Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

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Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma ou processosem o consentimento prévio, por escrito, do IEFP.

Produção apoiada pelo Programa Operacional Formação Profissional e Emprego, co-financiado pelo Estado Português, epela União Europeia, através do FSE.

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Suporte Didáctico

Coordenação Técnico-Pedagógica

Apoio Técnico-Pedagógico

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1.ª Edição

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MODULFORM - Formação Modular

Desenho Técnico

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IEFP - Instituto do Emprego e Formação ProfissionalDepartamento de Formação ProfissionalDirecção de Serviços de Recursos Formativos

ISQ - Instituto de Soldadura e QualidadeDirecção de Formação

ISQ - Instituto de Soldadura e QualidadeDirecção de Formação

Almeida Nunes

SAF - Sistemas Avançados de Formação, SA

ISQ / Alexandre Pinto de Almeida

OMNIBUS, LDA

SAF - Sistemas Avançados de Formação, SA

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Portugal, Lisboa, Novembro de 2000

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Desenho Técnico

Recurso a diapositivosou transparências

Recurso a software

Recurso a videograma

Actividades / Avaliação

Destaque

Índice

Objectivos

Resumo

Bibliografia

Caso de estudoou exemplo

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Índice Geral

ÍNDICE GERAL

I - CONCEITOS PRELIMINARES

• Introdução I.3

• Normas I.4

• Divisões de desenho técnico I.4

• Organismos nacionais de normalização I.5

• Organismos internacionais de normalização I.6

• Normas portuguesas de desenho I.6

• Materiais utilizados em desenho I.6

• Dimensões do papel de desenho I.7

• Legendas dos desenhos I.9

• Listas de peças I.11

• Escalas I.13

• Dobragem do papel de desenho I.14

• Tipos de linhas I.15

• Desenho completo com lista de peças I.18

• Resumo I.19

• Actividades / Avaliação I.20

II - CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS

• Segmentação II.3

• Bissectriz de um ângulo II.4

• Perpendiculares II.4

• Paralelas II.6

• Construção de triângulos II.9

• Construção de quadrados II.11

• Construção do pentágono II.13

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Índice Geral

• Construções do hexágono II.14

• Traçado de circunferências II.15

• Tangentes à circunferência II.16

• Concordâncias II.18

• Concordâncias entre segmentos de rectas e arcos II.20

• Concordâncias entre arcos II.22

• Elipses por método directo II.24

• Elipses por método rigoroso II.25

• Elipses por método prático II.27

• Resumo II.29

• Actividades / Avaliação II.30

III - PERSPECTIVAS

• Projecções III.3

• Perspectivas III.4

• Perspectivas isométricas III.6

• Elipses em perspectiva isométrica III.8

• Curvas isométricas III.10

• Perspectiva cavaleira III.12

• Traçado rigoroso de elipse na perspectiva cavaleira III.13

• Perspectiva dimétrica III.16

• Simplificação em perspectiva III.17

• Leitura de perspectiva III.18

• Tracejados em perspectiva III.20

• Cortes em perspectiva III.21

• Meios cortes em perspectiva III.22

• Desenho em vista explodida III.27

• Resumo III.28

• Actividades / Avaliação III.29

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Índice Geral

IV - PROJECÇÕES ORTOGONAIS

• Projecções ortogonais IV.3

• Projecção de superfícies IV.4

• Projecção de sólidos IV.6

• Projecção em três planos ortogonais IV.7

• Normas de representação das projecções ortogonais IV.8

• Método europeu IV.10

• Método americano IV.11

• Mudança de vistas por rotação do objecto IV.12

• Fases sequenciais do desenho IV.15

• Número de vistas necessárias para definir um objecto IV.16

• Vistas auxiliares IV.17

• Vistas auxiliares totais e parciais IV.19

• Desenho simplificado / Vistas parciais IV.23

• Desenho de peças compridas IV.24

• Rebatimentos convencionais IV.25

• Cortes e secções IV.27

• Escolha do plano de corte IV.28

• Técnica de representação de cortes. Leitura de um desenho

cortado IV.29

• Tracejados IV.31

• Utilização de meios cortes IV.32

• Corte por planos paralelos IV.34

• Planos de corte concorrentes IV.35

• Cortes locais IV.36

• Rebatimento de secções deslocadas IV.38

• Rebatimento de secções IV.39

• Peças que não se cortam IV.40

• Resumo IV.42

• Actividades / Avaliação IV.42

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Índice Geral

V - COTAGEM

• Cotagem V.2

• Linhas de cota e de chamada V.3

• Cotas V.5

• Cotagem de elementos V.8

• Formas de cotar V.11

• Cotagem em perspectivas V.14

• Resumo V.16

• Actividades / Avaliação V.17

VI - PEÇAS ROSCADAS

• Ligações roscadas VI.2

• Representações convencionais das roscas VI.3

• Desenho de peças roscadas agrupadas VI.6

• Peças com furo cónico roscado VI.8

• Dimensionamento VI.14

• Formas de execução das roscas VI.16

• Simbologia das roscas VI.17

• Parafuso / Normas VI.19

• Rosca fina/ grossa/ esquerda/ direita / parafusos de várias

entradas VI.21

• Diversidade de formas de cabeças de parafusos VI.22

• Resumo VI.26

• Actividades / Avaliação VI.27

BIBLIOGRAFIA B.1

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Conceitos Preliminares

Conceitos Preliminares

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Conceitos Preliminares

OBJECTIVOS

No final desta Unidade Temática, o formando deverá estar apto a:

• Reconhecer todo os preceitos de execução e leitura do desenho técnico;

• Identificar as normas portuguesas relativas a formatos e arquivo de desenhotécnico;

• Identificar e aplicar os diferentes tipos de linhas que o desenho técnicoutiliza e compreender o seu significado.

TEMAS

• Introdução

• Normas

• Divisões do desenho técnico

• Organismos nacionais de normalização

• Organismos internacionais de normalização

• Normas portuguesas de desenho técnico

• Materiais utilizados em desenho

• Dimensões do papel de desenho

• Legendas dos desenhos

• Lista de peças

• Escalas

• Dobragem do papel de desenho

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Conceitos Preliminares

Componente Científico-Tecnológica

• Tipos de linhas

• Desenho completo com lista de peças

• Resumo

• Actividades / Avaliação

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Conceitos Preliminares

Componente Científico-Tecnológica

O desenho é a linguagem escrita mais antiga; foi através do desenho que seesboçaram as primeiras tentativas de comunicação.

Num esforço de simplificação, os desenhos tornaram-se cada vez maisesquemáticos e deram lugar à escrita ideográfica; os hieróglifos egípcios e aactual escrita chinesa são exemplos da mesma.

A escrita ideográfica também se racionalizou e acabou por dar origem a umnúmero restrito de símbolos, que hoje constitui aquilo a que chamamos alfabeto.

No entanto, o desenho continuou a usar-se para exprimir ideias e, muitas vezes,consegue uma eficácia de expressão muito maior do que a fala e a escrita.

Todos nós, como sabemos, já tivemos necessidade de fazer um desenho paraque a nossa explicação fosse mais clara e a sua recepção mais rápida;

O desenho deve ter regras e o seu conhecimento é indispensável a quem tencioneler ou escrever nessa linguagem.

As regras diferem consoante a área que o desenho abrange, seja ela artísticaou técnica.Quando o desenho é artístico, há grande liberdade de figuração emuita subjectividade de representação.

O mesmo tema pode dar origem a desenhos que impressionem, de maneiradiferente, o observador, quando tratado por dois artistas diferentes.

No desenho técnico, cada tema (objecto) tem sempre o mesma figuração(desenho) e rigor, mesmo quando efectuado por pessoas diferentes. Actualmente,as representações convencionais (normas) eliminaram todas as interpretaçõessubjectivas, beneficiando a clareza e a rapidez de execução.

No desenho técnico, os princípios de representação tendem a uniformizar-seem todos os países, dando origem a uma linguagem internacional que facilita odesenvolvimento das trocas económicas e técnicas.

O progresso da vida moderna está ligado ao desenvolvimento dos sectoresindustriais e estes dependem do desenho técnico.

A construção de um automóvel está ligada ao desenho técnico; e a sua qualidadedepende do pormenor e do rigor do desenho de cada uma das suas inúmeraspeças; critérios semelhantes estão ligados à construção de todos os bensmateriais que nos rodeiam, quer sejam de natureza mecânica, eléctrica, civilou outra.

INTRODUÇÃO

Desenho

Desenho artísticoe técnico

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Conceitos Preliminares

Componente Científico-Tecnológica

NORMAS

São regras de uso comum, tanto nas áreas do desenho técnico, como nosoutros domínios da actividade humana.

Normalizar é estabelecer regras destinadas a definição, uniformização esimplificação dos produtos acabados e dos elementos utilizados na suaprodução. Os documentos que expressam essas regras designam-se “normas”.

A normalização permite racionalizar os métodos da produção, diminuir o númerode produtos diferentes e uniformizar as características destes, permitindo asua intermutabilidade.

A normalização é vantajosa, reduz os tempos de produção, as ferramentas e osstocks; embaratece os produtos e facilita a sua disponibilidade; contribui parao intercâmbio e simplifica a circulação; sem normas, não há progresso e a vidatornava-se difícil.

Independentemente do campo técnico em que se utilizam, os desenhosclassificam-se de formas diferentes consoante o seu objectivo.

Existem principalmente dois grupos distintos de desenhos:

• Desenhos de concepção

• Desenhos de execução

O desenho de concepção não é rigoroso e é mais ou menos incompleto, mastraduz uma forma de resolver o problema e deve corresponder à solução maisvantajosa.

Toma nomes diferentes consoante a fase de evolução em que se encontre:esboço, anteprojecto e projecto.

• O desenho de esboço não é pormenorizado e tem fraco rigor, mas comportainformações aproximadas do estado final do objecto.

• O desenho de anteprojecto é pormenorizado e tem algum rigor, pelo menos,em relação aos seus elementos essenciais e é com base nele que seestabelecem acordos definitivos.

DIVISÕES DO DESENHO TÉCNICO

Normalização

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Conceitos Preliminares

Componente Científico-Tecnológica

• O desenho de projecto define completamente todos os seus elementos,bem como as relações mútuas entre eles.

O desenho de execução ou de fabricação contém todas as informaçõesnecessárias à execução do objecto desenhado, segundo a técnica de construçãoadoptada.

O desenho de execução pode ser de vários tipos: esquemas, desenho depormenor e desenho de conjunto.

• Esquemas são desenhos de pormenor destinados a esclarecer determinadafunção ou aspecto do conjunto.

• Desenhos de pormenor representam separadamente os elementos doconjunto e subordinam-se às imposições do projecto.

Os desenhos de conjunto representam todos os elementos do conjuntoagrupados na posição de utilização.

Os desenhos de execução, quer sejam de conjunto ou pormenor, podemclassificar-se em desenhos de operação, de montagem ou de verificação.

Os desenhos de operação são estabelecidos para dar apoio a certas fases dofabrico. Os desenhos de montagem dão indicação sobre o modo de montar aspeças e os desenhos de verificação fornecem indicações para verificar certascaracterísticas.

Em certas aplicações, existem ainda desenhos de definição para estabelecerexigências funcionais a que os objectos desenhados devem obedecer.

Os desenhos de definição podem classificar-se em desenhos funcionais edesenhos de produto acabado, conforme definam condições necessárias aobom funcionamento do objecto ou exigências a que o fabrico deve respeitar.

As normas DIN (Deutshe Industrie Normen) e as normas ASA (AmericanStandard Association) figuram entre as normas mais usadas, mas existemmuitas outras, tais como: a BS (British Standards), as NF (Normes Francaises),as UNE (Une Norma Española), as NB (Normas Brasileiras) e as NP (NormasPortuguesas).

ORGANISMOS NACIONAIS DE NORMALIZAÇÃO

Desenho de execução

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Conceitos Preliminares

Componente Científico-Tecnológica

As normas ISO (International Standards Organization) sucederam à organizaçãoanteriormente existente ISA (International Standards Association).

(NP- 48) Formatos;

(NP- 49) Dobragem das folhas de desenho;

(NP- 62) Linhas;

(NP- 89) Letras e Algarismos;

(NP-167) Figuração dos materiais de corte;

(NP-204) Legendas;

(NP-205) Listas de peças;

(NP-297) Cotagem;

(NP-327) Representação de vistas;

(NP-328) Cortes e secções;

(NP-406) Iniciação de tolerâncias;

(NP-671) Representação convencional;

(NP-716) Especificação de tolerâncias;

(NP-717) Escalas;

(NP-718) Esquadrias;

O rendimento e a qualidade do trabalho de um desenhador depende da qualidadedo material com que desenha e do conhecimento da forma como funciona.

Os materiais que o desenhador necessita para executar o seu trabalho são osseguintes:

• estiradores e pranchetas;

ORGANISMOS INTERNACIONAIS DE NORMALIZAÇÃO

NORMAS PORTUGUESAS DE DESENHO TÉCNICO

MATERIAIS UTILIZADOS EM DESENHO

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Conceitos Preliminares

Componente Científico-Tecnológica

• compassos para lápis e acessórios para trabalhar a tinta;

• cintel (se for trabalhar com grandes raios);

• régua T e esquadros de 45 e 60º;

• régua graduada com 20 a 50 centímetros;

• régua de escalas;

• transferidor;

• pioneses ou fita adesiva;

• escantilhões de curvas e de letras e números;

• cérceas;

• papel de desenho de qualidade e dimensões apropriadas;

• lápis de desenho e de dureza apropriada ou lapiseira e minas;

A qualidade do trabalho depende ainda de certas condições ambientais, taiscomo:

• boa iluminação do local de trabalho;

• ambiente de trabalho sossegado;

• comodidade da posição de trabalho;

• arrumação do material de desenho.

Os formatos das folhas que o desenho técnico deve utilizar foram fixados pelanorma (NP-48) e o seu formato base é representado por (A0), cuja área é de 1m2.

Qualquer dos formatos que esta norma define tem por lado maior a diagonal doquadrado construído sobre o seu lado menor e o seu lado maior é igual ao ladomenor do formato imediatamente acima.

O formato (A0) tem 0,841 m no lado menor e 1,189 m no lado maior e a sua

relação é de 1 para 2 , tal como em qualquer outro formato.

DIMENSÕES DO PAPEL DE DESENHO

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Conceitos Preliminares

Componente Científico-Tecnológica

A tabela seguinte apresenta as dimensões dos diferentes formatos da norma(NP-48):

Tabela I.1 - Dimensões e margens dos formatos da norma (NP -48)

Cada um dos formatos tem uma área dupla do formato imediatamente inferior.

A figura I.1 representa a divisão de uma folha 4A0 (1682 x 2460) que relaciona,entre si, os formatos 2A0, A0, A1, A2, A3, A4, A5 e A6.

A norma (NP-48) prevê que os formatos se possam alongar.

Assim, os formatos 2A0 e A0 podem alongar 1/4 da sua dimensão menor, uma

ou mais vezes.

Figura I.1 - Forma de obter os vários formatos da série A

Porém, os formatos restantes já podem alongar o referido lado de um númerointeiro de vezes metade da respectiva dimensão.

otamroFadseõsnemiD

airdauqsEsadseõsnemiD

otamroFodsnegraM

0A20A1A2A3A4A5A6A

2861X98119811X148

148X495495X024024X792792X012012X841841X501

0671X03210321X088

088X526526X054054X033033X042042X561561X021

A4A3

A2

A1

A0

2A0

A5A5

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Conceitos Preliminares

Componente Científico-Tecnológica

A legenda é um espaço ordenado onde se registam os elementos quecaracterizam o desenho e os que identificam os seus responsáveis, bem comoo destino a dar-lhe.

A legenda deve ser elaborada de modo a motivar a recolha dos dados que arespectiva gestão, eventualmente, possa vir a precisar.

Tem a vantagem de arrumar os mesmos dados sempre nos mesmo locais parafacilitar a respectiva consulta.

A legenda figura sempre encostada ao canto inferior direito do desenho e juntoà margem; não deve ter dimensões superiores a 185 mm, para que figure semprena frente do desenho dobrado.

A norma (NP-204) mostra os tipo de legenda que o desenho técnico deve utilizarem Portugal.

As figuras I.2 e I.3 representam tipos de legenda cujo preenchimento obedeceà especificação que segue.

Figura I.2 - Legenda tipo seis

LEGENDAS DOS DESENHOS

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Conceitos Preliminares

Componente Científico-Tecnológica

Figura I.3 - Legenda tipo dois (sem os campos 11, 11a 12 e 12a) e legenda tipo 4(com os campos 11, 11a, 12 e 12a)

As cotas inseridas nos desenhos definem as dimensões dos respectivosespaços.

O preenchimento dos espaços obedece à descrição que consta na páginaseguinte.

De acordo com a norma portuguesa (NP-204), os espaços assinalados naslegendas tem a seguinte utilização:

Espaço 1 - designação ou título do objecto representado

Espaço 2 - destino do desenho

Pessoa ou empresa que encomendou o desenho

Espaço 3 - responsáveis e executantes do desenho:

projectista, desenhador, fotocopista e verificador

Espaço 4 - entidade que executa ou promove a sua execução

Espaço 4a - entidade co-proprietária do desenho,

quando o desenho não se destinar à entidade executante

Espaço 5 - número de registo do desenho:

é o número com que o desenho foi registado por quem o executou;

é o numero de identificação no arquivo

Espaço 6 - referência de alterações ou reedição do desenho:

As alterações são indicadas através de números ou letrasmaiúsculas;

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Conceitos Preliminares

Componente Científico-Tecnológica

Na legenda, registam-se as datas em que as reparações sederam.

Espaço 7 - indicação do número do desenho que o presente substitui.

Espaço 8 - indicação do número do desenho que o veio substituir.

Espaço 9 - escala ou escalas em que o desenho está efectuado

Quando houver mais do que uma escala, a 1ª linha é para aescala principal

As restantes são inseridas nas linhas abaixo e em letra minúscula

Espaço 10 - especificação das tolerâncias

Só se indicam quando o desenho não as expressar

Espaço 11 - campo de aplicação do desenho, observações

Espaço 11a - título do que se regista no espaço 11

Espaço 12 - anotações posteriores à execução do desenho

Espaço 12a - nome da empresa e número de registo do novo proprietário do desenho; só se preenche quando o desenho muda de proprie- tário.

Certos tipos de desenho técnico necessitam de referenciar os elementosdesenhados e fazem-no juntando ao desenho uma lista de peças, onde inscrevemos elementos que interessam à identificação das peças que figuram no desenho.

Os elementos que as listas de peças referenciam podem ser todos ou apenasalguns dos abaixo mencionados:

• Referência da peça no desenho

• Designação da peça

• Número da norma que representa a peça

• Número de exemplares iguais

• Material de que a peça é feita

• Estado de acabamento da peça

• Informações adicionais (peso, tratamentos especiais, etc.)

LISTA DE PEÇAS

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Conceitos Preliminares

Componente Científico-Tecnológica

Todos os desenhos de conjunto são, obrigatoriamente, acompanhados por umalista de peças. A lista de peças é, habitualmente, colocada sobre a legendacom o cabeçalho na parte inferior.

O preenchimento da lista de peça deve fazer-se de baixo para cima, sempreque a lista prolongue a legenda.

A norma (NP-205) estabelece os tipos de listas de peças que o desenho técnicodeve adoptar e sua largura é de 180 ou 190 mm, conforme o tipo de legendaadoptada.

A figura I.4 mostra dois tipos de listas de peças e, embora defina dimensõespara a largura das colunas interiores, podem alterar-se conforme asconveniências.

Figura I.4 - Disposições possíveis da lista de peças

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Conceitos Preliminares

Componente Científico-Tecnológica

A cotagem que figura nas peças desenhadas são sempre as medidas reais.

As dimensões com que as peças foram desenhadas estão relacionadas comas medidas reais através de uma escala.

Os elementos desenhados na mesma folha estão sujeitos a uma escala geral,mas essa folha pode conter noutras escalas diferentes, um ou vários pormenoresdesenhados.

Os desenhos de peças grandes utilizam escalas que não permitem esclareceras peças mais pequenas. É necessário recorrer a escalas mais próximas dasreais ou até amplía-las para as tornar compreensíveis.

A escala é a relação entre as dimensões desenhadas e as respectivasdimensões reais.

As escalas podem ser:

• de redução

• de ampliação

Nas escalas de ampliação, o desenho é maior do que o objecto.

Nas escalas de redução, o desenho é mais pequeno do que o objecto.

Segundo a norma portuguesa, as escalas de redução são as seguintes:

1 : 2,5 1 : 5 1 : 10

1 : 20 1 : 50 1 : 100

1 : 200 1 : 500 1 : 1 000

1 / 2 000 1 : 5 000 1 : 10 000

1/ 25 000 1 : 50 000 1 : 100 000

As escalas de ampliação mais usadas são:

2 : 1 5:1 10 : 1

Segundo a norma portuguesa NP- 48, os dois números que figuram na escaladevem ficar separados por dois pontos e não por um traço em diagonal.

ESCALAS

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Conceitos Preliminares

Componente Científico-Tecnológica

A escala (ou escalas) devem inscrever-se sempre no respectivo lugar da legenda.

Além das escalas de redução e de ampliação, há ainda a escala natural, ouseja, 1 : 1.

Uma vez que as cotas são reais, parece não ter sentido fazer o desenho àescala, mas, se pensarmos bem, compreende-se ser vantajoso haver uma certaproporcionalidade entre as peças desenhadas.

