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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4 Cadernos PDE VOLUME I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE

VOLU

ME I

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LEONICI GRACIANO DE ANDRADE SANTOS

MEIO AMBIENTE CULTURA E CIDADANIA NA ESCOLA: PATRIMÔNIO

AMBIENTAL E HISTÓRICO: PARQUE ARTHUR THOMAS EM LONDRINA.

Orientadora: Profª. Drª Marlene Cainelli

Londrina

2011

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LEONICI GRACIANO DE ANDRADE SANTOS

MEIO AMBIENTE, CIDADANIA E CULTURA NA ESCOLA: PATRIMÔNIO

AMBIENTAL E HISTÓRICO: PARQUE ARTHUR THOMAS EM LONDRINA.

Artigo apresentado ao Programa de Desenvolvimento da Educação – PDE/SEED, na área de História, encaminhado pela Universidade Estadual de Londrina. Orientador: Prof. Drª Marlene cainelli

Londrina

2011

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A) – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

PROFESSOR PDE : LEONICI GRACIANO DE ANDRADE SANTOS

ÁREA PDE: HISTÓRIA

NRE: Londrina

PROFESSOR ORIENTADOR: MARLENE CAINELI

IES VINCULADA: UEL – Universidade Estadual de Londrina

ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Cléia Godoy Fabrini da Silva -

Ensino Fundamental e Médio.

PÚBLICO OBJETO DE INTERVENÇÃO: Direção, equipe pedagógica e professores .

B) TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE

Ambiental

C) DESCRIÇÃO

Este projeto tem por finalidade apresentar um estudo teórico-prático sobre o tema

“Meio Ambiente, Cultura na Escola”, procurando desenvolver um referencial teórico

embasado em livros e artigos de vários autores. Com relação á parte pratica, serão

realizadas reuniões com professores do ensino fundamental, médio e técnico, para

debater textos voltados para o conceito de patrimônio ambiental ou natural, material,

imaterial, no qual produziram textos para posteriormente serem utilizados em sala de

aula com alunos para a formação de consciência ambiental.

D) TÍTULO

MEIO AMBIENTE, CIDADANIA E CULTURA NA ESCOLA: PATRIMÔNIO

AMBIENTAL E HISTÓRICO: PARQUE ARTHUR THOMAS EM LONDRINA.

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MEIO AMBIENTE, CIDADANIA E CULTURA NA ESCOLA: PATRIMÔNIO

AMBIENTAL E HISTÓRICO: PARQUE ARTHUR THOMAS EM LONDRINA.

Autor: Leonici Graciano de Andrade Santos.1

Orientador: Profa. Drª. Marlene Cainelli 2

Resumo

Debate da questão Ambiental, passa primeiramente pela educação, crescimento e desenvolvimento da sociedade moderna, tem colocado em questão conceitos sociais.Desta forma este artigo, desenvolvido no PDE – Programa Desenvolvimento Educacional busca investigar a formação de conteúdo do saber escolar para questão ambiental. Para haver mudança no processo da educação, especificidade da sociedade contemporânea devem ser levados em conta, tais como, símbolos de estados, aceleração dos acontecimentos, sem reflexão e análise crítica, referência de valores, historicidade do individuo no processo “ideológico” a sociedade em sua totalidade de seus responsáveis políticos, agentes educacionais e os próprios usuários do sistema educacional, devem buscar os objetivos da melhoria qualitativa e quantitativa da educação, uma vez que o sistema educativo ou suas partes contribuem para a sua evolução ou avanço. O resultado desse estudo é a contribuição para a inserção da educação ambiental no ensino formal, através da reforma curricular, com proposta de capacitação técnica do sistema educacional e acessória de escola, possibilitando a formação de atitudes e competência em nível de consciência, conhecimento, atitude, aptidões, capacidade de avaliação e visão crítica no mundo, compreendendo e agindo corretamente nas relações do homem com o ambiente, sociedade e natureza condicionados ao modelo de desenvolvimento dos diferentes grupos sociais. Palavras-chave: Meio Ambiente, Cidadania, Natureza , educação,Globalização

1Pós-graduação em Filosofia e História do pensamento brasileiro , na UEL e em Administração Supervisão e Orientação Escolar pela UNOPAR, graduada em História na UEL, atua no Colégio Estadual Prof. Cleia Godoy Fabrini da Silva – Londrina, Pr., e no Colégio Estadual Albino Feijó Sanches- Londrina.Pr- Docente participante do programa PDE:Leonici Graciano de Andrade [email protected] 2Professora do Departamento de História da UEL / Doutora em Educação / Orientadora do trabalho:

Drª Marlene Cainelli.

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Abstract

Environmental debate the issue, is primarily for education, growth and development of modern society, has called into question concepts sociais.Desta way this article was developed in the EDP - Educational Development Program aims to investigate the training content of school knowledge to environmental issues. For any change in the education process, specificity of contemporary society should be taken into account, such as state symbols, acceleration of events, without reflection and critical analysis, reference values, the historicity of the individual in the "ideological" society in whole of their political leaders, educational institutions and the users of the educational system, should fetch the goals of qualitative and quantitative improvement of education, since the education system or its parts contribute to its development or advancement. The result of this study is the contribution to the integration of environmental education in formal education through curriculum reform, including proposals for technical training of the educational system and ancillary school, enabling the formation of attitudes and skill level of awareness, knowledge, attitude , skills, capability assessment and critical view of the world, understanding and doing the right relations between man and the environment, society and nature conditional on the model of development of different social groups.

Keywords: Environment, Citizenship, Nature, Education, Globalization

1-INTRODUÇÃO

Todos os seres vivos têm o seu modo próprio de viver, que depende do seu

organismo e do tipo de ambiente onde vivem. Os seres vivos habitam a terra, a água

e o ar e sofrem influência pelos fatores abiótico que atuam em conjunto sobre esses

seres, tais como: a luz solar, a temperatura, a água e a pressão atmosférica, pois

são os responsáveis pelas condições ambientais.

Das relações que os seres vivos estabelecem entre si e com o meio

ambiente depende da sua sobrevivência. Nenhum ser vive completamente só. No

meio que habita, existem outros seres de sua espécie e de outras espécies que,

compartilhando o mesmo ambiente, influenciam a vida uns dos outros.

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Nos últimos anos, tem crescido o interesse das pessoas por assuntos relacionados

ao meio em que vivemos. Através da televisão, dos jornais, das revistas, da internet

e outros, recebemos informações a cada momento sobre a situação dos ambientes

localizados nos mais diferentes lugares da Terra. Essas informações nos falam das

destruições de florestas, aumento dos níveis de poluição, chuva ácida, extinção de

espécies, efeito estufa, e muitas outras agressões ambientais.

Para avaliar os reais riscos que corremos e como evitá-los, precisamos

conhecer os mecanismos das complexas relações entre os seres vivos e o meio

ambiente. E assim, em l965, na Conferência em Educação na Universidade de

Keele, Grã Bretanha, surgiu o termo Educação Ambiental, para desenvolver a

capacidade intelectual do ser humano no tocante aos assuntos ecológicos, visando

à sua participação na preservação do meio ambiente.

Na conferência de Estocolmo em 1972:

A finalidade da educação ambiental é formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e problemas com ele relacionados, e que possua os conhecimentos, as capacidades, as atitudes, a motivação e o compromisso para colaborar individual e coletivamente na resolução de problemas atuais e na prevenção de problemas futuros" (UNESCO, 1976, p.2).

