DERMATOLOGIA - Aula 4 Discromias (1)

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DERMATOLOGIA DISCROMIAS – 11/09/2015 Alterações na pele relacionadas com a cor podendo ser um aumento da melanina (MELANODERMIA) e diminuição da melanina (LEUCODERMIA). Além de elas poderem ser divididas também em ADQUIRIDAS E HEREDITÁRIAS. LEUCODERMIA ALBINISMO Alteração genética de forma que a pessoa já nasce com a alteração podendo haver vários tipos. É um defeito genético na síntese de melanina de forma que se torna uma leucodermia. Pode cursar com ausência total ou quase total de melanina. A clínica muda de paciente para paciente uma vez que há 10 tipos de albinismo, mas o mais comum é uma pele branca com cabelos branco-amarelados. É comum paciente apresentar ceratose aquitínica, fotofobia e nistagmo. Subtipos de albinismo: CUTÂNEO-OCULAR NEGATIVO (paciente não tem presença de melanina), CUTÂNEO-OCULAR POSITIVO (o paciente fabrica pouca quantidade de melanina), ALBINISMO AMARELO (paciente apresenta coloração amarelada), HERMANISK PUDLAK (paciente apresenta uma plaquetopenia ou apresenta quantidade adequada de plaquetas com função inadequada). Em relação ao tratamento é apenas exposição à luz solar e aconselhamento. Usar bastante protetor solar. O ideal seria morar em região mais de clima mais ameno. Devem-se tomar essas medidas preventivas para evitar câncer cutâneo. =CERATOSE AQUITÍNICA – alteração da pele por exposição prolongada ao sol, a pele fica como se fosse de “idoso”.

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Resumo sobre o tema Discromias - Dermatologia.

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DERMATOLOGIA

DISCROMIAS – 11/09/2015

Alterações na pele relacionadas com a cor podendo ser um aumento da melanina (MELANODERMIA) e diminuição da melanina (LEUCODERMIA). Além de elas poderem ser divididas também em ADQUIRIDAS E HEREDITÁRIAS.

LEUCODERMIA

ALBINISMO

Alteração genética de forma que a pessoa já nasce com a alteração podendo haver vários tipos. É um defeito genético na síntese de melanina de forma que se torna uma leucodermia. Pode cursar com ausência total ou quase total de melanina.

A clínica muda de paciente para paciente uma vez que há 10 tipos de albinismo, mas o mais comum é uma pele branca com cabelos branco-amarelados. É comum paciente apresentar ceratose aquitínica, fotofobia e nistagmo.

Subtipos de albinismo: CUTÂNEO-OCULAR NEGATIVO (paciente não tem presença de melanina), CUTÂNEO-OCULAR POSITIVO (o paciente fabrica pouca quantidade de melanina), ALBINISMO AMARELO (paciente apresenta coloração amarelada), HERMANISK PUDLAK (paciente apresenta uma plaquetopenia ou apresenta quantidade adequada de plaquetas com função inadequada).

Em relação ao tratamento é apenas exposição à luz solar e aconselhamento. Usar bastante protetor solar. O ideal seria morar em região mais de clima mais ameno. Devem-se tomar essas medidas preventivas para evitar câncer cutâneo.

=CERATOSE AQUITÍNICA – alteração da pele por exposição prolongada ao sol, a pele fica como se fosse de “idoso”.

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VITILIGO

Leucodermia adquirida – afeta de 1 a 2% da população mundial.

Não apresenta etiologia definida, é basicamente a morte de melanócitos sendo apresentada apenas algumas teorias que explicam parcialmente a leucodermia, como não se sabe a etiologia o tratamento também não é muito bem definido.

TEORIAS

1. IMUNOLÓGICA – o corpo apresenta anticorpos antimelanócitos, é baseada no fato de que paciente que apresentam doenças auto imune é maior a incidência dessa leucodermia.

2. CITOTÓXICA – fala sobre metabólitos que podem destruir células melanocíticas como a dopaquinona.

3. NEURAL – fala que o mediador neuroquímico acaba por destruir os melanócitos e é mantida pelo fato de alguns pacientes apresentarem disposição das manchas em trajetos nervosos.

CLÍNICA: manchas acrômicas na pele assintomática com evolução variando de pessoa para pessoa. A disposição geralmente é “simétrica”, o paciente apresenta uma mancha no ombro direito e possivelmente terá no esquerdo também, não do mesmo tamanho ou formato, apenas no mesmo local. Dependendo do paciente as manchas podem começar com acromia total ou com uma hipocromia e evoluir para acromia. Geralmente são pacientes assintomáticos, mas alguns podem alegar prurido. Caso o pelo não tenha sido atingido é mais fácil para tratar porque quer dizer que ainda há melanina naquele local.

TRATAMENTO (não focar nessa parte): é preciso inibir a destruição dos melanócitos para poder passar a estimular a produção de novos.

Inibição da destruição

CORTICOIDE podendo ser tópicos ou sistêmicos dependendo da evolução e quantidade de manchas no corpo. Manchas pequenas (uso tópico); Manchas difusas (uso sistêmico).

