Solidez-compactação (Härte) como idéia da fenomenologia

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  • 7/23/2019 Solidez-compactao (Hrte) como idia da fenomenologia

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    Fenomenologia1

    Sumrio

    Solidez-compactao (Hrte) como idia da fenomenologia

    Colquio: Conceito e imagem (Barlach)

    Prof !om"ach # $ filo%ofia e o %adio %en%o comum

    Semin&rio: Ser e manife%tao

    P Celan e a poe%ia # o fraca%%o e o %uce%%o do% quadro% de 'an ogh

    Protocolo: incent 'an ogh* interpretao de quadro

    Protocolo: +nterpretao de quadro% de incent 'an ogh

    ,ma carta

    utra carta

    Solidez-compactao (Hrte)

    que metaf.%ica/

    corpo

    i'0ncia como intencionalidade

    $ idia da fenomenologia

    1$po%tila # anota2e% e%crita% em alemo* feita% na poca do% e%tudo% na $lemanha (3raduo de 4P)

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    Solidez-compactao (Hrte) como idia da fenomenologia

    Solidez-compactao uma pala'ra inadequada !efere-%e 5 con%i%t0ncia %lido-cri%talina e clareza da l.rica

    6e imediato* aqui* nada %e diz de e %o"re %olidez-compactao* i%%o porque a intuiodo que %ignifica %olidez-compactao de'e con%tituir o limite de%%a meditao 4 uma'ez que o limite pen%ado como o fim* % 'em no fim da refle7o %o"re o %entido

    +dia da fenomenologia: ainda de forma indeterminada* aqui* por idiapen%a-%e algoa%%im como concepo-pr'ia (Vor-griff) 8enomenologia %ignifica ento meditao(Besinnung) t.tulo aponta portanto para um programa: a mo%trar que a %olidez-compactao o fim da meditao

    9o comeo de%%a meditao e%t& a perple7idade Perple7idade* poi% e%tou aqui

    firmemente %entado e no entanto e%tou %u%pen%o pairando numa total indeterminao+%%o porque: at e%%a linha eu & di%%e uma infinidade de coi%a%* fiz muita% in%inua2e%*cheguei at a e%ta"elecer um programa $li* no %ei %equer o que realmente ;quero

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    $ partir do mo'imento centrifugal* a remi%%o corre para o a"erto 'azio: o fim daremi%%o o a"erto* o 'azio $ partir do mo'imento centripetal* o mo'imento %econden%a num ponto nodal ne%%e o"eto aqui: o fim da con'erg0ncia ;i%%o a.

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    4m %ua% prele2e% de Httingen: ;$ idia da fenomenologia (+ntroduo 5% parte%principai% da fenomenologia e cr.tica da razo) de IJKL # IKM de 1NKO* Gu%%erl anali%aa que%to do atingimento certeiro (Trifftigkeit) de meu conhecimento

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    Coluio!Conceito e imagem

    Protocolo da %egunda reunio de I1 de 9o'em"ro de 1NJ (da% IK:1M at I:K)

    47po%itor: Senhor ro%%

    3ema: Cinco figura% da morte em 4rn%t Barlach

    modo e7terior do procedimento da reunio: inicialmente o Sr ro%%o no% apre%entouum conceito pr'io da morte: depoi% foi e7po%to re%pecti'amente um quadro de Barlach%eguido de uma "re'e de%crio feita pelo Sr ro%% Qogo em %eguida* ap% cadare%pecti'o quadro mo%trado %eguia-%e uma di%cu%%o e di&logo do% participante%

    9e%%a reunio foram mo%trado% %o"retudo tr0% quadro%: ,m de%enho: morte agachada>dua% e%cultura%: a morte> morte na 'ida (ou morto na 'ida)

    Mtodo e meta: Sem opinio preconce"ida ficamo% olhando detidamente para o quadro>dei7amo% a o"ra repercutir em n%> depoi%* tateando* de%cre'endo* atra'% do di&logo edo de"ate* tentamo% fazer %urgir em n% o contedo e%%encial da o"ra 4 uma 'ez que a%imagen% eram uma e7pre%%o imediata da morte* a e%%0ncia que de'eria %urgir em n%era morte =unto com e%%e %urgir da morte de'eria tam"m mo%trar-%e a e%%0ncia daobra de arte* u%to porque a morte aden%ou-%e na o"ra ?a%* uma 'ez que a o"ra de quee%t&'amo% ;tratando< na reunio era uma imagem* de'eria tam"m %urgir igual e

    untamente a e%%0ncia da imagem ?orte* o"ra* imagem eram portanto no%%o% a%%unto%de intere%%e 3oda'ia* no puderam %er tratado% %eparadamente ou de formae%pecificamente tem&tica* u%to porque na morte* na o"ra e na imagem* e%ta'a emque%to o me%mo: eram por a%%im dizer tr0% concre2e% de uma e a me%ma coi%a* deforma que a clarificao de uma %ignifica'a igualmente a clarificao da% demai% ?a%*me%mo de forma indeterminada e intrincada* a% di%cu%%2e% da reunio agruparam-%e emtorno de%%e% tr0% momento%: morte, obra e imagem $li* no%%o intere%%e principalcontinuou %endo %empre ;a imagem< (ou o conceito) com %eu% pro"lema% e que%t2e%*di%cutido% ainda na primeira reunio

    $gora reproduzo "re'emente o contedo de no%%a% di%cu%%2e%: e i%%o no %eguintee%quema: a) $lgun% trao% e%%enciai% do% elemento% da imagem por n% de%crito% dare%pecti'a o"ra> depoi%* a t.tulo indicati'o* a e%%0ncia da o"ra que %e mo%tra ne%%e%elemento% da imagem: morte ") % pro"lema%* %urgido% a partir da di%cu%%o %o"re a

    morte: morte* o"ra e imagem conceito pr'io %o"re a morte* dado pelo Senhor ro%%: ?orte um fenFmenoe%pecificamente humano: atinge o ncleo do homem: como im-possibilidade de seu si-mesmo

    1 Euadro: a morte acocorada: $ morte e%t& den%amente unto ao homem 3oda aconfigurao da morte* de forma indeterminada* 'e%tida de forma di%creta como um'aga"undo am"ulante* formando um no'elo de %inai% inapreen%.'el que atua como

    plano de fundo da figura de um homem e parece ao me%mo tempo cre%cer %urgindo apartir do% p% do homem* fortemente demarcado%* com muita clareza e at pe%adamente*

    como que de uma raiz 6e%%a indeterminidade* a face e depoi% o% ge%to% da% mo%%urgem e%tranhamente claro% em %ua indeterminidade: a e%querda ergue o "on para ocumprimento> a e%querda mantm o oelho na po%tura de algum agachado % trao%

