DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - … · Na concepção bakhtiniana, o texto sempre se...
Transcript of DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - … · Na concepção bakhtiniana, o texto sempre se...
O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE ESTADUAL NORTE PIONEIRO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
SANDRA REGINA BERTI
DIALOGISMO: uma prática de ensino de leitura e de
literatura no ensino médio
SANTA AMÉLIA, PARANÁ
2010
SANDRA REGINA BERTI
DIALOGISMO: uma prática de ensino de leitura e de
literatura no ensino médio
Caderno Pedagógico apresentado à Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), para atender requisito parcial do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), da Secretaria de Estado do Paraná (SEED) na área de Língua Portuguesa.Orientadora: Drª Hiudéa Tempesta Rodrigues Boberg
SANTA AMÉLIA, PARANÁ2010
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Os fundamentos teóricometodológicos das Diretrizes Curriculares
da rede pública de educação básica do Estado do Paraná, da área de língua
portuguesa, são orientados pela pedagogia crítica, cuja abordagem “valoriza a
escola como espaço social democrático, responsável pela apropriação crítica e
histórica do conhecimento como instrumento de compreensão das relações sociais
para a transformação da realidade” (PARANÁ, 2008, p. 12). Dessa forma, a escola
preocupase não apenas com o saber como resultado, mas com o processo de sua
produção e as tendências de sua transformação. “A Escola tem o papel de informar,
mostrar, desnudar, ensinar regras, não apenas para que sejam seguidas, mas
principalmente para que possam ser modificadas”. (PARANÁ, 2008, p. 12)
Assim, o ensino da Língua Portuguesa deve ser norteado para um
propósito maior de educação:
A verdadeira substância da língua não é constituída por um sistema abstrato de formas linguísticas nem pela enunciação monológica isolada, nem pelo ato psicofisiológico de sua produção, mas pelo fenômeno social da interação verbal, realizada através da enunciação ou das enunciações. A interação verbal constitui assim a realidade fundamental da língua. (BAKHTIN/VOLOCHINOV, 1999, p.123)
Sob essa perspectiva, o ensinoaprendizagem de Língua Portuguesa
visa aprimorar os conhecimentos lingüísticos e discursivos dos alunos, para que eles
possam compreender os discursos que os cercam e terem condições de interagir
com esses discursos. Para isso, é relevante que a língua seja percebida como uma
arena em que diversas vozes sociais se defrontam, manifestando diferentes
opiniões.
Bakhtin (1992) dividiu os gêneros discursivos em primários e
secundários. Os primários referemse aos gêneros que ocorrem em situações
cotidianas; já os secundários acontecem em circunstâncias mais complexas de
comunicação (como nas áreas acadêmicas, jurídicas, artísticas, etc.). As duas
esferas são interdependentes (PARANÁ, 2008, p. 52).
Além das diversas funções que são inerentes à literatura, podemos
destacar as diversas temáticas que são discutidas a partir dela. Trazer à sala de
aula textos que se aproximem, tematicamente, do mundo dos alunos, ou que, de
alguma forma, tratem de assuntos que lhes chamariam a atenção é uma boa porta
de entrada para o trabalho com a literatura em sala de aula.
Cabe ao professor de língua portuguesa então, propiciar ao
educando a prática, a discussão, a leitura de textos das diferentes esferas sociais
(jornalísticas, literária, publicitária, digital, etc.).
Na concepção bakhtiniana, o texto sempre se estabelece como uma
atitude responsiva a outros textos, o que configura o estabelecimento de relações
dialógicas. Na visão de Bakhtin (1992, p. 354), “mesmo enunciados separados um
do outro no tempo e no espaço e que nada sabem um do outro, se confrontados no
plano de sentido, revelarão relações dialógicas”. Eis exemplos de algumas esferas
de atuação e respectivos gêneros: jornalístico (noticia, reportagem, editorial, crônica,
carta ao leitor, entrevista), acadêmica (resenha, resumo, tese, ensaio, artigo,
dissertação).
Ao discutir gênero, é preciso considerar o lugar social da interação;
os interlocutores e seus lugares sociais (relações hierárquicas, relações
interpessoais, relações de poder e dominação, etc.), e as finalidades da interação
(convencer, negar, vender, mentir, informar, instruir, ironizar, etc.).
Fiorin (2006) nos mostra que para Bakhtin nos gêneros do discurso
seu ponto de partida é o vínculo intrínseco existente entre a utilização da linguagem
e as atividades humanas. Os enunciados devem ser vistos na sua função no
processo de interação.
Para ilustrar as práticas que serão concebidas sob o enfoque do
dialogismo, foram escolhidos os textos “O escândalo do petróleo e ferro”, “O poço do
Visconde”, de Monteiro Lobato, cujos temas serão abordados dialogicamente com
música dos Titãs: “Desordem”, com editoriais, com o filme “Assim Caminha a
Humanidade”, com textos informativos e com charges sobre o petróleo e o présal,
além de imagens. Durante o desenvolvimento do projeto os alunos construirão um
portifolio.
A primeira atividade será a aplicação de uma breve sondagem a
respeito da bagagem de leitura que os alunos devem ter sobre a obra lobatiana. O
resultado das questões será abordado no artigo.
ATIVIDADES
O petróleo move o mundo moderno e está presente em nosso cotidiano. Mas
você sabe quem divulgou o petróleo no Brasil?
Fonte: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?
cid=16&letter=P&min=40&orderby=titleA&show=10. Acesso em 20/04/10.
