EstágioSupervisionadoI - UPE - Universidade de...

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Estágio Supervisionado I Profa. Maria do Socorro Cordeiro Feitosa 2 a edição | Nead - UPE 2011

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Estágio Supervisionado IProfa. Maria do Socorro Cordeiro Feitosa

2a edição | Nead - UPE 2011

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)Núcleo de Educação à Distância - Universidade de Pernambuco - Recife

Feitosa, Maria do Socorro Cordeiro

Letras: Estágio Supervisionado I / Maria do Socorro Cordeiro Feitosa. - Recife: UPE/NEAD, 2011.

36 p. il.

ISBN - 978-85-7856-074-4

1. Estágio curricular supervisionado. 2. Professor Formação. 3. Prática de ensino. I. Universidade de Pernambuco - UPE. II. Título.

F311l

CDU 371.13

Reitor

Vice-Reitor

Pró-Reitor Administrativo

Pró-Reitor de Planejamento

Pró-Reitor de Graduação

Pró-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa

Pró-Reitor de Extensão e Cultura

Prof. Carlos Fernando de Araújo Calado

Prof. Rivaldo Mendes de Albuquerque

Prof. José Thomaz Medeiros Correia

Prof. Béda Barkokébas Jr.

Profa. Izabel Christina de Avelar Silva

Profa. Viviane Colares S. de Andrade Amorim

Prof. Rivaldo Mendes de Albuquerque

UNIVERsIDADE DE PERNAmbUCo - UPE

NEAD - NÚCLEo DE EDUCAÇÃo A DIsTÂNCIA

Coordenador Geral

Coordenador Adjunto

Assessora da Coordenação Geral

Coordenação de Curso

Coordenação Pedagógica

Coordenação de Revisão Gramatical

Gerente de Projetos

Administração do Ambiente

Coordenação de Design e Produção

Equipe de design

Coordenação de suporte

EDIÇÃo 2011

Prof. Renato Medeiros de Moraes

Prof. Walmir Soares da Silva Júnior

Profa. Waldete Arantes

Profa. Silvania Núbia Chagas

Profa. Maria Vitória Ribas de Oliveira Lima

Profa. Angela Maria Borges CavalcantiProfa. Eveline Mendes Costa LopesProfa. Geruza Viana da Silva.

Profa. Patrícia Lídia do Couto Soares Lopes

Igor Souza Lopes de Almeida

Prof. Marcos Leite Anita SousaGabriela CastroRafael Efrem Renata MoraesRodrigo Sotero

Afonso BioneProf. Jáuvaro Carneiro Leão

Impresso no Brasil - Tiragem 150 exemplaresAv. Agamenon Magalhães, s/n - Santo AmaroRecife - Pernambuco - CEP: 50103-010Fone: (81) 3183.3691 - Fax: (81) 3183.3664

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Estágio supErvisionado i

Profa. maria do socorro Cordeiro FeitosaCarga Horária | 90 horas

EmEnta

Concepção de estágio supervisionado. A importância do estágio supervisionado para o exercício da docência. Conhecimento da realidade escolar e pedagógica. Regência em turma de Ensino Fundamental (5ª e 6ª séries ou ciclo de estudo equivalente). Elaboração do plano de estágio. Elaboração do projeto de interven-ção. Elaboração do relatório de estágio.

objEtivo gEral

Ampliar os conhecimentos sobre a realidade escolar, articulando teoria e prática por meio da reflexão na ação, reconhecendo a importância do estágio supervisio-nado para o exercício da docência.

aprEsEntação da disciplina

“Chega mais perto e contempla as palavrasCada uma

Tem mil faces secretas sob a face neutraE te pergunta sem interesse pela resposta,

Pobre ou terrível que lhe deres:Trouxeste a chave?

(Carlos Drummond de Andrade)

Parafraseando Drummond e, fazendo uso de sua metáfora complexa, convidamos você, aluno do Curso de Letras – EAD, para, por intermédio do Estágio Super-visionado, chegar mais perto e contemplar os espaços escolares, com uma única certeza, a de que cada um (espaço) tem mil faces secretas sob a face neutra e per-guntar, dessa vez com interesse pela resposta rica ou maravilhosa que lhe deres:

trouxeste a chave?

O Estágio Supervisionado constitui-se em uma exigência legal e metodológica do Curso de Letras - EAD, visando ao intercâmbio, à reelaboração e à produção de conhecimentos sobre a realidade educacional e as alternativas de intervenção didática.

Caracteriza-se como atividade pedagógica que possibilita a interação com os diferentes atores educacio-nais, situados nos diversos níveis dos vários segmentos que constituem a educação.

É por excelência um lugar de reflexão sobre a construção e o fortalecimento da(s) identidade(s). Conce-bido atualmente como campo de conhecimento, superando sua tradicional redução à atividade prática instrumental, o estágio se consubstancia como teoria e prática e não teoria ou prática.

Nessa perspectiva, este material didático mostra a prática do estágio curricular supervisionado I. O ensino apresenta-se como um momento de aprendizagem in loco, onde se dá a formação profissional do licen-ciando através da presença participativa em escolas de educação básica. Este estágio fundamenta a relação teoria x prática para a intervenção pedagógica no ensino de Letras. Deverá ter a duração de 90 horas, acon-tecendo no ambiente institucional de trabalho, havendo uma relação pedagógica entre o tutor, o aluno estagiário e o professor regente (colaborador).

O tutor é o mediador entre o aluno, as escolas campo de estágio e o professor colaborador. Está inserido de maneira ampla, assumindo uma noção que permite fundamentar sua atuação. Seu trabalho, ancorado na interação, é importante como elemento estimulador, motivador e orientador, fazendo o aluno perceber que não está só. O tutor deverá ter um olhar atento às relações construídas nas realidades das escolas cam-po de estágio. Nesse sentido, é necessário que o aluno utilize os recursos disponíveis em nossa sala de aula virtual (e-mail, caixa de mensagem, fóruns, etc.) para apresentar suas dúvidas, participar do processo de aprendizagem colaborativa que a EAD sugere, enfim, comunicar-se e interagir conosco para que possamos auxiliá-lo no desenvolvimento das atividades, obtendo êxito ao final do semestre.

7Capítulo 1 77Capítulo 1

objEtivos EspEcíficos

• Reconhecer a importânciado estágio supervisionadopara o exercíciodadocência;

• Refletircriticamentesobrearealidadeescolarepedagógica;

• Articularteoriaeprática;

• Elaborarplanodeestágio.

introdução

Historicamente o estágio tem recebido diferentes enfoques nos cursos de for-mação de professores. De um modo geral, sempre foi identificado com a parte prática dos cursos de formação de profissionais, em contraposição à teoria. Com-preender a superação da fragmentação entre a teoria e a prática com base no conceito de práxis sinaliza para o desenvolvimento do estágio como uma atitude investigativa que envolve a reflexão e a intervenção na vida da escola, dos pro-fessores, dos alunos e da sociedade. Contextualizar o estágio como componente curricular e eixo central nos cursos de formação de professores e apresentar os aspectos indispensáveis à construção do ser profissional docente no que se refere à construção da identidade, dos saberes e das posturas necessárias, apresentando e analisando a atual legislação que regulamenta o estágio, discutindo as suas dife-rentes concepções, é o caminho que leva aos espaços pretendidos nessa jornada. “Já tens a chave !”

caractErização E princípios nortEadorEs

do EstágioProfa. maria do socorro Cordeiro Feitosa

Carga Horária | 30 horas

TEXTOS COMPLEMENTARES

• Estágio Supervisionado I, MORAIS,

Doralice Soares de.