Teve a participação de 113 países e recomendou-se que deveria ser

desenvolvido um Programa Internacional de Educação Ambiental. E assim o tema

dessa conferência foi que todo cidadão deve ser educado para a solução dos

problemas ambientais.

No Brasil, a Educação Ambiental é definida como o processo por meio dos

quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,

habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio

ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua

sustentabilidade.

A Educação Ambiental (EA) ganha destaque nas décadas de 1960 e 1970,

devido às preocupações em relação à exploração exagerada dos recursos naturais

pelas atividades humanas. Nas discussões que em torno das práticas que norteiam

a EA, no âmbito formal e não formal, são desenvolvidos conhecimentos sobre a

relação homem-meio, para que seja possível que o sujeito faça uma reflexão mais

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ampla sobre a necessidade de mudanças de atitudes para se obter uma melhor

qualidade de vida no meio ambiente em que está inserido. É importante esclarecer

que o meio ambiente é concebido como todo espaço em que um ser vivo se

desenvolve, seja físico, biológico ou sócio-cultural. Jeani Delgado Paschoal Moura,

2007.

Além de considerar as bases legais previstas na Lei nº 9.795, de 27 de abril

de 1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, devemos também

entender que a educação ambiental é uma forma abrangente de educação, que se

propõe atingir todos os cidadãos, através de um processo pedagógico participativo

permanente que procura incutir no educando uma consciência crítica sobre a

problemática ambiental, compreendendo-se como crítica a capacidade de captar a

gênese e a evolução de problemas ambientais.

A educação ambiental se torna um exercício para a cidadania. Ela tem como objetivo a conscientização das pessoas em relação ao mundo em que vivem para que possam Ter cada vez mais qualidade de vida sem desrespeitar o meio ambiente natural que a cercam. Essa conscientização se dá a partir do conhecimento dos seus recursos, os aspectos da fauna e da flora gerais e, específicos de cada região; e, os problemas ambientais causados pela exploração do homem, assim como Os aspectos culturais que vão se modificando com o passar do tempo e da mudança dos recursos naturais, como a extinção de algumas espécies por exemplo. O maior objetivo é tentar criar uma nova mentalidade com relação a como usufruir dos recursos oferecidos pela natureza, criando assim um novo modelo de comportamento. (...) A educação ambiental é um exercício para a participação comunitária e não individualista” (REIGOTA, 1998).

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente,

conhecida também como Cúpula da Terra, Rio 92 ou Eco 92, constituiu um dos mais

importantes momentos do processo de reencontro do homem com a sua identidade

e com o seu lar – Biosfera de um planeta Azul chamado Terra. Pela primeira vez, os

chefes das principais nações, organizações políticas governamentais e não

governamentais mais importantes e as empresas mais poderosas reuniram-se para

discutir as bases de um programa de Desenvolvimento Sustentável, onde todos os

seres vivos têm um elo indissociável de um futuro comum.

Durante essa Conferência foram firmadas convenções sobre a Diversidade

Biológica e Mudanças Climáticas, que tem força legal nos países que a ratificam.

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Também foi firmada a Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento,

chamada de Carta do Rio, embora não tenha força legal, é de extrema importância,

pois reconhece o direito à exploração dos recursos naturais de um país, com base

nos princípios do desenvolvimento sustentável.

Outro documento que é um programa de ação, elaborado na Rio 92 é a

Agenda 21. A Agenda 21 visa por em prática as declarações firmadas na

Conferência do Rio, como compromisso dos 179 países que ali estiveram, preparar

o mundo em relação ao meio ambiente e a um desenvolvimento mais sustentável

para o Século XXI. Esse documento histórico contém 700 páginas em 40 capítulos e

a “Carta da Terra”. O capítulo referente à educação é o capítulo 36.

O processo de elaboração da Agenda 21 Brasileira vem sendo conduzido

pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 (CPDS),

criada em fevereiro de 1997 pela Presidência da República e vinculada ao Ministério

do Meio Ambiente.

Seguindo as diretrizes da versão global do documento, a Agenda 21

Brasileira tem por objetivo definir estratégias de desenvolvimento sustentável para o

país, a partir de um processo de articulação e parceria entre o governo e a

sociedade. A metodologia de trabalho da Agenda 21 Brasileira teve como base a

escolha de seis temas centrais, sendo eles:

Gestão dos recursos naturais;

Agricultura sustentável;

Cidades sustentáveis;

Infra-estrutura e integração regional;

Redução das desigualdades sociais;

Ciência e Tecnologia.

O objetivo principal pretendido com essa divisão era abarcar a complexidade

do país, estados, municípios e regiões dentro do princípio da sustentabilidade. Ou

seja, o estudo direcionado visa facilitar o planejamento e implantação de modelos e

sistemas ideais e adequados à singular e ao mesmo tempo da diversificada

realidade brasileira.

O caráter participativo da Agenda 21 fez com que a CPDS percebesse a

necessidade de ampliar, na prática, a participação dos diversos setores da

sociedade brasileira no processo de construção da versão nacional do documento.

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Foi então gerada a Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussão, um relatório cuja

principal função foi incentivar e subsidiar rodadas de debates nos estados e cidades.

Ele foi distribuído para as 27 unidades da federação em setembro de 2000

através das Secretarias Estaduais de Meio Ambiente. Receberam o documento

instituições dos setores governamental, civil organizado e produtivo. O único Estado

que ficou de fora foi o Amapá, por não ter realizado o encontro.

A etapa seguinte de elaboração da Agenda 21 Brasileira iniciou-se em maio

com o primeiro de cinco encontros regionais previstos para acontecerem até agosto.

Os encontros realizados no momento consistem em reuniões fechadas das quais

participam consultores e especialistas da área sócio-ambiental escolhidos pelas

Secretarias Estaduais de Meio Ambiente e outras instituições federais apoiadoras da

elaboração da Agenda 21. Trata-se de uma etapa de consolidação, que será

seguida pela conclusão do processo de elaboração e pelo lançamento da Agenda 21

Brasileira, previsto para outubro.

Dez anos após a Rio 92, a cidade do Rio de Janeiro volta a sediar uma

reunião ambiental, preparatória para o encontro Rio + 10 em setembro na África do

Sul.

Em 2002, ambientalistas e profissionais da área de meio ambiente estão

com a atenção voltada para a Rio + 10, o mega encontro que acontecerá em

setembro na cidade de Johanesburgo, na África do Sul, para avaliação do

desempenho ambiental do mundo no decorrer dos dez últimos anos desde a

realização da Rio 92.

Se antecipando às discussões, a cidade do Rio de Janeiro voltou a sediar,

em janeiro, um evento internacional sobre meio ambiente. O Rio-02 reuniu, durante

cinco dias no hotel Copacabana Palace, especialistas, representantes de governos e

empresários de mais de 20 países. Promovida pela Coordenação de Programas de

Pós-Graduação de Engenharia (COPPE), da UFRJ, e com apoio da Fundação

Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio (Faperj), a Rio-02 teve

como principal objetivo analisar a situação do meio ambiente global, abordando

principalmente os temas clima, energia e desenvolvimento sustentável. Cerca de 50

palestrantes apresentaram os mais modernos estudos desenvolvidos nestas áreas,

destacando as mais recentes tecnologias para o uso de fontes de energia limpa.

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Assim, todos os Estados da federação brasileira tinham que elaborar a Agenda 21

Estadual.

