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MATEMÁTICA III 1 ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA DEFINIÇÃO .......................................................................................... 2 EQUAÇÃO REDUZIDA ........................................................................ 2 EQUAÇÃO GERAL DA CIRCUNFERÊNCIA ....................................... 3 RECONHECIMENTO ........................................................................... 3 POSIÇÃO RELATIVA ENTRE PONTO E CIRCUNFERÊNCIA.......... 12 POSIÇÃO RELATIVA ENTRE RETA E CIRCUNFERÊNCIA ............. 17 PROBLEMAS DE TANGENCIA ......................................................... 20 POSIÇÃO RELATIVA ENTRE DUAS CIRCUNFERÊNCIAS ............. 23 RESPOSTAS ..................................................................................... 28 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ........................................................ 30 No final das séries de exercícios podem aparecer sugestões de atividades complementares. Estas sugestões referem-se a exercícios do livro “Matemática” de Manoel Paiva fornecido pelo FNDE e adotado pelo IFMG Campus Ouro Preto durante o triênio 2015-2017. Todos os exercícios sugeridos nesta apostila se referem ao volume 3.

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MATEMÁTICA III 1 ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA

DEFINIÇÃO .......................................................................................... 2

EQUAÇÃO REDUZIDA ........................................................................ 2

EQUAÇÃO GERAL DA CIRCUNFERÊNCIA ....................................... 3

RECONHECIMENTO ........................................................................... 3

POSIÇÃO RELATIVA ENTRE PONTO E CIRCUNFERÊNCIA.......... 12

POSIÇÃO RELATIVA ENTRE RETA E CIRCUNFERÊNCIA ............. 17

PROBLEMAS DE TANGENCIA ......................................................... 20

POSIÇÃO RELATIVA ENTRE DUAS CIRCUNFERÊNCIAS ............. 23

RESPOSTAS ..................................................................................... 28

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ........................................................ 30

No final das séries de exercícios podem aparecer sugestões de atividades complementares. Estas sugestões referem-se a exercícios do livro “Matemática” de Manoel Paiva fornecido pelo FNDE e adotado pelo IFMG – Campus Ouro Preto durante o triênio 2015-2017. Todos os exercícios sugeridos nesta apostila se referem ao volume 3.

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CÁSSIO VIDIGAL 2 IFMG – CAMPUS OURO PRETO

DEFINIÇÃO

Circunferência é um conjunto de pontos do plano eqüidistantes de um ponto fixo chamado CENTRO. A distância do centro a qualquer ponto da circunferência é denominada RAIO. Uma circunferência está bem determinada quando são conhecidos seu centro e raio.

Consideremos a circunferência de centro no ponto C(a, b) e raio r como na figura abaixo:

Um ponto P(x, y) pertence a se, e somente se, a distância PC é igual ao raio r.

PCP D r

EQUAÇÃO REDUZIDA

Chama-se equação da circunferência aquela que é satisfeita por todo ponto P(x, y) pertencente à curva. Como foi destacado acima, P se

verificar a condição PCD r , assim,

temos que:

PCP D r

Como 2 2

PCD x a y b , desta

forma, podemos escrever que:

2 2

x a y b r

ou

2 2 2x a y b r

Ex.1: Escrever a equação da circunferência de centro no ponto (5, 3) e raio 7. Resolução:

Substituindo a, b e r na expressão

2 2 2x a y b r , temos que a equação

procurada é 2 2

5 3 49x y .

Ex.2: Qual a equação da circunferência de centro na origem e raio 4? Resolução: A partir do enunciado, temos a = 0, b = 0 e r = 4 e, substituindo na expressão dada, encontramos

2 2 16x y .

__________________________

Em sentido contrário, quando encontramos uma equação na forma

2 2 2x a y b r com 2 0r já

podemos afirmar que descreve uma circunferência de centro em C(a, b) e raio r.