• www.rubemalves.com.br

8 Capítulo 1

Estágio supErvisionado

Refletir sobre o estágio supervisionado suscita uma série de indagações dentre as quais podemos elencar: existe diferença entre estágio supervisiona-do e prática de ensino? O estágio é a parte prática dos cursos de formação de profissionais? Por que o estágio para quem já exerce o magistério? Por que o estágio para quem não exerce o magistério?

Estágio Supervisionado – é um dos componen-tes da matriz curricular do curso de graduação e constitui-se em uma condição para a integralização curricular. É realizado de acordo com o estatuto e o regimento da Instituição Formadora, buscando elaborar a relação teórico-prática na construção de competências.

De acordo com Pimenta (2010, p.24), a finalida-de do estágio curricular é integrar o processo de formação do aluno, futuro profissional, de modo a considerar o campo de atuação como objeto de análise, de investigação e de interpretação crítica, tomando-se por base os nexos com as disciplinas do curso.

• permitemaiorassimilaçãodamatériadeestudo;• facilitaeantecipaaautodefinição,faceàfutu-

ra profissão;• amenizaoimpactodapassagemdevidaestu-

dantil para a profissional;• possibilitaperceberasprópriasdeficiênciase

busca o aprimoramento;• permiteadquirirumaatitudedetrabalhosis-

tematizado, desenvolvendo a consciência de produtividade;

• propiciamelhorrelacionamentohumano;• incentivaaobservaçãoeacomunicaçãoconci-

sa de ideias e de experiências adquiridas;• permite o conhecimento filosófico da gestão

democrática, organização e funcionamento das empresas e instituições em geral;

• épré-requisitolegal,nocasodoestágiocurri-cular, para diplomação do referido curso.

princípios nortEadorEs para o prEparo do profissional docEntE

Os princípios norteadores para o preparo do pro-fissional docente estão definidos no art.3º, em três incisos da Resolução CNE/PC1, 18 de fevereiro de 2002:

Art. 3º -A formação de professores que atuarão nas diferentes etapas e modalidades da educação básica observará princípios norteadores desse pre-paro para o exercício profissional específico, que considerem:

I. a competência como concepção nuclear na orientação do curso;

II. a coerência entre a formação oferecida e a prá-tica esperada do futuro professor, tendo em vista:

a) a simetria invertida, em que o preparo do professor, por ocorrer similarmente àquele em que vai atuar, demanda consistência entre o que faz na formação e o que dele se espera;

b) a aprendizagem como processo de constru-ção de conhecimentos, habilidades e valores em interação com a realidade e com os demais indivíduos, no qual são colocadas em uso ca-pacidades pessoais;

c) os conteúdos, como meio e suporte para a constituição das competências;

d) a avaliação como parte integrante do proces-

SAIBA MAIS!

Leitura recomendada

Estágio e Docência. PIMENTA, Sel-

ma Garrido, 2010.

na prática, a tEoria é outra?

Concepções de estágio curricular:

• Apráticacomoimitaçãodemodelos;• Apráticacomoinstrumentalizaçãotécnica;• Oqueentendemosporteoriaeporprática;• Oestágiosuperandoateoriaeaprática;• Oestágiocomocampodeconhecimento.

importância do Estágio

• contextualizaaformaçãoprofissional;• possibilitaaaplicaçãopráticadosconhecimen-

tos teóricos obtidos na instituição formadora;• motivaoestudo,poissepercebeafinalidade

de aplicação do aprendizado e sente suas pos-sibilidades;

9Capítulo 1

so de formação que possibilita o diagnóstico de lacunas e a aferição dos resultados alcan-çados, consideradas as competências a serem constituídas e a identificação das mudanças de percurso eventualmente necessárias.

III. a pesquisa, com foco no processo de ensino e de aprendizagem, uma vez que ensinar requer tanto dispor de conhecimentos e mobilizá-los para a ação como compreender o processo de construção do conhecimento.

Estrutura

O estágio supervisionado, a ser desenvolvido no Núcleo de Estudos em Educação a Distância – UPE para licenciatura do Curso de Letras, aconte-cerá durante o semestre letivo, em concomitância com outras disciplinas do currículo, devendo aten-der as seguintes recomendações:

1. Individualmente, portando uma carta de apre-sentação da EAD, mantenha contato coma a direção de uma escola de educação básica, informando-a sobre a dinâmica de organização desse estágio;

2. Em seguida, individualmente, apresente a proposta para o tutor de estágio na qual deve constar a assinatura dos estagiários, da direção da escola campo de estágio e do professor cola-borador;

3. A seguir, receba a documentação de acompa-nhamento, frequência e avaliação do estágio. De posse da documentação da escola escolhi-da, estará apto para o início do estágio.

açõEs a sErEm dEsEnvolvidas no Estágio supErvisionado i

1. no polo, com tutor

1.1 Sessões de estudo sobre

• GestãoDemocrática;• ConselhoEscolar/Unidadeexecutiva;• ProjetoPolítico-Pedagógico/Planodede-senvolvimento da Escola;

1.2 Elaboração da proposta de estágio

2. na Escola campo dE Estágio

2.1 Apresentação da proposta de estágio para a equipe gestora da escola;

2.2 Entrevista com o (a) gestor (a) da escola, educa-

dor de apoio; coordenador pedagógico, secre-tário, coordenador da biblioteca, ...

2.3 Conversas informais com professores, alunos e demais agentes educativos da escola.

3. pEsquisa

3.1 Objeto de análise • GestãoEscolar

Papéis e funções de atores educacionais Liderança Organização Fluxograma Tomada de decisão

• PDE

• Escolares Unidade executiva Merenda escolar Associação de pais

• Setores/Serviços Escolaridade Biblioteca Secretaria Serviços gerais

3.2 Coleta de dados

3.3 Seminário para apresentação dos resultados

4. Elaboração do projEto dE intErvEnção

5. rElatório

SAIBA MAIS!

• Legislação que regulamenta o

estágio;• Quandoaescolaédevi

dro;

10 Capítulo 1

“Adélia Prado me ensina pedagogia. Diz ela: “Não quero faca nem queijo; quero é fome”. O comer não começa com o queijo. O comer come-ça na fome de comer queijo. Se não tenho fome é inútil ter queijo. Mas se tenho fome de queijo e não tenho queijo, eu dou um jeito de arranjar um queijo...”

Rubem Alves (em ‘A casa de Rubem Alves’)

REfERêNcIAS

ANTUNES, Celso. Trabalhando habilidades. Construindo idéias. São Paulo: Scipione, 2001 / Pensamento e ação no magistério.

BARREIRO, Iraide Marques de Freitas. Prática de Ensino e Estágio Supervisionado na Forma-ção de Professore. São Paulo: Avercamp, 2006.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretri-zes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96 de 21 de dezembro de1996.

__________.Constituição (1988). Constitui-ção da República Federativa do Brasil: Texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais n º 1/92 a 42/2003 e pelas Emendas Constitucionais de Revisão nº 1 a 6/94 . Brasília: Senado Federal, Subsecre-taria de Edições Técnicas, 2004.

____. Conselho Nacional de Educação. Con-selho Pleno. Resolução CNE/PC 1, de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacio-nais para a formação de Professores da Educa-ção Básica, em nível superior, curso de licencia-tura, graduação plena.

____.Parâmetros Curriculares Nacionais: tercei-ro e quarto ciclos do Ensino Fundamental – Lín-gua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998.

____.Parâmetros Curriculares Nacionais: pri-meiro e segundo ciclos do Ensino Fundamental – Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1997.

____REFERÊNCIAS PARA FORMAÇÃO DE PRO-FESSORES. Secretaria da Educação Fundamen-tal. Brasília. A Secretaria, 1999.

__________. Estatuto da criança e do adoles-cente. -- Edição: 5ª.. ed. rev. atual. --. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Ser-viços Gráficos, 2006.

