Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação...

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2a edição | Nead - UPE 2013

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2a edição | Nead - UPE 2013

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)Núcleo de Educação à Distância - Universidade de Pernambuco - Recife

Falcão, Pedro Henrique de BarrosBiologia: Metodologia Científica/Pedro Henrique de Barros Falcão. –

Recife: UPE/NEAD, 2011.

90 p.

1. Metodologia Científica 2. Normas da ABNT 3. Trabalhos de Conclusão de Curso 4. Educação à Distância I. Universidade de Pernambuco, Núcleo de Educação à Distância II. Título

CDD – 17ed. – 001.42Claudia Henriques – CRB4/1600

BFOP-084/2011

F178b

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - UPE

ReitorProf. Carlos Fernando de Araújo Calado Vice-ReitorProf. Rivaldo Mendes de Albuquerque

Pró-Reitor AdministrativoProf. Maria Rozangela Ferreira Silva

Pró-Reitor de PlanejamentoProf. Béda Barkokébas Jr.

Pró-Reitor de GraduaçãoProfa. Izabel Christina de Avelar Silva

Pró-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa Profa. Viviane Colares Soares de Andrade Amorim

Pró-Reitor de Desenvolvimento Institucional e ExtensãoProf. Rivaldo Mendes de Albuquerque

NEAD - NÚCLEO DE ESTUDO EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Coordenador GeralProf. Renato Medeiros de Moraes

Coordenador AdjuntoProf. Walmir Soares da Silva Júnior

Assessora da Coordenação GeralProfa. Waldete Arantes

Coordenação de CursoProf. José Souza Barros

Coordenação PedagógicaProfa. Maria Vitória Ribas de Oliveira Lima

Coordenação de Revisão GramaticalProfa. Angela Maria Borges CavalcantiProfa. Eveline Mendes Costa LopesProfa. Geruza Viana da Silva

Gerente de ProjetosProfa. Patrícia Lídia do Couto Soares Lopes

Administração do AmbienteJosé Alexandro Viana Fonseca

Coordenação de Design e ProduçãoProf. Marcos Leite

Equipe de DesignAnita Sousa/ Gabriela Castro/Renata Moraes/ Rodrigo Sotero

Coordenação de SuporteAfonso Bione/ Wilma SaliProf. José Lopes Ferreira Júnior/ Valquíria de Oliveira Leal

Edição 2013Impresso no Brasil

Av. Agamenon Magalhães, s/n - Santo AmaroRecife / PE - CEP. 50103-010Fone: (81) 3183.3691 - Fax: (81) 3183.3664

Componente CurriCular:metodologia CientífiCa :

oBJetiVo geral

Despertar o interesse pela investigação cien-tífica, possibilitando a compreensão dos fun-damentos da abordagem metodológica, en-fatizando a sistematização do estudo para o trabalho de pesquisa, propiciando ao aluno um pensamento crítico/científico na elabora-ção de projetos e trabalhos de conclusão de curso.

oBJetiVoS eSpeCífiCoS

• Definirecaracterizarmetodologiacientífi-ca;

• Conhecer e diferenciar os diversos níveis

do conhecimento; • Aplicar a apresentação gráfica de traba-

lhos científicos; • ImplementarasnormastécnicasdaABNT,

na produção de trabalhos acadêmicos; • Desenvolver a capacidade de elaboração

das fases de um projeto de pesquisa, sua execução e dos elementos constitutivos de um relatório de pesquisa;

• OferecersubsídiosparaelaboraçãodeTra-

balhos de Conclusão de Curso-TCC: mono-grafia, dissertação e tese.

prof.PedroHenriquedeBarrosFalcão|cargahorária:60horas

CapítuloS

1. Introdução ao Pensamento Científico CH: 15h

2. A Ética na Pesquisa e Direitos Autorais

CH: 05h 3. AspectosGráficosdoTrabalhoAcadêmico

CH: 05h 4. A Investigação Científica: Projeto; Relatório

CH: 15h 5. Trabalhos de Conclusão de Curso-TCC: Mo-

nografia, Dissertação e Tese CH: 10h 6. Normas Para Elaboração de Bibliografias e ReferênciasBibliográficasCH:10h

metodologia e eStratÉgiaS

Acreditando-se que a investigação, reflexão, análise e elaboração do conhecimento dá-senas interações individuais e sociais, no con-fronto das idéias, na participação ativa e na vinculação permanente entre teoria e práti-ca, propõe-se situações de aprendizagem que possibilitem relações interpessoais baseadas nos princípios de participação, sendo constan-temente exercitados o poder crítico e criativo. Assim, adotam-se os seguintes procedimentos metodológicos:

• Estudo individualdomaterialdaunidadetemática;

• Participaçãonoschats,bate-papoefórum; • Resoluçãodosexercíciospropostos; • Construçãodeumprojetodepesquisa.

aValiaÇÃo

Aavaliaçãoglobaldadisciplina far-se-áatra-vés do desempenho dos alunos nas atividades desenvolvidas, observando-se os critérios de fundamentação, coerência, participação nos fóruns. Resolução dos exercícios propostos, preparação de resumo, resenha, fichamento e,

ao final do módulo, a entrega de um projeto de pesquisa. Duas avaliações de forma presen-cialnopólo.Cadaatividadevalerádezero(0)a dez (10).

apreSentaÇÃo

A elaboração de textos científicos para pesqui-sa, o preparo de livros para o ensino e a orga-nização de documentos com informações para públicos diferenciados são algumas das face-tas importantes do vasto processo de comu-nicação que sustentam permanentemente as atividades acadêmicas. Além da comunicação direta que viabiliza o intercâmbio de idéias e de experiências entre pessoas, a comunicação indireta, por meio de documentos, assume im-portância cada vez maior em nossa sociedade. A produção, seguida da armazenagem e do uso de documentos, constituem etapas essen-ciais para as variadas alternativas de acesso a informações que a dinâmica da sociedade re-quer.

De acordo com Costa (2003), até poucos anos atrás,aelaboraçãodeumamonografiaacadê-mica no final de um curso, como exigência da obtenção de títulos acadêmicos, era quase que exclusiva dos cursos de pós-graduação, espe-cialmente em nível de Mestrado e Doutorado. A disciplina Metodologia Científica ou correla-ta era, também, exigência obrigatória em tais cursos.

Atualmente, com as modificações da educa-ção brasileira, a exigência da elaboração de uma monografia acadêmica, como requisito à obtenção de títulos acadêmicos, se estende, também, aos cursos de graduação, e, con-seqüentemente a disciplina de metodologia científica também passou a ser obrigatória.

A abordagem da disciplina Metodologia Cien-tífica tornou-se um desafio na tentativa de ajudar o aluno a esclarecer os métodos e as técnicasnecessáriastantoaoestudoquantoàpesquisa bem como disciplina o indivíduo em suas tarefas acadêmicas otimizando seu tem-po e seu desempenho. A importância desse es-tudo consiste, principalmente, em traduzir, de formadidática,oconjuntodenormastécnicase suas recomendações, padronizando, assim,

os trabalhos acadêmicos.

A Metodologia Científica é considerada, mui-tas vezes, pelos alunos que iniciam o curso su-perior como um assunto insípido, monótono, desagradável, de difícil compreensão e, apa-rentemente, inútil. Somente a vivência univer-sitáriapermitemelhorcompreendê-laeavaliara sua capital importância no contexto acadê-mico e científico. Esta disciplina não é para ser decoradae,sim,paraseraplicadanaprática.Portanto,énecessáriaadedicaçãoeoexercí-cio permanente, para dar certo.

EsteComponenteCurricularestádivididoemseis capítulos, de forma que cada um mostra aspectos na construção do trabalho acadêmi-co. No primeiro, , são mostradas as diversas etapas do pensamento científico e da evolu-ção da ciência. No segundo, com a participa-ção do Professor Josevaldo Araújo de Melo, comentamos sobre a ética na pesquisa cien-tífica, incluindo a questão dos direitos auto-rais. O terceiro capítulo apresenta os aspectos gráficosdotrabalhoacadêmico.Neletivemosa participação de Esther Leyla Braga Siqueira que mostra como formatar seu micro para di-gitar o projeto e a monografia. No quarto, são mostradas as fases de elaboração do projeto depesquisa,comofazeraanálisedosdadose o relatório. As normas para elaboração das Referências é mostrada no quinto capítulo, e por último, no sexto capítulo são mostradas as normas para elaboração dos Trabalhos de Conclusão de Curso – TCC (monografia, disser-tação e tese).

Pedro Henrique de Barros Falcão, natural de São João – Pernambuco, Biólogo, formado pela Universidade Federal Rural de Pernambu-co, Mestre em Ciências pelo Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz, Rio de Janeiro - RJ. Professor

Assistente da Faculdade de Formação de Pro-fessores de Garanhuns - FFPG, Universidade de Pernambuco - UPE.

De agosto de 1996 a maio de 2005, exerceu a função de Gerente de Pós-Graduação, Pesqui-sa e Extensão da FFPG/UPE. Em 1997, assume, também, o cargo de Vice-Diretor até maio de 2005. Em junho de 2005, assumiu a Direção da mesma Instituição com término de manda-to em maio de 2009.

Em 2000, foi eleito Conselheiro Titular do Conselho Regional de Biologia – CRBio-5, que abrange todos os estados do Nordeste, em março de 2002, assumiu a presidência deste Conselho, sendo reconduzido à Presidência, em 2004, e em 2006, para o terceiro mandato que finda em março de 2008.

VemsededicandoaestudosnaáreadaMeto-dologia Cientifica desde 1997, ministrando a disciplina nos Cursos de Graduação e Pós-Gra-duação da FFPG/UPE e nas Faculdades de Ar-coverde, Belo Jardim, Serra Talhada e Petrolina. É membro da Associação Brasileira de Normas Técnicas-ABNT.

E-mail: [email protected] Fone/Fax: (87) 3761-1343Universidade de Pernambuco - UPEFaculdade de Formação de Professores de Ga-ranhuns – FFPGRua Capitão Pedro Rodrigues, 105São José - Garanhuns – PECEP: 55.294-902

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oBJetiVo geral

Despertar no aluno o interesse pela constru-ção do conhecimento científico, abordando as diversas etapas da pesquisa, possibilitando a compreensão dos fundamentos filosóficos, en-fatizando a sistematização do estudo para o trabalho de pesquisa.

oBJetiVoS eSpeCífiCoS

• Fundamentar e caracterizar a construçãodo conhecimento;

• Conhecerediferenciarosdiversosníveisde

conhecimento; • Contribuirparaareflexãotemáticadoalu-

no; • Propiciar a formaçãode umpensamento

crítico/científico.

reSumo

Ao iniciar a disciplina Metodologia Científica, é fundamental que o aluno não a considere comoumadisciplinacomum,naqualhá,commais freqüência, o apelo para a memorização de conteúdos. Assim sendo, neste primei-ro momento, busca-se apresentar, de forma atrativa e simples, alguns assuntos que, se desenvolvidos no âmbito de disciplinas afins à

introduÇÃo ao penSamento CientífiCo

prof.PedroHenriquedeBarrosFalcão|cargahorária:15horas

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10Filosofia, ou mesmo em seu âmago, conduzi-riam a uma demanda maior de conhecimen-tosnessasáreas.Noentanto,aMetodologiaCientífica com sua concepção interdisciplinar oferece esta oportunidade de se pinçarem al-gunspontospertinenteseque,senecessáriofor o aprofundamento, isso poderá ser feitoem outro momento ou em outra disciplina, ou ainda, em outro curso, caso deseje o estudan-te. Logo, inicia-se pela reflexão científica, ex-tremamentenecessáriaaoapoioàrazãoeaobom-sensoquepoderásugeriraoalunopensarsobre as conseqüências de um trabalho feito sem interesse ou de forma inconseqüente. Em seguida, leva-se o discente a conhecer, embora deformasegmentada,por forçadadidática,os níveis de conhecimento e como podem ser identificados, quando se lê uma pesquisa, um trabalho acadêmico ou até mesmo uma no-tícia voltada para os avanços da ciência bem como se fazem algumas referências ao que é mito e metafísica. Após essas fases, chega-se ao que é Ciência, palavra que envolve um en-tendimento amplo e que, nesses últimos sécu-los, tem-se apoiado na experimentação e na verdade relativa, fazendo com as conclusões se coloquem de forma recorrente não determinis-ta como anteriormente.

Palavras-Chaves: conhecimento, ciência, méto-do científico.

1. a ConSCiÊnCia CientífiCaA realização de pesquisas científicas requer, necessariamente, que se reflita acerca dos seus propósitos bem como sobre a metodologia da investigação, a lógica do raciocínio científico e, também, sobre a própria ciência e seu lugar na sociedade local e global.

Existe a necessidade de que o intelectual, seja ele aluno, professor ou pesquisador, tenha as-sociadoapráticaàdevidateoriaevice-versa.Também se deve ter em mente que a posição metodológicadohábitoadquiridopelapráticada pesquisa, ao longo da experiência profissio-nal, pode gerar confiança excessiva no pesqui-sador, levando-o a dispensar a reflexão teóri-ca e a própria consciência da transitoriedade

da ciência, o que representa uma falha grave dada pela própria essência do trabalho cientí-fico, ou seja, o desenvolvimento do senso críti-co, adquirido gradativamente, através, princi-palmente, de uma proximidade filosófica.

A palavra “Ciência”, como tantas outras do idioma Português, tem origem latina, “Scien-tiae”, que significa conhecimento. Segundo HOUAISS (2001), é o conhecimento atento e aprofundado de alguma coisa. É uma ativida-de, disciplina ou estudo voltado para qualquer área. Já,deacordocomGIL (1999), “ciênciapode ser caracterizada como uma forma de conhecimento objetivo, racional, sistemáti-co, geral, verificável e falível”. Ainda FACHIN(2001) afirma que “ciência é um progresso per-manente de acúmulo de conhecimentos sobre algo e de ações racionais, sistemáticas, exa-tas e verificáveis, capazes de transformá-lo”.

2. o Que Vem a Ser meSmo metodologia CientífiCa?A Metodologia é uma preocupação instrumen-tal que todos nós temos, quando desejamos realizar uma tarefa de forma certa, objetiva, no menor tempo possível e com custos, apenas, necessários. Para isso, procuramos identificaros procedimentos adequados, as ferramentas, os caminhos para se atingir o fim desejado.

Essa palavra tem origem grega, ou seja, META significa ao longo, ODOS significa caminho, e LOGOS significa discurso, estudo.

Porém, quando se acrescenta a palavra CIENTÍ-FICA à ação metodológica implica o estudo da metodologiaassociadoàpráticadapesquisacientífica.

Exemplo

• Aarrumaçãodeumguarda-rouparequeruma metodologia de trabalho que se inicia pela retirada de todos os objetos, a limpe-za de todos os seus compartimentos com os produtos de limpeza adequados. Em

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11seguida, faz-se a seleção daqueles objetos que não se quer mais ou que devem ser guardados em outro móvel ou local, aque-les que precisam ser lavados para serem novamente guardados, e, à medida que assim se procede, a arrumação vai tendo lugar até que, finalmente, cumpre-se a meta de se arrumar o guarda-roupa.

Mas, se o objetivo é encontrar a cura para uma doença, trata-se de se realizar uma pesquisa dita científica com todo procedimento meto-dológico próprio, construído ao longo de dé-cadas de ciência. Depara-se, então, neste mo-mento, com uma outra questão: o que vem a ser PESQUISA?

Trata-se de um conjunto de atividades orienta-das para a busca de um determinado conhe-cimento.

Elucidando melhor o conceito acima, apresen-ta-se o seguinte exemplo: quando uma dona de casa resolve pesquisar os preços dos pro-dutos que compra sistematicamente nos di-versossupermercadosdesuacidade,elaestárealizando uma pesquisa, pois deseja chegar a um determinado conhecimento. No entanto, do ponto de vista científico, não se constitui PESQUISA CIENTÍFICA principalmente pela fal-ta do teor metodológico científico que abran-geváriasetapas, incluindoformulaçõeseco-nhecimentos teóricos pertinentes ao tema em foco.

E, assim, defrontamo-nos com mais um outro conceito: o conhecimento científico.

3. ConHeCimentoAntes de qualquer tentativa de se definir o que é conhecimento científico, é crucial atentar para o que é CONHECIMENTO. De forma bas-tante simples, precisamos pensar na existência do homem e na sua vida sobre a Terra, além, é claro, de lembrar que nós, entre todos os seres vivos, somos, até agora, os únicos con-siderados dotados de inteligência. O uso des-sa faculdade fez com que o homem buscasse significados para sua vida e seu entorno, ou seja, para a sua realidade. Nesse exercício, ele

adquiriu conhecimento e procurou construir explicações para os fenômenos da vida. Logo, CONHECIMENTO nada mais é do que o nome dado às representações da realidade.

Com essas representações, o homem ascendeu aos váriosníveisde conhecimento,dentreosquais cita-se o mítico, popular, artístico, teo-lógico, filosófico e científico, ressalvando que alguns autores incluem o nível tecnológico em separado do científico.

3.1. ConHeCimento mítiCo

Também conhecido como Mitologia, abarca um certo período histórico, no qual as pessoas usavam da palavra, para instrumentalizar sua realidade, sua vida, com códigos de conduta e conquistas mirabolantes em todos os níveis, desde a guerra até o amor. Tomaremos exem-plos apoiados na mitologia grega para ilustrar este tópico (CHAUÍ, 2002).

Entre os gregos, séculos antes de Cristo, os po-etas assumiram grande importância na educa-ção e na religiosidade do povo. Poemas, como a Ilíada e a Odisséia, escritos por Homero, evi-denciam deuses mitológicos, buscando perso-nificar neles as forças da natureza, ao mesmo tempo em que procuram explicar o que ocorre no universo. Assim, ainda hoje, ilustrativamen-te, sabemos que as ondas do mar são produ-zidas por Poseidon, que os relâmpagos são ar-remessados sobre a Terra por Zeus e assim por diante. Para tudo, eles tinham uma explicação, apoiada sempre em deuses com grande poder.

As explicações eram fornecidas de três manei-ras principais: decorrente de relações sexuais, de rivalidades, de alianças, de recompensas e de castigos.

A explicação do amor, por exemplo, advém de se encontrar um pai e uma mãe para o deus Eros, também conhecido por Cupido, que é a representação humanizada do fenômeno amor. O mito, então, conta que houve uma grande festa entre os deuses, todos foram convidados, menos a deusa Penúria. Esta se apresentavasempremiserávelefaminta,espe-rando a sua vez de forma oportunista. Quando a festa acabou, Penúria veio, comeu os restos do banquete e dormiu com o deus Poros, que

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12era astuto e engenhoso. Dessa relação sexual, nasceu Eros (ou Cupido) que, como sua mãe se apresenta sempre faminto, sedento e mise-rável.Mas,comoseupai,temmilastúciasparase satisfazer e se fazer amado. Por isso, quando Eros fere alguém com uma flecha, esse alguém se apaixona e logo se sente faminto e sedento de amor, inventa astúcias para ser amado e sa-tisfeito, ficando ora maltrapilho e semimorto, ora rico e cheio de vida.

Para explicar períodos de guerra e paz, toma-se como referência, talvez, a mais famosa e histórica delas: a guerra de Tróia.

A sua explicação diz que surgiu e perdurou a partir de rivalidades e alianças entre as for-ças divinas, desencadeando guerra e paz no mundo dos homens. Mitologicamente ela é explicadapelopoetaHomeroemsuaobra jácitadaacima.Acausadaguerra,aliás,foiumarivalidade entre as deusas. Elas apareciam em sonhoparaopríncipetroianoPáris,oferecen-do-lhe seus dons, embora ele tenha escolhido a deusa do amor Afrodite, gerando, assim, o ciúme nas outras deusas que, por vingança, o fizeram raptar a grega Helena. Esta, por sua vez, era mulher do general grego Menelau, dando, por conseqüência, início à guerra en-tre os humanos. Os deuses, em suas afrontas e devaneios, ora ficavam de um lado, ora do outro, sempre liderados por Zeus; isso signi-fica dizer que as alianças favoreciam os troia-nos em determinado momento, e em outro, os gregos.

E o que dizer para explicar as recompensas e os castigos que fazem parte de qualquer socie-dade? Se você desobedece à autoridade, seja elaquemfor,devesercastigado.Aocontrário,se fizeralgobom,deveráser recompensado.Assim é que, no mundo dos deuses, Zeus era o ser supremo, ao qual todos, outros deuses e humanos deviam respeito e obediência.

E uma centelha de fogo foi presenteada aos humanos por um titã chamado Prometeu, sem o conhecimento de Zeus, ou seja, esta cente-lha foi roubada. Logo, os deuses consideraram que o titã deveria ser castigado por este ato impensado e mandaram-no amarrar a um ro-chedo para que as aves de rapina, eternamen-te, devorassem o seu fígado. Trata-se de um

castigo do qual ele não pôde se safar e, além do mais, extremamente doloroso, visto que o fígado é um órgão que se regenera.

Mas, e qual foi o castigo impetrado aos ho-mens? Eles receberam o presente, logo deve-riamsercastigadostambém.Jáouviramfalarde Pandora?

A continuação do mito explicita que os deuses fizeram (criaram) uma mulher encantadora, Pandora, a quem foi entregue uma caixa re-pleta de coisas maravilhosas, mas que nunca deveria ser aberta. Em seguida, Pandora foi enviada aos humanos, e cheia de curiosidade e ansiosa para dar a eles as maravilhas, ela abriu a caixa. Dela saíram, então, todas as desgra-ças, doenças, pestes, guerras e, sobretudo, a morte.

Explica-se, assim, a origem dos males no mun-do.

3.2. ConHeCimento popular

Também chamado Senso Comum, Vulgar, Or-dinário, Empírico e Intuitivo. É conhecimen-to oriundo da experiência com seus erros e acertos, das tradições de uma coletividade. Geralmente é obtido de experiências ao aca-so, sem métodos específicos e de observações repetitivasdarealidade.Nãohápreocupaçãocomanálises, reflexões críticas, sendopredo-minantemente, passado de geração a geração. Caracteriza-se,também,porserassistemático,ou seja, apesar de as experiências poderem ser organizadas, não se preocupa em sistematizar as idéias, de forma a gerar um conceito teóri-co.

Como exemplos, podemos citar:

• Oconhecimentodosíndios,principalmen-te dos que vivem na Amazônia, sobre as plantaseoseuusocurativodeváriasen-fermidades, atualmente, suscita uma série de interesses das organizações internacio-nais voltadas para a indústria farmacêutica e querelas internacionais de patentes.

O indivíduo natural do interior, do campo, que temohábitodeprocurardescobririndíciosdotempo, ao olhar para o céu, verifica a concen-

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13tração de nuvens, a coloração do firmamento, exercitando a sensibilidade de outros elemen-tos, como calor, frio, umidade. Faz uma pre-visão “meteorológica” que tem um percentual deacertorazoável,usando,apenas,asuaex-periência e o conhecimento legado pelos seus ancestrais.

É importante observar que o Senso Comum não é isolado, pelo contrário, cada vezmaiseleestásendoabaseparaoavançodoconhe-cimento científico. Um exemplo, entre tantos outros, é o uso do alho para tratamento de doenças as mais diversas. A sabedoria popular indica que alho misturado com mel serve para tosse, que a infusão do alho contribui para melhorar problemas cardíacos, só para citar algunsdessesusos.Háalgunsanos,desenvol-vem-se pesquisas nas áreas de farmacologia,medicina, nutrição, para se detectar a vera-cidade dessas aplicações e em que dosagens devem ser administradas e como também, em geral, em qual situação, especificamente.

3.3. ConHeCimento artíStiCo

Embora não seja abordado com freqüência pe-los livros de Metodologia Científica, trata-se de um conhecimento que perpassa tanto o con-texto matemático quanto o humano. Quemnunca ouviu falar do quadro Mona Lisa, de Le-onardo Da Vinci? Os experts em arte sugerem que,dopontodevistamatemático,otraçadodo rosto é uma perfeição que conduz, inclusi-ve,a várias interpretações.Abelezaexpressana fisionomia retratada também sofre inter-pretações diversas ao longo do tempo, trazen-do a reboque novos paradigmas de ciência e engenhosidade.

Aartegregadeconfecçãodeestátuas,nuasou seminuas, também é uma representação da realidade, um desafio ou uma aquiescên-ciaaoscostumesreinantes.Algumasestátuasrepresentativas de mulheres mostram-nas gor-dinhas, pois, segundo dizem os entendidos em arte,eraoápicedabelezafeminina.

Através da arte, também é possível adquirir apreensão de realidades de guerra e paz, de estados subversivos e de estado de direito, de inquietação com o próprio estado das artes e

com a influência que elas exercem sobre uma sociedade. Assim, temos exemplos de váriosartistas da época modernista brasileira que re-presentaram o rompimento com os paradig-mas científicos artísticos reinantes no país e no mundo. Salvador D`Ali, artista renomado e controverso, deixou um grande e expressivo quadro que retrata os infortúnios da guerra espanhola, vivenciada por ele. E, mais recen-temente, todos tomaram conhecimento das enormesestátuasdeBudaexistentesnoAfe-ganistão,consideradasobrasinigualáveis,queforam dinamitadas pelo Talibãs.

Ou seja, através dos diversos caminhos que a arte oferece, é possível fazermos reflexões so-bre o que nos cerca ou procuramos entender o que cercava sociedades pretéritas.

Porém, a arte não se compõe, apenas, de bons traços, cuidados com as formas mas também se mescla com o Senso Comum, como é o caso daartedeixadaporváriospovosprimitivose,hoje, encontrada e estudada nos diversos sítios arqueológicos espalhados pelo mundo inteiro.