Conheça agora o que a pesquisadora Gislayne Borges em seu artigo
“Petróleo no Brasil” diz sobre o histórico e a luta pela divulgação desse mineral tão
importante.
Petróleo no Brasil
Por Gislayne Borges
Quando falamos sobre o petróleo, muitas pessoas têm a errônea impressão de que essa substância somente apareceu na história com o advento da Revolução Industrial. Contudo, desde a Antiguidade, temos relatos que nos contam sobre a existência desse material em algumas civilizações. Os egípcios utilizavam esse material para embalsamar os seus mortos, já entre os povos précolombianos esse mesmo produto era pioneiramente empregado na pavimentação de estradas.
No Brasil, as primeiras tentativas de encontrar petróleo datam de 1864, Mas apenas em 1897, o fazendeiro Eugênio Ferreira de Camargo perfurou, na região de Bofete (SP), o que foi considerado o primeiro poço petrolífero do país, muito embora apenas 2 barris tenham dele sido extraídos. Nesta época o mundo conheceu os primeiros motores à explosão que expandiriam as aplicações do petróleo, antes restritas ao uso em indústrias e iluminação de residências ou locais públicos. No final do século XIX, dez países já extraíam petróleo de seus subsolos.
Entre as principais tentativas de órgãos públicos organizarem e profissionalizarem a atividade de perfuração de poços no país estão a criação do Serviço Geológico e Mineralógico Brasileiro (SGMB), em 1907, do Departamento Nacional da Produção Mineral, órgão do Ministério de Agricultura, em 1933, e as contribuições do governo do estado de São Paulo. Muito embora as iniciativas tenham sido importantes para atrair geólogos e engenheiros estrangeiros e brasileiros para pesquisar nos estados do Alagoas, Amazonas, Bahia e Sergipe, a falta de recursos, equipamentos e pessoal qualificado dificultaram a chegada de resultados positivos.
Durante a década de 30, já se instalava no Brasil uma campanha para a nacionalização dos bens do subsolo, em função da presença de trustes (reunião de empresas para controlar o mercado) que apossavamse de grandes áreas de petróleo e de minérios, como o ferro. Um das pessoas que desempenhou papel chave nesta campanha foi Monteiro Lobato, que sonhava com um Brasil próspero que pudesse oferecer progresso e desenvolvimento para sua população. Depois de uma viagem aos Estados Unidos, em 1931, Lobato retorna entusiasmado com o modelo de país próspero que conhecera e passa a defender as riquezas naturais do Brasil e sua capacidade de produzir petróleo, através de contribuições de artigos para jornais e palestras para promover a conscientização popular. Estavam entre seus esforços de luta, cartas enviadas ao então presidente Getúlio Vargas, alertandoo sobre os malefícios da política de trustes para o país e a necessidade de defesa da soberania nacional na questão do petróleo; recebeu do governo a concessão de duas companhias de petróleo de exploração do recurso, além de ter lançado os livros O escândalo do petróleo e do infantojuvenil, O poço do Visconde, Serões de Dona Benta e Histórias de Tia Nastácia, sobre a descoberta do petróleo.
(...) O assunto é extremamente sério e faz jus ao exame sereno do Presidente da República, pois que as nossas melhores jazidas de minérios já caíram em mãos estrangeiras e no passo em que as coisas vão o mesmo se dará com as terras potencialmente petrolíferas. (...)Trecho da Carta que Monteiro Lobato enviou ao presidente Getúlio Vargas em 20 de janeiro de 1935.
Nesse meio tempo, no interior da Bahia, no município, coincidentemente mas nada relacionado ao escritor, de Lobato, Manoel Ignácio Bastos, engenheiro que trabalhava para a delegacia de Terras e Minas, encontra amostras de uma substância negra que, após ser analisada pelos engenheiros Antonio Joaquim de Souza Carneiro, da Escola
Politécnica de São Paulo e Oscar Cordeiro, da Bolsa de Mercadorias, é confirmada como sendo petróleo. Depois de muitas tentativas frustradas de atrair a atenção das autoridades, finalmente, em 1939, a sonda enviada pelo DNPM jorraria petróleo abundantemente, sendo considerado o primeiro poço comerciável do país, dois anos depois.
Apenas como curiosidade, quem recebeu os créditos pela descoberta foi Oscar Cordeiro, fato que só seria corrigido pela Petrobras em 1965, quinze anos após a morte de Ignácio Bastos, após extensa análise documental apresentada pela viúva de Bastos.
"Minha filha, eu agora tomei um choque. Passei no Lobato e vi lá uma placa 'Mina de Petróleo de Oscar Cordeiro'. E eu retruquei. Não disse a você, Maneca, que não convidasse ninguém e esperasse ajuda do governo? E Maneca, sempre incisivo nas respostas: 'Mas minha filha, Cordeiro, como presidente da Bolsa de Mercadorias, pode levar avante a parte comercial da sociedade' ".
Maneca apelido de Manoel Ignácio Bastos. Entrevista que Dona Diva, viúva de Bastos, concedeu ao Jornal da Bahia na década de 1950. Fonte: Afinal quem descobriu o petróleo no Brasil? de Petronilha Pimentel.
O êxito obtido em Lobato reforçou a necessidade do país minimizar sua dependência em relação às importações de petróleo. Conseqüentemente, em 1939 o governo de Getúlio Vargas instala o Conselho Nacional do Petróleo (CNP), com a primeira Lei do Petróleo do país, para estruturar e regularizar as atividades envolvidas, desde o processo de exploração de jazidas até a importação, exportação, transporte, distribuição e comércio de petróleo e derivados. Este decreto tornou o recurso patrimônio da União.
