DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · Apresentação O Programa de Desenvolvimento Educacional –...
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
0
GEOMETRIA PLANA E GEOGEBRA: POSSIBILIDADES PARA O ENSINO E APRENDIZAGEM
PARANAVAÍ 2010
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
EDUCACIONAL UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE PARANAVAI
1
ELOISA BERTI
CADERNO PEDAGÓGICO
GEOMETRIA PLANA E GEOGEBRA:
POSSIBILIDADES PARA O ENSINO E APRENDIZAGEM
Material Didático apresentado pela professora Eloisa Berti ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, vinculado à Universidade Estadual de Maringá e Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí, sob a orientação da Profª. Mestre Tania Marli Rocha Garcia.
PARANAVAÍ
2010
2
Identificação
Professora PDE: Eloisa Berti
Área PDE: Matemática
NRE: Paranavaí
Professora Orientadora IES: Tania Marli Rocha Garcia
IES vinculadas: Universidade Estadual de Maringá
Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí
Tema: Tecnologias Educacionais no Ensino de Geometria Plana.
Título: Geometria Plana e GeoGebra: possibilidades para o ensino e
aprendizagem.
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Apresentação
O Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE é uma proposta de
Formação Continuada em Rede, ofertada aos professores da rede pública estadual,
pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED – em parceria com a
Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – SETI.
A elaboração do material didático é uma das atribuições do professor PDE.
Sob orientação do professor da Universidade, este material constitui-se como um
dos recursos pedagógicos para a intervenção na escola.
O presente material didático – Caderno Pedagógico – é composto por uma
apresentação do software GeoGebra versão 3.2.0.0. com orientações básicas sobre
sua interface e barra de ferramentas e por uma proposta de atividades que utilizam o
software, envolvendo o conteúdo de Geometria Plana. Está dividido em quatro
unidades:
Unidade I: Apresentando o software Geogebra.
Unidade II: Noções Básicas: familiarização com o software GeoGebra.
Unidade III: Soma das medidas dos Ângulos Internos de um Polígono
Convexo.
Unidade IV: Teorema de Tales.
Na proposta de atividades, após a familiarização dos usuários com as
principais funções do GeoGebra, será feita a retomada de conceitos da Geometria
Plana utilizando o software para a construção e manipulação de figuras e para a
formulação de conjecturas, conclusões e justificativas, com o propósito de
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aprofundar esses conceitos, explorar propriedades e propor a formalização das
definições que serão trabalhadas e demonstradas.
A escola das atividades adaptadas para o software GeoGebra foi baseada nas
propostas de Nóbriga (2003) e Gerônimo, et al (2005).
O uso do software GeoGebra, proporciona várias oportunidades para que os
conceitos e propriedades da Geometria Euclidiana Plana sejam revistos e
ampliados. Este ambiente de Geometria Dinâmica permite explorações e
descobertas, visualização e representação de objetos geométricos, interação com o
trabalho realizado, provas e demonstrações nem sempre possíveis com
instrumentos como lápis e papel.
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Sumário
INTRODUÇÃO............................................................................................................ 7 Unidade I - APRESENTANDO O SOFTWARE GEOGEBRA................................... 10 1 O QUE É O SOFTWARE GEOGEBRA?................................................................ 10 2 A INTERFACE DO GEOGEBRA............................................................................ 11 2.1 Janela de Gráfico............................................................................................ 11 2.2 Janela de Álgebra........................................................................................... 11 2.3 Caixa de Entrada............................................................................................ 12 2.4 Barra de Ferramentas.................................................................................... 12
3 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES......................................................................... 17 Unidade II - NOÇÕES BÁSICAS: FAMILIARIZAÇÃO COM O SOFTWARE GEOGEBRA.............................................................................................................. 21 1 CONTEÚDOS......................................................................................................... 21 2 OBJETIVOS........................................................................................................... 21 3 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS PARA AS ATIVIDADES.......................................... 22 4 ATIVIDADES.......................................................................................................... 25 Unidade III - SOMA DAS MEDIDAS DOS ÂNGULOS INTERNOS DE UM POLÍGONO.......................................................................................................... 33 1 CONTEÚDOS..........................................................................................................33
6
2 OBJETIVOS........................................................................................................... 33 3 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS PARA AS ATIVIDADES.......................................... 33 4. ATIVIDADES......................................................................................................... 37 Unidade IV - TEOREMA DE TALES..........................................................................44 1 CONTEÚDOS......................................................................................................... 44 2 OBJETIVOS........................................................................................................... 44 3 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS PARA AS ATIVIDADES.......................................... 45 4. ATIVIDADES......................................................................................................... 46 Referências.............................................................................................................. 51
7
Introdução
Estamos vivendo um período marcado por mudanças, por transformações
sociais e econômicas, pela facilidade de comunicação entre as pessoas, pelo fluxo
de informação e conhecimento que podem chegar a um contingente maior de
pessoas de forma mais rápida do que há algum tempo.
De acordo com Kenski (2007, p.22) “o surgimento de um novo tipo de
sociedade tecnológica é determinado principalmente pelos avanços das tecnologias
digitais de comunicação e informação e pela microeletrônica.” Essas tecnologias
quando divulgadas socialmente alteram as relações entre os seres humanos,
provocando mudanças em nossas vidas, na maneira como trabalhamos, vivemos
cotidianamente, aprendemos e nos comunicamos com o mundo.
As tecnologias de informação e comunicação trouxeram possibilidades de
mudanças significativas para a educação. O uso de vídeos, televisão,
computadores, sites educacionais e softwares, podem transformar a sala de aula
tradicional, dinamizando o espaço de ensino e aprendizagem. Mas para que essas
alterações realmente aconteçam, as tecnologias precisam ser compreendidas e
incorporadas pedagogicamente, respeitando-se as especificidades do ensino e as
características de cada tecnologia. Neste sentido, Borba e Penteado (2007, p.88)
destacam a importância da “escolha de propostas pedagógicas que enfatizem a
experimentação, visualização, simulação, comunicação eletrônica e problemas
abertos”.
Sendo assim, as tecnologias de informática, mais especificamente o
computador, surgem como uma estratégia pedagógica, na medida em que oferece
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aos alunos facilidades nas atividades cotidianas, na interpretação e
questionamentos das informações oferecidas, na resolução de problemas e na
construção de conhecimentos necessários para acompanhar as mudanças impostas
pela sociedade atual.
A presença do computador em sala de aula tem uma importância significativa
no desenvolvimento cognitivo do aluno, desde que faça parte de um processo
educacional harmonioso, com propostas pedagógicas claras e definidas, que
auxiliem na construção do conhecimento e que seja uma máquina a ser ensinada.
