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Filiado a CUT, CNM e FEM
Nº 865 2ª edição de maio de 2017 Rua Júlio Hanser, 140 Lageado - Sorocaba/SP CEP 18030-320
Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região
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DEMOCRACIA
Pelo fim do abuso de autoridade
Não foi apenas em defesa Lula que mais de 30 mil pessoas se reuniram em uma praça em Curitiba nesta quarta-feira, dia 10, para acompanhar o depoimento do ex-presidente ao juiz Sérgio Moro. O ato público aconteceu também em defesa da democracia e contra os abusos de autoridade que vêm contaminando o país desde que golpismo foi instaurado em 2016.
“Lula, como um presidente que, durante seu mandato, fez o Brasil evoluir social e economicamente — e contra o qual não há qualquer prova, mesmo após anos de perseguições e investigações —, por si só merece ser defendido. Mas hoje (quarta), a defesa dele tem um sentido maior do que ele como
indivíduo”, explica o presidente eleito do Smetal, Leandro Soares, que participou da manifestação.
“Este ato simboliza um grito de alerta em defesa da democracia e de proteção aos direitos civis da população”, concluiu Leandro.
Apesar do estardalhaço criado pela mídia e pelos golpistas, o depoimento de Lula foi sobre duas questões de pouco impacto nas investigações: quem foi o responsável pelo transporte do acervo presidencial depois que Lula deixou o Palácio do Planalto; e a cansativa novela, que já dura anos, sobre quem é o dono do apartamento no Guarujá.
Imposto SindicalArtigo esclarece de quem é a responsabilidade
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PrevidênciaTemer distribui verbas para aprovar a reforma
EDITORIAL e PAG. 3
MelhoriasGreve na Apex termina em conquistas
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Dani
Gasp
ari
Concentração: Impedidos de chegar perto da sede da Justiça Federal, manifestantes se concentraram em uma praça em frente à Universidade Federal do Paraná para prestar solidariedade à Lula
Página 2 Folha Metalúrgica - Maio de 2017 - Ed. 865
Em artigo publicado no portal smetal.org.br, o presidente elei-to do Sindicato, Leandro Soares (foto), explica o que é e quem re-cebe o imposto sindical.
Ele denuncia boatos e distor-ções sobre o tema e deixa claro que a CUT e o SMetal são contrá-rios ao desconto.
Segundo ele, o imposto só exis-te até hoje porque as organizações empresariais são beneficiadas com o desconto da taxa.
O dirigente acredita que esta-mos em um momento de evolução da consciência social e de classe dos trabalhadores. Por isso, des-taca que é preciso conhecer quem não tem compromisso com os in-teresses dos trabalhadores porque o resultado, depois de eleito, no caso de deputados, é a aprovação da terceirização, da Reforma Tra-balhista e da Reforma da Previ-dência.
Leandro ainda ressalta que esse despertar de consciência exige a busca por informação confiável, por várias fontes “e que aprenda-mos a duvidar sempre de boatos, de intrigas. Esse é o caso das in-formações distorcidas e incom-pletas que têm circulado em redes
Você está pagando pelo fim da sua aposentadoria O governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB)
está dando uma aula explícita e bem didática de como “conquistar” apoios para se passar por cima das Leis e garantias sociais durante a construção de um sistema democrático.
Em abril, o próprio governo revelou a estraté-gia de separar 180 milhões de reais para jornais, sites e emissoras de rádio e televisão cujos jorna-listas aceitem explicar a reforma da Previdência “sob um ponto de vista positivo”. Os veículos de comunicação que aderirem à campanha terão di-reito à publicidade federal.
Esta semana, o presidente ilegítimo, Michel Temer (PMDB), anunciou que vai beneficiar 330 deputados para que votem a favor de suas refor-mas. A gastança será feita na distribuição dos recursos liberados para as emendas, usadas para bancar obras e projetos nas bases eleitorais dos congressistas.
Essa farra estimada pelo governo até o fim do ano deve render R$ 1,9 bilhão — média de quase R$ 6 milhões para cada um dos deputados.