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    no-n.tido%* confu%amente 'acilante% do ro%to %o um nico %orri%o irFnico indefinido:um tanto irFnico* %imp&tico forado* malicio%o* afianamento "anal de um colega

    "a%tante conhecido no cotidiano> %eu olhar paralelo e%preitante diz: ;=& e%tou a.* %empree%ti'e* e%pero que tu de%perte%< ge%to da mo direita* erguendo o "on emcumprimento* re%ponde com afianamento e'idente e natural ao olhar fi7o do homem

    petrificado de terror: ;4u %empre & e%ti'e aqui> por que quere% fugir* eu %ou poi% tume%mo Por que te aterroriza%/ nada deameaador* nenhum ataque* nenhuma apro7imao* ma% e'id0ncia parda %olta*cotidianidade* afianamento pardo: o car&ter-a. da morte 4 o horrendo na morte

    preci%amente e%%a e'id0ncia parda e auto-pro7imidade

    homem de%enhado com trao% "em demarcado% e firme% $ parte %uperior do corpo%e a'ia a ir em"ora a%%u%tada 4%%e ;a'iar-%e para ir em"ora< paralizado pela parteinferior do corpo* pe%ada e macia* de tal modo que o ;a'iar-%e em"ora< torna-%e

    igualmente num ;den%o-permanecer-a.-r.gido

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    na direo de que e%to 'oltada% a% dua% figura% do ;como< ;contrapo%to< da morte e apartir donde rece"em %eu contedo $ mori"unda como centro e meio equili"rador tam"m igualmente um ;como< da morte* apena% que e%%e ;como< por a%%im dizer olugar pri'ilegiado onde a morte orra de forma mai% den%a (ma% no gradual) comoe%%0ncia de%%a o"ra que propriamente e%%a ;e%%0ncia< no foi determinado mai%

    e7plicitamente

    # !magem, Morte na $ida %ou morto na $ida&: ?adeira ,ma figura e%guia de homem tronco co"erto por um manto tem em %i algo de r.gido de %arcfago* de mmia* algodi%forme 6o tronco cre%cem a% mo%* algo ainda r.gido ma% um pouco mai% li're* comoo c&lice de uma flor 6e%%a% mo% em forma de c&lice flore%ce a face do homem* quee7pre%%a a %erenidade* repou%o do e%p.rito* claridade da po%tura interior

    Poder.amo% reproduzir a impre%%o total que no% d& a imagem* mai% ou meno% a%%im: $figura r.gida como madeira %e a"re atra'% da% mo%* a partir da nece%%idade de

    proteo e do e%treitamento da ang%tia* titu"eante* tateando* e%perando* e depoi% com

    e%perana para a a"ertura li"ertadora do ro%to como luz

    3am"m aqui* tronco* mo% e ro%to formam uma unidade fechada do %er-%ingular $rigidez do tronco e a le'eza do ro%to li're no e%to em contrapo%io e tampouco emcorre%pond0ncia 3ronco* mo% e ro%to %o por a%%im dizer momento% de den%ificao deuma e a me%ma coi%a: %o tr0% ele'a2e% de uma unidade %ingular indiz.'el que %eele'am para a luz ?a% e%%a ele'ao no pode %er compreendida como uma ele'aoou como um enriquecimento gradual* poi% o ;todo

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    momento* que pertence propriamente 5 e%%0ncia morte/ $li logo %urgiu a que%to decomo %e relacionam a% tr0% figura% entre %i: Sem tratar mai% de perto a primeira que%to*foi dito em relao 5 %egunda que%to que a imagem ;?orte na 'ida< conteria a %.nte%eda primeira e da %egunda imagem $ %a"er* o autoe%panto como e%treitamento r.gido daang%tia na primeira figura* e a figura da mori"unda entregue* %ol'ida* ;fazendo a%

    'eze%< de meio de equil."rio* na figura I* na %ingularidade fechada ;tor%o (ang%tia)-mo%* (e%perana)-ro%to (luz)< %o ;trazido%< em unidade-den%idade da terceira imagem

    c) $ primeira imagem no% mo%trou a morte como autoe%panto da autocon%ci0ncia e i%%ocomo car&ter de %er cada 'ez meu

    $ imagem I no% mo%tra tr0% momento% e%%enciai% da morte* formada por homem*mulher e mori"unda

    4 uma 'ez que o cada 'ez meu* em %ua concreo* % diz re%peito ao indi'.duo* e 'i%toque na I imagem a% tr0% figura% formam por a%%im dizer uma comunidade* colocou-%e a

    pergunta tal'ez um tanto a%%o%%iati'a: como na primeira imagem a morte % e%t&referida ao indi'.duo e a morte na imagem I %e refere 5 comunidade entre %i/

    $ indicao da re%po%ta* que no foi detalhada mai% de perto* %oa mai% ou meno% a%%im:$ morte como autoe%panto %ignifica ang%tia e ang%tia cada 'ez minha ?a% ae%%0ncia do cada 'ez meu no con%i%te primordialmente no fato de dizer re%peito apena%ao indi'.duo* ma% no fato de que ela po%%ui uma e%trutura de autoidentidade todo

    prpria 4%%a ;e%trutura< de autoidentidade ou da autopro7imidade caracteriza poi% todo%er e e%%0ncia que dizem re%peito ao comportamento e 5 'ida humana* como pore7emplo* fidelidade* deci%o* amor* dio etc $ autopro7imidade* que %e anuncia;negati'amente< no autoe%panto e por a%%im dizer ;%olip%i%ticamente< no cada 'ez meu*

    nada mai% que o condicionamento da e%%0ncia da inter-relao comunit&ria: atra'% damorte* portanto* o homem torna-%e homem e qui& como homem comunit&rio

    d) $ que%to acima mencionada* como %e comportam entre %i a% tr0% figura% de%crita%*a'iou uma di%cu%%o %o"re a e%%0ncia da o"ra de arte

    Perguntou-%e: Ser& u%tific&'el at colocar uma tal pergunta* uma 'ez que a o"ra de arte %empre uma e7pre%%o %ingular da e%%0ncia $rgumentou-%e: $ e%%0ncia %empre umae a me%ma 9o %e dei7a di'idir em parte% ou em pedao% Se a%%im* ento cada o"ra radicalmente %ingular ?a% como po%%.'el falar-%e de di'er%a% o"ra%* que de'eme7pre%%ar a me%ma e%%0ncia/ Como po%%.'el comparar entre %i a% di'er%a% o"ra%

    %ingulare%/

    6e princ.pio: Como determinao negati'a da o"ra de arte* %e di%%e: a o"ra no umae7pre%%o mediadora de uma e%%0ncia* no uma re%pecti'a ;'e%timenta< de uma e dame%ma e%%0ncia Poi% no ha'eria %eparao entre e%%0ncia e o"ra

    4%%0ncia e o"ra formam uma unidade %ingular to fechada que nem %equer poder.amo%dizer e%%0ncia e o"ra

    6epoi% tentamo% definir o"ra como a re%pecti'a %ituao onde %e faz pre%ente ae%%0ncia 9e%%e %entido* a re%pecti'a o"ra* enquanto %ituao* %eria um momento

    e%%encial de uma o"ra de arte ?a% 'i%to que e%%0ncia no uma coi%a %eparada da%ituao e 'i%to que e%%0ncia e %ituao formam* por a%%im dizer uma ;unidade-i%%o-a.

