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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

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ME I

I

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CADERNO PEDAGÓGICO

O SUJEITO e a LEITURA SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM

LÍNGUA PORTUGUESA

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA – UEL

AUTORA: AFIFE MARIA DOS SANTOS MENDES FONTANINI

PDE-LÍNGUA PORTUGUESA NRE-APUCARANA

ORIENTADORA: Prof.ª Dr.ª MARIÂNGELA PECCIOLI GALLI JOANILHO

CAPA - ILUSTRAÇÃO: KHYARA GABRIELLY MENDES FONTANINI

LONDRINA 2009/2010

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“Penso que não haja problema em afirmar que a existência do homem é relativa: relativa ao seu tempo, ao seu espaço, aos outros e ao seu próprio discurso. Viver e se constituir é, para o homem, a imprescindível necessidade de tomar posição frente a vozes que ressoam ao seu redor, as quais por serem excessivas e opressoras: a isenção é impossível, o forçam a uma tomada de posição, tendo que fazer opções que o situam e o revelam. Não é possível compreender um discurso, sem que ele seja remetido ao outro tomado como interlocutor: nele, vozes, ecoam e devem ser notadas, sob pena de se mutilar o acontecimento discursivo, caso elas passem despercebidas. O discurso é um evento dialógico, multifacetado e heterogêneo, em que ângulos múltiplos e diversos se revelam, no fio ruidoso da textualidade ou no efeito do silêncio”. (CATTELAN, 2007, p. 13)

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APRESENTAÇÃO

PROFESSOR(A): Este caderno pedagógico se constitui enquanto produção didático-

metodológica do projeto de intervenção intitulado “Discurso e Leitura: a prática discursiva da leitura na Sala de Apoio à Aprendizagem de Língua

Portuguesa”, que visa investigar: Qual deve ser a prática de leitura desejável

para o desenvolvimento da “compreensão” pelas crianças que frequentam a

SAA?

A concepção de linguagem que permeia nosso trabalho é a

interacionista e os estudos teóricos bem como as atividades elaboradas estão

alicerçados na (AD) Análise do Discurso Francesa.

A AD considera que os discursos manifestam-se linguisticamente por

meio de textos. Para compreender tais discursos o sujeito-leitor deve

considerar vários aspectos externos à língua como: os elementos históricos,

sociais, culturais, ideológicos que cercam a produção de um texto e nele se

refletem, além é claro do espaço que esses discursos ocupam em relação a

outros discursos produzidos e que circulam na sociedade.

Ao considerar o(a) aluno(a) da Sala de Apoio um sujeito-leitor é

preciso que todo o corpo docente (e não apenas os professores de Língua

Portuguesa e Matemática) visualize a importância de expandir o conhecimento

linguístico, as experiências e vivências sócio-culturais desses educandos, ou

seja, suas formações discursivas. Ao apoiá-los, a (re) significar e (re) significar-

se, tratando a leitura como um trabalho intelectual, a compreensão dos

discursos explícitos e implícitos se tornará uma necessidade real na atribuição

de sentidos.

Trata-se, pois, não apenas de apoiar o(a) aluno(a) a superar suas

dificuldades e acompanhar seus colegas do turno regular, diminuindo assim a

repetência e melhorando a qualidade da educação ofertada pela rede pública,

mas de trabalhar com as formas de “assujeitamento ideológicas”, pelas quais

encontram-se interpelados inconscientemente, levando-os a ocupar seus

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lugares, a identificar-se ideologicamente com grupos ou classes de uma

determinada formação social.

Em consequência do exposto, as unidades propostas foram

organizadas da seguinte forma: 1- O Sujeito e a Família; 2 – O Sujeito e o Meio

Ambiente; 3 – O Sujeito e a Cultura e 4- O Sujeito e o Consumo. O trabalho

com essas temáticas visa modificar as condições de produção de leitura dos

alunos de duas maneiras: a partir das suas histórias de leitura e estabelecendo

relações entre os diferentes textos resgatando assim, a história dos sentidos

deles.

Desse modo, ao sofrer a intervenção pelo(a) professor(a) dentro da

perspectiva interacionista discursiva de leitura, tornar-se-á mais fácil para o(a)

aluno(a) da SAA continuar seu processo de letramento com criticidade.

A Autora.

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CARO(A) ESTUDANTE: Este caderno pedagógico foi escrito, especialmente, para você.

Menino ou menina, pré-adolescente ou adolescente que está

cursando a 5ª série/6º ano, do Ensino Fundamental, e que já descobriu a leitura

e a escrita, mas precisa de apoio do (a) professor (a) para esclarecer algumas

dúvidas e continuar o seu processo de alfabetização e letramento.

Você deve estar pensando: “Fala sério, o que essa autora tá

querendo dizer? Tô ficando bolado”.

O que quero dizer é que você é alguém que tem sonhos, que gosta

de interagir com os outros, que identifica desigualdades e injustiças, que é

capaz de aprender e atravessar dificuldades. Por isso, merece a nossa

atenção.

Você é um ser em construção e que para se integrar socialmente,

precisa “saber utilizar a língua escrita nas situações em que esta é necessária,

lendo e produzindo textos”.

Ao ler e escrever textos, o sujeito descobre e revela quem é, ou seja,

com quem se relaciona, do que gosta, no que acredita...

Neste sentido, propomos a você um trabalho com quatro temáticas

que influenciam muito a nossa vida, a nossa constituição como “cidadãos”

na/da sociedade. São elas: 1- O Sujeito e a Família; 2- O Sujeito e o Meio

Ambiente; 3- O Sujeito e a Cultura e 4- O Sujeito e o Consumo.

Você deverá, a partir das suas histórias de leitura (conhecimentos de

mundo), estabelecer relações entre os diferentes textos propostos nas

unidades, para assim emitir opiniões, expressar dúvidas, desejos, emoções,

ideias e receber mensagens.

“Fala sério, molecada”! Contar com a participação e interação de

vocês neste trabalho vai ser muito “irado”.

“Beijins...”

A Autora.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.. ..........................................................................................................8

UNIDADE 1: O SUJEITO E A FAMÍLIA ...................................................................13

UNIDADE 2: O SUJEITO E O MEIO AMBIENTE.....................................................24

UNIDADE 3: O SUJEITO E A CULTURA.................................................................37

UNIDADE 4: O SUJEITO E O CONSUMO ..............................................................53

REFERÊNCIAS.........................................................................................................64

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INTRODUÇÃO

Com base na Resolução nº. 371/2008, que considera os seguintes

documentos legais: LDBEN nº. 9394/96, o parecer CEB nº. 04/08, a

Deliberação nº. 007/99 - CEE e também, a necessidade de democratização, de

universalização do ensino e de garantir o acesso, permanência e a

aprendizagem efetiva dos alunos, a SEED/PR cria o Programa Sala de Apoio à

Aprendizagem, que é coordenado pelo DEB (Departamento de Educação

Básica).

O DEB entende que, “os sujeitos da Educação Básica, crianças,

jovens e adultos, em geral oriundos das classes assalariadas, urbanas ou

rurais de diversas regiões e com diferentes origens étnicas e culturais

(FRIGOTTO, 2004), devem ter acesso ao conhecimento produzido pela

humanidade que, na escola, é veiculado pelos conteúdos das disciplinas

escolares”. (DCE, 2008, p. 14)

Ao deixar clara essa compreensão sobre o sujeito, o DEB traz à tona

“a subordinação menos explícita (jurídico capitalista), que insiste precisamente

na idéia de um sujeito livre e não determinado quanto às suas escolhas: que é

o sujeito de direito”. (ORLANDI, 2001, p. 49).

Essa noção de sujeito que é ao mesmo tempo submissa e autônoma

(responsável), leva-nos a outra reflexão: Que noção de sujeito-leitor se tem

dos(as) alunos(as) da Sala de Apoio à Aprendizagem? Que leituras têm sido

efetuadas por esses(as) alunos(as)? Que encaminhamentos têm sido

colocados em prática, com vistas à produção de sentidos?

Encontram-se acima, algumas das injunções que tanto o sujeito-

professor(a) como o sujeito-aluno(a) do Programa Sala de Apoio à

Aprendizagem têm sofrido.

De acordo com Brandão (2005, p. 9), “o discurso manifesta-se

linguisticamente por meio de textos. Isto é, o discurso se materializa sob a

forma de textos”.

Para que a compreensão dos textos seja exteriorizada pelos sujeitos

é preciso que três dimensões sejam trabalhadas: a) o inteligível: ao que se atribui sentido atomizadamente (codificação);

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b) o interpretável: ao que se atribui sentido, levando-se em conta o co-texto lingüístico (coesão); c) o compreensível: é atribuição de sentidos, considerando o processo de significação no contexto de situação, colocando-se em relação enunciado/enunciação. (ORLANDI, 2001, p. 115).

Especificamente, reportando-se ao trabalho com a prática

pedagógica da leitura, reiteramos a importância da busca de uma

fundamentação teórica capaz de explicitar os processos de significação, por

isso utilizaremos a AD (Análise do Discurso Francesa).

Coracini (2002, p. 17-18), coloca que na leitura como processo

discursivo, não é o texto que determina as leituras, como pretendem outras visões teóricas, mas o sujeito, não na acepção idealista de indivíduo, uno, coerente, porque dotado de razão, como queria Descartes, graças à qual lhe é possível controlar conscientemente a linguagem e o sentido, mas enquanto participante de uma determinada formação discursiva, sujeito clivado, heterogêneo, perpassado pelo inconsciente, no qual se inscreve no discurso.

Por isso, é necessário que a prática discursiva da leitura não seja

reduzida à mera decodificação, no qual o texto tem um sentido e o(a) aluno(a)

o apreende.

De acordo com Orlandi (2001, p. 38), a relação do aluno com o universo simbólico não se dá apenas por uma via – a verbal -, ele opera com todas as formas de linguagem na sua relação com o mundo. Se considerarmos a linguagem não apenas como transmissão de informação, mas como mediadora (transformadora) entre o homem e sua realidade natural e social, a leitura deve ser considerada no seu aspecto mais conseqüente, que não é o de mera decodificação, mas o da compreensão.

Portanto, alguns componentes das condições de produção da leitura

como: os sujeitos (autor e leitor), a ideologia, os diferentes tipos de discurso

(verbal e não-verbal), a distinção entre leitura parafrástica (que procura repetir

o que o autor disse) e a polissêmica (que atribui múltiplos sentidos ao texto),

precisam ser considerados. Além é claro, das histórias da leitura do texto e as

histórias das leituras do leitor.

Segundo Orlandi (2001, p. 18), todo falante e todo ouvinte ocupa um lugar na sociedade, e isso faz parte da significação. Os mecanismos de qualquer formação social têm regras de projeção que estabelecem as relações entre as situações concretas e as representações (posições) dessas situações no interior do discurso: são as formações imaginárias. O lugar assim compreendido, enquanto espaço de representações

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sociais, é constitutivo de significações. Tecnicamente, é o que se chama relação de forças no discurso.

De acordo com a concepção de linguagem assumida nas DCEs, a leitura é vista como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse contexto, tem um papel ativo no processo da leitura, e para efetivar-se como co-produtor, procura pistas formais, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seu conhecimento lingüístico, nas suas experiências e nas suas vivências sócio-culturais. (DCEs – LÍNGUA PORTUGUESA, 2008, p. 71).

Por isso, ao desencadear ações para o trabalho específico com a

leitura, o(a) professor(a) da SAA deve elaborar um plano de trabalho docente

adequado a uma concepção de sujeito-leitor. “É muito importante, neste

momento, que o docente tenha claro que apenas a alfabetização não é

suficiente. É preciso que o alfabetizado vá inserindo-se, sempre mais, no

universo da comunicação escrita – o que se tem definido como letramento -,

pelo contato com diferentes materiais e objetivos de leitura”. (ANTUNES, 2009,

p. 204).

Ao apoiar o(a) aluno(a) neste trabalho, o(a) professor(a) precisa

tomar as dificuldades apontadas na ficha de encaminhamento como possíveis

níveis de desenvolvimento real que precisam sofrer a intervenção.