IMUNOMODULARES: pode usar tendo uma eficácia menor, porém com sem os efeitos adversos do corticoide sendo os mais usados “Protopiq e Traeolimo”.

Estimulação da produção

Fármacos chamados de PSORALENOS que são como se fossem um super bronzeador assim estimulam o aumento da produção de melanina. O paciente toma o medicamento e depois entra em cabines bronzeadoras ou se expõe ao sol.

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Camuflagem cosmética: maquiagem para manchas pequenas que não são resolvidas com os tratamentos convencionais.

Despigmentação: uso de monobenzil éter de hidroquinona à 20% é apenas aplicado quando 50% da área corporal já foi acometida.

- Alteração apenas cosmética. O vitiligo não cursa com demais alterações sistêmicas e também não é contagioso.

Enxerto autólogo: retirada de pele de um local normocorada e aplicada em área com leucodermia, mas há indicações e aplicações precisas.

Há pacientes que não respondem a nenhum tipo de tratamento. A ordem recuperar o tom da pele caso não seja possível frear a destruição e se não conseguir conversar para que o paciente consiga conviver com a condição.

PITIRÍASE ALBA (ECZEMÁTIDE)

Acomete mais crianças e adolescentes de pele morena e seca associada com dermatite atópica (história de alergias) e associada à exposição ao sol.

CLÍNICA: São manchas hipocrômicas, descamativas (em face, dorso superior e braços – locais que tem uma maior exposição ao sol), são pacientes assintomáticos diferente da Pitiríase Versicolor.

TRATAMENTO: combater o que faz aparecer: evitar o sol e hidratação, caso o paciente tenha história de prurido pode-se fazer um corticoide tópico.

Pode ser um vitiligo na fase inicial, bem incomum, mas é possível que seja, por isso é necessário a história.

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OUTRAS LEUCODERMIAS

Leucodermias causadas por afecções ou infecções como lúpus, hanseníase podem deixar manchas hipocrômicas.

Hipocromia residual causa por exemplo por processo de cicatrização (eczema, psoríase, líquen plano).

Leucodermia por noxas químicas – pessoas que trabalham em indústria de borracha, germicida, detergentes e desodorantes, substâncias que apresentam hidroquinona na sua composição.

MELANODERMIAS

EFELIDE (SARDA)

Caráter hereditário relacionado com a pele clara e exposição solar. Pacientes que desde criança já começaram a apresentar as pintinhas e elas aumentam durante a exposição solar, quando para a exposição diminui, não cessa.

Múltiplas máculas puntiformes de coloração acastanhadas em área de exposição solar.

TRATAMENTO: parada da exposição solar e uso de protetor solar.

BRONZEAMENTO

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Pigmentação adquirida (passageira) pela exposição aos raios UV do sol ou fonte artificial.

MELANOSE ACTÍNICA

Efeito acumulativo do sol, manchas acastanhadas ou escuras de mm a 1,5 cm, vai aparecer mais em adultos, independente da cor. O paciente não apresenta história de manchas na infância.

TRATAMENTO: diminuição da exposição solar, uso do protetor solar, crioterapia (aplicação de nitrogênio liquido), luz pulsada, laser, peeling com ácidos e tretinoína (tópico), é um tratamento estético.

MELANODERMIA CICATRICIAL

Como nas leucodermias que apresenta uma diminuição da coloração após um processo cicatricial aqui também pode apresentar, porém são manchas hipercrômicas que apareceram por afecções ou infecções cutâneas (acne, eczema, herpes zoster, picada de inseto).

TRATAMENTO: caso o paciente não for ansioso é expectante. Mas caso não queira esperar pode usar clareadores a base de hidroquinona (uso inadequado pode levar a hipocromia).

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FITOFOTODERMATITE

Irritação da pele causada por planta e sol. Mistura de furocumarina (substâncias presentes em algumas plantas e frutas – maior exemplo da região limão) mais exposição ao sol na pele evoluindo para manchas hipercrômicas no local que aparecem entre 2 a 3 dias após a exposição. Em casos graves pode levar a lesões como queimaduras.

TRATAMENTO: sintomático e expectante, explicar que vai sumir caso não queira esperar usar hidratantes à base de hidroquinona.

MELASMA

Cloasma antes era a mesma coisa que melasma, mas quando aparecia na gravidez, hoje é o mesmo nome para todas.

Manchas acastanhadas que acometem mais a face e mais em mulheres que são agravadas por fatores como gravidez, hormônios, anticoncepcionais, raça, fatores familiares e cosméticos agravados pelo sol. O melasma apresenta curso crônico assim devendo ser tratado como se fosse um HAS.

Classificação (não precisa aprender, mas é necessário para escolha do tratamento): pode ser epidérmico (camada mais superficial), dérmico (camada mais interna – mais difícil tratamento) ou misto.

TRATAMENTO: não curativo, é preciso afastar o sol, ou seja, a causa, fazer uma fotoproteção e devem ser usados clareadores (hidroquinona, ácido kójico, ácido azelárico entre outros).

*** Os anticoncepcionais devem ser suspensos durante o tratamento com hidroquinona.

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