Papert (1986), apud Valente (1995) usou o termo construcionismo para definir
o processo de construção do conhecimento através do computador, que acontece a
partir do interesse do aluno, na interação com os objetos do ambiente informatizado.
Na abordagem construcionista a ênfase está na aprendizagem e não no ensino, na
construção do conhecimento e não na instrução. Nela, a memorização de
informações é substituída pela busca e seleção da informação, pela representação
de ideais, pela resolução de problemas e pela possibilidade de criação, investigação
e discussão de fatos.
O professor desempenha um papel fundamental nesse momento, pois é ele
quem planeja e coordena o trabalho a ser desenvolvido. Valente (1995) afirma que a
interação aluno-computador precisa ser mediada por um profissional que
compreenda os potenciais do computador, que tenha conhecimentos do significado
do processo de aprendizagem, que interprete as ideias dos alunos e interfira nas
situações, contribuindo para a construção do conhecimento por parte do aluno.
Ainda para Valente, no uso inteligente do computador, o professor precisa ter muito
claro o que é importante do ponto de vista pedagógico e como aproveitar as
vantagens que as tecnologias oferecem para atingir os objetivos que pretende
alcançar.
Dessa forma, acredita-se que o computador quando utilizado como
ferramenta pedagógica nas aulas de Matemática, pode estimular a construção do
conhecimento de maneira prazerosa e eficaz e promover mudanças na forma como
os alunos vêem essa disciplina.
Nos currículos escolares a Geometria Euclidiana está presente desde o
Ensino Fundamental. Nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná -
Matemática (DCE, 2008) a recomendação é que seja desenvolvida por meio de um
trabalho que proporcione uma visão da Geometria Plana com construções
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geométricas de forma que estas construções possam ser utilizadas como
ferramentas para auxiliar o aprendizado, contribuindo para “ampliar o conhecimento
e o pensamento geométrico do aluno”.
Nos laboratórios de Informática das Escolas Públicas do Paraná encontra-se
instalado o software GeoGebra, que pode ser classificado como um software de
Matemática Dinâmica, uma vez que apresenta, além das ferramentas tradicionais de
representação geométrica ( pontos, segmentos, retas e seções cônicas), recursos
para a representação algébrica (coordenadas de pontos, equações de retas e
circunferências e outros).
O GeoGebra permite, em relação à Geometria, construções clássicas como
pontos, reta perpendicular, ponto médio, mediatriz, bissetriz, entre outros. Após a
construção de uma figura, ele possibilita alterações e movimentos de forma
dinâmica, mantendo suas propriedades. Na álgebra, é possível inserir equações e
coordenadas diretamente, oferecendo habilidades para trabalhar com variáveis
vinculadas a números, vetores e pontos; derivar e integrar funções e ainda oferecer
comandos para encontrar razões e pontos extremos de uma função.
O uso do software tem a possibilidade de melhorar a compreensão e o
aprofundamento dos conceitos por parte dos alunos. Trata-se de um recurso que
desperta o interesse pela busca do conhecimento, oferecendo oportunidades de
dinamizar e consolidar as situações de ensino e aprendizagem em Matemática.
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Unidade I
APRESENTANDO O SOFTWARE GEOGEBRA
1 O QUE É O SOFTWARE GEOGEBRA? O GeoGebra é um software de matemática dinâmica que reúne GEOmetria,
álGEBRA e Cálculo, podendo ser utilizado para atividades da Educação Básica ao
Ensino Superior.
Este software foi desenvolvido pelo professor Dr. Markus Hohenwanter da
Universidade de Salzburgo, na Austrália, em 2001, com o propósito de obter um
recurso adequado ao ensino da Matemática. É um software livre, isto é, pode ser
instalado por qualquer pessoa, em qualquer computador, sem a exigência de
pagamento ou licença para instalação. Escrito em linguagem Java, em código
aberto, funciona em qualquer sistema operacional (Microsoft Windows, Linux,
Macintosh, etc.).
No endereço eletrônico http://www.geogebra.org/cms/, poderão ser obtidas
maiores informações, inclusive para downloand. Esta apresentação está sendo
realizada na versão 3.2.0.0 do programa.
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2 A INTERFACE DO GEOGEBRA
A figura abaixo representa a tela inicial do Geogebra:
2.1 Janela de Gráfico
Esta janela mostra a representação gráfica de pontos, retas, segmentos,
curvas, cônicas, polígonos, arcos, vetores, etc. O trabalho é desenvolvido com uso
do mouse, explorando o aspecto geométrico do programa. A janela também é
chamada de área de trabalho.
Clicando com o botão direito do mouse em qualquer parte da janela gráfica,
uma caixa é aberta com opções para mudança de cores, para aumentar a espessura
das linhas, modificar detalhes tanto do Eixo quanto da Malha.
2.2 Janela de Álgebra
Nesta janela aparecem indicações das construções matemáticas realizadas
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na janela geométrica, através de coordenadas de pontos, equações de retas, de
circunferências, comprimentos, áreas, etc.
Os objetos matemáticos podem ser observados de duas maneiras: objetos
livres (objeto criado sem vínculo com qualquer objeto já disponível) e objeto
independente (novo objeto criado com recursos do objeto já existente).
2.3 Caixa de Entrada
Espaço destinado à entrada de comandos, das condições que definem os
objetos. Usando comandos podem-se criar novos objetos ou modificar objetos já
existentes.
Ao iniciar a digitação das primeiras letras de um comando este se completa,
sendo necessário somente acionar a tecla Enter. Pode-se também encontrar os
comandos necessários na caixa destinados a esta função no canto inferior à direita.
2.4 Barra de Ferramentas
Abaixo do menu principal está localizada a Barra de Ferramentas:
Os ícones desta barra quando selecionados, em seu canto inferior direito (na
seta), dão acesso à visualização de todas as opções dessa categoria de
ferramentas.
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Ao selecionar uma ferramenta, aparece escrito no lado direito da tela qual é a
ferramenta e como proceder para utilizá-la.
Quando clicamos no 1º ícone aparecem as opções: No 2º ícone, temos as opções:
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No 3º ícone:
As opções seguintes são encontradas no 4º ícone:
Clicando no 5º ícone aparecem:
15
As opções abaixo surgem no 6º ícone:
Clicando no 7º ícone, teremos:
16
No 8º ícone aparecem as opções:
No 9º ícone temos:
O penúltimo ícone apresenta as opções:
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Encontramos no último ícone as opções:
3 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
� Para ativar / desativar a Janela de Álgebra, a Janela de Gráfico e a Caixa de
Entrada, utilizar na barra de menus a opção Exibir.