Daí em diante, muitas perfurações foram feitas nas bacias do Paraná de SergipeAlagoas e do Recôncavo, sendo que as principais descobertas foram feitas nesta.
Nos anos 50, a pressão da sociedade e a demanda por petróleo se intensificavam, com o movimento de partidos políticos de esquerda que lançam a campanha “O petróleo é nosso”. O governo Getúlio Vargas responde com a assinatura, em outubro de 1953, da Lei 2004 que instituiu a Petróleo Brasileiro S.A (Petrobras) como monopólio estatal de pesquisa e lavra, refino e transporte do petróleo e seus derivados.
Com o passar do tempo, o Brasil se tornou uma das únicas nações a dominar a tecnologia da exploração petrolífera em águas profundas e ultraprofundas. Em 1997, Durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, uma lei aprovou a extinção do monopólio estatal sobre a exploração petrolífera e permitiu que empresas do setor privado também pudessem competir na atividade. Tal medida visava ampliar as possibilidades de uso dessa riqueza.
Em 2003, a descoberta de outras bacias estabeleceu um novo período da atividade petrolífera no Brasil. A capacidade de produção de petróleo passou a suprir mais de 90% da demanda por esta fonte de energia e seus derivados no país. Em 2006, esse volume de produção atingiu patamares ainda mais elevados e conseguiu superar, pela primeira vez, o valor da demanda total da nossa economia. A conquista da autossuficiência permitiu o desenvolvimento da economia e o aumento das vagas de emprego.
No ano de 2007, o governo brasileiro anunciou a descoberta de um novo campo de exploração petrolífera na chamada camada présal. Essas reservas de petróleo são encontradas a sete mil metros de profundidade e apresentam imensos poços de petróleo em excelente estado de conservação. Se as estimativas estiverem corretas, essa nova frente de exploração será capaz de dobrar o volume de produção de óleo e gás combustível do Brasil.
A descoberta do présal ainda instiga várias indagações que somente serão respondidas na medida em que esse novo campo de exploração for devidamente conhecido. Até lá, esperase que o governo brasileiro tenha condições de traçar as políticas que definam a exploração dessa nova fonte de energia. Enquanto isso, são várias as especulações sobre como a exploração da camada présal poderá modificar a economia e a sociedade brasileira.
(Petróleo no Brasil por Gislayne Borges). Fonte: www.soartigos.com/downloadattachment.php?aId...articleId=3285 Acesso em 20/04/10
Agora que você já leu um pouco sobre o petróleo, vamos ler
textos literários de Monteiro Lobato que abordam esse assunto.
TEXTOS LITERÁRIOS
Texto 1
O poço do ViscondeMonteiro Lobato
(...)No serão seguinte, antes do Visconde começar a aula, cada um contou o
sonho geológico que teve.O de Emília, como sempre, foi o mais complicado. Tinhalhe aparecido
uma “baleia petrolífera”, com várias torneiras pelo corpo imenso; uma que dava gasolina; outra, querosene; outra, óleo combustível; outra, óleo lubrificante...
_ Pare, Emília! – gritou Narizinho quando a boneca chegou nesse ponto. – Vovó fala de 300 produtos extraídos do petróleo. Quer dizer que a sua baleia vai ter 300 torneiras pelo menos – e se você começa a encarreirar todas, o Visconde fica sem tempo de dar a lição de hoje.
_ Além disso – ajuntou Pedrinho , eu desconfio muito dos sonhos da Emília. São bemarranjados demais. Essa tal baleia com torneiras petrolíferas está me cheirando a tapeação...
Emília pôslhe a língua, mas “guardou” a baleia, deixando que o Visconde abrisse a boca.
_ Muito que bem – começou ele. – Vimos ontem como se formam os lençóis de petróleo, e vimos que esses lençóis devem estar protegidos por uma capa impermeável que prenda os gases e o óleo. Vimos também que é preciso que os lençóis se enruguem e o petróleo se acumule na parte superior das dobras. Se a capa se rompe, o gás e o óleo escapam e perdemse.
_ Perdemse como? – quis saber Pedrinho._ Quando você pinga um pingo de azeite num papel, que acontece? –
propôs o Visconde.
_ Acontece que o azeite vai se espalhando até tomar conta do papel inteiro.
_ Isso mesmo. Espalhase, vai caminhando. O mesmo se dá com o petróleo lá no fundo, quando a capa impermeável se rompe. Vai se espalhando, vai subindo, até chegar à superfície da terra. Em muitos pontos do Brasil vemos os tais xistos e arenitos betuminosos, que não passam de materiais impregnados do petróleo que veio subindo do fundo. No vale do Paraíba, aqui em São Paulo, no Riacho Doce, em Alagoas, em São Gabriel do Sul e em muitos outros pontos existem grande quantidades de xistos betuminosos. Esse betume é sinal de petróleo do fundo que subiu até em cima.
_ Antes de mais nada, Visconde, explique o que é xisto._ Xisto é uma argila compacta que aparece em lâminas, ou camadinhas; e
arenito já ensinei: é areia com os grãozinhos cimentados entre si, formando uma espécie de pedra meio dura.
_ Nesse caso, quando há em cima da terra xisto ou arenito betuminoso não dever haver petróleo no fundo. Se o petróleo chega até em cima então não está acumulado lá onde se formou.
