Deixa de contemplar, Ampara: Segura as pontas, Ainda que errando.
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Deixa de contemplar,Ampara:
Segura as pontas,Ainda que errando.
Sobes e desces os morros da vida.
Faz sexo sem vontade:
Vive prenhe de angústias;
Enfrentas fome e frio,
E soluciona problemas.
.
O salário?Às vezes é menos da
metadeDo que é pago ao
homem.Vive cada dia de uma
vez,Sem êxtase.Por viver.
Vive em preto e branco.Colorida – é a vida ao longe!
Sua vida se for vermelho,É sangue de dor
Do parto,Da fome,
Da falta de amor,Do desrespeito.
.Querias apenas ser o ídolo
Da tua casa,
Do teu homem,
De teus filhos...
Mas – estás ilhada na
Tua imperceptível grandeza,
Grandeza, que ninguém alcança!
Não te enxergamO filho cego;
O homem libidinoso,Que só quer seu prazer,
E que a perturba nas horas de sono,Com sua fálica
presença!
Ah! Homem tu dizes que a amas
Então conheça este ser que te acompanha.
Olha a sua grandeza!
Olha a alma naquele corpo disforme,
Toda a beleza que se esconde,
Da felicidade.
Deste ser que matas,
Sem amor,
E joga no freezer da vida!
Solta-te, Mulher!Não mais te aprisione,Livre-se das amarras
da Ignorância...
Ès linda! Retira tua máscara;És única!
Reencontre-se,Plena,
Inteira,Digna.
És tu quem dá a vida!
Rompe teu silêncio, Mulher!
Fala, Grita,Não suporte calada a
nada...Mate o medo!
E nesse dia,Quando quebrardes os
teus grilhões,Quando deixardes de
ser servil,Com os braços abertos,
Em cruz,Espalharás a esperança
Na tua voz e A ternura em teus atos!
E todos haveremos de entender
_ O mundo há de compreender,
Que geramos e criamos,Enfim, saberão quem
somos nós!