Os desenhos depois de executados devem ser arquivados, para serem utilizadossempre que necessário.

Os desenhos executados em papel são arquivados dobrados e a dobragemdeve obedecer às regras que o norma (NP-49) estabelece.

Normalmente, o desenho, depois de dobrado, deve ter as dimensões do formatoA4, ficando a legenda exposta na frente e no canto inferior direito.

A dobragem para dossier deve prever uma margem para fixação, a qual deve serreforçada quando se preveja intensa utilização.

A figura I.5 representa a dobragem dos diversos formatos, quando os desenhosforem executados ao baixo.

DOBRAGEM DO PAPEL DE DESENHO

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Conceitos Preliminares

Componente Científico-Tecnológica

Figura I.5 - Dobragem de desenhos executados ao baixo

Para facilitar a operação de dobragem, devemos marcar traços finos na margemdo original, entre a esquadria e o bordo da folha, para indicar as direcções poronde o desenho deve ser dobrado.

Estas marcações devem obedecer às dimensões apresentadas na figura I.5.

O desenho técnico utiliza vários tipos de linhas e atribui-lhes significadosdiferentes e fáceis de interpretar pelo leitor de desenho.

Para sensibilizar os utilizadores, a norma (NP-62) criou o desenho da figura I.6que evidencia a respectiva aplicação.

TIPOS DE LINHAS

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Conceitos Preliminares

Componente Científico-Tecnológica

ªfeR ahniLedopiT seõçacilpA

a

b

c

d

e

ounítnocossorgoçart

odipmorretnioçart

oidémotnopoçart

onifotnopoçart

onifounítnocoçart

levísivonrotnocedsahnil

satlucoonrotnocedsahnil

etrocedonalpodaçnadummazilaniseuqsahnilotnematartedsanozmazilaniseuqsahnil

oxieedsahnilsaçepsadsamertxeseõçisopmacrameuqsahniluonimileetrocoeuqsonrotnocmenifedeuqsahnil

etrocedonalpodohnimacomatneserpereuqsahnil

seõçcesedeetrocedodajecartsaicítcifsatseraesonrotnoc

aicnêreferedeadamahced,atocedsahnilsahnizivsaçepedonrotnocedsahnil

saditaberseõçcesedonrotnocedsahnilsiacolsetroceduosatsivedetimilsahnil

Figura I.6 - Exemplo da utilização dos vários tipos de linhas

O quadro que acompanha o desenho da figura I.6 estabelece o código de linhasutilizado em desenho técnico.

Significado das linhas

Tabela I.2 - Significado das linhas

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Desenho Técnico I . 17

Conceitos Preliminares

Componente Científico-Tecnológica

Linhas de contorno visível e invisível

Aplicações

Os desenhos da figura I.7 sinalizam os tipos de linhas mais correntes emdesenho técnico.

Figura I.7 - Utilização de vários tipos de linhas

Para além destes, existem os tracejados e linhas de cotagem.

´ ´

´

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Desenho Técnico I . 18

Conceitos Preliminares

Componente Científico-Tecnológica

Figura I.8 - Exemplo de um desenho completo com lista de peças

DESENHO COMPLETO COM LISTA DE PEÇAS

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Desenho Técnico I . 19

Conceitos Preliminares

Componente Científico-Tecnológica

Pretendeu-se deixar claro nesta Unidade Temática que o desenho técnico nãoé uma arte, pelo contrário, é uma técnica que apenas requer o conhecimentodas respectivas regras e de alguma prática.

Transmitiu-se a noção de norma e identificaram-se as normas portuguesasrelativas ao desenho técnico, bem como a sua interligação com as internacionais.

Identificaram-se os materiais utilizáveis na execução dos desenhos, bem comoos formatos de papel disponíveis e a forma de os dobrar para arquivo.

Procedeu-se, igualmente, à identificação dos vários tipos de legenda e à definiçãoda sua função e preenchimento, bem como à explicação da forma como a listade peças é elaborada.

Foi dada a noção de escala, bem como a forma como o desenho técnico autiliza e definiram-se tipos de escala e os valores praticáveis.

Deu-se a conhecer que o desenho técnico pode dar cobertura a vários objectivose fases de trabalho, resultando daí outras tantas divisões e designações.

Definiram-se os tipos de linhas que o desenho utiliza, tal como a seu significadoe aplicação em peças desenhadas.

Apresentamos, ainda, um desenho de conjunto completo, com legenda e listade peças.

RESUMO

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Desenho Técnico I . 20

Conceitos Preliminares

Componente Prática

1. Numa folha de desenho de formato A3 (ao baixo), desenhe a esquadria e alegenda, respeitando a configuração e dimensões estudadas neste módulo.

2. Faça a esquadria e a legenda numa folha de desenho A2 (ao baixo), deacordo com as recomendações citadas no número anterior.

3. Utilizando a folha de desenho referida no ponto 1, proceda à sua dobragemde acordo com as regras estudadas nesta Unidade Temática e proceda àsua furação para arquivo A4.

4. Faça a dobragem da folha de desenho mencionada na ponto 2, depois deconcluída a esquadria e a legenda, bem como a respectiva furação paraarquivo A4.

5. Se precisasse de desenhar uma mesa de uma fresadora, cujas dimensõesenvolventes fossem 1,25 x 0,65 x 0,12m e tivesse que a desenhar numafolha de desenho A3 (ao baixo), que escala utilizaria na representação?

6. Quantas folhas de formato A6 se podem obter com uma folha de desenhode formato 2A0?

ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO

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Desenho Técnico

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Construções Geométricas

Construções Geométricas

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Desenho Técnico II . 1

Construções Geométricas

OBJECTIVOS

No final desta Unidade Temática, o formando deverá estar apto a:

• Identificar as entidades geométricas que serão apresentadas;

• Executar todas as construções descritas;

• Aplicar as entidades geométricas em casos práticos.

TEMAS

• Segmentação

• Bissectriz de um ângulo

• Perpendiculares

• Paralelas

• Construção de triângulos

• Construção de quadrados

• Construção do pentágono

• Construção do hexágono

• Traçado de circunferências

• Tangentes à circunferência

• Concordâncias

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Desenho Técnico II . 2

Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

• Concordâncias entre segmentos de rectas e arcos

• Concordâncias entre arcos

• Elipses por método directo

• Elipses por método rigoroso

• Elipses por método prático

• Resumo

• Actividades / Avaliação

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Desenho Técnico II . 3

Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

Consiste em dividir um segmento de recta com um comprimento qualquer, numnúmero qualquer de partes iguais.

A figura II.1 representa dois métodos distintos para se dividir o segmento derecta AB em sete partes iguais.

1 Na figura II.1 A tira-se o segmento AC pelo ponto A, com uma inclinaçãoqualquer;

2 Marcam-se sete divisões da régua sobre a recta AC, a começar em A;

3 Une-se a divisão 7 do segmento AC com o ponto B do segmento AB;

4 Tiram-se paralelas a B7 pelos pontos 1 a 6 do segmento AC até interceptaro segmento AB que fica, assim, dividido em sete partes iguais.

1 Na figura II.1 B tiram-se verticais pelos pontos A e B do segmento AB;

2 Coloca-se uma escala inclinada, a cruzar as verticais de A e B, e de modo aque o zero da régua coincida com a vertical de A e o ponto 7 coincida com avertical de B;

3 Tiram-se verticais pelos pontos 1 a 6 da régua até interceptar o segmentoAB;

4 AB ficou dividida em sete partes iguais.

Figura II.1 - Divisão de uma linha em partes iguais

SEGMENTAÇÃO

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Desenho Técnico II . 4

Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

1 É dado o ângulo BAC que se mostra em (a) da figura II-2 para traçar abissectriz;

2 Com centro em A , traçar um arco de raio R até interceptar os lados AB e ACnos pontos E e F, respectivamente;

3 Com centro em F e E, traçar arcos de raio ( r ) até se cruzarem no ponto D;

4 Une-se A com D;

5 AD é a bissectriz do ângulo BAC.

Figura II.2 - Bissectriz de um ângulo (sequência de operações)

Figura II.3 perpendicular a AB, passando pelo seu ponto médio. AB é umsegmento de recta.

1 Pelos pontos A e B, traçamos arcos de raio R, maior que metade do segmentoAB;

2 Os arcos de raio R cruzam-se acima e abaixo do segmento AB, nos pontosC e D;

3 Unimos C com D;

4 O segmento CD é perpendicular ao ponto médio do segmento AB.

BISSECTRIZ DE UM ÂNGULO

PERPENDICULARES

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Desenho Técnico II . 5

Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

Figura II.3 - Perpendicular ao meio de um segmento

Figura II.4 perpendicular a AB, passando por qualquer dos seus pontos.

1 Por um ponto C fora do segmento AB, traçamos uma circunferência de raioR (qualquer) secante à recta AB e que passe pelo ponto E qualquer dosegmento AB;

2 A circunferência corta o segmento AB nos pontos E e D;

3 Unimos o ponto D com o ponto C e prolongamos até cruzar a circunferênciaP;

4 Unimos o ponto P com E;

5 O segmento PE é perpendicular ao segmento AB.

Figura II.4 - Perpendicular num ponto qualquer de um segmento

Figura II.5 perpendicular a AB, passando pelo seu ponto extremo A.

1 Pelo ponto extremo A do segmento AB, traçamos um arco de raio R, quecorta AB no ponto C;

2 Com raio R e centro sucessivamente em C e D, marcamos D e E sobre oarco;

3 Com centro em D e E traçamos arcos de raio r que se cruzam no ponto F;

4 Une-se F com A; o segmento FA é perpendicular ao segmento AB no extremoA.

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Desenho Técnico II . 6

Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

Figura II.5 - Perpendicular num extremo de um segmento

Figura II.6 perpendicular a AB, passando por um ponto fora dela.

1 Pelo ponto C, fora do segmento AB, traçamos um arco que corta o segmentoAB nos pontos D e E;

2 Pelos pontos D e E, traçamos arcos de raio R que se cruzam no ponto F;

3 O segmento CF é perpendicular ao segmento AB.

Figura II.6 - Perpendicular a um segmento, passando por um ponto exterior

Figura II.7 paralela a um segmento de recta AB, passando por um pontoP. AB é um segmento, recto ou curvo.

1 Com centro em P e raio R (qualquer), traçamos o arco CD que intercepta ABno ponto E;

2 Com centro em E e raio R (o mesmo), traçamos o arco FP;

PARALELAS

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Desenho Técnico II . 7

Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

3 Com raio r = PG e centro em E, determinamos o ponto H sobre o arco CD;

4 Unimos P com H;

5 PH é o segmentos paralelo a AB e que passa por P.

Figura II.7 - Paralela a um segmento de recta

Figura II.8 paralela a um segmento de recta AB, tirada à distância CD

1 Com centro num ponto E (qualquer) de AB e raio R = CD, traçamos um arco(a);

2 Com centro em outro ponto F de AB e raio R (igual), traçamos o arco (b);

3 Com a régua traçamos o segmento GH tangente aos arcos (a) e (b);

4 GH é o segmento paralelo a AB, tirado à distância CD.

Figura II.8 - Método alternativo ao da figura II.7

(a) (b)

R=CD R=CD

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Desenho Técnico II . 8

Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

Figura II.9 paralela a um segmento curvo AB, tirado à distância CD

1 Marcamos vários pontos ao longo do segmento AB;

2 Com centro em cada um deles e raio R = CD, traçamos arcos (a1), (a2),(a3);

3 Tiramos a tangente GH a todos os arcos CD;

4 O segmento GH é paralelo ao segmento AB, tirado à distância CD.

Figura II.9 - Paralela a uma linha curva qualquer

Figura II.10 alternativa à figura II.8

1 Com centro num ponto E (qualquer) e raio R = CD, traçamos o arco JK;

2 Ajustamos uma régua e o esquadro à recta AB;

3 Sem deslocar a régua, corremos o esquadro até à tangente do arco JK;

4 Traçamos o segmento GH;

5 GH é a paralela a AB tirada à distância CD.

Figura II.10 - Método alternativo ao da figura II.7 e II.8

(a) (a3)(a

2)

R=CDR=CD

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Desenho Técnico II . 9

Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

a) Desenhar um triângulo de lados conhecidos A, B e C:

a sequência das figuras e a sua simplicidade dispensam o texto.

Figura II.11 - Construção de triângulos de lados conhecidos

b) Desenhar um triângulo rectângulo de que se conhece a hipotenusa e umlado:

1 Achamos o ponto médio (M) da hipotenusa (perpendicular ao meio de AB);

2 Com centro em M e raio AB : 2, traçamos a circunferência que passa por Ae B;

3 Com centro em A e raio R, determina o ponto C sobre a circunferência;

4 Une o ponto C com A e B;

Figura II.12 - Construção de um triângulo dada a hipotenusa e um cateto

5 ACB é o triângulo rectângulo procurado.

CONSTRUÇÃO DE TRIÂNGULOS

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Desenho Técnico II . 10

Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

Triângulos são figuras planas limitadas por 3 segmentos de recta (lados);

Com três lados iguais, o triângulo diz-se equilátero;

Com dois lados iguais, diz-se isósceles;

Com todos os lados desiguais diz-se escaleno.

Figura II.13 - Classificação dos triângulos quanto aos lados

Se tem três ângulos agudos, diz-se acutângulo;

Se tem um ângulo obtuso, diz-se obtusângulo;

Se tem um ângulo recto, diz-se rectângulo.

Figura II.14 - Classificação dos triângulos quanto aos ângulos

Equilátero Isósceles Escaleno

Acutângulo Rectângulo Obtusângulo

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Desenho Técnico II . 11

Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

CONSTRUÇÃO DE QUADRADOS

Definição: São figuras planas limitadas por quatro segmentos de recta (lados)

iguais e formando ângulos rectos entre si. São quadriláteros (figuras de 4 lados).

a) Figura II.15 desenhar um quadrado sendo conhecido o lado AB;

1 Tiramos a perpendicular ao segmento AB pelo ponto A;

2 Com centro em A e raio AB marcamos o ponto C sobre a perpendiculartirada por A;

3 Com centro em C e B, sucessivamente, e raio AB, determinamos o ponto D;

4 Unimos C e B com D;

5 Completamos o quadrado.

Figura II.15 - Construção de um quadrado de lado conhecido

b) Figura II.16 alternativa à figura II.15

1 Com régua e esquadro de 45º, traçamos verticais pelos pontos A e B;

2 Com o lado maior do esquadro de 45º, traçamos diagonais por A e B;

3 As diagonais interceptam as verticais de A e B nos pontos C e D,respectivamente;

4 Unimos C com D;

5 Fechamos o quadrado.

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Desenho Técnico II . 12

Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

Figura II.16 - Alternativa ao método da figura II.15

c) Figura II.17 desenhar um quadrado sendo dado a circunferênciacircunscrita;

1 Desenhar dois diâmetros perpendiculares entre si;

2 Unimos entre si os pontos de intercepção dos diâmetros com a circunferência;

3 Fechamos o quadrado.

Figura II.17 - Construção de um quadrado inscrito numa circunferência

d) Figura II.18 desenhar um quadrado sendo dada a circunferência inscrita;

1 Desenhar dois diâmetros perpendiculares entre si;

2 Com a régua e o esquadro de 45º traçar tangentes à circunferência; (seguira ordem indicada no desenho)

3 Fechamos o quadrado.

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Desenho Técnico II . 13

Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

Figura II.18 - Construção de um quadrado circunscrito numa circunferência

Figura II.19 é dada a circunferência circunscrita ao pentágono;

1 Traçamos dois diâmetros perpendiculares entre si;

2 Traçamos a perpendicular ao meio do raio OD do diâmetro horizontal;

3 Determinamos o ponto C;

4 Com centro em C e raio CA, determinamos o ponto E no prolongamento deOD;

5 Com centro em A e raio AE, determinamos o ponto B sobre a circunferência;

6 Com abertura AB do compasso, dividimos a circunferência em cinco partesiguais;

7 Traçamos o pentágono.

Figura II.19 - Construção de um pentágono inscrito numa circunferência

CONSTRUÇÃO DO PENTÁGONO

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Desenho Técnico II . 14

Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

Figura II.20 o lado do hexágono é igual ao raio da circunferênciacircunscrita:

1 Abrimos o compasso na distância AO e marcamos sucessivamente AF, FE,ED, DC, etc;

2 Unem-se os pontos AF, FE, ED, DC, CB e BA;

3 Concluiu-se o hexágono.

Figura II.20 - Construção de um hexagono inscrito numa circunferência

Figura II.21 arcos de raio R centrados em pontos opostos A e B:

1 Abertura do compasso R = AP, com centro em A determina os pontos S e Z;

2 Novo arco de raio R = BQ, com centro em B determina os pontos X e U;

3 Unem-se sucessivamente os pontos AS, SX, XB, BU, UZ, ZA;

4 O hexágono ficou fechado;

Figura II.21 - Método alternativo ao da figura II.20

CONSTRUÇÃO DO HEXÁGONO

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Desenho Técnico II . 15

Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

Figura II.22 traçar uma circunferência por 3 pontos A, B e C;

1 Desenhar as linhas AB e BC que serão cordas da circunferência;

2 Traçar as perpendiculares OE e OD ao meio das cordas AB e BC,respectivamente;

3 A intercepção das linhas OE e OD definem o centro da circunferência.

Figura II.22 - Circunferência a passar por três pontos

Figura II.23 determinar o centro de uma circunferência dada

1 Traçar uma corda AB, preferivelmente horizontal;

2 Desenhar perpendiculares AD e BE à corda AB tiradas por A e B;respectivamente;

3 Desenhar as diagonais BD e AE;

4 As diagonais BD e AE interceptam-se no centro C da circunferência.

Figura II.23 - Determinação do centro de uma circunferência

TRAÇADO DA CIRCUNFERÊNCIA

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Desenho Técnico II . 16

Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

Figura II.24 desenhar uma circunferência de raio R, tangente a ponto deuma linha dada;

1 Desenhar uma perpendicular à linha tirada pelo ponto dado (P);

2 Marcar o raio R da circunferência sobre a perpendicular;

3 Desenhar a circunferência.

Figura II.24 - Circunferência tangente a uma linha

Tangente a uma circunferência é a linha, recta ou curva, que mantém com acircunferência um único ponto comum.

O segmento de recta (a) e a circunferência (c) são tangentes à circunferência(b), porque qualquer delas tem apenas um ponto de comum com (b).

Figura II.25 - Tangente a uma circunferência num ponto

TANGENTES À CIRCUNFERÊNCIA

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Desenho Técnico II . 17

Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

Figura II.26 desenhar o segmento de recta AC que passa por um ponto Aexterior e tangente a uma circunferência dada;

1 Desenhamos a recta que une A com o centro O da circunferência;

2 Determinamos o ponto médio do segmento AO;

3 Com centro em B ponto médio de AO desenhamos a semi - circunferênciaACO;

4 Une-se A com C;

5 AC é a tangente pedida.

Figura II.26 - Tangente a uma circunferência passando por um ponto

Figura II.27 desenhar uma tangente exterior a duas circunferências;

1 Unem-se os centros das duas circunferências de raios (R e r) e obtém-se osegmento AB;

2 Determina-se o ponto médio de AB, ou seja, o ponto U;

3 Com centro no ponto médio de AB, desenha-se a circunferência C;

4 Com centro em A traça-se a circunferência de raio (R – r);

5 As circunferências C e (R – r) interceptam-se no ponto G;

6 Une-se A com G até cruzar a circunferência de raio R no ponto P;

7 Por B tira paralela a AP até cruzar a circunferência de raio r no ponto T;

8 PT é a tangente às 2 circunferências.

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Desenho Técnico II . 18

Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

Figura II.27 - Tangente exterior a duas circunferências

Concordância ou linha de concordância é a linha que faz a passagem entreduas outras, de modo a evitar pontos angulosos.

Concordância geométrica é uma linha curva, geométrica, simples ou composta,geralmente simples (arco), cujo centro está geometricamente bem definido eque é utilizada para ligar linhas situadas no mesmo plano.

Este conceito aplica-se à ligação entre pontos e rectas, entre segmentos derecta, entre arcos e entre segmentos de recta e arcos.

Figura II.28 desenhar o arco de raio R que faz concordância de um pontoP com um segmento de recta AB.

1 Desenha-se a linha DE, paralela à linha AB à distância R;

2 Desenha-se o arco (a) de raio R com centro em P;

3 A linha DE e o arco (a) interceptam-se no ponto C;

4 C é o centro do arco de concordância entre P e AB.

CONCORDÂNCIAS

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Desenho Técnico II . 19

Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

Figura II.28 - Arco tangente a uma linha, passando por um ponto

Figura II.29 Desenhar o arco de raio R que faz concordância com umponto T é com outro arco de raio G;

1 Desenhar um arco de raio (G + R) com centro no centro do arco (a);

2 Desenhar um arco de raio R com centro em P;

3 Com centro em C, intercepção dos dois arcos, desenhar o arco deconcordância (b).

Figura II.29 - Arco tangente a uma circunferência, passando por um ponto

Figura II.30 Desenhar o arco de raio R tangente a dois segmentos derecta perpendiculares;

1 Com centro no ponto de intercepção dos dois segmentos; desenho o arco(a) de raio R;

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Desenho Técnico II . 20

Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

2 Desenhar os arcos (b) e (c) de raio R com centro em T;

3 P é o ponto de intercepção dos arcos (b) e (c);

4 Com centro em P, desenha-se um arco de raio R tangente ao dois segmentos;

Figura II.30 - Concordância entre duas rectas perpendiculares

Concordância entre um segmento de recta e um arco é um outro arco que étangente, simultaneamente, ao arco e ao segmento de recta dados.