_ É e não é assim – respondeu o Visconde. – O petróleo existente na camada subterrânea pode terse derramado todo ou em partes. Por uma fenda, ou racha na capa impermeável, pode subir uma parte do petróleo, ficando o resto no fundo.
_ Tome fôlego, Visconde. Não temos pressa.O Visconde encheu de ar os pulmões e continuou:_ Muito bem. Já sabemos ser indispensável que a capa do petróleo seja
impermeável e inteiriça, sem mais uma coisa: os lençóis de petróleo não são compostos de petróleo solto, líquido; ele está sempre misturado com areia, formando uma papa. Osgeólogos dizem, na sua linguagem técnica, que “a camada portadora de petróleo tem de ser de rocha porosa”, isto é, composta de grãozinho com espaços entre si. Nesses espaços é que o petróleo se acumula.
_ Então nas camadas de argila não pode haver petróleo – observou Pedrinho.
_ Não pode. Os grãozinhos de argila cimentamse de tal modo que não fica entre eles nenhum espaço em que o petróleo se acomode. Essas camadas de argila servem de capa, isso sim.
_ Bem – continuou o Visconde depois de uma pausa. – Estamos na capa impermeável. Com o enrugamento da terra, a capa, no alto dos anticlinais, fica muito perto da superfície do solo; e, portanto, está mais arriscada a romperse.
_ Por quê?_ Sempre por artes da Senhora Erosão. Na sua mania de corroer tudo, ela
vai rebaixando o solo, afundandoo até que alcança o alto da capa impermeável e a ataca. O anticlinal é uma montanha enterrada – e a erosão tem ódio às montanhas, como já vimos. Não admite nenhuma. Quer arrasálas todas para deixar a Terra uma planície sem fim.
_ Como é democrática! – exclamou Narizinho._ Sim, a erosão é inimiga das grandezas. O Himalaia, por exemplo, que é
a montanha mais alta do mundo, já foi muito mais alta. A erosão vai raspando, vai roendo, vai destruindo essa orgulhosa montanha, até que um dia dê cabo dela.
_Que dia?_ Um dia lá no futuro, daqui a 100 ou 200 milhões de anos. Nesse dia a
Terra toda estará lisinha, sem nenhuma das rugas que se formaram quando houve o tal enrugamento.
_ Que bom para as geografias dessa época! – exclamou Emília.(...)
_ O petróleo aflora, escapa, escorre, põese em contato com o oxigênio do ar – e o oxigênio o oxida, transformandoo em asfalto. Há pelo mundo numerosos depósitos desses restos do petróleo vazado pelos anticlinais roídos pela erosão. Nesses casos, procurar petróleo ali é tolice. Se ele se derramou, como há de estar lá dentro?
_ Mas pode estar perto, em outro anticlinal que ainda não fosse alcançado pela erosão – observou Pedrinho.
_ Perfeitamente. Perto ou embaixo do anticlinal esvaziado. As camadas, ou os horizontes, ou os lençóis de petróleo aparecem muitas vezes em série, superpostos, uns em cima de outros. Se o primeiro lençol está a 800 metros; outro estará a 1000; outro estará a 1500 – e assim por diante. É por isso que os petroleiros de hoje cuidam muito de perfurações profundas; e em pontos onde já tiraram petróleo a 800 metros, estão agora a tirálo a 1000, 1500 e até 3000 metros.
_ Muito bem, Visconde – disse Pedrinho. – Pelo que o senhor diz, a erosão tirou petróleo muito antes do homem se ocupar disso. Logo, a grande petroleira é a erosão.
(...)Fonte: O poço do Visconde, Monteiro Lobato
Texto 2
O escândalo do petróleo e ferro
Monteiro Lobato(...)O primeiro passo será esse – VER CLARO NO PROBLEMA. O segundo,
muito mais fácil, será resolvêlo. Como? Dando carbono ao Brasil. Que carbono? O mais alto, o petróleo. De que modo? Fazendo o que TODOS os países da América já fizeram – perfurando, PERFURANDO, PERFURANDO!
Mas perfurando de verdade, e não deixando esse serviço a cargo dum serviço geológico federal cuja política parece coincidir singularmente com a das companhias estrangeiras empenhadas e que nos perpetuemos como eternos compradores de petróleo que elas produzem...
Importamos anualmente meio milhão de contos de combustível. Breve importaremos um milhão.
Como se vê, não é o Brasil um mercado absolutamente desprezível para as grandes companhias abastecedoras. Daí o interesse delas em que permaneçamos eternamente fregueses.
Em virtude disso, muito logicamente e de longa data, vêm elas sugestionando a nossa opinião pública para manter o indígena convicto de que aqui não há petróleo.
Pois bem, nada as ajuda tanto nessa propaganda como a política antipetroleira do nosso Departamento Mineral cujo lema se resume nisto: Não tirar petróleo e não deixar que ninguém o tire.
As pouquíssimas perfurações que esse serviço fez em 15 anos de “atividade” nunca realmente visaram descobrir petróleo – e sim desmoralizar as zonas, arraigando ainda mais no espírito do povo a convicção desse absurdo que é não haver petróleo em oito milhões e meio de quilômetros quadrados do continente petrolífero por
excelência. O Serviço Geológico fingia que furava e depois, com a carinha mais inocente do mundo, dizia: “Não tem. Vocês estão vendo que não tem...”
