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    Trabalho de Concluso de Disciplina

    Da Fenomenologia

    Transcendental Fenomenologia

    Existencial

    Por Caius Brando

    Disciplina: Filosofia Contempornea ContinentalResponsvel: Prof. Fabio Ferreira de AlmeidaFaculdade de FilosofiaUniversidade Federal de ois ! UF

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    Dezembro, 2009

    "

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    Introduo

    # ob$etivo central deste trabal%o & estabelecer uma rela'o entre a compreenso

    da fenomenolo(ia em )dmund *usserl e +artin *eide((er, em sua maior parte, com

    base nos te-tosA crise da humanidade europia e a filosofiae Conferncias de Paris,

    ambos de *usserl, e na ntrodu'o de Ser e tempo, de *eide((er. Com esse ob$etivo,

    buscaremos e-plicitar aspectos centrais em cada um desses pensadores, al&m de

    demonstrar al(uns elementos comuns e discrepantes entre eles.

    Con%ecido como o fundador da fenomenolo(ia, *usserl /0123 ! 03415 nasceu de

    uma fam6lia $udaica em Prossnit7, +oravia,doanti(o mp&rio Austr6aco, e faleceu em

    Fribur(o, Aleman%a, onde lecionou at& o ano de 03"1. 8a Universidade de Fribur(o,

    *usserl foi professor de +artin *eide((er /0313 9 03;5 9 files

    pol6ticas. Por $ul(!las irrelevantes ao ob$etivo deste trabal%o, optamos por no tratar

    a?ui sobre tais ?uest>es. nteressa!nos, contudo, investi(ar al(uns pontos conver(entes e

    diver(entes nas obras desses autores.

    )m primeiro lu(ar, vamos e-por, brevemente, o pro$eto filos

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    *usserl, e a Fenomenolo(ia )-istencial, de *eide((er. Para limitar a abran(ncia de tal

    empreendimento, nos concentraremos na anlise de trs elementos ?ue consideramos

    mais fundamentais, a saber: o ob$etivo, o m&todo e o ob$eto de investi(a'o em cada

    autor.

    A Fenomenologia Transcendental

    endo como cerne de sua preocupa'o a crise do esp6rito europeu e a

    precria situa'o da cincia moderna, *usserl se prop>e a re!fundar as cincias

    positivas a partir de seu pro$eto filos

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    ?ue e-iste por si mesmo /phisis5, na modernidade temos a crescente valori7a'o do

    m&todo cient6fico ?ue busca a certe7a matemtica para as verdades de uma nature7a

    ob$etificada, medida e controlada. sso cria as condi'>es necessrias para o ?ue *usserl

    c%ama de verdadeira revolu'o t&cnica da nature7a.E4Ao promover a separa'o entre

    o su$eito ?ue con%ece e a nature7a, a(ora ob$etificada, as cincias naturais se abstraem

    completamente do elemento espiritual, ou se$a, a sub$etividade.

    Acontece ?ue, para *usserl, as cincias positivas so incapa7es de ?uestionar

    seus prem se$am alcan'ados

    com -ito, como poderiam as cincias validar seu con%ecimento do mundo e da

    nature7aK Fato & ?ue os cientistas no precisam lan'ar mo dos fundamentos Lltimos de

    suas atividades para o -ito de seus trabal%os, mas, ainda assim, como poderiam eles

    provar os pressupostos sobre os ?uais baseiam a validade de suas verdadesEK Para

    *usserl, este trabal%o & um empreendimento a ser reali7ado e-clusivamente pela

    filosofia. )-atamente por isso, *usserl retoma asMeditaesde Descartes para criar um

    MneocartesianismoN e, assim, buscar o desenvolvimento de uma filosofia ?ue se coloca

    no camin%o se(uro de uma cincia ri(orosa e universal 9 a filosofia transcendental. )sta

    filosofia, c%amada de Fenomenolo(ia ranscendental, vem, ento, ao socorro das

    cincias positivas, lan'ando lu7 sobre seus fundamentos. De acordo com *usserl, a

    ob$etifica'o do mundo por cento tipo de cincia ?ue carece de fundamenta'o

    universal provocou o a(ravamento da situa'o de penLria em ?ue se encontravam as

    cincias modernas. # pro$eto %usserliano, atrav&s da Fenomenolo(ia ranscendental,

    busca $ustamente remediar esta situa'o de falta de fundamenta'o racional ri(orosa

    para as cincias positivas.

    A fenomenolo(ia de *usserl & uma cincia eid&tica /relativa essncia5, pura e

    transcendental. *usserl promove um retorno aoEgo Cogito e busca con%ecer as leis e

    princ6pios universais onde repousa a validade de todo e ?ual?uer con%ecimentoposs6vel. Atrav&s de uma opera'o metodol

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    # )(o ranscendental & o princ6pio de unifica'o e individuali7a'o da

    conscincia. )le & apresentado por *usserl como sendo o Lnico responsvel por todo

    con%ecimento poss6vel.

    Pretender conceber o universo do ser verdadeiro como al(o fora

    do universo da conscincia poss6vel, do con%ecimento poss6vel, da

    evidncia poss6vel, e ambos relacionados entre si de um modo

    puramente e-tr6nseco por um lei r6(ida, & um absurdo. Ambos so

    essencialmente solidrios e o ?ue & essencialmente solidrio &

    tamb&m concretamente um s

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    A epochfenomenol

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    ?ue & ser, compreendemos esse &E sem estabelecermos a ele uma defini'o conceitual:

    essa & uma compreenso va(a e mediana acerca do ser.