3.4. ConHeCimento teolÓgiCo

Também denominado conhecimento religio-so, apóia-se na fé inconteste. É conhecimento que, nas suas formas primitivas e anteriormen-te à época de Cristo, compartilhou, em muitas sociedades, com o conhecimento mitológico. Neste contexto, a explicação da realidade é dada pela autoridade divina, detentora de toda “Ciência”. Com a chegada do Cristianismo e sua expansão, principalmente, em seu apogeu no período medieval, os teólogos passaram a exercer forte influência nas atividades dos con-siderados homens do saber. Aquele que for-necesse explicações para qualquer fenômeno estudado, fugindo do que preceituava a Igreja, era, literalmente, levado a dar satisfações de público, desmentindo o que dissera, sob pena de ser sentenciado à morte. Talvez o caso mais conhecido seja a idéia que perdurou até o séc. XVII de que a Terra era o centro do universo, passando alguém a difundir que o Sol estava no centro, gerando profunda insatisfação no seio da Igreja, pois contrariava os dogmas, até então, estabelecidos, e, como o cidadão que

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14não quis retirar sua teoria, foi condenado a morrer na fogueira.

Apesar desses problemas, a Igreja produ-ziu nomes que seguiram para a posteridade, dando contribuições significativas para o en-tendimento do mundo, provavelmente o mais conhecido deles tenha sido São Tomaz de Aquino.

Uma característica importante de se ressaltar no conhecimento religioso é a forma como esse conhecimento chega até nós, ou seja, através da comunicação divina com alguns es-colhidos, chamados de profetas, que perpetu-aram a fala divina em textos sagrados, como, por exemplo, a Bíblia para os cristãos ou o Al-corão para os seguidores de Maomé.

3.5. ConHeCimento filoSÓfiCo

Sua estruturação remonta ao séc. VII a.C., quando “alguns homens se propuseram a con-sultar a própria razão, à procura de respostas aos eternos problemas que sempre preocupa-ram o espírito humano. Seus ensinamentos não procurariam apoio na autoridade divina, mas, na razão para a análise de problemas”(RUIZ, 1996).

Esses homens eram denominados de SOPHOI, que quer dizer sábios na antigaGrécia.MasfoiPitágoras,noséc.VIa.C.,tambémnaGré-cia, que imortalizou a palavra filosofia, porque ele não se julgava SÁBIO, mas aquele que era amante da sabedoria, tinha a capacidade de perceber o certo e o errado nas coisas da ra-zão. Assim PHILOS significa amigo, e SOPHIA, sabedoria.

No tempo de Aristóteles, a palavra filosofia assumiu uma outra conotação, ou seja, a uni-versalidade dos conhecimentos humanos. Ela foi dividida em grandes áreas, que, por suavez, também foram subdivididas para melhor compreensão,compreendendoessassubáre-as desde a metafísica até a estética.

Aqui o conhecimento filosófico encontra-se com o artístico, pois, através do belo, conse-gue-se atingir o sentimento humano.

Vale salientar que uma das principais caracte-rísticas da Filosofia é indagar sobre a própria Ciência, assumindo posições a respeito dos rumos que a Ciência está tomando, levandoesses posicionamentos a construções de pa-radigmas, que, por sua vez, norteiam o pen-samento dos pensadores, de acordo com as épocas vivenciadas.

Como exemplo, pode-se citar o questionamen-to sobre a clonagem, se bem que essa ques-tão tambémestánoâmbito teológicoe,ob-viamente, científico. Como assim? Para onde a sociedade está caminhando? Como ficamos ensinamentos bíblicos sobre o mundo? E muitas outras questões que levam os cientistas filósofos contemporâneos a desenvolverem te-ses sobre o assunto bem como controvérsias.

3.6. ConHeCimento CientífiCo

Este é o conhecimento regido pela razão e não, por códigos de conduta, sensações ape-nas. Existe a preocupação da sistematização de idéias, que visam fornecer esquemas in-terligados de forma lógica que, por sua vez, possibilitam entender a realidade. Trata-se de um conhecimento que busca a objetividade, a confiabilidade, a testabilidade, enfim, a verda-de dos fatos, dos fenômenos. É um conheci-mento, por excelência, analítico.

Sabe-se que a busca do conhecimento é bas-tante antiga e que a lógica fez parte desse pro-cesso. Como referências, citam-se: a Trigono-metria, deixada pelos egípcios; a Geometria, a Mecânica, a Lógica, a Astronomia e a Acústica foram legadas pelos gregos. Indianos e mu-çulmanos também contribuíram, significati-vamente,comosconhecimentosmatemáticoe astronômico. Porém se ressalta que a preo-cupação com a sistematização e a filosofia foi maior entre os gregos.

Esse desenvolvimento do conhecimento mais elaborado, entre os gregos, se deu em fun-ção de apresentarem o exercício do intelecto desvinculado das necessidades do cotidia-no. Os registros históricos indicam que havia uma classe ociosa, a qual primava pelo status, pelo prestígio. Logo, pensar, refletir, dialogar, de forma lógica indicavam atividades de nível

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15superior, enquanto a classe trabalhadora (es-cravos) consideravao trabalhoprático, comoatividade daqueles que formavam a classe de nível inferior, realizando tarefas que, geral-mente, tinham por objetivo atender a outrem.

Nesse tempo, Platão desenvolveu uma teoria para entender o mundo, a Teoria das Formas ou das Idéias e utilizou a INTUIÇÃO como for-ma de pensamento superior. Através da utili-zação dos órgãos dos sentidos, a sensação é percebida pelo sujeito, aquele que deseja co-nhecer algo; em seguida, ocorre a reflexão, que funciona como um processo, unindo e comparando os diversos dados dessa experi-ência externa.

Observemos que, durante muitos anos, essa percepção era adquirida através da visão, em busca da essência das coisas. Atualmente, se olharmos para os avanços ocorridos na áreaeducativa e de inclusão social, verificaremos

que se desenvolveram métodos, para que, por exemplo, um deficiente visual passeie num jar-dim e, através dos aromas e do tato, consiga penetrar na essência das plantas, das flores e do ambiente como um todo.

ETAPAS DO MÉTODO CIENTÍFICO

O objetivo da ciência é encontrar explicações para os fatos observados. Um cientista tenta explicar algo por meio de suposições ou hipó-teses que possam ser testadas experimental-mente.

O cientista desenvolve suas atividades dentro de um planejamento que consiste no conjun-to de procedimentos aceitos e validados que iráasseguraraqualidadeeafidedignidadedoconhecimento gerado, ao qual chamamos de método científico.

O método científico é dividido em etapas, como ilustramos na figura 1

observação de um fatoou

escolha de um tema

Questionamento de um ploBlema

elaboração de HipÓteSeS - Variáveis

realização das eXperiÊnCiaS - metodologia

grupo teSte grupo Controle

procedimento:testar outra HipÓteSe

ConCluSÃo:Hipótese Correta

lei ou teoria

resultadopoSitiVo

resultadonegatiVo

resultadonÃo Confirmado

resultadoConfirmado

ConCluSÃoHipótese errada

Figura 1: Etapas do Método Científico

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4. aVanÇo do ConHeCimentoA investigação científica implica em uma ativi-dade metódica, na qual o investigador cami-nha de uma fase menor para uma maior de conhecimento. Toda verdadeira investigação resulta em algo novo. Cada uma das fases da estratégia científica constitui um certo avanço no conhecimento do objeto de investigação.

Quando se chega a formular o(s) problema(s) da pesquisa, o investigador vai descobrindo, simultaneamente, uma série de aspectos, fa-cetas, vínculos, conexões, qualidades, etc. des-conhecidos por ele e dos quais nunca se havia dado conta, não houvesse formulado pergun-tas específicas a esse respeito. O mesmo ocor-re em relação ao marco teórico.

Nesta tarefa, o pesquisador entra em contato – talvez pela primeira vez – com teorias cientí-ficas, enfoques teóricos e diferentes disciplinas do saber; enfrenta uma terminologia peculiar, quase sempre bem distante da linguagem or-dinária. Nestas condições, é provável que oinvestigador tenha de modificar substancial-mente a imagem prévia que fazia do objeto em estudo: a descrição que venha a fazer com ovocabuláriocientíficopoucoounadatenhaa ver com a descrição de alguém que apenas conta com as noções do senso comum (bom senso).

A própria hipótese se constitui um incremento no conhecimento do objeto, uma vez que é o resultadodadeterminaçãodas variáveis rele-vantes que foi possível detectar no menciona-do objeto.

Por último, o teste da hipótese – culminando com sua confirmação ou com sua refutação – redunda em um maior conhecimento sobre o objeto investigado, jáque sedesenvolveual-guma experiência a respeito de uma suposição preliminar relativa ao mencionado objeto.

eXerCíCioS

1. O que você entende por “saber popular”? E sobre conhecimento científico? Que rela-

ções podemos fazer entre eles?

2. A pesquisa científica para ser realizada re-quer uma seqüência de procedimentos e, ao término desta pesquisa, um trabalho técnico-científico. Quais as etapas do mé-todo científico?

3. Considerando que o trabalho do cientista é comparado com o trabalho de um de-tetive, vamos ajudar a polícia a desvendar umcrime.Napáginapolicialdojornalde___/___/___, vamos seguir as etapas do método científico. A reportagem do jornal é o fato observado, com isso temos um problema a resolver. Deste problema, for-mule, no mínimo, três hipóteses, justifique cada uma delas e conclua o fato.

4. (UGF-RJ) Ao criar uma hipótese científica, o cientista procura

a) levantar uma questão ou problema. b) explicar um fato e prever outros. c) testar variantes. d) comprovar teorias estabelecidas. e) confirmar observações.

5. (UFMG) Observa-se que as bananeiras ini-bem o crescimento de outras espécies de vegetais plantadas próximo a elas. Para verificar se essa inibição é provocada por uma substância produzida pelas bananei-ras, o melhor procedimento ser.

a) comparar o crescimento das outras es-

pécies cultivadas com extrato de bananei-ras, em ambiente com a mesma intensida-de luminosa.

b) comparar o crescimento das outras es-

pécies em cultivos, com e sem a aplicação de extrato de bananeiras.

c) comparar o crescimento das outras es-

pécies cultivadas com extrato de bananei-ras, em diferentes temperaturas.

d) analisar quimicamente extratos das ba-

naneiras e de outras espécies.

6. (UFMG) Um estudante decidiu testar os

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17resultados da falta de determinada vita-mina na alimentação de um grupo de ra-tos. Colocou, então, cinco ratos em uma gaiola e retirou de sua dieta os alimentos ricos na vitamina em questão. Após alguns dias, os pêlos dos ratos começaram a cair. Concluiu, então, que essa vitamina desem-penha algum papel no crescimento e na manutenção dos pêlos. Sobre essa experi-ência, podemos afirmar.

a) A experiência obedeceu aos princípios do método científico, mas a conclusão do estudante pode não ser verdadeira.

b) A experiência foi correta, e a conclusão

também. O estudante seguiu as normas do método científico adequadamente.

c) A experiência não foi realizada correta-

mente, porque o estudante não usou um grupo de controle.

d) O estudante não fez a experiência de

forma correta, pois não utilizou instrumen-tos especializados.

e) A experiência não foi correta, porque a

hipótese do estudante não era uma hipó-tese passível de ser testada experimental-mente.

7. (FUVEST-SP) Imagine que você esteja cul-tivando uma planta em solução nutritiva. Como procederia para certificar-se de que certo elemento natural mineral é essencial à vida dessa planta?

SugeStÕeS de leitura

ALVES, Rubem. Filosofia da ciência: Introdução ao jogo e às suas regras. 7 ed. São Paulo: Loyo-la, 2000. 223p.

ANDRADE, Manuel Correia de. Geografia, ci-ência da sociedade:umaintroduçãoàanálisedopensamentogeográfico.SãoPaulo:Atlas,1987.

AQUINO, Tomás de. Sobre o ensino (de ma-

gistro) e Os Sete Pecados Capitais. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

CARRAHER, David W. Senso Crítico: do dia-a-dia às ciências humanas. 6 ed. São Paulo: Pio-neira,1999. 163p.

CARVALHO, Maria Cecília Meringoni de (Org.). Metodologia Científica - fundamentos e técni-cas: Construindo o saber. 8 ed. Campinas-SP: Papirus, 1989. 175p.

CHALMERS, A.F. O que é ciência afinal? São Paulo: Brasiliense, 1993. 225p.

CHASSOT, Attico. A Ciência através dos Tem-pos. 14. ed. São Paulo: Moderna, 1994. 190p.

COSTA, Marcos Roberto Nunes. Manual para elaboração e apresentação de trabalhos aca-dêmicos: monografia, dissertações e teses. 2 ed. Recife: INSAF, 2003.

DEMO, Pedro. Conhecimento moderno. Tradu-ção de Raul Fiker. São Paulo: Brasiliense, 1993.

______. Introdução do conhecimento científi-co. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1987.

______. Metodologia do conhecimento cientí-fico. São Paulo: Atlas, 2000.

FONTES, Carlos. História da Ciência. Navegan-do na Filosofia. Disponível em: http://afilosofia.no.sapo.pt/MARCOS.htm. Acesso em: 08 jan. 2005.

INÁCIO FILHO. Geraldo. A monografia nos cur-sos de graduação. 2 ed. Uberlândia: EDUFU, 1994.

KOCHE, José Carlos. Fundamentos de metodo-logia científica: teoriadaciênciaepráticadapesquisa. 15 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

LEINZ, Viktor; AMARAL. Sérgio Estanislau do. Geologia Geral. 6 ed. Uberlândia: EDUFU, 1994.

SÁBATO, Ernesto. Homens e engrenagens: re-flexões sobre o dinheiro, a razão e a democra-cia de nosso tempo. Tradução de Janer Cristal-do. Campinas, SP: Papirus, 1993.

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BiBliogrÁfiaCHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 12 ed. São Paulo: Ática, 2002.

FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2001.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1999.

HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva. 2001.

RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1996.

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a ÉtiCa na peSQuiSa e direitoS autoraiS

oBJetiVo geral

Despertar a consciência ética na execução de pesquisas, exercitando a ética enquanto ques-tionamento e adotando os parâmetros morais nos procedimentos.

oBJetiVoS eSpeCífiCoS

• ConhecerasGênesesdaÉticaedaBioéticacontextualizadas nas necessidades morais das ciências e da sociedade;

• Desenvolverapráticaéticaenquantoques-tionamento dos procedimentos adotados nasváriasetapasdapesquisa;

• Respeitarosprincípioséticoseosvaloresmorais, quando houver a necessidade de se manter sigilo quanto à privacidade das pessoas envolvidas na pesquisa;

• Adequaroscustoseosbenefíciosdapes-quisa aos preceitos ético-morais;

• Conscientizarprofessores,alunosedemaispessoas envolvidas no processo educacio-nal da imoralidade e criminalidade ineren-tes à reprodução (cópia) de livros;

• Divulgarepopularizarorespeitoaodireitoautoral.

prof.PedroHenriquedeBarrosFalcão|cargahorária:05horasprof. Josevaldo Araújo de Melo

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20reSumo

A Ética no mundo ocidental surgiu na Gré-cia Clássica, no século VI a.C., como filóso-fo Sócrates. Antes de Sócrates, outros filóso-fos trataram da Ética num contexto filosófico mais abrangente, não dando especificidade à discussão dos valores morais que norteavam o comportamento humano. Sócrates é tido como fundador da Ética, por ter sistematiza-do seus princípios questionadores, dando uma organicidade aos conhecimentos até então dispersos na Filosofia Grega Antiga. A Ética é uma disciplina oriunda da Filosofia que trata dos valores morais de uma pessoa, grupo ou sociedade. Questiona os valores morais que guiam, orientam, norteiam o agir humano e se fundamenta na racionalidade.

Em pesquisa, a ética significa usar os princípios norteadores da ética, enquanto questiona-mento dos valores morais, numa abordagem que qualifique a pesquisa dentro dos padrões éticos e morais e num campo mais específico, aceitos pela Bioética. E o que é Bioética? Numa definição simplista, é tratar a vida numa visão de princípios éticos. É, por exemplo, adequar a biotecnologia aos valores morais da sociedade. Quandoseexecutaumapesquisacientífica,háde se levar em conta algumas considerações importantes. A abordagem ética é fundamen-tal no planejamento, condução e avaliação de pesquisas. Deve-se considerar, também, a rela-ção custos e benefícios da pesquisa e, quando for o caso, o anonimato e o sigilo das pessoas envolvidas. A ética na pesquisa deve avaliar, a priori, a relevância e os custos e benefícios oriundos dos prováveis resultados. Procedi-mentos que possam causar danos físicos, si-tuação de estresse ou danos psicológicos re-querem que se tome muito cuidado para que sejameticamentedefensáveis.Éfundamental,indispensável,imprescindível

que a pesquisa científica tenha credibilidade. Esse pressuposto estende-se ao pesquisador e aos participantes. Além de antiético e imoral, é crimecometerfraudeeplágiodepesquisasdeoutrem. O Brasil avançou muito de uns anos paracá,nocampododireitoautoral.Nocasoespecífico de livros, pressionado pelos auto-res, que exigiam uma remuneração justa por seu trabalho, e pelos editores, que investem

crescentemente em tecnologia e mão-de-obra para produzir livros com qualidade.

O Direito Autoral foi regulamentado no Brasil, através da Lei Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Essa lei visa combater e punir a pirata-ria editorial, caracterizada pelo crime contra os autores, tradutores, revisores, editores e outros inúmeros profissionais envolvidos no processo de edição.

Palavras-Chaves: ética; bioética; direitos auto-rais.

1. ÉtiCaA Ética no mundo ocidental surgiu na Gré-cia Clássica, no século V a.C. como filósofoSócrates. Antes de Sócrates, outros filósofos trataram da Ética num contexto filosófico mais abrangente, não dando especificidade à discussão dos valores morais que norteavam o comportamento humano. Sócrates é tido como fundador da Ética, por ter sistematiza-do seus princípios questionadores, dando uma organicidade aos conhecimentos, até então dispersos na Filosofia Grega Antiga.

Sócrates iniciou uma discussão sobre a Ética pelas ruas e praças de Atenas, utilizando a mai-êutica, um método pedagógico que se basea-va em perguntas e respostas sobre os valores morais que guiavam as ações dos atenienses.

Essemétodo socráticopretendiaque aspes-soas inquiridas respondessem sobre suas convicções acerca de variados assuntos, prin-cipalmente sobre as leis que os Gregos eram obrigados a cumprir. Por isso, dizemos que a Ética nasceu atrelada à política.

O filósofo perguntava aos atenienses se as leis impostas pela cidade-estado Grega eram jus-tas ou não. Dessa forma, instigava o cidadão a pensar sobre a validade dessas leis, questio-nando seus valores e sua aplicação na vida co-tidiana do povo.

Outro objetivo da maiêutica era questionar as convicções e as verdades que os atenienses tinham, levando-os a refletir sobre conceitos, como coragem, justiça, piedade, amizade.

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21Quando o interlocutor respondia que eram vir-tudes, Sócrates prontamente lhe perguntava o que é a virtude? Quando lhe respondiam que era agir de acordo com o bem, então questio-nava: “E o que é o bem?” Dessa forma, deixava o opositor confuso, se não irritado, diante da insatisfação das respostas.

Com esse raciocínio maiêutico, Sócrates queria que as pessoas chegassem a uma conclusão que para ele era óbvia, “Eu só sei que nada sei”,umadaspremissasbásicasdopensamen-tosocrático.Ooutroera“conhece-tiatimes-mo”.

O termo maiêutica tem origem na palavra grega maieutikós, que significa parto. Como a mãe de Sócrates, chamada Fenareta, era par-teira, dizia-se que ela trazia a criança à luz, à vida, enquanto o filósofo induzia as pessoas ao questionamento, à razão, ao conhecimento de si próprio e do mundo que o cercava.

Na medida em que se conhece suas fraquezas e suas qualidades, suas virtudes e seus vícios, a pessoa tem a possibilidade de começar a conhecereentenderooutro,aquelequeestátão próximo e tão distante ao mesmo tempo, aquele que é visível embora seja também des-conhecido, pois não lhe foi dada a oportuni-dade de se fazer conhecer, daí os preconceitos.

Um preconceito é um conceito feito a priori, é um pré-conceito sem fundamento e sem direi-toàdefesa,jáqueaindanãohouvediálogo.

Ao mesmo tempo que questionava a política, aÉticasocráticatambémnegavaa influênciada religião da época, que hoje chamamos de mitologia, não atribuindo aos deuses a impor-tância que seus conterrâneos lhe davam.

Para a vida ou para a morte, para uma boa colheita ou para uma catástrofe natural, osgregos atribuíam à interferência dos deu-ses do Olimpo, montanha próxima a Atenas, onde supostamente eles viviam em belos pa-lácios,jardinsfloridos,pomaresabundantesese compraziam em manipular a vida humana para o bem ou para o mal, para a glória ou para a desgraça.

Por questionar a política, por desrespeitar a

religião, estando, assim, supostamente, cor-rompendo a juvente, Sócrates foi condenado por seusparesao suicídio, tomandoumcháde cicuta, uma planta venenosa.

Sócrates não se suicidou, suicidaram ele.

Osábiofilósofoteveopçãodecondenaçãoemforma de exílio, deveria mudar-se do seu país, para deixar os seus discípulos e o povo, mas, por coerência com seus princípios, preferiu morrer a negar uma filosofia.

Outros filósofos gregos contribuíram para a sistematizaçãodaÉticaClássica,comoPlatãoe Aristóteles.

1.1. ConCeituaÇÃo de ÉtiCa

A Ética é uma disciplina oriunda da Filosofia que trata dos valores morais de uma pessoa, grupo ou sociedade.

A Ética questiona os valores morais que guiam, orientam, norteiam o agir humano e se funda-menta na racionalidade.

1.2. a ÉtiCa em peSQuiSa

A Ética em pesquisa significa usar os princípios norteadores da ética, enquanto questiona-mento dos valores morais, numa abordagem que qualifique a pesquisa dentro dos padrões éticos e morais e num campo mais específico, aceitos pela Bioética.

E o que é Bioética? Numa definição simplista, é tratar a vida numa visão de princípios éticos. É, por exemplo, adequar a biotecnologia aos valores morais da sociedade.

Para entendermos melhor o que é Bioética, ve-jamos um breve relato do seu surgimento e os princípios que norteiam sua atuação.

Etimologicamente, Bioética significa ética da vida.Apalavraéformadapordoisvocábulosde origem grega: bios – vida e ética (ethos) – costumes. Considerando que a ética trata dos valores morais, logo a bioética questiona os valores morais que orientam os princípios da vida.

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22O vocábulo bioética difundiu-se a partir dejaneiro de 1971, quando o Biólogo e Onco-logista Rensselaer Potter, da Universidade de Wisconsin, Madison, Estados Unidos, publicou o livro, Bioética: A ponte para o futuro.

O Obstetra, Fisiologista Fetal e Demógrafo Ho-landês, da Universidade de Georgetown, An-dre Hellegers, aplicou o termo Bioética à Ética na medicina e nas ciências biológicas em 1971.

Se para Potter a bioética possuía um sentido macro, com forte conotação ecológica e holística, para Helle-gers, ela dizia respeito especificamente ao ser humano e às biociências humanas, e foi esta última visão que prevaleceu (OLIVEIRA, 2004, p. 76).

Ainda segundo Oliveira (op. cit. p. 77), “A Bio-ética refere-se aos assuntos gerais da saúde, da pesquisa à qualidade do atendimento nas instituições, da atenção profissional até as de-finições das pesquisas”.

Outros fatos importantes remetem à origem da Bioética, como afirma MOLINA (2003, p.14-15):

Dentro da história da Bioética, merece destaque o ar-tigo de Beecher H.K., publicado em 1966, no New En-gland Medical Journal, sob o título “Ethics and Clinical Research”. O autor constatou que de 100 trabalhos publicados em um prestigioso jornal científico, cerca de 25% deles continham claras violações éticas. Este mesmo autor afirmou, ainda que de 50 trabalhos de revistas internacionais com participação de sujeitos humanos, compilados originalmente por ele, somen-te 2 apresentavam um “termo de consentimento”, o que, na época, já era sugerido como necessário tanto pelo código de Nurenberg sobre experimentação em seres humanos como pela declaração de Helsinque. Além disso, dessas 50 pesquisas, 22 tinham sido reali-zadas com cidadãos “de segunda classe” ou, de algu-ma forma, vulneráveis.

Outros fatos e documentos importantes para a consolidação da bioética foram: A Implan-tação da Comissão Presidencial de Proteção dos Sujeitos Humanos de Pesquisas Biomédi-cas e Comportamentais em 1974, nos Estados Unidos; o Relatório Belmont de 1978, com a DeclaraçãoPrincipialistaClássica;oCódigodeNuremberg em 1946; A Declaração de Gene-bra de 1948; e a Declaração de Helsinque de 1964 e, em nível nacional, a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.

Quandoseexecutaumapesquisacientífica,há

de se levar em conta algumas considerações importantes. A abordagem ética é fundamen-tal no planejamento, condução e avaliação de pesquisas. Deve-se considerar também a rela-ção custos e benefícios da pesquisa e, quando for o caso, o anonimato e o sigilo das pessoas envolvidas.

A ética na pesquisa deve avaliar, a priori, a re-levância e os custos e benefícios oriundos dos prováveisresultados.

Além da contribuição científica da investiga-ção, da aplicação das descobertas da pesquisa e dos benefícios educacionais para pesquisa-dores em formação, há os benefícios diretospara os participantes, como aquisição de novos conhecimentos e o desenvolvimento de novas habilidades. Porém, nenhuma dessas vanta-gens pode suplantar a avaliação e a adoção de valores morais e de uma discussão ética.

