Caderno Sumario - PDE 2030 rvFinal

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Sumário Executivo Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 Junho de 2021

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Sumário ExecutivoEstudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030

Junho de 2021

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A Covid-19 provocou reversão profunda no cenário econômico ...

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 2

112,4 112,9 115,1

167,1

210,5

190,32,3% 2,3% 2,2%

-0,9%

-3,8% -6,3%

dez/19 jan/20 fev/20 mar/20 abr/20 mai/20

Projeção para o PIB 2020 (Focus) x Incerteza (FGV)Fonte: BCB e FGV

Mediana das projeções para o PIB 2020 (Focus)

Indicador de Incerteza da Economia Brasil (IIE-Br)

... e, como a maior certeza no desenho de cenários era a incerteza...

Nota: Projeção do Focus no último dia de cada mês

Medidas de isolamento social para combate à pandemia geraram impactos severos sobre a atividade em diversos países

CRISES EPIDEMIOLÓGICA E ECONÔMICA SÃO GÊMEAS:

Não há trade-off;

Vacina ou medicação eficazes podem alterar protocolo de combate àpandemia (game changers)1.

RECUPERAÇÃO ECONÔMICA DEPENDE DE EFETIVIDADE DO ISOLAMENTO SOCIAL E DE POLÍTICAS COMPENSATÓRIAS:

Intensidade, duração e anatomia da crise econômica;

Recuperação em V, U, W ou L?

NÍVEL DE CONSENSO POLÍTICO PODE MODERAR OU EXACERBAR EFEITOS SOBRE A ECONOMIA:

Maior ou menor facilidade para combate à pandemia, a seus efeitoseconômicos e de políticas e reformas pós-crise.

1 Base do cenário: março/2020

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Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 3

... 03 cenários econômicos nacionais foram construídos ...

PONTOS CRÍTICOS CENÁRIO INFERIOR CENÁRIO REFERÊNCIA CENÁRIO SUPERIOR

DURAÇÃO DA PANDEMIA E VELOCIDADE DA RETOMADA

Duração longa ou reincidência (“duas ondas”), retomada lenta

Duração média e recuperação moderada

Duração média e recuperação acelerada

EFETIVIDADE DAS POLÍTICAS ANTICRISE E CONFIANÇA

Dificuldade de implementação das políticas e lenta recuperação

da confiança

Políticas suficientes, com efetividade moderada, estimulam retomada da

confiança e do ambiente de negócios

Políticas são muito efetivas e aceleram a recuperação da confiança

APROVAÇÃO DE REFORMAS E AMBIENTE DE NEGÓCIOS

Dificuldade na aprovação de reformasAprovação de reformas

importantes ao longo do horizonte

Aprovação de reformas importantes já no curto prazo

PRODUTIVIDADE TOTAL DOS FATORES (PTF) Fraco crescimento Crescimento gradual Forte crescimento

CONTAS PÚBLICAS Dificuldade de realização de ajuste fiscal

Ajuste fiscal com redução gradual da relação DLSP/PIB

Ajuste fiscal com redução significativa e rápida da relação DLSP/PIB.

1,7%2,7%

1,7% 1,8%2,9% 2,9% 3,2% 2,9%

4,1% 3,5% 4,0% 4,1%

PIB Agropecuária Indústria Serviços

Cenário Superior

Cenário Referência

Cenário Inferior

... com distintas taxas médias de crescimento entre 2021 e 2030:

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O cenário econômico adotado como referência considerou retomada da crise no formato entre “V” e “U” e uma recuperação gradual ...

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... com a realização de reformas, contribuindo com a redução de gargalos ao crescimento eaumentando a competitividade nacional, em especial nos setores de serviços e indústria deconstrução e transformação, com destaque para o desempenho dos setores exportadores decommodities.