Figura II.31 Desenhar um arco de raio R que faz a concordância entredois segmentos de recta que fazem entre si um ângulo agudo ou umângulo obtuso;

1 Desenhar linhas paralelas aos segmentos de recta dados e à distância Rdeles;

2 As duas linhas interceptam-se no ponto C;

3 Traçar perpendiculares de C para os segmentos dados, até encontrar ospontos T;

4 Com centro em C, desenhar um arco de raio R a ligar os pontos T dos doissegmentos.

CONCORDÂNCIAS DE SEGMENTOS DE RECTAS E ARCOS

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Desenho Técnico II . 21

Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

Figura II.31 - Concordância entre dois segmentos de recta, formando ângulosdiferentes de 90º

Figura II.32 Desenhar um arco de concordância de raio R, entre umsegmento de recta e um outro arco de raio G;

Caso A)

1 Desenhar uma linha paralela ao segmento de recta AB e à distância R dele;

2 Desenhar um arco de raio (G + R) e centro em O, do arco (x);

3 O arco de raio (G + R) e a linha paralela a AB interceptam-se no ponto C;

4 Unir C com o centro O e desenhar a perpendicular tirada de C para a linhaAB; obtiveram-se os pontos T que irão limitar o arco da concordância;

5 Desenhar o arco de raio R entre os pontos T da linha AB e do arco de raio G;

Figura II.32 - Concordância entre um segemento de recta e uma circunferência

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Desenho Técnico II . 22

Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

Figura II.33 Desenhar um arco de concordância interior, de raio R, entreum segmento de recta AB e outro arco de raio G;

Caso B)

1 Desenhar uma linha paralela ao segmento de recta AB e à distância R dele;

2 Desenhar um arco de raio (G – R) e centro em O do arco (y);

3 O arco de raio (G – R) e a linha paralela a AB interceptam-se no ponto C;

4 Unir C com o centro O e desenhar a perpendicular tirada de C para a linhaAB; obtiveram-se os pontos T que limitam o arco de concordância;

5 Desenhar o arco de raio R entre ao pontos T da linha AB e do arco de raio G.

Figura II.33 - Concordância entre um arco e um segmento de recta

Concordância entre dois arcos é um outro arco que é tangente, simultaneamente,

aos dois primeiros arcos.

Figura II.34 Desenhar um arco tangente, de raio R, a duas circunferênciasexteriores de raios G e H e com centros em A e B, respectivamente;

1 Com centro em A e B, desenhamos arcos com raios (G + R) e (H + R),respectivamente, que se cortam no ponto C;

2 Unimos C com A e B para definir os pontos de tangência da concordância;

3 Com centro em C e raio R, traço o arco de concordância entre os pontos Tdos dois arcos.

CONCORDÂNCIAS ENTRE ARCOS

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Desenho Técnico II . 23

Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

Figura II.34 - Concordância entre duas circunferências exteriores

Figura II.35 Desenhar um arco tangente, de raio R, a duas circunferênciasinteriores de raios G e H e com centros em A e B, respectivamente;

1 Com centro em A e raio (G + R) desenho o arco (a);

2 Com centro em B e arco de raio (H – R) desenho o arco (b);

3 Os dois arcos (a) e (b) cruzam-se no ponto C;

4 Uno o ponto C com os pontos A e B para determinar os pontos T de tangência;

5 Com centro em C e raio R desenho o arco de concordância (d) entre ospontos T:

Figura II.35 - Concordância entre duas circunferências interiores

É uma curva plana, fechada, que define uma área que admite um eixo de simetriae no qual é possível definir pontos opostos (focos), que gozam da seguinteparticularidade: a soma das distâncias de qualquer ponto da curva aos doisfocos têm um valor constante.

O método directo baseia-se no conhecimento dos eixos maior e menor daelipse ou na constância da soma das distâncias de qualquer ponto da elipseaos focos.

O método baseia-se no mesmo, mas faz a sua aplicação por um processofeométrico.

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Guia do Formando

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Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

ELIPSES POR MÉTODO DIRECTO

A traçagem da elipse pelo método directo baseia-se no desenho dascircustâncias cujos diâmetros se identificam com os eixos de elipse e emparalelas aos eixos tiradas pelos pontos de intersepção das circustâncias comos respectivos raios.

Figura II.36 Construção da elipse pelo método das circunferênciasconcêntricas; Eixo maior = AA; Eixo menor = CC

1 Desenham-se circunferências sobre o eixo maior (AA) e menor (CC) daelipse;

2 Traçam-se diâmetros (XX) a interceptar as duas circunferências;

3 Nos pontos (X) sobre a circunferência maior, traçam-se paralelas ao eixomenor;

4 Nos pontos (H) sobre a circunferência menor, traçam-se paralelas ao eixomaior;

5 Os cruzamentos das duas paralelas são pontos da elipse;

6 Podemos ter tantos pontos quantos quisermos;

7 Um escantilhão de curvas faz a união dos pontos.

Figura II.36 - Construção de elipse pelo método das circunferências concêntricas

Figura II.37 Construção da elipse pelo método dito do jardineiro;

O método dito jardineiro é um método prático com aplicações no terreno e emcaldeiraria. Baseia-se em fazer circular um marcador (ou traçador) ao longo deum fio com o comprimento do eixo maior da elipse e fixo aos focos pelasrespectivas extremidades.

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Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

Conhecidos os eixos maior e menor pode determinar os focos e traçar a elipse;CE = CF = AO

Com centro em C e abertura do compasso = 1 / 2 do eixo maior; marca osfocos; EPF é um fio flexível = AB

Fixa as pontas nos focos.

A circulação do ponto P desenha a elipse.

Figura II.37 - Construção de elipse pelo método do jardineiro

Figura II.38 Construção da elipse pelo método dos focos;

O método da elipse por método rigoroso baseia-se na propriadades dos focosque diz que a soma da distância de ambas a qualquer ponto da elipse é sempreigual ao eixo maior da elipse.

São conhecidos o eixo maior AB e o eixo menor CD;

Com raio R = OB = AO = metade do eixo maior e centro em C, marcam-se osfocos;

1 Marcam-se vários pontos no semi-eixo maior AO (F1, G1, H1, …)

2 Faz a intercepção dos arcos de raio B-F1 e centro em F2 com A-F1 e centroem F1; obtém-se duas intercepções por cada ponto do eixo, são dois pontosda elipse;

ELIPSES POR MÉTODO RIGOROSO

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Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

3 Repete-se a marcação 1) no semi-eixo BO (F2, G2, H2, …);

4 Faz-se a intercepção dos arcos de raio B-F2 e centro em F2 com A-F2 ecentro em F1; obtém-se dois pontos da elipse por cada ponto do eixo;

5 Unem-se os pontos com um escantilhão de curvas para desenhar a elipse.

Figura II.38 - Construção de elipse pelo método dos focos

Construção de uma elipse de eixos oblíquos figura II.39

O método traçagem de elipses de eixos oblíquos baseia-se na correspondênciaentre a elipse e a circunferência correspondente, traçadas com os mesmoseixos, desde que se conheça a inclinação do eixo da elipse.

São conhecidos o eixo maior AB e o eixo menor DE e a inclinação deste;

1 Desenhamos a circunferência de diâmetro AB e centro em C, bem como oeixo menor;

2 Traçamos o diâmetro FG e unimos FD e GE;

3 Por cada ponto do eixo AB, tiram-se paralelas ao diâmetro FG e ao eixo DE;

4 As paralelas a FD tiradas por cada ponto R da circunferência dá um pontoda elipse;

5 Unem-se os pontos de intercepção obtidos:

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Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

Figura II.39 - Construção de elipse pelo método dos focos

Construção de elipses isométrica em planos ortogonais figura II.40

Na perspectiva isométrica, as circunferências convertem-se em elipses cujoseixos maior e menor têm comprimentos pouco diferentes. Isto deve-se ao factodo quadrado circunscrito à circunferência se converter num paralelogramo comângulos internos diferentes.

A figura II-40 representa circunferências desenhadas nas três faces ortogonaisde um cubo representado em perspectiva isométrica.

As elipses podem desenhar-se por qualquer dos processos já vistos ou por umprocesso simplificado como o que a figura representa, mas menos exacto, eque a seguir se descreve.

ELIPSES POR MÉTODO PRÁTICO

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Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

Figura II.40 - Construção de elipse pelo método dos focos

Procedimentos:

1 Desenhar o paralelogramo que irá circunscrever a elipse a eixos, formando120º entre si e orientação dos eixos do plano de representação.

2 Desenhar a diagonal tirada pelo ângulo agudo do paralelogramo.

3 Unir os vértices dos ângulos obtusos com o meio do lado oposto.

4 As linhas definidas pelas alíneas 2 e 3 interceptam-se no centro do arcomenor.

5 Os vértices dos ângulos obtusos são os centros dos arcos maiores

Nota: Cada um dos quatro arcos começa e termina em pontos de tangênciaconsecutivos.

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Construções Geométricas

Componente Científico-Tecnológica

A presente Unidade Temática dedicou-se a vários aspectos geográficos quepodem contribuir a resolução de problemas de desenho.

Foram definidas regras para o traçado rigoroso das figuras geométricas planasmais correntes, tais como quadrados, triângulos, pentágonos, hexágonos eelipses.

No que respeita às elipses, foram estudados vários métodos, uns mais simplese outros mais rigorosos, para proceder ao seu traçado.

Foi, igualmente, definida a sequência de procedimentos referentes ao traçadode prependiculares a vários pontos de uma recta e também as referentes aotraçado de paralelas.

Procedeu-se ao traçado da circunferência, da qual são conhecidos três pontos,bem como à determinação do centro de circunferência definidas no todo ou emparte.

Estabeleceram-se as regras para dividir um segmento em um número qualquerde partes iguais.

Definiram-se tangentes a uma circunferência e a forma de proceder ao seutraçado rigoroso, pressupondo diversos condicionantes.

Caracterizámos várias aplicações das concordâncias e a forma de asexecutarmos rigorosamente.

RESUMO

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Construções Geométricas

Componente Prática

1. Reproduza o desenho abaixo representado com base na matéria da UnidadeTemática que acabou de estudar.

Figura II.41 - Gancho

ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO

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Perspectivas

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Perspectivas

OBJECTIVOS

No final desta Unidade Temática, o formando deverá estar apto a:

• Diferenciar, à vista, os tipos de perspectiva e relacioná-los com a posição doobjecto e a orientação das projectantes;

• Desenhar peças prismáticas e de revolução nos vários tipos de perspectiva:cavaleira, isométrica e dimétrica;

• Desenhar perspectivas, por adição e subtracção de componentes;

• Definir a orientação mais conveniente à representação do objecto;

• Desenhar superfícies curvas não regulares nos vários tipos de perspectiva;

• Desenhar cortes em perspectiva e orientar o respectivo tracejado.

TEMAS

• Projecções

• Perspectivas

• Perspectiva isométrica

• Elipses em perspectiva isométrica

• Curvas isométricas

• Perspectiva cavaleira

• Traçado rigoroso da elipse na perspectiva cavaleira

• Perspectiva dimétrica

• Simplificação em perspectiva

• Leitura de perspectiva

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Perspectivas

Componente Científico-Tecnológica

• Tracejados em perspectiva

• Cortes em perspectiva

• Meios cortes em perspectiva

• Desenho em vista explodida

• Resumo

• Actividades / Avaliação

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Perspectivas

Componente Científico-Tecnológica

A representação de um objecto pode ser feita através de dois tipos de desenhodiferentes:

• Projecções ortogonais

• Perspectivas

Ambas têm vantagens e inconvenientes;

• Nas projecções ortogonais definem-se os objectos de uma forma maisadequada e mais rigorosa, mas estão longe de se identificarem com a imagemvisual que temos deles e não são fáceis de compreender para quem nãoestá familiarizado com as regras do desenho, sobretudo com objectoscomplexos.

• As perspectivas dão uma imagem mais próxima da imagem que nós temos,mas falha no rigor dos pormenores.

Há três variantes de perspectiva, mas apenas são correntes as duas últimas:

• perspectiva cónica

• perspectiva cavaleira

• perspectiva axonométrica

As figuras que seguem mostram uma mesma peça representada nas trêsperspectivas acima referidas; são evidentes as diferenças que entre elasrepresentam.

Figura III.1 - Diferenças de representação nas três perspectivas

PROJECÇÕES

Perspectiva cavaleira Perspectiva cónicaPerspectiva axonométrica

isométrica

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Perspectivas

Componente Científico-Tecnológica

A perspectiva axonométrica pode, por sua vez, apresentar-se em três versõesligeiramente diferentes. As figuras que seguem denotam as respectivasdiferenças.

Figura III.2 - Eixos da perspectiva axonométrica

A perspectiva cónica (ou central) representada tem dois ângulos de fuga, isto é,as dimensões contraem-se segundo dois eixos ( XX e YY).

As figuras que seguem mostram a posição do objecto em relação ao plano deprojecção e a forma como ele se projecta no referido plano.

As figuras III.3 e III.4 mostram a forma de obter a perspectiva cavaleira e aperspectiva cónica, respectivamente.

Em qualquer delas, o objecto é colocado paralelamente ao plano de projecção,mas diferem na orientação das projectantes.

Em ambas as perspectivas, as projectantes são oblíquas em relação ao planode projecção, mas diferem na forma como se dispõem entre si; na perspectivacavaleira, são paralelas e na cónica, como o nome indica, convergem todasnum ponto.

Perspectiva axonométricaisométrica

Perspectiva axonométricadimétrica

Perspectiva axonométricatrimétrica

PERSPECTIVAS

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Perspectivas

Componente Científico-Tecnológica

A perspectiva cónica adapta-se melhor ao nosso sistema de visão, mas desenhá--la não é fácil e, por isso, não é corrente na prática do desenho industrial.

As figuras III.5 e III.6 mostram a forma de obter as projecções ortogonais e aperspectiva axonométrica.

Em ambas, as projectantes são paralelas entre si e perpendiculares ao planode projecção; diferem somente na orientação do objecto. Na projecção ortogonal,o objecto é colocado paralelamente ao plano de projecção e na perspectivaaxonométrica toma uma posição oblíqua em relação ao mesmo plano.

Figura III.3 Figura III.4

Figura III.4 - Perspectiva cónicaFigura III.3 - Perspectiva cavaleira

A

B

C

D

E

F A

B

F

F

GD

C

E F

B

CD

GHA

D

AB

FF

G

Figura III.5 Figura III.6

Figura III.5 - Projecções ortogonais (vistas) Figura III.6 - Perspectiva axonométricas

Objecto

Projectantes paralelas entre si eperpendiculares ao plano

Observadorno infinito

Objecto

Projectantes paralelas entre si eperpendiculares ao plano

Observadorno infinito

DC

AB

D

AB A

A

BD

C 30º

30º

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Perspectivas

Componente Científico-Tecnológica

Todo o desenho industrial utiliza a representação da figura III.5, enquanto queas perspectivas desempenham funções secundárias. Usam-se em desenhosde montagem e para facilitar a leitura de certos desenhos em projecção ortogonalou nos sistemas de trabalho baseados na identificação visual.

A figura III.7 apresenta um objecto desenhado em perspectiva isométrica(axonométrica), em que o lado AB (eixo dos ZZ) é vertical e os lados AD e AC(eixos dos XX e dos YY) fazem ângulos de 30º com a horizontal.

Figura III.7 - Perspectiva isométrica (fases de tranformação)

Estas três linhas que fazem ângulos de 120º entre si constituem o sistema deeixos em que a representação isométrica é feita.

A figura evidencia o paralelismo das linhas de contorno do objecto ao sistemade eixos representado.

Nesta representação, as arestas contíguas fazem sempre ângulos iguais entresi (120º) e as dimensões nos três eixos são as medidas reais.

A sequência que a figura mostra evidencia a vantagem de começar o desenhopor uma figura simples para a ir progressivamente complicando.

Este tipo de desenho é facilitado quando se utiliza papel com quadriculadopróprio, dito iso métrico.

PERSPECTIVAS ISOMÉTRICAS

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Perspectivas

Componente Científico-Tecnológica

A figura III.8 apresenta a forma de marcar a direcção dos eixos representativosdo sistema isométrico, bem como todas as linhas de contorno;

Os eixos isométricos podem ser colocados em qualquer posição, desde quese respeite o ângulo de 120º que eles devem formem entre si, como é visível nafigura III.9.

Figura III.8 - Forma prática para encontrar os eixos isométricos

Figura III.9 - Variantes da orientação dos eixos isométricos

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Perspectivas

Componente Científico-Tecnológica

A figura III.10 representa a peça em projecções ortogonais, em duas vistas e afigura III.11 mostra a mesma peça em perspectiva isométrica, que pretendemosobter.

Figura III.10 - Vistas de uma peça

Começamos por desenhar a peça em perspectiva isométrica, sem furo, deacordo com as regras anteriores.

Figura III.11 - Perspectiva isométrica da peça da figura III.12

ELIPSES EM PERSPECTIVA ISOMÉTRICA

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Perspectivas

Componente Científico-Tecnológica

Desenho da elipse:

Desenha-se na figura III-10 o quadrado que circunscreve a circunferência etraçamos as respectivas diagonais.

Marcamos a = ( 2 / 3 ) x b (ver figura III.12)

As linhas tiradas por (a) interceptam as diagonais sobre a circunferência

1 Marcamos os eixos na peça maciça em perspectiva;

2 Traçamos o quadrado que circunscreve a circunferência;

3 Traçamos as diagonais do quadrado;

4 Marcamos (a) igual a 2 /3 de (b = lado do quadrado);

5 As linhas (a) definem mais quatro pontos da elipse;

6 Os eixos já tinham definido quatro pontos da elipse;

7 Unindo os 4 pontos do quadrado com os quatro pontos das diagonais,definimos a elipse.

Para traçar a circunferência da face oposta:

1 Marcam-se vários pontos sobre a circunferência da face;

2 Tiramos verticais por esses pontos;

3 Em cada uma delas marcamos a espessura da peça;

4 Unindo esses pontos na área descoberta, obtemos a elipse da base (parte).

A figura III.13 dá apoio às operações acima mencionadas.

Figura III.12 - Construção da elipse aplicada à circunferência

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Perspectivas

Componente Científico-Tecnológica

Figura III.13 - Construção da elipse pelo método da figura III.12

A figura III.14 mostra a peça em projecção ortogonal e a figura III.15 mostra a

peça que pretendemos obter.

Figura III.14 - Peça em duas vistas, com linha de contorno irregular

CURVAS ISOMÉTRICAS

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Perspectivas

Componente Científico-Tecnológica

Figura III.15 - Peça correspondente ao desenho da figura III.14

1 Começamos por desenhar a placa rectangular, sem qualquer corte, seguindoa cotagem lida na projecção ortogonal;

2 Marcamos na face superior da placa os pontos do perfil, utilizando as cotasdo desenho;

3 Usando uma cércea, desenha-se a linha que une os pontos marcados;

4 Traçam-se verticais (quantas quisermos) ao longo da linha do perfil;

5 Marca-se a espessura da peça em todas as verticais;

6 Unem-se os pontos assim obtidos;

7 Assim se obtém a peça da figura 3-15.

A sequência dos desenhos da figura abaixo indicada mostra o seguimento dodesenho da curva isométrica.

Figura III.16 - Traçado isométrico da curva da figura III.12

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Perspectivas

Componente Científico-Tecnológica

A figura III.17 representa uma perspectiva cavaleira e o respectivo desenho teminício pela vista de frente das projecções ortogonais, só depois desenhamos aprofundidade da peça.

Figura III.17 - Fases da preparação da perspectiva cavaleira

É usual desenhar a profundidade sob um ângulo de 45º e o comprimento reduzidoa 50%. As linhas de contorno horizontal e vertical são desenhadas a 100% docomprimento.

Embora os números de 45º e 50º sejam recomendados como os mais figurativos,podem ser usados ângulos entre 30º e 60º e reduções entre 40º e 75º.

Na frente da perspectiva cavaleira, os furos são representados por circunferências,visto que os seus eixos são perpendiculares.

As elipses e as curvas que figurem no plano de profundidade, são desenhadassegundo os critérios definidos para as perspectivas isométricas.

A figura III.18 mostra um apoio de veio (chumaceira) em projecção ortogonal.

Figura III.18 - Peça simples desenhadas em duas vistas

PERSPECTIVA CAVALEIRA

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Perspectivas

Componente Científico-Tecnológica

A figura III.19 mostra a mesma peça em perspectiva cavaleira.

Figura III.19 - Fases de preparação da perspectiva cavaleira da peça da figura III.18

A figura III.20 apresenta quatro direcções de fuga (a 45º) para perspectiva cavaleira:

Figura III.20 - Variantes da orientação dos eixos em perspectiva cavaleira

As regras que se seguem aplicam-se ao traçado das elipses nos três planos daperspectiva cavaleira, dado que a face da frente está definida por eixosperpendiculares.

As regras que se seguem são válidas com todas as perspectivas e quaisquerque sejam os ângulos dos respectivos eixos:

1 Desenhar uma circunferência com diâmetro igual ao eixo maior da elipse;na figura III.21, foram utilizadas as faces de um cubo, mas os planos poderiamestar separados.

