de PoetaCoração -...

Coração de Poeta

2008SÃO PAULO - BRASIL

Organização:

Marcelo Puglia

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Coração de poeta : projeto 48 horas : o livro de poesia interativo / organização Marcelo Puglia. – São Paulo : All Print Editora, 2008.

Vários autores.

1. Poesia brasileira - Coletâneas I. Puglia, Marcelo.

08-01093 CDD-869.9108

Índices para catálogo sistemático:1. Antologia : Poesia : Literatura brasileira 869.9108

Coração de Poeta

PROJETO 48 HORASO livro de Poesia Interativo.

CORAÇÃO DE POETAPROJETO 48 HORAS

Copyright © 2008 by Marcelo PugliaTodos os direitos reservados.

Edição única – proibida a venda e reproduçãoparcial ou total sem autorização do autor.

Capa, projeto gráfi co, editoração e impressão:

[email protected]

(11) 5574-5322

Editor:Marcelo Puglia

Arte da capa:Roberta Lima

Revisão:Elizabeth F. de Oliveira

Jane Rossi

Dedicado...

...a cada uma das 70 almas que fazem parte deste sonho, que um dia eram apenas fotos ou imagens e hoje são uma linda realidade; pelo apoio, confi ança e carinho.

...a Sofi a, que quando tudo isto começou nem sabia que existiria e hoje é um anjo em forma de gente.

...a Letícia, que me acompanhou por noites e mais noites, procurando cada um de vocês e porque muitas vezes seu sorriso foi o estímulo ideal para continuar em frente.

...aos corações, aos poetas, ao amor, à saudade e a tudo aquilo que nos faz vibrar, emocionar e acreditar que tudo é possível.

Marcelo Puglia

Releases

1. Elena Barros, nasceu na cidade do Rio de Janeiro. Formou-se em Letras (Português – Inglês) em 1989, pela Faculdade de Le-tras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Apesar de ter dois livros registrados, um romance e um de poesia, esta é a primeira vez que participa de uma antologia poética.Contato: [email protected]

2. Renilson Pereira dos Santos, Professor, graduado em Letras pela Universidade Estadual de Alagoas – Uneal, é Terapeuta Ho-lístico formado em Reiki e Floral, escritor e poeta, autor do livro: Desabafos – Meu Universo em Versos. Nasceu no municí-pio de Craíbas-AL, onde ocupou vários cargos públicos, como Secretário Municipal de Educação e Cultura, posteriormente Meio Ambiente; atualmente exerce atividades profi ssionais em Arapiraca-AL.Contato: [email protected]

3. Sandra Stabile Queiroz, é administradora, nasceu em Salvador-Bahia, mora em Salvador, esta é sua primeira participação em uma coletânea e já está escrevendo o seu primeiro livro de poesia.Contato: [email protected]

4. Maria Olga de Oliveira Lima, é professora de Ensino Fun-damental. Nasceu em Conchas e mora em Botucatu. Partici-pa e colabora desde 1999 com a coletânea literária da cidade. Com o poema “Queda” classifi cou-se no Mapa Cultural, em 1999, na fase municipal. Envia seus poemas aos jornais locais. Tem poemas apostilados, aguardando publicação.

5. Marinez Stringheta, graduada em Letras, professora de portu-guês, escritora e poetisa. Nasceu e mora em Botucatu. Colabora

8 Coração de Poeta – Projeto 48 Horas Coração de Poeta – Projeto 48 Horas 9

e participa, desde 1999, na organização da antologia literária de Botucatu, que está em sua oitava edição. Já participou de várias coletâneas e editou quatro livros. Classifi cou-se na fase muni-cipal do Mapa Cultural Paulista com poesia e conto e recebeu “menção honrosa” com o poema “Amarras”. Envia poemas aos jornais de sua cidade e a sites da Internet.Contato: [email protected]/[email protected]

6. Vanessa Pereira dos Santos, nascida em Santos, litoral sul, mas passou a maior parte da vida na cidade. É escritora e esta é a sua primeira experiência literária. Contato: [email protected]

7. Ricard’oliveira, é professor e nasceu no Gama-DF, mora em Valparaíso de Goiás, tem um livro de poesia pronto ainda não publicado.Contato: [email protected]

8. Maria Claudete Ferreira Herculano Batista, nascida Vascon-celos Ferreira da Silva, é Odontóloga e Professora Universitária Aposentada. Nasceu em Usina Roçadinho, Município de Ca-tende, interior de Pernambuco e mora atualmente em Camara-gibe-PE. Herdou da sua mãe o gosto pela crônica e poesia e este é seu primeiro trabalho literário. Contato: [email protected]

9. Sandra Laurita de Souza Lagoela, nasceu em Florianópolis-SC e mora atualmente em São Paulo. É atriz, dubladora e forma-da em Terapia Holística. Este é seu primeiro trabalho literário. Contato: [email protected]

10. Morgana Ribeiro Deola, é professora, nasceu e mora em Blu-menau – Santa Catarina, e este é seu primeiro trabalho literário. Contato: [email protected]

11. Sandra de Almeida (Sandrah), paranaense de Jandaia do Sul. No momento reside em Cacoal-Rondônia. Geógrafa. Ativista de Movimentos Sociais nas décadas de 70 e 80. Autora de alguns projetos ambientais e sobre os povos indígenas da Região Norte. Publicações nos sites: Alma de Poeta (RJ), Crônicas Cariocas (RJ), Para Ler e Pensar (Salvador-BA), Rondônia ao Vivo e RL. “Na poesia renasci, desnudo-me e sou feliz!” Contato: [email protected]

12. Fabrício Scavullo, é estudante, tem 24 anos, natural de São Paulo capital, mora em Curitiba há sete anos. É a primeira vez que participa de uma antologia poética. Contato: [email protected]

13. Cacá Manacá, Maria do Carmo de Castro Teixeira nasceu em Formosa-GO e reside em Goiânia-GO. Esta é a sua primeira participação num livro de poesia. Bacharel e licenciada em His-tória, com pós-graduação em História Cultural na Perspectiva Regional pela Universidade Católica de Goiás. Funcionária da Secretaria Municipal de Cultura – Museu de Arte de Goiânia, atua como educadora, historiadora, pesquisadora cultural, pinto-ra autodidata e escritora (para atender aos anseios da alma). Contato: fl [email protected]

14. Jane Rossi, Professora graduada em Letras e pós-graduanda em Educação Especial, atua como professora na rede pública de ensino na cidade de Guarulhos-SP, onde ministra aulas de Português, Inglês e Libras. Nasceu em Recife-PE, mas foi em Guarulhos-SP que realizou todos os seus sonhos: ser mãe, esposa, professora, poetisa e artista plástica. Esta é sua primeira participa-ção em um livro de poesia.Contato: [email protected]

15. Creuza Maria dos Santos, nascida em Iporá-GO, atualmente mora em Guará-DF, é professora aposentada, atualmente admi-


nistrando um salão de beleza. Esta é sua primeira participação em um livro de poemas. Contato: [email protected]

16. Paula Diniz, é jornalista. Nasceu em Londrina e mora em Curitiba. Esta é a primeira coletânea de poesia da qual participa.

17. Alan Gonçalves Pereira, nasceu em Governador Valadares-MG, mas mora em Santo André-SP há 20 anos. Atualmente é Opera-dor de Supermercado e este é seu primeiro trabalho literário. Contato: [email protected]

18. Magali Ferreira, é professora licenciada em Letras, atual-mente é pós-graduanda em psicopedagogia e exerce há vinte e dois anos o cargo de encarregada de fi scalização e tributos como funcionária pública da Prefeitura Municipal de Itaberá (SP), onde nasceu e reside. Esta é a sua primeira participação num livro de poesia.Contato: [email protected]

19. Bruno Silva, é estudante de Medicina Veterinária, nasceu em Coaraci, no sul da Bahia, onde mora atualmente, esta é a terceira coletânea de que participa. Contato: [email protected]

20. Joelma Maia Rodrigues, é dona de casa, poeta, nasceu em Pa-rintins-AM, mora em Parintins e esta é sua primeira participação em um livro de poesia; no entanto participou recentemente com um poema e um pequeno texto em um livro (A longa caminha-da), que conta a saga de sua família. Contato: [email protected]

21. Roselaine Bitencorte Oliveira Grams, é jornalista, nasceu e mora em Independência-RS. Já participou de outras coletâneas e antologias como o 3º Prêmio Missões e a obra Mentiras em Tons de Verdade, volume I e II. Contato: [email protected]

22. Jumara Aprille Lucon, nasceu e vive em São Paulo-Capital; formada em Letras pela Universidade São Judas Tadeu, professora de Língua Portuguesa e Literatura. Autora do livro: Ju, poetando, publicado pela Orus Editora. Contato: [email protected]

23. Thais Brasil Coelho, é escritora e poetisa, pintora de telas, estilista; nasceu e mora em Goiânia, esta é sua primeira partici-pação num livro de poesia, mas já editou um livro e ganhou o XXI Concurso de Primavera. Contato: [email protected]

24. Rosana Machado Santana Rezende Araújo, escritora, bacha-rel em direito e professora. Nascida em Boa Esperança-MG e mora em Campo do Meio-MG, onde é gerente de pousada. Este é seu primeiro trabalho literário. Contato: [email protected]

25. Edilson Luiz da Silva, nasceu em São Paulo e mora em Ibitinga-SP; é mecânico de manutenção e esta é sua primeira participação numa coletânea. Contato: [email protected]

26. José Sarto de Almeida Silva, casado, bancário, nasceu nas ime-diações de São João Del-Rei e mora atualmente em Cachoeira de Minas-MG; escreve desde o ano de 1999; já editou 2 livros na extinta hotbook.com.br (virtual) e está é sua primeira participa-ção num livro tradicional. Contato: [email protected]

27. Roberta Lima, é publicitária e nasceu e mora em Recife. Esta é sua primeira participação num livro de poesia. Contato: [email protected]


28. Elizabeth F. de Oliveira, é empresária, nasceu no Rio de Janeiro e atualmente vive em São Luis, MA. Como poeta, é a sua primeira participação em um livro de poesia. Contato: beija-fl [email protected]

29. Raquel Andressa, é teóloga e empresária, nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, e esta é sua primeira participação num livro de poesia. Contato: [email protected]

30. Ana Paula Guimarães Figueiredo Correia Teles Holanda, é advogada, professora e escritora; nasceu em Fortaleza, onde mora atualmente. Neófi ta como co-autora de um livro de poesia, em-bora se dedique a escrevê-las desde a mais tenra idade. Contato: [email protected]

31. Mirse Maria de Souza Albuquerque, Nasceu em Recife, e mora atualmente em Copacabana, no Rio de Janeiro. É formada em Ciências Contábeis e Administrativas. Mãe de duas fi lhas, é também voluntária numa casa de apoio a crianças com câncer. Esta é sua primeira participação numa coletânea. Contato: [email protected]

32. Ismênia de Souza Nunes, ISMÊNIA NUNES, nasceu em São Joaquim, SC, reside em São José, 20 minutos de Florianó-polis, desde sua primeira infância. Mãe de dois fi lhos. Formou-se em secretariado e iniciou faculdade de jornalismo pela UFSC. Escreve desde 84 e tem poemas na Revista Ventos do Sul, do grupo de Poetas Livres do qual fez parte por um ano. Participou de alguns Concursos do Palco Habitasu, e foi premiada com 1249 votos, o que lhe deu direito de ter uma participação neste livro de antologias, texto esse, que deu início a uma nova His-tória, que hoje está concluindo para editar um romance. O livro que está no prelo “O Segredo de Norberto”, romance este com

diversas nuances que vão prender o leitor, falará desde turismo, meio ambiente, Palácio Cruz e *Sousa e desenrola uma interes-sante história. Além deste livro, concluiu o livro de poesia “Ilha Encantada”, ambos ilustrados. Sempre com muita inspiração. Contato: [email protected]

33. Márcia Braga, é Empresária, Pastora, Compositora e Gradu-ada em Psicologia; nasceu em São Paulo Capital, onde reside e se inspira para exercer o hobby que é seu refúgio da agitação diária, o de escrever poemas e canções. Já editou histórias infantis em livros evangélicos para-didáticos; mas em livros de poesia é sua primeira participação. Contato: [email protected]

34. Marta Peres, Professora e Escritora, natural de Patrocínio-Minas Gerais. Reside em Patrocínio. Esta é sua primeira partici-pação numa antologia. Contato: [email protected]

35. Marcela Torres, nascida no Rio de Janeiro, cursou jornalis-mo na UFF/RJ, mas não chegou a concluir. Foi para o interior de Goiás (garimpo de esmeraldas), onde colaborou na emanci-pação do município de Campos Verdes-GO. Lá, foi professora de Filosofi a, Psicologia da Educação e Língua Portuguesa, com autorização especial da Sec. Mun. de Educação. Foi Secretária Municipal do Meio Ambiente. Escreve desde a infância, man-tendo seu site como escritora e voltando a exercer sua verda-deira paixão com este projeto: Escrever! Contato: www.marcelatorres.com

36. Filomena Azevedo Leite, Educadora, nasceu em Brumado-Bahia, onde reside. É membro efetivo da Academia de Letras e Artes de Brumado, ocupando no momento o cargo de Diretora-Presidente. Já apresentou à Academia um livro: Pelos Vieses da


Educação, Crônicas, Poesia, Contos, Haikais. Esta é sua primeira participação num livro de poesia. Contato: [email protected]

37. Maria Cristina Gomes de Barros, é Psicanalista, consulto-ra em gestão de pessoas. Nasceu em Trás os Montes, norte de Portugal, vindo para o Rio de Janeiro com dois anos de idade. Aos treze anos foi morar nos Estados Unidos da América, retor-nando após três anos e hoje fi xou residência em Niterói, Rio de Janeiro. Esta é sua primeira participação num livro de poesia, por achar um projeto arrojado, diferente e de grande abertura para os grandes talentos que temos espalhados pelo Brasil. Contato: [email protected]

38. Vanice Paranhos, é professora primária, mas não exerce a profi ssão, nasceu e reside em Bagé-RS e esta é sua primeira par-ticipação em um livro de poesia. Contato: [email protected]

39. Reis Néri, é artista plástico e ilustrador, nasceu em Inhumas-GO, mas mora em Goiânia. Contato: [email protected]

40. Marivalda Clemente, é poetisa, pintora e estudante de Teo-logia; atualmente mora em Recife-PE, onde faz um trabalho de evangelização com crianças carentes de uma comunidade. Esta é sua primeira participação em um livro de poesia. Contato: [email protected]

41. Czar Dalma, comerciário, escritor e poeta, nascido em Nova Iguaçu, Rio de janeiro, onde mora até os dias de hoje. E esse é seu primeiro livro. Soli deo gloria & carpie diem! Contato: [email protected]

42. Eliane Alkmim Ruas, é mineira de Montes Claros e cursa faculdade de Normal Superior. Já escreveu o livro “Feito a mão e coração” e participou do livro “Vozes do Psiu Poético” com três poemas. Participa de um movimento literário há l0 anos (Psiu Poético) em Montes Claros-MG. É casada e tem quatro fi lhos, Rodrigo, Lucas, Pedro Henrique e Ana Clara. Eliane escreve de maneira simples e se diz aprendiz de poeta, já que acha a arte de escrever uma das mais complexas manifestações das artes. É alguém que acredita no ser humano e na poesia, pois o mundo necessita de olhos de artistas. Enfi m, é apenas uma mulher... VIDA.Contato: [email protected]

43. Simone Belarmino, Formou-se em Administração de Em-presas, já atuou em várias áreas, nasceu e mora em São Paulo, esta é sua primeira participação num livro de poesia. Dentre seus planos futuros, pretende participar de coletâneas e de escrever seu próprio livro. Contato: [email protected]

44. José dos Reis, é engenheiro-mecânico e cientista da compu-tação, nasceu e vive atualmente em Uberlândia-MG. Esta é sua primeira participação em um livro de poesia. Contato: [email protected]

45. Luciana de Carvalho Valentim, 35 anos, bacharel em direito, hobby: escrever poesia. Contatos: [email protected], Blog: http//:luciana.valentim.zip.net

46. Marta Vaz, é Professora de Biologia da Rede Estadual de Ensino do RJ, Cantora, Compositora e Escritora. Natural do Rio de Janeiro, onde reside até o momento. Faz canto na Escola

16 Coração de Poeta – Projeto 48 Horas Coração de Poeta – Projeto 48 Horas 1 7

de Música Villa-Lobos, participa de duas antologias, que estarão na Bienal do livro no Rio, no mês de Setembro deste ano. Contato: [email protected]

47. Rosa Varsano, carioca, nascida em 05/05/1948. Escreve desde sempre para fl uir suas emoções. Participou de 12 antologias poé-ticas das editoras Taba Cultural e Litteris. Tem poemas em alguns sites da net. Hoje não saberia viver sem escrever. Contato: [email protected]

48. Geraldo Barros, é Tecnólogo em Eletrônica, Pós-graduado em Engenharia de Produção e com MBA em Gerenciamento de Projetos. Nasceu em Manaus – Amazonas, onde reside. Esta é sua primeira participação num livro de coletânea.Escreve poemas que acumula há 23 anos e pretende em breve editá-los em livros que vêm organizando nos últimos tempos. Contato: [email protected]

49. Katiúscia de Oliveira Santiago, nasceu e mora em Manaus-AM, é Assistente Administrativa e este é seu primeiro trabalho literário. Contato: [email protected]

50. Nelma Virgínia Carvalho, nasceu em Miguel Calmon, no Estado da Bahia, reside em São Paulo há 36 anos. É professora da Rede Pública, aposentada da Rede Municipal de Educação e na ativa na Rede Estadual de Educação. Adora escrever poemas e contos. Já participou de cinco antologias, através de concursos literários: São Paulo em Prosa e Verso, Idiossincrasias, São Miguel em Prosa e Verso, Palavras, Som e Fúria e Em busca da Sabedoria. Contato: [email protected]