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MATEMÁTICA III 3 ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA

Ex.1: Identificar o centro e o raio da circunferência de equação

2 2

2 4 25x y .

Resolução: Comparando a equação dada com aquela apresentada acima, temos que a = 2, b = -4 e r = 5, logo o centro é o ponto C(2, -4) e raio 5. Ex.2: Qual o centro e o raio da circunferência que é apresentada pela

equação 22 4 13x y ?

Resolução: Podemos reescrever a equação

por 2 2

0 4 13x y , assim, o

centro é o ponto C(0, 4) e o raio é 13 .

EQUAÇÃO GERAL DA CIRCUNFERÊNCIA

O desenvolvimento da equação reduzida, nos leva à equação geral da circunferência, acompanhe:

2 2 2

2 2 2 2 2

2 2 2 2 2

2 2 0

2 2 0k

x a y b r

x ax a y by b r

x y ax by a b r

2 2 2 2 0x y ax by k

Ex.: Escrever a equação geral da circunferência de centro no ponto C(1, -3) e raio 4. Resolução:

22 2 2 2 21 3 4 6k a b r

2 2

2 2

2 2

2 2 0

2 1 2 3 6 0

2 6 6 0

x y ax by k

x y x y

x y x y

RECONHECIMENTO

É essencial saber reconhecer quando uma equação do 2º grau, dada em termos de x e y, representa uma circunferência. Vamos partir da equação

2 2 0Ax By Cxy Dx Ey F que, a

partir de agora, trataremos por E1. Dividindo todos os termos de E1 por A, obtemos a equação abaixo que denominaremos E2:

2 2 0B C D E F

x y xy x yA A A A A

Vamos agora comparar E2, termo a termo, com a equação geral apresentada na página anterior:

2 2

2 2

2 2 0

0

x y ax by k

B C D E Fx y xy x y

A A A A A

Podemos concluir que:

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CÁSSIO VIDIGAL 4 IFMG – CAMPUS OURO PRETO

1. 1 0B

A BA

2. 0 0C

CA

3. 22

D Da a

A A

4. 22

E Eb b

A A

5. 2 2 2F Fk a b r

A A

2 2

2

2 22

2 2

2 22

2

2 2

4 4

4

4

F D Er

A A A

D E Fr

A A A

D E AFr

A

como r é um número real positivo,

então 2 0r , então: 2 2

2

40

4

D E AF

A

E, resumindo, são três as condições para que E1 represente uma circunferência:

I. 0A B

II. 0C

III. 2 2

2

40

4

D E AF

A

Satisfeitas estas três condições,

temos que a equação 2 2 0Ax By Cxy Dx Ey F

representa uma circunferência de centro

,2 2

D EC

A A

e raio 2 2 4

2

D E AF

A

.

OBSERVAÇÔES

a. Se uma das três condições citadas acima não for satisfeita, a equação representa um lugar

geométrico diferente de uma circunferência ou até mesmo um conjunto vazio.

b. Quando a equação da

circunferência apresenta coeficientes unitários para x2 e y2, (A = B = 1), o centro e o raio da circunferência podem ser encontrados a partir de:

2

Da ,

2

Eb e

2 2r a b k

c. Se os coeficientes de x2 e y2 não forem unitários, podemos dividir todos os coeficientes da equação da circunferência por A, assim obteremos uma equação onde tais coeficientes serão iguais a 1.

d. Outro processo rápido de

encontrar o centro e o raio de uma circunferência, consiste em escrever a equação na forma

reduzida 2 2 2x a y b r

e, por uma comparação simples, extraímos as informações que caracterizam centro e raio.

Ex.1: Dentre as equações a seguir, destaque aquelas que representam e aquelas que não representam uma circunferência e justifique aquelas que não representam:

A 2 23 5 7 1 0x y x y

B 2 2 4 6 9 0x y xy x y

C 2 23 3 4 6 15 0x y x y

D 2 2 2 2 2 0x y x y

E 2 22 2 4 6 3 0x y x y

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MATEMÁTICA III 5 ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA

Resolução: A não representa uma circunferência pois os coeficientes de x2 e y2 são diferentes.

