Da cidade ao deserto, uma jornada por FEZ MARRAKESH ... · que abrigou a seleção alemã durante a...

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A criativa MADRI A medieval TOLEDO A jovem SALAMANCA A fofa ÁVILA A saborosa SEGÓVIA A autêntica SEVILHA A exuberante GRANADA Da cidade ao deserto, uma jornada por FEZ, MARRAKESH, CASABLANCA e mais UM ROTEIRO PELA LINDA MARROCOS PORTILLO NEVE DA BOA NOS ANDES CHILENOS BAHIA DO 7 A 1 OS ENCANTOS DE SANTA CRUZ CABRÁLIA NOIVA A BORDO! LUGARES PARA CASAR NO EXTERIOR Testamos a Kraken, a montanha-russa com realidade virtual SEAWORLD Cartagena das Índias e Bogotá COLôMBIA EM DOBRO ISSN 1984-7777 R$ 15 Agosto 2017 Ano 8 - n o 97

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A criativa MadriA medieval Toledo

A jovem SalaMancaA fofa Ávila

A saborosa SegóviaA autêntica Sevilha

A exuberante granada

Da cidade ao deserto, uma jornada por FEZ, MARRAKESH, CASABLANCA e mais

uM roTeiro pela linda

A criativa Madri

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Da cidade ao deserto, uma jornada por Marrocos

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Fomos a Santa Cruz Cabrália para conhecer o hotel Campo Bahia, que abrigou a seleção alemã durante a Copa do Mundo. E concluímos:

nos quesitos praia, sossego e boa comida, a goleada é nossa!Por Rosy MacQueen

e A deliciosA herAnçA do 7 A 1

BahiaComo todo bom brasileiro, eu já tinha ou-

vido falar bastante do vilarejo onde a se-leção alemã de futebol se hospedou na

Bahia, durante a Copa de 2014. E como me esquecer desse time depois do fatídico 7 a 1, quando perdemos a segunda chance de vencer um mundial em casa? Só não imaginava que, três anos depois, lá estaria eu viajando rumo à vila de Santo André, parte do município de Santa Cruz Cabrália, sul do estado.

Portanto, confesso que tive uma mistu-ra contrastante de sentimentos quando pus os pés dentro do hotel Campo Bahia. Lembrava do Mineiraço ao mesmo tempo que me depara-va com beleza e sofisticação. Aqui, afinal, foi o centro de treinamento especialmente construí-do para receber a comitiva alemã na Costa do

Descobrimento – rota entre Belmonte e Caraíva, que passa, ainda, por Arraial D’Ajuda e Trancoso.

Do aeroporto de Porto Seguro são 27 quilô-metros até Santo André – um transfer do hotel, com travessia de balsa pelo Rio João de Tiba, faz o trajeto. Ao volante, Pedro, nosso moto-rista capixaba, conta que mora há dois anos por estas bandas e daqui não sai mais. Dá para entender: a região é tranquila, sem badalação nem grandes estruturas turísticas. Assim como Pedro, também famosos e estrangeiros chegam em buscam de sossego. E é sossego mesmo: depois da balsa, a entrada para a vila de Santo André fica em uma bifurcação e muitos desa-visados passam direto, seguindo pela pista de asfalto, sem se dar conta do caminho de terra que leva a esse tranquilo refúgio baiano.

foz do rio joão de tiba, vista do mirante

da coroa vermelha

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hotel campo bahia

Nos aposentos de Klose & Cia.Inaugurado em 2014, o hotel Campo

Bahia fica em uma extensa faixa de areia banhada por mar calmo. São 14 villas de dois andares, totalizando 61 suítes char-mosas e confortáveis, com serviço de mor-domo. Em cada villa, as suítes dão para uma sala de uso comum, como se fosse uma casa. Rodeadas por varandas e co-queirais, todas contam com cama king size, roupa de cama e banho da marca Trussardi, produtos L’Occitane e Wi-Fi gratuito. Na Villa Ocara, ficam as maio-res acomodações, com 350 m2 cada uma.

Desde o início do projeto, houve gran-de ênfase na construção sustentável: to-da a madeira é certificada e proveniente da Amazônia paraense, onde árvores fo-ram replantadas para compensar o des-matamento. A arquitetura e o mobiliário utilizam produtos locais feitos com maté-ria-prima natural. Obras de artistas brasi-leiros e alemães completam o visual.

Em meio a tudo isso, atenção à deco-ração temática repleta de referências ao futebol alemão! Por exemplo: ao saborear um drinque do Champions Bar, ao lado da piscina, vale observar que o balcão é rode-ado por enormes telas de TV, em que fotos da seleção alemã de diferentes épocas vão passando lentamente. O spa, usado como área de fisioterapia pela equipe durante sua estadia, hoje tem menu de tratamen-tos L’Occitane, disponíveis também para não hóspedes, como banhos, esfoliações, máscaras, massagens corporais e trata-mentos faciais – todos começam com um agradável escalda-pés. Tem ain-da aulas de ioga ou de dança, além de academia de frente para o mar. Para os pequenos, o hotel conta com kids club.

Em frente, a Praia de San-to André fica praticamente va-zia. Aqui, os hóspedes con-tam com espreguiçadeiras e

Restaurante Caju

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guarda-sóis. E sabia que essa belezura tem até apelido? Não à toa, ficou conhecida como “a praia do 7 a 1”... Para tomar um banho de água doce, em uma caminhada de dez minutos pela areia chega-se ao Rio João de Tiba.

E por mais que a gente queira curtir uma bela preguiça nes-se paraíso, vale lembrar que também há atividades e escapadi-nhas. Pagos à parte, é só escolher entre os passeios na luxuo-sa escuna Dreamcatcher, visitas às praias de Guaiú, Belmonte e Canavieiras, passeios de canoa, caiaque e stand up paddle, mergulho em corais, trilhas por manguezais e bicicleta.

