DC 06/02/2012

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Ano 87 - Nº 23.556 Jornal do empreendedor R$ 1,40 Conclusão: 23h45 www.dcomercio.com.br São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de fevereiro de 2012 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 5 5 6 HOJE Pancadas de chuva à tarde e à noite. Máxima 34º C. Mínima 18º C. AMANHÃ Pancadas de chuva à tarde e à noite. Máxima 33º C. Mínima 19º C. Fantasias mais vendidas nas lojas de São Paulo, até agora: Super-Homem, Batman e Homem Aranha. Página 16 1º DESFILE NO CARNAVAL DA BAHIA 84 MORTOS UM PM PRESO U m cortejo de blindados Urutu e 3.100 soldados deram um show de força contra a violência que sucedeu a greve da PM, no 6º dia. Turistas saíram às ruas, mas podem fugir do Carnaval baiano se os desfiles continuarem militares. Pág. 9 LERO- LERO NA RUA O bloco Lero- Lero saiu em meio a soldados armados. Um só folião foi visto fantasiado (foto). Em jogo parelho, Verdão dobra o Santos. Fernanão (foto) comemora o gol que abriu os os 2 a 1 da partida, decidida no final. ESPORTES 307 mortos em uma semana É a onda de frio na Europa. À dir., Versoix (Suíça). Pág.8 Fabrice Coffrini/AFP E aqui, um calor infernal Garota no Ibirapuera. Calor vai seguir. Pág. 12 Rahel Patrasso/Frame/AE A SP ideal tem data: 2040. O secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem (foto), está planejando a "Cidade que Queremos". Pág.7 Paulo Pampolin/Hype Neymar (foto): um gol ontem, na derrota em Prudente. Mas comemorou 20 anos e 100 gols pelo Santos. O astro não venceu. Festa pela metade. Ricardo Saibun/Folhapress Lúcio Távora/A Tarde/AE Ernesto Rodrigues/AE Cesar Greco/Fotoarena

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06 Fev 2012

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Page 1: DC 06/02/2012

Ano 87 - Nº 23.556 Jornal do empreendedorR$ 1,40

Conclusão: 23h45 www.dcomercio.com.br São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de fevereiro de 2012

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23556HOJE

Pancadas de chuva à tarde e à noite.Máxima 34º C. Mínima 18º C.

AMANHÃPancadas de chuva à tarde e à noite.

Máxima 33º C. Mínima 19º C.

Fantasias mais vendidas nas lojas de São Paulo, até agora: Super-Homem, Batman e Homem Aranha. Página 16

1º DESFILE NO

CARNAVAL DA BAHIA84M O RTO S

UMPMPRESO

Um cortejode

blindados Urutue 3.100soldados deramum show deforça contra aviolência quesucedeu a greveda PM, no 6º dia.Turistas saíramàs ruas, maspodem fugir doCarnaval baianose os desfilesco nt i n u a re mmilitares. Pág. 9

SÓL E RO -L E RONA RUAO bloco Lero-Lero saiu emmeio a soldadosarmados. Um sófolião foi vistof a nt a s i a d o( fo to ) .

Em jogop a r e l h o,Ve r d ã odobra oS a n t o s.Fernanão (foto)comemora ogol que abriuos os 2 a 1da partida,decididano final.ESPOR TES

307mor tosem umasemanaÉ a onda defrio na Europa.À dir., Versoix(Suíça). Pág. 8

Fabrice Coffrini/AFP

E aqui,umcalorinfer nalGarota noI b i ra p u e ra .Calor vaiseguir. Pág. 12

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A SP ideal tem data: 2040.O secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Miguel

Bucalem (foto), está planejando a "Cidade que Queremos". Pág. 7

Paulo Pampolin/Hype

Neymar (foto):um gol ontem,na derrota emPrudente. Mascomemorou 20anos e 100 golspelo Santos.

O astro nãovenceu. Festapela metade.

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Ernesto Rodrigues/AE

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sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de fevereiro de 20122 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Fundado em 1º de julho de 1924

Pre s i d e nteRogério Amato

V i ce - Pre s i d e nte sAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroClaudio VazEdy Luiz KogutÉrico Sodré Quirino FerreiraFrancisco Mesquita NetoJoão de Almeida Sampaio FilhoJoão de FavariLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesNelson Felipe KheirallahNilton MolinaPaulo Roberto PisauroRenato AbuchamRoberto FaldiniRoberto Mateus Ordine

CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel SolimeoDiretor-Resp onsável João de Scantimburgo ([email protected]) Diretor de Redação Moisés Rabinovici ([email protected])

Edi tor - Ch e fe: José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]) Chefia de Reportagem: Teresinha Leite Matos([email protected]) Editor de Reportagem: José Maria dos Santos ([email protected]) Editores Seniores: Bob Jungmann([email protected]), Carlos de Oliveira ([email protected]), chicolelis ([email protected]), Estela Cangerana([email protected]), Luiz Octavio Lima ([email protected]), Luiz Antonio Maciel ([email protected]) e MarinoMaradei Jr. ([email protected]) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), FernandoPorto ([email protected]), Kleber Gutierrez ([email protected]), Ricardo Ribas ([email protected]) e Vilma Pavani([email protected]) Subeditores: Marcus Lopes e Rejane Aguiar Redatores: Adriana David, Darlene Delello, Eliana Haberli e Evelyn SchulkeRepór teres: Anderson Cavalcante ([email protected]), André de Almeida, Fátima Lourenço, Ivan Ventura, Karina Lignelli, Kelly Ferreira,Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mariana Missiaggia, Mário Tonocchi, Paula Cunha, Rafael Nardini, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli,Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Vera Gomes e Wladimir Miranda.

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opiniãoNão há razão para imaginar queda de demanda interna brusca e menos oferta do crédito à produção.

Delfim Netto

TEMOS ESPAÇOPARA CRESCER

DELFIM

NETTO

Hoje, dependemos muito maisde nós mesmos. E nosso

mercado interno tem espaçopara continuar crescendo3,5% ou 4,5% pelos próximos

quatro ou cinco anos.

Asinalização do BancoCentral de que conti-nuará perseguindo oobjetivo de reduzir a

taxa de juros básica a um dígito, nes-te ano, deixou perplexos algunsanalistas financeiros e muito malhumorados os comentaristas quehaviam apostado no aumento dainflação (cujos índices estão emqueda!) e na "obrigatória" retomadada elevação das taxas de juro.

O mais recente "argumento" uti-lizado nas análises foi a divulgaçãodo IBGE mostrando a queda dos ní-veis de desemprego em 2011 abaixode 6% da força de trabalho. Na visãodesses profetas da catástrofe, umasituação dessas, praticamente depleno emprego, despertará reivin-dicações trabalhistas por mais salá-rios, produzindo inflação.

Isso me fez lembrar uma cena denoticiário de uma TV americana hámuitos anos, que mostrava um ope-rador da Bolsa de Nova Iorque le-vando as mãos à cabeça, em visíveldesespero, ao tomar conhecimentodos números que mostravam umaelevação importante do índice deemprego nos Estados Unidos.

Para certos tipos de especulaçãofinanceira, dependendo da pontaem que está o agente, a proximida-de do pleno emprego pode se reve-lar, mesmo, um "desastre"...

Há, no momento, preocupaçãocom os efeitos na economia brasilei-ra de uma piora da crise europeia, aponto de desmontar o sistema doeuro. Minha visão é que diminuiu aperspectiva de uma crise imediatade grandes proporções no sistemabancário europeu desde a entradade Mário Draghi no comando doBanco Central Europeu. Ele fez obanco retomar o seu verdadeiro pa-pel, como emprestador de últimainstância, reduzindo o nervosismono mercado financeiro.

A probabilidade de acontecer al-go mais dramático e destruir a zonado euro enfraqueceu muito nas úl-timas semanas. Embora a crise es-teja longe de terminar, melhorou apercepção dos europeus quanto aocusto insuportável da dissoluçãodo sistema: ele seria muito maior,em termos humanos, de destruiçãoda economia e do equilíbrio socialque tantos países vêm mantendop re c a r i a m e n t e .

O que importa para o Brasil é quenós, hoje, dependemos muito maisde nós mesmos, de nosso mercadointerno e que esse mercado internooferece espaço para continuar cres-cendo 3,5% ou 4,5% nos próximosquatro ou cinco anos. Atrasar os in-vestimentos só vai prejudicar aspróprias empresas e, indiretamen-te, o crescimento do Brasil.

O governo está agindo. Temuma política fiscal sólida, uma po-lítica monetária muito interessan-te, que está reduzindo a taxa de ju-

ro real e continuará a reduzi-laainda mais. Vai prosseguir traba-lhando junto ao sistema bancáriobrasileiro para que não só mante-

nha as linhas de crédito às empre-sas, como as amplie.

Seguramente nós vamos veros bancos estatais amplia-rem também seus volumes

de crédito. Não há nenhuma razãopara imaginar que vai haver umaqueda de demanda interna brusca emenos oferta do crédito à produção,a não ser que haja uma queda aindamaior das exportações do setor in-dustrial. Esta seria, com certeza, ainfluência mais negativa dos pro-blemas externos no Brasil.

Estamos convivendo com maisessa crise, num momento em queexiste uma enorme possibilidadede investimentos no Brasil – queapenas esperam que o governo pro-cure a iniciativa privada para indu-zir as empresas a se engajarem.

ANTÔNIO DELFIM NE T TO É

P RO F E S S O R E M É R I TO DA F E A - U S P,EX-M I N I S T RO DA FA Z E N DA , DA

AG R I C U LT U R A E DO PL A N E JA M E N TO

PAULO

SAAB

EXPLICADO: ÉO AR DO CARIBE

Quem vai a Cubaenxerga outrarealidade. Nãoconsegue lembrarque o "paredão"matou milharesde cidadãospelo simplesfato de seremcontra a ditaduracomunista.

Precisei de trinta anos,mais ou menos – omesmo tempo em que

escrevo neste espaço doDC –, para entender algo queme atormentava. Nãoconseguia atinar porque umaparcela considerável denomes públicos brasileiros,na maior parte das vezesautores de frases coerentes,com conteúdo, perdiam-se demaneira até pueril ao falarsobre o regime político dailha de Cuba e derretiam-sede amores pelo cruelditador Fidel Castro.

Quando o então presidenteLula foi a Cuba – embora aquinão caiba a assertiva doparágrafo anterior sobre frasescoerentes e de conteúdo – li,ouvi, assisti, uma vez mais,estupefato, frases sem nexo,desprovidas de essência,elogiosas a uma das ditadurasmais sanguinárias do mundo.Nem vou mencionar a mortede um preso político, naépoca, em consequência deuma greve de fome.

Minha dúvida, entretanto,acabou-se na passagem desteano e foi o que me permitiuentender o porquê dapresidente Dilma (quetambém não prima por frasesmuito consistentes, mas queao menos vinha tendo certacoerência até agora) ter seperdido num festival retóricode palavras desencontradas,em busca de não criticara ditadura dos Castros,quando pressionada pelaopinião pública internacional para intervir em favorde outros presos políticos.

A presidente do Brasil,acompanhada, entre

outros, do assessor MarcoAurélio Garcia (o top-top-top),incansável defensor da causasocialista e pelo governadorda Bahia, Jacques Wagner,vestido com o uniformeda ilha, conseguiu motivarcríticas pelo incompreensíveldiscurso desviando asacusações que pairam sobreCuba para os Estados Unidose até para o Brasil, absolvendoos criminosos Castros, porquesegundo ela todo mundo temtelhado de vidro. Um vexame.

Restou-me o consolode agora entender porqueexiste um processo deempobrecimento intelectualnas declarações daquelesque, sendo autoridadesbrasileiras, intelectuais,artistas, visitam Cuba.

É o ar do Caribe!Como tive a oportunidade

de estar na passagem deano no Caribe, encantadopelo fascínio que aquelaságuas e o ar local provocam,entendi igualmente a razãoporque, sendo a maior ilhado Caribe, Cuba motivadeclarações desatinadas embrasileiros deslumbrados.

Quem vai a Cuba enxerga

outra realidade. Não conseguelembrar que o "paredão"matou milhares de cidadãospelo simples fato de seremcontra a ditadura comunista.

Não conseguem enxergar aqualidade de vida miserávelde um povo cujo modelo deveículo mais moderno é oCadillac rabo de peixe dadécada de 50, remanescentedo período pré- SierraMaestra, a partir da chegadade Castro e caterva ao poder.

Não conseguem enxergarnada que não seja o fascínioque o clima caribenhoproporciona aos estrangeirosdotados de viés ideológico.

Não se lembram dasfugas e tentativas defugas em massa da ilha.

Só se lembram de bajularFidel, gratuitamente, já

que é um malfeitor dahumanidade, assim como seuirmão Raúl, forjado no mesmoforno da falta deconhecimento do que sejaliberdade e verdadeirosdireitos humanos.

Esta é a razão pela qual,apiedado, não critico a nossapresidente por ter perdido aoportunidade que a fortalezados grandes estadistas lheofereceu de nela ingressar.Preferiu optar pela mesmice,pelo olhar desviado darealidade, peloaconselhamento com viúvassocialistas ultrapassadas,que ainda vagueiam pelastortuosas rampas doPalácio. Está perdoada:é o ar do Caribe.

De volta ao solotupiniquim, a razão retornouà sua mente. Ou é o que seespera, considerando que,às vezes, o ar do Planaltotambém embaça a realidade.

Eu quero respeitoRecebi, como colaboração

do leitor Sérgio Cotait,adesivos para usar no vidrodo carro, com a frasewww.euqueroresp eito.org.br,por um Brasil melhor.O leitor interessado em obterum desses, pode me escreverpelo email abaixo e eu oenviarei sem qualquer ônus .

PAU LO SAAB

É J O R N A L I S TA E E S C R I TO R

PSAAB@I N S T I T U TO C I D A D A N I A .O RG .B

O Brasil está na zona de conforto e tem hoje, praticamente, uma situação de pleno emprego.

Newton Santos/Hype

JUDICIÁRIO NA B E R L I N DA

É lamentável o ministroCezar Peluso afirmar quetudo está bem dentro doJudiciário e que " mais de4.000.000 procuraram porele, demonstrando confiarem nossa Justiça". Nãoposso compartilhar de talpensamento e acredito que amaioria dos que vivem dealguma forma dependentesdo Judiciário também não

acreditam. O que ocorre,ministro, é que o povobrasileiro é muito pacato evai empurrando seus direitose problemas com a barriga,pois acha que ao rebelar-se asituação ficará pior, com baseno princípio brasileiro, deque a corda arrebenta sempredo lado do mais fraco.

Manuel Alves Valente- São Paulo

IN S T I T U TO PA R A LULA

Kassab vai doar por99 anos uma área públicapara o instituto do Lula, ditoMemorial da Democracia(?). Um mimo entre amigos,com dinheiro do povo,sem direito a consultaou satisfação. A festa dapetralhada cresce como engajamento de novosassacadores do erário emseu usufruto, dos amigos e

dos interesses de ambos,novamente, sem qualquersatisfação ao ilustre pagadorde impostos –que é obrigadoa votar nesta categoria denovos criminosos da lei, dosdireitos e da vontade deseus empregadores: o povãotrouxa, que continua calado .

Ronaldo Parisi - São Paulo

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sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de fevereiro de 2012 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO PERCEBEU QUE "OCUPAR ESPAÇOS" NÃO É VENCER DEBATES LETRADOS.

Obviedades estratégicas

OLAVO DE

CARVALHO

Se vocês querem algumdia ter no Brasil um mo-vimento conservador vi-goroso, apto a conquistar

e exercer o poder, comecem por me-ditar os seguintes pontos:

1) Os grupos que dominam a po-lítica, a mídia e o mercado livreiroprovêm das universidades e espe-cialmente do movimento estudan-til. A elevação dos líderes estudan-tis às posições de poder leva apro-ximadamente trinta anos. Quemdomina as universidades hoje do-minará o país em trinta anos.

2) Dominar as universidades nãoé um processo espontâneo. É o re-sultado de um trabalho sistemáticode ocupação de espaços, de remo-ção dos adversários, de interprote-ção mafiosa e de conquista progres-siva dos altos postos, que não rendefrutos em menos de uma geração:mais trinta anos, que podem se re-duzir a dez porque a conquista dahegemonia universitária e a forma-ção da nova geração de estudantesnão são fases estanques, mas fundi-das e superpostas.

O tempo necessário para a for-mação de um movimento políticoviável é, pois, de quarenta anosaproximadamente. O acerto dessecálculo é ilustrado por exemplosinumeráveis. Data dos anos 60 oinício da conquista das universi-dades da Europa, dos EUA e daAmérica Latina pela "nova es-querda" inspirada na Escola deFrankfurt e naquilo que seus críti-cos viriam a rotular, sem muitaprecisão, de "marxismo cultural".

Decorridas quatro décadas, aideologia do "politicamente corre-to", do feminismo, do gayzismo,do abortismo, do racialismo e doódio anti-ocidental e anticristãodominava, e domina até hoje, apolítica, a mídia e o mercado edi-torial em toda essa área – um terçoda superfície terrestre.

3 ) O trabalho de conquista, pri-meiro das universidades, depois dopoder em geral, depende de duascondições: (a) só pode ser empreen-dido por organizações estáveis eduradouras, capazes de esforçoconcentrado e sistemático ao longode pelo menos duas gerações; (b)exige organizações que estejam fir-

O TRABALHO A DISTÂNCIA

O direito do trabalhoé um fenômeno

socioeconômico. Vê-lo demodo fragmentado é pensar,por exemplo, que pode haver

emprego sem empresa.

Movimentos estudantis: quem domina as universidades hoje, dominará o país dentro de trinta anos.

memente decididas a realizá-lo eque vejam nele a sua obrigação maisessencial e incontornável, ao pontode sacrificar a ele todos os seus de-mais interesses políticos, sociais,culturais, financeiros etc.

Em todo o planeta, há quasedois séculos, só se interessaramseriamente por esse objetivo as or-ganizações ligadas ao movimentorevolucionário mundial em todasas suas variantes internas (comu-nismo, nazifascismo, terceiro-mundismo, "nova esquerda" etc.).Nenhuma outra.

Não estranha que a mentalidaderevolucionária, em suas várias ver-sões, incluindo as mais inconscien-tes de si próprias, tenha se tornado achave dominante do pensamentopolítico – e até da moralidade públi-ca – em todo o mundo ocidental.

Hoje em dia, uma nova versãodo movimento revolucionário – oradicalismo islâmico – está fazen-

do um sério, bem organizado ebem financiado esforço para con-quistar as universidades da Euro-pa e dos Estados Unidos. Se esseesforço for bem sucedido, será im-possível evitar a islamização for-çada do Ocidente no prazo de umaou duas gerações.

4) Os grupos conservadores, li-berais (no sentido brasileiro), cris-tãos, judeus sionistas etc. têm-selimitado a opor à hegemonia revo-lucionária nas universidades o

combate intelectual, a "guerra cul-tural" ou "luta de ideias". Apos-tam nisso o melhor das suas for-ças. Mas é estratégia absoluta-mente impotente, pois o que estáem jogo não é realmente nenhuma"luta de ideias" e sim uma luta pelaconquista dos meios materiais esociais de difundir ideias – coisatotalmente diversa.

Você pode provar mil vezes quetem a ideia certa, mas, se o sujeitoque tem a ideia errada é o dono das

universidades, da mídia e do movi-mento editorial, o que vai continuarprevalecendo é a ideia errada. Bastaler revistas como New Criterion ou aSalisbury Review para notar que, emcomparação com a "esquerda", osconservadores têm hoje uma supe-rioridade intelectual monstruosa.Nem por isso eles mandam no quequer que seja.

Em política, a superioridade in-telectual tem apenas um valor ins-trumental muito relativo. Se vocênão sabe usá-la para quebrar a au-toridade do adversário, para to-mar o cargo dele e colocar lá al-guém da sua confiança, ela nãoserve para absolutamente nada.

O movimento revolucionário jáentendeu há tempos que "ocuparespaços" não é vencer debates le-trados. Concentrando-se na "lutade ideias", recusando-se nobre-mente a praticar a ocupação de es-paços, a infiltração nos postos de-

cisivos e o boicote aos adversários,os conservadores deixam a estes oexercício do poder e se contentamcom a satisfação subjetiva de sen-tir que são mais inteligentes e mo-ralmente melhores.

O senso de solidariedade ma-fiosa, então, escapa-lhes por com-pleto. Dificilmente um conserva-dor ou liberal chega a reitor, a mi-nistro ou mesmo a diretor de de-partamento, sem imediatamenterodear-se de auxiliares esquerdis-tas, só para provar a si próprio (epara grande satisfação do adver-sário) que seu respeito pelas pes-soas está "acima de divergênciasideológicas".

Essa boniteza moral é fonte detantos malefícios políticos quechega a ser criminosa.

5) A luta pela ocupação de espa-ços pode comportar uma parte dedebate político-ideológico, mas temde ser uma parte bem modesta. Oessencial não é vencer as "ideias" doadversário, mas o próprio adversá-rio, pouco importando que seja pormeios sem qualquer conteúdoideológico explícito.

Trata-se de ocupar o seu lugar, enão de provar que ele está do ladoerrado. Isso se obtém melhor peladesmoralização profissional, pelaprova de incompetência ou de cor-rupção, pela humilhação pública,do que por um respeitoso "debatede ideias" que só faz conferir digni-dade intelectual a quem, no maisdas vezes, não tem nenhuma.

OL AVO DE CA RVA L H O É E N S A Í S TA ,J O R N A L I S TA E P RO F E S S O R DE FI LO S O F I A

Em política, a superioridadeintelectual tem valor relativo.Se não sabe usá-la para tomar ocargo do adversário e colocar lá

alguém da sua confiança, elanão serve para nada.

Werther Santana/AE

EDUARDO

PASTORE*N

o final do ano passado foi editadaa Lei 12.551, que veio regulamentaro trabalho a distância, alterando

o artigo 6 da CLT. E como era o artigo6º da CLT antes da Lei 12.551? Ele dizia:"Não se distingue entre o trabalho realizadono estabelecimento do empregador,o executado no domicílio do empregado,desde que estejam caracterizados ospressupostos da relação de emprego".

E como ficou após a Lei 12.551?"Não se distingue entre o trabalhorealizado no estabelecimento doempregador, o executado no domicílio doempregado e o realizado a distância, desdeque estejam caracterizados os pressupostosda relação de emprego.§ único - os meiostelemáticos e informatizados de comando,controle e supervisão se equiparam,para fins de subordinação jurídica aos meiospessoais e diretos de comando, controle esupervisão de trabalho alheio.”

O que, ao final das contas muda,principalmente para as empresas, uma vezque para o trabalhador já ficou claro o queesta lei pretende? Basta ler seu texto comatenção. Ele deixa claro que o direitodo trabalho incide sobre os trabalhadorese as empresas. Ele não pode serconsiderado nem analisado somentesob seus aspectos sociais , mas tambémsob seus aspectos econômicos.

É por isso que se diz que o direito dotrabalho é fenômeno socioeconômico.Compreendê-lo de forma fragmentadaé pensar, por exemplo, que podeexistir emprego sem empresa. O direitodo trabalho não existe sem a empresa.

E qual o impacto desta lei paraas empresas?

Quando uma lei dispõe que oempregado que fica à disposição daempresa, por exemplo, em sua casa (adistância) – utilizando celular, notebooks(mas não explica de que forma), fora da suaregular jornada de trabalho – e que por isso

pode ter direito a que estas horastrabalhadas sejam remuneradascomo extras, a mensagem tem umgrande significado para as empresas, quecertamente vão rever sua políticade utilização de meios remotos decomunicação a distância.

Certamente, nem todas adotarãomedidas restritivas nesse sentido,

mas muitas e muitas outras alterarão suapolítica de concessão de aparelhos detelecomunicação (como já estão fazendo).E quando a mesma lei possibilita entenderque um prestador de serviços que utilizaos mesmos equipamentos acima referidos,da mesma forma, comprove na Justiçado Trabalho que na verdade estavasubordinado às ordens da empresa que ocontratou – sendo que o conceito desubordinação é vago, e ainda que estasubordinação seja virtual –essa situaçãotrará extrema insegurança para asempresas. A bem da verdade, uma leidesse tipo não é para trazer preocupação?

O legislador brasileiro, em geral, legislamal, particularmente no campo trabalhista.É certo que quem está trabalhando fora dajornada regular, em casa ou em qualqueroutro lugar, desde que empregado, deve

receber pelas horas trabalhadas. O pecadoé imaginar que uma lei, ignorando aespecificidade das modernas modalidadesde se trabalhar por meio virtual, tente,de forma homogênea, regular o que éirregulável e que poderia ser discutidoem um caminho muito mais positivo pormeio dos contratos e acordos coletivos.

A Lei 12.551 não é "inofensiva",como creem alguns. Nem restritiva

aos empregados. Não veio, peloque se nota, simplesmente fazer umpequeno ajuste na realidade dotrabalho virtual, realizado a distância.

Esta lei ainda obriga osdepartamentos de recursos humanosdas empresas a elaborar uma verdadeiraengenharia de concessão e uso deequipamentos de telecomunicação,como se fossem armas que pudessem serusadas contra as empresas, o quenão deveriam ser. Enfim, leis desse tipotrazem apenas insegurança jurídica.

JOSÉ ED UA R D O PA S TO R E É A DVO G A D O

E S P E C I A L I S TA EM DI R E I TO DO TR A BA L H O E

DI R E I TO AS S O C I AT I VO

* CO L A B O RO U RI VA VAZ, A DVO G A DA

W W W.PA S TO R E A DVO G A D O S .COM.BR

Paulo Pampolin/Hype

Page 4: DC 06/02/2012

sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de fevereiro de 20124 -.GERAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Meirelles no samba333 Caetano Veloso e Rita Lee, além de outrasfiguras que participaram da Tropicália, entreos anos 60 e 70 e que será enredo da Águiade Ouro, no carnaval de São Paulo, participa-rão do desfile. E também o cineasta FernandoMeirelles (Cidade de Deus, Ensaio sobre a

Cegueira) estreará no sambódromo na mesma escola. Ele fez umdocumentário sobre o movimento tropicalista no ano passado.Detalhe: Fernando e o filho desfilarão de maneira pouco convenci-onal, em duas gruas num carro alegórico. Gravarão o desfile queserá projetado ao vivo em uma tela montada no mesmo carro.

[email protected] 3 3

k

Colaboração:Paula Rodrigues / A.Favero

333 Em novo encontro com tucanosenviados por Geraldo Alckmin, nasemana passada, que foram insistirem sua candidatura a prefeito deSão Paulo, pela primeira vez o ex-

governador José Serra não disse não, embora em momento algumoptasse pelo sim. Serra, mesmo com grande rejeição, sabe que é oúnico nome do PSDB que pode vencer. Na conversa, teria deixadotransparecer que, se aceitasse a candidatura à sucessão de GilbertoKassab, não significaria – nem um pouco – que estaria desistindo deconcorrer à Presidência em 2014. No mesmo dia, Serra estava comSérgio Guerra, presidente nacional do PSDB, engasgado na goela:ele havia repetido a preferência de FHC pela candidatura AécioNeves. No dia seguinte, contudo, Guerra correu atrás do prejuí-zo: acha que o ideal seria o PSDB fazer prévias presidenciais.

Mais umcapítulo

333 Mais uma vez, a MercedesBenz promoveu sua Top Night,na Casa Fasano, em SãoPaulo, quando apresentouseus novos bólidos, ao lado de

grande exposição de fotos de figuras conhecidas ao lado dosautomóveis, tudo assinado por Luis Tripolli. Eram centenasde convidados num mix dos mais surpreendentes e entreoutras famosas, fotografadas ou não, que circularam por lá,viam-se, da esquerda para a direita, Luiza Brunet, FernandaPaes Leme, Maria Helena Viana (é aquela modelo queviveu 13 anos nos Estados Unidos e agora está no elencode Fina Estampa), Didi Wagner e de quebra, Lídia Sayeg,integrante do programa Mulheres Ricas.

Nóvosbólidos

Questãode medidas

333 A colombiana Sofia Verga-ra, a Gloria da premiada sérieModern Family (Fox), está naVanity Fair e acaba de ser eleitaa mulher mais desejada do

mundo pelo site Askmen. Em julho, ela chega aos 40 anos e jáfoi indicada como melhor atriz coadjuvante (série comédia) noGolden Globe e no Emmy. Na série da TV, mãe de família ecobiçada por outros homens, carrega um pouco dela mesma: opersonagem também é colombiana e segundo o TMZ, suasmedidas são impossíveis de não serem aplaudidas: 94-71-99.

Isso, vá relaxar mesmo, porque agüentar dois Castros no mesmodia não é fácil.

IN OUTh

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Saias acima dos joelhos. Saias abaixo dos joelhos.

MAIS: como Anastasia estáum tanto deslumbrado, osenador já prepara acandidatura de Andréa aogoverno mineiro em 2014.

MISTURA FINA

Balão de ensaio333 A Devassa está optandopor uma nova estratégia demarketing para escolher acelebridade que estará emseu camarote no carnaval eque, dependendo das conver-sas, poderá protagonizar umacampanha-relâmpago da cerveja:manda convite e enquantoespera respostas, espalha que“está quase”. À essas alturas, avinda de Hugh Heffner não estácerta e tampouco a de SharonStone, que foi devassa só nofilme Instinto Selvagem. Agora,depois do convite enviado aseus empresários, a cervejariaaguarda uma resposta deScarlet Johansson.

QUEM DIRIA333 Um roteiro turísticodestinado ao público GLBTno Rio e distribuído emmuitos hotéis, está anuncian-do um concurso num clubegay chamado Megaman, quepretende escolher o homemmais bem dotado. Todas asterças-feiras acontecemeliminatórias e mulher nãoentra. O vencedor ganhará R$25 mil e será anunciado aindano primeiro semestre. Hátambém um júri que julgadiversos quesitos, incluindo-se - quem diria – “simpatia”.

Aécio Neves gostaria demais espaço no governoAntonio Anastasia e quesua irmã Andréa tivessemais ação na administração.

Fotos: Luciana Prezia / Paula Lima

Yes, we pay333 Amanhã, no Teory, em NovaYork, acontece o primeiro jantarde celebridades para levantarfundos para a campanha dereeleição de Barack Obama. Apoderosa editora de VogueAmérica, Anna Wintour e a atrizScarlet Johansson são asorganizadoras da noite quese chama Runway To Win.Vinte e dois designers depeso colocarão modelosseus à venda para levantardinheiro e manter Obama naCasa Branca. Os ingressoscustam US$ 250 por pessoa,US$ 1.000 com direito a fotosno tapete vermelho e US$2.500 com fotos e uma sacolaespecial de edição limitada.