Mas era mentira. Não furava coisa nenhuma. Fingia que furava. Abria buraquinhos de tatu, de 100, 200, 300, 400 metros, coisa que nada vale numa era em que as perfurações vão até 1500, 2000, 3000 metros – havendo já um poço nos Estados Unidos com mais de 5000. Basta dizer que nos 22 poços que em 15 anos o Serviço Geológico abriu em S. Paulo, a média da profundidade não passou de 425 metros – isso numa zona de planalto, 600 metros em media acima do nível do mar.
Além da escassíssima profundidade, quase todos esses poços se perderam em virtude da queda de trépanos, ruptura de cabos, etc., fatos que usualmente aconteciam sempre que a perfuração tinha o topete de dar indícios favoráveis. Ai do poço que revelasse gás ou vestígios do odiado petróleo! Era infalivelmente acidentado...
Chester Washburne, o grande geólogo americano que o governo de S. Paulo contratou para estudar o território do Estado, apresentou um parecer luminoso, no qual diz, referindose a esses poços abertos pelo Serviço Geológico: Tests completed up this time have not been located on favorable structure and have little significance. POÇOS NÃO LOCALIZADOS EM ESTRUTURAS FAVORÁVEIS E DE PEQUENA SIGNIFICAÇÃO.
E o próprio Sr. Fleury da Rocha, que hoje está á testa desse Serviço, diz no relatório que apresentou ao ministro Juarez, depois de analisar minuciosamente a obra feita em 15 anos: “TUDO ESTÁ POR FAZER”. Ora, se tudo está por fazer, então é que NADA foi feito. Nada foi feito, na opinião desse homem que deve saber o que diz, justamente no período em que o petróleo teve nas três Américas e sua maior expansão!
(...)O modo de obter milho é um só – plantar milho. O modo de obter petróleo
é um só – perfurar o chão. Mas perfurar de verdade, a fundo, de acordo com todas as regras da arte – e são justamente os homens oficialmente acoimados de insinceros (ou exploradores do bolso do público), que estão fazendo isso pela primeira vez no Brasil. Estão fazendo o que competia ao Governo fazer. E o estão fazendo com o maior sacrifício, a custa das magras economias de milhares de pequenos acionistas.
No entanto, por mais benemérito que seja o esforço desses pioneiros, cujo triunfo será o triunfo do Brasil, os maiores óbices com que até aqui se defrontaram procedem justamente da campanha contra eles movida pelo serviço público que o país paga para revolver o problema!
O livro de Essad Bey virá mostrar a nossa gente o que é o petróleo, que significação tem hoje no mundo o sangue negro da terra e como é vital para a soberania dum povo dispor das suas próprias fontes de combustível líquido. Virá mostrar... Porque, por incrível que o pareça, ninguém entre os homens públicos, então, a ignorância aterra – e só essa aterradora ignorância explica o abandono em que até agora ficou o problema.
Essad Bey conta da luta gigantesca empenhada entre os dois trusts mundiais em todos os recantos de todos os continentes. Toca de leve no Brasil, apesar de haver aqui matéria para todo um capítulo.
Também no Brasil a penetração dos trusts se faz sentir, por mais secretamente que trabalhem. Um deles, o mais velho, estabeleceu o programa de ir adquirindo os terrenos potencialmente petrolíferos, depois de estudálos geológica e geofisicamente.
Mas não adquire terras provadamente petrolíferas para explorar o petróleo – sim para impedir que outros o explorem. Como esse trust está com superprodução em seus inúmeros campos pelo mundo, não lhe convém abrir fontes no Brasil – e muito menos
deixar que outros o façam. Daí a propaganda do nãohápetróleo com que manobra a bacoquice indígena e também a ação oficial.
(...)Fonte: O escândalo do petróleo e ferro, Monteiro Lobato.
Para você refletir...
1. Após a leitura dos textos compare:
O que há em comum nos textos (semelhanças)?
O que contrasta um texto do outro (diferenças)?
2. De acordo com os textos lidos, a finalidade dos livros de Lobato era:
(A) contar a história do petróleo no Brasil.
(B) apresentar fatos verídicos sobre a situação do Brasil, na época.
(C) mostrar como foi a perfuração do poço de petróleo no Sítio do Picapau Amarelo.
(D) Informar sobre a situação financeira do Brasil, na época.
Faça a sua escolha e a justifique:
Para conhecer mais profundamente a vida de um escritor, é preciso considerar o
ambiente em que ele viveu. O contexto histórico ajudará você a interagir melhor.
3. Faça uma pesquisa sobre a vida e obra de Monteiro Lobato. Procure em sites da
Internet, livros e não se esqueça das referências.
Sugestões de sites:
http://www.projetomemoria.art.br/MonteiroLobato/monteirolobato/1931.htmlhttp://lobato.globo.com/http://www.projetomemoria.art.br/MonteiroLobato/index2.html
LEITURA DE IMAGENS
Procure ler com atenção as imagens reunidas abaixo:
Imagem 1
Fonte:
http://www.diaadia.pr.gov.br//tvpendrive/arquivos/File/imagens/5ciencias/9petroleo_torre.jpg
Acesso em 20/04/10.
Imagem 2
Fonte: http://www.diaadia.pr.gov.br//tvpendrive/arquivos/File/imagem/6ciencias/4petroleo.jpg
Acesso em 20/04/10
Atividades:
Para que o petróleo se formasse, milhões de anos transcorreram na história do
planeta.
1) Consultando o texto O poço do Visconde, de Lobato, diga como o autor descreve
se em determinado relevo há ou não indícios de petróleo. Considere ainda o avanço
da tecnologia para que máquinas incríveis rompam o solo e revelem a sua riqueza.
