Desejamos que tenha sucesso em seus...

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Adentramos ao terceiro bloco de slides do Módulo 4 e prosseguiremos nossos estudos, novamente retomando e trazendo alguns conceitos necessários ao entendimento teórico-prático da Pedagogia Histórico-Crítica para o nosso trabalho educativo. Conforme fizemos no bloco de slides anterior, apresentaremos uma chuva de ideias”. Dê uma olhada nas palavras apresentadas e identifique quais conceitos você já domina. Desejamos que tenha sucesso em seus estudos!!! Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR791&biw=1366&bi

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Adentramos ao terceiro bloco de slides do Módulo 4 e prosseguiremos nossos

estudos, novamente retomando e trazendo alguns conceitos necessários ao

entendimento teórico-prático da Pedagogia Histórico-Crítica para o nosso

trabalho educativo.

Conforme fizemos no bloco de slides anterior, apresentaremos uma

“chuva de ideias”. Dê uma olhada nas palavras apresentadas e

identifique quais conceitos você já domina.

Desejamos que tenha sucesso

em seus estudos!!!

Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR791&biw=1366&bi

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Brainstorming/Debate de ideias

conteúdo

forma

destinatário

prática social

problematização instrumentalização catarse

aluno concreto

aluno empírico

Fonte:https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR791&biw=1366&bih=608&tbm=isch&sa=1&ei=7_CVXe2POaSc5OUPtJmPoAs&

q=professor+pensando+desesperado

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Continuaremos a nos apoiar no texto:

O método pedagógico da

pedagogia histórico-crítica:

desafios e possibilidades (TEIXEIRA, AGUDO, 2016, p. 147 do Currículo Comum).

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Sobre a natureza e especificidade da educação

A educação é um fenômeno próprio dos seres humanos.

A compreensão da natureza da educação passa pela

compreensão da natureza humana.

Diferentemente dos animais, o homem necessita produzir

continuamente sua própria existência, adaptando a

natureza a si.

Transforma a natureza por meio do trabalho.

(SAVIANI, 2005)

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Qual seria então a natureza e

especificidade da educação?

Seria a garantia dos instrumentos necessários

para a compreensão crítica da sociedade em

que vivemos e sua transformação.

Porém, muitas ideários educacionais não

oportunizam aos indivíduos instrumentos para

a necessária transformação, deixando as

pessoas à margem desse processo.

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Saviani (2000), em análise de tais ideários, afirma a existência de um

primeiro grupo de teorias — pedagogia tradicional, pedagogia nova e

pedagogia tecnicista - denominadas pelo autor como “teorias não críticas”,

posto desconsiderarem as determinações sociais do fenômeno

educativo, apresentando uma abordagem técnica e supostamente neutra

em relação às questões educacionais, atribuindo à escola um poder ilusório

de redentora da sociedade. (DANGIÓ, MARTINS, 2018, p. 11)

Teorias da

Educação

Papel da escola Marginalidade

Pedagogia

Tradicional

Educação - direito de todos e dever do

Estado.

Escola – redentora – instrução aos

ignorantes

Quem é ignorante.

Escola Nova

Educação - reforma da Pedagogia

Tradicional.

Escola - foco na adaptação e ajuste dos

indivíduos à sociedade.

O rejeitado, o

anormal e inapto,

desajustado

biológica e

psiquicamente.

Tecnicismo

Educação – prima pela eficiência,

produção.

Escola – formação de indivíduos

eficientes, aumento da produtividade

social (capacidades de produção

capitalistas).

Quem é ineficiente,

improdutivo.

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Em outro extremo estão os posicionamentos nomeados pelo autor

como teorias crítico-reprodutivistas, pois consideram a escola

impotente diante dos determinantes sociais, conduzindo-se para a

afirmação de sua função no limite da reprodução da ordem político-

econômica vigente e na reprodução de desigualdades. (DANGIÓ, MARTINS, 2018, p. 11)

Teoria de sistema enquanto violência simbólica

Teoria da Escola Enquanto Aparelho Ideológico do Estado (AIE)

Teoria da Escola Dualista

Educação - fator agravante - discriminação e

responsabilidade pela marginalidade.

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Primeiro grupo de teorias, o das Teorias Não-Criticas, apresenta uma

proposta de educação.