Procedimentos que possam causar danos físi-cos, situação de estresse ou danos psicológi-cos requerem que se tome muito cuidado para quesejameticamentedefensáveis.

COZBY (2003, p.54) exemplifica um caso de estresse psicológico:

[...] consiste em dar aos participantes feedback ne-gativo sobre sua personalidade ou capacidade. Pes-quisadores interessados em auto-estima tipicamente aplicam aos sujeitos um teste de personalidade ou ca-pacidade simulado. O teste é seguido de uma avalia-ção que reduz e aumenta a auto-estima. No primeiro caso, indica que o participante tem traços de perso-nalidade desfavoráveis ou um baixo escore na capa-cidade medida.

Decidir se pesquisas como essa devem ser fei-tas envolve valores morais que devem ser con-siderados pela comunidade científica.

Outra questão ética relevante quando da exe-cução de uma pesquisa é o engodo. Consis-te na omissão dos detalhes ou objetivos da pesquisa, induzindo os participantes a enten-derem os procedimentos, mas sem serem in-formados do real objetivo. É quando não são dadas as informações precisas aos participan-tes sobre os propósitos da pesquisa e os riscos envolvidos antes de eles consentirem em fazer parte do experimento. Casos em que se ocul-

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23tam a presença ou identidade do pesquisador também envolvem engodo.

Humphreys (1970), citado por Cozby (2003, p.55), exemplifica um procedimento de en-godo:

Humphreys estudou o comportamento de homosse-xuais do sexo masculino que freqüentavam banheiros públicos (chamados “salões de chá”). Ele não parti-cipou de qualquer atividade homossexual, mas ser-viu como olheiro, tendo como função avisar sobre a aproximação de possíveis intrusos. Além de observar as atividades dentro do local, anotou os números das placas dos carros dos visitantes. Mais tarde, obteve o endereço dos homens, disfarçou-se e visitou-os em suas casas, para entrevistá-los. Seu procedimento cer-tamente é uma maneira de descobrir algo sobre ho-mossexualismo, mas emprega considerável engodo.

Esse estudo levanta um problema ético quan-do omite os objetivos, com o agravante de en-trar na intimidade dos pesquisados que prova-velmente não gostariam de ter sua privacidade violada.

Para alguns pesquisadores, o uso de qualquer tipodeengodoémoralmenteinaceitável,con-siderando que é simplesmente errado enganar pessoas, qualquer que seja a razão, além de prejudicar a reputação do pesquisador e da instituição patrocinadora. Mas há quem de-fenda o engodo, alegando preservar a integri-dade científica da pesquisa.

Numapesquisa,o idealseriasubstituirasvá-rias formas de engodo pelo consentimento in-formado.

Consentimento informado significa que os participantes da pesquisa são comunicados sobre os propósitos do estudo, os riscos asso-ciados aos procedimentos e o seu direito de recusar ou interromper sua participação no es-tudo (COZBY, 2003, p.56).

Dessa forma, o participante toma conheci-mento dos procedimentos e objetivos da pes-quisa, podendo tomar a decisão de participar ou não.

Quando o consentimento pleno é capaz de al-terar os resultados da pesquisa, e esta envolve riscos físicos ou psicológicos, o pesquisador pode amenizar possíveis traumas ou constran-

gimentos com uma entrevista de esclarecimen-to, após a conclusão da pesquisa.

Se os participantes foram enganados de alguma ma-neira, os pesquisadores precisam explicar por que o engodo foi necessário, se a pesquisa alterou o estado físico ou psicológico dos participantes de algum modo - como num experimento sobre os efeitos do estresse -, o pesquisador deve ter a garantia de que eles vol-taram “ao normal” e de que se sentem confortáveis em relação a sua participação (...) Em alguns casos, os pesquisadores podem voltar a entrar em contato com os participantes mais tarde, para relatar os re-sultados realmente obtidos. Assim, a entrevista de es-clarecimento tem propósitos educativos e éticos (op. cit., p.57-58).

Há,ainda,outrasquestõeséticasnapesquisa,como o anonimato e o sigilo. Em alguns es-tudos,faz-senecessáriogarantiroanonimatodos indivíduos ou das instituições pesquisadas.

Ao estudar assuntos como comportamento sexual, divórcio, violência familiar ou abuso de drogas, precisa-se, algumas vezes, fazer às pessoas perguntas delicadas sobre sua vida particular. É extremamente importante que a resposta a essas perguntas seja confidencial (op. cit., p.62).

A melhor forma de preservar a privacidade de pessoas ou instituições é elaborando ques-tionários ou entrevistas nosquais não consteidentificação pessoal, como: nome, número da carteira de identidade, CPF, telefone ou endere-ço. Quando, mesmo assim, for possível identifi-car o entrevistado, deve-se codificar os questio-nários,paraseevitaroreconhecimento.

Há, entretanto, entrevistas ou questionáriosem que a identificação é imprescindível, caso em que se deve buscar o consentimento do participante.

Do ponto de vista ético e legal, dois outros temas são importantes nos procedimentos de umapesquisa:afraudeeoplágio.

É fundamental, indispensável, imprescindívelque a pesquisa científica tenha credibilidade. Esse pressuposto estende-se ao pesquisador e aos participantes. Além de antiético e imoral, écrimecometerfraudeeplágiodepesquisasde outrem.

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24Quando uma pessoa comete plágio de umapesquisa, de uma monografia, de um projeto, departesdeumlivro,etc.,estáseapropriandodo conhecimento produzido por outro, o que, além de imoral, antiético, é crime e denota in-capacidade intelectual. E para quem dispõe de algum indício ou resquício de consciência éti-ca, é, no mínimo, motivo de baixa auto-estima.

1.3. o direito autoral no BraSil

OBrasilavançoumuitodeunsanosparacá,no campo do direito autoral. No caso especí-fico de livros, pressionado pelos autores, que exigiam uma remuneração justa por seu tra-balho, e pelos editores, que investem crescen-temente em tecnologia e mão-de-obra para produzir livros com qualidade.

Reconhecer o direito de quem cria e de quem produz é um avanço em cidadania e respeito à cultura de nosso país.

O Direito Autoral foi regulamentado no Brasil, através da Lei Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.

Essa lei visa combater e punir a pirataria edi-torial, caracterizada pelo crime contra os au-tores, tradutores, revisores, editores e outros inúmeros profissionais envolvidos no processo de edição.

Apesar de comumente utilizada no Brasil, in-clusive em escolas e universidades, a reprodu-ção ilegal de livros constitui crime, passível de reclusa e do pagamento de indenização.

Direito Autoral é o direito do autor, do criador, do pesquisador, do artista, de controlar o uso que se faz de sua obra.

A lei do Direito Autoral objetiva garantir ao au-tor os direitos morais e patrimoniais sobre a obra que criou.

Essa lei permite a reprodução de uma única cópia, de pequenos trechos, para uso próprio, desde que feita pelo autor, sem fins lucrativos.

Reprodução é a cópia de um ou mais exempla-resdeumaobraliterária,artísticaoucientífica.

A cópia não autorizada pelo titular dos direitos autorais e/ou detentor dos direitos de reprodu-ção de uma obra é contrafação, ato ilícito civil e penal.

Copiar livros é crime, porque é apropriar-se do que é do outro. O livro é propriedade intelec-tual do autor, que ganha percentual sobre a venda de exemplares de sua obra e um bem produzido pelo editor, logo fazer cópias de li-vros, sem autorização do autor e do editor, é roubo.

Enquanto crime, a punição para a reprodução ilegal de livros é de pagar indenizações, pena dereclusão,terosinsumos,máquinaseequi-pamentos utilizados na reprodução ilegal des-truídos, entre outros.

A “pasta do professor” é um procedimento ha-bitual nas faculdades que deve ser combatido em prol do direito autoral.

As bibliotecas públicas, de faculdades e outras instituições são a solução para a efetivação do direito autoral no Brasil.

É preciso que essas instituições tenham exem-plares suficientes para manuseio dos alunos e quesejadisponibilizadoumhoráriodefuncio-namento compatível com a necessidade dos alunos.

Este texto foi sintetizado baseado no Manual da ABPDEA – Associação Brasileira de Proteção dos Direitos Editoriais e Autorais, conforme autorização, expressa por ela.

BiBliografiaCOZBY, Paul C. Métodos de Pesquisa em Ci-ências do Comportamento. São Paulo: Atlas, 2003.

MOLINA, Aurélio; ALBUQUERQUE, Maria Clara & DIAS, Emanuel (orgs.). Bioética e Humaniza-ção: vivências e reflexões. Recife: EDUPE, 2003.

OLIVEIRA, Fátima. Bioética: uma face da ci-dadania. 2.ed. reform. São Paulo: Moderna, 2004.

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25BiBliografia ComplementarBRANCO, Samuel Murgel. Evolução das Espé-cies: o pensamento científico, religioso e filo-sófico. São Paulo: Moderna, 1994. (Coleção Polêmica)

DINIZ, Débora & GUILHEM, Dirce. O que é Bio-ética. São Paulo: Brasiliense, 2002. (Coleção Primeiros Passos)

ENGELHARDT JR, H. Tristram. Fundamentos da Bioética. 2.ed. São Paulo: Loyola, 1998.

GOUYON, Pierre-Henri et al. A Bioética é de má-fé? São Paulo: Loyola, 2002.

MARTINS, Celso. Tópicos de Bioética. São Pau-lo: DPL, 2001.

OLIVEIRA,Fátima.Engenharia Genética: o séti-mo dia da criação. São Paulo: Moderna, 1995. (Coleção Polêmica)

PALÁCIOS, Marisa et. al. (org). Ética, Ciência e Saúde: desafios da Bioética. Petrópolis-RJ: Vo-zes, 2001.

PEGORARO, Olinto A. Ética e Bioética: da sub-sistência à existência. Petrópolis-RJ, Vozes, 2002.

PELIZZOLI, M. L. Correntes da Ética Ambiental. Petrópolis-RJ: Vozes, 2002.

PEREIRA, Lygia da Veiga. Clonagem: fatos e mitos. São Paulo: Moderna, 2002. (Coleção Polêmica)

______. Seqüenciaram o Genoma Humano... e Agora? São Paulo: Moderna, 2001. (Coleção Polêmica)

SINGER, Peter. Ética Prática. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

______. Vida Ética. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.

TUGENDHAT, Ernst. Lições sobre Ética. 4.ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 2000.

VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. 20.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.

VERARDO, Maria Tereza. Aborto: um direito ou um crime? São Paulo: Moderna, 1987. (Cole-ção Polêmica)

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aSpeCtoS grÁfiCoS do traBalHo aCadÊmiCo

oBJetiVo geral

Oferecer subsídios para estruturação do mate-rial a ser apresentado graficamente dentro das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

oBJetiVoS eSpeCífiCoS

• Aplicar as normas técnicas da ABNT naprodução de trabalhos acadêmicos.

• Utilizaraapresentaçãográficadostraba-lhos científicos.

reSumo

Osaspectosgráficosdostrabalhosacadêmicostêm como base as Normas de Documentação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), porém, em alguns campos, estes fo-ram adaptados aos atuais recursos tecnológi-cos, tendo em vista a sua modernização.

Nestaunidadetemática,mostramostodosospassos para a organização de seu trabalho científico.

Palavras-Chaves: normatização; digitação; as-pectosgráficos.

prof.PedroHenriquedeBarrosFalcão|cargahorária:05horasprofa. Esther Leyla Braga Siqueira

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281. formato do papelA Norma Brasileira (NBR) 14724 de dezembro de 2005, da Associação Brasileira de Normas Téc-nicas (ABNT) regulamenta a apresentação dos trabalhos acadêmicos.

O papel a ser utilizado para a digitação é o A4 ( 21cm x 29,7cm), de cor branca. A impressão é feita em laudas, isto é, utiliza-se apenas um lado da folha, com exceção da folha de rosto na qual é feita a catalogação1dotrabalho.Cadafolhaseráumapágina.Aimpressãodevesernacorpreta,podendo utilizar outras cores somente para as ilustrações.

Para iniciar-se a digitação, deve-se configurar o micro no aplicativo Microsoft Word (MS-Word), da seguinte forma:

paSSo 1: Clique no menuArquivo/Configurarpágina (Fig.1).

paSSo 2: Dentrodacaixadediálogo,cliquenoitem Tamanho do papel e escolha Papel A4 (210 x 297mm) (Fig.2).

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29paSSo 3: Ainda no item Tamanho do papel, na opção Orientação, escolha Retrato para im-pressão vertical e, em seguida, clique em OK (Fig.3).

2. margenS e eSpaÇamentoO texto, em geral, guarda as seguintes mar-gens a partir das bordas da folha:

A digitação é sempre feita em espaço um e meio (1.5). Jamais, em espaço um (1,0), exceto

para certas partes específicas, como: citações de mais de três linhas, as notas; a exemplo das notas de grau acadêmico ou apresenta-ção (que aparecem na folha de rosto), notas de rodapé, agradecimentos; referências e bi-bliografia; legendas de tabelas e ilustrações e o resumo. As referências, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por dois espaços simples.

Os títulos das seções devem começar na parte superior e ser separados do texto que os suce-de por dois espaços 1.5, entrelinhas. Da mes-ma forma, os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede e que os sucede por dois espaços 1.5.

Paraconfiguraçãodapágina,sigaosprocedi-mentos a seguir:

Superior 3,0 cm

esquerda 3,0 cm

2,0 cm

direita 2,0 cm

margem tamanHo

inferior

1 Catalogação - consiste em uma ficha com uma série de informações que seguem um padrão internacional, cuja presença é obrigatória em toda as teses e livros publicados no Brasil.

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30paSSo 1: Clique no menu Arquivo/Configurarpágina (Fig.4).

paSSo 2: Dentrodacaixadediálogo,cliquenoitemMargens e escolha as medidas das mar-gens: esquerda - 3 cm, direita - 2 cm, em seguida, clique em OK (Fig.5).

O mesmo espacejamento observado entre cabeçalho e textos deve ser obedecido entre o término de um item e o cabeçalho do item seguinte, e assim consecutivamente, da introdução até as re-ferênciasbibliográficasdotrabalhotécnico-científico.

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31O quadro a seguir resume todos os espaçamentos:

2.1. indiCatiVo de SeCÇÃo

Cada capítulo ou seção importante (Introdu-ção, Objetivos, etc...) deve ser iniciado em uma novapágina.

O indicativo de seção precede seu título, ali-nhado à esquerda por um espaço de caractere.

Na folha de rosto, a natureza do trabalho, o objetivo, o nome da instituição a que é sub-metido e a área de concentração devem seralinhados do meio da folha para a margem direita.

A NBR 6024 de maio de 2003 estabelece um sistema de numeração progressiva das seções de documentos escritos, de modo a expor numa seqüência lógica o inter-relacionamento da matéria e a permitir sua localização. Esta

Norma se aplica à redação de todos os tipos de documentos escritos, independentemente do seu suporte, com exceção daqueles que possuem sistematização própria (dicionários,vocabulários etc.) ou que não necessitemdesistematização(obrasliterárias).

Nas seções que tiverem títulos e subtítulos, estes devem estar alfa-numerados, em ordem progressiva, marcados por algarismos arábi-cos, como indicativos de seqüência. O indicati-vodasseçõesprimáriaséalinhadonamargemesquerda, precedendo o título, dele separado por um espaço e deve ser grafado em núme-ros inteiros a partir de um (1). Se, porém, o trabalhocomportarváriassubdivisões, limitaranumeraçãoprogressivaatéaseçãoquinária.

Oindicativodeumaseçãosecundáriaécons-tituídodo indicativodaseçãoprimáriaaque

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32pertence, seguido do número que lhe for atri-buído na seqüência do assunto e separado por ponto. Repete-se o mesmo processo em rela-ção às demais seções, como segue no exem-plo:

1.Seçãoprimária1.1Seçãosecundária1.1.1Seçãoterciária1.1.1.1Seçãoquaternária1.1.1.2Seçãoquinária

Verifica-se que não se utilizam ponto, hífen, travessão ou sinal após o indicativo de seção ou seu título.

Destacam-se gradativamente os títulos das se-ções,utilizandoosrecursosdenegrito,itálico,grifooucaixaalta.Otítulodasseções(primá-rias,secundáriasetc.)devesercolocadoapósser sua numeração, dele separado por um es-paço. O texto deve iniciar-se em outra linha.

Todas as seções devem conter um texto rela-cionado com elas.

Quando for necessário enumerar os diversosassuntos de uma seção que não possua título, esta deve ser subdividida em alíneas. Quando as alíneas forem cumulativas ou alternativas, pode ser acrescentado, após a penúltima, e/ou conforme o caso. As alíneas, exceto a últi-ma, terminam em ponto-e-virgula. As alíneas são ordenadas alfabeticamente na margem esquerda.

Os títulos sem indicativo numérico, como erra-ta, agradecimentos, lista de ilustrações, lista de abreviaturasesiglas,resumo,sumário,glossá-rio, apêndice(s), anexo(s) e índice, devem ser centralizados.

A folha de aprovação e a dedicatória não pos-suem título nem indicativo numérico.

Para configuração da numeração dos capítulos ou seções importantes, siga os procedimentos a seguir:

paSSo 1: Clique no menu Formatar / Mar-cadores e numeração (Fig.6).

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33paSSo 2: Dentrodacaixadediálogo,cliquenoitemNumerada e faça sua escolha dentro das opções de numeração, em seguida, clique em OK (Fig.7).

3. tipoS de fonteSNocasodedigitação,emqueháabundânciadefontesaescolher,sugere-seaadoçãodefontescomformatodefácilleitura(ArialouTimesNewRoman),nacorpreta.Otamanhorecomendadoé o 12 (doze) para o texto, excetuando-se as citações de mais de três linhas, notas de rodapé, paginação e legendas das ilustrações e das tabelas que devem ser digitadas em tamanho menor e uniforme.

No caso das citações de mais de três linhas, deve-se observar um recuo de 4 cm da margem es-querda(naunidadetemática4,mostramosmaisdetalheseconceitosdostiposdecitações).

Oparágrafodeveteraprimeiralinharecuadadamargemesquerda,aproximadamente2,0cm.

O espaçamento entre parágra-fos é o mesmo utilizado entre as demais linhas do texto (espaço 1,5).

Para escolha da fonte e suas ca-racterísticas, de-vemos proceder da seguinte for-ma:

paSSo 1: Clique no menu Formatar / Fonte (Fig.8).

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34paSSo 2: DentrodacaixadediálogocliquenoitemFonte e na opção de Fonte, escolha uma das fontes recomendadas Arial ou Times New Roman (Fig.9).

paSSo 3:Aindadentrodacaixadediálogoescolha:estilodafonteNormal, tamanho da fonte: 12 e cor da fonte: Automática; em seguida, clique em OK (Fig.10).

4. iluStraÇÕeSIlustrações são elementos que podem auxiliar as informações do texto de forma condensada, sendoconstituídasporgráficos,tabelas,qua-dros, fotografias, mapas, desenhos, dentre ou-tros. Devem ter significação própria, de modo a prescindir, quando isolada, de consultas ao texto.

Para melhor compreensão, esses itens deve-rão figurar imediatamente após sua indicação

notexto,namesmapáginaounomáximonapáginaseguinte,salvoemcasosemquehajanecessidade de serem colocados em apêndices ouanexos(serácomentadonoCapítulo4).

As ilustrações devem estar centralizadas hori-zontalmentenapágina; serão semprenume-radas em seqüência própria, de acordo com o número da chamada do texto, com títulos escritos em letras minúsculas, com exceção da inicial da frase e dos nomes próprios após a palavra Figura (ou Tabela, etc.).

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35Nastabelas,quadrosegráficos,otítulodevesercolocadonapartesuperior,emboranasfiguras,deva aparecer na parte inferior.

Em casos de a ilustração ter sido retirada de outro documento, deve-se sempre citar abaixo a fonte de onde foi extraída.

As tabelas apresentadas no sentido horizontal serão fechadas por linhas apenas na parte superior e inferior (não possui as linhas laterais). Quando a tabela estiver no sentido vertical, com continu-açãonapáginaseguintenãoteráalinhainferior,eocabeçalhoserárepetidonapáginaseguinte.Exemplo:

taBela 01: Número de alunos matriculados nas escolas municipais de Ensino Fundamental e Médio de Garanhuns-PE em 1994.

Fonte: GERE (Gerência Regional de Educação – Agreste Meridional) Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco

pré-escolar

ensino fundamental: 1ª a 4ª série

ensino médio

CurSo

ensino fundamental: 5ª a 8ª série

Supletivo: ensino fundamental

nº total de alunoS

Classe especial: ensino médio

1.000

6.606

8.283

2.144

redeeStadual

4.819

15.599

11.270

16.408

total

727

90

-

727

90

48.913

203

3.251

834

-

Zona rural

958

2.268

-

4.705

ZonaurBana

2.658

3.478

2.153

9.559

ZonaurBana

redepartiCular

redemuniCipal

-

-

-

-

-

-

-

-

-

Para inserção de uma tabela em seu trabalho, siga as instruções abaixo:

paSSo 1: Clique no menu Tabela / Inserir / Tabela (Fig.11).

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paSSo 3:Namesmacaixadediálogo,naopção Comportamento de Auto Ajuste, escolha ou digite a Largura da Coluna Fixa desejada. Uma outra forma de configurar a largura da coluna pode ser utilizando as opções Ajustar-se Automaticamente ao Conteúdo ou Ajustar-se Automaticamen-te à Janela. Depois que fizer sua escolha, clique em OK (Fig.13).

paSSo 2:Dentrodacaixadediálogo,naopçãoTamanho da Tabela, escolha o Número de Colunas e o Número de Linhas (Fig.12).

5. notaS de rodapÉServem para dar explicações de pontos que fogem à linha de raciocínio do texto (embora sejamúteis),paranãosobrecarregá-lo;comoindicativo de uma citação, mostrando a refe-rênciabibliográfica;mostraraversãooriginalde alguma citação que foi traduzida no texto.

Aparecemnofinaldaspáginasnasquaissãoindicadas, digitadas em espaço simples, em fonte com tamanho inferior a do texto, pre-cedidas de uma sinalização na parte superior ou ao lado, podendo ser letras, números (al-garismosarábicos),asteriscoououtrosímboloqualquer, correspondendo exatamente à cha-mada do texto.

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37Para aplicarmos as notas de rodapé, devemos adotar os seguintes procedimentos:

paSSo 1: Clique no menu Inserir / Referência / Notas (Fig.14).

paSSo 2:DentrodacaixadediálogoNotas de Rodapé e Notas de Fim, na opção Local, escolha Nota de Rodapé e o Formato do Número, logo depois, clique em Inserir (Fig.15).

6. paginaÇÃoAspáginassãocontadasapartirdafolhaderosto (inclusive), embora só comecem a ser graficamente numeradas a partir da primeira folha da parte textual (Introdução). O número é grafado em algarismos arábicos, no cantosuperior direito da margem direita, ficando o último algarismo a 2,0 cm da borda direita da

folha e, a 1,0 cm da linha do texto.

Havendo apêndice ou anexo, as suas folhas devem ser numeradas de maneira contínua, e sua paginação deve dar seguimento à do texto principal.

Para numerar as páginas, devemos procederda seguinte forma:

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paSSo 2: Dentrodacaixadediálogo,cliquenoitemPosição e escolha a opção Iníciodapá-gina (cabeçalho) (Fig.17).

paSSo 1: Clique no menu Inserir/Númerodepáginas (Fig.16).

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39paSSo 3:Aindadentrodacaixadediálogo,cliquenoitemFormatar e configure a opção Nu-meraçãodapágina para Iniciar em: 0; em seguida, confirme a sessão, clicando em OK, nas duas telas (Figs.18 e 19).

7. enCadernaÇÃoA princípio, encadernar não é uma obrigação. Obrigatório é, sim, que todo texto com mais de uma folha, apresente-se com todas as fo-lhas juntas. Bastaria, portanto, um grampo em diagonal, no canto superior esquerdo. Por ou-tro lado, um texto encadernado gera excelente impacto inicial.

Pode-se encadernar por um dos sistemas ofe-recidos, como espiral, garras, canaletas, gram-pos, etc. Nestes casos, a capa deve ser trans-

parente (os elementos de capa sempre devem aparecer). Também pode encadernar com Capa Dura, em que os elementos de capa nela devem ser impressos.

importante

Os sistemas eletrônicos apresentam problemas por diversos motivos, provocando perda das informações gravadas. Recomendamos que periodicamente se façam arquivos de seguran-ça (backups) do seu material em disco flexível, zip drive, cd, etc.

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40eXerCíCioS

1. Digite um pequeno texto em Times New Roman, depois altere a formatação dos ca-racteres para Negrito Sublinhado.

2. Com o texto na formatação acima, altere o tamanho da fonte para 18.

3. A partir do menu Formatar, produza um pequeno documento com as seguintes ca-racterísticas:a) Fonte: Arialb) Tamanho: 16c) Estilo: NegritoItálico

4. Com o documento formatado acima, alte-reoespaçamentoentrelinhasdoparágra-fo para duplo.

5. Abra um documento novo e, através do menu Arquivo, configure-o da seguinte forma:a) Margem esquerda: 4 cmb) Margem direita: 3 cmc) Tamanho do papel: A4 210 x 297 mmd) Formato: Paisagem

6. Crie uma tabela fictícia de rendimento es-colar, atribuindo notas nos meses de mar-ço a junho para as disciplinas Português, Matemática, História e Geografia. Distri-bua as disciplinas em linhas e os meses em colunas.

