DENGUE GOIÂNIA 2003E7%E... · –Vírus dengue tipo 3 ( DEN-3 ) –Vírus dengue tipo 4 ( DEN-4 )...
Transcript of DENGUE GOIÂNIA 2003E7%E... · –Vírus dengue tipo 3 ( DEN-3 ) –Vírus dengue tipo 4 ( DEN-4 )...
DENGUE Situação Epidemiológica
Marilina BerciniNovembro de 2008
Estado do Rio Grande do SulSecretaria da Saúde
Centro Estadual de Vigilância em Saúde
Dengue como problema de saúde pública no mundo
Magnitude do problema:Principal doença de transmissão vetorial 2,5 bilhões de pessoas vivem em áreas de risco; 50 a 100 milhões de novas infecções a cada ano; 250.000 a 500.000 casos de FHD a cada ano; Na Europa, é a 2ª doença de viajantes Letalidade média: 5% (20% sem tratamento e <1%
com tratamento)
Dengue como problema de saúde pública no Brasil
Magnitude do problema: TRÊS MILHÕES de casos notificados nos últimos dez
anos;
300 mil casos notificados a cada ano (em média);
559.954 casos notificados 2007;
Mais de 5.000 casos de FHD nos últimos cinco anos;
Letalidade média: 10% (20% sem tratamento e <1% com tratamento)
Dengue como problema de saúde pública no Brasil
Dengue - Etiologia
Família FLAVIVIRIDAE
Gênero Flavivirus
SOROTIPOS:–Vírus dengue tipo 1 ( DEN-1 ) Vírus dengue tipo 1 ( DEN-1 )
–Vírus dengue tipo 2 ( DEN-2 ) Vírus dengue tipo 2 ( DEN-2 )
–Vírus dengue tipo 3 ( DEN-3 ) Vírus dengue tipo 3 ( DEN-3 )
–Vírus dengue tipo 4 ( DEN-4 ) Vírus dengue tipo 4 ( DEN-4 )
Etiologia
Cada sorotipo proporciona imunidade permanente específica e imunidade cruzada a curto prazo
Todos os sorotipos podem causar doenças graves e fatais
Variação genética dentro de cada sorotipo
Vetores Os vírus dengue são transmitidos pelas fêmeas
do genêro Aedes;
A principal espécie é o Aedes aegypti (Linnaeus, 1762);
Mosquito pica durante o dia
Vive próximo de habitações humanas
Deposita ovos e produz larvas preferencialmente em recipientes artificiais
Ovoposição de forma intermitente
Aedes aegypti
Fonte: CDC
Índices de Infestação Predial por Aedes aegypti, Brasil, 1996 e 2006*
* Fonte: Sistema FAD, dados sujeitos à revisão
1996 2006
Sem informação > 0 ≤ 1 (1.239)> 1 ≤ 5 (1.338)> 5 ≤ 10 (192)> 10 (47)
Sem informação > 0 ≤ 1 (587)> 1 ≤ 5 (784)> 5 ≤ 10 (248)> 10 (109)
Situação Entomológica
Municípios infestados por Aedes aegypti, RS, 01/06/2007
Municípios Infestados
N=59
N = 63
N = 60
Endêmico / EpidêmicoCirculação do vírus em todas regiões
Ondas epidêmicas em áreas localizadas
Casos notificados e hospitalizações por dengue, Brasil, 1986-2007*
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
800000
900000
86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07
Caso
s no
tific
ados
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
Hosp
italiz
açõe
s
Casos notificados Hospitalizações
DENV2DENV1
DENV3
*Dados de Hospitalizações provisórios até Novembro/2007Fonte: PNCD/SVS
Sorotipos circulantes do vírus da dengue, Brasil, 2007*
AC
Fonte: LRN/LRR/LRE, Dados provisórios, sujeitos à alteração
RR
AM
ACRO
PA
AP
MT
MA
TO
PI
CE
BA
MG
MS
SP
PR
SC
RS
ES
RJ
SE
AL
RNPB
PE
GODF
DEN 2
DEN 2 e 3
DEN 1, 2 e 3
DEN 3
DEN 1 e 3
Sem Informação / sem positividade
SÉRIE HISTÓRICA DOS CASOS NOTIFICADOS E CONFIRMADOS DE DENGUE, RS 1995 A 2008*
*Dados até 30/10/08
Casos de dengue autóctone segundo município de residência, RS, 2007
Fonte: SINAN/CEVS/SES-RS
Número de casos de Dengue em municípios com circulação viral,
RS - 2007
11ª CRS Erechim 32 casos11ª CRS Erechim 32 casos
14ª CRS Giruá 214 casos14ª CRS Giruá 214 casos
14ª CRS Três de Maio 12 casos14ª CRS Três de Maio 12 casos
14ª CRS Tuparendi 2 casos14ª CRS Tuparendi 2 casos
Fonte: SINAN/DVEFonte: SINAN/DVE
Casos de dengue autóctone por semana de início dos sintomas, RS, 2007
Março Abril Maio
Fonte: SINAN/DVE/CEVS/SES-RS
Casos de dengue por dia de início dos sintomas e mês. Giruá, RS, 2007
0
2
4
6
8
10
12
14
16
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Março Abril Maio
n=211
Fonte: SINAN/DVE/CEVS/SES-RS
0
1
2
3
4
5
5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 1 3 5 7 9 11 7 9
caso
s
Março MaioAbril
♂ caso índice Início dos sintomas 10/02
Casos de dengue segundo dia de início dos sintomas e mês. Erechim, RS, 2007
N=30
Fonte: SINAN/DVE/CEVS/SES-RS
Distribuição dos casos de dengue segundo sexo. Giruá, RS, 2007
33%
67%
Masculino
Feminino
Distribuição dos casos de dengue autóctones por faixa etária, RS, 2007
0 10 20 30 40 50 60casos
Fig. 3 - Distribuição dos casos confirmados de dengue por faixa etária, RS, 2007.