Segundo Vygotsky (1998, p. 112), “a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes”, é o que chamamos de zona do desenvolvimento proximal.

Portanto, a ficha de encaminhamento do(a) aluno(a) deve ser tomada

como o nível de desenvolvimento real e trabalhada no sentido de apoiá-los a

(re) significar e (re) significar-se considerando as condições de produção, em

se tratando de intervenções da aprendizagem.

Essa ficha apresenta a indicação de 20 (vinte) conteúdos básicos,

sendo assim distribuídos: do 1 (um) ao 5 (cinco) referentes a prática da

oralidade, do 6 (seis) ao 13 (treze) referentes a prática da leitura e do 14

(catorze) ao 20 (vinte) referentes a prática da escrita. Como o foco desse

projeto é a leitura, faz-se necessário, uma análise mais detalhada dos seus

tópicos, à luz da análise do discurso.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO

D DEPARTAMENTO DE ENSINO FUNDAMENTAL – SALAS DE APOIO À APRENDIZAGEM

O Professor regente deve assinalar a situação em que o aluno se encontra em relação a cada conteúdo, considerando o nível de conhecimento esperado do aluno concluinte das séries iniciais (1ª à 4ª série) do Ensino Fundamental.

INDICAÇÃO DE CONTEÚDOS BÁSICOS – LÍNGUA PORTUGUESA SIM PARCIAL-

MENTE NÃO

06 Lê com relativa fluência, entonação e ritmo, observando os sinais de pontuação.

07 Reconhece a idéia central de um texto.

08 Localiza informações explícitas no texto.

09 Percebe informações implícitas no texto.

10 Reconhece os efeitos de sentido do uso da linguagem figurada.

11 Identifica a finalidade e os objetivos dos textos de diferentes gêneros.

12 É capaz de fazer relações de um texto com novos textos e/ou textos já lidos.

L E I T U R A

13 Interpreta linguagem não verbal.

A ficha na íntegra encontra-se disponibilizada no seguinte link:

http://www.diaadia.pr.gov.br/deb/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=6

2.

Esse documento aponta questões bem pontuais em relação ao

trabalho com a leitura como: fluência, entonação, ritmo, sinais de pontuação,

informações explícitas muito pertinentes aos alunos em processo de

alfabetização e também, tópicos que visam a interpretação como a idéia

central, informações implícitas, efeitos de sentido da linguagem figurada,

finalidade/objetivos dos textos, bem como a interpretação de linguagem não

verbal. No entanto, para o trabalho dentro de uma perspectiva interacionista

discursiva, além de fazer relação de um texto com novos textos e/ou textos já

lidos, o leitor precisa levar em conta: as condições de produção, que envolvem não só a situação imediata (quem fala, a quem o texto é dirigido, quando e onde se produz ou foi produzido), mas também uma situação mais ampla em que essa produção se dá: que valores, crenças ou interlocutores carregam, que aspectos sociais, históricos, que relações de poder determinam essa produção. Para produzir/compreender um texto tenho que ter não só conhecimentos linguisticos (conhecer o vocabulário, a

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gramática da língua, isto é, suas regras morfológicas e sintáticas), mas também tenho que ter conhecimentos extralinguísticos (conhecimento de mundo, enciclopédico, históricos, culturais, ideológicos de que trata o texto) que me permitirão dizer a que formação discursiva pertence e a que formação ideológica está ligado. (BRANDÃO, 2005, p. 10).

Ao buscarmos contribuições da perspectiva interacionista discursiva

de leitura não há como limitar a interpretação a questionários, iguais aos que

se apresentam nos livros didáticos. Neste sentido a AD contribui para a leitura

das vozes sociais, dos silenciamentos, das formas de assujeitamento

ideológicas que se materializam nos textos, suscitando o princípio da autoria.

Possenti (2009), demonstra outros aspectos que devem ser

observados diante da proposta da Análise do Discurso para a formação de

leitores: nunca ler um texto isoladamente (não se faz análise do discurso de um texto); nunca ler um texto considerando apenas seu material verbal ( é preciso relacioná-lo a seu exterior); nunca tratar a linguagem como se fosse transparente ( as palavras não tem sentidos únicos); nunca supor que um texto (ou mesmo vários) fornece todas as condições de sua leitura (é necessário considerar mais de um fator relevante, é preciso considerar os pressupostos, a intertextualidade).

Desenvolveremos leitores críticos, autônomos e participativos à

medida que a atribuição de sentidos aos textos seja efetuada e a compreensão

das relações de poder a eles inerentes sejam desvendadas. Para Silva (2004,

p. 24), a prática de leitura é um princípio de cidadania, ou seja, o leitor cidadão, pelas diferentes práticas de leitura, pode ficar sabendo quais suas obrigações e também pode defender os seus direitos, além de ficar aberto às conquistas de outros direitos necessários pra uma sociedade, justa, democrática e feliz.

Precisamos pensar que o(a) aluno(a) está na SAA, mas ele(a) é

parte integrante de um contexto maior que é o "ensino regular", se não

tentarmos expandir a sua visão de mundo, ao ser dispensado dessa sala, o

mesmo continuará com dificuldades de aprendizagem.

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Unidade 1 O Sujeito e a Família

Observe e responda:

In: presentepravoce.wordpress.com 20/03/10

In: boock.wordpress.com 20/03/10

In: camarafro.blogspot.com 20/03/10

In: palavrastodaspalavras.wordpress.com

20/03/10

In: mprojetos.blogspot.com 20/03/10

In: assedio.blogspot.com 20/03/10

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In: opolvo.com.br 20/03/10

In: dantescove.wordpress.com 20/03/10

In: cafehistoria.ning.com 20/03/10

In:ialexandria.sites.uol.com.br 20/03/10

In: estardeficiente.blogspot.com 20/03/10

1- O que essas imagens representam? 2- Quem são as pessoas que constituem essas imagens? 3- Essas imagens foram produzidas em uma mesma época? Justifique. 4- Existem diferenças na estrutura dessas famílias? Enumere-as. 5- Com qual família você mais se identifica? Por quê?

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6- Segundo o dicionário Aurélio: “Família é o conjunto de pessoas do mesmo sangue, conjunto formado por pai, mãe e filhos, ascendência”. Qual a significação da palavra “Família” para você?

FAMÍLIA

(Noélio Duarte) Família. Família... Todos temos, Dela viemos. Nela nascemos... Então crescemos. Para uns, a família é só o pai, para outros, só a mãe, muitos só têm o avô... Mas é família: sinônimo de calor! Tem família que é completa, repleta, discreta, seleta, aberta... Outra, é engraçada, atiçada, afinada, engrenada, esforçada, empenhada... Mas tem família complicada, indelicada, desajustada, desacertada, debilitada... Família... Família é assim: lá não temos capa - nada nos escapa! Máscaras, como usar?

Não, não dá prá enganar! Às vezes queremos fingir, mas isto é apenas mentir... E, é lá dentro de casa que surge, cresce, aparece, o lobo voraz, o urso mordaz, elefantes ferozes, (com trombas e tudo) leões velozes com unhas e dentes inclementes... Família... Família é lugar onde convivem os diferentes: um é risonho, outro tristonho; um é exibido, outro inibido; um é calado, outro exagerado; um é cabeludo, outro testudo; um é penteado, outro descabelado... Família... Família é assim: nunca é possível contentar, pois onde há diferenças, haverá desavenças. como a todos agradar? Mas entre todos os valores Cultivados entre nós Há algo como uma voz Muito enfática a dizer: “Cultive a educação, faça lazer, haja afeição; dê carinho, tudo aos seus! Mas o maior valor – maior até que o amor – é cultivar Deus!”

Disponível em: www.pensador.info/texto_sobre_familia/ Acesso em: 12/03/2010

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Para compreender o texto:

1- Onde o texto “Família” de Noélio Duarte foi publicado? 2- O “site” constitui-se por um conjunto de páginas que compõem um lugar

na internet, hospedadas por um servidor e marcadas por uma identidade visual e de organização. Com base nesses dados, pode-se dizer qual a intencionalidade da publicação desse texto no site “Pensador”?

3- A quem esse texto é dirigido? Por quê? 4- De acordo com os versos da 2ª estrofe, existem vários tipos de família

que são “sinônimos de calor”. Com que sentido está sendo usada a palavra “calor”? Você concorda com essa significação? Explique.

5- Nos versos: Família é assim: lá não temos capa - nada nos escapa!

A palavra “capa” agrega um valor. Qual seria na sua visão?

6- Toda família ou grupo social tem padrões morais para o comportamento de seus membros, e esses padrões são transmitidos através de um relacionamento ativo com seu meio social. Com base nessa afirmação, analise a estrofe do poema:

E, é lá dentro de casa que surge, cresce, aparece, o lobo voraz, o urso mordaz, elefantes ferozes, (com trombas e tudo) leões velozes com unhas e dentes inclementes...

Que comportamentos possuem esses membros da família? Por que são comparados com animais? Na sua casa alguém possui esse tipo de comportamento? Justifique.

7- A quem pertence à fala/voz enfática que nos diz:

“Cultive a educação, faça lazer, haja afeição; dê carinho, tudo aos seus! Mas o maior valor – maior até que o amor – é cultivar Deus!”

Você concorda com essa fala/voz? Justifique.

8- Entreviste alguém da sua família para saber:

Qual a sua origem e como ela foi formada? Quais valores cultivam?

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O que as pessoas da família podem e não podem fazer? No que acreditam? Como são dividas as despesas? Entre outros.

AMPLIANDO SIGNIFICAÇÕES:

A ORIGEM DA FAMÍLIA

A origem da família é uma questão que por vezes ‘paira’ em nossos pensamentos. Quando surgiu, como surgiu, qual a origem, etc. A família é a unidade básica da sociedade e é formada por indivíduos com ancestrais em comum ou ligada pelos laços afetivos. Este é o conceito básico do que é família, mas a origem do termo vem de séculos atrás. Família é um grupo de pessoas que representa uma parte da sociedade e influencia e é influenciada por outras pessoas ou instituições.

Os membros da família que tenham um ancestral em comum costumam apresentar o mesmo sobrenome. É isso que caracteriza que uma pessoa pertença ao mesmo clã que a outra. A família é responsável por criar os laços que unirão as pessoas durante os anos.

Os diferentes indivíduos dentro de uma família podem ser divididos por geração, função ou interesse e exercem um tipo diferente de poder. Cada membro tem o poder de afetar o outro a qualquer momento, seja usando o poder ou sua classificação dentro da família.

O termo família surgiu do latim “famulus”, que significa “escravo doméstico”. Esse termo foi criado na época da Roma antiga e servia para designar um grupo que era submetido à escravidão agrícola. A designação usada para família ligada por laços de sangue ou emotivos era a de “família natural”. Naquela época a família era composta por pai, mãe e filhos em uma estrutura patriarcal.

Apenas na Idade Média que as pessoas tinham duas famílias, patriarcal ou maternal; os casamentos eram feitos por descendência. Com a revolução Francesa os casamentos passaram a serem laicos e na Revolução Industrial, com a migração para a cidade os laços na família se estreitavam e se tornaram menores. A mulher começa a participar do mercado de trabalho e a educação dos filhos é obrigação das escolas, já os idosos começam a deixar de ser obrigação das famílias e passam aos cuidados de instituições de assistência.

Nesta altura a família já era definida como um agregado doméstico. Como visto ao longo dos anos a família vem acompanhando as mudanças religiosas, econômicas e sociais. Assim sendo, a família deve ser encarada como tudo aquilo que integra a comunidade a que está inserida. A relação de laços entre indivíduos que pode ser considerado família data de 4600 anos

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atrás segundo dados de pesquisadores que descobriram quatro corpos como sendo uma mãe, um pai e seus dois filhos, de 8 e 5 anos.