B não representa uma circunferência pois o coeficiente de xy é diferente de zero. C não representa uma

circunferência pois 2 2 4D E AF

224 6 4 3 15 128 0

D não representa uma

circunferência pois 2 2 4D E AF

2 2

2 2 4 1 2 0 . Desta forma,

o raio seria nulo. E representa uma circunferência

pois 2 0A B , 0C pelo fato de não

aparecer o termo xy e, por fim,

2 22 2 4 4 6 4 2 3D E AF

16 36 24 76 0 .

Ex.2: Achar o centro e o raio da circunferência de equação

2 2 6 4 13 0x y x y .

Resolução: Este problema pode ser resolvido por métodos diferentes. Vamos destacar dois destes métodos: Método 1 Uma das formas de encontrar as coordenadas do centro e o raio consiste em completar os quadrados e escrever a equação na forma reduzida extraindo, daí, as informações pedidas, acompanhe na próxima página:

2 2 6 4 13 0x y x y 1

2 26 4 13x x y y 2

2 26 4 13x x y y

3

2 26 9 4 4 13 9 4x x y y 4

2 26 9 4 4 25x x y y 5

3 23 2 5x y 6

Na linha 2 isolamos o termo independente.

Na linha 3 criamos os espaços que usaremos para de completar os quadrados.

Na linha 4 foram completados os quadrados dividindo os coeficientes de x e y por 2 e elevando o resultado ao quadrado. Estes valores foram somados em ambos os membros da equação.

Na linha 5 destacamos, entre parênteses os dois trinômios quadrados perfeitos obtidos.

Por fim, na linha 6 fatoramos os dois trinômios com o objetivo de obter uma forma reduzida da equação da circunferência.

Daí, podemos afirmar que a circunferência dada tem centro no ponto C(3, -2) e raio 5. Método 2 Vamos comparar a equação dada com uma equação geral de circunferência com coeficientes de x2 e y2 iguais a 1, acompanhe;

2 2 6 4 13 0x y x y

2 2 2 2 0x y ax by k

Comparando termo a termo as duas equações, temos que:

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CÁSSIO VIDIGAL 6 IFMG – CAMPUS OURO PRETO

2 2 2

2 2 2

22 2

2

2

2 6 3

2 4 2

13

13

13 3 2

13 9 4

25

5

a a

b b

k

k a b r

a b r

r

r

r

r

Daí, mais uma vez, concluímos que a circunferência dada tem centro no ponto C(3, -2) e raio 5. OBSERVAÇÃO: Por mais que esta segunda resolução pareça mais fácil e mais rápida, devemos considerar que este método demanda decorar uma fórmula. De qualquer forma, ficam as duas opções. Ex.3: Obter centro e raio da circunferência descrita por

2 24 4 4 12 6 0x y x y .

Resolução: Vamos resolver tal como fizemos no primeiro método do exemplo anterior porém vamos, antes, dividir toda a equação por 4 a fim de tornar os coeficientes de x2 e y2 iguais a 1.

2 2

2 2

2 2

2 2

2 2

2 2

2 2

2

4 4 4 12 6 0

33 0

2

33

2

33

2

1 9 3 1 93

4 4 2 4 4

1 93 1

4 4

1 31

2 2

x y x y

x y x y

x x y y

x x y y

x x y y

x x y y

x y

Assim, podemos afirmar que a

circunferência tem centro em 1 3

,2 2

C

e

raio 1. OBSERVAÇÃO: assim como no exemplo anterior, este também pode ser resolvido de duas maneiras distintas tomando o cuidado, entretanto, para o fato de os coeficientes de x2 e y2 serem diferentes de 1. Neste caso, ainda é recomendável simplificar a equação.