Evolução do PIB e do VA setorial (%)Fonte: IBGE (histórico) e EPE (projeções)

3,4%

-0,6%

-5,0%

2,8% 3,0%4,0%

2,8% 2,5% 3,0% 2,8%2,8%

-2,0%

-4,0%

3,2% 3,2%3,2%

-0,3%

-5,2%

2,7% 3,1%

2010-2014 2015-2019 2020 2021-2025 2026-2030

PIB Agropecuária Indústria Serviços

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259288

328

2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030Industrial Transportes AgropecuárioPúblico Comercial ResidencialSetor Energético Consumo Final Não Energético

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030

Consolidação por setor [Milhões de tep]

EPE – Empresa de Pesquisa Energética | 2

2,1% de crescimento médio anual

Apesar do consumo de energia ter sido fortemente impactado em 2020, esperam-se resultados positivos para todos os setores no decênio ...

... e sem mudanças significativas naestrutura dos setores no consumofinal. Os setores industrial e detransportes se mantém como osprincipais vetores de consumo deenergia no país e os setorescomercial e energético devem seros com maiores taxas decrescimento.

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Em 2030, 5% do consumo final energético brasileiro deve ser abatido por eficiência energética ...

Notas: Ano base 2019.(1) Inclui consumo de energia nos domicílios urbanos e rurais.(2) Compreende comércio, serviços, público, iluminação pública e saneamento.(3) Inclui o setor energético.

3%5%

6%3%

4%4%

Setor Industrial ³Setor Transporte

Setor Serviços ²Setor Residencial ¹

Setor AgropecuárioTOTAL

5%5%

6%2%

8%5%

Setor Industrial ³Setor Transporte

Setor Serviços ²Setor Residencial ¹

Setor AgropecuárioTOTAL

... e 4% do consumo elétrico potencial reduzido poreficiência elétrica, com os setores industrial e de serviçosrepresentando 73% dessa energia elétrica economizada.

Contribuição setorial para os ganhos de eficiência em 2030

EficiênciaEnergética

EficiênciaElétrica

795

546

762

450

500

550

600

650

700

750

800

850

2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

TWh

Consumo PotencialConsumo menos EEConsumo menos EE e APConsumo menos EE, AP e MMGD

(1) Eficiência energética inclui parcela incremental de Sistemas de Aquecimento Solar (SAS) em relação a 2019(2) EE: eficiência elétrica (4) MMGD: Micro e minigeração distribuída, cenário “verão”(3) AP: autoprodução não-injetada na rede (5) RED: Recursos energéticos distribuídos

Abatimento de

32 TWhem 2030 devido

a eficiência elétrica

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No que se refere a Mini e Micro Geração Distribuída, as incertezas regulatórias deram origem a um cone de possibilidades...

Alterações Regulatórias

em DiscussãoAlteração do Sistema de Compensação de Energia

Elétrica (SCEE) Aplicação de Tarifa Binômia

...representando possíveis resultados a partir dos diferentes mecanismos de compensação dos créditos e de aplicação de tarifa binômia, com variação na data

de entrada das medidas.

4,2

18,7

35,8

10,1

16,8

2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

Projeção da capacidade instalada de MMGD (GW)Cone de possibilidades

Limite Inferior

Limite SuperiorLimite Superior: Manutenção das regras vigentes

para MMGD (compensação integral das componentes tarifárias e sem aplicação de tarifa binômia).

Limite Inferior: Alterações na regulação válidas a partir de 2022.

Novos geradores podem compensar apenas a parcela TE Energia com a energia injetada nada rede. Geradores também são submetidos à Tarifa Binômia no mesmo ano, com cobrança da TUSD Transmissão e Distribuição de forma não volumétrica.

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 7

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Assim, para possibilitar o desenvolvimento de diferentes estratégias para a MMGD, foram assumidos dois cenários de referência...

CENÁRIO VERÃOO Brasil opta em manter uma política de grande incentivo para a MMGD, fazendo mudanças sutis na regulação.

CENÁRIO PRIMAVERAO Brasil opta por remover os incentivos tarifários à MMGD, mas o investimento em MMGD continua atrativo, o que garante o crescimento moderado ao longo da década.

... a partir dos quais foi avaliado o impacto das alterações regulatórias na atratividade dos investimentos, tendo sido observada uma TIR ainda competitiva em ambos os cenários.

Projeção da capacidade instalada de MMGD (GW)Por cenário

4,2

15,9

24,5

4,2

10,1

16,8

2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

Cenário Primavera

Cenário Verão

A MMGD deve contribuir com 4,6% e 3,2% da carga total de energia em 2030, nos cenários Verão e Primavera,

respectivamente.