O Estado do Paraná insere-se nesta programação planetária, em 16 de maio

de 2001, por meio do debate entre representantes do governo e da sociedade civil

organizada sobre as estratégias e ações a serem priorizadas. A importante tarefa de

organizar o processo de construção da Agenda 21 Paraná é assumida pelo

Governo do Estado, mediante a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos

Hídricos, que passa a coordenar a implementação da Agenda 21 no Paraná.

Em 11 de junho de 2002, o governador do Estado, no uso de suas

atribuições, assina decreto que institui uma Comissão Governamental composta por

representantes de órgãos que compõem as Secretarias de Estado.

É com a sensação de dever cumprido que a Comissão Governamental da

Agenda 21 Paraná traz a público mais uma importante publicação sobre a

implementação da Agenda 21 Paraná.

Este trabalho vem se juntar aos volumes da “ Agenda 21 Global e Brasileira”

e “ O que o Paraná tem Feito”. O primeiro documento apresenta uma síntese dos

conteúdos da Agenda 21 Global e os capítulos que compõem a Agenda 21

Brasileira. O segundo documento relaciona diversos programas governamentais já

implementados no Estado do Paraná que contêm em sua filosofia o atendimento às

principais diretrizes da Agenda 21. Já este volume, Seminários Macrorregionais da

Agenda 21-Paraná – Os desafios Por uma cidadania Planetária apresentam as

ações prioritárias sugeridas por um número significativo de representantes dos mais

variados segmentos da sociedade paranaense.

A estratégia adotada por esta Comissão Governamental foi a da realização

de quatro seminários macrorregionais, que tiveram lugar durante o mês de agosto de

2002, nas cidades de Foz do Iguaçu, no dia 15; Maringá, no dia 20; Londrina, no dia

22 e Curitiba, no dia 05 de setembro.

Nesses encontros, contou-se com representantes do Ministério do Meio

Ambiente, Governo Estadual e representantes de municípios paranaenses. Os

seminários foram compostos por palestras ministradas por integrantes da Comissão

Nacional da Agenda 21 e por especialistas em meio ambiente, trabalhos em grupo e

apresentação em plenária das propostas que se tornaram consenso após as

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discussões dos grupos. A metodologia utilizada permitiu a participação efetiva da

população no processo de construção da Agenda 21 - Paraná.

O tripé que fundamenta a Agenda 21 – Paraná é:

Justiça Social,

Eficiência Econômica e

Equilíbrio Ambiental.

A Comissão Governamental espera contribuir, com a publicação de mais

este documento, para disseminar a informação sobre as propostas da Agenda 21,

para a descentralização das ações propostas pela Agenda, bem como para orientar

as discussões quando da instalação do Fórum Permanente Agenda 21 Paraná.

Este documento expressa, principalmente, as prioridades de ações identificadas dos

mais diversos setores da sociedade paranaense que participaram dos Seminários,

num registro documental de fitas de vídeo e de produção de disquetes utilizados

quando das apresentações dos grupos de trabalho.

A Agenda 21 Brasileira tem como opção a criação de Agendas 21 Locais. A

proposta é que cada cidade faça sua Agenda 21 Local com a participação da

sociedade civil. Assim como cada país, cada cidade deve adequar sua Agenda à

sua realidade e às suas diferentes situações e condições, sempre considerando os

seguintes princípios gerais:

Participação e cidadania;

Respeito às comunidades e diferenças culturais;

Integração;

Melhoria do padrão de vida das comunidades;

Diminuição das desigualdades sociais;

Mudança de mentalidades.

Os compromissos assumidos pelos representantes dos países que

aprovaram a Agenda 21 Global são muito claros e objetivos. Preservar as florestas e

as nascentes, buscar substitutos para o CFC e outras substâncias que destroem a

camada de ozônio, proibir a pesca destrutiva, buscar novas fontes de energias

renováveis, reduzirem o lixo produzido e encontrar combustíveis alternativos são

alguns dos compromissos que devem ser traduzidos em ações, quando couber, na

formulação de cada Agenda 21 Local.

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A implantação da Agenda 21 Local pode começar por iniciativa do poder

público e também da sociedade. Geralmente a iniciativa vem da comunidade, porém

a parceria com o governo é muito importante.

Então, a Agenda 21 seja em qualquer âmbito tem a finalidade de todo

cidadão ou cidadã mudar suas atitudes, para contribuir na formação de um país

sustentável de ótima qualidade de vida para todo.

1.1 O Meio Ambiente

“A discussão sobre o ambiente tem ganhado vulto no debate acadêmico, nas

propostas do Estado e na mídia em geral, todavia essa onda ambientalista vem

permeada de indefinições, superficialidades e práticas pouco coerentes”, são

palavras de Braz e Calvente (apud CARVALHO, 2003, p. 166).

São grandes os desafios a enfrentar quando se procura direcionar as ações

para a melhoria das condições de vida no mundo. Um deles é relativo à mudança de

atitudes na interação com o patrimônio básico para a vida humana: o meio ambiente.

O nosso atual modelo de desenvolvimento é predatório e não se preocupa com a possibilidade de esgotamento de matéria-prima, assim torna-se clara a necessidade de repensar as formas de consumo já que o planeta dá evidentes sinais de cansaço e esgotamento de algumas fontes (DIAS, 2008. p. 2).

Os impactos negativos que vêm recebendo nosso planeta tornaram-se mais

difíceis de serem absorvidos pela natureza, pois ela não possui mais a capacidade

de antes. “[...] essa capacidade tem se mostrado insuficiente para assimilar todos

esses impactos negativos provocados pelo desperdício advindo das atividades

humanas, considerando o crescente aumento de volume de sua produção”

(CHADWICK & NILSON, 1993. p. 3-4).

“A manipulação da natureza pelo homem tem uma longa história, com

variações em intensidade e brutalidade” (BITTENCOURT, 2003, p. 42).

A questão ambiental é o grande desafio para este século. “A partir da

Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano, (Estocolmo, 1972) o

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problema da ecologia passou a estar relacionado também a educação” (ARRUDA,

2006, p. 113).

2- Educação Ambiental

Atualmente a crescente preocupação no Brasil com a área ambiental, vem

ao encontro do destaque mundial que o assunto vem merecendo por parte de

dirigentes, pesquisadores, imprensa e o público em geral.

Segundo Rodrigues (2000, p. 4), o homem é também um elemento

constituinte da natureza, sendo, portanto dependente dela, devendo estar em

consonância com ela, podendo então encontrar princípios ativos até para a cura de

seus males e doenças, buscando junto a ela, maior equilíbrio energético. Este

reencontro se dá com a ciência e arte, e pode perfeitamente ter início através da

Educação Ambiental. Neste contexto, o autor destaca que: “a Educação Ambiental é

o despertar da consciência dos homens permitindo verificar que seu ambiente está

em desarmonia” (p. 5).

Segundo Pelcioni (2000, p. 26), a situação social e ambiental pelas quais

passa o mundo atualmente, exige a demanda de novas praticas sociais tanto nas

relações dos homens entre si, como também nas relações homem – ambiente,

sendo então este o campo em que a Educação Ambiental se propõe atuar. De

acordo com a autora, desde os vários encontros internacionais no que diz respeito à

temática ambiental, chegou-se a conclusão de que a Educação Ambiental deveria

considerar várias estratégias e escalas de atuação, de acordo com a diversidade das

circunstâncias, dentro de um processo contínuo e permanente voltado para todas as

idades e fases do ensino formal e não formal, cujo enfoque deveria ser o

interdisciplinar, sem perder-se de vista a finalidade de incentivar a adoção de novas

práticas individuais e coletivas.