Disponível em: www.bigmae.com/a-origem-da-familia/ Acesso em: 15/03/2010

Converse com seus colegas sobre o que são: Mudanças religiosas: __________________________________________ Mudanças econômicas: ________________________________________ Mudanças sociais: ____________________________________________

ENTRE PAIS E FILHOS De todas as relações humanas, está é a principal e mais básica

Segundo o psicólogo Augusto César Maia, os valores familiares

mudaram, e isso trouxe uma infinidade de novos paradigmas para o ser humano. Porém, um paradigma não mudou: a formação da personalidade do indivíduo como fruto de uma relação com a família, que é o primeiro grupo de valor significativo para o ser humano. É nela, sob orientação dos pais, mais especificamente com seus exemplos, que as crianças aprendem a viver e a amar.

...................................... Entretanto, “vivemos um momento em que a família precisa resgatar

o papel de pai e de mãe na vida dos filhos. Essas crianças quando não estão na escola ou em creches, ficam em casa sob os cuidados de uma terceira pessoa, ou até mesmo sozinhas. Nesse caso ficam à mercê da influência de outras fontes de modelos e de informação, entre elas, as diversas mídias, principalmente a televisão”, diz Maia.

Disponível em: Revista Vida e Saúde: abr 09 e jul 09. Seção Auto-estima. Ed. Casa Publicadora Brasileira. Com base na fala/voz do psicólogo acima, analise as discursividades dos textos abaixo:

Disponível em: www.cambito.com.br/tiras Acesso em: 20/03/10

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Disponível em: www.cambito.com.br/tiras Acesso em: 20/03/10

Responda:

1- O personagem Cambito foi criado em 2001, pelas mãos de Otávio Rios, para uma campanha do “Viva Rio”. Ele é um personagem de cunho social que usa uma touca enfiada até o nariz. Onde você imagina que ele mora e por quê?

2- Que assuntos são abordados nessas tirinhas do Cambito e sua turma?

3- De que lugar social eles estão falando: como pais ou filhos? Que sentimentos se podem captar com as suas falas?

4- Compare a fala do psicólogo Augusto César Maia com a fala do Cambito no último quadrinho da primeira tirinha:

“sob orientação dos pais, mais especificamente com seus exemplos, que as crianças aprendem a viver e a amar”. “Será que não vão inventar uma Escola para os pais???” Qual a significação desses discursos para você? Esses discursos são iguais em todas as famílias? Justifique.

5- Na conversa da 2ª tirinha de Cambito e sua turma, o personagem Vaporzinho lembra um velho ditado. Procure no dicionário o significado da palavra “ditado”.

6- Reflita sobre o ditado:

“Em rosto que mamãe beijou, ficou a marca do batom”. “Em cara que mamãe bateu, ninguém mete a mão”.

Que alteração de sentido sofreu o ditado?

7- Você conhece outras fontes que podem influenciar na boa relação entre pais e filhos? Relate quais.

8- Como é a sua vida em família? Seus pais e você têm um bom relacionamento?

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9- Para você, como deve ser as formas de agir dos pais com os filhos e dos filhos com os pais? Escreva.

10- Os valores bem e mal são sempre muito distintos. No entanto, nem sempre o que consideramos ser o bem é verdadeiro e nem sempre o consideramos ser o mal também o é.

Para compreensão dessa inversão, leia com atenção o texto abaixo e identifique como esses valores são trabalhados e por quem.

Pais Maus

Quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes:

__ Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.

__ Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.

__ Eu os amei o suficiente para fazê-los pagar as balas que tiraram do supermercado e dizer ao dono: “Nós pegamos isto ontem e queremos pagar”.

__ Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.

__ Eu os amei o suficiente para deixá-los assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração. Mais do que tudo: Eu os amei o suficiente para dizer-lhes “não”, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso, e alguns momentos até me odiaram. Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.

__ Estamos contentes, vencemos! Porque no final vocês venceram também!

E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães; quando eles lhes perguntarem se seus pais eram maus, meus filhos vão lhes dizer: “Sim, nossos pais eram maus. Eram os pais mais malvados do mundo.”

As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer pão, frutas e vitaminas. As outras crianças bebiam refrigerantes e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne e legumes. E eles nos obrigavam a jantar à mesa, bem diferente dos outros pais que deixavam seus filhos comerem vendo televisão.

Eles insistiam em saber onde estávamos a toda hora. Era quase uma prisão. Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com

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eles. Papai insistia para que lhe disséssemos com quem iríamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos.

Nós tínhamos vergonha de admitir, mas eles “violavam as leis do trabalho infantil”. Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho que achávamos cruel. Eu acho que eles nem dormiam à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer. Eles insistiam sempre conosco para que disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, eles conseguiam até ler os nossos pensamentos.

A nossa vida era mesmo chata. Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelos 16 para chegar um pouco mais tarde. O papai, aquele chato, levantava para saber se a festa foi boa só para ver como estávamos ao voltar.

Por causa de nossos pais, nós perdemos imensas experiências na adolescência: nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime. Foi tudo por causa deles.

Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos fazendo de tudo para sermos “PAIS MAUS”, como os nossos foram.

Tradução de Dr. Carlos Hecktheuer - Médico Psiquiatra

1- Quais idéias lhe vieram à mente quando leu o título “Pais Maus”?

2- A que sujeitos pertencem às falas/vozes presentes no texto? Qual a relação entre eles?

3- Com que expressões o enunciador (pessoa que apresenta seu ponto de vista) retoma a sua interação com o destinatário (a pessoa com quem ele fala).

4- Qual a sua opinião sobre as atitudes do enunciador?

5- O que você faria se estivesse no lugar dela? Justifique.

6- Qual a significação de “bem” e “mal” em sua vida?

Sugestão: Após o trabalho com a Unidade 1, o docente poderá propor aos alunos uma ida à Biblioteca da Escola para que procurem e emprestem obras literárias a respeito do tema “Família”. É o momento de mostrar que o sujeito-leitor além de ser crítico, pode também, ler por prazer.

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PARA CANTAR:

Pesquise a letra da música (completa) e traga na próxima aula.

Assista ao vídeo em: http://www.youtube.com/watch?v=NME3l2MvpnM

Família Titãs

Composição: Arnaldo Antunes / Toni Bellotto

Família! Família! Papai, mamãe, titia Família! Família! Almoça junto todo dia Nunca perde essa mania... Mas quando a filha Quer fugir de casa Precisa descolar um ganha-pão Filha de família se não casa Papai, mamãe Não dão nem um tostão... Família êh! Família ah! Família! oh! êh! êh! êh! Família êh! Família ah! Família!... Família! Família! Vovô, vovó, sobrinha Família! Família! Janta junto todo dia Nunca perde essa mania... Mas quando o nenêm Fica doente Uô! Uô! Procura uma farmácia de plantão O choro do nenêm é estridente Uô! Uô! Assim não dá pra ver televisão... ..............................................................

Disponível em: letras.terra.com.br › T › Titãs Acesso em: 20/03/10

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Unidade 2 O Sujeito e o Meio Ambiente

Observe a foto abaixo:

Pioneiros posam diante de peroba derrubada, o início.

(Imagem da Fundação Londrina – Museu Histórico Pe. Carlos Weiss)

Disponível em: www.acil.com.br/entidade/imagens-historicas Acesso em: 27/03/10

1- Que imagens constroem a foto acima? 2- Quem são essas pessoas? 3- Quando essa foto foi tirada e onde ela pode ser vista? 4- Qual a relação dessas pessoas com o meio ambiente: destruição ou

progresso? Justifique. 5- “Uma das árvores mais belas e nobres da região, a peroba, foi muito mais do

que um símbolo; se transformou na própria cidade. Muitas casas, ao longo de décadas, foram construídas com a madeira da peroba, que hoje já não se encontra facilmente na região”. Você já viu uma peroba-rosa? Como ela é (use a imaginação, se preciso for)?

6- “A fotografia consegue fixar um momento histórico”. Para você, qual a significação do momento histórico retratado acima?

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A Colonização .................................. O machado adentrou à mata e foi pondo árvores no chão num gesto que bem retrata a intrepidez do peão. As clareiras foram se abrindo vislumbrando-se a amplidão que foi logo surgindo em meio ao denso sertão. Nas árvores empoleiradas as ARAPONGAS (aves) gritavam pois se julgavam espoliadas de seu hábitat, onde moravam. Seu protesto eco fazia pela serra e pelo grotão pois em sua alma sentia o amargar da expulsão.

Sua angústia ia aumentando com as árvores vindo ao chão e em todos os cantos sussurrando sua queixa, pela indevida intromissão. Seu canto maravilhoso foi sumindo até que de vez desapareceu num gesto de repúdio, recaindo na tristeza que o pioneiro lhe deu. As famílias se agasalhavam debaixo dos tetos de tabuinhas circundadas por palmitos, que fechavam formando toscas casinhas. Humildes casebres na mata perdidos testemunhavam a perigosa aventura dos pioneiros, que mesmo aturdidos confiavam na benesse futura. .............................................

SOBRINHO, Francisco Soares Dias. Norte do Paraná – Apucarana: em prosa e verso. Gráfica Diocesana, 2007.

1- O fragmento acima é um poema do poeta apucaranense Francisco Soares Dias Sobrinho, mais conhecido como seu Chiquinho. Ele mora na cidade de Apucarana (norte do Paraná) desde 20 de outubro de 1951.

Qual é o tema deste poema? Quantos versos aparecem no fragmento? Em quantas estrofes? Este poema tem rimas? Copie os pares de rima.

2- Qual a intencionalidade do autor ao usar a expressão “a intrepidez do peão”?

3- Em quais estrofes percebemos uma fala/voz de protesto contra a destruição? De quem é essa fala/voz?

4- Qual a significação dessa destruição na época da colonização? Retire do texto um verso que confirme sua resposta.

5- O que você acha que poderia ter sido feito para preservar as árvores naquela época?

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AMPLIANDO SIGNIFICAÇÕES:

Cobertura Florestal do Paraná em 1930:

Deforest área 36% e Forest 64%

Disponível em: http://www.mataciliar.pr.gov.br/modules/galeria/listaEventos.php Acesso em: 06/04/20010

A Colonização do Norte. É o Paraná Moderno.

O desejo de ocupar a grande área inexplorada do Paraná era antigo.

Já no século dezenove, políticos e intelectuais defendiam a necessidade de se promover a colonização, seja pela ação governamental, seja por empresas particulares. Para todos, seria a única solução para consolidar o povoamento da terra e criar uma produção agrícola de abastecimento para os moradores dos povoados e cidades.

Houve várias tentativas de colonização. A maioria tinha a mesma concepção de colônia: entregar um lote de terra para cada família construir sua própria casa, e também fornecer ajuda para a compra de sementes e utensílios. A colônia teria uma sede, hospital, escola, igreja, oficina e armazém. Para começar seria suficiente. É claro que, para as empresas particulares, o objetivo da colonização era obter lucro, principalmente com a venda da terra roxa e fértil. Em locais de difícil acesso.

Todo tipo de propaganda foi feita, até a boca a boca. O resultado foi rápido. Muita gente, de várias regiões do Brasil, foi para o Norte do Paraná em busca do enriquecimento rápido e da igualdade de oportunidades.

Os primeiros grupos, especialmente de mineiros e paulistas, ocuparam os vales dos rios Paranapanema, Cinzas, Ribeirão e Jataí. Viveram trazendo mudas, que foram plantadas em grandes propriedades. Nasciam as primeiras fazendas de café. A partir daí, uma a uma, foram surgindo as cidades do Norte Velho: Tomasina, Santo Antonio da Platina, Wenceslau Brás e S. José da Boa Vista. Todas do século dezenove.

A partir da segunda década do século vinte, a expansão das fronteiras e a ocupação continuaram em direção às bacias dos rios Paranapanema, Tibagi e Ivaí, tomando o rumo noroeste do Estado.

Mineiros, paulistas, nordestinos, brasileiros de todas as idades, além de imigrantes de vários países, chegaram à região. Alguns tornaram grandes proprietários, empresários e comerciantes, profissionais liberais, assalariados. Outros...