Por mais que queira Temer e sua base aliada , não existe comprovação de que há rombo da Pre-vidência. Ainda assim insistem em aprovar a re-forma, pois ela “precisa” ser feita para que o setor financeiro – a quem Temer e seu governo repre-sentam – lucre cada vez mais.
todo o país, como parte de uma ofensiva para ten-tar reduzir a rejeição às mudanças.
O presidente também vai intensificar a agenda de entrevistas em programas de televisão e rádios regionais. Serão distribuídos ainda, por celular, vídeos voltados para os deputados.
É possível que você assista a jornais e propa-gandas com depoimentos de idosos e de deficien-tes físicos numa tentativa de comoção nacional. Mas não se engane: se aprovada, essa reforma fará com que você trabalhe durante toda a sua vida, sem direito ao período da aposentadoria digna.
A votação do texto da reforma deve ir ao ple-nário entre o final de maio e o início junho. Se Te-mer e sua base continuar no poder, além de você não conseguir se aposentar, não haverá garantias de trabalho. Provavelmente, você será mandado embora para ser contratado via empresa terceiri-zada, ou ainda, para ser contratado como pessoa jurídica pela metade do salário atual.
Vivemos no Brasil um dos piores cenários já enfrentados pelos trabalhadores, tanto na econo-mia, com a recessão do país, como no campo so-cial, com a perda de direitos. É preciso ir à luta contra a direita, é preciso se unir e se manifestar, para dar um basta a essa truculenta governabilida-de de Temer e seus comparsas.
editorial
Leandro esclarece dúvidas sobre o imposto sindical
Convites à venda para feijoada beneficente do dia 28
artigo
Com o fim do direto à aposentadoria, Temer quer dar espaço às empresas para que vendam a tal da Previdência privada.
A PEC (Proposta de emenda Constitucional) da Reforma da Previdência é tão impopular, por ser absurdamente indecente, que o presidente ile-gítimo tem enfrentado dificuldades para conquis-tar os 308 votos necessários para aprovar o texto. Ela modificará vários artigos da Constituição e por isso precisa de 60% dos votos para ser aprovada.
Para tentar reverter esse quadro e conseguir a aprovação, a partir desta quinta, dia 11, o governo divulgará novas peças publicitárias em rádios de
Temer está desesperado para aprovar o fim da aposentadoria e não poupa os
cofres públicos para garantir sua vitória
banco de alimentos
O Banco de Alimentos de Sorocaba (BAS) promove feijoada beneficente no próximo dia 28, das 12h às 15h, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal).
O convite custa R$ 30 e dá direito ao consumo da feijoada à vontade no local ou marmitex e pode ser adquirido na sede
do Banco de Alimentos ou pelos telefones: (15) 3417-4722 (BAS); (15) 99620-1494 (Marcelinho) e (15) 99123-6046 (Tiago).
Bebidas e sobremesa serão cobradas à parte. O evento terá ainda música ao vivo com sertanejo universitário (Alexandre Fer-raz) e samba de raiz com o grupo Pais e Filhos, das 12h às 14h.
Jornalista responsável: Paulo Rogério L. de Andrade
Redação e reportagem: Paulo Rogério L. de Andrade Fernanda Ikedo Daniela Gaspari
Fotografia: José Gonçalves Filho (Foguinho)
Projeto Gráfico e Editoração: Cássio de Abreu Freire
Estagiária: Gabriela Guedes
ComunicaçãoSMetal
Folha Metalúrgica, Portal SMetal, Revista Ponto de Fusão,
redes sociais, comunicação visual e assessoria de imprensa
Sindicato do Metalúrgicos de Sorocaba e RegiãoRua Júlio Hanser, 140 - Sorocaba SP - www.smetal.org.br
Diretoria Executiva SMetal
Presidente: Ademilson Terto da Silva
Vice Presidente: Tiago Almeida do Nascimento
Secretário Geral: Leandro Cândido Soares
Administrativo e de Finanças: Alex Sandro Fogaça
Secretário de Organização: João de Moraes Farani
Diretor Executivo: Joel Américo de Oliveira
Diretor Executivo: Silvio Luiz Ferreira da Silva
Sede Sorocaba: Tel. (15) 3334-5400
Sede Iperó: Tel. (15) 3266-1888
Sede Araçariguama: Tel. (11) 4136-3840
Sede Piedade: Tel. (15) 3344-2362
Folha Metalúrgica Impressão: Bangraf Publicação: Semanal Tiragem: 30 mil exemplares
sociais e rodas de mexiricos sobre o imposto sindical”.
