DESENVOLVIMENTO DE MÉTODOS BASEADOS NA DLLME COM ... · 5.7 Comparação da SD-DLLME proposta com...
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FURG
Tese de Doutorado
DESENVOLVIMENTO DE MÉTODOS BASEADOS NA
DLLME COM DEMULSIFICANTE ÁGUA PARA
DETERMINAÇÃO MULTIRESÍDUO DE AGROTÓXICOS E
FÁRMACOS E PRODUTOS DE CUIDADO PESSOAL EM
AMOSTRAS DE ÁGUA
___________________________________
Sergiane Caldas Barbosa
PPGQTA
Rio Grande, RS - Brasil
2015
ii
DESENVOLVIMENTO DE MÉTODOS BASEADOS NA
DLLME COM DEMULSIFICANTE ÁGUA PARA
DETERMINAÇÃO MULTIRESÍDUO DE AGROTÓXICOS E
FÁRMACOS E PRODUTOS DE CUIDADO PESSOAL EM
AMOSTRAS DE ÁGUA
por
SERGIANE CALDAS BARBOSA
Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em
Química Tecnológica e Ambiental da Universidade
Federal do Rio Grande (RS), como requisito parcial
para obtenção do título de DOUTOR EM QUÍMICA.
PPGQTA
Rio Grande, RS - Brasil
2015
iii
Universidade Federal do Rio Grande - FURG Escola de Química e Alimentos
Programa de Pós-Graduação em Química Tecnológica e Ambiental
A Comissão Examinadora abaixo assinada aprova a Tese de Doutorado
DESENVOLVIMENTO DE MÉTODOS BASEADOS NA
DLLME COM DEMULSIFICANTE ÁGUA PARA
DETERMINAÇÃO MULTIRESÍDUO DE AGROTÓXICOS E
FÁRMACOS E PRODUTOS DE CUIDADO PESSOAL EM
AMOSTRAS DE ÁGUA
elaborada por
SERGIANE CALDAS BARBOSA
Como requisito parcial para a obtenção do título de
Doutor em Química
COMISSÃO EXAMINADORA
Prof. Dr. Ednei Gilberto Primel (Universidade Federal do Rio Grande - RS)
Prof. Dr. Mary Rosa Rodrigues de Marchi (Universidade Estadual Paulista - SP)
Prof. Dr. Eduardo Carasek da Rocha (Universidade Federal de Santa Catarina - SC)
Prof. Dr. Daiane Dias (Universidade Federal do Rio Grande - RS)
Prof. Dr. Manoel Leonardo Martins (Universidade Federal do Rio Grande - RS)
Prof. Dr. Fábio Ferreira Gonçalves (Universidade Federal do Rio Grande - RS)
Rio Grande, 27 de abril de 2015.
iv
“Pra viver e pra ver Não é preciso muito não
Atenção, a lição Está em cada gesto..
...Eu não quero tudo de uma vez não Eu só tenho um simples desejo
Hoje eu só quero que o dia termine bem”
( Daniel Carlomagno e Jair Oliveira)
v
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Ednei Gilberto Primel por mais esta oportunidade, pela
orientação, pelo seu apoio, incentivo e compreensão em todos os momentos.
Grande incentivador de toda a minha jornada na pós-graduação, com sua amizade e
orientação me incentivou a passar por todas estas etapas, tornando cada desafio
mais fácil. Obrigada por tudo!
Aos professores Dr. Eduardo Carasek da Rocha, Dra. Mary Rosa
Rodrigues de Marchi e Dr. Manoel Leonardo Martins pela disposição em
participar na defesa da tese e pelas valiosas sugestões na finalização deste estudo.
A Prof. Dra. Daiane Dias pela participação e sugestões no exame de
qualificação e na defesa da tese, além de toda compreensão e carinho durante a
execução da parte final deste trabalho.
Ao Prof. Dr. Fábio Ferreira Gonçalves pela disposição em participar e pela
contribuição na qualificação e no exame de defesa da tese. Além disso, pela
amizade compartilhada durante estes anos.
Aos meus pais, Sérgio e Vânia, exemplos de vida, pelo amor, pelo apoio,
pela minha educação, por acreditarem em mim. Sem o apoio de vocês eu nunca
teria concluído mais esta etapa. Obrigada por tudo.
Aos meus irmãos, Aiessa e Fred, que torceram por mim durante toda essa
jornada, me dando apoio e amor sempre.
Ao meu marido, Márcio, pela parceria e companheirismo de todas as horas.
O maior incentivador para que eu concluísse mais essa etapa, me dando apoio e
força, me mostrando que tudo sempre acontece na hora certa.
A minha princesa, Rafaela, que se comportou muito bem, e na barriga da
mamãe, participou dos experimentos finais e da redação e defesa desta tese.
A todos os meus amigos, que sempre me proporcionam momentos de
descontração e torcem por mim. Em especial, a Sheron e a pequena Lara, as quais
tornaram todos os momentos mais alegres e agradáveis.
vi
Aos colegas do LACOM com os quais convivi, e que contribuíram de diversas
formas, tenho um carinho muito grande por todos. Ana Laura, Lizi, Maristela,
Karina, Carol, Gabi, Jean, Gabriel, Marcos, Antunielle, Débora, Renata, Bruno
Meira, Augusto, Elisane, Bruno Guimarães e Ednei. Agradeco também a alguns
colegas que já não estão no LACOM mas fizeram parte desta caminhada. Liziara e
Edinho, obrigada pela amizade.
Ao meu amigo Meira, pelo incentivo, amizade e discussões que me ajudaram
a concluir esta etapa.
Agradeço aos meus companheiros de DLLME, Carol, Jean, Karina, Gabriel
e Lizi, pela disposição em ajudar de sempre. Principalmente ao Jean e Carol que
foram incansáveis em muitos e muitos dias de DLLME.
A Ana Laura, Augusto, Lizi, Karina, Gabi e Maris por tantos momentos de
descontração e amizade.
A Maris, por todos os momentos (pessoais, profissionais e acadêmicos) e
amizade compartilhados no laboratório e todo apoio durante esta jornada. Obrigada!
A Lizi, minha colega de doutorado, minha parceira de DLLME, pelos seus
muitos préstimos e sua boa vontade sempre.
A Rosane, secretária do PPGQTA por todos os esclarecimentos e atenção
dispensada quando necessário.
À FURG pela oportunidade, principalmente pelo ensino gratuito e de
qualidade.
Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Química
Tecnológica e Ambiental, os quais auxiliaram na minha formação acadêmica.
Agradeço à Deus, pela proteção e por me conceder mais esta vitória.
vii
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS.................................................................................................... x
LISTA DE TABELAS ................................................................................................. xii
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS .............................................................. xiv
RESUMO .................................................................................................................. xix
ABSTRACT ............................................................................................................... xx
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 21
2 OBJETIVOS.................................................................................................. 26
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................... 28
3.1 O processo analítico e o preparo de amostras ............................................. 28
3.2 Microextração Líquido-Líquido Dispersiva .................................................... 29
3.2.1 Princípios da DLLME .................................................................................... 30
3.2.2 DLLME aplicada a extração de agrotóxicos e PPCPs em amostras
ambientais ................................................................................................................. 33
3.2.2.1 Solventes extratores ..................................................................................... 51
3.2.2.2 Solventes dispersores .................................................................................. 52
3.2.2.3 Modificações ................................................................................................. 52
3.2.2.4 DLLME com auxílio de solvente demulsificante............................................ 58
3.2.2.5 Comparação com outras técnicas de extração ............................................. 61
3.2.2.6 Acoplamento com outras técnicas de extração ............................................ 63
3.2.2.7 DLLME acoplada com as técnicas de determinação .................................... 63
4 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................ 65
4.1 Instrumentação ............................................................................................. 65
4.2 Reagentes, solventes e materiais ................................................................. 66
4.3 Preparo das soluções analíticas ................................................................... 67
4.4 Seleção dos analitos para o estudo .............................................................. 67
4.5 Amostras de água ......................................................................................... 70
4.6 Otimização do sistema cromatográfico LC-MS/MS para determinação de
agrotóxicos e PPCPs em amostras de água ............................................................. 72
4.6.1 Preparo da fase móvel .................................................................................. 73
4.6.2 Escolha da composição e vazão da fase móvel e modo de eluição ............. 73
viii
4.6.3 Condições do espectrômetro de massas ...................................................... 73
4.7 Avaliação do uso de padrão interno ............................................................. 74
4.8 Otimização da técnica de SD-DLLME para extração de agrotóxicos e PPCPs
em amostras de água ................................................................................................ 74
4.8.1 Seleção do solvente extrator e dispersor ...................................................... 75
4.8.2 Escolha do volume de solvente extrator ....................................................... 77
4.8.3 Escolha do volume de solvente dispersor..................................................... 77
4.8.4 Efeito do pH .................................................................................................. 77
4.8.5 Adição de sal ................................................................................................ 78
4.8.6 Tipo de solvente demulsificante .................................................................... 78
4.9 Validação dos métodos ................................................................................ 78
4.9.1 Limite de Detecção e Quantificação ............................................................. 79
4.9.2 Curva analítica, curva trabalho e linearidade ................................................ 79
4.9.3 Exatidão ........................................................................................................ 81
4.9.4 Precisão ........................................................................................................ 81
4.9.5 Efeito Matriz .................................................................................................. 82
4.10 Controle de qualidade nas determinações.................................................... 83
5 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................. 84
5.1 Otimização das melhores condições de detecção no espectrômetro de
massas 84
5.2 Otimização do sistema cromatográfico LC-MS/MS para determinação de
agrotóxicos e PPCPs em amostras de água ............................................................. 87
5.3 Avaliação do uso de padrão interno ............................................................. 91
5.4 SD-DLLME.................................................................................................... 92
5.4.1 Escolha dos solventes extratores e dispersores ........................................... 92
5.4.2 Escolha do volume de solvente extrator ..................................................... 101
5.4.3 Escolha do volume de solvente dispersor................................................... 106
5.4.4 Efeito do pH ................................................................................................ 109
5.4.5 Adição de sal .............................................................................................. 117
5.4.6 Volume e tipo de solvente demulsificante ................................................... 122
5.5 Condições da SD-DLLME otimizada .......................................................... 124
5.6 Validação do método empregando SD-DLLME e LC-MS/MS..................... 125
5.6.1 Limite de detecção e quantificação ............................................................. 125
ix
5.6.2 Curva analítica e linearidade ...................................................................... 128
5.6.3 Exatidão e precisão .................................................................................... 132
5.6.4 Efeito Matriz ................................................................................................ 139
5.6.5 Aplicabilidade .............................................................................................. 141
5.7 Comparação da SD-DLLME proposta com outros métodos empregados para
extração de agrotóxicos e PPCPs de amostras de água com determinação por LC-
MS/MS 149
5.8 Comparação da técnica proposta com o método de referência para extração
de analitos orgânicos de amostra de água .............................................................. 151
6 CONCLUSÕES ........................................................................................... 154
7 TRATAMENTO DOS RESÍDUOS GERADOS ............................................ 155
8 SUGESTÃO PARA TRABALHOS FUTUROS ............................................ 156
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... 157
10 PRODUÇÃO CIENTÍFICA NO PERÍODO DE DOUTORADO .................... 179
x
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Etapas envolvidas na DLLME (MARTINS et al., 2012) .............................. 30
Figura 2. Etapas envolvidas na extração por SD-DLLME (adaptado de Chen et al.,
2010) ......................................................................................................................... 58
Figura 3. Mapa para os pontos de coleta das amostras de água utilizadas na
aplicabilidade ............................................................................................................. 70
Figura 4. Imagem do google earth para os pontos de coleta das amostras de água
utilizadas na aplicabilidade (marcados com uma estrela) ......................................... 71
Figura 5. Principais etapas envolvidas na SD-DLLME .............................................. 75
Figura 6. Separação das fases após adição do solvente demulsificante, (a) solução
turva - separação não ideal (b) boa separação das fases ......................................... 76
Figura 7. Área do pico para os analitos ionizados no modo negativo empregando
ácido acético e ácido fórmico como modificadores da fase móvel. Barras de erro
representam o desvio padrão (n=3, 3 injeções) ........................................................ 88
Figura 8. Sobreposição dos cromatogramas de íons no modo total (TIC) das seis
funções monitoradas para eluição no modo isocrático empregando metanol:água
0,1% ácido acético (60:40, v/v) (a), e no modo gradiente (b) conforme condições
descritas na Tabela 7. Concentração da mistura de 1000 µg L-1. ............................. 90
Figura 9. Curvas analíticas para a atrazina, atrazina corrigida pelo padrão interno
(atrazina-d5) e para o ibuprofeno, e ibuprofeno corrigido pelo padrão interno
(ibuprofeno-d3) .......................................................................................................... 92
Figura 10. Número de analitos que apresentaram valores de recuperação <20%,
entre 20 e 50 % e >50%, após extração por SD-DLLME com diferente combinações
de solvente extratores e dispersores (10 mL de amostra fortificada com 1,25 µg L -1,
pH da amostra: 6,6, volume de dispersor: 500 µL, volume extrator, 100 µL;
evaporado e redissolvido em 100 µL de metanol) ..................................................... 93
Figura 11. Número de analitos que apresentaram valores de recuperação <20%,
entre 20 e 50% e >50%, após extração por SD-DLLME com diferentes volumes de
solvente extrator (10 mL de amostra fortificada com 1,25 µg L-1; pH da amostra, 6,6;
volume de dispersor, 500 µL; volume de demulsificante, 500 µL) (n=3) ................. 101
xi
Figura 12. Número de analitos que apresentaram valores de recuperação <20%,
entre 20 e 50 % e >50%, após extração por SD-DLLME com diferentes volumes de
solvente dispersor (10 mL de amostra fortificada com 1,25 µg L-1, 10 mL; pH da
amostra, 6; volume de extrator, 120 µL) .................................................................. 106
Figura 13. Área dos picos para os PPCPs extraídos em diferentes valores de pH (10
mL de amostra fortificada com 1,25 µg L-1, 10 mL; volume de extrator, 120 µL;
volume de dispersor e demulsificante, 750 µL) (n=9 – 3 extrações e 3 injeções) ... 114
Figura 14. Área dos picos para os agrotóxicos extraídos em diferentes valoresi de
pH (10 mL de amostra fortificada com 1,25 µg L-1, 10 mL; volume de extrator, 120
µL; volume de dispersor e demulsificante, 750 µL) (n=9 – 3 extrações e 3 injeções)115
Figura 15. Etapas empregadas na SD-DLLME otimizada ....................................... 125
Figura 16. Exemplo do gráfico de linearidade para o cloridrato de ditialzem .......... 129
Figura 17. Exemplo do gráfico de linearidade para o fipronil................................... 129
Figura 18. Cromatograma no modo TIC para as seis funções monitoradas da matriz
(água potável) extraida em pH 2 (esquerda) e da matriz fortificada na concentração
de 2,5 µg L-1 (direita) ............................................................................................... 137
Figura 19. Cromatograma no modo TIC para as seis funções monitoradas da matriz
(água potável) extraida em pH 8 (esquerda) e da matriz fortificada na concentração
de 2,5 µg L-1 (direita) ............................................................................................... 138
Figura 20. Efeito matriz (água potável) para os analitos em estudo , calculado pela
inclinação das curvas analíticas preparadas no solvente e no extrato da matriz .... 140
Figura 21. Efeito Matriz (EM) para os analitos em estudo para as três diferentes
amostras estudadas, avaliado na concentração de 1,25 µg L-1 ............................. 148
xii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Trabalhos empregando DLLME e modificações para a extração de
agrotóxicos e PPCPs de amostras ambientais .......................................................... 35
Tabela 2. Trabalhos empregando a técnica de SD-DLLME para diferentes analitos 60
Tabela 3. Valores de coeficiente de partição octanol-água (Kow), solubilidade em
água, pka, número CAS e uso dos PPCPs e agrotóxicos em estudo (DRUGBANK;
TOMLIN, 2003) .......................................................................................................... 68
Tabela 4. Propriedades físico-químicas para os solventes estudados (CETESB;
SIGMA)...................................................................................................................... 76
Tabela 5. Agrotóxicos e PPCPs quantificados por LC-MS/MS, modo de ionização,
transições monitoradas, energia do cone e voltagem de colisão .............................. 85
Tabela 6. Condições empregadas no sistema cromatográfico LC-MS/MS ............... 89
Tabela 7. Condições de eluição empregadas no modo gradiente ............................. 91
Tabela 8. Resultados em área após extração por SD-DLLME com diferente
combinações de solvente extratores e dispersores ................................................... 98
Tabela 9. Resultados em área após extração por SD-DLLME com diferentes
volumes de solvente extrator ................................................................................... 103
Tabela 10. Resultados em área após extração por SD-DLLME com diferentes
volumes de solvente dispersor ................................................................................ 107
Tabela 11. Resultados em área após extração por SD-DLLME em diferentes valores
de pH ....................................................................................................................... 110
Tabela 12. Área dos picos empregando diferente tipos de sais na SD-DLLME ...... 119
Tabela 13. Área dos analitos empregando acetona e água como solvente
demulsificante ......................................................................................................... 122
Tabela 14. Limite de detecção instrumental (LODi), Limite de Quantificação
instrumental (LOQi), limite de detecção do método (LODm) e limite de quantificação
do método (LOQm) .................................................................................................. 126
Tabela 15. Coeficiente angular (a), intercepto (b) e coeficiente de correlação (r) para
as curvas analíticas no solvente e no extrato .......................................................... 130
Tabela 16. Recuperações e desvio padrão relativo (RSD) para as amostras de água
fortificadas em diferentes níveis .............................................................................. 133
xiii
Tabela 17. Dados de pH e turbidez para as amostras coletadas para verificar a
aplicabilidade do método ......................................................................................... 141
Tabela 18. Concentrações dos analitos detectados nas amostras coletadas (μg L−1)
(n=3) ........................................................................................................................ 143
Tabela 19. Recuperação (R), desvio padrão relativo (RSD) e efeito matriz (EM) para
as amostras de água de superfície coletadas durante a aplicabilidade do método
(n=3) ........................................................................................................................ 145
Tabela 20. Comparação da SD-DLLME proposta com outros métodos empregados
para extração de agrotóxicos e PPCPs de amostras de água com determinação por
LC-MS/MS ............................................................................................................... 150
Tabela 21. Comparação entre os métodos de referência sugeridos pela EPA para
extração de agrotóxicos e PPCPs com a técnica proposta neste estudo................ 153
xiv
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
1. [BBIM][PF6] hexafluorfosfato de 1,3-dibutilimidazólio
2. [BMIM][PF6] bis(trifluorometanosulfonil)imida de 1-butil-2,3-dimetilimidazólio
3. [C4MIM][PF6], hexafluorofosfato de 1-butil-3-metilimidazólio
4. [C6MIM][PF6], hexafluorofosfato de 1-hexil-3-metilimidazólio
5. [C8MIM][PF6], hexafluorofosfato de 3-metil-1-octil-imidazólio
6. [HMIM][NTF2] bis(trifluorometilsulfonil)imida de 1-hexil-3-metilimidazólio
7. [HMIM][PF6] hexafluorfosfato de 1-metil-3-hexilimidazólio
8. [OMIM][PF6] hexafluorfosfato de 1-metil-3-octilimidazólio
9. [PPIM][PF6], hexafluorfosfato de 1,3-dipentilimidazólio
10. AA, assistida por ar, do inglês air assited
11. C18, Sílica modificada com hidrocarboneto linear C18, octadecilsilano
12. CTAB, brometo de cetiltrimetilamônio, do inglês cethyltrimethyl ammonium
bromide
13. DLLME, microextração líquido-líquido dispersiva, do inglês dispersive liquid-
liquid microextraction
14. DLLME-SFO, DLLME com solidificação da gota orgânica flutuante, do inglês
dispersive liquid-liquid microextraction based on solidification of floating organic
drop
15. DSPE, extração em fase sólida dispersiva, do inglês dispersive solid phase
extraction
16. EM, efeito matriz
17. EPA, agência de proteção ambiental, do inglês environmental protection agency
18. ESI, ionização por eletrospray, do inglês electrospray ionization
19. ETAAS, espectrometria de absorção atômica com atomização eletrotérmica, do
inglês electrothermal atomic absorption spectrometry
20. eV – elétron-Volt
21. FAAS, espectroscopia de absorção atômica de chama, do inglês flame atomic
absorption spectrometry
22. FLD, detector por fluorescência, do inglês fluorescence detector
23. GC, cromatografia gasosa, do inglês gas chromatography
xv
24. GCB, carbono grafitizado, do inglês graphitized carbon black
25. GC-ECD, GC acoplada ao detector de captura de elétrons, do inglês gas
chromatogrpahy with electron capture detector
26. GC-FID, cromatografia gasosa com detector por ionização em chama, do inglês
gas chromatography with flame ionization detector
27. GC-FPD, cromatografia gasosa acoplada ao detector fotométrico de chama, do
inglês gas chromatography with flame photometric detector
28. GC-MS, cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas, do inglês
gas chromatography with mass spectrometry detector
29. GC-MS/MS, GC acoplada a espectrometria de massas sequencial, do inglês GC
tandem mass spectrometry
30. HF-LPME, microextração de fase líquida com fibras ocas, do inglês hollow fiber
liquid phase microextraction
31. HPAS, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos
32. HPLC-DAD, cromatografia líquida de alta eficiência acoplada ao detector de
arranjo de diodos, do inglês high pressure liquid chromtography with diode array
detector
33. HPLC-UV, cromatografia líquida de alta eficiência acoplada ao detector
ultravioleta, do inglês high perfomance liquid chromatography with ultraviolet
detector
34. IL – liquido iônico, do inglês ionic liquid
35. INMETRO, Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
36. ISCS, sistema de coleta de solvente, do inglês improved solvent collection
system
37. ISD, demulsificação na seringa, do inglês in-syringe demulsified
38. KOW, coeficiente de partição octanol-água
39. LC, cromatografia líquida, do inglês liquid chromatography
40. LC-MS/MS, cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massas em
série, do inglês liquid chromatography tandem mass spectrometry
41. LDS, solvente de baixa densidade, do inglês low density solvent
42. LDS-VSLLME, microextração líquido-líquido com auxílio de surfactante
empregando solvente de baixa densidade e assistida por vortex, do inglês Low-
xvi
density solvent-based vortex-assisted surfactant-enhanced-emulsification
liquid–liquid microextraction
43. LIC, limite de confiança inferior
44. LLE, extração líquido-líquido, do inglês liquid-liquid extraction
45. LMF, fluido magnético de baixa densidade, do inglês low-density magnetofluid
46. LMR, limite máximo de resíduo
47. LOD, limite de detecção, do inglês limit of detection
48. LOQ, limite de quantificação, do inglês limit of quantification
49. LPME, microextração em fase líquida, do inglês liquid phase microextraction
50. LSC, limite de confiança superior
51. m/z, razão massa-por-carga
52. SRM, monitoramento de reações selecionadas, do inglês selected reaction
monitoring
53. MS, espectrometria de massas, do inglês mass spectrometry
54. MSPME, microextração em fase sólida magnética, do inglês magnetic solid-
phase microextraction
55. NACE, eletroforese capilar não aquosa, do inglês nonaqueous capillary
electrophoresis
56. NaCl, cloreto de sódio
57. NaHPO4, fosfato de sódio
58. NHS, solventes não halogenados, do inglês nonhalogenated solvents
59. OMS, organização mundial da saúde
60. PDLLME, microextração líquido-líquido dispersiva particionada, do inglês
partitioned dispersive liquid–liquid microextraction;
61. PFPD, detector fotométrico de chama pulsada, do inglês pulsed flame
photometric detector
62. pH, potencial hidrogeniônico
63. pKa, potencial de dissociação ácida
64. PLE, extração com líquido pressurizado, do inglês pressurized liquid extraction
65. PPCPs, Fármacos e Produtos de Cuidado Pessoal, do inglês Pharmaceuticals
and Personal Care Produtcs
66. PSA, Amina primária secundária, do inglês Primary Secondary Amine
67. r, coeficiente de correlação linear
xvii
68. RSD, Desvio Padrão Relativo, do inglês Relative Standard Deviation
69. RSDpi, Desvio Padrão Relativo para Precisão Intermediária
70. RSDr, Desvio Padrão Relativo para Repetitividade
71. RTIL, líquidos iônicos a temperatura ambiente, do inglês room temperature
ionic liquids; i
72. s, estimativa do desvio padrão absoluto
73. SA-DLLME, microextração líquido-líquido dispersiva assistida por surfactante,
do inglês Surfactant-assisted dispersive liquid–liquid microextraction
74. s/n, relação sinal-ruído
75. SBSE, extração sortiva em barra de agitação, do inglês stir-bar sorptive
extraction
76. SD-DLLME, DLLME com auxílio de solvente demulsificante, do inglês solvent-
based de-emulsification dispersive liquid-liquid microextraction
77. SDME, microextração em gota suspensa, do inglês single drop microextraction
78. SEV, recipiente de extração silanizado, do inglês silylated extraction vessel
79. SPE, extração em fase sólida, do inglês solid phase extraction
80. SPME, microextração em fase sólida, do inglês solid-phase microextraction
81. TIC, Cromatograma de Íon Total, do inglês Total Ion Cromatogram
82. tR, tempo de retenção
83. TTAB, brometo de tetradeciltrimetilamônio
84. UA, assistida por ultrasom, do inglês ultrasound-assisted
85. UASO, partição com sal assistida por ultrasom, do inglês ultrasound assisted
salting-out
86. UDSA, assistida por agitador vertical, do inglês up-and-down shaker-assisted
87. UHPFSC, cromatografia liquida de ultra eficiência com fluido supercrítico, do
inglês ultra-high performance supercritical fluid chromatography
88. UHPLC, Cromatografia Líquida de Ultra Eficiência, do inglês Ultra High
Performance Liquid Chromatography
89. UHPLC-TUV, cromatografia líquida de alta eficiência com detecção por detector
de ultravioleta ajustável, do inglês ultra-high-pressure liquid chromatography
with tunable ultraviolet detection
xviii
90. USAEME, microextração assistida por ultrasom com emulsificação auxiliada por
surfactante, do inglês ultrasound-assisted surfactant-enhanced emulsification
microextraction
91. VALLME, microextração líquido-líquido dispersiva assistida por vórtex, do inglês
vortex assisted liquid-liquid microextraction
92. VWD, detector com comprimento de onda variável, do inglês variable wavelength
detector
93. WLSEME, DLLME com emulsificação assistida por solvente dispersor com água
com baixa concentração de surfactante, do inglês water with low concentration
of surfactant in dispersed solvent-assisted emulsion DLLME
xix
RESUMO
Título: DESENVOLVIMENTO DE MÉTODOS BASEADOS NA DLLME COM DEMULSIFICANTE ÁGUA PARA DETERMINAÇÃO MULTIRESÍDUO DE AGROTÓXICOS E FÁRMACOS E PRODUTOS DE CUIDA PESSOAL EM AMOSTRAS DE ÁGUA
Autor: Sergiane Caldas Barbosa
Orientador: Prof. Dr. Ednei Gilberto Primel
O uso de técnicas de microextração para o preparo de amostra tem recebido
atenção, uma vez que técnicas miniaturizadas reduzem o número de etapas, o
custo, e diminuem o impacto negativo no ambiente e na saúde dos químicos
analíticos. Além disso, a técnica de preparo de amostra ideal deve possibilitar a
extração de diferentes contaminantes, uma vez que compostos de propriedades
físico-químicas diferentes tem sido encontrados em amostras ambientais. Dessa
forma, o desafio deste trabalho foi estudar a técnica de microextração líquido-líquido
dispersiva (DLLME, do inglês dispersive liquid-liquid microextraction) na busca de
um método miniaturizado, rápido, menos agressivo ao ambiente e que possibilitasse
a extração de 26 fármacos e produtos de cuidado pessoal (PPCPs, do inglês
pharmaceuticals and personal care products) e 32 agrotóxicos de amostras de água.