Fonte: SINAN/DVE/CEVS/SES-RS
Distribuição dos casos de dengue segundo sinais e sintomas. 14ª CRS, RS, até s.e. 22/2007
196
186
172
170
160
155
91
16
0 50 100 150 200 250
febre
sintomas GI
prostração
mialgia
artralgia
dor RO
exantema
cefaléia
sint
omas
nº
N=196
DENGUE RS 2007_________________ 1367 casos notificados 101 casos importados 267 casos autóctones Não ocorreram óbitos ou FHD 173 municípios com casos notificados 19 CRS com casos notificados 59 municípios infestados 9 municípios com casos autóctones, sendo 4 com
circulação viral Sorotipo circulante: 3 (Giruá e Horizontina)
AÇÕES DESENVOLVIDASPLANOS DE CONTINGÊNCIA
Ações integradas 3 níveis de gestão nas áreas:
Vigilância Epidemiológica – fluxo de informações, análise epidemiológica
Assistência – capacitações profissionais de saúde
Vigilância Entomológica – ações de combate ao vetor (inclusive uso de UBV costal e pesada)
Mobilização social / Educação em saúde
Hipóteses para o Surto - 2007 Ações de controle pouco eficientes ou pouco eficazes;
• Dificuldades na contratação de agentes;
• Rotatividade dos agentes municipais;
• Deficiência nas supervisões;
Epidemia do Mato Grosso do Sul;
Fronteira com Argentina;
Proximidade com o Paraguai;
Mobilização comprometida;• Falsa sensação de segurança da Região Sul / descrédito da
população;
• Hábitos culturais arraigados;
Descuido no manejo de resíduos urbanos;
Clima: calor prolongado e chuvas em 2006/2007.
0
20
40
60
80
100
120
140
160
1 10 19 28 6 15 24 5 14 23 1 10 19 28 7 16 25 3 12 21 30
Pre
cip
itaçã
o e
m m
m e
Te
mp
. e
m º
C
0
2
4
6
8
10
12
14
16
caso
s
PrecipitaçãoTemp.médiaCasos
Casos autóctones de dengue em Giruá, temperatura e precipitação pluviométrica média diária da região, RS,
de 1º de janeiro 30 de junho de 2007
Janeiro Fevereiro Abril Maio JunhoMarço
Fonte: DVE/CEVS/SES/INMET/RS
Temperatura e precipitação média anual e municípios infestados por Aedes aegypti, RS, 01de junho de 2007
Municípios infestados por Aedes aegypti
*Dados até 30/10/08
N=196
DENGUE RS 2008*_________________ 735 casos notificados 95 casos importados sem registro de casos autóctones 60 municípios infestados 41 municípios com casos importados, sendo 9 infestados (Canoas, Giruá, Ijuí, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Porto Alegre, Santa Rosa, Santo Ângelo, Viamão)
Transmissão do Vírus do Dengue pelo Aedes aegypti
Viremia Viremia
Período de incubação extrínseco
DIAS0 5 8 12 16 20 24 28
Ser humano 1 Ser humano 2
Mosquito pica /Adquire vírus
Mosquito pica /Transmite vírus
Período de incubação
intrínseco
Doença Doença
Forma Inaparente
Febre indiferenciada
Dengue Clássica FHD
Manifestações clínicas da dengue
Manifestações clínicasAssintomática
Sintomáticas
Febre indiferenciada
Dengue clássico c/ ou s/
manif.hemorrágicas
FHD s/ ou c/Choque
Dengue c/ complicação
Dengue
Apresentação mais comum entre as formas sintomáticas do dengue
Indistinguível de outras doenças virais agudas
Lactentes e pré-escolares
Febre Indiferenciada
Dengue
Febre (39ºC a 40º C)Às vezes bifásicaDuração de 4 a 5 dias (2 a 7 dias)
CefaléiaDor retro-orbitáriaConstante
• Prostração• Mialgia e artralgia• Exantema• Man. Hemorrágicas• Adulto
Febre do Dengue – Dengue Clássico
• Defervescência da febre (3º e 7º dia)
• Manifestações hemorrágicas
• Trombocitopenia (<= 100 000/mm3)
• Extravasamento de plasma
Hemoconcentração:
Derrame pleural ou ascite
Hipoalbuminemia (<3)
Febre Hemorrágica do Dengue (FHD)
Dengue
Adulto: Ht > 20% Criança: Ht >10%
Etiopatogenia da FHDEtiopatogenia da FHD
Interação entre o vírus e o hospedeiro
Infecção seqüencial
Virulência da cepa viral
Outras condições do hospedeiro
Extravazamento de plasma
citólise
Produção de citocinas
Ativação da via complemento
Célula endotelial
ativação
Monócito infectado
Linfócito T específico
Entrada direta
Amplificação mediada por AcsComplexo Ag-Ac
Vírus dengue
Acs específicos