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 8

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Sobre as principais aplicações para uso de baterias atrás do medidor (ATM), as análises indicaram que...

Principais aplicações para o uso de armazenamento atrás do medidor no Brasil

Tarifa BT Convencional

Tarifa BT Branca

Tarifa A4 (Verde ou Azul)

Backup e qualidade

Redução do pico da demanda

Deslocamento do consumo

Avaliado no PDE2030

Avaliado no PDE2030

Aumento do autoconsumo da

MMGD

Avaliado no PDE2030

CONTEXTO NACIONAL

Atualmente, não há regulação específica para o uso de baterias cominjeção na rede, mas nada impede o consumidor a utilizar oequipamento para fazer uma gestão interna do seu consumo e geração.

As baterias podem ser utilizadas para deslocar o consumo da pontapara fora da ponta; para evitar a injeção na rede, armazenando oexcedente da geração para consumo posterior (com valor do créditodepende da mudança prevista no SCEE); e também para deslocar oconsumo da ponta para fora da ponta. Quanto maior a diferença entreas tarifas, maior a atratividade.

... para a aplicação na gestão do consumo com tarifa branca e no aumento do autoconsumo da micro GD , não há viabilidade econômica para o investimento em baterias no horizonte decenal.

Entretanto, na gestão de consumo com tarifa A4 – verde, exclusivamente para o atendimento do horário de ponta foi identificada viabilidade econômica para consumidores com alto fator de

carga na ponta, mas não em substituição a solução tradicional (diesel).

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 9

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Mesmo diante das incertezas, o Brasil deve ampliar sua condição atual de exportador líquido de petróleo ao longo do decênio...

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Balanço nacional de petróleo (milhão b/d)Fonte: Elaboração própria com dados históricos de ANP.

2019 2021 2024 2027 2030

Produção nacional 2,79 3,26 3,71 4,55 5,26

Processamento nas refinarias 1,75 1,79 1,89 1,95 1,94

Importações 0,19 0,17 0,15 0,11 0,11

Exportações 1,17 1,64 1,97 2,72 3,43

... chegando a cerca de 2/3 da produção nacional sendo exportada em 2030, o que pode levar opaís a se tornar um dos cinco maiores exportadores do mundo, elevando sua importância erelevância no quadro geopolítico da indústria mundial do petróleo.

Indicadores para petróleo e refino (%)Fonte: Elaboração própria com dados históricos de ANP.

2019 2021 2024 2027 2030

Fator de utilização das refinarias nacionais 75% 77% 81% 84% 83%

Participação do óleo nacional na carga processada 89% 91% 92% 94% 94%

Relação entre exportações de petróleo e produção nacional 42% 50% 53% 60% 65%

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No que se refere aos derivados de petróleo, a indicação é de reduçãodas importações líquidas de GLP e gasolina A, tendendo à autossuficiência.

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 11Fonte: Elaboração própria com dados históricos de ANP e EPE.

GLP (mil m³/d)

Produção Demanda

Saldo líquido (exportações - importações)

Gasolina A (mil m³/d)

Nafta (mil m³/d) QAV (mil m³/d)

A importação de nafta deve se manter, mas em volumes

decrescentes, e há expectativa de crescente importação de

QAV a partir de 2025.

Nota: O fornecimento de QAV para aeronaves estrangeiras é contabilizado como demanda doméstica.

O balanço observado para a gasolina é função docomportamento da demanda Ciclo Otto e docrescimento da produção de etanol hidratado.

O aumento da oferta de GLP decorrerá, emgrande medida, da parcela da produção oriundado processamento de gás natural em Unidadesde Produção de Gás Natural (UPGN).

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A importação líquida de óleo diesel A deve se ampliar, e a condição de exportador líquido de óleo combustível deve se manter.

Óleo diesel A (mil m³/d)

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 12

Óleo combustível (mil m³/d)

A produção e comercialização de óleo combustível marítimo (bunker) que atende às novas especificações da IMO 2020 se

tornou uma oportunidade comercial para as refinarias nacionais em 2020. Contudo, espera-se que no futuro a demanda retorne

aos patamares históricos, na medida em que refinadores no mundo adequem as suas unidades de processo de conversão e

tratamento para produzir bunker de baixo teor de enxofre.