BALANCEADA333 A ministra Miriam Belchior,do Planejamento, que tevecrise de hipertensão e sesubmeteu a um check-up noSírio-Libanês, em São Paulo,foi recebida pelo médico dopoder, Roberto Kalil Filho, omesmo de Lula e Dilma. Elaperdeu dez quilos no últimoano, mas deve emagreceroutros dez e fazer exercícios.A recomendação é de umadieta balanceada, controlada,em vez de cortar totalmenteos carboidratos, como vinhafazendo – e que foi umarecomendação de Lula. Deonde se deduz que o poderengorda e dependendo docaso, faz subir a pressão.

Objeto de cobiça333 Quando Luiz Felipe Danucci,economista da FGV, nomeadoe demitido por Guido Mantega,assumiu a Casa da Moeda, em2008, a estatal tinha um lucrode R$ 28 milhões. Quatro anosdepois, exibia um resultado deR$ 517 milhões. De patinho feio,a Casa da Moeda foi promovidaa cisne. Para quem não sabe: foifundada em 1694 para cunharpatacas e hoje tem instalaçõesindustriais que ocupam quase45 mil quadrados de áreaconstruída, onde se fabricamcartões telefônicos, passaportesinteligentes, selos postais efiscais e cédulas e moedas parao Brasil e para outros países.

EXPOSIÇÃO333 O pagodeiro e vereadorNetinho de Paula voltará acomandar seu programadominical Dia de Princesa, apartirdopróximodia11,naRedeTV! Ele não foi contratadopela emissora: fez um acordosegundooqualpagapelohorário(há um mínimo e participaçãomaiornobolopublicitário).Seelefor candidato a prefeito peloPCdoB,devesairdoaremjunho.O que interessa até lá, paraele e para o partido, é a maiorexposição do pagodeiro, bemcolocadonaspesquisas,comotambém Celso Russomano,que aparece em primeirolugar. Russomano é do PRB,partido do bispo Edir Macedoe também procurando maiorexposição, tem aparecido emquase todos os programas,até de culinária, da Record.

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RAUL CASTRO // a Dilma Rousseff, quando ela disse que iria ao bairroHavana Vieja, depois de ter se encontrado com ele e Fidel.

Rafinha, só de graça333 Na semana passada, Rafinha Bastos, que ainda nãoacertou nada com o canal Fox ou qualquer outro, era vistona Avenida Paulista, em São Paulo, no meio da tarde,distribuindo gratuitamente seu DVD A Arte do Insulto. Umaação judicial proíbe o humorista de vender, dispor à vendaou circular o DVD até que uma menção à APAE – Associa-ção de Pais e Amigos de Excepcionais seja retirada. Eletambém está proibido, por decisão judicial, de fazer qual-quer menção a portadores de deficiência física em shows eoutras apresentações. Vídeos da internet que contenhamo mesmo conteúdo deverão ser retirados.

333 DONO de RedeTV!, AmilcareDallevo acompanhava suamulher, Daniela Albuquerque,grávida, da festa Top Night daMercedes Benz, em São Paulo,na semana passada. Amilcareexibia um físico de quem engor-dou mais de vinte quilos nosúltimos tempos. Para os amigoschegados que encontrou lá eque até assustaram, a própriaDaniela tratava de socorrê-lo:“Ele também está grávido”.

333 QUEM já ouviu a novamúsica de Rita Lee, Reza,lançada na internet e prestoutanta atenção na letra, garanteque é quase um novo round doepisódio da Policia Militar emAracaju. Diz: “Deus me protejada sua inveja/Deus me defendada sua macumba/Deus mesalve da sua praga/Deus meajude da sua raiva/Deus meimunize do seu veneno”.

333 O ACORDO entre GeraldoAlckmin e Paulo Maluf em SãoPaulo tem dois anos de duração(o PP já comanda a DCHU), ouseja, o deputado federal estaráao lado, nas eleições municipais,de quem os tucanos apoiarempara concorrer. Poderá ser umdos Quatro cavaleiros doApocalipse (apelido dadoaos pré-candidatos JoséAníbal, Bruno Covas, AndréaMatarazzo e Ricardo Trípoli)ou mesmo José Serra.

333 NA SEMANA passada, aministra-chefe da Casa Civil,Gleisi Hoffmann, levou amensagem do Executivo aoCongresso e por um erro doprotocolo, passou pelocafezinho do Senado, ondereencontrou amigos e funcioná-rios. Acabou tirando até fotogra-fia ao lado de alguns e dandoautógrafos a servidores. Depois,Gleisi confidenciava aosassessores mais chegados: “Atécheguei a pensar que estavatrabalhando em alguma novela”.

333 O ASSESSOR internacio-nal de Dilma Rousseff, MarcoAurélio Garcia, que estavacom ela quando a presidentebrasileira for visitar Fidel Castro,em sua casa, está confirmandoque ele continua usandoagasalhos da Adidas. E quesua barba cada vez maisbranca, está ficando rala.

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sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de fevereiro de 2012 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

A Casa da Moeda é uma área delicadíssimaque não pode ficar sob suspeita.

Deputado federal Arnaldo Jordy (PA), vice-líder do PPS.

O Judiciário é o poder que mais se fiscaliza.Cezar Peluso, presidente do Supremo Tribunal

Federal, ao criticar o poder de fiscalização do ConselhoNacional de Justiça.

É natural que haja mudanças na equipe degoverno, mas dentro de um padrão normal em

que a presidente procura sempre buscar o melhorem cada área.

Gilberto Carvalho, ministro da Secretaria-Geral daPresidência da República.

O PSD vai examinar as melhores alternativase, entre as melhores, verá qual é a melhor para

a cidade.Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo e presidente

nacional do PSD, ao explicar possíveis alianças com oPSDB ou com o PT.

Devemos combater esses criminosos que seaproveitam da vulnerabilidade das famílias

haitianas, expondo-as a situações desumanas.Dilma Rousseff, em visita ao Haiti.

ESTR ATÉGIAPT se alia a PSDpara conquistarvotos inclusive embairros de elite.

O B J E T I VOPSD tem interessena aliança com PTpara indicaro vice de Haddad.

política

Estoufirme

como aspirâmidesdo Egito.Ex-ministro dasCidades, Mário

N e g ro m o n t e ,antes de deixar

a pasta.

Saio parao conforto

de Dilmae pelo meu.

Ex-ministro dasCidades, Mário

N e g ro m o n t e ,depois de deixar

a pasta.

São o fim da picada esses boatos de compensação.Senadora Marta Suplicy (PT-SP), irritada com a versão

de que sua permanência na vice-presidência do Senado foiuma compensação pela perda da prefeitura em São Paulo.

O ministro GuidoMantega deveria vir a

público e explicar aconduta de seuafilhado, porqueele é o pai dacriatura, ele criouessa criatura.

Roberto Jefferson, presidente do PTB, cobrando explicaçõesdo ministro da Fazenda sobre as denúncias que levaram Luiz

Felipe Denucci a deixar a presidência da Casa da Moeda.

O que mais sefala nos últimos tempos

é a palavra crise. Aspessoas a usamindiscriminadamente, semconceituá-la.

Michel Temer, vice-presidenteda República, sobre a troca de

ministros no governo.

O Conselho Nacionalde Justiça não pode

ser um mero guichê, umpoupatempo dostribunais.

Miguel Reale Júnior,ex-ministro da Justiça.

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'Brasiguaios' na berlindaMinistro do Interior paraguaio defende 'carperos', sem-terra que invadiram propriedades de brasileiros.

Oministro do Inte-rior do Paraguai,Carlos Filizzola,defendeu sábado

os 'carperos', sem-terra para-guaios que invadiram terrasdos brasileiros naquele país, edisse que o despejo dos invaso-res será feito "sem violência".

Em Assunción, espera-separa hoje um pronunciamentooficial do presidente para-guaio, Fernando Lugo, sobre oconflito. Ele se reuniu sábadocom ministros e assessores pa-ra discutir a crise.

Segundo a versão digital dojornal paraguaio ABC, o minis-tro Filizolla disse que os carpe-ros "não são animais, são pes-soas", e defendeu a negociaçãopara o cumprimento das açõesde reintegração de posse dasfazendas ocupadas.

Mais de sete mil carperos,

muitos armados, se concen-tram na região de fronteira pa-ra pressionar os 'brasiguaios'.Os 'carperos' mantêm sob cer-co outras fazendas em SantaRosa del Monday, na mesmaregião. Os sem-terra para-guaios também mantêm inva-didas três propriedades debrasileiros em Ñacunday, noAlto Paraná, a cerca de 70 kmda fronteira com o Brasil.

De acordo com Filizzola, apolícia não pode entrar na áreasem cumprir o protocolo queestabelece a negociação emprimeiro lugar: "Tem de falarcom as pessoas, analisar o ter-reno, determinar quantos es-tão ali. Como se vai entrar senão se estudou bem o lugar?".

A defesa, pelo ministro, deprocedimentos que atrasam adesocupação pode acirrar oconflito, avalia Paulo Muller,

do Sindicato Rural de Foz doIguaçu. Para ele, a demora nocumprimento da ordem judi-cial sinaliza aos 'brasiguaios'que o governo do Paraguai es-tá do lado dos 'carperos'. "Háum clima de insatisfação com aforma como o governo estáconduzindo a questão".

"Vamos permanecer noacampamento durante essa se-mana para que o governo solu-cione o problema do assenta-mento", afirmou um dos líde-res do movimento dos para-guaios, Federico Ayala.

"Esperamos que o governonos dê uma resposta favorávelpara que tenhamos uma per-missão escrita para ocupaçãodestas terras, onde nos encon-tramos. Nosso pedido que ogoverno exija a devolução aoEstado de 167 mil hectares ocu-pados ilegalmente pelos brasi-

leiros", disse Ayala, referindo-se aos produtores brasileiros eseus descendentes instaladosna região.

Os sem-terra defendem a re-visão dos títulos das proprie-dades rurais adquiridas nosúltimos 40 anos. O processoenvolveria cerca de 10 mil pro-dutores rurais brasileiros do-nos de terras na região. Para ossem-terra, as fazendas foramadquiridas ilegalmente.

L eg al id ad e – Ao informarque o presidente Lugo fará umpronunciamento sobre o casodas terras hoje, o ministro-che-fe do Gabinete Civil, MiguelLópez Perito, antecipou que asolução será dentro da lei.

"A promessa só tranquiliza-rá na medida em que for efeti-va", disse Sergio Luis Senn, ge-rente-geral de uma cooperati-va agrícola. (AE)

PT: tudo pelos votos do PSD.

Líderes do PT veem emuma aliança com o prefei-

to Gilberto Kassab (PSD) aoportunidade para romper o"teto" de votos do partido nacapital, estimado pelos petis-tas em 30%, e quebrar a histó-rica resistência à legenda emuma área que ocupa metadedo mapa da cidade, onde vi-vem 44% dos eleitores.

A aliança com o PSD faz crerque, dessa vez, será possívelganhar votos em áreas de per-

fil heterogêneo e levar o PT asuperar o teto de 30% dos vo-tos nos últimos 10 anos. Osbairros vão desde os elegantesJardim Paulista, Indianópolisou Pinheiros – zonas eleitoraisde maior renda per capita,mais de R$ 4 mil mensais – atéos que englobam classe médiae média-baixa – Jaçanã e CasaVerde. Foi aí que Kassab co-lheu seus melhores resultadosna última eleição, derrotandoMarta Suplicy. (AE)

Manobras de Kassab

Após doar um terreno nocentro de São Paulo para

o ex-presidente Lula, o prefei-to Gilberto Kassab (PSD) fezoutro aceno em favor de alian-ças na eleição municipal desteano: indicará o presidente doPR paulistano, o vereador An-tonio Carlos Rodrigues, parauma cadeira no Tribunal deContas do Município (TCM).

A nomeação de Rodrigues ébem vista por petistas quequerem que o PSD indique o

vice de Fernando Haddad(PT) na eleição à prefeitura.

Kassab disse que indicaráRodrigues para conselheirodo tribunal, cargo com saláriode cerca de R$ 24 mil, por seu"perfil técnico". Ele assumirána vaga de Antonio CarlosCaruso, que se aposentou. Li-gado a Kassab, Eurípedes Sa-les é outro que pode antecipara aposentadoria para ceder acadeira a outro vereador doPSD, Domingos Dissei (AE).

Herzog: a foto queenterrou a versão suicídio.

Ivo Herzog– filho do jorna-lista Vladimir Herzog,morto numa cela do DOI-

Codi, em São Paulo, no ano de1975 – afirmou ontem que a re-portagem da Folha de S.Paulocolaborou para enterrar aindamais a versão de que seu pai te-ria se suicidado.

AFolha localizou em Los An-geles Silvaldo Leung Vieira, ofotógrafo da Polícia Civil deSão Paulo que registrou a fa-mosa imagem do corpo deHerzog pendurado pelo pes-coço às grades da cela, mascom os pés no chão. A foto,produzida por ordem do Dops(Departamento de Ordem So-cial e Política), foi divulgadacom intuito de fazer crer que ojornalista havia se suicidado.

"Era uma foto que ninguémnunca tinha parado para pen-sar e investigar. Algumas pes-soas ainda sustentavam a ver-são do suicídio. Essa versãonão tem pé nem cabeça, masacho que a matéria ajuda a en-terrar ainda mais", disse Ivo.

Vladimir Herzog compare-ceu espontaneamente ao DOI-Codi em 1975, após ter sidoprocurado por agentes da re-pressão em sua casa e na TVCultura, onde trabalhava co-mo diretor de jornalismo. Se-gundo relatos de testemunhas,Vlado, como era conhecido pe-los amigos, foi torturado e es-pancado até a morte.

Para Ivo, a história merce serinvestigada na Comissão daVerdade, órgão governamen-tal que fará a narrativa das vio-lações aos direitos humanosentre 1946 e 1988.

Para o presidente da OAB(Ordem dos Advogados doBrasil) do Rio de Janeiro, Wa-dih Damous, "esse é um dosmuitos episódios da época daditadura a ser esclarecido, oque será papel da Comissão daVerdade já aprovada em lei.Está mais do que na hora de apresidente nomear os seus in-tegrantes". Damous é um dosnomes cotados para integrar acomissão. ( F o l h a p re s s ) Herzog pendurado pelo pescoço às grades da cela: pés no chão.

Silvaldo Leung Vieira

Marlene Bergamo/Folhapress - 31/01/2012

Sem-terra paraguaios, os 'carperos', concentrados na região de Ñacunday, onde 3 fazendas de brasileiros foram ocupadas na última 4ª-feira.

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sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de fevereiro de 20126 DIÁRIO DO COMÉRCIO

O sistema de ônibus da cidade é mais conveniente para a empresa do que para o usuár io.Andrea Matarazzopolítica

ANDREAM ATA R A Z Z O

O pré-candidato do PSDB já foi subprefeitoda Sé, secretário Municipal de Serviços e secretário

de Coordenação das Subprefeituras.

Administrador deempresa e em-presár io , An-drea Matarazzo,secretário esta-dual da Cultura,

é um dos quatro pré-candida-tos do PSDB à disputa pela pre-feitura da capital paulista. De-pois de acumular experiênciana iniciativa privada, atuou co-mo assessor especial do Minis-tério da Educação e Cultura e,em seguida, assumiu a secreta-ria de Política Industrial do Mi-nistério da Indústria, Comércioe do Turismo, entre 1991 e 1993.De volta a São Paulo, coman-dou a Secretaria Estadual deEnergia e presidiu a Compa-nhia Energética de São Paulo(Cesp), entre 1994 e 1998.

Em Brasília, entre 1999 e2002, Matarazzo comandou aSecretaria de Comunicação daPresidência da República e, de-pois, foi embaixador do Brasilem Roma. No retorno ao Brasil,em 2005, na capital, tornou-sesubprefeito da Sé, depois secre-tário Municipal de Serviços e,em seguida, secretário de Coor-denação das Subprefeituras,até 2009. Diz que várias vezesrecebeu e não aceitou convitespara se candidatar a deputadofederal. Mas a passagem pelaadministração municipal, apartir de 2005, o levou a decidirparticipar da eleição para a pre-feitura da cidade.

Diário do Comércio – O senhortem muita experiência naadministração pública, masnunca disputou eleição. Por quedecidiu concorrer ao cargo deprefeito da capital?

Andrea Matarazzo – De to-dos os cargos que ocupei, osque mais me fascinaram foramos que exerci na prefeitura deSão Paulo. Lidava diretamentecom assuntos e problemas queinterferiam no dia a dia dos ha-bitantes da cidade. Ouvia mui-to os paulistanos, porque elessabem quais são as prioridadesdo lugar onde moram e vivem.Muitas vezes as soluções dosproblemas de áreas da cidadesurgiam por sugestões dos pró-prios moradores do lugar. Con-vidaram-me várias vezes paradisputar a Câmara Federal.Não me interessei. A experiên-cia na administração munici-pal me fascinou e me estimuloua disputar a eleição para a pre-feitura da nossa cidade.

DC – Para ser candidato, o senhorterá de vencer a prévia dopartido. O PSDB fará a prévia?Como o senhor faz campanhapara vencê-la?

Matarazzo – A prévia é umfato real e deverá ocorrer em

março.É uma experiência ino-vadora no partido e avalizadapelo governador [Geraldo] Al-ckmin e pelo ex-governador [Jo-sé] Serra. Nesta fase, faço cam-panha entre os filiados do parti-do e em encontros nos 58 diretó-rios do PSDB. A passagem pelaprefeitura me permitiu conhe-cer muito os problemas de todosos locais da cidade. Os diretó-rios do PSDB conhecem meutrabalho. Nos encontros, ponhoem debate minhas propostaspara a cidade. Isto é reconhecidono partido e deverá me favore-cer na disputa para escolha docandidato a prefeito.

DC – Quais as vantagens e osdiferenciais do PSDB para vencera eleição à prefeitura da cidade?

Matarazzo – Em primeiro lu-gar, o PSDB é um partido muitobem estruturado. As préviastêm estimulado os filiados e mi-litantes do partido. Há um climade revitalização no partido, ani-mando a militância, tornando-amais aguerrida. Além disso, va-mos disputar a eleição bem uni-dos. Outro aspecto é que o go-vernador Alckmin e o PSDB es-tão muito bem avaliados pelospaulistanos e pelos paulistas.Teremos muita chance de ven-cer a eleição. Caso eu seja o can-didato, minhas propostas vãopermitir que os eleitores olhempara a frente, tenham visão defuturo da cidade. E também po-derão avaliar o que será feito deimediato para resolver os pro-blemas presentes, que vêm dopassado em todos os setores.

DC – É importante formarcoligação para a disputa? Comquais partidos ?

M at ar az zo – É importante,fundamental, formar coligaçãocom outros partidos na disputapela prefeitura. As coligaçõesestão sendo tratadas pelo go-vernador Alckmin e pelo parti-do. Vamos formar uma boaaliança para a disputa. Será boaporque haverá identidadeideológica em torno da gestãoda cidade. Tudo indica que tere-mos o PP como aliado. As con-versas também ocorrem com oDEM, que é nosso aliado histó-rico, com o PTB e com o PSD.

DC – Qual será o principaladversário do PSDB?

Matarazzo – No momento,há sinais de que será o PT. Se for,vamos vencê-lo mais uma vez.Vamos impedir a vinda da tec-nologia do Enem para a capital.

DC – Se for candidato, quaisserão as principais propostas dosenhor para a cidade?

Matarazzo – Apresentare-mos propostas para melhorar

compatibilizar regularizaçãofundiária com desenvolvimen-to, manancial com desenvolvi-mento. Porque as pessoas con-tinuarão morando nos locais,mas é preciso regularizar parapoder levar saneamento básico,iluminação pública e asfaltoecológico. Devemos fazer urba-nização de favelas. Sem regula-rização não há emprego, por-que ninguém consegue estabe-

M at ar az zo – A política demeio ambiente é ampla e tem devaler para toda a cidade. Porexemplo, em relação à preserva-ção, temos um grande progra-ma. Temos de preservar o am-biente, onde é possível essa pre-servação, mas sem sacrificar apopulação. Uma parte da regiãoleste ainda é muito verde, pre-servada. O local precisa de pla-nejamento para se desenvolver.Caso contrário, vai acabar comooutros locais: invadido, ocupa-do ou destruído. Na zona sul, te-mos uma grande área verde emParelheiros. Ali também há ne-cessidade de planejamento, pa-ra aumentar a atividade econô-mica e a geração de emprego.Há no local mais de 170 cachoei-ras e a cratera de colônia, com3,6 km de diâmetro, tombadapelo Condephaat. Com isso épossível organizar atividadesde turismo ecológico e esporteradical. Ainda há em Parelhei-ros em torno de 300 pequenosproprietários rurais. A ideia écriar nessas propriedades umgrande canteiro de mudas deplantas e de árvores, para quesejam fornecidas para a própriacidade. Na zona leste vamos tero estádio do Corinthians, o Ita-querão, onde também ocorre-rão grandes eventos. Temos deregularizar as áreas da regiãopara favorecer atividades eco-nômicas no local, criando em-pregos para os moradores daárea. Enfim, nossas propostastêm por objetivo solucionar os

problemas da cidade, estimu-lando em cada região o desen-volvimento, criando empregospara os moradores.

DC – O transporte precisa mudar?Matarazzo – O governo do

Estado tem investido muitoem metrô e trens. Agora temosde melhorar o sistema de ôni-bus na cidade. Não é razoáveldemorar 2h15min da CidadeTiradentes, na zona leste, até oParque D. Pedro, no centro. Ousuário atravessa esse trajetoem ônibus lotado, chacoalhan-do e que para 72 vezes em pon-tos. Vamos propor a criação demais corredores de ônibus,operados como se fossem me-trô. As empresas serão pressio-nadas para que melhorem ascondições dos ônibus. O siste-ma de ônibus da cidade é maisconveniente para a empresado que para o usuário. Vamosmudar essa equação, reequili-brá-la em favor do cidadão.

DC – Quais são as propostas paraa saúde e a educação?

Matarazzo – Temos de reco-nhecer que houve avanços nasaúde e na educação neste go-verno. Temos de superar ca-rências na saúde. Por exemplo,na zona sul, no Grajaú, o pro-grama de saúde cobre só 40%das famílias. Tem de ser au-mentado. Na educação, vamosimpulsionar o que já foi feitode bom. Todos os colégios fo-ram reformados, houve mu-

dança no currículo das escolas.Vamos atacar o problema dafalta de creches. Uma das saí-das é garantir o licenciamentopara que imóveis possam sertransformados em creches de-pois de reformados. Na saúde,vamos ver a real situação dosmédicos e dos funcionários.No geral, a saúde precisa deum novo sistema gerencial, to-talmente informatizado. Des-sa forma, as unidades de saúde– as UBSs, AMAs e hospitais –poderão conversar entre si. Osetor terá muito mais eficiên-cia em favor do cidadão.

DC – O que deve ser feito paraevitar novas cracolândias?

Mata razzo – A questão dadroga não diz respeito só aocentro da cidade. Os traficantesvieram para o centro e transfor-maram a venda de droga emum shopping center a céu aber-to. Os dependentes químicosvieram para o centro porquehavia o tráfico fácil na área. Oproblema é que há pequenascracolândias espalhadas nocentro, em bairros e na perife-ria. Do traficante, quem cuida éa polícia. Vamos coibir a vendade droga de forma dura. Nasescolas, os trabalhos serão deprevenção e conscientizaçãocontra as drogas. Já os usuáriosterão de ter tratamento adequa-do, específico. Temos de darapoio médico aos dependentesquímicos e às pessoas comtranstorno mental que circu-lam pela cidade. No geral, te-mos de encontrar soluções paramelhorar o comércio e os servi-ços, já que deles é que vem agrande receita da cidade. Entãotemos de trabalhar para queSão Paulo seja mais amigávelcom sua população.

Matarazzo diz que ouvia muito os paulistanos, porque eles sabem quais são as prioridades onde vivem.

Devemosurbanizar asfavelas. Semisso não seconseguemontar

comércio e nãohá emprego.

lecer uma padaria, um bar, res-taurante , lo ja , já que nãoconsegue a licença. E mais gra-ve: o local fica sem creche e semunidades de saúde porque nãohá terreno regularizado. A re-gularização fundiária é funda-mental para que regiões da ci-dade tenham saneamento bási-co e atividade econômica.

DC – Como a questão ambientaldeve ser tratada nessas áreas?

todos os setores de atividade dacidade, em todas as regiões. Seresolvemos um problema, abri-mos espaço para a expansão dodesenvolvimento de forma am-pla. Por exemplo, existem áreasurbanas das zonas sul, norte eleste que precisam ser regulari-zadas com rapidez. É preciso

Fotos: Chico Ferraz/Luz

Temos depreservar o

ambiente, ondeé possível essapreservação,

mas semsacrificar apopulação.

Aposta naexperiência para

resolver problemasda cidade

Guilherme Calderazzo

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sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de fevereiro de 2012 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

Temos que ter uma cidade compacta, equivalente e policêntrica.Miguel Bucalem, secretário municipal de Desenvolvimento Urbano.política

SP 2040

Um plano para acidade ocupartodos os seus

espaçosDesta vez, em cima de muito trabalho, com a consciência de que o

caminho não será fácil e não se limitará a esta ou aquela gestão. Trata-sede transformar São Paulo, antes da metade do século, num lugar próximo

do ideal em moradia, desenvolvimento, trabalho, lazer e cultura.

Ayrton Vignola/AE – 20/9/2010

Pelo projeto, o Tietê volta a serincorporado à paisagem como um rio.

Paulo Pampolin/Hype

O secretário municipal doDesenvolvimento

Urbano, Miguel Bucalem,insere São Paulo na

tendência dominantenas maiores metrópoles

do mundo: antever epreparar o futuro.

contou o secretário."Temos ainda outra estraté-

gia. Ao sul do Rodoanel, hoje,temos uma área de 400 quilô-metros quadrados dentro deuma área total da cidade de1.500 quilômetros quadrados.Isso ainda é muito preservado,pois só tem 70 mil habitantes. Éa oportunidade da cidade paracriar seu pulmão verde", com-pletou Bucalem.

Negócios – O Polo de Desen-volvimento tem uma ideia es-pecífica de dinamizar os cen-tros de negócios da cidade,mas criando outros polos dedesenvolvimento regional. Aintenção é levar o emprego pa-ra onde tem muita moradia.

Outro projeto é o CidadeAberta ou Equivalente. Com

Uma cena para ficar no passado

L. C. Leite/Luz –15/6/2010

O que opaulistano queriahoje, mas só pode

ter no futuro.

Em 2040, o paulistanoquer gastar até 30 minu-tos nas viagens entre

sua casa e seu trabalho. Eletambém sonha com os rios sempoluição, com a urbanizaçãototal das favelas e o acesso ple-no a cultura e lazer em qual-quer ponto da cidade.

Esses são os principais dese-jos apontados na consulta pú-blica feita pela prefeitura deSão Paulo para o projeto SãoPaulo 2040 – A Cidade queQueremos. O levantamentoouviu 25.389 moradores de to-das as regiões da cidade.

Na pesquisa, 25% informa-ram que querem uma cidademais fluida, 20% mais susten-tável e 15% mais justa. Outros20,1% aprovam a proposta daCidade de 30 Minutos e 19,9%querem Rios Vivos. (Veja os re-sultados da pesquisa no quadro Acidade que queremos.)

A população apoia total-mente a iniciativa de a admi-nistração pensar agora no pla-nejamento estratégico paraSão Paulo para as próximas dé-cadas. Porém, enquanto 93%das pessoas consultadas ob-servaram que a SP 2040 é umainiciativa boa ou excelente,apenas 4% acreditam que serácompletamente executada.Além disso, 55% creem queterá uma pequena ou nenhu-ma implementação.

O SP 2040 vai criar um docu-mento formal para orientaçãodas políticas públicas munici-pais e cumprimento do que es-tá sendo formulado agora. Ésomente um plano de metas ede gestão e não terá força de lei,segundo o secretário munici-pal de Desenvolvimento Ur-bano, Miguel Bucalem.

As consultas foram feitas pe-la internet (13.654 pessoas),por tablets nas estações detrem e de Metrô (9.808), nas ofi-cinas promovidas nas 31 sub-prefeituras (808) e em váriosworkshops e seminários (840).A região com maior participa-ção de moradores na pesquisafoi a zona leste, com 29%, se-guida pela zonas sul, com 25%,e zona oeste, com 22%.

O perfil da pesquisa mostraainda que das 25 mil pessoasconsultadas, 43% tinham cur-so superior completo e outras33% eram pós-graduadas. Dototal consultado, apenas 1%informou ter só o ensino fun-damental. (MT)

Para acompanhara tendência degrandes metró-poles do mundo,c o m o N o v aYo r k , P a r i s e

Londres, a cidade de São Paulotambém prepara seu plano delongo prazo, antevendo o futu-ro, para chegar em 2040 comoum lugar próximo do ideal emmoradia, desenvolvimento,trabalho, lazer e cultura.

O SP 2040 – A Cidade queQueremos –, segundo o secre-tário municipal de Desenvol-vimento Urbano, Miguel Bu-calem, tem o apoio técnico daUniversidade de São Paulo(USP) e do Mackenzie, partici-pação de entidades de classedo comércio e da indústria, desindicatos e entidades civis. Op l a n o , q u etambém pas-sou por con-sulta popular,com a partici-pação de maisde 25 mil mo-radores de to-das as regiões,aponta paraum municípiocom trânsitomelhor e maisa m b i e n t a l-mente susten-tável em três décadas. O traba-lho, agora, é o de elaboração daetapa final para implementa-ção ao longo do tempo.

O eixo fundamental teóricoda proposta determina umaSão Paulo pujante, vibrante echeia de oportunidades. Parachegar lá, de acordo com o se-cretário, é preciso abolir os sé-rios desequilíbrios que per-meiam toda a cidade. "O im-portante é que os desequilí-brios e as estratégias parasuperá-los sejam claramenteidentificados e de consenso",afirmou Bucalem. Para ele, osdesequilíbrios só serão verda-deiramente atacados se a atua-ção do plano for mantida inde-pendente da gestão da cidade.

De acordocom Bucalem,"para chegar-mos a essa ci-d a d e i d e a l ,existe um ca-m i n h o q u et e m d e s e rc om p a rt i lh a-do por toda as o c i e d a d e " .Além disso ,"se ficarmosmudando deestratégia a ca-da mudança de gestão, não va-mos chegar a nada do que seráproposto", observou.