� Para fechar somente a Janela de Álgebra, clicar com o botão esquerdo do
mouse no x que aparece na parte superior, lado esquerdo. Para exibi-la novamente,
ir à barra de menus, opção Exibir, Janela de Álgebra.
� No menu Exibir, ativando a opção eixo, aparecem os eixos cartesianos na
Janela Geométrica. O mesmo se dá para opção Malha. Para desativar, basta
desmarcar essas opções. Essas alterações podem também ser feitas, clicando com
o botão direito do mouse sobre a Janela Geométrica. Abre-se uma caixa com
algumas opções.
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� Para desfazer / refazer alguma construção podem ser usados dois botões no
canto direito superior (flechas verde e amarela). Podemos usar também o teclado:
Crtl+Z= desfazer e Crtl+Y= refazer.
� No programa os números decimais recebem ponto no lugar da vírgula, caso
contrário, o comando não é aceito.
� Para copiar um exercício do GeoGebra para um outro documento, abrir na
barra de menus, arquivo, exportar, copiar para área de transferência (Crtl+Shift+C).
Para copiar apenas uma construção na janela de gráficos, selecionar a figura e
seguir o procedimento anterior. O arquivo salvo no Geogebra possui formato
nome.ggb.
� O Protocolo de construção é uma tabela utilizada para mostrar as etapas da
construção realizadas nas atividades. Para ativá-lo, clicar na barra de menus, opção
exibir “Protocolo de construção”. Na janela que se abre é permitido desfazer ou
Desfazer
Refazer
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refazer uma construção utilizando a barra de navegação na base da zona gráfica. É
possível também inserir novos passos e mudar a sua sequência.
� Comando ZOOM: para aproximar ou não a imagem, clicar com botão direito
do mouse e selecionar o tamanho desejado. No último ícone na barra de
ferramentas, no botão Ampliar ou Reduzir também obtém-se o Zoom desejado.
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As cores dos objetos no programa apresentam significados:
� Azul escuro: são os objetos livres. Podem ser movidos para qualquer lugar na
tela;
� Azul claro: os objetos estão vinculados a um outro objeto. Não tem a mesma
mobilidade no plano. Movem-se apenas sobre os objetos as quais estão vinculados;
� Preto: são os objetos dependentes. Alguns podem ser movidos, outros não.
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Unidade II
NOÇÕES BÁSICAS
FAMILIARIZAÇÃO COM O SOFTWARE GEOGEBRA
1 CONTEÚDOS
� Noções Primitivas: Ponto, reta, Plano.
� Ângulos.
� Bissetriz de um ângulo.
� Quadrilátero: Paralelogramo
2 OBJETIVOS
� Familiarizar os alunos com as principais funções do Geogebra, verificando
propriedades geométricas.
� Explorar os recursos disponíveis no software Geogebra.
� Retomar os conceitos matemáticos denominados conceitos primitivos;
� Identificar e formalizar o conceito de bissetriz de um ângulo a partir de sua
construção no GeoGebra.
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� Construir o paralelogramo, explorando suas propriedades com o auxílio do
software GeoGebera.
3 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS PARA AS ATIVIDADES
As noções primitivas de ponto, reta e plano, são adotadas sem definição.
Delas temos um conhecimento intuitivo, decorrente da experiência e observação. A
marca de um toque de tinta numa folha de papel; o traçado de uma linha; uma folha
de papel extremamente fina são representações de ponto, reta e plano, pois a marca
no papel tem dimensão; a linha traçada sempre tem largura e espessura; um plano
possui duas dimensões e uma folha de papel possui uma espessura por mais fina
que seja.
As três primeiras atividades irão reforçar a intuição do aluno a respeito
dessas noções, pois de acordo com Gerônimo, Barros, Franco:
Axioma Existencial: a. Existe ponto. b. b- Existe reta e qualquer que seja a reta existem pontos que pertencem à reta e pontos que não pertencem à reta. c. c- Existe plano e qualquer que seja o plano existem pontos que pertencem ao plano e pontos que não pertencem ao plano. (GERÔNIMO,BARROS, FRANCO, 2007, p.28).
Nestas atividades também se fará uma revisão da noção de ângulo,
conhecida desde os Babilônios e Assírios, que a utilizavam na medida de área e na
astronomia.
Um ângulo é a união de duas semirretas que têm a mesma origem, mas não estão contidas numa mesma reta. Se um ângulo é formado pelas semirretas AB e AC então essas semirretas são chamadas lados do ângulo, e o ponto A é chamado vértice do ângulo. Tal ângulo é denominado ângulo BAC ou ângulo CAB e representado por BAC ou CAB, respectivamente. (REZENDE & QUEIROZ, 2008, p.21).
A
B
C
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Nas atividades 4 e 5 os alunos irão construir ângulos calculando a sua medida e formalizar o conceito de bissetriz.
Dado um ângulo AÔB, a semirreta SOC tal que m(AÔC)= m(CÔB) é denominada bissetriz de um ângulo AÔB. (GERÔNIMO & FRANCO, 2005, p.44).
Na atividade 6 – Agora é a sua vez! – os alunos serão desafiados a
construir um ângulo de 60°, determinando sua bissetriz. Os passos utilizados para
essa construção deverão ser registrados em uma folha a parte que será entregue
para o professor ao término da mesma.
Na realização das atividades 7 e 8, os alunos irão construir o paralelogramo
e explorar suas propriedades. O professor poderá discutir com os alunos as
observações que fizeram e verificar a percepção dos mesmos em relação a estas
propriedades.
Para isso, algumas definições e teoremas são importantes para orientação
desse trabalho.
Definição: Um quadrilátero é um polígono de quatro lados.
Lados opostos de um quadrilátero são dois de seus lados que não se
interseccionam.
Dois lados são consecutivos se têm um vértice comum.
Uma diagonal é um segmento que une dois vértices não consecutivos.
O
B
C
A
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Se considerarmos um quadrilátero convexo, dois ângulos são opostos se não têm
um lado comum; caso contrário são chamados ângulos consecutivos.
Definição: Um paralelogramo é um quadrilátero em que os lados opostos são
paralelos.
Teorema: Em um paralelogramo valem as seguintes propriedades:
a- Cada diagonal separa um paralelogramo em dois triângulos congruentes. Isto é,
se ABCD é um paralelogramo, então ∆ ABC ≅ ∆ CDA e ∆ ABD ≅ ∆ CDB.
b- Dois lados opostos quaisquer em um paralelogramo são congruentes.
c- Dois ângulos opostos quaisquer em um paralelogramo são congruentes.
d- Dois ângulos consecutivos quaisquer em um paralelogramo são suplementares.