BRZEZINSKI, Iria (org.). LDB interpretada: diver-sos olhares se entrecruzam. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2000.

CARVALHO, Maria Cecília M. de. Construindo o saber. 7. ed. São Paulo: Papirus, 1998.

CAUNDAU, V. M. (org.). Reiventar a escola. Pe-tropólis: Vozes, 2000.

CHIAPPINI, Lígia (Org.). Aprender e ensinar com textos. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

DEMO, Pedro. Educação na Nova Constitui-ção: qualidade e democratização. Em Aberto, Brasília, v.7, n.39, jul/set. 1988.

__________. Ironias da Educação: mudanças e contos sobre mudança. Rio de Janeiro: DP& A, 2000.

DIONÍSIO, Ângela Paiva et al. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucena, 2002.

FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. São pau-lo: Paz e Terra, 1985.

GERADI, J.W. Portos de Passagem. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 18 ed. São Paulo: Cortez, 2008.

__________________. Adeus professor, adeus professora? novas exigências educacionais e profissão docente. São Paulo: Cortez, 2000.

LÜCK, Heloísa. A gestão participativa na esco-la. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.Série: Cadernos de Gestão.

MACHADO, José Nilson. Educação: projetos e valores.São Paulo: Escrituras Editora, 2001.

MORAIS, Doralice Soares de. Et al. Estágio Su-pervisionado I. Recife: UPE/NEED.

11Capítulo 1

MORETTO, Vasco Pedro. Prova: um momento privilegiado de estudo, não um acerto de con-tas. Rio de Janeiro. DP & A editora, 2001.

PERRENOUD, Philippe. Dez novas competên-cias para ensinar. Convite à viagem. Porto Ale-gre: Artes Médicas, 2000.

PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na forma-ção de professores: unidade, teoria e prática. 7 ed. São Paulo: Cortez, 2006.

__________________; LIMA, Maria Socorro Lucena Lima. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2010.

TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

TAVARES, Maria das Graças Medeiros. Educa-ção brasileira e negociação política: o processo constituinte de 1987 e a gestão democrática. Maceió: EDUFAL, 2003.

VASCONCELOS, Celso dos Santos. Planeja-mento: Projeto de ensino- aprendizagem e pro-jeto político - pedagógico - elementos metodo-lógicos para a elaboração e realização, 15 ed. São Paulo: Libertad Editora,2006. - (cadernos pedagógicos do Libertad; v.1).

13Capítulo 2 1313Capítulo 2

objEtivos EspEcíficos

• ObservarasaçõesrelativasàGestãoDemocráticanaescolacampodeestágio.

• Analisarapráticadegestãoexercidanaescolacampodeestágio.

introdução

“Um galo sozinho não tece uma manhã:ele precisará sempre de outros galos.De um que apanhe esse grito que ele

e o lance a outro; de um outro galoque apanhe o grito que um galo antes

e o lance a outro; e de outros galosque com muitos outros galos se cruzem

os fios de sol de seus gritos de galo,para que a manhã, desde uma teia tênue,

se vá tecendo, entre todos os galos.”

(João Cabral de Melo Neto)

Este capítulo apresenta o formato do Estágio Curricular Supervisionado I, que trata sobreuma concepçãoCrítico-reflexiva emGestãoDemocrática, contem-plando a atuação de todos os atores envolvidos no contexto da escola -- insti-tuição de promoção do conhecimento e instância onde se realiza o processo de ensino-aprendizagem.

Mostra ainda, a importância do Estágio Supervisionado, que deve constituir-se em um conjunto de atividades de aprendizagem cultural, social e profissional, para o exercício pleno da cidadania e que podem ser realizadas por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, oportunizando ao educando o contato com o mundo do trabalho, contribuindo, dessa forma, para sua formação pessoal e profissional bem como propiciando avaliação e complementação do ensino e da aprendizagem.

formação dE uma concEpção

crítico-rEflExiva da gEstão dEmocrática

Profa. maria do socorro Cordeiro FeitosaCarga Horária | 20 horas

Font

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14 Capítulo 2

formação dE uma concEpção crítico-rEflExiva Em gEstão dEmocrática

Gestão Democrática - princípio consagrado pela Constituição vigente - abrange as dimensões pe-dagógica, administrativa e financeira. Exige uma ruptura histórica na prática administrativa da esco-la, com o enfrentamento das questões de exclusão e reprovação e da não-permanência do aluno na sala de aula, que vem provocando a marginalização das classes populares. Esse compromisso implica a construção coletiva de um projeto político-pedagó-gico ligado à educação das classes populares.

AGestãoDemocráticaexigecompreensãoempro-fundidade dos problemas postos pela prática peda-gógica. Ela vem romper com a separação entre con-cepção e execução, entre o pensar e o fazer, entre teoria e prática. Busca resgatar o controle do pro-cesso e do produto do trabalho pelos educandos.

AGestãoDemocráticaimplica,principalmente,orepensar da estrutura de poder na escola, tendo em vista sua socialização. A socialização do poder pro-picia a prática da participação coletiva, que atenua o individualismo; da reciprocidade, que elimina a exploração; da solidariedade, que supera a opres-são; da autonomia, que anula a dependência de órgãos intermediários que elaboram políticas edu-cacionais das quais a escola é mera executora.

A busca da gestão democrática inclui, necessaria-mente, a ampla participação dos representantes dos diferentes seguimentos da escola nas decisões/ações administrativo-pedagógicas ali desenvolvi-das. Nas palavras de Marques:

“A participação ampla assegura a transparência das deci-sões, fortalece as pressões para que sejam elas legítimas, ga-rantem o controle sobre os acordos estabelecidos e, sobre-tudo, contribui para que sejam contempladas questões que

de outra forma não entrariam em cogitação” (1990, p. 21 ).

Nesse sentido, fica claro entender que a gestão de-mocrática no interior da escola não é um princípio fácil de ser consolidado, pois se trata da participa-ção crítica na construção do projeto político-peda-gógico e na sua gestão.

a prática E a construção da autonomia da gEstão dEmocrática Escolar

A autonomia da gestão escolar é um processo aber-to de participação do coletivo da escola, na cons-trução de uma escola competente, em que os seus profissionais assumem as suas responsabilidades, prestam contas, e seus alunos têm sucesso. Para que essa autonomia aconteça, é importante o en-tendimento, pelos participantes da escola, dos vá-rios desdobramentos dos conceitos e significados relacionados ao processo. Em especial, é importan-te o entendimento das implicações relacionadas a essa prática, que envolvem princípios, atitudes e es-tratégias, assim como monitoramento e avaliação. Essas questões se constituem como objetivo deste capítulo.

princípios oriEntadorEs da prática dE autonomia Em gEstão Escolar

Segundo Morais et al, princípios são linhas orien-tadoras da ação que definem uma postura e uma forma de agir que extrapola a própria ação. Os princípios para construção e prática da gestão au-tônoma são:

compromEtimEnto

Corresponde a uma atividade de sentir-se respon-sável pela educação na sua inteireza e pelos seus resultados e não apenas como um rol de funções, atividades e horários de trabalho.

compEtência

Refere-se a uma circunstância associada à profis-sionalização, isto é, à busca contínua pelo aprimo-ramento da capacidade profissional e pessoal me-diante estudos, observações, reflexões e escritos de sua própria história.

lidErança

Trata-se de um estilo de atuação pelo qual se toma a iniciativa de contribuir para o bem-estar geral, oferecendo ideias, sugestões, orientações, atuando junto de modo sinérgico.