Para a manutenção do planoao longo do tempo, a participa-ção da sociedade é fundamen-tal. "Daí a importância do Con-selho Consultivo", disse. O ór-gão é composto atualmentepor 23 entidades ligadas a mo-radores, comércio, indústria,associações profissionais e sin-dicatos. "Num primeiro mo-mento, eles vão colaborar coma elaboração do plano", expli-cou Bucalem. "Numa segundafase, o conselho será o guar-dião do plano, assumindo aresponsabilidade de monito-rá-lo e aperfeiçoá-lo sempre",disse o secretário, alertandoque "o plano não pode ser liga-do a uma gestão ou a um par-tido político."

Mesmo assim, Bucalem re-conhece as dificuldades. "To-das as situações são difíceis, osgrandes desequilíbrios são di-

fíceis de superar", observou."A Cidade 30 Minutos, porexemplo, na área de transpor-tes. Para chegar a isso, tem queimplantar uma rede de alta emédia capacidade, bastanteabrangente", justificou. "Em2025 podemos chegar a umarede de 220 quilômetros deMetrô, o que dá mais ou menosquase dez quilômetros porano, já que temos 70 quilôme-tros hoje. Historicamente im-plantamos um quilômetro emeio por ano. É um novo desa-fio, mas não é impossível."

Eixos e projetos – O debatepara a elaboração do plano SP2040, de acordo com o secretá-rio, está estruturado em cincoeixos estratégicos: Oportuni-dades de Negócios; Desenvol-vimento Urbano; Mobilidade;

Coesão Social;e M e l h o r i aA m b i e n t a l .(Ve ja quadroEixos estratégi-co s) . Esses ei-xos envolvemos chamadosprojetos cata-lisadores, queservirão paraa c e l e r a r oc um pr i me nt od a s m e t a s .Um dos prin-

cipais catalisadores é o projetoCidade 30 Minutos, que ela-bora estratégias para reduziro tempo de deslocamentos pa-ra o trabalho a, no máximo, 30minutos. "Hoje estamos na ca-sa de uma hora e meia, em mé-dia", observou o secretário.

Além de investir no trans-porte é preciso rever o modocomo a cidade é ocupada, dis-se Bucalem. A tendência atéagora, que já começou a ser re-vertida, de acordo com ele, é acidade se espalhar, crescendocada vez mais para as áreas pe-riféricas. "O espraiamento nãopode continuar. Temos, de al-guma forma, de abrigar o cres-cimento da cidade nas áreasque têm infraestrutura. Temos

que ter uma ci-dade compac-ta, equivalen-te e policêntri-ca. Isso signi-fica promovero maior uso deu m a r e g i ã oque já tenhaalta capacida-d e d e t r a n s-porte", disse.Para isso, noe n t a n t o , s e-gundo o secre-

tário, é preciso requalificaráreas. "Não é somente tirargente da periferia e trazer parao centro. Uma parte é levar em-prego para a periferia, criandopolos de desenvolvimento re-gionais. A outra é abrigar ocrescimento da cidade, quenão pode ser expandida."

Limpeza dos rios – Outrocatalisador importante é o RiosVivos. O plano reúne ações derecuperação dos rios, para in-corporá-los à paisagem, deacordo com o projeto, para queeles sejam um desfrute da cida-de e não mais um passivo.

"Outro catalisador, o Par-ques Urbanos, define pelo me-nos uma área verde ou parquea, no máximo, quinze minutosde deslocamento a pé de qual-quer lugar da cidade. Não im-porta onde more na cidade, apessoa chegaria a uma áreaverde a quinze minutos de ca-sa, o que dá mais ou menos umquilômetro de caminhada",

isso, não importa onde more ocidadão, ele estará dentro dacidade e atendido plenamentepor ela. "É preciso transformaras áreas precárias da cidade embairros onde são feitos os refor-ços das redes sociais, infraes-trutura, cultura, lazer, saúde eeducação. Efetivamente insta-lar a cidade em todos os terri-tórios. Isso está muito ligadoao que já está sendo feito com o

plano municipal de habita-ção", analisou Bucalem.

Já o catal isador CidadeAberta é o potencial de SãoPaulo de ser protagonista dodesenvolvimento global, com-petindo com outras cidadesprotagonistas para reter e tra-zer talentos e indústrias com-petitivas. "Precisamos de umacidade conectada e preparadapara competir", finalizou.

Para chegarmosnessa cidadeideal, existeum caminhoque tem de sercompartilhado portoda a sociedade.

MIGUEL BUC ALEM

Mário Tonocchi

É preciso alertarque, se ficarmosmudando deestratégia a cadamudança de gestão,não vamos chegar aoque será proposto.

MIGUEL BUC ALEM

Page 8: DC 06/02/2012

sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de fevereiro de 20128 DIÁRIO DO COMÉRCIO

T.M. CONTÁBILAberturas,Transferências, Cancelamentos,

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SOLIDARIEDADEEm apoio à Argentina,países da Albaimpedem entrada denavios das Malvinas.

E G I TOManifestantes noCairo pedemeleição e mantêmchoque com polícianternacional

AMIGOS DOS SÍRIOS...

... FORA DA SÍRIAUm dia após o fracasso na tentativa de apro-

var uma resolução no Conselho de Segurançada Organização das Nações Unidas (ONU) con-tra o regime sírio, ganhou força ontem uma pro-posta para a criação de um "grupo de amigos daSíria democrática" para pressionar a saída doditador Bashar al-Assad. Lançada pela França,a proposta obteve apoio dos Estados Unidos eda Alemanha.

Durante entrevista coletiva em Sofia, capitalda Bulgária, um dia depois de Rússia e Chinavetarem uma resolução contra a Síria, a secretá-ria de Estado dos EUA, Hillary Clinton, afirmouque a comunidade internacional tem a obriga-ção de ajudar a acabar com os assassinatos nopaís e promover uma transição para retirar As-sad do poder.

"O que aconteceu ontem foi uma farsa", disseela a respeito da votação no Conselho de Segu-rança. "Temos que redobrar os esforços fora dosEUA junto com aqueles aliados que apoiam osdireitos do povo sírio de ter um futuro melhor",afirmou Hillary.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, dis-se que apresentará "nos próximos dias" inicia-tivas sobre a criação de um "grupo de apoio aopovo sírio". Segundo o chanceler francês, AlainJuppé, o grupo de "amigos" vai "ajudar a opo-sição a se organizar" e incentivará um "endure-cimento" das sanções contra o regime de Assad,aumentando "a pressão internacional" contraDamasco. Tal grupo poderia ser similar ao quefoi formado para a ajuda à Líbia, embora não

exista a intenção de patrocinar operações mili-tares na Síria, como ocorreu no caso líbio.

"Vamos trabalhar para buscar mais sanções efortalecer as que já estão em curso. Medidas se-rão adotadas para secar as fontes de financia-mento e os embarques de armas que mantêm amáquina de guerra do regime funcionando",enumerou Hillary.

No sábado, Rússia e China bloquearam uma re-solução do Conselho de Segurança da ONU quecondenava a Síria por sua repressão aos protestoscontra o regime no país. Todos os outros 13 países-membros do Conselho apoiaram o projeto.

O enviado de Moscou à ONU, Vitaly Chur-kin, acusou os partidários da resolução de "pro-por mudança de regime, empurrar a oposiçãopara o poder e não interromper suas provoca-ções, alimentando a luta armada".

O veto à resolução contra o governo sírio pro-vocou indignação em vários países. Protestos fo-ram registrados em frente às embaixadas da Rús-sia e da Síria ao redor do mundo (fotos acima). NaLíbia, manifestantes invadiram a representaçãodiplomática russa em Trípoli e içaram a bandeirada rebelião síria (de cores verde, branca e preta), etambém pediram ao Conselho Nacional de Tran-sição (CNT) – o governo provisório líbio – que ex-pulse o embaixador russo do país. Nenhum fun-cionário ficou ferido no incidente.

Licença para matar - Para o Conselho NacionalSírio (CNS), que reúne diversos grupos contráriosao governo sírio, Rússia e China deram ao regime

de Assad uma "licença para ma-tar" ao vetar a resolução, queexigia que o ditador deixasse op o d e r.

Na última sexta-feira, no epi-sódio mais violento em onzemeses de revolta, mais de 200pessoas foram mortas em umbombardeio das forças milita-res à cidade de Homs, segundogrupos ativistas. Desde o iníciodo levante, pelo menos 6 milpessoas foram assassinadas,disseram grupos de oposição.

Os ataques prosseguiram on-tem, enquanto a população ain-da buscava nos escombros cor-pos dos mortos na véspera. Aestimativa dos ativistas é de que30 pessoas morreram ontem. Deacordo com a informação, cincocrianças estão entre as vítimas.

Os ativistas também indica-ram que houve vítimas nasprovíncias de Idlib e Deraa, etambém nos arredores da capi-tal Damasco. (Agências)

Onda de frio:beleza ed eva s t a ç ã ona Europa.

A onda de frio que castiga aEuropa – sobretudo o leste –desde o fim de semana passa-do deixou 307 mortos em 13países e paralisou transportesem algumas áreas devido à ne-vasca. Ucrânia e Polônia, com184 mortos ao todo, são os paí-ses mais afetados.

Com temperaturas que che-gam a 40 graus negativos em al-gumas regiões, a Ucrânia regis-trou 131 mortos e cerca de2.000 hospitalizados. Outras 75mil pessoas procuraram aque-cimento e comida em um dos 3mil abrigos do país. Na Polônia,o total de vítimas chega a 53.

A situação era menos graveno oeste da Europa, apesar dofrio intenso na França e da ne-ve que cobriu Roma (acima,Versoix, na Suíça).

A neve também provocoucontratempos no aeroporto deHeathrow, em Londres, o maismovimentado do mundo, ondemetade dos 1.300 voos foramcancelados ontem. (Agências)

60 anos deElizabeth 2ª

A rainha Elizabeth II com-pleta hoje 60 anos de sua ascen-são ao trono e o Reino Unidopretende comemorar em gran-de estilo, com eventos progra-mados ao longo de 2012, queterão seu auge em junho.

Elizabeth 2ª chegou ao tronoapós a morte do pai, o rei Geor-ge 6º, em 6 de fevereiro de 1952.Aos 85 anos, ela se tornará a so-berana britânica que mais tem-po esteve no trono depois darainha Victoria, que foi monar-

ca durante 63 anos.As principais comemora-

ções serão celebradas em ju-nho, para quando está previstoum desfile de centenas de na-vios – modernos e antigos – pe-lo rio Tâmisa, em Londres.

Apesar da idade, Elizabeth 2ªnão dá sinais de cansaço, nemestá disposta a abdicar dos com-promissos. E assim ela vai cum-prindo a promessa que fez aos21 anos: dedicar toda sua vida aserviço do país. (EFE)

Chris Jackson/AFP

Fabrice Coffrini/AFP

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Page 9: DC 06/02/2012

sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de fevereiro de 2012 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

SEM ACORDOA greve de policiais militares na Bahia

completa seis dias sem acordo entre osPMs e o governo do Estado. Por causa

do clima de insegurança, vários eventospré-carnavalescos foram cancelados.cidades

Bahia: Exército coloca blindados na ruaA greve dos policiais militares baianos causa transtornos para a população e o comércio. Homicídios dobram na Grande Salvador em relação ao período pré-paralisação.

OExército colocouontem nas ruas deSalvador blindadosUrutu para patru-

lhar as ruas da cidade, que vivedias de violência e insegurançacom a greve dos policiais milita-res da Bahia. No total, quatroveículos foram enviados de Re-cife com a missão de evitar tu-multos e a obstrução de ruas.

Cerca de 3.100 homens daForça Nacional de Segurança,do Exército, Marinha e Aero-náutica também estão na capitalbaiana para reforçar a seguran-ça. A presença das tropas doExército em Salvador, em espe-cial nos bairros turísticos, au-mentou um pouco a sensaçãode segurança ontem, atraindo apopulação e os visitantes às ruaspara aproveitar as praias e asatrações turísticas.

Nos bairros periféricos, noentanto, os registros de violên-cia continuam altos. Vários sa-ques ocorreram no comércio dacapital e cidades do interior.

O número de assassinatos nacapital e região metropolitanadobrou nos seis primeiros diasde greve dos PMs. No período,84 pessoas foram assassinadasna Grande Salvador. Nos mes-mos seis dias da semana ante-rior, foram 42 homicídios. Osdados são da Secretaria de Se-gurança da Bahia.

Prisão– Por determinação dogoverno federal, 40 homens doComando de Operações Táti-cas, a "tropa de elite", da PolíciaFederal chegaram ontem a Sal-vador. Eles têm a missão de exe-cutar os mandados de prisão ex-pedidos contra integrantes domovimento grevista da PolíciaMilitar. Os policiais federais

também serão responsáveis pe-la remoção dos detidos parapresídios federais.

Um dos integrantes do movi-mento grevista da Polícia Mili-tar, Alvin dos Santos Silva, foipreso na madrugada de ontem.Segundo a Secretaria de Comu-nicação do Estado, o policial seentregou e foi levado para o po-liciamento do Exército. A prisãofaz parte dos 12 mandados deprisão expedidos para seremexecutados no Estado.

Alvin dos Santos Silva é poli-cial militar lotado na Compa-nhia de Policiamento de Prote-ção Ambiental (COPPA) e é acu-sado de formação de quadrilhae roubo de patrimônio público(viaturas). O próprio coman-dante da COPPA, major NiltonMachado, foi quem efetuou aprisão e o encaminhou para aPolícia do Exército.

A s se m b le i a – O presidenteda Assembleia Legislativa daBahia, Marcelo Nilo (PDT),deu um ultimato para que osgrevistas desocupassem a Ca-sa até a meia-noite de ontem.Manifestantes, muitos delescom suas famílias, estão acam-pados no local desde terça.

Segundo Nilo, a decretaçãoda prisão de 12 líderes grevistasque estão no local agravou a si-tuação. "Quero a Casa que eupresido de volta. Não posso per-mitir que o Poder Legislativo se-ja esconderijo de foragidos",disse o deputado, aliado do go-vernador Jaques Wagner (PT).

O anúncio do ultimato ele-vou a temperatura na Assem-bleia. Helicópteros com milita-res sobrevoaram o local à tar-de. Em nota, a assessoria dosgrevistas disse que "mais de

Lúcio Távora/AE

Homens da Força Nacional de Segurança fazem o patrulhamento nas ruas de Salvador. Tropas federais tentam garantir a tranquilidade aos baianos.

CA R N AVA L

Galo esperadois milhões.No Rio, a festa

já começou.

Multidão enfrentou o calor de domingo para brincar no bloco Me Esquece, no Leblon, na zona sul

Helio Torchi/AE

Bombeiros controlam as chamas na favela do Corujão, na zona norte da Capital. Duas pessoas morreram.

CALOR – As praias do Rio ficaram lotadas ontem devido ao forte calor que fez na capital carioca. EmSão Paulo, as altas temperaturas também estimularam o paulistano a ir para os parques da cidade.

Ricardo Labastier/AE

Em Olinda, grupos tradicionais já ocupam as ladeiras históricas

Murilo Rezende/AE

Incêndio em favela provoca 2 mortes

Duas pessoas morre-ram carbonizadas e 60barracos foram des-

truídos em um incêndio ocor-rido ontem de manhã na favelado Corujão, na Vila Guilher-me, zona norte de São Paulo.

Outros dois moradores leve-mente feridos foram encami-nhados ao Pronto Socorro doTatuapé. Eles tiveram queima-duras de primeiro grau, se-gundo o Corpo de Bombeiros.Estima-se que 800 pessoas mo-

rem na favela do Corujão.À tarde, 80 bombeiros traba-

lhavam no local em rescaldo.Também eram procuradasmais vítimas, embora os mora-dores não tivessem acusado afalta de mais ninguém. (AE)

Marcos D'Paula/AE

OGalo da Madrugada,u m d o s m a i o r e seventos carnavales-

cos do País, já está com quasetudo pronto para o seu desfileem Recife (PE), no sábado decarnaval, dia 18 de fevereiro.

Neste ano, o desfile terá25 trios elétricos que vãomisturar o frevo ao forró, ho-menageando o centenáriode Luiz Gonzaga. No co-mando da folia estarão Al-ceu Valença, Elba Ramalho,Maestro Forró, Almir Rou-che e Geraldinho Lins. Alémdeles, haverá convidadosespeciais como a banda Ca-lypso, Fafá de Belém, Gui-lherme Arantes, Luiza Possi,Jorge Vercilo, Luiz Melodia,Dominguinhos e ReginaldoRossi. O percurso de 4,5 qui-lômetros será o mesmo do

ano passado, passando pe-la avenida Dantas Barreto.

A expectativa é que o blocoreúna mais de dois milhões defoliões, muitos deles pernam-bucanos do interior do Estadoque irão conferir a folia em ho-menagem ao "rei do baião".

"Luiz Gonzaga tem muitoa ver com nossa proposta.Da mesma forma que eledefendeu praticamente so-zinho a música nordestinanas décadas de 1940 e1950, o Galo vem defenden-do há 35 anos a cultura per-

nambucana e o nosso fre-vo", disse o presidente dobloco, Rômulo Meneses.

A qu e ci m e nt o – Em mui-tos lugares, a folia já come-çou. Em Olinda (PE), o blocoVirgens de Verdade desfilouontem nas ladeiras da cida-de histórica. No Rio, os tradi-cionais blocos e cordões jácomeçaram a ocupar asruas da cidade. Ontem, mi-lhares de pessoas se diver-tiram no bloco Me Esquece,na orla da praia do Leblon,na zona sul. (Agências)

3.000 homens, mulheres ecrianças" estão no local e que"policiais militares de todas ascidades estão chegando a Sal-vador para lutar e resistir". Aorganização também afirmouque o movimento continua.

O governador da Bahia, Ja-ques Wagner (PT), disse no fimdo dia que não atenderia as rei-vindicações salariais dos gre-vistas. "É a primeira vez que al-guém faz greve depois de terum aumento de 6,5% para re-por a inflação", afirmou o go-vernador. (Agências)

Medo ameaça folia baianaOclima de insegurança

e apreensão em Sal-vador forçou o cance-

lamento de diversos shows eeventos pré-carnavalescos. Oensaio da banda Timbalada,que aconteceria ontem, foiadiado para a próxima sexta-feira - "se toda a situação já es-tiver normalizada", de acordo

com o comunicado oficial.Outras atrações como Ma-

gary Lord, Filhos de Gandhy eBailinho de Quinta, que reali-zavam festas pré-carnavales-cas, cancelaram as apresen-tações. No total, mais de 70eventos foram cancelados emSalvador no fim de semana,em sua maioria shows e en-

saios de Carnaval.A cantora Claudia Leitte pu-

blicou ontem uma mensagemem que se diz "triste e preocu-pada" com a situação da greveda Polícia Militar na Bahia. Emseu blog oficial, a cantora dis-se que "a Bahia está pagandoum preço muito alto por tudoisso." (Agências)

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sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de fevereiro de 201210 DIÁRIO DO COMÉRCIO

ac spdi s t r i t ai s

NA MARGINALAinda em caráter experimental, a

proibição, implantada na marginal Tietê eem outras vias importantes da cidade,

entra em vigor no próximo dia 1º.

GIrAgendas da Associação

e das distritais

Re st r i ç ã ode caminhões

p re o c u p ac o m é rc i o

A medida já mostra seus reflexos: empresários têmde fazer investimentos para comprar veículos

menores e ruas de alguns bairros viraram rota paraos caminhões que tentam fugir de vias proibidas.

Mário Angelo/Folhapress/Arquivo/DC

Marginal Tietê (acimae à esquerda): emtorno de 75 milcaminhões passamdiariamente pela viamais movimentadada cidade. A partir dodia 1º, quemdesrespeitar oshorários de restrição –de segunda a sexta,das 4h às 10h e das16h às 22h, e aossábados, das 10h às14h – será multadoem R$ 85,13 e levaráquatro pontos nacarteira. Abaixo, aavenida do Estado,que tambémterá restrição.

Luis Moura/AE/Arquivo/DC

Restrição visa reduzir acidentes com caminhões e fazer com que os veículos pesados usem o Rodoanel

Newton Santos/Hype/Arquivo/DC

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ção

Robson Ventura/Folhapress/Arquivo/DC

André de Almeida

Os caminhõesprovocam aumentono trânsito eperturbação dosilêncio em algunshorários da noite.

EUGÊNIO CANTER O,S U P. DA DI S T R I TA L PENHA

O problema dotrânsito não podeser atribuído apenasaos caminhões.A medida édiscriminatória.

FR ANCISCO PE LU C I O,PRESIDENTE DO SE TC E S P

Arestrição do tráfegode caminhões namarginal Tietê emdeterminados ho-

rários do dia, em vigor em cará-ter educativo desde 12 de de-zembro, ainda divide opiniões.Enquanto a Prefeitura defendea medida e espera melhorar afluidez em 20%, representantesdo setor de transportes de car-gas e de entidades comerciaisapontam a possibilidade de pre-juízos financeiros e transtornoslogísticos. As multas aos infra-tores – R$ 85,13 mais quatropontos na carteira – começarãoa ser aplicadas em 1º de março.

A proibição é válida de se-gunda a sexta, das 4h às 10h edas 16h às 22h. Aos sábados, arestrição funciona das 10h às14h. Com a iniciativa, a Prefei-tura tem a intenção de reduziros acidentes envolvendo cami-nhões e que interferem no sis-tema viário nos horários maiscríticos. A fiscalização será fei-ta por agentes de trânsito e ra-dares fixos. Com 23,5 quilôme-tros de extensão, a marginalTietê é a via mais movimenta-da da cidade: 1,2 milhão de via-gens por dia feitas por 350 milveículos – 75 mil deles cami-nhões.

Para o presidente do Sindi-cato das Empresas de Trans-portes de Cargas de São Pauloe Região (Setcesp), FranciscoPelucio, o problema do trânsi-to na cidade não pode ser atri-buído apenas aos caminhões."A medida, de certa forma, édiscriminatória", disse. Se-gundo ele, apesar de haver umexcesso de veículos de passeio,muitos outros clandestinos eem mal estado de conservaçãoque causam sérios transtornosde mobilidade urbana, é maisfácil culpar os caminhões. "Se-rá muito difícil nos adequar-mos em tão pouco tempo",afirma o dirigente.

Vias - A proibição na margi-nal Tietê funciona entre a pon-te Aricanduva (excluída amesma) e a rodovia dos Ban-

deirantes. A medida tambémvale nas avenidas General Ed-gar Facó, Ermano Marchetti,Marquês de São Vicente, ave-nida do Estado, Paes de Bar-ros, Juntas Provisórias, LuisIgnácio de Anhaia Melo e Sa-lim Farah Maluf. As três últi-

mas funcionam atualmentecomo rota alternativa a cami-nhões que chegam à capitalpelo Sistema Anchieta - Imi-grantes e se recusam a usar o

Trecho Sul do Rodoanel paraacessar a rodovia PresidenteDutra, por exemplo.

De acordo com a Compa-nhia de Engenharia de Tráfego(CET), as novas regras não pre-judicarão o funcionamento daCompanhia de Entrepostos eArmazéns Gerais de São Paulo(Ceagesp), já que o tráfego decaminhões está liberado nasmarginais Pinheiros e Tietê en-tre a rodovia dos Bandeirantese a ponte do Jaguaré.

As regiões do Mercado Muni-cipal e da Zona Cerealista pode-rão ser acessadas pela avenidaCruzeiro do Sul e pela rua daCantareira. A avenida Jacu Pês-sego e o Rodoanel Mário Covas,de forma geral, são alternativasrecomendadas pela Prefeituradiante das restrições.

Impactos - Na opinião dosuperintendente da DistritalPenha da Associação Comer-cial de São Paulo (ACSP), Eu-gênio Cantero, os primeirosimpactos da medida na regiãojá podem ser sentidos. Segun-do ele, o tráfego de veículos pe-sados dentro do bairro, princi-

p a l m e n t eaqueles quechegam pelavia Dutra, on-de há muitosc e n t r o s d ed is tr i bu iç ão ,cresceu bas-tante . "E lesprovocam au-m e n t o n otrânsito nasruas da Penhae perturbaçãod o s i l ê n c i oem determi-nados horá-rios da noite.A maioria dasvias do bairronão está pre-parada para suportar esse tipode veículo de carga", diz.

Quanto ao comércio em ge-ral, Cantero afirma que muitosempreendedores estão trocan-do seus caminhões por Veícu-los Urbanos de Carga (VUCs),que têm até 6,3 metros de com-primento e podem circularnormalmente pelas vias restri-tas, desde que sejam previa-mente cadastrados.

"Isto demanda grandes in-vestimentos, fato que está ge-rando críticas por parte dosempresários. Com a restriçãodos horários, alguns estabele-cimentos terão que contratarfuncionários para poder rece-ber mercadorias no períodonoturno, o que também au-mentará as despesas", afirmao superintendente.

Além dos VUCs, está libera-da a circulação de caminhõespesados que transportem ali-mentos perecíveis. Dentro dealguns horários, também po-dem circular os caminhões deuso excepcional, como os quefazem socorro mecânico, co-bertura jornalística, obras e ser-viços de emergência, correios,concretagem, remoção de terraem obras civis, feiras livres,mudanças, coleta de lixo, trans-porte de valores, entre outros.

Mesmo com estas exceções,o presidente do Setcesp acre-dita que os transtornos serãoinevitáveis. Para ele, os cami-nhoneiros, principalmente osprovenientes de outros esta-dos, impedidos de circularemem determinados horários,f icarão es tac ionados nosacostamentos das rodovias,próximos à entrada da cida-de, correndo o risco, inclusi-ve, de serem assaltados.

Logística - Para evitar ris-cos desnecessários, desde ofinal do ano passado a empre-sa de transportes ExpressoMirassol está revisando todasas suas rotas. O objetivo, se-gundo o gerente de tráfegocentral da transportadora,Marrath Pinheiro, é minimi-z a r d e s p e s a s e x t r a s c o mcombustível e encontrar tra-jetos que possam ser feitoscom segurança.

Da mesma forma que acon-teceu quando da restrição decaminhões na marginal Pi-nheiros, a atual proibição afe-tará diretamente a empresa,que não trabalha com produ-tos liberados para transportedentro da lista de exceções.

"Nossos gastos com com-bustível deverão aumentarentre 15% e 20%, sem falar nos

VUCs que estamos tendo decomprar", diz. A título decomparação, cada caminhãopesado equivale a três VUCs.Na visão de Pinheiro, restrin-gir os caminhões na marginalTietê no atual momento foiuma decisão precipitada,uma vez que o trecho Nortedo Rodoanel ainda não foiconstruído. "Dessa forma nãotemos alternativas", conclui.

Amanhã� Noro este 11 3831-8336–Às 19h, 13ª Reuniãoordinária da DiretoriaExecutiva e ConselhoDiretor da distrital. Rua LuisBraille, 8, Pirituba.

Quinta� Ce nt ro – Às 18h30, 17ªReunião ordinária daDiretoria Executiva eConselho Diretor. RuaGalvão Bueno, 83,Lib erdade.

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sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de fevereiro de 2012 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

facespregionais

Empresários aprovam novaRegião MetropolitanaA RM do Vale do Paraíba e Litoral Norte

objetiva integrar e melhorara qualidade de vida em suas 39 cidades

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A sub-região de São José dos Campos (acima) inclui também Caçapava, Igaratá, Jacareí, Jambeiro, Monteiro Lobato, Paraibuna e Santa Branca.

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São Sebastião(à esquerda) eGuaratinguetá(centro)integram anova RM. Nafoto abaixo, arodovia dosTamoios, quepoderá serduplicada.

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Jonne Roriz/AE/Arquivo/DC

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Porto de São Sebastião: iniciativa trará expansão e modernização.

As agênciaspoderão venderroteiros incluindoa nova RM,beneficiandoo comércio.

MÁR CIA MOLINA,PRESIDENTE DA ACEG

Foi umaconquista paratodos. A iniciativatrará maiorintegração entreos municípios.

FELIPE CU RY,PRESIDENTE DA ACISJC

André de Almeida

Alei que criou ofi-cialmente a RegiãoM e t r o p o l i t a n a(RM) do Vale do

Paraíba e Litoral Norte foicriada, há menos de um mês,pelo governador de São Pau-lo, Geraldo Alckmin. Com amedida, o Governo do Estadoe as prefeituras das 39 cidadesque integram a nova RM ana-lisarão em conjunto políticaspúblicas, com o objetivo de re-solver problemas comuns atodos os municípios. Dirigen-tes de associações comerciaisde algumas das mais impor-tantes cidades da região co-memoram a iniciativa. Na vi-são deles a maior integraçãoregional só trará benefícios,tanto para a população quan-to para os comércios locais eoutros setores da economia.

A RM do Vale do Paraíba eLitoral Norte, para fins opera-cionais, foi dividida em cincosub-regiões, com suas respec-tivas sedes: Cruzeiro (Arapeí,Areias, Bananal, Cruzeiro, La-vrinhas, Queluz, São José doBarreiro e Silveira); Guaratin-guetá (Aparecida, CachoeiraPaulista, Cunha, Guaratin-guetá, Piquete, Potim e Rosei-ra); São José dos Campos (Ca-çapava, Igaratá, Jacareí, Jam-beiro, Monteiro Lobato, Pa-raibuna, Santa Branca e SãoJosé dos Campos); Taubaté

(Campos do Jordão, Nativi-dade da Serra, Pindamonhan-gaba, Santo Antonio do Pi-nhal, São Bento do Sapucaí,São Luiz do Paraitinga, Tau-baté, Tremembé e Redençãoda Serra); e Litoral Norte (Ca-raguatatuba, Ilhabela, São Se-bastião e Ubatuba).

Conquista -De acordo como presidente da AssociaçãoComercial e Industrial de SãoJosé dos Campos (Acisjc), Fe-lipe Cury, a região ansiavamais de dez anos pela criaçãoda RM. "Foi uma conquistapara todos. A iniciativa trarámaior integração entre os mu-nicípios, em áreas como mobi-lidade urbana, comércio, de-senvolvimento tecnológico,habitação e meio ambiente.Desta forma, a visão do gover-no passará a ser sistêmica e asações públicas atenderão obem comum, e não as cidades

isoladamente", afirma.O dirigente acredita que a

área de transportes será umadas mais beneficiadas com acriação da Região Metropoli-tana. A aposta, segundo ele, éno aeroporto de São José dosCampos, que deverá ser cadavez mais utilizado pelas cida-des de toda a região e não ape-nas por trabalhadores de SãoJosé. O projeto do metrô desuperfície para interligar ascidades do Vale do Paraíbatambém terá mais incentivospara sair do papel.