Teorema:
a- Dado um quadrilátero em que ambos os pares de lados opostos são congruentes,
então o quadrilátero é um paralelogramo.
b- se dois lados de um quadrilátero são paralelos e congruentes, então o
quadrilátero é um paralelogramo.
c- Se as diagonais de um quadrilátero se bisseccionam, então o quadrilátero é um
paralelogramo. (REZENDE & QUEIROZ, 2008, p.59-61).
No desenvolvimento das atividades o professor poderá interferir nas situações
que se fizerem necessárias, orientando e atendendo solicitações, mediando o
processo de construção do conhecimento por parte do aluno.
Após a realização de todas as atividades do capítulo, deverá ocorrer a
organização e sistematização das ideais e conceitos, a formalização dos conteúdos
trabalhados.
A B
D C
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4 ATIVIDADES
Atividade 1:
1- No alto da tela no menu principal, em Exibir, ative a opção Eixo e Malha.
2- Para criar um ponto, selecione a opção Novo Ponto na barra de
ferramentas e dê um clique na área de trabalho. Marque no plano
cartesiano os pontos: A (1,2); B(7,4); C(-3,4); D(-2,-2); E(5,-2); F(10,1); G(-4,1).
3- Observe que as coordenadas ficam registradas na Janela Algébrica.
4- Apague os pontos F(10,1) e G(-4,1). Clique sobre eles com o botão direito do
mouse e, a seguir, clique em apagar. Você pode usar a ferramenta Apagar
na barra de ferramentas.
5- Mude a cor dos pontos. Para isso, clique sobre eles com o botão direito do
mouse, selecione a opção Propriedades e depois a opção cor. Clique nos pontos
que aparecem na janela algébrica, um a um, e na cor desejada. Clique em fechar
para a operação ser concluída.
6-Para movimentar ou arrastar um ponto, acione a ferramenta Mover e em
seguida clique no ponto. Mude os pontos de quadrantes (diversos lugares na área
de trabalho). Observe a janela algébrica.
7- Para salvar a atividade realizada, abra no arquivo a opção Gravar Como. Salve-a
com o nome ativ1.
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Atividade 2:
1- Abra um arquivo novo clicando em Arquivo Novo.
2- No menu Exibir, desativar a opção Eixo e Malha. Você poderá ativá-las
novamente clicando nestas opções.
3- Desenhe uma reta utilizando a ferramenta Reta definida por dois pontos
Depois de selecionar a ferramenta, clique em dois lugares diferentes no plano.
4- Renomeie a reta desenhada. Para isso, clique sobre ela com o botão direito do
mouse. Selecione a opção Renomear. Digite a letra r e clique em OK.
5- Construa outra reta utilizando a ferramenta Reta definida por dois pontos
que intercepte a reta r.
6- Renomeie os pontos C e D para M e N e a reta para s. Selecione a opção
Renomear (botão direito do mouse) e digite a letra desejada.
Se a letra não aparecer no ponto ou na reta, clicar sobre eles, com botão direito do
mouse e selecionar a opção Exibir Rótulo.
7- Mude a cor da reta s para vermelho. Selecione a opção Propriedades, em
seguida, cor, depois de clicar sobre ela com botão direito do mouse.
8- Selecione a opção Intersecção de dois objetos e clique na intersecção das
retas acima. Renomeie o ponto para P.
9- Com a opção Mover selecionada, arraste as retas r/s e os
pontos A, B, M, N. O ponto P deixa de pertencer às duas retas?
10- Movimente o ponto P (ponto de intersecção). Isso é possível?
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11- Salve a atividade com o nome ativ2.
Atividade 3:
1- Abra um arquivo Novo e desative a opção Eixo e Malha.
2-Selecione a ferramenta Polígono Construa os polígonos: ABC e DEFG.
Marque seus vértices na Janela Gráfica fazendo com que o último ponto coincida
com o primeiro ponto criado de modo a fechá-lo.
3- Observe a janela de álgebra. Polígono 1 e Polígono 2 trazem a medida da área e
os objetos a, b, c, d, e, f, g são as medidas dos lados destes polígonos.
4- Clique dentro do polígono 1 com botão direito do mouse. Selecione Propriedades-
Cor (vermelha), fechar.
5- A intensidade da cor do preenchimento pode ser alterada clicando em
Propriedades, opção Estilo, movimentando a seta de preenchimento com o mouse.
6- Para mover ou arrastar o polígono 2, selecione a ferramenta Mover Clique
no polígono e arraste. Mova também os pontos D, E, F, G. Clique
sobre um dos lados. É possível movê-lo?
7- Salve a atividade com o nome ativ3.
Atividade 4:
1-Abra um arquivo novo.
2- Desative a Janela de Álgebra, Eixo e Malha no menu Exibir.A Janela de Álgebra
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pode ser fechada também, clicando no x que aparece em seu canto superior direito.
3- Com a ferramenta Semirreta definida por dois pontos selecionada,
construa duas semirretas de mesma origem. Clique duas vezes para criar a primeira
semirreta. Crie a outra semirreta clicando sobre a mesma origem.
4- Renomeie a origem das semirretas como O. Caso necessite, renomeie os outros
dois pontos. Se preferir, com botão direito do mouse, ativar a opção Exibir Rótulo.
5- Para determinar o ângulo formado pelas duas semirretas, ative a ferramenta
Ângulo Clique sobre os pontos no sentido anti-horário. O vértice do ângulo
deverá ser o segundo ponto clicado.
6- Para marcar o ângulo externo, clicar nos pontos no sentido horário.
7- O que você poderia dizer a respeito desses dois ângulos?
8- Movimente as duas semirretas usando a ferramenta Mover e verifique
a variação angular.
9- Salve a atividade com o nome ativ4.
Atividade 5:
1- Abra um arquivo novo.
2- Nesta atividade, a Janela de Álgebra será utilizada. Desative a opção Eixo.
3-Com a ferramenta Semirreta definida por dois pontos construa
duas semirretas de mesma origem. Selecione a ferramenta, clique em dois pontos
diferentes na área de trabalho. Através do mesmo procedimento, construa a outra
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semirreta.
4- Renomeie a origem das semirretas como O. Caso necessite, renomeie os outros
dois pontos. Se preferir, com botão direito do mouse, ative a opção Exibir Rótulo.
5- Para determinar o ângulo interno formado pelas duas semirretas, ative a
ferramenta Ângulo Clique sobre os pontos no sentido anti-horário CÔB. O
vértice do ângulo deverá ser o segundo ponto clicado.
