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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca Prof. José Maria Araújo da UEPA, Santarém – PA

IV Congresso Amazônico de Saúde e Qualidade de Vida (4.:2016: Santarém-PA) Anais do 4º Congresso Amazônico de Saúde e Qualidade de Vida: educação e

ciências na promoção da saúde e qualidade de vida, 29 de agosto à 02 de setembro de 2016/ Organizado por Edna Ferreira Coelho Galvão e Luiz Fernando Gouvêa e Silva. Santarém-PA: Universidade do Estado do Pará, 2016. ISBN: 978-85-88375-70-3 Versão online disponível em: http://paginas.uepa.br/casqv

1. Saúde - Congresso 2. Qualidade de Vida 3. Ciclo da Vida I. Galvão, Edna Ferreira

Coelho II. Gouvea-e-Silva, Luiz Fernando III. Título. CDD 610.73

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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

JUAREZ ANTÔNIO SIMÕES QUARESMA Reitor da Universidade do Estado do Pará

RUBENS CARDOSO DA SILVA Vice-Reitor da Universidade do Estado do Pará

HEBE MORGANNE CAMPOS RIBEIRO Pró-Reitor de Pesquisa e Graduação (PROPESP)

ANA DA CONCEIÇÃO OLIVEIRA Pró-Reitora de Graduação (PROGRAD)

CARLOS CAPELA Pró-Reitor de Gestão (PROGESP)

MARIANE CORDEIRO ALVES FRANCO Pró-Reitora de Extensão (PROEX)

SILVANIA YUKIKO LINS TAKANASHI Coordenadora do Campus XII – Santarém

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EDNA FERREIRA COELHO GALVÃO Presidente da Comissão Organizadora

LUIZ FERNANDO GOUVÊA E SILVA Coordenação da Comissão Científica

DANIELA CRISTINA PANTOJA NEVES Coordenação da Secretaria

PATRÍCIA REYES DE CAMPOS FERREIRA YARA MACAMBIRA SANTANA LIMA

Coordenação dos Cursos e Oficinas

ELIDIANE MOREIRA KONO Coordenação da Infraestrutura e Logística

ROBERTO MENDES DE LIMA Coordenação da Divulgação/Arte e Mídia

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PROGRAMAÇÃO 29 agosto a 02 de setembro de 2016

DATA TEMA CONVIDADO

29/08 Conferência A Educação e Ciências na Promoção da Saúde e Qualidade de Vida

Profa. Dra. Ivone Evangelista Cabral (EEAN/UFRJ)

30/08

Conferência A Educação na Promoção a Saúde e Qualidade de Vida

Prof. Dr. Robson José de Souza Domingues (UEPA)

Mesa Redonda Técnicas Educacionais na Promoção a Saúde e Qualidade de Vida

Profa. Ms. Elidiane Moreira Kono (UEPA) Prof. Ms. Franciane de Paula Fernandes (UEPA) Prof. Ms. Carlos Sinimbú (UEPA)

31/08

Conferência As Ciências Biológicas na promoção da saúde e qualidade de vida

Dr. Jorge Venâncio – (CONEP)

Mesa Redonda A promoção da saúde e qualidade de vida na Amazônia a partir de estudos e pesquisas de diferentes ciências

Dra. Soraya Valéria Lameirão (UFOPA) Profa. Maria Izabel Penha de Oliveira Santos (UEPA) Dr. Claudio Guedes Salgado (UFPA)

01/09

Conferência Ciências Baseadas em Evidências na Promoção da Saúde

Dr. Regis Andriolo (UEPA)

Mesa Redonda Pesquisas em Saúde na Região Oeste do Pará com base em evidências

Dr. Juarez de Souza (UEPA) Dr. Wilson Sabino (UFOPA) Dr. Rodrigo Luis Ferreira da Silva (UEPA)

02/09 Conferência Saúde indígena Dr. Erik Leonardo Jennings Simões

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OFICINAS 31 agosto a 02 de setembro de 2016

Pré-congresso 25 e 26/08

8h às 18h - Análise qualitativa de dados Profa. Dra. Ivone Evangelista Cabral

Oficinas 31/08

14h às 15h30 - EDUCAÇÃO SEXUAL: desafios da estratégia da saúde da família no contexto da saúde sexual e reprodutiva de escolares

Enf. Paula Thaís Trindade de Sousa

14h às 17h - Mecânica dos pés aplicada aos cuidados de enfermagem

Profa. Maria Conceição Farias Prof. Alexandre Oliveira

14h às 18h - Mapa conceitual na avaliação formativa e a construção de objetivos de estudo

Prof. Dr. Robson José de Souza Domingues

15h30 às 17h - Aplicação prática em Eletroanalgesia - TENS e Corrente Interferêncial

Fisio. Walter de Aquino Vieira Filho. Fisio. Armélio Vasconcelos Siqueira Neto

14h às 15h30 - Sessão Clínica de Infectologia Dra. Isadora Calderaro Soares

15h30 às 17h - Sessão Clínica de Ginecologia e Obstetrícia

Dra. Patrícia Araújo de Sousa Dra. Camila Santos do Amaral

14h às 15h30 - Metabolismo dos macro e micronutrientes na atividade física

Nutr. Maruza Moura Rodrigues

14h às 15h30 - Primeiros socorros

Enf. René Silva Pimentel Enf. Leidiane Maria Silva Gonçalves

Oficinas 01/09

14h às 17h - Transtornos alimentares e suas implicações na qualidade de vida

Psic. Alba Lucia Reyes de Campos

14h às 17h - Podoprofilaxia aplicada ao pé diabético

Profa. Maria Conceição Farias Prof. Alexandre Oliveira

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14h às 15h30 - Sessão Clínica de Anestesiologia Dr. Abraham José Benchimol

15h30 às 17h - Mobilização precoce na UTI Fisio. Elizabeth Willott Pereira

14h às 15h30 - Abordagem e cuidado multiprofissional ao paciente

Enf. Geysiane Rocha da Silva Enf. Elaine Erika de Oliveira Psic. Kêmyla Karen Cardoso Assunção Terap. Ocup. Luana Teixeira Pereira Fisio. Wanderson da Silva Fernandes Assit. Social Luanna Rayra Silva do Carmo

15h30 às 17h - Sessão Clínica de Medicina da Família e Comunidade

Dr. Tarcys Mallony Teixeira Printes Dr. Emilio Chaves Rocha

Oficinas 02/09

14h às 15h30 - Avanços em imuno-oncologia Dr. Carlos Augusto Hummes

15h30 às 17h - Sessão Clínica de Cancerologia Cirúrgica

Dr. Heber Esquina Lessa

14h às 15h30 - Sessão Clínica de Cirurgia Geral Dr. Vinícius Pinto Savino

15h30 às 17h - Sessão Clínica de Pediatria Dra. Isolina de Fátima Barros Valente

14h às 15h30 - Sessão Clínica de Neurocirurgia Dr. Feliciano Cordeiro Vassoler Macedo

15h30 às 17h - Sessão Clínica de Cancerologia Clínica

Dra. Vivian Costa Pontes

14h às 15h30 - Ensino dos exercícios de musculação e principais erros de execução: um relato de experiência

Profa. Ana Karine da Silva Ribeiro

15h30 às 17h - GESTAÇÃO DE ALTO RISCO: um olhar ampliado da assistência de enfermagem

Enf. Simone Aguiar da Silva Figueira

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CURSOS

29 agosto a 02 de setembro de 2016

CURSO VAGAS PALESTRANTES

EDUCAÇÃO FÍSICA

Prescrição de exercício para grupos

especiais 70

Profa. Esp. Mirian de Paula Mendes de

Almeida

Prof. Tomé Edson dos Reis Moda

Prof. Rafael Sousa Cardoso

Prof. Bruno Luan Teixeira Barreto

Prof. Ms. Jone Luiz Queiroz de Oliveira

Prof. Esp. Sérgio Joaquim de Siqueira

Sardinha

MEDICINA

Sutura 25 Prof. Ms. Carlos Alberto Sinimbú de

Carvalho

Classe de antimicrobianos: suas

propriedades farmacológicas e

implicações clínicas

200

Prof. Dr. Juarez de Souza

Dra. Luciana Milano Paiva

Dra. Helena Rangel Esper

FISIOTERAPIA

Anatomia palpatória e prova de

função muscular 20

Prof. Esp. Neyton Souza dos Santos

Prof. Ms. Pedro Odimar do Santos

Drenagem linfática e suas aplicações 20

Dra. Enne Évila Taketomi Queiroz

Dra. Ademara Guimarães Pedroso

Dra. Mirian de Paula Mendes de

Almeida

ENFERMAGEM

Assistência de enfermagem em

imobilizações ortopédicas 26

Enf. Geysiane Rocha da Silva

Enf. Elaine Erika de Oliveira

Enf. Layme Sammer da Costa Ferreira

Lima

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Enf. Deize Freitas Pontes

Enf. Adriny Juliane Vieira

Enf. Renata Simões Monteiro

Enf. Ândrea Laís Rodrigues

Enf. Davi Viana de Sousa

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SUMÁRIO RESUMOS EXPANDIDOS

TÍTULO DO TRABALHO AUTORES Página

ANÁLISE DA FLEXIBILIDADE EM UM GRUPO DE PARTICIPANTES DO MÉTODO PILATES NUM PROJETO DE EXTENSÃO NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARA

Francisca Vieira de Souza, Andressa Karoline Santana Teixeira, Patricia Reyes de Campos Ferreira.