51. Elioneson Silva de Carvalho, é estudante de administração geral, nasceu em 9/5/1974 e mora em Salvador-BA já faz 12 anos; esta é sua primeira participação numa coletânea. Contato: [email protected]

52. Francisco Hawllrysson de Sousa, nasceu na pequena cidade de Floriano-PI, onde reside até os dias de hoje. É acadêmico do curso de Direito da Faculdade de Ensino Superior de Floriano-FAESP. Hoje é poeta e contista. Participou do livro “O Labirinto de Espelhos” (2007). Contatos: [email protected] e [email protected]

53. Maira Cervi Marques Fernandes, é formada em psicologia, nasceu em São Joaquim da Barra-SP, e reside na cidade de Fran-ca-SP. Esta é sua primeira participação num livro de poesia. Contato: [email protected]

54. Eliete Morais Becker, é professora, nasceu e mora no Rio de Janeiro, esta é sua primeira participação em uma coletânea, mas espera que outras possam vir a partir desta. Contato: [email protected]

55. Cíntia Fátima, servidora pública e amante da poesia, nas-ceu e reside em Brasília-DF; já participou de algumas coletâneas. Contato: [email protected]

56. Jefferson Vieira, é estudante do curso de Artes Cênicas na Universidade de São Paulo, nasceu em Vargem Grande Paulista; mas reside hoje na capital paulista, esta é sua primeira participa-ção num livro de poesia. Contato: [email protected]

57. Carlos Eduardo Rodrigues Bonito, nasceu na baixada santista em Praia Grande, onde vive até hoje. Escritor e poeta, seu tra-balho foi divulgado em várias coletâneas; sempre participou de concursos literários da região. Escreve para sites literários de vá-rios lugares tais como: www.recantodasletras.com.br e até mes-mo de fora do Brasil, membro da Casa dos Poetas e Escritores de Praia Grande, ocupando o cargo de relações públicas. Publicou em 2007 o romance erótico “Vidas noturnas”. Contato: [email protected]


58. Rita Bizerra Leite, nasceu na cidade de Olho d’água, Esta-do da Paraíba e mora há 14 anos na cidade de Patos no mesmo estado. É empresária no seguimento supermercadista. Tem dois trabalhos publicados: ‘Aventuras de uma vida e algumas poesias’, publicado em 2001 e ‘Olho D’água a princesinha do Vale’, pu-blicado em 2002. E também colunista do melhor e mais lido Jornal da região o “Folha Patoense”.Contato: [email protected]

59. Elisabete Ossig Andrade, nasceu em Porto Alegre-RS, mas mora em Ponta das Canas – Florianópolis. Pedagoga Pós-gradu-ada em Piaget e a Gênese do Conhecimento pela UFRGS. Seus poemas já foram publicadas em jornais e participou da coletânea “Mil Poetas Brasileiros”. Contato: [email protected] ou [email protected]

60. Alexandre Matheus, nascido em Barra Mansa-RJ, radicado na cidade de Resende-RJ. Está é a primeira participação num livro de coletânea de poesia. Trabalha na secretaria da fazenda do Estado do Rio de Janeiro como agente fazendário. Dono de algumas menções honrosas na área de poesia. Faz parte do GREBAL (Grêmio Barramansense de letras), do GLR (grêmio literário de Resende) e foi vice-presidente da ONG CULTU-RAL OITO DEITADO. Hoje é apenas membro do conselho. Contato: [email protected]

61. Carlos Braz Rodrigues, nasceu e mora em Alegre-ES, é Téc-nico de Manutenção de Computador e Rede e já participou de outros trabalhos literários. Contato: [email protected]

62. Ana Carolina Giorgion, nasceu e mora em São Paulo. Cursa letras na FIP e este é o primeiro trabalho literário. Contato: [email protected]

63. Rita Bernadete Sampaio Velosa, Poetisa, contista, cronista e trovadora de Araraquara-SP. Delegada da UBT, Consulesa de Po-etas Del Mundo, Delegada do Clube de Escritores de Piracicaba-SP e Correspondente da Academia de Letras de Cachoeiro do Itapemirim-ES e da Academia Itajubense de Letras-MG. Sócia do Movimento Virarte-RS. Tem 30 antologias editadas e o livro de poesia “Ventos Passantes”, lançado em 2007. Entre os prêmios obtidos, o Missões Brasil/BR e o Prêmio Algarve-Brasil-PT. Contato: [email protected]

64. Regina Bostulim, 44 anos, é escritora e jornalista de Curi-tiba-PR. Possui 16 livros publicados na área da literatura, sendo 8 livros de poesia, hai-kais, contos e transcrições; e 8 participa-ções em coletâneas de poesia e hai-kais. Como fotógrafa e artista plástica, realizou várias exposições no Brasil e exterior. Foi o primeiro profi ssional de comunicação brasileiro a ser conferen-cista na St. Petersburg State University, Rússia. É bacharel em jornalismo, especialista em educação, mestre e doutoranda em teologia. Possui dois trabalhos e inúmeros artigos acadêmicos publicados nas áreas de comunicação, direito e teologia. Possui mais de 20 cursos de extensão universitária nas mais variadas áreas, como cinema, fotografi a, editoração e outros. É fl uente em vários idiomas. Contato: [email protected]

65. Carlos Henrrique Ponciano, mora no Rio de Janeiro, é can-tor e escritor e este é seu primeiro trabalho literário publicado. Contato: [email protected]

66. Fabiana Agueda Figueiredo de Araújo, nasceu e mora em Sete Lagoas-MG, é estudante e este é seu primeiro trabalho li-terário publicado. Contato: [email protected]


67. Cláudio dos Santos de Oliveira, é Assistente-administrativo, nasceu em Osasco e mora em Santana do Parnaíba-SP; esta é sua primeira participação numa coletânea. Contato: [email protected]

68. Alexssandro Rios de Carvalho, nasceu em São João do Ara-guaia-Pará e mora atualmente em Itanhaem-SP. Trabalha no funcionalismo público. Contato: [email protected]

69. Susan Carvalho, nasceu em Belo Horizonte-MG e mora atualmente em New Jersey-USA; este é seu primeiro trabalho literário. Contato: [email protected]

70. Ebio Fabio Santana, nasceu em Manhuaçu-MG e atualmen-te mora em São Paulo; é Funcionário Público Estadual (Escrivão de Polícia) e participou de algumas coletâneas. Contato: [email protected]

Amor em desnívelElena Barros

Enquanto almas,somos atemporaise desprovidos de idades...e assim posso complementartua metade...e pode também o meu espíritocaminhar colado ao teu,em absoluto sigilo,sem ter que dizer adeus...Enquanto brilho nos olhos,a gente se entende;meu lado oculto se rendeao charme dos teus cabelos,caindo-lhe sobre a face,serena em teu sorriso...Teu corpo é o que mais precisopara um completo nosso enlace...Mas alma e corpo são díspares;meu ser em total eclipse,buscando um tempo perdido,quando talvez nem em sonhosvocê já houvesse nascido...Choro o encontro impossível.Tenho-o como amigo.Lamento o tempo em desnívelpara juntarmos nossas partes.


Amigo meuElena Barros

Amigo meu tão mágico,Desejo vivo antropofágico,Estampa nua da vida...Quero fazer-te sucumbir aos versos,Chamar tua atenção – tu, quedisperso,diz desconhecer minha arte.Quero sentir-te em ânsia e desespero,a devorar meus textos,meus apelos,a consumí-los comoa tua própria carne...E quem sabe assim,manter a esperançade ver-te ligado a mim,coisa tão sem importância,mas necessária em teudesassossego.

AmorRenilson Pereira dos Santos

Amor – Sei, existe e tens nome.Quase não tive olhos para te ver.Passaste em minha vidaComo algo tão natural;Jamais poderia dizer que erasSimplesmente harmonia.

Amor – Sei, existe e tens nome.Chamam-te de essência, néctarE tantas coisas mais...Vejo em ti vida e enigma,Árdua e constante luta do existir;És a plenitude do corpo e da alma.

Amor – Sei que existe e tens nome.Embora não saiba defi ní-lo,Embora não possa vê-lo,Embora não possa tê-lo,Embora não possa sentí-lo,Embora não possa negá-lo.

Amor – Sei que existe e tens nome.Pois fi co louco ao defi ní-lo,Pois fi co pálido ao ouví-lo,Pois fi co trêmulo ao tocá-lo,Pois fi co cego ao vê-lo,Pois fi co vivo ao sentí-lo.

Amor – Sei que existe e tens nome.Existes além da razão e emoção.Existes além de mim e da eternidade.Amor – Sei que existe e tens nome.Posso te chamar de... Amor?


InspiraçãoRenilson Pereira dos Santos

Onde estão os lírios que exalam poesia?Onde está a rosa mística do puro amor?Onde estão os boêmios cantores solitários?Onde estão os poetas sedentos de paixão?

Nesta quietude mórbida ensolarada,Na madrugada plena de verão,Nos corredores escuros da noite,Num claustônico quarto de pensão.

Preso ao angustiante pensamento;Preso ao ciúme, vítima da ilusão;Preso aos ditames da sociedade;Preso aos desejos, dura obsessão.

Precipitai... Oh, temporal de vida!Mudai a sina, transmutai a dor,Concedei-me o dom do alento: poesia;Tornai-me alegria, inundai-me de inspiração.

Tá difícil te esquecerSandra Stabile Queiroz

Como um sonho, você entrou na minha vida e como umpesadelo, me fez sofrer, me fez chorar. Agora não dá mais pra continuar, não vou por você sofrer.Desejo do meu coração te arrancar, acabar com essa vontade que tenho de te amar.Tá difícil, mas vou conseguir te esquecer.

Você, que um dia disse me amar, que eu seria a única mulher na sua vida e que juntos para sempre iríamos fi car. Você que desejei, me apaixonei, que amei, entrou na minha vida para me encantar e depois me decepcionar.Arrancar os sonhos que eu queria com você conquistar, você só me quis por vaidade e eu te amei de verdade.

Tá difícil te esquecer, mas vou encontrar alguém que me ensine novamente a viver, amar, suspirar ao luar, que me faça acreditar que o amor é Poesia, que me faça voltar a sonhar e do meu coração você arrancar.

Você foi para mim uma grande ilusão, uma tempestade que passou e levou junto meus anseios e vaidades; agora sinto que o sol volta a brilhar, já nem lembro do seu olhar. Está tudo bem e fi nalmente nunca mais irei chorar, pois você foi para mim uma grande decepção.

Ainda amo você, mas vou ter forças para te esquecer, não mais te querer. Você destruiu a nossa história de paixão e da nossa realidade só restou apenas a saudade.Saudade das juras de amor em que você dizia que eu era a sua outra metade, que somente eu te realizava, trazia inspiração, tudo isso você me dizia; menos que eu não era a única dentro do seu coração.


Com você me sinto seguraSandra Stabile Queiroz

Em teus braços, me sinto segura, pronta para as difi culdades enfrentar. Dê-me um sorriso, me envolva em seu abraço, me fortaleça, me traga calma, paz, felicidade, me tire o medo da vida encarar. Perdoe-me, pois não sabia que você sofria pelos meus atos.

Ampare-me quando eu chorar, não quero mais errar. Sem você meu caminho é incerto, longe de você só faço pecar, dos cami-nhos certos me desviar; não sei nem meus problemas resolver, já nem sei quantas vezes por você clamei; me perdoe, sei que errei, e ainda posso errar, mas não esqueço que você não desiste de mim e com seu amor me ensina os teus caminhos encontrar.

Eu sei que você me quer ao seu lado, no reino que tem para mim preparado; sem você não sou nada, com você na vida me sinto segura, pronta para meus problemas resolver, me sinto amada!

Não estou mais nas coisas do mundo interessada, não me junto ao injusto e com mentirosos, não quero nada com você, aprendi que as coisas do céu nos elevam e que posso construir minha vida sem pressa, na certeza que você me ama, cuida de mim e quer me ver sempre feliz.

Com você as tempestades passam, o sol volta sempre a brilhar e novos horizontes despontam, mostrando que nada pode me impedir de avançar. Eu sei que você me quer ao seu lado, no reino que tem para mim preparado, com você na vida me sinto forte, pronta para minha vida enfrentar, me sinto fortalecida e amada!

Jesus, obrigada!

Em teus braçosSandra Stabile Queiroz

Em teus braços, me sinto segura pronta para as difi culdadespara o alto jogar. Dê-me um sorriso, me envolva em seuabraço, me fortaleça, me traga calma, tranqüilidade, me tireo medo das minhas lutas enfrentar.

Perdoe-me, pois não sabia que você sofria pelos meusAtos; Ampare-me quando eu chorar, não quero maiserrar. Sem você meu caminho é incerto, longe de você sófaço pecar, dos caminhos certos me desviar, não sei nemmeus problemas resolver.

Já nem sei quantas vezes por você clamei, me perdoe, sei queerrei, e ainda posso errar, mas não esqueço que você nãodesiste de mim e com seu carinho me ensina os teuscaminhos encontrar.


Saudades...Maria Olga de Oliveira Lima

Saudade bateu no peito,deixou-o cheio de dor;dor sangrenta, nua e crua,por causa do meu amor.

Ele partiu, foi embora...Nem carta de adeus deixou.Meus olhos choraram tanto...porque meu sonho acabou.

Hoje, a vida é só treva...Não mais vejo o Sol brilhar.Coração fechou-se de vez.Desaprendeu...As lições do verbo AMAR!!

AmorMaria Olga de Oliveira Lima

Amor, para ser duradouro tem que ser apimentado,Fugindo um pouquinho à regra,Não pode ser bem dosado,Pra não fi car enjoado.

Amor, pra ser verdade, “deve escapar dos dedos”;Sentir muita saudade, também um pouco de medo.

Amor, em banho-maria, já é mania antiga,Não é amor de verdade. Sem “briguinhas”...Perde o gosto, não há rima,Nem casa co’a atualidade.

Amor, em banho-maria, se traz... traz pouca felicidade.Esse amor é quase... mais uma fatalidade.

Tem amor, hoje em dia, que não tem a menor graça;É golpe... É tirania... Não passa de uma trapaça.

Amor, verdadeiro Amor, tem que ser fogaréu;Chama que não se apaga, cada vez mais incendeia...É beber na mesma taça, comungar os ideais.Ter unido e dividido o CORAÇÃO.É ter ao alcance das mãos, aqui mesmo nesta TerraO mais almejado CÉU!!


Saudades...Marinez Stringheta

Saudade de andar descalçaNa enxurrada...Correr pela rua, a alma nua.Saudade do meu olharNo teu olhar.Encontros na madrugada,Beijos na beira da estrada.Saudade...De ser tua namorada!

A dor da indiferençaCastiga meu corpo.Mão inerte,Rosto sóbrio.Olhar tão próximoE tão ausente,Sufoca a garganta.Lança que fereE não mata,Queima a alma.Nestes poucos segundos,O fi lme no cérebroPerdeu o encanto;Não há volta.Tentativas frustradas,Vidas separadas.Barreira intransponívelQue o Amor não venceu!

Saudade...Do tempo de SonharE Concretizar!

FantasiaMarinez Stringheta

Troco minha melhor fantasia:Tamanho único,Tecido importado;Confi ra a foto ao lado,Por momentos de Alegria.Não precisa vir embrulhada,Laços de fi ta.Nem ser uma peça bonita.Não gaste com o correio;Traga-me pessoalmente.Faço apenas uma exigência:Aceito de bom grado trocar,Se a Alegria me contagiar.Nem vale a pena procurar,Preço melhor...Você não vai encontrar!


Retrato MarítimoVanessa Pereira dos Santos

O que é frio como umCrustáceo é meu nariz,O mais exposto aoCaminho e às delícias;Abertas como areiasSão minhas mãosQue acordam o gestoGuardado na saudade(Minha sede é maior que o mar).O que tem escamasE movimentos acesosSão meus olhos de peixeProcurando alimento;Minha boca deságuaQue nem alga,Que nem sal em rochas;Um navio ao longe sobre as vagas(Minha sede é maior que o mar).O que faz do meuCoração uma ilha nãoÉ uma brisa soluçandofi rme, é a água puraao redor,O desejo febrilDe chegar onde muitosnão querem ir.(Minha sede é maior que o mar)

Música para doisVanessa Pereira dos Santos

Eu com palavras tão limitadasNão sei como prender.Cai, dorme em meu coração,Fiel e transparenteComo manhã e luzOu coisa defi nitiva.Condensa todo o sentidoDo lampejo,Me pede uma estrela cativaQuando pára e olha o céu.Se ponho a mesa, me traz o pão,Se quero alento, me traz lenha,Se acho o tom, me traz na mão;Uma música para dois.


Em um canto úmidoRicard’oliveira

Em um canto úmido chora um rosto,Desconhecido para os que passam,Reconhecido pelos que também choram,Vendo seu caminho extinguir-se.Nem ao menos tem o consolo de suas mãos,Que ainda trêmulas não podem acariciarO rosto coberto pelas lágrimas alheias,Vividas em cada dia de inércia.Mesmo trêmulas, suas mãos ainda lutamPara passar um dia mais na habitação dos vermes,Até chegar à morada dos Deuses desconhecidos.Esperando mais uma vez a vida lhe sorrir,Deita em seu canto esquecido, ainda felizPor não ser entregue à triste face da Morte.

PassosRicard’oliveira

Não abdicarei de meus surtos poéticos,Nem deixarei a sombra e o frioCobrir-me o sono, apenas espero na noiteO que me leve para a minha caminhada.Meus passos aguardam apenas o momentoDo despertar, meus olhos rasgam a pele da face,Minhas mãos trêmulas fundem-se,Não mais tenho mão esquerda ou direita.Este sol que vagaroso acorda as manhãs,Tenta aquecer os corpos dispersos da madrugada,Que soluçam o vinho em seus lábios.Caminhos que se esperam alcançar, cansativaSe faz essa longa jornada, interrompidaPor muitos que perdem-se a cada passo falso.


MorteMaria Claudete

Fecho os olhos, janelas da minha alma.Deixo-me, tal qual ser em eterna busca,Mergulhar na profundidade dos meus pensamentos.Devaneios, visões alucinantes, épocas distintas.