6- Para esconder a medida do ângulo na Janela de Gráfico, clique com o botão
direito do mouse sobre a medida e desabilite a opção Exibir Rótulo.
7- Selecione a opção Bissetriz na barra de Ferramentas e clique sobre os
três pontos que determinam o ângulo em qualquer sentido.
8- Crie sobre a bissetriz um ponto, ativando a opção Novo Ponto Renomeie
para M.
9- Com a opção Ângulo ativada, clique nos ângulos CÔM e MÔB. Caso os
rótulos não fiquem visíveis, selecione a ferramenta Mover e ajuste-os em uma
posição melhor.
10- Observe na Janela de Álgebra os ângulos α, β, γ. O que se pode afirmar sobre
os ângulos β e γ?
11- Selecione a opção Mover e movimente uma das semirretas. O que
você pode afirmar desses ângulos quando comparados?
12- Registre com suas palavras o que vem a ser a bissetriz de um ângulo.
13- Salve a atividade com o nome ativ5.
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Atividade 6:
Agora é sua vez!
Proponha a construção de um ângulo de 60º determinando sua bissetriz.
Utilize as ferramentas que forem necessárias.
Registre com suas palavras os passos para essa construção!
No final, salve como ativ6.
Atividade 7:
1- Abra um arquivo novo sem Eixo, Malha e Janela de Álgebra.
2- Trace uma reta AB, selecionando a opção Reta definida por dois pontos
Em seguida, clique em dois pontos diferentes na área de trabalho.
3- Renomeie a reta traçada de a.
4- Caso os pontos não apresentem as letras A e B, clicar com botão direito do
mouse sobre eles, opção Exibir Rótulo.
5- Para traçar uma reta b, paralela à reta a, ative a opção Reta Paralela
Clique sobre a reta a e em um ponto na área de trabalho (a ordem em que isso
acontecer não fará diferença).
6- Com botão direito do mouse, clique sobre a reta, na opção Exibir Rótulo para
nomeá-la de reta b.
7- Apague o ponto da reta b, clicando sobre ele com botão direito do mouse, na
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opção Exibir Objeto.
8- Trace uma reta c, transversal às retas a e b, passando pelo ponto A. Selecione a
opção Reta definida por dois pontos Clique no ponto A e na
intersecção com a reta b. Renomeie este ponto para C, assim como, a reta
para c.
9- Selecione a opção Reta Paralela Clique na transversal c e
no ponto B para traçar uma reta paralela à reta c.
10- Selecione a opção Interseção de dois objetos e clique na intersecção de
“b” com “d”. Em Exibir Rótulo (botão direito do mouse), definindo como ponto D.
11- Para traçar o polígono, selecione a opção Segmento definido por dois pontos
Crie os segmentos AB , BC , CD , AD , clicando sobre A e B (a ordem em
que isso acontece não fará diferença). Faça a mesma coisa com os outros
segmentos: BC , CD , AD .
12- Clique com o botão direito do mouse, opção Exibir Objeto, sobre as retas a,b,c,d,
para esconder os objetos deixando definido o polígono e os pontos A,B,C,D.
13- Movimente a figura clicando sobre cada um dos pontos. Em todos eles é
possível movimentar a figura? Ao ser movimentada, a figura deixa de ser um
paralelogramo? Registre suas observações.
14- Para medir os segmentos AB, BC, CD e AD, selecione a opção Distância,
Comprimento ou Perímetro Para fazer isso, clique sobre cada segmento
ou sobre os dois pontos que são extremos do segmento.
15-Para deixar as medidas com uma boa visualização, mova-as depois de
selecionar a opção Mover.
16- Compare as medidas dos lados opostos. O que você observa?
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17- Marque os ângulos internos do quadrilátero ABCD, selecionando a opção Ângulo
e clicando sobre os pontos no sentido horário.
18- O que você observa em relação aos ângulos do paralelogramo? Mova os
vértices e observe o que acontece com os ângulos opostos.
19- Some os ângulos A+B, C+D, A+C e B+D. Esses ângulos são suplementares?
Registre com suas palavras suas observações.
20- Salve este atividade com o nome ativ7.
Atividade 8:
Agora é a sua vez!
Elabore uma atividade de construção do paralelogramo. Neste paralelogramo,
você deverá traçar as suas diagonais, nomeá-las e comparar suas medidas.
Salve a atividade com o nome ativ8.
33
Unidade III
SOMA DAS MEDIDAS DOS ÂNGULOS INTERNOS DE UM POLÍGONO CONVEXO
1 CONTEÚDOS
� Soma das medidas dos ângulos internos de um polígono convexo.
. Soma dos ângulos internos de um triângulo.
. Soma dos ângulos internos de um quadrilátero.
. Soma dos ângulos internos de um pentágono.
. Soma dos ângulos internos dos polígonos regulares.
2 OBJETIVOS
� Resolver atividades que envolvam a soma das medidas dos ângulos internos
de polígonos, explorando algumas propriedades dos mesmos.
� Deduzir a fórmula que determina a soma dos ângulos internos de um
polígono convexo.
3 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS PARA AS ATIVIDADES Para este capítulo foram desenvolvidas cinco atividades (9-13), onde os
alunos irão construir polígonos e explorar suas propriedades, identificar nos vários
34
polígonos convexos seus ângulos internos, vértices e diagonais. Calcular a soma
das medidas dos ângulos internos de alguns polígonos convexos, subdividindo-os
em triângulos.
Propomos condições para se chegar a fórmula da soma das medidas dos
ângulos internos dos polígonos estimulando-os a discutir ideias, justificar e
argumentar logicamente, propiciando descobertas.
Algumas definições, teoremas e demonstrações são necessários para
subsidiar e orientar o trabalho docente. Para isso, poderão ser consultadas:
Definição: Seja A1, A2,...,An, n≥3, uma sequência de n pontos distintos tais
que os segmentos A1A2, A2A3, ..., An-1An e AnA1 têm as seguintes propriedades:
a. nenhum par de segmentos se intersecciona a não ser nas suas extremidades.
b. nenhum par de segmentos com extremidades comum está na mesma reta.
A união dos segmentos A1A2,..., An-1An e AnA1 é chamada polígono (poli:
muitos e gono: ângulos), o qual denotamos por polígono A1, A2...An.
Os pontos A1,..... An são chamados vértices do polígono e os segmentos são
seus lados.
A soma dos comprimentos dos lados de um polígono é chamada de perímetro
do polígono.(REZENDE & QUEIROZ, 2008, p.26).
Definição: Um polígono é convexo quando, para todo lado, o polígono estiver
contido num dos semiplanos determinado por este lado. Dizemos que um polígono é
regular se: a - for convexo; b - todos os seus ângulos forem congruentes; c - todos
os seus lados forem congruentes.