13

A VIVENCIA DA GINÁSTICA NO AMBIENTE ESCOLAR, SOB O OLHAR DE DISCENTES DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA UNIVERSIDADE DO ESTADO PARÁ

Andressa Karoline Santana Teixeira, Francisca Vieira de Souza, Patrícia Reyes de Campos Ferreira

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INFLUÊNCIA DO FLUCONAZOL SOBRE O PERCENTUAL DE PARASITAS EM CAMUDONDOS SWISS INFECTADOS PELO PLASMODIUM BERGUEI

Sarah Portela da Cunha, Adriano Bentes Tenório, Iasmin Maria Oliveira Castro, Victoria Rodrigues Bastos, Giovana Andreia Gibbert de Souza, Juarez de Souza

21

O CONHECIMENTO DE MULHERES TRABALHADORAS NO COMÉRCIO DE SANTARÉM-PA SOBRE PCCU

Izabele Pereira da Silva, Renata Pessoa Portela 23

O CUIDADO FARMACÊUTICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NA AMAZÔNIA

Israel Beser Diniz da Silva, Bruna Carvalho Cantal de Souza, Luciana Silva de Araújo, Andresson Fernandes Pontes, José Sousa Almeida Júnior, Wilson Sabino

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RESULTADOS DA INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DECORRENTE DA DISTENSÃO LIGAMENTAR TIBIO-FEMORAL MEDIAL – LCM

Walter de Aquino Vieira Filho, Armélio Vasconcelos de Siqueira Neto, Wanderson Fernandez Silva, Monique Natálle Silva Pereira, Jorge Carlos Meneses Nascimento Júnior

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SÍNDROME DE BURNOUT E OS SINTOMAS DE ESTRESSE NOS TRABALHADORES DO CAPS II DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM

Gabriela de Cássia Oliveira dos Santos, Aragonês da Silva Franco, Melina de Figueiredo Miranda, Samilla Calderaro Gato, Elciene Sousa Sá e Érika Marcilia Sousa de Couto

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ANÁLISE DA FLEXIBILIDADE EM UM GRUPO DE PARTICIPANTES DO MÉTODO PILATES NUM PROJETO DE EXTENSÃO NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARA.

Francisca Vieira de Souza, Andressa Karoline Santana Teixeira, Patricia Reyes de

Campos Ferreira.

Universidade do Estado do Pará – UEPA-, Brasil, email: [email protected]

Introdução: É recomendável que práticas de exercícios físicos regulares façam parte da

rotina das pessoas, pois os benefícios estão diretamente ligados com melhoria na

qualidade de vida, no qual, além de tonificar a musculatura, aprimora as amplitudes das

articulações corporais. (Menestrina, 2005). Atualmente, existem diversos métodos os

quais contemplam os benefícios dos exercícios físicos regulares de modo eficaz e

prazeroso. Entre as possibilidades encontra-se o pilates.Segundo Siler (2008) define-o

método atualmente como um sistema de exercícios físicos com alongamentos e

fortalecimentos, o qual tonifica os músculos e melhora a postura, flexibilidade, equilíbrio,

resultando em um corpo mais equilibrado. O Pilates é um método de atividade física que

nos últimos tempos ganhou bastante espaço na sociedade e encontra cada vez mais

adeptos, apesar de serem considerados recente suas práticas e estudos. Com isso,

acredita-se que o pilates tende a melhorar a flexibilidade dos participantes, visto que a

mesma é essencial para a vivencia motora, o qual Dantas (1999) apud Hennerich,

Gonzalez, Marical (2010) diz que “a flexibilidade tem um papel preponderante na

capacidade motora do homem einfluencia decisivamente em diversos aspectos da

motricidade humana”. O presente estudo teve como objetivo fazer uma avaliação da

flexibilidade aplicando o teste flexistestepré e pós teste em um período de 3 meses,

estimulando a flexibilidade com o método pilates neste período. Metodologia:Este estudo

trata-se de uma pesquisa descritiva, pois visa descrever características, fenômenos de

determinada população. (Gil, 2008). Para identificar a influência do método Pilates na

flexibilidade, foi aplicado o Flexitesteadaptadoque segundo Araújo (2008), consiste na

medida de avaliação passiva, composto de vinte movimentos articulares, englobando

articulações do tornozelo, joelho, quadril, tronco, punho, cotovelo e ombro. Sendo oito

movimentos feitos em membros inferiores, três na região do tronco, sendo os nove

restantes nos membros superiores. Sendo cada movimento classificado de forma

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crescente variando de 0 a 4 pontos. Os resultados obtidos de cada participante, ao serem

somados, identificam o índice global da flexibilidade, que é chamado de flexíndice, sendo

este resultado analisado por uma escala de classificação: deficiente < 20, fraco 20 a 30,

médio (-) 31 a 40, médio (+) 41 a 50, bom 51 a 60, excelente > 60. A pesquisa foi

realizada na Universidade Estadual do Pará- UEPA- Campus Santarém. A população foi

composta por nove participantes de ambos os sexos, com idade entre 35 e 65 anos.

Todos participantes do método Pilates há aproximadamente um ano e seis meses. Sendo

que os encontros eram duas vezes por semana, duração de 60 minutos cada encontro.

Para coleta dos dados foram realizadas duas avaliações num intervalo de três meses.

Comos dados coletados, estes foram tabulados e analisados no programa Excel,

analisando a porcentagem, média e desvio padrão dos dados. Resultados e Discussões: Os resultados das avaliações estão disponíveis nas tabelas a seguir:

Tabela 1. Valores e classificação obtidos na primeira avaliação

Nº de participantes Grau de flexibilidade Classificação 1 31 Médio (-)

1 33 Médio (-) 1 35 Médio (-) 1 38 Médio (-) 2 45 Médio (+) 1 46 Médio (+) 2 47 Médio (+)

Total: 09 367

Tabela 2. Valores médios e desvio padrão para as amostras de classificação. Nº de participante

∑ X S

09 367 37,50 6,12 Com base nesses resultados podemos identificar na tabela 1, que dos 9 participantes

4deles tiveram sua flexibilidade dentro da classificação do médio (-), o que corresponde a

44, 45% da amostra, variando entre 35 e 38 pontos. Os outros 5 participantes ficaram

dentro da classificação Médio (+), correspondente a 55,55% da amostra, oscilando entre

45 a 47 pontos. Na tabela 2, observamos a somatória do grau de flexibilidade, atingindo

367 pontos no geral. Em relação a Média, obteve-se a média 37,50. Dessa forma,

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podemos observar que os participantes já tinham um grau de flexibilidade razoável. Na

segunda tabela para demostrar os valores médios e desvios padrão para as amostras de

classificação temos a soma do flexíndice (∑)367pontos, a média desta soma ( X ) 37,50 e

o desvio padrão (S) 6,12. Analisando a tabela 3, pode-se observar que os 3 praticantes

ficaram entre Médio (-), correspondendo a 33,34% da amostra, variando de 33 a 38

pontos, 5 participantes ficaram entre Médio (+), correspondendo a 55,55% da amostra,

variando de 41 a 50 pontos, e um dos participantes, correspondente a 11,11% da

amostra, atingiu a classificação Bom. Na tabela 4, percebe-se a soma total de 397 pontos

do grupo e a média de 44,06.Podemos perceber que de maneira geral a população da

amostra melhorou seu grau de flexibilidade em relação a primeira avaliação, chegando a

atingir um novo nível não detectado no primeiro teste, equivalendo a 11,11% da amostra.

Conclusão: As avaliações de forma geral apresentaram variação nos resultados. De

acordo com a tabela do flexíndice pode-se perceber que existiu um progresso na

flexibilidade dos participantes. Com isso acredita-se que o Método Pilates influenciou na

flexibilidade de seus praticantes, pois, embora os participantes já tivessem apresentado

um grau de flexibilidade considerado razoável, no último teste foi detectado que 5 deles

progrediram, 1 permaneceu constante e 2 regrediram. Os participantes que apresentaram

um regresso na avaliação final foram aqueles que obtiveram maior números de faltas nos

encontros, os demais que sempre se fizeram presentes nas aulas alcançaram resultados

mais elevados. Portanto, o método pilates mostrou-se eficaz no aumento da flexibilidade.