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    radicalmente fechada* tam"m afirmou-%e que entre di'er%a% o"ra% de arte no ha'erianenhuma corre%pond0ncia* nenhuma contrapo%io* nenhuma comparao de uma e ame%ma e%%0ncia* no %entido u%ual +%%o %ignifica tam"m que no ha'eria nenhumenunciado mediador %o"re o"ra de arte* de tal modo que o"ra de arte % poderia %er;compreendida< no fazer criati'o ou no contemplar criati'o +%%o %ignificaria que no%%o%

    e%foro% em ;de%cre'er< a o"ra de arte (quadro)* de ;apreend0-la< em conceito %eriauma e7pre%%o da impot0ncia de no%%o pen%ar (%i%tema conceitual* e%trutura horizontaletc)

    $qui porm %e apre%enta uma intere%%ante %uge%to de %oluo $ impot0ncia do pen%ar% %e mo%tra quando coloco o conceito %ingular como algo que de'e tran%mitir para mimalgo diferente do que tran%mite (mo%tra) para ele 3oda'ia* a e%%0ncia do conceito no

    pode %er compreendidaT quando a retiro de todo o ;%i%tema a parte inferior docorpo do homem e%t& numa tal pro7imidade com o% p% da morte que o homem e a

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    morte* por a%%im dizer* parecem %urgir e cre%cer a partir de uma e a me%ma raiz 6a.%urge: apro(imidade* aus)ncia de dist*ncia 6e imediato entre a parte %uperior damorte e a parte %uperior do homem* %e d& umafenda abissal* que parece %epararradicalmente a am"o%: o car&ter retraente da morte 3odo o conunto da impre%%o doro%to e do% ge%to% da morte mo%tram: afianamento* e%pera* fanta%maticidade* ironia*

    impot0ncia* pa%%i'idade* autoe'id0ncia parda

    % ge%to% do homem que pu7a uma co"erta %o"re %i aponta para um car&ter de%nudanteda morte: ela de%nuda no%%a dimen%o mai% profunda homem procura al"ergar-%econtra a morte e ocultar a morte de %i 3oda a impre%%o do ro%to e da po%tura do homemaponta para o autoapa$oramento como autoconsci)ncia

    I" morte: Con%i%te de tr0% figura%* 5 e%querda mulher* 5 direita o homem* no meio amori"unda (figura): Cada figura e7pre%%a uma po%%i"ilidade fundamental docomportamento frente e na morte: ;no apreender< pa%%i'o* o homem> ;a"andonar-%e con%i%tindo de tronco* mo% e ro%toPoder.amo% reproduzir a impre%%o geral de%%a figura do %eguinte modo: a figura te%a e

    r.gida %e a"re atra'% da% mo%* a partir da nece%%idade de proteo e a partir doe%treitamento da ang%tia* cam"aleante* tateante* e%perando e depoi% em e%perana naa"ertura li"ertadora do ro%to como luz mo'imento dialtico e %ua unidade '0m 5lume aqui de forma ainda mai% clara: tronco* mo% e ro%to* formam uma ele'ao que %ea"re 5 luz* ele'ao de uma unidade %ingular indiz.'el

    $ partir da% de%cri2e% da% tr0% figura% e a partir da tentati'a de determinar a e%%0ncia damorte atra'% de%%a%* %urgiram que%t2e% e di%cu%%2e%

    Bre'emente alguma% que%t2e% que di%cutimo%

    1 $ partir da primeira imagem ;a morte acocorada

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    4%%a que%to de como %e relacionam a% imagen% entre %i pre%%up2e uma que%tomuito importante* no anali%ada $ que%to diz re%peito 5 e%%0ncia da o"ra 9ume%quema* poder.amo% formular a que%to do %eguinte modo:

    So"re a e%%0ncia da o"ra* temo% dua% te%e%* que parecem pertencer e%%encialmente &

    o"ra* e no entanto %e contrap2em mutuamente1 3e%e: 3oda% a% o"ra% %o uma o"ra da e%%0ncia

    I 3e%e: Cada o"ra a imagem da integralidade da e%%0ncia

    ra: Se toda% a% o"ra% %o uma imagem da e%%0ncia* ento a% o"ra% remetem uma 5outra> t0m uma pertena mtua> preci%am uma% da% outra%> cada o"ra tem portanto umaa"ertura para com a% outra%

    3oda'ia* %e cada o"ra imagem da integralidade da e%%0ncia* ento cada o"ra %e fechapara dentro de %i* formando uma %ingularidade fechada* auto%uficiente* no preci%a daoutra o"ra* no tem a"ertura para com outra%

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    "rof# $om%ac& ' filoofia e o adio eno comum (1*#1+#1,**)

    1 8ilo%ofia no %e faz por %i me%ma 3emo% de no% trazer para diante dela epropriamente inici&-la* enquanto filo%ofia

    (L) 6ei7ar encontrar algo num horizonte mai% uni'er%al %ignifica: e7por e%%a coi%a$pro7imao o que propriamente acontece no e7por (Vorstellen)

    $ filo%ofia no tem um Dm"ito mai% uni'er%al 4la para %i me%ma o mai% amplo ne7oconte7tual 4 portanto tam"m no pode %er repre%entada ($orgestellt)

    $ filo%ofia no conceito e no tem Dm"ito* irrepre%ent&'el e impen%&'el: portanto umano-coi%a (+nding)* que no e no pode %er 9o h& filo%ofia (M) ?a%: +%%o no

    preci%amente a afirmao do %adio %en%o comum/ (po%io 1)