15Capítulo 2

mobilização colEtiva

Os processos de transformação associados à ação autônoma somente ocorrem mediante ação com-partilhada e coletiva. O princípio é o de que a ação individual só é eficaz quando associada a outras ações. Boa ação é aquela que se integra a outras e não a que é isolada. Em vista disso, trabalha bem quem, mediante suas ações, mobiliza o interesse, a atenção e a ação de outros para o bem comum.

transparência

A abertura e a divulgação do modo de agir, das ideias que sustentam as ações, dos resultados pre-tendidos, dos interesses a serem atendidos consti-tuem-se em condição para que os demais membros da comunidade escolar possam apoiar essas ações, em vez de serem indiferentes a elas ou de boicotá--las, como às vezes acontece. Essa abertura e divul-gação se expressam numa transparência de atitu-des, significados, na circulação de informações no espaço escolar.

visão Estratégica

A autonomia da gestão escolar se justifica, dentre outros aspectos, pela orientação das escolas para o seu desenvolvimento institucional e de seus pro-cessos educacionais. Tal condição somente ocorre mediante visão estratégica, que implica visão de fu-turo abrangente da realidade. Essa é uma condição para que a escola possa responder aos seus desafios mais amplos ao invés de fechar-se ao seu mundo costumeiro de agir.

visão pró-ativa

A pró-atividade consiste em uma orientação posi-tiva da capacidade própria de enfrentar desafios, assumir responsabilidades e criativamente enfren-tá-las. Por meio delas, em vez de se procurar des-culpas para o que se deixou de fazer, procura-se estabelecer condições para fazer; em vez de se iden-tificar culpados pelo erro, procura-se identificar como contribuir para que o encaminhamento seja o mais favorável da próxima vez.

iniciativa

A capacidade de tomar iniciativas na busca de solu-ções para as dificuldades observadas é assumir res-ponsabilidades e exercer o espírito da autonomia.

criatividadE

Implica ter um olhar diferenciado e novo para a realidade e buscar nesta novas alternativas de tra-balho. Sem esse olhar, depende-se do passado, do status quo, das práticas convencionais, deixando-se de ser autônomo em relação a novas alternativas.

atitudEs quE cErcEiam as práticas autônomas

Mesmo com boas intenções, pode-se contribuir de forma negativa para a prática autônoma. É impor-tante, portanto, que tenhamos consciência de tal possibilidade, evitando-se dessa maneira a adoção de uma atitude reativa. De acordo com Morais et al, essas possibilidades estão relacionadas a algu-mas práticas e atitudes:

acomodação E imobilização

Tão condenadas e ao mesmo tempo tão comumen-te expressas, a acomodação e a imobilização se ma-nifestam de inúmeras formas e representam a inca-pacidade da pessoa de sair do marasmo mediante sua perplexidade diante dos problemas. Represen-tam, muitas vezes, uma limitação de horizontes profissionais, passividade, falta de competência profissional, dentre outros aspectos.

autoritarismo

Autoritarismo é diferente de autoridade. Auto-ritarismo, segundo FERREIRA, (2003, p.112 ) é exacerbação da autoridade, é abuso de poder, é a expressão individualista de interesses pessoais que não refletem os interesses coletivos. É a personali-zação da incompetência por abuso de poder e des-compromisso com o coletivo.

burocratização

Corresponde à prática mecânica e acrítica de nor-mas e regulamentos administrativos que, embora úteis, perdem seu vigor e sua utilidade na organi-zação, no monitoramento e na avaliação de proces-sos, passando a ser utilizados para limitá-los.

16 Capítulo 2

gEstão dEmocrática do sistEma dE Ensino público brasilEiro: Exigência lEgal

rEfErências lEgais para a gEstão dEmocrática da Escola:

Constituição Federal Brasileira

• Art. 206 - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de ideias e de concepções pe-dagógicas, e coexistência de instituições públi-cas e privadas de ensino;

IV - gratuidade do ensino público em estabele-cimentos oficiais;

V - valorização dos profissionais da educação escolar garantidos na forma da lei, planos de carreira com ingresso exclusivamente por con-curso público de provas e títulos aos das redes públicas;

VI - gestão democrática do ensino público na forma da lei;

VII - garantia de padrão de qualidade. VIII - piso salarial profissional nacional para

os profissionais da educação escolar pública nos termos de lei federal.

Parágrafo único. A lei disporá sobre a catego-ria de trabalhadores considerados profissio-nais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

lEi dE dirEtrizEs E basEs da Educação

• Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; V - coexistência de instituições públicas e pri-

vadas de ensino; VI - gratuidade do ensino público em estabele-

cimentos oficiais; VII - valorização do profissional da educação

escolar; VIII - gestão democrática do ensino público

na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;

IX - garantia de padrão de qualidade; X - valorização da experiência extraescolar; XI - vinculação entre a educação escolar, o tra-

balho e as práticas sociais.

• Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, res-peitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:

I - elaborar e executar sua proposta pedagógica; II - administrar seu pessoal e seus recursos ma-

teriais e financeiros; III - assegurar o cumprimento dos dias letivos

e horas-aula estabelecidas; IV - velar pelo cumprimento do plano de tra-

balho de cada docente; V - prover meios para a recuperação de alunos

com menor rendimento; VI - articular-se com as famílias e a comunida-

de, criando processos de integração da socieda-de com a escola;

VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, responsáveis legais, sobre a frequência e o rendimento dos alunos bem como sobre a execução da propos-ta pedagógica da escola;

VIII - notificar ao Conselho Tutelar do Mu-nicípio, ao juiz competente da Comarca e ao respectivo representante do Ministério Públi-co a relação dos alunos que apresentem quan-tidade de faltas acima de cinquenta por cento do percentual permitido em lei.

• Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino pú-blico na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;

II - participação da comunidade escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

17Capítulo 2

Estatuto da criança E do adolEscEntE

• Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimen-to de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, asse-gurando-se-lhes:

I - igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola;

II - direito de ser respeitado por seus educadores; III - direito de contestar critérios avaliativos, po-

dendo recorrer às instâncias escolares superiores; IV - direito de organização e participação em

entidades estudantis; V - acesso à escola pública e gratuita próxima

de sua residência.

Parágrafo único. É direito dos pais ou dos res-ponsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propos-tas educacionais.

“Participação é, antes de tudo, uma conquista, não poden-do ser entendida, portanto, como dádiva, concessão ou

imposição” (DEMO, 1988).

a gEstão dEmocrática do Ensino dEvE sE apoiar nos sEguintEs prEssupostos:

1. a educação nunca é politicamente neutra, podendo tanto funcionar como instrumento de legitimação, conservação e reprodução do status quo, quanto como instrumento de legi-timação de uma transformação social;

2. em uma sociedade tão cheia de desigualdades, como a brasileira, a educação tem que ser co-locada a serviço de um processo de transfor-mação social, isto é, deve estar comprometida com um projeto de democratização não só no sentido político, como no socioeconômico. Em síntese, tem que contribuir para a constru-ção de uma sociedade mais justa e igualitária;

3. a gestão democrática do ensino público deve buscar assegurar o acesso e permanência na es-cola das camadas populares e a universalização de, no mínimo, o ensino fundamental;

4. uma educação democrática tem que ser gerida deformatambémdemocrática.Gestãoeedu-cação democrática são partes de um mesmo todo, faces de uma mesma moeda; intercom-plementam-se e potencializam-se;

5. o conceito de gestão democrática não deve se restringir apenas às condições para a imple-mentação do que foi planejado, mas convém ampliá-lo de forma que contemple desde as funções de formulação de políticas, objetivos e estratégias, até as medidas para a sua concreti-zação, controle e avaliação;

6. a proposta de gestão democrática de um ser-viço público implica uma concepção não ma-niqueísta de Estado, isto é, nem como algo dissociado da sociedade, voltado única e ex-clusivamente para o bem coletivo e acima dos interesses das classes, tampouco como instru-mento a serviço exclusivo da classe dominan-te. Implica, portanto, uma visão de Estado como síntese das relações de forças existentes nas sociedades política e civil, e, por isso, palco de lutas e conflitos de interesse;

7. uma gestão democrática deve encarar o con-flito de interesse como algo não só natural, como indispensável às transformações sociais. Deve também criar espaços para que esses con-flitos se manifestem abertamente, para que ideias, propostas e tendências diferentes e até contraditórias se confrontem e, finalmente, para que a solução de problemas seja discutida e negociada;

8. uma gestão democrática não pode se concreti-zar sem participação. Esta, por sua vez, está liga-da à divisão de competências entre as três esfe-rasdeGovernoeàarticulaçãodeseusesforços,bem como a outros tipos de descentralização de poder e de tarefas (TAVARES, 2003, p.61-62).