"Com maiores facilidades dedeslocamento, o comércio re-gional se fortalecerá, já quemuitos optarão por comprarn a re g i ã o enão mais nacapital . Umd o s p o n t o smais impor-tantes é que,como RM, ascidades terãomais facilida-des para con-seguir novosinves timen-tos públicos",explica Cury.

Conselho -Até o iníciode abril a a Se-c r e t a r i a d eD es e nv o lv i-mento Metro-politano cria-rá o Conselhode Desenvolvimento Metro-politano da nova RM, que seráformado pelos prefeitos dos 39municípios beneficiados e re-presentantes do governo esta-dual. O conselho terá a priori-dade na deliberação sobre pla-

nos, projetos, programas, ser-v i ç o s e o b r a s a s e r e mexecutados na RM Vale com re-cursos de um fundo ainda a sercriado.

Entre as áreas de atuaçãodo conselho estão o planeja-mento e uso do solo, trans-porte e sistema viário regio-nal, habitação, saneamentoambiental, meio ambiente,desenvolvimento econômicoe atendimento social.

A partir do conselho pode-rão ser criadas Câmaras Te-máticas para tratar de cada te-ma de interesse comum da re-gião. Em cada uma das cincosub-regiões serão instituídosos chamados Conselhos Con-s u l t i v o s , c o m p o s t o s p o rmembros da sociedade civilorganizada, do Poder Legis-lativo dos municípios, pelosdeputados estaduais e pela

Secretaria de Desenvolvi-mento Metropolitano.

Para dar suporte financeiroao planejamento e às ações naRM, com financiamentos e in-vestimentos em planos, proje-tos, programas, serviços eobras, será criado o Fundo de

Desenvolvimento, cujos re-cursos serão provenientes doorçamento do Estado, dos mu-nicípios, transferências daUnião, doações de pessoas físi-cas ou de empresas e emprésti-mos de organismos internos eexternos. Por fim, será criada a

Agência de DesenvolvimentoMetropolitano, que será res-ponsável pela elaboração deprojetos de interesse comuns eestratégicos para a região.

Turismo - Na opinião dapresidente da Associação Co-mercial e Empresarial de Gua-ratinguetá (Aceg), MárciaAparecida Molina, a maior in-tegração entre as cidades doVale beneficiará muito o seg-mento turístico. Ao lados dosmunicípios de Aparecida e Ca-choeira Paulista, principal-mente, Guaratinguetá está in-serido no circuito turístico reli-gioso do Estado de São Paulo.

"Dentro da RM os preçosdas passagens tendem a cair,aumentando a circulação deturistas regionais. Além dis-so, as agências poderão ven-der mais facilmente roteiros,temáticos ou não, incluindo anova RM, o que certamentetrará benefícios ao comérciolocal", afirma Márcia.

No Litoral Norte, o presi-dente da Associação Comer-cial e Empresarial de São Se-bastião (ACE), Eduardo Cimi-no, acredita que a criação daRM facilitará a implantação deprojetos importantes para odesenvolvimento regional, en-tre eles a duplicação da rodo-via dos Tamoios e a expansão emodernização do Porto de SãoSebastião. De acordo com o di-rigente, a nova RM possui umalocalização estratégica, já queliga os estados de São Paulo,Rio de Janeiro e Minas Gerais eestá na mira dos investimentosda Petrobrás. Caraguatatuba,por exemplo, abrigará uma fu-tura estação de tratamento degás da Petrobrás e é justamentelá que o ex-presidente da em-presa, José Sérgio Gabrielli, de-fende a construção de um novoa e ro p o r t o .

Divisão - Com a criação daRM do Vale do Paraíba e Lito-ral Norte, agora o Estado con-ta com quatro Regiões Metro-politanas. Anteriormente jáhaviam sido oficializadas asRMs de São Paulo, com 39municípios; Baixada Santis-ta, com nove cidades; além deCampinas, com 19 municí-pios. Completa a subdivisãoestadual a Aglomeração Ur-bana (AU) de Jundiaí, criadaem março do ano passado.

CONTAGEM REGRESSIVAO Conselho de DesenvolvimentoMetropolitano da nova RM será

criado até o final de abril.

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sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de fevereiro de 201212 -.LOGO DIÁRIO DO COMÉRCIO

E M C A R T A Z

D OCUMENTÁRIO

Acidente mata cineastas na Austrália

C IÊNCIA

Nasa desenvolve detector de câncer

A ciência já sabe há algum tempo que é possível detectar alguns tiposde câncer pelo odor do hálito. Agora, a Nasa desenvolveu um aparelhocapaz de perceber o câncer quando a pessoa fala sobre ele. O aparelho

está sendo desenvolvido para ser encaixado em smatphones.http://bit.ly/wGSUdc

S ÃO PAULO

Temperatura nas alturas

A NOS 50

Milhares de amantes dorock & roll, todos

vestidos à la anos 50,participaram do festivalRockin' Race Jamboree,em Málaga, na Espanha.

Chuva deo b j eto s

misterios os

Steve Hornsby, moradorde Bornemouth, no Reino

Unido, viu cair em seuquintal uma chuva dos

objetos abaixo há cerca deuma semana. As bolas,

com aproximadamente3 cm de diâmetro, têmuma casca, um interior

gelatinoso e sem cheiro.Ninguém sabe ao certo o

que são e vários sitesespecializados em ovnis

fazem especulações. Umadas hipóteses da

universidade local é deque sejam só "ovos de

invertebrados marinhos".

S EM-TETO

Confronto deixa 20feridos no Centro

Homens da Guarda CivilMetropolitana entraram emconfronto ontem com as famíliasde sem-teto acampadas naavenida São João, no Centro. Aotodo, 13 guardas-civis e setemanifestantes – incluindocrianças – ficaram feridos.Quando um grupo de sem-tetotentou passar pelo bloqueio, ospoliciais usaram spray de pimentae os manifestantes reagiram,partindo para o confronto.

F ESTIVAL

Música erudita na BA

Um novo festival demúsica erudita serárealizado em Tran-coso, na Bahia. Em-

presários comandados por Sa-bine Lovatelli, presidente doMozarteum Brasileiro, reuni-ram músicos de orquestras co-mo a Filarmônica de Berlim, aspianistas Katia e Marielle La-bèque e os instrumentistas daOrquestra Juvenil da Bahia pa-ra a primeira edição, que vai de17 a 24 de março.

Os concertos e masterclassesserão realizados em um anfitea-tro desenhado pelo arquiteto lu-xemburguês François Valenti-ny, que, entre outros projetos,criou o Mozarthaus de Salzbur-go. A dupla pensou em montaro teatro no cânion, mas desistiu,pelo menos neste ano.

"Até que todas as autoriza-

ções de órgãos como o Ibamasaíssem, optamos por montá-lono alto das falésias, no Terra Vis-ta Golf Resort. Agora, já temosas autorizações e, como é possí-vel montar e desmontar o anfi-teatro, no próximo ano pode-mos pensar em usar o cânion."

Teste – Segundo Sabine, aedição de 2012 servirá comoum "teste". Nos dois fins de se-mana do festival, serão apre-sentados concertos com a Or-questra Juvenil da Bahia.

"E, durante a semana, tere-mos concertos de câmara comuma mistura interessante derepertório. Em uma noite, to-cam as irmãs Labèque; em ou-tra, elas dividem o palco comos músicos convidados emuma jam session a partir de te-mas de Tom Jobim. César Ca-margo Mariano fará show ao

lado de amigos como MônicaSa lmaso e Téo Cardoso" ,adianta Sabine.

Em outra noite, os alunos fa-rão música de câmara com osprofessores. "Esse aspecto pe-dagógico é uma das preocupa-ções do Mozarteum e quise-mos mantê-lo em Trancoso.Foi também nesse sentido queconvidamos a Orquestra Juve-nil da Bahia, comandada peloRicardo Castro."

O anfiteatro terá espaço para800 pessoas e todos os concer-tos terão entrada franca. "Que-remos atrair a população local,que poderá ter acesso livre àsapresentações. Da mesma for-ma, os alunos de todo o Brasilque se interessarem em ter au-las poderão se inscrever gra-tuitamente e não vão pagar na-da por isso", diz Sabine. (AE)

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VENEZA - Um dos mais famosos e elegantes carnavais do mundo começou com muito

frio, o que não impede os mascarados de passearem pelas ruas e canais da cidade. Para

aquecer as noites geladas, foi posta uma fonte de vinho tinto na Praça de São Ma rco.

Dois cineastas que trabalhavamem um documentário com odiretor James Cameron, vencedordo Oscar com Ti t a n i c , e a revistaNational Geographic, morreram emum acidente de helicóptero naAustrália. Andrew Wight, 52 anos,e Mike DeGruy, 60, estavam no paístrabalhando num documentáriosobre Papua Nova Guiné.

O helicóptero, pilotado porWight, caiu e pegou fogo logoapós decolar do aeroporto deJaspers Brush, a 120 quilômetrosde Sydney, segundo a Na t i o n a lG eographic.

Wight foi um dos produtores dofilme S antuário, em 3D, com

Cameron, depois de acompanharo diretor de Avatar em seisexpedições documentais ao fundodo oceano.

DeGruy, mergulhador e pilotosubmarino, vencedor do Emmy ecom 30 anos de experiência emfilmagens no oceano, trabalhoucomo diretor de fotografiasubmarina do filme de CameronÚltimos Mistérios do Titanic.

O cineasta disse que oscolaboradores eram seus "irmãosdo fundo do mar" e classificou asmortes como "uma grande perdapara o mundo da prospecçãosubmarina, da conservação e docinema". (Ag ê n c i a s )

www.dcomercio.com.br

Design pelod e s a r m a m e n to

"Bang Bang Handle" é umamaçaneta inspirada nasarmas semi-automáticasrussas de 9 mm Makarov. Oequipamento era usado peloExército Soviético. O designerNikita Kovalev reproduz oarmamento em detalhes.

http://bit.ly/qkAg5P

Te l e fo n ee s c u l t u ra l

O designer SebastienSauvage é o criador dotelefone digital DECT. Oproduto é idêntico a outrosmodelos de mercado. Seudiferencial é a beleza.

http://bit.ly/ujCTGQ

VISUA

IS M ostra' At rave s s a m e nto s '

exibe obras daartista plástica

Flávia Ribeiro naGaleria Millan.Rua Fradique

Coutinho, 1360,tel.: 3031-6007.

G rátis.

Costura noseu kit de

s o b re v i v ê n c i a

Victoria Caswell criou este "kit de sobrevivência" paracosturar alguma peça em situação imprevista. Agulhas,linhas e tesoura cabem na bolsa inspirada nos escoteiros.

http://bit.ly/zN7FMT

O domingo foi demuito sol etemp eraturaselevadas em SãoPaulo. A máximachegou a 33°C. Nospróximos dias ascondições dotempo não mudam.Muito sol, calor echuva na forma depancadas no finaldas tardes.

Fotos: Jon Nazcz/Reuters

Thales Stadler/AE

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CAIXA 113

O seu consultor financeiro

sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de fevereiro de 2012

economia

Ajuda extra paraREFORMAR e DECORAR

Há cada vez mais linhas definanciamento para quem

quer melhorar seu imóvel – ecom juros bem atrativos.

O jornalistaMarcelo Curyoptou por um

financiamentobancário para

mobiliar suaquitinete. "Não

teria comofazer isso sem

o crédito",afirma. Ele vai

pagar em60 meses.

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RE JA N E TA M OTO

Até o fim deste mês, os ban-cos devem lançar novas li-nhas de financiamento pa-ra a compra de materiais

para construção, reforma e amplia-ção de imóveis residenciais. Os re-cursos para esses empréstimos, novalor de R$ 300 milhões, virão doFundo de Garantia do Tempo de Ser-viço (FGTS). Especialistas em finan-ças dizem que os bancos terão umcusto menor para conceder finan-ciamentos, já que o juro cobrado pe-lo FGTS é de 3% ao ano – menor doque as taxas de captação para as ins-tituições, que seguem o Certificadode Depósito Interbancário (CDI) e seaproximam da taxa Selic, hoje em10,5% ao ano. Portanto, o consumi-dor também deve ter acesso a jurosmenores nesses casos.

As linhas de financiamento exis-tentes têm taxas mensais de 0,84% a3,95% (veja quadro). Em geral, essasmodalidades oferecem crédito nãosó para a reforma e construção doimóvel: algumas também permitema compra de móveis e até objetos dedecoração. As taxas cobradas pelasinstituições financeiras também de-pendem do relacionamento docliente com o banco e de garantias –em alguns casos é preciso dispor dopróprio imóvel.

Especialistas em finanças reco-mendam a quem pretende financiara compra de materiais de constru-ção uma boa pesquisa nos bancos, apartir do lançamento da nova linha.Segundo o professor de finanças daFundação Instituto de PesquisasContábeis, Atuariais e Financeiras(Fipecafi) Mário Amigo, para valer apena, o consumidor deverá buscarjuros bem baixos, próximos dos co-brados em financiamentos imobiliá-rios. "A linha que será lançada comrecursos do FGTS é subsidiada e o ju-ro terá de ser bem baixo. Pesquise efaça as contas", recomenda.

D et a l h e sdas linhas

Segundo a Caixa Econômica Fe-deral, a nova linha deverá ter jurosparecidos com os de uma que já exis-te, praticamente nos mesmos mol-des. A Carta de Crédito FGTS da Caixaoferece taxas anuais que variam de5% a 8,16% para a compra de mate-riais para construção, reforma ouampliação. Neste produto, as taxasdependem da renda do consumidor– quanto menor, mais baixo será o ju-ro. De acordo com a renda tambémhá de taxa de administração. O únicodetalhe é que se destina apenas aquem tem renda de até R$ 5,4 mil.

A linha oferece crédito mínimo deR$ 1,25 mil e máximo de R$ 25 mil,apenas para imóveis com valor venalde até R$ 80 mil. Pode haver umacréscimo de até 15% do valor para opagamento de mão de obra, desdeque não extrapole o limite da opera-ção. O período de construção devedurar até seis meses e o prazo de pa-gamento é de até 120 meses.

De acordo com a Caixa, a linha queserá lançada neste mês deverá teruma taxa parecida, mas algumas re-gras são diferentes. Segundo a reso-lução do Conselho Curador do FGTS,ela será voltada para imóveis regula-rizados e possibilita a instalação dehidrômetros de medição individuale a implantação de sistemas deaquecimento solar. Um detalhe im-portante: não é permitido o uso do

FGTS pelo consumidor, mas ele pre-cisa ser cotista, ou seja, ter carteiraassinada. Outra diferença é que estanova linha não estabelecerá limitede renda. De acordo com a resolu-ção, o juro não pode passar de 12%ao ano. Além da Caixa, Banco do Bra-sil, Itaú Unibanco e Santander infor-maram que estão estudando essenovo produto.

Cuidado comos exageros

O especialista em finanças pes-soais do Money Fit, André Massaro,diz que as regras para o lançamentoda nova linha são interessantes, maso consumidor deve ficar atento aexageros. "Uma taxa de juro menornão deve ser motivo para o consumi-

dor comprar mais do que precisa."Além disso, o especialista alerta que"as obras, em geral, têm muitos im-previstos e é preciso ter uma reservafinanceira para isso".

Vale tambémpara decoração

Para quem vai mobiliar e decorar acasa, as linhas de crédito podem seruma boa alternativa. Esta foi a con-clusão a que chegou o jornalistaMarcelo Cury, de 45 anos, que tomouR$ 16,5 mil para decorar seu aparta-mento, uma quitinete. Ele vai pagaro empréstimo em 60 meses. "O inte-ressante é que o banco me deu umacarência de seis meses para que co-meçasse a pagar as prestações, deR$ 470. Tinha acabado de comprar oapartamento e não teria como mo-biliar se não fosse o financiamento."

Com a ajuda de uma arquiteta, elecomprou móveis em diversas lojas, ena medida certa, para fazer uma salade leitura e um quarto na quitinete,além de aproveitar melhor o espaçodo banheiro. Como está pagando asprestações do financiamento imobi-liário, ele agora está com 40% da ren-da comprometida. "Gostei muito doresultado, porque valorizou o apar-tamento. Se eu o alugasse mobiliadohoje, poderia cobrar mais", observa.

SERVIÇOS TAMBÉM ENTRAM NA CONTASeja para construção,reforma ou ampliação, antesde escolher uma das linhasde crédito ou ir para as lojascomprar os materiais éimportante contratar umprojeto de um arquiteto,responsável pela autoria, ede um engenheiro, queresponde pela construção.Quando se trata de mudar acasa, muitos consumidoresacabam pulando essa etapa,e colocam em risco asegurança e o orçamento.

Segundo o sócio-titular daUniarq e diretor daAssociação Brasileira dosEscritórios de Arquitetura(Asbea), Frederico Rangel,ao contratar um projeto oconsumidor chega até aeconomizar. "Em umareforma, as mudanças nomeio do caminho podemencarecer a obra, fazendoaté triplicar o valor previstoinicialmente. É preciso terantes um projeto, paracomeçar a construir com

tudo especificado edetalhado e, maisimportante, não parar nomeio do caminho", afirma."Uma obra feitarapidamente pode custarmais, assim como aquelaque demora demais paraterminar", acrescenta.

Rangel diz que o custo doserviço do arquiteto não écoberto pelas linhas definanciamento oferecidaspelos bancos, mas nemsempre o trabalho é tão

elevado quanto se imagina.O valor geralmente dependeda complexidade do que oconsumidor deseja.

Em reformas simples, asoma de tudo o que épreciso para legalizar aobra, como o projeto e asautorizações da Prefeitura,podem custar de 10% a 12%do valor total previsto. "Essepercentual pode chegar a30% e isso depende dacomplexidade do que épedido. Às vezes, reformar

uma casa de vila, pequena,pode ser mais complexo seela estiver distante deligação elétrica ou de água.O mesmo pode ocorrer nocaso de um imóvel que estáem um bairro tombado."

Até um certo porte, a obratem de ser aprovada pelasubprefeitura da região.Obras maiores, como asfeitas em condomínios eprédios, exigem o alvará daSecretaria de Habitação. Senão houver ampliação, e a

obra for simples, como atroca de revestimentos, porexemplo, a Prefeitura sódeve ser comunicada. Omais importante é solicitaruma Certidão Negativa deDébitos (CND) quando aobra terminar e umdocumento chamadohabite-se. "Quando háaumento de área construídaa prefeitura refaz o cálculodo Imposto Predial eTerritorial Urbano (IPTU)",afirma Rangel.

COMPARE AS LINHASBanco do BrasilCrédito Material de Construção

Co n d i ç õ e s : Ser correntista, ter limite aprovadopara o uso da linha, usar cartão Ourocard Visaou BB Visa Electron e assinar o contrato deadesão na agência. É preciso comprar osmateriais, em lojas conveniadas, com ocartão de débito Visa Electron, na opçãoDébito Parcelado.Pra zo : O cliente escolhe a data do primeiropagamento e a quantidade de parcelas, nomínimo em duas vezes e no máximo em 60meses. A cobrança é feita mensalmente naconta-cor rente.L i m i te : até R$ 50 milTaxa de juros: Depende do prazo e varia de2,34% ao mês a 3,95% ao mês. Na contrataçãoé cobrada a alíquota de 1,5% ao ano e mais0,38% em uma única vez de Imposto sobreOperações Financeiras (IOF).

Bradesco

Co n d i ç õ e s : Ser correntista e comprar osmateriais em lojas credenciadas à AssociaçãoNacional dos Comerciantes de Material deConstrução (Anamaco).Pra zo : 48 mesesL i m i te : Mínimo de R$ 500 e, no máximo,100% da nota fiscal da compra.Taxa de juros: A partir de 1,89% ao mês

Caixa Econômica – Construcard

Co n d i ç õ e s : Ser correntista ou iniciarrelacionamento com o banco, apresentargarantias, assinar o contrato na agência eutilizar um cartão específico para a compra dosmateriais de construção, que deve ser feitaapenas em estabelecimentos credenciadospela Caixa. Há uma carência de seis meses.Pra zo : Até 60 mesesL i m i te : Mínimo de R$ 1 mil e máximo definidode acordo com a capacidade de pagamentoaprovada para o tomador do empréstimo. Paracontratações acima de R$ 180 mil é precisoapresentar garantias reais. Clientes com tempode relacionamento menor do que três meses eque obtenham crédito superior a R$ 30 milprecisam apresentar como garantia o aval,alienação de veículo, caução, hipoteca ealienação de bem imóvel.Taxa de juros: A partir de 2,49% ao mês maisTaxa Referencial (TR). Na contração é cobradoIOF de 0,38% e de 1,5% ao ano.

Itaú Unibanco – Construshop

Co n d i ç õ e s : É preciso comprar em lojas queaceitem o cartão de débito Mastercard. A linhapermite a aquisição de objetos de decoração emóveis planejados ou não.Pra zo : Até 60 mesesL i m i te : Até R$ 300 mil, dependendo dea p rova ç ã o.Taxa de juros: A partir de 2,1% ao mês e IOF.

Santander – Construção Fácil

Co n d i ç õ e s : Ser correntista e deixar o terrenoou imóvel em construção como garantia.O dinheiro é disponibilizado na contaa nte c i p a d a m e nte.Pra zo : Até 30 anos.L i m i te : Máximo correspondente a 75% dovalor do imóvel. A linha financia a compra dematerial de construção para imóveis que valema partir de R$ 20 mil.Taxa de juros: De 0,84% ao mês mais TR(ou 10,5% ao ano) para imóveis que valem atéR$ 500 mil e de 0,91% ao mês mais TR(ou 11,5% ao ano) para imóveis de valorsuperior a R$ 500 mil.Fonte: bancos

Page 14: DC 06/02/2012

sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de fevereiro de 201214 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

CAIXA 1O seu consultor financeiro

economia

AG E N DA Bolsa T E N TAACERTAR rot a

Depois de terem supor-tado meses de perdasao longo de 2011, osinvestidores do merca-

do acionário brasileiro final-mente puderam recuperar nospoucos pregões deste ano pelomenos parte da desvalorização– e, mais importante, já conse-guem enxergar possibilidadesde ganhos nos próximos meses.A relativa calmaria nos merca-dos internacionais, como resul-tado de indicadores positivosna Europa e nos Estados Unidos,já permite aos analistas preverdesempenho melhor para oIbovespa em 2012. Desde o iní-cio de janeiro, o índice acumulaalta de 14,91%.

E o comportamento dos in-vestidores estrangeiros, pelomenos por enquanto, confirmaessa perspectiva dos especialis-tas. Para se ter uma ideia, entreos dias 2 e 24 de janeiro, o saldode investimentos externos nabolsa brasileira (a diferença en-tre as compras e vendas) ficoupositivo em R$ 5,4 bilhões, omelhor resultado para o perío-do em cinco anos. Em janeiro de

2010, o saldo havia ficado nega-tivo em R$ 4,7 bilhões.

Juro baixoajuda bolsa

Além da melhora do cenárioexterno, contribui para o bommomento da bolsa a expectati-va de continuidade da quedados juros, reforçada pelo pró-prio Banco Central (BC) na ata

da última reunião do Comitê dePolítica Monetária (Copom). Odocumento indicou, na últimasemana de janeiro, a possibili-dade de a taxa básica (Selic), ho-je em 10,5% anuais, chegar a umdígito. Sempre que o juro básicocai aumenta a atratividade darenda variável aos olhos dos es-trangeiros, que podem ganharmais comprando ações do queaplicando em títulos públicos.

E é exatamente essa maciçaentrada de estrangeiros quetem derrubado as cotações dodólar no Brasil. Na sexta-feira, amoeda norte-americana encer-rou os negócios cotada, paravenda, a R$ 1,717, com desvalo-rização de 0,29%. No ano, a divi-sa acumula perdas de 8%.

A n a l i s t a s ve e m g ra n d e schances de companhias brasi-leiras continuarem captandorecursos no exterior, o que au-menta a entrada de dólares noPaís e, consequentemente, pro-voca baixa das cotações.

Nessa cenário, o mercadoaguarda alguma intervençãodo BC para impedir maior valo-rização do real. ( D C / Ag ê n c i a s )

7 Te r ç a - fe i ra

IBGE divulga pesquisaindustrial mensal regional

referente a dezembro

8 Q u a r t a - fe i ra

Divulgação do IGP-DIde janeiro. Pesquisa da

Fundação Getulio Vargas.

10 S ext a - fe i ra

Saem os resultadosde janeiro do IPCA e doINPC, índices do IBGE.

Page 15: DC 06/02/2012

sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de fevereiro de 2012 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

Inflaçãomedida peloIPCA devecair no ano

Segundo projeção do professor Heron doCarmo, o Índice de Preços ao ConsumidorAmplo (IPCA) vai recuar ao longo de 2012 e

fechar o ano em 5,12%.

OÍndice de Preços aoConsumidor Am-plo (IPCA) deve re-cuar um pouco e

encerrar o ano em 5,12%, se-gundo projeção do professorda Faculdade de Economia,Administração e Contabilida-de da Universidade de SãoPaulo (FEA/USP) e membrodo Conselho Regional de Eco-nomia de São Paulo (Corecon-SP), Heron do Carmo. "Umaameaça à inflação no País é oaumento nos preços dos com-bustíveis", disse. Na opiniãode do Carmo, o problema deescassez do álcool e a defasa-gem de preços da Petrobraspodem levar o governo a revera política de preços neste ano."Acho que isto tem de ser revis-to, mas se ocorrer, pode levar aum aumento na inflação nãoexplosivo, mas que vai ultra-passar a projeção", disse.

México – Outra ameaça à al-ta de preços, segundo ele, é orompimento do acordo deisenção fiscal aos automóveisproduzidos no México, que es-tá em discussão no governo."Ao limitar a importação, o go-verno cria uma restrição e con-tribui adicionalmente para oaumento de preços dos carrospopulares", disse.

O peso dos automóveis noIPCA é de cerca de 5% e nãochega a ser tão significativo,mas segundo do Carmo, umpossível aumento poderiacausar impacto de até três pon-tos no índice. Os veículos e oscombustíveis fazem parte dogrupo Transportes que, na no-va metodologia de cálculo doIPCA, tem peso de 20,54%,maior apenas do que alimenta-ção e bebidas (23,12%).

Segundo o professor, outrofator que influencia a inflação éo câmbio que, em sua estimati-va, deve se estabilizar em R$ 2neste ano. "Se houver uma des-valorização do dólar, há umaconcorrência com o produtoexterno, o que é bom por um la-do. Por outro, cria um proble-ma para o produto nacional epara a balança comercial", dis-se o especialista.

Na opinião de do Carmo, ogoverno não deve voltar a au-mentar a taxa de juros no se-gundo semestre. Se houvermelhora nas condições econô-micas da Europa no segundo

semestre e a demanda por cré-dito aumentar, ele diz acredi-tar que o governo brasileiropode utilizar uma série de ins-trumentos para segurar a am-pliação do crédito. "Há umaexpectativa de que a economiabrasileira cresça mais no se-gundo semestre", disse.

Vilões - Segundo do Carmo,os alimentos, que foram os vi-lões da inflação no ano passa-do, devem ter um comporta-mento mais favorável nesteano, a não ser em períodos dechoques de oferta. "Vamosaguardar até março para sabero impacto das influências cli-máticas sobre estes itens."

Outro vilão da inflação em2011 foi o grupo de serviços,que deve atingir o pico de altanos preços em janeiro (0,67%) efevereiro (1,03%) em razão daalta das mensalidades escola-res, segundo as projeções parao IPCA feitas por Carmo. "Deforma geral, os preços dos ser-viços devem evoluir acima damédia neste ano, mas não nomesmo ritmo acelerado de2011 por dois fatores: o aumen-to da oferta de serviços pes-soais e a renda, que não deveaumentar tanto", disse. A de-manda, segundo Carmo, devecrescer em ritmo compatívelcom o potencial de crescimen-to da economia, que é de 3,5%."Se não houver melhora no ín-dice de desemprego, haveráredução dos preços dos servi-ços", disse.

Especialista acredita que a economia brasileira irácrescer mais no segundo semestre.economia

Newton Santos/Hype

Heron do Carmo da FEA-USP e do Conselho Regional de Economia de São Paulo (Corecon-SP): alta das mensalidades escolares pesou na inflação.

Rejane Tamoto

Uma ameaça à inflaçãono País é o aumento nospreços doscombustíveis.

HER ON DO CA R M O, PR OFESSOR

DA FAC U L D A D E DE ECO N O M I A ,ADMINISTR AÇÃO E CO N TA B I L I D A D E DA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAU LO (USP)

Valor quebrado de mercadoriaatrai consumidor às lojas

Uma pesquisa doPrograma deAdministração do

Varejo, da Fundação Institutode Administração (FIA)mostra que 70% das pessoasassociam o preço quebrado(R$ 5,90, por exemplo) a umapromoção — um estímulo àcompra por impulso. Asvariadas motivações doconsumidor para decidircomprar, como essa do preçoquebrado, são objeto deestudo em todo o mundo. Aaquisição de um produtopode acontecer em segundos,por força de um planejamentoou por impulso.

O entendimento dessadinâmica requer defabricantes e varejistasatenção cuidadosa com oconjunto de variáveis quedeterminam, em últimainstância, o sucesso de umamarca e a saúde financeirados negócios. Principalmenteagora, em tempos de estímuloao consumo consciente.

Sustentabilidade – Acompra por impulso é aquelaque excede o gasto planejadopela pessoa antes de entrar naloja, define o presidente doconselho do Provar, Claudio

Felisoni. "A sustentabilidadeé importante, mas não existesustentabilidade em umaempresa falida. Os estudossobre consumo estão na baseda sociedade capitalista",afirma o especialista.

Felisoni lembra que acompra por impulso aumentaa rentabilidade das empresas,o nível de emprego epromove o crescimento. "Poroutro lado, estimula oconsumismo. São fatos. Ascompanhias sabem disso e sevalem de questõespsicológicas para estimularessa modalidade de venda."

Nesse contexto, acrescentao especialista, também adivulgação na televisão, ou apromoção no ponto de vendado tipo "leve três e paguedois", seriam mais umestímulo ao consumismo.