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Quem sabe o que foi feito das aldeias indígenas? Dos caboclos que viviam nas matas, plantando milho, feijão, arroz; criando porcos e galinhas, enquanto mascavam seu pedaço de fumo? .............................................. SCHIMIT, Maria Auxiliadora M. S. Histórias do cotidiano paranaense. Curitiba: Letraviva, 1996, p. 72-74.

PESQUISA

Entreviste um pioneiro da sua cidade ou o filho de um pioneiro para saber:

Como era a vida das pessoas na época da colonização? O que lhes foi prometido por desbravarem as terras? E por quem? Como era o meio ambiente da época? O que sentiam ao ver as árvores sendo cortadas? Como as árvores eram cortadas? O que foi feito das aldeias indígenas e dos caboclos que viviam nas

matas? Entre outros.

O HOMEM NECESSITA DA NATUREZA

CLASSIFICADOS POÉTICOS Roseana Murray - 1884

Menino que mora num planeta Azul feito a cauda de um cometa Quer se corresponder com alguém De outra galáxia Nesse planeta onde o menino mora As coisas não vão tão bem assim: O azul está ficando desbotado E os homens brincando de guerra É só apertar um botão Que o planeta vai pelos ares... Então o menino procura com urgência Alguém de outra galáxia Para trocarem selos, figurinhas E esperanças ...

In: conhecendonossoplaneta.blogspot.com Acesso em: 25/03/2/10

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1- “Classificado é uma seção do jornal, onde as pessoas anunciam a compra, venda ou troca de coisas; oferecem ou pedem empregos e serviços”. Com este título, e publicado num livro, você acha que este texto é um anúncio comercial? Justifique.

2- Por que a poeta (ou quem fala) sente necessidade de procurar um amigo? O que ela estaria perdendo?

A QUAL BIOMA VOCÊ PERTENCE? Amazônia

In: www.paginaunica.com.br

22/03/10

Costeiros

In: br.viarural.com

22/03/10

Pantanal

In:

www.jornalahoraonline.com.br 22/03/10

Caatinga

IN: lucianosiqueira.com.br

22/03/10 Mata Atlântica

In:

www.portalseropedica.com.br 22/03/10

BIOMAS São lugares com

características próprias que não se repetem em outras

regiões da Terra e extremamente importantes para a sobrevivência das

pessoas, pois se constituem como “berços da vida”.

In: www.arvoresbrasil.com.br 22/03/10

Cerrado

In: www.diaadia.pr.gov.br

22/03/10

Campos Sulinos

In: www.mochileiro.tur.br 22/03/10

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1- No Bioma, ao qual você pertence, o que está ameaçando as populações tradicionais, os demais setores populares e o equilíbrio vital da natureza?

2- Que relações se pode estabelecer entre o texto “Classificados Poéticos” e os Biomas?

Todos sabem que as pessoas, para viver, retiram de uma só fonte

tudo o que precisam: a Natureza.

Água, ar, alimentos vegetais e animais, tudo isso é que dá vida ao

homem e aos outros seres vivos. Mas, é bom lembrar que a Natureza não é só

o homem, pois ele jamais conseguiria viver sozinho. Assim a Natureza é,

também, o homem.

Leia o texto abaixo com atenção:

Navegando em uma remota região de um país que sonhava crescer, a

Ecologia sentia o drama de viver a destruição de imensas florestas tropicais, pela fúria do fogo e a incapacidade humana.

Seguindo a vários dias entre rios, paranás e igarapés, a fauna e flora local, somando-se à tranqüilidade de águas negras e límpidas, como a própria expressão da vida natural, a Ecologia tinha certeza que suas verdades seriam inquestionáveis pela simples razão de existirem.

Ao parar no fim de mais um dia, em um tranquilo braço de rio, brilhando ainda sob a última luz do sol poente, a Ecologia resolveu ir até uma pequena casa que se avistava ao longe, à primeira vista em muitos dias.

Desembarcando, observou as paredes de toro encostados, cobertos pela palha característica da região, e chegou próxima ao jovem morador, que preparava sua primeira refeição do dia, após o árduo trabalho entre seringueiras e castanheiras.

Observando melhor a panela de barro do jantar, viu que o jovem preparava um tracajá, tartaruga típica do local e que se encontrava em perigo de extinção pelo seu abate indiscriminado.

Indignada, mas sábia, a Ecologia perguntou ao jovem: __ Você sabe o que está comendo? __ Sim, um tracajá. Tentando encontrar um melhor caminho para resolver a questão a Ecologia

falou:

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__ Olhe, o tracajá é um animal protegido, inclusive o governo gasta muito dinheiro para criar e conservar a espécie. Além disso, a lei determina que você pode ser preso por crime.

Mas, pela lógica de que o processo deve evoluir, completou: __ Não vou lhe prender. Prefiro que você seja educado e entenda que se

você comer este tracajá no futuro, seus filhos não vão mais ver tracajás nos rios. E o jovem confuso respondeu: __ Mas, eu não entendo, se eu não comer o tracajá eu não vou ter filhos!!! MORAL Para implantar uma consciência conservacionista que possui um caráter

desenvolvido, em uma região que no mínimo é socialmente e economicamente carente, torna-se necessário primeiro superar a distância entre essas realidades.

“O homem com fome não pode pensar no amanhã”. Fonte: Eng. Florestal Luciano Pizzatto Disponível em: www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?.../textos Acesso em: 22/03/10

1- Esta fábula foi retirada de um site chamado Ambiental Brasil. Quem foi o responsável pela sua publicação? Qual a relação de sua profissão com a questão do “sujeito e o meio ambiente”?

2- Que “Bioma brasileiro” poderia ser a região a qual a fábula se refere?

3- De quem são as falas/vozes que aparecem na fábula? De que lugar social elas falam?

4- A Ecologia acreditava que sua “verdade seria inquestionável”. Isso se concretizou?

5- Com base no diálogo, responda:

Mas, pela lógica de que o processo deve evoluir, completou: __ Não vou lhe prender. Prefiro que você seja educado e entenda que se você

comer este tracajá no futuro, seus filhos não vão mais ver tracajás nos rios. E o jovem confuso respondeu: __ Mas, eu não entendo, se eu não comer o tracajá eu não vou ter filhos!!!

Qual seria intencionalidade do narrador ao destacar que o “processo deve evoluir”?

Que relação o jovem mantinha com o meio ambiente?

O que você faria se estivesse no lugar do jovem?

6- Segundo o dicionário Aurélio, “a fábula é uma narração curta e alegórica, que ilustra um preceito e/ou contém lição de moral”. Você concorda com a moral apresentada nesta fábula? Justifique.

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O HOMEM E SUA RELAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE

Figura 1

In: www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambie... 25/03/10

Figura 2

In: hipolytus.multiply.com/journal 25/03/10

Figura 3

In: ocaosemvenancioaires.blogspot.com/2009/09/m

ei 25/03/10

Figura 4

In: centrodeestudosambientais.wordpress.com/.../

3/ 25/03/10

Observe as gravuras acima e com base nos seus conhecimentos, responda:

Que relações os sujeitos de cada gravura mantêm com o meio ambiente?

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Figura 1: _____________________________________________________

Figura 2: _____________________________________________________

Figura 3: _____________________________________________________

Figura 4: _____________________________________________________

AMPLIANDO SIGNIFICAÇÕES:

Meio Ambiente e Qualidade de Vida

Luisa Goldfarb, Letícia Casado e Ana Maria Monteiro

O objetivo básico da questão ambiental é a melhoria da qualidade de vida, por meio da melhoria do ambiente como um todo, contando com a participação ativa do homem.

Meio ambiente no sentido mais amplo, é o resultado da interligação entre as dimensões físicas, biológicas, econômicas, políticas, psicológicas, sociais e culturais, sendo o homem integrado e parte integrante dele. Enfim, meio ambiente é um grande ecossistema composto de um conjunto de ecossistemas menores, que incluem todas as dimensões citadas, interligadas num contínuo movimento de desequilíbrio na busca de um suposto equilíbrio.

O ser humano faz parte desse contexto, não sendo mais ou menos importante que os seus demais componentes. No entanto, distingui-se por perceber a realidade e atuar sobre ela por vontade própria e, sobretudo, pela capacidade de acumular e transmitir experiências e conhecimentos às futuras gerações, por meio das diferentes linguagens. Ele age não só pelo instinto, mas, também pela razão e pelas emoções. Busca dar um sentido à sua existência indo ao encontro de si mesmo, o que implica em ir ao encontro do outro, buscando a harmonização do seu ser, interligando-o às leis que regem a própria natureza e à cultura da qual faz parte.

A civilização moderna tem se distanciado dessa harmonização homem/meio ambiente, pois, condicionado por leis por ele próprio criadas, o homem tem-se comportado segundo apelos do consumo, estimulado pela sociedade industrial e comercial, na ânsia de produzir, comercializar e acumular cada vez mais bens materiais, na maior parte das vezes, em detrimento da natureza, do coletivo, e de si mesmo.

Vários fatores têm concorrido para quebrar a harmonia do ecossistema. A caça indiscriminada tem contribuído também para o desequilíbrio na cadeia alimentar e extinção de diferentes espécies animais. Os desflorestamentos e as queimadas têm levado à destruição de florestas e santuários ecológicos, deixando muitos animais sem alimento e abrigo, transformando-os, portanto, em presas fáceis. Com o desflorestamento o solo torna-se mais suscetível à erosão, tornado-se infértil e impossibilitando a reposição natural de elementos essenciais à manutenção de várias espécies vegetais e animais.

Como consequências da diminuição da cobertura vegetal ocorrem alterações climáticas. Com a poluição dos rios, dos mares, do ar e do solo,

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ocasionada pelos detritos industriais, vazamento de óleos, poluentes emitidos pelos motores dos automóveis, agrotóxicos, lixo produzido cotidianamente pela população e outros poluentes, dá-se a contaminação e a morte de animais e vegetais e a redução da camada de ozônio com aquecimento da atmosfera e uma série de fenômenos que resultam numa interferência na natureza, pondo em risco a própria existência do homem.

O rompimento de um elo pode representar a quebra de toda a cadeia. Pois tudo o que existe na natureza tem um papel importante para a continuidade da vida no planeta Terra. Para mantê-la deve-se buscar e incentivar, cotidianamente, uma nova maneira de ver a realidade, incorporando uma percepção mais sensível da relação íntima e inseparável que existe entre o meio ambiente e a qualidade de vida.

Através da educação, realizada pelos diferentes atores sociais e em todas as suas expressões, pode-se conscientizar os indivíduos sobre a sua responsabilidade na manutenção do equilíbrio ecológico, dentro do processo de desenvolvimento da cidadania. Esse processo deve envolver a todos, as velhas e as novas gerações, promovendo um tipo de comportamento menos individualista e mais comprometido com os aspectos sociais, com a percepção do outro e do seu meio.

(Seara Filho, 1987 e 1992; Matsushima, 1987; Freire, 1984; Branco e Rocha, 1987) ...............................................

Saber Saúde – Prevenção do Tabagismo e outros fatores de risco de câncer – Instituto Nacional de Câncer. Rio de Janeiro: O instituto, 1998.

Observe o cartoon abaixo: “Um cartoon, cartune ou cartum é um desenho humorístico acompanhado ou não de legenda, de caráter extremamente crítico retratando de uma forma bastante sintetizada algo que envolve o dia a dia de uma sociedade”.

Disponível em: nycebrum-lagoa.spaces.live.com/?_c11_BlogPart... Acesso em: 22/03/10

1- Quem é o autor do cartoon acima?

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2- Com que intencionalidade esse cartoon foi produzido? 3- Enumere as discursividades que interpelam as ações das pessoas neste

cartoon. 4- Você costuma praticar algumas dessas ações? Justifique.