Proposição: Todo polígono convexo de n lados determina n-2 triângulos
onde dois quaisquer desses triângulos não possuem pontos interiores em comum e
seus vértices são os vértices do polígono.
Demonstração: Seja A1A2A3,...An um polígono convexo, fixamos o vértice A1,
e consideramos os triângulos A1A2A3, A1A3A4, ...,A1An-1An. A convexidade garante
35
que estes triângulos não possuem pontos interiores em comum. (GERÔNIMO,
BARROS, FRANCO, 2007, p.123-125).
Por triângulos entendemos um polígono de três lados. Um triângulo ABC,
denotado por ∆ ABC, tem por elementos os três vértices, que são os pontos A,B,C;
os três lados, que são os segmentos AB, BC e CA; e os três ângulos internos, que
são ABC, BCA e CAB.
Quanto à medida de seus lados um triângulo pode ser chamado:
1- triângulo eqüilátero: quando possui os três lados dois a dois congruentes.
2- triângulo isósceles: quando possui dois de seus lados congruentes entre si. O
terceiro lado é chamado base do triângulo isósceles.
3- triângulo escaleno: aquele em que quaisquer dois de seus lados têm medidas
diferentes.
Quanto à medida de seus ângulos um triângulo pode ser:
1- triângulo retângulo: quando possui um ângulo reto. Neste caso, o lado oposto
ao ângulo reto é chamado hipotenusa e os outros dois são chamados catetos.
2- triângulo acutângulo: quando possui os três ângulos agudos.
3- triângulo obtusângulo: quando possui um ângulo obtuso.
4-triângulo eqüiângulo: quando possui os três ângulos dois a dois
congruentes.(REZENDE & QUEIROZ, 2008, p.32).
Teorema: A soma dos ângulos de um triângulo é 180º.
Demonstração: Dado o ∆ ABC, seja r a reta paralela ao lado BC e passando
pelo vértice A. Consideremos os ângulos a, b, e c, como aparecem na figura.
Utilizando os Postulados da Adição de ângulos e do suplemento chegamos a:
ma + mb+ mc= 180.
A
B C
b a
c r
36
Como AB é transversal a BC e a r, temos que b≅ ABC. Analogamente, mostramos que c≅ ABC. Logo m BCA + m ABC + m BCA = 180.
(REZENDE & QUEIROZ, 2008, p.59).
Devemos mostrar que m(Â) + m(B) + m(C) + m(D)= 360º Dividindo o quadrilátero em dois triângulos, temos que m(Â) + m(ABD) + m(ADB)= 180º (1) e m(C) + m(CDB) + m(CBD)= 180º (2) Somando (1) e (2) m(Â) + m(C) + m(ABD) + m(CBD) + m(ADB) + m(CDB)= 360° m(Â) + m(B) + m(C) + m(D)= 360º
(GERÔNIMO & FRANCO, 2005, p.83). Teorema do Triângulo Isósceles: Em um triângulo isósceles, os ângulos da
base são congruentes.
Demonstração: Consideremos o triângulo isósceles ABC com base BC.
Queremos provar que B ≅ C. Para isso, consideremos a correspondência que
leva o triângulo ABC nele mesmo de modo que A ↔ A, B ↔ C e C ↔ B. Por
C D
A B
B C
A
37
hipótese obtemos AB ≅ AC e AC ≅ AB e, como  ≅  segue, pelo caso L.A.L de
congruência de triângulos, que ∆ ABC ≅ ∆ACB. Como conseqüência temos B ≅
C.(REZENDE & QUEIROZ, 2008, p.33).
No desenvolvimento das atividades o professor poderá interferir nas situações
que se fizerem necessárias, orientando e atendendo solicitações, mediando o
processo de construção do conhecimento por parte do aluno.
Após a realização de todas as atividades do capítulo, deverá ocorrer a
organização e sistematização das ideais e conceitos, a formalização dos conteúdos
trabalhados.
4. ATIVIDADES
Atividade 9:
1- Abra um arquivo novo. Deixe ativada a opção Malha e a Janela de Álgebra.
2- Construa um triângulo retângulo ABC que possa ser movimentado pela tela sem
perder suas propriedades Selecione a opção Polígono Clique três vezes
em lugares distintos para criar os vértices do triângulo. Feche o triângulo
clicando sobre o primeiro vértice.
3- Marque os ângulos internos do triângulo, selecionando a opção Ângulo
clicando nos vértices no sentido horário. Observe essas medidas.
4- Calcule a soma das medidas dos ângulos internos do triângulo, deixando o cursor
na Caixa de Entrada (canto inferior esquerdo) e digite a soma α + β + γ (letras
gregas que identificam os ângulos), localizadas numa janela a direita do Campo de
Entrada. Para as letras aparecerem, dê um clique sobre elas. Pressione a tecla
Enter.
38
5- Observe a Janela de Álgebra. O valor de δ é a soma de α + β + γ.
6- Movimente um dos vértices e confira o que acontece com essa soma. O resultado
de δ se altera?
7- No menu Exibir selecione a opção Protocolo de Construção e reveja a seqüência
de passos de sua construção. Feche a janela ao terminar.
8- Movimentando os vértices do triângulo retângulo usando a opção Mover
você conseguiria transformá-lo em um triângulo isósceles?
9- Observe na Janela de Álgebra as medidas dos lados desse novo triângulo.
10- Registre com suas palavras o que você observa em relação aos lados e ângulos
da base do triângulo isósceles.
11- Salve a atividade com o nome ativ9.
Atividade 10:
1- Abra um arquivo Novo sem Eixo e sem Malha.
2- Crie um círculo utilizando a ferramenta Círculo dados Centro e Raio
Clique uma vez na Janela Gráfica criando o ponto A, centro da circunferência, e na
janela que se abre atribua valor arbitrário 4 para o raio.
3- Clique com o botão direito do mouse sobre o ponto A, selecione a opção Exibir
Objeto, ocultando esse ponto.
4- Selecione a ferramenta Polígono e clique cinco vezes sobre o círculo
para criar um quadrilátero inscrito na circunferência (o quinto ponto deverá ser dado
sobre o primeiro vértice criado).
39
5- Quais são os vértices e os lados do quadrilátero? Verifique as medidas dos seus
lados.
6- Clique dentro do quadrilátero com botão direito do mouse, opção Propriedades,
Cor: vermelha; Estilo-Preenchimento: 50; Espessura da Linha: 6. Feche a janela.
7- Escolha a opção Ângulo e meça os ângulos internos. Clique sobre os
três pontos que o determinam, no sentido horário.