Outros energéticos e não-energéticos de petróleo (mil m³/d)

Nota: Inclui coque de petróleo, asfaltos, solventes e lubrificantes.

Fonte: Elaboração própria com dados históricos de ANP e EPE.

Produção Demanda

Saldo líquido (exportações - importações)

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Dessa forma, alguns oleodutos de transporte de derivados poderão atingir a saturação ou ficar próximos das capacidades máximas até 2030...

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 13

... sendo necessário melhorar a eficiência operacional dos processos logísticos para evitar eventuais desabastecimentos regionais, assim como investimentos em infraestrutura logística de

derivados para garantir o abastecimento de combustíveis em todo o território nacional.

Atendimento à demanda por região e cabotagem inter-regional em 2030 (principais movimentações) Fonte: Elaboração própria.

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A Oferta Potencial de Gás Natural, nacional mais importada, aumenta na segunda metade do horizonte decenal, podendo ser ampliada...

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 9

Oferta PotencialTotal no ano de

2030

OfertaPotencialNacional

2030

OfertaPotencial

Importada2030

Oferta Potencial (malha integrada)Cenário de referência

31 30 31 29 28 29 32 36 39 398 8 8 8 10 14 17 20 21 2210 8 8 7 7 7 9 12

20 2730 30 30 30 30 30 30

3030 3057 57 57 57 57 57 57

5757 57

137 134 134 132 133 137 145155

167 175

0

50

100

150

200

2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

Volu

me

(MM

m³/

d)

Capacidade dos terminais de GNL Importação via gasodutosGN nacional não associado GN nacional associado - outrosGN nacional associado - pré-sal Oferta Total (malha integrada)

... em decorrência de decisões estratégicas dos produtores de gás natural quanto à monetização dos volumes produzidos, reflexo da

evolução nos arcabouços estaduais e federal e da entrada de novos agentes em diversos elos da cadeia.

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E se mantém como positivo mesmo com os aprimoramentos do Novo Mercado de Gás, com tendência de aumento na viabilidade de novos

projetos tanto de oferta quanto de demanda.

54 58 60 63 64 65 68 69 69 70

65 65 72 67 53 61 78 91 102 115 24 30 36 42

48 54 60

124 135 150 154 147 162

187 208

225 245

175 208 207 205 212 218 231

248 265 274

-

50

100

150

200

250

300

2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

milh

ões

de m

³/dia

O Balanço de Gás Natural na malha integrada é positivo até 2030,apontando possibilidade de alocar maior demanda no horizonte decenal.

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 10

Total BrasilSensibilidade Novo Mercado de Gás

Malha integradaCenário de referência

54 58 60 62 63 64 67 67 68 69 39 39 38 34 17 25 41 55 66 79 93 96 98 96 80 89

108 122 134 147 137 134 134 132 133 137 145 155 167 175

-

50

100

150

200

250

300

2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

milh

ões

de m

³/dia

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10 11 11 10 10 10 11 11 11 11

24 25 26 28 29 30 31 32 33 35

34 35,5 36,7 38 39 40 41 43 44 46

0

10

20

30

40

50

2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

Bilh

õesd

e lit

ros

Anidro Hidratado Total

Os biocombustíveis continuam com participação relevante na matriz energética brasileira no horizonte decenal ....

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 16

Projeção da oferta total de etanol

Nota: As taxas de crescimento são em relação a 2020.Fonte: Elaboração própria

Taxa: 3,3 % a.a.

Taxa: 4,1% a.a.

Projeção da demanda total de etanol

31 33 34 35 36 37 38 40 41 43

12

34 36 37 38 39 40 41 43 44 46

0

10

20

30

40

50

2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

Bilh

ões

de L

itros

Etanol Carburante Outros usos Exportação Demanda Total

Nota: As taxas de crescimento são em relação a 2020.Fonte: Elaboração própria

Taxa: 3,3 % a.a.

Taxa: 3,7% a.a.