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LDB Interprtada: Diversos Olhares Se

Entrecruzam – Iria Brzezinski (org.)

Gestão Democrática da Educação:

atuais tendências, novos desafios –

Naura S. carapeto ferreira (org.)

18 Capítulo 2

“Nossa prática de gestão, comprometida com a formação de homens e mulheres brasileiros fortes e capazes de dirigir seus destinos, os da nação e os do mundo tem que possuir a força do conhecimento – emancipação que possibilita o equilíbrio da afetividade nas relações, a competência em todas as atividades e a riqueza firme do caráter que norteia nossas ações.”

(Naura S. Carapeto Ferreira)

projEto político - pEdagógico

De acordo com Vasconcellos (2006, p. 169), o Projeto Político -Pedagógico é o plano global da instituição. Pode ser entendido como a sistematização nunca definitiva de um processo de Planejamento Participativo, que se aperfeiçoa e se concretiza na caminhada, que define claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar. Por ser um instrumento teórico-metodológico para a intervenção e a mudança da realidade, torna-se um elemento de organização e integração da atividade prática da instituição nesse processo de transformação.

Construído participativamente, é uma tentativa, no âmbito da educação, de resgatar o sentido humano, científico e libertador do planejamento. Tem valor de articulação da prática, de memória do significado da ação, de elemento de referência para a caminhada. O Projeto Político-Pedagógico envolve também uma construção coletiva de conhecimento. Contempla desde as dimensões mais específicas da escola (comu-nitárias e administrativas, além da pedagógica), até as mais gerais (políticas, culturais, econômicas, etc.).

Marco Referencial Diagnóstico Programação

Oquequeremosalcançar?Oquenosfaltaparaseroquedesejamos?

Oquefaremosconcretamenteparasuprirtalfalta?

É a busca de um posicionamento •Político:visãodoidealdeso-ciedade e de homem;•Pedagógico:definiçãosobreaaçãoeducativaesobreascaracterísticasquedevemterainstituiçãoqueplaneja.

É a busca das necessida-des, com base na análise da realidadee/oudojuízosobrearealidadedainstituição(comparaçãocomaquiloquedesejamosqueseja).

Éapropostadeação.Oqueénecessárioepossívelparadiminuiradistânciaentreoquevemsendoainstituiçãoeoquedeveria ser.

-- quadro: Partes Constituintes do Projeto Político Pedagógico – (VASCONCELLOS, 2006,p.170)

açõEs/atividadEs para a aquisição dE conhEcimEntos na ExpEriência do Estágio

1. Análise documental

• ProjetoPolíticoPedagógico/Planodede-senvolvimento da escola;

• Planodogestor/educadordeapoio(coor-denador pedagógico);

• PlanodeensinodeLínguaPortuguesa; • ProgramasdeLínguaPortuguesa; • Calendárioescolar,etc.

2. Observação do diário de classe

8. Participação em

• Estudosereuniõesdeplanejamento; • Conselhodeclasse;

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A escola dos bichos de Rosana Rizzuti

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19Capítulo 2

• Atividadescívico-cultural; • Atividadesadministrativas; • Reuniõesdepaisemestres,etc.

4. Biblioteca

• Trânsito; • Organização,infraestrutura; • Divulgação,acervo. 5. Secretaria

• Arquivo; • Documentação/escrituração; • Atendimento; • Protocolo.

6. Escolaridade

• Escrituração; • Comunicação;

Alunos; Familiares.

7. Gestão Escolar

• Apoiodeserviçosespecíficos; • Recepção.

rEfErências

ANTUNES, Celso. Trabalhando habilidades. Construindo idéias. São Paulo: Scipione, 2001 / Pensamento e ação no magistério.

BARREIRO, Iraíde Marques de Freitas. Prática de Ensino e Estágio Supervisionado na Formação de Professores. São Paulo: Avercamp, 2006.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretri-zes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96 de 21 de dezembro de1996.

__________.Constituição (1988). Constitui-ção da República Federativa do Brasil: Texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais n º 1/92 a 42/2003 e pelas Emendas Constitucionais de Revisão nº 1 a 6/94 . Brasília: Senado Federal, Subsecre-taria de Edições Técnicas, 2004.

__________. Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno. Resolução CNE/PC 1, de fe-vereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, graduação plena.

__________.Parâmetros Curriculares Nacio-nais: terceiro e quarto ciclos do Ensino Funda-mental – Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998.

__________.Parâmetros Curriculares Nacio-nais: primeiro e segundo ciclos do Ensino Fun-damental – Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1997.

__________.REFERÊNCIAS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES. Secretaria da Educação Fundamental. Brasília. A Secretaria, 1999.

__________. Estatuto da criança e do adoles-cente. - Edição: 5. ed. rev. atual. - Brasília: Câ-mara dos Deputados, Coordenação de Servi-ços Gráficos, 2006.

BRZEZINSKI, Iria (org.). LDB interpretada: diver-sos olhares se entrecruzam. 4ª. ed. São Paulo: Cortez, 2000.

CARVALHO, Maria Cecília M. de. Construindo o saber. 7ª. ed. São Paulo: Papirus, 1998.

CAUNDAU, V. M. (org.). Reiventar a escola. Pe-tropólis: Vozes, 2000.

CHIAPPINI, Lígia (Org.). Aprender e ensinar com textos. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

DEMO, Pedro. Educação na Nova Constitui-ção: qualidade e democratização. Em Aberto, Brasília, v.7, n.39, jul/set. 1988.

__________. Ironias da Educação: mudanças e contos sobre mudança. Rio de Janeiro: DP& A, 2000.

DIONÍSIO, Ângela Paiva et al. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucena, 2002.

FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. São Pau-lo: Paz e Terra, 1985.

20 Capítulo 2

GERALDI, J.W. Portos de Passagem. 3ª. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 18ª. ed. São Paulo: Cortez, 2008.

__________. Adeus professor, adeus professo-ra? novas exigências educacionais e profissão docente. São Paulo: Cortez, 2000.

LÜCK, Heloísa. A gestão participativa na esco-la. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006. Série: Cadernos de Gestão.

MACHADO, José Nilson. Educação: projetos e valores. São Paulo: Escrituras Editora, 2001.

MORAIS, Doralice Soares de. et al. Estágio Su-pervisionado I. Recife: UPE/NEED. MORETTO, Vasco Pedro. Prova: um momento privilegiado de estudo, não um acerto de con-tas. Rio de Janeiro. DP & A editora, 2001.

PERRENOUD, Philippe. Dez novas competên-cias para ensinar. Convite à viagem. Porto Ale-gre: Artes Médicas, 2000.

PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na forma-ção de professores: unidade, teoria e prática. 7ª. ed. São Paulo: Cortez, 2006.

__________. LIMA, Maria Socorro Lucena Lima. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2010.

TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

TAVARES, Maria das Graças Medeiros. Educa-ção brasileira e negociação política: o processo constituinte de 1987 e a gestão democrática. Maceió: EDUFAL, 2003.