Vejo-me agora, peregrina dos caminhos percorridos.Vejo-me criança: sonhadora, patética criadora de castelos.Vejo-me adolescente: muitos sonhos realizados, váriosArruinados, posto que, segues incessante, oh Morte!

Como um rompante, minha mente se decompõe.Fragmentos espalham-se aleatoriamente no meu tempo;Antevejo o que na lucidez, do que chamam sensatez,Que a Morte se fez presente.

Morrer, renascer para a Vida!Morrer, partir para a Eternidade!Não, a Morte não é uma mera passagem.És tu, oh Morte, passaporte da minha identidade!

Prossigo na minha viagem;Vejo-me adulta e faço a descoberta.Se não fora tu, Morte das causas perdidas,Morte dos amores não correspondidos,Morte dos sonhos impensáveis,O que seria eu?

És tu, oh Morte, minha senhaPara a Vida.

Difícil te EsquecerMaria Claudete

Vila interiorana, quinze anos.Apenas quatro festas por ano;Somente quatro vestidos novos;Somente quatro pares de sapato;No lugarejo, apenas uma Igreja.Apenas, uma Sede Social.Apenas uma Escola PrimáriaApenas um Cinema.

E você, meu amor, era apenas,Um para mim!Amor platônico, amor escondido.Amor desiludido.

Alô, alô, gritava o locutor.Enquanto a música tocava,Atenção as iniciais 10, 17, 19,Queira ouvir o que alguémOferece-lhe com muito amor.

Quantas recordações,Quanta ingenuidade,Os numerais faziam analogiaAs letras do alfabeto encobriamA magia.

Era noite de Natal.A festa de rua prosseguiaNa efervescência de descobrirO jovem da música oferecida.

Era na hora do Baile,No palanque armado,Que entre uma dança e outraA descoberta se fazia.

Aquele amor perdeu-se no tempo;Não se tornou presente,Mas é uma relíquiaGuardada com prazer,Porque, é difícil te esquecer.


VidaSandra Laurita de Souza Lagoela

Se eu soubesse os caminhos pré-escritosPor nossos destinos escritos,Já seria tua em corpo e vida!Pois a certeza me guiariaNuma eterna alegria,De amar e ser querida!Se eu pudesse em meus sonhos te ter,Em tua imagem me ver,Criaria castelos de cristais!Buscaria tua presença,Entre vida e crença,Pra te adorar em sonhos reais!Quanto de tudo faria eu por ti?Morreria na sombra do acaso em que te conheci,Deixando verter uma lágrima talvez!Uma lágrima só bastaria pra mim,Que te tenho tão longe assimE te desejo sempre por mais uma vez!Quantos desejos por ti já nasceram?Continuo abafando os que cresceram,Deixando padecer minha imagem, meu ser;Procuro num luar perdido,Um pedaço de teu ser querido,Que me traz vida e me faz renascer!

SaudadeSandra Laurita de Souza Lagoela

Quando resolveres voltar,desta vez bata na porta;não entre como se tivesseo direito de ir e vir,levando sempre um pedaço de mim.Bata na portae me faça sentir que meu coração tem dono.Bata na portae me arranque de dentro desse mundo,onde só existe eu e o fantasma da partida;porque partes toda horasem licença,sem despedida,e fi co aquina espera de tua vinda!


AmorMorgana Ribeiro Deola

Amor es algo inexplicableAmor duele, hace bienAmor es todo lo bueno y lo maloAmor es algo inmenso que ni siquieracabe en el corazón.Amor es tan grande que nos toma enteraAmor es para siempreo se ama o se odia.Amor no tiene mitades un todoAmor llega despacioAmor, amor, amor.Amor es una cosa tan bellay hay variosAmor de niñosAmor de padresAmor de hermanosAmor de noviosAmor de amigosAmor de Dios y otros tantos máspero el verdadero no se muere jamásestá siempre a tu lado, siempre tuyoAmor, amor, amor.

Difícil olvidarteMorgana Ribeiro Deola

Cuando te conocí, ya lo pensé – este chico será mío,y el tiempo fue pasando y pasando y nos alejamos uno del otro, pero mi corazón ya era tuyo, viajé, conoci otras personas y era a ti que él buscava.

Cuando nos encontramos de nuevo mi corazón se quedó loco y feliz porque te vi entonces tuve la seguridad de que tu eres para mí.

Nuestro amor es tan grande que te siento como una parte de mí, yo sin ti no puedo vivir, eres todo para mí y yo seré toda para ti.

Jamás te olvidaré pues es difícil olvidarte, eres mi otra mitady te amaré hasta la eternidad.


SaudadesSandrah

E a saudade bateu leve,como a brisa da manhã.Com ela a nostalgia:– lembranças daquilo que teve.Andei por jardins fl oridos,primavera chegou irradiando alegria.E te vi caminhando lentamente,Embora fosse sonho, mas colorido!As manhãs são vazias,o sol entra em meu quarto– e me diz bom dia!Momentos raros de felicidade,amanheço em seus braços.Às vezes viajamos juntos,nesse paraíso tropical.Vidas paralelas unidas pelo tempo,fazendo amor nas estrelas.Ah! A vida é como as fases da lua,acostuma-se a elas.Como a planta sobrevive da natureza,eu de seu amor!Amor real, fatal.– Letal!

Doce viagemSandrah

Ao som de uma canção,reviro gavetas;Revivo emoções,Tudo vira festa!Sonho momentâneo,transe imaginário.Tudo instantâneo.E de repente – Frio!Cheiro invade,alegre devaneio.Viagem às vaidades,rumo: começo e meio.Lembranças apenas,Do que, não será, mais.Voltar? É jamais!?


SonetoFabrício Scavullo

Choram os anjos! A colina chora.A partida, a viagem da beleza...Carrega-a da vida a correnteza...Rasguem-se os versos... Ela vai-se embora!...

E um doce canto, o coração implora!Um doce canto chora a natureza...Curve-se ao chão a rosa de tristeza...Cessem-se os pios altivos nesta hora!

Não há mais verde, e é primavera ainda...Cedam-me o alívio de pungência infi nda...É vindo o triste adeus da despedida...

Os olhos fecham, o vigor fenece...Do peito a dor, a desventura aquece...E o aceno vem p’ra me roubar a vida!...

SonetoFabrício Scavullo

Oh!... Tristes luas que prateiam fi ns!...Réquiens eufônicos de cemitérios...Plangentes cantares, sermões funéreos...Diáfanos rorejos a ornar jardins...

Mádidas lágrimas de olhar sidéreo...Oculares orvalhos serafi ns...Choros alegres, choros querubins...Prantos cumpridos no mortal mistério...

Idéias absurdas, negras idéias...Atros pensamentos, feições plebéias...Dolências vãs, vãos arrependimentos...

Tantálicas almas, irmãs da morte...Exangues corpos do fatal consorte...Eis seus retratos nos fi nais momentos!...


Saudades de MarisaCacá Manacá

O sol adentra pela janela do meu quarto,seus raios de ouro me convidam à vida.Lá fora os pássaros cantam o amanhecere suavemente a brisa beija as ramagens.Tudo é festa!Meu coração ouve o chamado; quer sairao convívio da natureza, que sensitiva,percebe a tristeza que mora em mim.É a saudade que nunca termina,é a saudade que permeia meus dias,é a saudade que envolve minhas noites,é a saudade de você que partiu tão cedo.Cedo para mim, cedo para os que amavam você,cedo para os que precisavam do seu coração generoso,cedo para me deixar, para nos deixar.Meu coração silencia nesse momento e escuta você me dizer:volta à vida, volta!Os pássaros gorjeiam, cantam alto lá fora,insistentemente, me convidam a cantar o cântico da vida.Mais uma vez você se faz presente em mim,generosamente me mostra o caminho... a vida à minha frente!Sei que você está contida e se manifesta,ameniza a minha saudade sem fi m,se transformando na natureza em festaque se posta diante de mim!

VidaCacá Manacá

Há um rio caudaloso de águas claras,correndo montanha abaixo,contornando obstáculos, arrastando galhos,levando fl ores, limpando as pedras,deixando umas para trás,levando outras consigo.Há um rio que nunca seca,que às vezes torna-se raso,deixando-se ver ao fundo alguma lama;restos jogados ao longo do seu curso.Esse rio sempre se renova mais adiante elímpido torna-se, em águas cristalinas.A água incessante leva na sua correntezatudo que lhe é dado.Não tem parada, prosseguindo a jornada.Uma Energia de amor vinda do Universoo faz manter sereno e alerta.Rio que percorre caminhos longínquos,muitas passagens ainda a percorrer,recebendo a chuva, o sol, o luar...O rio quer, serenamente, pacientemente,aceitar o tempo telúrico; tornar-se mar.Assim é a vida, se comparada a um rio:há os dias de ventura e os de amargura,os obstáculos, o tempo infértil;há o tempo da abundância, da água pura.Há o desejo humano de crescer,se tornar melhor, de amar-se e de amar!


“Teatro da Vida”Jane Rossi

Abre-se a cortina neste palco iluminado.Primeiro ato começa é muito choro e dor,Gente nova trazendo o sonho tão esperado,O espetáculo da vida contagiado de amor.

Segundo ato começa com crianças a brincar;É sonho de primavera colorindo a paisagem,Jovens jurando amor em cerimônia no altar;Unifi cação total é a mais linda mensagem.

Terceiro ato começa com adultos a brigar;É trabalho, é a crise pairando instabilidade,Subsistência exigida para vitória alcançar,Sofrimento e desamor trazem infelicidade.

O quarto ato começa com velhinhos a cantarNum banco de jardim ensaiando uma canção;Uma cena deslumbrante e linda de admirar,Amor que sobreviveu a grande contestação.

O quinto ato começa com eles jurando amor;Após as bodas de ouro o amor se renovou;Medo da separação e peito ardendo em dor,Um doce beijo apenas e a cortina se fechou.

“Saudade”Jane Rossi

Mergulho nas lembranças do passadoE a lágrima que teima em rolar;A dor que rasga o peito defl agrado,É dor que dói e nunca vai passar.Saudade é a recusa do presente;É vida em um passado a segregar,Deixando o futuro impotente.É dor que dói na alma e faz chorar.O tempo não perdoa e vai passando;Futuro em presente transformou,Mas ela continua magoando,É dor que dói e ainda não passou.Levar a vida assim tão doidamente,Sabendo que jamais vou te encontrar;As lágrimas me banham eternamente,É dor que dói e insiste em fi car.


“Juventude”Jane Rossi

Há quem confesse muita tristezaPor ter vivido tempo demais,Não compreende que a belezaDa nossa alma não morre jamais.

A vida marca o nosso rosto,Deixando rugas de recordação;Cabelos brancos causam desgosto,Entristecendo nosso coração.

Mas quem é sábio não valorizaEsta imagem em degradação;E sim a alma, que concretiza,Experiência, amor, paixão.

Existem jovens que já são velhos,Pois vivem tristes sem emoção;Vidas perdidas, sonhos vazios;Alma cansada, na solidão.

Juventude é um prêmio eterno,E poucos têm o prazer de ter;É o verão em pleno inverno,É a batalha para não morrer.

MariaCreuza Maria dos Santos

Na Fazenda CórregoD’antas,Numa Madrugada FriaDe Chuva E Ventania,Nascia Uma Menina;Nasceu Maria.Maria Só. Só Maria!

Teve Infância Difícil,Sem BonecaOu Bala De Mel,Crescia Maria,Que Vivia No Sertão;Debaixo Do Céu.

Tinha Um Sonho. MariaQueria Ser Professora;Lutou, batalhou, mas nãose formou.

Não Cursou Faculdade,Nem Curso Secundário;Era Professora;Só Cursou O Primário.

Um Dia Maria Se Casou.Tinha Muitos Sonhos;Não Tinha Calor.Maria Teve Filhos, TeveDor.Sofria Maria;Não Tinha Amor.

Muito tempo se Passou.A Traiu O Coração;Maria Teve Ilusão;Não Resistiu à Tentação.

Numa Tarde Fria,De Chuva E Ventania,Um Corpo No Chão Frio;Um Tiro...Calou Maria.

Maria Que Cantava,Maria Que Ensinava,MARIA QUE AMAVA,Maria Que Cuidava,MARIA QUE SONHAVA,Maria Que Rezava!

Noite Fria...Chuva E Ventania...Um Corpo Frio;Morreu Maria,Maria Só, Só Maria!


O Amor é tudo!Creuza Maria dos Santos

Longe de ti, meu amado,Sou noite sem luz,Sem luar, sem estrelas.

Sou navio sem vela,Casa sem janela,Sou igreja sem cruz!

Longe de ti, meu amor,Sou fl or sem perfume,Sem chuva, sem sol;Sou pássaro sem ninho,Criança sem carinho,Sou amor sem ciúme!

O amor é coisa bela,É a essência, é tudo;Sem amor a vida é nadaE nosso coração, vazio e mudo!

ReginaPaula Diniz

Quero-te, meu norte, a guiar meus pensamentos,Como há tanto tens feito e com tanta maestria;Minha Vênus, estrela-guia.Sem tuas luzes sou moribundo,Um cabisbaixo andarilho por madrugadas de solidão.

Me faça teu capacho,Que seja!Que eu antes seja um mísero carrapatoEnrolado em tuas rendas;A um galã faceiro,Desatado de teus doces comandos.Que seja!Me prefi ro preso à tua cola.

Quero-te domando meus instintos,Insolentes e famintos,Que num piscar de olhos me escapam,Feito leões ferozes e fugidios,Ao avistarem fartas gazelas perambulando por aí.

Se, distraído, me perco em outros relevos,Irrelevantes e fugazes;E, atordoado, busco sufocar-te em outros perfumes.Não demora e, com o rabo entre as pernas,Feito cão perdigueiro,Caço teus passos em busca de abrigoE me rendo às tuas teiasTecidas com ternura;Tal qual atalhos do desejoE outra vez sou refém das tuas fendas.


Quero-te minha dona, minha dama,Minha deusa monoteísta,Que ao fi ngir-se fada feiticeira,Me seduz em teus passes a cada noite e dia.

Quem diria!Sem que eu ao menos desconfi e,Me enrosca sutilmente em tuas sutilezasE arquiteta em mim desejos infames,De homem-macho, fraco e apaixonado;Que ao ver-se livre, ao léu, distante de sua ama,Põe-se desertado, desolado, perdido, exiladoA farejar-te por outros reinados;Entre curvas e meandros malsinadosÀ vã procura de resquícios, lembranças,Meros souvenirsDe sua Regina.

Prece ao Deus dos míopesPaula Diniz

Ao Papai do Céu e da Terra,Criador de tudo o que há de belo e imundo;Óculos, binóculos, lentes e lupas;Mentes, serpentes, bazucas e burcas.Rogo por discernimento, sapiência e nitidezPra reconhecer a tempo,As devidas proporções das ilusões desse mundo.E quando eu estiver prestes a me esquecer,Vagando, pairando, sem eira nem beira,Às margens da confusão,Míope,Ofuscado por essa poeiraNo olho do furacão;Sem meus fundos de garrafa,Cara a cara com a minha cegueira,Desiludido, desprovido de fé e coração;Malfadado, judiado, renegado, mal-amado,Irado, abismado, confi scado, enfeitiçado,Rumo à perdição.Meu Deus, me lembre de que sou,Na minha pequenez,Apenas mais um mortalAbaixo do céu;E um giganteÚnico,Dotado de alma e amor,Acima do pó.


Amores que feremAlan Gonçalves Pereira

Nos meus olhos vejo sonhos não realizados, vejo águas passadas que jamais irão voltar.Em meu peito sinto um grande vazio;na minha alma, uma dor que parece não querer sarar.Vivi e segui somente na esperança de te encontrar, porém nessa longa procura padeci, chorei e sofri.

Ao anoitecer um vazio me atormentava como se um pedaço em mim faltasse e esse pedaço era você.Ao amanhecer, o dia para mim não era dia, pois sem sua companhia, era difícil de seguir. Passei noites e noites sonhando e o travesseiro abraçando na esperança de te sentir.

O meu coração passou a vida inteira chamando por você, porém a minha vida inteira um silêncio tomou conta de mim.Porque você me fez ter medo de outros olhares e receio de sentir outros beijos, na cama haveria prazer, mas nunca o verdadeiro desejo.

Porque hoje me vejo esconder-se e aos poucos me afogar um mar chamado solidão e já não quero mais amar, pois foi por tentar te amar que matei meu coração.

“Saudade”Alan Gonçalves Pereira

Difícil aceitar que amores se desfazem, que olhares se desencontrem e corações tão apaixonados com o tempo parecem não se conhecer; é difícil amar demais e no fi m não se ver capaz de apagar ou esquecer.

Difícil aceitar que amores se vão como a brisa que tocou nossos rostos ou como o sol que nos falta no inverno; que olhares se apaguem e que sorrisos estejam sem vida; que tenha começado com um sonho e termine com uma ferida.

E perguntamos uns aos outros, perguntas que nós mesmos não podemos responder, porque quando chega o fi m nada há para se dizer.Porque o amor tem seus meios e não cabe a nós construir seus caminhos, mas apenas seguí-lo, e se na estrada há espinhos, cabe a nós enfrentá-los ou simplesmente desistir.

E só nos resta consolar corações tão afl itos e lágrimas tão constantes, porque é uma vida de esperança que desaba em apenas instantes.

Resta-nos o fi m do caminho e talvez a coragem para seguir outra estrada, mas difícil é caminhar quando nossas pernas parecem ter sido quebradas.

Porque o fi m do amor nos faz esquecer de nós mesmos para lembrar de tudo que fi cou para trás, e não conseguimos viver o presente porque só cabe em nossa mente a saudade que o passado nos traz.


SaudadeMagali Ferreira

A música que bate agora nos meus ouvidosÉ a mesma que me lembra você...Nos meus dias incansáveis de luta,Na minha incessante procuraDe respostas para os meus por quês.

Eu não sabia que um dia o tempo fosse passar.Não me entendo quando me percoNa mesma paisagem de gelo seco...Nessas noites, nesses dias,Nem as heroínas me fazem de novo sonhar, sonhar!