Tabela 3. Valores e classificação obtidos na segundaavaliação

Nº de participantes Grau de flexibilidade Classificação 1 33 Médio (-)

2 38 Médio (-) 1 41 Médio (+) 1 46 Médio (+) 1 47 Médio (+) 1 49 Médio (+) 1 1

50 55

Médio (+) Bom

Total: 09 397

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Tabela 4. Valores médios e desvio padrão para as amostras de classificação. Nº de participante

∑ X S

09 397 44,06 6,63 Referências: Gil, A. C. Método e técnicas de pesquisa social. 6ª ed. São Paulo: Atlas,

2008.HENNERICH, A. M; GONZALEZ, G; MARICAL, N. AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE EM PRATICANTES DO MÉTODO PILATES. Coleção Pesquisa em

Educação Física, v. 9, n. 5. 105-110, 2010.

MENESTRINA, E. Educação Física e saúde. 3ed. Unijuí, 2005.

SILER, B. O corpo Pilates: um guia para o fortalecimento, alongamento e tonificação

sem o uso de máquinas. São Paulo: Summus, 2008.

Palavras chaves: Exercício Físico, Pilates, Flexibilidade.

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A VIVENCIA DA GINÁSTICA NO AMBIENTE ESCOLAR, SOB O OLHAR DE DISCENTES DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA UNIVERSIDADE DO ESTADO PARÁ. Andressa Karoline Santana Teixeira, Francisca Vieira de Souza, Patrícia Reyes de

Campos Ferreira.

Universidade do Estado do Pará, Santarém, Pará, Brasil, [email protected]

Introdução: A ginástica é uns dos conteúdos sugeridos dentro do ensino regular da

disciplina Educação Fisica, compreendida como uma forma de aprendizado e como uma

expressão corporal. A mesma, é colocada como uma modalidade “…abrangente na

medida em que orienta exercícios favoravéis aos estímulos dos domínios cognitivo,

afetivo e psicomotor”. (DIECKERT, 1986 apud FERREIRA JUNIOR et al, 2012 p. 3).

Segundo o Coletivo de Autores (1992, p.54), percebe-se sua relevância para o ambiente

escolar, no qual “entendem a ginástica como uma forma particular de exercitação onde,

com ou sem uso de aparelhos, abre-se a possibilidade de atividades que promovam

valiosas experiências corporais, enriquecedoras da cultura corporal das crianças, em

particular, e do homem, em geral”. Outros autores como, Lima et al (2014) mencionam em

seu artigo que a Ginástica como uma manifestação da cultura corporal, apresenta

diversos meios de atuação, como, “competição, demonstração, condicionamento físico,

conscientização corporal e reabilitação, disponibilizando assim uma vasta gama de

conhecimentos a ser apresentada na Educação Física escolar” Lima et al (2015, p.

29).Objetivo: Este estudo teve como foco investigar a vivencia da ginastica no ambiente

escolar com os acadêmicos de uma turma de calouros, do curso de educação física da

Universidade do Estado do Pará, UEPA. A pesquisa buscou analisar se os mesmos

tiveram vivencia de Ginástica dentro do ambiente escolar antes de ingressarem na

instituição e qual a visão deles, ao se pensar a ginastica na escola, como futuros

professores de educação física. Metodologia: Este estudo desenvolveu-se a partir de

uma pesquisa qualitativa ”[...] ela se ocupa, nas ciências sociais, como um universo de

realidades que não pode ou não deveria ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o

universo dos significados, dos motivos, das aspirações, das crenças, dos valores e das

atitudes”. MINAYO 2009, p.21). Para levantamento dos dados, utilizou-se a aplicação de

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um questionário. O público participante foram 28 alunos de uma turma. Os dados

levantados foram organizados e categorizados tendo como princípio a análise de discurso

categorial apresentado por Bardin (2011). Resultados/Discussões: Na primeira questão

cuja pergunta foi “Você já teve alguma vivencia pratica da ginástica na escola? Se a

resposta for positiva descreva como foi”. Dos 28 participantes 22 deles afirmaram nunca

terem tido experiência no ambiente escolar, o que corresponde a 78,5% da amostra; 3

vivenciaram o conteúdo nas aulas de Educação física, correspondendo a 10,7%; 1 não

lembra (correspondendo a 3,6%) e 2 (correspondendo a 7,2%) não responderam. Na

descrição das respostas dos 3 participantes que afirmaram ter tido a experiência de

ginastica na escola, um respondeu que fez ginástica com bastão; já o segundo respondeu

que foi uma aula lúdica; e o ultimo respondeu que a vivencia realizada na escola foi de

ginástica artística. Segundo Ferreira Junior et al, (2012) são diversas as razões pelas

quais os profissionais usam como justificativa para não incluírem o conteúdo ginastica em

suas aulas, entre as mais comuns estão a falta de matérias e espaços adequados, falta

de experiência profissional com a modalidade, além da insegurança em ministrar tal

conteúdo. Outros autores também expressam ideias na mesma linha de pensamento,

como, “[...] muitos professores não tiveram experiência anteriores com a ginástica e não

conseguem enxerga-la com caráter pedagógico, possível de ser realizada na escola”

(Piccolo, 1999 apud Ramos 2007 p. 46). Em relação a ausência de vivência presenciada

por nossos acadêmicos, embora já se tenha passado três décadas da nova concepção

pedagógica da Educação Física na qual a visão humanista passou a ponderar, sugerindo

que os conteúdos devam ser trabalhados de maneira contextualizada, explorando a

criatividade e criticidade de seus participantes (AYOUB, 2003), incluindo nessa proposta a

modalidade da ginastica, a aproximação com a realidade escolar através dos discentes

que estão no primeiro ano da graduação, ou seja, recém saíram do Ensino Médio, nos faz

perceber o quanto estamos distantes ainda dessa proposta pedagógica. Partindo para a

segunda pergunta a qual questionava: Você acha que a ginástica tem importância no

ambiente escolar? Justifique sua resposta. Todos responderam de forma positiva, sim.

Dentre as justificativas colocadas, encontramos as seguintes categorias: 1)

Benefíciosfísicose motores, como alguns citaram “melhora na flexibilidade, equilíbrio,

condicionamento físico, resistência, coordenação motora; 2) Consciência corporal, como

citada por alguns como “educar corpo e mente, auxiliar na interação social, melhorar

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expressões corporais dos seus praticantes; 3) Esporte, como citada por um dos

acadêmicos, na qual a ginastica na escola pode desenvolver potencial de futuros atletas.

Em relação as categorias 1 e 2 encontradas, os autores Ramos e Viana (2008), também

afirmam tal ideia ao relatar que a ginástica corrobora quando promove benefícios como

diversidade cultural, facilidade em trabalhar com materiais alternativos, coletividade entre

os participantes, traz interação social, bem estar físico e social entre outros. Da mesma

forma, sobre a categoria 2, Oliveira e Lourdes (2004), relatam que a ginastica também

pode proporcionar criatividade, ludicidade, além de trazer autonomia, liberdade e convívio

social. Em relação a categoria 3, citada por um aluno, pode-se entender esse olhar,

concordando com a idéia de Ayoub (1998), a partir da carência do fazer pedagógico

apresentado nas aulas de Educação Física, a qual propicia que a mesma seja vista

somente como momentos voltados para a prática esportiva ou para a formação de atletas.

Visão essa, que já vem sendo discutida e modificada desde a década de 80/90.É notório

que nas respostas dos discentes, apesar de apenas uma minoria ter tido vivencia da

ginástica, muitos tem a noção da importância da prática da mesma no ambiente escolar,

descrevendo de forma objetiva a esse questionamento. Conclusão: Analisando as

respostas dos discentes, observamos que todos(100% da amostra) confirmaram a

importância da ginástica no ambiente escolar, mesmo sendo enfatizado na primeira

resposta, que 78,5% não tiveram essa vivência na escola. Acredita-se que suas respostas

tiveram influência, a partir da aquisição de conhecimento adquirido na Universidade, com

a disciplina Fundamentos e Métodos da Ginastica, além da experiênciaobtida com a

mesma, a qual pôde permitir que os discentes estudassem, compreendessem e

vivenciassem esses benefícios que os mesmos listaram em relação a ginastica. Dessa

forma, o olhar dos discentes sobre a ginastica, a partir dessa experiência e análise,

conclui-se queé relevantedestacar a importância dos professores de educação física

incluírem esse conteúdoginastica no ensino regular, pois se percebe que são inúmeros os

benefícios que podem trazer para os alunos tanto na questão motora, afetiva, assim como

na cognitiva.

