo ocupado. Entrou na copa e desceu a terrina, botou em cima da mesa, deslembrada do seu contedo. Levantou a tampa e s fez: Hiii... Apanhou um papel pardo sujo, estendeu no cho, no canto da varanda e despejou de uma vez a terrina.

As cocadas moreninhas, de ponto brando, atravessadas aqui e ali de paus de canela e feitas de coco leitoso e carnudo guardadas ainda mornas e esquecidas, tinham se recoberto de uma penugem cinzenta, macia e aveludada de bolor.

A minha prima chamou o cachorro: Trovador... Trovador... e veio o Trovador, um perdigueiro de meu tio, lerdo, preguioso, nutrido e abanando a cauda. Farejou os doces sem interesse e passou a lamber, assim de lado, com o maior pouco caso.

Eu olhando com uma vontade louca de avanar nas cocadas.

At hoje, quando me lembro disso, sinto dentro de mim uma revolta m e dolorida de no ter enfrentado decidida, resoluta, malcriada e cnica, aqueles adultos negligentes e partilhado das cocadas bolorentas com o cachorro.CORALINA, Cora. O Tesouro da Casa Velha. 3. ed. So Paulo: Global, 2000.p.85-6. De acordo com esse texto, a menina

A) botou a terrina em cima da mesa.

B) chamou o cachorro para comer as cocadas.

C) cortou a cocada em losangos.

D) estendeu o papel sujo no cho e despejou a terrina.E) ficou sem coragem para enfrentar os adultos.------------------------------------------------------------(SPAECE). Leia o texto abaixo.QuadrilhaJoo amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que no amava ningum.

Joo foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que no tinha entrado na histria.ANDRADE, Carlos Drummond de. Disponvel em: De acordo com esse texto, a personagem Lili

A) casou-se com Joaquim.B) casou-se com J. Pinto.C) foi para o convento.

D) morreu de desastre.

E) suicidou-se de tristeza.------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo.Qual foi a primeira escola?Foram as escolas fundadas na Europa no sculo 12. Isso se considerarmos o modelo de escola que temos hoje, com professor e crianas como alunos. Na Grcia antiga, as crianas eram educadas, mas de modo informal, sem diviso em sries nem salas de aula. J na Europa medieval, o conhecimento ficava restrito aos membros da Igreja e a poucos nobres adultos.

A palavra escola vem do grego schol, que significava, acredite se quiser, lugar do cio.

Isso porque as pessoas iam escola em seu tempo livre para refletir. Vrios centros de ensino pipocaram pela Grcia, por iniciativa de diferentes filsofos. As escolas geralmente eram levadas adiante pelos discpulos do filsofo-fundador e cada uma valorizava uma rea de conhecimento.

A escola de Iscrates, um exmio orador, por exemplo, era muito forte no exame da eloquncia, que a arte de se expressar bem. Mas as escolas multimatemticas, que contemplam as disciplinas bsicas que temos hoje, como matemtica, cincias e geografia, s surgiram entre os sculos 19 e 20.FUJOTA, Luiz. Mundo estranho. Julho 2008. p. 47. *Adaptado: Reforma Ortogrfica. De acordo com esse texto, a escola de Iscrates era excelente no ensino de

A) Cincias.

B) Geografia.

C) Histria.

D) Matemtica.E) Oratria.------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo.ROND DO CAPITOBO BALALO,

Senhor capito,

Tirai este peso

Do meu corao.

No de tristeza,

No de aflio:

s de esperana,

Senhor capito!

A leve esperana,

A area esperana ...

Area, pois no! Peso mais pesado

No existe no.

Ah, livrai-me dele,

Senhor capito!BANDEIRA, Manuel. Leia novamente o terceiro verso. O peso que dever ser tirado

A) a alegria.

B) a aflio.

C) a tristeza.D) a esperana.E) a saudade.------------------------------------------------------------Leia o texto abaixo.