Na hora da fome, o restaurante do hotel é o Caju, co-mandado pelo jovem chef Caio Silva, que reinventou o car-dápio sem deixar de lado o uso de ingredientes regionais. O mix é primoroso – pode-se pedir tanto o carré de cordeiro com mousseline de batata trufada e molho rôti (R$  105) como um fettuccine com carne de sol, ovo caipira e queijo coalho (R$ 63). De sobremesa, são boas ideias a torta semifreddo de limão (R$ 27) ou a brasileiríssima tapioca de abacaxi com sor-vete de coco (R$ 23). Tem ainda espaço para churrasco pé na areia, com música ao vivo à noite. Nem alemão resiste.

Rumo norteSaindo de Santo André, seguimos para o norte com desti-

no à Praia do Guaiú, a 13 quilômetros de distância. Ali, o res-taurante da Dona Maria Nilza salta aos olhos – uma barraca

rústica e charmosa, cheia de pequenas delicadezas, como as toalhinhas de ren-da, as almofadas floridas e as mesas iden-tificadas com nomes de pássaros. A pro-prietária se apresenta com uma simpatia irresistível, cumprimentando e conver-sando com cada cliente. Ela espalha fo-lhas de citronela frescas na mesa antes de os pratos serem servidos.

Escolhemos o tradicional arroz de polvo e também o arroz de siri. As por-ções são para duas pessoas, bem fartas. Pedir antes de a fome apertar é uma boa ideia, pois a comida é feita na hora, no fogão a lenha – vale lembrar, não há ele-tricidade. Enquanto aguarda, peça uma bebida e curta a praia rodeada por man-guezais habitados pelos guaiamuns, ca-ranguejos azulados em risco de extin-ção. Ali também deságua o Rio Santo Antônio, que forma uma tranquila pis-cina de água doce, perfeita para banho.

Após o almoço, enquanto nos despe-dimos, Maria Nilza traz uma caixa com mensagens da sorte, como se fosse um realejo. “Onde está o passarinho para pegar os papéis?”, pergunto. E ela, bem- -humorada, responde: “Fugiu, aquele baiano preguiçoso!” Então, cada um tem que tirar sua própria sorte. A minha me aconselha a perseguir os sonhos e me concentrar no dia de hoje.

Muita históriaVale a pena reservar um tempo pa-

ra conhecer Santa Cruz Cabrália, do ou-tro lado do rio. Pode-se dizer que a cidade foi criada quando Pedro Álvares Cabral

praia de santo andré

villa no hotel campo bahia

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aportou na Praia da Coroa Vermelha, onde também foi rezada a primeira missa em terras brasileiras. Décadas depois, após a vila ser destruída pelos índios aimorés, a população foi transfe-rida para um platô na foz do Rio João de Tiba. Hoje, é dali que partem inúmeros passeios em escunas e chalanas.

Na parte alta da cidade, o Centro Histórico reúne, como patrimônio tombado, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição (construída no século 17), a Casa da Câmara e Cadeia (uma das primeiras penitenciárias do Brasil), as ruínas de um colé-gio jesuíta do século 16 e o primeiro cemitério local. É uma boa contratar um dos guias turísticos na entrada do complexo, que enriquecem a visita com muita prosa e informação.

Mas nem só de portugueses se faz a história do descobri-mento. Para conhecer mais sobre a vida e a cultura da popu-lação indígena da região, visitamos a aldeia dos índios pataxó de Coroa Vermelha, que tem ocas em formato original.

Makiame, um dos quatro líderes da tribo, conta a tra-jetória de seu povo e explica os significados das diferentes pinturas corporais. “Os desenhos representam desde a hie-rarquia até o estado civil de cada um”, diz. A conversa é ar-rematada com dança típica e degustação de peixe assado na folha de palmeira e de beiju de puba, um tipo de tapio-ca doce, servida com chá. Como suvenir, vale comprar dire-to com os índios peças de artesanato, ervas, produtos medi-cinais e utilitários de madeira, tudo feito por eles mesmos.

A pé pela vilaA noite é a melhor hora para explorar Santo André, vilarejo

de pescadores com não mais que mil habitantes. Na Avenida

Beira Rio, casinhas e restaurantes se en-fileiram por trás de cercas de eucalipto, muito comuns nas construções daqui. Va-le uma paradinha na Praça do Peixe, onde a Feira Criativa reúne artesãos locais de quinta a sábado, entre 17h e 19h30.

O restaurante El Floredita, da Pou-sada Corsário, é uma opção agradável para jantar com a brisa noturna. Pe-didas certeiras são o polvo à vinagrete com feijão de corda (R$ 42) e a cocada de forno ao limão-siciliano (R$ 7).

Assim, de estômago feliz, voltei ao hotel e me despedi da Bahia relaxando em um sofá no bar da piscina, admiran-do as luzes da noite e ouvindo o som do mar. No céu estrelado, a lua quase cheia arrematava o cenário. Depois disso tu-do, quem liga para o 7 a 1?Viagem a convite do hotel Campo Bahia

restaurante maria nilza

igreja de nossa senhora da ConCeição

q ua n d o i r Faz calor o ano inteiro, com mais chuvas no verão. De junho a agosto, chove menos. c a m i n h o c e r t o O aeroporto mais próximo de Santa Cruz Cabrália é o de Porto Seguro (BPS), que recebe voos da Latam, Gol e Azul. O transfer até o hotel custa R$ 260 (ida e volta, duas pessoas) h o s p e da r As diárias para casal no hotel Campo Bahia começam em R$ 880, com café da manhã. campobahia.com

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