RELAÇÕES ESTABELECIDAS: A RESPOSTA

CLASSIFICADOS POÉTICOS Roseana Murray - 1884

In: granjabretanhas.blogspot.com Acesso em: 25/03/10

... Habitante de outra galáxia aceita corresponder-se com o menino do planeta azul. O mundo deste habitante é todo feito de vento e cheira a jasmim. Não há fome, nem há guerra e nas tardes perfumadas as pessoas passeiam de mãos dadas e costumam rir à toa. Nesta galáxia ninguém faz a morte, ela acontece naturalmente, como o sono depois da festa. Os habitantes não mentem e por isso os seus olhos brilham como riachos. O habitante da outra galáxia aceita trocar selos e figurinhas e pede ao menino que encha os bolsos de esperanças. E não só os bolsos, mas também as mãos, e os cabelos, a voz, o coração, que a doença do planeta azul ainda tem solução.

Sugestão: Após o trabalho com a Unidade 2, o docente poderá propor aos alunos uma ida à Biblioteca da Escola para que procurem e emprestem obras literárias a respeito do tema “Meio Ambiente”. É o momento de mostrar que o sujeito-leitor além de ser crítico, pode também, ler por prazer.

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PARA CANTAR:

Pesquise a letra da música completa e traga na próxima aula.

Assista ao vídeo em: http://www.youtube.com/watch?v=r1xvBXlGjuk

Planeta Azul Chitãozinho e Xororó

Compositores: Xororó / Aldemir

A vida e a natureza sempre à mercê da poluição Se invertem as estações do ano Faz calor no inverno e frio no verão Os peixes morrendo nos rios Estão se extinguindo espécies animais E tudo que se planta, colhe O tempo retribui o mal que a gente faz Onde a chuva caía quase todo dia Já não chove nada O sol abrasador rachando o leito dos rios secos Sem um pingo d’água Quanto ao futuro inseguro Será assim de norte a sul A terra nua semelhante à lua O que será desse planeta azul? O que será desse planeta azul? ...............................................................

Disponível em: http://www.mundojovem.pucrs.br/datas-comemorativas/meio-ambiente Acesso em: 16/03/2010

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Unidade 3 O Sujeito e a Cultura

Assinale:

Qual a sua Cultura? Música ( ) MPB ( ) Folclórica ( ) Axé ( ) Outros. Qual? ________________________

Organização Religiosa ( ) Judaísmo ( ) Cristianismo ( ) Afro-brasileiras ( ) Outras. Qual? _________________________

Dança ( ) Ballet ( ) Folclórica ( ) Jazz ( ) Outras. Qual? ________________________

Língua Falada e Escrita ( ) Mandioca ( ) Aipim ( ) Macaxeira ( ) Outros. Qual? __________________________

Hábitos Alimentares ( ) Feijoada ( ) Macarronada ( ) Paella ( ) Outros. Qual? ________________________

Mitos e Lendas ( ) A gralha-azul ( ) A origem do dia ( ) A Mãe-d’ Água ( ) Outros. Qual? _________________________

Teatro ( ) Arena ( ) Fantoches ( ) Rua ( ) Outros. Qual? ________________________

Festas populares ( ) Carnaval ( ) Boi Bumbá ( ) Cavalhada ( ) Outros. Qual? _________________________

Imagem disponível em: paulocostalima.wordpress.com/.../ 06/04/10

1- Em grupos, façam um levantamento das respostas assinaladas e discutam sobre o assunto.

2- Com base na discussão efetuada, responda: Qual a significação de “Cultura” para você?

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“Cada povo tem sua forma especial de viver: seus hábitos, suas tradições, sua história, sua religião, seu trabalho. Ao conjunto de todas as coisas que um povo produz podemos chamar Cultura.

A palavra Cultura geralmente se aplica as pessoas portadoras de conhecimentos especializados. Ouve-se constantemente falar em “gente culta”. Mas a idéia mais ampla de cultura não é essa. Um povo analfabeto tem sua cultura. Ela engloba tudo quanto um povo produz e tudo quanto possa caracterizar esse povo”.

Leia com atenção o texto abaixo:

O que é cultura? Por Tiago Dantas

É comum dizermos que uma pessoa não possui cultura quando ela não tem contato com a leitura, artes, história, música, etc. Se compararmos um professor universitário com um indivíduo que não sabe ler nem escrever, a maior parte das pessoas chegaria à conclusão de que o professor é “cheio de cultura” e o outro, desprovido dela. Mas, afinal, o que é cultura?

Para o senso comum, cultura possui um sentido de erudição, uma instrução vasta e variada adquirida por meio de diversos mecanismos, principalmente o estudo. Quantas vezes já ouvimos os jargões “O povo não tem cultura”, “O povo não sabe o que é boa música”, “O povo não tem educação”, etc. De fato, esta é uma concepção arbitrária equivocada a respeito do que realmente significa o termo “cultura”.

Não podemos dizer que um índio que não tem contato com livros, nem com música clássica, por exemplo, não possui cultura. Onde ficam seus costumes, tradições, sua língua?

O conceito de cultura é bastante complexo. Em uma visão antropológica, podemos o definir como a rede de significados que dão sentido ao mundo que cerca um indivíduo, ou seja, a sociedade. Essa rede engloba um conjunto de diversos aspectos, como crenças, valores, costumes, leis, moral, línguas, etc.

Nesse sentido, podemos chegar à conclusão de que é impossível que um indivíduo não tenha cultura, afinal, ninguém nasce e permanece fora de um contexto social, seja ele qual for. Também podemos dizer que considerar uma determinada cultura (a cultura ocidental, por exemplo) como um modelo a ser seguido por todos é uma visão extremamente etnocêntrica. Disponível em: http://www.alunosonline.com.br/filosofia/o-que-e-cultura/ Acesso em: 06/04/10

1- Quem é o autor do texto acima? Onde esse texto foi publicado? 2- O título do texto sugere uma afirmação ou indagação? Explique. 3- O autor trabalha com dois sentidos do que é Cultura: como erudição e

como uma rede de significados que dão sentido ao mundo que cerca um indivíduo. Com qual dos sentidos você mais se identifica?

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4- A palavra “etnocêntrica” significa colocar uma etnia ou uma raça como o centro de tudo. Você concorda que exista uma cultura melhor do que a outra? Justifique.

5- Qual a sua etnia (origem)?

Em nosso país, conhecer a história das misturas raciais é de extrema importância, pois o índio, o negro e os imigrantes são peças fundamentais para a nossa cultura até os dias de hoje.

Disponível em: www.uniblog.com.br/acaradobrasil/ Acesso em: 28/04/2010

Você lerá, agora, três textos que nos remetem a refletir sobre a “Criação do Mundo”. No entanto, observe atentamente, quais as diferenças culturais presentes em cada um.

Antes de iniciar a leitura é importante que você compreenda o que é um MITO e o que é uma LENDA.

Mitos são narrativas utilizadas pelos povos antigos para explicar fatos da realidade e fenômenos da natureza que não eram compreendidos por eles. Os mitos se utilizam de muita simbologia, personagens sobrenaturais, deuses e heróis. Todos estes componentes são misturados a fatos reais, características humanas e pessoas que realmente existiram. Um dos objetivos do mito é transmitir conhecimento e explicar fatos que a ciência ainda não havia explicado.

Lendas são narrativas transmitidas oralmente pelas pessoas com o objetivo de explicar acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais. Para isso há uma mistura de fatos reais com imaginários. Misturam a história e a fantasia. As lendas vão sendo contadas ao longo do tempo e modificadas através da imaginação do povo. Ao se tornarem conhecidas, são registradas na linguagem escrita. Do latim legenda (aquilo que deve ser lido), as lendas inicialmente contavam histórias de santos, mas ao longo do tempo o conceito se transformou em histórias que falam sobre a tradição de um povo e que fazem parte de sua cultura. Disponível em: http://www.infoescola.com/redacao/mito-ou-lenda/ Acesso em: 22/04/2010

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Leia atentamente: Texto 1

O princípio do mundo

Todas as coisas estavam envoltas numa escuridão impenetrável; uma neblina densa cobria a terra. Saíram das trevas dois índios: um, Caruçacahy (Caru), grande e corpulento; o outro, Rairu seu filho.

Descuidadamente, Rairu tropeçou. Ficou furioso. Tinha pisado numa casca de tartaruga. O pai tomou-a: "Leve-a nas costas!", ordenou ao moço.

O índio obedeceu e foi andando. A casca de tartaruga foi, aos poucos, aumentando de tamanho até que ele não pode mais suportá-la. Quando pensava que seria esmagado, a casca subiu: transformou-se no céu. Logo nasceu o sol. Teve uma filha, a lua, brilhante e muito branca a qual gerou as estrelas.

Rairu aprendia depressa e observava tudo ao seu redor. Em pouco tempo, sabia mais do que o pai. Por isso, Caru não gostava dele e vivia pensando em matá-lo.

Certa vez, encontrando um tucumanzeiro, atirou uma flecha acertando bem no alto da árvore. "Rairu, vai buscar a flecha!", o moço atendeu. O tucumanzeiro guardou seus espinhos para não machucá-lo. Caru tremia de raiva, mas não disse nada. Daí a uns dias cortou o tronco de outra árvore; empurrou-o, deixando-o cair em cima do filho e foi-se embora. Ao amanhecer do dia seguinte, o jovem estava bom. Nada lhe havia acontecido.

O índio Caru não desistiu. Tentou mais uma porção de meios. Pôs fogo na mata, construiu armadilhas... Era inútil. Um dia, fez um tatu com folhas e gravetos. Untou-o com resina e mandou que o rapaz o agarrasse. O tatu escavou o solo e desapareceu, puxando Rairu que ficara preso pela cola. Quando já estavam bem no fundo, o moço libertou-se e retornou à superfície. Vendo, que o pai, irado, erguia o chicote, gritou: "Não! Encontrei gente na terra. São bons para trabalhar." Do buraco do tatu, surgiram homens.

Rairu espremeu folhas e raízes; preparou tintas de várias cores: verde, amarelo, azul, vermelho... Pôs-se a pintar aquela gente. Fez isso tão vagarosamente que alguns adormeceram. Caru separou-os: "Por terdes dormido, sereis animais: passarinhos, macacos, morcegos, borboletas..." Depois falou aos que permaneceram acordados: "Sereis homens! Vossos filhos serão guerreiros corajosos!" Assim que terminou de falar, sumiu pela terra. Nunca mais voltou. Chamaram a esse lugar Caru-cupi.

(Lendas Indígenas - Gráfica Ed. Aquarela, SP, 1962)

Disponível em: http://www.lendorelendogabi.com/lendas_mitos/lendas_e_mitos.htm Acesso em: 28/04/2010 Texto 2

A Criação do Mundo

Olorun, Deus supremo, criou um ser, a partir do ar (que havia no início dos tempos) e das primeiras águas. Esse ser encantado, que era todo branco e muito poderoso, foi chamado Oxalá. Logo em seguida, criou outro

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orixá que possuía o mesmo poder do primeiro, dando-lhe o nome de Nanan. Os dois nasceram da vontade de Olorun de criar o universo.

Oxalá passou a representar a essência masculina de todos os seres, tornando-se o lado direito de Olorun. Nanan, por sua vez, teria a essência feminina, e representaria o lado esquerdo. Outros orixás também foram criados, formando-se um verdadeiro exército a serviço de Olorun, cada um com uma função determinada para executar os planos divinos.

Exú foi o terceiro elemento criado, para ser o elo de ligação entre todos os orixás, e deles com Olorun. Tornou-se costume prestar-lhe homenagens antes de qualquer outro, pois é ele quem leva as mensagens e carrega os ebós.

Olorun confiou a Oxalá a missão de criar a Terra, investindo-o de toda a sabedoria e poderes necessários para o sucesso dessa importante tarefa. Deu a ele uma cabaça contendo todo axé que seria utilizado.

Oxalá, orgulhoso por ter recebido tamanha honraria, achou desnecessário fazer as oferendas a Exú.

Exú, vendo que Oxalá partira sem lhe fazer as oferendas, previu que a missão não seria cumprida, pois, mesmo com a cabaça e toda a força do mundo, sem a sua ajuda não conseguiria chegar ao local indicado por Olorun.