2 Desenhar os eixos da circunferência e os eixos da elipse (vertical e horizontal)-eixo menor da elipse, depende da redução que se fizer e que pode serqualquer uma;

TRAÇADO RIGOROSO DA ELIPSE NA PERSPECTIVA CAVALEIRA

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Perspectivas

Componente Prática

3 A relação entre o eixo maior da elipse (vertical) e o eixo da circunferência éum, por isso, as medidas verticais passam da circunferência para a elipsesem redução;

4 Vamos supor que a profundidade foi representada a 50%; assim, a relaçãoentre o eixo menor da elipse e o diâmetro da circunferência seria de 0,5; asmedidas horizontais são reduzidas a 50% na passagem da circunferênciapara a elipse;

5 Traço paralelas ao eixo horizontal na circunferência (a) e na elipse (a1);

6 Meço a distância (x) na circunferência (sobre (a)) e marco (x / 2) no linha(a1) da elipse, a medições são feitas a partir da aresta do quadradocircunscrito, como mostra a figura;

Figura III.21 - Traçado de elipses a partir da circunferência respectiva

7 Unem-se os pontos obtidos, usando cércea ou escantilhão de curvas;

8 Obteve-se a perspectiva correspondente aos eixos utilizados;

Nota: Obtém-se tantos pontos da elipse quantos se quiser.

Desenho em perspectiva cavaleira.

X1

a

X

L/2

X1/2

L

X/2a1

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Perspectivas

Componente Prática

Dada a manivela representada em projecção ortogonal, desenhar a perspectivacavaleira correspondente.

O desenho foi feito por fases para que o formando possa acompanhar a sequênciados traçados.

Figura III.22 - Fases de preparação de uma perspectiva cavaleira

Caso de Estudo III . 1

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Perspectivas

Componente Científico-Tecnológica

A perspectiva dimétrica posiciona o objecto obliquamente em relação ao planode projecção, mas não define ângulos de posicionamento;

A figura III.23 traduz o aspecto que a perspectiva define:

Figura III.23 - Orientação dos eixos da perspectiva dimétrica

É corrente adoptar-se os seguintes valores para os ângulos a e b:

a = 7º 10’ b = 41º 25’

A consequência dos valores dos ângulos a e b reflecte-se no valor dos lados d1,d2 e d3

d1 e d2 são desenhados à escala 1 : 1;

d2 é desenhado à escala 1 : 2;

Sem alterar os ângulos referidos, o objecto pode tomar várias posições; a figuraIII.24 representa algumas delas:

Figura III.24 - Alternativas de orientação dos eixos em perspectiva dimétrica

PERSPECTIVA DIMÉTRICA

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Perspectivas

Componente Científico-Tecnológica

Em projecção dimétrica, as elipses desenham-se por intermédio da construçãogeométrica utilizada na perspectiva isométrica.

A perspectiva dimétrica executa-se com esquadro próprio; usa-se menos doque a isométrica, embora a representação esteja mais próxima da imagem quetemos dos objectos.

A figura III.25 mostra que, partindo de uma figura simples, chegamos, poraproximações sucessivas, à forma complicada do objecto:

Figura III.25 - Preparação de uma perspectiva dimétrica por decomposição

Os objectos que se desenham nem sempre são bastante simples para que otrabalho seja fácil.

Normalmente, os objectos reais com que trabalhamos são figuras compostaspor elementos simples associados de formas diferentes.

Simplifica-se o trabalho se decompusermos mentalmente o objecto e, a partirda base, formos associando ao desenho os sucessivos componentes.

Outras vezes, partimos de uma peça simples para, pouco a pouco, subtrairmosos excessos em relação ao objecto final.

A figura III.26 define o desenho de perspectiva por adição de elementos e afigura III.27 define-o por subtracção de elementos.

SIMPLIFICAÇÃO EM PERSPECTIVA

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Perspectivas

Componente Científico-Tecnológica

Figura III.26 - Preparação de uma perspectiva por junção de elementos

São dois métodos correntes para simplificar o desenho de perspectiva. Com oprocesso representado na figuras III.27 é possível chegar-se a resultados finaiscomplexos e com bastante facilidade.

Em ambas as soluções, o importante é respeitar rigorosamente o paralelismoaos eixos e executar uma desagregação (ou agregação) de cada vez.

LEITURA DE PERSPECTIVA

Figura III.27 - Decomposição de um modelo em perspectiva

O desenho de perspectiva de um objecto, em esboço ou rigoroso, ficará muitosimplificado se usarmos papel próprio.

Existe papel isométrico com linhas orientadas segundo os eixos isométricos,formando triângulos equiláteros com lados referenciados à cota de 10 mm.

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Desenho Técnico III . 19

Perspectivas

Componente Científico-Tecnológica

De igual forma, existe papel dimétrico com linhas paralelas aos eixos dimétricos,formando losangos, também referenciados à cota de 10 mm.

O papel quadriculado corrente permite trabalhar em perspectiva cavaleira, seusarmos a direcção da diagonal da quadrícula como 3º eixo.

Usando papel de desenho fino bastante para dar transparência colocando-osobre qualquer dos referidos papéis, podemos executar qualquer perspectivacom muita facilidade.

Figura III.28 - Conversão entre vistas e perspectivas

Há estiradores especiais que permitem executar estes trabalhos com rigor. Otampo de madeira foi substituído por um tampo de vidro, com caixa inferior parailuminação.

As perspectivas devem ser orientadas, de modo a permitir o máximoesclarecimento sobre os objectos.

A orientação geral de qualquer trabalho de perspectiva deve cingir-se,preferencialmente, àquela que o cubo da figura III.29 representa:

Vista de frente, vista de cima e vista de esquerda.

Figura III.29 - Orientação recomendada para as perspectivas

Os objectivos representados na figura III.28 foram alcançados por subtracçãodos excessos que o cubo envolvente possuia.

Vista de cima

Vista de esquerda

Vista de frente

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Guia do Formando

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Desenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho Técnico III . 20III . 20III . 20III . 20III . 20

Perspectivas

Componente Científico-Tecnológica

Os cortes em perspectiva são sinalizados por tracejados cujas linhas devemser desenhadas com inclinação convencional.A inclinação varia com o valor dos ângulos que definem a superfície a tracejar.

A figura III.30 define a inclinação, quer para os diferentes tipos de perspectiva,quer, ainda, em cada um dos respectivos planos.

Figura III.30 - Tracejados nos planos ortogonais de perspectiva

Foram construídos paralelogramos de lados iguais, sobre os eixos utilizadosna perspectiva;

Os lados do paralelogramo sofrem as reduções inerentes aos eixos em quesão desenhados.

A inclinação nos planos verticais é definida pela inclinação das respectivasdiagonais; no plano horizontal, a inclinação é definida pela inclinação das outrasduas.

Assim, dentro da mesma peça, a inclinação do tracejado muda com a secçãode corte. Note-se que esta situação não existe nas projecções ortogonais.

Na perspectiva, a intercepção das secções tracejadas, como se pode ver nafigura III.31, é definida por uma linha grossa de contorno visível.

TRACEJADOS EM PERSPECTIVA

Perspectiva isométrica Perspectiva cavaleiraPerspectiva dimétrica

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Desenho Técnico III . 21

Perspectivas

Componente Científico-Tecnológica

Figura III.31 - Perspectiva com corte

Os cortes em perspectiva tem o mesmo objectivo dos cortes em projecçõesortogonais, ou seja, definir os vazios interiores sem ter que recorrer a linhasocultas.

Quando pretendemos executar um corte numa peça em perspectiva, devemosescolher o plano de corte mais conveniente.

É mais conveniente o plano de corte que nos mostra os contornos interiores.

Quando o corte é total, a melhor solução é começar por desenhar a secção e,a partir dela, completar a perspectiva.

A secção foi desenhada, utilizando apenas dois dos três eixos isométricos(figura III.32a).

Figura III.32 - Fases de preparação de uma perspectiva cortada

CORTES EM PERSPECTIVA

Perspectiva isométrica eixos a 120ºa mesma escala nos 3 eixos.Sequência se procedimentos paradesenhar uma perspectiva em corte.

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Perspectivas

Componente Científico-Tecnológica

Paralelas ao terceiro eixo tiradas pelos vértices da secção, permitem completarfacilmente a perspectiva (figura III.32b).

Na representação isométrica, as cotas são marcadas em tamanho real (1/1).

Assim, concluímos a meia peça em perspectiva (figura III.32c).

A direcção do tracejado é tomada pela diagonal maior da secção (45º sobre oeixo da secção); como toda a secção se encontra no mesmo plano, o tracejadotem todo a mesma inclinação.

A distância entre linhas do tracejado é arbitrária, mas também deve sercompatível com o tamanho da secção.

Em caso de dificuldade no completamento da figura, pode preferir desenharprimeiro a perspectiva sem cortes, construindo-a por sobreposição de elementosparcelares.

Para desenhar apenas meio corte em perspectiva dimétrica (ou outra), é preferívelcomeçar por desenhar a perspectiva inteira; só depois deve executar as duasmeias secções perpendiculares.

Seja a peça da figura III.33a), representada em duas vistas:

Figura III.33 - Perspectiva em corte a 1/4

MEIOS CORTES EM PERSPECTIVA

Eixos de perspectivaaxonométrica dimétrica

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Desenho Técnico III . 23

Perspectivas

Componente Científico-Tecnológica

Operações:

1 Executa a peça paralelepipédica da base, segundo os três eixos dimétricos;

2 Executa o cilindro em cima, a partir do paralelepípedo;

3 Escolhe as secções para corte (III.33b);

4 Completa as secções;

5 Executa o tracejado (III.33c).

O tracejado executado no plano de 7º 30’ tem as linhas com afastamento normal;

No plano de 42º, as linhas têm metade do afastamento que foi usado no planode 7º.

A figura III.34, representa um desenho de uma peça em perspectiva isométrica,a partir do seu desenho em projecções ortogonais.

Figura III.34 - Vista e perspectiva em corte

A perspectiva deve ser desenhada em corte total.

Operações:

1 Escolher os eixos em que o corte vai ser desenhado;

2 Traçar os eixos do corte;

3 Desenhar o corte representado na vista de frente à escala 1:1;

4 Pelos vértices do corte tirar paralelas ao 3º eixo;

5 Sobre os lados da 3ª dimensão, marca as distâncias medidas na vista decima da projecção ortoginal.

6 Inserir tracejado na secção representada em corte. Como o corte estádesenhado à escala 1:1, o tracejado é representado com inclinação a 45º.

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Desenho Técnico III . 24

Perspectivas

Componente Prática

A figura abaixo indicada representa um cilindro em duas vistas (III.35a).

Altura do cilindro 50 mm

Diâmetro da base 90 mm

Cada quadrado 10 mm

Executar o cilindro em perspectiva dimétrica. O eixo do cilindro é paralelo àlinha de eixo a 7º.

Faça as elipses pelo método das diagonais (8 pontos) figura III.35b.

Figura III.35 - Construção de um cilindro em perspectiva dimétrica

a) O cilindro em projecções ortogonais com vista de frente e de cima.

b) Figura geométrica para desenhar o cilindro em perspectiva.

Caso de Estudo III. 2

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Desenho Técnico III . 25

Perspectivas

Componente Científico-Tecnológica

Solução:

1 Traçar os eixos xyz do sistema dimétrico;

2 Traçar o paralelogramo nos eixos 42º x 90º (no eixo de 42º dimensões = 1 / 2);

3 Traçar as diagonais do paralelogramo;

4 Dividir o eixo maior em seis partes iguais;

5 Tirar paralelas ao eixo menor pelos pontos a 1 /3 dos extremos;

6 Marcar os cruzamentos das linhas ( alínea 5) com as diagonais;

7 Marcar as intercepções dos eixos maior e menor com o paralelogramo;

8 A 50 mm do paralelogramo, sobre o eixo de 7º, copiar o paralelogramo comas respectivas diagonais;

9 Passar os pontos das alíneas 6) e 7) para o paralelogramo da alínea 8;

10 Traçar a elipse à mão livre sobre os oito pontos do primeiro paralelogramo;

11 Idem para os oito pontos do 2º paralelogramo;

12 Traçar as tangentes às duas elipses;

13 Concluiu o cilindro em perspectiva dimétrica.

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Desenho Técnico III . 26

Perspectivas

Componente Científico-Tecnológica

A figura III.36 representa um conjunto relativamente simples que é constituídopor várias peças, que se montam umas nas outras.

As linhas finas que ligam os três grupos indicam o local onde elas vão ligar-se.

Olhando para uma desenho deste tipo, estamos habilitados a proceder a qualquermontagem, basta seguir as linhas de ligação.

Nestes desenhos, devem sempre figurar as peças todas, por mais pequenasou maiores que elas possam ser.

Este tipo de desenho é considerado de extrema utilidade nas operações dedesmontagem e montagem de sistemas mecânicos ou outros.

São apenas referenciados por números de ordem, ou part numbers ou qualquernúmero de código interno. Aliás, é o sistema que utilizam as casas deacessórios.

Neste tipo de desenho, as peças são desenhadas em perspectiva, não interessaqual, apenas interessa que através da imagem a peça possa ser identificada.

Figura III.36 - Conjunto em vista explodida

Note-se que neste tipo de desenho as peças são representadas sem atenderàs regras praticadas nas projecções ortogonais.

Repare-se que as roscas foram desenhadas esquematicamente; assimaparentam mais realidade.

DESENHO EM VISTA EXPLODIDA

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Desenho Técnico III . 27

Perspectivas

Componente Prática

RESUMO

Começámos por apresentar os diferentes tipos de perspectiva para que osformandos os passam comparar e ver as diferenças quer de representação,quer de preparação.

Posto isso, tratámos separadamente de cada uma das perspectivas, semprecom base em desenhos dispersos e em construções sequenciais.

Assim, foram tratadas as perspectivas isométricas, cavaleira e dimétrica.

Para facilitar a compreensão deste tipo de desenho, incluímos detalhessequenciais do desenho de uma curva de perfil qualquer, em perspectivaisómétrica.

Analisaram-se as perspectivas cavaleira e dimétrica, através da sucessão dedesenhos que completaram a representação final.

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Desenho Técnico III . 28

Perspectivas

Componente Prática

1. Desenhe em perpectiva isométrica as seguintes peças representadas emprojecção ortogonal

Cada quadrado = 10 mm

2. Desenhe em perspectiva cavaleira as seguintes peças representadas emprojecção ortogonal

Cada quadrado = 10 mm

ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO

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Conceitos Preliminares

Componente Prática

3. Desenhe em perspectiva isométrica

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Desenho Técnico

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Projecções Ortogonais

Projecções Ortogonais

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Desenho Técnico IV . 1

Projecções Ortogonais

OBJECTIVOS

No final desta Unidade Temática, o formando deverá estar apto a:

• Arrumar as vistas no papel de desenho e identificar a respectiva designaçãoconvencional;

• Diferenciar o método europeu do método americano, quer através de símbolos,quer pela análise de vistas;

• Orientar as peças em relação aos planos de projecção e definir as vistasmais convenientes;

• Utilizar os planos auxiliares de projecção na representação de faces oblíquas;

• Interpretar as formas correntes de desenho simplificado;

• Interpretar desenhos com vistas de corte, sejam eles totais, parciais ouapenas locais;

• Interpretar a representação dos diferentes tipos de corte usados em desenhotécnico;

• Diferenciar as peças que figuram inteiras nos cortes;

• Identificar e interpretar a representação de secções.

TEMAS

• Projecções ortogonais

• Projecção de superfícies

• Projecção de sólidos

• Projecção em três planos ortogonais

• Normas de representação das projecções ortogonais

• Método europeu

• Método americano

• Mudança de vistas por rotação do objecto

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Desenho Técnico IV . 2

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

• Fases sequenciais do desenho

• Número de vistas necessárias para definir um objecto

• Vistas auxiliares

• Vistas auxiliares totais e parciais

• Desenho simplificado / vistas parciais

• Desenho de peças compridas

• Rebatimentos convencionais

• Cortes e secções

• Escolha do plano de corte

• Técnica de representação de cortes . Leitura de um desenho cortado

• Tracejados

• Utilização de meios cortes

• Corte por planos paralelos

• Planos de corte concorrentes

• Cortes locais

• Rebatimento de secções deslocadas

• Rebatimento de secções

• Peças que não se cortam

• Resumo

• Actividades / Avaliação

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Desenho Técnico IV . 3

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

As projecções ortogonais são largamente utilizadas em desenho técnico e sãoo melhor instrumento para converter ideias em desenhos.

No desenho de projecção ortogonal, o objecto espelha-se em três planosperpendiculares entre si e paralelos às faces do objecto.

Os objectos projectam-se através dos seus vértices e linhas de contorno e,unindo estes, obtém-se a projecção do objecto.

As linhas que transportam os pontos do objecto para o plano de projecçãodizem-se projectantes e são sempre paralelas entre si e perpendiculares aoplano.

Assim, a partir da projecção de pontos, podemos representar linhas, superfíciese sólidos geométricos em um, dois ou três planos de projecção.

A projecção de um segmento de recta (figura IV.1) é a linha que une as projecçõesdos pontos (1 e 2) que definem o referido segmento.

Figura IV.1 - Projecção de um segmento de frente

Figura IV.2 - Projecção de um segmento de topo

PROJECÇÕES ORTOGONAIS

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Desenho Técnico IV . 4

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Figura IV.3 - Projecção de um segmento oblíquo

Na figura IV.1, a projecção é paralela ao objecto e, por isso, tem as mesmasdimensões.

Na figura IV.3, a projecção já não é paralela ao objecto e, por isso, as suasdimensões não são iguais. É por esta razão que os objectos devem ser colocadosparalelamente aos planos de projecção.

Uma projecção deformada, como sucede na figura IV.3, não cumpre os objectivosdo desenho técnico.

Nas figuras IV.1 e IV.3, a projecção é um segmento de recta, muito embora asegunda não seja utilizável.

Na figura IV.2, as projecções dos pontos um e dois são coincidentes e o segmentoé representado por um ponto.

As figuras IV4, IV.5 e IV.6 representam a projecção ortogonal de uma superfície

plana orientada de maneira diferente em relação ao plano de projecção.

PROJECÇÕES DE SUPERFÍCIES

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Desenho Técnico IV . 5

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Figura IV.4 - Projecção de uma superfície de perfil

Figura IV.5 - Projecção de uma superfície de frente

Figura IV.6 - Projecção de uma superfície oblíqua

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Desenho Técnico IV . 6

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Quando a superfície plana é perpendicular ao plano de projecção, ele aparecerepresentado por um linha (figura IV.4).

Quando a superfície é paralela ao plano de projecção, ele aparece representadoem verdadeira grandeza (figura IV.5).

Porém, se a superfície está oblíqua, aparece, então, representado por umasuperfície mais pequena do que o objecto (figura IV.6).

Desta maneira, uma superfície plana projecta-se sempre como nas as figurasIV.4 e IV.5.

Na projecção de sólidos (peças), a profundidade do objecto perde-se no plano

de projecção.

É o que demonstram as figuras IV.7, com o desenho na frente das peças.

O desenho completo de uma peça necessita de várias projecções e o observadorprecisa de saber conjugá-las para identificar o objecto em todos os seuspormenores.

Figura IV.7 - Uma única projecção é insuficiente para representar um objecto

PROJECÇÃO DE SÓLIDOS

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Desenho Técnico IV . 7

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Para que o desenho de uma peça fique completo, normalmente recorre-se àsua projecção em três planos ortogonais.

• Plano de frente

• Plano horizontal

• Plano de perfil

Figura IV.8 - Projecção em três planos ortogonais

A peça fica sempre entre o observador e a projecção.

A projecção toma o nome da posição do observador.

Concluídas as projecções, procede-se ao rebatimento dos três planos, tal comosurge indicado (setas R). A figura IV.8 mostra a disposição final das projecções(vistas).

PROJECÇÃO EM TRÊS PLANOS ORTOGONAIS

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Desenho Técnico IV . 8

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Figura IV.9 - Posição relativa das vistas depois de rebatidas

Método Europeu e Método Americano

Há dois métodos de representação para as projecções ortogonais:

• O método europeu

• O método americano

Todos os desenhos com origem europeia seguem o primeiro método, como éevidente. Porém, dada a proveniência americana de muitos dos equipamentosque nós usamos, não é descabido dar conhecimento do segundo método.

Estes dois métodos são identificados por um pequeno símbolo que deveacompanhar os desenhos. A ausência do mesmo obriga à identificação préviado método utilizado no desenho.

A figura IV.10 representa os símbolos correspondentes aos dois métodos.

Figura IV.10 - Símbolos dos métodos de desenho

NORMAS DE REPRESENTAÇÃO DAS PROJECÇÕES ORTOGONAIS

Método Europeu Método Americano

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Desenho Técnico IV . 9

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Em qualquer dos métodos, podem definir-se seis projecções ortogonais, umapor cada face do objecto (peça). A diferença está na forma como estão dispostasno papel.

No método europeu, para ver a projecção circular da figura IV.10, devo colocar--me à direita do tronco de cone. No método americano, para ver a mesmaprojecção, devo colocar-me entre elas.

Ambos os métodos utilizam uma caixa para justificar a distribuição das vistas.Desenham nas faces internas da caixa, como mostra a figura IV.11, usando osrespectivos métodos e, ao abrirem a caixa, fica definida a posição das diferentesvistas.

A figura IV.11 mostra o posicionamento da peça dentro da caixa, bem como asprojecções da peça e a forma de abertura da caixa pelo método europeu.

Figura IV.11 - Planificação das projecções

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Desenho Técnico IV . 10

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Observando a figura IV.11, conclui-se que as vistas estão sempre do lado opostoà imagem que o observador recolhe da peça.