Na opinião de Pereira (1993 apud SILVA, 2008, p.1) a “Educação Ambiental

é um dos paradigmas atuais que pretende transmitir e integrar o homem e seu meio

ambiente a partir da viabilização prática para o mundo”.

Nesse sentido recuperar e preservar o meio ambiente é uma tarefa primordial para todos os indivíduos da sociedade e a Educação Ambiental nesse ínterim serve como ferramenta para desenvolver métodos e técnicas que facilitam o processo da tomada de consciência em relação aos

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problemas ambientais debruzando seriamente sobre eles (NEUMANN-LEITÃO, 1994; BIFANI, 1996 apud SILVA, 2008, p. 1).

Dias (1998) finaliza apresentando que, “somente fomentando a participação

comunitária de forma articulada e consciente, um programa de educação ambiental

atingirá seus objetivos”.

Para tanto, ele deve prover os conhecimentos necessários à compreensão do seu ambiente, de modo a suscitar uma consciência social que possa gerar atitudes capazes de afetar comportamentos e promover o entendimento das relações do cidadão com a cidade, enfatizando como ele afeta e é afetado pelo sistema urbano, regional e mundial, indo além do estudo dos sintomas ambientais, explorando as raízes da causa da degradação ambiental (DIAS, 1998. p. 4-5).

3- Lei n. 9795/99 – Educação Ambiental

A Lei nº 9795 de 27 de Abril de 1999, que dispõe sobre a Educação

Ambiental que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, em seu Capitulo I,

art. 3º § VI insere na Educação Ambiental, a sociedade como um todo, para manter

atenção permanente à formação de valores, atitudes e habilidades que propiciem a

atuação individual e coletiva voltada para a prevenção, a identificação, e a solução

de problemas ambientais. De acordo com a Lei, a Educação Ambiental é definida

como,

o conjunto de processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (SOUZA; FILHO, 1999, p.6).

No que diz respeito à questão do ensino escolar, a Lei 9795 de 27 de Abril

de 1999 em seu cap. II, o qual trata da Política Nacional de Educação Ambiental,

dispõe na seção II, do art.9º ao art. 12º sobre a Educação Ambiental no Ensino

Formal:

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Art. 10. A educação ambiental será desenvolvida como uma pratica educativa

integrada, continua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino

formal.

§ 1º A educação ambiental deve ser implantada como disciplina especifica no

currículo de ensino.

§ 2º Nos cursos de pós-graduação, extensão e nas áreas voltadas ao aspecto

metodológico da educação ambiental, quando se fizer necessário, é facultada a

criação de disciplina especifica.

§ 3º Nos cursos de formação e especialização técnico – profissional, em todos os

níveis, deve ser incorporado conteúdo que trate da ética ambiental das atividades

profissionais a serem desenvolvidas.

Art. 11. A dimensão ambiental deve constar dos currículos de formação de

professores, em todos os níveis e em todas as disciplinas.

Parágrafo único: Os professores em atividade devem receber formação

complementar em suas áreas de atuação, com o propósito de atender

adequadamente ao cumprimento dos princípios e objetivos da Política Nacional de

Educação Ambiental.

Art. 12. A autorização e supervisão do funcionamento de instituições de ensino e de

seus cursos nas redes publicas e privada, observarão o cumprimento do disposto

nos artigos 10 e 11 desta lei.

Na seção III em seu art. 13º, é aborda a Educação Ambiental Não Formal:

Art. 13. Entende-se por educação ambiental não – formal as ações e praticas

educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e

à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente.

Parágrafo único: O Poder Público, em níveis federais e municipal, incentivará:

I – a difusão, por intermédio dos meios de comunicação de massa, em espaços

nobres, de programas e campanhas educativas, e de informações acerca de temas

relacionados ao meio ambiente;

II – a ampla participação da escola, da universidade e de organizações não-

governamentais na formulação e execução de programas e atividades vinculadas à

educação ambiental não – formal;

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III – a participação de empresas publicas e privadas no desenvolvimento de

programas de educação ambiental em parceria com a escola, a universidade e as

organizações não governamentais;

IV – a sensibilização da sociedade para a importância das unidades de conservação;

V – a sensibilização ambiental das populações tradicionais ligadas às unidades de

conservação;

VI – a sensibilização ambiental dos agricultores;

VII – O ecoturismo

Diante dos tópicos citados, observamos que na seção III do artigo 13 que

trata da Educação Ambiental Não Formal, há uma relação à criação e execução de

programas de Educação Ambiental, nos quais pode se ver claramente que aborda

as unidades de conservação, a sensibilização ambiental e o ecoturismo.

Neste contexto, todas as atividades realizadas em Unidades de

Conservação é norteada pelo SNUC – Sistema Nacional de Unidades de

Conservação, Lei nº 9.985 de 18 de junho de 2000, que estabelece no seu art. 1º,

critérios e normas para a criação, implantação e gestão das Unidades de

Conservação, referindo-se ainda aos parques no art. 8º como grupos das unidades

de proteção integral, os quais tem objetivo básico, a preservação de ecossistemas

naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização

de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e

interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo

ecológico.

4.- Educação Ambiental, Cidadania e a Escola

Os Direitos Humanos Universais apresentam-se como uma necessidade

assumida pela humanidade, após muitos dramas e tragédias, que ceifaram as vidas

de muitos, de maneira brutal. “É tarefa de todos zelar pelo respeito aos Direitos

Humanos e exigir seu cumprimento, cooperando para isso no cotidiano, de todas as

formas possíveis” (PCNs, 1998, p. 163).

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, a Organização das

Nações Unidas foi,

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criada com base na consciência mundial da interdependência mútua. Ao trabalhar a temática planetária, pode-se fazer a transversalização em Geografia e História, cooperando para a compreensão da inserção de cada indivíduo na dinâmica da construção dos destinos humanos (PCNs, 1998, p. 163).

À medida que a humanidade aumenta sua capacidade de intervir na

natureza para satisfação de necessidades e desejos crescentes, surgem tensões e

conflitos quanto ao uso do espaço e dos recursos.

É preocupante, no entanto, a forma como os recursos naturais e culturais brasileiros vêm sendo tratados. Poucos produtores conhecem ou dão valor a esse conhecimento do ambiente em que atuam... [...] a degradação dos ambientes intensamente urbanizados nos quais se insere a maior parte da população brasileira também é razão de ser deste tema (PCNs, 1998, p. 175).

De acordo com o MEC (2001):

A Educação Ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal. Com essa diretriz, os sistemas de ensino tem obrigação legal de promover oficialmente a pratica de Educação Ambiental (MEC, 2001, p. 15 apud FREITAS, [s/d]. p. 1).

“Se as pessoas adotarem conscientemente alguns princípios elementares de

comportamento com relação ao meio ambiente, pode-se alterar de maneira

significativa a atual tendência de comprometimento da qualidade de vida”

(SCARLATO, 1992, p. 144).

De acordo do os Parâmetros Curriculares Nacionais o objetivo principal no

trabalho com esse tema é a contribuição para a “formação de cidadãos

conscientes, aptos a decidir e atuar na realidade socioambiental de um modo

comprometido com a vida, com o bem-estar de cada ume da sociedade, local e

global” (PCNs, 1998, p. 187).