VASCONCELOS, Celso dos Santos. Planeja-mento: Projeto de ensino- aprendizagem e pro-jeto político - pedagógico - elementos metodo-lógicos para a elaboração e realização, 15ª. ed. São Paulo: Libertad Editora,2006. - (cader-nos pedagógicos do Libertad; v.1)

21Capítulo 3 2121Capítulo 3

objEtivos EspEcíficos

• ElaborarprojetodeIntervenção.

• Aproximarosdiálogosentreteoriaepráticapelaconstruçãodeprojetosdeintervenção.

introdução

“Não somos pescadores domingueiros, esperando o peixe. Somos agricultores, esperando a co-lheita, porque a queremos muito, porque conhecemos as sementes, a terra, os ventos e a chuva, porque avaliamos as circunstâncias e porque trabalhamos seriamente.”

(DaniloGandin)

Este capítulo apresenta o formato do Estágio Curricular Supervisionado I, trata sobre a importância da aproximação entre a teoria e a prática pela construção de projetos de intervenção na realidade escolar.

De acordo com Pimenta e Lima, a realização de estágios sob a forma de projeto de intervenção mostra-se como um caminho teórico-metodológico que melhor possibilita a concretização dos fundamentos e dos objetivos do curso: proceder à mediação entre o processo formativo e realidade no campo social. O projeto, ao responder às demandas da escola, ao levar conhecimento produzido, e tam-bém se nutrir destas para a elaboração de propostas, estabelecendo um diálogo entre escola e universidade configura-se assim num projeto de intervenção. Isto é, num caminho teórico-metodológico de mão dupla, para a formação dos esta-giários e para a criação de possibilidades de melhorias para as escolas.

De acordo com Vasconcellos (2006, p.151), existem várias formas de se compre-ender e realizar o trabalho de projeto. Na sua forma mais radical, é construído pelos alunos, com a supervisão do professor. O plano de trabalho é feito pelos próprios alunos, com base no roteiro geral apresentado pelo professor. Confor-me Dewey (1979, p. 71 apud VASCONCELOS, 2006, p.151)

“O plano será resultado de um esforço de cooperação e não algo imposto”.

Estágio: aproximação E intErvEnção na

rEalidadEProfa. maria do socorro Cordeiro Feitosa

Carga Horária | 20 horas

22 Capítulo 3

Este é o núcleo da pedagogia de projeto: a elaboração e a realização por parte do aluno do seu projeto. O grande ganho aqui em termos de aprendizagem está justamente no fato de o projeto nascer da participação ativa dos alunos, o que implicará alto grau de mobilização, aumentando em muito a probabilidade de uma aprendizagem significativa:

“o prazer da pesquisa e da responsabilidade de escolha é necessário, se se quiser obter melhor resultado no ensino” (KILPA-

TRICK, 1947: 86 apud VASCONCELOS, 2006, p.151).

Além disso, há um ganho em termos da construção da autonomia (decorrente do processo de tomada de decisão) e da solidariedade (em função do trabalho ser grupal). Este também é um caminho propício para a prática interdisciplinar, uma vez que é o problema localizado na realidade (na sua complexidade) que passa a ser o guia do trabalho, e não uma estrutura de conhecimento disciplinar previamente definida.

É claro que esse tipo de trabalho traz consigo uma série de exigências, que inclui desde o grau de liberdade curricular (ex.: não ter marcação rígida de tempo), a disposição de material para a pesquisa até a formação do professor, ou mesmo o descondicionamento do aluno (quando de séries mais adiantadas), por estar acostumado a receber tudo pronto e se sentir desorientado diante na nova proposta. Traz também alguns riscos: gerar insegurança no professor (por não ter tudo predefinido e pelo risco de surgirem conteúdos que não domina), não se conseguir fazer a ligação entre a necessidade e o interesse do aluno e a experiência acumulada pela humanidade, privar o aluno de uma sistematização do conhecimento.

possívEis ElEmEntos do trabalho dE projEtos

A realização dos estágios sob a forma de projetos pode estimular nos estagiários o desenvolvimento de um olhar sensível e interpretativo às questões da realidade, uma postura investigativa, uma visão de conjunto do espaço escolar, uma percepção das dificuldades que a escola enfrenta, mas também das conquistas reve-ladas nas ações dos profissionais que ali se encontram; uma compreensão da cultura escolar e das relações que ali se estabelecem de conflitos, confrontos, cooperação e participação.

Dimensão Elementos

Análise da realidade • Análisedenecessidadeouinteresse• Definiçãodoproblemaoudatemática

Projeçãodefinalidades • Explicitaçãodosobjetivos

Formasdemediação • Conteúdo• Metodologia -Constituiçãodosgruposdetrabalho - Trabalho de campo -Planejamentodetrabalhopelogrupo -Pesquisaeteorização -Produçãoderegistros -Apresentação -Globalização• Avaliação• Recursos• Registro

– Quadro: dimensões e elementos do trabalho por projeto – (VASCONCELLOS, 2006,p.152)

23Capítulo 3

rEfErências

ANTUNES, Celso. Trabalhando habilidades. Construindo idéias. São Paulo: Scipione, 2001 / Pensamento e ação no magistério.

BARREIRO, Iraíde Marques de Freitas. Prática de Ensino e Estágio Supervisionado na Formação de Professores. São Paulo: Avercamp, 2006.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretri-zes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96 de 21 de dezembro de1996.

__________.Constituição (1988). Constitui-ção da República Federativa do Brasil: Texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais n º 1/92 a 42/2003 e pelas Emendas Constitucionais de Revisão nº 1 a 6/94 . Brasília: Senado Federal, Subsecre-taria de Edições Técnicas, 2004.

__________. Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno. Resolução CNE/PC 1, de fe-vereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, graduação plena.

__________.Parâmetros Curriculares Nacio-nais: terceiro e quarto ciclos do Ensino Funda-mental – Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998.

__________.Parâmetros Curriculares Nacio-nais: primeiro e segundo ciclos do Ensino Fun-damental – Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1997.

__________.REFERÊNCIAS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES. Secretaria da Educação Fundamental. Brasília. A Secretaria, 1999.

__________. Estatuto da criança e do adoles-cente. -- Edição: 5ª. ed. rev. atual. --. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Ser-viços Gráficos, 2006.

BRZEZINSKI, Iria (org.). LDB interpretada: diver-sos olhares se entrecruzam. 4ª. ed. São Paulo: Cortez, 2000.

CARVALHO, Maria Cecília M. de. Construindo o saber. 7ª. ed. São Paulo: Papirus, 1998.

CAUNDAU, V. M. (org.). Reiventar a escola. Pe-tropólis: Vozes, 2000.

CHIAPPINI, Lígia (Org.). Aprender e ensinar com textos. 4ª. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

DEMO, Pedro. Educação na Nova Constitui-ção: qualidade e democratização. Em Aberto, Brasília, v.7, n.39, jul/set. 1988.

__________. Ironias da Educação: mudanças e contos sobre mudança. Rio de Janeiro: DP& A, 2000.

DIONÍSIO, Ângela Paiva et al. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucena, 2002.

FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. São Pau-lo: Paz e Terra, 1985.

GERALDI, J. W. Portos de Passagem. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 18 ed. São Paulo: Cortez, 2008.

__________. Adeus professor, adeus professo-ra? novas exigências educacionais e profissão docente. São Paulo: Cortez, 2000.

LÜCK, Heloísa. A gestão participativa na esco-la. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006. Série: Cadernos de Gestão.

MACHADO, José Nilson. Educação: projetos e valores. São Paulo: Escrituras Editora, 2001.

MORAIS, Doralice Soares de. et al. Estágio Su-pervisionado I. Recife: UPE/NEED. MORETTO, Vasco Pedro. Prova: um momento privilegiado de estudo, não um acerto de con-tas. Rio de Janeiro. DP & A editora, 2001.