Pela figura IV.12, vê-se que as quatro vistas horizontais estão todas ao mesmonível e as vistas verticais estão todas no mesmo enfiamento.

Figura IV.12 - Disposição das vistas segundo o método europeu

Assim:

A vista de trás ficou colocada à direita, mas também poderia ter ficado à esquerda(NP-327).

O método europeu também se denomina “método do 1º diedro”.

MÉTODO EUROPEU

.ªfeR oãçangiseD oãçazilacoL

1 etnerfedatsiV larteC

2 amiCedatsiV oxiabme

3 atieriDedatsiV adreuqseà

4 adreuqseedatsiV atieridà

5 oxiabedatsiV amicme

6 sárTedatsiV atieridáodut

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Desenho Técnico IV . 11

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Este método é usado apenas em alguns países anglo-saxónicos, por isso surgeaqui apenas com aspecto informativo.

Pelo que dissemos deste método, já sabemos que a projecção e o observadorestão do mesmo lado em relação à peça. As vistas estão posicionadas aocontrário do método europeu.

A planificação da figura IV.13 representa o objecto da figura IV.14 em projecçõesortogonais, segundo o método americano.

Figura IV.13 - Disposição das vistas segundo o método americano

Nota: Também neste método, a vista de trás pode figurar indiferentemente àesquerda (como está) ou à direita (norma NP-327).

Para verificar as diferenças entre o método europeu e americano, as projecções(vistas) foram referenciadas pela mesma ordem.

As vistas 2 e 5, tal como 3 e 4, estão trocadas nos métodos americano eeuropeu.

Daqui em diante, apenas utilizaremos o método europeu.

MÉTODO AMERICANO

.ªfeR oãçangiseD oãçazilacoL

1 etnerfedatsiV larteC

2 oxiabedatsiV oxiabme

3 adreuqseedatsiV adreuqseà

4 atieridedatsiV atieridà

5 amicedatsiV amicme

6 sárTedatsiV adreuqseáodut

Central

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Desenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho Técnico IV . 12IV . 12IV . 12IV . 12IV . 12

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Obter as vistas do objecto pelo processo representado na figura IV.11, não éfácil nem prático. Ele destina-se a justificar o porquê do posicionamento dasvistas.

A figura IV.14 mostra um processo prático de obter as vistas de uma peça semque o observador seja obrigado a imaginar-se a mudar de posição.

Coloca-se o objecto na posição 1 e rodamo-lo 90º sobre si próprio, para aesquerda ou direita, para cima ou para baixo, para obter vistas adjacentes àvista de frente.

Figura IV.14 -Prática de posicionar as vistas da peça

A configuração do objecto da figura IV.14 facilita a interpretação dos movimentos;as posição 2 e 5 estão na mesma vertical e são opostas em relação à posição1.

As posições 3 e 4 são horizontais e também são opostas em relação à vista defrente.

As setas traduzem os movimentos da peça a partir da posição 1 (vista defrente).

A vista de frente pode ser qualquer, mas é boa regra escolher aquela que traduzmelhor a configuração da peça. O desrespeito por este conceito pode obrigar adesenhar mais vistas, resultando em mais trabalho e desenhos mais confusos.

Se as faces não ficassem paralelas aos planos de projecção, o desenho dariafaces deformadas e isso não é aceitável.

Se alguma das faces ficar oblíqua em relação aos planos de projecção, poderáser necessário recorrer a plano auxiliar (paralelo à face oblíqua) para obter umaprojecção complementar.

MUDANÇA DE VISTAS POR ROTAÇÃO DO OBJECTO

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Desenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho Técnico IV . 13IV . 13IV . 13IV . 13IV . 13

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Casos de relacionamento entre projecções

Perspectivas / projecções ortogonais / perspectivas

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Caso de Estudo IV . 1

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Desenho Técnico IV . 14

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Soluções:

Figura 1 - Representa as projecções ortogonais, no sistema europeu, da peçadesenhada em perspectiva.

Escolheu-se para vista de frente aquela que, só por si, dava melhor ideia doobjecto.

As outras duas vistas resultam da aplicação das regras referidas na páginaIV.10.

Figura 2 - Supondo que a perspectiva está correcta, as projecções ortogonaisestão erradas por vários motivos que passamos a analisar:

A face que a perspectiva vira para nós é a que melhor ideia nos dá da peça e,por isso, deve ser escolhida para vista nas projecções ortogonais. Mas a vistade frente das projecções ortogonais mostra que o rebaixo está situado à frentee do lado oposto ao real.

De resto, as três vistas representadas estão todas conformes entre si e com aperspectiva.

Figura 3 - As vistas de frente e de cima estão conformes entre si e com aperspectiva.

Note-se na vista da orientação escolhida para a vista de frente (ver figura dapágina IV.12).

A vista de frente é que dá melhor informação da peça e as vistas representadasestão todas conformes entre si e com o objecto.

Figura 4 - A vista de frente é que dá melhor informação da peça e as vistasrepresentadas estão todas conformes entre si e com o objecto.

Figura 5 - Ver as considerações da figura 4.

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Desenho Técnico IV . 15

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Desenho da peça (a)

1 Localização do desenho na folha de papel. Fixação de margens e intervalosentre vistas e rectângulos circunscritos.

2 Definição de pormenores nos respectivos rectângulos.

3 Limpeza do desenho (carregar linhas finais e apagar linhas de construção).

Figura IV.15 - Fases sequenciais de um esboço em projecções ortogonais

FASES SEQUENCIAIS DO DESENHO

Espessura

Altu

ra

Largura(a)

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Desenho Técnico IV . 16

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

NÚMERO DE VISTAS NECESSÁRIAS PARA DEFINIR UM OBJECTO

Observando as peças da figura IV.14, é notório que podemos dispensar algumasvistas. Bastavam as vistas 1 - 2 - 4.

Se a vista de frente fosse a 4, bastariam a vista de frente e a respectiva vista decima.

Todavia, contamos sempre com três vistas para representar qualquer peça; amelhor solução é a que contém a vista de frente (obrigatória), a vista de cima ea vista de esquerda (ou direita).

Quando a vista de esquerda e a de direita são igualmente informativas, opta-sepela vista de esquerda, se bem que não seja vinculativo.

A representação em três vistas é suficiente, na maioria dos casos. Todavia, osobjectos complexos podem necessitar de mais, totais ou parciais.

Quem faz o desenho deve determinar quantas vistas é necessário fazer-se paraque a(s) peça(s) fique(m) completamente defenida(s).

As peças da figura IV.16a) precisam de duas vistas porque tem vistas de frenteiguais e as peças da figura IV.16b) têm vistas de cima iguais.

Figura IV.16 ab - Peças representadas em duas vistas

Porém, algumas peças, muito simples, podem ser representadas, em desenho,por uma única vista, desde que se recorra a certas formas auxiliares derepresentação:

a) b)

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Desenho Técnico IV . 17

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

• Sobreposição de duas vistas (IV.16c)

• Símbolos de cotagem (IV.16d)

• Inserção de texto numa das vistas (IV.16e)

Figura IV.16c) d) e) - Peças simples representadas em uma vista

Observando a figura IV.17, pode ver-se o grau de complexidade das peças.

Figura IV.17 - Peças de complexidade média representadas em duas vistas

As peças representadas na figura IV.17 podem considerar-se de complexidademédia e, todavia, ficaram completamente definidas com apenas duas vistas, talcomo sucede a um grande número de peças.

Para que a representação fosse completa faltariam outros elementoscompletamentares, nomeadamete as cotas mas isso é um assunto que serátratado em outra Unidade Temática.

A peça da figura IV.18a) tem todas as faces paralelas aos planos de projecçãoortogonal, mas o mesmo não sucede com a peça da figura IV.18b).

Todas as projecções da figura IV.18c) representam as faces da peça em tamanhoreal, enquanto que a figura IV.18d) apresenta uma face deformada.

VISTAS AUXILIARES

Linha de chamada em traço mais finoc) d) e)

Secção circular

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Desenho Técnico IV . 18

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Para representar a face em verdadeira grandeza, é preciso projectá-la numplano oblíquo, que seja paralelo à dita face (plano auxiliar).

Figura IV.18a) - Todas as faces paralelas aos planos de projecção

Figura IV.18b) - Uma face oblíqua aos planos de projecção

Figura IV.18c) - Todas as faces em verdadeira grandeza

Figura IV.18d) - Projecção auxiliar mostra a face oblíqua em verdadeira grandeza

Vista A

face emtamanho real

plano auxiliar

faces deformadas

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Desenho Técnico IV . 19

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

A vista auxiliar só interessa à representação das faces oblíquas aos planos deprojecção e quando nos convier que todas as faces apareçam em verdadeiragrandeza.

Nestas circunstâncias, é preciso proceder como mostra a figura IV.18d), quecombina as vistas normais com vistas auxiliares.

Além disso, deve assinalar (seta e letra) o sentido em que a vista foi observadae sinalizar a vista com a mesma informação (letra).

Desenhar uma vista completa num plano auxiliar não tem interesse.

No plano auxiliar, só se desenha a parte oblíqua da peça. A figura IV.20 confirmaisto mesmo.

Se a vista fosse completa, fornecia o desenho da figura IV.21 em que parte seapresenta deformada.

Nestas circunstâncias, as vistas auxiliares devem tratar apenas as zonasoblíquas da peça.

A vista auxiliar termina por linha de fecho, fina e torsa, como a figura IV.20mostra.

A figura IV.19 representa a forma de ajustamento do plano auxiliar aos planosortogonais e à peça.

Figura IV.19 - Definição do plano auxiliar necessário

VISTAS AUXILIARES TOTAIS E PARCIAIS

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Desenho Técnico IV . 20

Projecções Ortogonais

Componente Prática

Figura IV.20 - Projecções de uma peça com faces oblíquas

A figura IV.20 mostra um objecto em três projecções ortogonais (a vista dadireita e a de cima são parciais). Apresenta também uma vista auxiliar da faceinclinada.

Figura IV.21 - Forma de obter a projecção auxiliar a partir das projecções ortogonais

A figura IV.21 mostra a forma de refazer zonas da peça por rebatimento depontos do contorno.

Desenho de uma zonadeformada a partir deuma vista auxiliar.

Projecção num planoortogonal com o planoda vista de perfil.

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Desenho Técnico IV . 21

Projecções Ortogonais

Componente Prática

Exercícios resolvidos para leitura da aplicação de planosauxiliares

Fig. IV.22a - Projecções de uma peça com uma face oblíqua total

Fig. IV.22b - Projecções de uma peça com face oblíqua parcial

As projectantes do plano auxiliar são perpendiculares ao plano.

O afastamento da vista auxiliar em relação ao plano é arbitrário.

Caso de Estudo IV . 2

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Desenho Técnico IV . 22

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

As vistas com um eixo de simetria, têm duas partes iguais; vistas com doiseixos de simetria, têm quatro partes iguais, duas a duas ou todas iguais. Se apeça é de revolução.Se tiver um eixo de simetria, basta desenhar metade davista; se tiver dois eixos de simetria, basta desenhar um quarto.

A parte desenhada deve ficar limitada por linhas de eixo (uma ou duas, conformeos casos). Um sinal (=) desenhado nos extremos da vista e sobre a linha deeixo, indica que a parte que não foi desenhada é igual à que o desenho mostra.Este procedimento permite:

• poupar tempo de desenho

• ganhar espaço de papel para desenhar mais

• aumentar a escala do desenho

Seguem-se algumas aplicações em peças com um e dois eixos de simetria.

Figura IV.23 - Vista completa à esquerda e simplificada à direita

Figura IV.24 - Vista completa com dois eixos de simetria e vista simplificada à direita

DESENHO SIMPLIFICADO/ VISTAS PARCIAIS

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Desenho Técnico IV . 23

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Figura IV.25 - Vista com furação completa à esquerda e vista simplificada à direita

Figura IV.26 - Peças recartilhadas desenhadas de forma simplificada

As peças compridas, quando a sua secção for uniforme, podem ser representadas

por um desenho encurtado. Também se aplica quando a variação da secção foruniforme.

A zona média é excluída do desenho; poupa-se papel e trabalho, sem prejuízoda sua interpretação, desde que se conheçam as regras de representação.

As partes inicial e final são fechadas por uma linha de eixo ou uma linha derotura, tal como as figuras IV.26 / 29 representam:

Figura IV.27 - Linhas de eixo separam as partes suprimidas. A peça é de secção uniforme

DESENHO DE PEÇAS COMPRIDAS

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Desenho Técnico IV . 24

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Figura IV.28 - Peça tronco-cónica representada pelos terminais. A secção tem variaçãouniforme

Devido à conicidade da peça, os contornos são obrigatoriamente descontínuos.

Figura IV.29 - Braço de manivela; secção intermédia uniforme na vista representada

Figura IV.30 - Tubo de secção uniforme, em corte, representado pelos extremos

Devido à sua configuração e sempre que surjam vantagens para a respectivaleitura, a projecção ortogonal não é inteiramente respeitada.

Nestes casos, a representação rigorosa torna o desenho confuso e a suainterpretação torna-se falível.

REBATIMENTOS CONVENCIONAIS

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Desenho Técnico IV . 25

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Estão nesta situação peças com nervuras ou orelhas assimétricas, bem comopeças cilíndricas ocas e com furos ou saliências transversais.

As figuras que se seguem mostram a representação rigorosa e a convencionalde algumas dessas situações.

Figura IV.31 - É um prato de união com três nervuras a 120º

A primeira vista de esquerda é a convencional e está correcta.

A segunda é a rigorosa; está confusa e dá lugar a erro de leitura.

Para facilitar a leitura, é necessário sinalizar o rebatimento na vista de frente.

Figura IV.32 - É uma peça cilíndrica oca com furo transversal; furo cilíndrico (em cima),furo quadrado (em baixo). A representação da esquerda é rigorosa e a da direita é

convencional

Figura IV.33 - São os braços de um volante; A segunda é representação convencional

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Desenho Técnico IV . 26

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

As peças com pormenores geram vistas com muitas linhas de contorno ocultas.

As vistas com muitas linhas, sejam de contorno visível ou ocultos, tornam-secomplicadas.

As vistas da figura IV.34a) estão carregadas de linhas e a sua leitura não é fácil.

Para simplificar a leitura, simulam-se cortes que abrem as peças, por forma aconverter as linhas de contorno ocultas em linhas de contorno visíveis (facilita aleitura).

Simulado o corte, supõe-se que a parte da frente da peça foi retirada e ficaramà vista as linhas de contorno internas (figura IV-34b)).

Figura IV.34 - a) Peça desenhada em vistas com invisíveis b) Peça desenhada em corte esem invisíveis

Cada corte figura numa única vista (a que o mostra com mais detalhe).

Nas peças em que se faz um único corte, basta uma vista para representá-lo;as outras vistas ficam inteiras.

É preciso marcar o caminho do corte, de contrário não sabemos onde ficam ospormenores que o corte mostra. A linha de corte é uma linha de eixo postaonde se imaginou o corte.

Os extremos da linha são mais carregados e comportam letras que se repetemde baixo do corte.

As linhas que indicam as áreas cortadas são sempre inclinadas a 45º, para aesquerda ou para a direita; o seu espaçamento é uniforme dentro do mesmocorte.

CORTES E SECÇÕES

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Desenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho Técnico

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica IV . 27IV . 27IV . 27IV . 27IV . 27

Quando o espaçamento é pequeno, a vista fica com mancha preta; o que nãose usa.

Figura IV.35 - Simulação do corte

A orientação do plano de corte depende da configuração da peça e da suaorientação em relação aos planos de projecção ortogonal e, ainda, do pormenorque se deseja ver.

Uma coisa é certa, o plano de corte tem que ser paralelo a um dos planos deprojecção e é nesse plano que a vista vai ficar cortada.

Por outro lado, o plano de corte tem que mostrar o pormenor interior pela suamaior dimensão; as figuras IV.36a), b) mostram essa situação.

Na figura IV.36a), passou pelo maior comprimento do furo (plano de corte defrente); na figura IV.34b), passou pelo diâmetro do furo (plano de corte horizontal).

Assim, o corte da figura IV.36a) vai aparecer no plano de frente (na vista defrente) e o corte da figura IV.36b) vai aparecer no plano da base (na vista decima).

ESCOLHA DO PLANO DE CORTE

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Desenho Técnico IV . 28

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Figura IV.36 - a) Corte por um plano de frente b) Corte por um plano horizontal

A peça da figura IV.36a) fica em corte na vista de frente; a vista de cima estáinteira, mas é nela que vai ficar a linha de corte.

A peça da figura IV.36b) fica em corte na vista de cima; a vista de frente ficainteira e é nesta que figura a linha de corte.

As setas nos extremos da linha de corte estão voltadas para a vista em corte.Junto de cada seta, figura uma letra; as letras podem ser iguais ou diferentes.

As duas letras juntam-se debaixo da vista em corte; Só assim sabemos ondeestá aquilo que o corte mostra.

A peça da figura IV.37a) é paralelepipédica e tem um furo central com rebaixocilíndrico num dos lados, segundo a leitura do desenho.

O plano de corte vai passar ao longo do eixo horizontal da vista de cima.

A metade anterior é supostamente retirada e a parte de trás corresponde àfigura IV.37b).

TÉCNICA DE REPRESENTAÇÃO DE CORTES. LEITURA DE UMDESENHO CORTADO

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Desenho Técnico IV . 29

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Figura IV.37ab Legenda: a) Peça em duas vistas b) Corte da peça a comidentificação das linhas de contorno

Figura IV.37cd Legenda: c) Corte da peça IV.37a sem as linhas de contorno

representada d) Corte da peça IV.36a com as linhas de contorno representadas

As superfícies produzidas pelo corte têm a seguinte identificação:

(1 - 2 - 5 - 6 - 10 - 9) e (3 - 4 - 12 - 11 - 7 - 8)

A figura IV.37c) representa apenas as áreas cortadas, mas não o corte da peça;faltam-lhe várias linhas de contorno visíveis.

Quando a figura IV.37b) é vista na direcção indicada, os arcos (A), (B), (C) e (D)são linhas de contorno visíveis e não foram representados.

A figura IV.37d) dá a conhecer as secções ligadas pelos segmentos (2 - 3),(6 - 7), (5 - 8) e (10 - 11), que correspondem aos arcos A, B, C, e D da figuraIV.37b), respectivamente.

A face de cima da figura IV.37a) é representada pelo segmento (1 - 4) e a facedebaixo é representada pelo segmento (9 - 12).

O fundo do rebaixo é representado pelo segmento (5 - 8).

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Desenho Técnico IV . 30

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

As superfícies cilíndricas do furo e do rebaixo estão representadas pelas secçõesquadradas (6 - 7 - 11 - 10) e (2 - 5 - 8 - 3), respectivamente.

As superfícies que representam cortes e secções são tracejadas para fácildiferenciação entre as superfícies cortadas das não cortadas.

Os tracejados correntes são linhas de traço fino e equidistantes dentro de cadavista e de cada peça.

Quando muda a peça, o tracejado também muda; só assim distinguimos aspeças entre si.

Peças com secções descontínuas devem ter, obrigatoriamente, o mesmotracejado.

Por exemplo: um casquilho atravessado por um veio, quando em corte, mostra-se com duas superfícies cortadas; ambas devem ter, obrigatoriamente, o mesmotracejado.

Dizer-se que tem o mesmo tracejado significa possuir linhas com a mesmainclinação e o mesmo espaçamento.

O tracejado normalizado tem uma inclinação de 45º, para a esquerda ou para adireita.

O espaçamento dos tracejados depende da grandeza da superfície a tracejar:

• pequenas superfícies, espaçamento de 1 mm;

• grandes superfícies, espaçamento de 5 mm.

Com superfícies muito grandes, o tracejado faz-se só junto aos contornos:

Figura IV.38 -Tracejados errados

a) - irregular;

b) - muito apertado;

c) - paralelo aos eixos;

TRACEJADOS

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Desenho Técnico IV . 31

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

d) e) - paralelo aos lados

f) - perpendicular aos lados;

a) b) - tracejados a 45º;

c) - tracejado oblíquo aos eixos (30º ou 60º);

d) e) - tracejado oblíquo às faces (30º ou 60º);

Figura IV.39 - Tracejados correctos

Peças com contornos interiores e exteriores de revolução ou simplesmente

simétricas podem ser desenhadas de uma forma mais simples, com economiade papel e tempo de desenho.

As peças da figura IV.40 são simétricas e a da figura IV.41 é de revolução.

Figura IV.40 - Peças com eixos de simetria diferenciados

UTILIZAÇÃO DE MEIOS CORTES

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Desenho Técnico IV . 32

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Figura IV.41 - Peça com dois eixos de simetria indiferenciados

Estas peças podem representar-se metade em corte e metade em vista.

A metade em vista mostra os contornos exteriores e a metade em corte mostraos contornos interiores:

Figura IV.42 - Perspectivas de corte total e de meio corte da mesma peça

A linha de separação entre a metade em vista e a metade em corte é uma linhade eixo:

Figura IV.43 - Meios cortes para mostrar o interior e o exterior na mesma vista

Este tipo de corte é utilizado quando os dimensões interiores não figurem nodesenho, de contrário a parte não cortada fica sobrecarregada com linhas decontorno ocultas;

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Desenho Técnico IV . 33

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Quando o objecto não é simétrico pode haver conveniência em estabelecervários cortes com planos de frentes para mostrar pormenores não alinhados.

A peça da figura IV.44 é um desses caso.

O desenho tem duas soluções:

1 - Três planos de corte independentes e três vistas em corte;

Esta solução dificilmente seria recomendável, dado que os planos de cortepoderiam ser dispostos com outra orientação para proporcionar a soluçãoseguinte.