A relação entre meio ambiente e educação assume um papel cada vez mais desafiador, demandando a emergência de novos saberes para apreender processos sociais cada vez mais complexos e riscos ambientais que se intensificam. Nas suas múltiplas possibilidades, abre um estimulante espaço para um repensar de práticas sociais e o papel dos educadores na formação de um "sujeito ecológico" (CARVALHO, 2004 apud JACOBI, 2005, p. 1).

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Existe uma grande falta de informações para os alunos que encontram

dificuldades com relação à Educação Ambiental, mesmo porque ela não faz parte do

currículo como uma disciplina.

Somente nas práticas pedagógicas cotidianas é que surgirão alternativas e

intervenções sociais para que o ser humano valorize sua vida cada vez mais,

preservando o meio em que vive. De acordo com Reigota (1998),

“a educação ambiental aponta para propostas pedagógicas centradas na conscientização, mudança de comportamento, desenvolvimento de competências, capacidade de avaliação e participação dos educandos” (apud SANTOS; JÚNIOR, [s/d], p.6).

5- O Ensino de História e sua Responsabilidade

As palavras citadas por Arruda em seu estudo diz tudo, o que pensamos,

sentimos, vemos e ouvimos em relação à história contada por nossos ancestrais e a

história ensinada por nossos professores, não há como viver sem passado e sem

identidade.

Em poucas palavras Arruda (2008) explica que,

a responsabilidade, ou o desafio do ensino de história, é o de construir uma identidade não mitológica, que deve estar baseada em pressupostos racionais, ou em uma consciência histórico-ambiental, por meio de seu papel de orientação, através da estrutura do tempo.(ARRUDA,2008,p.63)

Segundo ele, a natureza aparece atualmente como uma promissora „sala de

aula‟ para o ensino de história” sendo “um novo espaço para a atuação dos

professores. É muito importante que o professor perceba que o espaço natural,

enquanto espaço para o ensino de história, exige que se saia da „sala de aula‟ para

o efetivo exercício da aprendizagem. Literalmente Arruda conclui que é “necessário,

pisar no barro para ensinar a história da „domesticação dos ecossistemas‟ e das

relações do homem com a natureza” (ARRUDA, 2008, p. 66).

Somente com a colaboração dos professores este projeto será realizado,

pois é através de suas orientações e práticas junto aos alunos que se terão os

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resultados esperados. O objetivo é fazer com que coloquem os pés no barro para

ouvirem e expressarem seus sentimentos pela natureza a sua volta.

6- O Parque Arthur Thomas na Cidade de Londrina – PR

“O Parque Municipal Arthur Thomas, criado e destinado inicialmente para a

implantação de área de lazer no Município de Londrina, constitui hoje, uma das

poucas áreas de preservação permanente existentes na área urbana desta cidade”

(BALLAROTTI, 2009, p. 3).

O Parque Arthur Thomas é considerado um dos últimos remanescentes

florestais de Mata Atlântica da região norte do Estado.

Localizado na cidade de Londrina - Estado do Paraná, com área total de 85,47 ha, foi criado em 1975, a partir de uma doação da Companhia de Terras Norte do Paraná ao município de Londrina, sendo aberto a visitação pública em 1987, quando recebeu diversos equipamentos que aprimoraram a sua estrutura. Localizado no perímetro urbano da cidade, a apenas 6 km do centro, caracteriza-se como uma floresta urbana. No parque encontram-se várias espécies vegetais nativas como cedro, figueira, canjarana, pau d'alho, caroba, gurucaia, monjoleiro e aroeira (PARQUE ARTHUR THOMAS, 2010, p.1).

É considerado um dos locais ideais para passear, fazer caminhadas e

passeios às margens do lago ou trilha pelos caminhos mata adentro, onde é

possível observar, além de um verde exuberante, macacos-prego, quatis, cotias,

gambás, lagartos e aves da região e algumas migratórias. Através da trilha pode-se

chegar à uma das maiores atrações do parque: a belíssima visão da cascata com

20m de queda. O parque também guarda um pouco da história de Londrina, através

da usina, hoje desativada, que gerou energia elétrica para a cidade durante 28 anos.

Além de se caracterizar como ponto turístico, o parque recebe professores e

alunos universitários que desenvolvem projetos de pesquisas e aulas práticas.

(PARQUE ARTHUR THOMAS, 2010).

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7- FILOSOFIA PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA

A expressão ecologia pode ser entendida como o estudo da casa,

compreendida em sentido lato como o local de existência, o entorno, o meio. É ramo

da moderna biologia em que o meio ambiente está inserido.

Segundo Marcos Reigota, meio ambiente é o lugar determinado ou percebido,

onde os elementos naturais e sociais estão em relações dinâmicas e em interação.

Essas relações implicam processos de criação cultural e tecnológica e processos

históricos e sociais de transformação do meio natural e construído.

Porém, a definição de meio ambiente deve ser analisada em dois aspectos

importantes de acordo com o autor: os conceitos científicos e as representações

sociais.

O que são conceitos científicos? São termos entendidos e utilizados

universalmente na disciplina de Biologia/Ecologia, tais como: ecossistema,

fotossíntese, nicho ecológico, hábitat, bioma, biosfera, etc.. Esses termos são

definidos pela comunidade científica internacional, caracterizando o consenso a um

determinado conhecimento.

O que são representações sociais? Estas estão basicamente relacionadas

com as pessoas que atuam fora da comunidade científica, embora possam também

aí estarem presentes. A representação social é o senso comum que se tem sobre

um determinado tema, onde se incluem também os preconceitos, ideologias e

características específicas das atividades cotidianas (sociais e profissionais) das

pessoas.

O conceito de meio ambiente varia a partir da integração ou exclusão do que

entendemos por elementos naturais ou artificiais. O legislador ordinário considera

como meio ambiente apenas os seus elementos naturais, já que a Lei nº. 6.938/81

dispõe, em seu art. 3º, ser meio ambiente é o conjunto de condições, leis, influências

e interações de ordem física, química e biológica que permite, abriga e rege a vida

em todas as suas formas. Harmonizado com ele, o art. 5º, inciso LXXIII, da

Constituição Federal, trata separadamente o meio ambiente e o patrimônio histórico

e cultural. Há, entretanto, uma tendência de que a abordagem da questão ambiental

englobe também seus aspectos: sociais (do trabalho) e culturais.

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A Constituição Federal ao dar tratamento jurídico ao meio ambiente como

bem de uso comum do povo, criou um novo conceito. Isto porque, até então, tinha-

se como integrantes do conceito A de bem de uso comum os rios, os mares, praias,

estradas, praças e ruas. O meio ambiente deixou de ser coisa abstrata, sem dono,

para ser bem de uso comum do povo, protegido pela constituição. Sem dúvida a

natureza é o sustentáculo do homem e de seus desmandos, das suas necessidades

às vezes nobres, às vezes supérfluas.

Também trata no artigo 225 da CLT, a expressão Sadia qualidade de vida,

que foi dividida em dois objetos: Imediato, que é a qualidade do meio ambiente e

Mediato, que são a saúde, o bem-estar e a segurança da população.

A conservação ambiental há muito pouco tempo tem-se tornado uma

questão de relevância, adentrando no mundo político, econômico, social, cultural,

educacional e jurídico, considerado a importância que o tema requer.

Economicamente, o homem tem valorizado o meio ambiente, pois entende

que quando um organismo se extingue por sua culpa, direta ou indiretamente pode

estar sendo prejudicado, está deixando de produzir um novo medicamento, uma

fonte protéica essencial ou mesmo um recurso comercial importante para a

economia de determinada sociedade. Nunca se pensou tanto em economia visando

o meio ambiente. O tempo em que se pensava que os recursos naturais eram

inesgotáveis e podia-se usar como bem quisesse e por quem quisesse.