Referência AUTORES, Coletivo de. Metodologia de Ensino de Educação Física. São Paulo.

Editora: Cortez, 1992.

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BARDIN, Laurence. Analise de conteúdo, Augusto Pinheiro. São Paulo. ed. 70,

2011.Editora, Almeida Brasil, maio, 2011.

FERREIRA JÚNIOR, C et al. A ginástica artística como conteúdo da educação física escolar. Persp. Online: biol e saúde, Campos dos Gostacazes, v. 05, n. 02, 12-22, 2012.

LIMA, L. B. Q. et al. A ginástica geral no Ensino Fundamental na cidade Rio Claro/SP. A perspectivas dos alunos. Revista da faculdade de Educação Física da UNICAMP, V. 13,

N. especial, p. 27 – 38, maio 2015.

MINAYO, M.C.S. Pesquisa social: Teoria, método e criatividade. 28ed.Petropoles-

RJ:Vozes, 2009.

OLIVEIRA, N.R.G; LOURDES, L.F.C. A ginástica geral na escola: uma proposta pedagógica. Pensar a pratica, v. 07, n. 02, 01-05, 2004.

RAMOS, E.S.H. A importância da ginastica geral na escola e seus benefícios para crianças e adolescentes. 2007. 56 f. Monografia- Educação Física, Faculdade de

Jaguaríuna, Jaguaríuna- SP, 2007.

RAMOS, E.S.H; VIANA.H.B. A importância da ginastica geral na escola e seus benefícios para crianças e adolescentes. Movimento e percepção. Espirito Santo, v. 09,

n. 13, 190-199, jul/dez.2008.

Palavras-chave: Ginastica, Escola, Discente.

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INFLUÊNCIA DO FLUCONAZOL SOBRE O PERCENTUAL DE PARASITAS EM CAMUDONDOS SWISS INFECTADOS PELO PLASMODIUM BERGUEI. Sarah Portela da Cunha, Adriano Bentes Tenório, Iasmin Maria Oliveira Castro, Victoria

Rodrigues Bastos, Giovana Andreia Gibbert de Souza, Juarez de Souza.

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade do Estado do Pará –

CCBS/UEPA, Campus Santarém-PA; E-mail: [email protected].

Introdução: A malária pode seguir dois cursos clínicos de evolução, a forma simples ou

não complicada e a forma grave ou complicada da doença, cuja classificação ocorre de

acordo com os sintomas e consequências clínicas que a doença promove. A densidade

parasitária aumenta gradativamente conforme o desenvolvimento do protozoário no

organismo, sua multiplicação acarreta diretamente a destruição dos eritrócitos. Objetivo:

Avaliar a reposta terapêutica ao tratamento com Fluconazol na malária experimental

induzida pelo Plasmodium berguei em camundongos da linhagem Swiss. Metodologia:

Foram utilizados camundongos fêmeas da linhagem Swiss entre 30 a 40 g, provenientes

do biotério do Laboratório de Farmacologia do Instituto Esperança de Ensino Superior

(IESPES). Grupos Experimentais: Mal (n=08) animais infectados pelo Plasmodium

berghei através de um inoculo contendo 106 hemácias parasitadas e que não sofreram

tratamento farmacológico. Grupo Mal+Flu (n=08) animais que foram infectados pelo

através de um inoculo contendo 106 hemácias parasitadas. Após a inoculação do parasita

nos grupos, foram realizados esfregaços sanguíneos a cada 04 dias, com o objetivo de

acompanhar a evolução da infecção, através dos níveis de parasitas. No 9° dia de

infecção, foi iniciado o tratamento do Grupo Mal+Flu, o tratamento persistiu por 7 dias,

sendo administrado a dose 20mg/Kg a cada 24 horas. No 16° dia de infecção os animais

foram sacrificados. Resultados e discussão: A análise dos resultados demonstrou que

nos grupos Mal+Fluco 12º dia (24,38±0,5650 %), Mal+Fluco 16º dia (31,38±4,044%)

houve uma redução significativa (p<0,0001) na concentração de Plasmodium berguei

comparado ao grupo Malária 12º dia (45,13 ± 4,073%), Malária 16º dia (59,13±1,187 %).

O tratamento com Fluconazol demonstrou eficácia na redução dos níveis de parasitemia

observados nos animais. Conclusão: O índice parasitário após 7 dias de tratamento com

administração do fármaco teve uma significante redução nas quantidades de hemácias

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infectadas do grupo Malária+Fluconazol em referência ao grupo Malária, demonstrando

uma ação terapêutica relevante do Fluconazol sobre o Plasmodium berguei. A possível

inibição do metabolismo da hemoglobina por antifúngicos pode ser responsável pela sua

atividade demonstrada, esta seria a hipótese da ação antimalárica exercida pelo

Fluconazol nos grupos de animais estudado.

Referências Bibliográficas: ARTAVANIS-TSAKONAS, K.; RILEY, E. M. Innate immune response to malaria: rapid induction of IFN-gamma from human NK cells by live Plasmodium falciparum infected erythrocytes. J. Immunol, 2002;

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia prático de tratamento da malária no Brasil. Brasília, 2010.

Palavras-chave: Fluconazol, Plasmodium berghei e Malária.

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O CONHECIMENTO DE MULHERES TRABALHADORAS NO COMÉRCIO DE SANTARÉM-PA SOBRE PCCU.

Izabele Pereira da Silva 1, Renata Pessoa Portela2

1 Acadêmica do curso de Fisioterapia na Universidade do Estado do Pará campus XII,

Santarém, PA – Brasil, e- mail: [email protected] 2Docente Universidade do Estado do Pará – Uepa Campus XII Tapajós, e-mail:

[email protected]

Introdução: O útero serve como parte da via para o espermatozoide depositado na

vagina alcançar as tubas uterinas. É também, o local de implantação de um óvulo

fertilizado, desenvolvimento do feto durante a gravidez e trabalho de parto. Durante os

ciclos de reprodução, quando não ocorre a implantação, o útero é a fonte do fluxo

menstrual (TORTORA E DERRIKSON, 2013). Países como a Inglaterra, por exemplo, que

possuíam números similares ao Brasil, conseguiram, com a implantação de um programa

de rastreamento eficaz, modificar a história desta doença em apenas 25 anos. (HAMMES,

2008). Acredita-se que, o câncer de colo uterino, constitui um dos mais importantes

problemas de saúde pública. Sendo o Brasil um país em desenvolvimento, as medidas

preventivas oscilam, ora mantém-se estáveis, constantes, ora crescem, causando

aumento da mortalidade entre as mulheres brasileiras. Assim, a prevenção de doenças e

a promoção de saúde deveriam ser oferecidas as mulheres de todas as camadas sociais

que se encontram ou não no grupo dos fatores de risco para o câncer cervical (OLIVEIRA,

et al, 2010).O câncer de colo uterino é prevenível por dois fatores: é possível de ser

rastreado em suas fases pré-malignas e possui um agente específico, o papilomavírus

(HPV), que pode ser evitado. (HAMMES, 2008). Possuindo etapas bem definidas e de

lenta evolução, o câncer de colo de útero permite sua interrupção a partir de um

diagnóstico precoce e tratamento oportuno a custos reduzidos. Medidas de prevenção

consideradas de suma importância envolvem o rastreamento de lesões na população

sintomática e assintomática, identificando o grau das mesmas e o tratamento adequado

(PAULINO et al,2009).Vários são os fatores de riscos identificados para o carcinoma do

colo do útero. Baixas condições sócio-econômicas, inicio precoce da atividade sexual,

multiplicidade de parceiros sexuais, tabagismo (diretamente relacionado à quantidade de

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cigarros fumados), higiene íntima inadequada e o uso prolongado de contraceptivos orais.

(BASTOS, 2006). O objetivo da pesquisa foi de investigar o conhecimento das mulheres

que trabalham no comércio de Santarém sobre PCCU. Metodologia:O estudo foi

realizado por meio de pesquisa de campo com embasamento bibliográfico e enfoque

descritivo, quantitativo e qualitativo, com aplicação de questionário fechado as

funcionárias de um armarinho sendo localizado no comércio de Santarém Pará. O público

da pesquisa foi constituído de 60 mulheres que trabalham nessas lojas, na faixa etária

entre 18 a 60 anos de idade. Como critérios de inclusão foram considerada as mulheres

maiores de 18 anos, que tivessem inseridas no quadro de funcionários da empresa de

armarinho . O instrumento utilizado na pesquisa são questionários fechado, que foram

aplicados às trabalhadoras dos armarinhos. A aplicação do mesmo se dará após a

assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido.Os pesquisadores não

interferiram nas respostas, mas estarão a disposição para qualquer esclarecimento. A

resolução de N° 196/96 versão 466/12, relata que os participantes da pesquisa devem

receber todas as informações e esclarecimentos a respeito do tema da pesquisa e sua

importância para a sociedade. Todos os informantes serão comunicados que haverá

garantia de anonimato, pois suas informações serão codificadas no processo de análise.