Lamento por não saber sequerChorar por você e por mim.Será que existe algo maisDepois do vazio e do fi m?

Haverá com certeza o ecoDa minha guitarra,

A me mostrar que o tempo que passouNão foi a única coisa que restou de nós.

EntregaMagali Ferreira

O que sinto é necessidade de você.Falta ar, a tarde entristece.Perde-se o porquê de tudoE o medo fi ca escurecendo a alma.Seu carinho é essência,Parte do meu corpo;Amo Você!Não é simples essa maneira de amar,É entrega total, olho no olho;Corpo no corpo; alma na alma.É real esse sonho.E quando você não está,Sou um caco de mulher,Perfurado de saudades!


Cai a chuva...Magali Ferreira

E a cidade escurece mais cedo.Acendem-se as luzes em meio à água.Que desce violentamente.É uma paisagem bonita;As luzes circulando as lâmpadas,todos os chuviscos...Juntos estão o tempo, as circunstânciasE a alma daqueles que observam lá fora;A cidade toda se fechaE o mundo parece explodir em emoção.Emoções sem nexo.A melancolia é a única coisaque não se explica, não se justifi ca;Ela invade, toma,Como se a alma se abrisse,Partisse ao meio e fosse levadapela enxurrada afora...

VôoMagali Ferreira

Se...De repente eu quiser te pegar, menino,Farei pelos cabelos, macios espalhados ao vento,Enfeitando a natureza como os coqueiros e suasFolhas compridas, bonitas ao léu...

Se...Por acaso nos meus braços abandonares tua alma,Tranqüila serei eu, feliz por te ter assim.Pra mim, sorriso, encanto, o prazer será tanto...Malabarismos de uma ave atônita no céu...

ÉAssim, menino, que pretendo viver um dia;Contigo, pertinho, cheia de harmonia.No meio da noite, de manhã, de tardezinha;Com você, no vento, na vida; sem estar sozinha.

NãoQuero a parcialidade do mundo nem solidão,Quero olhar o tudo com os teus olhos,Para meu vestido e meu corpo: tua opinião.Mais importante que eu,É a tua presença na minha vida...

AindaVôo rumo ao teu paraíso, menino,Ainda risco teu céu suavemente em asas de alegria,Ainda bebo o mel dessa felicidade calma,tranqüila, suprema; ainda unidos seremos,Seremos plenos para sempre, para sempre...


Riminhas de saudadeBruno Silva

Se os ecos dos meus passosconseguissem chegarpróximo de tua reclusão,não sofreríamos tantocom a falta um do outro.

Não é desabafo romântico,nem desespero amoroso;É saudade do teu cheiro,saudade do teu rosto,saudade de tua língua,saudade do teu gosto,saudade de tua voz,saudade de teu corpo.

Um casal mórbidoBruno Silva

Quem olha o nosso jeitonão diz que somos perfeitos.Somos tão reaisem nossos sofrimentos,que às vezes precisamos fazer juras de amor para não sangrar.

Os nossos rostos exalam melancolia.Somos perfeitos quase todos os dias.Essa tal de morte não nos assombra;acertamos nossas contas,quando a saliva um do outro,o outro engolia.


Taj MahalJoelma Maia

E quem ousa rabiscar,ainda que algumas linhase falar sobre amar.

Só quem fi el foi;mesmo aquele,que não foi.e até quem é e será.

Oh! eterno Romeu.como és beloe belo serás;sobretudo pelo fato,de amar e ser amado.

Oh! sinuoso Taj Mahal,maravilhoso foie para sempre será,pelo fato de a história,o amor representar.

Dio como te amo,esse clamor eternamenteneste mundo se ouvirá.

E se amar é viver,também pode ser sofrer,enquanto existir o mundo;se há a dama,há também o vagabundo.

Por amor, lua inconstante,não minta para os amantes,por anos luz que és distante;o amor há de vencer.

Então viva o amorcomo a pureza da fl or,ou mesmo um pranto de dor em nubladoamanhecer.

Saudade em movimento

Joelma Maia

A menina foi embora,levando tanta bagagem,levando muita emoçãoe no peito uma saudade.

Voltou pro mato nativo;Rever tanta gente que fi cou,viu o papai e a mamãe,e também o seu amor.

A menina vem e vai,não perde o encanto,vai e volta, aprende um tanto,vai e vem é o mesmo canto.(lugar)

A saudade bate forte.Ah! que eterna saudade,bate tanto, tanto, tantono meu peito até que arde.

E no peito da menina,sabe lá o que se fez,a saudade é uma sina,que tomou conta de vez.

Passa logo janeiro,passa logo fevereiro,passa logo o ano inteiro.

E a menina há de voltar,enxugando o seu pranto;vai e volta,volta e vai,vai e vem,é o mesmo lugar


Jaz faz muito tempo todo...Roselaine Bitencorte

Oliveira Grams

Todo mundoDevia receberUm aviso prévio,Um sonho,Uma visão,Uma premonição...Um anjo,Mas um anjo diferente,Um anjo criança,SorrindoE mostrandoUm livro de gravuras,Contando nossa vidaCom um fi nal feliz;Assim teríamos tempoDe arrumar o álbumE colar as fotos que faltamCom as legendasNecessárias.Não é justoSer pego desprevenido,Pelas sombrasOu luzesDo nunca mais.Quero irCarregada de luz,Do jeito que cheguei,Retornar ao ventreDo eterno sempre,Como dizia o poeta.Ninguém vai saberSe é a estrela de luzQuando se nasceOu para o dia de morrer...

Ou um sempre antes do sonho conceberRoselaine Bitencorte

Oliveira Grams

Procuro Morfeu;Vem me dizendo que sim,É bom...Um sopro de vento faz companhia,A mim e às borboletas;Fugir é um refúgio vãoPara uma fresta ainda de tábua gasta.Umas fl orzinhas, umas ervas,Salsinha, manjericão;E o carinho da Manjerona,Abraçada ao Alecrim,

Verdinho porquefoi semeadoAssim com a mão,Que come da terraO mesmo pão.Uma cachoeira que foi embora pra sempre,Não deixou retrato de lembrança;Praia dos lençóis de fl or,O lilás biquíni mais bonitoDe fl orzinhas, de chita que nunca vão emboraE ainda exalam o mesmo aroma.Que vem lá, bem de longe,Do campo...Afora isso, só o que há é um tempo,Uma chuva boaQue sempre está lá,Antes de tudo,Antes de nada,Antes mesmo do sonho,Uterinamente vivo.


AdeusJumara Aprille Lucon

Pedi a Deus piedade,Para dizer adeusContra vontade;O adeus implicaCorpos separados,Vidas divididas,Desejos malogrados,Corações partidos,Olhos marejados.Eu disse adeusContra vontade,Mas tenho a DeusPara me confortarE amenizar todaSAUDADE!

BluesJumara Aprille Lucon

Blues... louco blues;Emissivo prazer,Viagem inebriante,Quero estar com você.Guitarra, devolva meus sonhos,Torpor que seduz,Luz arco-íris, embriague meu ser.Deliro, me entrego...Me abrace, me beije, me faça esquecer.Frenesi de cores, vozes, perfumes,braços, pernas, cabelos revoltos;Blues... louco blues,Êxtase que exala desejos no ar.


VersoJumara Aprille Lucon

Meu verso não é rosa,Nem espinho,Somente um singelo carinho,Amar cor-de-rosa;Sentir a alma gostosaPara mais tarde perder-se na dor;O espinho fere e sangraMas não tira a beleza da fl or.A rosa como a vida,Luta, persiste, conquista,Enfeita o amorMesmo no leito da morte;Continua sendo rosa,Perfumando a dor.

Difícil te esquecerThais Brasil Coelho

Porque me disse que a sociedade me condena,Mas da sociedade sempre ganhei quilos de roupas,Pelas várias vezes que fi z moda e gerou renda a todos.Sinto a cobrança de todos para sempre fazer modaE de não querer envelhecer; mas me sinto mais segura,Agora com a maturidade que vou adquirir sendo mãe.Mas como ver que a sociedade me condena como louca?Como disse meu psiquiatra? Se só ganho sempre roupas.Sempre ganhei desde quando me entendo por gente;Mas ganho mais quando faço moda, o certo é queTodos querem me ver na TV e não sei como entrar nela,Mas sei que escolhi ser escritora no auge de uma carreira.De apenas uma mulher bonita que faz moda sempre.Isso foi bastante criticado, mas agora que consegui sucesso.Quero a carreira de modelo porque quero provar que não dá mais certo.Mas não quero viver sem ter sequer tentado.


VocêThais Brasil Coelho

Sem você não respiro.Sem você não transpiro.Sem você não vivo.Sem você não sinto.Sem você não vejo.Sem você não desejo.Sem você não apaixono.Sem você não amo.Sem você não invejo.Sem você não cuido.Sem você não saio.Sem você não souNinguém, porqueVivo para a vidaQue me deu.

Difícil te esquecerRosana Machado Santana

Rezende Araújo

Cântico da miséria,Anestesia do sentimento;Luto na poesia,Difícil esquecer aquele momento.

A tristeza invade mansamente,O coração aperta;Perfume do passado espalhado suavemente,Lágrima na hora certa.

Meu porão ameaçador aviltante,Palhaço em sonhosVivendo o presenteInfi nitamente distante dos olhos.

Imobilizo minha mente;Difícil esquecer a gota de amor.A maquiagem sai simplesmente,A alegria dança na dor.

Louca desvairada esperança,Espelho da magia,Refl exo mulher criança,Minha fantasia.

Esquecer você é assim...Uma nuvem de ilusão,Página sem fi mNa palma da minha mão.


Amá-lo eternamenteRosana Machado Santana

Rezende Araújo

Eu sou tua árvore;Tenho fortes raízesE apesar dos seus deslizes,Não existe alguém que nos separe.

Meu coração está na terra,Minhas folhas nas estações,Vivo minhas emoções,Mas você sempre me amarra.

Eu produzo mil fl oresPara enfeitar nossos momentos,Para enxugar nossos prantos,Mas você é o sentido das cores.

Às vezes perco as folhas,Voam meus pensamentos,Passageiros sentimentos,Mas você é minha escolha.

Assim entendo minha natureza;Eu vou amá-lo eternamente,Sentir você sempre presente,Guardada em minha alma está tua beleza.

Serei o tronco dos galhos,Mesmo que cortem meus membros;Brotarei em sonhosE o amor continuará no teu solo.

VocêEdilson Luiz da Silva

Delicada mulher,Dona de sorriso exuberante,dona de uma voz repousante!Simplicidade sem palavras,que chega a emocionar, delirar;Sinto a pureza da sua alma,só de perto estar.Você traz a paz,para meu coração aprender amar;Vivo momentos frustrantes e irrelevantes.Procuro entender tanta tristeza,que desta vem meu pranto.No primeiro olhar,senti a felicidade constante,Uma alegria sem tamanho,A mais pura sensibilidade,o mais puro mel;A pureza da vida,semeada em um único céu.Não existiria beleza superior,Pois as purezas da vida,se encontram em uma só pessoa.Dominaste meu coração,com e sem intenção.Semeaste o mais puro desejo,de tê-la ao meu lado,Fazendo de mim,seu eterno amor!Aonde conquistaste tudo,Nada fi cou sem emoção;A pessoa perfeita,Meu coração encontrou!


Difícil te esquecerEdilson Luiz da Silva

Oh sensação desconcertante,Sufocante;Impossível conquista,Insuperável sensação;Meu primeiro amorMeu primeiro,e único sofrimento...Não basta o tempo,nem uma nova paixão.Passarei o resto da vidatrancado em meu sofrimento...Intolerante sentimento inesquecível.

SaudadeJosé Sarto de Almeida Silva

Saudade, palavra triste que não queroNeste instante pensar, quiçá escrever.Mas um escritor não pode jamais temerO que o universo sempre está a nos oferecer...

Saudade, neste destino uma maldade,Que nos recorda tantas realidades,Vidas, pensamentos, angústias,Perdas, frustrações e certas doresQue ninguém jamais pode se consolar.

Em meu coração, se eu pudesse encontrarOs meus distantes pais, belas companhias,Que me trazem somente nostalgias,Que eu amaria não estar aqui a tratar...

Não me podem faltar palavras; esperoNestas linhas deixar; o que mais pensoÉ numa dor eterna, sem descanso e luzUm caminho onde muita esperança pus.

Esta dor me persegue sem tréguasE almejaria que fossem tuas;A minha saudade, o meu desencanto,Mas não posso abandonar o meu canto.

Saudade, me diga o que devo fazerPara deixar tantos entes queridosEncontrarem a sua paz, o seu renascerNaquele lugar em que vivem os anjos...


MonotoniaJosé Sarto de Almeida Silva

Um novo dia vive seus primeiros momentos;O som dos pássaros invade nosso ambiente,A luz do sol aos poucos ocupa seu espaçoE cada ser humano conduz o seu passo,Amparado numa natureza bela e diversa.E o homem, infelizmente, se dispersaNo universo que deveria ser todo seu.

As casas se movimentam, as nossas ruasSe enchem de muitas pessoas,Que não sabem ecoar o seu cantoE diante da vida estão assustadas,Deixando e semeando o desencanto,Pois não querem saber de novas lutas,Difíceis ou pesadas, alegres e boas,E então muita dor no espaço ressoa.

Para que se preocupar com os talentos,Se muitos não querem deixar uma sementeQue possam se orgulhar neste traço?Viver é muito bom, conforme maneiras,Que em vezes se parecem brincadeiras.

A MorteJosé Sarto de Almeida Silva

Será humano haver espaço para a morte?Uma palavra que está cercada de mistérioE indagações, de respostas nunca vistasE que querem fazer parte da nossa vida.

A morte é uma parceira, nunca desejada,Mas investigada; será sempre questionadaAo estar sempre relembrando ao homem,E à mulher para serem uma personagemDas lutas, das conquistas e da coragem.

A morte não nos permite uma alternativaDe sermos maiores do que o nosso criador,Pois surgimos do pó e ao pó voltaremos,Quando sim aos anjos nos juntaremos,Para elevar a alegria, a paz, o amor,Numa nova exaltação e criativaDo espaço imortal e sereno,Onde fi nalmente nos uniremosAos nossos amados, ao senhor do universo,A quem temos que dedicar este verso.

Senhor deus, não deveria ser diferente,Proporcionar a todas as pessoas,Sejam jovens ou mulheres, ruins ou boas,Um novo caminho, uma nova opção,De ascensão mais tranqüila, inteligente?Perdão senhor, não quero ser exigente,Quero apenas plantar uma nova semente.


Olhar do CéuRoberta Lima

Oh! minha lua,No infi nito a me olhar,Vai buscar o meu amorPra que eu ainda possa sonhar.

Oh! lua amiga,O teu semblante a espiar;Corações apaixonadosQue estão a se amar.

Oh! querida lua,Dá vontade de não pararDe fi car te admirando,Até meu sono chegar.

Oh! lua de prata,Teu brilho me encanta,Refl ete em meus olhos,Toda a minha esperança.

Oh! singela lua,Vem tomar conta de mimE avisa ao meu amor,Que ele jamais terá um fi m.

Oh! lua do infi nito,Quanto brilho no teu olharA perfeição te criou,Pra você no céu reinar

Oh! menina do céu,Como eu queria ser você,Pra olhar meu amor sempre,Até ele adormecer.

Sonho, sagrado sonoRoberta Lima

Não importa em que tempo nossas almas se uniram;Já fazias parte do meu ser,pois meu corpo já havia construído um ninho pra te amparar.Dorme, meu amado, dorme, que eu te vigio.Tua inocência me faz sorrir.Ah! como é gostoso sentir seu cheirinho,sentir a batida dos nossos corações compondo a melodia da paz.A luz da tua pureza se confunde com o clarão que vem do mundo.Me renovo, me sinto criança, quero colo.Oh! meu amado,um dia criarás asas e precisarás levar toda essa magia, que toca nossas metades pra muitos corações que farão parte do teu sonho.Hoje és indefeso, amanhã serás arqueiro, serás herói.E jamais se esqueça!No dia que a maldade dos homens interromper teu sono,lembre-se das cantigas de esperança que eu entoavae jamais deixe de sonhar.Quando o tempo deixar marcas nas minhas mãos,não mais será eu que estarei te carregando;Terá chegado a hora de você me ninar,me dar seu colinho e ouvir as canções que um dia te ensinei.Neste dia estaremos sonhando juntos novamente,pois também sou criança,que ainda acredita na inocência purados corações humanos capazes de amar.


ProteçãoElizabeth F. de Oliveira

Hoje teu olharEstá por demais expressivo,E meu coração,Que anda tão receptivo,Talvez não resistaA tamanho magnetismo.Por isso uso lente de contato,Que aciona um mecanismoDe refl exo imediato;Instrumento efi caz de proteção,Capaz de aniquilarQualquer arma de sedução.

MetadeElizabeth F. de Oliveira

Hoje estou meio assim,Meio perdida de mim;De emoção itineranteQue não sossega quieta,Um segundo, um instante,Que destraça a minha reta.Meio perdida encontrada,Meio preguiça,meio largada,Meio esquecida,meio lembrada,meio sofrida,meio frustrada.Metade que bem-me-quer,Metade que mal-me-quer.Metade que sabe,Metade que esquece,Metade que cabe,Metade que enlouquece,Mas nem um minuto sequer,Se encontra, se encaixa,Se amedronta, se rebaixa.Sempre meio assim,Metade meio inteira,Metade meio sem fi m,Metade meio perdida,Metade encontrada de mim.


Gestação (para Sofia)Elizabeth F. de Oliveira

Todo poeta senteQue cada composição,É uma espécie de gestação,Mas com um parto diferente.Que para nascer,Não levam nove meses,E, em quase todas as vezes,A dor é pra valer.Mas o poema bebêLogo que nasce,Mostra então a sua face;E pra orgulho do genitor,O rebento,Que nasceu nesse exato momento,É um lindo poema de amor.