Apesar de ser questão recente, o homem sempre buscou resposta para as

perguntas: De onde venho? Para onde vou? Como serei no futuro? Como viverão os

meus filhos? E outras muitas questões, sem respostas prontas.

O positivo é que sem esta insatisfação, o homem não evoluiria como

indivíduo e como sociedade, podendo também ser um aspecto questionável.

“Na luta pela vida desde os mais remotos tempos, o homem foi obrigado a defender-se de uma grande variedade de animais ferozes e famintos, e a competir com eles. Diversos fatores contribuíram para que se tornasse o primeiro a empregar ferramentas e armas. Talvez o mais importante tenha sido a sua postura, de pé, que lhe permitiu o uso das mãos e assim começou a produzir o seu próprio alimento e a se defender” (ISAACS,1972, p.6).

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O ponto negativo são os métodos que se fizeram necessários para alcançar

esta evolução, sendo cada vez mais modernizados e que se tornaram

imprescindíveis até os nossos tempos. “O quanto mais sei, sei que nada sei”.

(Sócrates).

De acordo com José Afonso da Silva, gramaticalmente meio ambiente é um

pleonasmo vicioso. Trata-se da repetição inútil e desnecessária de algum termo ou

idéia na frase. Essa não é uma figura de linguagem, e sim um vício (defeito)

linguagem..

Das definições de meio ambiente apresentadas, quando fazemos uma

avaliação, cada cientista o define conforme o seu ponto de vista profissional.

Visando o meio ambiente sustentável, iniciou-se o trabalho de educação

ambiental, dada desde as séries iniciais para as crianças, e uma ampla divulgação

na mídia. É um processo lento, porém esta forma de pensar é mais do mexer com

economias e o próprio bem-estar das pessoas.

É necessário pensar no presente e futuro da humanidade.

8- O Ensino de História e sua Responsabilidade

As palavras citadas por Arruda em seu estudo diz tudo, o que pensamos,

sentimos, vemos e ouvimos em relação à história contada por nossos ancestrais e a

história ensinada por nossos professores, não há como viver sem passado e sem

identidade. Em poucas palavras Arruda (2008) explica que,

a responsabilidade, ou o desafio do ensino de história, é o de construir uma identidade não mitológica, que deve estar baseada em pressupostos racionais, ou em uma consciência histórico-ambiental, por meio de seu papel de orientação, através da estrutura do tempo.(ARRUDA, 2008,p.63)

a natureza aparece atualmente como uma promissora „sala de aula‟ para o ensino de história” sendo “um novo espaço para a atuação dos professores”. É muito importante que o professor perceba que “o espaço natural, enquanto espaço para o ensino de história, exige que se saia da „sala de aula‟ para o efetivo exercício da aprendizagem”. Literalmente Arruda conclui que é “necessário, pisar no barro para ensinar a história da „domesticação dos ecossistemas‟ e das relações do homem com a natureza” (ARRUDA, 2008, p. 66).

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Somente com a colaboração dos professores este projeto será realizado,

pois é através de suas orientações e práticas junto aos alunos que se terão os

resultados esperados. O objetivo é fazer com que coloquem os pés no barro para

ouvirem e expressarem seus sentimentos pela natureza a sua volta.

9- O entendimento das mudanças educativas

As alterações ou mudanças não é um problema político ou técnico, elas

estão relacionadas coma organização social como um todo. O sistema educativo ou

suas partes contribui para sua evolução ou avanço. As mudanças educacionais

possibilitam a evolução coletiva e esta determina o avanço e a reorganização da

educação. Segundo Mannheim “(...) nosso conhecimento da realidade, na medida

em que vai assimilando cada vez mais tais expectativas divergentes, se tornará mais

amplo” ( Mannheim, 1972, p.129)

A educação por tratar-se de um subsistema aberto, que não pode isolar-se

do meio sociocultural, pode ser considerada um subsistema complexo (composto por

diversos níveis de ensino), quando tem a necessidade de adaptar-se inovar,

restabelecendo problemas pedagógicos antigos sob outra ótica. Esta seria a visão

dinâmica e evolutiva da educação que promove o progresso da humanidade com

seu meio ambiente.

Quando Mannheim debate o pensamento marxista, ele demonstra as

possibilidades de analise de mudanças e tendências estruturantes deste pensador,

na esfera política, econômica e em terceiro na produção de idéias, poderia se

categorizar isto em padrões onde as transformações sociais da era moderna,

mudanças econômicas, tecnológicas, produtivas, necessitam de freqüentes

readaptações e atualizações educacionais, fato que não se percebe no tocante a

questão ambiental. Neste contexto a educação e a formação adquirem uma

dimensão mais completa, estendendo-se a campos aos quais não chegava

anteriormente, transformando-a em permanente ou continuada.

Essas considerações são condições para entender a introdução da

Educação Ambiental na educação, num processo histórico de transformação e

expectativa futura. A absorção da Educação Ambiental na escola será possível se o

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sistema educacional adaptar-se às suas necessidades obrigando-o a uma mudança

que restabeleça conteúdos e metodologias de ensino.

A Educação Ambiental possibilitará uma nova interação entre individuo que

se quer formar e os cenários futuros que a humanidade atuará, em função de uma

nova racionalidade ambiental, em face dos novos desafios determinados pelo estilo

de desenvolvimento dominante, superando a racionalidade instrumental e

economicista que gerou a crise ambiental e social da atualidade.

O objetivo final deste estudo, é contribuir para a introdução da Educação

Ambiental no ensino formal, através da reforma curricular, com capacitação de

técnicos do sistema educacional e assessores de escolas, possibilitando a formação

de atitudes e competências em nível de consciência, conhecimento, atitude,

aptidões, capacidade de avaliação e visão critica no mundo, compreendendo e

agindo corretamente nas relações do homem com o ambiente, sociedade e natureza

condicionados aos modelos de desenvolvimento dos diferentes grupos sociais.

10-Implementação do material didático no colégio

A qualidade e organização de uma escola não são responsabilidade apenas

da direção, funcionários e professores. Para que tenhamos uma escola de qualidade

é preciso que antes de tudo, tenhamos um coletivo participante e, isto é, e preciso

que todos os membros da escola, sem exceção, assumam a responsabilidade de

cuidar do espaço físico, de colocar em prática ações que a levem o nível de

rendimento escolar e também leve esta comunidade a valorizar as ações pautadas

em valores éticos.

Por isso muitos docentes e funcionários, procuram estar fazendo curso de

capacitação que permitam atualizar seus conhecimentos enquanto pessoas, para

que possam tornar-se um profissional com condição de produzir muito junto aos

educadores.

O colégio possui o dever de formar cidadãos capazes de atuar com

competência e dignidade na sociedade atual, busca eleger como objetivo de ensino

dos conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais que marcam

cada momento histórico, cuja aprendizagem e assimilação são consideradas

essenciais para que os alunos possam exercer seus direitos e deveres.

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O projeto teve como objetivo desenvolver a consciência ambiental/ecológica,

analisar e identificar situações problemas referentes á degradação do Parque Arthur

Thomas de nosso município; a avaliação das condições do parque e do entorno e

propor a importância para a nossa vida, da cidade e do planeta; formar o aluno

pesquisador e comprometido com a temática exposta; renovando a relação do

colégio com a comunidade.