“É necessário afirmar clara-mente que tanto a CUT quanto o Sindicato dos Metalúrgicos de So-rocaba e Região são contra o im-posto sindical há 25 anos”.
“O imposto sindical, que apa-rece no holerite do trabalhador como ‘contribuição sindical’, é uma lei federal da década de 1940 e só não foi derrubada até hoje porque os patrões não quiseram”.
“A bancada patronal sempre foi maioria no Congresso Nacio-nal e poderia ter colocado o tema em votação há décadas e aprovado o fim do imposto”.
Leia o artigo completo no por-tal www.smetal.org.br
Fogu
inho
Página 3Folha Metalúrgica - Maio de 2017 - Ed. 865
conquista
Acordo encerra impassee põe fim à greve na Apex
Assembleia Após um mês de impasses, uma greve realizada em duas etapas e duas audiências de conciliação no TRT, empresa apresentou proposta, que foi aprovada pelos trabalhadores dia 4 deste mês
Os metalúrgicos da Apex Tool, fabricante de ferramentas em Sorocaba, voltaram ao trabalho no último dia 4 após aprovarem uma proposta de acordo que pôs fim a um impasse que já durava 30 dias e causou duas greves nesse período.
Na avaliação do Comitê Sindical de Empresa (CSE) e do Sindicato, o acordo trouxe avanços em todos os itens reivindicados pelos trabalhado-res, que eram convênio médico, reajuste no valor do vale-compras (vale-alimentação), melhorias no transporte e retomada do plano de cargos e salários.
A proposta de acordo, aprovada pelos traba-lhadores em assembleia dia 4 de maio, inclui transparência na divulgação de regras do convê-nio médico, desconto máximo de R$ 38 para con-sultas e pronto atendimento, assim como o acom-panhamento da evolução do novo plano de saúde por uma comissão de saúde, que contará com participação de representantes dos funcionários e do Sindicato (SMetal).
O vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT/15ª Região), desembargador Ed-mundo Fraga Lopes, foi o mediador da proposta.
O vale alimentação será reajustado em 20%
e passará a ser de R$ 155, retroativos a janeiro deste ano. O plano de cargos e salários será re-tomado, incluindo aumento salarial a 144 traba-lhadores que tinham adquirido direito ao reajuste antes do plano ser interrompido.
A empresa também se comprometeu, no acor-do, a fazer melhorias imediatas no sistema de transporte dos funcionários. Dos 10 dias parados devido à greve, seis serão compensados; outros quatro serão descontados em meses de 31 dias até dezembro deste ano.
Todos os trabalhadores conquistaram estabili-dade no emprego por 90 dias.
Direitos e respeito“Além de avanços nos itens reivindicados,
conquistamos respeito. E isso estava faltando por parte de alguns representantes da fábrica, que chegavam a tratar nossa pauta e nosso movi-mento com ironia e arrogância. Juntos vencemos essa luta”, afirma João José Martins da Silva, o Mineiro, membro do CSE e da direção plena do SMetal.
Rodrigo Vilela, membro eleito do CSE que tomará posse dia 24 de maio, também destaca a
importância do acordo no cenário atual do país. “A Justiça do Trabalho e as leis trabalhistas que possibilitaram o acordo na Apex são justamen-te aquelas que Michel Temer e demais golpistas querem extinguir”, afirma.
Histórico da greveNo início de abril a empresa havia mudado
unilateralmente o convênio médico dos trabalha-dores e se negava a negociar outras reivindica-ções dos funcionários, que por isso entraram em greve no dia 3 daquele mês.
No dia 12 os trabalhadores decidiram sus-pender a greve por 15 dias, atendendo uma re-comendação do TRT que, em troca da suspensão do movimento, orientou a Apex a retomar as ne-gociações.
No dia 26, como a empresa não havia apresen-tado proposta satisfatória, a greve foi retomada.