MascaradaRaquel Andressa

Será,Entre os sentimentos,Raiva,A mais sincera?Dizemos com sua presençaTanta coisa antes não dita.Até que ponto o que dizemos,Sentimos?Até que ponto, sentimos o queDizemos?Até que ponto??Esquecemos o que foi dito?No momento dela,Mente ao ser sincera,Diz o que é mudo,Fala não sentindo,O que sente não expressa;Por isso,Somente eleFaz-nos esquecer o que foi dito.Amor,O mais sinceroEntre os sentimentos....


Não digoRaquel Andressa

Nunca me pergunte:O que quis dizer?Caso aconteça,Perguntarei a você:O que tens a ver?O que entendo, escrevo;O que lê, entenda;Será diferente o entender do escrever?Quem entende é você;Quem escreve sou eu;Tem que ter por quê?Escrevo como quero,Entenda como quiser....

1983 2004 2025Raquel Andressa

Quem é você?Por que lê?Não sei.Não sabes?Em que data estás?VenhaComigo,Se entregue,Não tem que ter aonde,Não tem que ter por quê,Só tem que ter vocêQue lê....


Onde estásRaquel Andressa

O poeta escreve não só o que sente,O que vê,O que acha que sentemOu o ver de alguém.Não se preocupe em saberQual se trata de quê;Entregue-se,Leia,Imagine,Qual retrata você...

SaudadeAna Paula Guimarães Figueiredo

Correia Teles Holanda

Saudade é coisa que machucao coração de quem sente;não sei se dói mais em mimou naquele que se fez ausente.Começa bem pequenae vai tomando volume,quando menos se espera,aquele incêndio que começou vaga-lume,não deixa a mente quieta,o coração com sossego,só se pensa na presençade quem se foi com desvelo.Ufana o peito de ar,o ritmo descompassa,o tempo teima em parar,parece que nos devassa;o olho, se duvidar, ainda, choraminga,como se fora sem jeitoou coisa lá da Caatinga.Fecho os olhos, sinto o cheiro,a imaginação me remeteaos pés descalços da infânciaque a saudade despede.


VidaAna Paula Guimarães Figueiredo

Correia Teles Holanda

A morte é o anti-hífen da vida,que de tal sorte,passamos a existência a ensaiá-la.Uns mais atentos, outros, nem tanto;por vezes com risos, outras em pranto;rompantes de amor, descaso, furor.Os dias mal passam,as noites também,agonia própria do viver,labuta persistente daquele que é valente;até o fi m, resistente;até o último suspiroda vida,que ainda se renovae se perpetua na eternidade.

AmorMirse Maria de Souza Albuquerque

Tua chegada inebria e enlouquece,Acelera o coração e embeleza o mundo;Caio de joelhos, as mãos em prece,Respiro o amor, amor profundo.Enterneces os que odeiam,Abrandas o medo e a dor;E aqueles que te rodeiam,São absorvidos por teu calor.

Por amor se cala um grito,Na revolta do afl ito;Por amor sacia-se a fome,Unem-se os povosEm reverência a teu nome.

És luz e onde houverQualquer forma de vida,Ali estarás,Como mola mestra e infi nitaDe todo e qualquer sentimento.

O amor é dos afl itos,A esperançaÉ chama incandescente,Sarça ardente,Só pelo amor vale a vida.


SaudadeMirse Maria de Souza Albuquerque

Esta dor que abafa o grito,Que invade o ser como um rio,Ocupando qualquer espaçoQue se encontre vazio.

Aparece a qualquer hora,Num coração já rasgadoE transforma o sangueEm lágrimas, que outrora brotaramNa face de quem fi cou.

Audaciosa saudade,Já conheço teu ardor,Pois tens a capacidade

De fi car sempre ao ladoDo inesquecível amor.

Altas montanhas,Como invejo teus mantos de veludo!

Águas límpidas de um rio,Caiam sobre mim para que se acalme

A dor da saudadeQue me invade.

ReflexãoMirse Maria de Souza Albuquerque

É preciso que amanheça,Que o amor transforme,Que a paz enalteça,Que a dor evaneça,Neste mundo enorme.

É preciso silêncio e calmaPara a justiça ser eterna,Para a vida ser completa,Para a noite clarearA escuridão da alma.

É preciso tanto, para que do nadaTudo prevaleça e entãoO sentido da vida será o amor;Um homem, uma mulher, uma paixão.


VidaIsmênia Nunes

Sim, é verdade, embora todos digam ao contrário, eu estou vivo(a)! Não morri, somente mudei de endereço, mas continuo vivendo...

Sorriam, sim, sorriam, porque é assim que gostaria de lembrar-me de vocês nesta despedida para minha viagem; sim, minha viagem; irei viajar para muito longe, mas tenham certeza: não morri! Somente meu espírito estará em outra dimensão. Mas meu amor, meu carinho e meu sorriso permanecerão! Lembrarei de cada pessoa, de cada amigo; estarão sempre em meus pensamentos. Mas quero que acreditem que não existe a morte, apenas mudamos de endereço, existem muitas via-gens que são inesperadas, porém necessárias; preciso ir...

Preciso ir para uma outra vida... A vida verdadeira... A vida do Espírito que é imortal... Sim, para a vida...Estarei sempre com vocês, cada vez que pensarem em mim, dêem um sorriso, lembrem-se somente das coisas boas e digam mentalmente:

Sinto sua presença em meu coração, tenho saudades, fi que com Deus!

Quem sabe você queira me enviar um beijo; faça-o, eu o rece-berei onde estiver. Beije as pontas de seus dedos e assopre-os com um brilho no olhar, para que esse brilho ilumine a trajetória que este beijo atravessará e chegará até mim...

Não se importe se deixar cair uma lágrima de seus olhos... Lem-bre-se de mim sempre com alegria, nunca com tristeza ou sentimento de perda, você deverá continuar seu trabalho, seus estudos, suas ami-zades, sua vida aí. E eu continuarei meus estudos, trabalho e minha vida aqui, em novo endereço. Jamais tenha sentimentos de revolta, de dúvida, sorria sempre e lembre-se que a semente tem que “morrer” para fl orescer em árvores exuberantes, assim também é cada um de nós; nosso corpo tomba para que nosso espírito possa alçar vôos para o mais alto.

Lembre-se que a chamada morte é que é a vida; nós é que con-fundimos as coisas; quando estamos aqui, estamos presos a este corpo,

estamos com muitas de nossas faculdades polidas, mas quando deixa-mos esse corpo, aí sim, estaremos entrando na vida verdadeira e com nossas faculdades afl oradas, estaremos livres da prisão do corpo e se viveremos dignamente, estaremos brilhando mais alto.

Por isso, lembre-se sempre de sorrir para que eu daqui possa sen-tir seu sorriso refl etido em meu coração!

O abraço que gostarias de me dar, dê a alguém que estiver ao seu lado, lembrando sempre que o amor, o carinho que sentimos continu-ará vivo em nossos corações, como eu!


Uma noite em alto marIsmênia Nunes

Que linda noite... Sim, que noite linda... Céu limpo, cheio de pingos de luz, sim, são estrelas que vieram nos iluminar... Olho para o céu e vejo que coisa linda, maravilhosa, uma noite estre-lada, iluminada a nos inspirar... E estamos nós, admirando essa noite, noite iluminada bem aqui juntinhos, de madrugada em alto mar, sim em alto mar... Somente duas coisas vemos: o céu e o mar... Que coisa maravilhosa, espetacular! Estarmos aqui diante desta beleza, e ainda desse luar! Sim, a noite é de lua cheia... E como não poderia deixar de ser... Quando olhamos para o céu, lá ela está...A lua cheia, abraçada às estrelas, refl etindo toda sua beleza, toda sua luz no mar! Sim, no mar... Em alto mar... Aqui estamos neste barco, neste iate a observar... A luz da lua refl etida no mar... Que noite linda, iluminada, cheia de estrelas a brilhar... E em toda esta beleza... Lá estamos nós dois: a namorar... a namorar...Sentados no barco aqui estamos numa noite estrelada e de lua cheia...A namorar... A namorar... Quem dera tudo isso não fosse devaneio, utopia... Quem dera não fosse fantasia... E isso tudo pudéssemos realizar... Estarmos aqui nós dois a apreciar...O mar... O mar... Dentro de um barco em alto mar...E no céu as estrelas brilhando e a lua a iluminar...O mar... O mar... Dentro de um barco, em alto mar...

SaudadeMárcia Braga

Sua voz se calou,também a minha;a saudade voltou,talvez a nossa.A espera é difícil,a ausência dóino corpo, na almana falta do riso.

É como ver a lua sem céu,desnudando a noite,rasgando o véu,mesclando a históriacom gosto de fel.Silêncio...Sua voz se caloutambém a minha,até chegar o Solda justiça, do encontro,do amor eterno,amor amigo, fi el!

No presente, a saudade,caindo como sementesna terra, que dá frutos bons,à espera confi rmando o amorque tudo suporta;a vida vibrando um dia à sua volta,espera, silêncio... oferta ao Criador,futuro, alegria... aliança eterna,num Sol que não vai se pôr!!


ViagemMárcia Braga

Viajo pra dentro de mim,Encontro com a solidão;Solto um grito de socorro,Busco uma nova dimensão.A alma está cheia de dor,Desgarrada de um grande amor,Perdida em caminhos alheios;Busco um chão que seja meu,Encontro o “eu” sozinho,Afl ito, pássaro sem ninho,Em busca da cançãoQue cure o coração.Sigo ao resgate dos sonhosOnde tudo começou,Lembro que fui gerada;Sou ser pensante,Meus poros respiram, minhas células vivem,Meu ser se faz verdade.Eu existo!Fascinante viagem!

AmigoMarta Peres

Não deixa dormir sua esperança,é hora de acordar, despertar, levantarde onde está e caminhar fi rme, passos fortese decididos, confi antes no amanhã...Sinta o sol em seu rosto e emocione-se comos primeiros fi os de luz que chegam...Eles vieram lhe procurar!Vem e apareça para a luz do novo dia,esteja bem, fi ca bem para continuar sua história,só você a pode fazer...Mostra ao sol seu brilho pessoal, fazendocom ele um contraponto;mostra sua simpatia neste sorriso que encantae deixa você feliz, mostra a beleza do seu coração...libere no ar o seu carisma, talento, inteligência,simplicidade, a sua generosidade...Não se esconda amigo, vem, saia desta apatiae indolência, dê a resposta mostrando suas habilidadese mostre-se sempre, em tudo o que tem de melhor...Pessoas lhe assistem e elas merecem este espetáculo,só você pode mostrar, só você pode doar...


AmanhecerMarta Peres

Levanta, segura na minha mão, vem comigo,limpa as nuvens que estão a tapar teus olhos,impedindo de contemplar a maravilha do amanhecer.A vida é uma criança e nasce todos os dias, bonita,inteligente, rica em esplendor, esperta...Olha a beleza que se estampa lá fora...Acaba com a tristeza deste olhar e deixa brotar o sorrisonos lábios, todos os dias a luz do sol acende a vida!Vem ver a passarada em algazarra no terreiro,há sanhaços e beija-fl or cantando no abacateiro,borboletas coloridas beijando fl ores, pertinho dasua janela; ouça, lá no rio o pica-pau já começou a pescaria,não vê? Ele defende o alimento todo o dia...O sol já vem alto e trabalhadores iniciam a labuta do dia,levanta o desânimo desta cadeira, deixa a vida entrarpelos olhos e se alojar no coração...

A CruzMarta Peres

Há muitas cruzes fi ncadas à margem de estradas;são toscas, nem têm a beleza das cruzes da várzea.Cruzes mal preparadas e sem pedestal,lembram apenas a marca deixada pelo pobre mortal.

No topo da colina,

vejo uma cruz,solitária,vive na orla do além.

Esta cruz solitária conversa com alguémde braços abertos... erguida... de pé...onde bela mulher se esconde,não quer ser vista por ninguém...

Apenas a cruz com ela dialoga, lhe dá ouvidose com terna emoção,deixa ave que voa pousar, e borboletapor ali circular.

A bela mulher se assenta sobre pedra no chão,espera ansiosa pelo homem que por ali sempre passa.

Quando ele passa, lhe tira o chapéu;parece que vem visitar a mulhere vê aquele belo vulto brancoabrindo em sorriso,uma lágrima correndo pelas faces.


A presença da sua ausênciaMarcela Torres

Na presença da ausência, morro de solidão;Vou morrendo, pouco a pouco,Sem pressa, sem emoção.Vou morrendo lentamente neste vazio louco,Não tenho pressa de, na sua ausência,Ir-me embora com rapidez,Pois, quem sabe, você em demênciaSe junta à minha loucura e à minha avidez.Não tenho pressa de ir embora;Vou devagar morrendo,Pois, quem sabe, alguém de última horaSurge, urge em me resgatar...

Eu vou!!!Marcela Torres

Deixar de lado a afl ição,Que me come, consome;Jogar no lixo o preconceito,De estar roubando em teu nome.

Eu vou sem escudo,Vou sem espada,Vou com rum,Mas desarmada.

Deixar que me julguem,Condenem! Lancem ao fogo.Em suas verdades, se iludem...Eu vou jogar o seu jogo!

Queimar-me em brasas quentes!Deixo aos eméritos normais,Seus pecados escondidos, ausentes,Nas múltiplas verdades que nos traz.

As religiões, as culturas...Na vida vou fazer miscelânea,Vou embaralhar em fi ssura,As cartas da minha loucura.


SaudadeMena Azevedo

Saudade é sentimento que perfuraE faz sangrar a alma e o coração;Pelo abandono das mais belas juras,Proferidas no calor da emoção.Sentir saudade é ter o peito abertoPelo vazio que o amor deixou,É um sentir o coração desertoE transformar o fado em grande dor.Não pode a alma humana conceberTamanho sofrimento e dissabor;Caminhar sempre à frente e esquecerO amor que só amargura lhe causou.

AmizadeMena Azevedo

Amizade é fl or que medraNo coração e na mente...Se tecida com empatia,Segue seu curso docemente.Amizade verdadeiraNão precisa ostentação,Basta um sorriso amigoPara pisar nesse chão.O sorriso do amigo,Não o deixe congelar...Nos lábios de quem o ama,Amizade vai brotar.Amizade é companhiaConstante, é querer bem,É sentir mesmo distante,O amor que o outro lhe tem.Um sentimento sublimeNão se apaga com a distância,Permanece sempre forte,É vital a sua lembrança.


Eternamente VivaMaria Cristina Gomes de Barros

Queria um clone de mim,Para ver-me separada de ti,Eternamente eu!Eu queria esgotar a raiva,Que me pôs em mágoa,Fazendo-me paralisar...Eu queria, separada de ti,Ver-te sem lugar em mim,Sem lugar em ti.Eu queria não mais ouvir pronunciar o desejo,Mas realizá-lo.Apaixonada como fui, me arrancaste a paixão!Eu queria ver-me assim...Desembaraçada de ti.Eu queria sim...Um dia sem hora,Um marco sem história,Um relógio sem tempo,Um barco à deriva,Deixando que a vida desse o tom da música,Levando-me pelo cântico natural da natureza viva,Deixando no passado os quadros da natureza morta!Eternamente viva!

Amor Atemporal...Maria Cristina Gomes de Barros

Por entre sensações e emoções, meu corpo descobre-se ao encontrar o teu.As pupilas dilatam. Da pele, antes fresca e sedosa, brotam o calor e a umidade.Todo o meu interior movimenta-se involuntariamente,Ora suave como uma valsa, ora num sentir frenético.Olho em volta e nada vejo! Não há nada a ver. Só me resta sentir... E sentir...Percebo que algo atravessa meu corpo, me invade.Meu interior me trai, abre passagem para um outro, outrora desconhecido.Um arrepio me percorre.Uma força descomunal invade minha alma, não consigo reagir.Minha vontade racional não me pertence.Nesta hora, o desejo ocupa seu lugar, responde por meu corpoe alma.Entrego-me! Nada mais há a fazer... Relaxo e fecho os olhos...Meu coração, acelerado, inquieta-se. Pelas veias o sangue fl ui rapidamente...Meu rosto, pálido, agora, em brasa, enrubesce. Meus movimentos aceleram...É iminente... Meu corpo anuncia: — Alerta geral!Minha respiração ofegante faz-me perder o controle.Cravo minhas unhas em teu corpo como se quisesse devorar-te!Tenho sede, mas não de água. Minha saliva não é sufi ciente. Preciso da sua...Abraço-te fortemente e suspiro... Tudo em mim explode!Tento tomar fôlego, mas não consigo!Um cheiro suave de nossos corpos cansados invade o ar...Não sei bem de onde vem... Mas sei que é meu e seu!Inspiro e te sinto um pouco mais, o desejo de ter-te é insuportável!


Já entregue, num entrelaçar de mentes e corpos, aquieto-me!Suspiro aliviada por mim e por ti...Descubro que o melhor de mim... é minha essência, é minha alma...Nessa harmoniosa e eletrizante comunhão, nos encontramos.Nem a natureza, o tempo, a força dos homens, desunirá.Nesse momento, o tempo torna-se atemporal, eterniza e transcende a compreensão racional do amor!

Antes que tudo se acabeVanice Paranhos

Antes que tudo se acabe...Quero arrumar cada canto da minha memóriaE fazer que dela desapareçamTodos os trechos da nossa história.

Antes que tudo se acabe...Quero com meu riso disfarçar a todo pranto,Subentender minha felicidade,Pra negar que te amo tanto.

Antes que tudo se acabe...Quero me valer de valentiaPra fugir dos teus encantos e esquecerAs noites que em teus braços adormecia.

Antes que tudo se acabe...Quero o silêncio das tuas palavras,Pra poder culpar o destino,Nesse jogo de cartas marcadas.

Antes que tudo se acabe...Vou fi ngir que você nunca esteve ao meu lado,Arrancar da mente as coisas que imagineiE julgar impossíveis...Todos os sonhos que sonhei.


SaudadeVanice Paranhos

Sou aquela que grita e ninguém ouve,Sou aquela que vem sem avisar,Sou no presente um só instante,Mas no passado fui buscar.