    (O) Para poder comear # para %equer poder %er # de'e %er po%%.'el ha'er para a filo%ofiauma po%io que %ea igualmente fora e no fora 4%%a po%io que a"ertamente umacondio e%%encial conce"e a filo%ofia # e qui& a partir de 4%pinoza com umae7pre%%i'idade cada 'ez mai% cre%cente # %o" a categoria do autoe%tranhamento4nquanto homen%* 'i'emo% propriamente na totalidade e plenitude da 'erdade +%%o queaparece no fundo o a"%oluto e o prprio %er eus si$e natura ?a% de imediato eu%ualmente % no% aparece o ente # e i%%o apena% parcialmente +%%o % po%%.'el

    porque o e%p.rito re%tringe a %i me%mo e aliena a %i me%mo* tornando-%e para %i %uaprpria pre%ilha $ partir (U) da claridade de uma 'i%o originariamente pura da l.mpidaorigem de toda 'i%i"ilidade* do agathon* encontramo-no% tran%ladado% para a% %om"ra%e na% tre'a% do %adio %en%o comum Por i%%o* importante encontrar o caminho de 'olta

    de%%a e%tranheza para a p&tria do pen%ar $ imagem a mai% perene de%%e e%tado de coi%a%no% dada por Plato na a%%im chamada ;alegoria da ca'erna apena% que ele no pen%a ni%%o %olo da naturalidade no a%%im to natural

    pardamente e'idente* determinado e formado por deci%2e% metaf.%ica% fundamentai%e%quecida% e de certo modo petrificada% ra%o e firme da% pre%%upo%i2e% tri'iai% do%adio %en%o comum %o a"i%%ai% em %ua que%tionalidade

    (N) 8ilo%ofar %ignifica ento: rea%cender para o fundamento do %a"er natural do mundo*

    %u%pen%o da% pre%%upo%i2e% ontolgica%* autoe%clarecimento de um conhecimentoing0nuo # po%tura* a'iar um que%tionar enriecido (po%io I)

    (1K) que perfaz a e%%0ncia da compreen%o tri'ial no e%%a ou aquela te%e* ma% atri'ialidade* com a qual maneam-%e e%%a e outra% te%e% caracter.%tico aqui no ointraduz.'el dentro do %adio %en%o comum* ma% apena% %eu %er traduzido e%quecimento da% te%e% no ele prprio no'amente uma te%e # Sua% "a%e% decompreen%o %e modificam com a hi%tria* ma% o %adio %en%o comum continua %endo oque

    ?a% %e a%%im* ento* o %adio %en%o comum de%aparece na traduo filo%fica> em todo

    ca%o no ao modo de %er %u"%umido na filo%ofia* ma% de tal modo que %e dela e%'ai #

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    (11) Ser& i%%o uma pena/ $lm di%%o* de'emo% ainda %a"er o que %ea o prprioe%quecimento/ # 9% preci%amo%* %im 4 qui& porque a filo%ofia* %egundo %ua prpria

    po%%i"ilidade* %e conce"e como a clarificao da po%io que determinada em %uae%%0ncia pelo e%quecimento Se o e%quecimento ficar incgnito* tam"m a filo%ofia

    permanece que%tion&'el # $%%im* agora e%tamo% diante de uma po%io * %egundo a

    qual no h& filo%ofia no modo como ela %e compreende inicialmente* poi% oautoe%clarecimento de%conhecido a %i me%ma e i%%o %ignifica tri'ial $ fra%e;tri'ialidade metaf.%ica< %e torna em ;metaf.%ica tri'ial a tri'ialidade no apena% tri'ial 3em em %i me%ma uma nece%%idade e

    profundidade prpria%

    $%%im* por e7emplo* re'ela a arte de um modo que no no% pode %er re'eladooriginariamente por nada alm da arte R 'erdade que podemo% trazer para perto de n%aquilo que e%t& na o"ra de arte* interpretando-a de di'er%o% modo% ?a% i%%o tudo %frutifica %e & ante% ti'ermo% claro o que o art.%tico da o"ra de arte Pintar e poetardecidem ele% prprio% %o"re o que arte e cria ainda o% limite% e o e%pao de %eu prpriocriar 6& a %i me%mo %ua 'erdade* ou %ea* %eu horizonte

    (1L) me%mo %e aplica ao pol.tico* ao religio%o* ao econFmico ou 5 teologia> aqui*de%de 3om&%* o princ.pio de que 6eu% no conhecido ;per %uam e%%entiam< e pode %ere7plicitado filo%oficamente* e%t& do ponto de 'i%ta ontolgico determinado

    %uficientemente $qui a filo%ofia %e imp2e %eu% limite> aqui hou'e* pro'a'elmente*tam"m no princ.pio a nece%%idade de pen%ar em geral o pro"lema do limite da razoe%peculati'a R por i%%o* tam"m* que de 3om&% a Vant no h& l& tanta di%tDncia # e ali'emo% uma "a%e por que am"o% dei7aram o factum "rutum do %adio %en%o comum em%ua faticidade

    prprio de outra% 'erdade% permanece fechado 5 filo%ofia 6ali* "rota %ua tarefa defi7ar e manter para %i me%ma a diferena de 'erdade em relao a e%%a% $ filo%ofia daarte* por e7emplo # %e qui%er fazer u% a %eu nome # dei7a a arte para a arte* li"erando-aa%%im para %ua prpria hi%tria

    4%%a li"erao de modo algum um comportamento pa%%i'o li"erar e7ige # e e%%ae7ig0ncia preci%a ficar clara fil%oficamente $% e7ig0ncia% da li"erao %o a% condi2e%

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    %em a% quai% a arte no pode %er arte* e i%%o %ignifica: %em a% quai% ela no pode dar a %ime%ma* hi%toricamente* %ua e%%0ncia 6ei7ar %ua 'erdade 5 arte* ao 4%tado* 5 religiono %ignifica preci%amente um de%intere%%e* ma% um engaamento pr7imo e diretonela% e um inten%o tra"alho

    (1M) e%quecimento o"edece a uma nece%%idade e e%t& %o" um 'erdade prpria $nece%%idade perfaz* portanto* o poder-%er-'erdadeiro da filo%ofia

    (1J) que e%t& implicado propriamente ne%%a nece%%idade/ e%%a% refle72e% 'o nalinha de preparar a pro"lem&tica do pro"lema* ou %ea* preparar o lugar certo da que%to*o modo e a maneira como %e de'e perguntar aqui %e ela (a que%to) de'e poder %er

    pen%ada como uma que%to filo%fica* ento a filo%ofia de'e compreender-%e de mododi'er%o do que %e fo%%e a clarificao de uma compreen%o* cuo modo de %er conce"ido pelo prprio clarificar $ que%to %a"er %e po%%.'el uma filo%ofia quecoloca como %ua "a%e a 'i%o de que a origem do poder-compreender uma

    pre%encialidade que no pode %er compreendida a partir do compreender* ma% que tem

    de %er compreendida %e qui%ermo% conce"er o prprio compreender

    9a nece%%idade origin&ria* que origin&ria porque a origem do poder compreender* ohomem tem clareza de %i me%mo de um modo que* nela medido* toda autoclarificao e%cura e enigm&tica S pode clarificar a %i me%mo aquele %er que ante% & %ere%pon%a"ilizou e tomou a %i me%mo %o" %eu encargo 3er-%e encarregado de %i %ignifica:'ir diante de %i me%mo ir diante de %i me%mo %ignifica: %er mo%trado # e%%a mo%traoe%t& de%de o fundamento dentro de uma outra luz 4%%a luz aparentemente tal que noapena% mo%tre o homem* ma% mo%trando-o gera-o