    /...5 & a partir da claridade do conceito e dos modos de

    compreenso e-pl6cita nela inerentes ?ue se dever decidir o ?ue

    si(nifica essa compreenso do ser obscura e ainda no esclarecida

    e ?uais esp&cies de obscurecimento ou impedimento so poss6veis

    e necessrios para um esclarecimento e-pl6cito do sentido do ser.E2

    )m se(uida, *eide((er coloca de forma ob$etiva a estrutura mais ade?uada para

    o ?uestionamento sobre o sentido do ser. 8esta estrutura, temos trs elementos

    essenciais, a saber: o ?uestionado & o pr

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    analisar os entes reais, ela busca estabelecer a essncia da realidade. # primado Gntico,

    por sua ve7, & estabelecido ao se recon%ecer a cincia como uma atitude do %omem.

    )sta atitude & o modo de lidar ou de se comportar com o real, com a nature7a. S

    $ustamente isso ?ue possibilita, ou fa7 sur(ir o MmundoN. Ademais, a ?uesto do ser

    apenas pode ser colocada a partir e com vistas aos entes. Assim se $ustifica o primado

    Gntico da ?uesto do ser. emos, ento, ?ue o primado ontol

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    /...5 de acordo com um modo de ser ?ue l%e & constitutivo, a pre!

    sen'a tem a tendncia de compreender seu pres e deriva'>es na perspectiva do tempo e com

    referncia a ele, o ?ue ento se mostra & o pr

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    S importante ressaltar o ne-o entre os elementos da estrutura cate(orial do

    Dasein: mundo 9 cotidianidade 9 tempo. A li(a'o entre tais elementos aponta para a

    %istoricidade en?uanto um modo de ser constitutivo doDasein. )m seu ser de fato, a

    pre!sen'a & sempre como e o ?ueE ela $ foi.E sto si(nifica, ento, ?ueDasein& antes

    de mais nada um ente %ist

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    8o entanto, a conver(ncia entre os pontos de partida de cada autor no

    possibilitou ?ue o camin%o a ser percorrido por eles fosse o mesmo. De fato, cada um

    se(uiu ob$etivos distintos na formula'o de suas fenomenolo(ias. De certa forma,

    podemos caracteri7ar o pro$eto %usserliano como epistemol

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    elemento constitutivo do Dasein, ou se$a, fa7 parte da nature7a deste ente e-istir no

    mundo. # papel de uma investi(a'o anal6tica e-istencial & o de revelar a estrutura

    cate(orial doDasein, ou se$a, a sua constitui'o espec6fica de ser.

    Uma diferen'a bastante si(nificativa entre a Fenomenolo(ia ranscendental e a

    Fenomenolo(ia reside nos seus ob$etos de investi(a'o. )n?uanto *usserl edifica a sua

    fenomenolo(ia sobre o )(o ranscendental, *eide((er desenvolve a sua ontolo(ia

    concreta interro(ando o ente a ?uem ele c%ama de Dasein. anto o )(o ranscendental,

    ?uanto o Dasein so os responsveis pela constitui'o de mundo. A?ui vale ressaltar

    ?ue em ambos os casos, o mundo & constitu6do, na verdade, pela intera'o entre os e(os

    transcendentais /intersub$etividade5, por um lado, e pela intera'o entre os daseins

    /cultura5, por outro lado.

    Ainda & importante ressaltar a distinta nature7a destes dois ob$etos de

    investi(a'o. A nature7a do )(o ranscendental & a intencionalidade, ?ue subsiste aos

    diferentes n6veis de redu'o fenomenol

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    must (o to t%e t%in(s t%emselves, and let t%em s%o t%emselves as

    t%eT are in t%emselves. And %en *eide((er actuallT looed at t%e

    aT t%at %uman bein(s are related to t%e orld, %e found t%at t%eT

    are not sub$ects related to ob$ects at all. *e found t%at aareness,

    consciousness, did not plaT anT role.E 00

    Por e-emplo, na realidade, nem sempre desempen%amos tarefas comple-as em

    plena conscincia do ?ue estamos fa7endo, assim como muitas ve7es um motorista

    e-periente diri(e desatento ao fato de estar diri(indo. De fato, este motorista poderia

    perfeitamente estar en(a$ado numa discusso filos

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    *U)RI, ). A crise da %umanidade europ&ia e a filosofia. )d. )DPUCR, Rio

    rande do ul: 033;.

    XXXXXXXXXXXX Conferncia de Paris. )d. )di'>es O, Iisboa.

    nciclop+dia nline*

    P%enomenolo(T. tanford )ncTclopedia of P%ilosop%T. )d. tanford UniversitT,

    tanford: "OO4. Dispon6vel no lin:

    http*--plato.stan$ord.edu-entries-phenomenolog/-

    ntre)ista em udio1isual*

    DR)VFU, *. !usserl" !eidegger and Modern Existentialism, dispon6vel no lin:

    %ttp:HH.Toutube.comHatc%KvWaa;0?%7O

    02

    http://plato.stanford.edu/entries/phenomenology/http://www.youtube.com/watch?v=aaGk6S1qhz0http://plato.stanford.edu/entries/phenomenology/http://www.youtube.com/watch?v=aaGk6S1qhz0