Frmula do sorriso

Mais importante que o sabor do creme dental o seu agente teraputico, a frmula qumica que serve para controlar as bactrias que provocam as cries. Segundo a professora Lenise Velmovitsky, da Universidade Federal Fluminense, que analisou 25 tipos de pasta de dentes em sua tese de doutourado, a substncia mais eficaz na escovao o tricloson, um antimicrobiano presente nas pastas de ao total ou global. O flor recalcifica os dentes e tambm combate as cries. O bicarbonato de sdio um abrasivo e remove manchas, mas em excesso desgasta os dentes. A dentista recomenda o uso de escovas macias e uma quantidade de pasta equivalente ao tamanho de uma ervilha, pelo menos trs vezes ao dia. Alm de fio dental.Veja. 10 abr. 2002. Segundo esse texto, deve-se evitar o excesso de bicarbonato de sdio por causa

A) das bactrias das cries.

B) das remoes das manchas.

C) do controle das bactrias.D) do desgaste dos dentes.E) do sabor do creme dental.------------------------------------------------------------(SIMAVE). Leia o texto abaixo e responda.A reunio se estendeu pela tarde inteira. Amontoados no quarto de Cris, os meninos no chegavam a um acordo sobre quem faria o qu na pea. Foi preciso muita conversa (e at alguns belisces) para que a maioria se conformasse com a distribuio dos papis. Jnior era o mais forte do grupo e por isso ganhou o direito de segurar o esqueleto. A Ique caberia a tarefa de mover os ossos do brao, fazendo os gestos necessrios para acompanhar a fala de Valfrido. E a voz, rouca e tenebrosa, Biel treinou durante toda a manh.

Apesar dos protestos, as meninas se sujeitaram a permanecer na retaguarda, de olho na casa do Bola e nas esquinas da rua, prontas a avisar os garotos caso surgisse um imprevisto. E eu? E eu? Cisco perguntou, aps assoar ferozmente o nariz. Do tem babel bra bim?KLEIN, Srgio. Tremendo de Coragem. So Paulo: Fundamento Educacional, 2001. p. 57.A frase Do tem babel bra bim? permite afirmar queA) Cisco est resfriado.B) Biel est rouco.

C) Bola apareceu.

D) Valfrido falou.

E) Jnior forte.------------------------------------------------------------(PROEB). Leia o texto abaixo. o boiSenti que o texto Como um boi vira bife (Supernovas, junho, pg.44), camuflado por figurinhas e por uma descrio quase infantil das etapas do abate do gado, subestimou a minha inteligncia. Ser que realmente razovel obrigar que uma fmea fique prenhe em todo cio? Ser mesmo compensador ser colocado em confinamento por 3 meses mas ter rao da melhor qualidade? Creio que nenhum animal trocaria um pasto verde e farto por uma baia cheia de seja-l-o-que-for!CAROLINA DI BIASI, SO PAULO, SPNo Texto, a expresso seja-l-o-que-for sugere que o contedo da baia

A) apropriado.

B) carssimo.C) indiferente.D) insubstituvel.

E) valorizadssimo.------------------------------------------------------------(SADEAM). Leia o texto abaixo e responda.Quando o mar no est para peixePor que o mar fica agitado e pode causar estragos nesta poca do ano?Quem mora em cidade com praia j deve ter notado: quando chega o inverno, o mar costuma ficar mais bravo e com ondas enormes! Isso acontece porque justamente nessa poca do ano que se intensificam os ventos causadores das ressacas, nome que se costuma dar a esse movimento rpido e violento das ondas do mar.

Quanto mais velozes forem esses ventos, maiores sero as ondas, e mais forte ser a ressaca. No inverno, a frequncia e os riscos de ressacas so maiores. Isso porque h um maior encontro das massas de ar quente com as massas de ar frio, gerando diferenas de presso atmosfrica que originam os ventos formadores das ressacas., explica o oceangrafo David Zee, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Outro fator que pode aumentar a fora das ressacas so as mars. O impacto das ondas e ressacas depende das mars, pois elas elevam o nvel do mar e, portanto, permitem que as ondas cheguem a regies do litoral que antes no eram alcanadas., diz David.