    (1O) 4%tar a%%im na luz uma nece%%idade ,%ualmente e 'ia de regra chamamo% a e%%a

    de: finitude Com e%%e nome* ate%ta-%e uma e%%0ncia* um %er que no a partir de %i ma%apena% em 'irtude de %eu encarregar-%e 4%%e encarregar-%e no de%igna naturalmenteuma propriedade* ane7a a um &-ente 3ampouco %e refere a um modo de %er $nte%*

    poder.amo% dizer: a re%pon%a"ilizao aclara a %i me%ma* por %er o prprio %er-clarificado (a mo%trao)

    ?a% i%%o tudo concepo pr'ia> qui& nece%%&ria # ma% tam"m tal que %e enleia em%i me%ma e %e o"%curece ?a% aqui tam"m % pode pro'ir o tanto que a finitude

    pre%ente na re%pon%a"ilizao %e retrai ao pego (ugriff) direto da filo%ofia # e que elapor fim que de modo t&cito d& a compreender um limite 5 filo%ofia atra'% do %adio%en%o comum Perfaz a e%%0ncia do e%quecimento que con%titui o comeo e o fim do

    e%clarecimento filo%fico

    $ filo%ofia no alcana inclu%i'e para alm de%%e fim* %er& que pelo meno% no alcanaat ele/ +%%o %ignificaria que o fim pode ainda tornar-%e um tema da filo%ofia R claroque no de tal modo que ela % fala%%e de%%e fim* a%%egurando a %i me%ma de %a"erdi%%o ?a% de tal modo que ali ela reconhece a "a%e e a po%%i"ilidade do aclaramento de%eu %er e de %eu %i-me%mo # %er& que po%%.'el pelo meno% i%%o/

    +%%o dependeria* %eguramente* do fato de %a"er %e ela capaz de ultrapa%%ar a pardaautoe'id0ncia # num %entido amplamente ideal.%tico Ser& que ela pode i%%o/

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    ecrito a lpi! e.poio de eminrio/ e.poitor! &arada0

    Ser e manifetao (rc&einung)

    8enomenologia %ignifica literalmente ci0ncia de fenFmeno% 4m %ua% o"ra% tardia%*Gu%%erl caracteriza a fenomenologia muita% 'eze% como autorefle7o (.elbstbesinnung)

    $utorefle7o %ignifica autodemon%trao* algo a%%im como mo'imento interno deapro7imao ao %i-me%mo Como tal* fenomenologia* enquanto ci0ncia de fenFmeno%* ade%co"erta da po%%i"ilidade fundamental de meu %i-me%mo como automanife%tao $apreen%o mai% preci%a do conceito manife%tao ou fenFmeno uma da% condi2e%

    para uma melhor compreen%o da fenomenologia como autorefle7o

    o"eti'o de%%e protocolo um e%clarecimento do conceito de fenFmeno por a%%imdizer para mim me%mo 4 i%%o numa delimitao "em definida

    So"re fenFmeno* diz Gu%%erl: ;3am"m outra% ci0ncia%* conhecida% de h& muito*'oltam-%e para o fenFmeno $%%im* de%igna-%e a p%icologia como uma ci0ncia do

    p%.quico* a ci0ncia da natureza como uma ci0ncia da% ;manife%ta2e%< ou fenFmeno%f.%ico%> ao me%mo tempo* oportunamente* na hi%tria %e fala do hi%trico* na ci0ncia dacultura* de fenFmeno% culturai%> e de modo %emelhante para toda% a% ci0ncia% dofenFmeno* e %ea qual for o %ignificado que po%%am ter* certo que tam"m afenomenologia e%t& referida a todo% e%%e% ;fenFmeno%< e de acordo com todo% o%%ignificado%: ma% numa po%tura totalmente di'er%a* atra'% da qual todo e qualquer%entido de fenFmeno que encontramo% na% ci0ncia% que conhecemo% de h& muito decerto modo %e modifica R % a%%im modificado que ele adentra na e%fera

    fenomenolgica< (!deen /u einer reinen 0hnomenologie und phnomenologischen0hilosophie + Buch* 4inleitung)

    4%%a modificao acontece na reduo fenomenolgica

    que e%%e modo determinado do %entido modificado de fenFmeno/ que %ignifica;fenFmeno< %egundo a reduo fenomenolgica/

    Para apro7imar-no% um pouco da re%po%ta a e%%a que%to* go%taria de tentar realizar areduo fenomenolgica* como ela apareceIpela primeira 'ez de forma e7pre%%a na%cinco prele2e% de Gu%%erl em %equ0ncia da meditao %o"re a d'ida de%cartiana

    Gu%%erl comea %ua refle7o com uma pre%%upo%io 4%%a pre%%upo%io %ua %ituaohi%trica como um determinado modo de concepo de %entido Gu%%erl chama-a de

    po%tura (Haltung) natural

    $ po%tura natural caracterizada como: eu 'i'o 'oltado para a% coi%a%

    %er-'oltado-para-a%-coi%a% pode %er de di'er%o% modo%: Por e7emplo: frente a umaflor* um "e"0* uma criana* um 'endedor de flore%* um "otDnico* um pintor etc

    W multiplicidade de impo%ta2e% ;frente< 5 flor corre%ponde uma multiplicidade deconcep2e% de flor

    Iie !dee der 0hnomenologie Gu%%erliana* 'ol ++ p +++ e L

  • 7/23/2019 Solidez-compactao (Hrte) como idia da fenomenologia

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    $ po%tura natural como o comeo da refle7o fenomenolgica* em no%%o ca%o* apo%tura do "otDnico: a %a"er* a po%tura cient.fica

    $ e%%a po%tura* corre%ponde como %ua concepo de %er* o mundo como mundo-coi%aGu%%erl chama-o %imple%mente o mundo

    6e imediato* a fenomenologia fundao e e%quadrinhamento da ci0ncia do mundoL$li a fenomenologia de%-co"re o car&ter de delimitao (Be%chrXnYtheit) da po%turanatural cient.fica (correlati'o do mundo) forando a 'ir 5 luz com i%%o uma no'adimen%o ;mai% profunda< e mai% a"rangente (mundo)* que em"ora e%tando %empre

    pre%ente* e%ta'a enco"erta Gu%%erl de%igna e%%a no'a dimen%o de: .ub1eti$idadetranscendental

    $ %u"eti'idade tran%cendental poi% a fonte origin&ria do fenFmeno no %entidofenomenolgico