A atividade desenvolvida junto aos alunos e comunidade é proposta deste

projeto valorizar e oportunizar a Educação Ambiental e o conservacionismo ao meio

ambiente. Em companhia dos alunos, foi realizada até o final de junho outras visitas

ambientais tais com: Fazenda Bimini, cidade de Campo Largo, fundo de vale

próximo ao colégio.

Podendo assim os alunos terem uma interação com a Fauna e Flora

regional.Também foram desenvolvidos trabalhos interdisciplinares para confecção

de materiais para conscientização da comunidade, além do blog. Com vídeos e

textos para debates.

Os alunos como protagonistas do projeto, através de orientações têm

desenvolvido com êxito as atividades, fomentadas pelos professores que sanaram

dúvidas e problemas com referência ao tema escolhido.

O objetivo principal deste projeto é dar oportunidade aos alunos de

aprender a cuidar e conservar o patrimônio ambiental cultural, imaterial, e com isso

respeitando a natureza e o desejo de estar em contato com o belo e sentir-se

importante dentro do colégio.

A metodologia utilizada foi incentivar os educadores a trabalhar dentro de

suas áreas as atividades ambientais. Haja visto que a Professora Sueli Garbelini

que desenvolve o projeto PDE – na escola “HORTA” que primeiro foi feito um

levantamento do local e em seguida o trabalho de limpeza, construção dos

canteiros e adubação do solo, onde estão utilizando somente adubo orgânico,

ressaltando a sua importância para a saúde e conservação do meio ambiente. Estão

pesquisando o que pode ser plantado em cada época e a sua importância para o

enriquecimento da merenda escolar.

Para conscientização da Educação Ambiental todos os alunos assistiram

programas sobre o a questão ambiental do Parque Arthur Thomas e estamos

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trabalhando a questão dos animais em extinção e problemas ambientais, através de

pesquisas para o conhecimento dos fatos.

No decorrer deste já foram realizadas vários tipos de pesquisam, como

visualização de áreas desmatadas, animais da região que sobreviveram. Também

foram feitos levantamentos sobre as principais doenças que afetaram a

comunidade.

Salientamos a grande importância do envolvimento dos professores,

funcionários e alunos, o que demonstra a preocupação geral na melhoria do

ambiente e principalmente a garantia da qualidade de vida para o futuro. Sendo

realizados palestras, apresentações de vídeos educativos, que procurou mostrar que

se melhorarmos nossos hábitos contribuiremos para a melhoria ambiental.

Os trabalhos realizados com os professores através de textos, vídeos,

debates, blog. Levaram a trabalhar com os alunos ; com elaboração de relatórios,

produção de textos e redações.

O projeto foi pensado trabalhado para o educando, mas no inicio do curso

PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional, este necessitou ser modificado

para implementar com professores, funcionários e equipe técnico pedagógica, pelo

fato de ter ocorrido a readaptação.

Trabalhamos com o grupo que propôs desenvolver as questões ambientais

no colégio, primeiro através do curso de auxilio a implementação com duração de

trinta e duas horas, dividido em oito encontros para leitura e debate de textos, vídeos

ambientais focando o Parque Arthur Thomas de Londrina.

Com o início da aplicação do projeto, levantamentos dos conhecimentos

prévio dos cursistas sobre conceitos de Patrimônio Histórico e Cultural, material,

imaterial e Tombamento, o que envolve tendo como principal o conceito de

patrimônio natural. O curso aconteceu com quatorze pessoas .

Para uma melhor comunicação e entendimento criou-se um blog. No qual

era disponibilizado textos e vídeos com relação ao tema para que os cursistas

interagi-se entre si, levando a debater os texto e entre os cursistas, estes foram

cadastrados como membros e posteriormente aplicá-los com seus alunos que foi

cadastrados como visitantes.

Os educando tiveram então oportunidades de ler as discussões dos seus

professores e demais cursistas responder e debater com seus colegas.

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Já em 2011 foi montado um cronograma em parceria com os professores para

visitas tanto no Parque Arthur Thomas quanto em outras localidades para poder ter

uma visão ampliada da situação ambiental em nossa região.

Para tanto produziu-se o texto a seguir informando pais , das atividades que

passariam a ser desenvolvida e que atingiriam o maior numero de disciplina

facilitando o aprendizagem do educando de forma globalizada.

O Colégio Estadual Profª Cléia Godoy F da Silva, visando aprimorar os

conteúdos e conhecimentos de seus educando, desenvolve com a equipe técnico

pedagógica, professores e funcionários, Projetos que envolvam cursos qualitativos e

a participação dos educados na efetiva busca de aprimoramento.

A Professora Leonici Graciano de Andrade Santos que está finalizando o

PDE- Programa de Desenvolvimento Educacional – procura levar os alunos a pensar

o meio ambiente como um todo, começando pelo lugar onde reside, seu Estado e

por fim o Planeta.

Trabalhando com a história local, fica mais fácil a inserção do aluno na

comunidade da qual ele faz parte, podendo ele, criar sua própria história,

identificando, constituindo e aprimorando a sua historicidade.

Para que haja este aprendizado “a história local indica algumas

possibilidades, como a exploração de arquivos locais, do patrimônio, da estatuária,

toponímia e de imprensa local”. (Schmidt, 2007, p.191) e visita a parques e fábricas

do Estado, visando o conhecimento ambiente destas localidades.

O projeto “Meio Ambiente Cultura e Cidadania na Escola – Parque Arthur

Thomas Londrina”, contempla a interdisciplinaridade através das disciplinas de

História, Geografia, Artes, Ciências, Informática, Filosofia, Sociologia, Química,

Física e Biologia.

O tema escolhido para o projeto faz parte do currículo escolar e será

trabalhado de forma diversificada mostrando aos educando a realidade paranaense

em diferentes óticas, promovendo melhores condições de aprendizado, através de

trabalhos coletivos, visando a troca de experiências, informações e realidade.

O projeto contempla o envolvimento na área de conhecimento ambiental de

nossa cidade e de outras, tais como : caminhada ecológica ao Parque Arthur

Thomas, foco principal de nosso trabalho, visita ao jardim Botânico, ao Parque

, ao Lago do Cabrinha, as atividades dentro do município ocorrerá conforme a

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disponibilidade dos professores com relação a conteúdo e avaliações, já as que

dependem de agendamento, as datas serão estudadas com os professores e

marcadas, sendo que os valores das mesmas será de responsabilidade dos alunos,

haja visto que não dispomos de verbas para tais eventos, a fazenda Bimini de

Rolândia ( a visita ocorrerá nos dias 17/05/11 e 24/05/11, com o 1º ano do bloco A e

B- com palestras com o Dr. Ruthe Daniel e visita pela fazenda com plantios de café,

frutas e compostagem), Campo Largo, Curitiba, Morretes e Paranaguá.

O primeiro local escolhido é a cidade de Campo Largo- PR, com saída no

dia 30/06/11 às 23:00 horas e retorno no dia 01/07/11 às 23:00 horas, com as

turmas dos 3º anos. O passeio educativo tem um valor de R$ 75,00 por aluno, com

direito ao almoço e visitas aos seguintes lugares: 09:00 horas – Museu Mate; 10:30

horas Porcelana Germer; 12:00 horas – Ouro Fino, visita ao Cristo; 15:00 horas

Vinicultura Campo Largo ou Parque Cambuí, trilha com biólogo e às 17:00 horas

visita a Prefeitura e audiência com o prefeito.