... com crescimento esperado na demanda de etanol nomercado interno, mesmo considerando os impactos derestrição da mobilidade devido à pandemia.

Maior competitividade do hidratado frente à gasolina no mercado interno (sinais positivos do RenovaBio e melhoria dos fatores de produção)

Tendências mundiais de incentivo à eficiência energética e promoção de fontes energéticas

mais avançadas

Page 17: Caderno Sumario - PDE 2030 rvFinal

O potencial de geração de bioeletricidade a partir da Cana-de-Açúcardeve se ampliar e a demanda por biodiesel se manterá nos limites legais...

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 17

Potencial de exportação de eletricidade gerada por bagaço

Fonte: Elaboração Própria.

2,7

4,25,3

6,5

0

1

2

3

4

5

6

7

2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

GW

méd

Curva baseada no Histórico Potencial Técnico

Demanda de Biodiesel

... não tendo sido identificados potenciais gargalos em relação à capacidade instalada deprodução de biodiesel e com o óleo de milho surgindo como potencial insumo a ser agregado àsmatérias-primas para a diversificação de sua produção.

7,38,1

9,0 9,4 9,7 10,0 10,4 10,7 11,1 11,5

0

2

4

6

8

10

12

14

2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

Bilh

ões d

e Li

tros

Sudeste Nordeste Sul Centro-Oeste Norte

B15B15B15 B15B15B15B15B14B13 B15

Page 18: Caderno Sumario - PDE 2030 rvFinal

No decênio, estima-se também o aumento da produção potencial de biogás com o aproveitamento energético dos produtos da cana ...

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 18

Com a destinação de toda vinhaça e torta de filtro, opotencial de biogás alcança 6,9 bilhões de Nm³ em2030, sendo 3,8 bilhões de Nm³ de biometano.

Fonte: Elaboração própria

... e o BioQAV atingindo 1% dademanda total de combustível deaviação, mostrando a importânciadestes combustíveis no processode transição energética comopossibilidades para a redução daemissão de GEE.

Page 19: Caderno Sumario - PDE 2030 rvFinal

Em decorrência das incertezas da pandemia, cenários de implantação de empreendimentos de transmissão também foram avaliados...

R$ 108.746

R$ 89.624

R$ 59.207

R$ 0

R$ 20.000

R$ 40.000

R$ 60.000

R$ 80.000

R$ 100.000

R$ 120.000

2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

Inve

stim

ento

Acu

mul

ado

(R$

Milh

ões)

a diferença entre os cenários consistenas instalações ainda sem outorga

obras já outorgadas

Ref.: BPR ANEEL, junho de 2020

(R$ 59,2bilhões)

Cenário otimistaCenário de referênciaCenário pessimista Cenário de referência: investimentos por ano em subestações e

transmissão

… devendo os custos para o atendimento de cada MWh no sistema elétrico cada vez mais ser visto sob a ótica de viabilização da integração de fontes mais competitivas no sistema, reduzindo os

custos de operação.

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 19

Page 20: Caderno Sumario - PDE 2030 rvFinal

Dessa forma, espera-se contínua expansão do sistema de transmissão para prover a rede de flexibilidade, controlabilidade e resiliência ...

Nota: Valores em vermelho estão associados à entrada em operação de empreendimentos que serão licitados após o ano 2020.

Evolução da capacidade média de importação/exportação total dos subsistemas

… face às variações na geração e à perda de grandes blocos de transmissão, possibilitando o

aproveitamento, de forma otimizada e global, dos diferentes

recursos disponíveis no sistema interligado, inclusive a reserva

operativa e a inércia associada às máquinas sincronizadas.

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 20

Page 21: Caderno Sumario - PDE 2030 rvFinal

Por outro lado, o envelhecimento dos ativos e a crescente complexidade socioambiental e fundiária para a implantação de novos projetos ...

Até 2021De 2022 até 2030

R$ 13,3bilhões

R$ 21,9bilhões

Fonte: Relatório de Controle Patrimonial,Transmissoras Selecionadas, ANEEL, 2018

Investimentos potenciais com substituição de equipamentos em subestações

Para a implantação de novos projetos de transmissão, em áreas urbanas eperiurbanas, a disponibilidade de espaço para inserção de novosempreendimentos é, muitas vezes, limitada e de alto custo fundiário,tornando a expansão do sistema desafiadora.