Segundo grupo, o das Teorias Crítica-Reprodutivistas, não contém uma

proposta pedagógica – preocupação: explicar o mecanismo de

funcionamento da escola tal como encontra-se.

“[...] enquanto as teorias não-críticas pretendem ingenuamente resolver o

problema da marginalidade através da escola sem jamais conseguir êxito, as

teorias crítico-reprodutivistas explicam a razão do suposto fracasso.

Segundo a concepção crítico-reprodutivista o aparente fracasso é, na

verdade, o êxito da escola; aquilo que se julga ser uma disfunção é,

antes, a função própria da escola. Com efeito, sendo um instrumento de

reprodução das relações de produção a escola na sociedade capitalista

necessariamente reproduz a dominação e exploração. Daí, seu caráter

segregador e marginalizador. Daí, sua natureza seletiva. A impressão que

nos fica é que se passou de um poder ilusório para a impotência.”

(SAVIANI, 2000, p. 24)

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Pedagogia Histórico-Crítica

superação por incorporação

"É possível uma teoria da educação que capte

criticamente a escola como um instrumento capaz

de contribuir para a superação do problema da

marginalidade?" (SAVIANI, 2000, p. 31)

Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR791&b

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Do ponto de vista prático, trata-se de retomar vigorosamente

a luta contra a seletividade, a discriminação e o rebaixamento do

ensino das camadas populares. Lutar contra a marginalidade

através da escola significa engajar-se no esforço para garantir

aos trabalhadores um ensino da melhor qualidade possível

nas condições históricas atuais. O papel de uma teoria crítica

da educação é dar substância concreta a essa bandeira de luta

de modo a evitar que ela seja apropriada e articulada com os

interesses dominantes. (SAVIANI, 2000, p. 31)

Pedagogia Histórico-Crítica

superação por incorporação

Fonte: https://www.google.com/search?biw=1366&bih=657&tbm=isch&sa=1&ei=3D6WXaOh

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Saviani reforça a importância de que a escola trabalhe por meio do

currículo, o saber sistematizado, isto é, não é qualquer tipo de

saber.

É um saber metódico, o conhecimento elaborado, é a cultura

erudita, enfim, afirma que a função da escola tem a ver com

a ciência (episteme).

De acordo com ele, “a escola existe, pois, para propiciar a

aquisição dos instrumentos que possibilitam o acesso ao saber

elaborado (ciência), bem como o próprio acesso aos rudimentos

desse saber.”

Para o autor, o conhecimento que produz palpites, não

justifica a existência da escola.

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Como a escola deve realizar esse

processo de ensino?

Fonte: https://www.google.com/search?biw=1366&bih=608&tbm=isch&sa=1&ei=3D6WXaO

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Por meio de um método

O método não se identifica com os procedimentos

adotados (aula expositiva, projetos, trabalhos em grupo,

seminários, etc) mas, outrossim, expressa a capacidade

humana para idear um projeto e agir sob sua

orientação, elegendo nas condições objetivas dadas

as melhores e mais adequadas formas para fazê-lo.

Os procedimentos de ensino, por seu turno,

compreendem as estratégias por meio das quais a prática

se realiza iluminada teoricamente e tendo em vista o

alcance das finalidades de determinado projeto.

(MARTINS, 2016a, s/n)

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Método, assim compreendido, pressupõe as articulações internas

entre teoria do conhecimento e ações práticas por ela orientadas.

Por conseguinte, ele se realiza indiretamente e por meio de ações

metódicas, isto é, sistematizadas em conformidade com o percurso

planificado. É no âmbito de tais ações que os procedimentos de

ensino se concretizam como instituintes e constitutivos do método e,

portanto, a ele subordinados. (MARTINS, 2016a, s/n)

Fonte: https://www.google.com/search?biw=1366&bih=608&tbm=isch&sa=1&ei=xEKWXZGMPIai5OUP

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O que deve ser considerado

nesse processo?

Do livro Com olhos de criança,

de Francesco Tonucci.