Nova audiência de conciliação no TRT foi re-alizada dia 3 de maio, sempre com a participação de dirigentes do SMetal e do CSE. Nessa audiên-cia, a Apex apresentou a proposta que foi aprova-da em assembleia na manhã do dia 4 e encerrou a paralisação.
Temer faz vale-tudo para aprovação do fim da aposentadoria
Fogu
inho
O governo ilegítimo de Temer (PMDB) está disposto a promover uma farra nos cofres públi-cos para fazer valer a sua vontade: a de aprovar, a qualquer custo, a Reforma da Previdência.
Até a Folha de São Paulo tem publicado as estratégias do Palácio do Planalto para comprar deputados, por meio de recursos a emendas para que os políticos votem a favor da reforma.
O esquema seria assim: o governo de Temer libera o recurso para a emenda solicitada pelo deputado para a construção de uma praça, para asfalto no município e o deputado, por sua vez,
votaria a favor do fim da aposentadoria. A per-gunta é: quantas milhares de pessoas deixarão de se aposentar por essa troca de favores?
No início deste mês, o governo de Temer e sua base aliada no Congresso afirmaram que vão ofe-recer benefícios a empresas e produtores rurais com dívidas com o fisco (Receita Federal) para reduzir as resistências à reforma da Previdência.
Temer também distribuiu cargos e demitiu funcionários indicados por integrantes da base que votaram contra propostas de interesse do governo.
A pergunta que fica: quantos deixarão de se aposentar em troca de um asfalto ou uma praça?
CuritibaPágina 4 Folha Metalúrgica - Maio de 2017 - Ed. 865
Mais de 30 mil se reúnem em defesa da democracia
Entenda os motivos do depoimento em Curitiba
Apesar de todo o circo criado pela mídia, com incentivo do juiz Sérgio Moro, os assuntos do de-poimento do ex-presidente Lula em Curitiba nesta quarta-feira, dia 10, eram relativamente banais.
Lula foi questionado sobre a preservação e o transporte das lembranças e homenagens que ga-nhou quando exercia o cargo de presidente da Re-pública (2003 a 2011). O outro assunto foi a novela que a direita repete há mais de três anos: o aparta-mento no Guarujá que, supostamente, seria de Lula.
A maior parte da imprensa governista deu des-taque à novela do Guarujá, que tem mais audiência e apelo sensacionalista. A questão do transporte do acervo presidencial vem sendo pouco divulgada, mas é ela quem dá a dimensão melhor do quanto o depoimento em Curitiba foi forçado.
Todo presidente, no exercício do cargo, recebe presentes e homenagens ganhas no próprio país e também do exterior. Existe há décadas um departa-mento específico na Presidência da República para cuidar desse acervo que, em parte pertence à União e em parte é de propriedade do presidente que re-cebeu a gentileza, que pode vir de populares ou de chefes de estado.
O valor do acervo é muito mais histórico e cul-tural do que monetário. Alguns presentes requerem conservação especial: quadros, obras feitas com materiais frágeis, edições históricas de livros, etc. Outros são cartas, materiais audiovisuais, peças de artesanato de várias regiões do país e do exterior, entre outras.
Rotina da Presidência Quando termina o mandato presidencial, os pro-
fissionais responsáveis separam os presentes desti-nados à União ou à Instituição Presidência da Re-pública daqueles que são direcionados à pessoa do presidente da República.
Os presentes pessoais do presidente, embora se-jam de interesse público devido ao seu valor históri-co, passam a ser responsabilidade de quem deixa o cargo. Esse acervo pessoal deve ser retirado imedia-tamente do Palácio do Planalto ou qualquer outros espaço oficial da Presidência.
O governo Lula seguiu à risca o procedimento padrão. Foi contratada uma tradicional empresa do ramo, a Granero, para cuidar da conservação e ma-nuseio do acervo. No fim do mandato, essa mesma empresa cuidou do transporte da parte do acervo particular do presidente de Brasília para São Ber-nardo do Campo.
Sempre foi assim. Mas só com Lula isso passou a ser assunto de Justiça Federal.
Tanto o dono da Granero, Emerson Granero; quanto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) já foram ouvidos por Moro e prestaram depoi-mentos favoráveis a Lula. FHC falou com o juiz por videoconferência. Lula teve que ir pessoalmente.