O custo de uma linha de transmissão subterrânea é cerca de 10 a 15 vezes o custo

de uma linha de transmissão aérea convencional.

… estão entre os grandes desafios do planejamento da transmissão.

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 21

Page 22: Caderno Sumario - PDE 2030 rvFinal

Do ponto de vista da geração centralizada, considerando o parque existente e contratado, assim como os novos critérios de suprimento...

Indicação de energia e de potência após análise de requisitos

… se observa necessidade de expansão da oferta de geração a partir de 2026.

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 22

Aprovação de novos critérios de suprimento de potência e energia (Resolução CNPE Nº 29, de

12/12/2019 e Portaria MME nº 59, de 20/2/2020)

Além da contribuição direta que cada oferta traz aosistema, existe também uma contribuição indireta devido àcomplementariedade entre fontes.

É importante destacar que, para aferir se o montantecalculado pela metodologia sugerida atende aoscritérios de suprimento de energia e potência, ainclusão nos modelos de simulação deve ser realizadasempre de forma acoplada.

Page 23: Caderno Sumario - PDE 2030 rvFinal

Com a expansão indicativa de referência apontando para...

Variação de capacidade instalada no horizonte decenal, por tecnologia (GW)

O cenário de expansão de referência assumea projeção de MMGD denominada “verão”.

... o aumento da participação das fonteseólica e solar na capacidade instalada do SIN ...

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 23

Participação das fontes na capacidade instaladada geração centralizada

Page 24: Caderno Sumario - PDE 2030 rvFinal

... o que pode variar em decorrência de vários fatores, em especial pelo cenário econômico.

Expansão da geração, em MW, para ostrês cenários econômicos construídos

Custo Marginal de Operação (CMO) nos cenários avaliados

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 24

Page 25: Caderno Sumario - PDE 2030 rvFinal

crescimento do uso de biocombustíveis

expansão de fontes renováveis para a geração de energia elétrica

aumento das medidas de eficiência energética

A tendência é de aumento das emissões absolutas no decênio,mantendo-se a maior participação dos setores industrial e de transportes.Evolução da participação setorial nas emissões de GEE pela

produção e uso de energia (MtCO2 eq.)

Nesse sentido, o PDE apresenta medidas de mitigação, resultando em uma expansão energética alinhada com compromissos nacionais e internacionais assumidos.

Os principais responsáveis pelas emissões de GEE na produção e consumo deenergia são os setores de transportes e industrial.

Emissões absolutas crescentes

As projeções apresentadas servem como base para a construção de políticas e trajetórias do Brasil.

Principais medidas de mitigação de emissõesapresentadas no PDE:

65%

0

100

200

300

400

500

2005 2019 2021 2025 2030

317

412383

421

484

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 25

Page 26: Caderno Sumario - PDE 2030 rvFinal

No entanto, a intensidade de carbono na economia é descrente no horizonte de estudo ...

... e a oferta interna de energia per capita permanece em patamares inferiores aos

observados em economias mais avançadas.

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 26

Item Unidade 2005 2021 2025 2030

Emissões de GEE na produção e uso de energia 106tCO2e 317 383 421 484

PIB R$ bilhões [2010] 3.122 4.013 4.495 5.211

Oferta Interna Bruta 106 tep 218 288 323 369

Intensidade de carbono no uso da energia kgCO2e/tep 1.452 1.327 1.302 1.313

Intensidade de carbono na economia kgCO2e/R$ [2010] 101,3 95,3 93,6 92,9

Fonte: EPE, considerando dados do MCTIC (2020) e IBGE (dados realizados de emissões e PIB).

O indicador de intensidade de emissões de GEE no uso da energia em 2030 será menor

que aquele verificado em 2005.