Resultados e Discurssão: Os dados apresentados respondem às questões norteadoras

que deram origem a esta pesquisa. Para alcançar os objetivos propostos, foram

analisados os aspectos das pesquisadas, sobre o conhecimento das mulheres

relacionado ao exame de prevenção do câncer do colo de útero. As funcionárias

responderam que realizaram seu primeiro PCCU com a idade de 21 a 25 anos, são as

resposta de 26 mulheres, correspondendo a maior porcentagem 43%, outras 19 mulheres

afirmam que realizaram com idade entre 18 a 20 anos, equivale a 32%, outras 10 das

pesquisadas responderam ter realizado seu primeiro preventivo com 26 a 30 anos, que

corresponde a 17%, já outras 3 funcionárias responderam que fizeram seu primeiro

exame acima dos 30 anos, corresponde a 5%, as outras 2 mulheres responderam que

realizaram seu primeiro PCCU com menos de 18 anos de idade, equivale a 3%. Na

pesquisa de Moura et al (2010), quando analisamos a idade das participantes do estudo,

observamos que a faixa etária mais prevalente é de 20 a 35 anos, e que a partir dos 40

anos há uma diminuição progressiva do número de mulheres que procuram os serviços

de saúde para realização do exame de papanicolaou, ficando descoberta uma clientela

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que está no ápice do risco. Quando questionadas quanto a periodicidade, 37 mulheres

responderam que fazem anualmente o PCCU, correspondendo a 62%, já outras afirmam

que não realizam seu preventivo anualmente, que equivale a resposta de 23 mulheres,

totalizando 38%. Segundo estudo realizado por Rocha et al (2012), constataram em sua

pesquisa que a maioria das mulheres realiza o exame anualmente e tem o conhecimento

de que se apresentar alguma alteração deve retornar de forma mais frequente ao serviço

de saúde. Foi questionado as funcionárias sobre o que detecta no exame preventivo,

obtivemos como respostas de 42 mulheres que detecta câncer do colo do útero,

correspondendo a maior porcentagem 70%, já outras afirmam detectar lesões no colo do

útero, referente a 8 mulheres, totalizando a 13%,04 responderam doenças sexualmente

transmissíveis (DSTs), porcentagem de 7%, e 04 mulheres total de10% responderam não

sei. Na pesquisa de Correa Júnior et al ( 2014) realizada em Santa Bárbara-Pará, relatam

que muitas mulheres disseram não saber os objetivos do exame preventivo . Observa-se

que muitas mulheres fazem o exame preventivo, mas não sabe seu real objetivo. Faz-se

necessário sanar todas as dúvidas das pacientes no momento da consulta. Segundo

Brasil (2013, p.45): As lesões precursoras do câncer do colo do útero são assintomáticas,

podendo ser detectadas por meio da realização periódica do exame citopatológico e

confirmadas pela colposcopia e exame histopatológico.Quando questionadas se as

mulheres que fazem o preventivo retornam para pegar o resultado, 50 das pesquisadas

responderam que sim, que retornam para pegar o resultado do exame, corresponde a

maior porcentagem 83%, outras afirmam que não, no total de 5%, significando 3

participantes, já 12% responderam que as vezes retornam para pegar o resultado do

preventivo, referente a 7 mulheres questionada. Nossos resultados divergem do trabalho

de Corrêa Júnior et al (2014), que constataram em suas pesquisas que apenas 25% das

mulheres voltaram para pegar os resultados dos exames. Greenwood et.al (2006), relata

em sua pesquisa realizado em uma unidade de saúde do município de Fortaleza, CE, que

dentre as 969 mulheres que colheram o exame de papanicolau no mês de março de

2004, 87 não retornaram para buscar o resultado de seus exames, ou seja, 8,97%.

Percebe-se que a maioria das pesquisadas tem o interesse de saber o resultado do

preventivo, pois é de suma importância que essas mulheres retornem para buscar seus

resultados de exames, pois somente buscando o exame que elas terão a chance de saber

como está a sua saúde ginecológica. Observa-se que ainda existe uma porcentagem da

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população feminina que não retornam para buscar o resultado do seu exame preventivo.

Quando questionadas quais os motivos que as mulheres não fazem o PCCU anualmente,

51% responderam que o horário do trabalho não dá para ir fazer o PCCU,

correspondendo a resposta de 31 funcionárias, 25% das questionadas relatam não ter

tempo, significando 15 respostas, já outras 10 afirmam esquecer de realizar o PCCU

anualmente, correspondendo a 17%, outras 4 mulheres, afirmam sentir constrangimento

em realizar o exame, devido a esse motivo não fazem o preventivo anualmente, equivale

o total de 7%. Na pesquisa realizada por Rocha et al (2012), divergem com o nosso

trabalho, que constataram que o horário das consultas não é apropriado nem conveniente

a elas, principalmente pelo fato de estarem trabalhando nos horários disponibilizados para

consultas. Situação esta, que aponta para a importância dos serviços de saúde adaptar

seus horários em função de necessidades das usuárias. Quando questionadas se tem ou

teve casos de câncer do colo de útero na família, 83% das mulheres responderam que

não, correspondendo a 50 respostas das mulheres, já outras 10 mulheres afirmam que

sim, com porcentagem de 17%. Sob a ótica da perspectiva de gênero, as mulheres que

são acometidas por câncer têm seus papéis no mercado de trabalho comprometido e a

privação do convívio familiar quando internadas para tratamento, acarretando um prejuízo

social considerável, bem como um transtorno familiar devido aos papéis sexuais

definidos. (FERREIRA, 2009) Conclusão: Quanto ao aspecto do conhecimento das

mulheres em relação ao tema da pesquisa, percebeu-se que ainda existe um déficit das

mesmas em relação ao PCCU. Por tanto é de suma importância a educação em saúde

para a população feminina em relação a prevenção contra câncer do colo de útero.

Referencias Bibliograficas: BASTOS, Álvaro da Cunha. Ginecologia. São Paulo: Atheneu, 2006.

BRASIL, Ministério da Saúde. Falando sobre câncer do colo do útero. Rio de Janeiro:

MS/INCA, 2002.

BRASIL, Ministério da Saúde. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama.

Brasília-DF, 2013.

CORREA JUNIOR, Antônio Jorge Silva, et al. A importância do PCCU para a prevenção do câncer de colo de útero: Um relato de experiência sobre uma ação

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educativa. Congresso de educação em saúde da Amazônia, III, 2014, Santa Bárbara-PA.

Universidade federal do Pará, 12 a 14 de novembro de 2014.

FERREIRA, Maria de Lourdes da Silva Marques. Motivos que influenciam a não-realização do exame de Papanicolaou segundo a percepção de mulheres. Escola

Anna Nery Revista de enfermagem, v.13, n.378-84,2009.

OLIVEIRA, Allênia Façanha de ; CUNHA, Carlos Leonardo Figueiredo, et al. Estudo sobre adesão ao exame citopatológico de Papanicolau em um grupo de mulheres.

v.11,nº1,p.33, Maranhão, Janeiro/abril,2010.

GREENWOOD, Suzana de Azevedo et.al. Motivos que levam mulheres a não retornarem para receber o resultado de exame Papanicolau. Rev. Latino-am

Enfermagem, v. 14, n.4. 2006. ; p. 505.

HAMMES, Luciano Serpa. Reconhecimento pela descoberta do papilomavírus MOURA, Ana Debora Assis. Et al. Conhecimento e motivações das mulheres acerca do exame de papanicolaou: subsídios para a prática de enfermagem. Rev. Rene.

Fortaleza, v. 11, n. 1.2010. p.94-104.

PAULINO, Ivan et.al. Estratégia saúde da família. São Paulo: Icone, 2009.

SANTOS, Marcilio Sampaio. Percepção de Usuárias de Uma Unidade de saúde da Família acerca da Prevenção do câncer do colo do útero. Rev. APS, Juiz de Fora, v.

13, n. 3. 2010. p. 315.

TORTORA, Gerard,J e Derrickson, Bryan. Píncipios de Anatomia e Fisiologia. 12 ed.

Editora: Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2013

Palavras Chave: PCCU, Enfermagem, Prevenção.

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O CUIDADO FARMACÊUTICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NA AMAZÔNIA

Israel Beser Diniz da Silva, Bruna Carvalho Cantal de Souza, Luciana Silva de Araújo,

Andresson Fernandes Pontes, José Sousa Almeida Júnior, Wilson Sabino.

Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Oeste do Pará – ISCO/UFOPA,

Campus Amazônia, Santarém-PA. Brasil. email: [email protected]

Introdução: A práxis em Saúde Coletiva (PAIM; ALMEIDA, 1998), necessariamente nos

remete a refletir sobre um vasto campo de pensamentos complexos, que se integram em

diversos níveis existentes, o que nos leva obrigatoriamente a uma mudança de pensar

cartesiano e flexneriano, hegemônico até então, para um paradigma em que a realidade é

amplamente complexa. Tal mudança evidencia a importância da interdisciplinaridade

(MORIN, 2000), sendo esta fundamental na análise e resolução de problemas em saúde

pública, tendo como o melhor paradigma a ser estabelecido. Neste caso, os

pesquisadores Ceccim e Feuerwerker (2004), partem do pressuposto que todas as

carreiras de saúde devem contemplar o sistema de saúde vigente no país, com o trabalho

em equipe e a atenção integral à saúde, entretanto, havendo a necessidade da

incorporação da interdisciplinaridade. Algumas profissões destacam como norteamento

em sua Diretriz Curricular a importância de se dar ênfase ao Sistema Único de Saúde

(SUS) e neste o trabalho em equipe, como por exemplo, os cursos de Bacharelados em

Farmácia. Tendo em vista o SUS, os autores Ceccim e Feuerwerker (2004), reforçam a

necessidade de as universidades integrarem-se no processo de formação do profissional

da saúde voltado às necessidades sociais da população, com ênfase nas diretrizes

constitucionais que modelam o sistema de saúde da sociedade. Segundo Bondía (2002),

o saber deriva da experiência, sendo esta a base do aprendizado. Inserida na

subjetividade, a experiência envolve crenças, aspectos culturais e valores, não se opõe à

pesquisa quantitativa, emerge como uma tentativa de compreender a complexa realidade

do ser humano sob uma nova ótica à luz da ciência (MINAYO, 1994). Sendo assim,

lançou-se mão como instrumento deste trabalho o Relato de Experiência de discentes que

ingressaram em estágio observacional no SUS. Objetivo: Relatar a experiência de

atividades em campo de estágio em Saúde Pública dos graduandos do Bacharelado em

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Farmácia no Oeste do Pará. Metodologia: Utilizou-se do relato descritivo e reflexivo da

participação discente em estágio curricular no primeiro semestre de 2016. Esta

experiência, também extensionista, em Saúde Pública ocorreu no bairro Jaderlândia, em

uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do município de Santarém – PA. Tais atividades

fazem parte da grade curricular do curso de graduação em Farmácia da Universidade

Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Utilizou-se como material de análise, os relatórios de

estágio da disciplina de Saúde Pública elaborados pelos graduandos, em ambos os

casos, houve o devido termo de consentimento permitindo o uso dessas informações.

Formaram-se grupos de alunos do quarto e sexto período, que estavam em momento

observacional no campo de estágio em Saúde Pública, com a presença de um Preceptor

Farmacêutico da Universidade. As visitas domiciliares foram acompanhadas de um

Preceptor e Agentes Comunitários de Saúde, tendo como foco das visitas principalmente

aos pacientes do Programa de Hipertensos-Diabéticos (HiperDia). Contudo, a observação

em campo expandiu-se a outros grupos de pacientes com doenças infecciosas e também

a gestantes. Dentre as práticas, os graduandos analisaram os prontuários desses

pacientes, acompanharam o “Grupão” de "HiperDia" (ação em grupo que visa o

acompanhamento constante, estabelecendo metas para ampliar ações de prevenção,

diagnóstico, tratamento e controle dessas doenças), o atendimento médico, a

dispensação medicamentosa e todos os serviços de atendimento realizada pela

Estratégia de Saúde da Família (ESF). Resultados e Discussão: Foram analisados 33

relatórios de discentes do Bacharelado em Farmácia da UFOPA em estágio de Saúde

Pública, acerca do conhecimento apreendido que levaram as experiências vividas em

campo. Importante ressaltar que o discente precisa adquirir o aprendizado de que “Hoje o

usuário dos serviços de saúde tem reconhecido o seu direito de ser atendido com

dignidade – e não de uma forma massificada ou indiferente – e de ter seus sentimentos e

individualidade valorizados” (GRÜDTNER et al., 2011). Todavia para que esse nível de

serviço chegue ao usuário do SUS é necessária uma qualificação direcionada aos futuros

egressos, que seja voltada para o atendimento das diretrizes e valores deste sistema.

Conceber saúde direcionada a um indivíduo é saber, antes de tudo, como este

compreende a mesma, para então entender os possíveis determinantes de seu

comportamento neste processo de saúde e doença. O estudo da antropóloga Minayo

(1994), nos apresenta que o conceito de parte da sociedade com respeito à saúde é

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pluridimensional, ultrapassando em muito a barreira biológica, tendo como dimensões

envolvidas neste conceito o natural, o psicossocial, o socioeconômico e o sobrenatural.

Esta atitude de entendimento com respeito ao usuário do sistema, nos conduz a

percepção do princípio orientador do respeito à autonomia. Sem esse conceito

interiorizado junto aos profissionais de saúde, gestores, e neste caso os discentes de

farmácia, difícil se faz pensar na possibilidade de um trabalho humanizado no Sistema

Único de Saúde (SUS). Assim foi possível observar que 84,8% (29) desses alunos que

realizaram o estágio na UBS despertaram o olhar para a importância do profissional

farmacêutico capacitado para o acompanhamento farmacoterapêutico, apresentando

dentre seus valores o perfil humanista. Em meio a estes apontamentos críticos observou-

se o seguinte relato:

“Participarmos do “Grupão” dos usuários cadastrados no "HiperDia",

onde conversamos com eles e fizemos o teste rápido de glicemia,

aconselhando-os a fazer uma alimentação saudável. Neste dia,

presenciamos um caso de uma senhora que não era diabética, nos

relatando que após um exame de teste rápido, realizado há um

tempo, o médico da UBS constatou que seu índice glicêmico estava

alto, com isso, receitou um medicamento para tratar à diabetes. A

mesma após o uso do medicamento começou a apresentar perda de

memória, no entanto continuou o tratamento. No momento em que

fizemos o teste rápido de glicemia com esta senhora, seu índice

glicêmico estava baixíssimo, o que nos preocupou, pedimos então

que a mesma relatasse o ocorrido para o médico, e este lhe solicitou

um exame laboratorial, suspendendo por aquele momento a

medicação. Com isso, percebemos mais ainda a importância de uma

assistência farmacêutica na UBS, pois tudo o que ela precisava era

de um acompanhamento” (estagiário 1).

Corroborando com Linda Strand (1997), a atenção farmacêutica ou cuidado farmacêutico

deve contemplar em seu bojo a “prática na qual o profissional assume a responsabilidade

pela definição das necessidades farmacoterápicas do paciente e o compromisso de

resolvê-las”, o que nos faz perceber que um estágio quando articulado a prática

conjuntamente com a teoria podem trazer resultados significativos que ajudam na

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formação do discente. Observou-se que 72,7% (24) dos alunos relataram a importância

de uma formação que tivesse como objetivo o perfil humanista, e dentre os relatos

obteve-se a seguinte reflexão:

[…] Assim, o farmacêutico com sua atitude humanizada, procurou

convencer a paciente de quanto é importante à aderência do

tratamento medicamentoso. Essa resistência é bastante comum em

casos em que há a falta de conhecimento sobre a doença, a questão

socioeconômica e a própria cultura, sendo esses, alguns

determinantes que atrapalham na adesão ao tratamento (estagiário

2).

Conclusão: O trabalho de campo quando bem articulado entre a academia, os

trabalhadores da UBS e a comunidade, podem trazer como resultados, conhecimentos

importantíssimos, frutos da experiência, que agregam para formação de profissionais

mais humanizados, voltados para as necessidades da população, com desenvolvimento

de habilidades para atuar na resolução de problemas no âmbito da saúde pública, que

pode levar a consequente melhoria da qualidade de vida dos usuários do SUS.

Referências Bibliográficas: BONDÍA, J. L. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Universidade de

Barcelona, Espanha, jan/abr, 2002. CECCIM, R. B.; FEUERWERKER, L. C. M. Mudança na graduação das profissões de

saúde sob o eixo da integralidade. Cadernos de Saúde Pública, 20(5), 1400-1410; 2004.

GRÜDTNER, D. I.; CARRARO, T. E.; SOBRINHO, S. H.; CARVALHO, A. L. G.; MINAYO,

M. C. S. Interdisciplinaridade: uma questão que atravessa o saber, o poder e o mundo vivido. Medicina, Ribeirão Preto, v. 24, n 2, p. 70-77, abr/jun, 1991.