Sinergias "As tendênciasestão coexistindo no varejo",comenta o pesquisador doPrograma Varejo Sustentável,do Centro de Excelência emVarejo da Fundação GetúlioVargas (GVcev), LuizMacedo. Ele justifica que omesmo varejista que estimulao consumidor a comprar porimpulso, vende produtos queele necessita. Também poderáoferecer em seu site o serviçode logística reversa, com o

Fátima Lourenço

Div

ulga

ção

Felisoni: empresas se valem do psicológico para estimular as vendas.

objetivo de tornar a compramais consciente.

Nada impede, continuaMacedo, que em uma ilha deprodutos afins (vinho, queijoe pães), criada justamentepara estimular o consumo porimpulso, haja algum produtoorgânico (produção que levaem conta o equilíbriosocioambiental), ou atémesmo uma campanha quedestine o percentual da vendade um dos itens para algumaatividade associada à

sustentabilidade.Opções – O ideal, sugere

Macedo, é que o varejoofereça diversas opções deprodutos que sejamconcebidos com atributos desustentabilidade em todas ascategorias que comercializa.E, importante, que informeessa característica aoconsumidor. "Só com o tempoperceberemos se esses doisfatores vão coexistir, ou se sãoapenas uma modamomentânea", destaca.

Autor analisa as compraspor impulso em livro

No livro "Compras porImpulso!", o funda-dor da agência Dia

Comunicação, Gilberto Strun-ck, aborda a evolução dasações de marketing no pontode venda e as grandes mudan-ças do varejo. Ele relaciona osdiferentes personagens envol-vidos no processo de compra.O consumidor é, na definiçãodo autor, "quem finalmente iráusar o que foi comprado".

O processo, no entanto, tam-bém poderá envolver o in-fluenciador (leva um amigo acomprar determinada marca),o decisor (um diretor que deci-de qual rede especificada seráadquirida) e o pagador (em-presa que paga o que o diretorc o m p ro u ) .

O livro traz a evolução his-tórica do varejo, desde o "mo-delo vencedor", em formatode feiras, passando pelas mu-danças que a indústria impri-miu para acompanhar astransformações no ponto devenda. O varejo vira fabrican-te de suas marcas próprias e aindústria abre lojas para ven-der a produção.

Es timu lan tes Strunck men-ciona Steven Quartz, no capí-tulo sobre neuromarketing,com sua afirmação de que"nossos inconscientes são mui-to mais utilizados para fazerdecisões do que podemos ima-ginar". O autor lembra que80% das decisões são determi-nadas pelo inconsciente. Essefato representa uma grandeoportunidade para as marcas epara os varejos, pelas oportu-nidades de transformar os am-bientes de venda em "espaçossensorialmente estimulantes,que visem ao lado emocionalde nossos cérebros".

Para Strunck, o objetivo nãoé dar um passo a passo da ven-da por impulso. O aspectoprincipal é mostrar a impor-tância da comunicação damarca no varejo. Entre as ten-dências comentadas no livro,ele destaca as novas tecnolo-gias e formatos diferenciadosde varejo. "Há uma qualidadeenorme de tecnologia disponí-vel. O mais importante são aspessoas. Se a loja for fria, o con-sumidor migrará para a con-corrência", diz. (FL)

Divulgação

Strunck: 80% das decisões são determinadas pelo inconsciente.

Page 16: DC 06/02/2012

sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de fevereiro de 201216 DIÁRIO DO COMÉRCIOca

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2010www.agenda-empresario.com.br ANO XXV Apoio: Cenofisco

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www.agenda-empresario.com.br ANO XXV APOIO: CENOFISCOSEGUNDA-FEIRA, 06 DE FEVEREIRO DE 2012

AS DESPESAS COM A AQUISIÇÃO DE ENCICLOPÉDIAS,LIVROS,PUBLI-CAÇÕES E MATERIAIS TÉCNICOS PODEM SER DEDUZIDAS?

Não. O valor relativo à aquisição dessas publicações não pode serdeduzido na Declaração de Ajuste Anual.

QUAL A QUANTIDADE DE TÉCNICOS DE SEGURANÇA DO TRABALHONECESSÁRIA PARA QUANTIDADE DE FUNCIONÁRIOS?

Informamos que para que seja feito o dimensionamento do SESMTé necessário que a empresa verifique o seu grau de risco e enquadrecom a quantidade de empregados, conforme quadro II da NR 4.Base legal – NR 4 quadro I e II.

QUAIS SÃO OS RISCOS DE UMA EMPRESA QUE AINDA NÃO REGISTROUUM FUNCIONÁRIO SE O MESMO SOFRE UM ACIDENTE DE TRABALHO?

Informamos que poderá a empresa ser autuada pela fiscalizaçãopela falta de registro deste empregado. Outrossim, poderá oempregado sentindo-se prejudicado ingressar com ação trabalhistae caberá ao Poder Judiciário à decisão.

QUAL O PERCENTUAL MÁXIMO QUE A EMPRESA PODE DESCONTARNUMA RESCISÃO CONTRATUAL REFERENTE A EMPRÉSTIMO?

O desconto de empréstimo consignado pode incidir sobre as verbasrescisórias devidas ao empregado,até o limite de 30% do valor líquidoa receber. Base Legal – Lei nº 10.820/03, art.1º, § 1º c/c art.2º,V.

OBRIGAÇÃO DE POSSUIR MÉDICO E ENFERMEIRA DO TRABALHOQuando passa a ser obrigatório a existência do médico do trabalho e enfer-meira do trabalho? Saiba mais:[www.empresario.com.br/legislacao].

AS DESPESAS COM FRETE DE PESSOA JURÍDICA DÃO DIREITO AOCRÉDITO DE PIS/COFINS?

O valor do frete pago na aquisição de insumo pode integrar a basede cálculo do crédito previsto no art. 3º, II, da Lei nº 10.637, de2002, desde que a aquisição do insumo dê direito à apuração decrédito e desde que a aquisição do frete esteja sujeita à incidênciado PIS/Pasep. (art. 3º, II da Lei nº 10.833/2003).

TRANSMISSÃO E ENVIO DOS ARQUIVOS SEFIPQual o prazo para transmissão e envio dos arquivos da SEFIP e emcaso de atraso, quais são as penalidades? Saiba mais acessando aíntegra no site: [www.empresario.com.br/legislacao].

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O único inimigo é a chuva. Se der sol, será o melhor carnaval dos últimos tempos com certeza.Pierre Sfeir, da Festas & Fantasiaseconomia

A procura por máscaras, fantasias eartigos para comemorar a data, sejanas ruas ou nos salões, movimentao comércio de artigos para festas.Há quem aposte em crescimento deaté 20% no faturamento deste ano.

É nesse clima que PierreSfeir, proprietário da loja Fes-tas & Fantasias, na LadeiraPorto Geral, faz previsões bas-tante otimistas. Segundo ele,foram ampliados os investi-mentos para este carnaval e oretorno não deve deixar pormenos. "A expectativa é de au-mento de 18% a 20%. Nesta se-mana está sendo dado o sinalverde para as vendas."

O otimismo acompanha, se-gundo ele, o bom movimentoregistrado no Natal e no ano-novo. Sfeir, no entanto, faz res-salvas quanto às mudanças detempo na Capital. "O único ini-migo é a chuva. Se der sol, será

o melhor carnaval dos últimostempos com certeza". Segundoo empresário, a partir da próxi-ma sexta-feira começam a au-mentar as vendas para o con-sumidor final. Até lá, a maioriadas compras são feitas por ou-tros comerciantes, na tentativade abastecer seus estoques. "Jávendemos bastante para esco-las de samba e para clubes tam-bém", diz Sfeir.

As vendas virtuais de más-caras e fantasias também pa-recem ser promissoras. Vivia-ne Saladino, gerente da Lojado Prazer, acredita que o car-naval deste ano seja até 10%mais positivo que o de 2011.

"Temos nos baseado na mar-gem de crescimento naturalregistrada pela empresa todosos anos", conta ela.

Mas nem todos os comer-ciantes estão assim tão em-polgados com a chegada dosdesfiles de escolas de samba,blocos de rua e festas de salão.A expectativa de Sfeir e Vivia-ne por boas vendas contras-tam com a realidade vividaaté agora pela Porto das Fes-tas e Fantasias, também loca-lizada na Ladeira Porto Ge-ral. Marcio Santos, gerente daloja, espera, no máximo, igua-lar as vendasdo ano passa-do. "O pessoalestá com medoda crise econô-mica lá fora. Jáera para estart u d o c h e i oaqui", diz.

S e m p r e f e-rência–Ao con-trár io do queocorreu nos úl-t i m o s a n o s ,

quando algumas personali-dades ganharam destaque e setornaram os alvos principaisdos foliões, neste carnaval nãodeve haver uma unanimida-de. O presidente norte-ameri-cano Barack Obama, o ex-pre-sidente Luiz Inácio Lula daSilva e a atual mandatária bra-sileira Dilma Rousseff já fo-ram sucesso de vendas para afesta nos últimos anos. Mas is-so é coisa de outros carnavais,conforme Sfeir. O empresárioafirma que para este ano nãohá um destaque individual.Segundo ele, isso ocorre por-

Alegria de foliões

alavanca vendas

para o carnaval

Fotos: Luiz Prado/LUZ

Para atrairconsumidores, opçõespara vendas ocupam

até o teto das lojas.

Rafael Nardini

Comerciantes já re-gistram um aumen-to na procura porfantasias e másca-

ras de carnaval na região cen-tral da Capital paulista. NaLadeira Porto Geral, que con-centra a maioria das lojas es-pecializadas nesse tipo de co-mércio na cidade, a movimen-tação já era grande na últimasemana, conforme verificou oDiário do Comércio. Paraatrair os consumidores, os co-merciantes oferecem as maisdiversas opções, espalhadaspor todas as partes, incluindoo teto das lojas. Máscaras, imi-tações de animais e persona-gens são vendidos para orna-mentar as paredes dos salõesonde acontecerão os bailes ematinês. As crianças tambémganham bastante espaço nafolia, com fantasias, princi-palmente, de personagens dedesenhos animados e histó-rias em quadrinhos.

A expectativa é decrescimento de18% a 20%. Nestasemana está sendodado o sinal verdepara as vendas.

PIERRE SFEIR, DA LO J A

FE S TA S & FA N TA S I A S

que "não tivemos escândalos",mesmo com todo rebuliço mi-nisterial ocorrido em 2011.

Para Santos, da loja Portodas Festas e Fantasias, os des-taques ficam com as fantasiasinfantis. "Sai bastante Super-Homem, Homem-Aranha,Batman e os personagens (dodesenho animado) Ben 10".

A gerente da Loja do Prazer,Viviane Saladino, também nãovê uma personalidade que me-reça destaque neste ano. "Nos-sas vendas online têm registra-do uma boa procura de fanta-sias de coelhinhas", comenta.

Acho que opessoal está commedo dessa criselá fora. Já erapara estar tudocheio aqui.

MAR CIO JOSÉ SA N TO S ,DA LO J A POR TO DAS

FE S TA S E FA N TA S I A S

PREFEITURA MUNICIPAL DE

CASTILHO/SP

PROCESSO LICITATÓRIO 87/11 - PREGÃO 38/11Objeto: Contratação de instituição financeira para prestação de serviços bancários, com exclusividade,objetivando o pagamento de salários dos servidores públicos municipais ativos, inativos e pensionistas ea operacionalização de empréstimo consignado. Termo de rerratificação. 01 – Fica antecipada a data derealização do certame para 24 de fevereiro de 2012, às 9 horas. 02 - As demais cláusulas e condiçõespermanecem inalteradas. Antonio Carlos Ribeiro – Prefeito. A Debitar (04.02.12)

PREFEITURA MUNICIPAL DE

PEREIRA BARRETO/SP

Pregão Presencial nº 002/2012 - Processo nº 380/2012RESUMO DE EDITAL

Arnaldo Shigueyuki Enomoto, Prefeito de Pereira Barreto, faz saber que seacha aberta até às 09h30min do dia 23 de Fevereiro de 2012, o PregãoPresencial nº 002/2012 que tem por objeto, a Seleção para obtenção daproposta mais vantajosa para Administração Pública Municipal, pelo critériode julgamento de menor preço por item, para a aquisição de materiaisOdontológicos para uso nas Unidades Odontológicas e aquisição deescovas, creme e fio dental para prevenção odontológica (DistribuiçãoGratuita), de acordo com a Lei Federal nº 10.520/2002. Maioresinformações no Dep. de Licitações desta Prefeitura, pelo fone/fax (18) 3704-8505, e-mail [email protected], ou ainda o Edital completono website www.pereirabarreto.sp.gov.br.

Pereira Barreto, 03 de fevereiro de 2012.Arnaldo Shigueyuki Enomoto - Prefeito Municipal

DOMMO EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.CNPJ/MF nº 04.034.792/0001-76 - NIRE Nº 35.300382161

Companhia AbertaATA DA REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REALIZADA EM 30 DE JUNHO DE2011. I. DATA, HORA E LOCAL DA REUNIÃO: Aos 30 (trinta) dias do mês de junho de 2011, às19 horas, na Avenida das Nações Unidas, 12.901, 27º andar, cidade de São Paulo, Estado de SãoPaulo. II. QUORUM: A totalidade dos membros do Conselho de Administração. III. CONVOCAÇÃO:Dispensada em razão da presença da totalidade dos membros do Conselho. IV. MESA: Presidente:José Mauro Mettrau Carneiro da Cunha; Secretária: Maria Gabriela Campos da Silva MenezesCôrtes. V. ORDEM DO DIA: (1) Apreciar o pedido de renúncia do Luiz Eduardo Falco Pires Corrêaaos cargos de Conselheiro de Administração e Diretor Superintendente da Companhia; (2) conduziro suplente do Sr. Luiz Eduardo Falco Pires Corrêa, o Sr. Francis James Leahy Meaney, à condiçãode membro efetivo, em complementação de mandato; e (3) eleger o Diretor Superintendente, emcaráter interino, e consolidar a estrutura da Diretoria da Companhia. VI. DELIBERAÇÕES: Iniciada areunião, relativamente ao item 1 da Ordem do Dia, o Conselho acolheu o pedido de renúncia, a partirdesta data, do Sr. Luiz Eduardo Falco Pires Corrêa, aos cargos de membro efetivo do Conselho deAdministração e Diretor Superintendente da Companhia, tendo os membros do Conselho agradecidoe enaltecido o desempenho do mesmo no exercício de suas funções. Em seguida, passando aoitem 2 da Ordem do Dia em cumprimento ao parágrafo único do artigo 12 do Estatuto Social daCompanhia, os Srs. Conselheiros conduzem o suplente do Sr. Luiz Eduardo Falco Pires Corrêa,Sr. Francis James Leahy Meaney, à função de membro efetivo do Conselho de Administração,em complementação de mandato, restando vago o cargo de suplente. Os senhores conselheirosdecidiram fazer o registro da consolidação da composição do Conselho de Administração dacompanhia que, a partir desta data, fica integrado pelos seguintes membros: (1) Como efetivo o Sr.José Mauro Mettrau Carneiro da Cunha, brasileiro, casado, portador da Carteira de Identidadenº. 02.549.734-8, expedida pelo IFP/RJ, inscrito no CPF/MF sob o nº. 299.637.297-20, residente edomiciliado na cidade do Rio de Janeiro (RJ), com endereço comercial na Rua General Garzon nº.22, sala 508, tendo como suplente o Sr. José Augusto da Gama Figueira, brasileiro, divorciado,engenheiro, portador da carteira de identidade nº. M-8.263.413, SSP/MG, inscrito no CPF/MF n°242.456.667-49, residente e domiciliado na Cidade do Rio de Janeiro (RJ), com endereço comercial àPraia de Botafogo n.º 300, 11º andar, sala 1101; (2) como efetivo o Sr. Francis James Leahy Meaney,irlandês, solteiro, economista, portador da carteira de identidade RNE nº V218988-N, expedida pelaCIMCRE/CGPMAF, inscrito no CPF/MF sob o nº 054.404.117-80, com endereço profissional na RuaHumberto de Campos, nº 425, 8º andar, Leblon, Rio de Janeiro/RJ, tendo como suplente (vago); (3)como efetivo o Sr. João de Deus Pinheiro de Macedo, brasileiro, casado, engenheiro, portador dacarteira de identidade nº 0056006420, expedida pelo SSP/BA, inscrito no CPF sob o nº 060.055.275-68, com endereço comercial na Rua Humberto de Campos 425, 8º andar, Leblon, Rio de Janeiro– RJ, tendo como suplente o Sr. Maxim Medvedovsky, brasileiro, casado, engenheiro, portador dacarteira de identidade nº 101915858, expedida pelo IFP, inscrito no CPF/MF sob o nº 016.750.537-82,residente e domiciliado na cidade do Rio de Janeiro, com escritório na Rua Humberto de Campos,425, 8º. Andar, Leblon, na cidade do Rio de Janeiro/RJ; (4) como efetivo o Sr. Júlio César Fonseca,brasileiro, separado judicialmente, psicólogo, portador da carteira de identidade nº M-1.367.001,expedida pela SSP/MG, inscrito no CPF/MF sob o nº 318.103.906/30, com endereço profissionalna Rua Humberto de Campos, nº 425, 8º andar, Leblon, Rio de Janeiro/RJ, e, como seu suplente oSr. Francisco Aurélio Sampaio Santiago, brasileiro, casado, engenheiro, portador da carteira deidentidade nº 244543, expedida pela SSP/SE, inscrito no CPF/MF sob o nº 145.053.631-04, comendereço profissional na Rua Humberto de Campos, nº 425, 8º andar, Leblon, Rio de Janeiro/RJ,todos com mandato até a AGO de 2014. Por fim, relativamente ao item 3 da Ordem do Dia, tendoem vista a renúncia descrita no item “1” acima, deliberaram os Srs. Conselheiros, com abstenção doSr. José Mauro Mettrau Carneiro da Cunha, nomear para o cargo de Diretor Superintendente, emcaráter interino, o Sr. José Mauro Mettrau Carneiro da Cunha, abaixo qualificado. O diretor eleitofirmou o respectivo Termo de Posse e Investidura, na presente data, e declara não estar incursoem nenhum dos crimes previstos em lei que o impeça de exercer o cargo para o qual foi indicado.Os senhores acionistas decidiram fazer o registro da consolidação da composição da Diretoria dacompanhia que fica integrada pelos seguintes membros: (i) como Diretor Superintendente, o Sr.José Mauro Mettrau Carneiro da Cunha, brasileiro, casado, portador da cédula de Identidade nº02.549.734-8, expedida pelo IFP/RJ, inscrito no CPF/MF sob o nº 299.637.297-20, com endereçoprofissional à Praia de Botafogo, nº 300, sala 1101, Botafogo, Rio de Janeiro/RJ; (ii) como DiretorVice-Presidente, o Sr. Tarso Rebello Dias, brasileiro, casado, economista, portador da carteira deidentidade nº 08.401.392-9, expedida pelo IFP/RJ, inscrito no CPF/MF sob o nº 021.455.577-17, comendereço na Rua Humberto de Campos nº 425, 8º andar, na Cidade do Rio de Janeiro/RJ; e (iii) comoDiretor, sem designação específica e Diretor de Relações com Investidores, o Sr. Alex WaldemarZornig, brasileiro, casado, contador, portador da carteira de identidade nº 9415053, expedida pelaSSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o nº 919.584.158-04, com endereço na Rua Humberto de Camposn.º 425, 8º andar, na Cidade do Rio de Janeiro – RJ, todos com mandato até a realização da primeirareunião deste Conselho que seguir a AGO de 2014. VII. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo atratar, foi lavrada a presente Ata que, lida e achada conforme, foi aprovada e assinada por todos ospresentes. Rio de Janeiro, 30 de junho de 2011. ASS.: Maria Gabriela Campos da Silva MenezesCôrtes - Secretária. Conselheiros: José Mauro Mettrau C. da Cunha - Presidente da Mesa; Joãode Deus Pinheiro de Macêdo e Julio Cesar Fonseca. Certifico que a presente é cópia fiel da atalavrada em Livro próprio. Maria Gabriela Campos da Silva Menezes Côrtes - Secretária. JUNTACOMERCIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Certifico o registro sob o número 366.459/11-9 e datade 12/09/2011. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:COMUNICADO

Retificação DOE de 21/01/2012 e Jornal de Grande Circulação. Na publicação referente às licitações abaixo, leia-secomo segue e não como constou:46/00617/11/02 - Execução de Serviços de Vistorias Técnicas com Elaboração de Laudo e recomendações, incluindoa Elaboração de Projeto, quando solicitado, para Reforço e/ou Recuperação Relativos a Anomalias Estruturais em Prédiospertencentes à Rede Pública de Ensino do Estado de São Paulo - Região A - 11:30 - 23/02/2012.46/00618/11/02 - Execução de Serviços de Vistorias Técnicas com Elaboração de Laudo e recomendações, incluindoa Elaboração de Projeto, quando solicitado, para Reforço e/ou Recuperação Relativos a Anomalias Estruturais em Prédiospertencentes à Rede Pública de Ensino do Estado de São Paulo - Região B - 14:00 - 23/02/2012.46/00619/11/02 - Execução de Serviços de Vistorias Técnicas com Elaboração de Laudo e recomendações, incluindoa Elaboração de Projeto, quando solicitado, para Reforço e/ou Recuperação Relativos a Anomalias Estruturais em Prédiospertencentes à Rede Pública de Ensino do Estado de São Paulo - Região C - 14:30 - 23/02/2012.Obs. Foi substituída a Especificação dos Serviços Anexo III, no que tange ao objeto (consultar Edital).

ASSOCIAÇÃO SAÚDE DA FAMÍLIASeleção de Fornecedores - Modalidade Coleta de Preços nº 007/2012

A ASSOCIAÇÃO SAÚDE DA FAMÍLIA – ASF comunica às empresas interessadas que se acha abertaa Seleção de Fornecedores OBJETIVANDO A CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA A PRESTA-ÇÃO DE SERVIÇOS DE REVESTIMENTO E PINTURA EM UNIDADE DE SAÚDE LOCALIZADA ÀRUA RUI DE MORAES APOCALIPSE, Nº 2 – JARDIM TIRO AO POMBO – SÃO PAULO – SP,INCLUINDO O FORNECIMENTO DE INSUMOS MATERIAIS, MÃO DE OBRA E EQUIPAMENTOS.Informações e Edital: Associação Saúde da Família, Praça Mal Cordeiro de Farias, 65 (11) 3154-7050,site: www.saudedafamilia.org endereço eletrônico [email protected]. Sessão Pública(entrega de documentos, material e abertura de envelopes):14/02/2012, às 10h00. Local dasessão: Associação Saúde da Família, Praça Marechal Cordeiro de Faria, 65 – Higienópolis – São Paulo.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo,

foram ajuizados no dia 03 de fevereiro de 2012, na Comarca da Capital, os

seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Requerente: Exprescom Comunicação do Brasil Ltda. Requerido: JM&FRadiocomunicação Brasil Ltda. Rua Bartolomeu Pampini, 33 - Sala 01 – ParqueMaria Fernandes - 1ª Vara de Falências.Requerente: Mato Grosso Indústria e Comércio de Fios, Tecidos e ArtefatosTêxteis S/A. Requerido: Segredus Jeans Ltda. Rua Doutor Virgilio doNascimento, 28 - Brás - 1ª Vara de Falências.Requerente: Texquim Produtos Químicos Ltda. Requerido: K & K ProdutosSerigráficos ME. Rua São João da Bocaina, 108 – Vila Diva - 2ª Vara deFalências.Requerente: Locamaster Rent a Car Ltda. ME. Requerido: Bebamais Comérciode Bebidas Ltda. Rua General Flores, 297 – Bom Retiro - 2ª Vara de Falências.Requerente: Di Martino e Giusti Indústrias Metalúrgicas Ltda. Requerido:Metalúrgica Lucco Ltda. Rua Liege, 168 – Vila Vermelha - 2ª Vara de Falências.

Recuperação JudicialRequerente: Armac Comercial e Distribuidora de Ferro e Aço Ltda. Requerido:Armac Comercial e Distribuidora de Ferro e Aço Ltda. Rua dos Correntistas,150 – Vila Bancária - 2ª Vara de Falências.

Page 17: DC 06/02/2012

sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de fevereiro de 2012 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

Aranaú Holdings S.A.Em Organização

Ata da Assembleia Geral de Constituição realizada em 2.12.2011Aos 2 dias do mês de dezembro de 2011, às 8h, na sede social, Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, no 4o andar do PrédioPrata, reuniram-se as fundadoras e subscritoras do Capital Social da Aranaú Holdings S.A., em Organização, BradesplanParticipações Ltda., CNPJ no 61.782.769/0001-01, NIRE 35.221.205.208, e União Participações Ltda., CNPJ no 05.892.410/0001-08, NIRE 35.218.401.204, ambas com sede na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900, neste atorepresentadas por seu Diretor, senhor Domingos Figueiredo de Abreu, brasileiro, casado, bancário, RG 6.438.883-9/SSP-SP,CPF 942.909.898/53, com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, e qualificadas no Boletim de Subscrição quepermanecerá arquivado na Sede da Sociedade. Por aclamação, assumiu a presidência dos trabalhos, atendendo ao dispostono Parágrafo 1o do Artigo 87 da Lei no 6.404/76, o senhor Domingos Figueiredo de Abreu, Diretor das Sociedades fundadoras,que convidou o senhor Antonio José da Barbara para Secretário. Dando por instalada a Assembleia e considerada regular emface do comparecimento das subscritoras, de acordo com o disposto no Parágrafo 4o do Artigo 124 da Lei no 6.404/76, osenhor Presidente procedeu, nos termos do já citado Parágrafo 1o do Artigo 87 da Lei no 6.404/76, à leitura do recibo dedepósito do Capital Social, totalmente realizado em dinheiro, efetuado no Banco Bradesco S.A., desta praça, do Boletim deSubscrição e do Projeto do Estatuto Social a seguir transcrito: “Aranaú Holdings S.A. - Estatuto Social - Título I - DaOrganização, Duração e Sede. Art. 1o) A Aranaú Holdings S.A., doravante chamada Sociedade, rege-se pelo presenteEstatuto. Art. 2o) O prazo de duração da Sociedade é indeterminado. Art. 3o) A Sociedade tem sede na Cidade de Deus, PrédioPrata, 4o andar, Vila Yara, no Município de Osasco, Estado de São Paulo, CEP 06029-900, e foro no mesmo Município. Art. 4o)Poderá a Sociedade instalar ou suprimir Filiais, Escritórios e Dependências de qualquer natureza no País e no Exterior, acritério da Diretoria, observados os preceitos legais. Título II - Dos Objetivos Sociais. Art. 5o) A Sociedade tem por objetivo: a)administração, locação e compra e venda de bens próprios; b) participação em outras sociedades como cotista ou acionista.Título III - Do Capital Social. Art. 6o) O Capital Social é de R$1.000,00 (mil reais), dividido em 1.000 (mil) ações ordinárias,nominativas-escriturais, sem valor nominal. Parágrafo Primeiro - Nos aumentos de capital, será realizada no ato dasubscrição a parcela mínima exigida em lei e o restante será integralizado mediante chamada da Diretoria, observados ospreceitos legais. Parágrafo Segundo - Todas as ações da Sociedade são escriturais, permanecendo em contas dedepósito, na Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, em nome de seus titulares, sem emissão decertificados, podendo ser cobrado dos acionistas o custo do serviço de transferência da propriedade das referidas ações.Título IV - Da Administração. Art. 7o) A Sociedade será administrada por uma Diretoria, eleita pela Assembleia Geral, commandato de 1 (um) ano, composta de 2 (dois) a 9 (nove) membros, sendo 1 (um) Diretor-Presidente e de 1 (um) a 8 (oito)Diretores. Art. 8o) Aos Diretores compete administrar e representar a Sociedade, com poderes para obrigá-la em quaisqueratos e contratos de seu interesse, podendo transigir e renunciar direitos e adquirir, alienar e onerar bens, observando odisposto no Parágrafo Primeiro deste Artigo. Parágrafo Primeiro - Dependerá de prévia autorização do Conselho deAdministração do controlador direto ou indireto: a) a aquisição, alienação e a oneração de bens integrantes do AtivoPermanente e de participações societárias de caráter não-permanente, quando de valor superior a 1% (um porcento) dorespectivo Patrimônio Líquido, nos casos de operações com empresas não integrantes da Organização Bradesco; b) aconstituição de ônus reais e a prestação de garantias a obrigações de terceiros; c) associações envolvendo a Sociedade,inclusive participação em acordo de acionistas. Parágrafo Segundo - Ressalvadas as exceções previstas expressamenteneste Estatuto, a Sociedade só se obriga mediante assinaturas, em conjunto, de no mínimo 2 (dois) Diretores. ParágrafoTerceiro - A Sociedade poderá também ser representada por no mínimo 1 (um) Diretor e 1 (um) procurador, ou por no mínimo2 (dois) procuradores, em conjunto, especialmente constituídos, devendo do respectivo instrumento de mandato constar osseus poderes, os atos que poderão praticar e o seu prazo. Parágrafo Quarto - A Sociedade poderá ainda ser representadaisoladamente por qualquer membro da Diretoria ou por procurador com poderes específicos, nos seguintes casos: a)mandatos com cláusula “ad judicia”, hipótese em que a procuração poderá ter prazo indeterminado e ser substabelecida; b)recebimento de citações ou intimações judiciais ou extrajudiciais; c) participação em licitações; d) em Assembleias Gerais deAcionistas ou Cotistas de empresas ou fundos de investimento de que a Sociedade participe, bem como de entidades de queseja sócia ou filiada; e) perante órgãos e repartições públicas, desde que não implique na assunção de responsabilidades e/ouobrigações pela Sociedade; f) em depoimentos judiciais. Art. 9o) Compete à Diretoria, reunida e deliberando de conformidadecom o presente Estatuto: a) deliberar sobre as condições das operações ativas e passivas; b) estabelecer o limite deendividamento da Sociedade; c) zelar para que os Diretores estejam, sempre, rigorosamente aptos a exercer suas funções;d) cuidar para que os negócios sociais sejam conduzidos com probidade, de modo a preservar o bom nome da Sociedade; e)sempre que possível, preservar a continuidade administrativa, altamente recomendável à estabilidade, prosperidade esegurança da Sociedade; f) fixar a orientação geral dos negócios da Sociedade; g) realizar o rateio da remuneração dosDiretores estabelecida pela Assembleia Geral e fixar as remunerações adicionais de Diretores e funcionários, quando entenderde concedê-las; h) autorizar a concessão de qualquer modalidade de doação, contribuição ou auxílio, independentemente dobeneficiário; i) aprovar a aplicação de recursos oriundos de incentivos fiscais; j) submeter à Assembleia Geral propostasobjetivando aumento ou redução do capital social, grupamento, bonificação, ou desdobramento de suas ações, operações defusão, incorporação ou cisão e reformas estatutárias da Sociedade. Art. 10) Além das atribuições normais que lhe sãoconferidas pela lei e por este Estatuto, compete especificamente a cada membro da Diretoria: a) ao Diretor-Presidente,presidir as reuniões da Diretoria, supervisionar e coordenar a ação de seus membros; b) aos Diretores, coordenar e dirigir asatividades de suas respectivas áreas, reportando-se ao Diretor-Presidente. Art. 11) A Diretoria fará reuniões sempre quenecessário, deliberando validamente desde que presente mais da metade dos Diretores em exercício, com a presençaobrigatória do titular do cargo de Diretor-Presidente ou seu substituto. As reuniões serão realizadas sempre que convocados osseus membros pelo Presidente ou por no mínimo 2 (dois) Diretores. A Diretoria deliberará por maioria de votos, cabendo ao