7. Exclua a coluna junho.

8.Transformeatabelaacimaemumgráfico,usando as barras de ferramenta e de me-nus.

BiBliografiaAPPOLINÁRIO, Fábio. Dicionário de Metodo-logia Científica – Um Guia para a Produção do Conhecimento Científico. São Paulo: Atlas, 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉC-NICAS. NBR 6027: Informação e Documenta-ção-Sumário-Apresentação.RiodeJaneiro,2003. 2p.

______. NBR 6028: Informação e Documenta-ção – Resumo - Apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 2p.

______. NBR 6029: Informação e Documenta-ção – Livros e Folhetos - Apresentação. Rio de Janeiro, 2002. 9p.

COSTA, Marcos Roberto Nunes. Manual para Elaboração e Apresentação de Trabalhos Aca-dêmicos. 2.ed. Recife: INSAF, 2003. 111p.

MARTINS, Gilberto de Andrade & PINTO, Ricar-do Lopes. Manual para Elaboração de Traba-lhos Acadêmicos. São Paulo: Atlas, 2001. 92p.

MÁTTAR NETO, João Augusto. Metodologia Científica na Era da Informática. São Paulo: Sa-raiva, 2002. 261p.

SANTOS, Anderson. O ABC do Computador. São Paulo: Respel, 2003. 173p.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 22.ed. São Paulo: Cortez, 2002. 336p.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblio-teca Central. Normas para Apresentação de Trabalhos. Curitiba, 2000. pt. 7: Citações e Nota de Rodapé. 41p.

______. Biblioteca Central. Normas para Apre-sentação de Trabalhos. Curitiba, 2000. pt. 8: Redação e Editoração. 94p.

______. Biblioteca Central. Normas para Apre-sentação de Trabalhos. Curitiba, 2000. pt. 9: Tabelas. 53p.

______. Biblioteca Central. Normas para Apre-sentação de Trabalhos. Curitiba, 2000. pt. 10: Gráficos.48p.

referÊnCiaSASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNI-

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41CAS. NRB 6024: Informação e Documentação – Numeração progressiva das seções de um documento escrito – Apresentação. Rio de Ja-neiro, 2003. 3p.

______. NBR 14724: Informação e Documen-tação – Trabalhos Acadêmicos - Apresentação. Rio de Janeiro, 2005. 9p.

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a inVeStigaÇÃo CientífiCa: proJeto; relatÓrio

oBJetiVo geral

Despertar no aluno o interesse pela constru-ção do conhecimento científico, abordando as diversas etapas da pesquisa, possibilitando a compreensão dos fundamentos filosóficos, enfatizando a sistematização do estudo para o trabalho de pesquisa.

oBJetiVoS eSpeCífiCoS

• Oferecer subsídios para escolha do temada pesquisa;

• Desenvolver a capacidade de elaboraçãodas fases e execução de um projeto de pesquisa;

• Fundamentaraelaboraçãoderelatóriosdepesquisa;

reSumo

A NBR 15287:2005 da ABNT estabelece os princípios gerais para apresentação de proje-tos de pesquisa. Através de projetos, a ciência busca dar respostas aos problemas que lhes aparecem. São constituídos, através de um planejamento futuro, com uma seqüência de etapas ordenadas, em que uma é interligada com a outra, visando enquadrar o assunto em diversas etapas metodológicas. Essas etapas são conduzidas por um pesquisador dentro

prof.PedroHenriquedeBarrosFalcão|cargahorária:15horas

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44das normas estabelecidas pela metodologia científica. OS trabalhos acadêmicos de conclu-são (monografia por exemplo) têm sua origem a partir de projetos de pesquisa.

Palavras-Chaves: Pesquisa, Projeto; Relatório

1. a peSQuiSa CientifiCaPode-se dizer que, em seu trabalho, o cientista éguiadoporumacaracterísticahumanabási-ca: A CURIOSIDADE. Os cientistas estão cons-tantemente tentando explicar os PORQUÊS e os COMOS das coisas. Albert Einstein (1879-1955), um dos maiores físicos da humanida-de, comparou o trabalho de um cientista ao de um DETETIVE.

Assim como o detetive, o cientista reúne uma série de fatos e, a partir deles, procura enten-der como ou porque um determinado fenô-menoestáocorrendo.Noentanto,ocientistavai além da simples observação ou confirma-ção de fatos; ele procura entender por que cer-tos fatos ocorrem e as conseqüências de sua ocorrência.

Segundo BARROS & LEHFELD (2001), para solucionar qualquer curiosidade ou problema cotidiano o Homo sapiens busca respostas baseando-se no bom senso. Esta procura de respostas envolve um processo investigatório, mesmoqueseja imediato,sistemáticoedefi-nindo por traços puramente ligados ao senso comum. A pesquisa ou a procura de novos co-nhecimentos não só é próprio da natureza hu-mana, como também a investigação, mesmo que seja a partir da reflexão, o único veiculo viáveldohomemcomporseucontorno.

A pesquisa é uma atividade voltada para a so-lução de problemas através do emprego de processos científicos. É o conjunto de ativida-des orientadas para a busca de um determina-do conhecimento.

O ser humano, no decorrer da vida, sempre estáaprendendoalgonovoe,dasinformaçõesconhecidas tenta aprender diversas formas de pratica-las para solucionar problemas cotidia-

nos. Pode verificar-se, por exemplo, na for-ma de utilização dos aparelhos celulares, nos cartões eletrônicos dos bancos ou dos micro-computadores por parte de diferentes tipos de pessoas. O grau de dificuldades no uso des-ses recursos varia de acordo com a experiência pratica, a informação sobre o assunto, contu-do, todos passam por um processo similar de aprendizagem.

Fazer Ciência é mais do que simplesmente acu-mular informações, é tentar descobrir relações entre os fatos observados que permitem am-pliar os conhecimentos e desenvolver novas idéias para a compreensão da natureza.

Um bom exemplo do desenvolvimento de uma idéia nova em Ciência é o episódio da maçã, que segundo alguns teria caído na cabeça de Isaac Newton.

A força da gravidade, que explicava a queda doscorpos,jáeraconhecida,masNewtonino-vou ao imaginar que a mesma força, podia se estender para o espaço exterior, alcançando a lua; por exemplo, mantendo-a girando ao re-dor da terra.

Appolynario (2004), propõe uma classificação geral das pesquisas de acordo com alguns cri-térios, conforme verificamos no quadro I.

Quadro 1: Proposta para classificação

geral das pesquisas

ClaSSifiCaÇao daS peSQuiSaS em rela-ÇÃo aoS CritÉrioS

• Básica, objetiva o avanço do conhecimento teórico em determinada área. não visa a aplicabilidade imediata.

• aplicada, objetiva resolver um problema concreto e ime-diato da humanidade.

• Descritiva, interpreta a re-alidade, sem nela interferir; não estabelece relações de causalidade.

• Experimental, busca expli-car por que ocorre determina-do fenômeno da realidade.

finalidade

tipo

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1.1 roteiro para realiZaÇÃo de uma peSQuiSa

Para preparação e execução de um projeto de pesquisa, as seguintes etapas devem ser segui-das:

a) Escolha do assunto - É o ponto inicial e mais importante de toda pesquisa cientí-fica. Não é tão simples como parece. Ele não deve ser escolhido por acaso, mas a partir de observações da vida profissional, situações pessoais, experiência científica, apreciação de textos etc;

b) Delimitação do assunto - É o afunilamento do tema escolhido, do geral para o mais específico,poiscadaáreadeinvestigaçãopossui inúmeras particularidades, que po-demlevaraváriosestudos;

c) Formulação do Problema - É a questão que

estásemsolução.Apartirdeste,constrói-se o objeto de discussão e de estudo. É o fato, é algo significativo que, a princípio, não possui respostas explicativas, pois a solução, a resposta ou a explicação serádada por intermédio do desenvolvimento da pesquisa;

d) Enunciado da Hipótese - Deve ser expressa de forma simples e compreensiva, passível de verificação ou de experimentação. Deve estarcorrelacionadaàsvariáveis;

e) Justificativa da Escolha - Destaca a impor-tância do tema abordado, levando-se em consideração o estágio atual da ciência,suas divergências ou a contribuição que se pretende proporcionar ao pesquisar o pro-blema abordado;

f) Revisão da Literatura - Deve verificar na li-teratura existente tudo sobre o tema que jáfoiescritosobreoassunto,asdefinições,para poder fundamentar o quadro teórico da pesquisa;

g) Metodologia - Deve mostrar como a pes-quisaserárealizada,deformaclara,dire-ta e objetiva, mostrando como a pesquisa serárealizada.Aseguir,algumasetapas:• Definiçãooperacionaldasvariáveis;• Escolha da amostragem;• Preparação dos Instrumentos (equipa-

mentos) para a pesquisa;• Execução;• Analise dos dados;

h) Resultados - Descreve sinteticamente o que foi obtido com a pesquisa;

i) Conclusões - Consiste numa síntese inter-pretativa dos resultados encontrados, o ponto de chegada das deduções lógicas baseadas no desenvolvimento, nos dados concretosquerecolheunapesquisa,análi-se e interpretações;

j) Referências - Lista das obras que foram ci-tadas no trabalho;

k) Apêndices e/ou Anexos - Elementos que completam o trabalho.

• campo, provenientes de su-jeito humanos ou não.

• Documental ou Bibliográ-fica, fontes como livros, revis-ta, filmes, gravações de áudio, etc.

origem doS

dadoS

temporalidade

• longitudinal, avalia a mesma variável de um mes-mo grupo, com duas ou mais mensurações dessas variáveis em um período de tempo.

• transversal, avalia apenas uma variável em grupos de di-ferentes sujeitos.

loCal / realiZaÇÃo

• campo, coleta de dados em uma situação natural sem controle do pesquisador.

• laboratório, coleta de da-dos com controle do pesquisa-dor.

natureZa

• campo, prevê a análise hermenêutica de dados apu-rados.

• Quantitativa, prevê a men-suração de variáveis predeter-minadas e a analisa os dados.

Fonte: Appolynario (2004)

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461.2 perguntaS norteadoraS para eSColHa da peSQuiSa

Para a realização de uma pesquisa iniciamos sempre através de indagações, com as respos-tas das perguntas a seguir, tente construir o seu projeto de pesquisa:

1ª etapa

1. Qualasuaáreadeatuaçãoacadêmica?

2. Nasuaáreadeatuaçãoqualotemaquemais lhe chama a atenção?

3. Qual(is) a(s) razão(ões) de sua atenção para tal tema?

4. Ou melhor, qual a preocupação que você tem sobre o tema?

5. Ou ainda, qual a dificuldade que deve ser resolvida?

6. Qual o seu papel no contexto ao qual esta inserida a dificuldade que você percebe? Ou, de que forma você está ligado (a) aessa dificuldade?

7. Entre a(as) razão(ões) apontadas, qual a que você considera mais importante?

8. Qual a sua opinião sobre a existência dessa dificuldade? O que sabe sobre isso?

9. Como deveria ser uma situação ideal (sem tal dificuldade)?

10. Você tem conhecimento de algum estudo feito sobre o assunto ou questão seme-lhante? (Lembre-se que o tema de pesqui-sa ou a dificuldade a ser pesquisada deve tercaráterinédito).

11.Qualseriaaáreadeconhecimentoquete-ria ligações com o seu problema? (educa-ção, psicologia, sociologia...)

12.Sobreoassunto,vocêjáteveacessoàbi-bliografia? Em caso afirmativo, você con-seguiria listar os textos (autor, título da obra, local, editora, ano)?

13.Quem seriam os principais beneficiáriosdos resultados de sua pesquisa? Ou, a quem interessa os resultados de sua pes-quisa? Ou, qual a população alvo dos be-nefícios ou contribuições dos resultados da sua pesquisa?

14. Tente descrever o ambiente no qual acon-tece o problema que interessa investigar.

15. Quem são as pessoas que fazem parte des-se ambiente?

2ª etapa

1. O que vou pesquisar?

2. Onde vou realizar minha pesquisa?

3. Como vou fazer?

4. Quando vou Fazer?

5. Quais os custos?

6. Vou ter financiamento? importante

• Pesquisanãoécópia;

• Quantomaislivrosvocêconsultarsobreoassunto, mais completa fica sua pesquisa;

• Àmedidaquevocêlê,anoteapenasasin-formações mais importantes;

• Tendoasinformaçõesarespeitodoassun-to, escreva o texto usando suas palavras;

• Nessetipodetextonãoseusapalavrasouexpressões da linguagem familiar.

2. peSQuiSa CientífiCaDe acordo com Gil (2002), “os projetos de pesquisa são elaborados com a finalidade de serem lidos por professores e pesquisadores incumbidos de analisar suas qualidades e limi-tações.” A redação de trabalhos técnico-cien-

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47tíficos difere de outros tipos de composição, apresentando algumas características próprias quanto à estrutura e estilo. Uma das caracte-rísticas da Ciência é avaliar os trabalhos e não, as pessoas que os escrevem. Alguns princípios básicosdevemserobservadosnestetipodere-dação, conforme mencionados a seguir:

2.1 oBJetiVidade

Na linguagem científica, os assuntos precisam ser tratados de maneira direta e simples, com lógica e continuidade no desenvolvimento das idéias, cuja seqüência não deve ser desviada com considerações irrelevantes e opiniões pes-soais. A explanação deve se apoiar em dados e provas e não, em opiniões sem confirmação. Umtextotécnicoéumconjuntodeparágra-fos, cada um deles composto de uma idéia importante, cujo conteúdo é quase sempre melhorado por um grupo de idéias.

2.2 ClareZa

Uma redação é clara quando as idéias são ex-pressas sem ambigüidade, para não originar interpretações diversas da que se quer dar. É importanteousodevocabulárioadequadoede frases curtas, sem verbosidade, tendo-se como objetivo facilitar e prender a atenção do leitor. Os problemas devem ser formulados com propriedade, evitando-se expressões com duplo sentido, palavras supérfluas, repetições e detalhes prolixos que dificultam o entendi-mento do assunto.

2.3 preCiSÃo

Cada expressão empregada deve traduzir com exatidão o que se quer transmitir, em especial, no que diz respeito a registro de observações, mediaçõeseanálisesefetuadas.Indicarcomo,quando e onde os dados foram obtidos, es-pecificando-se as limitações do trabalho e a origem das teorias. Deve-se utilizar a nomen-clatura técnica apropriada, empregando-a sempre da mesma forma em todo o texto e de acordo com sua aceitação no meio científico. Evitar adjetivos que não indiquem, claramen-te, a proporção dos objetos mencionados, tais como médio, grande, pequeno. Evitar também expressões como quase todos, nem todos, muitos deles, sendo melhor indicar cerca de

60% ou mais precisamente, 63%, 85%. Não empregar advérbios que não explicitem exa-tamente o tempo, modo ou lugar, tais como: aproximadamente, antigamente, recentemen-te, lentamente, nem expressões, como prova-velmente, possivelmente, talvez, que deixam margem a dúvidas sobre a lógica da argumen-tação ou da clareza das hipóteses.

2.4 imparCialidade

Aescritadeveráserdeformaimpessoal.Deveredigir na terceira pessoa. evitar idéias pré-concebidas, não superestimando a importân-cia do trabalho, nem subestimando outros que pareçam contraditórios.

2.5 CoerÊnCia

Deve-se manter uma seqüência lógica e orde-nada na apresentação das idéias. Um trabalho, em geral, divide-se em capítulos, seções e sub-seções, sempre de forma equilibrada e coesa.

2.6 tempo VerBal e peSSoal em um teXto CientífiCo

O tempo verbal varia conforme a natureza do trabalho e a seção do mesmo. Para uma mo-nografia, emprega-se o tempo presente, quan-do o autor for se referir ao próprio trabalho, objetivos, conclusões etc. Ao relatar outros estudos, emprega-se o pretérito perfeito ou o imperfeito, de acordo com a duração da ação descrita.

Em um projeto, o tempo verbal é o futuro, pois o trabalho ainda vai se concretizar. Entretanto, aofazerarevisãobibliográfica,oautordeveráempregar o tempo verbal, de acordo com a localização temporal do fato descrito.

2.7 SiglaS

Quando na redação vai utilizar alguma sigla, e esta aparece pela primeira vez no texto, escre-ve o nome por extenso e, em seguida, coloca-se entre parêntese a sigla. Exemplo: Associa-ção Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

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483. CitaÇÕeS no proJeto de peSQuiSaAs citações são usadas para exemplificar, escla-recer, confirmar ou documentar a interpreta-ção de idéias contidas no texto. Para se fazer o embasamento teórico do assunto da pesquisa, que aparece na introdução ou na seção “refe-rencial teórico”.

DeacordocomAppolinário (2004:44), “cita-ção é uma “alusão no texto, de uma informa-ção originalmente extraída de outro texto”. Fazer uma citação corresponde a transcrever no trabalho um trecho de outro autor.

Devem ser evitadas citações, referente a as-suntosjáamplamentedivulgados,rotineirooude domínio público, bem como aqueles pro-venientesdepublicaçõesdenaturezadidática,que reproduzem, de forma resumida, os traba-lhos originais, tais como apostilas e anotações de aula.

A NBR 10520 de agosto de 2002 da ABNT mostra que as citações podem ser:

• Citação Direta: Transcrição textual de parte da obra do autor consultado.

• Citação Indireta: Texto baseado na obra do autor consultado.

Exemplo 1- Numa citação direta:Segundo Costa (1999,.161), “na física atual impera o pluralismo teórico”.

Exemplo 2 – Citação Indireta:Nopanoramaatualdafísica,nãohápropria-mente uma unidade teórica (COSTA, 1999).

No primeiro exemplo, citam-se exatamente as palavras do autor, e neste caso, deve-se colo-carapáginadeondefoiretiradaainformaçãoetambémcolocarentreaspas.Jánosegundoexemplo, é colocada a idéia do autor e não exatamente copiado o que ele escreveu; neste caso,nãoénecessáriocolocarapáginanemaspear.

• CitaçãodeCitação:CitaçãodiretaouIndi-reta de um texto em que não se teve aces-so ao original.

Essas citações podem aparecer no texto (mais recomendado) ou em notas de roda pé.

3.1 regraS geraiS de apreSentaÇÃo daS CitaÇÕeS

Para fazer uma citação, as obras são apresenta-das pelo sobre nome do autor, pela instituição responsávelou títulodaobra (paraobrasdeautoriadesconhecida).Quandoacitaçãoestáincluída no texto, estas devem conter apenas a letra inicial maiúscula e, quando estiverem entre parêntese, devem ser com todas as letras maiúsculas.

As citações diretas, no texto, de até três linhas, devem estar contidas entre aspas duplas. Nas citações em que o autor não necessite descre-ver toda frasena integraelepoderásuprimiras partes em que não interessar através de col-chete da seguinte forma [...].

Ex.[...]Nãoháensinosempesquisaepesqui-sa sem ensino[...] Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo[...] FREIRE, Paulo. 2000.

As citações diretas, no texto, com mais de três linhas devem ser destacadas com recuo de quatro centímetros da borda esquerda com letra menor que a do texto utilizada sem as aspas.

Ex.A teleconferência permite o individuo par-ticipar de um encontro nacional ou regio-nal sem a necessidade de deixar seu local de origem. Tipos comuns de teleconferência incluem o uso da televisão, telefone e com-putador.Atravésdeáudio-conferenciauti-lizando a companhia local de telefone, um sinaldeáudiopodeseremitidoemumsalãode qualquer dimensão.

Quando se tratar de dados obtidos por infor-mação verbal (palestras, debates, comunica-ções, etc.), indicar, entre parênteses, a expres-são informação verbal, mencionando-se em notas de roda pé.

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49Ex. No texto: OIVEncontroNordestinodeBiólogosserárealizado no Piauí em 2008 (informação ver-bal)¹.Norodapédapágina:_______________________________¹Notícia fornecida pelo Conselho Regional de Biologia – CrBio 5, em Fortaleza, em no-vembro de 2005.

Nas citações de trabalhos em fase de elabora-ção, deve ser mencionado o fato, indicando-se os dados disponíveis, em nota de roda pé.

Para enfatizar trechos da citação, deve-se destaca-los indicando esta alteração com a ex-pressão grifo nosso entre parênteses, após a chamada da citação, ou grifo do autor, caso odestaquejáfaçapartedaobraconsultada.

Quando a citação incluir texto traduzido pelo autor, deve-se incluir, após a chamada da cita-ção a expressão tradução nossa entre parên-teses.

Quando fizer citações de publicações com dois autores, deve-se citar o nome dos dois, segui-do do ano de publicação.

Ex.: FALCÃO e ARAÚJO (2006)

Nas citações com mais de dois autores, indica-se o nome do primeiro autor, seguido da ex-pressão latina et al. (que significa “e outros”, “e outras”; (aliae = outras) forma abreviada de et alii, que não é usada) e o ano de publicação.

Ex.: FALCÃO et al. (2005).

Caso haja coincidência de autores com o mes-mo sobrenome e datas de publicação acres-centam-se as iniciais de seus pré-nomes. Se mesmo assim existir conhecidencia, colocam-se os pré-nomes por extenso.

No caso de termos coincidências de dois ou mais trabalhos publicados pelo mesmo autor no mesmo ano, acrescentam-se letras minús-culas, em ordem alfabética, após o ano de pu-blicação.

Ex.: LOPES, J.; Ecologia de mosquitos (Díptera:

Culicidae) em criadouros naturais e artificiais deárea ruraldoNortedoEstadodoParaná,Brasil. VI – coletas de larvas no periodomicilio. Revista Brasileira de Zoologia. 14 (3): 571-578, 1997a.

LOPES, J.; Ecologia de mosquitos (Díptera: Culicidae) em criadouros naturais e artificiais deárea ruraldoNortedoEstadodoParaná,Brasil. V – coletas de larvas em recipientes ar-tificiais instalados em mata ciliar. Ver. Saúde Pública, 31 (4) 370-7, 1997b.

Quando no texto fizer uma citação de uma citação, isto somente deve ser usado na im-possibilidade de acesso ao documento origi-nal. Neste caso, deve-se indicar o sobrenome do autor original seguido da expressão citado por ou apud (expressão latina) e o sobrenome do autor da obra consultada, sendo que só o documentoconsultadodeveráconstarnalistadasreferênciasbibliográficas.

Ex.: FALCÃO apud ARAÚJO (2005); ou FALCÃO citado por ARAÚJO (2005)

As subseqüentes citações da mesma obra po-dem ser referenciadas de forma abreviada, utilizando as seguintes expressões, abreviadas quando for o caso:

a) Idem - mesmo autor - Id;b) Ibidem - na mesma obra – Ibid;c) Opus citatum, opere citato obra citada –

op.cit.;d) Tassim aqui e ali, em diversas passagens -

passim

4. o proJeto de peSQuiSaDe acordo com Appolynario (2004), o proje-to de pesquisa é “o documento que específi-ca informações acerca de uma pesquisa não realizada”. Com ele o pesquisador adquire ou amplia seus conhecimentos acerca do tema es-colhido, verifica a viabilidade da realização do estudo proposto, define os objetivos do traba-lho, planeja os resultados a serem alcançados, o método para atingilo e, no primeiro momen-to verifica a bibliografia existente sobre o tema

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50(COSTA, 2003). Um projeto de pesquisa bem estruturado facilita a construção da redação do trabalho final como por exemplo de sua monografia.

Até pouco não existia um modelo padronizado para a preparação de um projeto, no entanto a ABNT em dezembro de 2005 criou a NBR 15287, com o objetivo de estabelecer os prin-cípios gerais para apresentação de projetos de pesquisa.

Quadro 2: Estrutura dos Elementos que

compõem o Projeto

mações indispensáveis à sua identificaçãonaseguinte ordem:

• Nome da Instituição à qual o trabalho ésubmetido (dependendo das normas da instituição pode ser opcional);

• Títulodotrabalho:deveserclaroepreciso,identificando o seu conteúdo e possibili-tando a sua indexação;

• Subtítulo:sehouver,deveserevidenciadaa sua subordinação ao titulo principal, pre-cedido de dois pontos;

• Nomedoautor:responsávelintelectualdotrabalho;

• Local:cidadedainstituiçãoondedeveserapresentado;

• Anodeentregadotrabalho.

FOLHA DE ROSTO

Elemento obrigatório, é a folha que apresenta os elementos essenciais à identificação do tra-balho. Deve conter:

• Nomedoautor;

• Títulodotrabalho;

• Subtítulo,sehouver;

• Naturezado trabalho (projeto)eobjetivo(paraquesedestina);instituiçãoaqueserásubmetido;áreadeconcentração;

• Local: cidade da instituição onde vai serapresentado;

• Anodeentregadotrabalho.

NOTA: Se exigida pela entidade, devem ser apresentados dados curriculares do (s) autor (es) em folha (s) distinta (s) após a folha de rosto.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES (FIGURAS), TABELAS, ABREVIATURAS E SIGLAS

São itens opcionais, localizam-se antes do su-

elementoS

• Capa (obrigatório)• Folha de Rosto (obrigatório) • Sumário (obrigatório)

1. introdução2. objetivos 2.1 objetivo geral 2.2 objetivos específicos3.Justificativa4. metodologia5. Cronograma

referências Bibliográficas (obrigatório) Bibliografia (opcional)Apêndice(s) (opcional)Anexo(s) (opcional)

pré-textuais

textuais

pós-textuais

roteiro

4.1 deSCriÇÃo doS elementoS Que CompÕem o proJeto

A Norma Brasileira (NBR) 14724:2002 da ABNT trata da normatização dos princípios gerais para a elaboração da apresentação dos traba-lhos acadêmicos, visando sua apresentação à instituição.