8- Calcule a soma dos ângulos internos do quadrilátero. Clique com o cursor na
Caixa de Entrada (canto inferior esquerdo). Digite a soma α + β + γ + δ (letras
gregas que identificam os ângulos). Para as letras aparecerem na caixa de entrada,
dê um clique sobre elas e pressione a tecla enter.
9- Observe a Janela de Álgebra. O valor de ε é a soma de α + β + γ + δ.
10- Mova um dos vértices e observe o que acontece com essa soma. Registre suas
observações.
11- Oculte o círculo. Clique com o botão direito do mouse sobre ele, selecionando a
opção Exibir Objeto.
12- Mova novamente os pontos. Houve alteração na soma dos ângulos?
13- Selecione a opção Inserir Texto e clique na Janela Gráfica no local que
gostaria de inserir a escrita. Digite: “A soma dos ângulos internos do quadrilátero é
igual a 360°”.
14- Se preferir mova o texto, deixando na posição em que melhor lhe agrada.
15- Trace a diagonal do quadrilátero selecionando a opção Segmento definido por
Dois Pontos e clique sobre dois vértices não consecutivos.
40
16- Quantos triângulos formam? Existe uma relação entre a soma dos ângulos
internos do triângulo e do quadrilátero?
17- Salve a atividade com o nome ativ10.
Atividade 11:
1- Abra um arquivo novo sem Eixo e sem Malha.
2- Para criar um pentágono ABCDE selecione a opção Polígono Clique na
Janela de Álgebra, lembrando-se de fechar o polígono, clicando sobre o primeiro
vértice criado.
3- Selecione a opção Ângulo e marque os ângulos internos do pentágono.
Atenção! Agora são cinco ângulos!
4- Calcule a soma dos ângulos internos do pentágono. Repita a etapa 8 da atividade
anterior: digite a soma α + β + γ + δ +ε observando o número de ângulos. Qual é o
resultado? Você concorda com ele?
5- Utilizando uma calculadora, repita o procedimento anterior. Qual é o resultado?
Por que é diferente do anterior?
6- Para editar o resultado dessa soma, selecione a opção Inserir Texto
e clique na Janela Gráfica no local que gostaria de inserir a escrita. Digite: “A soma
dos ângulos internos do pentágono é igual a 540°”.
7- Se preferir mova o texto, deixando na posição em que melhor lhe agrada.
8- Mova o pentágono e observe o resultado da soma de seus ângulos. Ele se altera?
41
9- Trace todas as possíveis diagonais de um vértice. Selecione a opção Segmento
definido por Dois Pontos e clique sobre dois vértices opostos.
10- Quantos triângulos foram formados? Comparando as atividades de construção
do triângulo, quadrilátero e do pentágono, você poderia estabelecer uma relação
entre a soma dos ângulos internos do triângulo com esses polígonos? Registre suas
observações.
11- Faça a próxima atividade, agora com polígonos regulares, para verificar ou não,
a sua constatação em relação a soma dos ângulos internos de um triângulo com a
de um polígono qualquer.
12- Salve a atividade com o nome ativ11.
Atividade 12:
1- Abra um arquivo novo com Eixo e Malha desativados.
2- Selecione a opção Polígono Regular Dê dois cliques na Janela de
Álgebra. Na janela que se abre digite 6, em seguida OK.
3- Modifique o hexágono ABCDEF construído, clicando na opção Mover e
em um dos seus vértices. Isso é possível? Verifique em todos os
vértices.
4- Ative a opção Ângulo e marque um ângulo interno do hexágono
regular, clicando em três vértices no sentido horário.
5- Para marcar os outros ângulos, clique em qualquer vértice no interior do
hexágono. O que você observa em relação aos ângulos internos de um polígono
regular? Qual é a soma desses ângulos internos?
42
6- Trace as diagonais do hexágono selecionando a opção Segmento definido por
Dois Pontos e clique sobre dois vértices não consecutivos. Você conseguiria
estabelecer alguma relação entre o número de lados do polígono e o número de
triângulos dentro desse polígono?
7- Mova sua construção para o lado superior direito da área de trabalho e deixe-o
quietinho. Use a opção Deslocar Eixos
8- Selecione novamente a opção Polígono Regular e crie um
decágono.
9- Deixe seu polígono do tamanho desejado, selecionando a opção Reduzir
e clicando com botão esquerdo do mouse sobre a construção. A opção Ampliar
produz um zoom de aproximação.
10-Mova suas construções por toda a tela.
11- Trace todas as possíveis diagonais para um vértice, selecionando a opção
Segmento definido por dois Pontos Quantos triângulos você formou dentro do
decágono regular?
12- Compare o número de triângulos formados dentro do decágono com o número
de lados e estabeleça uma relação.
13- Existe uma fórmula que permite encontrar a soma dos ângulos internos de um
polígono qualquer. Você é capaz de deduzi-la?
14- Use a fórmula acima para calcular a soma dos ângulos de um polígono de 30
lados.
15- Salve a atividade com o nome ativ12.
43
Atividade 13:
Agora é a sua vez!
Proponha uma construção para um polígono convexo de n lados. Utilize-se da
fórmula das soma dos ângulos.
No final, salve a atividade com o nome ativ13.
44
Unidade IV
TEOREMA DE TALES
1 CONTEÚDOS
� Teorema de Tales.
� Feixe de paralelas.
� Reta Transversal a um feixe.
� Segmentos correspondentes.
2 OBJETIVOS
� Reconhecer retas paralelas e defini-las.
� Construir e interpretar o Teorema de Tales, verificando-o experimentalmente.
� Aplicar o Teorema de Tales na elaboração de atividades.
45
3 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS PARA AS ATIVIDADES
Nesta unidade o aluno terá oportunidade de redescobrir um teorema com
mais de 2600 anos e que ficou conhecido como Teorema de Tales.
Primeiramente será proposta uma atividade a respeito da representação de
retas paralelas de distância distintas. O traçado de retas transversais às paralelas e
o estabelecimento de razões iguais entre os segmentos definidos por elas, serão
desenvolvidas nas atividades seguintes até chegar ao reconhecimento e definição
do Teorema de Tales.
Nas atividades 16 e 17 – Agora é a sua vez! – os alunos deverão aplicar o
Teorema de Tales na resolução da atividade, bem como em outras situações que se
fizerem necessárias.
Em Gerônimo, Barros e Franco (2007, p.92) encontramos a seguinte definição
de paralelismo entre duas retas: “Duas retas em um mesmo plano são denominadas
paralelas quando não se interceptam.”