Presidente voto de qualidade, no caso de empate. Parágrafo Único - Em caso de ausência ou impedimento temporário dequalquer Diretor, inclusive do Diretor-Presidente, a própria Diretoria escolherá o substituto interino dentre seus membros. Emcaso de vaga, a eleição do substituto se fará de acordo com o que dispõe o Artigo 7o, deste Estatuto. Art. 12) Para o exercíciodo cargo de Diretor é necessário dedicar tempo integral aos serviços da Sociedade, sendo incompatível o exercício do cargode Diretor desta com o desempenho de outras funções ou atividades profissionais, ressalvados os casos em que a Sociedadetenha interesse. Título V - Do Conselho Fiscal. Art. 13) O Conselho Fiscal, não-permanente, compor-se-á, quando instalado,de 3 (três) a 5 (cinco) membros efetivos e de igual número de suplentes. Título VI - Das Assembleias Gerais. Art. 14) AsAssembleias Gerais Ordinárias e Extraordinárias serão presididas por um Presidente e um Secretário, escolhidos pelosacionistas presentes. Título VII - Do Exercício Social e da Distribuição de Resultados. Art. 15) O ano social coincide com oano civil, terminando no dia 31 de dezembro. Art. 16) Serão levantados balanços em 31 de dezembro de cada ano, facultado àDiretoria determinar o levantamento de outros balanços, semestrais ou em menores períodos, inclusive mensais. Art. 17) OLucro Líquido, como definido no Artigo 191 da Lei no 6.404, de 15.12.76, apurado em cada balanço terá, pela ordem, aseguinte destinação: I. constituição de Reserva Legal; II. constituição das Reservas previstas nos Artigos 195 e 197 damencionada Lei no 6.404/76, mediante proposta da Diretoria “ad referendum” da Assembleia Geral; III. pagamento dedividendos propostos pela Diretoria que, somados aos dividendos intermediários e/ou juros sobre o capital próprio de quetratam os Parágrafos Segundo e Terceiro deste Artigo, que tenham sido declarados, assegurem aos acionistas, em cadaexercício, a título de dividendo mínimo obrigatório, 1% (um porcento) do respectivo lucro líquido, ajustado pela diminuição ouacréscimo dos valores especificados nos itens I, II e III do Artigo 202 da referida Lei no 6.404/76. Parágrafo Primeiro - ADiretoria fica autorizada a declarar e pagar dividendos intermediários, especialmente semestrais e mensais, à conta deLucros Acumulados ou de Reservas de Lucros existentes. Parágrafo Segundo - Poderá a Diretoria, ainda, autorizar adistribuição de lucros aos acionistas a título de juros sobre o capital próprio, nos termos da legislação específica, emsubstituição total ou parcial aos dividendos intermediários, cuja declaração lhe é facultada pelo parágrafo anterior ou, ainda,em adição aos mesmos. Parágrafo Terceiro - Os juros eventualmente pagos aos acionistas serão imputados, líquidos doimposto de renda na fonte, ao valor do dividendo mínimo obrigatório do exercício (1%), de acordo com o Inciso III do “caput”deste Artigo. Art. 18) O saldo do Lucro Líquido, verificado após as distribuições acima previstas, terá a destinaçãoproposta pela Diretoria e deliberada pela Assembleia Geral, podendo ser destinado 100% (cem porcento) à Reserva de Lucros- Estatutária, visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas daSociedade, até atingir o limite de 95% (noventa e cinco porcento) do valor do capital social integralizado. Parágrafo Único - Nahipótese da proposta da Diretoria sobre a destinação a ser dada ao Lucro Líquido do Exercício conter previsão dedistribuição de dividendos e/ou pagamento de juros sobre capital próprio em montante superior ao dividendo obrigatórioestabelecido no Artigo 17, Inciso III, e/ou retenção de lucros nos termos do Artigo 196 da Lei no 6.404/76, o saldo do LucroLíquido para fins de constituição da reserva mencionada neste Artigo será determinado após a dedução integral dessasdestinações.”. Finda a leitura dos documentos em questão, foi o projeto do Estatuto submetido à discussão e votação por partedos subscritores, tendo sido aprovado por unanimidade. Cumpridas as formalidades legais e não havendo oposição por partedos subscritores, declarou, o senhor Presidente, constituída a empresa denominada Aranaú Holdings S.A. Em seguida,determinou que se procedesse à eleição dos membros que irão compor a Diretoria da Sociedade, com mandato até aAssembleia Geral Ordinária de 2012, tendo sido eleitos os senhores: Diretor-Presidente: Luiz Carlos Trabuco Cappi,brasileiro, casado, bancário, RG 5.284.352/SSP-SP, CPF 250.319.028/68; Diretores: Laércio Albino Cezar, brasileiro,casado, bancário, RG 3.555.534/SSP-SP, CPF 064.172.724/00; Julio de Siqueira Carvalho de Araujo, brasileiro, casado,bancário, RG 3.272.499/IFP-RJ, CPF 425.327.017/49; e Domingos Figueiredo de Abreu, brasileiro, casado, bancário, RG6.438.883-9/SSP-SP, CPF 942.909.898/53, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900, sendo que permanecerão nas suas funções até que a Ata da Assembleia Geral Ordinária que eleger os novos membrosem 2012 seja arquivada na Junta Comercial e publicada. Os Diretores eleitos, presentes à Assembleia: 1) declararam: a) sobas penas da lei, não estarem impedidos de exercer a administração de sociedade por lei especial, ou condenados a pena quevede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno,concussão, peculato, ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa daconcorrência, contra as relações de consumo, a fé pública, ou a propriedade; b) que abrem mão do direito ao recebimento dequalquer valor a título de remuneração, posto que já recebem honorários de outra Empresa da Organização Bradesco; 2)assinaram a presente Ata, que vale como termo de posse. Na sequência dos trabalhos: I) os acionistas fixaram o montanteglobal anual da remuneração dos Administradores, no valor de até R$50.000,00 (cinquenta mil reais), a ser distribuída emreunião da Diretoria, conforme determina a letra “g” do Artigo 9o do Estatuto Social; II) disse o senhor Presidente que, nostermos do Parágrafo Terceiro do Artigo 289 da Lei no 6.404/76, as publicações previstas em lei serão efetuadas nos jornais“Diário Oficial do Estado de São Paulo” e “Diário do Comércio”. Estando atendidas todas as formalidades de Constituição,conforme o Artigo 87 e seus Parágrafos da Lei no 6.404/76, o senhor Presidente colocou a palavra ao dispor de quem delaquisesse fazer uso. Como ninguém se houvesse manifestado, deu por encerrados os trabalhos, suspendendo a sessão pelotempo necessário à lavratura da presente Ata. Reaberta a sessão, foi a Ata lida, aprovada e assinada por todos os presentes:aa) Presidente: Domingos Figueiredo de Abreu; Secretário: Antonio José da Barbara. Subscritoras: Bradesplan ParticipaçõesLtda. e União Participações Ltda., representadas por seu Diretor, senhor Domingos Figueiredo de Abreu; Diretores eleitos:Luiz Carlos Trabuco Cappi - Diretor-Presidente; Laércio Albino Cezar, Julio de Siqueira Carvalho de Araujo e DomingosFigueiredo de Abreu - Diretores; Advogado: Antonio Campanha Junior - OAB-SP 156.233 - RG 21.858.522-6/SSP-SP - CPF167.477.158-45. Declaro para os devidos fins que a presente é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio e que são autênticas,no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. aa) Domingos Figueiredo de Abreu – Presidente da Assembleia; Antonio José daBarbara - Secretário da Assembleia. Certidão - Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia - JuntaComercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob número 3530041832-8, em 6.1.2012. a) Kátia Regina Bueno deGodoy - Secretária Geral.

Amapari Holdings S.A.Em Organização

Ata da Assembleia Geral de Constituição realizada em 2.12.2011Aos 2 dias do mês de dezembro de 2011, às 8h, na sede social, Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, no 4o andar do PrédioPrata, reuniram-se as fundadoras e subscritoras do Capital Social da Amapari Holdings S.A., em Organização, BradesplanParticipações Ltda., CNPJ no 61.782.769/0001-01, NIRE 35.221.205.208, e União Participações Ltda., CNPJ no 05.892.410/0001-08, NIRE 35.218.401.204, ambas com sede na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900, neste atorepresentadas por seu Diretor, senhor Domingos Figueiredo de Abreu, brasileiro, casado, bancário, RG 6.438.883-9/SSP-SP,CPF 942.909.898/53, com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, e qualificadas no Boletim de Subscrição quepermanecerá arquivado na Sede da Sociedade. Por aclamação, assumiu a presidência dos trabalhos, atendendo ao dispostono Parágrafo 1o do Artigo 87 da Lei no 6.404/76, o senhor Domingos Figueiredo de Abreu, Diretor das Sociedades fundadoras,que convidou o senhor Antonio José da Barbara para Secretário. Dando por instalada a Assembleia e considerada regular emface do comparecimento das subscritoras, de acordo com o disposto no Parágrafo 4o do Artigo 124 da Lei no 6.404/76, osenhor Presidente procedeu, nos termos do já citado Parágrafo 1o do Artigo 87 da Lei no 6.404/76, à leitura do recibo dedepósito do Capital Social, totalmente realizado em dinheiro, efetuado no Banco Bradesco S.A., desta praça, do Boletim deSubscrição e do Projeto do Estatuto Social a seguir transcrito: “Amapari Holdings S.A. - Estatuto Social - Título I - DaOrganização, Duração e Sede. Art. 1o) A Amapari Holdings S.A., doravante chamada Sociedade, rege-se pelo presenteEstatuto. Art. 2o) O prazo de duração da Sociedade é indeterminado. Art. 3o) A Sociedade tem sede na Cidade de Deus, PrédioPrata, 4o andar, Vila Yara, no Município de Osasco, Estado de São Paulo, CEP 06029-900, e foro no mesmo Município. Art. 4o)Poderá a Sociedade instalar ou suprimir Filiais, Escritórios e Dependências de qualquer natureza no País e no Exterior, acritério da Diretoria, observados os preceitos legais. Título II - Dos Objetivos Sociais. Art. 5o) A Sociedade tem por objetivo: a)administração, locação e compra e venda de bens próprios; b) participação em outras sociedades como cotista ou acionista.Título III - Do Capital Social. Art. 6o) O Capital Social é de R$1.000,00 (mil reais), dividido em 1.000 (mil) ações ordinárias,nominativas-escriturais, sem valor nominal. Parágrafo Primeiro - Nos aumentos de capital, será realizada no ato dasubscrição a parcela mínima exigida em lei e o restante será integralizado mediante chamada da Diretoria, observadosos preceitos legais. Parágrafo Segundo - Todas as ações da Sociedade são escriturais, permanecendo em contas dedepósito, na Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, em nome de seus titulares, sem emissão decertificados, podendo ser cobrado dos acionistas o custo do serviço de transferência da propriedade das referidas ações.Título IV - Da Administração. Art. 7o) A Sociedade será administrada por uma Diretoria, eleita pela Assembleia Geral, commandato de 1 (um) ano, composta de 2 (dois) a 9 (nove) membros, sendo 1 (um) Diretor-Presidente e de 1 (um) a 8 (oito)Diretores. Art. 8o) Aos Diretores compete administrar e representar a Sociedade, com poderes para obrigá-la em quaisqueratos e contratos de seu interesse, podendo transigir e renunciar direitos e adquirir, alienar e onerar bens, observando odisposto no Parágrafo Primeiro deste Artigo. Parágrafo Primeiro - Dependerá de prévia autorização do Conselho deAdministração do controlador direto ou indireto: a) a aquisição, alienação e a oneração de bens integrantes do AtivoPermanente e de participações societárias de caráter não-permanente, quando de valor superior a 1% (um porcento) dorespectivo Patrimônio Líquido, nos casos de operações com empresas não integrantes da Organização Bradesco; b) aconstituição de ônus reais e a prestação de garantias a obrigações de terceiros; c) associações envolvendo a Sociedade,inclusive participação em acordo de acionistas. Parágrafo Segundo - Ressalvadas as exceções previstas expressamenteneste Estatuto, a Sociedade só se obriga mediante assinaturas, em conjunto, de no mínimo 2 (dois) Diretores. ParágrafoTerceiro - A Sociedade poderá também ser representada por no mínimo 1 (um) Diretor e 1 (um) procurador, ou por no mínimo2 (dois) procuradores, em conjunto, especialmente constituídos, devendo do respectivo instrumento de mandato constar osseus poderes, os atos que poderão praticar e o seu prazo. Parágrafo Quarto - A Sociedade poderá ainda ser representadaisoladamente por qualquer membro da Diretoria ou por procurador com poderes específicos, nos seguintes casos: a)mandatos com cláusula “ad judicia”, hipótese em que a procuração poderá ter prazo indeterminado e ser substabelecida; b)recebimento de citações ou intimações judiciais ou extrajudiciais; c) participação em licitações; d) em Assembleias Gerais deAcionistas ou Cotistas de empresas ou fundos de investimento de que a Sociedade participe, bem como de entidades de queseja sócia ou filiada; e) perante órgãos e repartições públicas, desde que não implique na assunção de responsabilidades e/ouobrigações pela Sociedade; f) em depoimentos judiciais. Art. 9o) Compete à Diretoria, reunida e deliberando deconformidade com o presente Estatuto: a)deliberar sobre as condições das operações ativas e passivas; b) estabelecer o limitede endividamento da Sociedade; c) zelar para que os Diretores estejam, sempre, rigorosamente aptos a exercer suasfunções; d) cuidar para que os negócios sociais sejam conduzidos com probidade, de modo a preservar o bom nome daSociedade; e) sempre que possível, preservar a continuidade administrativa, altamente recomendável à estabilidade,prosperidade e segurança da Sociedade; f) fixar a orientação geral dos negócios da Sociedade; g) realizar o rateio daremuneração dos Diretores estabelecida pela Assembleia Geral e fixar as remunerações adicionais de Diretores efuncionários, quando entender de concedê-las; h) autorizar a concessão de qualquer modalidade de doação, contribuição ouauxílio, independentemente do beneficiário; i) aprovar a aplicação de recursos oriundos de incentivos fiscais; j) submeter àAssembleia Geral propostas objetivando aumento ou redução do capital social, grupamento, bonificação, ou desdobramento desuas ações, operações de fusão, incorporação ou cisão e reformas estatutárias da Sociedade. Art. 10) Além das atribuiçõesnormais que lhe são conferidas pela lei e por este Estatuto, compete especificamente a cada membro da Diretoria: a) aoDiretor-Presidente, presidir as reuniões da Diretoria, supervisionar e coordenar a ação de seus membros; b) aos Diretores,coordenar e dirigir as atividades de suas respectivas áreas, reportando-se ao Diretor-Presidente. Art. 11) A Diretoria faráreuniões sempre que necessário, deliberando validamente desde que presente mais da metade dos Diretores em exercício,com a presença obrigatória do titular do cargo de Diretor-Presidente ou seu substituto. As reuniões serão realizadas sempreque convocados os seus membros pelo Presidente ou por no mínimo 2 (dois) Diretores. A Diretoria deliberará por maioria de

votos, cabendo ao Presidente voto de qualidade, no caso de empate. Parágrafo Único - Em caso de ausência ouimpedimento temporário de qualquer Diretor, inclusive do Diretor-Presidente, a própria Diretoria escolherá o substituto interinodentre seus membros. Em caso de vaga, a eleição do substituto se fará de acordo com o que dispõe o Artigo 7o, deste Estatuto.Art. 12) Para o exercício do cargo de Diretor é necessário dedicar tempo integral aos serviços da Sociedade, sendoincompatível o exercício do cargo de Diretor desta com o desempenho de outras funções ou atividades profissionais,ressalvados os casos em que a Sociedade tenha interesse. Título V - Do Conselho Fiscal. Art. 13) O Conselho Fiscal, não-permanente, compor-se-á, quando instalado, de 3 (três) a 5 (cinco) membros efetivos e de igual número de suplentes. Título VI- Das Assembleias Gerais. Art. 14) As Assembleias Gerais Ordinárias e Extraordinárias serão presididas por um Presidente eum Secretário, escolhidos pelos acionistas presentes. Título VII - Do Exercício Social e da Distribuição de Resultados. Art.15) O ano social coincide com o ano civil, terminando no dia 31 de dezembro. Art. 16) Serão levantados balanços em 31 dedezembro de cada ano, facultado à Diretoria determinar o levantamento de outros balanços, semestrais ou em menoresperíodos, inclusive mensais. Art. 17) O Lucro Líquido, como definido no Artigo 191 da Lei no 6.404, de 15.12.76, apuradoem cada balanço terá, pela ordem, a seguinte destinação: I. constituição de Reserva Legal; II. constituição das Reservasprevistas nos Artigos 195 e 197 da mencionada Lei no 6.404/76, mediante proposta da Diretoria “ad referendum” daAssembleia Geral; III. pagamento de dividendos propostos pela Diretoria que, somados aos dividendos intermediários e/oujuros sobre o capital próprio de que tratam os Parágrafos Segundo e Terceiro deste Artigo, que tenham sido declarados,assegurem aos acionistas, em cada exercício, a título de dividendo mínimo obrigatório, 1% (um porcento) do respectivo lucrolíquido, ajustado pela diminuição ou acréscimo dos valores especificados nos itens I, II e III do Artigo 202 da referida Lei no

6.404/76. Parágrafo Primeiro - A Diretoria fica autorizada a declarar e pagar dividendos intermediários, especialmentesemestrais e mensais, à conta de Lucros Acumulados ou de Reservas de Lucros existentes. Parágrafo Segundo - Poderá aDiretoria, ainda, autorizar a distribuição de lucros aos acionistas a título de juros sobre o capital próprio, nos termos dalegislação específica, em substituição total ou parcial aos dividendos intermediários, cuja declaração lhe é facultada peloparágrafo anterior ou, ainda, em adição aos mesmos. Parágrafo Terceiro - Os juros eventualmente pagos aos acionistas serãoimputados, líquidos do imposto de renda na fonte, ao valor do dividendo mínimo obrigatório do exercício (1%), de acordo como Inciso III do “caput” deste Artigo. Art. 18) O saldo do Lucro Líquido, verificado após as distribuições acima previstas,terá a destinação proposta pela Diretoria e deliberada pela Assembleia Geral, podendo ser destinado 100% (cem porcento) àReserva de Lucros - Estatutária, visando à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento dasoperações ativas da Sociedade, até atingir o limite de 95% (noventa e cinco porcento) do valor do capital social integralizado.Parágrafo Único - Na hipótese da proposta da Diretoria sobre a destinação a ser dada ao Lucro Líquido do Exercício conterprevisão de distribuição de dividendos e/ou pagamento de juros sobre capital próprio em montante superior ao dividendoobrigatório estabelecido no Artigo 17, Inciso III, e/ou retenção de lucros nos termos do Artigo 196 da Lei no 6.404/76, o saldodo Lucro Líquido para fins de constituição da reserva mencionada neste Artigo será determinado após a dedução integraldessas destinações.”. Finda a leitura dos documentos em questão, foi o projeto do Estatuto submetido à discussão e votaçãopor parte dos subscritores, tendo sido aprovado por unanimidade. Cumpridas as formalidades legais e não havendo oposiçãopor parte dos subscritores, declarou, o senhor Presidente, constituída a empresa denominada Amapari Holdings S.A. Emseguida, determinou que se procedesse à eleição dos membros que irão compor a Diretoria da Sociedade, com mandato até aAssembleia Geral Ordinária de 2012, tendo sido eleitos os senhores: Diretor-Presidente: Luiz Carlos Trabuco Cappi,brasileiro, casado, bancário, RG 5.284.352/SSP-SP, CPF 250.319.028/68; Diretores: Laércio Albino Cezar, brasileiro,casado, bancário, RG 3.555.534/SSP-SP, CPF 064.172.724/00; Julio de Siqueira Carvalho de Araujo, brasileiro, casado,bancário, RG 3.272.499/IFP-RJ, CPF 425.327.017/49; e Domingos Figueiredo de Abreu, brasileiro, casado, bancário, RG6.438.883-9/SSP-SP, CPF 942.909.898/53, todos com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900, sendo que permanecerão nas suas funções até que a Ata da Assembleia Geral Ordinária que eleger os novos membrosem 2012 seja arquivada na Junta Comercial e publicada. Os Diretores eleitos, presentes à Assembleia: 1) declararam: a) sobas penas da lei, não estarem impedidos de exercer a administração de sociedade por lei especial, ou condenados a pena quevede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno,concussão, peculato, ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa daconcorrência, contra as relações de consumo, a fé pública, ou a propriedade; b) que abrem mão do direito ao recebimento dequalquer valor a título de remuneração, posto que já recebem honorários de outra Empresa da Organização Bradesco; 2)assinaram a presente Ata, que vale como termo de posse. Na sequência dos trabalhos: I) os acionistas fixaram o montanteglobal anual da remuneração dos Administradores, no valor de até R$50.000,00 (cinquenta mil reais), a ser distribuída emreunião da Diretoria, conforme determina a letra “g” do Artigo 9o do Estatuto Social; II) disse o senhor Presidente que, nostermos do Parágrafo Terceiro do Artigo 289 da Lei no 6.404/76, as publicações previstas em lei serão efetuadas nos jornais“Diário Oficial do Estado de São Paulo” e “Diário do Comércio”. Estando atendidas todas as formalidades de Constituição,conforme o Artigo 87 e seus Parágrafos da Lei no 6.404/76, o senhor Presidente colocou a palavra ao dispor de quem delaquisesse fazer uso. Como ninguém se houvesse manifestado, deu por encerrados os trabalhos, suspendendo a sessão pelotempo necessário à lavratura da presente Ata. Reaberta a sessão, foi a Ata lida, aprovada e assinada por todos os presentes.aa) Presidente: Domingos Figueiredo de Abreu; Secretário: Antonio José da Barbara; Subscritoras: Bradesplan ParticipaçõesLtda. e União Participações Ltda., representadas por seu Diretor, senhor Domingos Figueiredo de Abreu; Diretores eleitos:Luiz Carlos Trabuco Cappi - Diretor-Presidente; Laércio Albino Cezar, Julio de Siqueira Carvalho de Araujo e DomingosFigueiredo de Abreu - Diretores; Advogado: Antonio Campanha Junior - OAB-SP 156.233 - RG 21.858.522-6/SSP-SP - CPF167.477.158-45. Declaro para os devidos fins que a presente é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio e que são autênticas,no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. aa) Domingos Figueiredo de Abreu – Presidente da Assembleia; Antonio José daBarbara - Secretário da Assembleia. Certidão - Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia - JuntaComercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob número 3530041830-1, em 6.1.2012. a) Kátia Regina Bueno deGodoy - Secretária Geral.

Aporé Holdings S.A.Em Organização

Ata da Assembleia Geral de Constituição realizada em 2.12.2011Aos 2 dias do mês de dezembro de 2011, às 8h, na sede social, Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, no 4o andar do PrédioPrata, reuniram-se as fundadoras e subscritoras do Capital Social da Aporé Holdings S.A., em Organização, BradesplanParticipações Ltda., CNPJ no 61.782.769/0001-01, NIRE 35.221.205.208, e União Participações Ltda., CNPJ no 05.892.410/0001-08, NIRE 35.218.401.204, ambas com sede na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900, neste atorepresentadas por seu Diretor, senhor Domingos Figueiredo de Abreu, brasileiro, casado, bancário, RG 6.438.883-9/SSP-SP,CPF 942.909.898/53, com domicílio na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, e qualificadas no Boletim de Subscrição quepermanecerá arquivado na Sede da Sociedade. Por aclamação, assumiu a presidência dos trabalhos, atendendo ao dispostono Parágrafo 1o do Artigo 87 da Lei no 6.404/76, o senhor Domingos Figueiredo de Abreu, Diretor das Sociedades fundadoras,que convidou o senhor Antonio José da Barbara para Secretário. Dando por instalada a Assembleia e considerada regular emface do comparecimento das subscritoras, de acordo com o disposto no Parágrafo 4o do Artigo 124 da Lei no 6.404/76, osenhor Presidente procedeu, nos termos do já citado Parágrafo 1o do Artigo 87 da Lei no 6.404/76, à leitura do recibo dedepósito do Capital Social, totalmente realizado em dinheiro, efetuado no Banco Bradesco S.A., desta praça, do Boletim deSubscrição e do Projeto do Estatuto Social a seguir transcrito: “Aporé Holdings S.A. - Estatuto Social - Título I - DaOrganização, Duração e Sede. Art. 1o) A Aporé Holdings S.A., doravante chamada Sociedade, rege-se pelo presenteEstatuto. Art. 2o) O prazo de duração da Sociedade é indeterminado. Art. 3o) A Sociedade tem sede na Cidade de Deus, PrédioPrata, 4o andar, Vila Yara, no Município de Osasco, Estado de São Paulo, CEP 06029-900, e foro no mesmo Município. Art. 4o)Poderá a Sociedade instalar ou suprimir Filiais, Escritórios e Dependências de qualquer natureza no País e no Exterior, acritério da Diretoria, observados os preceitos legais. Título II - Dos Objetivos Sociais. Art. 5o) A Sociedade tem por objetivo: a)administração, locação e compra e venda de bens próprios; b) participação em outras sociedades como cotista ou acionista.Título III - Do Capital Social. Art. 6o) O Capital Social é de R$1.000,00 (mil reais), dividido em 1.000 (mil) ações ordinárias,nominativas-escriturais, sem valor nominal. Parágrafo Primeiro - Nos aumentos de capital, será realizada no ato dasubscrição a parcela mínima exigida em lei e o restante será integralizado mediante chamada da Diretoria, observados ospreceitos legais. Parágrafo Segundo - Todas as ações da Sociedade são escriturais, permanecendo em contas de depósito,na Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, em nome de seus titulares, sem emissão de certificados,podendo ser cobrado dos acionistas o custo do serviço de transferência da propriedade das referidas ações. Título IV - DaAdministração. Art. 7o) A Sociedade será administrada por uma Diretoria, eleita pela Assembleia Geral, com mandato de 1(um) ano, composta de 2 (dois) a 9 (nove) membros, sendo 1 (um) Diretor-Presidente e de 1 (um) a 8 (oito) Diretores. Art. 8o)Aos Diretores compete administrar e representar a Sociedade, com poderes para obrigá-la em quaisquer atos e contratos deseu interesse, podendo transigir e renunciar direitos e adquirir, alienar e onerar bens, observando o disposto no ParágrafoPrimeiro deste Artigo. Parágrafo Primeiro - Dependerá de prévia autorização do Conselho de Administração do controladordireto ou indireto: a) a aquisição, alienação e a oneração de bens integrantes do Ativo Permanente e de participaçõessocietárias de caráter não-permanente, quando de valor superior a 1% (um porcento) do respectivo Patrimônio Líquido, noscasos de operações com empresas não integrantes da Organização Bradesco; b) a constituição de ônus reais e a prestaçãode garantias a obrigações de terceiros; c) associações envolvendo a Sociedade, inclusive participação em acordo deacionistas. Parágrafo Segundo - Ressalvadas as exceções previstas expressamente neste Estatuto, a Sociedade só se obrigamediante assinaturas, em conjunto, de no mínimo 2 (dois) Diretores. Parágrafo Terceiro - A Sociedade poderá também serrepresentada por no mínimo 1 (um) Diretor e 1 (um) procurador, ou por no mínimo 2 (dois) procuradores, em conjunto,especialmente constituídos, devendo do respectivo instrumento de mandato constar os seus poderes, os atos que poderãopraticar e o seu prazo. Parágrafo Quarto - A Sociedade poderá ainda ser representada isoladamente por qualquer membroda Diretoria ou por procurador com poderes específicos, nos seguintes casos: a) mandatos com cláusula “ad judicia”, hipóteseem que a procuração poderá ter prazo indeterminado e ser substabelecida; b) recebimento de citações ou intimações judiciaisou extrajudiciais; c) participação em licitações; d) em Assembleias Gerais de Acionistas ou Cotistas de empresas ou fundos deinvestimento de que a Sociedade participe, bem como de entidades de que seja sócia ou filiada; e) perante órgãos erepartições públicas, desde que não implique na assunção de responsabilidades e/ou obrigações pela Sociedade; f) emdepoimentos judiciais. Art. 9o) Compete à Diretoria, reunida e deliberando de conformidade com o presente Estatuto: a)deliberar sobre as condições das operações ativas e passivas; b) estabelecer o limite de endividamento da Sociedade; c) zelarpara que os Diretores estejam, sempre, rigorosamente aptos a exercer suas funções; d) cuidar para que os negócios sociaissejam conduzidos com probidade, de modo a preservar o bom nome da Sociedade; e) sempre que possível, preservar acontinuidade administrativa, altamente recomendável à estabilidade, prosperidade e segurança da Sociedade; f) fixar aorientação geral dos negócios da Sociedade; g) realizar o rateio da remuneração dos Diretores estabelecida pela AssembleiaGeral e fixar as remunerações adicionais de Diretores e funcionários, quando entender de concedê-las; h) autorizar aconcessão de qualquer modalidade de doação, contribuição ou auxílio, independentemente do beneficiário; i) aprovar aaplicação de recursos oriundos de incentivos fiscais; j) submeter à Assembleia Geral propostas objetivando aumento ouredução do capital social, grupamento, bonificação, ou desdobramento de suas ações, operações de fusão, incorporação oucisão e reformas estatutárias da Sociedade. Art. 10) Além das atribuições normais que lhe são conferidas pela lei e por esteEstatuto, compete especificamente a cada membro da Diretoria: a) ao Diretor-Presidente, presidir as reuniões da Diretoria,supervisionar e coordenar a ação de seus membros; b) aos Diretores, coordenar e dirigir as atividades de suas respectivasáreas, reportando-se ao Diretor-Presidente. Art. 11) A Diretoria fará reuniões sempre que necessário, deliberando validamentedesde que presente mais da metade dos Diretores em exercício, com a presença obrigatória do titular do cargo de Diretor-Presidente ou seu substituto. As reuniões serão realizadas sempre que convocados os seus membros pelo Presidente ou porno mínimo 2 (dois) Diretores. A Diretoria deliberará por maioria de votos, cabendo ao Presidente voto de qualidade, no caso de