PERRENOUD, Philippe. Dez novas competên-cias para ensinar. Convite à viagem. Porto Ale-gre: Artes Médicas, 2000.

PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na forma-ção de professores: unidade, teoria e prática. 7

24 Capítulo 3

ed. São Paulo: Cortez, 2006.

__________. LIMA, Maria Socorro Lucena Lima. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2010.

TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

TAVARES, Maria das Graças Medeiros. Educa-ção brasileira e negociação política: o processo constituinte de 1987 e a gestão democrática. Maceió: EDUFAL, 2003.

VASCONCELOS, Celso dos Santos. Planeja-mento: Projeto de ensino- aprendizagem e pro-jeto político - pedagógico - elementos metodo-lógicos para a elaboração e realização, 15ª. ed. São Paulo: Libertad Editora, 2006. - (cader-nos pedagógicos do Libertad; v.1)

25Capítulo 4Capítulo 4

objEtivos EspEcíficos

• Elaborarrelatóriodeestágio

• Compreenderaimportânciaderelatarapráticadocente

introdução

Este capítulo trata sobre a importância de sistematizar, avaliar e redimensionar o estágio, consubstanciado pela elaboração do relatório final. Sua finalidade ultrapassa eventuais cobranças burocráticas e a necessidade de se comprovar a realização de um trabalho. O relatório se constitui num processo de elaboração que perpassa todo o estágio e construído a cada momento, uma vez que é um instrumento de registro, de reflexões, daquilo que se mostra como essencial para a compreensão e a execução do projeto de estágio.

Constitui-se como um instrumento de sistematização das atividades desenvolvidas, engloba análises e avaliações para verificar se os objetivos propostos foram atingi-dos. Analisa, também, eventuais desacertos e propicia sua revisão e reelaboração.

Apresenta-se como fonte de aprendizagem para ações futuras dos estagiários--professores.

Para o relatório, o estagiário deve elaborar sínteses decorrentes da experiência prático-teórica, percebendo-se como futuro profissional.

Em síntese:

O relatório deve ser redigido de forma clara, para que possa ser compreendi-do com maior facilidade, até mesmo pelos que não estiveram envolvidos no processo. O estagiário deverá ter como referenciais para suas análises o de-senvolvimento do estágio, a sua ação/intervenção, a contribuição do conhe-cimento das disciplinas específicas e os subsídios teóricos/práticos da discipli-na Prática de Ensino.

construindo o rElatório dE Estágio

Profa. maria do socorro Cordeiro FeitosaCarga Horária | 20 horas

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26 Capítulo 4

itEns EssEnciais para o rElatório dE Estágio

DeacordocomBarreiroeGebran,(2006,p.107)um relatório deve conter:

• Projeto do estágio, planos de aula de outrosprojetos desenvolvidos na escola.

• Introdução:situarejustificarapropostadoes-tágio, sua relevância, alterações e adequações no contexto da realidade escolar.

• Atividadesdesenvolvidas:deveráconterumre-lato crítico do que foi efetivamente realizado na escola e na sala de aula, com exposição dos obje-tivos e uma avaliação acerca de sua consecução.

• Conclusão: deve contemplar reflexões sobrea inserção do estagiário na escola, da impor-tância do estágio para a sua formação, a dos alunos e para os professores da escola. Devem--se destacar os pontos positivos e negativos do estágio e como foram encaminhadas as dificul-dades encontradas.

anExos

anExo 1

Relação do Material

Material de Estágio:

Proposta de Estágio ( em três vias – 1 para a escola, 1 para o tutor e outra para equipe de estagiários).

Carta de estágio do(a) aluno(a) – EAD – para manter contato com a escola:

• Fichadeacompanhamento• Fichadeavaliação• Fichadevisitaàescola• Fichadefrequência

Material que deve ser entregue ao tutor de estágio(encadernado em pasta classificadora)

• Propostadeestágio(antesdeiniciaroestágio);• Relatório;• Fichadeacompanhamento;• Fichadeavaliação(parecerqualitativo);

• Fichadefrequência;• Outros.

anExo 2

Roteiro de Proposta de estágio Curricular

Capa – nome da instituição, curso, nome do autor, título do trabalho, local e data.

Sumário – divisões e subdivisões do trabalho.

Justificativa – trata-se da relevância, do motivo por que tal estágio deve ser realizado, isto é, razões do estágio, considerada a sua importância, forma como acontecerá, escola, período e carga horária.

Objetivos – busca-se aqui responder ao que é pre-tendido com o estágio, que metas almejamos al-cançar ao término estágio e para que.Geralmente, formula-se objetivo geral de dimen-sões mais amplas, articulando-o a outros objetivos mais específicos.

Metodologia – é mais que uma descrição formal das atividades a serem desenvolvidas durante o es-tágio; indica as opções e as leituras a serem reali-zadas pelo estagiário para facilitar a observação, o registro e a análise do cotidiano escolar.

Recursos – material que o estagiário precisará para realizar o estágio junto à equipe gestora da escola.

Cronograma Avaliação – procurar responder aos questionamen-

DATA HORÁRIO cARGA HORÁRIA ATIVIDADES

tos: o que avaliar, como, quando e quem avaliar.

Bibliografia – referenciar os livros pesquisados, conforme as normas vigentes da ABNT.

_____________________________________Assinatura do aluno

_____________________________________AssinaturadoGestordaEscola

_____________________________________Assinatura do professor colaborador de estágio

supervisionado.

anExo 3

27Capítulo 4

Orientação sobre o relatório

Relatório

Relatar é basicamente “contar o que se observou/executou”. É tipicamente o primeiro texto após uma pesquisa de campo ou de laboratório. O rela-tório é, por natureza, descritivo, podendo também construir um trabalho de conclusão de curso após o estágio.

1. Introdução: descreve-se a importância ou a relevância (social, científica ou acadêmica) do trabalho, objetivos, as relações com o contexto social. Pode-se também, elaborar um histórico sucinto da área de atuação.

2. Desenvolvimento

2.1. Referencial teórico: é o texto resultante de levantamento bibliográfico, de qualquer extensão, que indica ao leitor o tratamento científico atual do tema/problema. Inclui de-finição de conceito, a menção de trabalhos já realizados do assunto, teoria que dá sustenta-ção ao trabalho realizado.

2.2. Metodologia: ffaz-se a descrição dos proce-dimentos desenvolvidos no estágio, além dos recursos humanos e materiais envolvidos.

2.3. Apresentação das atividades desenvol-vidas/resultados: relatam-se as atividades de-senvolvidas, expondo os resultados obtidos e ordenados pelos objetivos do trabalho. Caso queira ressaltar normalmente os aspectos quantitativos, é comum a utilização abundan-te de gráficos que ilustrem esses aspectos.

3. Conclusão (Avaliação/recomendação): devem constar de forma sintética os elementos desen-volvidos no decorrer do corpo do trabalho. Conclui-se, comparando esses dados ao obje-tivo que norteou o estágio, estabelecendo o quanto foi conseguido em relação ao objetivo proposto.

4. Bibliografia: conforme as normas da ABNT.

5. Apêndice e Anexos: documentos, como: pro-gramas, fotografias, gráficos e tudo o que se considera importante. (apêndice – documen-

to, elaborado pelo próprio autor/ anexo – do-cumento não elaborado pelo próprio autor).

anExo 4

1. Como Elaborar a diagnose da escola 1.1. Diagnóstico da situação e problemas da

Escola (diagnose) 1.2. Descrição da situação da Escola: Análise de aspectos quantitativos e qualita-

tivos que caracterizem a escola, tais como: o número de alunos, professores, relações com autoridades e comunidade; meios materiais, nível acadêmico dos docentes, atividades e participação dos pais dos alunos, espaço físico e social em que ela se encontra.