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MATEMÁTICA III 7 ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA

01) Determinar a equação da circunferência de centro e raio indicados em cada item:

a) 0, 0 3C e r

b) 2, 0 4C e r

c) 1, 2 5C e r

d) 2, 4 1C e r

e) 0, 3 2C e r

f) 1 3

, 42 2

C e r

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CÁSSIO VIDIGAL 8 IFMG – CAMPUS OURO PRETO

02) Qual a equação da circunferência que passa pelo ponto P(5, 5) e tem centro no ponto C(1, 2)? 03) Determinar o centro e o raio de cada uma das circunferências apresentadas a seguir:

a) 2 2 6 4 12 0x y x y

b) 2 2 8 7 0x y x

c) 2 2 8 6 0x y y x

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MATEMÁTICA III 9 ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA

d) 2 22 2 8 6 0x y x y

e) 2 23 3 6 12 14 0x y x y

04) Achar a equação da reta que passa pelo centro da circunferência

2 2

3 2 8x y e é perpendicular à

reta : 16 0r x y .

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CÁSSIO VIDIGAL 10 IFMG – CAMPUS OURO PRETO

05) Determinar o centro e o raio da circunferência de equação

2 24 4 12 12 7 0x y x y .

06) Dada a circunferência de equação

2 2 0x y mx ny p , determine a

relação entre m, n e p a fim de que a circunferência tangencie os eixos.

07) Um quadrado tem vértices consecutivos nos pontos A(5, 0) e B(-1, 0). Escreva a equação da circunferência circunscrita a este quadrado.

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MATEMÁTICA III 11 ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA

08) Qual a equação da circunferência que passa pelos pontos A(2, 4), B(11, 7) e D(7, 9).

09) O ponto P(3, b) pertence à circunferência de centro em C(0, 3) e raio 5. Calcule o valor da coordenada b. 10) Qual o comprimento do lado do triângulo eqüilátero inscrito na

circunferência 2 2 2 10 10 0x y x y

?

______________________ ATIVIDADES COMPLEMENTARES

Pág. 90 – Exercícios R1 a R5 Pág.95 – Exercícios 11 a 17 ______________________

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CÁSSIO VIDIGAL 12 IFMG – CAMPUS OURO PRETO

POSIÇÃO RELATIVA ENTRE PONTO E CIRCUNFERÊNCIA

Dados um ponto P(x0, y0) e uma

circunferência 2 2 2: x a y b r ,

vamos determinar a posição relativa

entre P e . Vamos calcular a distância de P até C e comparar com o raio e, assim, temos três casos:

1º caso: P é exterior a .

Isso ocorre se, e somente se:

𝐷𝑃𝐶 > 𝑟

Isto é

(𝑥0 − 𝑎)2 + (𝑦0 − 𝑏)2 > 𝑟2

Ou, anda melhor:

(𝑥0 − 𝑎)2 + (𝑦0 − 𝑏)2 − 𝑟2 > 0

2º caso: P pertence a .

Isso ocorre se, e somente se:

𝐷𝑃𝐶 = 𝑟

(𝑥0 − 𝑎)2 + (𝑦0 − 𝑏)2 = 𝑟2

(𝑥0 − 𝑎)2 + (𝑦0 − 𝑏)2 − 𝑟2 = 0

3º caso: P pertence a .

Isso ocorre se, e somente se:

𝐷𝑃𝐶 < 𝑟

(𝑥0 − 𝑎)2 + (𝑦0 − 𝑏)2 < 𝑟2

(𝑥0 − 𝑎)2 + (𝑦0 − 𝑏)2 − 𝑟2 < 0

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MATEMÁTICA III 13 ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA

Podemos resumir esta teoria com a seguinte ideia: dada a circunferência

2 2: 2 2 0x y ax by k onde 2 2 2k a b r , seja f(x, y) o polinômio do

primeiro membro, isto é:

2 2 2 2 2, 2 2f x y x y ax by a b r

Quando é dado P(x0, y0), cuja

posição em relação a queremos determinar, substituímos (x0, y0) em f, ou seja, calculamos

2 2 2 2 2

0 0 0 0 0 0, 2 2f x y x y ax by a b r

então, conforme acabamos de estudar,

0 0, 0f x y P é exterior a

.