empate. Parágrafo Único - Em caso de ausência ou impedimento temporário de qualquer Diretor, inclusive do Diretor-Presidente, a própria Diretoria escolherá o substituto interino dentre seus membros. Em caso de vaga, a eleição do substitutose fará de acordo com o que dispõe o Artigo 7o, deste Estatuto. Art. 12) Para o exercício do cargo de Diretor é necessáriodedicar tempo integral aos serviços da Sociedade, sendo incompatível o exercício do cargo de Diretor desta com odesempenho de outras funções ou atividades profissionais, ressalvados os casos em que a Sociedade tenha interesse. TítuloV - Do Conselho Fiscal. Art. 13) O Conselho Fiscal, não-permanente, compor-se-á, quando instalado, de 3 (três) a 5 (cinco)membros efetivos e de igual número de suplentes. Título VI - Das Assembleias Gerais. Art. 14) As Assembleias GeraisOrdinárias e Extraordinárias serão presididas por um Presidente e um Secretário, escolhidos pelos acionistas presentes.Título VII - Do Exercício Social e da Distribuição de Resultados. Art. 15) O ano social coincide com o ano civil, terminandono dia 31 de dezembro. Art. 16) Serão levantados balanços em 31 de dezembro de cada ano, facultado à Diretoria determinaro levantamento de outros balanços, semestrais ou em menores períodos, inclusive mensais. Art. 17) O Lucro Líquido, comodefinido no Artigo 191 da Lei no 6.404, de 15.12.76, apurado em cada balanço terá, pela ordem, a seguinte destinação: I.constituição de Reserva Legal; II. constituição das Reservas previstas nos Artigos 195 e 197 da mencionada Lei no 6.404/76,mediante proposta da Diretoria “ad referendum” da Assembleia Geral; III. pagamento de dividendos propostos pela Diretoriaque, somados aos dividendos intermediários e/ou juros sobre o capital próprio de que tratam os Parágrafos Segundo e Terceirodeste Artigo, que tenham sido declarados, assegurem aos acionistas, em cada exercício, a título de dividendo mínimoobrigatório, 1% (um porcento) do respectivo lucro líquido, ajustado pela diminuição ou acréscimo dos valores especificadosnos itens I, II e III do Artigo 202 da referida Lei no 6.404/76. Parágrafo Primeiro - A Diretoria fica autorizada a declarare pagar dividendos intermediários, especialmente semestrais e mensais, à conta de Lucros Acumulados ou de Reservas deLucros existentes. Parágrafo Segundo - Poderá a Diretoria, ainda, autorizar a distribuição de lucros aos acionistas a título dejuros sobre o capital próprio, nos termos da legislação específica, em substituição total ou parcial aos dividendosintermediários, cuja declaração lhe é facultada pelo parágrafo anterior ou, ainda, em adição aos mesmos. Parágrafo Terceiro- Os juros eventualmente pagos aos acionistas serão imputados, líquidos do imposto de renda na fonte, ao valor do dividendomínimo obrigatório do exercício (1%), de acordo com o Inciso III do “caput” deste Artigo. Art. 18) O saldo do Lucro Líquido,verificado após as distribuições acima previstas, terá a destinação proposta pela Diretoria e deliberada pela Assembleia Geral,podendo ser destinado 100% (cem porcento) à Reserva de Lucros - Estatutária, visando à manutenção de margemoperacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade, até atingir o limite de 95% (noventa e cincoporcento) do valor do capital social integralizado. Parágrafo Único - Na hipótese da proposta da Diretoria sobre a destinaçãoa ser dada ao Lucro Líquido do Exercício conter previsão de distribuição de dividendos e/ou pagamento de juros sobre capitalpróprio em montante superior ao dividendo obrigatório estabelecido no Artigo 17, Inciso III, e/ou retenção de lucros nos termosdo Artigo 196 da Lei no 6.404/76, o saldo do Lucro Líquido para fins de constituição da reserva mencionada neste Artigo serádeterminado após a dedução integral dessas destinações.”. Finda a leitura dos documentos em questão, foi o projeto doEstatuto submetido à discussão e votação por parte dos subscritores, tendo sido aprovado por unanimidade. Cumpridas asformalidades legais e não havendo oposição por parte dos subscritores, declarou, o senhor Presidente, constituída a empresadenominada Aporé Holdings S.A. Em seguida, determinou que se procedesse à eleição dos membros que irão compor aDiretoria da Sociedade, com mandato até a Assembleia Geral Ordinária de 2012, tendo sido eleitos os senhores: Diretor-Presidente: Luiz Carlos Trabuco Cappi, brasileiro, casado, bancário, RG 5.284.352/SSP-SP, CPF 250.319.028/68;Diretores: Laércio Albino Cezar, brasileiro, casado, bancário, RG 3.555.534/SSP-SP, CPF 064.172.724/00; Julio deSiqueira Carvalho de Araujo, brasileiro, casado, bancário, RG 3.272.499/IFP-RJ, CPF 425.327.017/49; e DomingosFigueiredo de Abreu, brasileiro, casado, bancário, RG 6.438.883-9/SSP-SP, CPF 942.909.898/53, todos com domicílio naCidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900, sendo que permanecerão nas suas funções até que a Ata daAssembleia Geral Ordinária que eleger os novos membros em 2012 seja arquivada na Junta Comercial e publicada. OsDiretores eleitos, presentes à Assembleia: 1) declararam: a) sob as penas da lei, não estarem impedidos de exercer aadministração de sociedade por lei especial, ou condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso acargos públicos; por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra a economiapopular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo,a fé pública, ou a propriedade; b) que abrem mão do direito ao recebimento de qualquer valor a título de remuneração, postoque já recebem honorários de outra Empresa da Organização Bradesco; 2) assinaram a presente Ata, que vale como termode posse. Na sequência dos trabalhos: I) os acionistas fixaram o montante global anual da remuneração dosAdministradores, no valor de até R$50.000,00 (cinquenta mil reais), a ser distribuída em reunião da Diretoria, conformedetermina a letra “g” do Artigo 9o do Estatuto Social; II) disse o senhor Presidente que, nos termos do Parágrafo Terceiro doArtigo 289 da Lei no 6.404/76, as publicações previstas em lei serão efetuadas nos jornais “Diário Oficial do Estado de SãoPaulo” e “Diário do Comércio”. Estando atendidas todas as formalidades de Constituição, conforme o Artigo 87 e seusParágrafos da Lei no 6.404/76, o senhor Presidente colocou a palavra ao dispor de quem dela quisesse fazer uso. Comoninguém se houvesse manifestado, deu por encerrados os trabalhos, suspendendo a sessão pelo tempo necessário àlavratura da presente Ata. Reaberta a sessão, foi a Ata lida, aprovada e assinada por todos os presentes. aa) Presidente:Domingos Figueiredo de Abreu; Secretário: Antonio José da Barbara. Subscritoras: Bradesplan Participações Ltda. e UniãoParticipações Ltda., representadas por seu Diretor, senhor Domingos Figueiredo de Abreu; Diretores eleitos: Luiz CarlosTrabuco Cappi - Diretor-Presidente; Laércio Albino Cezar, Julio de Siqueira Carvalho de Araujo e Domingos Figueiredo deAbreu - Diretores; Advogado: Antonio Campanha Junior - OAB-SP 156.233 - RG 21.858.522-6/SSP-SP - CPF 167.477.158-45. Declaro para os devidos fins que a presente é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmolivro, as assinaturas nele apostas. aa) Domingos Figueiredo de Abreu – Presidente da Assembleia; Antonio José da Barbara- Secretário da Assembleia. Certidão - Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia - Junta Comercialdo Estado de São Paulo - Certifico o registro sob número 3530041864-6, em 11.1.2012. a) Kátia Regina Bueno de Godoy -Secretária Geral.

Grécia: reunião de premiêcom líderes será retomada.

Op r i m e i ro- m i n i s t roda Grécia, LucasPapademos, e os lí-deres dos partidos

políticos locais vão retomarhoje as negociações sobre asmedidas de austeridade exigi-das pelos credores internacio-nais em troca de mais ajuda fi-nanceira para o país. Apósmais de cinco horas reunidosontem, prosseguem as dife-renças em diversas questõesimportantes para a reformafiscal grega. Entre elas estão aredução dos salários no setorprivado.

Em entrevista concedidaapós a reunião, Papademos eAntonis Samaras, líder da No-va Democracia, principal par-tido de oposição, disseram queos credores estão "pedindomais recessão" à Grécia. "Estoulutando de todas as formas pa-ra evitar isso", disse o premiê.

A Grécia está em duas fren-tes de negociação. Uma comseus parceiros europeus e oFundo Monetário Internacio-nal (FMI) sobre um novo paco-te que ambos concordaram,em outubro passado, em con-ceder ao país, no valor de 130bilhões de euros. Ao mesmotempo, negocia um descontode 100 bilhões de euros em suadívida junta aos seus credoresdo setor privado.

Papademos busca suportepolítico junto aos socialistas,aos conservadores do NovaDemocracia e ao pequeno par-tido nacionalista Laos a fim deassegurar o segundo pacote deajuda da UE/FMI. O chefe doLaos, Georgios Karatzaferis,disse que o partido não vaicontribuir para uma "explosãorevolucionária causada peloe m p o b re c i m e n t o . "

1,5% do PIB – Logo depoisda reunião, Papademos divul-gou um comunicado em quediz que os líderes políticos con-cordaram em assuntos bási-cos, como um corte de gastosequivalente a 1,5% do PIB em2012. Também concordaramem assegurar a viabilidade depensões suplementares e me-didas para elevar a competiti-vidade em vários setores.

"O comunicado do premiêmostra a disposição de alcan-çar uma conclusão de sucesso.Mas a questão dos salários(cortes no setor privado) aindanão está resolvida", disse umrepresentante do governo.

As demandas por mais me-didas de austeridade, que eco-nomizariam 2 bilhões de eurospara compensar o não cumpri-mento da meta orçamentáriade 2011, também estão sendodiscutidas, junto com redu-ções na folha de pagamento dosetor público. (AE)

Entre os pontos aserem negociados, estáa redução dos saláriosno setor privado.

A Grécia negocia um desconto de 100 bilhões de euros emsua dívida junta aos seus credores do setor privado.economia

Alemãesquerem aGrécia forada zonado euro

Amaioria dosalemães sentemque o bloco do

euro seria melhor se aGrécia, que estáafundada em dívidas,deixasse o grupo,mostrou uma pesquisapublicada ontem pelojornal alemão Bild amSonntag.

A pesquisa doinstituto Emnid indicouque 53% dos alemãesacham que a Gréciadeveria retornar à suamoeda original, adracma, enquantoapenas 34% queremque a nação mantenhao euro.

O levantamentotambém apontou que80% dos alemãesentrevistados sãocontra a liberação dopacote se a Grécia nãoimplementar asreformas. (Reuters)

Page 18: DC 06/02/2012

sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de fevereiro de 201218 DIÁRIO DO COMÉRCIO

economia

Angela Crespo é jornalista especializada em consumo.E-mail: [email protected]

Cuidado ao anunciar preçosde produtos e serviços

Pelo artigo 37 do CDC, publicidade enganosa dá direito a indenização para o consumidor

Zanone Fraissat/Folhapress

A informação relativa a valor deve ficar junto ao item, inclusive em lojas virtuais.

Quase que diariamen-te recebo informa-ções de que um con-sumidor, de alguma

parte do País, reivindicou pa-gar o preço anunciado de de-terminado produto, indepen-dentemente se houve algumerro na divulgação do valor ouse a compra foi concretizadavia e-commerce ou loja física.

Há poucos dias, um consu-midor reclamou nas redes so-ciais do preço de um pacote defraldas anunciado em um su-permercado com um belo des-conto. Ele não titubeou e com-prou. Porém, sua felicidadedurou só até o caixa fa-zer a leitura do códigode barras, que apontouque custava R$ 10 amais do que o indicadona gôndola.

Algumas empresasjá enfrentaram proble-mas, em razão de pre-ço errado publicadonos encartes em jor-nais, ou distribuídosporta a porta. Há umcaso, considerado clás-sico, do anúncio de TVde LCD, de 26 polega-das, por um preço dezvezes menor que oreal. Na época da vei-culação do anúncio, aTV era um item caríssi-mo, razão pela qual se forma-ram filas na porta da loja.

No primeiro exemplo, dasfraldas, se o caso tivesse sidolevado ao Judiciário, a empre-sa poderia ser condenada a pa-gar indenização por danosmorais ao consumidor. O mo-tivo seria publicidade engano-sa, baseado no artigo 37 do Có-digo de Defesa do Consumi-

dor (CDC). De acordo com a leiconsumerista, "enganosa équalquer tipo de publicidadeque divulga informação totalou parcialmente falsa, indu-zindo o consumidor a erro, ouoculta informações essenciaisà decisão do consumidor".

Boa-fé? — O preço é apenasum dos itens que podem confi-gurar publicidade enganosa:quem omite informações so-bre as características de umproduto ou serviço, sobrequantidade ou origem tam-bém é punido pela legislação,com base no mesmo artigo.

No caso do televisor anun-

ciado a um preço baixíssimo,os juízes têm entendido (e de-cidido) que um dos princípiosdo CDC é o da boa-fé, que deveser considerado pelos dois la-dos do balcão. Isso significaque o erro também pode ocor-rer por parte do fornecedor.

Quanto aos consumidores,que se empolgaram e levaramo aparelho pelo valor anuncia-

do, estes estariam levandovantagem exagerada e, por-tanto, também desrespeita-riam o princípio da boa-fé.

Essa última situação mostraque nem tudo o que o fornece-dor anuncia tem de cumprir,dentro desses princípios. En-tretanto, é bom ficar de olho noartigo 30 quando realizar al-gum tipo de comunicado aopúblico. Isso porque informa-ções de uma propaganda inte-gram um contrato. Ou seja, seanunciou um produto pelomenor preço do mercado, emcaso contrário, deverá provarque houve erro na veiculação.

Na loja — É claro que quemcomercializa produtos ou ser-viços em lojas físicas ou vir-tuais também faz anúncios nospróprios estabelecimentos. E opreço é uma dessas informa-ções, que deve ser afixada emuma peça, na vitrine, ou ao la-do do anúncio do objeto, casoseja em loja virtual. Nesse tipode informação, embora não se-

ja configurada publicidade,não se pode omitir dados es-senciais, passar informaçõesfalsas ou induzir o consumi-dor ao engano. Outro erro é in-formar tão-somente o númerodas parcelas e o valor de cadauma. É obrigatório colocar va-lor total e taxa de juros.

Duas leis regulam a ofertanão publicitária na vitrine: odecreto 5.903/2006, e a Lei Es-tadual nº 12.733. O decreto dis-seca a questão de preço e comoele deve ser apresentado aoconsumidor. Por essa lei, o co-merciante pode optar em pôretiquetas de preços na vitrine

ou na embalagem, eusar código referen-cial ou de barras.

A Lei 12.733/2007,do estado de São Pau-lo, determina, em seuartigo 1º, que "lojas,restaurantes, super-mercados e outros es-tabelecimentos co-merciais são obriga-dos a identificar, namesma dimensão, ospreços à vista, a quan-tidade e os valores dasparcelas e os juros dosprodutos comerciali-zados." Ou seja, todasessas informações de-vem ter o mesmo ta-manho de letra, para

facilitar a visualização.Essa determinação tam-

bém vale para as lojas vir-tuais. É prática comum colo-car o valor da parcela em le-tras grandes, mas os juros e opreço total em caracteres bempequenos. Tal prática, deacordo com os especialistasem defesa do consumidor, in-duz o consumidor ao erro.

Ter leitores óticos na loja é obrigatórioO preço de um produto

pode ser informadopor meio de código de

barras, segundo informa o Pro-con em sua página destinada afornecedores. Entretanto, o co-merciante é obrigado a "insta-lar equipamentos de leitura óti-ca para consulta do consumi-dor. Estes equipamentos de-

vem estar localizados na áreade venda, ou em outros locaisde fácil acesso."

Conforme o artigo 7º do De-creto n.º 5.903/2006, os leitoresóticos devem estar localizadosa uma distância máxima de 15metros de qualquer produto."Devem ser identificados porcartazes suspensos, de forma a

garantir sua rápida e correta lo-calização", diz o Procon-SP,acrescentando que "o fornece-dor, ainda, deve observar queinformações relativas ao preçoà vista, características e códigodevem estar no produto, garan-tindo pronta identificação peloconsumidor. Informações so-bre características devem com-

preender nome, quantidade edemais elementos que o parti-cular izem”.

Isso, porém não significa queo fornecedor está desobrigadode etiquetar o produto, ou in-formar preços nas gôndolas,por serem instrumentos quepossibilitam confirmação dosvalores pelo consumidor.

O QUE DIZ O CDCArtigo 30Toda informação ou

publicidade, suficientementeprecisa, veiculada por qualquerforma ou meio de comunicaçãocom relação a produtos eserviços oferecidos ouapresentados, obriga ofornecedor que a fizer veicularou dela se utilizar, e integra ocontrato que vier a ser celebrado.

Artigo 31A oferta e apresentação de

produtos ou serviços devemassegurar informações corretas,claras, precisas, ostensivas e emlíngua portuguesa sobre suascaracterísticas, qualidades,quantidade, composição,preço, garantia, prazos devalidade e origem, entre outrosdados, bem como sobre os

riscos que apresentam à saúdee segurança dosco n s u m i d o re s.

Parágrafo único — Asinformações de que trata esteartigo, nos produtosrefrigerados oferecidos aoconsumidor, serão gravadas deforma indelével (incluído na Lei11.989/2009).

Artigo 36A publicidade deve ser

veiculada de tal forma que oconsumidor, fácil eimediatamente, a identifiquecomo tal.

Parágrafo único — Ofornecedor, na publicidade deseus produtos ou serviços,manterá, em seu poder, parainformação dos legítimosinteressados, os dados fáticos,

técnicos e científicos que dãosustentação à mensagem.

Artigo 37É proibida toda publicidade

enganosa ou abusiva.§ 1° É enganosa qualquer

modalidade de informação oucomunicação de caráterpublicitário, inteira ouparcialmente falsa, ou, porqualquer outro modo, mesmopor omissão, capaz de induzirao erro o consumidor sobrenatureza, características,qualidade, quantidade,propriedades, origem, preço equaisquer outros dados sobreprodutos e serviços.

§ 2° É abusiva, dentreoutras, a publicidadediscriminatória de qualquernatureza, que incite à

violência, explore medo ousuperstição, se aproveite dadeficiência de julgamento eexperiência da criança,desrespeita valoresambientais, ou que seja capazde induzir o consumidor a secomportar de formaprejudicial ou perigosa à suasaúde ou segurança.

§ 3° Para os efeitos destecódigo, a publicidade éenganosa por omissão quandodeixar de informar sobre dadosessenciais do produto ouser viço.

Artigo 38O ônus da prova da

veracidade e correção dainformação ou comunicaçãopublicitária cabea quem as patrocina.

Taxa de quitação de dívidanão pode ser cobrada

Em Sobradinho, no DistritoFederal, o juiz do 2º Juiza-do Cível determinou devo-

lução do valor pago pelo consu-midor por antecipaçãode quitação de dívida.A decisão foi seguidapela 2ª Turma Recur-sal do Tr ibunal deJustiça do Distrito Fe-deral e Territórios,que negou recursoao banco.

A beneficiada pe-las decisões foi umaconsumidora quepagou de uma sóvez as últimas 11 parcelasde um financiamento de 36 me-ses e, por isso, teve de desembol-sar R$ 144,20 da taxa de quitação,

sob o argumento de "quebra deco nt rato " .

Embora a instituição finan-ceira tenha se defendido, ale-gando que a cobrança de taxa

de quitação anteci-p a d a é l e g a l , ocontrato firmadoentre as partes nãoprevê esse paga-mento e viola os di-reitos do consumi-dor, de acordo como artigo 42 do CDC. Ojuiz decidiu que o va-lor pago deverá serdevolvido em dobro.

Fonte: Tribunal de Justiça doDistrito Federal e Territórios(TJDFT )

Fique por dentro

CELULARA essencialidade do aparelho celular volta a ser discutida, desta vez

na Câmara Federal. O deputado Luis Tibé (PTdoB-MG) apresentou oProjeto de Lei 2880/11, que define como bem essencial, o aparelhoutilizado pelo consumidor no serviço telefônico móvel, e estende aaplicação de normas para sua substituição temporária, ou reposição,em caso de vício de qualidade.

Conforme o autor do projeto, passando à categoria de "bemessencial" o aparelho celular passa a ser coberto pela proteçãodescrita no artigo 18 do Código de Proteção e Defesa doConsumidor (Lei 8078/90).

É prática comum colocar o valor da parcela em letras grandes e os juros e o preço totalem caracteres pequenos. Isso induz o consumidor ao erro, alertam especialis t a s.

SELOS EM CARROSA partir de abril, os carros

comercializados no País terãoque portar no para-brisa umselo de eficiência energética.Este selo é parecido com osafixados em geladeiras eaparelhos de ar-condicionado.

Conforme publicou jornal OGlobo, "o cálculo parte dosresultados da quarta fase doPrograma Brasileiro deEtiquetagem (PBE) deveículos, do Instituto Nacional

de Metrologia, Qualidade eTecnologia (Inmetro)."

Para o dono do veículo, issosignifica economia, "já que,quem optar pelo carro maiseconômico de cada segmentopode poupar, em um ano, opreço de duas revisões ou jurosdo financiamento".

Outra novidade é que, em2013, a etiqueta de eficiênciaenergética trará também osdados de emissão de CO2.

CIPsO Procon de Piracicaba importou para este ano 31 reclamações

de 2011 que não chegaram a audiências de conciliação, emboratenham sido encaminhadas às empresas as Cartas de InformaçõesPreliminares (CIPs), primeira tentativa de resolver o problema.

Caso a CIP não dê resultados, a reclamação do consumidor éregistrada como fundamentada, e aí há a necessidade dasaudiências de conciliação. Se nem assim houver solução para oproblema, o caso pode ser encaminhado para a Justiça comum ecorrerá como um processo normal.

SACOLINHASO Procon-SP soltou nota

oficial sobre a substituição dassacolas plásticas nossupermercados. Disse queapoia propostas que tenhampor objetivo promover oconsumo sustentável econsciente como forma depreservação do meio ambiente,observados em qualquerhipótese os direitos dosconsumidores, asseguradospelo Código de Defesa doConsumidor (CDC).

No entanto, informa, "osestabelecimentos devemoferecer uma alternativagratuita para que os

consumidores possamfinalizar sua compra de formaadequada, devendo essamedida ser adotada pelotempo necessário àdesagregação natural dohábito de consumo". Na nota,acrescenta que, "na ausênciade opção gratuita para que oconsumidor possa concluirsua compra, fruindo demaneira adequada o serviço, oestabelecimento deveráfornecer gratuitamente asacola biodegradável,respeitando os ditames doCódigo de Defesa doConsumidor (CDC)."

ILEGAISEntre dezembro de 2010 e janeiro de 2011, foram apreendidos

na cidade de São Paulo 37 milhões de produtos ilegais, avaliadosem R$ 1,9 bilhão, em 67 operações nos grandes estabelecimentose shoppings na cidade de São Paulo. Foram também apreendidos20 milhões de produtos irregulares, incluindo os falsificados, emações contra o comércio ilegal nas ruas de São Paulo, realizadopelas Subprefeituras com apoio da Operação Delegada e da GCM.

As informações são da assessoria de imprensa e comunicaçãoda Secretaria Municipal de Segurança Urbana.

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sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de fevereiro de 2012 19DIÁRIO DO COMÉRCIO

SINAL VERDE

L I B E RTA D O R E SFase de gruposcomeça com Flu,Vasco e Inter.Pág. 20

JUDÔMayra Aguiar éouro no GrandSlam de Paris.Pág. 21espor te

Célio Messias/Folhapress

Fernandão empatou o clássico que o Palmeiras perdia para o Santos até os 43 minutos do segundo tempo. Juninho, aos 46, decretou a virada para 2 a 1, que coloca a equipe em 4º

OPalmeiras deu umgrande sinal de vi-da neste Paulistãoao vencer o Santos

por 2 a 1, de virada, no primei-ro clássico da competição, dis-putado neste domingo em Pre-sidente Prudente. Os dois golsalviverdes foram marcadosnos últimos cinco minutos dejogo. De quebra, o Palmeirasestragou a festa do santistaNeymar, que completou 20anos e marcou o gol do seu ti-me (leia mais na página 22).

Com a virada, o Palmeiraschegou aos 11 pontos no Cam-peonato Paulista e assumiu oquarto lugar. Já o Santos, com 6pontos, perdeu sua invencibi-lidade e segue fora do grupodos oito primeiros colocados.

Apesar da maior presençapalmeirense no ataque desde oinício, a partida só foi definidaa partir da segunda metade dosegundo tempo. Aos 25, o San-tos abriu o placar: Paulo Hen-rique Ganso cobrou falta da in-termediária e Neymar, livre damarcação, cabeceou para fazerseu 100º gol desde que se pro-fissionalizou, em 2009. Aos 41minutos, o santista Ibson foiexpulso. Aos 43, Fernandãocompletou de cabeça a cobran-ça de escanteio de Marcos As-sunção e arrancou o empate.Aos 46, Daniel Carvalho pas-sou para Juninho, que bateucruzado. A bola desviou emMaranhão e deu ao Palmeirasa vitória por 2 a 1.

“Não sou um jogador de téc-nica, de drible, mas tento com-pensar isso dando o meu máxi-mo e brigando com os zaguei-ros”, afirmou Fernandão, quemarcou seu quarto gol em 23partidas pelo Palmeiras. “Gos-to de fazer isso aqui (jogar fute-b ol ) . Tenho estrela de Deus.Sou um cara predestinado.”

Além de ajudar a sua equipea conquistar a vitória, o gol ser-ve também para Fernandãoganhar mais alguns créditoscom a torcida e com o técnicoLuiz Felipe Scolari. O argenti-no Barcos deve ser apresenta-do nesta semana e, dependen-do dos treinamentos, pode atéjogar contra o XV de Piracica-ba, na quarta-feira. Mas Fer-nandão aparece como a pri-meira opção. Responsável porcolocar a bola na cabeça docentroavante, Marcos Assun-ção destacou a força coletivada equipe, que não desistiupor nem um minuto. “Foi umavitória da superação. Tínha-mos tempo e lutamos. Palmei-ras é isso. Sempre muita luta.”

O outro artilheiro do dia, olateral-esquerdo Juninho, re-velou que também sentiu umalivio ao ver a bola na rede.Além de ter feito o gol da vitó-ria, conseguiu agradar ao auxi-liar de Felipão, Murtosa, quemanda os laterais terem maisiniciativa de chutar de fora daárea. “Venho trabalhandomuito. O Murtosa manda eubater cruzado porque, se o ata-cante não desviar e fizer o gol,algum adversário pode fazerisso”, contou. Sobre o gol ter si-do seu ou de Maranhão, con-tra, ele brincou: “É metade decada um. A minha metade eudedico para todo o grupo.”

A diretoria do Palmeirasacerta os últimos detalhes paraque o clássico contra o São Pau-lo, no próximo dia 26, tambémseja disputado em PresidentePrudente. Felipão reclama docalor e da distância, mas gostado local. “A cidade nos recebemuito bem e isso ajuda. Faz agente se sentir em casa.” Omeia Valdivia voltou a sentirdores no tornozelo direito, nofim do primeiro tempo, e aindasofreu uma contratura na coxadireita. Segundo o médico Vi-nícius Martins, a previsão éque ele fique de fora por pelomenos 15 dias.

Liderança tricolorPara assumir a liderança

do Campeonato Paulis-ta, o São Paulo precisava

de uma vitória por diferençade no mínimo dois gols sobre aPonte Preta, em Campinas. Foijustamente o que aconteceu:com os 3 a 1, a equipe iguala oPaulista de Jundiaí em pontos(13), vitórias (4) e saldo (8), maso supera no terceiro critério dedesempate, o número de golsmarcados (13 contra 11).

A partida marcou a estreiado meia Jadson no São Paulo,mas quem brilhou mesmo foi oatacante William José, substi-tuto do contundido Luis Fa-biano. O centroavante marcoudois dos três gols da equipe efoi decisivo para o triunfo.Agora, ele está com três gols noCampeonato Paulista, assimcomo o meia Lucas, que fez ooutro gol do time durante a vi-tória no Moisés Lucarelli.

O São Paulo abriu o placarlogo aos quatro minutos. Cíce-ro tentou chutar de fora daárea, mas a bola sobrou paraWilliam José, que dominou echutou na saída do goleiro.

A Ponte Preta conseguiuempatar a partida no começodo segundo tempo. Aos seteminutos, Renato Cajá cobrouescanteio e Guilherme cabe-ceou no canto esquerdo, semchance de defesa para Denis. OSão Paulo voltou a ficar emvantagem aos 20 minutos: Ca-semiro, que entrou durante osegundo tempo, ganhou divi-dida e passou para Cortez, quecruzou rasteiro. Lucas se ante-cipou ao marcador e tocou nasaída do goleiro para fazer 2 a1. Em um contra-ataque per-feito, o São Paulo definiu a suavitória aos 29 minutos. Case-miro lançou Lucas, que cruzoupara William José. O atacantemarcou o seu segundo gol napartida e o terceiro da equipe.

Empolgado com os gols, ojovem atacante pediu à direto-ria que confie nele e esqueça abusca por outro atacante comoopção para Luis Fabiano. “Ve-nho trabalhando para mostrarque não precisa ser contratadonenhum substituto para o LuisFabiano. Sou um cara que tra-balha. Quero o meu espaço.”