Teoria de Halstaed - Imunoamplificação
Hipótese IntegradoraHipótese Integradora (Kourí et al., 1981)(Kourí et al., 1981)
Epidemiológicos
Virais
Hospedeiro
Fatores de risco para FHD:Fatores de risco para FHD:
FHDFHD
FATORESFATORES
VIRAISVIRAIS
FATORESFATORES
DO DO HOSPEDEIROHOSPEDEIRO
FATORES FATORES EPIDEMIOLÓGICOSEPIDEMIOLÓGICOS
SorotipoCepaSequência
Infec. secundáriasDoenças crônicasResposta imuneCriançasRaça brancaMulheresEstado nutricional
Alta densidade vetorial
Alta densidade populacional
Muitos suscetíveis
Ampla circulação viral
Fatores de Risco para FHD
DEFINIÇÃO CASO SUSPEITO DENGUE
" Todo paciente que apresenta doença febril aguda, com duração máxima de até 7 dias, acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: cefaléia, dor retro-orbital, mialgias, artralgias, exantema, prostração, associados ou não à presença de hemorragias. Além desses sintomas, o paciente deve ter estado, nos últimos quinze dias, em área onde esteja ocorrendo transmissão de dengue ou tenha a presença de Aedes aegypti".
Caso suspeito - Febre Hemorrágica do Dengue (FHD)
É todo caso suspeito de dengue clássico que também
apresente manifestações hemorrágicas, desde prova
do laço positiva até fenômenos mais graves (melena,
gengivorragia, hematêmese e outros)
Definições de caso
NOTIFICAÇÃO À VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA MUNICIPAL PARA
– investigação dos casos suspeitos
– desencadeamento das medidas de controle pertinentes.
IMPORTANTE
INVESTIGAÇÃO LABORATORIALDiagnóstico sorológico
• Reação de imunoensaioenzimático (ELISA) no LACEN/RS
• Deve-se coletar uma amostra de soro dos casos suspeitos, preferencialmente, no 7º dia após o início dos sintomas
•Reteste pelo MAC-ELISA em suspeita de autoctonia no LACEN/RS
Diagnóstico virológico (somente áreas com casos autóctones)
• Isolamento viral (cultivo celular) no IAL/SP: sangue, soro ou tecidos dos casos suspeitos do 1º ao 5º dia da doença. Permite a identificação do sorotipo viral circulante.
• PCR (Instituto Evandro Chagas), imunofluorescência e histoquímica
Caso confirmado - Dengue Clássico (DC)
Resultado laboratorial positivo para dengue
- Isolamento Viral: 1º a 5º dia da doença
- Sorologia: após o 7º dia da doença
Período epidêmico: critério clínico-epidemiológico,
exceto nos primeiros casos da área, que deverão ter
confirmação laboratorial
Definições de caso
Caso confirmado – Febre Hemorrágica do Dengue
(FHD)
Casos que preencham os seguintes critérios (TODOS)
Febre com duração de 7 dias ou menos
Plaquetopenia (<= 100 mil/mm3)
Tendências hemorrágicas
Extravasamento de plasma
Confirmação laboratorial
Definições de caso
Caso de dengue com complicações
caso que não se enquadre nos critérios de FHD e a classificação de DC é insuficiente, dada a gravidade do quadro clínico-laboratorial apresentado:
Alterações neurológicas Insuficiência hepática Disfunção cardiorrespiratória Derrames cavitários Plaquetopenia <= 50 mil/mm3
Óbito
Definições de caso
Caso descartado
Diagnóstico laboratorial negativo
Diagnóstico laboratorial diferencial positivo para
outra entidade clínica
Ausência de diagnóstico laboratorial com
investigações clínica e epidemiológicas compatíveis
com outras patologias
Definições de caso
PREVENÇÃO
no momento atual não existe vacina
disponível para os 4 sorotipos
2006 222005
OrganizaciónPanamericanade la Salud
Vigilancia Epidemiológica
Comunicación Social
Entomología
Laboratorio
EstrategiaGestión integrada
Atención al paciente
“Tarefas” pré-epidemias
Organização da Rede de Serviços de Saúde:Hierarquização;
Referência e contra-referência;
Protocolos previamente definidos;
Importância da abordagem multiprofissional;
Papel da rede privada!!!!!
Plano de Contingência Municipal/Estadual na área da assistência
www.saude.rs.gov.br
RS CONTRA A DENGUE
Divisão de Vigilância Epidemiológica CEVS/SES-RS
DVE 3901-1094 e 3901-1157