Sou como uma porta aberta,Sou a ilusão de quem amou,Sou veneno em dose certa,Mas ninguém nunca reclamou.

Sou quimera de um tempo,Guardado por ambição,Na espera que um dia renascesse,Como a lava de um vulcão.

Sou a chama de uma alma,Das apagadas cinzas do coração;Sou inquietude que nada acalma,Sou o choro sem razão.

Sou a face do teu rosto,Fui a dona do encanto;Sou a sombra nos teus olhos,Sou a causa do teu pranto.Eu sou a saudade... e pra sempre serei

Estações da VidaReis Néri

A vida é um tempo,Que em estações se abre;O começo é primaveraDo plantio do ser;Depois o verão,O abrir da fl or da alma,Para, no outono,Ter o que colherE no fi nal o inverno,O recomeço.


Ida sem voltaReis Néri

Um encontro casual;À tarde no cais,Um adeus, um jamais.Uma ida sem volta,Saudade demais;Seja como for,Sua amizade traz,Quando já não me levo,Muita força e paz;E sua vida me fazViver melhor e mais.

Saudade...Marivalda Clemente

Palavra que vem do latim,Solidão e nostalgia;Só existe a saudade,Se houver uma ausência,Se houver uma distância

De quem já partiu,De um amor que nos deixou,De um amigo bem longe,De um lugar que nos marcou.

Quando sentimos saudades,Esquecemos onde estamos,Pois a dor que aperta o peito,Nos leva pra cima de um leito.

Saudade não é razão,É sentimento do coração;Coração que bate e se abate,Sempre que se dá vazão.

Melhor é sentir saudade,Do que sentir um vazioDe nunca ter se apegadoE nunca nem ter amadoUm amor tão ausente,Mas que ainda se sente,Por ser tão reluzente.


Dançando um tangoMarivalda Clemente

Se meu coração falasse,Certamente cantaria um belo tango;Falaria a linguagem dos animais,Recitaria para as fl ores,Diria alguns dengos ao Sol.

Se precisasse da escrita para comunicar-se escreveria com cores vivas,Talvez em vermelho cor de sangue e paixão,Ou em prata que pegaria das estrelas...

Sabe que ele (o coração) sempre arranja um jeito de falar?Faz declarações com o olhar,Fala a verdade quando estou a poetar...

Pena que sua voz é baixinha;Só aqueles que amam possuem o poder de ouvira suave voz do coração...Privilégio dos amantes, então...

Culto ao corpoMarivalda Clemente

Cultuamos o corpo,Olhamos para fora;Olhos vêem e almejamCorpo perfeito, delineado, torneado...

Como seria perfeito o ser humano,Se pudéssemos olhar com olhos de raio x;Se pudéssemos ler as batidas descompassadas;Ler a aceleração do pulso...

Como o exterior engana,É verossímil que conduza,Seduza,Mas muitas vezes é só isso...

Já o coração,Ninguém pode mensurá-lo,Malhá-lo,Medi-lo.Se pudéssemos... Mandaríamos ele falar...

116 Coração de Poeta – Projeto 48 Horas Coração de Poeta – Projeto 48 Horas 11 7

A VidaCzar Dalma

Ela me sugou... Saí molhado!Meio atolado e chorando sim!Pegou-me de jeito.Pôs-me quase de pé!

Acordei ao dia, quase de noite...Driblando “Garrinchas”, imitando “Pelés”!Hoje estou aqui entre maresias...Vejo tantas Rosas, outras Marias!

Mas de tudo não me comprazias!Até que lhe vi levar um homem,Do corpo à vida e da vida ao pó!De nada sabia minhas rezas dizia.

Ela me trouxe tão nu!Que de mim me escondia,Correndo entre fontes e sortes,Que não sabia o que era a vida!

Um néctar do divino em euforia!Às vezes esqueço, outras, enlouqueço...Desse poema nada e tão vorazChamado a própria vida!

A Quimera dos poetas,Infortúnio dos estetas...Mas ainda te amo e te quero,Pois é o que sou e tenho...

A avassaladora que intimidas ou encorajas,Quem sabe que teu nome é Vida!

A minha óticaCzar Dalma

A minha ótica vem me enganando...De quem poderei me salvar?

A minha ótica,Anda me observando,Já não sei bem o queDe bom sei olhar!

A minha ótica tem sonhos,Que meus sonhos não puderamNesta vida renascida contemplar.

A minha ótica tá te olhando...Te esperando pra me olhar!

A minha ótica tá mudando...O que de melhor poderia eu esperar?Esta ótica, às vezes traiçoeira, me ensina,Que nem sempre nela devo confi ar!

A minha ótica tem pernas,Mas não tinha braços, posso lhe assegurar!Por isso minha mente apertadaNão conseguia me abraçar!

Mas minha ótica tá mudando,Pelos os que em minha voltaImpulsionaram-me à vida amar!

Não confi o tanto em minha ótica,Mas agradeço a vocês que não pensaram em ótica...Mas no que as mãos e as frases podem mudar e nos confortar...

Obrigado por mais um dia!


VidaEliane Alkmin

Viver é uma dádiva...O que é realmente ser feliz?Viver intensamente.Tomar posse da graça de existir...Somos instrumentos de deus.Somos apenas pequenas gotas de orvalho perante a Dimensão do infi nito.Devemos ser como as rosas...Lindas e viçosas, porém com espinhos;Sim, a vida é ser fl or, ser espinho e simplesmente ser gente.

SaudadeEliane Alkmin

Saudade é uma parte de um tempo bom que fi ca distante.É uma felicidade revivida muitas vezes com dor sentida.Saudade também tem gosto de agonia,

Quando quem amamos não volta mais...Saudade de nós mesmos,Saudade de ser sempre criança,Sem compromisso, apenas o de ser feliz.Saudades é esta dor fi ninha,Que chega mansinho e se instala no peito.Saudade, o que é?É apenas saudade...


Você, meu presenteSimone Belarmino

Você no passado surgiu, quando triste eu estava,Mas você sorria, e eu me encantava,Contando suas histórias eu gargalhava,Como vento suave em meus ouvidos suas palavras soavam,E um som sonoro eu ouvia, quando nossa música tocava.

Você no presente é como um impulso do amanhecer,O brilho das manhãs douradas ao nascer do sol no infi nito,Iluminando nossa estrada de eterna caminhada.

Você é minha realidade e minha imortalidade,Você é meu espírito de sonhar,Quando meus sonhos se tornam impossíveis de se realizar;

Você é o retrato fi xo na parede, o meu melhor presente;Com você tudo fi ca mais bonito,O azul do céu, o brilho das estrelas, a brisa do mar.

Cada minuto ao seu lado é uma preciosidade,Com você meus dias se enobrecem, meu coração se aquece;Você é minha melodia, coragem que surgiu em minha vida,O amor eterno de todos os meus dias.

Simplesmente amorSimone Belarmino

Amor, palavra mágica que faz o sol brilharem tristes manhãs acinzentadas e chuvosas sobre o mar;Amor que alegra caminhos sem rumo,que nos faz perder em lugares escuros;Amor que envolve o brilho das estrelas,em vidas de amarga existência.No lado sombrio onde se escondem as sombras do medo,da tristeza, da angústia e da desilusão,o amor transforma em renovação.O Amor, é uma palavra sublime,que nos faz ver os bons momentos da vida.O amor é como duas pessoas unidas por um laço de união,transmitindo lindos sonhos, desejos, anseios e realizaçõesdeixando o escuro clarear sobre as sombras,que o lado sombrio não deixa brilhar.Amor, amor, palavra linda que nos faz respirar...Amor de amigo, amor de irmão, amor de uma eterna paixão;Amor que irradia beleza, invade a alma,e o sorriso de um olhar;É o sincero sentimento de dois seres apaixonadosem busca do infi nito,É como o orvalho a gotejar lágrimas de saudades,contagiando pensamentos sem maldade.Amor é uma eterna magia de profundos encantos,Uma escola de vida, uma grande alegria;São dias, horas, minutos e segundosespeciais em nossas vidas.Amor é a conquista, amor é a liberdade;Amor é a ocasião do eterno acaso.


VocêJosé dos Reis

Quem é Você?Você...Que observa a tudo e a todos;os toques, os gestos, os sábios, os tolos;mulheres, homens, meninas, garotos;pessoas simples, sofi sticadas, maus e bondososVocê...Que vê as maldades, a fome do mundo,cruza os braços, se fecha no fi lme mudo;se cala, não briga, percebe de tudo;se envolve no lixo, se mistura, imundo.Você...Que fala, critica e mente;espalha estórias, fi nge e nem sente;trai, corrompe e espalha a semente,só pra se dar bem, nem que invente.Você!Que bate e espanca, e passa por cima;sem valores, amores, uma vida sem rima;não estuda, não preocupa, a rua ensina;com vitórias infames, auto se afi rma.Você!Que os amigos, família, já tem controlado;os vícios, os risos, na monotonia, enjoado;da miséria humana, da tristeza, conformado;da luxúria do nada, do ar embriagado.Você... sou eu!

SaudadeJosé dos Reis

Quisera eu um dia.Quisera eu um dia, deparar-me em refl exão,observar quem partiria e sentir forte emoção.Emoção com alguém com quem aprendi,passei um conhecimento, com quem senti.Sentir um forte doar, ensinar alguma verdade,fazendo sino soar, bater novamente a saudade.Saudade de ensinar, algo que pude ver,apesar do pouco caminhar, assim pude perceber.Verdades da vida, que não aprendi nos livros,mas com fl ores colhidas e antepassados ditos.Mas quisera eu, não ser egoísta aos montes,pensar em quem comeu ou beberá destas fontes.Desta fonte vulgar, sábio ou esculachado,mas por julgar, deixar o egoísmo de lado.Quisera deixar suspirando, moças sem fi m,seus corações infl amando, se lembrando de mim.Quisera não ter que chamar su’atenção,pra de mim você não esquecer,escrever poema, carta, canção;pra depois você nem querer saber.Passarão as coisas de todos os tipos,sentimentos sinceros eu sei,porque fartos de sabedoria, ricos,assim talvez, eu não passarei.O que quisera... eu, era nunca partir,seja eu seu amigo, amante... enfi m,que quando alguém sozinho sorrir,estará muito bem, a lembrar-se de mim.


Morte jamais!Luciana Valentim

Mate-me, agora!Mas não me cale.O silêncio mata meus sonhos,Meus desejos sedentos de te dizerPalavras serenas, plenas,Deliciosamente irradiantes, hilariantes;

Matar-me, por quê?Permaneça-me em ti,Como sonho bom que passou,Plantando-lhe fl or no peito,Regado a perfume de amor;Esqueça a dor, reconstrua-me.

Morte, inexiste!Acredite na existência eterna da alma,Borbulhante esperança de ascensãoPara a vida sem fi m.

Morte, jamais!Liberte-se do medo que ela te traz.

SaudadesLuciana Valentim

Saudades daqueles tempos em que era moço;Relembro o passado e vivo o presente.Saudades daqueles tempos da gente,Em que se podia rir à vontade,Andar devagar sem tropeçar,Ficar de conversa fi ada na porta do bar.

Saudades dos amores que tiveE daqueles que queria ter;Amores contidos e reprimidos,Não queria me envolver.Saudades dos meus vizinhosSentados na calçada,Debruçados na sacada,Contemplando o movimento,Sem se ater ao tempo.Saudades do que não fuiE queria ser,Homem simples e puro,Sem verdades supremas, nem extremas;Verdades, apenas!Saudades daqueles temposQue não voltam mais.


Aos Amigos, AmizadeLuciana Valentim

Amigos são pérolas;Ombros presentes nas horas difíceis,Ouvido aberto e atento as nossas divagações e delirantes indagações.

Amigos desabrocham como fl or.O pólen sobrevoa e pousa com amor;Fecunda, criam-se raízes profundas...Florescem nossa alma,Preenchem nossas vidas,Tudo é compreensão;Têm cheiro de perfume bom.

Amigos.Escolhas singelas,Irmãos colocados a nossa espera,À frente de nossa janelaPara nos entender, às vezes,Incompreender, criticar, palpitar...Mas sempre intencionados a nos ajudar.

Ter amigo é ter um presente,Daqueles bem caros e raros,Guardados a sete chavesDentro do armário.

Nunca estaremos sozinhos,Porque os amigos lá estarão,Para espantar qualquer solidão.

Amigos não têm defi nição;Divinos, mágicos...Palhaços, dramáticos...Presentes, ausentes...Loucos, incoerentes...Animados, irritantes...Depressivos, extrovertidos...Desconcertantes, alucinados...Calmos, singelos...Modernos, antiquados...

Não existe explicação;Amigos simplesmente são.


Vida, Louca Fantasia!Luciana Valentim

A vida é uma louca fantasia;Nos cobre de sonhos,Inexiste razão;Às vezes andamos pela contramão.

A vida é uma louca magia;Decidimos o começo,Percorremos o caminho;Às vezes não chegamos ao fi nal.

A vida é um louco presente;Uma caixa de surpresas,Cercada de encontros;Às vezes desencontros.

A vida é um espelho;É você diante de você,Dizendo o tempo todo:Quem sou eu?

Teatro da vidaMarta Vaz

Abrem-se as cortinas,O primeiro ato começa;Lágrimas, suores e sorrisos,Arrancados de uma platéia singela.Rostos de mentes que não sabemos onde estão ao certo.Fim do primeiro ato.Surpresa, comoçãoE o coração dispara,Tentando descobrir o que vem agora;Barulho surdoEmudece, cala as vozes,Que provocavam um burburinho na platéia;E o foco de luz, cria uma cena única,Nada parece existirAos arredores daquele contexto;E começa-se a trama,Desenrola-se o texto,Enrolado naquele velho contexto,Que teimamos em usar,Será como uma roupa, que nunca saiu da moda?Uma roupa, ou simplesmente um rótulo?Que taxa, marca “personas”;É a desocupada da esquina,O “Mané” ou “Zé Mané”,Que não tivemos tempo de reter o nome;E a cena corre,Muito mais do que podemos acompanhá-la.


Não precisa,Nos entregamos ao embalo dessa dançaE no compasso, disfarçamos os passosE simplesmente dançamos,Representamos neste mais um atoE de ato em ato, fazemos a vida;Fazemos da vida a mais nobre arte,Que nenhum homem ou mulherPode sequer tentar imitar.

Beleza RoubadaMarta Vaz

Era de uma beleza sem igual;Delicada e sem defeitos.Fazia-me sentir raivaDe tão bela,Não saia daquela janelaE minha mente a via mesmo sem querer.Ela já estava cravada, incrustada em meus dias,Como numa rocha dura e fria;Beleza bruta e encantadora,Provoca delírios,Martírios, só de perceber que existe;Mas como tudo,Ela tem seu algoz;Não pediu licença,Impôs sua presençaE agora a vejo partir sem que ela sinta.A cada dia marcas se fazem,Cada linha se aprofundaE o encanto que fl ertava com muitos,Agora se esvai como areia de uma ampulheta.Eu sempre soube que serias casta,Que teria seu fi mComo a beleza de uma estação;Ilusão inebriante,Que no tempo de rompante,Foi roubada de mim.


Novo Amor... morovo amor...Rosa Varsano

A música ainda está no ar...O carinho intenso, a ternura imensaContinua a nos embalar...Os acordes ainda me emocionam,E ainda tocam meu coração,Que guarda com meiguice nosso amor!Lembro-me quanta dor gerouA nossa inesperada separação...A saudade me torturou e me tortura...Fez-se ao meu redor um silêncio ensurdecedor...Impossível saber quantas lágrimas sequei e ainda seco,Antes mesmo de desabarem apenas para esconder a dor...Mas a música, a nossa música continua tocando,E foi ela que me encorajou, até com certo furor,A prosseguir com minha vida!Coloquei um sorriso falso no rosto,Escondi a tatuagem com a qual você me marcou,Eliminei a mágoa e o rancor que conviviam comigo...Resolvi escrever novos versos,Comprar fl ores amarelas para enfeitar a casa,Juntei meus pedaços de carne crua,Remendei meus cacos de alegria,Guardei você em meu coração,E, então, abri as portas para um novo amor!

Amor InterrompidoRosa Varsano

Um céu azul convidativo,Uma lua cheia iluminando a noite,Um mar verde e tranqüilo,Tão tranqüilo que me deixa espantada!O mistério, à noite, as lágrimas se misturamE me deixam nostálgica!Sinto vontade de você ao meu lado,Quero a ternura que só você sabe me dar;A saudade de você me domina,Mas nada posso fazer...Você está longe cuidando de nós,Em um mundo azul repleto de anjos,De lá você me vê e me conforta;A morte me venceu,A morte te levou,E o nosso amor fi cou interrompido...Mas as saudades, essas continuamSão minhas fi éis companheiras,Gosto delas,Trazem-me você para perto de mim...Amo-te, para sempre!


Eu e a vidaGeraldo Barros

Vivo, convivo com gente.Reticente eu fi co diante do mundoVagabundo, sinto-me solitário.No itinerário que a vida dita,Confl ita o meu ser diante do medo,Do qual brinquedo,Por vezes pareço ser;Meu envelhecer é lento,Sonolento e quase inerteE se reverte em puro saber.No escurecer de meus dias,Minha guia é reluzente... Minha luz,Que me seduz e me envolve,E me absorve como eu a ela,Tão bela e doce experiência.

Menino reclusoGeraldo Barros

Minha saudade se dissipa no novo;Resolvo seguir sem medo,Meu segredo é minha herança,Minha lembrança de felicidade;A liberdade que em mim se retrata,Relata no fi m do tempoOs meus momentos de ausênciaE as experiênciasQue até aqui ignorei.Neguei a mim por certo tempo,No meu momento de solidão,De refl exão ante ao mundo,E no fundo do meu ser,Devo dizer que me encontrei;Chorei ao ver um menino escondido,Despido das sensações que a vida lhe daria.


ImensurávelKatiúscia de Oliveira Santiago

Decifrando esse amor,Que está acima do normal,Chego à clara conclusão,De que é incondicional.

Pois independe do que faço,Sem qualquer explanação,Me aceitas como sou,Sem me negar teu coração.