As determinações foram realizadas por cromatografia líquida acoplada a
espectrometria de massas sequencial. Nas condições otimizadas (solvente extrator,
120 µL de 1-octanol; solvente dispersor, 750 µL de acetona; solvente demulsificante,
750 µL de água) os valores de recuperação (níveis 0,0125; 0,025; 0,125; 0,25; 1,25;
2,5 e 12,5 μg L-1) ficaram entre 70 e 120% com desvio padrão relativo inferior a 20%
para 96% das fortificações realizadas. Os limites de quantificação do método
variaram entre 0,0125 e 1,25 µg L-1 para todos os analitos. As curvas analíticas
apresentaram valores de coeficiente de correlação superiores a 0,98. O efeito matriz
(EM) foi avaliado e foi encontrada grande variação entre as amostras. O método foi
aplicado em amostras de águas de superfície e o EM foi compensado pela
quantificação por adição padrão. Resíduos de agrotóxicos e PPCPs foram
detectados nas amostras. Quando comparado com os métodos de referência e com
outros trabalhos publicados na literatura, o método proposto apresentou as
vantagens de ser rápido, simples e de baixo custo. Com a otimização, o método
permitiu a utilização de um pequeno volume de um álcool como solvente extrator e a
utilização de água para separação das fases ao invés de uso de um solvente
halogenado como proposto pelos trabalhos anteriormente publicados.
Palavras-chaves: agrotóxicos; PPCPs; DLLME; solventes de baixa densidade;
miniaturização
xx
ABSTRACT
Title: DEVELOPMENT OF METHODS BASED ON DLLME USING WATER AS
DEMULSIFIER FOR THE MULTIRESIDUE DETERMINATION OF PESTICIDES,
PHARMACEUTICALS AND PERSONAL CARE PRODUCTS IN WATER SAMPLES
Author: Sergiane Caldas Barbosa, M.Sc.
Advisor: Ednei Gilberto Primel, Ph.D.
Microextraction techniques have received attention because miniaturized
techniques decrease the number of steps, the cost and negative effects on the
environment and on analytical chemists’ health. Besides, the ideal sample
preparation technique should enable the extraction of a wide range of compounds
since different ones have been detected in the environment. Thus, the aim of this
research was to study the dispersive liquid-liquid microextraction (DLLME) technique
in the search for a miniaturized, fast and environmentally friendly method, capable of
extracting 26 pharmaceuticals and personal care products (PPCPs) and 32
pesticides from water samples. The determination was carried out by liquid
chromatography tandem mass spectrometry. In the optimized conditions (extractor
solvent, 120 µL 1-octanol; disperser solvent, 750 µL acetone; demulsifier solvent,
750 µL water), recovery values (levels 0.0125; 0.025; 0.125; 0.25; 1.25; 2.5 and 12.5
μg L-1) were between 70 and 120% with relative standard deviation lower than 20%
for 96% of the fortifications. The limits of quantification of the methods were between
0.0125 and 1.25 µg L-1 for all compounds. Analytical curves showed correlation
coefficients higher than 0.98. The matrix effect (ME) was evaluated and the samples
were differently affected. The method was applied to the determination of the
analytes in surface waters and the ME was compensated by the standard addition
method. Residues of pesticides and PPCPs were detected. By comparison with the
reference methods and other previously published studies, the proposed method
showed the advantages of being fast, simple and inexpensive. Moreover, the method
used a little amount of an alcohol as its extraction solvent and water for the
demulsification step instead of a halogenated solvent, as traditionally used in other
studies.
Keywords: pesticides; PPCPs; DLLME; low-density solvents; miniaturization
21
1 INTRODUÇÃO
O acesso a água potável e de qualidade é um direito do ser humano e um dos
componentes de uma política efetiva para a proteção da saúde. A Organização
Mundial de Saúde (OMS) estima que milhões de pessoas morram no mundo por ano
em virtude de doenças transmitidas pela água e indica que 700 milhões de pessoas
ainda não dispõem de abastecimento adequado de água potável (WHO, 2011).
Dentre as diferentes classes de contaminantes que têm sido investigadas em
águas estão fármacos e produtos de higiene pessoal (PPCPs, do inglês
Pharmaceutical and Personal Care Products) e agrotóxicos.
Os agrotóxicos, produtos utilizados para o controle de pragas, doenças e
ervas daninhas, são um dos principais insumos para garantia da produção agrícola.
Praticamente, desde a sua introdução na produção agrícola, os agrotóxicos são
conhecidos pela seu impacto na saúde humana (BAIRD e CANN, 2011). O uso
intensivo dos agrotóxicos está associado a problemas à saúde dos consumidores
dos alimentos, dos trabalhadores que lidam diretamente com os produtos, à
contaminação de alimentos e à degradação do meio ambiente. O Brasil destaca-se
no cenário mundial como o maior consumidor de agrotóxicos desde o ano de 2008,
respondendo, na América Latina, por 86% dos produtos (IBGE, 2012).
Os agrotóxicos são sintetizados para afetar determinadas reações
bioquímicas de insetos, microrganismos, animais e plantas que se deseja controlar
ou eliminar, mas determinados processos bioquímicos são comuns a todos os seres
vivos e, assim, o efeito pode então atingir não só o organismo que se espera
controlar, como também outros seres do ambiente (BAIRD, 2002). Um dos efeitos
que algumas classes de agrotóxicos possuem está baseado na inibição da enzima
acetilcolinesterase (AChE), interferindo na neurotransmissão colinérgica em
humanos e em peixes (LAETZ et al., 2009).
Além dos agrotóxicos, nos últimos anos, uma nova classe de contaminantes
tem alertado a comunidade científica. Conhecidos como “compostos orgânicos
emergentes” os PPCPs referem-se, em geral, a qualquer produto utilizado pelos
humanos para saúde pessoal, razões estéticas, ou usados para reforçar o
crescimento ou a saúde dos animais. PPCPs compreendem um conjunto
22
diversificado de milhares de substâncias químicas, incluindo drogas terapêuticas,
medicamentos veterinários, fragrâncias e cosméticos (EPA, 2015). Por serem
utilizados em nosso dia a dia, grande quantidade destes analitos acabam atingindo o
meio ambiente e chegando as plantas de tratamento de água e efluentes, onde
muitas vezes não são completamente removidos (RICHARDSON, 2009;
PEDROUZO et al., 2011; WHO, 2012).
A detecção de PPCPs em água é mais recente que a de agrotóxicos. Em
1970, um dos primeiros estudos foi publicado, e a presença de fármacos foi
detectada em águas residuais nos Estados Unidos (TABAK e BUNCH, 1970). Nos
últimos anos a detecção tem aumentado, principalmente devido aos avanços nas
instrumentações analíticas. Estudos indicam a presença de PPCPs em efluentes
(FERNÁNDEZ et al., 2014), lodo de estações de tratamento de efluentes (WICK et
al., 2010), lodos de estações de tratamento de água (CERQUEIRA et al., 2014),
solos e sedimentos (KUMIRSKA et al., 2015), águas de superfície (CALDAS et al.,
2013) e matrizes biológicas, como músculo de peixes (ESCARRONE et al., 2014;
REZK et al., 2015).
Determinar a qualidade da água é uma prioridade para a saúde humana; e
para isso, devido aos baixos níveis e a natureza da matriz onde os agrotóxicos e
PPCPs se encontram, são necessárias técnicas de preparo de amostra eficientes,
que atinjam detecções em concentrações de ng L-1, empregando menor quantidade
de solvente, que sejam rápidas e fáceis de executar (PICÓ et al., 2007;
TANKIEWICZ et al., 2011).
Uma das técnicas mais usadas no preparo de amostras para o isolamento e
pré-concentração de agrotóxicos e PPCPs é a Extração em Fase Sólida (SPE, do
inglês Solid-Phase Extraction), na qual a amostra aquosa é percolada por um
cartucho contendo um adsorvente, onde os analitos são retidos e depois eluídos
com uma pequena quantidade de solvente orgânico (PRIMEL et al., 2012).
A técnica de SPE substituiu em grande maioria a utilização da técnica de
Extração Líquido-Líquido (LLE, do inglês Liquid-Liquid Extraction), a qual utiliza
grande volume de solvente orgânico e é trabalhosa. Entretanto, os métodos
convencionais vêm sendo aprimorados na busca de métodos mais baratos, mais
rápidos e que consumam menor quantidade de solvente. Nesse aspecto, novas
técnicas têm sido desenvolvidas, como a Microextração Líquido-Líquido Dispersiva
23
(DLLME, do inglês Dispersive Liquid-Liquid Microextraction). O princípio básico da
técnica DLLME é a dispersão de um solvente extrator (imiscível em água) e um
solvente dispersor (miscível em água e no solvente extrator) em uma solução
aquosa o que proporciona uma grande área de contato entre a fase aquosa e o
solvente extrator (REZZAE et al., 2006). Do ponto de vista comercial, econômico e
ambiental, as vantagens da DLLME em relação aos métodos convencionais de
extração com solvente são a simplicidade de operação, rapidez, baixo custo, fácil
manipulação, baixo consumo de solventes orgânicos, e alto fator de enriquecimento
(CALDAS et al., 2011b). A técnica tem sido aplicado na extração de compostos
orgânicos como plastificantes (FARAHANI et al., 2007), fármacos (YAZDI et al.,
2008), agrotóxicos (CALDAS et al., 2010) e compostos inorgânicos (SOARES et al.,
2013) de amostras de alimentos, águas, fluidos biológicos, entre outros.
Com o avanço da técnica foram surgindo modificações, na tentativa de tornar
a técnica mais robusta e menos poluente. Surgiram então modificações que
empregam solventes menos densos que a água, o que favoreceu o uso de outros
solventes extratores, aumentando assim, a faixa de trabalho da DLLME.
Uma das modificações desenvolvidas é a DLLME com auxílio de solvente
demulsificante (SD-DLLME, do inglês Solvent-Based De-Emulsification Dispersive
Liquid-Liquid Microextraction) (CHEN et al., 2010). O princípio da extração é o
mesmo da DLLME, mas a técnica permite o uso de solventes menos densos que a
água. Com isso, para facilitar a retirada da gota orgânica, a extração é realizada em
um balão volumétrico. Após formação da solução turva, a etapa de centrifugação é
substituída pela adição de um solvente demulsificante, o qual quebra a emulsão e
proporciona a separação de fases rapidamente. Após isso, a gota flutua na
superfície da amostra e é retirada facilmente com o auxílio de uma seringa.
Estas técnicas de DLLME tem compatibilidade com as técnicas de
Cromatografia Gasosa (GC, do inglês Gas Chromatography) e de Cromatografia
Líquida (LC, do inglês Liquid Chromatography). Para a detecção e quantificação
simultânea de PPCPs e agrotóxicos, GC e LC têm sido as técnicas mais utilizadas,
ambas acopladas com detectores por espectrometria de massas (MS, do inglês
Mass Spectrometry).
Os mananciais de água são fontes de água potável, por isso muitas agências
ambientais têm imposto legislação rigorosa a respeito da qualidade dessas águas. A
24
legislação mais rígida foi estabelecida pela Comunidade Econômica Européia, onde,
para água potável, a concentração máxima permitida é 0,1 µg L-1 para agrotóxicos
individuais e 0,5 µg L-1 para a soma de agrotóxicos, incluindo produtos de
transformação (EU, 1998).
No Brasil, a Portaria nº 2.914/2011 estabelece os procedimentos e
responsabilidades relativas ao controle e vigilância da qualidade da água para
consumo humano e o seu padrão de potabilidade, inclui as concentrações máximas
de alguns agrotóxicos em águas para abastecimento público (BRASIL, 2011a). Para
águas doces, salobras e salinas, a resolução nº 430/2011, a qual dispõe sobre a
classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento,
estabelece alguns valores máximos para agrotóxicos (BRASIL, 2011b). No entanto,
estas legislações não contemplam a maioria dos agrotóxicos em uso atualmente.
Para fármacos ainda não existem valores preconizados na legislação
brasileira e internacional. Embora a detecção destes analitos seja uma realidade,
pouco se sabe sobre a toxicidade deles nas concentrações nas quais eles vem
sendo detectados. Já existe discussões por parte dos órgãos ambientais. Estas
discussões estão baseadas em dados de projetos e publicações científicas, o que
ressalta a necessidade da geração de dados, para dar subsídio a tomada de
decisão.
Métodos multirresíduos são mais trabalhosos de serem desenvolvidos, uma
vez que analitos que apresentam diferente polaridades, solubilidades, volatilidades,
valores de pKa devem ser extraídos simultaneamente. A extração simultânea de
diferentes classes de analitos por DLLME, diferentemente da SPE, tem recebido
pouca atenção, devido algumas limitações que a técnica apresenta como é o caso
dos solventes extratores empregados. Dessa forma, o desafio deste trabalho foi
aprimorar e estudar a técnica de SD-DLLME na busca de um método miniaturizado,
rápido, menos agressivo ao ambiente e que possibilite a extração de agrotóxicos e
PPCPs, atingindo exatidão e precisão aceitáveis para poder ser empregada na
rotina de um laboratório, colaborando assim com o desenvolvimento da Química
Analítica, e proporcionando uma alternativa para as técnicas oficiais, amplamente
empregadas.
Para estudo do método foi levado em consideração que os analitos em estudo
pertencem a diferentes classes químicas, e apresentam solubilidade e polaridade
25
bastante diferenciadas entre si. Com a otimização, a técnica proposta permitiu a
utilização de um pequeno volume de um álcool como solvente extrator, a utilização
de água para separação das fases ao invés de uso de um solvente orgânico como
proposto pelos trabalhos anteriormente publicados, e pela primeira vez, a rápida
extração de 58 analitos de amostras de água, apenas com uso de balões
volumétricos e seringas, uma vez que a etapa de centrifugação não é necessária na
SD-DLLME.
26
2 OBJETIVOS
Este trabalho teve como objetivo geral desenvolver e validar um método de
pré-concentração e extração por DLLME para a determinação de agrotóxicos,
fármacos e produtos de higiene pessoal por Cromatografia Líquida acoplada a
Espectrometria de Massas sequencial (LC-MS/MS) em água de abastecimento
público e de superfície, visando um método com poucas etapas, que empregasse
solventes menos tóxicos e que gerasse menor exposição do analista.
Para desenvolver e validar o método foram propostos os seguintes objetivos
específicos:
Selecionar os analitos para estudo, considerando a diversidade de
propriedades físico-químicas, as diferentes aplicações e a ocorrência em amostras
ambientais;
Estudar o desempenho da DLLME quando aplicada a extração de analitos
pertencentes a diferentes classes;
Propor modificações na técnica de extração para aplicar a extração
multiclasses de analitos de amostras de água;
Estudar as condições de extração da DLLME com enfoque no efeito de
alguns parâmetros como o solvente extrator, solvente dispersor, solvente
demulsificante, pH e adição de sal;
Avaliar o uso de diferentes solventes demulsificantes a fim de tornar a
técnica mais barata e gerar resíduos menos tóxicos;
Avaliar os dados através de um tratamento estatístico para verificar
diferenças significativas entre os resultados obtidos durante a otimização dos
parâmetros de extração;
Otimizar os parâmetros instrumentais para LC-MS/MS;
Validar o método, avaliando: curva analítica, linearidade, limites de
quantificação e detecção, precisão, exatidão e efeito matriz;
Traçar um comparativo do método proposto com os disponíveis para
extração de agrotóxicos e PPCPs de amostras de água, assim como comparar com
os métodos oficiais;
27
Disponibilizar dados para subsidiar a tomada de decisão e a criação de
legislação no Brasil;
Demonstrar a aplicabilidade do método validado na investigação da
ocorrência de 58 analitos em amostras de águas de superfície.
28
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 O processo analítico e o preparo de amostras
O processo analítico consiste tipicamente de um número de etapas,
igualmente importantes, como a amostragem, preparo de amostra, isolamento dos
analitos, identificação, quantificação e tratamento dos dados (WARDENCKI et al.,
2007; RAMOS, 2012).
Considerando a natureza da amostra e o objetivo do preparo de amostras,
fica evidente a grande influência desta etapa no tempo total do processo analítico e
na qualidade dos resultados obtidos, sendo um dos passos críticos do processo e
um dos principais obstáculos para a obtenção de resultados adequados em termos
de precisão e detectabilidade (MARTINS et al., 2012; RAMOS, 2012).
Com o aprimoramento de técnicas analíticas para determinação de
compostos em níveis traço em amostras ambientais, as técnicas de preparo de
amostra vem ganhando estímulo. O incentivo é por métodos exatos e rápidos para a
determinação de um número crescente de diferentes analitos em concentrações
cada vez menores em matrizes complexas (RAMOS, 2012).
Os processos clássicos de preparo de amostra como a LLE embora
consistam de várias etapas, ainda são amplamente empregados. As primeiras
etapas geralmente consistem em extrações exaustivas dos analitos da matriz, e,
devido a natureza não seletiva desses passos iniciais, a purificação dos extratos
obtidos geralmente é realizada. As etapas da purificação geralmente são
demoradas, o que torna a análise mais cara em termos de tempo e consumo de
reagentes, torna o procedimento mais suscetível a contaminação e degradação dos
analitos, e geralmente resulta em uma quantidade maior de resíduos (RAMOS,
2012; SPIETELUN et al., 2014).
Essas questões explicam porque estima-se que o prepara de amostra é
responsável por dois terços do tempo total de análise e, mais importante, ser
considerada a primeira fonte de erros e discrepâncias entre laboratórios. Em outras
palavras, a seleção e otimização do preparo de amostra dão aspectos fundamentais
29
no processo analítico que podem afetar a exatidão dos resultados finais (RAMOS,
2012).
Para minimizar estes problemas, diferentes métodos têm sido propostos a fim
de otimizar e propor alternativas as extrações convencionais. Atualmente, atenção
especial é dispensada para métodos que sejam rápidos, eficientes e ambientalmente
corretos. Desta forma, métodos baseados em microextração vêm sendo
desenvolvidos como alternativas aos métodos clássicos de extração (MARTINS et
al., 2012)
O uso de técnicas de microextração alternativas para o preparo de amostra
reduz o número de erros comumente encontrados em técnicas multi-estágios, e
limita o impacto negativo no ambiente e na saúde dos químicos analíticos. A
redução na quantidade de solvente orgânico empregado durante a extração se
transforma em diminuição de custos no tratamento dos resíduos e no gasto com a
compra dos solventes. Além disso, estas modificações nas técnicas descritas na
literatura estão dentro dos conceitos dos 3 R's, ou seja, substituir, reduzir e reciclar
(replace, reduce and recycle); substituir o uso de solventes tóxicos por solventes
verdes, reduzir o consumo de solventes e geração de resíduos, e reciclar os
solventes (WELCH et al., 2010; SPIETELUN et al., 2014).