1,64

1,47

1,35

1,88

2,30

3,12

4,12

6,81

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00

EUA (2018)

Países OCDE (2018)

União Européia (2018)

China (2018)

Mundo (2018)

Brasil (2021)

Brasil (2025)

Brasil (2030)

Oferta interna de energia per capita

Intensidade de carbono na economia brasileira devido à produção e ao uso da energia

Page 27: Caderno Sumario - PDE 2030 rvFinal

O mapa a seguir apresenta uma análise espacial da expansão ...

A espacialização permite visualizar a distribuição do

conjunto de projetos planejados e identificar cumulatividades e

sinergias da expansão.

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 27* Não considera expansão de MMGD

*

Page 28: Caderno Sumario - PDE 2030 rvFinal

... com atenção aos temas identificados na análise socioambiental integrada...

... que sintetizam as principais interferênciassocioambientais dos projetos energéticosprevistos, a partir das sensibilidades de cadaregião brasileira.

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 28

Page 29: Caderno Sumario - PDE 2030 rvFinal

A partir da análise socioambiental integrada foram identificados...

Compatibilização da geração e transmissão de energia com a

conservação da biodiversidade

Gestão das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) associadas à produção e ao uso de energia

Compatibilização da geração de energia com o uso da água

Aproveitamento energético dos resíduos

Participação social

... desafios e oportunidades socioambientaisestratégicos para a expansão planejada.

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 29

Desafios socioambientais estratégicos Oportunidades socioambientais estratégicas

Page 30: Caderno Sumario - PDE 2030 rvFinal

Mantida predominância da geração de eletricidade baseada em renováveis e um nível de renovabilidade de aproximadamente 90% ...

... se destaca a participação da autoprodução e da geração distribuída aumentando de 10% para 14%, entre 2021 e 2030, com maiores contribuições do uso da biomassa (biogás, bagaço de cana,

lixívia e lenha) e da fonte solar.

442

18 7 14 3665

8 8 30 7 0,1 4 24

502

20 8 15 3779

11 1036 22 0,1 6 27

530

324 26 39

128

21 1343 32

0,1 933

Hidráulica* Gás Natural Carvão Nuclear Biomassa Eólica Solar(centralizada)

Outros** Biomassa(biogás, bagaçode cana, lixívia e

lenha)

Solar Eólica Hidráulica Não renováveis

GERAÇÃO CENTRALIZADA (TWh)

AUTOPRODUÇÃO E GERAÇÃO DISTRIBUÍDA (TWh)

2021 2025 2030

HIDRÁULICA¹ GÁS NATURAL CARVÃO NUCLEAR BIOMASSA EÓLICA SOLAR OUTROS² BIOMASSA³ EÓLICASOLAR HIDRÁULICA NÃO RENOVÁVEIS

Nota: ¹inclui parcela importada de Itaipu; ²inclui óleo diesel dos Sistemas Isolados, inclui RSU; ³compreende biogás, bagaço-de-cana, lixívia e lenha.

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 30

Page 31: Caderno Sumario - PDE 2030 rvFinal

A maior diversificação da matriz elétrica brasileira se evidencia na evolução da capacidade instalada no horizonte decenal ...

... com a redução na participação hidrelétrica sendo compensada pelo crescimento das fontes eólica e da solar, assim como um crescimento da participação das fontes renováveis em

autoprodução e geração distribuída, de 6% para 14%.

59%20%

1%2%

9%6% 3%

2021186 GW

49%

16%1%

3%

14%

14%3%

2030236 GW

Hidráulica

Térmica

Nuclear

Solar

Eólica

APE + GD Renováveis

APE + GD Não-Renováveis

85%renovável

86%renovável

Nota: No horizonte decenal considera-se o descomissionamento de usinas termelétricas, conforme apontado na Tabela A I-2, apresentada no Anexo I do capítulo III do relatório do PDE 2030.

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 31

Page 32: Caderno Sumario - PDE 2030 rvFinal

Como resultado, o crescimento significativo de produção de energia primária acentua os excedentes de energia na matriz energética nacional ...

Discriminação2021 2025 2030 2021-2025 2026-2030 2021-2030

(Mil tep) (Variação (% a.a.)