Os elementos que compõem o Projeto são de-finidos e estruturados da seguinte forma:

CAPA

A capa é obrigatória, é a proteção externa do trabalho, sobre a qual se imprimem as infor-

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51márioempáginaspróprias,eseusitensdevemrelacionar elementos selecionados no texto na ordem de ocorrência.

Cada lista deve apresentar: o número de figura outabela,sualegendaeapáginanaqualseencontra, em particular, no caso de figuras e/ou tabelas não originais, indicar abaixo destas a fonte de onde foram extraídas. As tabelas e/oufiguras,quandoindispensáveisparaacom-preensão, deverão aparecer o mais próximo possível ao texto. As abreviaturas e as siglas devem aparecer em lista própria, em ordem alfabética com seus respectivos significados. Essas listas deverão ser usadas, quando ocor-rer um número igual ou superior a 10 tabelas, ilustrações, abreviaturas ou siglas.

LISTA DE SÍMBOLOS

Elemento opcional, que deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com o devido significado

SUMÁRIO

É elaborado, conforme a NBR 6027 de maio de 2003, que tem como objetivo a apresentação de sumáriodedocumentosque exijam visãode conjunto e facilidade de localização das se-ções e outras partes.

O sumário é a relação das principais seçõesdo trabalho na ordem em que se sucedem no textoecomindicaçãodapáginainicialounú-merodaspáginasinicialefinal,separadasporhífen (exemplo: 91-143). Os elementos pré-textuaisnãodevemconstarnosumário.

Osindicativosdeseçãoquecompõemosumá-riodevemsernumerados,emalgarismosará-bicos e alinhados à esquerda, conforme a NBR 6024:2003. Elementos, como listas de figuras, tabelas, abreviaturas e siglas, resumo, referên-cias,glossário,apêndice(s),anexo(s)e índice,não possuem indicativo numérico.

Osumáriodevefigurarlogoapósadedicatóriae/ou agradecimentos, se houver, ou seja, é o últimoelementopré-textual.Apalavrasumá-rio, deve ser centralizada e com a mesma fon-teutilizadaparaasseçõesprimárias.Havendomais de um volume, em cada um, deve constar

osumáriocompletodotrabalho.

Não confundir o sumário como índice (listadetalhada, em ordem alfabética dos assuntos, nomesdepessoas,nomesgeográficos,etc.).

INTRODUÇÃO

Elemento obrigatório. De acordo com Costa (2003), “nela se diz o que é ou de que tra-ta o trabalho.” Deve fornecer uma visão geral do trabalho e sua contextualização dentro do cenáriodaspesquisasrealizadasnarespectivaárea.

Expõe as razões que levaram o autor a escrever, define o assunto se referindo ao quadro teóri-co em que se fundamenta o trabalho, citando os autores mais importantes que estudaram o tema. Apresenta o estado da questão ou for-mulação do problema e das hipóteses. Situa o assunto no tempo e no espaço, no conjunto dosconhecimentosouatividadesjádesenvol-vidas e com as quais se relaciona, mostrando o que de novo se pretende, sem esquecer de apontar o que é comum.

Define os termos empregados, caso tal defini-çãosejanecessária.Indicaocaminhoaseguir,mostrando as idéias mestras do desenvolvi-mento, os pontos principais, as deduções mais importantes. A seguir, alguns sites que pode-rão ser usados para fazer a revisão da litera-tura.

- www. Periódicos.capes.gov.br- www.bireme.br- www.medscapa.com- www.scielo.br- www.mdconsult.com- www.prossiga.com- www.alphagalileo.org- www.eurekalert.org

Ou nos sites de busca da internet como cadê, google, altavista entre outros.

OBJETIVOS

Sessão do projeto, na qual estão especificadas as suas finalidades principais e secundárias.Divide-se em:

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52• Geral(questãoprincipaldapesquisa,pro-

blema a ser resolvido). • Objetivos Específicos (questão secundária

a ser respondida, relacionada à questão principal

JUSTIFICATIVA

Sessão do Projeto na qual o autor defendera a necessidade da realização do trabalho. Ela deverámostraraimportânciadotemapropos-to; a motivação individual, profissional, social e teórica para o tema.

METODOLOGIA

Conjunto de procedimentos aceitos e valida-dos. Na metodologia deve mostrar como a pesquisaserárealizadadeformaclara,diretaeobjetiva, mostrando os caminhos percorridos para chegar aos objetivos propostos.

CRONOGRAMA

O cronograma deve mostrar as atividades a serem executadas e quando a pesquisa serádesenvolvida. Desde a confecção do projeto, sua execução, analise dos resultados, redação e entrega do trabalho final (monografia)

ORÇAMENTO

Descrever a relação dos custos para realização da pesquisa com, previsão de recursos para compra de material permanente, consumo e pagamento de pessoal. Segue alguns endere-ços de agencias financiadoras de pesquisa no Brasil.Cnpq: www.cnpq.brCapes: www.capes.gov.brFacepe: www.facepe.brFinep: www.finep.brBNB: www.bnb.gov.brBNDE: www.bnds.gov.brFundaçãoBoticário: www.boticario.com.brPetrobrás:www.petrobrás.gov.br

REFERÊNCIAS

Asreferenciasbibliográficaséalistadosau-tores citados, ou seja referenciados no desen-volvimento do trabalho. Deve ser elaborado

de acordo com a NBR 6023: 2002 da ABNT. O capítulocincodestaunidadetemáticamostracomo prepara-las.

BIBLIOGRAFIA

Apresenta todo o material lido e estudado para a elaboração do trabalho, mas não citado em seu corpo. São listados em ordem alfabé-tica.

GLOSSÁRIO

Elemento opcional. Relação de palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições.

APÊNDICE

Elemento opcional. Texto ou documento ela-borado pelo autor, a fim de complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidade do trabalho,taiscomoentrevistas,questionários,tabelas, fotografias. O(s) apêndice(s) é (são) identificado (s) por letras maiúsculas consecu-tivas, travessão e pelos respectivos títulos.

Ex.: APÊNDICE A – Título do documento. APÊNDICE B – Título do documento. etc.

ANEXOS

Elemento opcional. Texto ou documento não elaborado pelo autor que serve de fundamen-tação, comprovação e ilustração, tais como transcrições de leis, gráficos, tabelas, recor-tes de jornais e revistas. O (s) anexo (s) é (são) identificado (s) da mesma forma do apêndice.

Ex.: ANEXO A – Título do documento

ÍNDICE

Elemento opcional. A NBR 6034, de dezembro de 2004, que substitui e cancela a de 1989, baseada na ISO 999:1975, estabelece os re-quisitosdeapresentaçãoeoscritériosbásicospara a elaboração de índices. Corresponde à lista de palavras ou frases, ordenadas, segun-do determinado critério, que localiza e remete para as informações contidas no texto.

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53Os índices podem ser classificados de acordo com três critérios que são: de acordo com a ordena-ção,naqualoselementospodemapareceremordemalfabética,ousistemática,oucronológica,ou numérica, ou alfanumérica. De acordo com o enfoque, ele pode ser subdividido em especial, quando é organizado por autores, ou assuntos, ou títulos, ou pessoas e/ou entidades, ou no-mesgeográficos,oucitações,ouainda,emanunciantesematériaspublicitáriasegeral,quandocombina duas ou mais categorias indicadas anteriormente, como por exemplo índice de autores e assuntos. O índice deve abranger as informações extraídas do documento, inclusive material expressivo contido nas notas explicativas, apêndice (s) e anexo (s), dentre outros. O índice pode complementar informações não expressas no documento, tais como nomes completos, datas de identificação, nomes de compostos químicos etc.

O título do índice deve definir sua função e/ou conteúdo (exemplos: índice de assunto, etc.), é impresso no final do documento, com paginação consecutiva ou em volume separado. Em índice alfabético,recomenda-seimprimir,nocantosuperiorexternodecadapágina,asletrasiniciaisouaprimeiraeultimaentradasdapágina.Noíndicegeral,asentradasdecadacategoriadevemserdiferenciadas graficamente. Deve-se evitar o uso de artigos, adjetivos, conjunções etc. no inicio dos cabeçalhos.

4.2 modeloS doS elementoS Que CompÕem um proJeto

4.2.1 MODELO DA CAPA 4.2.2 MODELO FOLHA DE ROSTO

uniVerSidade de pernamBuCo – upefaCuldade de formaÇÃo de

profeSSoreS de garanHunS-f.f.p.g. CurSo de liCenCiatura em CienCiaS

BiologiCaS

título do proJeto

autor

Cidade-eStadoano

autor

título do proJeto

projeto de pesquisa apre-sentado ao professor pe-dro Henrique de Barros falcão da disciplina me-todologia Científica do Curso de licenciatura em Ciências Biológicas moda-lidade a distancia, minis-trado pela universidade de pernambuco, em cum-primento às exigências para conclusão da disci-plina.

Cidade-eStadoano

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544.1.3 MODELO DO SUMÁRIO

3

1.introduÇÃo

elemento obrigatório. de acordo com Costa (2003), “nela se diz o que é ou de que trata o trabalho.” deve fornecer uma visão ge-ral do trabalho e sua contextualização dentro do cenário das pesquisas realizadas na respec-tiva área. expõe as razões que levaram o autor a escrever, define o assunto se referindo ao qua-dro teórico em que se fundamenta o trabalho, citando os autores mais importantes que estu-daram o tema. apresenta o estado da ques-tão ou formulação do problema e das hipó-teses. Situa o assunto no tempo e no espaço, no conjunto dos conhecimentos ou atividades já desenvolvidas e com as quais se relaciona, mostrando o que de novo se pretende sem es-quecer de apontar o que é comum. define os termos empregados, caso tal definição seja ne-cessária. indica o caminho a seguir, mostrando as idéias mestras do desenvolvimento, os pon-tos principais, as deduções mais importantes.

etapas

meses

X

1

i

ii

iii

iV

V

Vi

Vii

Viii

iX

X

X

2

X

3

X

4

X

5

X

X

6

X

7

X

X

X

8

X

9

X

X

X

10

X

11

X

X

12

X

SumÁrio

1.introdução..................................................3

2.objetivos....................................................42.1 objetivo geral.....................................42.2 objetivos específicos............................4

3.Justificativa.................................................5

4.metodologia...............................................6

5.Cronograma...............................................7

6.orçamento.................................................8

7.referências Bibliográficas............................9

8.Bibliografia...............................................10

9.apêndice

10.anexos

4.1.4 MODELO DA INTRODUÇÃO

4.1.5 MODELO CRONOGRAMA

A seguir exemplos de como montar um cro-nograma:

Ex. 1:

• EtapaI:escolhadoassuntoedelimitaçãodo tema;

• EtapaII:revisãodabibliografia;

• EtapaIII:preparaçãodoprojeto;

• EtapaIV:entregadoprojeto;

• EtapaV:encontrocomoorientador;

• EtapaVI:aplicaçãodasentrevistas;

• EtapaVII:análisedomaterialcoletado;

• EtapaVIII:redaçãoedigitaçãodotrabalhofinal;

• EtapaIX:entregadamonografia.

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55

Cronograma de

execução

X1

2

3

4

5

6

7

8

9

X

X X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

X

meses

9. entrega da monografia

8. redação do trabalho final

7. análise do material coletado

6. aplicação das entrevistas

5. encontro com o orientador

4. entrega do projeto

3. preparação do projeto

2. revisão da bibliografia

resumo das atividades

Xescolha do assunto e delimitação do tema

revisão da bibliografia

preparação do projeto

entrega do projeto

encontro com o orientador

aplicação das entrevistas

análise do material coletado

redação do trabalho final

entrega da monografia

X X

X

X X

X

X

X

X

X X

X

X

X

X

X

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

X

X

meses

Ex. 2:

Ex. 3:

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elementoS de deSpeSaS

1 deSpeSa de material permanenteComputador (2)Impressora (1)Gravador (1)

Mesa p/ aparelho de informática (2)

1900,00400,00220,00250,00

Valor unitÁrio(R$)

3.800,00800,00440,00500,00

Valor total(R$)

2 deSpeSa material de ConSumoPapel A4 (2cx)

Cartucho de tinta (10 cart)Caneta de tinta (100)

110,0050,001,00

220,00500,00100,00

3 deSpeSa Com peSSoalCoordenador do projeto (1)

Estagiário (2)Tecenico de laboratório (1)

Serviço de terceiros

500,00250,00250,00500,00

500,00500,00250,00500,00

4 outraS deSpeSaSDiárias (10)

Encargos sociais (1)Diversos (1)

30,002500,00500,00

300,002500,00500,00

total R$ 11.410,00

4.1.6 MODELO DO ORÇAMENTO

5. relatÓrioS da peSQuiSa

De acordo com VERGARA (2000), “relatório é o relato do que desencadeou a pesquisa, da forma pela qual ela foi realizada, dos resulta-dos obtidos, das conclusões a que se chegou e das recomendações e sugestões que o pes-quisador faz”.

O relatório da pesquisa consta de elementos pré-textuais (capa, folha de rosto, equipe téc-nica,agradecimentosesumário);textuais(In-trodução, revisão de literatura, metodologia, análise ediscussãode resultados, conclusõese recomendações) e pós-textuais (referências, bibliografia, apêndice, anexo). O capítulo cin-co define estes elementos.

6. SugeStÃo de leituraALBUQUERQUE, Ulysses Paulino de. Como fa-lar em público sobre ciência. 2 ed. Olinda: Li-

vroRápido/NUPPEA,2005.92p.

ARMANI, Domingos. Como elaborar projetos: Guiapráticoparaelaboraçãoegestãodepro-jetos sociais.

BARROS, Aidil de Jesus Paes de. LEHFELD, Nei-de Aparecida de Souza. Projeto de Pesquisa: propostas metodológicas, 12ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1990. 127p.

LUCK, Heloísa. Metodologia de projetos: uma ferramenta de planejamento e gestão, Petrpo-lis, RJ: Vozes, 2003. 142p.

MOLINA, Aurélio. DIAS, Emanuel. MOLINA, Ana Elizabeth A. L. Iniciação em Pesquisa Cien-tífica:manualparaprofissionaisdasáreasdasaúde, ciências biológicas e humanas, Recife: EDUPE, 2003. 128p.

REA, Louis M. PARKER, Richard A. Metodolo-gia de pesquisa: do planejamento à execução. São Paulo: Pioneira, 2000. 262p.

VOLPATO, Gilson Luiz. Publicação Científica. 2 ed. Botucatu: Tiponic, 2003. 143p.

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4

57VOLPATO, Gilson Luiz. Ciência: da filosofia à publicação. 4ª ed, Botucatu: Tipomic, 2004. 233p.

BiBliografiaASSOCIACÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉC-NICAS. NBR 10520: informação e documenta-ção: citações em documentos – apresentação. Rio de Janeiro, 2002. 07p

______ NBR 6027 informação e documenta-ção–sumário–apresentação,RiodeJaneiro,2003, 2p

______ NBR 14724. informação e documen-tação – trabalhos acadêmicos – apresentação. Rio de Janeiro, 2002. 6p

APOLYNARIO, Fabio. Dicionário de metodolo-gia cientifica: um guia para produção do co-nhcimento científico, São Paulo: Atlas, 2004. 300p

BARROS, Aidil de Jesus Paes de. LEHFELD, Nei-de Aparecida de Souza. Projeto de Pesquisa: propostas metodológicas, 12ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1990. 127p

COSTA, Marcos Roberto Nunes. Manual para elaboração e apresentação de trabalhos aca-dêmicos: monografia, dissertação e tese. Reci-fe, INSAF, 2003. 112p

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relató-rios de pesquisa em administração, São Paulo: Atlas, 2000. 92p

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normaS para elaBora-ÇÃo daS referÊnCiaS

oBJetiVo geral

Oferecer subsídios para a aplicação das nor-mas técnicas da ABNT na elaboração das refe-rências com vistas à construção e elaboração dos trabalhos acadêmicos.

oBJetiVoS eSpeCífiCoS

• Oferecer subsídios para elaboração dostrabalhos de conclusão de curso.

• AplicarasnormastécnicasdaABNTnaela-

boração de referências. • Fundamentar a elaboração das publica-

ções científicas.

reSumo

Estaunidadetemáticavisaoferecersubsídiospara a elaboração de referências, de acordo com a NBR 6023:2002 da Associação Brasilei-ra de Normas Técnicas (ABNT), em que define as referências como o conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um do-cumento, que permite sua identificação indi-vidual. Esta Norma fixa a ordem dos elemen-tos e estabelece convenções para transcrição e apresentação da informação originada do documento. São constituídas de elementos essenciais e complementares.

prof.PedroHenriquedeBarrosFalcão|cargahorária:10horas

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60As informações para a sua construção devem ser obtidas, sempre que possível, na folha de rosto dos documentos. As referências são lista-dasempáginaprópria,nofinaldostrabalhos.

Palavras-Chaves: normas técnicas; identifica-ção; informação.

1. referÊnCiaS A Norma Brasileira (NBR) 6023, de agosto de 2002 da ABNT, é baseada nas normas ISO 690/2:1997, que substitui a norma anterior NBR 6023/2000, que trata da normalização no âmbito da documentação.

De acordo com esta NBR, referência “é o con-junto padronizado de elementos descritos, retirados de um documento, que permite sua identificação individual.”

Todo trabalho deve identificar, de modo com-pleto, as leituras realizadas e citadas no cor-po do texto. Quando se lê uma citação num trabalho acadêmico, espera-se encontrar uma referência a ele, numa secção específica do tra-balho, intitulada “Referências”.

As referências referem-se àquelas obras (livros, artigos, revistas, etc.) que foram explicitamen-te citadas (referenciadas; mencionadas) e, por-tanto, usadas durante o trabalho, no próprio texto. O conceito de citação e as formas como deve ser utilizada foram mostradas na unidade temática4.

Do ponto de vista de um trabalho acadêmico/científico, o que se deve apresentar são as refe-rências, ou seja, dar as informações completas das obras e dos autores citados no trabalho e não, a bibliografia.

De acordo com Appolinário (2004:35), a Bi-bliografia é a relação de fontes documentais (livros, artigos de revistas etc) utilizados em um trabalho formal (não necessariamente científi-co ou acadêmico). Normalmente, utiliza-se a bibliografia para fontes tomadas como um todo (não para capítulos de livros, por exem-plo).

Na bibliografia, são listadas todas aquelas obras que foram lidas e estudadas (consul-tadas) para a elaboração do trabalho, porém não citadas em seu corpo. Também se usa o termo bibliografia para a relação de fontes do-cumentais para uma disciplina (em cursos de graduação, por exemplo).

Todavia, quando o trabalho consiste em uma conclusão de um determinado curso (mo-nografia, dissertação, tese), como parte das exigências para a aprovação, algumas Insti-tuições, sugerem que, além das referências, também se apresente à bibliografia.

As referências bem como as bibliografias são constituídas da mesma forma, o que muda en-tre uma e outra é que nas referências somente são listadas as publicações citadas no trabalho, e na bibliografia, as lidas e não citadas.

Estes documentos podem ser indicados por elementos essenciais e, quando necessário,acrescidos de elementos complementares. Neste caso, constituem elementos essenciais os que são indispensáveis à identificação dodocumento. Variam conforme o tipo, embora, em linhas gerais, sejam constituídos, de acor-do com o exemplo a seguir:

AUTOR (es). Título do documento e subtítu-lo (quando houver). Edição. Local da publi-cação: Editora. Ano de publicação. Número totaldepáginas.

O quadro a seguir define os elementos que compõem as referências e a bibliografia.

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Autor(es)Pessoa(s) física(s) responsável(eis) pela criação do conteúdo in-telectual ou artístico do documento.

Autor(es) entidade(s)

Instituição(ões), organização(ões), empresa(s), comitê(s), comissão(ões), evento(s), entre outros, responsável(eis) por pu-blicações em que não se distingue autoria pessoal. É separado do título por um ponto.

títulopalavra, expressão ou frase que designa o assunto ou o conte-údo de um documento. Aparece em destaque, sublinhado, em negrito ou itálico. É separado do título por um ponto.

Subtítulo

informações apresentadas, em seguida, ao título, visando es-clarecê-lo ou complementá-lo, de acordo com o conteúdo do documento. não vem em destaque. aparece precedido de dois pontos. É separado da edição por um ponto.

edição

todos os exemplares produzidos a partir de um original ou ma-triz. pertencem à mesma edição de uma obra todas as suas im-pressões, reimpressões, tiragens etc., produzidas diretamente ou por outros métodos, sem modificações, independente do pe-ríodo decorrido desde a primeira publicação. Quando se tratar da primeira edição, não é necessário colocar. nas edições sub-seqüentes, o número da edição vem em algarismo arábico, e a palavra edição, abreviada. Quando se tratar de edição revisada e ampliada acrescenta-se essa informação. É separada do local por um ponto.

local

nome da cidade onde está localizada a editora. Quando o nome da cidade não aparece na publicação, mas pode ser identificado, este é indicado entre colchetes. Quando o local faz parte do título da editora, não há necessidade de repeti-lo. não sendo possível determinar o local, adota-se a abreviatura S.L. (do latim “sine loco”, que significa sem local) entre colche-tes. o nome da editora aparece sem os complementos comer-ciais da firma (Livraria, S.A., Ltda, etc.). É separado da editora por dois pontos.

editora

Casa publicadora, pessoa(s) ou instituição responsável pela produção editorial. Conforme o suporte documental, outras denominações são utilizadas: produtora (para imagens em movimento), gravadora (para registros sonoros), entre outras. Quando o editor não é mencionado, usa-se a abreviatura s.n. (do latim “sine nomine” que significa sem editora) entre col-chetes. É separado do ano de publicação por uma vírgula.

ano de publicação

ano em que a obra foi publicada. É apresentado em algarismos arábicos, sem espaçamento ou pontuação. Se houver neces-sidade de indicar o mês da publicação, este precede o ano, devendo ser abreviado no idioma original. as abreviaturas do mês devem ser feitas usando as três primeiras letras, seguidas de um ponto. É separado do número de páginas por um ponto.

Quadro 1: Elementos essenciais que compõem as referências.

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62Os elementos complementares são aqueles que, acrescentados aos essenciais, caracteri-zam melhor os documentos referenciados, tais como: ilustrador, tradutor, revisor, adaptador, compilador, volumes, ilustrações, dimensões, série editorial ou coleção, separatas, notas (mi-meografadas, no prelo; não publicadas, título original), ISBN (International Standard Book Numbering).

Os elementos essenciais e complementares da referência devem ser apresentados em seqüên-cia padronizada. Para compor cada referência, deve-se obedecer à seqüência dos elementos, conforme apresentados nos modelos do item 3destaunidadetemática.

De acordo com Medeiros e Andrade (2001), “às referênciasbibliográficas (atualmentede-nominada simplesmente de “referências”) bem como a bibliografia podem apresentar, apenas, os elementos essenciais para a identi-ficação do documento”.

Os elementos de referência devem ser retira-dos, sempre que possível, da folha de rosto do livro, capa, etiqueta, cabeçalho, etc.

As referências podem aparecer no rodapé; no fim de texto ou capítulo ou em lista de referên-cias. Esta última sendo mais indicada, uma vez que a NBR 14724:2005, que regulamenta a apresentação de trabalhos acadêmicos, a NBR 15287:2005 que regulamenta a construção de projetos de pesquisa, a NBR 6022:1994, regulamenta a publicação de periódicos e a NBR 6029, que regulamenta a apresentação de livros e folhetos, mostram que esses traba-lhos obrigatoriamente devem ter um item no final com a listagem das publicações usadas na construção do trabalho.

2. regraS geraiS de apreSentaÇÃoA Norma da NBR 6023:2002 recomenda que nasreferênciasbibliográficasaoterminarapri-meira linha, a partir da segunda linha, deve-se escrever abaixo da primeira letra de entrada e não, abaixo da terceira letra como acontecia anteriormente, usando uma pontuação unifor-

me dentro dos padrões internacionais, entre osvárioselementosdareferência.

As referências constantes em lista padronizada devem obedecer aos mesmos princípios. Ao optar pela utilização de elementos comple-mentares, estes devem ser incluídos em todas as referências daquela lista.

As referências são alinhadas somente à mar-gem esquerda do texto e de forma a se iden-tificar individualmente cada documento, em espaço simples e separadas entre si por dois espaços simples. Quando aparecerem em no-tas de rodapé, serão alinhadas a partir da se-gunda linha da mesma referência, abaixo da primeira letra da primeira palavra, de forma a destacar o expoente e sem espaço entre ela.

O nome do autor deve ser transcrito pelo último sobrenome e pela(s) inicial(is) do(s) prenome(s), em letras maiúsculas, seguido de ponto. Na seqüência, o titulo do livro em des-taque (em negrito ou sublinhado), o subtítulo (quando houver), seguido de ponto, a edição (somente se coloca a partir da segunda edição de forma abreviada), seguido de ponto, o local da editora, seguido de dois pontos, a editora (a palavra editora não aparece), seguido de vir-gula, o ano de publicação, seguido de ponto, o volume (se houver), seguido de ponto, e o númerototaldepáginasdolivro.

Esta pontuação segue padrões internacionais e deve ser uniforme para todas as referências. As abreviaturas devem ser conforme a NBR 10522.

O recurso tipográfico (negrito, grifo ou itáli-co) utilizado para destacar o elemento títu-lo deve ser uniforme em todas as referências de um mesmo documento. Isto não se aplica às obras sem indicação de autoria ou de res-ponsabilidade, cujo elemento de entrada é o própriotítulo,jádestacadopelousodeletrasmaiúsculas na primeira palavra, com exclusão de artigos (definidos e indefinidos) e palavras monossilábicas.