Porto Alegre: Artes Médicas,

1997. pág.: 148

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CONTEÚDO

FORMA

DESTINATÁRIO

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Conteúdo-forma-destinatário

A tríade - conteúdo - forma - destinatário - foi

proposta pela Profa. Dra. Ligia Marcia Martins

(2013) em seus estudos sobre a natureza do

desenvolvimento do psiquismo e sua relação

com o ensino escolar.

conteúdo - objeto de ensino

forma - os encaminhamentos metodológicos

destinatário o sujeito que aprende

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Além da tríade anterior é preciso considerar as

condições sociais de desenvolvimento

Uma educação escolar de

qualidade, demanda clareza

acerca do que seja promover

desenvolvimento, superando

concepções naturalizantes,

individualizantes e/ou de

senso comum. Que entenda o

desenvolvimento como

processo dependente das

condições sociais de vida e

de educação e produzido

pela apropriação dos

signos da cultura.

(MARTINS, 2016b, p. 27)

Do livro Com olhos de criança, de Francesco Tonucci.

Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

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ALUNO CONCRETO

ALUNO EMPÍRICO

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Compreender que o “aluno é entendido como alguém

que sintetiza, a cada período da vida, a história da

apropriações que lhes foram legadas”.

Como afirma Saviani (2005), é entender o “aluno

concreto”, ou seja, as necessidades dos alunos para

além do imediato (aluno empírico), compreendendo a

concepção de mundo que é necessário ser formada e os

conteúdos para proporcionar esta formação.

aluno empírico aluno concreto

apreendido por quaisquer

especificidades ou características

aparentes

é entendido, nessa perspectiva, como

alguém que sintetiza, a cada período da

vida, a história das apropriações que

lhes foram legadas.

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Quais as implicações do conhecimento

científico para o desenvolvimento?

A apropriação do conhecimento científico,

do saber sistematizado, por parte dos homens,

tem como alvo principal o desenvolvimento das

propriedades das funções psíquicas superiores

(memória, atenção, sensação, percepção,

imaginação, emoção e sentimento, fala e

pensamento teórico).

O professor, nesse sentido,

deve estruturar a atividade pedagógica e os

seus conteúdos de tal forma que vise o

desenvolvimento dessas funções.

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Pedagogia Histórico-Crítica

A pedagogia histórico-crítica “enquanto método pedagógico” não está

reduzida aos procedimentos, técnicas, instrumentos e estratégias

pedagógicas que orientam o ato de ensinar.

Para além disso, e incorporando esses procedimentos, trata-se de um método

pedagógico que fundamenta e orienta os procedimentos teóricos e

práticos – práxis - do ato de ensinar na educação escolar.

Método que promova o desenvolvimento da autonomia no(a) aluno(a).

Constituição do ser social do professor e do aluno

Relacionado à prática social – momento do método pedagógico histórico-

crítico.

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No contexto apresentado, qual é o trabalho do

professor?

Criar, em nível individual, novas estruturas mentais evolutivas, passando

do senso comum à consciência filosófica.

Cabe ao professor partir da prática social

buscando alterar, qualitativamente, a prática de

seus alunos, para que possam ser agentes de

transformação social.

Enfim, o professor é aquele que ensina, que

direciona, que tem intencionalidade em sua

prática pedagógica. Porque o ensino gera o

desenvolvimento e não o contrário.

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PRÁTICA SOCIAL

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Momentos da PHC

Os momentos não se identificam, de modo imediato, com procedimentos de

ensino ou percurso didático, embora visem assegurar um ensino eficaz por

parte do professor e uma aprendizagem significativa por parte dos alunos.

Prática social como ponto de partida Prof. – visão sintética (síntese provisória) - já se apropriou de muitas

objetivações, tem relações mediatizadas pelo conhecimento elaborado.

Aluno – visão sincrética/caótica - compreensão e conhecimento da realidade presos ao imediato.

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Compreensão do mundo

Diante da lógica dialética materialista, o(a) estudante que compreende

fenômenos da realidade sincrética poderá alcançar a compreensão

sintética da realidade, por meio das abstrações que o ensino intencional

escolar poderá lhe proporcionar. Contudo, outro importante pressuposto a

ser considerado ao se discutir o método pedagógico é que os conceitos a

serem disponibilizados aos(às) alunos(as) precisam estar marcados pela

luta ideológica que acompanha a luta de classes (DUARTE, 2015),

evitando uma pretensa “neutralidade”.

https://www.google.com.br/search?q=compreens%C3%A3o+da+realidade&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjlt5aR

5svSAhVFGZAKHWsYC8IQ_AUICCgD&biw=1366&bih=651#tbm=isch&q=luta+hist%C3%B3rica+sociedade+de+classes&*&imgr

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PROBLEMATIZAÇÃO

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Momentos da PHC

Problematização

Problematizar não diz respeito a colocar questionamentos imediatos e interessados

relativos ao cotidiano do(a) aluno(a), mas “ao afrontamento, pelo homem, dos

problemas que a realidade apresenta e que recorrem à reflexão filosófica” (SAVIANI, 2007, p. 15).