2) Outras mídias já trataram do tema:
Saiba como se descobre petróleo no mar.
Disponível em: http://especiais.globomar.globo.com/programa/ Acesso em 07/05/10.
Câmera subaquática mostra vazamento na costa dos EUA.
Disponível em: http://noticias.uol.com.br/bbc/2010/05/21/camerasubaquaticamostra
vazamentonacostadoseua.jhtm. Acesso em 21/05/10.
FILME
“Assim caminha a humanidade”
SINOPSERock Benedict é um texano que se apaixona por uma jovem e a leva para sua mansão, numa região quase desértica onde ele cria gado. Jett é seu empregado e protegido de sua irmã, Luz. Jett e Rock brigam, e Jett herda uma terra onde encontrará petróleo e ficará milionário. Os pais de Rock insistem em continuar com o gado, mas terão problemas com os filhos por causa disso.
FICHA DO FILME
Título original: GiantDiretor: George StevensElenco: Elizabeth Taylor, Rock Hudson, James Dean, Carroll Baker, Dennis Hopper, Chill Wills, Mercedes McCambridge, Jane Withers, Sal Mineo, Rodney Taylor, Earl HollimanGênero: DramaDuração: 201 minAno: 1956Cor: ColoridoClassificação: Livre para todos os públicosPaís: EUADADOS DO DVDAno: 1956Distribuidora: WarnerIdioma: InglêsLegendas: Português, inglês, espanhol, japonês, chinês, coreano, tailandês e indonésio
Fonte: http://cinema.uol.com.br/filmes/assimcaminhaahumanidade1956.jhtm Acesso em 20/04/10
Você sabe que o cinema americano já explorou romanticamente o
ambiente em que o petróleo é explorado? Isso aconteceu no filme “Assim caminha a
humanidade”, do diretor George Stevens, sucesso do cinema americano na década
de 50.
Ao lermos os fragmentos de O poço do Visconde (1937) e O
escândalo do petróleo (1936), de Monteiro Lobato, percebemos uma grande
influência da sociedade norteamericana nos textos. Denuncia o jogo de interesses
relacionado com a extração do petróleo e a ligação das autoridades brasileiras com
interesses internacionais. Seu ideal de país era um Brasil moderno, estimulado pela
ciência e pelo progresso. No filme “Assim caminha a humanidade” (1956), a estória
se passa nos EUA e também trata sobre o petróleo.
1) Compare os fragmentos das obras com o filme.
2) Recapitule brevemente o interesse de Monteiro Lobato pela sociedade americana.
3) É incontestável a importância do impulso das ideias de Lobato sobre o petróleo
para o desenvolvimento do país nesta área, como por exemplo, para a criação da
Petrobrás. Pesquise sobre o assunto.
A música a seguir tem caráter político. O petróleo sempre tem causado disputa de
território entre os países, o que acaba provocando conflitos de ideias e de
interesses. Basta acompanhar a os noticiários.
MÚSICA
A título de exemplo, leia com atenção a letra da música abaixo transcrita.
Desordem (Titãs)Músicas do álbum “ Jesus não tem dentes no país dos banguelas ” Compositor: Desconhecido
(...)
Não sei se tudo vai arder Igual a um líquido inflamável, O que mais pode acontecer Neste país rico e no entanto miserável Em que pese isso sempre há, graças a Deus(...)http://vagalume.uol.com.br/titas/desordem.html. Acesso em 20/04/10
Atividades:
1) É possível começar ouvindo uma opinião interpretativa da primeira parte do que é
justiça, quando a música afirma:
“Não sei se existe uma justiça,Nem quando é pelas próprias mãos
Nas invasões, nos linchamentosComo não ver contradição?”
2) Observe que o eu lírico é incrédulo quanto a justiça (“não sei se existe uma
justiça”). O que você sobre a maneira como o compositor vê justiça? Podemos fazer
justiça com as próprias mãos?
3) No verso “Neste país rico e no entanto miserável”, a antítese “rico” e “miserável”
nos revela dois brasis. Que brasis são esses? Quais as classes sociais que
representam os ricos e miseráveis? Por que isso acontece, na sua opinião?
4) Podemos notar no verso “São sempre os mesmos governantes,/ Os mesmos que
lucraram antes,” a falta de modernidade na forma de administrar o país, sempre com
os mesmos vícios de interesse pessoal. É possível ter uma proposta inovadora e ser
aceita pela população? Por que isso é tão difícil?
5) Estamos em pleno ano eleitoral. Você acompanha as disputas entre os
candidatos e entre os partidos políticos pela televisão? O que você tem a comentar a
respeito?
6) A música faz referência a uma série de fatos muito comuns no Brasil,
especialmente nesse período. Quais são eles?
7) Diga que imagens a associação entre a música e o cenário político atual lhe
despertam.
8) Dentre os assuntos mais debatidos pelos políticos em campanha está o projeto do
présal. Leia o texto abaixo, de um blog, que apresenta um histórico da descoberta
da camada de présal no litoral brasileiro.
TEXTO INFORMATIVO
(...)– O que é o présal? 30/08/2009 10:29hFolha de S. Paulo. Caderno Especial.
DA REDAÇÃOUm antigo lago de 800 km de extensão, com mais de 100 milhões de anos
de idade, do tempo em que América e África formavam um só continente, é a mais nova e promissora fronteira para a exploração de petróleo no Brasil.