As microextrações em fase líquida (LPME, do inglês Liquid Phase
Microextracton) incluem técnicas como a microextração em gota suspensa (SDME,
do inglês Single Drop Microextraction). Essa técnica é simples e utiliza baixo volume
de solventes, mas possui a desvantagem do tempo, uma vez que a área superficial
de contato com a amostra é pequena, o que necessita um longo tempo de extração
(KOKOSA, 2013). Na busca de técnicas de microextração mais rápidas, diferentes
técnicas tem sido propostas, e dentre elas, a técnica de DLLME vem sendo
estudada e empregada para extração de agrotóxicos e PPCPs de amostras de
águas.
3.2 Microextração Líquido-Líquido Dispersiva
A técnica de DLLME foi introduzida por Assadi e colaboradores no ano de
2006 (REZAEE et al., 2006).
30
Amostra
Injeção
da mistura de
Solventes extrator
e dispersor
na amostra Retirada
da fase
sedimentada
Microvial
com
amostra
Transferência
da fase
sedimentada
para o microvial
Centrifugação
Assim como outras técnicas de extração, a DLLME tem chamado a atenção
de pesquisadores e tem se tornado bastante popular entre os químicos analíticos.
Diversos trabalhos de revisão tem sido publicado sobre a técnica, envolvendo
aspectos gerais (REZAEE et al., 2010; ZGOŁA-GRZEŚKOWIAK e GRZEŚKOWIAK,
2011; LEONG et al., 2014), determinação de analitos orgânicos (HERRERA-
HERRERA et al., 2010; MA et al., 2012), discussões mais específicas como o uso de
solventes menos densos que a água (KOCÚROVÁ et al., 2012), entre outros.
3.2.1 Princípios da DLLME
A técnica esta baseada na injeção rápida de uma mistura apropriada de dois
solventes, um extrator e um dispersor, na amostra com o auxílio de uma seringa.
Após leve agitação, uma solução turva com microgotas é formada. As microgotas
consistem do solvente extrator mais o analito já extraído. Devido a alta área
superficial entre o solvente extrator e a amostra aquosa, e equilíbrio é atingido
rapidamente e a extração independe do tempo. Após centrifugação ocorre a
sedimentação das microgotas, formando uma fase sedimentada, a qual é retirada
com o auxílio de uma seringa e após, é efetuada a quantificação dos analitos pelo
método mais apropriado (Figura 1) (REZAEE et al., 2010).
Figura 1. Etapas envolvidas na DLLME (MARTINS et al., 2012)
31
Na DLLME, os principais fatores que afetam a eficiência de extração são a
seleção do solvente extrator e dispersor adequados e os volumes de solvente
extrator e dispersor. A seleção do solvente extrator é o principal parâmetro no
processo de DLLME. Solventes orgânicos são escolhidos baseados na sua maior
densidade que a água, capacidade de extração dos analitos e um bom
comportamento cromatográfico (REZAEE et al., 2010). Hidrocarbonetos
halogenados como clorobenzeno, clorofórmio, tetracloreto de carbono e
tetracloroetileno são usualmente empregadas como solventes extratores devido a
sua alta densidade. O solvente dispersor é escolhido baseado na sua miscibilidade
no solvente extrator e na fase aquosa. Acetona, metanol e acetonitrila são
usualmente empregados como solvente dispersor.
O volume de solvente extrator tem um efeito importante no fator de
concentração. Aumentado o volume de solvente extrator, o volume de fase
sedimentada obtida no processo de centrifugação aumenta, resultando em um
menor fator de concentração (HERRERA-HERRERA et al., 2010; REZAEE et al.,
2010). Entretanto, um volume de solvente extrator ótimo deve garantir a eficiência de
extração, um alto fator de concentração e volume suficiente de fase sedimentada
para a posterior análise.
O volume de solvente dispersor afeta diretamente na formação da solução
turva (água, solvente dispersor, solvente extrator), no fator de dispersão do solvente
extrator na fase aquosa e, subsequentemente, na eficiência de extração. Variações
no volume de solvente dispersor afetam o volume de fase sedimentada. Na DLLME,
os parâmetros importantes que afetam o volume de fase sedimentada são: (1)
solubilidade do solvente extrator na água, (2) volume de amostra, (3) volume de
solvente dispersor e (4) volume de solvente extrator (REZAEE et al., 2010).
Na DLLME, o tempo de extração é definido como o intervalo entre a injeção
da mistura dos solventes dispersor e extrator, e a centrifugação. A área superficial
entre o solvente extrator e a fase aquosa é infinitamente grande, então, a
transferência dos analitos para a fase aquosa é rápida. Subsequentemente, o
estágio de equilíbrio é atingido rapidamente (REZAEE et al., 2010).
32
Na DLLME, o fator de pré concentração (PF) é definido como a razão entre a
concentração do analito na fase sedimentada (Csed) e a concentração inicial (Co)
do analito na amostra (equação 1).
(1)
A recuperação (R) é definida como (equação 2):
(2)
Onde no é a quantidade total de analito e nsed é a quantidade de analito
extraído na fase sedimentada; e, Vsed e Vaq são os volumes de fase sedimentada e
amostra, respectivamente (REZAEE et al., 2010).
A DLLME é uma técnica simples e rápida, e seus maiores benefícios são os
baixos volumes (µL), a alta área superficial entre o solvente extrator e a amostra
aquosa, e o alto fator de enriquecimento geralmente obtido (KOCÚROVÁ et al.,
2012).
As desvantagens da DLLME estão relacionadas em sua maioria com os pré-
requisitos do solvente extrator e do dispersor. O solvente extrator deve ter habilidade
em extrair os analitos, baixa solubilidade em água e ser compatível com a
instrumentação analítica a ser utilizada. Além disso, deve formar uma solução turva
quando na presença do solvente dispersor. Entretanto, o número de solventes
disponíveis para serem empregados no método são limitados, e a escolha do
solvente extrator se torna a primeira desvantagem do método; fato este que se
agrava quando há a necessidade de que este solvente possua maior densidade que
a água, uma vez que o número de solventes que atendem este pré requisito é
relativamente pequeno e geralmente são solventes clorados. Com relação ao
solvente dispersor, este deve ser miscível tanto na fase aquosa quanto na fase
orgânica com o objetivo de garantir a formação de uma solução turva que aumenta a
área de contato entre as duas fases, facilitando a extração (KOCÚROVÁ et al.,
2012).
Para eliminar estas desvantagens, alternativas como automatização, uso de
extratores menos tóxicos e mais seguros (e.g. líquidos iônicos, líquidos supercríticos,
soluções surfactantes), solventes com menor densidade que a água, extrações sem
33
o uso do solvente dispersor; e extrações sem a necessidade de centrifugação tem
se tornado um tópico de interesse na química analítica nos últimos anos
(KOCÚROVÁ et al., 2012; SPIETELUN et al., 2014).
Um dado importante sobre a técnica, que mostra a sua consolidação na área
da química analítica, é a sua utilização para monitoramento ambiental, o que já pode
ser observado. Recentemente a técnica foi aplicada para verificar a ocorrência e a
distribuição espacial de alquilfenóis em cinco estuários na costa noroeste da
Espanha. Foram adicionados 100 µL de 1-octanol (solvente extrator) em 30 mL de
amostra de água do mar. A mistura foi agitada por 5 min a 1200 rpm e depois
centrifugada. A fase de 1-octanol foi coletada e aferida a 1 mL com metanol. Um
total de 98 amostras de água do mar foram coletadas e extraídas por DLLME e a
determinação foi realizada por LC-MS/MS. Os resultados indicaram a presença de
alguns alquilfenóis, e com mais frequência o composto nonilfenol foi detectado em
concentração máxima de 0,337 µg L-1 (SALGUEIRO-GONZÁLEZ et al., 2015).
3.2.2 DLLME aplicada a extração de agrotóxicos e PPCPs em amostras
ambientais
Os agrotóxicos tem o potencial de controlar e prevenir organismos que
atacam os alimentos, sendo uma ferramenta para a garantia da produção de
alimentos. Embora sejam extremamente importantes na agricultura, alguns
agrotóxicos já são conhecidos por seus efeitos tóxicos a humanos e animais, e o uso
contínuo desses compostos pode causar sérios problemas de contaminação
ambiental e dos alimentos (PINTO et al., 2010).
Os PPCPs compreendem milhares de substâncias químicas utilizadas pelos
indivíduos para a saúde, para fins de higiene e cosméticos, ou usado no
agronegócio para aumentar a produção e/ou melhorar a saúde dos animais (EPA,
2015). Estudos tem demonstrado a presença destes compostos em corpos hídricos
(CALDAS et al., 2013), e alguns estudos tem sugerido que alguns PPCPs podem
causar danos ao ambiente (NASSEF et al., 2010).
Embora a detecção destes compostos seja recente, os PPCPs devem estar
presente nas águas e no ambiente desde o tempo em que começaram a serem
34
utilizados. A detecção deles se tornou possível devido aos avanços na tecnologia os
quais melhoraram a habilidade em detectar e quantificar estes compostos.
Por estarem presente em baixas concentrações, tanto agrotóxicos como
PPCPs, técnicas de preparo de amostra que além de extrair possibilitem a pré-
concentração dos analitos tem sido estudadas e empregadas para o monitoramento
destes compostos em amostras ambientais. Nos próximos itens é feita um revisão
sobre os tipos e os volumes de solventes extratores e dispersores empregados na
DLLME para extração de agrotóxicos e PPCPs, assim como as modificações que
vem sendo realizadas na técnica, a comparação da DLLME com outras técnicas de
extração e as diferentes técnicas de determinação utilizadas. Uma descrição mais
detalhada dos trabalhos publicados é apresentada na Tabela 1.
35
Tabela 1. Trabalhos empregando DLLME e modificações para a extração de agrotóxicos e PPCPs de amostras ambientais
Sigla Analitos
Matriz
Volume
de
amostra
Solvente
Dispersor
Solvente
Extrator Centrifugação
Etapa de
evaporação
Técnica de
determinação OBS Referência
DLLME 13
organofosforados
Água
5 mL
Acetona
1000 µL
Clorobenzeno
12 µL
2 min
5000 rpm não GC-FPD
a
(BERIJANI et
al., 2006)
DLLME 11
clorobenzenos
Água
5 mL
Acetona
500 µL
Clorobenzeno
9,5 µL
2 min
5000 rpm não GC-ECD
b
(KOZANI et al.,
2007)
DLLME 4 triazinas Água
5 mL
Acetona
1000 µL
Clorobenzeno
12 µL
5 min
6000 rpm não GC-MS
c
(NAGARAJU e
HUANG, 2007)
DLLME 1 carbamato Água
5 mL
Metanol
500 µL
Tetracloroetano
20 µL
2 min
4000 rpm não HPLC-DAD
d
(WEI et al.,
2007)
DLLME piretróides Água
5 mL
Acetona
1000 µL
Clorobenzeno
10 µL
5 min
5000 rpm não GC-ECD
(ZANG et al.,
2008)
DLLME 2 antidepressivos
tricíclicos
Água
5 mL
pH 12
Metanol
1000 µL
Tetracloreto de
Carbono
18 µL
10 min
1000 rpm não GC-FID
e
(YAZDI et al.,
2008)
DLLME 6
organosulfurados
Água
5 mL
Metanol
800 µL
Tetracloreto de
carbono
10 µL
15 min
3000 rpm não GC-FPD
Comparação
com a HF-
LPME
(XIONG e HU,
2008)
PDLLMEg
4
clorofenóxiacéticos
Água
5 mL
0,2 M HCl
3% NaCl
Tetrahidrofurano
1920
µL
Tetracloroetileno
80 µL
10 min
4000 rpm sim HPLC-UV
f
(MELWANKI e
FUH, 2008)
a GC-FPD, cromatografia gasosa acoplada ao detector fotométrico de chama, do inglês gas chromatography with flame photometric detector;
b GC-ECD, GC acoplada
ao detector de captura de elétrons, do inglês gas chromatogrpahy with electron capture detector; c
GC-MS, cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de
massas, do inglês gas chromatography with mass spectrometry detector; d
HPLC-DAD, cromatografia líquida de alta eficiência acoplada ao detector de arranjo de
diodos, do inglês high pressure liquid chromtography with diode array detector; e
GC-FID, cromatografia gasosa com detector por ionização em chama, do inglês gas
chromatography with flame ionization detecor; f HPLC-UV, cromatografia líquida de alta eficiência acoplada ao detector ultravioleta, do inglês high perfomance liquid
chromatography with ultraviolet detector; g
PDLLME, microextração líquido-líquido dispersiva particionada, do inglês partitioned dispersive liquid–liquid microextraction
36
Sigla Analitos
Matriz
Volume
de
amostra
Solvente
Dispersor
Solvente
Extrator Centrifugação
Etapa de
evaporação
Técnica de
determinação OBS Referência
RTILh
DLLME
4
organofosforados
Água
10 mL
O tubo com
água e o
extrator foi
colocado em
banho maria (80
ºC) e depois
banho de gelo
(30 min)
[C6MIM][PF6]i
50 µL 20 min não HPLC-UV
(ZHOU et al.,
2008)
DLLME Metacrato
(agrotóxico)
Água
6 mL
Metanol
565 µL
Diclorometano
116 µL
10 min
4000 rpm não LC-UV
(XIA et al.,
2008)
DLLME-
SFOj
6
organoclorados
Água
5 mL
Acetonitrila
200 µL
Hexadecano
10 uL
3 min
5000 rpm não GC-ECD
(LEONG e
HUANG, 2009)
DLLME 18
Organoclorados
Água
10 mL
Acetona
1000 µL
Tetracloroetileno
10 µL
3 min
2 300 rpm não GC-MS
(CORTADA et
al., 2009)
DLLME 5 fragrâncias Água
5 mL
Metanol
620 µL
Tetracloreto de
Carbono
250 µL
7,5 min
4000 rpm sim GC-MS
(PANAGIOTOU
et al., 2009)
DLLME-
TSC
5
organoclorados
Água
10 mL
300 mg de
NaCl
Ter-butil-metil-
ester
7,8 µL
Tetracloroetileno
5,2 µL
5 min
4500 rpm não GC-MS
(TSAI e
HUANG, 2009)
DLLME 2
antimicrobianos
Água
5 mL
Metanol
1000 µL
1,1,1-
tricloroetano
40 µL
3 min
3500 rpm não GC-MS/MS
l
(MONTES et
al., 2009)
h RTIL – líquidos iônicos a temperatura ambiente, do inglês room temperature ionic liquids;
i [C6MIM][PF6], hexafluorofosfato de 1-hexil-3-metilimidazólio,
j DLLME-SFO,
DLLME com solidificação da gota orgânica flutuante, do inglês dispersive liquid-liquid microextraction based on solidification of floating organic drop; l GC-MS/MS, GC
acoplada a espectrometria de massas sequencial, do inglês GC tandem mass spectrometry;
37
Sigla Analitos
Matriz Volume
de amostra
Solvente Dispersor
Solvente Extrator
Centrifugação Etapa de
evaporação Técnica de
determinação OBS Referência
USAEME 7
conservantes
Água 10 mL 0,1 g
Na2HPO4m
200 µL anidrido acético
Não utiliza 1,1,1-
tricloroetano 100 µL
Ultrasom 5 min
Centrifugação 3 min
5000 rpm
não GC-MS/MS (REGUEIRO et
al., 2009)
DLLME 3
carbamatos Água 5 mL
Acetonitrila 1000 µL
Clorobenzeno 35 µL
5 min 4000 rpm
não HPLC (HE et al.,
2009b)
DLLME 2
clorofenóxiacéticos
Água 5 mL
pH 1,5 10%
NaCln
Acetona 1000 µL
Clorobenzeno 25 µL
5 min 5000 rpm
não HPLC-DAD (FARHADI et al., 2009b)
DLLME pentaclorofenol
Água 5 mL pH 3
1% NaCl
Acetona 1000 µL
tetracloroetileno 15 µL
5 min 5 000 rpm
não HPLC-DAD (FARHADI et al., 2009a)
ILo
DLLME 4 inseticidas
heterocíclicos Água 5 mL
Metanol 500 µL
[C6MIM][PF6] 0,052 g
10 min 4000 rpm
não HPLC-DAD (LIU et al.,
2009a)
DLLME 5
carbamatos Água 5 mL
Acetonitrila 1000 µL
Triclorometano 40µL
4000 rpm 5 min
não HPLC-DAD (LIU et al.,
2009b)
DSPE-DLLME
4 sulfoniluréias
Solo 10 g
Acetona (extrato do solo)
1000 µL
Clorobenzeno 60 µ L
Vortex 5 s
centrifugação 5 min
3500 rpm
sim HPLC-FLDp
(WU et al., 2009b)
mNaHPO4, fosfato de sódio;
nNaCl, cloreto de sódio,
o IL – liquido iônico, do inglês ionic liquid;
p FLD, detector por fluorescência, do inglês fluorescence detector
38
Sigla Analitos
Matriz Volume
de amostra
Solvente Dispersor
Solvente Extrator
Centrifugação Etapa de
evaporação Técnica de
determinação OBS Referência
DLLME 2 agrotóxicos
(carbendazim e tiabendazol)
Água 5 mL
0,5 g NaCl Solos 20 g
(5 mL do extrato pH
7)
tetrahidrofurano 750 µL
Clorofórmio 80 µL
5 min 3500 rpm
sim HPLC-FLD (WU et al.,
2009a)
PDLLME 8 herbicidas feniluréias
Água 0,5% NaCl
5 mL
tetrahidrofurano 1000 µL
diclorometano 60 µL
5 min 4000 rpm
sim HPLC-UV (CHOU et al.,
2009)
IL-DLLME 4
organofosforados Água 5 mL
Metanol 1000 µL
[C8MIM][PF6]r
35 µL 5 min
4000 rpm HPLC-UV
(HE et al., 2009a)
DLLME Bisfenol-A Água 10 mL
Acetona 2000 µL
Clorofórmio 142 µL
5 min 6000 rpm
sim HPLC-UV (REZAEE et al.,
2009)
DLLME 4
organoclorados Água 10 mL
Acetonitrila 600 µL
CCl4 50 µL
6 min 5000 rpm
sim HPLC-UV (ZHOU et al.,
2009)
DLLME 3
antimicrobianos Água 5 mL
tetrahidrofurano 1000 µL
1,3-diclorobenzeno
15 µL
5 min 3000 rpm
sim UHPLC-TUVs
(GUO et al., 2009)
VALLMEq
5 piretróides 1 organofosforado
Água 20 mL
Não utiliza Tolueno 30 µL
Vortex 2 min
2800 rpm não GC- µECD
(JIA et al., 2010)
DLLME 14
organoclorados Água
Acetona 500 µL
Dissulfeto de carbono 13,5 µL
GC-ECD (FARAJI e
HELALIZADEH, 2010)
q VALLME, microextração líquido-líquido dispersiva assistida por vórtex, do inglês vortex assisted liquid-liquid microextraction;
r [C8MIM][PF6], hexafluorofosfato de 3-
metil-1-octil-imidazólio; s UHPLC-TUV, cromatografia líquida de alta eficiência com detecção por detector de ultravioleta ajustável, do inglês ultra-high-pressure liquid
chromatography with tunable ultraviolet detection;
39
Sigla Analitos
Matriz
Volume
de
amostra
Solvente
Dispersor
Solvente
Extrator Centrifugação
Etapa de
evaporação
Técnica de
determinação OBS Referência
DLLME-
SFO
4
piretróides
Água
5 mL
NaCl
0,16 g
mL-1
Metanol
1000 µL
1-dodecanol
8 µL
2 min
3500 rpm não
GC-ECD
(LIU et al.,
2010)
SBSEt
DLLME 6 triazóis
Água 100 mL
extraídos com SBSE
e desorvidos
com metanol
Metanol 1000 µL
1,1,2,2-Tetracloroetano
25 µL
5 min 3000 rpm
não GC-FID GC-MS
(FARAJZADEH et al., 2010b)
DLLME 4 filtros UV
Água 5 mL pH 4
0,5 g NaCl
Acetona 1000 µL
Clorofórmio 60 µL
3 min 3500 rpm
sim GC-MS (TARAZONA et
al., 2010)
SD-DLLME
15 organoclorados
Água Acetonitrila
450 µL m-xileno
40 µL
desumilficante acetonitrila
750 µL não GC-MS
(ZACHARIS et al., 2010)
ST-DLLME
4 carbamatos Água pH 7
acetonitrila 500 µL
Tolueno 15 µL
demulsificante acetonitrila
500 µL não GC-MS/MS
(CHEN et al., 2010)
DLLME-SFO
5 organofosforados
Água 20 mL
1 g NaCl
Metanol 200 µL
1-dodecanol 15 µL
3 min 3500 rpm
Banho de gelo por 5 min
não HPLC-DAD (WU et al.,
2010a)
t SBSE, extração sortiva em barra de agitação, do inglês stir-bar sorptive extraction
40
Sigla Analitos
Matriz Volume
de amostra
Solvente Dispersor
Solvente Extrator
Centrifugação Etapa de
evaporação Técnica de
determinação OBS Referência
UASEMEu
7 organofosforados
Água 5 mL
Não utiliza
Clorobenzeno 150 µL
Triton-X 100 1x10
-2 mol L
-1
100 µL
Ultrassom 3 min
centrifugação 5 min
3500 rpm
sim HPLC-DAD
(WU et al., 2010b)
VALLME 3 alquilfenóis Água 20 mL
Não utiliza Octanol 50 µL
vórtex 2 min
2500 rpm Centrifugação
2 min 3500 rpm
não HPLC-FLD (YIANTZI et al.,
2010)
DLLME 5 disruptores endócrinos
Água 5 mL
acetonitrila:decanol 15:7, v/v 150 µL
Vortex 4 min
Centrifugação 5 min
3600 rpm
não HPLC-UV Comparou
com a SDME
(LÓPEZ-DARIAS et al.,
2010)
UAv-IL-
DLLME 4
benzoiluréais 10 mL
água pH 7 Não utiliza
[C6MIM][PF6] 50 µL
Ultrassom 15 min, banho
de gelo Centrifugação
10 min 4000 rpm
não HPLC-UV (ZHOU e
ZHANG, 2010)
IL-DLLME 4 filtros UV
Água pH 2,63 NaCl 60 mg mL
-1
Metanol 15 µL
[C4MIM][PF6]w
30 µL 10 min
8000 rpm não HPLC-UV-Vis
(YE et al., 2011)
IL-DLLME Bisfenol-A Água pH 4
Metanol 400 µL
[C6MIM][PF6] 60 µL
n.e. n.e. HPLC-VWDx (LI e LIU, 2010)
u UASEME, microextração assistida por ultrasom com emulsificação auxiliada por surfactante, do inglês ultrasound-assisted surfactant-enhanced emulsification
microextraction; v
UA, assistida por ultrasom, do inglês ultrasound-assisted; w
[C4MIM][PF6], hexafluorofosfato de 1-butil-3-metilimidazólio; x
VWD, detector com comprimento de onda variável, do inglês variable wavelength detector;
41
Sigla Analitos
Matriz Volume
de amostra
Solvente Dispersor
Solvente Extrator
Centrifugação Etapa de
evaporação Técnica de
determinação OBS Referência
DLLME 2 agrotóxicos
(dietofencarbe e Pirimetanil)
Água 5 mL
Acetonitrila 750 µL
Tetracloreto de carbono 50 µL
5 min 3000 rpm
não HPLC-VWD (CHENG et al.,
2010)
DLLME 3 agrotóxicos multiclasses
Água 5 mL
Acetonitrila 2000 µL
Tetracloreto de carbono
60 µL
5 min 2 000 rpm
sim LC-MS/MS (CALDAS et al.,
2010)
DLLME 4 anti inflamatórios
não esteroidais
Água 6 mL pH 1
Acetona 1000 µL
Clorofórmio 80 µL
Ultrassom 1 min
Centrifugação 10 min
5000 rpm
sim LC-MS/MSy
A amostra foi extraída duas vezes
(ZGOŁA-GRZEŚKOWIA
K, 2010)
IL-DLLME 4
organofosforados Água 5 mL
Metanol 600 µL
[BBIM][PF6]z
50 µL 5 min
4000 rpm não LC-UV
(HE et al., 2010)
DLLME carbamazepina Água 5 mL
Etanol 1000 µL
Clorofórmio 78 µL
5 min 4000 rpm
sim LC-UV-Vis (MASHAYEKHI
et al., 2010)
DLLME 2 estrogênios Água 5 mL
Metanol 500 µL
Tetracloroetano 25 µL
2 min 4000 rpm
LC-VWD (DU et al.,
2010)
DLLME 8 antibióticos
(fluoroquinolonas)
Água 5 mL
pH 7,6
Acetonitrila 1250 µL
Clorofórmio 685 µL
10 min 4000 rpm
sim NACEab
-UV (HERRERA‐HERRERA et al.,
2010)
USAEME 9
organofosforados
Água 5 mL pH 8
Não utiliza Tolueno 20 µL
3 min 3200 rpm
não GC-µECD (SU e JEN,
2010)
DLLME-SFO
4 hormônios esteroidais
Água 5 mL
0,3 g NaCl
Metanol 200 µL
1-undecanol 10 µL
3 min 4500 rpm
não UPLC-DAD (CHANG e
HUANG, 2010)
y LC-MS/MS, cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massas em série, do inglês liquid chromatography tandem mass spectrometry;
z [BBIM][PF6]
hexafluorfosfato de 1,3-dibutil-imidazólio; ab
NACE, eletroforese capilar não aquosa, do inglês nonaqueous capillary electrophoresis;
42
Sigla Analitos
Matriz Volume
de amostra
Solvente Dispersor
Solvente Extrator
Centrifugação Etapa de
evaporação Técnica de
determinação OBS Referência
DLLME 5
sulfonamidas Água 5 mL
DMSO 800 µL
Clorobenzeno 400 µL
ultrassom 20 min
Centrifugação 20 min
2500 rpm
sim eletroforese
capilar
(WEN et al.,
2011)
DLLME 20
organoclorados Água 5 mL
Acetona 1500 µL
Tetracloreto de carbono 10 µL
5 min 4000 rpm
não GC-µECD (ZHAO et al.,
2011c)
DLLME-ISCS
ac
8 organoclorados
Água 10 mL
Metanol 400 µL
1-nonanol 11 µL
3 min 5500 rpm
Não GC-ECD (CHANG et al.,
2011)
SEVad
DLLME
6 triazóis
Água 100 mL
30 g NaCl
Metanol 1500 µL
Clorofórmio 20 µL
5 min 6000 rpm
não GC-FID (FARAJZADEH
et al., 2011)
SPE-DLLME
6 organofosforados
Água 500 mL
Acetona (eluato SPE)
2000 µL
Tetracloreto de carbono 15 µL
6 min 4000 rpm
não GC-MS
A mistura foi injetada em
8 mL de água
(ALVES et al., 2011a)
DLLME 18
organofosforados Água 5 mL
2-propanol 1000 µL
Clorofórmio 50 µL
6 min 4000 rpm
Injetou 1 µL da alíquota
GC-MS (ALVES et al.,
2011b)
DLLME 5
fragrâncias Água 5 mL
Acetona 1000 µL
Clorofórmio 50 µL
5 min 6000 rpm
Retirou 10 µL da fase
sedimentada GC-MS
(LÓPEZ-NOGUEROLES
et al., 2011)
TIL-DLLME
3 antimicrobianos
Água 5 mL
Não utiliza
[OMIM]PF6ae
0,058 g
*o tubo foi aquecido a 90
ºC banho de gelo
40 min.