A problematização, um aspecto essencial no processo educativo na perspectiva

da pedagogia histórico-crítica, é uma dimensão importante para colocar o

questionamento, a reflexão, ou seja, a possibilidade de existirem aspectos que

estão velados, além das aparências. A contextualização histórica e a

compreensão crítica da realidade para além da superficialidade contribuem para a

compreensão sintética dos conteúdos na perspectiva da pedagogia histórico-

crítica.

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INSTRUMENTALIZAÇÃO

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O processo de instrumentalização exige que o(a) professor(a)

seja e esteja politicamente compromissado com os

interesses das camadas trabalhadoras, e, que rompa com a

velha competência técnica que está relacionada a um

compromisso político conservador. Com o compromisso

político no sentido da transformação social, o(a) professor(a)

pode desenvolver sua consciência real em direção à

consciência possível. Assim, Saviani (2005) realiza a síntese

sobre a polêmica, refletindo sobre as “duas faces do fruto

proibido”: é pela competência técnica, aspecto importante e

necessário, que se concretiza o compromisso político, ainda

horizonte do trabalho educativo.

MOMENTOS DA PHC

Instrumentalização

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Por meio do trabalho educativo, que decorre desse processo de instrumentalização

realizado pelo(a) professor(a), será oferecido aos(às) alunos(as) o alcance e a

assimilação do conhecimento enquanto segunda natureza. Por meio dos

conhecimentos, da análise, é possível que os(as) alunos(as) cheguem à síntese. A

síntese está relacionada à práxis, ao agir fundamentado teoricamente no sentido da

transformação da realidade. Quando o(a) aluno(a) realiza abstrações, estabelecendo

conexões e relações, esclarecendo as múltiplas determinações relacionadas ao que foi

estudado, ele(a) chega à catarse.

MOMENTOS DA PHC

Instrumentalização

https://www.google.com.br/search?q=instrumentaliza%C3%A

7%C3%A3o+cientifica&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0

ahUKEwjI8fWLkczSAhXCGZAKHTH2AIYQ_AUIBigB&biw=13

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https://www.google.com.br/search?q=instrumentaliza%C3%A7%C3%A3o

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https://www.google.com.br/search?q=instrumentaliza%C3%A7%C3%A3o

+cientifica&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjI8fWLkczSAhX

CGZAKHTH2AIYQ_AUIBigB&biw=1366&bih=651#tbm=isch&q=filosofia&*

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Momentos da PHC

CATARSE A catarse é a “elaboração superior da estrutura em superestrutura na

consciência dos homens” (GRAMSCI, 1978, p. 53 apud SAVIANI, 2005, p.

64). Ou seja, é promover o conhecimento das relações de produção e

para além das relações de produção, alcançando o entendimento

sintético em relação ao que mantém a exploração e a dominação do

proletariado pela burguesia.

https://www.google.com.br/search?q=compreen

s%C3%A3o+da+realidade&source=lnms&tbm=

isch&sa=X&ved=0ahUKEwjlt5aR5svSAhVFGZ

AKHWsYC8IQ_AUICCgD&biw=1366&bih=651

#tbm=isch&q=CATARSE+pedagogia+hist%C3

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cr%C3%ADtica&*&imgrc=nUgFPSVAOvWGwM

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Momentos da PHC

CATARSE Catarse possui gradações e diferenciações representando a mudança

qualitativa na direção de uma relação consciente com o gênero

humano. Assim, a catarse representa a compreensão da

realidade de alienação e de exploração e também a apropriação

dos meios para a superação desta condição (DUARTE, 2012).

https://www.google.com.br/search?q=instrumentaliza%C3%A7%C3%

A3o+cientifica&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjI8fWLk

czSAhXCGZAKHTH2AIYQ_AUIBigB&biw=1366&bih=651#tbm=isch&

q=cuidando+do+lixo&*&imgrc=JbxUoovCoG9bsM:

https://www.google.com.br/search?q=instrumentaliza%

C3%A7%C3%A3o+cientifica&source=lnms&tbm=isch

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YQ_AUIBigB&biw=1366&bih=651#tbm=isch&q=apren