Rubens Chiri/AE

Substituto docontundido Luis

Fabiano,William José fez

dois gols navitória por 3 a 1

sobre a PontePreta, em

Campinas, quecoloca o São

Paulo emprimeiro lugar

no CampeonatoPaulista

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sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de fevereiro de 201220 DIÁRIO DO COMÉRCIO

ADEUS, 100%É uma vergonha para todos nós.”

Montillo, astro do Cruzeiro, sobre a derrota do time na estreia no Mineiroesporte

No primeiro clássico do

Campeonato Carioca, o

Flamengo, de Léo Moura,

e o Botafogo, de Lo co

Ab re u, fizeram um jogo

com muitas chances de

gols, mas não saíram do 0

a 0. Resultado ruim para os

dois, que, hoje, com 6

pontos cada, estariam fora

das semifinais da Taça

Guanabara: o líder do

Grupo A é o Nova Iguaçu,

que fez 2 a 0 no Macaé e

PELO BRASIL

L I B E RTA D O R E S

Flu abre a filaComeça com o Flumi-

nense a aventura dofutebol brasileiro na

fase de grupos da Copa Liber-tadores. Com a classificação deFlamengo e Internacional, oPaís estará representado porseis equipes nesta etapa do tor-neio, o que não acontecia des-de 2007.

O Tricolor carioca, que faz apior campanha entre os gran-des no Campeonato Carioca,entra em campo já nesta terça-feira, às 22h, diante do argenti-no Arsenal, no Engenhão. O ri-val já é conhecido: esteve nomesmo grupo em 2008, ano emque o Fluminense chegou à fi-nal e foi batido pela LDU. Aprincipal esperança da torcidaestá nos pés de Thiago Neves,que fez sua reestreia no últimosábado, junto com o time reser-va, no empate por 1 a 1 com oDuque de Caxias.

Sem entrosamento, o meiapouco pôde fazer, e o técnico

Abel Braga foi só elogios. “Eleficou sem jogar por 50 dias,mas teve uma movimentaçãoexcepcional e é um jogadorque vai nos ajudar muito.”

No dia seguinte, quem fazsua estreia é o Vasco, que desde2001 não disputa a Libertado-res. O rival é dos mais tradicio-nais, o Nacional, do Uruguai, eo técnico Cristóvão Borges es-calou neste domingo, diantedo Friburguense um time quedeve ser bem parecido com oda partida de quarta-feira. “Te-mos um elenco forte e de qua-lidade”, avisou o meia Felipe.

A postura do Inter foi dife-rente neste fim de semana. Otécnico Dorival Júnior preferiuescalar um time misto no clás-sico diante do Grêmio. Naquinta-feira, oito dias depoisde se garantir na fase de gru-pos ao empatar com o OnceCaldas, o Colorado estreia emseu grupo, contra o peruanoJuan Aurich.

tem 8 pontos. O segundo

colocado, o Resende, fez 2

a 0 no Bonsucesso,

também tem 6 pontos,

mas supera os dois

grandes no número de

vitórias. No Grupo B, o

Vasco manteve o

aproveitamento de 100%

ao fazer 2 a 0 no

Friburguense. No sábado,

o Fluminense empatou

com o Duque de Caxias (1

a 1) e foi superado no

segundo lugar pelo

Boavista, que também

empatou (1 a 1 com o

Volta Redonda).

Completaram a rodada:

Grupo A - Olaria 2 x 1

Madureira. Grupo B -

Americano 2 x 1 Bangu.

Também teve clássico

pelo Campeonato

Gaúcho. No primeiro Gre-

Nal do ano, disputado no

Olímpico, o Grêmio de

Fe rn a n d o e o

Internacional de Jo ã o

Pa u l o (jogando com os

reservas) empataram por

2 a 2. No primeiro tempo,

o Inter saiu na frente com

um gol do estreante

argentino Dátolo, mas o

Grêmio virou com

Marquinhos e Marcelo

Moreno, de pênalti. Na

segunda etapa, o zagueiro

Bolívar voltou a empatar

para o Internacional.

O Cruzeiro de An s e l m o

R amón estreou no

Campeonato Mineiro no

domingo, em Sete Lagoas,

com derrota para o

Guarani de Divinópolis:

1 a 0, gol de Magalhães,

marcado ainda no

primeiro tempo.

Também no domingo, o

Atlético, jogando fora de

casa, saiu perdendo do

América de Teófilo Otoni,

desperdiçou um pênalti,

com Richarlyson, mas

conseguiu ganhar, de

virada, por 2 a 1. Rodrigo

Sena abriu a contagem

para o América. André e

Mancini fizeram os gols do

Galo. O líder é o América,

que no sábado fez 2 a 0 na

Caldense, jogando em

Sete Lagoas. Também no

sábado: Tupi 0 x 1

Nacional. No domingo:

Boa 3 x 0 Democrata e

Villa Nova 2 x 2 Uberaba.

Fernando Soutello/AE Lucas Uebel/Folhapress Pedro Vilela/AE

Dhavid Normando/Photocamera

Thiago Neves é o grande reforço tricolor em busca do inédito título

Leo Barrilari/Folhapress

Corinthians do técnico Tite sofre o primeiro tropeço no campeonato (1 a 1 com o Bragantino, no Pacaembu) e perde a liderança para o São Paulo

Oempate por 1 a 1com o Bragantino,domingo, no Pa-caembu, custou ao

Corinthians a perda do apro-veitamento de 100% dos pon-tos e a liderança do campeona-to, que agora é do São Paulo.

Poupando os titulares FábioSantos, Alex e Danilo para evi-tar desgaste físico, o time so-freu um gol logo aos 2 minutosde jogo, quando, após cruza-mento da esquerda, rebatidaruim do goleiro Júlio César econfusão na zaga, a bola so-brou para Serginho abrir o pla-car para o Bragantino.

No fim do primeiro tempo, ozagueiro Murilo Henrique, doBragantino, que já tinha cartãoamarelo, fez nova falta feia efoi expulso. Na segunda etapa,com um homem a mais, o Co-rinthians começou pressio-nando. Empatou logo aos 5 mi-nutos, quando Ramírez arris-cou da entrada da área, do ladodireito, e acertou um belo chu-te. O goleiro Alê chegou a tocarna bola, mas não conseguiuevitar o empate: 1 a 1.

Aos 16 minutos, em busca davitória, o técnico Tite tirou o la-teral-esquerdo Ramón e colo-cou o meia Vítor Júnior, que lo-go fez falta dura e tomou car-tão amarelo. Quando o Corin-thians parecia mais perto da

vitória, Vítor Júnior fez novafalta feia e, depois de apenasdez minutos em campo, foi ex-pulso. A partir dali, o Corin-thians perdeu o ímpeto e só fezpressão nos últimos momen-tos do jogo, sem resultado.

Vítor Júnior desceu para osvestiários chorando. Após apartida, o técnico Tite, mesmoevitando usar palavras maisfortes, condenou sua expul-são. “Quando se veste a camisade um grande clube, isso éacompanhado de responsabi-lidade. Quando tem oportuni-dade, você quer fazer aconte-cer rápido. Coloquei isso a eleno vestiário. Não vou passar amão na cabeça. O erro é da faltade maturidade”, discursou otreinador. “Eu disse a ele paracercar, não segurar a camisa,não tentar dar o bote. Nin-guém bota a culpa em nin-guém. Nós poderíamos tervencido, independentementedele ser expulso ou não. Foi ex-cesso de vontade.”

O goleiro Júlio César acom-panhou o raciocínio do coman-dante. “Foi um lance bobo, oVítor sabe que errou. A gentepoderia ter vencido, mas nãodeixamos de vencer somentepor causa da expulsão”, disse ojogador, que culpou ainda o ár-bitro. Segundo ele, LeonardoFerreira Lima permitiu o anti-

jogo do Bragantino. “Pô, elesbateram muito, o árbitro ficouo jogo inteiro falando: 'é a últi-ma, não aviso mais', em cadafalta deles. Mas deveria expul-sar porque eles vieram aquipra bater mesmo.”

Tite citou ainda o impedi-mento de dois adversários nolance do gol do Bragantino. Nacobrança de falta de Romari-nho, André Astorga estava emposição de impedimento e, se-gundo Júlio César, o atrapa-lhou na jogada. A bola acabousobrando para Serginho mar-car. “São cinco árbitros. Temque ter cuidado a favor e con-tra. Cuidado para acompa-nhar legal o lance”, reclamou ogoleiro. “Eu só não saí porqueo Astorga pulou, ergueu o bra-ço e estava impedido. Se elenão estivesse ali, eu teria feitodefesa tranquila”, declarou Jú-lio César. Tite, no entanto, dis-cordou do goleiro em relação àviolência do adversário. “Éuma característica do Bragan-tino essa marcação forte, masnão vi nenhum lance desleal.Vi faltas repetidas.”

Na verdade, os dois times sesentiram prejudicados pela ar-bitragem. O presidente do Bra-gantino reclamou dos cartõesque seus defensores recebe-ram na etapa inicial. Para Mar-co Chedid, o juiz não foi rigo-

roso da mesma forma com o ri-val. “O Corinthians é um gran-de time e não precisa disso.Aplica a regra para os dois la-dos, critério igual.” No começodo jogo, a equipe do interiorfez um revezamento de faltasque ajudou a parar o ataque co-rintiano. Até que o zagueiroMurilo foi expulso. Ao todo, ojuiz distribuiu seis cartões aosvisitantes e quatro aos man-dantes.

Tite ainda repetiu um antigolema, já conhecido nos seusdiscursos, ao analisar o resul-tado da partida: “Vou só fazerum parênteses. O que o cam-peonato dá, o campeonato tira.Vencemos o Mirassol sem me-recer, mas hoje tivemos desem-penho pra vencer e não vence-mos”, analisou. O jogo citadopelo técnico foi logo na estreiano Paulistão, quando o timevenceu o Mirassol de viradapor 2 a 1 com um gol contra doadversário quase nos acrésci-mos. “Dessa vez o campeonatotirou, e futebol é assim. Contrao Mirassol, ganhamos na qua-lidade técnica. Hoje o time pro-duziu muito mais e não ven-ceu”, completou. Na quarta-feira, o Corinthians vai ao inte-rior para enfrentar o Mogi Mi-rim. O Bragantino, também naquarta-feira, porém à tarde,enfrenta o Ituano em Itu.

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sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de fevereiro de 2012 21DIÁRIO DO COMÉRCIO

VITÓRIA DE PESO

Para a minha carreira, em um ano olímpico, a cirurgia é o melhor a ser feito.”G ibaesporte

PELO MUNDOFotos: Mastrangelo Reino/Frame/AE

Mayra Aguiar fez bonito no Grand Slam de Paris de judô: ficou com o ouro, após vencer duas das cinco melhores do mundo, e mostrou que tem boas chances de medalha em Londres

Rafael Silva foi prata e só parou diante do penta mundial Teddy Riner

Sarah Menezes também ficou com a prata e já pensa nos Jogos Olímpicos

Mayra Aguiar con-s e g u i u u m d eseus maiores fei-tos na carreira

neste domingo: a medalha deouro na categoria até 78 kg doGrand Slam de Paris a creden-cia como uma das favoritasamedalha na Olimpíada deLondres, em julho.

Para se ter uma ideia, foiapenas a terceira conquista doBrasil na competição, depoisde Edinanci Silva, em 2000, eLeandro Guilheiro, em 2010. EMayra, que chegou à disputacom o terceiro lugar no ran-king mundial, deve subir umaposição, depois da vitória so-bre a norte-americana KaylaHarrison, número 4 do mun-do, na final. Nas semifinais, elajá tinha passado pela ex-se-gunda colocada, a francesaAudrey Tcheumeo.

Pelas regras da FIJ (Federa-ção Internacional de Judô), vãoa Londres as 14 primeiras colo-cadas do ranking, no máximouma por país - posição queMayra já garantiu. Ficar em se-guindo é importante porqueevita que ela pegue a favoritajaponesa Akari Ogata antes deuma eventual final olímpica.

O fim de semana foi bastantelucrativo para o Brasil, quesaiu de Paris com mais duasmedalhas, ambas de prata. Nafinal da categoria acima de 100kg, Rafael Silva só foi batidopelo genial francês Teddy Ri-ner, pentacampeão mundial,numa decisão bastante dispu-tada. Antes, ele passou porBatsuuri Namsraijav (Mongó-lia), Matthieu Bataille (Fran-ça), Matjaz Ceraj (Eslovênia) eSung-Min Kim (Coreia do Sul),e os resultados devem levá-loao quarto lugar no ranking dacategoria e uma vaga em Lon-dres. Ele abriu 500 pontos devantagem sobre o amigo Da-niel Hernandes, que perdeulogo na estreia em Paris, diantedo francês Matthieu Thorel, enão tem mais como encurtar adistância até 1º de maio. Sómesmo agora pode tirar a vagaolímpica de Rafael Silva.

A situação é a mesma de Sa-rah Menezes, que ficou com aprata na categoria até 48 kg. Elavenceu quatro lutas até perderna final para a japonesa Tomo-ko Fukumi, segunda melhordo mundo, por um yuko devantagem. Como Sarah é a ter-ceira do ranking mundial e a

primeira também é japonesa,Sarah não só já está garantidaem Londres como tem boaschances de chegar à final.

As disputas mais equilibra-das entre brasileiros não tive-ram alterações em Paris: nadisputa até 90 kg, tanto TiagoCamilo quanto Hugo Pessa-nha foram eliminados logo nasegunda luta, enquanto, na ca-tegoria até 100 kg, LucianoCorrea caiu na segunda luta eLeonardo Leite perdeu na es-treia, mas os resultados não fi-zeram diferença para o ran-king olímpico.

Mas nem só de alegrias vi-veu o judô brasileiro na Fran-ça. Medalha de bronze em Pe-quim-2008, Ketleyn Quadrosdeu adeus definitivo ao sonhoolímpico ao perder para a chi-nesa Hui Wang logo na primei-ra luta. A vaga brasileira na ca-tegoria até 57 kg vai ficar com eRafaela Silva, que está emquinto no ranking mundial -Ketleyn está em 19.º.Entre oshomens, na categoria até 60 kg,Felipe Kitadai, que ainda pre-cisa de pontos para garantir avaga olímpica, perdeu logo naprimeira luta para o russoRobert Mshvidobadze.

VÔLEI OUTROS CAMPOS

O desafio do capitãoA vitorisa carreira de Gi-

ba, marcada pela supe-ração de problemas

(entre eles uma leucemia na in-fância e um doping positivopara maconha, quando estavana Itália), ganhou um capítulocomplicado a mais: o capitãoda seleção brasileira vai operara tíbia da perna esquerda e teráde fazer um esforço redobradopara estar em forma a tempode estar na Olimpíada de Lon-dres - que deveria marcar suadespedida da equipe.

O técnico Bernardinho afir-mou que está esperando pelodono da camisa 7, e agradeceuao Cimed/Sky por evitar for-çar sua participação na Super-liga - ele ainda não jogou pelaequipe desde a fusão entre oCimed e o Pinheiros. “O Giba éum jogador fundamental paraa equipe e confiamos que eleestará, sim, recuperado e bematé Londres. Ele realmente nãoteria condições de jogar e, seforçasse, poderia agravar a le-são”, explicou o treinador.

A previsão de recuperação éde dois meses. O atacante ten-

Alexandre Arruda/CBV

Giba vai passar por cirurgia, mas espera se recuperar para Olimpíada

tou manter o otimismo. “Estásendo o momento mais difícilpara trabalhar a minha cabeça,mas, se o problema existe, te-mos de encontrar a solução. Émais uma dificuldade que vouter de superar na minha vida”,comentou o craque, que pediudesculpas aos torcedores cata-rinenses. “Estou chateado,

mas tenho que ver que, para aminha carreira, em ano olímpi-co, era o mais correto..”

O médico da seleção, NeyPecegueiro, contou não haviaoutra alternativa de tratamen-to. “Acredito que, entre dois etrês meses após a cirurgia, o Gi-ba já esteja liberado para reto-mar os treinamentos.”

Red Bull apresenta hoje o “herdeiro”

Cinco das 12 equipes que vãodisputar o Mundial de Fórmula 1

neste ano já apresentaram seuscarros: Caterham (ex-Lotus),McLaren, Ferrari, Force India e Lotus(ex-Renault). Mas o lançamento maisaguardado da temporada será nestasegunda-feira: o do carro da Red Bullque sucederá o RB7, carro do anopassado que deu ao alemãoSebastian Vettel o bicampeonatomundial com extrema facilidade.

O evento será realizado em MiltonKeynes, na Inglaterra, na fábrica daequipe, e deve deixar torcedores,pilotos e técnicos rivais de olhonas imagens que estarão disponíveispela internet - todos tentandodescobrir a surpresa que AdrianNewey terá preparado para levarVettel e a Red Bull ao tricampeonato.“Descobrir coisas novas é o que maisgosto no meu trabalho”, gosta dedizer o projetista.

Brasil define vagasolímpicas na vela

Começa nesta segunda-feira, emBúzios (RJ), a Semana Brasileira

de Vela, que serve para as melhoresduplas do País confirmarem suasvagas na Olimpíada de Londres. É ocaso de Robert Scheidt e BrunoPrada, que se sagraram campeõesmundiais da Star em dezembro doano passado, na Austrália.

Com o título no litoral fluminense,carimbam o passaporte olímpico.Se perderem, disputam um“desempate” contra o campeãonacional em março, na Espanha.“Estamos no início da temporada,mas na fase final da preparação parabuscar nossa vaga”, diz Prada.

Anderson Silva pegaChael Sonnen em SP

Dana White, o chefão do UFC,confirmou o que todos os fãs de

MMA esperavam: o reencontro entreo brasileiro Anderson Silva, campeãodos médios, e o norte-americanoChael Sonnen, um de seus principaisrivais, será em junho, na primeiraedição do evento em São Paulo.

A luta ganhou um tempero extradepois que o falastrão Sonnenresolveu se dizer palmeirense, sópara rivalizar com o corintiano Silva.A diretoria do Alviverde até lheenviou uma camisa oficial. Os dois seenfrentaram em 2010, com umaincrível vitória do brasileiro noúltilmo round.

Empate heroico nãosalva o Manchester

Não é pouca coisa buscar umempate por 3 a 3 com o

Chelsea, fora de casa, depois de ver oadversário abrir 3 a 0. Mas, para oManchester United, o feito heroicode pouco adiantou: o time acaboudeixando a liderança isolada para orival Manchester City, que venceu oFulham por 3 a 0 e chegou a57pontos, contra 55 do United.

Para o Chelsea, o resultado ruimdeixou o time para trás, em quarto,com 43 pontos, contra 49 doTottenham, e numa briga ferrenhapela última vaga na próxima Liga dosCampeões: o Newcastle, que venceuo Aston Villa por 2 a 1, foi a 42, e oArsenal chegou a 40 depois de golearo Blackburn por 7 a 1.

Copa das Naçõesdefine as semifinais

Oanfitrião Gabão tentou até ofim, mas ficou de fora das

semifinais da Copa Africana deNações: foi batido nos pênaltis peloMali, por 5 a 4, após empate por 1 a 1no tempo normal e na prorrogação -o meia Keita, do Barcelona,converteu a cobrança que levou oMali para o duelo contra a favoritaCosta do Marfim, que, atropelouGuiné Equatorial por 3 a 0 e chegou àquarta vitória seguida, sem levar golsno torneio - e Drogba aindadesperdiçou um pênalti.

A outra semifinal será disputadaentre Gana, que bateu a Tunísia por2 a 1, na prorrogação, e Zâmbia,que derrotou o Sudão comfacilidade, por 3 a 0. Os dois jogosserão na quarta-feira, e a decisão,no domingo.

Nenê brilha e PSGmantém liderança

Com dois gols do atacantebrasileiro Nenê, o Paris Saint-

Germain venceu o Evian por 3 a 1,de virada, em Paris, e manteve aliderança do Campeonato Francêscom três pontos de vantagem para oMontpellier, que sofreu para derrotaro Brest por 1 a 0.

O PSG, que fez investimentosmilionários para esta temporada,depois de ser adquirido com ummilionário árabe, lidera a competiçãocom 49 pontos, contra 46 do rival.

O Lyon só empatou por 2 a 2 com oOlympique de Marselha e, com 39pontos, se distanciou dos líderes -divide o terceiro lugar com o Lille,que não pôde enfrentar o Sochauxpor causa do mau tempo.

Juventus e Milanficam na mesma

Dois empates sem gols doslíderes, que jogavam em casa,

marcaram a rodada do CampeonatoItaliano neste fim de semana. AJuventus não saiu do 0 a 0 com oSiena, mesmo placar do duelo entreMilan e Napoli, em dois jogostrucados e com poucas chances degol. Assim, a diferença permaneceem um ponto a favor para o time deTurim, 45 a 44.

A Udinese, com 41, não aproveitoua chance de embolar a disputa:perdeu por 3 a 2 para a Fiorentina. E aInter de Milão chegou ao terceirojogo seguido sem vitória: levou 4 a 0da Roma, que teve gol do brasileiroJuan, e, com 36 pontos, voltou a ficarlonge demais dos líderes.

Real e Barça têm ajudados coadjuvantes

Real Madrid e Barcelonaprecisaram contar com seus

coadjuvantes para vencer seus jogosneste fim de semana. Fora de casa,com Kaká entre os titulares, o Realprecisou de um gol do zagueiroSergio Ramos para vencer o Getafepor 1 a 0. Em casa, o Barça fez 2 a 1 naReal Sociedad, e o primeiro gol foimarcado pelo novato Tello.

Os resultados mantiveram o timeda capital na ponta, com 55 pontos,sete a mais que os catalães. Emterceiro, com 37, o Valencia ficoumais longe da briga ao empatar por0 a 0 com o Atlético de Madri - quefez seu quinto jogo seguido semderrota e sem levargols desde achegada do técnico Diego Simeone.

Page 22: DC 06/02/2012

sábado, domingo e segunda-feira, 4, 5 e 6 de fevereiro de 201222 -.ESPORTE DIÁRIO DO COMÉRCIO

�Celso Unzelte

FESTA PELA METADE

Não foi como ele queriaNeymar marca seu 100º gol no dia do aniversário, mas o Santos permite que o Palmeiras vire o jogo

almanaque

Há 20 anos: Brasilfora da Olimpíada

Em Barcelona, o Brasil estaráno lugar mais alto do pódio,

ouro no peito, encantando o mundo.”Ernesto Paulo, antes da eliminação.

Domingo, 9 de fevereiro de1992. Na próxima quinta-feira

faz 20 anos que, pelo TorneioPré-Olímpico realizado emAssunção, no Paraguai, o Brasilapenas empatou com a Venezuela,por 1 a 1, e ficou de fora do torneiode futebol dos Jogos Olímpicos,disputados naquele mesmo anoem Barcelona. Na foto, o técnicoErnesto Paulo consola o jovemlateral-direito Cafu, então comapenas 21 anos.

Há 57 anos, em 6 de

fevereiro de 1955,

o Co ri nt h i a n s e m p at ava

com o Palmeiras (1 a 1)

e era campeão paulista

do IV Centenário.

Morreu no domingo, 5 de

fevereiro, em São Paulo,

aos 76 anos, vítima de

câncer no intestino, o

ex-comentarista de rádio

Loureiro Júnior.

Além de Cafu, aquela seleção olímpica contavacom vários jogadores que depois se

consagrariam ou com a própria camisa amarelaou por clubes importantes, como o lateral-esquerdoRoberto Carlos, o zagueiro Márcio Santos, o meiaMarcelinho Carioca e o atacante Denner.Mas naquele Pré-Olímpico o Brasil não foi bem.Depois de vencer o Peru (2 a 1) e o Paraguai(1 a 0), perdeu da Colômbia (2 a 0).Para ficar com uma das duas vagas do continente(que acabaram nas mãos de paraguaios ecolombianos), o Brasil precisaria ter derrotado osvenezuelanos por uma diferença de pelo menosdois gols. O que acabou não acontecendo.

4vezes o Brasil ficou de

fora do torneio de futebol

dos Jogos Olímpicos,

desde que começou a

participar, em 1952:

em Melbourne (1956),

Moscou (1980),

Barcelona (1992)

e Atenas (2004).

Jamais ganhou a

medalha de ouro.

COPA DE 2014

BOLETIM DE OCORRÊNCIA

O gremista Kleber é acusado pela mulher, Débora Favarini,de agredí-la com um soco na cabeça, durante a madrugadade 29 de janeiro, após ela ter se escondido no banheiro com ocelular dele para conferir as ligações e a agenda do aparelho.Débora registrou queixa na Delegacia de Polícia Civil paraMulheres de Porto Alegre, disse que vai processar Kléber,deixou o apartamento onde moram e, sem esperar peloGre-Nal, voltou para a casa dos pais em Belo Horizonte.

Sábado, 4

O ADEUS DO JUDOCA

C U RTA S

www.dcomercio.com.br/esporte/

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FIM DE JOGO

Sub-20: brasileiras batem argentinas por 2 a 0 e são campeãs sul-americanas

Na despedida de Palermo, torcida do Boca Juniors pede volta de Tevez

Ex-tenista número 1 do mundo, Arantxa Sánchez lança biografia amanhã

Veja quem foi o vencedor do Super Bowl - www.dcomercio.com.br

Reprodução/Arquivo Celso Unzelte

Ricardo Saibun/Folhapress

Blatter prevê "um Mundial extraordinário"

Ao participar do CongressoExtraordinário da

Confederação Sul-Americana deFutebol, no Paraguai, Jo s e p hB l at te r , presidente da Fifa, falasobre a Copa do Mundo de 2014:"O Brasil é um paísextremamente futebolístico e vaiorganizar um Mundialextraordinário. Como em todo osMundiais que temos organizadonos últimos trinta anos, dizemque os estádios não estãoprontos, que temos problemasnos aeroportos, nas estradas,mas no final tudo será feito."

Domingo, 5

Milene Cardoso/AE

Flávio Canto vira estrela de televisão

Medalha de bronze naOlimpíada de Atenas, o

judoca Flávio Canto, de 36 anos,anuncia o fim da sua carreira noesporte para assumir aapresentação do programaCorujão do Esporte na Glob o. Emconversa com Tande no programaEsporte Espetacular, o judoca fez oanúncio: "Vim aqui hoje porquevocê foi um dos primeiros a saberdessa minha decisão de estarparando no judô para enfrentaresses novos desafios. Estoupendurando a faixa". Flávio Canto

admite disputar a Olimpíada deLondres se Leandro Guilheiro, quecompete em sua categoria, vier ase contundir, mas garante que nãoé a sua vontade: "Caso o Leandrotenha uma lesão, eu possoparticipar. Mas é umapossibilidade remota, a gente nãoquer contar com isso. Prefiroparticipar da preparação doLeandro". Ele pretende fazer parteda comissão técnica da seleçãobrasileira durante a preparaçãopara a Olimpíada.

Domingo, 5

XFotos: Wesley Santos/AE

Norberto Duarte/AFP

Ronaldinho é 'o cara' de Joel

Ao pedir, pela terceira vezna vida, demissão docomando técnico do

Bahia e aceitar oficialmentecomandar o Flamengo pelaquinta vez, o técnico JoelSantana fez questão deencher a bola de RonaldinhoG aúcho: "Ele é o cara que vaidecidir para mim."

A mais badalada estrela daGávea foi o pivô da demissãode Vanderlei Luxemburgo,que saiu atirando: "Eu quero oRonaldinho para jogar futebole cumprir seus compromissos.A regalia que um jogador dealto nível tem é o salário queele ganha. As exigências têm

de ser iguais para todos."Antes do 0 a 0 deste

domingo com o Botafogo,resultado que deixou os doistimes fora da faixa declassificação para assemifinais da Taça Guanabara,o rubro-negro Ronaldinhominimizou os problemas comLuxemburgo e saudou achegada do novo técnico:"Torço para o Joel fazer umgrande trabalho e que a gentepossa ajudá-lo. Procuro fazerminha parte."

Joel Santana começa hoje onovo período de trabalho naGávea, escudado numcontrato de dois anos, e vai

precisar da ajuda do craque,que, mesmo depois dademissão de Luxemburgo,andou aprontando: nasexta-feira, faltou ao treinoda tarde, alegando umaconjuntivite, mas, à noite, sedivertiu bastante num showdo grupo Revelação. "Ele deveter colocado colírio emelhorou", justificou omédico José Luiz Runco,fazendo coro com Joel, que,ainda em Salvador, disse quechega de novo aoFlamengo "paramelhorar o ambientecom osjo gadores".

DEPOIS DE LUXEMBURGO

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erle

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eida

/AFP

Ojogo tinha tudo para serdele: já no anúncio daescalação dos times, olocutor do estádio de

Presidente Prudente se empol-gou ao anunciar seu nome: "Oaniversariante do dia, N-e-y-m-a-r". Antes da bola rolar, o termomai s c i t ad o no Tw i t ter era"Gol100deNeymar com danci-nha SFC". Quando o time santis-ta entrou no gramado, a torcidacomeçou a cantar 'Parabéns avocê' e o atacante agradeceuacenando com a mão. No mo-

mento de cumprimentar os jo-gadores do Palmeiras, fez ques-tão de abraçar cada um e depoisfoi até o banco de reservas con-versar com Felipão.

O pr imeiro grande lanceaconteceu aos 18 minutos: Ney-mar driblou de forma descon-certante o zagueiro Henrique e ajogada quase acaba em gol.Apesar do calor de 34ºC, o garo-to não parecia sentir nada. Cons-tantemente pedia a bola e cha-mava o jogo para ele, pois sabiaque a maioria dos 25 mil torce-

dores estava no estádio para vê-lo. Afinal, era o dono da festa.

Num segundo tempo muitodisputado, Neymar passou a so-frer com a forte marcação dospalmeirenses, mas não se aba-lou. Pelo contrário: aos 28 minu-tos, recebeu a bola na frente daárea, foi derrubado por Cicinho,levantou-se sem reclamar e saiucorrendo para esperar a cobran-ça de Paulo Henrique Ganso. Oamigo mandou-lhe a bola e ele,sozinho, subiu e cabeceou semchances para Deola.

Foi o 100º gol como profissio-nal, bem no dia em que come-morava 20 anos. Neymar era sóalegria. Era... Nem ele nem os de-mais santistas esperavam que oPalmeiras tivesse força para em-patar o jogo. O Palmeiras fezmais, porém: em cinco minutos,virou o placar. Derrotado por 2 a1, o aniversariante desabafou:"Eles tiveram sorte e o Santos foiprejudicado. Só isso." Referia-seao lance em que Ibson foi expul-so, nos minutos finais, antes dosdois gols palmeirenses.