2 - Um plano de corte com três escalões (um para cada pormenor).

Esta solução é recomendável sempre que os pormenores estejamdesencontrados em relação ao plano de projecção, tal como mostra a figuraIV.44.

Figura IV.44 - Figuração de planos de corte paralelos

No caso figurado, duas vistas bastam para representar completamente a peça:

• vista de frente em corte.

• vista de cima, a indicar a linha por onde passa o corte.

Note-se: A vista de frente não distingue os planos que participaram no corte; alinha de corte engrossa quando muda de plano; a passagem entreplanos faz-se na direcção perpendicular.

CORTE POR PLANOS PARALELOS

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Desenho Técnico IV . 34

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Figura IV.45 - Corte total da peça IV.43 com indicação da linha de corte

Utilizam-se nas peças de revolução que contêm elementos a pormenorizar,alinhados em planos, que formam entre si um certo ângulo.

As normas estipulam a utilização de dois planos de corte que se interceptemno eixo da peça e que apanhem os elementos que é necessário cortar.

• Um dos planos será paralelo ao plano de projecção - é o plano principal.

• O segundo plano será oblíquo em relação ao plano de projecção - é o planoauxiliar.

O ângulo dos dois planos deverá ser inferior a 90º.

A intercepção do plano auxiliar com a peça é rodada (rebatida) sobre o planoprincipal até ao alinhamento dos dois planos.

Terminado o rebatimento, os pormenores desalinhados parecem pertencer aomesmo plano da peça.

Para esclarecer a posição correcta dos pormenores, a vista adjacente deverepresentar a linha do corte da forma habitual, tal como mostram as figurasIV.46 e IV.47.

PLANOS DE CORTE CONCORRENTES

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Desenho Técnico IV . 35

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Figura IV.46 - Representação dum corte por planos concorrentes

O plano concorrente AO recolhe a imagem da secção e roda em torno do eixoO até se tornar coincidente com o plano principal, para dar a imagem representadapela vista de esquerda da figura IV.46.

Figura IV.47 - Representação do corte de nervuras

A plano principal passa pelo braço inferior; o plano auxiliar passa pelo braçosuperior; os furos são rebatidos nos dois planos sobre o plano principal.

Por vezes, basta mostrar uma pequena zona do interior do objecto para que ointerior fique esclarecido. Nestes casos, não se faz o corte total, mas, sim, ocorte local.

O corte local é um arrancamento paralelo ao plano de projecção, onde a vistaestá representada.

CORTES LOCAIS

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Desenho Técnico IV . 36

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Os cortes locais não têm contorno definido como os cortes geométricos. Aslinhas de contorno são finas, contínuas e torsas e fáceis de identificar.

Os cortes locais podem ficar limitados por uma linha de contorno exterior, masnunca por uma aresta visível. Termina antes ou depois.

Seguem-se desenhos elucidativos dos pormenores referidos.

Figura IV.48 - Cortes locais

As figuras IV.34a), b) representam peças com cortes locais para colocarem emdestaque pormenores de furação.

A figura IV.34c) mostra a chaveta e o respectivo escatel.

Note-se que os cortes se iniciaram nos bordos da peça e terminaram no interiorda face por uma linha fina e ondulada.

Figura IV.49 - Influência das linhas de contorno visíveis sobre o limite do corte

As figuras IV.34a),b) tornaram visíveis as linhas de contorno interior que, deoutro modo, seriam linhas de contorno ocultas. Evitou-se linhas interrompidasque tornam os desenhos confusos.

As linhas que limitam o corte local nunca terminam numa linha de contorno; ouacabam antes (figura IV.49a)) ou acabam depois (figura IV.49b)).

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Desenho Técnico IV . 37

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Para indicar a forma de um objecto em zonas restritas, apenas interessarepresentar as secções rectas do objecto nas referidas zonas.

Secção é a superfície de intercepção entre o objecto e o plano de corte; é umaoperação fictícia.

As secções apresentam-se sempre tracejadas e contornadas por uma linhacontínua, de contorno visível.

Há muitas peças cujo desenho representa sempre a secção; são disso exemplo:

• peças prismáticas

• perfis metálicos

• nervuras

• braços de tambor e de volantes

As secções podem ser rebatidas no local a que se referem (uma secção) ouser deslocadas para o exterior.

As figuras IV.50a), b) representam veios com pormenores de acabamento emvárias secções;

Nestas circunstâncias não se representam, mas somente secções.

Há duas formas de solução:

Figura IV.50 - a) Representação de secções em linha. b) Secções representadas sobre oplano de corte

REBATIMENTO DE SECÇÕES DESLOCADAS

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Desenho Técnico IV . 38

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

As figuras IV.50a) e IV.50b) são alternativas, depende do espaço para desenhar.

Em ambos os casos, as secções produzidas pelo plano secante foram rebatidassobre o plano de projecção e depois arrastadas para fora.

Na figura IV.50a), as secções foram dispostas sequencialmente; cada secçãofoi referenciada com letras, as mesmas do plano secante que lhe deu origem.

Na figura IV.50b), as secções foram arrastadas pelo plano secante, foramrebatidas e ficaram ligadas à peça por uma linha de eixo.

A ligação da secção à peça referência o local a que pertence e, por isso, dispensaas referências que a solução da figura IV.50a) precisa.

As secções rebatidas e representadas no próprio lugar são designadas porsecções rebatidas e são obtidas por intersecção de um plano secante com oobjecto.

Figura IV.51 - Secções rebatidas sobre a própria peça

A figura IV.51 mostra a sequência de operações para obter uma secção rebatida.

O plano secante normal ao objecto define a secção.

Roda sobre si próprio e gera o rebatimento.

REBATIMENTO DAS SECÇÕES

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Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Figura IV.52 - Representação do perfil e da sua secção na mesma vista

A figura IV.52 mostra a forma como se representa o rebatimento das secçõesnos desenhos de perfis de secção uniforme.

PEÇAS QUE NÃO SE CORTAM

Figura IV.53 - Representações correctas e incorrectas de secções

A secção do perfil da figura IV.53a) está correcta (em cima) e incorrecta (embaixo).

Está incorrecta porque a secção é contínua e não deve ter linha de contornointerior.

A figura IV.53b) está correcta (em cima) e incorrecta (em baixo).

Está incorrecta porque a altura das abas do perfil é igual de ambos os lados enão deve ter linha de contorno ao meio.

As peças maciças não se cortam; é o caso dos veios, parafusos, porcas,chavetas, rebites, elos de corrente, etc.

Se quiser cortar um conjunto em que as peças acima indicadas são apanhadaslongitudinalmente, as normas dizem que elas não devem ser cortadas; porém,já se cortam, quando são apanhadas transversalmente.

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Desenho Técnico IV . 40

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Figura IV.54 - Cortes através de peças que não se cortam

Em todos os conjuntos representados o plano de corte é longitudinal e oselementos acima referidos aparecem inteiros, enquanto que as outras peçasestão cortadas.

Porém, se o plano de corte fosse transversal, todos os elementos referidosfiguravam cortados:

Figura IV.55 - Cortes através de peças que não se cortam

A figura IV.55a) representa um corte transversal de um veio e respectiva chaveta,bem como o corte longitudinal onde o veio e a chaveta ficaram inteiros.

A figura IV.55b) representa um volante cujos braços não foram afectados pelocorte.

A figura IV.55c) representa as vistas de um prato nervurado;

A vista de cima assinala um corte longitudinal a passar pelo meio da nervura ea vista de frente representa a nervura sem corte;

Todas as peças acima referidas representam-se em corte, quando o plano decorte é transversal.

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Desenho Técnico IV . 41

Projecções Ortogonais

Componente Científico-Tecnológica

Nesta Unidade Temática os formandos aprenderam que se chega à projecçãodos objectos através da projecção dos respectivos pontos característicos e dasua interligação.

Definiram-se os métodos de projecção europeu e americano e salientaram-seas respectivas diferenças.

Evidenciou-se a forma correcta de posicionar os objectos em frente aos planosde projecção e o modo de escolher as vistas mais convenientes para a suarepresentação.

Procedeu-se à citação da designação convencional das diferentes vistas que apeça pode ter e a sua arrumação relativa, bem com as alternativas convencionais.

Analisou-se a forma prática de passar de umas vistas para as outras.

Apresentou-se a solução para representar as faces oblíquas em relação aosplanos de projecção, bem como exercícios didácticos de aplicação.

Apresentaram-se várias situações de desenho simplificado e as razões danecessidade da sua execução.

Foram apresentadas soluções para representar faces oblíquos em relação aosplanos de projecção convencionais.

Analisou-se a representação de vistas em corte total, bem como a suajustificação e o sistema de leitura.

Foram comparadas e justificadas as práticas dos cortes parciais e locais, comoforma de reduzir o número de vistas.

Estudou-se e analisou-se as representações de cortes paralelos e concorrentese, ainda, a técnica da representação de secções.

Por último, mostrou-se que existem elementos mecânicos que, só emdeterminadas circunstâncias, é que se representam cortados.

RESUMO

Page 132: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

M.T

.05

Ut.0

4IEFP · ISQ

Desenho Técnico IV . 42

Projecções Ortogonais

Componente Prática

ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO

1. Exercício para prática de projecções ortogonais. Desenhar as seguintesvistas:

• vista de frente;

• vista de cima;

• vista de direita;

Nota: Cada quadrado deve ser tomado como uma unidade de medida (cmou divisão do papel quadriculado).

Page 133: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

M.T

.05

Ut.0

4IEFP · ISQ

Desenho Técnico IV . 43

Projecções Ortogonais

Componente Prática

2. Exercício para prática de projecções ortogonais. Desenhar as seguintesvistas de cada uma das perspectivas representadas:

• vista de frente;

• vista de cima;

• vista de esquerda;

Nota: O intervalo entre dois traços corresponde a 1 cm ou 1 quadrado dopapel.

1 2

3 4

5 6

7 8

Page 134: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

N.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 44

Projecções Ortogonais

Componente Prática

3. Exercício para prática de projecções ortogonais. Desenhar as vistas dasprojecções representadas:

• vista de frente;

• vista de cima;

• vista de direita;

Nota: Cada intervalo entre dois traços consecutivos corresponde a 1 cm.

9 10

11 12

13 14

15 16

Page 135: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

N.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 45

Projecções Ortogonais

Componente Prática

4. Exercício para prática de projecções ortogonais. Esboce em três vistas cadauma das peças representadas; utilize as proporções que as perspectivasrepresentam.

Para desenhar as elipses, utilize o método das diagonais.

1718

19 20

21 22

23 24

Page 136: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

M.T

.05

Ut.0

4IEFP · ISQ

Desenho Técnico IV . 46

Projecções Ortogonais

Componente Prática

5. Exercício para prática de cortes. Reproduza os desenhos a seguirrepresentados (a, b, c, d), convertendo as linhas de contorno ocultas emlinhas de contorno visível e usando as medidas que são tiradas do desenho.

As linhas de corte devem ser devidamente assinaladas.

Os formandos utilizarão as escalas anexas aos desenhos para executarem ostrabalhos. Conforme o formato do papel de desenho utilizado, assim atribuirãovalores de 5 ou 10 mm a cada divisão.

Page 137: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

M.T

.05

Ut.0

4IEFP · ISQ

Desenho Técnico IV . 47

Projecções Ortogonais

Componente Prática

6. Exercício para prática de leitura de desenho. Complete o desenho,representando a vista de esquerda no lugar próprio, sobre o quadriculado.

A meia vista representada como vista de cima permitirá ao formando determinara largura da peça em todas as partes nela visíveis.

Eventualmente, poderá, também, completar a vista de cima, a partir da metadejá desenhada.

Page 138: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

M.T

.05

Ut.0

4IEFP · ISQ

Desenho Técnico IV . 48

Projecções Ortogonais

Componente Prática

7. Escolha o plano mais conveniente para fazer o corte, e faça a sua representação gráfica.

Nota: 1 quadrado = 5 x 5 mm

Page 139: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

M.T

.05

Ut.0

4IEFP · ISQ

Desenho Técnico IV . 49

Projecções Ortogonais

Componente Prática

8. Dada a perspectiva isométrica, faça o esboço das projecções ortogonais;

C = comprimento; L = largura; A = altura

Inscreva as vistas nos rectângulos:

Page 140: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

M.T

.05

Ut.0

4IEFP · ISQ

Desenho Técnico IV . 50

Projecções Ortogonais

Componente Prática

9. Desenhe a 3ª vista. A seta indica a vista de frente.

A vista de direita (1 e 2); A vista de cima (3 e 4); A vista de frente (5 e 6)

Page 141: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

M.T

.05

Ut.0

4IEFP · ISQ

Desenho Técnico IV . 51

Projecções Ortogonais

Componente Prática

10. Desenhar três vistas dos objectos figurados:

• vista de frente

• vista de frente

• vista da direita

A seta indica a vista de frente. Cada traço = 10 mm

7 8 9

Page 142: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

IEFP · ISQ

Desenho Técnico

M.T

.05

UT.

05

Cotagem

Cotagem

Page 143: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

N.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 1

Cotagem

OBJECTIVOS

No final desta Unidade Temática, o formando deverá estar apto a:

• Especificar o significado da cotagem e a necessidade da sua exactidão;

• Inserir cotas em espaços reduzidos;

• Identificar a simbologia inerente à cotagem;

• Reconhecer toda a informação que a cotagem pode conter;

• Aplicar cotas em situações particulares do desenho;

• Identificar os vários métodos de cotagem e a forma de aplicá-los;

• Inscrever cotas em desenhos de perspectiva.

• Inscrever cotas em desenhos de perspectiva.

TEMAS

• Cotagem

• Linhas de cota e de chamada

• Cotas

• Cotagem de elementos

• Formas de cotar

• Cotagem em perspectiva

• Resumo

• Actividades / Avaliação

Page 144: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

M.T

.05

Ut.0

5IEFP IEFP IEFP IEFP IEFP · ISQ ISQ ISQ ISQ ISQ

Desenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho Técnico V . 2V . 2V . 2V . 2V . 2

Cotagem

Componente Científico-Tecnológica

Um trabalho de desenho deve reunir três tipos de informação relativos ao objectodesenhado:

• a forma dos objectos;

• o dimensionamento dos objectos;

• as especificações sobre materiais, tratamentos e acabamentos.

O dimensionamento dos objectos desenhados é uma operação muito sensívele de grande responsabilidade e não pode conter omissões.

As dimensões são indicadas no desenho através de:

• linhas de chamada

• linhas de referência

• linhas de cota

• setas

• cotas

• notas e símbolos

As linhas e as cotas definem as condições geométricas, distâncias, diâmetros,ângulos, etc.

Figura V.1 - Definição dos elementos de cotagem

COTAGEM

linha de chamada

linha de referênciaMetalizado

especificação

Intervalo

Cotalinha de Cota

Page 145: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

M.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 3

Cotagem

Componente Científico-Tecnológica

A linha de cota é paralela à linha de contorno que queremos dimensionar etermina em setas que tocam as linhas de chamada.

As cotas são colocadas por cima e paralelas à linha de cota; quando a cota ea linha de cota não cabem entre linhas de chamada, colocam-se por fora.

Na cotagem contígua de espaços pequenos, as duas setas interiores sãosubstituídas por uma pequena bola negra. Em espaços pequenos, setas oucotas ficam fora da linha chamada.

As linhas de chamada são perpendiculares à linha de cota.

O desenho da figura V.1 evidencia as situações apontadas.

A figura V.2 vem ao encontro de certas recomendações sobre o distanciamentodas linhas de cota entre si e ao desenho.

Para evitar que o desenho fique confuso devido à aproximação excessiva dascotas, convencionou-se praticar, como mínimos, os valores que a figurarepresenta.

10 mm da primeira linha de cotas à peça;

6 mm entre linhas de cota paralelas;

1,5 mm entre a última linha de cotas e a extremidade da linha de chamada.

Quando os desenhos forem grandes, naturalmente aqueles valores poderão sermaiores.

Figura V.2 - Afastamento das linhas de cota

LINHAS DE COTA E DE CHAMADA

Page 146: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

M.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 4

Cotagem

Componente Científico-Tecnológica

Figura V.3 - Desenho de setas

A figura V.3 recomenda que as setas que terminam a linha de cota devem terum comprimento proporcional ao tamanho do desenho e que a sua largura estácompreendida entre metade e 1/

3 a do seu comprimento.

Figura V.4 - Posicionamento das setas

Figura V.5 - Cotagem de espaços apertados

Na figura V.4, devemos interromper as linhas de chamada no cruzamento comas linhas de cota e a figuraV.5 mostra duas alternativas de cotagem para evitarsubstituir as duas setas.

N/ 2

N

1258

30

30301258

Page 147: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

M.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 5

Cotagem

Componente Científico-Tecnológica

As cotas que interessam a duas vistas adjacentes devem ser colocadas entreambas, tal como mostra a figura V.6.

Figura V.6 - Posição relativa das linhas de cota

Figura V.7 - Forma de distribuição de cotas

As cotas de menor valor devem sempre ser inscritas na linha de cotas maispróxima do objecto, conforme mostra a figura V.7.

Linhas de cota paralelas são postas por ordem do respectivo tamanho; as maioressão as que ficam mais afastadas do objecto.

COTAS

120 70

44

50

70

70120

45 50

Page 148: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

N.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 6

Cotagem

Componente Prática

Figura V.8 - Posicionamento ordenado das cotas

Figura V.9 - Casos especiais de cotagem

As cotas são colocadas nas vistas em que os respectivos pormenores estejammais legíveis.

Nos desenhos grandes, as cotas podem ficar dentro das vistas desde quebeneficie a respectiva clareza.

A figura V.8 mostra a vista de uma peça em que as recomendações apontadasforam respeitadas.

A figura V.9 mostra a diferença de aplicação entre uma linha de referência euma linha de cota na cotagem de um diâmetro de uma circunferência.

A linha de cota termina numa seta que se apoia na circunferência e é dirigidasegundo o raio.

A linha de referência termina numa pequena bola negra que se localiza em cimado elemento a que respeita.

50

75

50

40 6

6

34

100120

Page 149: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

N.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 7

Cotagem

Componente Prática

Figura V.10 - Peças cotadas

Page 150: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

M.T

.05

Ut.0

5IEFP IEFP IEFP IEFP IEFP · ISQ ISQ ISQ ISQ ISQ

Desenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho Técnico V . 8V . 8V . 8V . 8V . 8

Cotagem

Componente Científico-Tecnológica

As peças a, b e d da figura V.10, estão desenhadas em uma vista, graças àutilização de símbolos de cotagem (∅).

Esta figura também nos mostra todos os pormenores dimensionados.

A figura V.11 mostra a diferença de aplicação das linhas de cota circulares emcontrastre com as linhas de cota rectilíneas.

Figura V.11 - Cotagem de um arco, corda e ângulo

A figura V.12 mostra que as cotas de um objecto simétrico, com meia vistadesenhada, podem ficar simplificadas.

As linhas de cota são diâmetros.

A cotagem, para não carregar o desenho, inscreve-se alternadamente e estáreduzida a pouco mais do que metade.

As linhas de cota representadas pela linha do diâmetro, quando incompletas,são precedidas pelo símbolo do diâmetro.

Figura V.12 - Cotagem simplificada

COTAGEM DE ELEMENTOS

cotagem de arco cotagem de corda cotagem de ângulo

Page 151: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

M.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 9

Cotagem

Componente Científico-Tecnológica

Na peça da figura V.13, as linhas de chamada não são perpendiculares à linhade cota, para se poderem distinguir do contorno da peça.

Figura V.13 - Linhas de chamada oblíquas

Figura V.14 - Orientação das cotas

A figura V.14 representa as posições convencionais para a inscrição das linhasde cota no desenho.

A figura V.15a) representa a forma como se devem cotar os raios de concordânciasentre segmentos de recta.

As cotas de raios levam sempre a letra (R) antes do seu valor numérico.

As figuras V.15b), c) mostram a forma de cotar superfícies esféricas exteriores(b) e interiores (c).

Antes do símbolo do diâmetro, inscrevem-se as três primeiras letras da palavraesfera.

Page 152: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

M.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 10

Cotagem

Componente Científico-Tecnológica

Figura V.15 - Símbolos de escrita aplicados à cotagem

As figura V.16a), b) representam os símbolos da secção circular e da secçãoquadrada e a sua utilização pode dispensar outra vista.

As diagonais da figura V.16a) significam que é plana à face em que elas figuram.

Figura V.16 - Símbolos geométricos de cotagem

A figura V.17 mostra como se inscreve a cota de um arco cujo centro cai fora dopapel;

Figura V.17 - Sinalização de centros fora do desenho

Page 153: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

M.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 11

Cotagem

Componente Científico-Tecnológica

Há várias formas de cotar os objectos:

• cotagem em série

• cotagem em paralelo

• cotagem combinada

• cotagem por coordenadas

• cotagem de elementos equidistantes

A figura V.19 mostra a forma de cotagem em série;

As cotas são inscritas numa única linha; este tipo de cotagem só pode utilizar--se com cotas não toleranciadas.

Figura V.19 - Cotagem em série

FORMAS DE COTAR

Figura V.18 - Cotagem entre eixos

Page 154: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

M.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 12

Cotagem

Componente Científico-Tecnológica

A figura V.20 representa duas cotagens em paralelo referenciadas a superfíciesdiferentes.