Ex.: SOBRENOME DO AUTOR, Pré-nomes.// Tí-tulo;/ Subtítulo (quando houver).// ed.// Local da Editora: Editora, Ano de publicação. volu-me.//númerototaldepáginas.

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63As publicações com até três autores devem ser feitas pelo nome do primeiro autor que apare-ce na publicação, seguido de ponto-e-vírgula e do nome do segundo autor, ponto-e-vírgula, o terceiro autor, seguido dos outros elementos.

Nas publicações com mais de três autores, mencionam-se todos os autores, na ordem que são apresentados na publicação, sepa-rando um autor do outro por ponto-e-vírgula, seguindo os outros elementos como também se pode colocar o nome do primeiro autor, se-guido da expressão latina “et al.”(que significa “e outros” “e outras”; (alliae = outras) forma abreviada de et alii, que não é mais usada), seguindo os outros elementos.

Ex.: FALTAY, P.; SILVA JUNIOR, E.A. da; MAYER, M.; FALCÃO, P.H. de B. Ensino de Biologia no Programa Pró-Ciências I o exemplo de Pernam-buco. In: III SIMPÓSIO LATINO AMERICANO E CARIBENHO DE EDUCACÃO EM CIÊNCIAS, 3, 1999, Curitiba: Resumos. Curitiba: Universida-deFederaldoParaná,1999.p.166-167.

ou:

FALTAY, P. et al. Ensino de Biologia no Progra-ma Pró-Ciências I o exemplo de Pernambuco. In: III SIMPÓSIO LATINO AMERICANO E CARI-BENHO DE EDUCACÃO EM CIÊNCIAS, 3, 1999, Curitiba: Resumos. Curitiba: Universidade Fe-deraldoParaná,1999.p.166-167.

Caso haja coincidência de autores com o mes-mo sobrenome e ano de publicação, acrescen-tam-se as iniciais de seus pré-nomes. No caso de termos coincidências de dois trabalhos pu-blicados pelo mesmo autor no mesmo ano, acrescentam-se letras após o ano de publicação.

Ex.: LOPES, J.; Ecologia de mosquitos (Díptera: Culicidae) em criadouros naturais e artificiais deárea ruraldoNortedoEstadodoParaná,Brasil. VI – coletas de larvas no periodomicílio. Revista Brasileira de Zoologia. 14 (3): 571-578, 1997a.

LOPES, J.; Ecologia de mosquitos (Díptera: Culicidae) em criadouros naturais e artificiais deárea ruraldoNortedoEstadodoParaná,Brasil. V – coletas de larvas em recipientes ar-tificiais instalados em mata ciliar. Ver. Saúde

Pública, 31 (4) 370-7, 1997b.

Os sobrenomes com indicativos de parentes-co, como FILHO, NETO, SOBRINHO, etc., são mencionados em seguida aos sobrenomes por extenso.

Ex.: MÁTTAR NETO, J.A. Metodologia científi-canaerada informática. São Paulo: Saraiva, 2002, 261p.

Órgãos da administração governamental dire-ta (ministérios, secretarias e outros) têm entra-dapelonomegeográficoque indicaaesferade subordinação (país, estado ou município).

Ex.: BRASIL. Ministério da Economia... RECIFE. Prefeitura Municipal...

Sociedades, organizações, instituições, enti-dades de natureza científica ou cultural têm entrada pelo seu próprio nome. Em caso de ambigüidade, deve-se acrescentar a unidade geográficaaquepertenceentreparênteses.

Ex.: UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO BIBLIOTECA NACIONAL (BRASIL) BIBLIOTECA NACIONAL (PORTUGAL)

Congressos, reuniões, simpósios e conferên-cias têm entrada pelo nome do evento, com indicação do respectivo número do evento em algarismosarábicos,anoelocalderealização.

Em caso de autoria desconhecida, entrar pelo título da obra. O termo “anônimo” não deve ser usado.

As referências devem ser ordenadas de acordo com os sistemas: alfabético (ordem alfabética de entrada) ou numérico (ordem de citação no texto).

Se for utilizado o sistema alfabético, as refe-rências devem ser reunidas no final do traba-lho, do artigo ou do capítulo, em uma única ordem alfabética.

Eventualmente, o(s) nome(s) do(s) autor(es) de váriasobrasreferenciadassucessivamente,namesmapágina,pode(m)sersubstituída(s),nasreferências seguintes à primeira, por um traço sublinear (equivalente a seis espaços) e ponto.

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64Ex.:ASSOCIACÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNI-CAS. NBR 6023: informação e documentação: referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 24p.

------. NBR 6029: informação e documentação: livros e folhetos – Apresentação. Rio de Janei-ro, 2002. 9p.

Se for utilizado o sistema numérico no texto, a lista de referências deve seguir a ordem nu-mérica crescente, de acordo com a numeração utilizada no texto.

O sistema numérico não pode ser usado con-comitantemente para notas de referência e notas explicativas.

Ex.: No texto: De acordo com as novas tendên-cias da jurisprudência brasileira1, é facultado ao magistrado.

Na lista de referências:

1 CRETELLA JUNIOR, José. Do impeachment no direito brasileiro. ...

3. modeloS para preparaÇÃo daS referÊnCiaSPARA LIVRO

AUTOR.(ES)//Título: subtítulo (se houver).//Edi-ção.//Local: Editora, Ano de Publicação.//Total depáginas.

Ex.: SOLOMON, D.V. Como fazer uma mo-nografia. 10. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001. 412p.

PARA LIVRO EM QUE CADA CAPÍTULO TEM UM AUTOR PRÓPRIO

AUTOR DO CAPÍTULO.//Título do capítulo.//In: AUTOR DA OBRA.//Título da obra.//Edição.//Local: Editora, Ano de Publicação.//Numeração docapítulo,páginainicial-final.

Ex.: TOKESHI, H..Variabilidade dos agentes fi-

topatogênicos. In: GALLI, F. Manual de Fitopa-tologia. 2. ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 1978. cap.10, p.199-214.

PARA ENCICLOPÉDIA E DICIONÁRIOS

VERBETE.//In: AUTOR.//Local: Editora, Ano de Publicação.//Número do volume, página ini-cial-páginafinal.

Ex.: ANTICONCEPÇÃO. In: ENCICLOPÉDIA Mi-rador Internacional. São Paulo: Enciclopédia Britânica do Brasil, 1995. v.3, p.622-624.

PARA TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO (MONOGRAFIA, DISSERTAÇÃO E TESE)

SOBRENOME, Nome.//Título.// Ano de Publi-cação.//Total de páginas.//Categoria (Área deconcentração) – Instituição, local de defesa.

Ex.: FALCÃO, P.H. de B. Estudo da hemolinfa edahemopoiese em larvasde5. estádiodePanstrongylus megistus (Hemíptera). 1993. 121p. Dissertação (Mestrado em Biologia Ce-lular e Molecular) – Instituto Oswaldo Cruz/FIOCRUZ, Rio de Janeiro.

PARA TRABALHOS APRESENTADOS EM EVENTOS CIENTÍFICOS (CONGRESSOS, SEMINÁRIOS, SIMPÓSIOS, REUNIÕES, ENCONTROS, ETC.).

AUTOR.//Título do trabalho.//In: NOME DO EVENTO, número do evento, ano, local de re-alização.//Título.//Local: Editora, Ano de Publi-cação.//páginainicial-final,volume.

Ex.: PEREIRA, R.C.O.; FALCÃO, P.H. de B. Inse-tos pragas de importância doméstica no muni-cípio de Garanhuns. In: ENCONTRO PERNAM-BUCANO DE BIÓLOGOS, III, 2004, Garanhuns. Biólogo mais que uma profissão, uma opção de vida. Garanhuns: Primeira mão, 2004. 109.

PARA PERIÓDICOS (ARTIGOS DE REVISTA)

AUTOR.//Título do artigo.//Título do periódico, local, volume, número do fascículo, páginainicial-páginafinal,mês,anodepublicação.

Ex.: FURTADO, A.F.; REGIS, L.N.; FALCÃO, P.H.de B.; SEWELL, H.F.; AZAMBUJA, P.; GAR-

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65CIA, E.S. Monoclonal antibodies against brain neurosecretory a cells of Panstrongylus me-gistus inhibit moulting and egg production in Triatomines. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, v.65, n.1, p.113-114, jan./mar.1990.

PARA ARTIGO DE JORNAL

AUTOR.//Título do artigo.//Título do jornal, lo-cal, dia, mês, ano.//Número ou Título do ca-derno,páginainicial-páginafinal.

Ex.: FALCÃO, P.H. de B. FFPG terá Centro deEnsino Experimental. Jornal Folha da Cidade, Garanhuns, 23 jul. 2005. Educação, p.9.

PARA GRAVAÇÃO DE VÍDEO, SOM (DISCOS)

AUTOR.//Título.//Local: Gravadora, Ano de Gravação.//Número de unidade físicas (dura-ção): sistema de gravação para vídeo (ou som), som, cor. (número do disco)

Ex.: RONCATI, N.; GRUBER, M. A cólica do ca-valo. São Paulo: Art Vídeo, 1998. 1 cassete (45 min.): NTSC/VMS, som., color.

PARA CD-ROOM – TRABALHO APRESENTADO EM EVENTO

AUTOR.//Título do trabalho.//In: NOME DO EVENTO, número, ano, local de realização.//Tí-tulo.//Local:Editor,AnodeGravação.//páginainicial-páginafinal.//Suporte.

Ex.: REZENDE, A.S.C.; SAMPAIO, I.B.M.; LE-GORRETA, G.L. et al. De potros Mangalarga Marchador submetidos a dois diferentes pro-gramas nutricionais. In.: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 34, 1997, Juiz de Fora. Anais. Juiz de Fora: Socie-dade Brasileira de Zootecnia, 1997. CD-ROOM.

PARA ENTREVISTA

SOBRENOME DO ENTREVISTADO. Prenomes. A quem foi concedida a entrevista. Local. Data.

Ex.: FALCÃO, P.H. de B. Entrevista concedida a Thiago Correia. Garanhuns. 19 out. 2005.

PARA FOTOGRAFIAS

SOBRENOME DO FOTÓGRAFO. Prenomes. Tí-tulo. Ano. Número de fotos: indicação de cor; Dimensão(ões) da(s) foto(s).

Ex.: MELO, J.D.. Relógio das flores de Gara-nhuns. 2005. 1 fot.: color.; 18x60 cm.

PARA TRANSPARÊNCIAS

Este tipo de material é referenciado tal como estáindicadonapublicaçãodoautor,comin-dicação do número e da cor das transparên-cias.

AUTOR. Título. Local: editora, ano. Número de unidades: indicação de cor.

Ex.: FALCÃO, P.H. de B. Metodologia Científi-ca. Garanhuns: Especialização em Educação, FFPG-UPE, 2005. 20 transparências: color.

PARA DOCUMENTOS MANUSCRITOS

AUTOR do documento. Natureza do documen-to (se é carta, cartão-postal, etc.). Local. Data. Descrição física. Notas. Manuscrito (escreve-se Manuscrito).

Ex.: MENDONÇA, R.J. [Carta]. Madrid [Espa-nha], 2001 ago. 10, [para] Pedro Henrique de Barros Falcão, Garanhuns-PE. Manuscrito.

PARA CONFERÊNCIAS, PALESTRAS, ANOTAÇÕES DE AULAS E OUTRAS ATIVIDADES NÃO PUBLICADAS

SOBRENOME DO FOTÓGRAFO. Prenome do autor. Título do trabalho. Natureza da ativida-de, Local, data.

Ex.: FURTADO, A.F. Das ervilhas de Mendel à Dolly: passos da ciência. Conferência de aber-tura do III Encontro Pernambucano de Biólo-gos. FFPG-UPE, 28 jul. 2004.

PARA BÍBLIA (CONSIDERADA NO TODO)

BÍBLIA. Língua. Título. Tradução ou versão. Edi-ção. Local: Editora, ano.

Ex.: BÍBLIA. Português. Tradução ecumênica.

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66Trad. Grupo Ecumênico do Brasil. São Paulo: Loyola, 1996.

PARA BÍBLIA (PARTE DELA)

Quando se tratar de partes da Bíblia, inclui-se o título da parte antes da indicação do idioma e menciona-se a localização da parte (capítulo, versículo no final).

Ex.: BÍBLIA, N T João. Português. Bíblia Sagra-da. Reed. Versão de Antônio Pereira de Figuei-redo. São Paulo: Editora das Américas, 1950. Cap. 12. vers. 12.

PARA NORMAS TÉCNICAS

ÓRGÃO NORMALIZADOR. Título: número da norma: subtítulo. Local, ano.

Ex.: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documen-tação: referências – elaboração. Rio de Janeiro. 2002.

PARA LEIS E DECRETOS

NOME DO PAÍS, ESTADO OU MUNICÍPIO. Títu-lo e número da lei ou decreto, data. Ementa. Referenciação da Publicação.

Ex.: BRASIL. Decreto-lei no 2423, de 7 de abril de 1988. Estabelece critérios para pagamento de gratificações e vantagens aos titulares de cargos e empregos na Administração Federal direta e autárquica edáoutrasprovidências.DiárioOficialdaRepúblicaFederativadoBrasil,Brasília, v. 126, n. 66, p. 6009, 8 abr. 1988. Seção 1, pt. 1.

PARA ACÓRDÃOS, DECISÕES E SENTENÇAS DAS CORTES OU TRIBUNAIS

NOME DO PAÍS, ESTADO OU MUNICÍPIO. Nome da corte ou tribunal. Ementa ou acór-dão. Tipo e número do recurso. Partes liti-gantes. Relator: nome. Data. Dados da pu-blicação que divulgou o acórdão, decisão ou sentença.

Ex.: BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Defe-rimento de pedido de extradição. Extradição nº 410. Estados Unidos da América e José

Antônio Hernandez. Relator: Ministro Rafael Mayer. 21 mar. 1984. Revista Trimestral de Jurisprudência, Brasília, v. 109, p.870-879, set. 1984.

PARA PARECERES, RESOLUÇÕES E INDICAÇÕES

AUTORIA (Instituiçãooupessoa responsável).Tipo (parecer, resolução, indicação), número e data. Ementa. Relator ou Consultor: nome. Dados da publicação que a divulgou.

Ex.: CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO. Re-solução nº 16, de 13 de dezembro de 1984. Dispõe sobre reajustamento de taxas, contri-buições e semestralidades escolares e altera a redação do artigo 5 da Resolução nº1 de 14/01/83 Presidente: Lafayette de Azevedo Ponde. DiárioOficial da República Federativado Brasil, Brasília, 13 dez. 1984. Séc. 1, p. 190-191.

PARA CONVÊNIOS

NOME DA PRIMEIRA INSTITUIÇÃO. Título. Lo-cal, data.

Ex.: FUNDAÇÃO BANCO DO BRASIL. Convênio de cooperação financeira que, entre si, cele-bram a Fundação do Banco do Brasil e a Uni-versidade de Pernambuco. Recife, 2 out. 2005.

PARA DOCUMENTOS DE ARQUIVOS

AUTOR do documento. Título. Local, data. Lo-calização.

Ex.: FIGUEIREDO, Luiz Pinto de. Notícia do Continente de Moçambique e abreviada re-lação do seu comércio. Lisboa, 1 dez. 1773. Arquivo Nacional da Torre do Tombo, março 604.

No caso de serem consultados vários docu-mentos do mesmo arquivo (códices, salas, co-leções especiais), a entrada é feita pelo nome do arquivo, podendo haver indicação do perí-odo consultado.

Ex.: ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO, Lis-boa.PapéisdeSáBandeira.

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67PARA ATAS DE REUNIÕES

AUTORIA (instituição, associação, organização ou outro), Local. Título e data. Livro número, páginainicial-final.

Ex.: UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO. Con-selho de Ensino, Pesquisa e Extensão. Ata da sessão realizada no dia 26 de out. 2005. Livro 29, p. 10 verso.

PARA ATLAS E MAPAS

AUTOR.//Título.//Local: Editor, Ano de Publica-ção.//unidade física: cor, dimensões.//designa-ção específica e escala (para mapa).

Ex.: ATLAS Mirador Internacional. Rio de Ja-neiro: Enciclopédia Britânica do Brasil, 1981. 1 Atlas. Escalas variam.

FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEO-GRAFIA E ESTATÍSTICA. Mapa de vegetação do Brasil. 2 ed. Rio de Janeiro, 1995. 1 mapa: color., 1,08x119cm. Escala: 1:500.000. Art Vídeo, 1998. 1 cassete (45 min.): NTSC/VMS, son., color.

Na referenciação de atlas, quando esta palavra não constar do título, deve ser indicada no fi-nal.Quandohouverautoroueditorresponsá-vel, dar entrada por seu nome.

Ex.: CARDOSO, Jayme Antonio: WESTPHALEN, CecíliaMaria.AtlashistóricodoParaná.Curiti-ba: Projeto, 1981.

PARA LIVROS ELETRÔNICOS – NO TODO

AUTOR.//Título: subtítulo (se houver).//edi-ção.//Local: Editor, data. A expressão “Dis-ponível em: endereço eletrônico entre sinais <..........>”//Data de captura precedida da ex-pressão “Acesso em:”.//Suporte.

Ex.: MARTINS, E. Manual de redação e esti-lo. São Paulo: O Estado de São Paulo, 1999. Disponível em: <http://www.estado.com.br/redac/manual.html>. Capturado em 13 set 1999. Online.

PARA ARTIGO E/OU MATÉRIA DE REVISTA, BOLETIM ETC. EM MEIO ELETRÔNICO

AUTOR.//Título do artigo.//Título da revista,//Edição.//Local, data.//Páginas.//Disponível em<endereço eletrônico>//Capturado em:.//Su-porte.

PARA PERIÓDICOS – ARTIGOS DE REVISTA

AUTOR.//Título do artigo.//Título do periódico, local, data.//Disponível em: <........>.// Captu-rado em:.//Suporte.

Ex.: VICCINI, L.F. SARAIVA, L.S. CRUZ, C.D. Resposta de sementes de milho à radiação gama em função do teor de água. Bragan-tia. Campinas, v.56, n1, p.1-8, 1977. Dis-ponível em: http://www.Scielo.br/cgi-bin/fbpe/fbtext?...=0006-8705-001&nrm= isso&sss=18out=71981947. Capturado em: 9 set. 1999. Online.

JORNAL – ARTIGO DE INTERNET

AUTOR.//Título do artigo.//Título do jornal, lo-cal, data.//Disponível em: <........>.//Captura-do em:.//Suporte.

Ex.: LIMA SOBRINHO, B. Como entender Getú-lio Vargas. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 29 ago. 1999. Disponível em: http://www.jb.com.br/. Capturado em: 5 set. 1999. Online.

E-MAIL (MENSAGEM ELETRÔNICA) – RECEBIDA VIA LISTA DE DISCUSSÃO

AUTOR.//Título ou assunto.//In: Título da lista de discussão.//Local: editor, data.//Disponível em: <........>.//Capturado em:.//Suporte.

Ex.: PEREIRA, M.M.P.P. Localização de artigos. In: Comut-on-line. Brasília: IBICT, 1999. Dispo-nível em: <[email protected]>. Captu-rado em: 24 ago. 1999. Online.

eXerCíCioS

1. A International Organization for Standar-dization (ISO), sediada em Genebra, é a entidade responsável pela normatização

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68dos procedimentos para elaboração, docu-mentação e referenciação de bibliografias, utilizada em trabalhos técnico-científicos e acadêmicos. No Brasil, a Associação Brasi-leira de Normas Técnicas ABNT é a entida-de que adapta as normas internacionais à realidade nacional, objetivando a padroni-zação da produção de trabalhos técnico--científicos. Especifique Bibliografia x Re-ferência e qual a normatização específica para a padronização destes elementos.

2. Os livros a seguir estão fora das normas da ABNT. Normatize.

• Manual para elaboração de trabalhos aca-dêmicos. Atlas, 2001. 92p. MARTINS, G.de A.; PINTO, R. L. São Paulo:

• BITTAR,E.C.B.teoriaepráticadamono-

grafia para os cursos de direito. 3. ed. São Paulo: 2003, Metodologia da pesquisa ju-rídica: Saraiva. 240p.

• 36p. Monografia PEREIRA, R.C.O. (Espe-

cialização em Programação do Ensino em Biologia) – Faculdade de Formação de Pro-fessores de Garanhuns/Universidade de Pernambuco, Garanhuns. Insetos e pragas de importância doméstica no município de Garanhuns-PE. 2004.

• Metodologia do ensino de biologia- con-

textos e suas reflexões. In: V, 2003, Natal-RN. Biodiversidade e desenvolvimento sus-tentável. Natal: Livro de Resumos, 2003.145. ARAUJO, M. S. de; FALCÃO, P.H. de B. ENCONTRO NACIONAL DE BIÓLOGOS,

• p.54-57. Rio de Janeiro: BAIXO IMPÉRIO ROMANO. 2005. Barsa Planeta, In: TEMÁ-TICA Barsa – História. v.9.

leitura reComendadaCOSTA, M. R. N. Manual para elaboração e apresentação de trabalhos acadêmicos: mono-grafia, dissertação, tese. 2. ed. Recife: INSAF, 2003,111p.

CYRANKA, L.F.M.; SOUZA, V. P. Orientações para normalização de trabalhos acadêmicos. 6. ed. Juiz de Fora-MG: UFJF, 89p.

ISKANDAR, J. I. Normas da ABNT comentadas para trabalhos científicos. Curitiba: Champag-nat, 2000, 101p.

MÁTTAR NETO, J.A. Metodologia cientifica na era da informática. São Paulo: Saraiva, 2002, 261p.

OLIVEIRA, Maria Marly de. Como fazer proje-tos, relatórios, monografias, dissertações e te-ses. Recife: Bagaço, 2003. 174p.

RUIZ, J. A. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002, 181p.

SÁ, E. S. de; et al. Manual de normatização de trabalhos técnicos, científicos e culturais. 6. ed. Petrópolis,RJ: Vozes. 1994, 187p.

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho cien-tífico. 22. ed. São Paulo: Cortez, 2002, 333p.

VIANNA, I. O. de A. Metodologia do trabalho científico: um enfoque didático na produçãocientifica. São Paulo: E.P.U. 2001, 288p.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Sistema de Bibliotecas. Normas para apresentação de trabalhos. Curitiba: Ed. da UFPR, 2001. pt 6: Referênciasbibliográficas.

BiBliografiaAPPOLINARIO, Fabio. Dicionário de Metodolo-gia Científica: Um Guia para a Produção do Co-nhecimento Cientifico. São Paulo: Atlas, 2004.

ASSOCIACÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNI-CAS. NBR 6022: apresentação de artigos em publicações periódicas. Rio de Janeiro, 1994. 2p.

ASSOCIACÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNI-CAS. NBR 6023: informação e documentação: referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 24p.

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69------. NBR 6029: informação e documentação: livros e folhetos – Apresentação. Rio de Janei-ro, 2002. 9p.

------. NBR 14724: informação e documenta-ção: trabalhos acadêmicos - Apresentação. Rio de Janeiro, 2005. 9p.

------. NBR 15287: informação e documenta-ção: projeto de pesquisa - Apresentação. Rio de Janeiro, 2005. 6p.

------. NBR 10522: abreviação na descrição bi-bliográfica:procedimento-Apresentação.Riode Janeiro, 1988.

MEDEIROS, João Bosco; ANDRADE, Maria Margarida de. Manual de Elaboração de Re-ferências Bibliográficas. São Paulo: Atlas, 2001.188p.

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traBalHoS de ConCluSÃo de CurSo - tCC: teSe, diSSertaÇÃo e monografia

oBJetiVo geral

Oferecer subsídios para a construção e a estru-turação dos trabalhos acadêmicos (trabalhos de conclusão de curso - TCC), de acordo com as normas da ABNT.

oBJetiVoS eSpeCífiCoS

• Estruturaroprocessodeelaboraçãodeumtrabalho acadêmico.

• Conceituarositensquecompõemotraba-

lho. • Fundamentararedaçãoeapreparaçãode

um trabalho científico. • Aplicar as normas técnicas da ABNT na

construção dos trabalhos acadêmicos.

reSumo

A elaboração de trabalhos acadêmicos (traba-lho de conclusão de curso - TCC, trabalho de graduação interdisciplinar - TGI) tem sido uma das atividades mais usadas atualmente, visan-do à preparação de alunos para adquirirem uma consciência crítica cada vez mais abran-gente e estimular nestes a pesquisa científica, auxiliando no processo de aprender a apren-der. A forma como construir e estruturar os trabalhossãomostradas,nestaunidadetemá-tica,deformasimples,didáticacommodelos

prof.PedroHenriquedeBarrosFalcão|cargahorária:10horas

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72e exemplos de como montar uma monografia, de acordo com as normas exigidas pela Asso-ciação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

Palavras-Chaves: trabalho de conclusão; cons-trução e estrutura; monografia.

1. traBalHoS aCadÊmiCoS - taSegundo as normas da ABNT (NBR 14724, 2002), trabalhos acadêmicos (trabalho de con-clusão de curso – TCC, trabalho de graduação interdisciplinar – TGI) são documentos que re-presentam o resultado de estudos, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido e serem realizados sob a coordenação de um orientador. Ainda parafraseando Martins e Pin-to (2001), esses trabalhos devem ser produto de uma construção intelectual do aluno-autor que revela sua leitura, reflexão e interpretação sobre um tema da realidade.

O valor de um trabalho dessa natureza é reco-nhecido pelo enfoque diferenciado escolhido, pela lógica que orienta a exposição do refe-rencial teórico e, particularmente, pela riqueza dasanálises, sínteses, interpretações, comen-táriosepontosdevistarelatados.Trata-sedeum exercício de crescimento intelectual e pro-fissional em busca de conhecimento sobre a realidade.