História mirabolanteO assunto está sendo prolongado porque os opo-
sitores de Lula criaram um cenário mirabolante onde a empreiteira OAS teria pago para a Granero o transporte do acervo como contrapartida ao contrato que tinha com a Petrobras.
Quanto ao apartamento no Guarujá, Lula repetiu que não é dele, nem nunca foi. Não há nenhuma pro-va de que um dia sequer tenha sido do ex-presiden-te. Moro sustenta o caso com base numa superficial “delação premiada” de um ex-presidente da OAS, interessado em diminuir sua pena.
Quem mais provocou o clima de confronto na capital paranaense foram os integrantes da auto--proclamada “República de Curitiba”, composto por integrantes do MBL, Vem Pra Rua e outros grupos golpistas de extrema direita.
Pelo combate à corrupção com retomada da produção
A diretoria do SMetal é totalmente a favor do combate à corrupção e da puni-ção dos responsáveis por ela, após apura-ção honesta dos fatos, chance de defesa e comprovação de culpa, como deve aconte-cer em qualquer país democrático.
Mas o SMetal discorda do espetáculo armado para abastecer a mídia golpista e promover o juiz Sérgio Moro, que nas re-des sociais passou a agir como o dono da operação Lava Jato, com forte apoio de um grupo de extrema direita que se auto-de-nomina “República de Curitiba”.
Em nome da Lava Jato, a Petrobras vem sendo sucateada, contratos e adita-mentos com fornecedores vêm sendo rom-pidos sistematicamente. O setor produtivo está sendo penalizado por essas medidas. Fornecedores da Petrobras e de suas pres-tadoras de serviços não param de demitir trabalhadores.
Somente em Sorocaba e região, o fim de contratos tem afetado, direta ou indire-tamente, empresas como Jaraguá, Bardel-la, Emerson, Metso, Ecil, Bauma, Tertecma, VMX e Forte Metal, entre outras.
“Além de penalizar a produção — ao invés de se concentrar no diretor das maiores empresas, que abusam das “de-lações premiadas” para reduzir pena — a Lava Jato vem promovendo investigações seletivas. O caso só anda e ganha desta-que quando o nome do PT aparece. Os partidos que estão no poder, como PMDB, PSDB e PP, são poupados”, ressalta Lean-dro Soares, secretário geral e presidente eleito do SMetal.
Para Leandro, a autoridade que vinha se mostrando mais imparcial na Lava Jato, Teori Zavascki, morreu em um acidente não totalmente esclarecido de avião em janeiro deste ano.
A convocação de Lula para depor ao juiz Sér-gio Moro, na capital paranaense, reuniu mais de 30 mil pessoas na praça Santos Andrade, em frente à Universidade do Paraná, nesta quarta--feira, dia 10; para garantir que o ex-presidente não fosse submetido a condições humilhantes, como aconteceu na chamada “condução coerci-tiva” imposta pelo juiz ano passado.
A multidão que acompanhava de longe o depoimento, realizado na sede da Justiça Fe-deral e sem filmagem independente, por ordem de Moro; era formada por pessoas de todas as idades, etnias e categorias profissionais. Cara-vanas de várias partes do país desembarcaram no local.
Nem mesmo a chuva que caiu à tarde fez a multidão dispersar; e até o início da noite milha-
res de pessoas continuavam na praça à espera da chegada de Lula ao local.
Apesar do forte esquema policial, nenhuma ocorrência grave havia sido registrada até às 19h. A imprensa golpista tentou criar notícias a partir da apreensão de utensílios de um acampa-mento montado em outro local da cidade, mas não houve a repercussão esperada.
A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CUT) convocou dirigentes de sindi-catos ligados à entidade para participarem da manifestação. Vários metalúrgicos de Sorocaba estiveram presentes, inclusive o presidente elei-to Leandro Soares, que tomará posse do cargo no dia 24 deste mês.
Confira nesta página os temas tratados no in-terrogatório de Lula.
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Solidariedade: Lula chegou a Curitiba no início da tarde e recebeu o apoio da multidão antes de depor