1.3. Identificação dos principais problemas

da escola: Deve entender-se por “problema” uma situ-

ação que demanda mudanças e, portanto, representa uma oportunidade, um desafio à reflexão e à ação coletiva. Deve-se conseguir uma análise conceitual dos problemas da esco-la, intercambiando interpretações sobre suas possíveis manifestações e consequências.

Exemplo: a) Baixo rendimento dos alunos; b)Existência de um clima organizacional ina-

dequado; c) Classes pouco motivadas e participativas. 1.4. Hierarquização e especificação dos pro-

blemas da escola: A escola deve selecionar o problema de maior

importância – o principal ou fundamental – tendo em conta que seu tratamento ou solu-ção permitirá melhorar o resultado do traba-lho pedagógico.

1.5. A análise das causas que dão origem ao

problema: Por “causas” se entenderá um conjunto de

fatores inter-relacionados que produz um pro-blema na aula, escola e comunidade. Muitas vezes os outros problemas identificados, além do problema principal, podem ser causas do mesmo problema.

1.6. Determinação dos recursos disponíveis

28 Capítulo 4

da escola: Ao levar a cabo o diagnóstico da situação da

escola, deve-se recordar que dos múltiplos pro-blemas detectados para efeito de propor um projeto, deve-se eleger aqueles que são passí-veis de resolver com os recursos disponíveis na escola mais os aportes da Secretaria e/ou comunidade. Nesse aspecto, ter-se-á em conta que o desenvolvimento do projeto deve estar dentro das possibilidades reais da escola, aqui-lo que assegura seu adequado desenvolvimen-to e finalização.

Exemplos de identificação de problemas:

a. Da análise efetuada pelos professores da es-cola, conclui-se que os principais problemas dos alunos se referem à leitura e à escrita, tais como:

- Deficiência na compreensão da leitura; - Escrita inadequada, os alunos invertem e con-

fundem signos com sentido semelhantes; - Escassez de vocabulário; - Erros ortográficos.

b. Depois de uma análise dos diversos problemas que tem uma escola, os professores concordam que o problema principal é que os alunos não aprendem processos de pensamento como aqueles que exercitam o raciocínio científico. Dentre as causas destes problemas, podem identificar-se:

- Metodologia empregada muito tradicional; - Uso excessivo de memorização de certos fatos

e fenômenos; - Carência de recursos didáticos que fomen-

tem a investigação e a experimentação.

anExo 5

29Capítulo 4

Carta de apresentação do(a) aluno(a) – EAD – para manter contato com a escola:

anExo 6

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUcO

NÚcLEO DE EDUcAÇÃO A DISTÂNcIA - NEAD

Ofíciocircularnº........../..............

Sr. (a) Diretor(a)

Encaminhamos o(s) aluno(s).............................................................................

.......................................................................................................................

matriculado(s) na Disciplina de Estágio curricular do curso de......................

....................................................................... para realizar estágio nesse Es-

tabelecimentodeEnsino,oportunizandoumaarticulaçãoteórico/práticados

conhecimentosprofissionais.Osalunosdeverãoapresentaràescolaumapro-

postaouprojetodeestágiocurricularsobreaorientaçãodessaunidadede

ensino.

Agradecemossuacolaboração.

Atenciosamente,

______________________________________________________________Tutor da Disciplina de Estágio curricular do NEAD

Ilmo. (a)Sr. (a)

Diretor(a) da Escola

30 Capítulo 4

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUcO

NÚcLEO DE EDUcAÇÃO A DISTÂNcIA - NEAD

FichadeVisitaàEscola

1.DadosdeIdentificação

Ano Letivo _________________________________ Semestre Letivo _________________EstágioSupervisionado______PeríododoEstágio____/____/____a____/____/____Escola campo de Estágio ____________________________________________________Município__________________________________________________________________Aluno ______________________________________________________________________Disciplina __________________________________________________________________Série___________Turma__________Turno______________Nºdealunos_________Professor colaborador ______________________________________________________Datadavisita____/____/_____Horáriodepermanência:_________às_________Professor Tutor _____________________________________________________________

2.SituaçãodaEscolaObservada_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3. Desempenho do Gestor

3.1.competências_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________3.2.Organização________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Ficha de visita à escola:

31Capítulo 4

3.3.Liderança________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3.4.TomadadeDecisão________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3.5.RelaçõesInterpessoais________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3.6. Relacione as principais dificuldades identificadas na escola________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4.OutrasConsiderações____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

__________________________, ______ de _________________________ 20____

___________________________________________Assinatura do Aluno

__________________________________________Assinatura do Professor Tutor

32 Capítulo 4

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUcO

NÚcLEO DE EDUcAÇÃO A DISTÂNcIA - NEAD

FichadeVisitaàSaladeAula

1.DadosdeIdentificação

Ano Letivo _________________________________ Semestre Letivo _________________EstágioSupervisionado______PeríododoEstágio____/____/____a____/____/____Escola campo de Estágio ____________________________________________________Município__________________________________________________________________Aluno ______________________________________________________________________Disciplina __________________________________________________________________Série___________Turma__________Turno______________Nºdealunos_________Professor colaborador ______________________________________________________Datadavisita____/____/_____Horáriodepermanência:_________às_________Professor Tutor _____________________________________________________________

2.SituaçãodaEscolaObservada_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3. Desempenho do Docente

3.1.Oprofessordemonstrousegurançanaorientaçãodoprocessodeensino/aprendizagem?_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3.2.Osrecursosdidáticosutilizadosnaapresentaçãodosconteúdospeloprofes-sorfavoreceramaaprendizagemdosalunos?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

anExo 7

Ficha de visita à sala de aula:

33Capítulo 4

3.3.Quaisosaspectosfacilitadoresdoensino/aprendizagem?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3.4.Oprofessoradotoualgumaatitudequevocênãoadotaria?Qualeporquê?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3.5.Relacioneasprincipaisqualidadesdo(a)professor(a).________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3.6. Relacione as principais dificuldades do(a) professor(a).________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4.OutrasConsiderações____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

__________________________, ______ de _________________________ 20____

___________________________________________Assinatura do Aluno

__________________________________________Assinatura do Professor Tutor

34 Capítulo 4

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUcO

NÚcLEO DE EDUcAÇÃO A DISTÂNcIA - NEAD

Aluno:______________________________________________Período:________________

curso:_____________________________________ Semestre: _______________________

Escola campo de Estágio:____________________________________________________

Professor:_____________________________________Disciplina: ___________________

AvaliaçãoQualitativadeEstágioCurricular

Emitaoseuparecerqualitativasobreodesempenhodo(a)estagiário(a)

• Pontualidade

• Iniciativa/criatividade

• Desenvolvimentodasatividadespropostas

• Organização

• Domíniodosconteúdos

• Interaçãocomacomunidadeescolar

• Outros

carimbo da escola

______________________________________ Professor colaborador

______________________________________

Professor da Escola

anExo 8

Ficha de avaliação:

35Capítulo 4

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUcO

campus Garanhuns

Polo ________________________

Aluno:_______________________________________________curso:________________

Período:________Tutordeestágiocurricular:__________________________________

Escola:______________________Professor colaborador:_______________ Turno:____

ficha de Acompanhamento do Aluno

Iníciodotrabalho___/____/____

Términodotrabalho___/___/___

______________________________________

Ass. do Diretor

_____________________________________

Ass. do Diretor

carimbo da escola

Data Horário

carga horária

Atividades Desenvolvidas

classeAss. do Prof. Regente ou

Superior

Ass. do tutor de estágio curricularEntrada saída

anExo 9

Ata de frequência:

rEfErências

ANTUNES, Celso. Trabalhando habilidades. Construindo idéias. São Paulo: Scipione, 2001 / Pensamento e ação no magistério.

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