Sentimento imortal,Bem mais doce do que o mel;Tão singelo puro e intenso,Quanto um raio que corta os céus.

Pois em mim tens trabalhado,Joalheiro e diamante,Lapidando minha vida,Sem parar por um instante.

Amor que me aperfeiçoa,Fazes o que queres de mim;Completa tua obra,Com início, meio e fi m.

Queria poder traduzirO que sinto com exatidão,Em meus versos poder escrever,A linguagem do coração.

E ainda que tudo se transforme,E que se desfaçam os planos da mente,Meu amor por ti só aumentaE tende a crescer eternamente.

Saudades Infinitas de quem amou e não foi amado

Katiúscia de Oliveira Santiago

Saudade machuca o peito;Uma cruel dor sofrida,Dilacerando o coração,Relembrando sua partida.

Saudade, essa que me tortura,Ouço sua voz ao pé do ouvido;Mas são só recordações...De um grande amor perdido.

Saudade que não cessaDa tua suave presença,Do jeito que me envolviasE supria minha carência.

Saudade de tudo que foi vivido;Não entendo tudo enfi m;Por que ainda amo você?Por que não quer saber de mim?

Saudade que me extermina,Que sempre termina em pranto,Qual foi o real motivoDe acabar todo encanto?

Saudade de quem nunca me amou,Mas que queria se aventurar;Se eu soubesse teria tentado,Meu coração não te entregar.

Saudades infi nitas,De quem... Eu sei...De você, oh minha vida!O homem que mais amei.


Coração de PoetaNelma Carvalho

O meu coração,Não tem portão,Nem porteira;Na verdade,Tem apenas uma porta,Sempre aberta,Com tanto carinho,Amor e a alegria,Para os amigos queridos,Cheio de bons sentimentos,Para produzir felicidade;Afi nal, é um coração de poeta,Que transformaTristeza, saudade, melancolia,Em versos, rimas, poesia...É tão adocicadoComo algodão-doce,Assim tão derretido,Como sorvete cremoso;É uma pátria sem fronteira,Uma jóia preciosa,Feita de ouro,Cravejada de brilhantes;Não importa a idade,Pulsa com a velocidade,Das águas de uma cachoeira;Numa explosão de amor,Este coração muito amado,É um jardim fl orido,Sob um céu estrelado,Resplandecente de luz;De bondade fora coroado,Onde um Rei faz morada;O Rei mais querido,Seu nome é Jesus!

Vida RenovadaNelma Carvalho

Sentindo a vida vazia,E tristeza a invadir o coração,Acabou toda alegria?A porta foi fechada?Continue sua caminhada,Encontrará outra saída,Siga confi ante meu irmão,Pois se o mundo fecha uma porta,Deus abrirá um portão;Atravesse com segurança,Por um portal de amor e luz,Do outro lado haverá um mundo novo,Repleto de bênçãos;Mantenha sempre a confi ança,No Amado Mestre Jesus;Ele espera de braços abertos,Para aconchegar-lhe de perto,Oferecer-lhe todo afeto,Apontar-lhe o rumo certo;Ele seguirá ao seu lado,Se precisar, o pegará no colo,Com muito amor e carinho,Para ver você feliz;Nunca se sinta sozinho,Ele quer ver você sorrir;Abra as portas do seu coração,Permita que Jesus,Faça dele sua habitação;Ele quer conduzí-lo sempre,Segurando fi rme a sua mão...


A EsperançaNedson Carvalho

Inevitável omitir meus sentimentos, dizer que não me importo, quando alguém toca sua face, te beija e abraça esse corpo que um dia tive nos meus braços...Hipocrisia dizer que fi co feliz em te ver sorrindo, pois sei que não sou a razão dessa tua felicidade.A extensão do meu amor não tem limites, transporto montanhas com lágrimas de sofrimento,Vivo a sombra dos teus passos; a rotina da tua vida será sempre a minha também...Abro espaços mentais à procura de um esconderijo para tal sofrimento,É como se eu tropeçasse em ondas e não sentisse minhas pernas molhadas,Retrocedo no tempo e logo surgem imagens de momentos inesquecíveis;É indescritível o tamanho da minha esperança, que terei essa mulher novamente em meus braços, o que me alivia é saber que nada na minha vida foi fácil, principalmente uma reconquista de um sonho...Busco explicações para saber como a deixei escapar, mas sei que não perdi simplesmente algo raro como uma pedra preciosa, que necessita de horas de garimpo para achá-la.Mas o dom de um conquistador de sonhos é que me faz gente;A condição de não tê-la perdido por inteiro é que me faz sorrir;A possibilidade de saber que a terei novamente é o que me faz existir.

O Verdadeiro OlharNedson Carvalho

Não tenho brilho nos meus olhos,Não sei o signifi cado das cores, vejo falar que o vermelho que corre em nossas artérias em uma grande emoção, hoje jorra muito mais pelo chão.Meus outros sentidos me mostram a direção que devo seguir.Não me lamento por não ter prazer de ver o nascer do sol, mesmo sabendo que nasce para todos, não me sinto excluído por não enxergar. Ver pra mim não tão importante quanto sentir.Não me importa como sou visto, o amor prevalece perante aqueles que sabem que também tenho valor, talvez o mundo não tenha sido preparado par mim, minha vida, é como a de qualquer outra pessoa, uma adaptação constante a regras, modas, limitações da sociedade...Sou muito feliz, pois tenho o dom de poder enxergar com o coração, nele não existe racismo, preconceito por seres visualizados e julgado pela sua aparência... É melhor olhar com o coração.Sei que quando sou visto, logo vem o pensamento; deve ser horrível viver em dependência de uma única cor, a escuridão ser minha eterna companheira, talvez até tivesse lógica tal conclusão a meu respeito, se eu tivesse perdido a visão.Sou feliz, pois sou imagem e a semelhança refl etida em seus olhares.


Detalhes de uma casaFrancisco Hawllrysson

Amo-te como se fosse verdadeE sem a pretensão de homem feito.Amo-te com as forças dos cabelosE as forças das pernas de um elefante.E em primeiro, amo-te com declive e adiposidade,Para mudar os rumos da linguagem e do pensamentoE para esperar o bordar dos remédios.

Deixados sob as pedras e os campos escuros,Necessito do calor de uma mulher mal amadaE do consolo das palavras.E nada mais me importa,Apenas as fantasias de carnaval.

Eu aprendi os códigos, os problemas e as vantagens da língua,Na qual se desvirtuaUm corpo de alimentoE um útero.

Pois milhões de mentesIrão decidir o nosso futuroNessas páginas chuviscadas,Para os apaixonados que descasam nas épocas dos louvoresE na intenção das recompensas do amor.

No entanto,Os rumos mudam as portas, os varais, as nidações – que se aventuram,No dilema do copo de leite sobre a mesaE na confusão das plumagens e dos ofícios.

Dias de maioFrancisco Hawllrysson

A cada momento que passava,Maria das graças com o bucho no pé da goela,Se inspirava no pé do fogão fazendo cuscuz de arrozPra se comer com café com leite e Nescau.Só que naquele dia,Nem essas iguariasPoderiam prever o que estava por vir:

– Pá... um barulho de tiro.– Meu Deus o que é isso! Exclama Maria.Era João. O primogênito que tivera na adolescência.Ele como um búfalo parte pra cima delaE lhe estapeia, perante a imagem de Nossa Senhora a Aparecida,no casebre de taipa e um punhado de barbeiros.Maria desesperada, com sangue nas ventas e alguns hematomas na face meiga de uma mãe, se ajoelha a soluçar como de praxe e pede com as mãos empunhadas para os céus.– Por favor meu fi lho. Pede Maria.– Arc... resmunga João– Eu sou sua mãe...– Pá. Pá...


SaudadeMaira Cervi Marques Fernandes

Saudade é sentir falta de alguém,De alguém que se foi, está distante.É sentir uma dor no peito,Corroendo a todo instante.É buscar nas fotografi as,O rosto da pessoa amada;É escutar uma música,E reviver uma época passada.Saudade é reconhecer o perfume,É morrer de ciúme sem saber de quem;É chorar pela falta e pela ausência,É olhar em volta e não ver ninguém.Saudade é se sentir sozinho,Mesmo com todos ao seu lado;É querer que o tempo volte,É dormir e sonhar com o amado.Saudade é muito mais do que isso,É uma falta constante, um ardor;É viver tentando esquecer,É morrer aos poucos de amor.

Tempo de RecomeçarMaira Cervi Marques Fernandes

Que ainda haja tempo,De sonhar mais um sonho,De planejar uma viagem,De ler mais um livro.Que ainda haja tempo,De aprender coisas novas,De apaixonar-se outra vez,De fazer novos amigos.Que ainda haja tempo,De salvar o planeta,De ver os fi lhos crescerem,De colher os frutos semeados.Que ainda haja tempo,De pintar um quadro,De escrever um poema,De fi car sem fazer nada.Que ainda haja tempo,De mudar de profi ssão,De tentar outra vez,De pedir perdão.Que ainda haja tempo,De recuperar o tempo perdido,De revelar o que foi escondido,De provocar uma revolução.


SaudadeEliete Becker

Ai! Quanta saudade eu sinto...Quando penso em você.Saudade do seu olhar,Saudade do seu beijar,Saudade de estar contigo,Saudade dos bons momentos,Saudade dos seus carinhos,Saudade da sua voz;Saudade do seu jeito sincero,Saudade do corpo que quero,Saudade de ser querida,Saudade de dizer eu te amo,Saudade do que passou,Saudade de um novo sonho,Saudade do seu calor,Saudade: que dói no peito,Que entristece minh’ alma,Que enlouquece minha mente;Saudade do que eu não fi z,Saudade do que fui feliz,Saudade do seu amor.

Uma nova vidaEliete Becker

Dois corações que se amam,Dois corpos que se procuram;Desejos que se misturam,Sonhos que se realizam.

Um homem... uma mulher.Num segundo, o amor se fez vida.O momento é único,É sublime,Divino,Uma dádiva,Mas ainda é o novo ser;Uma bênção,Tão pequenino no tamanho,Frágil na matéria,De essência grandiosamente perfeitaE nobre.Um anjo,Que transforma vidas,Que pulsa,Cresce,Se aninha em outro corpoE se alimenta de emoções.

Que venha com todo brilho da luz,Com a docilidade da inocência,Na sua cristalina pureza;Forte,Saudável,Porta voz de esperanças,De alegriasE de amor.


UtopiaCíntia Fátima

O que desejo hojeé apenas o tempo perdido,entre o que fuie o que não serei...Só pressinto os segundosDeixados, esquecidos dentro da minha saudade.O momento belo,Inconseqüente... em que te amei;Onde estive tua,Nua... livreLeve... pura!O que desejo hojeé apenas o encontrodo meu lado vaziocom tua presença...Só vejo as imagens riscadas,Apagadas em minha em minha memória;Onde senti a felicidade,rara dos que amame são amados!O que desejo hojeé apenas utopia...O pensamento vãoQue ilude os que sofreme nos mantêm sonhandoem fantasias...

Inteiro...Cíntia Fátima

O que sou hoje já não sei explicar...porque metade de mimé a saudade do que fui,a outra metadeé o sonho do que jamais serei!Uma parte chora, sofre, geme...A outra se cala,fi nge que sente...Metade de mimé desejo, loucura... paixão.A outra é vazia,sem alma, sem coração!O que sou hoje,já sei explicar...Metade de mimmorreu...a outra partefi cou só... a chorar!Só espero o momentopequeno, ligeiro...em que eu possa,pelo menos uma vez,só mais uma vez:ser inteiro!


Quando a Noite Expia a PartidaJefferson Vieira

Estou há três semanas sem te ver,Algo em torno disso,Prefi ro não calcular com exatidão,Para não soar tão patético.Gosto de ti,Penso nas coisas que dizesE penso no teu corpo.É simples,Não há porque tornar-se patético.É simples: gosto de ti,Quero só armar pecados em torno de tiE comê-los com açúcar e canela.

Existe um querer que nos rodeia;Nossas despedidas sempre se estendem.Não sou teu, não és minha,Mas o querer subscrito persiste,Feito de preguiça trópicaE essa felicidade de preguiçarTe vejo de manhã e à tarde;Então te vejo de noite, descoberta.Descobrimos o querer irresistível da pele alheiaE terminamos por nos tornar jardim.

Gosto de ti, simples assim,Como um sorvete sabor bossa nova.Eu penso na tua boca sempre,Não te divinizo nem gostaria que fosse assim;Te quero, te gosto, te vejo como animal.Gosto de ti assim,Sem tinta, sem pensamento, simples e só.

Existindo de VersoJefferson Vieira

Que bom que há a cachaça de cada dia,Que nos tira alguns dias todos os dias;Um cigarro aceso, um amigo;Um amigo com um violão, um amigo mais completo.As artes sedutoras de meninos notívagos;Os sábados de fevereiro e março,E em primeiro lugar as adolescentes e jovensQue dão razão a todos os itens citados,Suadas de sol e amor.As que dão razão a tudo que é sem sentido,(O mundo, no fi m, não tem o menor sentido).Mesinhas de madeira, meu travesseiro dividido;As jovenzinhas grávidas de vento e poesia,Dando à luz a luz em cima de mim;Salgadas, doces, úmidas de amor.

Meu Deus! Que bom que existe a cerveja!Nem sempre há jovenzinhas, nem sempre há fevereiro;Que bom que existe amigo e violão,Que às vezes nem amor há;Que bom que existem as moçasPara perfumar os travesseiros,Para provocar os vagabundos, meninos notívagos;Que bom que existem as meninas apaixonadas,Que às vezes nem cachaça há.


AmigaCarlos Eduardo Rodrigues Bonito

Noite solitária,avisto-te em meus encalços.Dos meus lábios, estampa-se um sorriso.

Sem lamentos.

Gentilmente a encaro,Convidando-a caminhar a meu lado!Pois comigo, doce amiga, sempre estivera.Na saúde ou doença, alegria e tristeza!

É bem-vinda– hoje e sempre –À minha vida

Amiga morte.

Anjo feridoCarlos Eduardo Rodrigues Bonito

Nas curvas do medo eu me escondiNos devaneios de um louco eu lhe vi!Como um anjo ferido lhe deixei aproximar,Dando-lhes plenos poderes para poder me amarAos seus encantos, então eu cedi!

À sua maneira eu me fi zE todos os seus desejos eu concedi!Para lhe agradar eu me levantei,Nos teus braços eu me perdi!Em momentos mágicos você foi minha!

Mas depois você me feriu;Agora vagueio como um anjo ferido,Novamente tentando me curarE em teus braços de novo me aninhar,Para te proteger do perigo,Que um amor não compreendidoPode lhe dar.


Meu grande amorRita Bezerra Leite

Não sei como nasceu em mim,tão grande amor por ti.Nem mesmo sei o porquê,e quem plantou? Nem vi.E só em meio a lágrimas,é que o percebi.

É lindo! É puro! É belo!E a mim nem interessase em ti também brotou.Sequer eu tenho pressade encontrar-te um dia.

Hoje! Te ter é impossível.O amanhã! Pra nós é invisível.Sonhar nós juntos! É imperceptível.E assim vou eu......sonhando, te tendo, te amando...

Saudades!Rita Bezerra Leite

Ah, que saudades!Saudades do nada...Sinto saudades do que não vi...do que não vivi.Saudades nem sei do quê!Será este mesmo o nome, deste sentimentoque me invade agora, todo meu talento?Talento tão nobre,o qual faz tão pobre,este meu viver, que é mais um sofrer.Vc’ ñ’ me ilude, ñ’ é um cara rude,Pois vem da nobreza,Inda’ tem destreza.Sou néctar da fl or,Já tive outro amor,Mas nem quero saber...Hoje sou solidão, mesmo te amando,Pois não tem solução, continuo sonhando.És meu príncipe encantadoe às vezes me enfado,De tanto sonhar.Com audácia te falo,Depois eu me calo.Não posso te amar.


InsightBeti Ossig

Não quero supor signifi cados,Quando tudo que a ti signifi coPossa ser diferente,Nem tampouco serO teu outro eu signifi cativo;Não falsearei,Quero ser eu mesmaReconhecerMeus vícios, meus medos, meus erros, minhas virtudes e desejos.Quero ser apenas o que sou,Apenas uma mulher,E mesmo te querendo como te quero,Não violarei meus direitosAos meus prazeres defenderei.Quero-os todos,Autênticos,Coerentes,Livres de falsos signifi cados.Quero ser inteiraCom muita profundidade,Em harmoniaCom minha experiência e coerência,Me construindoSem alcançar jamaisA plena construção.E fi el a mim mesma.Ouço atentaO que vem de dentroE na medida que me encontroMais transparente e realizada sou.

Saudade Beti Ossig

Estrada quando te tomoNos percursos da minha vida,A cada quilômetro percorridoUm sonho, uma fantasia;O meu amor à minha espera.Olho campos, plantações, o horizonte...Então me transportoComo em fi cçãoPara um mundo que não existe,Lá vou eu,Pés descalços na relva orvalhada,Desnuda quando vislumbro um rio,Desabrigada, sinto a chuvaMolhandoMeus cabelos, meu rosto, meu corpo...Faço entãoDeste verde manto,Meu leito...Cubro-me com as nuvens,Secando-me quando surge o solE a noite;Abrigo-me com as estrelasSob a luz da lua...E novamente me transportoNum sono repleto de devaneios.Onde tu, meu amado,Me afagasE com toda a doçura e carinho,Toma-me em seus braçosE me amasComo nunca antes me amou;Mas desperto,Chego até onde o real me destinou;Estou só,Levando comigo apenas S A U D A D E.


Profilaxia de AmorBety Ossig

Quando contigo,Vivo cada instanteComo se fosse o único,Como se fosse o último;Quando tu distante,AMADO,Sofro tua ausênciaNos segundos a seguirQue nos deixamos.E é nesse momento imediatoDa tua partidaQue se refaz esse desejoDe novos instantes juntos,Em doses duplas,Diárias e sistemáticas;E então que te peçoQue antes de partir,Antes que amanheçaE a luz do dia me traga a realidade,Me avies a receitaDo tratamento a ser seguido,Assim sem que percamos solução de continuidade,Me tomes por inteira me aplicando

UMA OVERDOSE DE AMOR!