0 0, 0f x y P pertence a .

0 0, 0f x y P é interior a .

Ex.1: Qual a posição do ponto P(2, 3) em relação à circunferência

2 2: 4 0x y x ?

Resolução: Temos

2 2, 4P x y x y x

então,

2 22, 3 2 3 4 2 4 9 8 5P

Como 2,3 0P , P é exterior a .

____________________ Ex.2: Qual a posição do ponto P(0, 0) em relação à circunferência

2 2: 3 2 0x y x y ?

Resolução: Sendo

2 2, 3 2P x y x y x y , vamos

fazer 0,0P .

2 20,0 0 0 3 0 2 0 0P

Como 0,0 0P , P pertence a .

___________________ Ex.3: Qual a posição do ponto P(0, 1) em relação à circunferência

2 2: 2 2 5 11 0x y x y ?

Resolução: A partir de

2 2, 2 2 5 11P x y x y x y , vamos

fazer 0,1P .

2 20,1 2 0 2 1 5 0 1 11

0 2 0 1 11 8

P

Como 0,1 8P , P é interior a .

OBSERVAÇÃO: Note que substituir P(x0, y0) na função f(x, y) é muito mais simples do que calcular a distância PC e comparar com o raio uma vez que obter C e r é uma operação trabalhosa principalmente se a equação da circunferência apresentar coeficientes fracionários ou irracionais.

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CÁSSIO VIDIGAL 14 IFMG – CAMPUS OURO PRETO

11) Determinar a posição do ponto P em relação à circunferência l em cada item abaixo:

a) P(2, 1) e 2 2: 2 2 9 0x y

b) P(-4, -5) e 2 2: 2 2 2 0x y x y

c) P(0, 0) e 2 2: 3 1 0x y x y

12) Determinar P de modo que o ponto A(7, 9) seja exterior à circunferência

2 2 2 2 0x y x y p . (A resolução desta

questão pode ser encontrada na seção RESPOSTAS) 13) Interprete graficamente a solução de cada uma das inequações do 2º grau a seguir:

a) 2 2 9x y

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MATEMÁTICA III 15 ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA

b) 2 2 4x y

c) 2 2 2 2 7 0x y x y

d) 2 2 2 2 1 0x y x y

14) Resolver o sistema 2 2

2 2

9

4

x y

x y

(A resolução desta questão pode ser encontrada na secção RESPOSTAS)

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CÁSSIO VIDIGAL 16 IFMG – CAMPUS OURO PRETO

15) Resolva o sistema de inequações 2 2 9

3

x y

x y

. (A resolução desta questão pode ser

encontrada na seção RESPOSTAS)

16) Resolver os seguintes sistemas de inequações do segundo grau:

a) 2 2

2 2

9

1

x y

x y

b)

2 2

2 2

4

1 4

x y

x y

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MATEMÁTICA III 17 ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA

c) 2 2

2 2

25

12 20 0

x y

x y x

d) 2 2 1

1

x y

x y

POSIÇÃO RELATIVA ENTRE RETA E CIRCUNFERÊNCIA

Seja uma circunferência de centro no ponto C(a, b) e raio r. Existem, no plano, retas que cortam a circunferência em dois pontos, retas que tocam a circunferência em um único

ponto e retas que não interceptam em ponto algum. Estas retas são chamadas, respectivamente, de SECANTES, TANGENTES e EXTERNAS À CIRCUNFERÊNCIA. Observe a figura:

e

e é exterior à circunferência

t T

t é tangente à circunferência

1 2,s S S

s é secante à circunferência Considerando a circunferência

2 2: 2 2 0x y ax by k e a reta

dada por : 0r Ax By C , a solução

do sistema a seguir determina a posição

da reta r em relação à circunferência .