As cotas medem-se todas em relação à mesma superfície;

Figura V.20 - Cotagem em paralelo

A figura V.20 mostra outra forma de cotar em paralelo; todas as cotas dão adistância em relação a uma superfície de origem e que se identifica com a cotazero (0).

Figura V.21 - Cotagem em paralelo simplificada

Figura V.22 - Cotagem mista

Page 155: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

M.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 13

Cotagem

Componente Científico-Tecnológica

Na cotagem por coordenadas, todas as cotas são dadas em relação a umsistema de dois eixos (XY) e cuja origem fica num canto da peça a cotar.

A figura V.23 mostra duas variantes deste método:

Figura V.23 - Cotagem por coordenadas

O método da figura V.23a) torna-se pouco recomendável, dada a forma como odesenho fica carregado.

A variante da figura V.23b) é mais trabalhoso de se ler, mas o desenho não ficaconfuso, de resto, funciona como o anterior.

A cotagem de elementos equidistantes, figura V.24, é um processo de cotagemutilizado em desenho simplificado.

Este metodo é equivalente a uma cotagem global:

Figura V.24 - Cotagem simplificada de elementos curtos e equidistantes

Page 156: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

M.T

.05

Ut.0

5IEFP IEFP IEFP IEFP IEFP · ISQ ISQ ISQ ISQ ISQ

Desenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho Técnico V . 14V . 14V . 14V . 14V . 14

Cotagem

Componente Científico-Tecnológica

A cota define a existência de seis vãos iguais com 18 mm, cada um e cujocomprimento total é de 108 mm.

COTAGEM EM PERSPECTIVAS

Figura V.25 - Cotagem simplificada de elementos longos e equidistantes

A figura V.25 representa o método anterior aplicado a um elemento comprido,representado parcialmente.

A Figura V.26 representa uma peça prismática em perspectiva e inserida nosrespectivos eixos; trata-se de uma perspectiva isométrica.

Todas as linhas de contorno são paralelas aos referidos eixos e,consequentemente, as linhas de cota também lhes devem ser paralelas.

Figura V.26 - Direcções de cotagem em perspectiva

As linhas de chamada, pela própria natureza da construção, são perpendicularesàs linhas de cota.

Page 157: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

M.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 15

Cotagem

Componente Científico-Tecnológica

Figura V.27 - Cotagem de peça em perspectiva

A figura V.27 representa uma perspectiva isométrica cotada, cujas linhas decota são paralelas aos eixos de projecção.

As linhas de chamada desenham-se na direcção de um dos outros dois eixos.Seguem o critério das linhas de chamada usadas em projecções ortogonais.

Page 158: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

N.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 16

Cotagem

Componente Prática

RESUMO

Foi apresentada a nomenclatura da cotagem com apoio em elementos gráficos,para facilitar a retenção da informação.

Foram apresentadas algumas variantes da cotagem, tendo em vista a escassezde espaço.

Os formandos ficaram a conhecer a técnica de cotagem e os erros que não sedevem cometer.

Foi dada a conhecer a técnica de inscrever informações adicionais relativas aacabamentos, tratamentos e outras.

Abordou-se a simbologia passível de ser adicionada à cotagem para simplificaro desenho de vistas.

Explanaram-se as inúmeras soluções particulares de cotagem, com vista aaliviar o desenho e facilitar a sua leitutra.

Em acréscimo, foram-lhes dadas a conhecer as várias técnicas de cotagem,as suas áreas de aplicação e respectivas vantagens.

Page 159: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

N.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 17

Cotagem

Componente Prática

1. Leitura das Cotas. Desenhe em papel quadriculado ou milimétrico ou outroas seguintes vistas:

• vista de frente

• vista de cima

• vista da direita

Distância entre vista = 20 mm aprox.

A seta indica a vista de frente.

Atenção à forma de pôr as cotas.

ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO

Page 160: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

N.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 18

Cotagem

Componente Prática

2. Cotar .

Dimensões das vistas estão à escala 1:1:

Page 161: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

N.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 19

Cotagem

Componente Prática

3. Prática de projecções ortogonais. Dada a vista de frente, desenhe as vistas:

• vista de cima;

• vista de esquerda.

Nota: (1 quadrado = 5)

Page 162: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

N.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 20

Cotagem

Componente Prática

Incompleto: faltam arredondamentos

4. Desenhar as seguintes vistas:

• vista de frente;

• vista de cima;

• vista de direita.

Utilize as cotas do desenho.

5. Desenhar as seguintes vistas:

• vista de frente;

• vista de cima;

• vista de esquerda.

Page 163: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

N.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 21

Cotagem

Componente Prática

6. Desenhar as seguintes vistas:

• vista de frente;

• vista de cima;

• vista de esquerda.

7. Desenhar as seguintes vistas:

• vista de frente;

• vista de cima;

• vista de esquerda.

Page 164: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

N.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 22

Cotagem

Componente Prática

8. Desenhar as seguintes vistas:

• vista de frente;

• vista de cima;

• vista de esquerda.

9. Desenhar as seguintes vistas:

• vista de frente;

• vista de cima;

• vista de esquerda.

Page 165: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

N.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 23

Cotagem

Componente Prática

10. Desenhar as vistas necessárias para completa informação da peçarepresentada em perspectiva; numa das vistas, deve figurar um corte atravésdos furos.

Deve ser usada a escala 1:1.

Page 166: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

N.T

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Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 24

Cotagem

Componente Prática

11. Para prática de representação de secções. Desenhar as projecções ortogonais do veio representado.

Cotar em série.

Representar as secções necessárias à identificação de pormenores.

Page 167: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

N.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 25

Cotagem

Componente Prática

12. Para prática de cotagem. Desenhar, à escala (1:1), pelo método europeu,as seguintes vistas:

• vista de frente;

• vista de cima;

• vista de direita.

Cotar o desenho;

Page 168: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

N.T

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5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 26

Cotagem

Componente Prática

13. Desenhar à escala (1:1), pelo método europeu, as seguintes vistas:

• vista de frente;

• vista de cima;

• vista de direita.

Cotar o desenho;

Page 169: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

N.T

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Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 27

Cotagem

Componente Prática

14. Utilizar a perspectiva abaixo representada para desenhar as seguintes vistas:

• vista de frente;

• vista de cima;

• vista de direita.

Escala a utilizar: 1:1.

Cotar o desenho.

Page 170: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

N.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 28

Cotagem

Componente Prática

15. Analisar a perspectiva abaixo representada e desenhar as seguintes vistas:

• vista de frente;

• vista de cima;

• vista de direita.

Escala a utilizar 1:1.

Cotar o desenho.

Page 171: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

N.T

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Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 29

Cotagem

Componente Prática

16. Analisar a perspectiva abaixo representada e desenhar, à escala 1:1, as

seguintes vistas:

• vista de frente;

• vista de cima;

• vista de direita.

Cotar o desenho.

Page 172: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

N.T

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Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 30

Cotagem

Componente Prática

17. Observar a perspectiva abaixo representada e desenhar, à escala 1:1, asseguintes vistas:

• vista de frente;

• vista de cima;

• vista de direita.

Cotar o desenho.

Page 173: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

N.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 31

Cotagem

Componente Prática

18. Observar a imagem que se segue.

1º - Identificar o tipo de perspectiva representado;

2º - Desenhar as vistas, de modo que elas transmitam toda a informaçãodimensional

(Deve escolher a vista de frente e determinar o número de vistas necessárias).

3º - Cotar o desenho.

R 5 = raio de concordância nas curvas

Page 174: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

N.T

.05

Ut.0

5IEFP IEFP IEFP IEFP IEFP · ISQ ISQ ISQ ISQ ISQ

Desenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho Técnico V . 32V . 32V . 32V . 32V . 32

Cotagem

Componente Prática

19. Desenhar as vistas correspondentes à perspectiva representada, de modoa transmitir toda a informação dimensional que a peça contém;

Recorrer aos planos de projecção auxiliares necessários e representar asfaces oblíquas em verdadeira grandeza.

Cotar o desenho.

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Guia do Formando

N.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 33

Cotagem

Componente Prática

20. Observar a perspectiva abaixo representada e desenhar, à escala 1:1, asseguintes vistas:

• vista de frente;

• vista de cima;

• vista de direita.

Cotar o desenho.

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Guia do Formando

N.T

.05

Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 34

Cotagem

Componente Prática

21. Observar a perspectiva abaixo representada e desenhar, à escala 1:1, asseguintes vistas:

• vista de frente;

• vista de cima;

• vista de esquerda.

Cotar o desenho.

Page 177: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

Guia do Formando

N.T

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Ut.0

5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 35

Cotagem

Componente Prática

22. Observar a perspectiva cavaleira abaixo representada e desenhar, à escala1:1, as seguintes vistas:

• vista de frente;

• vista de cima;

• vista de esquerda.

Utilizar planos auxiliares para representar as superfícies oblíquas emverdadeira grandeza;

Cotar o desenho.

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Guia do Formando

N.T

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Ut.0

5IEFP IEFP IEFP IEFP IEFP · ISQ ISQ ISQ ISQ ISQ

Desenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho Técnico V . 36V . 36V . 36V . 36V . 36

Cotagem

Componente Prática

23. Observar a perspectiva cavaleira abaixo representada e desenhar, à escala1:1, as seguintes vistas:

• vista de frente;

• vista de cima;

• vista de direita.

Utilizar planos auxiliares para representar as superfícies oblíquas emverdadeira grandeza;

Cotar o desenho.

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Guia do Formando

N.T

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5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 37

Cotagem

Componente Prática

24. A figura representa um suporte vertical em perspectiva e vistas (de frente ede cima):

• Reproduzir a vista de frente em corte XX

• Reproduzir a vista de cima

• Desenhar a vista de esquerda

Para medidas, seguir as cotas. Cotar o desenho.

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Guia do Formando

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Desenho Técnico V . 38

Cotagem

Componente Prática

25. A figura representa o corpo de uma bomba.

Em perspectiva e em vistas (de frente e de direita):

• Reproduzir a vista de frente em corte BB

• Reproduzir a vista de frente em corte AA

• Vista de cima

Dimensões tiradas da estampa; cotar o desenho.

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Guia do Formando

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5IEFP · ISQ

Desenho Técnico V . 39

Cotagem

Componente Prática

26. A figura representa a caixa apresentada em perspectiva e representada emprojecções ortogonais por duas vistas (de frente e de cima).

Note-se que a perspectiva elucida, mas não define pormenores.

• Reproduzir a vista de frente em corte YY

• Reproduzir a vista de cima em corte XX

• Desenhar a vista de direita, segundo a direcção A

Para medidas , seguir as cotas.

Cotar o desenho.

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Guia do Formando

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Desenho Técnico V . 40

Cotagem

Componente Prática

Roda dentada cónica

Rolamento de rolos

Retentor

Peça 1

Casquilho

Veio

Roda dentada cilíndrica

Chaveta

27. A figura representa um conjunto de transmissão de movimento.

Imaginar a peça 1 fora do conjunto.

Tirar medidas da estampa e desenhá -la à escala 1:1.

Cotar o desenho.

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Guia do Formando

IEFP · ISQ

Desenho Técnico

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06

Peças Roscadas

Peças Roscadas

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Guia do Formando

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6IEFP · ISQ

Desenho Técnico VI . 1

Peças Roscadas

OBJECTIVOS

No final desta Unidade Temática, o formando deverá estar apto a:

• Reconhecer as diferenças de representação entre peças roscadas e nãoroscadas;

• Diferenciar macho e fémea nas peças roscadas;

• Diferenciar os vários tipos de rosca através do desenho cotado;

• Diferenciar roscas métricas das roscas whitworth;

• Reconhecer os condicionamentos existentes na união de peças roscadas.

TEMAS

• Ligações roscadas

• Representações convencionais das roscas

• Leitura de roscas

• Desenho de peças roscadas agrupadas

• Peças com furo cónico roscado

• Dimensionamento

• Formas de execução das roscas

• Simbologia das roscas

• Parafuso / Normas

• Rosca fina/ grossa/ esquerda/ direita / parafusos de váriasentradas

• Diversidade de formas

• Resumo

• Actividades / Avaliação

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Guia do Formando

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Desenho Técnico VI . 2

Peças Roscadas

Componente Científico-Tecnológica

Os dispositivos de ligação são vitais para a maioria das fases e tipos de indústria.

Usam-se na montagem de produtos manufacturados, nas máquinas edispositivos usados na montagem de produtos manufacturados, bem como nasmáquinas e dispositivos usados na indústria e, até mesmo, na construção deedifícios.

Os elementos de ligação podem ser semi-permanentes ou amovíveis.

Rebites são de ligação semi-permanentes; parafusos, pernos, porcas e certotipo de pinos, são elementos de ligação amovíveis.

Como desenvolvimento da indústria, todos os elementos de ligação foramstandartizados.

Hoje em dia , um conhecimento razoável do aspecto gráfico e da forma dedesenhar os elementos de ligação amovíveis é indispensável à boa interpretaçãodos desenhos.

A figura VI.1 mostra o aspecto gráfico dos princípais elementos de ligaçãoamovíveis:

Fig. VI.1 - Parafusos com vários tipos de cabeça e espiga totalmente roscada

Representação de roscas

A representação das peças roscadas, tal como as observamos, só raramenteaparece nos desenhos, devido ao tempo que se gastaria a desenhá-las e aocusto que isso acarretaria.

LIGAÇÕES ROSCADAS

Fig. VI.2 - Parafuso e porca com espiga parcialmenteroscada

Fig. VI.3 - Pernos de pontas roscadas e todosroscados

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Guia do Formando

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Desenho Técnico VI . 3

Peças Roscadas

Componente Científico-Tecnológica

Pode dizer-se que existem três formas de representação para peças roscadas:A forma rigorosa, a forma esquemática e a forma convencional.

Fig. VI.4 - Forma rigorosa de desenhar peças roscadas (parafusos e furos)

Fig. VI.5 - Forma esquemática de desenhar peças roscadas

Fig. VI.6 - Forma convencional de desenhar peças roscadas (pernos, parafusos e furos)

Roscas macho

A representação rigorosa usa-se, algumas vezes, com o objectivo de evitarconfusões com outras linhas paralelas ou para evidenciar aspectos particularesdas roscas.

A representação convencional das peças roscadas faz-se por duas linhascontínuas, uma passando pela crista dos dentes (linhas de contorno visível) eoutra passando pelo fundo do dente ( linha bastante mais fina).

O fim da rosca é assinalado por uma linha de contorno visível, transversal àsecção da peça roscada e ligando as linhas paralelas que representam ascristas dos dentes.

REPRESENTAÇÕES CONVENCIONAIS DAS ROSCAS

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Guia do Formando

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6IEFP IEFP IEFP IEFP IEFP · ISQ ISQ ISQ ISQ ISQ

Desenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho Técnico VI . 4VI . 4VI . 4VI . 4VI . 4

Peças Roscadas

Componente Científico-Tecnológica

Os parafusos não se representam em corte, excepto quando interiormenteexistam pormenores, tais como, riscas ou roscados.

Com as porcas e anilhas, no que respeita a cortes, estão sujeitas às mesmasrestrições dos parafusos.

A figura VI.7 mostra a representação convencional de peças roscadas macho(pernos e parafusos) desenhadas em duas vistas , em corte e sem corte:

Fig. VI.7 - Representação convencional de peças roscadas macho

A figura VI.7 mostra a diferença de espessura entre as linhas que representama crista e o fundo do dente e caracterizam a representação de uma rosca emvista de frente.

A representação de cima não está cortada por ser uma peça maciça, o que jánão sucede com a representação inferior.

Na vista de direita, na parte que corresponde à rosca, a lina do fundo do denteé uma circunferância a 4

3 e a sua figuração traduz uma peça roscada.

Note-se que uma das pontas da circunferência que representam o fundo dodente, deve cortar um dos eixos e a outra ponta não corta.

As duas circunferências interiores representam o furo visto da direita . Osinvisíveis transversais representam a linha de fundo da rosca existente nascostas da figura.

Note-se que a linha do fim da rosca é tirada pelos limites da rosca perfeita. Ostriângulos que ultrapassam a linha do fim da rosca representam a parte deformadada rosca. A representação destes triângulos é facultativa.

Relativamente ao parafuso, apenas se representa a ponta roscada, visto que acabeça está fora da questão desta Unidade Temática.

Pernos Parafusos

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Guia do Formando

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6IEFP IEFP IEFP IEFP IEFP · ISQ ISQ ISQ ISQ ISQ

Desenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho Técnico VI . 5VI . 5VI . 5VI . 5VI . 5

Peças Roscadas

Componente Científico-Tecnológica

Roscas fémeas

A figura VI.8a) faz a representação convencional de um furo passante,completamente roscado, desenhado em vista e em corte.

A vista central representa a vista de frente; a circunferência a 43

diz-nos que o

furo é roscado, mas não nos diz que é passante.

A conclusão de furo passante obtém-se com qualquer das duas vistas, cujadiferença está nas linhas que representam o perfil do dente: contínuas no cortee descontínuas na vista.

Fig. VI.8a) - Representação convencional de um furo passante

Fig. VI.8b) - Representa igualmente um furo passante, não completamenteroscado, mas apenas em vistas.

A vista de frente mostra que o furo é passante, bem como a profundidade darosca; As vistas de esquerda e direita limitam-se a confirmar que se trata de umfuro roscado.

Diferem no tipo de linha que representa a rosca, visível na vista da esquerda einvisível na vista da direita.

Note-se, como não poderia deixar de ser, que a linha que simboliza a roscaestá sempre do lado do material.

Fig. VI.8b) - Vistas de um furo passante parcialmente roscado

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Desenho Técnico VI . 6

Peças Roscadas

Componente Científico-Tecnológica

A figura VI.8c) representa um furo cego (não passante), parcialmente roscado,como se conclui da vista de frente; a vista da esquerda representa um cortepassado pela rosca, enquanto que a vista da direita representa uma vista dolado cego e, por isso, desenhado com linhas de contorno não visível.

Fig. VI.8c) - Furo cego não passante e parcialmente roscado

Repare-se que as linhas que preenchem a secção cortada devem ultrapassar alinha que representa a rosca e chegar à linha do furo.

Nos desenhos de conjunto, as peças mais correntes (parafusos, pernos e porcas)não figuram isoladas, mas agrupadas.

Quando um parafuso ou perno e porca figuram agrupados, o desenho deverespeitar as regras de acordo com a disposição relativa do macho e fémea, istoé, a rosca de porca (furo roscado) coincide com a rosca do parafuso, mas sófica visível na parte que excede o parafuso.

O tipo de linha depende do facto da rosca ser representada em corte (b) ou emvista (a), figura VI.9.

Fig. VI.9 - Desenho de peças roscadas agrupadas

DESENHO DE PEÇAS ROSCADAS AGRUPADAS

Fim da rosca do furoRosca do furo

Linhas da ponta do parafusoRosca do parafuso

Fim da rosca doparafuso

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Desenho Técnico VI . 7

Peças Roscadas

Componente Científico-Tecnológica

Na representação (a), o parafuso está montado num furo passante e está roscadosó parcialmente, tal como na representação (b). Nesta última, o parafuso nãochegou ao fim da rosca do furo.

Os furos cegos terminam sempre em bico;é o bico da ponta da broca que foiutilizada para fazer o furo. O ângulo é de 120º quando o furo for aberto emmateriais ferrosos.

Ambas as representações assinalam o fim da rosca no parafuso, mas só a (b)tem linha limite da rosca no furo.

A figura VI.10 - mostra um parafuso (p) roscado num furo cuja rosca (r) não épassante; O agrupamento está desenhado em 2 vistas ( de frente e de esquerda),ambas em corte.

Note-se que a zona da rosca, na parte correspondente à altura do dente, tambémrecebe o tracejado de corte. Repare-se, também, na inversão do tracejado darosca, na passagem do parafuso para a porca.

A rosca do parafuso e a rosca da porca leva um tracejado que deve diferenciar--se por se referirem a peças contíguas.

A vista de esquerda representa o corte BB, cuja posição obedeceu ao sentidodas setas que sinalizam o corte;

Fig. VI.10 - Parafuso roscado num furo com rosca não passante

O corte apanhou a porca e o parafuso numa zona de rosca comum e a roscamostrada é a rosca do parafuso; Aliás, é o tracejado do parafuso que cobre arosca que a figura representa.

Rosca do parafuso

Parafuso

Rosca

Corte BB

Rosca

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Desenho Técnico VI . 8

Peças Roscadas

Componente Científico-Tecnológica

PEÇAS COM FURO CÓNICO ROSCADO

A figura VI.11 mostra um furo cónico roscado e de rosca passante, representadoem três vistas, uma das quais em corte parcial.

A vista de frente define a conicidade do furo roscado, enquanto que as outrasduas vistas mostram os dois lados do furo.

Quando olhamos a vista de frente pela esquerda, vimos a rosca desse lado eapenas o furo do lado oposto.

Quando olhamos a vista de frente pela direita, vimos apenas a rosca no diâmetromenor e nada do lado oposto.

Fig. VI.11 - Furo cónico roscado com rosca passante.

Em vista, ambas as linhas da rosca são representadas a traço interrompido,por serem linhas de contorno real acultas.

Fig. VI.12 - Cavilha roscada cónicaLegenda: c) Linha de transição do cónico parao cilíndrico; d) Linha do final da rosca cónica

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Desenho Técnico VI . 9

Peças Roscadas

Componente Científico-Tecnológica

Exemplos de montagens com parafusos e porcas (ou pernos)

Fig. VI.13 - Montagens com parafusos e porcas

Os furos para passagem do parafuso de aperto tem maior diâmetro do que oparafuso; esse aumento varia com o diâmetro do parafuso e com o tipo derosca (fina, média ou grossa).