Compreende os trabalhos acadêmicos: a tese, a dissertação e a monografia. De acordo com Appolinário(2004:184),noBrasil,ateseéumtipo de trabalhomonográfico executado emprogramas de pós-graduação “stricto sensu”, em nível de doutorado. A NBR 14724 (2002) define a tese como o resultado de um trabalho experimental ou exposição de um estudo cien-tífico de tema único e bem delimitado. Deve ser elaborada com base em investigação origi-nal, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em questão. Visa à obtenção do título de doutor ou similar.

A dissertação, por sua vez, é um tipo de tra-balhomonográfico resultantedeummestra-do acadêmico (APPOLINÁRIO, 2004:65). A NBR 14724 (2002) define como o resultado de

um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema úni-co e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar infor-mações. Deve evidenciar o conhecimento da literatura existente sobre o assunto e a capa-cidade de sistematização do candidato. Visa à obtenção do título de mestre.

De acordo com Costa (2003:17), a palavra mo-nografia, em sua etimologia, tem origem de monos – um só e graphein – escrever, daí que, em termos genéricos, podemos definir mono-grafia como a abordagem, por escrito, de um único tema ou assunto, ou, como define Ap-polinário(2004:135),

“é qualquer trabalho escrito que verse sobre um úni-co tema. Normalmente, trata-se de um texto extenso, completo e em profundidade sobre determinado as-sunto.”

Os trabalhos acadêmicos são constituídos por elementos pré-textuias, textuais e pós-textuais, podendo ser estruturado de duas formas, de acordo com a metodologia usada no Projeto de Pesquisa: quando a proposta metodológica do Projeto é realizar uma pesquisa descritiva ou experimental, no trabalho acadêmico po-deráserusadooRoteiro1comoémostradono quadro 1; no entanto, quando a proposta doProjetoérealizarumapesquisabibliográfi-ca,seráusadooRoteiro2(verquadro1).

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73Quadro 1:

Estrutura para elaboração do TCC

elementoS roteiro 1 roteiro 2

pré-textuais

- Capa (obrigatório)- Folha de Rosto (obrigatório)- Folha de Aprovação (obrigatório) - Folha de Dedicatória (opcional)- Pensamento (opcional)- Folha de Agradecimentos (opcional)- Resumo na língua vernácula (obrigatório)- Resumo em língua estrangeira (depende da exigência da instituição na qual o tra-balho será entregue)- Lista de ilustrações (opcional)- Lista de tabelas (opcional)- Lista de abreviaturas ou siglas (opcional)- Sumário (obrigatório)

- Capa (obrigatório)- Folha de Rosto (obrigatório)- Folha de Aprovação (obrigatório)- Folha de Dedicatória (opcional)- Pensamento (opcional)- Folha de Agradecimentos (opcional)- Resumo na língua vernácula (obrigatório)- Resumo em língua estrangeira (depende da exigência da instituição na qual o traba-lho será entregue)- Lista de ilustrações (opcional)- Lista de tabelas (opcional)- Lista de abreviaturas ou siglas (opcional)- Sumário (obrigatório)

textuais

1. introdução2. Desenvolvimento (Metodologia; Resul-tados e Discussão)3. Conclusão

- introdução- Desenvolvimento (Capítulo I; Capítulo II, etc)- Conclusão

pós-textuais

- Referências Bibliográficas (obrigatório)- Bibliografia (opcional)- Apêndice(s) (opcional)- Anexo(s) (opcional)- Índice (opcional)

- Referências Bibliográficas (obrigatório)- Bibliografia (opcional)- Apêndice(s) (opcional)- Anexo(s) (opcional)- Índice (opcional)

Estes modelos podem ser encontrados de ou-tra forma, de acordo com as normas estabele-cidas pelas diversas Instituições de Ensino.

2. deSCriÇÃo doS elementoS Que CompÕem oS taA Norma Brasileira (NBR) 14724:2002 da ABNT trata da normatização dos princípios gerais para a elaboração da apresentação dos trabalhos acadêmicos (teses, dissertações, mo-nografias e outros), visando a sua apresenta-ção à instituição.

Os elementos que compõem o Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (Monografia; Dis-sertação e Tese) são definidos, seqüenciados e estruturados da seguinte forma:

CAPA

A capa é obrigatória, constituindo-se da pro-teção externa do trabalho sobre a qual se im-primem as informações indispensáveis à suaidentificação, obedecendo à seguinte ordem:

• Instituiçãoàqualotrabalhoésubmetido(dependendo das normas da instituição, pode ser opcional);

• Títulodotrabalho:deveserclaroepreciso,

identificando o seu conteúdo e possibili-tando a sua indexação;

• Subtítulo:sehouver,deveserevidenciada

a sua subordinação ao título principal, pre-cedido de dois pontos;

• Nomedoautor:responsávelintelectualdo

trabalho; • Local:cidadedainstituiçãoondedeveser

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74apresentado;

• Anodeentregadotrabalho.

FOLHA DE ROSTO

Elemento obrigatório; trata-se da folha que apresenta os elementos essenciais à identifica-ção do trabalho. Deve conter:

• Nomedoautor; • Títulodotrabalho; • Subtítulo,sehouver; • Naturezadotrabalho(monografia,disser-

tação, tese ou outros) e objetivo (para que se destina, se para conclusão de um curso, ou o grau pretendido); nome da institui-çãoaqueserásubmetido;áreadeconcen-tração;

• Nomedoorientadore, sehouver,doco-

orientador; • Local: cidade da instituição onde vai ser

apresentado; • Anodeentregadotrabalho.

No verso da folha de rosto, deve conter a ficha catalográfica,conformeoCódigodeCataloga-ção Anglo-Americano vigente.

FOLHA DE APROVAÇÃO

Esta folha é obrigatória, vem seguida após a folha de rosto e contendo os elementos essen-ciais à aprovação do trabalho: nome do autor, título do trabalho e subtítulo (se houver), data de aprovação, nome, titulação e assinatura dos membros componentes da banca exami-nadora e instituições a que pertencem. A data de aprovação e assinaturas dos componentes da banca examinadora são colocadas após a aprovação do trabalho.

FOLHA DE DEDICATÓRIA

Folha opcional na qual o autor dedica seu tra-balho ou presta uma homenagem a alguém que, porventura, tenha contribuído para a ela-

boração do trabalho. Deve figurar à direita, na parte inferior da folha.

FOLHA DE PENSAMENTO

Páginaopcionalnaqualoautorincluiumpen-samento ou citação. Deve figurar à direita, na parte inferior da folha.

FOLHA DE AGRADECIMENTOS

São registrados os agradecimentos às pessoas que contribuíram de maneira relevante para a elaboração do trabalho, como, por exemplo, ao orientador, ao digitador, ao bibliotecárioetc. Recomenda-se restringi-los ao absoluta-mente necessário. Constitui-se um elementoopcional.

RESUMO

Elemento obrigatório. A NBR 6028 de novem-bro de 2003 da ABNT trata da normatização da apresentação de resumos. Constituído de uma seqüência de frases concisas, afirmati-vaseobjetivas,na línguavernácula,sobreospontos relevantes do trabalho, a primeira frase deve ser significativa, explicando o tema prin-cipaldodocumento,fornecendoumavisãorá-pida e clara de todo o trabalho. A seguir, deve-se indicar os objetivos da pesquisa, a categoria do tratamento, a forma como foi realizada (a metodologia), os resultados alcançados e as conclusões a que se chegou.

Não deve ser constituído de uma enumeração de tópicos, também deve-se evitar o uso de símbolos e contrações que não sejam de uso permanente, fórmulas, equações, diagramas etc., que não sejam absolutamente necessá-rios; quando seu emprego for imprescindível, defini-los na primeira vez que aparecerem. Re-comenda-seousodeparágrafoúnico.Deve-seusar o verbo na voz ativa e terceira pessoa do singular.

Quanto a sua extensão, os resumos devem ter de 150 a 500 palavras nos trabalhos acadêmi-cos e técnico-científicos; entre 100 e 250 pala-vras os de artigos de periódicos e de 50 a 100 palavras os destinados a indicações breves.

Em algumas instituições, também é solicitada

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75uma versão do resumo num idioma de divul-gação internacional, com as mesmas caracte-rísticasdoresumonalínguavernácula,emfo-lha separada (em inglês Abstract, em espanhol Resumen, em francês Resume, por exemplo).

Deve ser seguido de palavras-chaves, logo abaixo do resumo, antecedidas da expressão Palavras-chaves:, separadas entre si por ponto e finalizadas também por ponto.

Quando o resumo for encaminhado para ser apresentado em um evento científico (con-gresso, encontro, etc.), este deve ser precedido da referência do documento, com exceção do resumo inserido no próprio documento.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES (FIGURAS), TABELAS, ABREVIATURAS E SIGLAS

São itens opcionais, localizam-se antes do su-mário,empáginaspróprias,eseusitensdevemrelacionar elementos selecionados no texto na ordem de ocorrência.

Cada lista deve apresentar: o número de figura outabela,sualegendaeapáginanaqualseencontra, em particular, no caso de figuras e/ou tabelas não originais, indicar abaixo destas a fonte de onde foram extraídas. As tabelas e/oufiguras,quandoindispensáveisparaacom-preensão, deverão aparecer o mais próximo possível ao texto. As abreviaturas e as siglas devem aparecer em lista própria, em ordem alfabética com seus respectivos significados. Essas listas deverão ser usadas, quando ocor-rer um número igual ou superior a 10 tabelas, ilustrações, abreviaturas ou siglas.

LISTA DE SÍMBOLOS

Elemento opcional, que deve ser elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com o devido significado.

SUMÁRIO

É elaborado, conforme a NBR 6027 de maio de 2003, que tem como objetivo a apresentação de sumáriodedocumentosque exijam visãode conjunto e facilidade de localização das se-ções e outras partes.

O sumário é a relação das principais seçõesdo trabalho na ordem em que se sucedem no textoecomindicaçãodapáginainicialounú-merodaspáginasinicialefinal,separadasporhífen (exemplo: 91-143). Os elementos pré-textuaisnãodevemconstarnosumário.

Osindicativosdeseçãoquecompõemosumá-riodevemsernumeradosemalgarismosarábi-cos e alinhados à esquerda, conforme a NBR 6024:2003. Elementos, como listas de figuras, tabelas, abreviaturas e siglas, resumo, referên-cias,glossário,apêndice(s),anexo(s)e índice,não possuem indicativo numérico.

Osumáriodevefigurarlogoapósadedicatóriae/ou agradecimentos, se houver, ou seja, é o últimoelementopré-textual.Apalavrasumá-rio, deve ser centralizada e com a mesma fon-teutilizadaparaasseçõesprimárias.Havendomais de um volume, em cada um deve constar osumáriocompletodotrabalho.

Não confundir o sumário como índice (listadetalhada, em ordem alfabética dos assuntos, nomesdepessoas,nomesgeográficos,etc.).

INTRODUÇÃO

Elemento obrigatório. De acordo com Costa (2003:35), “nela se diz o que é ou de que tra-ta o trabalho.” Deve fornecer uma visão geral do trabalho e sua contextualização dentro do cenáriodaspesquisasrealizadasnarespectivaárea.

Expõe as razões que levaram o autor a escrever, define o assunto se referindo ao quadro teóri-co em que se fundamenta o trabalho, citando os autores mais importantes que estudaram o tema. Apresenta o estado da questão ou for-mulação do problema e das hipóteses. Situa o assunto no tempo e no espaço, no conjunto dosconhecimentosouatividadesjádesenvol-vidas e com as quais se relaciona, mostrando o que de novo se pretende, sem esquecer de apontar o que é comum.

Define os termos empregados, caso tal defini-çãosejanecessária.Indicaocaminhoaseguir,mostrando as idéias-mestras do desenvolvi-mento, os pontos principais, a importância da realização da pesquisa.

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76DESENVOLVIMENTO

Também conhecido como corpo do trabalho, constitui-se elemento obrigatório e o mais im-portante. Não existe padrão único para a es-truturação do desenvolvimento do trabalho, o qual depende essencialmente da natureza do estudo (experimental,descritivooubibliográ-fico), é definido por cada autor, segundo sua abordagem ou metodologia usada.

Sua estruturação pode ser dividida em seções, como, por exemplo: a seção metodologia, a qual deve descrever de forma clara, direta e objetiva o ambiente onde a pesquisa foi reali-zada, quem foi pesquisado (os participantes), os equipamentos, as técnicas, os instrumen-tos de coleta de dados, os procedimentos, as estratégias utilizadas na pesquisa; a seção resultados descreve sinteticamente o que foi obtido, se for o caso, fazer referência às me-didas e/ouaos cálculos estatísticos,podendoilustrar comgráficos, tabelas,etc.explicandocada um; ou ainda, os resultados podem ser acompanhados do termo discussão, e, neste caso, o autor compara os resultados obtidos em sua pesquisa com os dados de outros au-tores (mostrado no roteiro 1).

Ou é subdividido em capítulos, neste caso, cada capítulo possui um título, em que um trata da revisão da literatura, outro da meto-dologia, outro, dos resultados, etc.

Ainda, se a pesquisa for bibliográfica, estapode ter um item que é a introdução; o tema é dividido em subtemas, em que cada um sub-tema tem um título e passa a ser um capítu-lo, fazendo, assim, toda a revisão da literatura (roteiro 2). O termo desenvolvimento ou corpo do trabalho não deve ser usado como título de uma seção ou parte do trabalho.

CONCLUSÕES

Elemento obrigatório de um trabalho acadê-mico. Consiste numa síntese interpretativa dos elementos dispersos no trabalho, ponto de chegada das deduções lógicas baseadas no desenvolvimento, nos dados concretos que re-colheunapesquisa,análiseeinterpretações.

Também faz parte das conclusões a indicação

das hipóteses que não foram comprovadas e aquelas que o estudo acaba de detectar para futuras investigações, apontando os cami-nhos, recomendações e sugestões, visando a um maior aprofundamento do tema.

REFERÊNCIAS

Elemento obrigatório. Lista de obras citadas no desenvolvimento do trabalho, elaborada de acordo com a NBR 6023:2002 da ABNT, con-formefoimostradonaunidadetemática5.

BIBLIOGRAFIA

Elemento opcional. Lista das obras que foram consultadas (lidas) e não citadas no trabalho. Deve-se listar em ordem alfabética, conforme a NBR 6023:2002 da ABNT, a ser mostrado na unidadetemática5.

GLOSSÁRIO

Elemento opcional. Relação de palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições.

APÊNDICE

Elemento opcional. Texto ou documento ela-borado pelo autor, a fim de complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidade do trabalho,taiscomoentrevistas,questionários,tabelas, fotografias. O(s) apêndice(s) é (são) identificado (s) por letras maiúsculas consecu-tivas, travessão e pelos respectivos títulos.

Ex.: APÊNDICE A – Título do documento. APÊNDICE B – Título do documento. etc.

ANEXO

Elemento opcional. Texto ou documento não elaborado pelo autor que serve de fundamen-tação, comprovação e ilustração, tais como transcrições de leis, gráficos, tabelas, recor-tes de jornais e revistas. O (s) anexo (s) é (são) identificado (s) da mesma forma do apêndice.

Ex.: ANEXO A – Título do documento.

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77ÍNDICE

Elemento opcional. A NBR 6034 de dezembro de 2004 que substitui e cancela a de 1989, baseada naISO999:1975,estabeleceosrequisitosdeapresentaçãoeoscritériosbásicosparaaelaboraçãode índices. Corresponde à lista de palavras ou frases, ordenadas segundo determinado critério, que localiza e remete para as informações contidas no texto.

Os índices podem ser classificados de acordo com três critérios, são eles: de acordo com a ordena-ção,emqueoselementospodemapareceremordemalfabética,ousistemática,oucronológica,ou numérica, ou alfanumérica. De acordo com o enfoque ele pode ser subdividido em especial, quando é organizado por autores, ou assuntos, ou títulos, ou pessoas e/ou entidades, ou nomes geográficos,oucitações,ouaindaemanunciantesematériaspublicitárias;egeralquandocom-bina duas ou mais categorias indicadas anteriormente, como, por exemplo, índice de autores e assuntos.

O índice deve abranger as informações extraídas do documento, inclusive material expressivo con-tido nas notas explicativas, apêndice (s) e anexo (s), dentre outros. O índice pode complementar informações não expressas no documento, tais como nomes completos, datas de identificação, nomes de compostos químicos etc.

O título do índice deve definir sua função e/ou conteúdo (exemplos: índice de assunto, etc.), é impresso no final do documento, com paginação consecutiva ou em volume separado. Em índice alfabético,recomenda-seimprimir,nocantosuperiorexternodecadapágina,asletrasiniciaisouaprimeiraeultimaentradasdapágina.Noíndicegeral,asentradasdecadacategoriadevemserdiferenciadas graficamente. Deve-se evitar o uso de artigos, adjetivos, conjunções etc. no inicio dos cabeçalhos.

3. proJeto de peSQuiSa X monografiaO projeto é a base para o trabalho de conclusão de curso. Se montarmos um projeto bem estrutu-rado,comcerteza,teremosumexcelentetrabalhomonográfico.Nosesquemasaseguir,podemosverificarquetudooquefoiusadonoprojetoseráaproveitadonoTCC.

eSQuema 1: Para o roteiro 1

Capafolha de rostoSumário

1. introdução2. ojetivos

2.1. geral2.2. específicos

3. Justificativa4. metodologia5. Cronograma6. referências Bibliográficas7. Bibliografia8. apêndice9. anexos

Capafolha de rostofolha do examinadorfolha de dedicatóriafolha de pensamentofolha de agradecimentosresumoSumário

1. introdução+ outras Citaçõesmostrar o objetivo da pesquisamostrar a importância

2. metodologia3. resultados4. Conclusões5. referências6. Bibliografia7. apêndice8. anexos

proJeto de peSQuiSa monografia

elementoS prÉ-teXtuaiS

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No esquema dois (2), também aproveitamos todo o projeto com exceção do cronograma, alterando, também, a forma de organização. Neste caso, o autor do projeto poderia ter comoobjetivofazerumapesquisabibliográfi-ca sobre determinado assunto.

Na introdução da monografia, o autor delimita o assunto da pesquisa, situando o tema, enfo-cando os objetivos da pesquisa, sua importân-cia e a metodologia utilizada na pesquisa.

Os capítulos são constituídos por subtemas do assunto principal, cada um possuindo um títu-lo próprio.

E, para finalizar, faz a conclusão do trabalho, inserindo os elementos pós-textuais.

4. modeloS doS elementoS Que CompÕem uma monografiaÉ importante que o autor e o orientador colo-quemempráticaasmargenseosespaçamen-

eSQuema 2: Para o roteiro 2

Capafolha de rostoSumário

1. introdução2. ojetivos

2.1. geral2.2. específicos

3. Justificativa4. metodologia5. Cronograma6. referências7. Bibliografia8. anexos

Capafolha de rostofolha do examinadorfolha de dedicatóriafolha de pensamentofolha de agradecimentosresumo

Sumário

introdução+ outras Citaçõesmostrar o objetivo da pesquisamostrar a importância

Capítulo i - títuloCapítulo ii - títuloCapítulo iii - títuloConclusãoreferênciasBibliografiaanexos

proJeto de peSQuiSa monografia

elementoS prÉ-teXtuaiS

ou

tos orientados na unidade temática 3 destedocumento. A seguir, estão os exemplos das di-versaspáginasqueirãocomporamonografia.

Modelo de Capa

uniVerSidade de pernamBuCo – upefaCuldade de formaÇÃo de profeSSoreS de garanHunS

CurSo de liCenCiatura em CienCiaS BiologiCaS - modalidade À diStÂnCia

título da monografia

autor

Cidade - eStadoano

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Modelo da Folha de Dedicatória

autor

título da monografia

monografia apresentado ao Curso de licenciatura em Ciências Biológicas, modalidade a distancia, ministrado pela universi-dade de pernambuco, em cumprimento às exigên-cias para conclusão do Curso.

Cidade - eStadoano

Modelo da Folha de Rosto Modelo da Folha do Examinador

autor

título da monografia

aprovada em ____/ ____/ ____

Banca examinadora

_______________________________prof. esp. renato medeirosuniversidade de pernambuco

_______________________________prof. me. pedro Henrique de Barros falcãouniversidade de pernambuco

Modelo da Folha de Pensamento

a meus pais terezinha e Pedro Falcão (in memo-rian), ofereÇo.Com carinho, a minha esposa etiane e às mi-nhas filhas larissa, letícia e lorena,dediCo.

“Aqueles que param esperando que as coisas melhorem, acabam descobrindo mais tarde que os que não pararam estão na frente e que não podem mais serem alcançados.”

rui Barbosa

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80Modelo da Folha de Agradecimento Modelo da Folha de Resumo

Modelo da Lista de Tabelas ModelodoSumário

agradeCimentoS

ao prof. dr. andré furtado, meu agradecimen-to especial pelos valiosos ensinamentos, orientação e apoio, tornando possível a

realização deste trabalho. Aos amigos Josevaldo Araújo e Severino

Bezerra, pela colaboração constante, incentivo e amizade sempre presentes em muitos

momentos. a rodrigo César e marcelo Siqueira, pelo

apoio, colaboração e incentivo. a minha esposa etiane falcão, pelo carinho, paciência e estímulo indispensável à realiza-

ção deste trabalho. a secretária da ffpg, esther leyla Braga, pelo auxílio e colaboração na normatização gráfica

deste trabalho. a todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste trabalho.

reSumo

elemento obrigatório. Constituído de uma se-qüência de frases concisas e objetivas, na lín-gua vernácula, dos pontos relevantes do tra-balho, fornecendo uma visão rápida e clara de todo o trabalho da introdução, dos objetivos da pesquisa, da forma como foi realizada (a metodologia), os resultados alcançados as con-clusões a que se chegou. recomenda-se não ultrapassar 500 palavras. a nBr 6028:2003 da aBnt trata da norma-tização da apresentação de resumos. em al-gumas instituições, também é solicitada uma versão do resumo num idioma de divulgação internacional, com as mesmas características do resumo na língua vernácula, em folha sepa-rada (em inglês Abstract, em espanhol Resu-men, em francês Resume, por exemplo). deve ser seguido de palavras-chaves.

SumÁrio

1.introdu-ção.......................................................9

2.metodolo-gia...................................................10

3.resultados e discus-são................................11

4.Conclu-sões....................................................12

5.referências Bibliográfi-cas.............................13

6.Bibliogra-fia.....................................................14

7. ane-xos..........................................................15

liSta de taBelaS

1.título da tabe-la.............................................00

2.idem..............................................................00

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81Modelo da Introdução

91. introduÇÃo

elemento obrigatório. de acordo com Cos-ta (2003:35), “nela se diz o que é ou de que trata o trabalho.” deve fornecer uma visão ge-ral do trabalho e sua contextualização dentro do cenário das pesquisas realizadas na respec-tiva área.

expõe as razões que levaram o autor a es-crever, define o assunto se referindo ao quadro teórico em que se fundamenta o trabalho, ci-tando os autores mais importantes que estu-daram o tema. apresenta o estado da questão ou formulação do problema e das hipóte-ses. Situa o assunto no tempo e no espaço, no conjunto dos conhecimentos ou atividades já desenvolvidas e com as quais se relaciona, mostrando o que de novo se pretende, sem se esquecer de apontar o que é comum. define os termos empregados, caso tal definição seja ne-cessária. indica o caminho a seguir, mostrando as idéias mestras do desenvolvimento, os pon-tos principais, as deduções mais importantes, como também a importância da realização da pesquisa.

Modelo da Metodologia

Modelo dos Resultados e Discussão Modelo das Conclusões

10

2. metodologia

na seção metodologia, deve-se descre-ver de forma clara, direta e objetiva o am-biente onde a pesquisa foi realizada, quem foi pesquisado (os participantes), os equipa-mentos, as técnicas, os instrumentos de coleta de dados, os procedimentos, as estratégias utilizadas na pesquisa.

11

3. reSultadoS e diSCuSSÃo

a seção resultados descreve sinteticamente o que foi obtido, se for o caso, fazer referência às medidas e/ou cálculos estatísticos, podendo ilustrar com gráficos, tabelas, etc. explicando cada um, ou ainda, os resultados podem ser acompanhados do termo discussão, e, neste caso, o autor compara os resultados obtidos em sua pesquisa com dados de outros autores.

12

4. ConCluSÕeS

elemento obrigatório de um trabalho aca-dêmico. Consiste numa síntese interpretativa dos elementos dispersos no trabalho, ponto de chegada das deduções lógicas baseadas no desenvolvimento, nos dados concretos que re-colheu na pesquisa, análise e interpretações. também faz parte das conclusões a indicação das hipóteses que não foram comprovadas e aquelas que o estudo acaba de detectar para futuras investigações, apontando os caminhos, recomendações e sugestões para um maior aprofundamento do tema.

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82ModelodasReferênciasBibliográficas Modelo da Bibliografia

Modelo do Anexo 5. SugeStÕeS de leituraCYRANKA, L. F. M. & SOUZA, V. P. de. Orienta-ções para normatização de trabalhos acadêmi-cos. 6 ed. Juiz de Fora: UFJF. 2000,89p.

ECO, U. Como se faz uma tese. 15. ed. São Paulo: Perspectiva. 1999, 170p.

HENRIQUES, A. & MEDEIROS, J.B. Monografia no curso de direito: trabalho de conclusão de curso. Metodologia e técnicas de pesquisa. Da escolhadoassuntoàapresentaçãográfica.4ed. São Paulo: Atlas. 2004, 316p.