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CÁSSIO VIDIGAL 18 IFMG – CAMPUS OURO PRETO

2 2: 2 2 0:

0

x y ax by kS

Ax By C

Se S tem duas soluções distintas, r é

secante à .

Se S tem solução única, r é

tangente à .

Se S não admite soluções reais,

então r é exterior à circunferência .

Ex.: Qual a posição relativa entre a

circunferência 2 2

3 4 25x y e a

reta 3 0x y ?

Resolução: Devemos resolver o sistema

2 2

3 4 25

3 0

x y

x y

.

Resolvendo-o, encontramos como solução os pares ordenados (0, 0) e (3, 9). Como o sistema admite duas soluções distintas, concluímos que a reta é secante à circunferência. OBSERVAÇÃO

Existe um método alternativo de

determinar a posição relativa entre uma circunferência e uma reta. Este método consiste em encontrar a distância entre o centro da circunferência e a reta e, em seguida comparar esta distância com o raio, assim:

secC sd r s é ante a

tanC td r t é gente a

C ed r e é exterior a

Utilize a figura da segunda coluna da página anterior para interpretar estas informações.

Na apostila anterior, aprendemos

a calcular a distância entre ponto e reta.

17) Calcular a distância do centro da

circunferência 2 2 5 7 1 0x y x y e

a reta 4 3 0x y .

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MATEMÁTICA III 19 ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA

18) Qual a posição relativa entre a reta : 4 3 0r x y e a circunferência 2 2 5 7 1 0x y x y ?

19) Qual a posição do eixo das abscissas em relação à circunferência

2 2 5 4 4 0x y x y .

20) Determinar os pontos P e Q onde a

circunferência 2 2 4 6 0x y x y

encontra a reta 3x + 2y + 12 = 0. 21) Quais as equações das retas paralelas ao eixo das abscissas tangentes à circunferência

2 2

1 2 9x y ?

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CÁSSIO VIDIGAL 20 IFMG – CAMPUS OURO PRETO

22) Qual o comprimento da corda que a reta 7x – 24y – 4 = 0 determina na

circunferência 2 2 2 6 15 0x y x y ?

23) Escrever a equação da circunferência de centro no ponto (5, 4) e tangente à reta 3x – 3y + 14 = 0.

PROBLEMAS DE TANGENCIA

Vamos ver, por meio de exemplos,

dois problemas clássicos de tangencia entre reta e circunferência.

1º problema: Determinar duas retas com inclinação dada e tangentes à uma circunferência.

Ex.: Determinar as retas tangentes à

circunferência 2 2 4 2 4 0x y x y

que formam um ângulo de 45º com o eixo Ox. Resolução Em princípio, vamos determinar o centro e o raio da circunferência:

2 2 2 2

4 22 1

2 2

2 1 4 3

a e b

r a b k

Como as tangentes formam 45 com o eixo horizontal, podemos afirmar que possuem m = 1.

Além disso, distam 3 unidades do centro C(2, 1). Temos então, que as retas tangentes possuem equação

:t y x n ou : 0t x y n . Daí,

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MATEMÁTICA III 21 ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA

2 2

3

1 2 1 13

1 1

1 3 2

1 3 2

1 3 2

CtD

n

n

n

n

Assim, as retas tangentes são:

1

2

: 1 3 2 0

: 1 3 2 0

t x y

t x y

_________________ 2º problema: Determinar as equações das duas retas que passam por um ponto dado tangentes à uma circunferência.