A caminhada era longa e difícil, e Oxalá começou a sentir sede, mas, devido à importância de sua missão, não podia se dar ao luxo de parar para beber água. Não aceitou nada do que lhe foi oferecido, nem mesmo quando passou perto de um rio interrompeu a sua jornada. Mais à frente, encontrou uma aldeia, onde lhe ofereceram leite de cabra para saciar sua sede, que também foi recusado.

Todos os caminhos pareciam iguais e, depois de andar por muito tempo, sentiu-se perdido. De repente, ele avistou uma palmeira muito frondosa, logo à sua frente, Oxalá, já delirando de tanta sede, atingiu o tronco da palmeira com seu cajado, sorvendo todo o líquido que saía de suas entranhas (era vinho de palma). Embriagado pela bebida desmaiou ali mesmo, ficando desacordado por muito tempo.

Exú avisou Nanan que Oxalá não havia feito as oferendas propiciatórias, por isso não terminaria sua tarefa. Ela, agindo por contra própria, resolveu consultar um babalawô para realizar devidamente as oferendas. O sacerdote enumerou uma série de coisas que ela deveria oferecer entre elas um camaleão, uma pomba, uma galinha com cinco dedos e uma corrente com nove elos. Exú aceitou tudo, mas só ficou com a corrente, devolvendo o restante à Nanan, pois ela iria precisar mais tarde. Outros sacrifícios foram realizados, até que Olorun a chamou para procurar Oxalá, que havia esquecido o saco da criação com o qual criaria a Terra. Nanan, após terminar suas oferendas, foi atrás de Oxalá, encontrando-o desacordado próximo ao local onde deveria chegar.

Ao saber que Oxalá havia falhado em sua missão, Olorun ordenou que a própria Nanan prosseguisse naquela tarefa com a ajuda de todos os orixás. E assim foi feito. Nanan pegou o saco da criação e o entregou à pomba, para que voasse em círculo. A galinha com cinco dedos foi solta, para espalhar aquela imensa quantidade de terra, e, finalmente, o camaleão arrastou-se vagarosamente, para compactá-la e torná-la firme.

Quando Oxalá acordou, viu que a Terra já havia sido criada, e não o fora por ele. Desesperado, correu até Olorun, que o advertiu duramente por

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não ter reverenciado Exú antes de partir, julgando-se superior a ele. Oxalá, arrependido, implorou perdão. Olorun, sempre magnânimo, deu-lhe uma nova e importantíssima tarefa, que seria a de criar todos os seres que habitariam a Terra. Desta vez ele não poderia falhar!

Usando a mesma lama que criou a Terra, Oxalá modelou todos os seres, e, insuflando-lhes seu hálito sagrado, deu-lhes a vida.

Desta forma, Nanan e Oxalá desempenharam tarefas igualmente importantes, juntamente com a valiosa ajuda de todos os orixás, que possibilitaram o surgimento deste novo e maravilhoso mundo em que vivemos. Disponível em: http://contoselendas.blogspot.com/2004/10/criao-do-mundo.html Acesso em: 28/04/2010 Texto 3

A CRIAÇÃO DO MUNDO

1.º DIA: No princípio, Deus criou o céu e a Terra. E a Terra era sem forma e vazia; as trevas cobriam o abismo e um

vento impetuoso soprava sobre as águas. E disse Deus: Haja luz. E houve luz. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as

trevas. À luz chamou dia; e às trevas chamou noite.

2.º DIA:

E disse Deus: Que exista um firmamento no meio das águas para separar águas de águas.

E fez Deus o firmamento para separar as águas que estão acima do firmamento das águas que estão abaixo do firmamento...

E Deus chamou ao firmamento "céu". 3.º DIA:

Deus disse: Que as águas que estão debaixo do céu se ajuntem num só lugar, e apareça o chão seco.

E Deus chamou ao chão seco "terra", e ao conjunto das águas, "mar".

Deus disse: Que a terra produza relva, ervas que produzam semente, e árvores que deem frutos sobre a terra, frutos que contenham semente, cada uma segundo a sua espécie. 4.º DIA:

Deus disse: Que existam luzeiros no firmamento do céu, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos.

E sirvam de luzeiros no firmamento do céu para alumiar a terra. E fez Deus os dois grandes luzeiros o luzeiro maior para regular o

dia, o luzeiro menor para regular a noite, e as estrelas.

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5.º DIA: Deus disse: Que as águas fiquem cheias de seres vivos e os

pássaros voem sobre a terra, sob o firmamento do céu. E Deus criou as baleias e os seres vivos que deslizam e vivem na

água, conforme a espécie de cada um, e as aves de asas, conforme a espécie de cada uma. E Deus os abençoou... 6.º DIA:

Deus disse: Que a terra produza seres vivos conforme a sua espécie; gado e répteis, e feras, cada um conforme a sua espécie.

E fez Deus as feras da terra conforme a sua espécie, e o gado conforme a sua espécie, e todo o réptil da terra conforme a sua espécie.

Então Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa semelhança; e tenha domínio (controle) sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.

E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus ele o criou; e os criou homem e mulher.

E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei e sujeitai a terra; dominai os peixes do mar, as aves do céu e todos os seres vivos que andam sobre a terra.

E Deus disse: Eis que vos tenho dado toda a erva que dá semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore em que há frutos que dão sementes ser-vos-á para alimento.

E para todos os animais, para todas as aves do céu e para todos os seres que andam sobre a terra e nos quais há respiração de vida, eu dou a relva como alimento.

E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo era muito bom. 7.º DIA:

Assim os céus e a terra foram acabados. E havendo Deus acabado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua obra.

E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra.

(textos extraídos da Bíblia Sagrada)

Disponível em: http://www.zantina.org/ecologia/genesis.htm Acesso em: 28/04/2010 Responda:

Elementos da Narrativa

Texto 1: O Princípio do

Mundo

Texto 2: A Criação do

Mundo

Texto 3: A Criação do

Mundo O narrador participa da história?

Quem são os personagens (nomes)?

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Qual o espaço (local) onde acontece a história?

Em que tempo acontece a história?

Qual o enredo (trama, intriga) da história?

Mito ou Lenda?

A qual cultura pertence esta história? Retire dos textos uma “fala/voz” que comprove a sua resposta.

Você conhece a cultura de sua cidade e de seu Estado?

Nós moramos no município de Apucarana, de origem caingangue, “apo-caarã-anã”, “apo... a base + caarã... semelhante a floresta + anã... imensa: a base semelhante a uma floresta imensa” (fonte: IBGE), que fica no Norte do Estado do Paraná. Aqui convivemos com diferentes culturas.

Leia a reportagem que foi publicada no Jornal Gazeta do Povo e construa novas significações.

AMPLIANDO SIGNIFICAÇÕES:

Pesquisa tenta encontrar a identidade cultural do Paraná

Paisagem Kurt Boiger 1948

Traçar o perfil do paranaense não é fácil. Há muitas diferenças de identidade entre quem vive no interior e o morador da capital.

De Pollianna Milan e Luiz Carlos da Cruz na Gazeta do Povo

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Se fosse preciso traçar o perfil do cidadão paranaense, as chances de chegar a um consenso seriam quase zero: enquanto 42% dos curitibanos acompanham o campeonato paranaense de futebol, a ponto de parte da torcida quebrar um estádio inteiro se o time cair para a segunda divisão, os que vivem no interior do estado não estão nem aí para a bola que rola no campeonato daqui – apenas 22% se interessam pela competição. Também é difícil chegar a uma conclusão sobre o prato típico do Paraná: o churrasco, que é popularmente gaúcho, é o mais votado tanto pela população da capital como pela do interior. Mas em segundo lugar, o prato eleito costuma variar conforme a tradição das regiões : 17% da população do interior fica com o porco no rolete, enquanto os curitibanos e os moradores do litoral elegeram o barreado.

Paul Garfunkel – festa de polacos, 1979

Não há consenso, ainda, sobre o humor do paranaense: na capital, região metropolitana e litoral, apenas metade da população diz ser extrovertida; no interior o índice chega a 75%. Os dados são resultado de uma pesquisa encomendada pela Gazeta do Povo ao Instituto Paraná Pesquisas.

A explicação para opiniões tão diversas está no modo como o Paraná foi colonizado. A historiadora Roseli Boschilia, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), dividiria o estado em pelo menos três territórios distintos que vivem quase que de maneira autônoma, o que quer dizer que todos são paranaenses, mas cultivam um estilo de vida bem diferente. A primeira ocupação é a do Paraná tradicional (Curitiba e litoral): são paulistanos que desceram a região de São Vicente (SP) e passaram a ocupar o primeiro planalto. “Eles trouxeram e cultivaram um tipo de vida por aqui. Depois vem o pessoal do Sul (Rio Grande do Sul) com o caminho das tropas. Eles têm um modo de falar, de se vestir e de se alimentar totalmente diferente dos outros e se estabeleceram na região da Lapa e Campos Gerais”, explica Roseli. Uma terceira ocupação acontece por volta dos anos 40 e 50, no Oeste: são os gaúchos que migram por conta da estrutura fundiária. Há ainda uma quarta ocupação que os historiadores chamam de Norte Pioneiro novo: foi a região “tomada” por fazendeiros de São Paulo. “Até os anos 60, o Paraná não tinha todo o território ocupado. Por isso é difícil criar uma identidade cultural entre um parnanguara e um cidadão que nasceu em Marechal Cândido Rondon. Isso demanda tempo, e nós temos um longo caminho a percorrer”, diz Roseli.

Gastronomia

No interior do Paraná, por exemplo, a historiadora lembra que o barreado já foi imaginado como um prato feito à base de peixe, por ser típico do litoral. “Eles

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não conhecem mesmo. O processo de identificação está vinculado com as raízes e, no Paraná, são muitos paulistas e gaúchos”, diz.

O porco no rolete é um dos pratos mais lembrados na região de Toledo porque foi criado na década de 70 nesta cidade. A festa que homenageia a iguaria , em um único dia, serve 350 porcos inteiros e assados. A fama do porco paranaense já chegou a ganhar destaque na Marquês de Sapucaí, quando a Escola Unidos da Ponte homenageou o Paraná em um dos desfiles de samba do Rio de Janeiro – a escola apresentou o prato toledano em uma das alas.

Já em Curitiba, o Disk Costelas de Ricardo Bortolan é um exemplo de como o churrasco é um prato que concorre fortemente com a tradição do barreado. O costelão funciona a todo vapor a partir de quinta-feira à noite até domingo, vendendo no balcão carnes sob encomenda. “Eu não abro mão do churrasco. É estranho dizer: vamos lá em casa fazer uma festa e comer barreado”, explica o produtor de vídeos Marcos Ferreira, cliente do Disk Costelas. Ferreira é paranaense e acredita que o barreado deveria ser o prato típico por causa do regionalismo. Ele não nega, porém, que o churrasco é a preferência geral.

Metade não vai à praia

O litoral paranaense é um mistério para metade da população do interior do Paraná: cerca de 52% destes moradores nunca estiveram nas praias daqui. E os motivos são óbvios, segundo pesquisadores. “Diria que 70% da população de Londrina e Maringá, quando vai a praia, escolhe Santa Catarina. É um estado de referência para o veraneio. Acredita-se que lá existam mais atrações, ou ainda, porque muitos que vivem no interior cultivam o hábito de sair de férias para um lugar que não tenha tanta gente conhecida. Por isso, fogem para Santa Catarina”, diz o sociólogo e pró-reitor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Paulo Bassani.

Para a historiadora Yonissa Wadi, as condições das estradas favorecem o estado vizinho. “O acesso às praias do litoral paranaense é complicado para quem vive em Toledo. Além disso, a distância entre as praias paranaenses e as catarinenses é muito parecida. Como existe um turismo mais forte lá, eles acabam optando pelas praias do vizinho”, afirma.

Pelo fato de não conhecerem ou porque vieram apenas uma vez ao litoral do Paraná, os habitantes que vivem no interior costumam dar uma nota maior às praias daqui: numa escala de 0 a 10, votaram em uma média de 7,6. Para quem vive na capital, na região metropolitana e no próprio litoral, a nota do litoral cai para 6,4.

Viagem

Poucos têm hábito de vir para a capital.