FragilidadeAlexandre Matheus

Hei de sentir o delicado perfumeQue outrora exalara daquela pele maciaE de tom claro.Hei de sentir o perfume,Seu bocejar tranqüilo...Toda sua paz absoluta e plena.Ao exibir teu largo e cativante sorriso,Que a deixa ainda maisCheia de vida.Quem é você que se faz soberana?A brisa da noite?Quais são os teus segredos?Ainda me lembro de sua fragilidade ímpar,De semblante amenoE olhar misterioso.Enfi m,Dona da situação!Suas virtudesSão de infi nita beleza e de tenra luminosidade,Como se tudo que viesse delaFosse perfeito,Ainda que em sonhos...


Por onde andei(Rua Princesa Izabel )

Alexandre Matheus

Bateu-me ao rosto,A velha e delicada brisa que,Há tempos fazia-me tanta falta.Lembranças de uma década,Que ainda rasga-me o peitoEm euforia plena.– Ah, que saudades de ti!De quando outrora fazias parteDe minha existência erranteOu por assim fi ngir,Ser por Conveniência seu dono.A dualidade de sua via,Me fez “livre” e,Ao mesmo tempo “prisioneiro” naContradição que carregas em seu nome.Em sua calçada amei e fui amado!E por vezes...Gozei demasiadamente em emoçõesAo caminhar sobre seu asfalto calejado,Rumo ao meu amor maior.E, só agora,Ao me deparar com a suavidade serenaDe sua brisa nostálgica,Pude perceberO quão verdadeiramente fui feliz!Mesmo que agora eu esteja só,Sozinho...

JulianaCarlos Braz Rodrigues

Amargurado pela dor,preso na solidão,caminhando com a tristezae vivendo com a solidão.Mas você me iluminou,me ensinando a viver,esquecendo a dor do passado,para o presente renascer.E por ti sorri,mas também chorei.Por ti sofri,mas também amei.Mas você eu perdi,pois não me arrisquei.Quando mepediste prova do meu amor,eu me acovardei,preso pelo medoe calado pela covardia.Seu amor eu perdie só agora fui perceberque eu não existoe nem consigo viver sem você.Hoje eu choro e não paro de sofrer,ao lembrar que, por falta de demonstrar o meu amor,eu perdi você.Perdoe-me se puder,Acredite no que vou dizer:você foi meu primeiro e único amor,que me mostrou a razão do meu viver.


A Tua ProcuraCarlos Braz Rodrigues

Procurando sorriso,só lágrimas encontrei.Buscando a felicidade,somente a tristeza avistei.Seguindo o amor,foi só a solidão que acheie por ela fui preso e não escapei.Mesmo gritando e te chamando, você não escutou.E agora estou assim sozinhoe sem saber o que fazer.Dos meus olhos caem lágrimas de sanguee meu rosto aparenta o sabor amargo da dor,caminhando solitário pelo caminho sombrio da solidão,À procura de uma luz,que cure a dor do meu coração,que lhe mostre de novo o brilhoe o sabor de uma nova paixão.Mas enquanto não encontro,continuo a viver sem carinho e solitário,à procura de você.Escrevo para não chorar,escrevo para não morrer.Antes de conhecer um grande amor,antes de conhecer você.O amor não está apenas em belas palavrasou em uma linda declaração,Mas sim no fundo da almae na pureza de nosso coração.

Meia noiteAna Carolina Giorgion

“Meia noite,Um céu sem lua,Uma noite sem estrelas.Ela caminha pela ruaSem destino,Apenas um vestido negro no corpoE uma rosa na mão.Por seu invejado rostoPálido, como sem vida,Lágrimas de sangueEscorrem por seus olhos verdes;Lágrimas de abandono.

Meia noite,Um céu sem lua,Uma noite sem estrelas.Apenas um corpo sem amorE lágrimas de sangueEm seu peito;Não mais um coração,Mas feridas e marcas,Sofrimentos de uma vida.

Meia noite,Um céu sem lua,Uma noite sem estrelas,Apenas lágrimas de sangueE marcas de sofrimentoUma mente entorpecida,Lembranças de histórias vividas;Histórias de abandono.

Meia noite,Um céu sem lua,Uma noite sem estrelas,Apenas um corpo sem vida,Um corpo sem sangue,Olhos verdes fechados,Um coração paradoE uma mente inerte,Cobertos com um vestido negroE uma rosa no chão.”


SaudadesAna Carolina Giorgion

“Neste quarto frio, olho pela janela e vejoFinas gotas de orvalho molharem o chão.Meu pensamento vaga,Recordações são restauradas,Momentos marcantesPlanam pelo ar;Estou me afundandoNeste sentimento.Inexplicavelmente,Estou a te esperar.

A noite me envolve,O sono não vem;As fi nas gotas começam a aumentarE transformam-se em uma forte chuva.Seu rosto não me sai da memória;Minha visão é tão real,Minhas lágrimas escorrem.

A saudade é excessiva,Estou me afundandoNeste sentimento.Inexplicavelmente,Estou a te amar.

O sono me domina,Deixando meus pensamentos vulneráveis;O sonho é meu inimigo,Alimenta minhas esperanças.Não deveria fazer isso,Mas faz.A chuva se acalma,Ventos batem em minha janela,Ventos que aumentam minha angustia;Estou me afundando neste sentimento.Inexplicavelmente,Continuo a te esperar.”

Ê!?Beleza, por quê?

Sensibilidade, pra quê?E você?Sonho?

Que sonho?Cadê você?

Ê Ê Ê Ê Ê.......!Rita Velosa


Compasso de EsperaRita Velosa

Um compasso de espera...que vem entre o nada e o nada;um grande silêncio musicado,uma imensa agonia ritmada,uma constante tortura temporal.

Um compasso de espera...entre a morte e a morte.Um masoquismo aceito por todos,um coletivo teimar utópicoem desvendar o nada.

Um compasso de espera...entre o antes e o depois.Um sadismo de alguémaceito por todos.Um momento de uniãodo tempo com o infi nito:um compasso de espera.

O Escafandrista (para Jacques Mayol )Regina Bostulim

Um poema para ter o corpoda mais bela mulher;um poema paratramar laços e virtudes;um poemapara lavrar umcampo de papoulas;um poema para matarrastros e amiúde;um poema negro,denso,em branco;um poema rude,como mãos toscas,para reter o verbo,âmago de carne;E fazer dois versoscom real serenidade.


Rondó de Poeta e GráficoRegina Bostulim

Somos tecelões de sonhos,tu e eu.

Eu sou tua,tu és meu,enamorados das manhãs.

Sem ti,sou castelo de algodão doce,

sem mim,és perene ócio das tardes.

Te amosobre o papel em branco

e me amassobre as letras soltas.

Quando te sinto,o amor escolhe as letrasque me preenchempágina.

E teces mistériosde meus sonhos manuscritos.

Te amo assim,Intensamente,como o papel ama os tipos.

AmorCarlos Henrrique Ponciano

Quando a saudade invade o coração, não tenho medo de chorar,nem desisto da vida que vem...o que passou não vai voltar...não vou deixar meu coração entristecer,pois as lembranças são esperanças que jamais irei perder;pode o tempo passar e a dor continuar, mas eu sempre vou amar...e na nostalgia dos momentos, seguirei com as marcas da saudade.

1 70 Coração de Poeta – Projeto 48 Horas Coração de Poeta – Projeto 48 Horas 1 71

AlguémCarlos Henrrique Ponciano

Alguém habita em meus sonhos, me traz alegria, me faz quase fl utuar;Alguém me desperta os sentidos, me provoca o desejo de com Ele pra sempre estar. Esse tem o Q de mistério, que me tira do sério, não me deixa parar de pensar. Ele me faz sobreviver. Esse é sempre meu, aconteça, o que acontecer...Esse alguém é a cura de toda dor...

O nome dele é amor...

Difícil te esquecerFabiana Agueda de Araújo

Sinto falta do teu corpo,Da tua lembrança molhada;Seu corpo me pertenceE nele lhe entrego minhas asas...

Você, fonte de todos desejos,Luz que me abraça,Regresso e tormento,Vida esperada...


SaudadeFabiana Agueda de Araújo

Te entrego meus sonhos cansados,Minha sede desesperada,Meu descanso sem repouso,Minha entrega angustiada...

Minha loucura disfarçadaNa fome; na fome de todos os beijos.Na noite escura em que eu te encontravaPerdido, também de desejos,Esperando meu corpo casaE nós dois de tanto desejo,Brindamos com a morte, sem saber de nada...

No peito do índio,Enfi a-se a espada do tempo.Gemia na humilde choupana,O príncipe do vento!

Com cabelos esbranquiçados,Corpo moribundo,Gemia debilmente,O velho cacique Lobo Escuro!

Na cama de farrapos,Só uma tanga lhe protegia...Suave tristemente,O mestre da magia!

Com os lábios em feridas,Com a pele escarnecida,Chorava triste o mameluco,que tinha dentro do peito,O poder do outro mundo.

Com o grito na garganta,E o amuleto no peito,Suspirava lentamente,O fi lho do tempo.Com os braços amarrados

E a espada lhe ferindo por dentro.Parte deste mundo,O fi lho do tempo.

Com o peito todo aberto,Da lâmina que lhe feria,Morria bravamente,O Cacique desta índia!

Com o olhar voltado ao céu,Chora triste Lobo Escuro,Pois não conseguiu defender,A herança do seu mundo.

Enfi m a morte o levou,E ele pôde descansar,Morreu sem entender,Porque tinha que lutar!

No peito do índio,Enfi a-se a espada do tempo.Gemia na humilde choupana,O príncipe do vento!

A Morte de um CaciqueCláudio Oliveira


Coração ArredioCláudio Oliveira

Mal fora o que me fi zeste,Eu, justo eu, que te amava tanto!Fez questão de acertar a face,De quem um dia te olhou com encanto.

Que mal a ti fi zera eu?Que mal poderia a ti causar?Apenas esperei te ver.E ao te ver, te conquistar.

Meu coração arredio,Que tantas rosas retribuíram com espinho,Agora por ti me faz rastejar.

Mas me vem com teus desdéns, que me revelas,Teu ímpeto gosto, olhas para quem tu queres.Mas será só comigo que terás repouso.

Espetáculo decepcionanteAlexssandro Reis de Carvalho

No maior dos picadeiros do mundo,Eles fazem seus malabares e traquinagens;Causam impressão e pensamento profundo,Em qualquer criatura que esteja de passagem.

Correm o dia em busca de comida e carinho,Domam leões, animais ferozesÀ noite choram e gritam sozinhos,Sem ninguém para ouvir suas vozes.

No trapézio das favelas, cuidam para não cairNa corda bamba, correm o risco de despencarCom mágica; faz a fome e o desespero sumiremE palhaçadas escondem a vontade de chorar.

No circo da vida são peças importantes,Deles dependem o futuro e toda esperança;Mudaremos este espetáculo então, vibrantes,Dando vida e alegria a nossas crianças!!!


A Dor da SaudadeAlexssandro Reis de Carvalho

Não sabia que te amava tanto,Nem imaginava que sofreria;Nem que em lágrimas de insano pranto,A vida em claustro deixaria.

Não devia tê-la deixado partir;Fui incapaz de lhe impedir.Tolo, insensato, não fi z nada;Você ali, imóvel, apaixonada

Em minha insônia ao amanhecer,Peço a Deus que de mim se compadeça,Para que um dia eu te esqueça.

Sem teu amor, minha pequena,Sem teus lábios e sua cor morena,Sou vazio, sem cor, digno de pena.

Nessa nostalgia incessante,Te amarei sempre loucamente;Pequena, amada minha, amante.

Com o coração cheio de vontadeQue machuca, que fere, que arde,Que dói, que invade.Vou levando a vidaCom a dor da saudade...

Às VezesSusan Carvalho

As vezes fi co em silêncio,Um dia ou dois talvez;Não encontro a resposta,Então, troco-a pelo silêncio,

Espero encontrá-la um dia,Na segunda ou terça talvez,Recomeço do nada, das cinzas,Recomeço a busca pelo meu amor.

Os segredos, eu deixo que tu descubras,Entre minhas letras a escrever...Saio de mim e me encontro com a solidão...

Tenho certeza de que o amor virá,Este amor que ainda não encontrei,Está, sim, em algum lugarOu será que já o encontrei...?


SaudadeSusan Carvalho

Oh, montanhas de saudades...Porque vens a mim...?Distante recordo a cor,Do grande amor que perdi...

Celebro esta saudade em meu peito,que o meu coração faz ferir;És um sobrenatural de emoção,uma mistura de dor e paixão...

Acaba-se a esperançaDe um jardim fl orido,Dando lugar a esta dor,Que dou-lhe o nome de saudade.

Trouxe-me só lembrançasde algo perdido na dor,saudade, até de uma fl orsó, saudade até de sombras que invadem minh’ alma.

Lógica e RazãoÉbio Fábio Santana

O modo de pensar em linha reta,Mudando os conceitos do que foi estabelecido;Entre plano, semi-plano e o que é parábola,Distorcendo muitas vezes o que foi fi xado;Nas metas e nas regras trigonométricas,Hoje é o mal necessário que existe na Polícia,Entrando em diversos confrontos e divergências,Diretamente com os princípios do Direito nos erros de cada um.

Muitos esquecem que nascemos de uma circunferênciaE continuamos vivendo dentro de outra circunferência,Onde tudo em nossa volta tem forma de fi gura plana.É que na maioria das vezes,Muitos pensam que sabem tudoE querem apresentar sua própria solução;Às vezes, sem qualquer defi nição,Transformando o que é fácilEm uma difícil solução,Julgando-se donos da verdade,Causando imensos transtornos ao EstadoE principalmente a esta Sociedade Caótica,Que tenta sair da decadência.


A paz para alguns!Ébio Fábio Santana

A paz, para alguns,É apenas uma palavra de três letras,Que termina em zE zera tudo!

Para muitos,A paz é a mais pura canção,Que nasce do fundo do coraçãoE nunca se esquece a letra.

O amor é a mais pura semente,Que nasce apenas onde houver paz...

O sentimento é outra semente,Que brota somenteNo coração daqueleQue busca a paz...

Na luta pelo amor,Muitos tropeçam na paixão:Paixão...É um sentimento exagerado,Que não deixa ninguém em pazES entra em confl ito com o amor!

Amar é muito difícilÉbio Fábio Santana

Amar é muito difícil,Porque se fosse fácil,Todo mundo amava!

Amar é muito difícil,Porque se fosse fácil,Todo mundo colocava em prática!

Dizer eu te amo é muito fácil;Difícil é provar esta estranha facilidade!

Permitir um abraço é muito fácil;Difícil é saber abrir os braçosE corresponder com emoção!

Ter uma profi ssão qualquer é muito fácil,Porque toda profi ssão é digna...Difícil é encontrar o prazer de exercê-la!

Por estas e outras razões, posso provarComo é difícil ser profi ssional,Porque poucos na área onde atuamSabem realmente trabalhar em prol do que se tem que fazer...O dia do trabalho, não foi feito para cruzar os braços!

Trabalhar é difícil... Fácil mesmo, é poder cruzar os braçosE pedir para alguém fazer, ou deixar que alguém faça!

Por estas e outras razões, posso provarQue amar é muito difícil;Fácil mesmo, é deixar o mundo desabar a sua volta,Fechar os olhos para tudoE deixar que os outros resolvam!


Por coisas tão simples, erramos de forma tão fácil;Por coisas tão simples, somos ofendidos;Por coisas tão simples, chegamos aos extremos;Por coisas tão simples, primeiro condenamos;Por coisas tão simples, deixamos-nos condenar!

Muitas vezes, exigimos de forma que nunca aceitemosQualquer tipo de exigência, por parte dos nossos exigidos!

Somos os nossos próprios juízesE através dos nossos atos,Damos as nossas próprias sentenças.Leves ou não, terminam sempre em uma pena grave.

Escravizamos os outros de forma tão fácil,Tão fácil nos tornamos escravos,E difi cilmente saímos da escravidão!

Pena que pagamos com o próprio sofrimento.Que nós mesmos, deixamos expostos à fl or da nossa própria pele:Não dá para esconder... porque refl ete em algum lugar!Não dá para esconder... porque refl ete em alguém!Não dá para esconder... porque você é o seu próprio espelho!

Sendo você o seu próprio espelho,Nunca verá o que acontece a sua voltaNunca verá o que acontece em sua casa;Nunca verá o que acontece no seu trabalho;Muito menos, o que se sucede no mundo,E como a maioria, entra também na lei do desequilíbrio!Equilibre-se e verá que todos a sua volta,Com pouquíssimas exceções, estão completamente desequilibrados!

Se todos tomassem uma atitude digna,Se ninguém fechasse os olhos para tanta coisa,

Se todos arregaçassem as mangas e fossem à luta,Viver seria mais simplesE amar te devolveria a vida!

Por isso, cada um deveria aprender a sabedoria de plantar,Porque aparentemente plantar seria muito fácil;Difícil, é conhecer o solo onde vai plantar;Difícil, é selecionar a semente para germinar;Difícil, é preparar a colheita, para não ter surpresas!Pois a vida, é cheia de surpresas e a origem está dentro de cada um;Do contrário, ninguém se surpreendia!

Então seria mais fácil amar,Do que simplesmenteDizer eu te amo!

Se fosse tão fácil, todo mundo amava!Amar é muito difícil.

Amar é muito difícil,Se fosse tão fácil,Ninguém se apaixonava!

Porque o verdadeiro amor,Quando abraça é para nunca mais soltar;E a paixão, quando abraça, é para prender ou escravizar.

O verdadeiro amor quando abre os braços,É pra libertação;E a paixão, quando abre os braços,Deixa a solidão.

Amar não é tão fácil assim!Porque se fosse tão fácil,Difi cilmente me mostrava estas surpresas!

de PoetaCoração -...

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