Ex.: Determinar as equações das retas tangentes à circunferência

2 2

1 2 4x y traçadas a partir do

ponto P(-5, -6). Resolução: Como a equação da circunferência foi apresentada na forma reduzida, podemos afirmar, sem maiores dificuldades, que seu centro é o ponto C(-1, 2) e o raio é 2. Observe a ilustração:

Antes de tudo, devemos nos certificar que o problema tem solução, e isso acontece somente se P não for interior à circunferência. A ilustração acima nos mostra isso mas a solução gráfica não é suficiente, vamos, então, calcular a distância PC:

2 2

5 1 6 2 ... 4 5 2PCD

logo P é externo e o problema tem duas soluções que são as retas t da ilustração. De t, podemos dizer que:

6... 5 6 0

5

ym mx y m

x

Mas também sabemos que t dista 2 unidades de C(-1, 2), assim:

22

1 2 5 62

1

m m

m

22 1 4 8m m

2

2 2

2 2

2

2

4 8 2 1

16 64 64 4 4

12 64 60 0

3 16 15 0

16 19

3

m m

m m m

m m

m m

m

logo, as equações procuradas serão

encontradas substituindo 16 19

3m

em 5 6 0mx y m e, assim,

1

2

16 19 16 195 6 0

3 3

16 19 16 195 6 0

3 3

t x y

t x y

Page 22: DEFINIÇÃO 2 - edumat.ouropreto.ifmg.edu.br

CÁSSIO VIDIGAL 22 IFMG – CAMPUS OURO PRETO

24) Obter as equações das tangentes à

circunferência 22 3 36x y que

sejam paralelas à reta 3 1 0x y .

25) Determine as equações das retas

tangentes à circunferência 2 2 1x y

que passam pelo ponto 2, 0P .

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MATEMÁTICA III 23 ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA

POSIÇÃO RELATIVA ENTRE DUAS CIRCUNFERÊNCIAS

A posição relativa entre duas

circunferências será determinada comparando a distância entre seus centros com a soma ou subtração do comprimento de seus raios.

Veja os 6 casos: 1º caso:

1 2d r r

pois

1 2

1 1 1 2 2 2 1 2

r r

d C P PP P C r r

Circunferências exteriores

2º caso:

1 2d r r

pois

1 2

1 1 2 2 1 2

r r

d C P P C r r

Circunferências tangentes

exteriormente

3º caso:

1 2d r r

pois

1 2

1 2

r r

d C P PC

Circunferências tangentes

interiormente

4º caso:

1 2 1 2r r d r r

pois

1 2

1

1 1 2 2 1 2 1 2

0

1 1 1 2 1 2

0

r r

r

d C P P C PP r r

d C P PC r r

Circunferências secantes

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CÁSSIO VIDIGAL 24 IFMG – CAMPUS OURO PRETO

5º caso:

1 20 d r r

pois

1 2

1 1 2 2 1 2 1 2

0r r

d C P C P PP r r

Circunferência de menor raio

é interior à outra

6º caso:

0d

Circunferências concêntrias

Ex.: Qual a posição relativa entre as

circunferências 2 2

1 : 49x y e 2 2

2 : 6 8 11 0x y x y ?

Resolução: Temos:

1 centro 1 0,0C e raio 1 7r

2 centro 2 3,4C e raio 2 6r

1 2

2 20 3 0 4 5C Cd

Comparando a soma dos raios:

1 2 5C C e 1 2 13r r e daí concluímos

que 1 e 2 não podem ser exteriores

nem tangente exteriormente. Comparando a diferença dos

raios: 1 2 5C C e 1 2 1r r e,

consequentemente 1 e 2 não podem

ser concêntricas, uma interior a outra nem tangentes interiormente.

Por exclusão, 1 e 2 são

secantes. Você deve ter atenção pois este é o caso que exige mais cuidados pois são necessárias duas comparações:

1 2 1 2C C r r e 1 2 1 2C C r r . Nos demais

casos, ao comparar 1 2C C com 1 2r r ou

com 1 2r r , já podemos tirar conclusões.