Oito a cada dez moradores do interior do Paraná não visitaram Curitiba no ano passado. Isso significa, em partes, que estes habitantes têm uma vida

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independente da capital e costumam recorrer, quando necessário, às cidades mais próximas, mesmo que elas estejam em outro estado.

No Norte Pioneiro, por exemplo, existem mais linhas áreas e de ônibus que levam os moradores a São Paulo do que a Curitiba. “A distância e a falta de infraestrutura das estradas fizeram com que o pessoal do interior buscasse alternativas nas proximidades. Temos alunos com mestrado que nunca foram a Curitiba. Eu por exemplo, sou gaúcha, moro no Paraná há dez anos, mas nunca fui à capital curitibana. Vou sempre a Porto Alegre, onde vivem meus familiares”, diz a historiadora Yonissa Wadi.

Para o sociólogo Paulo Bassani, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Curitiba não é visitada porque não é vista pelo pessoal do interior como local de turismo. “Quem procura a capital, vai em busca de trabalho ou de uma universidade para estudar.”

Domingo, 10 de Janeiro de 2010 – 10:07 hs.

Disponível em: www.fabiocampana.com.br/.../ Acesso em: 06/04/10

PESQUISA

Entreviste um morador da sua cidade para saber:

Qual a sua etnia? Se ele é extrovertido? De qual diversão mais gosta? Qual é o seu prato típico preferido? Para qual time de futebol torce? Qual a sua religião? O que gosta de fazer nas horas vagas? Que músicas gosta de ouvir? Se ele conhece a praia, qual? Entre outros.

UNIVERSO CULTURAL

A cultura é muito importante para que as pessoas possam aumentar seus conhecimentos. Visitar museus, ir a cinemas e teatros, ler livros, assistir shows de música ou de danças. Além de excelente diversão, todas essas opções são ótimas fontes de informação. O acesso à cultura está garantido no Estatuto da Criança e do Adolescente e deve ser promovido e incentivado pelos governos, pelas escolas e pelos pais.

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O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA - é um conjunto de normas do ordenamento jurídico brasileiro que tem como objetivo a proteção integral da criança e do adolescente, aplicando medidas, e expedindo encaminhamentos.

O ECA foi instituído pela Lei 8.069, no dia 13 de julho de 1990. Ela regulamenta os direitos das crianças e dos adolescentes inspirado pelas diretrizes fornecidas pela Constituição Federal de 1988, internalizando uma série de normativas internacionais:

Declaração dos Direitos da Criança (Resolução 1.386 da ONU - 20 de novembro de 1959);

Regras mínimas das Nações Unidas para administração da Justiça da Infância e da Juventude - Regras de Beijing (Resolução 40/33 - ONU - 29 de novembro de 1985);

Diretrizes das Nações Unidas para prevenção da Delinqüência Juvenil.

Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Estatuto_da_Crian%C3%A7a_e_do_Adolescente Acesso em: 22/05/2010

Você conhece o Bolsa-Cultura?

BOLSA-CULTURA

O governo pretende lançar o vale-cultura, que será incluso caso aprovado, ao tíquete-alimentação e ao vale-transporte dos trabalhadores. O bolsa-cultura está previsto na revisão da Lei Rouanet (Lei nº. 8.313), sob consulta pública na internet desde esta segunda-feira (23). Mesmo em tempos de orçamento apertado, o governo justifica que a meta é atingir 12 milhões de trabalhadores e injetar R$600 milhões por ano de recursos no setor cultural. De acordo com o texto original, 20% será arcado pelo trabalhador e o restante, 30% pelo governo e 50% pelas empresas. Após 45 dias sob consulta no site do Ministério da Cultura, o texto final será encaminhado em forma de projeto de lei ao Congresso (leia mais).

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GOVERNO QUER LANÇAR BOLSA-CULTURA

Ideia é criar vale com limite de R$ 50 mensais, para uso em cinema, teatro, shows e espetáculos em geral.

Em tempos de orçamento apertado, o governo pretende lançar uma espécie de Bolsa-Cultura. De acordo com proposta do Ministério da Cultura, trata-se de um vale-cultura que vai se juntar ao tíquete-alimentação e ao vale-transporte no pacote de benefícios trabalhistas existentes no País.

A medida está prevista no projeto de revisão da Lei Rouanet (Lei nº. 8.313), que o Ministério da Cultura pôs nesta segunda-feira (23) em consulta pública em sua página na internet por um prazo de 45 dias. Depois desse prazo, o governo acolherá ou não as sugestões e encaminhará o texto final de um projeto de lei para o Congresso.

Anunciada nesta segunda pelo ministro Juca Ferreira, a medida pretende atingir um total de 12 milhões de trabalhadores do mercado formal e injetar R$ 600 milhões por ano de recursos novos na economia do setor cultural.

O vale-cultura terá, segundo a proposta original, limite de R$ 50 mensais, para uso em cinema, teatro, shows e espetáculos culturais em geral. O trabalhador arcará com 20% e o restante será rateado entre o governo (30%) e as empresas (50%).

O ministro disse esperar que o novo mecanismo cause na cultura o mesmo impacto que teve o tíquete-alimentação na qualidade alimentar do trabalhador e na economia do mercado de restaurantes. Ferreira espera com isso melhorar o acesso das camadas populares aos bens culturais.

"Existe um apartheid cultural no Brasil e poucos têm acesso à cultura", argumentou ele, lembrando que só 14% dos brasileiros vão ao cinema e menos de 8% a museus e teatros.

A nova proposta cria cinco fundos de financiamento da cultura (Artes, Memória e Patrimônio, Livro e Leitura, Cidadania, Identidade e Diversidade Cultural, além do Fundo Global de Equalização, com a missão de equilibrar a distribuição dos recursos).

RENÚNCIA FISCAL

A proposta muda o sistema atual de captação e distribuição de recursos baseados quase exclusivamente na renúncia fiscal da Lei Rouanet, um modelo, para Juca, "desigual e esgotado". Hoje, de acordo com o ministro, mais da metade dos recursos captados vai parar nas mãos de um seleto grupo de 3% de grandes produtores culturais do eixo Rio - São Paulo.

Esses investimentos, observou Juca, dão prioridade para os projetos de alto retorno comercial, em prejuízo das atividades culturais alternativas e de baixo apelo de marketing, como folclore regional, manifestações culturais indígenas,

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quilombolas e de minorias étnicas.

Os critérios para o uso dos impostos serão estabelecidos por um conselho, que será composto pelo governo e pela sociedade, de forma paritária, correspondente à atual Comissão Nacional de Incentivo a Cultura (CNIC).

FONTE: O Estado de S.Paulo (Vannildo Mendes)

Disponível em: www.fiepr.org.br/.../2009/mar/25_03_09/index.htm Acesso em: 23/04/2010

Com base nas leituras efetuadas e analisando os textos abaixo, responda:

Texto 1

In: superarteprojetos.wordpress.com/.../ Acesso em: 22/04/2010

Texto 2

In: maryvillano.blogspot.com/.../vale-cultura.html Acesso em: 22/04/2010

1- Em qual dos textos encontramos uma crítica ao Vale-Cultura? Por quê? 2- O que sugere a fala/voz “Um Mac’xado de Assis” no texto 2? 3- De quem é a fala/voz que celebra o anúncio do Vale-Cultura? Qual a

relação desse sujeito com a proposta? 4- Qual a significação da expressão “Será o Bolsa Família da Arte” para

você? 5- Como a implantação do Bolsa-Cultura poderá garantir o que está

proposto no ECA? Explique. 6- O que você faria se recebesse o Bolsa-Cultura?

Sugestão: Após o trabalho com a Unidade 3, o docente poderá propor aos alunos uma ida à Biblioteca da Escola para que procurem e emprestem obras literárias a respeito do tema “Cultura”. É o momento de mostrar que o sujeito-leitor além de ser crítico, pode também, ler por prazer.

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PARA CANTAR:

Pesquise a letra da música (completa) e traga na próxima aula.

Assista ao vídeo em: http://www.youtube.com/watch?v=jCVVY9RVnLo

...e Você Gabriel O Pensador

1993

Composição: Agostinho Ferreira da Silva/Gabriel O Pensador/Fabio Fonseca/Marcelo Mansur

Esse coração, tem servido e tem razão, tem respeito e tem valor No trabalho brasileiro, no trabalho verdadeiro, Gabriel o Pensador! Brasileiro é o que eu sou Rapper brasileiro Mas eu sou um brasileiro antes de ser rapper ou pagodeiro ou os dois ou nenhum Posso assimilar a cultura do mundo inteiro Mas sei que nasci no Rio de Janeiro - Brasil Então não seja imbecil de pensar que eu não poderia cantar assim ou assado Porque eu vou me expressar na forma e na hora que eu escolher Aqui ou em qualquer lugar Valorizando sempre as nossas Raízes Costumes Cultura musical em geral Então escuta o que eu digo pro americanizado débil mental (Você é um burro e não vê a excelente cultura e os costumes do seu próprio país E abre as pernas pro que os outros lhe impõe Sem camisinha ou vaselina como o Tio Sam sempre quis) Mas também não adianta o xenofobismo radical Eu vou jogar fora no lixo o que é ruim e usar o que é bom da cultura mundial Vou ler assistir escutar e cantar E nem por isso deixando de lado a produção cultural aqui do meu lugar E no fundo no fundo todos os homens vieram da África Principalmente alguns povos como por exemplo o nascido e formado aqui nessa pátria E não se esqueça que cada cultura se forma de uma certa forma e cada sociedade cultiva suas normas mas junto nós todos formamos a humanidade que engloba todos os seres humanos Que podem se destacar dos outros animais pela sua capacidade de pensar Capacidade que muitas vezes não é utilizada E sendo assim não serve pra nada ..........................................................................

Disponível em: http://letras.terra.com.br/gabriel-pensador/66183/ Acesso em: 12/04/10

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Unidade 4 O Sujeito e o Consumo

Observe a foto abaixo:

Disponível em: arturbernar.wordpress.com Acesso em: 16/03/2010

1- Que imagens constroem esta foto? 2- A imagem do bebê faz lembrar alguma data comemorativa? Qual? 3- “Nos hospitais, logo após o parto os recém-nascidos são identificados através

de uma pulseira de plástico, de cor rosa ou azul e – nas instituições que já possuem o sistema – a colocação de uma pulseira eletrônica anti-rapto num dos tornozelos. Essa marca qualifica quem são os seus pais”.

Que marca pode-se visualizar na mão do bebê acima? Essa marca qualifica a geração/época que ele pertence? Justifique.

4- Como podemos relacionar a marca de bebida com a data comemorativa recordada? Enumere seus argumentos.

5- Nos anos 80, a Banda Legião Urbana gravou a música “Geração Coca-Cola”, que possui o seguinte refrão:

“Somos os filhos da revolução Somos burgueses sem religião

Somos o futuro da nação Geração Coca-Cola”

Você conhece esta música? Que significação tem a expressão “Geração

Coca-Cola” para você nesse refrão? 6- De todas as marcas que aparecem impressas no corpo do bebê, de qual

você mais gosta? Por quê?

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MARCAS QUE MARCAM (Sueli Ferreira de Oliveira)

Durex, Batata Chips Caldo Knorr e Q-Boa. Marcas são interessantes E não existem à toa. É Bic, se for caneta. É Omo, se for sabão. É Tenaz, se cola for. Pritt, se for em bastão. É Baygon para as baratas. Pinho Sol para o banheiro. Sandálias são Havaianas, Aquelas que não têm cheiro. Bom programa de domingo É passear com a Caloi. Mas se cai e se machuca, Põe Band-Aid no dodói. Agora, é lá na cozinha, Como se fossem Bombril, Que as marcas mais aparecem. Acho que são mais de mil!

Um achocolatado em pó Da marca Fulano de Tal, Repare na sua casa: Ou é Toddy ou é Nescau. Em pudim de Leite Moça Não se usa Pó Royal. Nem tampouco Maizena, Pra sobrar para o mingau. U m pão e um bolo Pullmann Para um lanche bem bacana. Iogurte é Danone Margarina, Doriana. E até com a geladeira Não pode ser diferente. Se ela não gela direito, Não é aquela Brastemp. Algumas marcas chegam E logo conquistam a gente Como será que essas marcas Colam em nossa mente?