A escolha de Campo Largo se fez pela importância não só local ou nacional

mas também internacional, pois possibilitará a compreensão do processo de

formação histórica e geográfica da região que deu origem a população, à evolução

das fábricas ( porcelanas, vinicultura, erva-mate, água mineral e seus elementos

químicos), do meio ambiente e questões sociais ligadas ao trabalho. Os alunos

trabalharão temas diferentes, que serão pesquisados e apresentados à comunidade

escolar através de exposição.

Gostaríamos de contar com o apoio e a colaboração dos senhores neste

processo de ensino aprendizagem e ao mesmo tempo tranqüilizá-los com relação a

segurança de seu filho neste trabalho de campo.

O projeto passou por modificações pois no início do PDE – Programa de

Desenvolvimento Educacional, a educadora foi readaptada. Sendo o projeto voltado

para aluno, que esta desenvolve há muitos anos, adaptou para utilizar com os

professores, que passaram a trabalhar com os mesmos .

Na aplicação do material didático com os professores foi criado um blog

WWW.professoraleonici.criarumblog.com no qual os professores trabalharam textos

e vídeos sobre diversas questões ambientais, interagiram com os colegas, na

segunda etapa cada qual aplicou com seus alunos e posteriormente trabalhou o

blog.

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No blog temos uma divisão que facilita a compreensão os membros são os

participantes do curso professores e funcionários discutindo os textos , vídeos e a

situação ambiental local, tanto no curso quanto interagindo através do blog com os

colegas, suas opiniões, criticas etc.

Os alunos orientados por seus professores debateram as questões

ambientais levantadas por eles no curso, levados a conhecer e participar do

blog.Debateram os textos, assistiram aos vídeos e leram as discussões dos

professores e funcionários, foram cadastrados como visitantes postaram suas

opiniões e interagiram com os colegas.

O que podemos avaliar que professores e alunos foram capazes de trabalhar

com os textos ambientais e utilizar o blog para dar opiniões, discutir, interagir.

Com certeza eles estão prontos para trabalhos que levem a pensar, refletir

principalmente as questões ambientais como foram apresentadas do bairro da

cidade e do Estado.

E em cada encontro do curso de implementação foi feito um relatório das

atividades: podemos então discutir - Apresentação do Projeto Meio Ambiente e

Cidadania na Escola: Patrimônio Ambiental.

Debate sobre o projeto e a situação ambiental em torno do colégio e o fundo

de Vale das proximidade na qual esta situada, debateu as questões sobre a

importância dos espelhos de água para regular o clima na cidade ocorreu uma

comparação com todos já existentes.

A questão econômica: falta recurso para que o poder público possa estar

mantendo limpo fundo de vale e multando as empresas e pessoas que jogam lixo.

Leu e debateu este texto sobre a conservação, Histórico: Parque Arthur Thomas em

Londrina: O PARQUE ARTHUR THOMAS EM LONDRINA/PR: CONFLITOS

POLÍTICO SOCIAIS REFERENTES A UNIDADES DE CONSERVAÇÃO. Ballarotti.

Esta pesquisa está sendo efetuada no Programa de Mestrado em História

Social da UEL, sob orientação do Professor Dr. Jozimar Paes de Almeida. O objeto

de estudo deste trabalho é o Parque Arthur Thomas, localizado na região sul da

cidade de Londrina no Paraná. Considerado pela legislação brasileira como uma

unidade de conservação ambiental, o parque apresenta vários aspectos que estão

sendo pesquisados, tais como, a sua história, a legislação referente à sua criação e,

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também, os conflitos e relações existentes no local que expressam um conjunto de

forças político-sociais em tensão que gestam este espaço.

Como este trabalho trata de uma pesquisa em andamento, apresentamos

alguns aspectos referentes ao primeiro capítulo, no qual, debatemos a dicotomia

entre cidade e sertão e do paradoxo sociedade e natureza. Privilegiamos nesta

análise as várias formas de apropriação e as dificuldades enfrentadas pela área

verde existente dentro dos limites de uma cidade em expansão, sendo que, a

pressão exercida pelo meio urbano, afeta direta e indiretamente o ecossistema que

sobrevive dentro do parque, além do cotidiano da população limítrofe.

Após debate assistimos vídeo que mostra todas suas estruturas, tais como

plantas, a queda d‟água, tirinhas , etc. Dentro o parque não mostrou-se o entorno do

parque que é o que estamos discutindo com maior embase foi criado um blog para

que os consista no decorrer do evento possa esta interagindo com os colegas

debatendo sobre todas as questões ligadas ao meio ambiente.

Podemos avaliar os interesse pelo MEIO AMBIENTE crescendo muito, pois

a preocupação dos cursistas com relação ao situação do Planeta é muito grande.

Para tento podemos perceber que o blog criado para facilitar a interação dos

participantes fora do curso, levou outros internautas a estarem visitando

constantemente o blog e lendo os comentários feitos pelos colegas.

A educação ambiental tem como objetivo a preservação ambiental e também

a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, o desenvolvimento deve ser

sustentável. A escola tem o papel fundamental neste processo, por que as crianças

nao só assimilam rápido os conteúdos como tem um papel fundamental de

propagação destes conceitos.

Estes são alguns dos coméntarios feittos do texto sobre Gestão, podemos

avialiar que o cursista pode interagir mas com os colegas através dos blog, pois ele

lia e já postava o comentário assim no curso os debates acabavam gerando em

torno das condições ambientes do local onde a escola esta inserida.

No quinto encontro ocorreu nesta reunião preocupações muito em debater

as questões ligadas tanto ao texto de gestão quanto ao fundo de vale próximo ao

colégio visto que no inicio deste curso a secretaria deu meio ambiente tinha feito a

limpeza do local, e já esta cheio de entulho de novo o que fazer discutiu-se uma

mobilização para a conscientização das comunidades escolares tanto os moradores

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quantos os proprietários e os funcionários que atuam nas pequenas indústrias nesta

localidade

Portanto é através de leis rigorosas e consciência ambiental que poderemos

pensar em um futuro ambiental melhor, no entanto, acredito que o essencial acima

de tudo é a consciência, pois já verificamos que existem leis ambientais e, entretanto

as pessoas ainda apresentam um comportamento de descaso com o ambiente.

Como podemos ver o debate ele é muito importante para o crescimento

dom grupo para posterior aplicação com os nossos educando que a nossa principal

meta.

Finalizamos vendo um video sobre reciclagem, e a sua operacionalidade

para os nossos dias.

11-Considerações

Com relação a situação ambiental, deve-se considerar questões

problematizadoras da era moderna como falta de acesso à educação, desemprego,

miséria, poluição, desmatamentos, queimadas, entre outras. As potencialidades

ambientais devem contemplar mudanças de modelo econômico, exercício da

cidadania, diversidade cultural, biodiversidade, políticas publicas.

Ao se pensar a inserção da Educação Ambiental nos currículos escolares,

as reflexões expostas neste artigo, contribuem para a consolidação de pressupostos

teóricos que podem determinar as abordagens a serem implementadas. No entanto

há que aprofundar as discussões e estimular um processo de investigação na busca

de soluções para o questionamento feito.

A educação Ambiental, portanto deve servir para os propósitos de mudança

em relação ao meio ambiente e conseqüentemente numa melhoria da qualidade de

vida e desenvolvimento sustentável.Para tanto este artigo desenvolvido dentro do

programa PDE- Programa Desenvolvimento Educacional na área de educação

ambiental.

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