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MATEMÁTICA III 25 ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA

26) Qual a posição relativa entre 1 e 2

em cada caso a seguir?

a) 2 2

1 : 36x y e 2 2

2 : 6 8 21 0x y x y

b) 2 2

1 : 2 2 4 0x y x e 2 2

2 : 2 3 0x y x

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CÁSSIO VIDIGAL 26 IFMG – CAMPUS OURO PRETO

c) 2 2

1 : 8 0x y e 2 2

2 : 6 6 17 0x y x y

d) 2 2

1 : 8 6 0x y x y e 2 2

2 : 2 0x y x

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MATEMÁTICA III 27 ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA

e) 2 2

1 : 49x y e 2 2

2 : 6 8 21 0x y x y

27) Obter a intersecção entre as

circunferências 2 2

1 : 100x y e 2 2

2 : 12 12 68 0x y x y .

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CÁSSIO VIDIGAL 28 IFMG – CAMPUS OURO PRETO

RESPOSTAS 01) a) 2 2 9x y

b) 2 22 16x y

c) 2 2

1 2 25x y

d) 2 2

2 4 1x y

e) 22 3 4x y

f)

2 21 3

12 2

x y

02) 2 2

1 2 25x y

03) a) 3, 2 5C e r

b) 4, 0 3C e r

c) 3, 4 5C e r

d)3 5

2,2 2

C e r

e) 3

1, 23

C e r

04) x + y – 5 = 0

05) 3 3 5

,2 2 2

C e r

06) 20 4m n e m p

07) 2 2

2 3 18x y

08) 2 2 14 8 40 0x y x y

09) 7 ou -1

10) 4 3

11) a) exterior b) exterior c) interior

12) Resolução

Fazendo

2 2, 2 2f x y x y x y p ,

devemos ter 7, 9 0f , assim,

2 27, 9 7 9 2 7 2 9

7, 9 98

98 0

f p

f p

p

Portanto 98p .

Por outro lado, uma condição

para a existência da circunferência é que

2 2 4 0D E AF , e, assim, 4 4 4 0 2p p

Fazendo a intersecção entre as duas condições, temos a solução. Portanto:

2 98p

13) a)

b)

c)

d)

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MATEMÁTICA III 29 ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA

14) Resolução: Note que as duas inequações que formam o sistema são as mesmas dos itens a) e b) da questão anterior e a solução é a intersecção dos dois conjuntos, assim, a solução está apresentada abaixo:

Em outras palavras, a solução é uma coroa circular com uma unidade de largura.

15) A solução da primeira inequação, nós já conhecemos:

Vamos agora destacar a solução da segunda inequação:

Agora, fazendo a intersecção entre as duas soluções, encontramos o conjunto de pontos procurado, portando, a solução do sistema de inequações é

16) a)

b)

c)

d)

17) 1

10

18) r é secante à circunferência.

19) O eixo Ox é secante à circunferência.

20) P(-4, 0) e Q(0, -6)

21) y = 5 ou y = -1

22) 8

23) 2 2

5 4 16x y

24) 3 3 6 10 0x y

25) 2 0x y e 2 0x y

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CÁSSIO VIDIGAL 30 IFMG – CAMPUS OURO PRETO

26) a) secantes b) concêntricas c) exteriores d) secantes e) Tangentes interiormente

27) (1, 2) e (3, 4)

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

DANTE, Luiz Roberto;

Matemática, Volume dois. São Paulo,

Atica, 2005.

IEZZI, Gelson e outros;

Fundamentos da Matemática Elementar,

Volume 4. São Paulo, Atual, 5ª edição,

1977.

Links para os vídeos sugeridos: Pág. 06 http://vidigal.ouropreto.ifmg.edu.br/equacao-geral-da-circunferencia/ Pág. 13 http://vidigal.ouropreto.ifmg.edu.br/posicao-relativa-entre-ponto-e-circunferencia/