Mas no s isso influencia a ocorrncia das ressacas do mar. As alteraes climticas que nosso planeta tem sofrido nas ltimas dcadas tambm tm intensificado este fenmeno!Devido ao efeito estufa, acontece um maior acmulo de energia do Sol na atmosfera, energia esta que transferida ao mar sob a forma de ondas, explica o oceangrafo.

E essas ressacas so perigosas! Elas podem causar naufrgios, afogamentos e at mesmo derrubar construes que estejam prximas da costa. Inclusive animais e plantas podem ser afetados pela fora das ondas. As ressacas podem provocar o colapso de organismos que se fixam em costes rochosos e vegetao costeira como manguezais, restingas, etc. Peixes e mamferos tendem a fugir e se abrigar., diz David Zee.

Agora voc j sabe: as ressacas podem ser muito bonitas de assistir, mas nada de ficar muito perto do mar quando ele estiver agitado!TURINO, Fernanda. Disponvel em: .Acesso em: 01 jul. 2011. De acordo com as informaes desse texto, o termo ressaca usado para nomear o fenmeno

A) da influncia das mars na elevao das ondas do mar.

B) das alteraes climticas ocorridas em nosso planeta.

C) do encontro das massas de ar quente como as de ar frio.

D) do maior acmulo de energia do Sol na atmosfera.E) do movimento rpido e violento das ondas do mar.------------------------------------------------------------(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.Muitas leiturasPublicado pela primeira vez em 1899, Dom Casmurro uma das grandes obras de Machado de Assis e confirma o olhar certeiro e crtico que o autor estendia sobre toda a sociedade brasileira. [...]

O romance, entretanto, presta-se a muitas leituras, e interessante ver como a recepo ao livro se modificou com o passar do tempo. Quando foi lanado, era visto como o relato inquestionvel de uma situao de adultrio, do ponto de vista do marido trado. Depois dos anos 1960, quando questes relativas aos direitos da mulher assumiram importncia maior em todo o mundo, surgiram interpretaes que indicavam outra possibilidade: a de que a narrativa pudesse ser expresso de um cime doentio, que cega o narrador e o faz conceber uma situao imaginria de traio. [...]

O romance a histria de um homem de posses que ama uma moa pobre e esperta e se casa com ela. Em sua velhice, ele escreve um romance de memrias para compreender Capitu, at a metade do livro, quem d as cartas na relao. Trata-se de uma garota humilde, mas avanada e independente, muito diferente da mulher vista como modelo pela sociedade patriarcal do sculo XIX. [...] Percebe-se, por isso, o peso do possvel adultrio em suas costas.

No se trata apenas de uma questo conjugal entre iguais, mas de uma condenao de classe. Bentinho utiliza o arbtrio da palavra para culpar sua esposa. Mas ele quem narra os acontecimentos e, por isso, pode manipular os fatos da maneira que melhor lhe convm. [...]

Nesse sentido, a questo central do livro no o adultrio, e sim como Machado introduz na literatura brasileira o problema das classes e, ainda, de forma inovadora, a questo da mulher.Dom Casmurro coloca no centro de sua temtica a menina que no se deixa comandar e, em virtude disso, perturba a ordem vigente naquele ambiente social estreito e conservador. Disponvel em: . Acesso em: 24 mar. 2012. Fragmento. De acordo com esse texto, Bentinho pode manipular os acontecimentos porque

A) o narrador da histria.

B) um homem rico.

C) pertencia a sociedade patriarcal.

D) quer acusar sua esposa de adultrio.

E) tem um cime doentio pela esposa.------------------------------------------------------------9