Esta e as demais definições e teoremas descritos abaixo, poderão dar
subsídios ao professor, orientando o encaminhamento metodológico das atividades.
Definição: Se uma transversal intersecciona duas retas r e s, respectivamente, nos
pontos A e B, dizemos que r e s determinam o segmento AB sobre a transversal.
Se uma transversal intersecciona três retas r, s e t nos pontos A, B e C,
respectivamente, e se AB=BC, então dizemos que as três retas determinam
segmentos congruentes sobre a transversal.
r
s
A
B
r
s
t
A
B
C
46
Teorema: Se três retas paralelas determinam segmentos congruentes sobre
uma transversal, então determinam segmentos congruentes sobre qualquer outra
transversal. (REZENDE & QUEIROZ, 2008, p.62).
Teorema de Tales: Se duas retas são transversais a um conjunto de três ou
mais retas paralelas, então a razão entre os comprimentos de dois segmentos
quaisquer determinados sobre uma delas é igual à razão entre os comprimentos dos
segmentos correspondentes determinados sobre a outra. (REZENDE & QUEIROZ, 2008,
p.69).
No desenvolvimento das atividades o professor poderá interferir nas situações
que se fizerem necessárias, orientando e atendendo solicitações, mediando o
processo de construção do conhecimento por parte do aluno.
Após a realização de todas as atividades do capítulo, deverá ocorrer a
organização e sistematização das ideais e conceitos, a formalização dos conteúdos
trabalhados.
4. ATIVIDADES
Atividade 14:
1- Abra um arquivo novo.
2- No menu Exibir, desative a opção Eixo e Malha.
3- Trace uma reta utilizando a ferramenta Reta definida por dois pontos
Clique duas vezes no plano onde deseja a reta.
4- Esconda os pontos da reta clicando sobre eles com o botão direito do mouse,
selecionando Exibir Objeto.
5- Renomeie a reta desenhada. Para isso, clique sobre ela com o botão direito do
mouse. Selecione a opção Renomear. Digite a letra r e clique em OK.
47
6- Marque um ponto C, não pertencente à reta r, selecionando a opção
Novo Ponto
7- Com a opção Reta Paralela ativada, clique no ponto C e na reta r. A reta
paralela à reta r, passando por C é traçada.
8 -Renomeie a reta para s, seguindo a orientação do item 5 anterior.
9- Mude a cor da reta r. Para isso, clique com o botão direito do mouse sobre ela,
selecione Propriedades e depois a opção Cor: vermelha.
10- Aumente a espessura das retas clicando sobre elas com botão direito do mouse
em Propriedades, Estilo, Espessura da Linha: 7.
11- Selecione a opção Mover e movimente a reta r analisando o que
acontece. Faça o mesmo para a reta s.
12- Pela construção que realizou como você definiria retas paralelas?
13- Quantas retas paralelas a r são possíveis traçar? Todas elas podem ser
movimentadas?
14- Salve a atividade como ativ14.
Atividade 15:
1- Abra um arquivo novo.
2- No menu exibir, desmarque as opções Eixo e Malha.
3- Crie uma reta utilizando a ferramenta Reta definida por dois Pontos
Clique duas vezes no plano onde deseja a reta.
48
4- Esconda os pontos da reta clicando sobre eles com o botão direito do mouse,
selecionando Exibir Objeto.
5- Renomeie a reta desenhada. Para isso, clique sobre ela com o botão direito do
mouse. Selecione a opção Renomear. Digite a letra r e clique em OK.
6- Crie outras duas retas s e t paralelas à r. Para isso, selecione a opção Novo
Ponto marcando dois pontos quaisquer não pertencentes à r. Com a opção
Reta Paralela selecionada, clique nos pontos e na reta construída.
7- Esconda os pontos das retas, renomeando-as para s e t. Siga os procedimentos 4
e 5 descritos acima.
8- Para construir duas retas u e v transversais ao feixe de paralelas, selecione Reta
definida por dois Pontos clicando no plano onde deseja a reta.
9- Esconda os pontos e renomeie às retas para u e v.
10- Altere a cor das transversais selecionando Propriedades, opção cor, depois de
clicar com o botão direito do mouse sobre elas.
11- Determine os três pontos de intersecção das transversais com as retas r, s, t.
Clique nas duas retas que se interceptam depois de ativar a opção Intersecção de
dois objetos
12- Repita o procedimento anterior, utilizando a transversal v.
13- Renomeie os pontos de intersecção para A, B, C na reta u e D, E,F na reta v.
14- Selecione a opção Distância, Comprimento ou Perímetro Clique nos
segmentos: AB, BC, DE, EF, inserindo suas medidas.
15- Calcule as razões: AB e DE BC EF
49
Para isso use o Campo de Entrada, escrevendo, por exemplo,
Q1=distânciaAB/distânciaBC.
Escreva a equação correspondente ao outro quociente: DE EF
16- O que você pode dizer sobre os resultados de Q1 e Q2? Observe a Janela
Algébrica.
17- Movimentando as retas u e v e também a reta r, o que acontece com as razões
Q1 e Q2?
18- Repita os procedimentos 15, 16,17 para as razões: AB e BC. DE EF O que você pode concluir relacionando-as?
19- A partir das observações, como você poderia enunciar o Teorema de Tales?
20- Salve a atividade como ativ15.
Atividade 16:
Agora é a sua vez!
Elabore uma atividade que envolva o Teorema de Tales.
Registre com suas palavras a orientação para essa construção.
No final, salve como ativ16.
Atividade 17:
Agora é a sua vez!
Em uma figura a, b, c, são paralelas cortadas por transversais.
Se não tivéssemos a medida de um dos segmentos, poderíamos encontrá-la
50
usando o Teorema de Tales?
Utilize-se do software disponível e de seus conhecimentos para demonstrar a
validade de sua afirmação.
No final, salve como ativ17.
51
Referências
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ÁVILA, Geraldo. Euclides, Geometria e Fundamentos. Revista do Professor de Matemática. São Paulo, nº45, 1º quadrimestre 2001. p.1-9.
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GERÔNIMO, J.R.; BARROS, R.M.O.; FRANCO, V.S. Geometria Euclidiana Plana: um estudo com Cabri-Géomètre. Maringá: Eduem, 2007.
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HOHENWARTER, M.J. Ajuda GeoGebra. Manual Oficial da Versão 3.2. Disponível em: htpp://www.geometriadinamica.com/GGB32.pdf. Acesso em: 20 jan.2010.
KENSKI, Vani Moreira. Educação e Tecnologias: o novo ritmo da Informação. Campinas: Papirus, 2007. (Coleção Papirus Educação).
52
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