5 min 3000 rpm
não UHPLC-UV (GUO et al.,
2010)
ac ISCS, sistema de coleta de solvente, do inglês improved solvent collection system;
ad SEV, recipiente de extração silanizado, do inglês silylated extraction vessel;
ae
[OMIM][PF6] hexafluorfosfato de 1-metil-3-octilimidazólio
43
Sigla Analitos
Matriz Volume
de amostra
Solvente Dispersor
Solvente Extrator
Centrifugação Etapa de
evaporação Técnica de
determinação OBS Referência
DLLME Levonogestrel Água 6 mL
Metanol 50 µL
Clorofórmio 50 µL
5 min 4000 rpm
não HPLC-DAD (HUANG et al.,
2011)
DLLME (vidraria especial)
4 filtros UV Água 20 mL
Não utilizou 1-octanol
40 µL
Agitação magnética
20 min não HPLC-DAD
(ZHANG et al., 2011)
IL-DLLME 7 antibióticos (tetraciclinas)
Água 5 mL La(III)
0,4 mmol L
-1
5 µL
triton-x 114 1% 0,5 mL
Não utiliza
[BMIM][PF6] 0,150 g
*banho maria a 30 ºC
10 min 11 800 g
não HPLC-TUV (HOU et al.,
2011)
DLLME 3 estrógenos Água 5 mL
Acetona 1250 µL
Tetracloreto de carbono 80 µL
10 min 4000 rpm
sim HPLC-UV
(HADJMOHAMMADI e
GHOREISHI, 2011)
DLLME 3 carbamatos Água
4,7% NaCl Acetonitrila
1500 µL Clorofórmio
126 µL 10 min
4000 rpm sim HPLC-UV
(KHODADOUST e
HADJMOHAMMADI, 2011)
IL-IL-DLLME
2 piretróides
Água 5 mL pH 6
[C4MIM][BF4] 300 µL
[C8MIM][PF6] 750 µL
6 min 5000 rpm
não HPLC-UV (ZHAO et al.,
2011a)
DLLME-SFO
2 PPCPs (triclosan e 2,4-
diclorofenol)
Água 5 mL pH 6
Acetonitrila 300 µL
1-dodecanol 12 µL
4 min 3000 rpm
não HPLC-UV (ZHENG et al.,
2011)
af [HMIM][PF6] hexafluorfosfato de 1-metil-3-hexilimidazólio
44
Sigla Analitos
Matriz Volume
de amostra
Solvente Dispersor
Solvente Extrator
Centrifugação Etapa de
evaporação Técnica de
determinação OBS Referência
DLLME-SFO
2 agrotóxicos (dietofencarbe e
pirimetanil)
Água 5 mL
Metanol 500 µL
1-decanol 20 µL
4000 rpm 2 min
5 µL HPLC-WLD (CHENG et al.,
2011)
IL/IL-DLLME
2 antimicrobianos Água 5 mL
[C4MIM][BF4] 300 μL
[C6MIM][PF6] 50 μL
6 min 5000 rpm
não LC-MS/MS (ZHAO et al.,
2011b)
UA-DLLME
4 antibióticos (fluoroquinolonas)
Água 8 mL
Metanol 500 µL
Tetracloroetano 110 µL
Sonificados por 2 min
5 min 4000 rpm
sim LC-UV (YAN et al.,
2011)
DLLME-SFO
8 PBDEs 2 organoclorados
5 piretróides
Água 10 mL
metanol 600 µL
1-dodecanol 5 µL
3 min 4000 rpm
não GC-ECD (ZUO et al.,
2012)
DLLME (vidraria especial)
5 triazóis Água 22 mL
10% NaCl
Acetonitrila 1400 µL
n-hexano:n-hexanol (75:25) 20 µL
Não utiliza não GC-FID (FARAJZADEH
et al., 2012)
SPE- DLLME
30 organofosforados
Água 100 mL
Acetona (eluato da SPE)
1000 µL
Clorobenzeno 12 µL
2 min 5000 rpm
não GC-FPD
Os solventes
foram injetados em
5 mL de água
ultrapura
(SAMADI et al., 2012)
DLLME clorpirifós Água 25 mL
0,5 g NaCl
Metanol 1500 µL
1-dodecanol 40 µL da
mistura dos dois
3 min 3400 rpm
não GC-FPD (XIONG et al.,
2012)
NHSag
-DLLME
organofosforados Água 5 mL
1-propanol 300 µL
Ciclohexano 50 µL
5 min 4000 rpm
não GC-MS (ALVES et al.,
2012) ag
NHS, solventes não halogenados, do inglês nonhalogenated solvents
45
Sigla Analitos
Matriz Volume
de amostra
Solvente Dispersor
Solvente Extrator
Centrifugação Etapa de
evaporação Técnica de
determinação OBS Referência
DLLME 17 agrotóxicos Água 10 mL
Acetonitrila 1900 µL
Tricloroetano 178 µL
5 min 3600 rpm
não GC-MS/MS (CARRO et al.,
2012)
IL-DLLME 7 agrotóxicos
Solo 3 g
pH 5,2 2,5 g NaCl
Metanol 418 µL
[PPMIM][PF6]ah
117,5 mg
10 min 4400 rpm
não HPLC-FD
Primeiro o solo é
extraído com
ultrassom e metanol
(ASENSIO‐RA
MOS et al., 2012)
UA-IL-DLLME
8 antibióticos Água 10 mL pH 9
Metanol 400 µL
[C8MIM][PF6] 65 mg
Vortex 1min Ultrassom
5 min Banho de gelo
3 min Centrifugação
10 min 4000 rpm
não HPLC-FD (VÁZQUEZ et
al., 2012)
SPE-DLLME
Carbamazepina *passou pela SPE
antes
Água 10 mL
Acetonitrila (eluato da SPE)
1500 µL
Clorofórmio 60 µL
3 min 5000 rpm
sim HPLC-UV (REZAEE e
MASHAYEKHI, 2012)
RTIL-DLLME
diclorvós
Água 8 mL pH 5
25% NaCl
Tetrahidrofurano 260 µL
[BMIM][PF6] 65 µL
10 min 4000 rpm
não HPLC-UV (WANG et al.,
2012)
ah [PPIM][PF6], hexafluorfosfato de 1,3-dipentilimidazólio
46
Sigla Analitos
Matriz Volume
de amostra
Solvente Dispersor
Solvente Extrator
Centrifugação Etapa de
evaporação Técnica de
determinação OBS Referência
IL-DLLME sequencial
4 agrotóxicos ariloxi-fenoxi
propionato
Agua pH 6,4
4,6% NaCl
[C8MIM][Cl] 10 mg
Clorobenzeno 30 µL
ultrassom por 2 min. LiNTf2 415 µL
10 min 4000 rpm
não HPLC-VWD LI et al., 2012)
MR-IL-DLLME
4 inseticidas benzoiluréias
Água 10 mL
Acetonitrila 300 µL
[C4MIM][PF6] 70 µL
Sonificou por 1 minuto para aumentar a
taxa de transferencia
50 uL de acetonitrila
HPLC-VWD (ZHANG et al.,
2012)
VALLME Alquilfenóis e
Bisfenol-A Água 30 mL
Não utiliza 1-octanol 100 µL
Vortex 5 min 1200 rpm
Centrifugação 3 min
3500 rpm*
não LC-ESI-MS/MS
agitou no vórtex antes
(SALGUEIRO-GONZÁLEZ et
al., 2012)
DLLME 3 alquilfenóis Água 5 mL
Metanol 300 µL
1-Octanol 30 µL
5 min 2900 g
não LC-FLD (RYU et al.,
2012)
ISDai-
DLLME 3 agrotóxicos
Água 5 mL
Metanol 500 µL
Tolueno 20 µL
Demulsificante Metanol 500 L
não LC-MS (XIA et al.,
2012)
UA-DLLME
6 fragâncias Água
0,5 g NaCl
Álcool isopropílico
1000 µL
Tetracloreto de carbono 10 µL
Ultrassom 1 min
Centrifugação 10 min
5000 rpm
não GC-MS (YANG e DING,
2012)
WLSEMEaj 5 organoclorados
Água 8 mL
Água com tween 80
(1 ppm) 120 µL
Dodecil acetato e 2-dodecanol
10 - 12 µL
3 min 5000 rpm
não GC-ECD (LI et al., 2013)
ai ISD, demulsificação na seringa, do inglês in-syringe demulsified;
47
Sigla Analitos
Matriz Volume
de amostra
Solvente Dispersor
Solvente Extrator
Centrifugação Etapa de
evaporação Técnica de
determinação OBS Referência
LMFal-
DLLME 10 organoclorados
Água 30 mL
Não utiliza
Fluido magnético
(acido oleico com partículas
de Fe3O4 disperso em n-
octano) 50 µL
Ultrassom 5 min
não GC-ECD (SHEN et al.,
2013)
UA-DLLME
6 agrotóxicos Água 5 mL
Acetonitrila 1000 µL
Tetracloreto de carbono
15 µL
5 min 3000 rpm
não GC-FID (CUI et al.,
2013)
AAam
DLLME
5 triazóis
Água 5 mL
AA-DLLME Não utiliza
DLLME Metanol 500 µL
AA-DLLME 1,2-
dibromoetano 25 µL
DLLME 1,2-
dibromoetano 34 µL
5 min 4000 rpm
não GC-FID
Injeta e aspira 7 vezes a amostra
para melhor dispersão
(FARAJZADEH et al., 2013)
DLLME 4 parabenos Água 2 mL
Etanol 200 µL
Clorofórmio 50 µL
3 min 4000 rpm
não GC-FID (JAIN et al.,
2013)
DLLME 2 agrotóxicos
(carbofurano e clorfenvifós)
Água 10 mL
Metanol 500 µL
Clorobenzeno 80 µL
5 min 3000 rpm
não GC-MS (SOUSA et al.,
2013)
DLLME estatinas Água 9 mL
Acetona 500 µL
Clorobenzeno 50 µL
5 min 4000 rpm
sim HPLC-MS (MARTÍN et al.,
2011)
ST-DLLME
4 triazinas Água 5 mL
pH 6 10% NaCl
Acetona 600 µL
tolueno 55 µL
Demulsificante Acetona 500 µL
sim HPLC-DAD (TOLCHA et al.,
2013)
aj WLSEME, DLLME com emulsificação assistida por solvente dispersor com água com baixa concentração de surfactante, do inglês water with low concentration of
surfactant in dispersed solvent-assisted emulsion DLLME; al
LMF, fluido magnético de baixa densidade, do inglês low-density magnetofluid; am
AA, assistida por ar, do inglês air assited
48
Sigla Analitos
Matriz Volume
de amostra
Solvente Dispersor
Solvente Extrator
Centrifugação Etapa de
evaporação Técnica de
determinação OBS Referência
VALLME 3 agrotóxicos Água
6,5 mL Não utiliza
1 –octanol 30 µL
Vortex 90 s
3000 rpm 5 µL HPLC-DAD
(WANG et al., 2013)
IL-USA- DLLME
3 fitocidas
Solos (1 mL
solução de solo)
Metanol 300 µL
[BMIM][TFSI]ao
70 μL
5 min 400 rpm
não HPLC-UV (DONG et al.,
2013)
IL-DLLME- µ-SPE
5 antidepressivos
Água 5 mL
Metanol 200 µL
[HMIM][FAP] 20 µL
Depois da DLLME
passa por uma micro-
SPE
HPLC-UV (GE e LEE,
2013)
US-IL-DLLME
9 fármacos
Água 10 mL pH 4
Acetonitrila 500 µL
[C8MIM][PF6] 85 mg
8 min 4000 rpm
não LC-MS
(VÁZQUEZ et al., 2013)
DLLME 25 antibióticos
(sulfonamidas e quinolonas)
Água 5 mL
pH 7,6 20% NaCl
Acetonitrila 1250 µL
Clorofórmio 685 µL
10 min 4000 rpm
sim UPLC-DAD (HERRERA-HERRERA et
al., 2013)
UDSAan
IL-DLLME
3 filtros UV Água 5 mL pH 7
Metanol 200 µL
[C8MIM][PF6] 40 µL
3 min 5000 rpm
não UPLC-PDA (KU et al.,
2013)
SPE- DLLME-
SFO
9 organoclorados
Água 5 mL
4% NaCl
Acetona (eluato da SPE)
2000 µL
Dodecanol 10 µL
5 min 6000 rpm
não GC-ECD (MIRZAEI e
RAKH, 2014)
DLLME 8
filtros UV
Água 5 mL
pH 2,5
Acetona 250 µL
Clorofórmio 50 µL
5 min 3500 rpm
não GC-MS (BENEDÉ et
al., 2014)
an UDSA, assistido por agitador vertical;
ao[BMIM][PF6] bis(trifluorometanosulfonil)imida de 1-butil-2,3-dimetil-imidazólio;
49
Sigla Analitos
Matriz Volume
de amostra
Solvente Dispersor
Solvente Extrator
Centrifugação Etapa de
evaporação Técnica de
determinação OBS Referência
DLLME 22
agrotóxicos Água 5 mL
Acetona 2000 µL
Tetracloreto de carbono 50 µL
Separado em banho de gelo
10 min não GC-MS/MS
(MARTINS et al., 2014)
UA-DSPE-LDS
ap
DLLME
6 organofosforados
Solo 5 g
Acetona (extrato do solo)
1000 µL
2-etil-hexanol 100 µL
Ultrasom 5 min
Centrifugação 5 min
4000 rpm
não GC-PFPDaq
(WANG et al.,
2014)
VLDS-SD-DLLME
4 organofosforados
Água 8 mL
1 g NaCl
Acetonitrila 500 µL
1-dodecanol 100 µL
acetonitrila 500 L
demulsificante
não HPLC-DAD (SEEBUNRUENG et al., 2014)
TCIL-DLLME US-IL-DLLME
6 benzoiluréias
TCIL-DLLME 10 mL 50 ºC 9
min US-IL-DLLME
TCIL-DLLME Metanol 400 µL
US-IL-DLLME Metanol 350 µL
TCIL-DLLME [C8MIM][PF6]
35 mg US-IL-DLLME [C8MIM][PF6]
45 mg
6 min 4000 rpm
não LC-MS/MS (VÁZQUEZ et
al., 2014)
US-IL-DLLME
4 anti-inflamatórios não esteroidais
Água 10 mL
Metanol 165 µL
[C8MIM][PF6] 74 µL
10 min 8000 rpm
não UHPSFC
as
PDA (JI et al., 2014)
SPE-DLLME
22 PPCPs
Água 500 mL
efluentes 250 mL
pH 2
Metanol: acetonitrila: Diclorometano
3:3:4 (eluato SPE)
2000 µL
5 min 6000 rpm
sim
injetados em 10 mL de água 5%
NaCl
(CELANO et al., 2014)
ap LDS, solvente de baixa densidade, do inglês low density solvent;
aq PFPD, detector fotométrico de chama pulsada, do inglês
pulsed flame photometric. detector;
ar
UASO, partição com sal assistida por ultrasom, do inglês ultrasound assisted salting-out; as
UHPFSC, cromatografia liquida de ultra eficiência com fluido supercrítico, do inglês ultra-high performance supercritical fluid chromatography;
50
Sigla Analitos
Matriz Volume
de amostra
Solvente Dispersor
Solvente Extrator
Centrifugação Etapa de
evaporação Técnica de
determinação OBS Referência
IL-DLLME 2
parabenos Água 10 mL
Etanol 680 µL
[HMIM][PF6] 70 mg
3 min 5000 rpm
não UV-Vis (KHANI et al.,
2014)
UASOar
HLLME 4
triazóis
Água 3 mL
1,3 g de NaCl
Acetonitrila 650 µL
Ultrasom 30 s Injetou uma
solução saturada para
separar as fases
não GC-MS (XU et al.,
2015)
DLLME 7
triazinas Água 25 mL
não utiliza octanol 300 µL
Centrifugação 3 min
3500 rpm não
HPLC-DAD e LC-MS/MS
Agitou em placa
agitadora por 10 min
(RODRÍGUEZ-GONZÁLEZ et
al., 2015)
IL-DLLME atMSPME
4 fungicidas
Água 8 mL
acetonitrila 300 µL
[HMIM]NTF2au
30 µL
Sem centrifugação
não HPLC-UV (YANG et al.,
2015)
ar UASO, partição com sal assistida por ultrasom, do inglês ultrasound assisted salting-out;
at MSPME, microextração em fase sólida magnética, do inglês magnetic
solid-phase microextraction; au
[HMIM][NTF2] bis(trifluorometilsulfonil)imida de 1-hexil-3-metilimidazólio
51
3.2.2.1 Solventes extratores
Originalmente solventes extratores clorados foram amplamente empregados
na DLLME devido a sua maior densidade que a água. Entre os solventes clorados
mais empregados podemos citar tetracloreto de carbono (YAZDI et al., 2008),
clorofórmio (WU et al., 2009a), clorobenzeno (BERIJANI et al., 2006), diclorometano
(CHOU et al., 2009) e tetracloroetileno (MELWANKI e FUH, 2008). Com o objetivo
de diminuir a toxicidade do resíduo gerado na técnica, assim como diminuir a
exposição do analista a solventes extremamente tóxicos, outros solventes
começaram a ser empregados na técnica, como os líquidos iônicos (IL, do inglês
ionic liquid) (AGUILERA-HERRADOR et al., 2010).
A técnica de DLLME empregando ILs recebeu a nomenclatura de IL-DLLME.
Os ILs podem ser definidos como sais orgânicos que são líquidos a temperatura
ambiente. Algumas características peculiares destes compostos, como vapor de
pressão negligenciável e boa estabilidade térmica e química levaram a exploração
do uso deles na química analítica. Além disso, eles possuem características
importantes, como não inflamabilidade e não volatilidade, o que torna o uso deles
mais seguro (AGUILERA-HERRADOR et al., 2010). Dentre os mais usados
podemos citar o hexafluorfosfato de 1-hexil-3-metilimidazólio [C6MIM][PF6] (LIU et
al., 2009a) e o hexafluorfosfato de 1-octil-3-metil-imidazólio [C8MIM][PF6] (VÁZQUEZ
et al., 2012).
Modificações na técnica permitiram também o uso de solventes com menor
densidade que a água, como os alcoóis 1-undecanol, 1-dodecanol, 1-hexanol, 1-
octanol, 1-decanol (LIU et al., 2010; LÓPEZ-DARIAS et al., 2010), e os solventes
hexadecano, m-xileno, ciclohexano e hexano (LEONG e HUANG, 2009; ZACHARIS
et al., 2010).
Estes solventes tem sido utilizados para a extração de agrotóxicos e PPCPs
em volumes que variam de 5,2 a 685 µL (TSAI e HUANG, 2009; HERRERA-
HERRERA et al., 2013).
52
3.2.2.2 Solventes dispersores
Os solventes dispersores empregados não apresentam tantas variações
quanto os extratores, uma vez que devem ter miscibilidade tanto na fase extratora
quanto na fase aquosa.
Os solventes mais empregados como dispersores na extração de agrotóxicos
e PPCPs de amostras ambientais são acetonitrila, metanol e acetona.
Outros solventes que tem sido empregados, com menor frequência são 1-
propanol, álcool isopropílico, etanol, tetrahidrofurano, líquidos iônicos e surfactantes.