Demanda Total de Energia (A) 304.451 348.826 406.451 3,9 3,1 3,5

Consumo Final 258.903 288.630 328.171 3,0 2,6 2,8

Perdas(1) 45.548 60.196 78.280 9,2 5,4 7,3

Produção de Energia Primária (B) 358.241 428.879 546.344 5,0 5,0 5,0

Energia Excedente (B) – (A) 53.790 80.052 139.893 10,5 11,8 11,2

Nota: (1) Energia não aproveitada, reinjeção e perdas na transformação, distribuição e armazenagem.

Evolução da oferta de energia primáriaFonte: EPE (2021)

... atingindo 140 milhões de tep em 2030, o que é equivalente a cerca de 25% da produçãototal de energia no País.

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 32

Page 33: Caderno Sumario - PDE 2030 rvFinal

No que se refere aos investimentos previstos para o horizonte decenal, o total estimado é de cerca de R$ 2,7 trilhões ...

... dispersos entre 8 categorias principais de projetos, sendo concentrado acima de 80% na indústria de petróleo e gás natural, ...

Nota: ¹Inclui estimativas de investimentos em usinas já concedidas e autorizadas, entre elas, as usinas com contratos assinados nos leilões de energia nova; ²Inclui instalações já licitadas que entrarão emoperação no período decenal; ³Taxa de câmbio referencial: R$ 4,90 / US$ (março/2020); 4Inclui investimentos para unidades de etanol 1G, 2G e de milho

ENERGIA ELÉTRICAR$ 365 Bilhões (13,6%)

PETRÓLEO E GÁS NATURALR$ 2.247 Bilhões (83,9%)

BIOCOMBUSTÍVEIS LÍQUIDOSR$ 68 Bilhões (2,5%)

GERAÇÃO CENTRALIZADA(¹)

R$ 182 Bilhões (6,8%)E&P DE PETRÓLEO E GÁS NATURALR$ 2.129 Bilhões (79,5%)

ETANOL(4)

UNIDADES DE PROD. E INFRA. DUTOVIÁRIAR$ 66 Bilhões (2,4%)

GERAÇÃO DISTRIBUÍDA(MICRO E MINIGERAÇÃO)

R$ 93 Bilhões (3,5%)

OFERTA DE DERIVADOS DE PETRÓLEOR$ 22 Bilhões (0,8%)

BIODIESELUSINAS DE PRODUÇÃOR$ 2 Bilhões (0,1%)

TRANSMISSÃO(²)

R$ 90 Bilhões (3,3%)OFERTA DE GÁS NATURALR$ 95 Bilhões (3,6%)

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 33

Page 34: Caderno Sumario - PDE 2030 rvFinal

17 novos gasodutos de transporte estudados pela EPE no PIG

10 novos gasodutos de escoamento estudados pela EPE no PIPE

9 novos terminais de regaseificação de GNL estudados pela EPE

4 novas Unidades de Processamento de Gás Natural estudadas pela EPE no PIPE

Requerem detalhamento adicional dos projetos pelos empreendedores

... o que deve ser ampliado em resposta ao Novo Mercado de Gás.

Novo Mercado de Gás

Estudos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 | 34

Page 35: Caderno Sumario - PDE 2030 rvFinal

Para maiores detalhes, consulte todos os documentos publicados noâmbito do PDE 2030, que podem ser acessados em:

Plano Decenal de Expansão de Energia 2030

Page 36: Caderno Sumario - PDE 2030 rvFinal

Coordenação GeralThiago Vasconcellos Barral Ferreira

Coordenação ExecutivaGeral: Patricia Costa Gonzalez De NunesEstudos Econômico-energéticos e Ambientais: Giovani Vitória Machado Estudos de Energia Elétrica: Erik Eduardo RegoEstudos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis: Heloisa Borges Bastos Esteves

Equipes TécnicasSuperintendência de Estudos Econômicos e EnergéticosSuperintendência de Meio AmbienteSuperintendência de Transmissão de EnergiaSuperintendência de Projetos de GeraçãoSuperintendência de Planejamento da GeraçãoSuperintendência de Petróleo e Gás NaturalSuperintendência de Derivados de Petróleo e Biocombustíveis

www.epe.gov.br

EPE - Empresa de Pesquisa Energética Avenida Rio Branco, 1 - 11o andar 20090-003Centro - Rio de Janeiro

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