    $ reduo fenomenolgica o de%enco"rimento de%%a no'a dimen%o ?ai% que umde%enco"rimento* ela uma irrupo Como tal* ela % pode %er ;compreendida< em%ua e%%0ncia e em %ua a"rang0ncia quando n% me%mo% ;atra'%< da reduo chegamo%5 irrupo da %u"eti'idade tran%cendental

    4nquanto irrupo* ;ela comea< ali onde aca"a a ci0ncia do mundo* ou %ea* para quecheguemo% ao de%enco"rimento da no'a dimen%o temo% de ter percorrido o caminhodo ;e%tar-'oltado-ao-mundo< at que o caminho que ante% trilh&'amo% tenha findado%o" no%%o% p%M+%%o quer dizer: a reduo fenomenolgica de princ.pio o tra"alho dee%gotar 4nquanto tra"alho* tem de %er pre%tado 3ra"alho % pode %er ;compreendido !eduo para o fenFmeno em %entido fenomenolgico R % o ltimo que reduo fenomenolgica aut0ntica

    $gora traamo% um caminho direto $nali%aremo% completamente o primeiro n.'el at

    'i%ualizarmo% nele o %egundo n.'elN

    3omar algo de antemo: aqui %omo% tentado% a re%umir todo o proce%%o da reduo do%eguinte modo:

    ?inha 'i'0ncia como meu ;interior< %e d& por %i %em %om"ra de d'ida%* poi% enquanto'i'encio algo* (eusou) estou'i'enciando 3udo que no 'i'0ncia* portanto* o% o"eto%do mundo e7terior* % %e do de modo natural e de modo indu"it&'el enquanto'i'enciado% ?a% o ;e7terior< enquanto o no-'i'enciado 'i'enciado por %eu turnocomo no-'i'enciado* e ne%%e %entido tam"m dado por %i de forma imanente mundo e7terior* portanto* enquanto no-'i'0ncia 'i'enciada nada mai% %ignifica que: a

    totalidade da po%%i"ilidade de 'i'0ncia que %e d& por %i em %ua formalidade ;+nterior< e;e7terior< %o doi% modo% do dar-%e imanente e uma e a me%ma interioridadetran%cendental 4%%a interioridade tran%cendental a realidade ;+nterior< e ;e7terior a coi%a (Sache) em coi%a> a no-coi%a em no-coi%a> a interpretao em interpretao etc +%%o quetorna tudo e cada coi%a nece%%&ria

    ?a% %e a%%im* ento ;a.< : plenitude e 'azio 6en%idade e delgadez* tudo e nada* %ingularidade euni'er%alidade* me%midade e no-me%midade* %entido e no-%entido* 'erdade e no-'erdade R ae petit 0rince

    IL9a mitologia e no% conto%* com o toque de %ua% mo%* a criana faz florir repentinamente planta% %eca%47atamente o me%mo faz* porm* o 'elho %&"io Cfer 5chs und sein Hirte p LN* cf o arqutipo ;acriana di'ina< em C =ung

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    pa%tor & u%ou toda a fora do corao ePercorreu todo% o% caminho% at o fim

    9em %equer a iluminao mai% tran%lcida %upera$ %urdez e a cegueira

    6e"ai7o da% %and&lia% de palha termina o caminho*Eue ele outrora & conheceu

    9enhum p&%%aro canta 8lore% 'ermelha% flore%cem4m magn.fico% tumulto%

    ( "oi e %eu pa%tor)

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    ]$ l&pi%: protocolo^

    "# Celan e a poeia ' o fracao e o uceo do uadro de 2an 3og&^

    IMKOJM - So"re o colquio de %e7ta-feira

    Situao: uma 'irulenta di%cu%%o %o"re a poe%ia de Celan e o di&logo com ele $%o"%er'a2e% do Prof !om"ach* %ua impre%%o de Celan: Pala'ra-art.%tica ?inhaimpre%%o %o"re a impre%%o do Prof !om"ach: an&li%e muito tem&tica e ma%%i'a da

    poe%ia Por a%%im dizer* uma cr.tica com machado 9e%%e %entido no atinge a Celan?a% e%%a ma%%i'idade a fora de Prof !om"ach: 9a maioria da% 'eze% ele atinge oe%%encial 6e%%e acerto na ma%%i'idade %urge com o tempo an&li%e% com finura ?a%i%%o ficou de fora* u%to porque o tema no era Celan que o profe%%or atingiu com %uaimpre%%o/ So"re i%%o* tenho que pen%ar* u%to porque o que foi atingido algo muitoimportante para mim

    que tinha em mente o Prof !om"ach '0m 5 lume na di%cu%%o %o"re 'an ogh $quiapena% pala'ra%-cha'e

    - quadro de 'an ogh o prprio fraca%%ar

    - ?a% %e a o"ra %ignifica autoidentidade a"%oluta* %urge a pergunta: o quadro dofraca%%o pode ;%er< como "em-%ucedido/ 9o: %e no* o "em-%ucedido e o fraca%%ado%o dua% coi%a% fraca%%ado* portanto* no pode %er uma ;o"ra de arte

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    %uce%%o< %ignifica %imple% e %omente: a autoidentidade da %olidez-compactao da%ingularidade em meu %entido +%%o %ignifica: $ e%trutura 'an ogh* pelo fato de %er ae%trutura da po%%i"ilidade do ter-%uce%%o do fraca%ar* ;alcanou %uce%%o

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    ]$ l&pi%: protocolo^

    4incent 2an 3og&/ interpretao de uadro:

    ?eu tema %oa mai% ou meno%: 4incent 2an 3og& e a gra2ura em madeira5aponea:

    6e'o re%tringir e preci%ar e%%e tema:

    9o %e trata aqui da% gra'ura% em madeira apone%a% ou da influ0ncia da% gra'ura% emmadeira apone%a% %o"re 'an ogh ou algo parecido: i%%o porque infelizmente no tenhoqualquer noo %o"re e%%a% coi%a%

    3oda'ia* %e ape%ar di%%o a con'er%a tratar mai% ou meno% %o"re quadro% apone%e%* entogo%taria de pedir a 'oc0% para con%iderar minha% afirma2e% como opinio totalmente

    pe%%oal 9o %o* portanto* ;apone%a%

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    como mai% tarde para a e7ecuo que %e %egue Porm* acho que i%%o no a"ai7a %imple%mentepor %i em algum* ma% em primeiro lugar atra'% de o"%er'ao* depoi% %o"retudo atra'% de umtra"alho e uma "u%ca tenaze%* e depoi% certamente de'e ad'ir tam"m o e%tudo da anatomia e da

    per%pecti'a

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    Euinta-feira* JJM* da% U:1M h% at K:KM h% (Protocolo da reunio: 6nterpretao deuadro de 4incent 2an 3og&

    Pale%trante: Gerr ?erlenY (aquele %enhor grande*gross* que faz uma te%e %o"re 4dmund