Os volumes utilizados variam de 7,8 a 2000 µL (Tabela 1) (TSAI e HUANG,
2009; ALVES et al., 2011a).
3.2.2.3 Modificações
Modificações na técnica tem sido efetuadas com o objetivo de torná-la mais
rápida, mais eficiente para determinadas classe de compostos, gerar resíduos
menos tóxicos, gerar menos exposição do analista, diminuir o consumo de solvente,
entre outros.
Uma das modificações é a microextração líquido-líquido dispersiva
particionada (PDLLME, do inglês partitioned dispersive liquid–liquid microextraction).
Esta técnica foi empregada para a extração de herbicidas da classe das feniluréias
de amostras aquosas. O objetivo dos autores foi empregar um solvente dispersor
com habilidade de particionar na fase extratora e extrair com efetividade os
compostos orgânicos polares. Para isso, os autores empregaram tetrahidrofurano
como solvente dispersor e diclorometano como solvente extrator. Recuperações
entre 97,4 e 101,7% foram obtidas com valores de desvio padrão relativo (RSD, do
inglês relative standard deviation) inferiores 5,9% (CHOU et al., 2009).
Algumas modificações têm sido empregadas com o objetivo de aumentar a
dispersão do solvente extrator na amostra. Uma delas, emprega o ultrassom (UA, do
inglês ultrasound) para favorecer a formação da solução turva. Esta modificação foi
chamada de UA-DLLME (YAN et al., 2011; JI et al., 2014). Esta técnica foi avaliada
para a extração de agrotóxicos da classe das triazinas, organofosforados, acaricidas
e piretróides com determinação por cromatografia gasosa com detecção por
ionização em chama (GC-FID, do inglês gas chromatography with flame ionization
53
detector). Uma mistura empregando acetonitrila e tetracloreto de carbono foi
utilizada na extração. A diferença nesta modificação, é que após a injeção dos
solventes, a amostra é colocada no banho de ultrassom por 5 min para favorecer a
dispersão. Depois, a amostra é centrifugada e a gota é retirada. O método proposto
foi avaliado, e recuperações entre 90,5 e 107,7% foram obtidas com RSDs inferiores
a 8% (CUI et al., 2013).
Na DLLME empregando líquidos iônicos e assistida por agitador vertical
(UDSA, do inglês up-and-down shaker-assisted), intitulada de UDSA-IL-DLLME, a
dispersão também foi facilitada. A técnica foi empregada para extração de filtros UV
de amostras de água combinada com determinação por cromatografia líquida de
ultra eficiência acoplada com detector de arranjo de diodos (UPLC-DAD, do inglês
ultra performance liquid chromatography with diode array detector). O solvente
extrator empregado foi o [C8MIM][PF6] e metanol como dispersor. Após injeção dos
solventes o tubo foi colocado em um agitador vertical por 3 min para favorecer a
dispersão. O método apresentou recuperação entre 92 e 120% com valores de RSD
entre 2,3 e 7,1%. Os autores concluíram que a técnica de UDSA-IL-DLLME é
simples, tem um tempo de extração menor que 4 min, e usa um líquido iônico ao
invés de um solvente com alta toxicidade como os usados tradicionalmente na
técnica de DLLME. Além disso os volumes empregados foram baixos (KU et al.,
2013).
Outras modificações na técnica surgiram com o objetivo de eliminar o uso do
solvente dispersor como a técnica de microextração líquido-líquido assistida por ar
(AALLME, do inglês air assited liquid-liquid microextraction). Esta técnica foi
comparada com a DLLME tradicional para extração de 5 triazóis de amostras de
água com determinação por GC-FID. Na técnica de AALLME, nenhum solvente
dispersor é utilizado, e a dispersão ocorre pela aspersão e dispersão da amostra
várias vezes. No estudo, foram utilizados 5 mL de amostra e o 1,2-dibromoetano
como solvente extrator. Depois, esta solução foi aspirada e dispersada por várias
vezes até obtenção de uma solução bastante turva. Após, a centrifugação, as fases
foram separadas e injetadas no sistema cromatográfico. A DLLME tradicional,
empregou o mesmo solvente extrator que a AALLME e como dispersor o metanol.
Os autores concluíram que ambas as técnicas são simples, rápidas e eficientes.
54
Para as duas técnicas recuperações entre 92 e 105% foram obtidas com RSDs
inferiores 5% (FARAJZADEH et al., 2013).
Outra modificação que eliminou o uso do solvente dispersor é a microextração
assistida por ultrasom com emulsificação auxiliada por surfactante (USAEME, do
inglês ultrasound-assisted surfactant-enhanced emulsification microextraction). A
técnica foi empregada para extração de organofosforados de amostras de água.
Para a extração foi injetado tolueno na amostra aquosa, e esta mistura foi colocada
em banho de ultrassom por 30 s. Após centrifugação, as fases são separadas e a
fase orgânica é injetada no sistema cromatográfico. Nesse trabalho, além desta
modificação, a extração foi realizada dentro de um seringa e não em um tubo de
vidro de fundo cônico como tradicionalmente. A exatidão e precisão do método
foram avaliadas e recuperações entre 90,1% e 104,7% foram obtidas com RSDs
inferiores a 6,3%. Os autores concluíram que o método proposto é simples, rápido,
barato e limpo (environmentally friendly) (SU e JEN, 2010).
A ausência do solvente dispersor também foi possível na microextração
dispersiva em fase líquida empregando líquido iônico a temperatura controlada (TIL-
DLME, do inglês temperature-controlled ionic liquid dispersive liquid phase
microextraction). A técnica foi empregada para extração de triclosan, triclocarban, e
metil-triclosan em amostras de água com determinação por cromatografia líquida de
alta eficiência com detecção por detector de ultravioleta ajustável (UHPLC-TUV, do
inglês ultra-high-pressure liquid chromatography with tunable ultraviolet detection). O
método consiste na adição do IL [OMIM][PF6] na amostra. Depois o tubo é colocado
em um banho maria a 90 °C. Nessa temperatura o IL se dissolve completamente e
uma fase é formada. Após agitação em vórtex, o tubo é resfriado a 0 °C em banho
de gelo por 40 min. Uma solução turva se forma e é separada na etapa de
centrifugação. Ocorre a formação de duas fases e a gota é retirada para injeção no
sistema cromatográfico. O método apresentou recuperação entre 58,9 e 92,4% com
RSDs inferiores a 20%. Comparado com a DLLME tradicional, os autores concluíram
que o método proposto apresentou menores limites de detecção, menor custo e
menor consumo de solventes orgânicos tóxicos (GUO et al., 2010).
Com o uso de solvente menos densos que a água, modificações no sentido
de facilitar a retirada da fase orgânica foram surgindo. A DLLME com sistema de
coleta de solvente (ISCS, do inglês improved solvent collection system) foi
55
empregada para extração de organoclorados de amostras de água. Um pequeno
volume de 1-nonanol foi empregado como extrator em combinação com metanol.
Após centrifugação, a fase orgânica com um pouco de fase aquosa foi removida e
transferida para um microtubo, onde era separada rapidamente e retirada para
injeção no GC acoplada ao detector de captura de elétrons (ECD, do inglês electron
capture detector). Recuperações entre 73 e 119% foram obtidas, com valores de
RSD inferiores a 10,8% (CHANG et al., 2011).
Na técnica de microextração líquido-líquido dispersiva assistida por vórtex
(VALLME, do inglês vortex assisted liquid-liquid microextraction) são empregados
solventes menos densos que a água e a dispersão é realizada por auxílio do vórtex
e não há necessidade do uso do solvente dispersor. Esta técnica foi aplicada para
extração de 3 fungicidas com determinação por HPLC-DAD. O procedimento
consistiu da injeção do solvente extrator (1-octanol) na amostra aquosa. A mistura
foi agitada em vórtex por 90 s e após alguns minutos em repouso, as fases foram
facilmente separadas e a gota de octanol flutuou na superfície da amostra. Além da
agitação em vórtex, neste trabalho a extração foi realizada dentro de uma seringa
(in-syringe). O método apresentou recuperações entre 81,3 e 116,8% com RSDs
menores que 11,8% (WANG et al., 2013).
Mais recentemente a técnica foi modificada para utilização de nanopartículas
magnéticas. A modificação foi intitulada de DLLME assistida por fluido magnético de
baixa densidade (LMF-DLLME, do inglês low-density magnetofluid DLLME). Esta
modificação permitiu que uma gama maior de solventes pudessem ser combinados.
As nanopartículas magnéticas utilizadas neste estudo foram compostas por ácido
oléico dopado com óxido de ferro. Para o preparo do fluido magnético, 0,1 g das
nanopartículas foram misturadas com 2 mL dos solventes testados. Para a extração,
30 mL de amostra foi misturada com 15 µL do fluido magnético. A mistura foi agitada
em vórtex por 4 min para formação da emulsão e após foi colocado um ima na
lateral do tubo para atrair e isolar o solvente extrator. Esse solvente é movido para
próximo da superfície do tubo com ajuda do imã e é coletado com auxílio de uma
pipeta e colocado em um tubo eppendorf onde é misturado com um reagente
precipitante (metanol:etanol, 1:1, v/v). O agente precipitante serve para remover as
partículas magnéticas. No final, o ima é aproximado do fundo do eppendorf, atraindo
as partículas magnéticas, e o sobrenadante é pipetado para determinação. Os
56
autores realizaram uma comparação com outros métodos que empregam solventes
menos densos que a água e ressaltam as vantagens de não necessitar de vidrarias
especiais, não possuir nenhuma operação complicada e o fato da dispersão ocorrer
com o auxílio de um vórtex, não necessitando o uso de um solvente dispersor. Nas
condições otimizadas, o método foi validado para extração de organoclorados de
amostras de águas e apresentou eficiência de extração entre 76,7 a 107,2% e
precisão (RSD) na faixa de 1,3 a 9,6% (SHEN et al., 2013).
Novos dispositivos com vidrarias especialmente pensadas para facilitar a
extração também tem sido desenvolvidas (ZHANG et al., 2011; FARAJZADEH et al.,
2012).
Outra modificação que foi desenvolvida foi a microextração em fase sólida
magnética (MSPME, do inglês magnetic solid-phase microextractio) combinada com
a IL-DLLME para extrair quatro fungicidas. A extração consistiu da adição de 30 mg
de β-ciclodextrina/atapulgita a 8 mL de amostra, e agitação em vórtex por 15 s. Logo
após, na etapa de IL-DLLME, 30 µL do IL [HMIM][NTF2] juntamente com 300 µL de
acetonitrila foram injetados na amostra. Essa solução foi agitada em vórtex por 60 s.
Com auxílio de um imã, as nanopartículas foram sedimentadas no fundo do frasco, e
o sobrenadante foi retirado. Após, 50 µL de acetonitrila foram adicionados no tubo
para dissolver o líquido iônico e os analitos das nanopartículas magnéticas, e esta
mistura foi agitada no ultrassom por 1 min. Finalmente, o solvente orgânico foi
injetado no sistema cromatográfico. Nas condições otimizadas, recuperações entre
98 e 115% com RSDs menores que 4,2% foram obtidos. Os autores concluíram que
o método é rápido e verde (YANG et al., 2015).
Outra modificação proposta recentemente foi a microextração líquido-líquido
homogênea com adição de sal assistida por ultrasom (UASO-HLLME, do inglês
ultrasound assisted salting-out homogeneous liquid–liquid microextraction). A técnica
foi empregada para extração de agrotóxicos da classe dos triazóis de amostras de
água com determinação por GC-MS. Em uma pipeta de Pasteur foi adicionado 1,3 g
de NaCl, 3 mL da amostra e 650 µL de acetonitrila. Essa mistura foi agitada
cuidadosamente para dissolução total do sal, e depois colocado em banho de
ultrassom por 30 s. Após, para a separação das fases foi adicionado uma solução
saturada com o mesmo sal. A fase de acetonitrila ficou na parte superior do tubo e
foi retirada para determinação cromatográfica. A modificação proposta diminui o uso
57
de um segundo solvente, e apenas a acetonitrila e um sal foram necessários para a
extração. Recuperações na faixa de 89,6 a 119% foram obtidas com valores de RSD
inferiores a 8,1% (XU et al., 2015).
Em alguns trabalhos, volumes maiores de amostra também têm sido
utilizados, o que permite um fator maior de concentração. Para extração de
alquilfenóis e bisfenol-A de amostras de água do mar por DLLME, os autores
utilizaram alíquotas de 30 mL de amostra e 100 µL de solvente extrator (1-octanol).
Essa mistura foi agitada em vórtex por 5 min, e depois centrifugada a 3500 rpm por
3 min. O método proposto com determinação por LC-MS/MS, apresentou
recuperações entre 84 e 104%, com valores de RSD inferiores a 10% (SALGUEIRO-
GONZÁLEZ et al., 2012).
Para a extração de amostras ambientais sólidas, geralmente a técnica é
combinada com outras técnicas de extração. Como exemplo podemos citar a
extração de organofosforados de amostras de solo, empregando extração em fase
sólida dispersiva (DSPE, do inglês dispersive solid-phase extraction) combinada com
a DLLME, seguida da determinação por GC com detector fotométrico de chama
pulsada (PFPD, do inglês pulsed flame photometric detector). Os analitos foram
primeiramente extraídos em acetona da amostra sólida. O extrato passou por uma
etapa de limpeza com amina primária secundária (PSA, do inglês primary secondary
amine) e carbono grafitizado (GCB, do inglês graphitized carbon black), e somente
após estas etapas a DLLME foi aplicada. O extrato em acetona juntamente com o
solvente extrator 2-etil hexanol foram injetados em uma pipeta de Pasteur a qual
continha 5 mL de água. Esta mistura foi colocada no ultrassom por 5 min e, após,
centrifugada para separação das fases. Com isso foi possível a pré-concentração
dos analitos. As vantagens deste trabalho foram o uso de um solvente menos tóxico
do que os usualmente empregados e o uso de pipetas de Pasteur como recipiente
da extração. A combinação da DSPE com a DLLME, não apenas concentrou os
analitos, mas também reduziu os interferentes. Recuperações entre 79,6% e 106,8%
com RSDs menores que 8% foram obtidos (WANG et al., 2014).
58
3.2.2.4 DLLME com auxílio de solvente demulsificante
Entre todas as modificações discutidas no item anterior, foi proposta também
a DLLME com auxílio de solvente demulsificante. Esta modificação foi primeiramente
proposta por Chen e colaboradores em 2010 (CHEN et al., 2010) para extração de
carbamatos de amostras de água com determinação por GC-MS. O principio da
extração é o mesmo da DLLME, mas a extração é realizada em um balão
volumétrico e o solvente extrator possui densidade menor que a da água. Após a
dispersão, a etapa de centrifugação é substituída pela adição de um solvente que
atua na quebra da emulsão formada e favorece a separação das fases. A fase
orgânica flutua na superfície do balão e é retirada com o auxílio de uma seringa
(Figura 2).
Esta modificação permitiu o uso de solventes com densidade menor que a
água e a diminuição do tempo de extração, uma vez que a etapa de centrifugação
foi eliminada.
Figura 2. Etapas envolvidas na extração por SD-DLLME (adaptado de Chen
et al., 2010)
59
Desde a primeira publicação a técnica tem sido aplicada para determinação
de agrotóxicos (CHEN et al., 2010; ZACHARIS et al., 2010; BEHBAHANI et al.,
2013; TOLCHA et al., 2013; SEEBUNRUENG et al., 2014), hidrocarbonetos
policíclicos aromáticos (HPAs) (GUO e LEE, 2011; ZHU et al., 2012), ésteres ftálicos
(GUO e LEE, 2014) e metais (MAJIDI e SHEMIRANI, 2012; BEHBAHANI et al.,
2014) (Tabela 2).
60
Tabela 2. Trabalhos empregando a técnica de SD-DLLME para diferentes analitos
analitos orgânicos
matriz (volume)
dispersor (volume)
extrator (volume)
solvente demulsificante
(volume) determinação sigla Referência
carbamatos água pH 7 5 mL
acetonitrila (500 µL)
tolueno (15 µL)
acetonitrila (500 µL)
GC-MS/MS ST-DLLME (CHEN et al., 2010)
organoclorados água
10 mL acetonitrila (750 µL)
m-xileno (40 µL)
acetonitrila (750 µL)
GC-MS SD-DLLME (ZACHARIS et al., 2010)
HPAsa
água 5 mL
acetona (500 µL)
hexano (50 µL)
acetona (500 µL)
GC-MS LDS-SD-DLLME (GUO e LEE, 2011)
HPAs água acetona tolueno acetonitrila GC-FID SD-DLLME (ZHU et al., 2012)
triazinas água 5 mL
10% NaCl
acetona (600 µL)
tolueno (15 µL)
acetona (600 µL)
HPLC-DAD ST-DLLME (TOLCHA et al., 2013)
2,4-D
água 7 mL
0,1 N HCl 5% NaCl
acetonitrila (750 µL)
1-octanol (75 µL)
acetonitrila (750 µL)
HPLC-DAD SD-DLLME (BEHBAHANI et al., 2013)
organofosforados água
8 mL 1 g NaCl
acetonitrila (500 µL)
1-dodecanol (100 µL)
acetonitrila (500 µL)
HPLC-DAD VLDS-SD-
DLLME (SEEBUNRUENG et al.,
2014)
ésteres ftálicos água
12,6 mL acetonitrila (1300 µL)
tolueno (60 µL)
acetonitrila (1400 µL)
GC-MS SD-DLLME (GUO e LEE, 2014)
inorgânicos
Cádmio água
10 mL acetonitrila (500 µL)
1-octanol (50 µL)
acetonitrila (500 µL)
FAASb SPE-SD-DLLME (BEHBAHANI et al., 2014)
paládio água
10 mL acetonitrila (750 µL)
1-octanol (75 µL)
acetonitrila (750 µL)
ETAASc SD-DLLME (MAJIDI e SHEMIRANI, 2012)
a HPAS, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos;
bFAAS, Espectroscopia de absorção atômica de chama, do inglês lame atomic absor tion s ectrometr ;
c
ETAAS, Espectrometria de absorção atômica com atomização eletrotérmica, do inglês electrothermal atomic absorption spectrometry
61
Além da aplicação na forma original como foi proposta, a SD-DLLME já foi
aplicada com o auxílio de vórtex na VLDS–SD–DLLME, do inglês vortex-assisted low
densit solvent based solvent demulsified dispersive liquid–liquid microextraction
com determinação por HPLC-DAD. A técnica foi aplicada para a extração de quatro
organfosforados de amostras de água, utilizando como solvente extrator o 1-
dodecanol, como dispersor a acetonitrila, tempo de agitação em vórtex de 20 s e
demulsificação com acetonitrila. Recuperações entre 83 e 103,7% com RSDs
inferiores a 5,4% foram obtidas (SEEBUNRUENG et al., 2014).
A técnica já foi empregada também utilizando como frasco uma pipeta tipo
Pasteur, ao invés do balão volumétrico. Dezesseis HPAs foram extraídos utilizando
como técnica de determinação GC-MS. Foram utilizados 5 mL de amostra, hexano
como solvente extrator e acetona como solvente dispersor. O solvente
demulsificante utilizado foi a acetona. O método apresentou recuperações entre 67,5
e 94,6%, com RSDs inferiores a 10,2% (GUO e LEE, 2011).
Uma grande inovação para a técnica de DLLME, baseada na SD-DLLME foi
publicada recentemente. Um procedimento automatizado foi descrito para a extração
de ésteres ftálicos de amostra de água com determinação por GC-MS. O frasco da
amostra foi preenchido com 12,6 mL da amostra o qual foi colocado no amostrador
do equipamento. Após, automaticamente, 80 μL da mistura de tolueno:acetonitrila
(6:130, v/v) foram injetados na amostra a uma velocidade de 200 μL s-1. Este ciclo
foi repetido 17 vezes, totalizando 1,3 mL de acetonitrila e 60 μL de tolueno. A
emulsão foi formada e após 2 min, 70 μL de acetonitrila (demulsificante) foram
injetados 20 vezes, totalizando 1,4 mL. Após 3 min, a separação das fases ocorreu e
a fase superior (∼35 μL) foi retirada. O método proporcionou fatores de
enriquecimento entre 178 e 272 vezes. Amostras fortificadas apresentaram
recuperações entre 84,1 e 112,8% com RSDs inferiores a 6,2% (GUO e LEE, 2014).
3.2.2.5 Comparação com outras técnicas de extração
Desde sua primeira publicação, a DLLME vem sendo comparada com outras
técnicas de extração para avaliar as vantagens e desvantagens
A técnica foi comparada com a microextração de fase líquida com fibras ocas
(HF-LPME, do inglês hollow fiber liquid hase microextraction) para a extração de
62
agrotóxicos organosulfurados de amostras ambientais e bebidas com determinação
por GC-FPD. As técnicas de HF-LPME e DLLME foram otimizadas e comparadas.
Recuperações entre 81,7 e 114,4% com RSDs inferiores a 9,6% foram obtidos para
a HF-LPME, e entre 78,5 e 117,2% com RSDs menores que 11,9% para a DLLME.
Os autores concluíram que ambos os métodos são simples, rápidos, eficientes e
baratos. A DLLME apresentou algumas vantagens, uma vez que é mais rápida e
permite várias extrações quase que simultâneas. Para amostras menos complexas
como a água a DLLME apresentou alta capacidade de extração, enquanto que para
amostras mais complexas como solos, a HF-LPME mostrou ser mais robusta
(XIONG e HU, 2008).
Em outro trabalho, a técnica de DLLME foi comparada com a SDME para
extração de 5 disruptores endócrinos de amostras de água do mar com
determinação por HPLC-UV. A SDME empregada, utilizou 2,5 µL de decanol para
extração em 5 mL de amostra com um tempo de extração de 60 min. Na DLLME 150
µL de uma mistura de acetonitrila:decanol (15:7, v/v) foram empregados na extração
de 5 mL de amostra. Foi realizada agitação em vórtex por 4 min e centrifugação,
resultando num tempo total de DLLME de 10 min. A SDME apresentou
recuperações médias de 102% com valores de RSD inferiores a 9,4%. Na DLLME,
recuperações médias de 98,7% com RSD menores que 7,2% foram obtidos. O
método de DLLME mostrou ser mais eficiente e rápido para extração destes
compostos em amostras de água do mar (LÓPEZ-DARIAS et al., 2010).
Para a extração de estatinas de amostras aquosas, a DLLME foi comparada
com a SPE (cartucho chromabond® tetraciclina) e a extração sortiva em barra de
agitação (SBSE, do inglês stir-bar sorptive extraction) (fase extratora -
polidimetilsiloxano). A técnica de determinação utilizada foi LC-MS. Para a SPE,
recuperações entre 46 e 97% foram obtidas. Na DLLME, pravastatina e
rosuvastatina foram extraídas com recuperações menores que 17%. Compostos
menos polares como a lovastatina e a simvastatina atingiram as maiores
recuperações (acima de 82%). Na SBSE, apenas lovastatina e simvastatina foram
extraídos, com recuperações entre 19 e 38%. A precisão foi menor que 20% para
todos os métodos avaliados. Embora recuperações menores tenham sido obtidas
empregando a DLLME e a SBSE do que com a SPE, estas duas técnicas oferecem
algumas vantagens, uma vez que são simples, utilizam um baixo volume de solvente
63
e apresentaram um baixo efeito de matriz. A DLLME ainda requer um menor tempo
de análise. A faixa de LOQ obtida para as três técnicas foi na ordem de ng L -1
(MARTÍN et al., 2011).