Nota: Com parafusos de 10 mm de diâmetro e rosca média, a diferença é de1 mm.

Nomenclatura de parafusos e pernos

A figura VI.14 faz a identificação das partes características do parafusos oupernos, bem como o seu relacionamento com a rosca fêmea.

Fig. VI.14 - Caracteristicas dos parafusos e da rosca fêmea

Parafusos e pernos, muitas vezes não têm arreigada (a espiga é toda roscada).

A rosca do furo nunca chegará ao fim do furo.

A rosca do parafuso (ou perno) com arreigada nunca deve chegar ao fim darosca do furo.

Parafuso e porca Perno e porca Parafuso

Rosca

Cabeça Espiga

Arreigada Rosca Ponta

Espiga

Rosca Arreigada Rosca

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Desenho Técnico VI . 10

Peças Roscadas

Componente Científico-Tecnológica

Fig. VI.15 - Rosca de parafuso ou perno com arreigada

Cotagem de roscas

Cotagem de uma rosca macho

Fig. VI.16 - Cotagem de uma rosca macho

(d) é cota nominal; mede o diâmetro exterior da rosca (ver tabela de roscas);

(X) representa o símbolo do perfil da rosca;

(L) representa o comprimento da rosca;

Cotagem de uma rosca fêmea

Fig. VI.17 - Cotagem de uma rosca fêmea

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6IEFP IEFP IEFP IEFP IEFP · ISQ ISQ ISQ ISQ ISQ

Desenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho Técnico VI . 11VI . 11VI . 11VI . 11VI . 11

Peças Roscadas

Componente Científico-Tecnológica

d) é a cota nominal; mede o diâmetro exterior da rosca;

(M) símbolo do perfil da rosca “rosca metálica”;

(L1) comprimento da rosca do furo;

(L2) comprimento do furo;

Nota: Para que duas roscas macho e fêmea possam ajustar-se devem ter amesma cota nominal (d), o mesmo perfil e o mesmo passo;

Conversão da representação real na repartição convencional

Rosca macho

Fig. VI.18 - Representação real e convencional de uma rosca macho

Tipo de rosca: triangular

α = 55º Métrica

α = 60º Whitworth

p = passo da rosca

Perfil Completo Chanfro

Diâ

met

ro

exte

rior

M22

45

Significa peça roscada; linha a 3/4; só uma pontacorta o eixo

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Desenho Técnico VI . 12

Peças Roscadas

Componente Científico-Tecnológica

rosca fêmea = furo roscado

Fig. VI.19 - Representação real e convencional de uma rosca macho

Nota: A linha do fundo da rosca estão em posição oposta no furo e no parafuso.

Cotagem de uma rosca macho sem saída e com saída

Fig. VI.20 - Cotagem de rosca macho com e sem saída

Cota-se a rosca com saída (na rosca macho) só quando se pretende usar azona deformada da rosca do parafuso (ou perno) para dar o fixar na peça (furo).

Diâ

met

ro

exte

rior

M22

36

Significa peça roscada;linha a 3/4; só uma pontacorta o eixo

Sem saída Com saída

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Desenho Técnico VI . 13

Peças Roscadas

Componente Científico-Tecnológica

Exemplos de cotagem de elementos de ligação

Parafuso de cabeça hexagonal

Perno com arreigada

60 12.5

66

M20 40

70

1866

R 28

M20

Exemplo VI . 1

Exemplo VI . 2

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Desenho Técnico VI . 14

Peças Roscadas

Componente Científico-Tecnológica

Porca hexagonal

A figura VI.17, representa um parafuso de cabeça sextavada, com arreigada eponta chanfrada (ou boleada).

O parafuso foi desenhado em duas vistas desfasadas de 90º; as dimensões dacabeça podem obter-se da medida do hexágono entre vértices e entre faces.

Foi cotado com valores genéricos; os valores reais não podem ser definidosatravés do diâmetro da rosca, mas sim através das respectivas normas.

Os pequenos triângulos desenhados acima da linha de fim de rosca, junto àarreigada, traduzem a deformação do final da rosca e a sua representação éfacultativa.

A porca não está cotada, mas as suas dimensões são iguais às da cabeça doparafuso, com a diferença de ter ambos os lados boleados.

DIMENSIONAMENTO

18.7

M20

40Exemplo VI . 3

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Desenho Técnico VI . 15

Peças Roscadas

Componente Científico-Tecnológica

Fig. VI.21 - Parafuso de cabeça sextavada com arreigada e ponta boleada

A figura VI.22 representa um perno com duas roscadas e uma arreigada cilíndrica.

A figura mostra a forma de cotagem; a ponta menor aperta na peça e a maiorrecebe a porca que fará o aperto.

Nesse caso, é necessário desenhar a zona deformada da rosca:

• a cota da parte menor inclui a zona deformada da rosca;

• a cota da parte maior só inclui a zona com rosca não deformada.

O furo da peça onde o perno vai roscar deve ter profundidade suficiente, quepermita roscar a zona da rosca deformada.

Fig. VI.22 - Perno com duas pontas roscadas e uma arreigada cilíndrica

O perno cotado isolado

O perno apertado na peça

peça

Rosca até à ponta da espiga

Linha fina

Linha grossa

Linha grossa

0,1db=2d+6

d0,8d

45º

15d

0,5d

lk

60º

e=2d

5=1,

7d

d

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Desenho Técnico VI . 16

Peças Roscadas

Componente Científico-Tecnológica

FORMAS DE EXECUCÃO DAS ROSCAS

A figura VI.23 mostra como se obtém uma rosca por corte:

Fig. VI.23 - Processo para obtenção de uma rosca por meio de corte

A espiga a roscar é montada entre pontos, num torno, que lhe dá movimentosde rotação; montando uma ferramenta de traçagem no carro de torno, estarecebe movimento de translação.

Na figura (a), vê-se que a conjugação dos dois movimentos dá origem a umahélice, de avanço uniforme, na periferia da espiga. A distância entre pontosconsecutivos de uma mesma geratriz representa o passo da hélice.

Substituindo a ferramenta de traçagem por uma ferramenta cortante, abrem-sesulcos helicoidais no lugar da hélice obtida anteriormente.

Conforme o perfil da ferramenta utilizada, assim a configuração do sulco (rosca)deixado na periferia da espiga.

A figura que se segue, mostra três tipos de rosca obtidos pelo processo referido:

Fig. VI.24 - Três tipos de roscas obtidos pelo processo de corte

Abertura da rosca Rosca rectangularaberta

Espira da rosca

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Desenho Técnico VI . 17

Peças Roscadas

Componente Científico-Tecnológica

Segundo a ISO “Organização Internacional de Normalização” são recomendadosseis tipos de perfil para roscas industriais :

Fig. VI.25 - Tipos de perfil para roscas industriais

Duas peças roscadas, macho e fêmea, só podem agrupar-se quando as suascaracterísticas forem exactamente iguais:

Fig. VI.26 - Roscas macho e fêmea

SIMBOLOGIA DAS ROSCAS

Rosca métrica (iso) (M) Rosca whitworth (inglesa) Rosca rectangular (R)

Rosca trapezoidal (Tr) Rosca redonda (Rd) Rosca rdente de serra (S)

Rosca macho Rosca fémea

Page 201: Desenho Técnico - Guia do Formando (IEFP) (1)

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6IEFP IEFP IEFP IEFP IEFP · ISQ ISQ ISQ ISQ ISQ

Desenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho Técnico VI . 18VI . 18VI . 18VI . 18VI . 18

Peças Roscadas

Componente Científico-Tecnológica

Duas roscas são exactamente iguais, quando forem iguais as seguintes:

• Diâmetro nominal da rosca;

• Tipo de rosca;

• Sentido do fio de rosca;

• Passo da rosca;

• Número de entradas da rosca.

Fig. VI.27 - Caracteristicas de uma rosca

Tabela VI.1 - Tabela de leitura das roscas macho e fêmea

Análise das designações das roscas:

1º - O (M) identifica o tipo de perfil (tipo de rosca) “métrica”.

2º - O (10) diz que o diâmetro exterior da rosca é 10 mm.

Furo roscado

M 10 X 1,25 - 5.6; M 10 X 1,25 - 8.8;

Parafuso

Leitura Rosca macho Rosca fémea

Tipo de rosca métrica métrica

Diâmetro da rosca 10 mm 10 mm

Passo da rosca 1,25 mm 1,25 mm

Sentido da hélice direita direita

Nº de entradas 1 1

Material 8.8 5.6

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Desenho Técnico VI . 19

Peças Roscadas

Componente Científico-Tecnológica

3º - O (1,25) diz que o passo da rosca é 1,25mm. Nota: Há dois tipos depassos: fino e grosso (ver tabela VI.2). Quando o passo é grosso, ainformação não aparece. Com passo grosso, o dente da rosca é maior;com passa fino, o dente é menor.

4º - Só quando as roscas são esquerdas é que a informação aparece nadesignação.

5º - O (8.8) e (5.6) identificam o material utilizado no parafuso ou porca; Vertabela VI.3. O 1º algarismo refere-se à tensão de rotura e o 2º refere-se àtensão de cedência:

• se a rosca citada tivesse passo grosso, a designação da rosca do parafusoseria M10 - 8.8.

• se a rosca citada fosse fina e esquerda, a sua designação seria: esq.M10x 1,25 - 8.8.

• se o parafuso tivesse 3 entradas, a rosca seria designada por três fios.esq.M10 x 1,25 - 8.8.

Cabeça hexagonal

Fig. VI.28 - Parafuso com cabeça hexagonal

PARAFUSOS / NORMAS

Hexagonal (H)

M d 3 4 5 6 8 10 12 14 16 20 24 30 36

IS O 4014 L m in 20 25 25 30 35 40 45 50 55 65 80 90 110

IS O 4017 L m in 6 8 10 12 16 20 25 30 35 40 40 40 40

S 5,5 7 8 10 13 16 18 21 24 30 36 46 55

K 2 2,8 3,5 4 5,3 6,4 7,5 8,8 10 12,5 15 18,7 22,5

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Guia do Formando

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Desenho Técnico VI . 20

Peças Roscadas

Componente Científico-Tecnológica

Cabeça cilíndrica

Fig. VI.29 - Parafuso com cabeça cilíndrica

Cabeça de embeber

Fig. VI.30 - Parafuso com cabeça de embeber

a) todo roscadob) com arreigada

Cabeça cilíndrica de oco hexagonal

M d 1,6 2 2,5 3 4 5 6 8 10 12 16 20 24 30 36

L m in a ) 2,5 3 4 5 6 8 10 12 16 20 25 30 40 45 55

L m in b ) 25 30 30 35 40 45 55 65 80 90 110 120

L m a x a ) 16 20 25 25 25 25 30 35 40 50 60 70 80 100 110

D k 3 3,8 4,5 5,5 7 8,5 10 13 16 18 24 30 36 45 54

Md 1,6 2 2,5 3 3,5 4 5 6 8 10

L min 2,5 3 4 5 6 6 8 8 10 12

L max 10d

Dk 1,85d

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Desenho Técnico VI . 21

Peças Roscadas

Componente Científico-Tecnológica

Com a figura VI.31mostra, na rosca de passo fino, para o mesmo diâmetro, aaltura do dente é menor; a rosca de passo fino é melhor para ligações comvedação e as roscas de passo grossa operam com mais rendimento.

Nas peças desenhadas e não cotadas, as roscas desenham-se da mesmamaneira, quer sejam finas ou grossos, esquerdas ou direitas e qualquer queseja o número de entradas do parafuso.

Só em situações especiais é que a rosca é esquerda e a ausência destainformação significa que a rosca é direita; a seguir faz-se a diferenciação visualentre rosca esquerda e direita.

Fig. VI.31 - Rosca esquerda e direita

Na rosca direita, o parafuso avança quando o rodamos da esquerda para adireita; Olhando o parafuso, a rosca sobe para a esquerda.

Exemplo: esq. M 10; esq. M 12 X 1; M 20; M 14 X 1,5

As roscas finas destinguem-se das roscas grossas pelo tamanho dos dentes epela proximidade das espiras da rosca.

Fig. VI.32 - Passo fino e grosso de uma rosca

ROSCA FINA/GROSSA/ESQUERDA/DIREITA E PARAFUSOSDE VÁRIAS ENTRADAS

Rosca direita Rosca esquerda

Passo Grosso Passo Fino

P P 24

M36

x2

Md

m36

Md

xP

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Desenho Técnico VI . 22

Peças Roscadas

Componente Científico-Tecnológica

Falar no número de entradas do parafuso é o mesmo que dizer quantas espirasdistintas e paralelas constituem a rosca; normalmente tem uma espira, maspodem ter mais;

Fig. VI.33 - Processo de contagem do número de entradas de um parafuso

Olhando o parafuso de topo, contam-se o número de espiras que terminam naponta;aumentando o número de espiras, o aperto torna-se mais rápido, mastende a desenroscar-se.

Cabeças de parafusos

A cabeça do parafuso é a parte através da qual ele recebe o movimento. Existeuma grande diversidade de tipos para corresponderem a aplicações específicas.

A figura VI.34 mostra as principais, se bem que a mais corrente é a sextavadaexterior.

Fig. VI.34 - Tipos de cabeças de parafusos mais correntes

DIVERSIDADE E FORMAS DE CABEÇAS DE PARAFUSOS

1 entrada 2 entrada 3 entrada 2 entrada 3 entrada

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Desenho Técnico VI . 23

Peças Roscadas

Componente Científico-Tecnológica

Cabeças recartilhadas usam-se para aperto manual.

Parafusos de cabeça sextavada exterior admitem esforços de aperto importantes.

Os outros usam-se com esforços pequenos; diferem na elegância, forma dealogamento ou ferramenta.

Pontas

Os acabamentos (b), chafrado, e (c), boleado, são utilizados como elementosde ligação, exclusivamente. Os restantes acabamentos usam-se como meiosde fixação (a) e (g) ou para condicionar movimentos (d) e (e). O acabamento (f)aparece nos parafusos com rosca laminada.

Fig. VI.36 - Tipos de ponta

Espiga

A espiga é o corpo do parafuso e é constituida por duas partes: uma lisa e outraroscada.

A parte lisa pode existir ou não, enquanto a parte roscada pode ser executadapor corte ou por laminagem.

A rosca laminada fica saliente na espiga do parafuso; A rosca cortada abre-sena própria espiga.

Nas roscas cortadas, o núcleo tem o diâmetro inferior ao da espiga.

Fig. VI.37 - Tipos de espiga

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Guia do Formando

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6IEFP IEFP IEFP IEFP IEFP · ISQ ISQ ISQ ISQ ISQ

Desenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho TécnicoDesenho Técnico VI . 24VI . 24VI . 24VI . 24VI . 24

Peças Roscadas

Componente Científico-Tecnológica

Roscas métricas (M) Diâmetros nominaisRoscas ISO (M) Passos de rosca fino

Passos de rosca grossa

Tabela VI.2 - Diâmetros de roscas

Diâmetro nominal mm Passo mm Diâmetro nominal mm Passo mm

1ª opção

2ª opção

3ª opção

grosso fino1ª

opção2ª

opção3ª opção grosso fino

0,25 0,075 18 17 1,5-1

0,3 0,08 2,5 2-1,5-1

0,35 0,09 20 2,5 2-1,5-1

0,4 0,1 22 2,5 2-1,5-1

0,45 0,1 24 3 2,1,5-1

0,5 0,125 25 2-1,5-1

0,55 0,125 26 1,5

0,6 0,15 27 3 2-1,5-1

0,7 0,175 28 2-1,5-1

0,8 0,2 30 3,5 _2-1,5-1

0,9 0,225 32 2-1,5-1

1 0,25 0,2 33 3,5 _2-1,5

1,1 0,25 0,2 35 1,5

1,2 0,25 0,2

1,4 0,3 0,2 3-2-1,5

36

1,6 0,35 0,2 4 1,5

1,8 0,35 0,2 38

2 0,4 0,25 39 4 3-2-1,5

2,2 0,45 0,25 40 3-2-1,5

2,5 0,45 0,35 42 4,5 4-3-2-1,5

3 0,5 0,35 45 4,5 4-3-2-1,5

3,5 0,6 0,35 48 5 4-3-2-1,5

4 0,7 0,5 50 4-3-2-1,5

4,5 0,75 0,5 52 5 4-3-2-1,5

5 0,8 0,5 55 4-3-2-1,5

5,5 0,5 56 5,5 4-3-2-1,5

6 1 0,75 58 4-3-2-1,5

7 1 0,75 60 5,5 4-3-2-1,5

8 1,25 1-0,75 62 4-3-2-1,5

9 1,25 1-0,75 64 6 4-3-2-1,5

10 1,5 1,25-0,75 65 4-3-2-1,5

11 1,5 1-0,75 68 6 4-3-2-1,5

12 1,75 1,5-1,25-1 70 6-4-3-2-1,5

14 2 1,5-1,25-1 72 6-4-3-2-1,5

15 1,5-1 4-3-2-1,5

16 2 1,5-1 76 75 6-4-3-2-1,5

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Desenho Técnico VI . 25

Peças Roscadas

Componente Científico-Tecnológica

Tabela VI.3 - Classes de parafusos e porcas e suas características mecânicas

Classe Provas de tracção Dureza Emprego

Parafusos Porcas rotura

Kg/mm2

Alongamento

mínimo %

0A 0A ________ ________ ________

4.6 4 >34 30 HRB>61Parafusos sem requisitos de

resistência

4.8 4 >40 25 HRB>64 Parafusos de baixa resistência

5.6 5

50/70 20/10 HRB>77 Parafusos de média resistência

5.8 5 <94

6.6 6 50/80 16/8<97

Parafusos de média resistência

8.8 8 80/100 12<30

Parafusos de alta resistência

10.9 10 100/120 10<36

Parafusos de altíssima resistência

12.9 12 120/140 8<42

Parafusos de altíssima resistência

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Desenho Técnico VI . 26

Peças Roscadas

Componente Prática

Esta Unidade Temática avaliou a participação dos elementos roscados naformação de bens que caracterizam a vida moderna.

Caracterizou os elementos roscados e identificou os aspectos com que elespodem aparecer nas peças desenhadas.

Definiu as regras relativas ao desenho convencional dos elementos roscadoscorrentes, quer quando separados, quer quando acoplados.

Analisou as vários aspectos que os elementos roscados podem apresentar e aforma como as regras convencionais se aplicam.

Mostrou as variantes que as ligações roscadas podem ter, bem como ospormenores que caracterizam essas ligações.

Apresentou a nomenclatura dos elementos roscados fundamentais, bem comoa cotagem de elementos representativos.

A título informativo apresentou formas variantes da cabeça e da ponta dosparafusos, bem como dos vários acabamentos de espiga.

Foi apresentada a forma de obter as roscas e as variantes que elas podem terna área tecnológica em que estamos inseridos.

Mencionaram-se variantes construtivos relativas as aspecto funcional das peçasroscadas, tais como número de entradas, o sentido da rosca e o tamanho dosdentes.

Foram referenciados os termos da cotagem, ISO e a maneira como esta divergequando variam os pâramentros que caracterizam as roscas; Incluiram-se algunsexemplos.

No final desta Unidade Temática, foram apresentadas tabelas para roscasmétricas relacionando o seu diâmetro nominal com o respectivo passo e atabela de codificação dos materiais usados na construção dos parafusos.

RESUMO

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Desenho Técnico VI . 27

Peças Roscadas

Componente Prática

1. Quando se observa a peça figurada à esquerda, qual das três soluçõesabaixo representadas corresponde à vista na direcção da seta (A)? Assinalecom uma cruz a resposta correcta.

2. A figura representa um acopolamento de duas peças roscadas, macho efêmea, atarrachadas entre si. Se considerar o corte (AA), qual das trêsvistas o representa? Assinale com uma cruz a representação certa.

ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO

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Desenho Técnico VI . 28

Peças Roscadas

Componente Prática

3. As figuras representam o aperto de peças por intermédio de um parafuso;só uma das respostas está certa. Assinale com uma cruz o quadradocorrespondente à resposta certa.

4. As figuras representam um perno com duas pontas roscadas; uma daspontas irá fixar-se no furo roscado e a outra receberá a porca. Sinalize comuma cruz o quadrado em branco, da figura que contém a cota referente aocálculo do furo roscado.

5. Sinalize com uma cruz o furo roscado que pode receber um parafuso comrosca M 8 X 0,75.

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Desenho Técnico VI . 29

Peças Roscadas

Componente Prática

6. Sinalize com uma cruz o perfil que corresponde à rosca métrica.

7. A figura da esquerda representa a ponta de um parafuso e o sentido deobservação. Assinale com uma cruz o sentido de observação que estácorrecto.

8. A figura representada à esquerda mostra um corte num furo roscado e comchanfro na entrada. Assinale com uma cruz a representação da vista(segundo a seta) que está correcta.

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An.

01IEFP · ISQ

Desenho Técnico B . 1

Bibliografia

CUNHA, Veiga da, Desenho Técnico,Gulbenkian, Lisboa.

GIESECKE, Frederick E., Technical Drawing,Collier Macmillan, Londres.

JENSEN, Cecil H.,Interpreting E. Drawing,Delmar Publishers.

MORAIS,Simões,Desenho Técnico Básico, Volume 3º ,Gráficos Unidos.

VYCHNEPOLSKI, Desenho de Construção Mecânica,Mir.

BIBLIOGRAFIA