A chamada camada présal tem potencial para mais do que dobrar as atuais reservas brasileiras, estimadas em cerca de 14 bilhões de barris de petróleo a 14ª maior do mundo. Leva esse nome porque as rochas de onde serão extraídos óleo e gás estão abaixo de uma barreira de sal de até 2 km de espessura, situada até 5 km abaixo da superfície do oceano.
Sua origem está no início do processo de separação dos continentes, quando o que era um imenso lago começou a se transformar em um golfo, ou seja, a ser invadido pelas águas do mar (hoje Atlântico Sul).
A decomposição de microorganismos nesse lago/golfo, aliada à pressão do sal acumulado em sucessivas épocas de evaporação e do peso da própria água sobre ele, durante milhões de anos, deram origem a um depósito de óleo de alta qualidade, que a Petrobras preparase agora para explorar, em área que vai do Espírito Santo a Santa Catarina.(...)
Fonte: http://blogdofavre.ig.com.br/page/7/?tag=governolula. Acesso em 20/04/10
Atividades
Você alunocidadão já observou o interdiscurso com outros textos e viu que a
literatura de Monteiro Lobato já havia levantado essa bandeira por meio de suas
produções literárias e ideal de vida, porque esteve sempre envolvido com empresas,
ou seja, tentando fazer com as próprias mãos. Considere o interesse e a influência
americana nas formas de ocultar a realidade. Portanto, considere:
1) Qual era o interesse? Quem no Brasil estava levando vantagem?
2) E o présal vai beneficiar a quem? Qual é a política econômica para isso?
3) Estamos vendo prefeitos e governadores disputando a participação nos lucros. O
preço do combustível vai baixar? Quando? Temos riquezas petrolíferas, contudo
ficamos presos ao preço do barril de petróleo internacional. Reflita e argumente.
4) Pesquise notícias em jornais e revistas sobre o présal.
Para você ampliar seus conhecimentos sobre petróleo brasileiro e sobre o présal,
eis algumas sugestões:
VÍDEOS
1. Saiba como se descobre petróleo no mar
Disponível em: http://especiais.globomar.globo.com/programa/
Acesso em 07/05/10
2. A história do présal
Disponível em: http://veja.abril.com.br/mediacenter/brasil/historiapresal15
566cb8127edde6cb2ba4453478a4282d.shtml
Acesso em 07/05/10
3. O que fazer com o présal
Disponível em: http://veja.abril.com.br/mediacenter/brasil/fazerpresal25
e1add56fb9f3b4a7253252bcdce60501.shtml
Acesso em 07/05/10
4. Um modelo de petróleo para o Brasil
Disponível em: http://veja.abril.com.br/mediacenter/brasil/modelopetroleo
brasil357f1ba8348efbe9820291e1c98501ab58.shtml
Acesso em 07/05/10
5. Entrevista com Monteiro Lobato
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=KD9LdEbvp1I
Acesso em 07/05/10
6. Entrevista com Monteiro Lobato. Parte 2
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=yqJhKab_RJw&feature=channel
Acesso em 07/05/10
7. Entrevista com Monteiro Lobato. Parte 3
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=JXkUdCdQrrU&feature=channel
Acesso em 07/05/10
BLOG
Leituras Favre (sobre présal)
Disponível em: http://blogdofavre.ig.com.br/page/7/?tag=governolula
Acesso em 07/05/10
REVISTA
“Bianchini” – Estímulo para ler
Disponível em: http://www.revistabianchini.com.br/entrevistas/estimulo_para_ler.html
Acesso em 07/05/10
SITES
1. Pesquisa avançada, vida e obra de Monteiro Lobato, Projeto Memória: Monteiro
Lobato, Monteiro Lobato, moderno descobridor, Memória da leitura (4 ensaios, 8
dissertações e teses...)
Disponível em: http://www.dobrasdaleitura.com/index.html
Abrir canastra virtual
Acesso em 07/05/10
2. Monteiro Lobato: O escritor que previu o futuro
Disponível em: http://www.livroclip.com.br/index.php?acao=hotsite&cod=120
Acesso em 07/05/10
3. Os Estados Unidos de Monteiro Lobato e as respostas ao “atraso” brasileiro
Disponível em: http://books.google.com.br/books?hl=pt
BR&lr=&id=x9kvhkYfvXUC&oi=fnd&pg=PA51&dq=urup%C3%AAs+
+monteiro+lobato&ots=Nvdd_v5Qa&sig=iOzjzZvSxHg2AHTc
pF3o6RTa8c#v=onepage&q=urup%C3%AAs%20%20monteiro%20lobato&f=false
Acesso em: 07/05/10
4. Entrevista com Marisa Lajolo Jornal da Unicamp Livro revela Lobato jovem e
apaixonado.
Disponível em: www.unicamp.br/iel/monteirolobato. Acesso em 23/07/10
5. Monteiro Lobato (1882 – 1948) e outros Modernistas Brasileiros
Disponível em: http://www.unicamp.br/iel/monteirolobato/
Acesso em 23/07/10
LIVROS
Monteiro Lobato Livro a livro, de Marisa Lajolo e João Luís Ceccantini.
Monteiro Lobato – Furacão na Botocúndia, de Carmen Lucia de Azevedo, Marcia
Camargos e Vladimir Sacchetta.
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Carmen Lucia de, Marcia Camargo, Vladimir Sacchetta. Monteiro Lobato, furação na Botocúndia: edição compacta.São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2000.
BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. De
Michel Lahud e Yara Frateschi. 9 ed. São Pulo: Hucitec, 1999.
CANDIDO, Antonio. A Literatura e a formação do homem. In Ciência e Cultura, vol 24
num 9 – São Paulo, set/1972.