3.2.2.6 Acoplamento com outras técnicas de extração
A técnica possui também a versatilidade de poder ser combinada com outros
métodos de extração, o que permite um maior fator de concentração da amostra e a
redução de interferentes.
A técnica foi aplicada em conjunto com a SPE (SPE-DLLME) em diversos
trabalhos (CELANO et al., 2014). Em um dos trabalhos, a técnica foi aplicada para a
extração de organoclorados de amostras de água. O procedimento empregou 500
mL de amostra para a SPE, e a extração em cartuchos com fase C18. Os analitos
foram eluídos com 2 mL de acetona em um tubo no qual foi realizado a DLLME pela
adição de tetracloreto de carbono e a água para formação da fase ternária. Após
extração e centrifugação, a fase orgânica foi injetada no GC-MS. Recuperações na
faixa de 30,2 a 97,1% foram obtidas, com RSDs entre 8,6 e 10,4% (ALVES et al.,
2011a).
Outra combinação da DLLME foi em conjunto com a SBSE para extração de
triazóis de amostras aquosas. Na SBSE, 100 mL de amostra foi agitada com uma
barra revestida com octadecilsilano por 30 min a 300 rpm. Para a dessorção líquida,
foi utilizado 1 mL de metanol. Após esta etapa, foi adicionado ao metanol, o solvente
extrator 1,1,2,2-tetracloroetano. A mistura do metanol e do extrator foi injetada em 5
mL de água com 30% de NaCl. Depois da centrifugação, o extrato foi injetado no
GC-FID. Recuperações entre 72 e 116% foram obtidas com RSDs inferiores a 5,2%.
Os autores concluíram que a combinação permitiu a determinação seletiva e com
boa detectabilidade dos analitos. Em comparação com outros métodos, foi concluído
que a técnica oferece as vantagens de alto fator de enriquecimento, baixo tempo de
extração e baixo consumo de solventes orgânicos (FARAJZADEH et al., 2010b).
3.2.2.7 DLLME acoplada com as técnicas de determinação
Para a determinação de agrotóxicos e PPCPs após a extração por DLLME,
tanto a GC quanto LC tem sido empregados.
64
Os primeiros trabalhos publicados, em sua maioria, empregavam GC para
determinação, devido aos solventes clorados utilizados, os quais proporcionavam a
possibilidade de injeção direta da gota no equipamento e também devido as classes
de analitos extraídas como organofosforados (BERIJANI et al., 2006),
organosulfurados (XIONG e HU, 2008) e organoclorados (CORTADA et al., 2009).
A cromatografia liquida passou a ser empregada com mais frequência a partir
de 2009 e geralmente para a determinação de analitos mais polares, como os
clorofenoxiacéticos (FARHADI et al., 2009b), carbamatos (HE et al., 2009b), entre
outros. Nas determinações por LC a etapa de evaporação é geralmente empregada
para troca do solvente antes da injeção (MELWANKI e FUH, 2008; REZAEE et al.,
2009; WU et al., 2010b; YAN et al., 2011).
Com relação as determinações por LC, pode-se perceber que o uso do LC-
MS/MS é pouco relatado. Isso pode estar relacionado a alguns fatores, como o alto
fator de concentração que a técnica permite, o que possibilita atingir valores de LOQ
na faixa de µg L-1 e ng L-1 mesmo empregando equipamentos de menor custo e com
menor detectabilidade como o HPLC-UV.
65
4 MATERIAIS E MÉTODOS
O desenvolvimento experimental consistiu na otimização e validação do
método para determinação de agrotóxicos e PPCPs multiclasses em amostras de
água. Para a extração e a pré-concentração foi utilizada a técnica de preparo de
amostra SD-DLLME e para determinação a técnica de LC-MS/MS. O estudo foi
desenvolvido no Laboratório de Análise de Compostos Orgânicos e Metais
(LACOM), da Escola de Química e Alimentos (EQA), na Universidade Federal do Rio
Grande - FURG.
4.1 Instrumentação
Balança Analítica de precisão modelo FA 2104N, Bioprecisa (Curitiba, PR,
Brasil);
Bomba à vácuo Tecnal TE-058 (Piracicaba, SP, Brasil);
Micropipetadores automáticos com capacidade variável (100 – 1000 µL)
(Labmate, Polônia; Digipet);
pHmetro Hanna pH20 pH21 – eletrodo de vidro combinado (São Paulo, SP,
Brasil);
Sistema de filtração em membrana Phenomenex (Torrance, CA, EUA);
Sistema de Purificação de água Milli-Q Direct-Q UV3® Millipore (Millipore,
Bedford, MA, USA);
Ultrasom Quimis modelo Q335D (Diadema, SP, Brasil);
Centrífuga de tubos microprocessada modelo Quimis® Q222T (QUIMIS
aparelhos científicos);
Cromatógrafo a líquido Alliance Separations modelo 2695 Waters (Milford,
MA, USA) equipado com amostrador automático, bomba quaternária, sistema de
desgaseificação, Detector MS, Micromass® Quatro Micro™ API Waters, com fonte
API, utilizando o modo de ionização por Eletrospray (ESI), sistema de aquisição de
dados através do software Masslynx 4.0 Waters;
Coluna analítica Kinetex C8 (3,0 mm × 50 mm i.d., 2,6 μm) Phenomenex
(Torrance, CA, EUA);
Sistema gerador de nitrogênio Peak Scientifics (Instruments Ltda., Escócia).
66
4.2 Reagentes, solventes e materiais
Ácido clorídrico ACS (Merck, RJ, Brasil);
Ácido fórmico p.a. (Merck, RJ, Brasil);
Água destilada;
Água Ultrapura, purificada em sistema Direct-Q UV3® Millipore (resistividade
18,2 MΩ cm);
Acetona, acetonitrila, 1-butanol, hexano e metanol grau HPLC (J.T Baker,
Mallinckrodt, NJ, USA);
Acetato de hexila, dodecanol, hexadecano, 1-octanol e 1-undecanol (Sigma
Aldrich, Brasil);
Iso-octano e tolueno (Merck, RJ, Brasil)
Padrões analíticos: ácido salicílico, amitriptilina, avobenzona, diclofenaco
sódico, eusolex 6300, furosemida, medendazol e sulfametoxazol foram comprados
da farmacopéia americana (United States Pharmacopeia, EUA). Albendazol,
carbamazepina, claritromicina, cloridrato de diltiazem, cloridrato de flurazepam,
clorpropamida, gemfibrozil, glibenclamida, haloperidol, metilparabeno, nimesulida,
nitrato de miconazol, propranolol e propilparabeno foram adquiridos da Fiocruz
(Fundação Oswaldo Cruz, Brasil). Bisfenol-A, 2,4-D, atrazina, atrazina-d5,
azoxistrobina, bentazona, carbofurano, carboxina, ciproconazol, clomazona,
diclorana, diuron, difenoconazol, fenoxaprope-p-etílico, fipronil, ibuprofeno-d3,
irgarol, malationa, metalaxil-M, metsulfurom-metil, piraclostrobina, pirazossulfurom-
etílico, pirimifós-metílico, propanil, propiconazol, quincloraque, simazina, tau-
fluvalinato, tebuconazol e trifloxistrobina foram provenientes da Sigma Aldrich
(Brasil). Ibuprofeno, triclocarban, triclosan, bispiribaque-sódico, cialofope-butílico,
clorantraniliprole, epoxiconazol e penoxsulam foram adquiridos da empresa Dr.
Ehrenstofer GmbH (Ausgsbug, Alemanha);
A pureza dos padrões analíticos foi superior a 96% para todos os analitos, e,
se necessário, foi feita a correção de pureza durante o preparo;
Gás argônio analítico 5.0 usado como gás de colisão no sistema LC-MS/MS
(White Martins, Brasil);
Detergente Extran® neutro (Merck, Brasil);
67
Membrana filtrante de nylon 0,45 µm de diâmetro de poro e 47 mm de
diâmetro (Millipore, SP, Brasil);
Frascos de vidro (vial), capacidade de 2,0 mL;
Vidraria comum de rotina (balões volumétricos, pipetas volumétricas, béquer,
etc).
4.3 Preparo das soluções analíticas
As soluções analíticas estoque, contendo 1000 mg L-1 de cada composto
foram preparadas pela dissolução dos padrões sólidos em metanol, considerando o
grau de pureza. As soluções foram armazenadas em frascos âmbar e estocadas a -
18 ºC.
A partir das soluções estoques de 1000 mg L-1 foram preparadas soluções
trabalho na concentração de 100 mg L-1 de cada substância em metanol.
Uma solução trabalho contendo a mistura dos cinquenta e oito analitos na
concentração de 10 mg L-1 foi preparada a partir da solução de 1000 mg L-1..
Diluições desta solução trabalho na fase móvel foram preparadas diariamente para o
estudo e validação do método.
4.4 Seleção dos analitos para o estudo
Diante do objetivo deste trabalho de verificar a viabilidade do uso da técnica
de SD-DLLME para a extração de analitos multiclasses, foi escolhido um número
grande de analitos com diferentes propriedades físico-químicas, os quais variam em
polaridade, solubilidade em água e acidez (Tabela 3).
Herbicidas, fungicidas, inseticidas, anti-incrustantes, anti-hipertensivos,
antimicrobianos, anti-helmínticos, plastificantes, anti-diabéticos, anti-inflamatórios,
diuréticos, hipolipêmicos, antipsicóticos e filtros solares fazem parte dos analitos em
estudo.
Os agrotóxicos selecionados são empregados em sua maioria na cultura do
arroz irrigado, a qual é predominante no sul do estado do RS. Herbicidas como o
clomazone tem sido amplamente detectado em águas de superfície nesta região
(CALDAS et al., 2011a). Os PPCPs selecionados tem sido detectados em amostras
ambientais ao redor do mundo e no Brasil. Detecção em amostras de solo e
68
sedimentos (LIU e WONG, 2013), peixes (ESCARRONE et al., 2014), sedimento, e
águas e esgotos sanitários (BENOTTI et al., 2008; QUEIROZ et al., 2014) tem sido
reportados.
Tabela 3. Valores de coeficiente de partição octanol-água (Kow), solubilidade em
água, pka, número CAS e uso dos PPCPs e agrotóxicos em estudo (DRUGBANK;
TOMLIN, 2003)
PPCPs pKa Log Kow solubilidade
em água (mg L
-1)
Uso Número
CAS
ácido salicílico 2,97 2,26 2240 Antimicrobiano 69-72-7
albendazol 4,27 (básico) - 9,51 (ácido)
2,7 2,28 Anti-helmíntico 54965-21-8
amitriptilina 9,4 4,92 9,71 Antidepressivo 50-48-6
avobenzona (PUBCHEM)
n.e* 4,51 2,2 Protetor solar 70356-09-1
bisfenol-A (PUBCHEM)
n.e 3,32 300 Plastificante 80-05-7
carbamazepina -3,8 (básico) - 15,96 (ácido)
2,45 17,7 Anticonvulsivo 298-46-4
claritromicina 8,99 3,16 0,33 Antimicrobiano 81103-11-9
cloridrato de ditialzem
8,18 (básico) - 12,86 (ácido)
2,8 465 Anti-hipertensivo 42399-41-7
cloridrato de flurazepam
8,71 (básico) 3,8 0,5 (HCl sal) Anti-ansiedade 17617-23-1
clorpropamida 5,13 2,27 258 Antidiabético 94-20-2
diclofenaco sódico
4,15 4,51 2,37 Anti-inflamatório 15307-86-5
eusolex 6300 n.e 4,95 1,3 Filtro solar * 36861-47-9
furosemida -1,5 (básico) - 4,25 (ácido)
2,03 73,1 Diurético 54-31-9
genfibrozila -4,8 (básico) - 4,42 (ácido)
3,4 0,01 (meio alcalino)
Hipolipêmico 25812-30-0
glibenclamida -1,2 (básico) - 4,32 (ácido)
4,7 4 Antidiabético 10238-21-8
haloperidol 8,66 4,3 14 Antipsicótico 52-86-8
ibuprofeno 4,91 3,97 21 Anti-inflamatório 15687-27-1
mebendazol 3,93 (básico) - 8,44 (ácido)
2,83 71,3 Antiparasitário 31431-39-7
metilparabeno (PUBCHEM)
n.e 1,96 2500 Conservante 99-76-3
nimesulida 6,86 (ácido) - 8,9 (básico)
2,6 0,182 Anti-inflamatório 51803-78-2
nitrato de miconazol
6,77 (básico) 6,1 10000 Antifúngico 22916-47-8
propanolol 9,42 3,48 61,7 Anti-hipertensivo 525-66-6
propilparabeno (PUBCHEM)
n.e 3,04 500 Conservante 94-13-3
sulfametoxazol 1,97 (básico) - 0,89 610 Antibacteriano 723-46-6
69
PPCPs pKa Log Kow solubilidade
em água (mg L
-1)
Uso Número
CAS
6,16 (ácido)
triclocarban (PUBCHEM)
n.e 4,90 0,00237 Antibacteriano,
Antifúngico 101-20-2
triclosan -6,7 (básico) - 7,68 (ácido)
5,53 6,05 Antisséptico 3380-34-5
agrotóxicos
2,4 - D 2,73 2,58 - 2,83 (pH 1), 0,04 - 0,33 (pH 5)
23180 Herbicida 94-75-7
atrazina 1,7 3,05 480 Herbicida 1912-24-9
azoxistrobina
2,5 6 Fungicida 131860-33-8
bentazona 3,3 -0,46 570 Herbicida 25057-89-0
bispiribaque-sódico 3,05 -1,03 73300 Herbicida 125401-75-4
carbofurano n.e 1,52 320 Inseticida 1563-66-2
carboxina <0,5 2,3 147 Fungicida 5234-68-4
cialofope-butílico n.e 3,31 0,44 Herbicida 122008-85-9
ciproconazol n.e 3,1 93 Fungicida 94361-06-5
clomazona n.e 2,5 1100 Herbicida 81777-89-1
clorantraniliprole n.e 2,9 1,023 Inseticida 500008-45-7
diclorana n.e 2,8 6,3 Fungicida 99-30-9
difenoconazol 1,1 4,4 15 Fungicida 119446-68-3
diurom n.e 2,85 36,4 Herbicida 330-54-1
epoxiconazol n.e 3,44 6630 Fungicida 106325-08-0
fenoxaprope-p-etilico
n.e 4,58 0,7 Herbicida 113158-40-0
fipronil n.e 4,0 1,9 (pH 5) inseticida 120068-37-3
iprodiona n.e 3 13 Fungicida 36734-19-7
irgarol n.e 3,95 7 Anti-incrustante 28159-98-0
malationa n.e 2,75 145 Inseticida 121-75-5
metalaxil-M n.e 1,71 26000 Fungicida 70630-17-0
metsulfurom-metílico
3,8 0,018 548 Herbicida 74223-64-6
penoxsulam 5,1 -0,354 4,9 Herbicida 219714-96-2
piraclostrobina n.e 3,99 1,9 Fungicida 175013-18-0
pirazossulfurom-etílico
3,7 3,16 9,76 Herbicida 93697-74-6
pirimifós- metílico
4,3 4,2 11 Inseticida, Acaricida
29232-93-7
propanil n.e 3,3 130 Herbicida 709-98-8
propiconazol 1,09 3,72 100 Fungicida 60207-90-1
quincloraque 4,34 -1,15 0,065 Herbicida 84087-01-4
simazina 1,62 2,1 6,2 Herbicida 122-34-9
tau-fluvalinato n.e 4,26 0,00103 Inseticida, Acaricida
102851-06-9
70
PPCPs pKa Log Kow solubilidade
em água (mg L
-1)
Uso Número
CAS
tebuconazol n.e 3,7 36 Fungicida 107534-96-3
trifloxistrobina n.e 4,5 0,61 Fungicida 141517-21-7
* n.e - dado não encontrado
4.5 Amostras de água
As amostras de água empregadas na validação do método foram coletadas
diretamente da rede municipal de abastecimento de água (na torneira do
laboratório).
Para a aplicabilidade do método foram coletadas amostras de águas de
superfície provenientes de diferentes locais do município de Rio Grande – RS
(Figuras 3 e 4).
Figura 3. Mapa para os pontos de coleta das amostras de água utilizadas na
aplicabilidade
71
Figura 4. Imagem do google earth para os pontos de coleta das amostras de
água utilizadas na aplicabilidade (marcados com uma estrela)
O primeiro local onde foi coletada amostra, chamado de Canalete, fica
localizado no centro da cidade de Rio Grande. Trata-se de um canal onde é coletada
água do escoamento pluvial, mas onde existe também a presença de descarte de
esgotos sanitários sem tratamento.
O segundo local onde foi coletada amostra, chamado de Riacho do Gelo, fica
localizado no bairro Cassino, e também trata-se de um local de escoamento pluvial
onde esgotos sanitários são descartados sem tratamento. A água deste local é
descartada diretamente na praia do Cassino.
O terceiro local, trata-se da água do São Gonçalo. A amostra foi coletada na
entrada da estação de tratamento de água, antes do tratamento. O Canal São
Gonçalo faz a ligação entre a Lagoa dos Patos e a Lagoa Mirim. Ao redor deste
canal há intensa atividade agrícola, principalmente a cultura do arroz irrigado. Esta
água é captada para tratamento para posterior abastecimento da cidade de Rio
Grande.
As amostras foram coletadas de acordo com o Guia Nacional de coleta e
preservação de amostras. Um litro (1 L) de amostra foi coletado com auxílio de um
72
balde de aço inox e transferido para um frasco de vidro âmbar, armazenadas em
isopor com gelo e levada ao laboratório para extração e análise (CETESB, 2011).
Nas amostras foram medidos o pH e a turbidez. Nenhuma etapa prévia a
extração, como por exemplo, filtração, foi necessária.
Para controle da eficiência da extração, atrazina-d5 e ibuprofeno-d3 foram
adicionados nas amostras como padrões de recuperação. A fortificação foi realizada
no nível de 0,25 µg L-1. Estes compostos foram escolhidos pois são análogos
deuterados de dois compostos em estudo. A escolha do nível de fortificação (0,25 µg
L-1) foi baseada em uma concentração intermediária da curva analítica para estes
dois compostos.
As amostragens foram realizadas em dois meses, maio e agosto de 2014, em
três pontos de amostragem.
A quantificação das amostras foi realizada pelo método de adição padrão.
Este modo de padronização permite uma quantificação mais correta da amostra uma
vez que os efeitos causados pela matriz e as perdas na extração são considerados
na construção da curva analítica (SANCO, 2013).
Para a quantificação pelo método de adição padrão, concentrações conhecidas
da mistura dos padrões foram adicionadas nas amostras em pelo menos 5 níveis e a
amostra sem adição foi analisada em triplicata. As amostras e a curva foram
extraídas e a determinação realizada no LC-MS/MS.
4.6 Otimização do sistema cromatográfico LC-MS/MS para determinação de
agrotóxicos e PPCPs em amostras de água
As determinações foram realizadas empregando LC-MS/MS, uma vez que
este sistema apresenta maior detectabilidade e seletividade em relação aos
sistemas acoplados a detectores convencionais. Além disso, empregando o sistema
LC-MS/MS no modo de monitoramento de reações selecionadas (SRM, do inglês
selected reaction monitoring), problemas de co-eluição são minimizados, e devido a
apenas o sinal de interesse estar sendo registrado, o ruído instrumental é baixo,
aumentando então a razão sinal/ruído (s/n), melhorando a detectabilidade, o que é
essencial para determinação e confirmação dos analitos em níveis traços. A seguir,
73
estão descritos os principais parâmetros do sistema cromatográfico LC-MS/MS que
foram otimizados para a determinação dos analitos em estudo.
4.6.1 Preparo da fase móvel
Os solventes utilizados foram preparados individualmente, filtrados a vácuo
através de membranas de nylon 0,45 µm. A água ultrapura e os solventes foram
desgaseificados em ultrassom durante 30 min, à temperatura ambiente (21 ºC). A
fase móvel foi armazenada em frascos próprios para solventes e rotulada.
4.6.2 Escolha da composição e vazão da fase móvel e modo de eluição
Na cromatografia líquida, a fase móvel desempenha um papel muito
importante, pois sua composição atua no processo de separação cromatográfica. A
fase móvel ideal deve solubilizar todos os componentes da amostra, apresentar
baixa ou nenhuma reatividade, possuir baixa viscosidade e toxicidade e estar
disponível em elevado grau de pureza (COLLINS et al., 2006; LANÇAS, 2009).
Devido à diferença de polaridade dos analitos, a determinação da composição da
fase móvel envolveu a comparação entre diferentes proporções de metanol e água
ultrapura e o uso de ácido acético e fórmico como modificadores orgânicos. A
escolha da fase móvel adequada foi realizada comparando a resposta do
instrumento e a resolução cromatográfica dos picos entre os eluentes.
Modos de eluição isocrático e gradiente foram avaliados durante o
desenvolvimento da separação cromatográfica.
A escolha da vazão da fase móvel foi baseada na separação cromatográfica
das soluções padrões, testando-se vazões entre 0,2 e 0,4 mL min-1.
4.6.3 Condições do espectrômetro de massas
A sensibilidade dos analitos no LC-MS/MS depende das propriedades do
analito além de outros parâmetros. A melhoria na sensibilidade pode ser alcançada
com o uso de detectores mais modernos, ou maximizando o estudo dos parâmetros
de fragmentação (CECH e ENKE, 2001; KOSTIĆ et al., 2013).
74
Com a finalidade de obter as condições ótimas dos parâmetros de
fragmentação, foram realizadas infusões diretas da solução analítica padrão
individual, na concentração de 1,0 mg L-1, no espectrômetro de massas. Nesta etapa
foi selecionado o modo de ionização (eletrospray positiva e/ou negativa), voltagem
do capilar, a voltagem do cone para selecionar o íon precursor, a energia de colisão
para fragmentar o íon precursor e gerar íons produtos; temperatura da fonte de
ionização; temperatura e a vazão do gás de dessolvatação para secagem do
solvente.
4.7 Avaliação do uso de padrão interno
Para correção de possíveis variações instrumentais foi avaliado o uso de
padrões internos (PI). Para isso os compostos atrazina-d5 e ibuprofeno-d3 foram
utilizados.
A atrazina-d5 foi avaliada para correções no modo positivo e o ibuprofeno-d3
para o modo negativo. Para essa avaliação foram construídas curvas analíticas na
faixa linear de cada analito, e os padrões internos foram adicionados em uma
concentração intermediária destas curvas (50 µg L-1).
Duas curvas para cada analito foram construídas. A primeira curva foi
avaliada plotando-se a área dos padrões versus a concentração. A segunda curva
plotou-se a razão da área do padrões pela área do PI versus a razão da
concentração do padrão pela concentração do PI.
Através destas curvas, o coeficiente de correlação foi avaliado para verificar
se o uso do PI proporcionaria uma correção de possíveis variações, resultando em
valores maiores de coeficiente de correlação.
4.8 Otimização da técnica de SD-DLLME para extração de agrotóxicos e
PPCPs em amostras de água
Os experimentos realizados durante a escolha das melhores condições para a
extração de agrotóxicos e PPCPs empregando SD-DLLME seguiram as etapas
descritas na Figura 5, onde são ilustradas as principais etapas do procedimento de
extração. Todas as etapas da otimização foram realizadas em triplicata e cada
replicata foi injetada 3 vezes no LC-MS/MS.