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https://www.google.com.br/search?q=instrumentaliza%C3%A7

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&bih=651#tbm=isch&q=aprendendo+a+ler&*&imgrc=6aHyeFnd

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https://www.google.com.br/search?q=instrumentaliza%C3%A7%C3%A3o+cientifica&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ah

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A3o+f%C3%ADsica&*&imgrc=i5ujR6ixycVIqM:

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CATARSE

https://www.google.com.br/search?q=compreens%C3%A3o+da+realidade&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjlt5aR

5svSAhVFGZAKHWsYC8IQ_AUICCgD&biw=1366&bih=651#tbm=isch&q=segunda+natureza&*&imgrc=GB1DCROnSmcD1M:

Colocamos, após este bloco de slides, um artigo interessante

do Prof. Dr. Newton Duarte (2019) intitulado “A catarse na didática da

pedagogia histórico-crítica”, no qual ele amplia esse conceito.

Recomendamos a sua leitura!!! Veja o resumo do artigo no box abaixo.

Resumo:

Segundo Dermeval Saviani, no método didático da

pedagogia histórico-crítica, a catarse é o momento

culminante. Este artigo explora a importância dessa

categoria para a didática nessa perspectiva

pedagógica, tomando como referências os estudos de

György Lukács (1885-1971) e Antônio Gramsci (1891-

1937) sobre o processo catártico. É defendida a

interpretação de que a catarse seria um salto

qualitativo no processo de ampliação e

enriquecimento das relações entre a subjetividade

individual e a objetividade sociocultural. Trata-se

de uma transformação, ao mesmo tempo,

intelectual, emocional, educacional, política e

ética, que modifica a visão de mundo do indivíduo

e suas relações com sua própria vida, com a

sociedade e com o gênero humano.

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Prática social como ponto de chegada

Prof. – visão sintética – aprende mais sobre sua didática e supera sua

prática inicial

Aluno – visão sintética – captam a realidade de outra forma – com

conhecimentos - signos

https://www.google.com.br/search?q=instrumentaliza%C3%A7%C3%A

3o+cientifica&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjI8fWLkcz

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Uma pedagogia articulada com os interesses populares valorizará,

pois, a escola; não será indiferente ao que ocorre em seu interior;

estará empenhada em que a escola funcione bem; portanto, estará

interessada em métodos de ensino eficazes. Tais métodos se

situarão para além dos métodos tradicionais e novos, superando por

incorporação as contribuições de uns e de outros. Portanto, serão

métodos que estimularão a atividade e iniciativa dos alunos sem

abrir mão, porém, da iniciativa do professor; favorecerão o diálogo

dos alunos entre si e com o professor mas sem deixar de valorizar o

diálogo com a cultura acumulada historicamente; levarão em conta

os interesses dos alunos, os ritmos de aprendizagem e o

desenvolvimento psicológico mas sem perder de vista a

sistematização lógica dos conhecimentos, sua ordenação e

gradação para efeitos do processo de transmissão-assimilação dos

conteúdos cognitivos (SAVIANI, 2000, p. 69).

Pedagogia Histórico-Crítica

superação por incorporação

Estude e discuta no coletivo da

sua escola essas palavras do

SAVIANI:

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Porém, qual é o quadro atual na nossa

sociedade?

A escola é um espaço de relações ideológicas,

políticas e pedagógicas, dessa forma o trabalho

educativo não é um instrumento neutro,

desinteressado e inocente.

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Portanto...

É preciso fazer escolhas sobre a

escola e a sociedade que

queremos!!!

Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR

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Atenção: neste módulo não está previsto fórum.

Você deverá ir para o próximo bloco de slides (que se encontra logo

após o texto do Prof. Dr. Newton Duarte) que trará uma atividade

de reflexão sobre um filme. Também será necessário realizar o

teste e completar as lacunas da atividade proposta no ambiente

virtual.

Esperamos sinceramente que, de alguma forma, este

curso influencie na sua prática pedagógica,

transformando-a qualitativamente!!!

Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR

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Até breve!!! Esperamos por você no Módulo 5!!!

Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR

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REFERÊNCIAS