Revista Nosso Amiguinho. Abril de 2008. Rimando. p. 34. Para compreender o texto:

1- A quem esse texto é dirigido? Por quê? 2- Onde ele foi publicado e quando? 3- Que falas/vozes/discursos aparecem no texto? 4- Que valores são dados as “marcas” apresentadas no texto? 5- Por que as “marcas” não existem à toa? 6- Em que ambiente as “marcas” de acordo com o texto mais aparecem?

Você concorda? Justifique. 7- Na última estrofe, dois versos chamam a atenção: “Como será que essas marcas Colam em nossa mente?” Que relação de poder o verbo “colar” traz consigo nesse verso?

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Existem marcas, para todos os tipos e gostos, sendo anunciadas há muitos anos. Para isso, as empresas criam slogans que ficam registrados em nossa memória.

O slogan publicitário é uma curta mensagem usada em publicidade como uma identificação de fácil memorização agregando a um produto ou serviço.

Slogans da Coca-Cola no Brasil

1942: "A pausa que refresca" 1952: "Isto faz um bem" 1957: "Signo de bom gosto" 1960: "Coca-Cola refresca melhor" 1964: "Tudo vai melhor com Coca-Cola" 1970: "Isso é que é" 1976: "Coca-Cola dá mais vida" 1979: "Abra um sorriso. Coca-Cola dá mais vida." 1982: "Coca-Cola é isso aí" 1988: "Emoção pra valer!" 1993: "Sempre Coca-Cola" 2000: "Curta" 2001: "Gostoso é viver" 2003: "Essa é a real" 2004: "Viva o que é bom" 2006: "O lado Coca-Cola da vida" 2007: "Viva o lado Coca-Cola da música" 2008: "Cada gota vale a pena" 2009: "Abra a Felicidade!"

Disponível em: pt.wikipedia.org/wiki/Coca-Cola Acesso em: 15 mar. 2010.

PARA REFLEXÃO:

Segundo o dicionário Aurélio: “persuadir” significa levar a crer ou aceitar. Com base nesse significado pode-se dizer que os slogans da Coca-Cola usam uma linguagem persuasiva em relação ao consumidor? Justifique.

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No site, http://jipemania.com você encontrará várias propagandas antigas da Coca-cola, como as que seguem:

Coca-Cola 189 (?)

Espetacular propaganda colorida, verdadeira obra de arte. Além de um registro histórico de época, temos um suporte de luxo para o copo, provavelmente de prata. E o uso do espelho para dar um recado muito simples e ef iciente: Beba Coca-Cola por 5 centavos... .

Coca-Cola 1904

1904 - Note que trabalho artíst ico complexo. A moça pintada é cantora de ópera Hilda Clark umas das primeiras garotas propaganda. "Deliciosa e refrescante, beba Coca-Cola nas fontes e em garrafas com gás - 5 centavos"

PESQUISA

Entreviste alguém do seu convívio para saber:

Quais slogans da Coca-Cola conhecem?

De quais propagandas recordam?

Como era a vida das pessoas que apareciam na propaganda?

O consumo da bebida era acessível pra todos?

O que sentiam ao ver as propagandas?

Entre outros.

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Analise as propagandas:

A pausa que refresca

1- Para que e para quem essas propagandas foram produzidas?

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2- Que tipo de produto alimentício é a Coca-Cola? O que ela representa para você?

3- Como a linguagem apresentada nas propagandas faz o leitor se sentir? Justifique.

4- Que personagem está sendo usado nas propagandas acima? Por quê?

5- Que valor o Natal tem nessas propagandas?

6- O que significa “Viver o lado Coca-Cola do Natal”? Isso sempre acontece? Justifique.

7- Qual a relação entre a foto do bebê que estudamos e as propagandas da Coca-Cola com o Papai Noel?

8- Qual a cor da roupa do Papai Noel: verde ou vermelho? Justifique.

9- O Papai Noel é um personagem típico do Natal, muitas vezes sua figura é mais associada às festas natalinas do que a do Menino Jesus. Você acredita que foi a Coca-Cola quem criou essa figura mítica? Justifique.

10- Agora, leia o texto: “Papai Noel foi inventado pela Coca-Cola. Mito ou Realidade?” e construa novas significações.

AMPLIANDO SIGNIFICAÇÕES:

Papai Noel foi inventado pela Coca-Cola. Mito ou Realidade?

Há muito tempo que já ouço essa história de que o Papai Noel foi inventado pela maior empresa de refrigerantes do mundo: A Coca-Cola Company. E que toda aquela história de duendes, renas, trenó, casa no Polo Norte e chaminés era tudo uma jogada de marketing. E, diga-se de passagem, que GENIAL jogada de marketing. Mas vamos aos fatos.

Na verdade a história do bom velhinho é inspirada em São Nicolau, que foi arcebispo de Mira na Turquia, no século IV. Esse cara aí tinha o costume de dar presentes e de ajudar os mais necessitados, e em sua homenagem, criou-se o costume de distribuir presentes no mês de dezembro, o mês do seu aniversário.

Tá! E onde entra a Coca-Cola nisso? Até a década de 30 o Noel tinha várias formas de ser representado: Duende, elfo, gnomo, entre outras. E não havia nenhuma semelhança com o velhinho sorridente e rechonchudo dos dias atuais. Mas em 1931, com uma bela jogada de marketing, na tentativa de promover o consumo da bebida no inverno (período em que as vendas da bebida eram baixas na época), a Coca-Cola fez uma campanha que fez um

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enorme sucesso. A empresa contratou Haddon Sundblon para recriar o Papai Noel, dando-lhe uma feição mais humana. Haddon se inspirou na versão criada por Thomas Nast (famoso cartunista alemão, considerado um dos pais da charge política americana). E o aspecto genial da campanha foi de empregar as cores da marca na roupa da personagem. Por que vocês ainda não haviam notado? Isso não foi mera coincidência, foi uma grande estratégia.

A imagem do “novo” Papai Noel se espalhou rapidamente pelo mundo devido à força da marca, e isso ocasionou em uma padronização da imagem da personagem.

E os outros aspectos da vida do bom velhinho foram tirados de várias referências: o trenó e as renas são, provavelmente, contribuições escandinavas. O cachimbo e a chaminé, idéias holandesas. A casa no Polo Norte norte-americana. Agora, o que ninguém consegue explicar é de onde vieram os duendes que ajudam o Papai Noel.

Enfim, podemos dizer que a Coca-Cola foi a grande responsável por colocar no consciente das pessoas a tão famosa imagem do bom velhinho.

Tinha que ser coisa de Coca-Cola mesmo!

Disponível em: http://willyrenan.wordpress.com/ Acesso em: 15/03/2010

O CONSUMO

“A cada 10 segundos, 126 mil pessoas tomam algum produto da Coca-Cola”.

Disponível em: belachase.wordpress.com/2009/09/09/42/ Acesso em: 15/03/2010

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CONSUMISMO

Consumismo é o ato de comprar produtos e/ou serviços sem necessidade e consciência. É compulsivo, descontrolado e que se deixa influenciar pelo marketing das empresas que comercializam tais produtos e serviços. É também uma característica do capitalismo e da sociedade moderna rotulada como “a sociedade de consumo”. Diferencia-se em grande escala do consumidor, pois este compra produtos e serviços necessários para sua vida enquanto o consumista compra muito além daquilo de que precisa. O consumismo tem origens emocionais, sociais, financeiras e psicológicas onde juntas levam as pessoas a gastarem o que podem e o que não podem com a necessidade de suprir à indiferença social, a falta de recursos financeiros, a baixa auto-estima, a perturbação emocional e outros. Além de consequências ruins ao consumista que são processos de alienação, exploração no trabalho, a multiplicação de supérfluos (que contribuem para o processo de degradação das relações sociais e entre sociedades) e a oneomania (que é um distúrbio caracterizado pela compulsão de gastar dinheiro que é mais comum nas mulheres tomando uma proporção de quatro por um), o meio ambiente também sofre com este “mal do século”, pois o aumento desenfreado do consumo incentiva o desperdício e a grande quantidade de lixo.

Por Gabriela Cabral Equipe Brasil Escola.com

Disponível em: www.brasilescola.com › Psicologia Acesso em: 15/03/2010

Disponível em:

euentendo.files.wordpress.com/2009/08/império Acesso em: 15/03/2010

Responda:

1- Você é consumista? Justifique. 2- De acordo com o dicionário Aurélio: “Ideologia é o conjunto de idéias que

orientam as ações de um grupo, uma pessoa, etc”. Com base neste conceito, explique qual é a ideologia presente nos textos publicitários.

Sugestão: Após o trabalho com a Unidade 4, o docente poderá propor aos alunos uma ida à Biblioteca da Escola para que procurem e emprestem obras literárias a respeito do tema “Consumo”. É o momento de mostrar que o sujeito-leitor além de ser crítico, pode também, ler por prazer.

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PARA CANTAR:

Pesquise a letra da música completa e traga na próxima aula.

Assista ao vídeo em: http://www.youtube.com/watch?v=k-qYu-zRiGM&feature=related

Geração Coca-Cola

Legião Urbana

1985

Composição: Renato Russo / Dado Vila-Lobos

Quando nascemos fomos programados A receber o que vocês Nos empurraram com os enlatados Dos U.S.A., de nove as seis. Desde pequenos nós comemos lixo Comercial e industrial Mas agora chegou nossa vez Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês Somos os filhos da revolução Somos burgueses sem religião Somos o futuro da nação Geração Coca-Cola Depois de 20 anos na escola Não é difícil aprender Todas as manhas do seu jogo sujo Não é assim que tem que ser Vamos fazer nosso dever de casa E aí então vocês vão ver Suas crianças derrubando reis Fazer comédia no cinema com as suas leis

Somos os filhos da revolução Somos burgueses sem religião Somos o futuro da nação Geração Coca-Cola Geração Coca-Cola Geração Coca-Cola Geração Coca-Cola ...................................

Disponível em: vagalume.uol.com.br › L › Legião Urbana Acesso em: 16/03/2010

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Disponível em: mendex3.files.wordpress.com/2009/12/hino-naci... Acesso em: 15/03/2010.

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REFERÊNCIAS

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CATTELAN, João Carlos. A citação do discurso de outrem. Cascavel,

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GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de português. In:

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ORLANDI, Eni Pulcinelli. Discurso e leitura. 6. ed. São Paulo, Cortez;

Campinas, 2001.

___________________. Análise do discurso: princípios e procedimentos.

7. ed. Campinas, SP: Pontes, 2007.

___________________. As formas do silêncio: no movimento dos sentidos.

Campinas, SP: Ed. Da UNICAMP, 1992.

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PARANÁ, Governo do Estado. Diretrizes Curriculares da Educação Básica:

Língua Portuguesa, 2008.

POSSENTI, S. Questões para analistas do discurso. São Paulo, SP:

Parábola Editorial, 2009.

SILVA, Ezequiel Theodoro da. A produção da leitura na Escola: pesquisa X propostas. 5. ed. São Paulo: Ática, 2005.

ZILBERMAN, Regina & SILVA, Ezequiel Theodoro da (org.). Leitura Perspectivas Interdisciplinares. 5. ed. São Paulo: Ática, 2001.

VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. Trad. José

Cipolla Neto, Luís Silveira Menna Barreto, Solange Castro Afeche. 6. ed. São

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Referências on line: BRANDÃO, Helena Hathsue Nagamine. Analisando o Discurso. (USP). Artigo

disponível em: <www.estacaodaluz.org.br> 2005. Museu da Língua

Portuguesa. Acesso em: 22 set. 2009.

DEB: SALA DE APOIO. Disponível em: Portal Educacional do Estado do

Paraná - Dia a dia Educação:

http://www.diaadia.pr.gov.br/deb/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=6

2 Acesso em: 12 mar. 2010.