75
Figura 5. Principais etapas envolvidas na SD-DLLME
4.8.1 Seleção do solvente extrator e dispersor
Na Tabela 4 são apresentadas a densidade, ponto de ebulição, constante
dielétrica, coeficiente de partição octanol e água (Log Kow) e solubilidade em água
dos solventes extratores e dispersores avaliados. Para a escolha do solvente
extrator foram selecionados dez solventes. Os solventes escolhidos apresentam
diferentes polaridades e solubilidades em água: acetato de hexila, dodecanol,
hexadecano, hexano, iso-octano, 1-octanol, 1-undecanol, ciclo-hexano, tolueno e 1-
butanol.
76
Tabela 4. Propriedades físico-químicas para os solventes estudados (CETESB;
SIGMA)
Solvente Solubilidade
em água (g L
-1)
Densidade (g mL
-1)
Ponto de ebulição (ºC)
Constante dielétrica
Log Kow
Extratores
acetato de hexila 0,4 0,87 168 n.e* 2,8
dodecanol 0,004 0,831 259 n.e 5,13
hexadecano n.e 0,77 287 2,1 8,2
hexano 0,0095 0,659 69 1,89 3,9
iso-octano 0,014 0,692 99 1,94 4,08-5,18
1-octanol 0,42 0,824 196 10-8 2,8-3,15
1-undecanol Insolúvel 0,8298 243 2,0 4,38
ciclo-hexano 0,015 0,779 80 2,02 3,44
tolueno 0,47 0,87 110,6 2,4 2,11-2,8
1-butanol 0,810 0,810 117,7 17,8 0,88
Dispersores e/ou demulsificante
acetona Solúvel 0,791 56 20,7 -0,24
metanol Solúvel 0,79 64,5 32,6 -0,77
acetonitrila Solúvel 0,786 82 37,5 -0,34
água 1,0 1,0 100 78,54
*n.e - dado não encontrado
Os primeiros experimentos foram realizados para verificar com quais destes
solventes haveria uma boa separação das fases após a injeção do solvente
demulsificante (Figura 6).
Figura 6. Separação das fases após adição do solvente demulsificante, (a)
solução turva - separação não ideal (b) boa separação das fases
(b) (a)
77
Dentre os solventes que apresentaram melhor separação das fases foram
realizados experimentos com amostras fortificadas, empregando 10 mL de água de
abastecimento público fortificada com 1,25 µg L-1, 100 µL do solvente extrator
combinado individualmente com 500 µL de cada um dos seguintes solventes
dispersores: acetonitrila, acetona ou metanol. A concentração de 1,25 µg L-1 foi
escolhida para os testes de otimização da SD-DLLME em função da detectabilidade
dos analitos. Como somente acima dessa concentração seria possível a
quantificação dos analitos com menor detectabilidade (eusolex 6300,
sulfametoxazol, cialofope-butílico e diclorana), esta foi escolhida para todos os
testes.
4.8.2 Escolha do volume de solvente extrator
Para a escolha do volume de solvente extrator, foram estudados os volumes
de 50, 80, 100, 120, 140 e 200 µL de 1-octanol. Nesta avaliação, foi utilizado 10 mL
de amostra (água da torneira) fortificada com 1,25 µg L-1, acetona (500 µL) como
solvente dispersor e demulsificante.
4.8.3 Escolha do volume de solvente dispersor
Durante a otimização do volume de solvente dispersor, foram avaliados os
volumes de 250, 500, 750 e 1000 µL de acetona. Nesta avaliação, foi utilizado 10 mL
de amostra (água da torneira) fortificada com 1,25 µg L-1, 1-octanol como solvente
extrator (120 µL), e como demulsificante foi utilizado o mesmo solvente dispersor,
variando o volume de acordo com a otimização, ou seja, quando 250 µL de solvente
dispersor foi avaliado, na etapa de de-emulsificação, também foi empregado 250 µL.
4.8.4 Efeito do pH
O efeito do pH na extração foi avaliado na faixa de pH entre 1 e 12. O pH das
amostras foi ajustado com ácido clorídrico 25% (v/v) quando necessária acidificação,
ou com hidróxido de sódio 1 mol L-1 quando necessário aumento no valor de pH.
Nesta avaliação, foi utilizado 10 mL de amostra (água da torneira) fortificada com
78
1,25 µg L-1, 1-octanol como solvente extrator (120 µL), acetona como solvente
dispersor e demulsificante (750 µL).
4.8.5 Adição de sal
Para avaliar a influência do sal na eficiência de extração, foram avaliados o
sulfato de magnésio, cloreto de cálcio, sulfato de amônio e cloreto de sódio. Estes
foram adicionadas em 10 mL de amostra na proporção de 1 % (m/v). Nesta
avaliação, foi utilizado 10 mL de amostra (água da torneira) fortificada com 1,25 µg
L-1, pH ajustado em 2 e 8, conforme otimizado anteriormente, 1-octanol como
solvente extrator (120 µL), acetona como solvente dispersor e demulsificante (750
µL).
4.8.6 Tipo de solvente demulsificante
Neste trabalho, a razão (1:1, v/v) de solvente dispersor e solvente
demulsificante foi fixada baseado em revisão bibliográfica (CHEN et al., 2010;
SEEBUNRUENG et al., 2014).
O tipo de solvente empregado para quebra da emulsão foi avaliado. Além do
solvente dispersor (acetona), o uso da água como solvente demulsificante foi
estudado. Nesta avaliação, foi utilizado 10 mL de amostra (água da torneira)
fortificada com 1,25 µg L-1, pH ajustado em 2 e 8, conforme otimizado anteriormente,
1% (m/v) de sal, 1-octanol como solvente extrator (120 µL), e 750 µL de solvente
dispersor e demulsificante.
4.9 Validação dos métodos
O objetivo de uma medida analítica é obter dados exatos e precisos. Essas
propriedades podem ser verificadas pela validação do método, processo que deve
ser parte de qualquer boa prática analítica (RUIZ-ANGEL et al., 2014). A validação é
um conjunto de ensaios que se destinam a verificar se um deterLminado método
analítico é apto a produzir resultados confiáveis e adequados aos objetivos a que se
propõe, pois dados analíticos não confiáveis podem conduzir a decisões erradas
(RIBANI et al., 2004).
79
Neste trabalho os parâmetros utilizados para a validação dos métodos
analíticos foram: o limite de detecção (LOD, do inglês Limit of Detection), limite de
quantificação (LOQ, do inglês Limit of Quantification), as curvas analíticas
(calibração externa no solvente, superposição na matriz e curva trabalho) e
linearidade, exatidão (recuperação), precisão (repetitividade e precisão
intermediária) e efeito matriz (EM). Estes parâmetros são sugeridos para validação
de métodos analíticos pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial – INMETRO (INMETRO, 2011) e pela ANVISA (ANVISA, 2003).
4.9.1 Limite de Detecção e Quantificação
O LOD e LOQ do instrumento (LODi e LOQi) para cada composto foi estimado
a partir da relação sinal/ruído (s/n) calculada pelo software do equipamento,
considerando no mínimo 3 e 10 vezes a razão do sinal pela linha de base (ruído),
respectivamente. Os limites instrumentais foram obtidos através de padronização por
sobreposição na matriz, pelo preparo de soluções analíticas de diferentes
concentrações no extrato branco da matriz.
Como a técnica apresenta um fator de concentração de 40 vezes, o LOQ do
método (LOQm) foi calculado dividindo o LOQi pelo fator de concentração do método.
Os valores obtidos foram confirmados experimentalmente, e foram considerados
como verdadeiros, quando a amostra ao ser fortificada nestas concentrações
apresentou recuperações entre 70 e 120% com RSD menor ou igual a 20%
(SANCO, 2013).
4.9.2 Curva analítica, curva trabalho e linearidade
A linearidade do instrumento foi avaliada pela construção de curvas analíticas
através de padronização externa no solvente e por padronização externa no extrato
branco da matriz. A linearidade do método foi avaliada pela curva trabalho, na qual
as amostras de água foram fortificadas em cada nível com a solução padrão dos
analitos, passando então pela etapa de preparo de amostra otimizada e em seguida
analisada por LC-MS/MS. Esta curva é aplicada na validação dos métodos e nos
cálculos de recuperação.
80
Para a construção das curvas analíticas e trabalho, foram preparados três
conjuntos de soluções:
Conjunto 1 - Soluções preparadas através de diluições da solução padrão de
trabalho no solvente (metanol:octanol 1:1, v/v);
Conjunto 2 - Soluções preparadas a partir de diluições da solução padrão de
trabalho no extrato branco da matriz (água de abastecimento público), extraído por
SD-DLLME (pós fortificação);
Conjunto 3 - Soluções obtidas a partir da extração das amostras de água
fortificadas com a solução padrão de trabalho (pré fortificação).
Os conjuntos das soluções 1 e 2 foram utilizados para calcular o EM. E o
conjunto de soluções 3 foi utilizado para calcular as recuperações.
Cada solução foi injetada três vezes, e cada curva teve no mínimo 5 níveis de
concentração. Os dados de regressão linear foram obtidos com auxílio do software
(Masslynx 4.0 Waters) do equipamento. A partir destes dados foi avaliado o
coeficiente de correlação linear (r).
A linearidade do método foi verificada a partir da equação da regressão linear,
mas antes, foi verificada a ausência de valores discrepantes para cada nível de
concentração, antes de fazer a regressão linear.
Esses valores anômalos podem ser identificados estatisticamente através de
procedimentos adequados de tratamento de dados. A verificação da ausência de
valores discrepantes (anômalos) foi realizada pelo teste de Huber (VALENTE et al.,
2006).
O teste é realizado dividindo as áreas dos analitos pelas correspondentes
concentrações, para plotar a curva de linearidade; depois calcula-se a mediana das
razões A/C e as diferenças absolutas entre as A/C e a mediana; obtendo-se a
mediana dessas diferenças absolutas (Med).
Através destes dados, são estabelecidos os limites de confiança superior
(LSC) e inferior (LIC) utilizando a fórmula LIC = LSC = Mediana ± K*Med, onde K é
um fator que pode variar de 2 a 8, este fator determina a rigidez com que os dados
são desprezados. Os valores discrepantes (fora do LIC e LSC) foram removidos
para garantir a confiabilidade dos resultados obtidos. Os pontos que estavam
incluidos na região linear foram utilizados para a construção da curva analítica.
81
4.9.3 Exatidão
Para o estudo da exatidão do método, foram utilizados ensaios de
recuperação, de acordo com as determinações do INMETRO e do SANCO
(INMETRO, 2011; SANCO, 2013). Foram realizadas fortificações das amostras
“branco” em diferentes níveis de concentração. As recuperações foram avaliadas em
no mínimo três níveis para cada analito. As concentrações avaliadas foram 0,0125;
0,025; 0,125; 0,25; 1,25; 2,5 e 12,5 µg L-1. As amostras foram fortificadas e
submetidas ao processo de extração por SD-DLLME otimizado como descrito no
item 5.5. As extrações referentes a cada nível de concentração foram realizadas em
triplicata e cada extrato foi injetado três vezes no LC-MS/MS.
Para determinar as concentrações, substituiu-se os valores de área
encontrados em cada nível na equação da curva trabalho. Para calcular as
recuperações, substitui-se os valores na equação 3:
(3)
sendo:
C1= concentração do analito na amostra fortificada;
C2= concentração do analito na amostra não fortificada;
C3= concentração do analito adicionada à amostra fortificada.
4.9.4 Precisão
A precisão do método foi avaliada em função da repetibilidade e da precisão
intermediária. Para a repetibilidade, as amostras foram fortificadas em diferentes
níveis em triplicata, seguindo todo o procedimento de extração, e injetadas em
triplicata no mesmo dia, pelo mesmo analista e nas mesmas condições
cromatográficas. A partir das nove determinações foi calculado o RSDr (%). A
precisão intermediária RSDpi (%) foi realizada da mesma forma que a repetibilidade,
porém as amostras foram fortificadas em dois níveis de concentração e o
procedimento foi avaliado em diferentes dias. Para os cálculos dos RSD utilizou-se a
equação 4, apresentada a seguir:
(4)
1003
21(%)
C
CCoRecuperaçã
100(%) Xm
sRSD
82
100)2(
)2()1((%)
Xinclinação
XinclinaçãoXinclinaçãoEM
Onde:
s = estimativa do desvio padrão absoluto;
Xm = média das medidas em replicatas (n=9, 3 replicatas injetadas em triplicata).
4.9.5 Efeito Matriz
A avaliação do efeito matriz pode ser realizada por meio de comparações das
inclinações das curvas analíticas por padronização externa no solvente com a curva
por sobreposição, ou pela comparação de áreas de padrões em uma concentração
específica preparadas no solvente e no extrato branco da matriz (MATUSZEWSKI et
al., 2003; KRUVE et al., 2008).
O efeito matriz foi calculado de duas maneiras diferentes.
Durante a validação do método, utilizando a água da torneira como matriz, o
EM foi calculado pela comparação entre as inclinações das curvas analíticas obtidas
das soluções analíticas em solvente e daquela obtidas com soluções analíticas
preparadas no extrato da matriz. O cálculo foi efetuado através da equação 5.
(5)
onde:
X1= inclinação da curva obtida pela injeção das soluções analíticas de cada
analito, preparada no extrato da matriz (água da torneira);
X2 = inclinação da curva obtida pela injeção das soluções analíticas de cada
analito, preparada no solvente (metanol:octanol 1:1, v/v);
Durante a aplicabilidade a diferentes amostras de água de superfície, o EM foi
avaliado comparando as áreas obtidas das soluções analíticas no solvente e
aquelas obtidas com soluções analíticas preparadas no extrato da matriz em uma
concentração de 50 µg L-1 (equação 6). A avaliação foi feita no nível de 50 µg L-1
devido a essa concentração ser intermediária as curvas da maioria dos analitos.
(6)
onde:
83
C1 = Média das áreas das soluções preparadas através de diluições da
solução padrão no solvente (octanol:metanol, 1:1, v/v);
C2 = Média das áreas obtidas pela injeção das soluções analíticas de cada
analito, preparada no extrato da matriz.
Quando os valores encontrados para o efeito matriz estiverem entre -20 e
+20%, considera-se que o efeito matriz é baixo; se estiverem entre -50 e -20% ou
entre +20 e +50% é considerado médio; e se os valores encontrados forem abaixo
de -50% ou acima de +50%, o efeito matriz é considerado alto (ECONOMOU et al.,
2009).
4.10 Controle de qualidade nas determinações
Para assegurar a qualidade dos resultados, alguns procedimentos foram
aplicados durante a realização das análises. Foram realizadas, diariamente, análises
“branco” da matriz e da vidraria, antes das análises, para verificar e eliminar falsos
positivos por contaminação no processo de extração, instrumento, materiais ou
reagentes utilizados durante todo o processo. Também foram preparadas curvas
analíticas para verificar a sensibilidade e linearidade na faixa de trabalho das
concentrações.
Além disso, durante a extração de amostras, padrões de recuperação foram
adicionados nas amostras, para acompanhar a eficiência da extração. Assim, os
erros de quantificação causados por efeitos matriz, além de possíveis flutuações
instrumentais puderam ser monitorados (CITAC, 2002).
Se detectada diminuição na eficiência de extração, contaminação dos
brancos, ou diminuição na resposta dos equipamentos, alguns procedimentos foram
realizados como a repetição da extração da amostra, limpeza das vidrarias de
maneira mais drástica para eliminação da contaminação, manutenções no
equipamento para limpeza e melhoria na detectabilidade.
84
5 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
5.1 Otimização das melhores condições de detecção no espectrômetro de
massas
A partir da infusão de soluções individuais de cada um dos analitos foram
determinadas quais as melhores condições de fragmentação dos íons monitorados
utilizando a fonte de ionização na temperatura de 120 ºC, a temperatura do gás de
dessolvatação (N2) de 400 ºC, a vazão do gás de dessolvatação de 500 L h-1 e a
vazão do gás do cone de 50 L h-1.
A fonte de ionização a pressão atmosférica utilizada foi a ESI devido a
moderada polaridade da maioria dos analitos. A ESI é a interface mais indicada para
compostos neutros e polares, que podem ser protonados ou desprotonados em
condições apropriadas de pH. A ESI é geralmente a fonte preferida para agrotóxicos
e PPCPs, uma vez que é uma técnica mais branda que a ionização química a
pressão atmosférica, é menos suscetível a degradações térmicas uma vez que a
ionização ocorre direto na fase líquida a temperaturas quase ambiente
(FERNÁNDEZ-ALBA, 2005; LANÇAS, 2009).
A Tabela 5 apresenta os agrotóxicos e PPCPs monitorados por LC-MS/MS, o
modo de ionização utilizado (ESI+ ou ESI-), modo de aquisição SRM, íons
precursores e íons produtos, energia de colisão, as transições monitoradas e tempo
de retenção (tR) dos analitos estudados.
Para cada analito, quando possível, foram selecionadas duas transições
características, como apresentado na Tabela 5. A transição mais intensa foi utilizada
para quantificação dos analitos e a segunda transição mais intensa para
confirmação dos mesmos.
85
Tabela 5. Agrotóxicos e PPCPs quantificados por LC-MS/MS, modo de
ionização, transições monitoradas, energia do cone e voltagem de colisão
PPCPs / agrotóxicos Modo ESI Transição
(m/z) Cone
(V) Colisão
(eV)
ácido salicílico - 136,9>92,8
a
136,9>64,8 20 20
20 25
albendazol + 266>234
a
266>191 30 33
20 32
amitriptilina + 278,3>233,3
a
278,3>116,9 35 35
15 15
avobenzona + 310,4>135
a
310,4>161 20 20
30 30
bisfenol A - 227>212,2
a
227>133 43 43
19 25
carbamazepina + 237>194,1
a
237>167,4 26 35
12 40
claritromicina + 749>82,8
7489>158,3a
35 35
59 29
cloridrato de ditialzem + 415>310 415>178
a
35 35
20 20
cloridrato de flurazepam + 388,4>315,2
a
388,4>288,2 30 30
25 25
clorpropamida + 277>175
277>110,9a
27 27
22 29
diclofenaco de sódio - 294>250,2
a
294>214 20 20
10 25
eusolex – 6300 + 255,4>157,2 255,4>105
a
25 25
20 30
furosemida - 328,8>284,9
a
328,8>205 30 30
15 20
genfibrozila - 249>121a 20 30
glibenclamida + 494>369 494>169
a
30 30
18 38
haloperidol + 376>165
a
376>123 30 35
21 25
ibuprofeno - 205>161
a
205>125,8 20 15
10 7
ibuprofeno-d3 - 208>164,1 19 9
mebendazol + 296,2>264,2 296,2>104,9
a
35 35
30 30
metilparabeno + 151>135,9 151>91,6
a
35 35
15 20
nimesulida - 307>229
a
307>198,1 33 30
20 25
nitrato de miconazol + 417,1>161
a
417,1>159 45 45
25 30
propanolol + 260>116
a
260>183 30 30
18 20
propilparabeno - 179,1>137,1 179,1>91,8
a
30 30
15 20
86
PPCPs / agrotóxicos Modo ESI Transição
(m/z) Cone
(V) Colisão
(eV)
sulfametoxazol + 254,3>156.1
a
254,3>92 22 27
17 29
triclocarban - 313>160,1
a
315>125,7 30 30
25 15
triclosan - 289>35 287>35
a
18 18
7 9
Agrotóxicos
2,4-D - 219>161
a
219>89 15 15
20 30
atrazina + 216>174
a
216>146 33 35
20 22
atrazina-d5 + 220.9>179
a
220.9>101 33 33
17 21
azoxistrobina + 404>372
a
404>329 20 15
20 30
bentazona - 239>132
a
239>197 35 35
25 20
bispiribaque-sódico + 453>297
a
453>275 35 35
25 22
carbofurano + 222>165 222>123
a
20 20
25 25
carboxina + 236>143
a
236>87 35 14
15 33
cialofope-butílico + 358>256,17
a
358>158 30 23
20 57
ciproconazol + 292>125 292>70
a
35 35
20 20
clomazona + 240>125
a
240>219 30 26
20 20
clorantraniliprole + 484>453,06 484>285,84
a
30 30
19 30
diclorana - 205>175,2
a
205>138,9 40 40
15 20
difenoconazol + 406>251
a
406>337 31 32
32 20
diurom + 233>72
a
233>160 28 28
20 25
epoxiconazol + 330>123 330>121
a
27 27
30 30
fenoxaprope-p-etílico + 362,1>288,1
a
362,1>121 22 22
23 37
fipronil - 435>330
a
435>250 30 25
15 26
irgarol + 254>108 254>198
a
30 30
30 19
malationa + 331>199 331>127
a
24 24
30 10
metalaxil-M + 280>220 280>192
a
16 16
17 17
87
PPCPs / agrotóxicos Modo ESI Transição
(m/z) Cone
(V) Colisão
(eV)
metsulfurom-metílico - 380>139
a
380>214 30 30
15 10
penoxsulam - 482>109 482>179
a
35 35
40 25
piraclostrobina + 388,1>194 388,1>163
a
20 20
19 19
pirazossulfurom-etílico - 413>232
a
413>154 35 35
15 26
pirimifós-metílico + 306>136 306>108
a
40 40
33 20
propanil + 218>127
a
218>162 25 30
28 14
propiconazol + 342>159
a
342>69 32 30
22 20
quincloraque - 240>196a 15 6
simazina + 202>132 202>124
a
35 35
18 18
tau-fluvalinato + 503,4>208,1
a
503,4>180,9 20 20
11 11
tebuconazol + 308>70
a
308>125 40 28
20 22
trifloxistrobina + 409>206 409>145
a
35 25
15 40
atransições empregadas para a quantificação
5.2 Otimização do sistema cromatográfico LC-MS/MS para determinação de
agrotóxicos e PPCPs em amostras de água
Os solventes empregados como fase móvel foram água e metanol. Metanol
foi escolhido por ser o solvente mais utilizado em fase reversa, possuir um menor
custo que a acetonitrila e ser 9menos tóxico (LANÇAS, 2009). Como modificadores
da fase móvel, o ácido acético e o ácido fórmico foram avaliados. Para os 38
analitos analisados no modo positivo o uso do ácido fórmico (pKa 3,77) apresentou
um aumento na área de 24 analitos.
Para os 20 analitos analisados no modo negativo, o uso do ácido acético (pKa
4,75) proporcionou um incremento na área para todos os analitos (Figura 7).
Considerando que a maioria dos analitos ionizados no modo negativo apresentam
menor intensidade, e buscou-se favorecer estes analitos, o ácido acético foi
escolhido como modificador da fase móvel.
88
0
50000
100000
150000
200000
250000
áre
a d
os p
ico
s
ácido acético ácido fórmico
Figura 7. Área do pico para os analitos ionizados no modo negativo
empregando ácido acético e ácido fórmico como modificadores da fase móvel.
Barras de erro representam o desvio padrão (n=3, 3 injeções)
Os compostos ionizados no modo negativo possuem em suas estruturas
grupos químicos que tem a tendência de perder um próton quando ionizados. Dentre
os compostos em estudo, podemos exemplificar isto com o diclofenaco-sódico,
bispiribaque-sódico, 2,4-D, quincloraque, ácido salicílico, os quais possuem em sua
estrutura o grupo carboxila, e com bisfenol-A, metilparabeno e propilparabeno, os
quais possuem o grupo hidroxila em suas estruturas. Por isso, quanto mais forte o
ácido utilizado como modificador orgânico da fase móvel, a perda do próton é
desfavorecida, diminuindo a ionização e consequentemente a resposta.