    Gu%%erl) %eu tema era:ing Comentou e%%encialmente tr0% quadro%: (`leo):"cadeira de $an Gogh> a cadeira de Gaugin> o ;uarto de $an Gogh Para ilu%trao*comentou tam"m o% quadro%: Caf noturno> % gira%%i% Participaram do colquio 1M

    pe%%oa%* fora o profe%%or Para que 'oc0 %ai"a de que quadro% %e trata* 'ou de%cre'er"re'emente o contedo de%%e% quadro%:

    1 Euadro a cadeira de 'an oghIM:

    R "om no e%quecer que o quadro ;o quarto de 'an ogh< tem '&ria% 'er%2e% Creio que'an ogh pintou o me%mo quadro pelo meno% tr0% 'eze%

    temaing: primeiramente pro"lem&tico e%%e ;colocar um tema

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    e%%e mundo 'i'o como e%%e quadro: ou melhor* dei7ar crescer em %i para fora e paradentro mtodo fenomenolgico no outra coi%a %eno e%%e dei(ar crescer* oumelhor* dei7ar %er ?a% no pela comparao ou pela introeo de uma categoriacon%titu.da* ma% %im fazendo que o% quadro% de 'an ogh %e interpretem mutuamenteEue cada quadro de 'an ogh entre em di&logo entre %i e a%%im dei7e %urgir a imagem:

    o pr:prio $an Gogh como obra

    Por i%%o* %e fF%%emo% forte% e cre%cido% "a%taria %omente um quadro ?a% como no%omo% %uficientemente forte%* de'emo% tomar '&rio% quadro% de 'an ogh e tentar fazercom que o% prprio% quadro% entrem em di&logo entre %i me%mo% Como cada quadrocontm em %i o todo* ;indiferente< que quadro% eu dei7o entrar em di&logo entre %iPo%%o portanto tomar uma cadeira e um portrait ,m na'io e uma ponte ?a% %omente

    para uma comodidade e7terna* tomamo% um tema como ;6ingeitfadenque no a"%olutamente tomado a %rio no %entido de nece%%idade

    $ colocao do Sr ?erlenY durou IK minuto% 6e%crio detalhada de cada quadro

    8enomenologicamente no con%eguiu fazer ;cre%cer< a o"ra 3ratou do quadrodema%iadamente com %inal: categoria% & con%titu.da%> e aplicao da% categoria% %o"re oquadro P e7 no primeiro quadro da cadeira de 'an ogh: a parede "ranca-cinzenta oGorizonte Cf a e%trutura da an&li%e: e%ta parede e%t& no lugar do horizonte: e%%a parede um %inal para horizonte etc

    Cr.tica da parte de doi% e%tudante% muito inteligente% %o"re e%%a falta de ;dei7ar-%er

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    ;contida

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    78S9 ]$ l&pi%: carta% en'iada% en'iada% a itor 8aria%^

    $ minha e7po%io %o"re a influ0ncia da% gra'ura% em madeira apone%a% %o"re 'anogh

    Creio que & encontrei um caminho "a%tante f&cilT de e7por o a%%unto 9o% quadro% de'an ogh* tentarei anali%ar (mo%trando %imple%mente o% quadro%: %e algum nocon%eguir 'er o que 'eo> anathema sit) o momento de ;harmonia

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    e%%a a-dimen%o tam"m %ea uma modalidade de filo%ofia* ma%) tenho um pouco dereceio que a% te%e% no %e diferenciem mai% uma da outra 4m fim

    Por hoe* adeu% Conta-me %e ti'er algo 4 %e ti'er tempo

    $ 'oc0 e a 3ere%a* e tam"m ao% carne-carninha% "0no do 4%p.rito SantoSeu (a l&pi%: um "ilhete en'iado a itor 8aria% e %ua e%po%a)

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    Cela UOKI @Arz"urg* capital* 1* Con'ento "erzell

    7%9 4%timado ictor* e%timada 3ere%a* diFnico-diFnica

    Como e%to pa%%ando 'oc0%/ re%friado do diFnico & pa%%ou/ Certamente com e%%etempo do 'ero mau-humorado no muito agrad&'el para u%tede%

    $qui em @urz"urg o tempo e%t& %ogra* "andido* "ru7a* gemein 3i'emo% algun% dia%to a"afado% que eu %eriamente pen%ei em tomar 'eneno ?a% como %ei que i%%o umdeficiente modu% de %er-para-a-morte* fui comprar gelado%

    $tualmente e%tou com um pro"lema 'ital fenomenal: e7i%te uma ameaa da parte domini%trio da educao "a'arien%e de no reconhecerem o% meu% e%tudo%* o meu a"ituretc o meu documento e%colar "ra%ileiro no tem o reconhecimento do mini%trio daeducao "ra%ileira* poi% a minha e%cola era naquele tempo particular 4m 8rei"urg nemme perguntaram por i%%o $qui o% "&'aro% e7aminam at a merdinha da mo%ca no cantodo documento ou tentar e%cre'er imediatamente para o Bra%il pedindo um documentocom o %elo do "endito mini%trio da educao (analfa"etizao) Se i%%o nofuncionar* e%tou morto* intelectualmente que muito pouco me incomoda* ao meno%filo%oficamente Somente no tenho 'ontade de rir* quando imagino a cara do% meu%confrade% no Bra%il: depoi% de O ano%* quando a gente e%t& para terminar* de%co"remque o meu documento no 'ale u melhor* ento que tenho 'ontade de rir$poria

    protocolo da %e%%o de ontem (hoe 1OOJM) colquio foi tran%ferido para %e7ta-feira (1OO) de'ido a um poeta l.rico alemo moderno que murmurou %ua% poe%ia% no

    dia 1JOJM tema tratado foi uma recapitulao e di%cu%%o do colquio que fiz na %e%%o pa%%ada$li tinha feito no fim um e%quema

    Si-me%mo (9ada)

    47 Si%t0ncia

    +n%i%t0ncia

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    %er de um europeu %eria e7%i%t0ncia: i%%o a dualidade da GeAorfenheit(4%tar-lanado) e do4nfAurf(proeto)> nece%%idade e li"erdade> natureza e e%p.rito> uni'er%al*indi'idual etc etc 47 e7prime aquela direo da tran%cend0ncia* a"rir-%e* de%co"rir-%e Si%t0ncia* aquela direo ou momento de deteno* con%i%t0ncia* fechamento Pore7emplo* num o'o* por e7emplo* na e7pan%o do uni'er%o* como uma maneira de 'er

    do homem Pere 3angu_ %eria ne%%e e%quema centro da e7i%t0ncia como imagem* ma%e%t& dentro da e%trutura e7-%i%t0ncia b +n%i%t0ncia %ignifica mai% a %i%t0ncia dae7i%t0ncia $ e7i%t0ncia toma diferente% inclina2e%* ora para e7* ora para %i%t0ncia %quadro% de 'an ogh t0m de %er colocado% dentro de%%e e%quema a"%trato Comoimagem* como meio* porm %empre ameaado pelo de%equil."rio ou para %i%t0ncia:torna-%e tudo duro*starr(r.gido)> ou para e7: torna-%e tudo fluido* fugaz e7t&tico ,mquadro e7emplar para e7primir i%%o o quadro 5li$eiras: em "ai7o* a terra* como%i%t0ncia (%i%t0ncia no de'e %er imaginado como macio* ma% uma ma%%a catica* em