MORIN, E. Complexidade e Transdisciplinaridade: a reforma da universidade e do ensino fundamental. Trad. Edgard de Assis Carvalho. – Natal: EDUFRN, 2000. p. 15.

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PAIM, J. S.; ALMEIDA, F. N. Saúde Coletiva: uma “nova saúde pública” ou campo aberto a novos paradigmas; Revista Saúde Pública, São Paulo: USP, v32, n. 4, p.299-

316, 1998.

PHARMACEUTICAL Care: The minnesota model. Pharm. J. v. 258, p. 899-904, 1997.

Palavras-chave: Cuidado Farmacêutico, Saúde Coletiva, Interdisciplinaridade, Sistema

Único de Saúde, Estratégia Saúde da Família

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RESULTADOS DA INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DECORRENTE DA DISTENSÃO LIGAMENTAR TIBIO-FEMORAL MEDIAL – LCM Walter de Aquino Vieira Filho, Armélio Vasconcelos de Siqueira Neto, Wanderson

Fernandez Silva, Monique Natálle Silva Pereira, Jorge Carlos Meneses Nascimento

Júnior.

Universidade do Estado do Pará UEPA campus XII, Santarém, Pará, Brasil. E-mail:

[email protected]

Introdução: O ligamento tibio-femoral medial ou ligamento colateral medial (LCM) do

joelho é um dos quatro ligamentos (ligamento colateral medial, lateral, ligamento cruzado

anterior e posterior) que são fundamentais para proporcionar equilíbrio, controle e

estabilização do joelho. É composto por uma estrutura fibrosa que conecta duas

estruturas ósseas (fêmur e tíbia), com a função de evitar o excesso de movimento ou

balanço a fim de preservar as estruturas internas do joelho. As lesões do LCM vão desde

pequenos estiramentos até lesões mais complexas, onde a estabilidade fica

extremamente comprometida. O sintoma mais comum é uma dor instantânea sobre suas

áreas insercionais, acompanhada de edema e/ou equimose. Muitas vezes o paciente

lesionado pode ter instabilidade ao pisar por conta da lesão meniscal associada. O

diagnóstico da lesão exige que o médico esteja atento para perceber se existem outras

lesões associadas, além de graduá-la corretamente (grau da lesão). O tratamento dessas

lesões não é cirúrgico na maioria das vezes, porém, se for tratado de maneira incorreta

pode evoluir com dores crônicas (como no caso do paciente avaliado neste estudo) e

difíceis de serem tratadas. A distensão é o estiramento ou ruptura de uma estrutura, neste

caso, um ligamento, que é uma forte tira de tecido que liga uma estrutura óssea a outra. O

LCM está localizado na parte interna do joelho e liga a extremidade inferior do fêmur à

extremidade superior da tíbia. A distensão pode ser classificada em grau I (dano mínimo

do ligamento), II (lesão parcial) e III (lesão total). Os sintomas mais referidos são dor na

face interna do joelho, podendo ocasionar edema, instabilidade e estalido durante

tentativa de apoio unipodal. Objetivo: O objetivo geral deste estudo é analisar os

resultados da intervenção Fisioterapêutica no tratamento proposto de um paciente

acometido por estiramento grau II do ligamento colateral medial no membro inferior

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esquerdo. Metodologia: Foi analisado um paciente do sexo masculino, com 45 anos de

idade, anteriormente ao fato ocorrido era praticante regular de atividade física

(musculação 3 vezes na semana, corrida 2 vezes na semana e futebol aos fins de

semana), 1.80cm de altura e 88 kg. As sessões de Fisioterapia foram realizadas no setor

de traumatologia e ortopedia do Hospital Regional do Baixo Amazonas, no primeiro

semestre de 2016, condicionado o agendamento das sessões a disponibilidade do

paciente (em dias não consecutivos), onde os dados coletados foram feitos em prontuário

e iniciados após a aceitação da instituição (Hospital Regional do Baixo Amazonas-HRBA)

pelo Departamento de Extensão e Pesquisa DEP do HRBA para a aplicação do estudo. A

etiologia da lesão ocorreu durante atividade desportiva (futebol), onde o paciente sofreu

um trauma direto na extremidade do membro MIE (parte medial do ante-pé esquerdo)

ocasionando um mecanismo de lesão associado a uma rotação externa forçada da tíbia

(E), levando ao estiramento do LCM (E) grau II (diagnóstica por exame de imagem –

ruptura parcial do ligamento colateral medial esquerdo). Ao longo do tratamento, o

paciente foi submetido a 7 sessões de Fisioterapia, 2 vezes na semana, com duração de

aproximadamente 55 minutos cada sessão, onde o protocolo estabelecido após a

avaliação inicial foi o seguinte: Termoterapia superficial com Infravermelho (IV); tempo de

aplicação 15 minutos; distância do foco de 20 centímetros da região da lesão; intensidade

de moderada (referida pelo paciente), e Eletrotermofototerapia com aplicação da corrente

interferencial (CI), com frequência portadora (F1) 4000 HZ, Moduladora (F2) 4020 HZ,

AMF 20 HZ (F2 - F1), SWEEP 10 HZ, SLOOPE quadrado (relação 1:1), modo em

varredura automática (V.A), com disposição dos eletrodos tetrapolar (método de

colocação do eletros em “cruz” ou método cruzado) e tempo de aplicação de 40 minutos.

Para análise dos resultados foram estipulados testes de controle funcional, tais quais:

Teste 1- percepção da dor em repouso com aplicação da escala visual de dor (EVA), a

qual quantifica o nível de dor de 1 a 10, detalhando níveis de dor em leve, moderada ou

intensa (aplicada em todos os testes); Teste 2- teste de palpação associado a digito-

compressão no local de inserção distal do LCM (região tibial); Teste 3- teste de

instabilidade latero-lateral do joelho (stress em valgo e varo); Teste 4- teste de flexo-

extensão do joelho em apoio unipodal (45° de flexão associado a extensão total do joelho-

movimento isotônico) com 10 repetições retardando o período excêntrico do movimento;

Teste 5- Teste de corrida controlada na esteira, sem inclinação, com velocidade média de

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8.0 km/segundo, com tempo de aplicação de 10 minutos; teste 6- Teste de pliometria

(corrida rápida associada a mudança de direção de 90° sobre o membro acometido). Resultados e Discussão: Na pesquisa realizada foi verificado que a intervenção

Fisioterapêutica apresentou resultados evolutivos, respeitando as fases de reparação

ligamentar. Apesar da manutenção do protocolo de tratamento, a combinação da

aplicação da termoterapia superficial com IV e eletroanalgesia com CI mostraram

resultados significativos ao final de apenas 7 dias de tratamento. De acordo com dos

Santos 2010, o protocolo de tratamento para a recuperação do LCM grau II deve constar

de exercícios isotônicos resistidos e treino de propriocepção (na fase crônica da lesão),

acompanhando o grau de evolução do paciente. Porém, em relação ao nível de dor

(sintoma mais comum referido pelos pacientes) os autores obtiveram resultados

relevantes a partir do 9° dia de tratamento, onde o paciente recebeu atendimento 2 vezes

ao dia durante 5 semanas. Em comparação aos resultados obtidos neste estudo, pode-se

perceber uma evolução acentuada em apenas 7 sessões, 1 vez ao dia, apenas 2 vezes

por semana, não incluindo treino de propriocepção ou de cinesioterapia, o que acaba

revelando resultados promissores com a combinação do tratamento de termoterapia

superficial com IV e principalmente a aplicação da CI, o qual possui maior poder de

penetração por se utilizar de circuitos independentes de média frequência, ocasionando

uma menor impedância cutânea e consequentemente uma maior penetração no tecido,

reparação tecidual e conforto ao paciente, sendo a analgesia e relaxamento uma mera

consequência dos seus princípios fisiológicos. Após a finalização das sete sessões de

Fisioterapia, podem se obter os seguintes resultados: dor em repouso (teste 1) EVA 4

inicial e final abolido; dor a palpação (teste 2) EVA 5 inicial e final abolido; dor em

estresse em valgo (teste 3) EVA 7 inicial e final abolido; dor em apoio unipodal com

movimento isotônico tibiofemoral (teste 4) EVA 8 inicial e EVA 2 final; teste de corrida na

esteira (teste 5) EVA 5 inicial e final abolido e por fim teste de corrida com mudança de

direção 90° (teste 6) EVA 8 inicial e EVA 2 final. Conclusão: Após a análise dos

resultados, foi comprovada a eficácia do tratamento Fisioterapêutico aplicado, composto

pela associação da termoterapia superficial com IV e controle analgésico e relaxamento

muscular, além dos efeitos fisiológicos do aumento da microcirculação local e reparação

tecidual da CI, os quais favoreceram ao paciente uma evolução funcional expressiva,

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referindo abolição da dor nos testes 1, 2, 3 e 5, acompanhado de diminuição significativa

da queixa álgica nos testes 4 e 6.