CEREJA, William Roberto, Ensino de Literatura: Uma proposta dialógica para o
trabalho com literatura. São Paulo: Editora Atual, 2005.
FIORIN, José Luiz. Introdução ao pensamento de Bakhtin. São Paulo: Ática,
2006.
LAJOLO, Marisa, Ceccantini, João Luís. Monteiro Lobato Livro a Livro.São Paulo:
UNESP: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2008.
LOBATO, Monteiro. O escândalo do petróleo e ferro. Obras completas de
Monteiro Lobato. 1ª série, Literatura Geral, volume 7. São Paulo: Editora Brasiliense
Ltda, 1957.
_______.O poço do Visconde. São Paulo:Edição do Círculo do Livro, volume 10.
PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de Língua
Portuguesa, 2008.
REFERÊNCIAS ON LINE
Secretaria da Educação – TV multimídia – Sons e vídeos – Prosa e verso Monteiro
Lobato. Disponível em:
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=10676
Secretaria a Educação – TV multimídia – Imagens – Química Plataforma de
extração de petróleo. Disponível em:
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/arquivos/File/imagens/6quimica/2extracao_p
etroleo.jpg
Secretaria a Educação – TV multimídia – Imagens – Química Plataforma de
petróleo. Disponível em:
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?
cid=16&letter=P&min=40&orderby=titleA&show=
Secretaria a Educação – TV multimídia – Imagens – Química Présal. Disponível
em:
http://www.diaadia.pr.gov.br//tvpendrive/arquivos/File/imagem/6quimica/4pre_sal1.jp
g
Secretaria a Educação – TV multimídia – Imagens – Ciências – Petróleo. Disponível
em:
http://www.diaadia.pr.gov.br//tvpendrive/arquivos/File/imagens/5ciencias/9petroleo_t
orre.jpg
Secretaria a Educação – TV multimídia – Imagens – Ciências – Petróleo –
Formação. Disponível em:
http://www.diaadia.pr.gov.br//tvpendrive/arquivos/File/imagem/6ciencias/4petroleo.jp
g
Diaadia Educação – Simuladores e Animações – Categoria: Química – Extração e
transporte do petróleo. Disponível em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/objetos_
de_aprendizagem/QUIMICA/petro_transp.swf
Diaadia Educação – Simuladores e Animações – Categoria: Química – Gasolina
adulterada. Disponível em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/objetos_
de_aprendizagem/QUIMICA/sim_qui_gasolinaadulterada.swf
Filme: Assim Caminha a Humanidade trailer. Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=1cGDq3ulYm4
Pesquisa avançada, vida e obra de Monteiro Lobato, Projeto Memória: Monteiro
Lobato, Monteiro Lobato, moderno descobridor, Memória da leitura (4 ensaios, 8
dissertações e teses...)
Disponível em: http://www.dobrasdaleitura.com/index.html
Abrir canastra virtual
Acesso em 07/05/10
Monteiro Lobato: O escritor que previu o futuro
Disponível em: http://www.livroclip.com.br/index.php?acao=hotsite&cod=120
Acesso em 07/05/10
Os Estados Unidos de Monteiro Lobato e as respostas ao “atraso” brasileiro
Disponível em: http://books.google.com.br/books?hl=pt
BR&lr=&id=x9kvhkYfvXUC&oi=fnd&pg=PA51&dq=urup%C3%AAs+
+monteiro+lobato&ots=Nvdd_v5Qa&sig=iOzjzZvSxHg2AHTc
pF3o6RTa8c#v=onepage&q=urup%C3%AAs%20%20monteiro%20lobato&f=false
Acesso em: 07/05/10
Entrevista com Marisa Lajolo Jornal da Unicamp Livro revela Lobato jovem e
apaixonado.
Disponível em: www.unicamp.br/iel/monteirolobato. Acesso em 23/07/10
Monteiro Lobato (1882 – 1948) e outros Modernistas Brasileiros
Disponível em: http://www.unicamp.br/iel/monteirolobato/
Acesso em 23/07/10
Revista “Bianchini” – Estímulo para ler
Disponível em: http://www.revistabianchini.com.br/entrevistas/estimulo_para_ler.html
Acesso em 07/05/10
Leituras Favre (sobre présal)
Disponível em: http://blogdofavre.ig.com.br/page/7/?tag=governolula
Acesso em 07/05/10
Saiba como se descobre petróleo no mar
Disponível em: http://especiais.globomar.globo.com/programa/
Acesso em 07/05/10
A história do présal
Disponível em: http://veja.abril.com.br/mediacenter/brasil/historiapresal15
566cb8127edde6cb2ba4453478a4282d.shtml
Acesso em 07/05/10
O que fazer com o présal
Disponível em: http://veja.abril.com.br/mediacenter/brasil/fazerpresal25
e1add56fb9f3b4a7253252bcdce60501.shtml
Acesso em 07/05/10
Um modelo de petróleo para o Brasil
Disponível em: http://veja.abril.com.br/mediacenter/brasil/modelopetroleo
brasil357f1ba8348efbe9820291e1c98501ab58.shtml
Acesso em 07/05/10
Entrevista com Monteiro Lobato
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=KD9LdEbvp1I
Acesso em 07/05/10
Entrevista com Monteiro Lobato. Parte 2
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=yqJhKab_RJw&feature=channel
Acesso em 07/05/10
Entrevista com Monteiro Lobato. Parte 3
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=JXkUdCdQrrU&feature=channel
Acesso em 07/05/10