    "loco%) e em cima o cu como 47> tufo foge* diliu* como lamma 9o centro uma raiafin.%%ima: forma de &r'ore* tronco 4%%a forma* i%to * o quadro u%tamente aquelecentro # e7-%i%t0ncia

    6epoi% de%%a repetio* e7aminamo% %e de fato e%%a hipte%e funciona com o% outro%quadro% 47aminamo% o% quadro%: Campo de trigo com cor'o%: o %eu ltimo quadro:trigal amarelo* cu negro azul ameaador* no meio p&%%aro% negro% Cu e%trelado 5noite: depoi% o portrait do 6r achet* +grea de $u're%> muita% 'eze% o centro no e%t&entre acima e a"ai7o* ma% %im entre plano de fundo e plano de frente 9o autoretrato*

    por e7emplo* o centro e%t& no% olho%: o fundo catico* e%%e cao% %lido-compactoaparece agora no% olho% e no meio e%t& o ro%to como que um 'a%o que contm ae%curido

    ?o%tra tudo i%%o a precariedade da delgada linha do centro que o homem como e7-

    %i%t0ncia contra a %i%t0ncia e e7 Euando o e7 e o %i%t0ncia %e tornam to forte% que ocentro de%aparece* temo% poi% a loucura ,m fraca%%o (%em a'aliao) % quadro% de'an ogh na %ua ele'ao a'anam %empre mai% para e%%e fraca%%o do centro 4

    u%tamente ali e%t& a genialidade de 'an ogh Eue ele tem o olho de 'er o fraca%%ocomo grandeza humana $ fraqueza* a fragilidade* a mi%ria humana para o quadro de'an ogh a grandeza em %i* o centro em %i

    $qui de%atou uma di%cu%%o que durou qua%e dua% hora%: tudo i%%o muito "onito ecerto* ma% a arte de 'an ogh tran%forma a fragilidade humana* a dureza da fragilidadenum 'alor %uperior $ dureza da fragilidade humana * poi%* algo que no pode %eratingido pela arte> um fraca%%o fraca%%o 9o pode %er um ter-%uce%%o na arte Se um

    quadro quadro do fraca%%o da fragilidade humana* ento o prprio quadro de'e %er umfraca%%o $%%im* propu% a te%e de que um quadro de 'an ogh como fragilidade* para%er "em-%ucedido de'e %er um Euit%h u melhor* no de'e %er um quadro Euando 'anogh deu o tiro de pi%tola contra %eu peito* foi ali que ele pintou o %eu quadro dami%ria humana: autoidentidade $li&% e7i%te uma fra%e intere%%ante de ?a7 8ri%ch(literato moderno alemo): uernica* o nome de uma cidade e%panhola* a primeira a %er

    "om"ardeada* no% empolgou por Pica%%o que re%ta arte 4 8ranco

    Se a arte res* ento de'eria %er to radicalmente re% que no hou'e%%e mai% nenhumadi%tDncia entre re% e arte Por que a "analidade da 'ida humana no pode %er arte/ ?a%no a%%im: a gente poderia 'er a realidade como o"ra de arte Euanto mai% forte umarti%ta* tanto mai% profundamente ele '0 tudo como arte ?a% %im: 3udo arte

  • 7/23/2019 Solidez-compactao (Hrte) como idia da fenomenologia

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    =u%tamente onde arte no arte* ali ela arte* poi% %e torna id0ntica com a "analidade9o em"eleza

    ?a% ne%%e ca%o: que %entido tem ainda falar de arte/ 3em ainda %entido e7i%tir artecomo arte/

    $ di%cu%%o %e e%tendeu para l& e para c& e no aclarou nada Pe%%oalmente go%taria deter "otado u%tamente na radicalidade de%%a de%truio do conceito de arte a

    po%%i"ilidade de entender o nada como lugar da arte no %entido apon0% 'ertical doe%quema ?a% no hou'e eito de con'encer ao% outro% ne%%e %entido $%%im* terminou a%e%%o 5% 1M ap% meia noite

    ntem aca"ei de ler o 3a"e"Acher de Paul Vlee: (6u ?ont 6oYumente* 3e7te undPer%peYti'en Sammlung: Paul Vlee 3age"Acher* 11 6?) Creio que Paul Vlee um do%

    fil:sofosmai% ;moderno%< que conhecemo% 3al'ez o mai% equili"rado e totalizante naprocura do centro do nada Se a gente pude%%e 'i'er ;fenomenologia< de Vlee Para

    mim* ali e%t& um caminho alm de Gu%%erl e alm de Geidegger Se a pol.cia "&'ara mepermitir permanecer na uni'er%idade* ento go%taria de tentar meter-me em VleeQ&%tima que no %ou arti%ta como 3ere%a ?a% ictor* tal'ez a e%%0ncia da filo%ofia %eaa po"reza $ filo%ofia tem %omente um olho* um ou'ido* e defeituo%o Pouqu.%%ima

    po%%i"ilidade 6entro de%%a %ituao a gente de'e tentar %acar na o"ra de arte tri%te que 'oc0 acha/

    ou terminar de%eando a 'oc0% muita felicidade no% %eu% tra"alho%

    $pareceu algum pintor "om na academia/

    ,m a"rao ao% dio-dio-monico-minicarne%

  • 7/23/2019 Solidez-compactao (Hrte) como idia da fenomenologia

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    ]4ntra figura em forma de mandala* p&gina inteira^

    Claro ---------------------------- 4%curo

    Contedo

    ]4ntra figura da p&gina inteira^

    ]c.rculo^CinzaSerZnada]ta"ela^Branco 47 %er proetode%co"rir li"erdade $.Preto %i%t0ncia ente %er-ogado enco"rir ;%er cf $leph 'on Borge%

  • 7/23/2019 Solidez-compactao (Hrte) como idia da fenomenologia

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    7 ue metaf:ica;]Geidegger* 1NIJ* Preleo de a"ertura^ 1-N: ; que #re%po%ta

  • 7/23/2019 Solidez-compactao (Hrte) como idia da fenomenologia

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    uma determinada que%to metaf.%ica e aautodemon%trao do que%tionar % pode %e ;concretizar< em ;di%cur%o no metaf.%ico