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Palavras-chave: Fisioterapia; Termoterapia Superficial; Eletroterapia.

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SÍNDROME DE BURNOUT E OS SINTOMAS DE ESTRESSE NOS TRABALHADORES DO CAPS II DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM

Gabriela de Cássia Oliveira dos Santos, Aragonês da Silva Franco, Melina de Figueiredo

Miranda, Samilla Calderaro Gato, Elciene Sousa Sá e Érika Marcilia Sousa de Couto.

Centro de Ciências Biológicas da Saúde da Universidade do Estado do Pará –

CCBS/UEPA, Campus Santarém, Pará, Brasil. E-mail: [email protected]

Introdução: Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o estresse é o principal

causador de doença do trabalho, e atinge 90% da população mundial. O Brasil tem 70%

da sua população atingida por esse mal, sendo que 30% dela já estão em níveis elevados

de estresse e apresentando o Burnout que é um estagio de exaustão física e mental que

pode levar à depressão e até ao suicídio (OMS, 2012). A OMS também estabelece quatro

dimensões relacionadas à síndrome: a organização- estrutura no qual o profissional está

inserido; o trabalho- a profissão e suas responsabilidades; a sociedade- como exemplo a

família; e por fim o indivíduo. Qualquer desconforto em uma ou mais dessas dimensões

poderá provocar a referida síndrome (OMS, 2012). Hans Selye observou que muitas

pessoas sofriam de doenças físicas e reclamavam de sintomas comuns. Tais

observações o levaram a investigações científicas em laboratórios, com animais, e, em

1936, a definir “stress”como “o resultado inespecífico de qualquer demanda sobre o

corpo, seja de efeito mental ou somático, e “estressor”, como todo agente ou demanda

que evoca reação de estresse, seja de natureza física, mental ou emocional” (CAMELO e

ANGERAMI, 2004). Objetivo: A finalidade deste estudo foi identificar a Síndrome de

Burnout e os sintomas do estresse nos trabalhadores do CAPS II Santarém.

Metodologia: Utilizou-se para coleta de dados o Inventário de LIPP, para análise do nível

de estresse dos trabalhadores do Centro de Atenção Psicossocial II do Município de

Santarém- Pará. Participaram da pesquisa14 (quatorze) funcionários da equipe, incluindo:

enfermeiros, técnicos, assistentes sociais, farmacêuticos, assistentes administrativos do

setor, sendo 5 (cinco) funcionários da tarde e 9 (nove) da manhã. Em seguida foi

aplicado, o Inventário de Sintomas de Stress para adultos de LIPP ISSL validado em

1994. Ademais, foi aplicado o Questionário Preliminar de Identificação da Burnout

elaborado e adaptado por Chafic Jbeili, inspirado no Maslach Burnout Inventory – MBI.

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Resultados e Discussão: Dos 14 (100%) participantes da pesquisa, verificou-se que 8

(57%) têm a possibilidade de desenvolver a Síndrome de Burnout (SB). O que é

preocupante, pois de acordo com Franco et al 2012, os sintomas são lentos e gradativos,

e muitas vezes não recebem a atenção devida, tornando-se acumulativo, não sendo

percebida pelo indivíduo, que geralmente confundi os sintomas e não quer acreditar que

está com alguma patologia. É importante ressaltar que estes profissionais lidam com

pacientes com transtornos mentais graves e persistentes, que exigem destes um

equilíbrio emocional, pois lidam diariamente com a dor e o sofrimento dos clientes e seus

familiares (BRASIL, 2011). Em nossa pesquisa 4 (29%) já estão na fase inicial da SB e

em que 2 (14%) a Síndrome já começou a se instalar. Chamamos a atenção para que

estes profissionais que já estão em uma fase inicial se atentem para não atingirem um

quadro considerável de Burnout, pois o indivíduo perde o sentimento ou reação da outra

pessoa e ainda a faculdade de compreender emocionalmente o próximo. A relação torna-

se desprovida de calor humano, não tem empatia (CARVALHOet al,2011). Já de acordo

com o teste de Lipp, dos 14 (100%) dos participantes da pesquisa, apenas 2 (14%)

tiveram resultado significativo, encontrando-se na segunda fase, que é a chamada de

resistência. Nesta fase é quando o organismo procura o retorno ao equilíbrio. Ocorre a

manifestação de sintomas da esfera psicossocial, como ansiedade, medo e isolamento

social. Pode ocorrer nesta fase a adaptação ou eliminação dos agentes estressantes e

consequente reequilíbrio e harmonia ou evoluir para a próxima fase em consequência da

não adaptação e/ou eliminação da fonte de estresse (CAMELOet al, 2004). Ao ser

realizada a análise do teste de Lipp, observou-se que os sintomas mais frequentes entre

os profissionais do Caps II envolvendo as três fases, foram: tensão muscular (57,14%),

sensação de desgaste físico constante (57,14%), mudança de apetite (28,57%), cansaço

constante (35,71%), irritabilidade excessiva (21,48), insônia (28,57), vontade de fugir de

tudo (21,48), pensamento constante de um mesmo assunto (28,57%), angústia ou

ansiedade diária (21,48%). Os sintomas podem ser justificados, devido ao fato de quando

o estresse é excessivo resultam em alterações psicofisiológicas no organismo. As

alterações físicas podem surgir pela baixa do sistema imunológico. Essas respostas todas

ocorrem devido a uma ligação dos sistemas neurológico, imunológico e endócrino para a

realização das funções regulatórias do organismo e controle perante estímulos internos e

externos (ROSSETTI,2008). Em contrapartida, o questionário da síndrome de Burnout, as

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características psicofísicas mais encontrada entre os profissionais foram o esgotamento

em relação ao trabalho correspondendo a 50% (7) e a exaustão 64% (9) ,que podem ser

em decorrência da carência de energia, entusiasmo ou sentimento de esgotamento. 57%

(8) relatam cansaço e falta de disposição. 57% (8) afirmam ter facilidade para envolver-se

com os problemas de outras pessoas. 85% (12) tratam algumas pessoas como se fossem

da família. 43% (5) realizam as tarefas laborais com grande esforço. A grande maioria,

93% (13) acreditam que poderia fazer mais pelas pessoas assistidas além do que já

fazem. 71% (10) sentem que seu salário é desproporcional as tarefas executadas pelo

mesmo, onde leva este profissional a ter uma auto avaliação negativa, sentindo-se se

infelizes e insatisfeitos com seu desenvolvimento profissional e incompetência e êxito no

trabalho.79% (11)sentimento de referência para outras pessoas. 50% dos participantes

sentem-se desanimados, sem vitalidade. O estresse frequente com as pessoas que estes

atendem corresponde a 86% (12), e isto chama atenção, pois ajudar pessoas traz custos

emocionais, tendo o profissional a caminhar em uma linha tênue em distinguir o envolver-

se profissionalmente e não pessoalmente na ajuda ao outro, fazendo com que aqueles

que dependem de seus cuidados não recebam a devida atenção, cometendo erros,

muitas vezes não percebidos pela equipe ou paciente (CARVALHO et al,2011). É

importante ressaltar que a palavra estresse não pode ser confundida com Burnout, no que

se refere a conceitos e diferenças. Por exemplo, ao aplicarmos o teste de Lipp, estamos a

procura das reações do organismo às agressões de origens diversas, capazes de

perturbar o equilíbrio interno do ser humano, levando-os ao estresse. Em contrapartida,

Burnout é a resposta do estresse laboral crônico que envolve atitudes e alterações

comportamentais negativas relacionadas ao contexto de trabalho com desconsideração

do lado humano. (CARVALHOet al,2011). Conclusão: Percebe-se a necessidade de

atenção no gerenciamento da situação de bem-estar dos trabalhadores da área de saúde

do CAPS II de Santarém, com uma necessidade de encontrar mecanismos para controlar

os fatores estressores do trabalho dentro do CAPS. Os profissionais da área da saúde,

continuamente cuidam dos seus clientes e muitas vezes negligenciam ou não percebem

que adoeceram ou estão doentes. É imprescindível a implementação de atividades

voltadas para prevenção e promoção da saúde destes trabalhadores amenizando assim o

risco de desenvolvimento da síndrome de Burnout, reconhecendo que atividades físicas,

alimentação saudável e um bom relacionamento interpessoal e realização interna com a

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profissão que exerce são fundamentais para afastar essa doença do ambiente de trabalho

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