HUBNER, M. M. Guia para Elaboração de Mo-nografias e Projetos de Dissertação de Mestra-do e Doutorado. São Paulo: Pioneira; Macken-zie. 1998, 75p.

ISKANDAR, J.I. Normas da ABNT comentadas para trabalhos científicos. Curitiba: Champag-nat, 2000, 101p.

INACIO FILHO, G. A monografia nos cursos de

13

5. referÊnCiaS BiBliogrÁfiCaS

elemento obrigatório. lista de obras cita-das no desenvolvimento do trabalho, elabora-da de acordo com a nBr 6023:2002 da aBnt.

146. BiBliografia

elemento opcional. lista das obras que fo-ram consultadas (lidas) e não citadas no traba-lho. deve-se listar em ordem alfabética, con-forme a nBr 6023:2002 da aBnt.

15

7. aneXo

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83graduação. 2 ed. Uberlândia: EDUFU, 1994, 117p.

KERSCHER, M. A. & KERSCHER, S. A. Mono-grafia: como fazer. 2. ed. Rio de Janeiro: Thex, 1999, 111p.

MARTINS, G. de A. Manual para elaboração de monografias e dissertações. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002, 131p.

OLIVEIRA, M. M. de. Como fazer projetos, re-latórios, monografias, dissertações e teses. Re-cife: Bagaço. 2003, 174p.

TACHIZAWA, T. & MENDES, G. Como fazer monografia na prática. 6. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2001, 138p.

VIEIRA, S. Como escrever uma tese. 5. ed. São Paulo: Pioneira, 1999, 102p.

gloSSÁrio

a

ABNT – sigla identificadora da “Associação Brasileira de Normas Técnicas”, entidade que gerencia os processos de normatização técnica em nosso país.

ABREVIATURA – representação de uma pala-vra por meio de alguma (s) de suas sílabas ou letras.

AGRADECIMENTO (S) – folha onde o autor faz agradecimentos dirigidos àqueles que contri-buíram de maneira relevante à elaboração do trabalho.

ABSTRACT – normalmente presente em disser-tações de mestrado e teses de doutorado.

ALINEA – cada uma das subdivisões de um do-cumento, indicada por uma letra minúscula e seguida de parênteses.

AMOSTRA [amostragem] – pequena porção de alguma coisa dada para ver, provar ou anali-sar, a fim de que a qualidade do todo possa

ser avaliada ou julgada. a. acidental, amostra colhida por amostragem acidental, amostra casual, amostra randômica; a. bola de neve, na qual um sujeito indica outro sujeito para integrar-se, usada em uma população especia-lizadaedepequenonúmero;a.múltiplosestá-gios, tipo de amostra probabilística nas quais váriasetapassãorealizadasatéqueseobtenhaa amostra final; a. estratificada, comumente usada em pesquisas de opinião social em que seconsegueatingiropiniõesdeváriasclassessociais.

ANAIS – publicação em que ficam registrados os resumos (abstracts) dos trabalhos apresen-tados num congresso científico.

ANÁLISE [analysis] – decomposição de um todo em suas subpartes; estudos acerca de como as partes interagem para formar um todo; inter-pretação das partes para explicar o todo.

ANEXO – texto normalmente colocado ao fi-nal de um trabalho acadêmico, que serve para fundamentar, comprovar ou ilustrar determi-nados tópicos do trabalho.

ANTEPROJETO DE PESQUISA – esboço de um projeto de pesquisa. Documento preliminar quepossuiasidéiasbásicasaseremdesenvol-vidas no projeto de pesquisa, podendo ter as mesmas partes de um projeto.

APÊNDICE – texto, normalmente colocado ao final de um trabalho acadêmico, cujo objetivo é complementar a obra principal.

ATENIENCE – habitante de Atenas, capital da Grécia.

AUTOR (ES) –pessoa(s) física (s) responsável(eis) pela criação do conteúdo intelectual ou artístico de um documento.

AUTOR (ES) ENTIDADE (S) – instituição (ões), organização (ões), empresa(s), comissão (ões), evento (s), entre outros, responsável(eis) porpublicações em que não se distingue autoria pessoal.

B

BIBLIOGRAFIA – relação de fontes documen-

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84tais (livros, revistas, etc.) Referências consulta-das pelo autor para a construção de um co-nhecimento prévio.

BOLETIM – publicação periódica, que divulga resultados de pesquisas científicas e/ou artigos acadêmicos breve.

C

CABEÇALHO – palavra (s) ou símbolo (s) que determina (m) a entrada.

CAPA – proteção externa do trabalho sobre a qualseimprimemasinformaçõesindispensá-veis à sua identificação.

CAPES – sigla indicativa da “Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Supe-rior”, órgão do governo federal brasileiro cujo objetivo é o de avaliar o sistema de pós-gradu-ação stricto sensu em nosso país.

CAPÍTULO – divisão de um trabalho acadêmi-co, podendo ser ou não numerado. O mesmo que secção, parte.

CITAÇÃO – alusão, num texto, de uma infor-mação originalmente extraída de outro texto. Pode ser uma transição literal ou uma pará-frase.

CNPq – “Conselho Nacional de Desenvolvimen-to Científico e Tecnológico”, liga ao Mistério da Ciência e Tecnologia brasileiro, com finalidade de promover e fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico do país.

COLETA DE DADOS – operação através da qual se obtêm as informações (ou dados) a partir do fenômeno pesquisado.

CONCLUSÃO – proposição final de um ar-gumento: “A conclusão de um argumento é aquela proposição que se afirma com base nas outras proposições desse mesmo argumen-to...”.

CONGRESSO – tipo de evento científico ca-racterizado por ser uma reunião formal, de grande porte e relevância, que congrega espe-cialistas, pesquisadores e estudantes de deter-minadaáreadeconhecimentocientífico.

CONHECIMENTO – fato, estado ou condição de compreender, entendimento.

CONVENÇÃO–acordoarbitrárioacercadede-terminado assunto.

CRONOGRAMA–representaçãográficaouemforma de tabela, que descreve uma lista de ati-vidades a serem realizadas e o tempo que elas consumirão. Todo projeto de pesquisa deve possuir um cronograma.

CURRICULO LATTES – sistema informatizado integrante da chamada Plataforma Lattes, cujo objetivo é o de padronizar as informações cur-riculares de toda a comunidade científica bra-sileira.

d

DEDICATÓRIA (S) – folha onde o autor presta homenagem ou dedica seu trabalho.

DELINEAMENTO DE PESQUISA – plano ou es-quema geral a ser utilizado numa pesquisa; planejamento dos procedimentos que serão utilizadosnacoletaeanálisedosdadosobti-dos em uma pesquisa.

DEMONSTRAÇÃO – meio de se chegar a uma prova, evidência. Processo através do qual se explica o método utilizado para se chegar a uma conclusão.

DETECÇÃO DE CASOS – técnicas de pesquisa utilizadaprincipalmentenaáreadesaúdepú-blica, que consiste no exame de sujeitos assin-tomáticosousaudáveis,comafinalidadedeseestabelecer a probabilidade de terem a doença que é o motivo do estudo.

DIREITO AUTORAL – direito, concedido por lei, de propriedade intelectual que o autor possui sobre sua obra.

DISSERTAÇÃO – no Brasil, tipo de trabalho monográficoresultantedeummestradoaca-dêmico. Documento que representa o resulta-do de um trabalho experimental ou exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e interpretar infor-mações. Deve evidenciar o conhecimento da

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85literatura existente sobre o assunto e a capa-cidade de sistematização do candidato. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor), visando à obtenção do título de mestre.

DOCUMENTO – qualquer suporte que con-tenha informação registrada, formando uma unidade, que possa servir para consulta, estu-do ou prova. Inclui impressos, manuscritos, re-gistros audiovisuais e sonoros, imagens, dentre outros (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS).

e

EDIÇÃO – todos os exemplares produzidos a partir de um original ou matriz. Pertencem à mesma edição de uma obra todas as suas impressões, reimpressões, tiragens etc., pro-duzidas diretamente ou por outros métodos, sem modificações, independentes do período decorrido desde a primeira publicação.

EDITORO – casa publicadora, pessoa(s) ou instituição responsável pela produção edito-rial. Conforme o suporte documental, outras denominações são utilizadas: produtora (para imagens em movimento), gravadora (para re-gistros sonoros), dentre outros.

ELEMENTOS ESSENCIAIS – são as informações indispensáveisà identificaçãododocumento.Os elementos essenciais estão estritamente vinculados ao suporte documental e variam, portanto, conforme o tipo.

ELEMENTOS COMPLEMENTARES – são as in-formações que, acrescidas aos elementos es-senciais, permitem melhor caracterizar os do-cumentos.

ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS – elementos que complementam o trabalho.

ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS – elementos que antecedem o texto com informações que aju-dam na identificação e utilização do trabalho.

ELEMENTOS TEXTUAIS – parte do trabalho em que é exposta a matéria.

EMPÍRICO – que advém da experiência e da ob-servação da realidade. Contrasta-se com teórico.

ENSAIO – tipo de estudo experimental, no qual ocorre a visão das respostas que podem ser en-contradas na pesquisa.

ENTRADA – unidade do índice que consiste em cabeçalho e indicativo de sua localização no texto.

ENTREVISTA – procedimento genérico de cole-ta de dados, no qual ocorre a presença física ou a distância do pesquisador e do sujeito en-trevistado.

ENTIDADE – instituição, sociedade, pessoa jurí-dica estabelecida para fins específicos.

EPISTEMOLOGIA – “o estudo do conhecimen-to” que pode ser construído e avaliado.

ERRATA – lista das folhas e linhas em que ocorrem erros, seguida das devidas correções. Apresenta-se quase sempre em papel avulso ou encartado, acrescido ao trabalho depois de impresso.

ESTRATÉGIA DE COLETA DE DADOS – é onde o pesquisador traça sua categoria de pesqui-sa, que pode ser local, dividindo-se em cam-po(quandonãohácontrole)edelaboratório(quandohácontrole),queajudaráopesquisa-dor a organizar sua pesquisa.

ESTRATÉGIA DE PESQUISA – conjunto de de-cisões que o pesquisador tem que tomar ao longo do processo de pesquisa, em função das características particulares do fenômeno que estáestudandoedeoutrascontingênciasqueafetam seu trabalho (ex: orçamento, tempo, etc.).

ÉTICA – é uma reflexão, um repensamento, um questionamento sobre as normas morais exis-tentes numa pessoa, grupo social, povo, etnia, sociedade, nação ou simplesmente entre os seres humanos.

EXPERIMENTAÇÃO – ato ou efeito de experi-mentar. Técnica científica utilizada para testar hipóteses e oferecer respostas a problemas es-pecíficos.

EXPERIMENTO – ato ou efeito de experimen-tar, trabalho científico que se destina a verificar

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86um fenômeno físico, ensaio, tentativa, experi-mento.

f

FENÔMENO–termoorigináriodoverbogregofainestai, que significa “aquilo que se mostra”, “aquilo que se manifesta”. Este termo é geral-mente usado para referir aos objetos de estu-do nas pesquisas qualitativas, principalmente no contexto das ciências humanas.

FICHA BIBLIOGRÁFICA – resumo que os pes-quisadores costumam fazer com o objetivo de facilitar a organização de um levantamento bi-bliográfico.

FIDEDIGNIDADE – grau de confiabilidade que determinado conhecimento científico pode as-sumir.

FOLHA DE APROVAÇÃO – folha que contém os elementos essenciais à aprovação do trabalho.

FOLHA DE ROSTO–páginanaqualseencon-tram as informações essenciais acerca de um trabalho acadêmico, tais como título, nome do autor, local e ano de publicação, nome da instituição e, normalmente, um pequeno texto que explica a finalidade institucional do traba-lho.

FORMULÁRIO – instrumento de pesquisa, simi-laraumquestionário,porémaserpreenchidopelo próprio pesquisador.

g

GLOSSÁRIO – conjunto de termos e/ou con-ceitosdedeterminadaáreadeconhecimento,acompanhados dos seus respectivos significa-dos.

H

HIPÓTESE – suposição realizada provisoria-mente com o intuito de explicar algo que se desconhece.

i

ILUSTRAÇÃO – desenho, gravura, imagem que acompanha um texto.

INDICATIVO – número (s), da (s) páginas ououtra (s) indicação (ões) especificada (s), do local onde os itens podem ser localizados no texto.

INDICATIVO DE SEÇÃO – número ou grupo numérico que antecede cada seção do docu-mento.

ÍNDICE – lista de palavras ou frases, relação de itens numa publicação, ordenadas segundo determinado critério, que tem como objetivo facilitar a busca da informação.

INDUÇÃO – trata-se de um tipo especial de in-ferência, na qual se parte uma série de infor-mações ou premissas particulares.

INSTRUMENTO – meio através do qual se men-sura determinado fenômeno ou se obtêm da-dos numa pesquisa.

ISO – (Organização Internacional para a Nor-matização); órgão internacional que congrega institutos e organizações de normatização de mais de uma centena de países.

JJUSTIFICATIVA – seção de um projeto de pes-quisanaqualoautordefenderáanecessidadedarealizaçãodotrabalhoeapresentarájusti-ficativas técnicas, profissionais, heurísticas, só-cias etc.

K

KURTOSE – alongamento que uma distribuição de dados apresenta; pode ser considerada lep-tocúrtica, quando os valores apresentam mais ao centro, platicúrticas, quando os valores são distribuídos mais uniformemente ou mesocúr-ticas (nem tão agudas nem tão achatadas).

l

LABORATÓRIO – qualquer ambiente de pes-quisa ou de coleta de dados no qual haja um certo nível de controle por parte do pesquisa-dor. Contrapõe-se ao termo campo.

LEVANTAMENTO – tipo de delineamento de

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87pesquisa descritiva cujo objetivo é o de verifi-car o estado atual de dado fenômeno.

LISTA – enumeração de elementos selecio-nados do texto, tais como datas, ilustrações, exemplos etc., na ordem de sua ocorrência.

LÓGICA – parte da filosofia que estuda os mé-todos e os princípios usados para distinguir o raciocínio correto do incorreto, entendendo-se por raciocínio aquele gênero especial de pen-samento no qual se realizam inferências e de-rivam conclusões a partir de premissas (COPI, 1978).

LATO SENSU –emsentidoamplo.Ocontráriode stricto sensu.

m

MAIÊUTICA – processo dialético e pedagógico socrático,emquesemultiplicamasperguntasa fim de se obter, por indução dos casos parti-culares e concretos, um conceito geral do geral do objeto em questão.

MATERIAL – parte integrante de um trabalho científico (normalmente uma subseção da sec-ção “método”) no qual se descrevem os mate-riais utilizados na coleta de dados.

MESA-REDONDA – tipo de evento científico no qual dois ou mais pesquisadores, especialistas em determinada área do conhecimento, de-fendem opiniões divergentes acerca de deter-minado tema de sua especialidade.

MANIPULAÇÃO - ação de interferência no comportamento de um estudo, operação fun-damental de um experimento. V.tb.: variáveldependente, independente e causalidade uni-direcional.

MARGEM DE ERRO – [room for error] diferen-ça que um pesquisador deve aceitar entre o valor real de um parâmetro esperado.

MATRIZ DE CORRELAÇÃO – [correlation ma-trix] dados em forma de tabela para medir cor-relaçõesentrevariáveisnumapesquisa.

MÉDIA - resultado da soma de valores dividido pelo número de valores presente em um con-

junto. Mediana e moda, é uma das principais tendências centrais de uma distribuição.

MÉTODO – [method] seqüência lógica de pro-cedimentos que devem ser seguidos em busca de um objetivo, onde a partir dele teremos a construção do conhecimento e método cien-tifico.

MÉTODO CIENTÍFICO – 1 – identificação de um problema; 2 – especificação do problema; 3- tentativa de enquadramento do problema; 4- tentativa de solução do problema; 5- geração de novas idéias; 6- obtenção de uma solução; 7- análise das conseqüências da solução; 8-prova da solução; 9- correção da solução.

MONISMO METODOLÓGICO – [methodolo-gical monism] ponto de vista onde todas as ciências devem ater-se a um único método. De contrario ao dualismo metodológico, no qual defende a diferenciação metodológica entre as ciências naturais e sociais. V.tb.: dualismo metodológico, hermenêutica, positivismo e verstehen.

MORAL – é o conjunto de prescrições vigentes numa determinada sociedade e consideradas como critérios válidos para a orientação doagir de todos os membros dessa sociedade.

n

NEUTRALIDADE CIENTÍFICA - [scientific neu-trality] objetivo descontextualizado da história, da cultura e da subjetividade humana.

o

OBJETIVIDADE – qualidade do que é objeto, simples, direto, claro e imediato. Onde apre-sentações, trabalho, pesquisa e conhecimento devem ser objetivos.

OBJETIVO – [objective] seção de um projeto de pesquisa científica, na qual estão divididos em Geral e Específico, ou seja, as finalidades principaisesecundáriasdomesmo.

OBSERVAÇÃO – [observation] método de cole-ta de dados que pressupõe a existência de um observador que utiliza técnicas ou métodos de observação.

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88ONTOLOGIA – [ontology] corpo de conheci-mentos integrante da Filosofia que se preocu-pa com o existir e com a natureza. “a ciência que estuda o ser enquanto ser”, segundo Aris-tóteles.

ORÇAMENTO DE PESQUISA – [research bud-get] relação de custos na realização de uma pesquisa, normalmente especificados no pro-jeto de pesquisa.

p

PAINEL – [pôster] forma de apresentação e ex-posição dos resultados em uma pesquisa cien-tífica, disposto no cartaz de tamanho 1,00 x 1,50m, no qual estão apresentados as princi-pais informações da pesquisa.

PALAVRA-CHAVE – palavra representativa do conteúdo do documento, escolhida, preferen-cialmente,emvocabuláriocontrolado.

PATENTE – [patent] processo de proteção de uma invenção, cujo objetivo é o de garantir ao autor de uma idéia a propriedade da mesma e, portanto, dos lucros financeiros que decorrem de seu uso.

PERIÓDICO – [periodical publication] publica-ção científica especializada na qual os artigos (pesquisas) são publicados.

PESQUISA – [research] processo através do qual a ciência busca dar resposta aos proble-mas normalmente sociais. Investigação siste-máticadedeterminadoassuntoquevisaobternovas informações e ou reorganizar as infor-maçõesjáexistentessobreumproblemaespe-cífico e bem definido.

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA – pesquisa que se restringeàanálisededocumentos.V.tb.:estra-tégia de coleta de dados e revisão de literatura.

PLATAFORMA LATTES – banco de dados que facilitam e integram as atividades de fomento, gestão e planejamento em ciência e tecnologia em nosso país. Esse nome é uma homenagem ao físico brasileiro César Lattes.

POPULAÇÃO – grupo de pessoas, objetos ou eventos, que possui um conjunto de caracte-

rísticas comuns que o definem.

PÓS-GRADUAÇÃO – nível de ensino que ocor-re após a graduação regular, podendo ser, “La-to-Sensu” e “Stricto Sensu”; a primeira refere-se aos chamados cursos de especialização, ou seja, voltado ao mercado de trabalho, e a se-gunda refere-se aos programas de mestrado e doutorado de cunho estritamente acadêmico e que visam, basicamente, à formação de pro-fessoresuniversitáriosecientistas.

PREFÁCIO – texto curto que tem por objeti-vo apresentar o trabalho acadêmico, delinear seus objetivos, explicar sobre a estrutura geral do texto.

PROBABILIDADE – chance de ocorrência de um evento.

PROBLEMA – questão a ser investigada em uma pesquisa, colocada na forma interrogati-va. O problema é uma especificação do tema de pesquisa, devendo ser circunscrito e bem definido.

PROJETO – descrição da estrutura de um em-preendimento a ser realizado.

PROJETO DE PESQUISA – documento que es-pecifica informações acerca de uma pesquisa ainda não realizada, mas que se pretende re-alizar. Normalmente apresenta todos os com-ponentes de uma pesquisa comum, exceto as seções de resultados e conclusões.

Q

QUALIS – sistema de avaliação dos periódicos brasileiros, sob a responsabilidade da Capes.

QUALITATIVO – adjetivo sinônimo de nominal (qualidade),quandoserefereasvariáveis.

QUANTITATIVO – variável referente à quanti-dade de coleta de dados.

QUESTIONÁRIO – I - técnica estruturada para coleta de dados; II – Tipo de instrumento de pesquisa que consiste num conjunto de per-guntas escritas que devem ser respondidas pe-los sujeitos.

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89r

REFERÊNCIAS – secção normalmente situada ao final de um trabalho científico que lista as fontes documentais utilizadas, individualmen-te e que permitem sua identificação.

RESENHA – apreciação crítica de um texto, li-vro ou artigo. O objetivo da resenha é o de resumir as principais idéias do texto original e discuti-las criticamente, também chamado de resumo crítico.

RESULTADOS – parte de um trabalho científico na qual se descrevem os resultados brutos e sintetizados da pesquisa (geralmente através detabelasegráficos).

RESUMO – parte de um trabalho científico na qual, o autor contextualiza o problema de pes-quisa. De forma concisa mostra os pontos rele-vantesdotexto,fornecendoumavisãorápidae clara do conteúdo, o método utilizado, os principais resultados e a conclusão do estudo. Éescritonalínguavernáculaeemalgunscasostambém em língua estrangeira.

S

SEÇÃO – parte em que se divide o texto de um documento que contem as matérias conside-radas afins na exposição ordenada do assunto.

SEÇÃO PRIMÁRIA – principal divisão do texto de um documento.

SEÇÃO SECUNDÁRIA, TERCIÁRIA QUATERNÁ-RIA, QUINÁRIA – divisão do texto de uma se-ção primária, secundária, terciária, quaterná-ria, respectivamente.

SBPC–sigla referenteá“SociedadeBrasileirapara o Progresso da Ciência” entidade civil sem fins lucrativos, que congrega cientista, estu-dantes e outras entidades científicas.

SIGLA–reuniãodasletrasdosvocábulosfun-damentais de uma denominação ou título.

SIMBOLO – sinal que substitui o nome de uma coisa ou de uma ação.

SÍNTESE - I – resumo, sinopse; II – combinação

de partes para a constituição de um todo.

SUBTÍTULO – informações apresentadas em se-guida ao título, visando esclarecê-lo ou com-plementá-lo, de acordo com o conteúdo dodocumento.

SUBCABEÇALHO – palavra ou símbolo que complementa o cabeçalho.

SUJEITO DE PESQUISA – indivíduo participante deumapesquisaequeseráobjetodecoletade dados.

SUMÁRIO – lista enumerada seqüencial dos tópicos que aparecem num trabalho, acompa-nhadosdaindicaçãodosnúmerosdepáginasemqueessestópicosiniciam.Osumáriodeveser colocado no início do trabalho.

STRICTO SENSU - no sentido estrito.

t

TABELA – elemento demonstrativo de síntese que constitui unidade autônoma.

TÉCNICA – I - conjunto de procedimentos organizados baseados em um conhecimento científico; II – conjunto de métodos ou pro-cessos de manipulação na produção de um resultado.

TESE–tipodetrabalhomonográficoexecuta-do em programas de pós-graduação “stricto-sensu”, em nível de doutorado; proposição defendida em trabalho científico. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor) e visa à obtenção do título de doutor, ou similar.

TÍTULO – palavra, expressão ou frase que de-signa o assunto ou o conteúdo de um docu-mento.

TRABALHOS ACADÊMICOS – são constituídos pelo trabalho de conclusão de curso (TCC); trabalho de graduação interdisciplinar (TGI). Documento que representa o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido, que deve ser obrigatoria-mente emanado da disciplina, modulo, estu-do independente, curso, programa e outros ministrados. É realizado sob supervisão de um

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90orientador.

u

UTILITARISMO – ponto de vista filosófico que considera o valor de uma ação em função das suas conseqüências.

V

VERIFICABILIDADE – princípio segundo o qual somente pode ser considerado verdadeiro aquilo que puder ser empiricamente verifica-do.

VOLUME – divisão de uma obra. II – reunião de um conjunto de fascículos de um periódi-cos, por unidade de tempo.

W

WORKSHOP – I - curso intensivo, de curta du-ração; II – apresentação de técnicas e procedi-mentos.

X

X-BARRA – representação de média aritmética de uma amostra de dados.( x ).

Y

YEARBOOK–livrodoano,anuário.Obraquecontém a informação acumulada de um ano sobre determinado assunto, ou das atividades de uma instituição em determinado ano.

Z

ZETÉTICA – I- do grego (zetezis) no significa pesquisa, questionamento, especulação.

BiBliografiaAPPOLINÁRIO, F. Dicionário de metodologia científica: um guia para a produção do co-nhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2004, 300p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNI-CAS. NBR 14724: Apresentação de trabalhos acadêmicos - Apresentação. Rio de Janeiro, 2005. 9p.

______. NBR 6023: informação e documenta-ção: referências - Elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 24p.

______. NBR 6024: informação e documenta-ção: numeração progressiva das seções de um documento escrito – Apresentação. Rio de Ja-neiro, 2003. 3p.

______. NBR 6027: informação e documenta-ção: sumário -Apresentação. Riode Janeiro,2003. 2p.

______. NBR 6028: informação e documenta-ção: resumo - Apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 2p.

______. NBR 6034: informação e documen-tação: índice - Apresentação. Rio de Janeiro, 2004. 4p.

COSTA, M. R. N. Manual para elaboração e apresentação de trabalhos acadêmicos. 2 ed. Recife: INAF. 2003, 112p.

MARTINS, G. de A. & PINTO, R. L. Manual para elaboração de trabalhos acadêmicos. São Pau-lo: Atlas. 2001,92p.