Em outro estudo, o uso de diferentes ácidos foi avaliado para analitos com
ionização no modo negativo empregando a ESI. O acido acético apresentou
favorecimento da ionização dos analitos no modo negativo, enquanto que o ácido
fórmico diminuiu a resposta, provavelmente pelo fato de ser um ácido forte,
desfavorecendo a desprotonação do analito no modo negativo (WU et al., 2004).
A Tabela 6 apresenta as condições cromatográficas empregadas para
determinação dos agrotóxicos e PPCPs avaliados neste estudo.
89
Tabela 6. Condições empregadas no sistema cromatográfico LC-MS/MS
Parâmetros LC-MS/MS
Coluna analítica Kinetex C8 (50 x 3,0 mm, 2,6 µm)
Fase móvel Água 0,1% (v/v) ácido acético (A) e metanol (B)
Volume de injeção 10 µL
Fonte de ionização ESI
Detector Espectrômetro de massas do tipo triplo quadrupolo
Devido ao grande número de analitos a eluição no modo isocrático se torna
inviável, pois, mesmo trabalhando sem a necessidade de total separação dos
analitos, devido a seletividade do instrumento, uma melhor separação acarreta em
melhor perfil cromatográfico, maior detectabilidade e ajuda na diminuição do EM
(PETROVIĆ et al., 2005).
Como podemos observar na Figura 8a, a eluição no modo isocrático
(metanol:água 0,1% ácido acético; 60:40, v/v) não favoreceu a interação dos analitos
com a fase estacionária, fazendo com que a maioria dos analitos eluissem em um
tempo menor que 10 minutos, e outros analitos mais retidos apresentassem baixa
resolução. Além disso, alguns trabalhos já observaram que o EM geralmente diminui
com o aumento do tempo de retenção (QUINTANA e REEMTSMA, 2004;
PETROVIĆ et al., 2005). Geralmente as áreas cromatográficas que são mais
afetadas pelos interferentes, são o início da eluição, onde compostos altamente
polares e os não retidos eluem, e no final do gradiente onde compostos fortemente
retidos eluem. Consequentemente, é recomendado ajustar a eluição para que os
analitos eluam entre essas regiões. Ou seja, para diminuição da possibilidade de
EM, o ideal é que os analitos fiquem retidos por um tempo maior e que se faça o uso
de um gradiente para ajustar a eluição (TRUFELLI et al., 2011).
90
Empregando o modo de eluição por gradiente (Figura 8b), foi possível
observar a maior interação dos analitos com a fase estacionária, uma melhor
distribuição dos analitos no cromatograma,a e melhor resolução entre o picos.
Figura 8. Sobreposição dos cromatogramas de íons no modo total (TIC) das
seis funções monitoradas para eluição no modo isocrático empregando
metanol:água 0,1% ácido acético (60:40, v/v) (a), e no modo gradiente (b) conforme
condições descritas na Tabela 7. Concentração da mistura de 1000 µg L-1.
Sendo assim, foram otimizados diferentes condições de eluição no modo
gradiente, alterando também, além da força de eluição, a vazão da fase móvel. As
melhores condições de separação cromatográfica podem ser observadas na Tabela
7.
91
Tabela 7. Condições de eluição empregadas no modo gradiente
5.3 Avaliação do uso de padrão interno
Foram avaliados como PIs a atrazina-d5 e o ibuprofeno-d3, para corrigir
possíveis flutuações instrumentais no modo de ionização positivo e negativo,
respectivamente.
A avaliação foi feita preparando-se uma curva analítica apenas com a área
dos padrões e outra corrigindo a área de cada analito dividido pela área do PI.
Como pode ser observado na Figura 9, através da comparação entre as
curvas analíticas usando apenas a área versus a concentração e na outra construída
plotando-se a área corrigida versus a concentração, estes analitos não
apresentaram melhoria quando empregados como padrões internos.
Um dos métodos conhecidos para compensar flutuações instrumentais, assim
como controlar o EM durante experimentos é o uso de um padrão interno. É indicado
principalmente o uso de padrões isotopicamente marcados, devido a identidade
química e a semelhança das propriedade físico-químicas com o analito. Em teoria,
uma vez que o padrão interno é quase idêntico ao analito, o grau de supressão e/ou
enriquecimento seria o mesmo para o PI e o analito. Entretanto, assim como
observado nesse trabalho, outros trabalhos tem verificado que a utilização de PI
deuterados não garante a correta correção (WIELING, 2002). Ainda não há uma
explicação bem definida, mas foi sugerido que o resultado diferente pode ser devido
a diferente resolução do analito e do PI na coluna de fase reversa. A presença do
deutério pode alterar moderamente a lipofilicidade da molécula, podendo alterar a
retenção do composto (WANG et al., 2007).
De acordo com os resultados obtidos, não foi empregado o uso de padrão
interno.
Tempo (min)
Água com 0,1% ácido acético (%)
Metanol (%)
Vazão (mL min-1)
0 80 20 0,2 20 10 90 0,4 23 10 90 0,4
23,5 80 20 0,2 30 80 20 0,2
92
Figura 9. Curvas analíticas para a atrazina, atrazina corrigida pelo padrão
interno (atrazina-d5) e para o ibuprofeno, e ibuprofeno corrigido pelo padrão interno
(ibuprofeno-d3)
5.4 SD-DLLME
5.4.1 Escolha dos solventes extratores e dispersores
O primeiro teste foi verificar se havia a formação de uma fase superior
formada pelo solvente extrator, pois uma vez que o método não utiliza a etapa de
centrifugação, uma boa separação é essencial para conseguir retirar todo o solvente
extrator que foi utilizado.
O teste foi realizado utilizando um volume de 100 µL de cada solvente extrator
(acetato de hexila, dodecanol, hexadecano, hexano, iso-octano, 1-octanol, 1-
undecanol, ciclo-hexano, tolueno e 1-butanol) e 1 mL (0,5 + 0,5 mL) de acetonitrila
como solvente dispersor e demulsificante.
Os solventes acetato de hexila, 1-octanol, hexadecano e tolueno
apresentaram uma boa separação após a injeção do solvente para separação da
emulsão.
93
0
5
10
15
20
25
30
35
40
<20% 20-50% >50%
Nú
me
ro d
e a
na
lito
s
Faixa de recuperação
tolueno/metanol tolueno/acetona tolueno/acetonitrila
octanol/metanol octanol/acetona octanol/acetonitrila
acetato de hexila/metanol acetato de hexila/acetona acetato de hexila/acetonitrila
Hexano, iso-octano e undecanol não apresentaram uma boa separação, e por
isso não foram avaliados durante a otimização.
O solvente 1-butanol não ficou separado da amostra, não formando a gota na
fase superior.
Os solventes que apresentaram uma boa separação entre as fases (tolueno,
acetato de hexila e 1-octanol) foram testados simultaneamente como solventes
extratores com os solventes dispersores metanol, acetona e acetonitrila. Estes 3
solventes dispersores são os mais empregados, por serem miscíveis tanto no
solvente extrator como no dispersor (Figura 10).
Figura 10. Número de analitos que apresentaram valores de recuperação
<20%, entre 20 e 50 % e >50%, após extração por SD-DLLME com diferente
combinações de solvente extratores e dispersores (10 mL de amostra fortificada com
1,25 µg L-1, pH da amostra: 6,6, volume de dispersor: 500 µL, volume extrator, 100
µL; evaporado e redissolvido em 100 µL de metanol)
O solvente hexadecano, embora tenha apresentado uma boa separação das
fases, não foi avaliado com os solventes dispersores devido ao seu alto valor de Log
Kow (8,2). Os outros solventes que apresentaram uma boa separação das fases
possuem valores de Log Kow inferiores a 3,15, sendo mais polares e mais próximo a
faixa de polaridade dos analitos em estudo.
94
O solvente tolueno apresentou apenas 7 e 8 analitos com recuperações
acima de 50% quando combinado com metanol e acetonitrila, respectivamente; e
recuperações acima de 50% para 12 analitos quando combinado com acetona.
Tolueno tem sido empregado em diversos trabalhos envolvendo microextrações. Na
extração de seis ésteres ftálicos em água engarrafada empregando a Microextração
líquido-líquido com auxílio de surfactante empregando solvente de baixa densidade
e assistida por vortex (LDS–VSLLME, do inglês Low-density solvent-based vortex-
assisted surfactant-enhanced-emulsification liquid–liquid microextraction) foram
obtidas R (%) entre 73,5 e 106,6% utilizando tolueno como solvente extrator e um
surfactante (brometo de cetiltrimetilamônio) (ZHANG e LEE, 2013).
Tolueno também foi empregado com sucesso para extração de canabinóides
em amostras de urina. A técnica de Microextração Líquido-Líquido Dispersiva
assistida por surfactante (SA-DLLME, do inglês Surfactant-assisted dispersive
liquid–liquid microextraction) foi empregada utilizando tolueno (85 µL) e brometo de
tetradeciltrimetilamônio (TTAB) como agente dispersor. Recuperações entre 83,2 e
117,1% foram obtidas (MORADI et al., 2011).
Empregando a USAEME na seringa para extração de agrotóxicos
organofosforados em amostras de água, o tolueno (20 µL) também apresentou boas
taxas de extração, com recuperações entre 90,1 e 104,7% para amostras de água
de irrigação (farm-field water), e entre 90,1 e 101,8% para águas residuais da
indústria (SU e JEN, 2010). Dos analitos em estudo neste trabalho, estão incluídos 2
organofosforados, malationa e pirimifós-metílico. O composto malationa apresentou
recuperações entre 36 e 38% usando tolueno e o pirimifós-metílico recuperações
entre 32 e 42%.
Na extração de clorpirifós, lambda-cialotrina, ciflutrina, cipermetrina,
fenvalerato e deltametrina de amostras de água, o tolueno apresentou também ser
um bom solvente extrator. A técnica de VALLME foi empregada utilizando 30 µL de
tolueno e R (%) entre 72 e 106,3% foram obtidas (JIA et al., 2010).
Carbamatos apresentaram melhores recuperações com tolueno no trabalho
desenvolvido por Chen e colaboradores (CHEN et al., 2010). Quatro carbamatos
foram extraídos de amostras de água empregando a SD-DLLME utilizando como
solvente extrator o tolueno. Recuperações entre 94,5 e 104% foram obtidas.
95
Neste trabalho, o composto da classe dos carbamatos (carbofurano)
apresentou recuperações semelhantes para os três solventes testados, com os três
dispersores testados, ficando entre 19 e 31% para tolueno, 30 e 32% para o 1-
octanol e 21 e 35% para o acetato de hexila.
De maneira geral, o solvente 1-octanol foi o que apresentou os melhores
resultados. Recuperações acima de 50% foram obtidas para 28 analitos quando
utilizado acetonitrila como solvente dispersor, 33 analitos quando utilizado acetona e
34 analitos quando utilizado metanol.
O 1-octanol apresenta uma constante dielétrica maior que o tolueno e o
acetato de hexila. Provavelmente, devido à polaridade dos analitos variar de média a
alta, o solvente com polaridade mais semelhante obteve melhor eficiência de
extração. A constante dielétrica é um parâmetro chave para modelar o
comportamento de um solvente, sendo considerada importante para medir a
polaridade de um solvente (WAKAI et al., 2005).
1-Octanol tem sido empregado em diversos trabalhos como solvente extrator.
Na SA-DLLME, para a extração de clorofenóis em amostras ambientais, foram
utilizados o surfactante brometo de cetiltrimetilamônio (CTAB, do inglês
cethyltrimethyl ammonium bromide) como dispersor, e 35 µL de 1-octanol como
extrator, e erros entre -2 e 10% foram encontrados entre os valores adicionados e os
encontrados (MORADI et al., 2010).
Bisfenol-A e alquilfenóis também têm sido extraídos com sucesso
empregando 1-octanol. Quatro disruptores endócrinos, incluindo bisfenol-A foram
extraídos empregando a DLLME com 30 µL de octanol e 300 µL de metanol;
atingindo recuperações entre 89 e 114% (RYU et al., 2012). Na extração de
alquilfenóis e bisfenol-A de amostras de água do mar, a DLLME empregando 100 µL
de 1-octanol, sem a adição de nenhum solvente dispersor, e com agitação em
vórtex, apresentou recuperações entre 84 e 104% para todos os analitos
(SALGUEIRO-GONZÁLEZ et al., 2012). Também, na extração por VALLME com 50
µL de 1-octanol e 2 min de agitação no vórtex, bisfenol-A, octilfenol e nonilfenol
foram extraídos com R (%) entre 63 e 111% (YIANTZI et al., 2010).
Neste trabalho, o composto bisfenol-A apresentou recuperações acima de
50% quando empregado as combinações de tolueno/acetona, octanol/metanol,
96
octanol/acetona, octanol/acetonitrila e acetato de hexila/acetona, sendo a maior
recuperação (102%) atingida quando empregado octanol/acetona.
1-Octanol também foi empregado para extração de benzofenonas usando um
frasco especialmente desenhado para a extração, o qual teve como objetivo facilitar
a retirada de solventes menos densos que a água. A amostra (água) e o octanol (50
µL) sem o uso de solvente dispersor foram empregados. Recuperações entre 91,3 e
97,1% foram obtidas para as benzofenonas em estudo (ZHANG et al., 2011).
Entre os solventes testados, o acetato de hexila combinado com metanol
apresentou os piores resultados; e R (%) acima de 50% não foram atingidas para
nenhum dos analitos em estudo.
Acetato de hexila tem sido pouco relatado nas técnicas de microextração
dispersiva, mas tem sido utilizado com sucesso nas técnicas de HF-LPME para
extração de ácidos fenólicos em frutas (SARAJI e MOUSAVI, 2010), em SDME para
extração de herbicidas ácidos em amostras de águas (SARAJI e FARAJMAND,
2008), parabenos em águas e cosméticos (SARAJI e MIRMAHDIEH, 2009;
ABBASGHORBANI et al., 2013) e fenóis em amostras de água (SARAJI e
BAKHSHI, 2005).
Para os parabenos em estudo, metilparabeno e propilparabeno, recuperações
maiores foram obtidas com 1-octanol e acetato de hexila.
Além da avaliação da recuperação dos analitos, foi realizado também um
teste de Tukey comparando-se as áreas dos picos obtidas em cada condição
testada (Tabela 8). Como podemos observar, foi obtido um maior número de analitos
com áreas significativamente maiores quando empregado 1-octanol como extrator.
Com relação ao solvente dispersor, o uso da acetona com o octanol foi o solvente
que propiciou um maior número de analitos com maior resposta significativa
(p<0,05).
Alguns compostos como o ácido salicílico, furosemida, 2,4-D, bentazona,
bispiribaque-sódico, metsulfurom-metílico, penoxsulam, pirazossulfurom-etílico e
quincloraque não recuperaram em nenhum condição. Isso ocorreu porque estes
testes foram realizados no pH da amostra (6,6) e nessa faixa de pH esses
compostos não são extraídos devido aos seus valores de pKa.
Diante dos resultados obtidos, octanol e acetona foram definidos como
solvente extrator e dispersor, respectivamente.
97
O uso de um álcool como solvente extrator é uma vantagem do método, uma
vez que os alcoóis apresentam, em sua maioria, menor toxicidade que os solventes
usualmente empregado na DLLME (CAPELLO et al., 2007; FATEMI et al., 2012).
98
Tabela 8. Resultados em área após extração por SD-DLLME com diferente combinações de solvente extratores e
dispersores
PPCPs / agrotóxicos
acetato de hexila/
acetona
acetato de hexila/
acetonitrila
acetato de hexila/
metanol
octanol/ acetona
octanol/ acetonitrila
octanol/ metanol
tolueno/ acetona
tolueno/ acetonitrila
tolueno/ metanol
ácido salicílico n.e.*
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
albendazol 90.908 b 147.994
b 85.743
b 914.986
b 697.604
b 1009.280
b 4073.889
a 4737.850
a 3029.145
a
amitriptilina 1661.907 d,e,f
1370.789 e,f
1005.633 f 3773.206
a,b 3345.549
b,c 4558.716
a 2213.391
c,d,e 2481.469
c,d,e 2713.344
b,c,d
avobenzona 598.3306 a,b
308.2279 b,c
298.9493 c 716.6778
a 347.4088
b,c 181.2468
c 700.0430
a 684.8230
a 606.5752
a,c
bisfenol-A 663.478 b,c
314.434 e,f
175.895 f 1107.070
a 675.397
b,c 877.498
b 626.644
c 437.619
d,e 162.282
f
carbamazepina 784.859 d,e
1322.602 c,d
728.738 d,e
2538.946 b 2947.551
a,b 3395.027
a 664.578
e 1491.675
c 441.485
e
claritromicina 2040.62 b,c
2261.36 b,c
878.35 c 11738.37
a 11480.78
a,b 12165.51
a 2305.96
b,c 4074.48
c 2609.10
b,c
cloridrato de ditialzem
182.04 b 276.49
b 557.99
b 32898.47
a 33725.11
a 34131.29
a 35856.62
a 37373.16
a 40484.94
a
cloridrato de flurazepam
1887.288 c 1186.532
c 938.400
c 6920.065
a 6060.871
a,b 7058.347
a 4873.805
a,b 5201.704
a,b 4250.236
b
clorpropamida 418.7647 a,b,c
382.2142 b,c
339.7824 b,c
601.2343 a,b
522.1993 a,b,c
680.0022 a 258.0448
c,d 366.9348
b,c 55.2797
d
diclofenaco sódico 287.809 d,e
273.194 d,e
308.819 d,e
967.897 a,b
764.835 b,c
1192.645 a 520.456
c,d 442.862
d,e 163.819
e
eusolex 6300 2936.518 a,b
3479.870 a 2727.386
a,b 2594.648
a,b 2415.619
a,b 2381.319
a,b 2209.916
a,b 1920.610
a,b 1445.091
b
genfibrozila 647.560 b 670.230
b 740.409
b 3217.869
a 3090.694
a 3317.732
a 1027.228
c 747.215
c 591.692
c
furosemida n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e. n.e.
glibenclamida 3109.940 a,b
2819.376 a,b
2405.512 b,c
4143.619 a 3265.862
a,b 4437.267
a 2069.235
b,c 1898.062
b,c 1021.621
c
haloperidol 5686.56 c,d,e
3629.66 d,e
2893.47 e 21727.20
a 17570.44
b 22898.94
a 7370.53
c 8244.00
c 6469.84
c,d
ibuprofeno 292.9170 a,b
184.5282 a,b,c
189.5443 a,b,c
346.6920 a 270.8460
a,b 302.8300
a,b 230.1743
a,b,c 136.5770
b,c 73.6638
c
mebendazol 3317.587 c 3154.282
c 3074.889
c 6802.897
a,b 5522.469
b 7952.610
a 2359.876
c 2905.724
c 1352.056
c
metilparabeno 710.9208 a 394.0594
b,c, 406.5267
b,c 611.3203
a,b 524.6237
a,b 598.4458
a,b 171.4578
c,d 231.6297
c,d 141.1432
d
nimesulida 4420.388 a 5306.892
a 4763.104
a 7257.622
a 5750.346
a 7311.340
a 6565.861
a 6187.187
a 5503.543
a
nitrato de miconazol
9571.97 a 10359.57
a 6962.59
a 10430.81
a 7250.47
a 8252.81
a 8725.66
a 8455.46
a 6050.62
a
propanolol 5575.668 a 5504.774
a 4129.387
a 3662.138
a 3804.074
a 4700.335
a 377.198
b 513.091
b 288.994
b
propilparabeno 803.042 c,d,e
409.514 e,f
292.217 f 1450.231
a,b 1150.870
b,c 1744.075
a 783.399
c,d,e 879.037
c,d 467.286
d,e,f
sulfametoxazol n.e. n.e. n.e. 29354.08 c 32208.76
c 32798.63
c 38209.26
b,c 57005.93
a,b 68242.43
a
99
PPCPs / agrotóxicos
acetato de hexila/ acetona
acetato de hexila/
acetonitrila
acetato de hexila/
metanol
octanol/ acetona
octanol/ acetonitrila
octanol/ metanol
tolueno/ acetona
tolueno/
acetonitrila
tolueno/ metanol
triclocarban 4272.510 a 4346.053
a 4954.863
a 5067.931
a 5096.800
a 5783.715
a 5854.435
a 6322.616
a 6459.541
a
triclosan 58.57822 a,b
29.02733 d 30.85167
d 74.80000
a 55.63633
a,b,c 47.88450
c,d,e 44.53917
c,d,e 37.34717
c,d,e 32.95172
c,d
Agrotóxicos
2,4-D n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e. n.e. n.e
atrazina 4054.233 c,d
4727.797 b,c,d
4408.966 b,c,d
6535.829 a,b
5779.782 a,b,c
7323.386 a 3740.336
c,d 4087.403
c,d 3120.933
d
azoxistrobina 6032.819 a 8770.489
a 7406.056
a 9254.376
a 8667.140
a 9870.777
a 8006.434
a 7800.554
a 7782.936
a
bentazona n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e. n.e. n.e
bispiribaque-sódico n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
carbofurano 4660.085 a,b
5763.479 a 3512.147
a,b,c 3799.051
a,b,c 3857.590
a,b,c 3658.430
a,b,c 2866.286
a,b 3697.571
a,b,c 2233.273
c
carboxina n.e.
n.e.
n.e.
2847.838 a 2547.853
a 3055.167
a 2398.609
a 2346.013
a 2364.852
a
ciproconazole 11219.23 a 9471.67
a,b 7519.44
a,b 9795.95
a,b 8565.88
a,b 10511.55
a,b 6552.55
a,b 5837.40
b 5881.44
b
cialofope-butílico 1699.809 a,b,c
1688.616 a,b,c
977.787 b,c,d
2651.080 a 1745.664
a,b 2327.130
a 770.000
b,c,d 673.955
c,d 395.792
d
clomazona 16206.61 a,b,c
12077.37 b,c
11551.03 b,c
25524.30 a 21785.12
a,b 22680.98
a 9538.73
c 7891.88
c 7370.84
c
clorantraniliprole 1361.136 b,c,d
1349.751 b,c,d
1146.802 c,d
2207.387 a 1785.681
a,b,c 1898.392
a,b 1219.641
b,c,d 1202.322
b,c,d 986.190
d
diclorana 61.37567 a,b
51.47506 a,b
40.47583 a,b
73.59933 a,b
71.72750 a,b
86.34050 a 50.77383
a,b 57.11700
a,b 25.71000
b
difenoconazol 11643.63 b,c
15132.31 a,b,c
11810.99 b,c
17904.65 a 14669.80
a,b,c 16390.31
b,c 12279.22
a,b,c 11661.79
b,c 10234.39
c
diurom 1837.611 a 1645.087
a,b 1336.743
a,b 1718.231
a,b 1224.256
a,b 1701.148
a,b 1073.185
b 1132.298
b 1055.720
b
epoxiconazole 14816.67 a,b
10413.52 b,c
8348.37 c 17187.14
a 13903.80
a,b,c 15009.73
a,b 8438.35
c 9213.93
b,c 8309.50
c
fenoxaprope-p-etílico
4880.269 a 3780.091
a,b,c 2634.411
b,c 3847.798
a,b 3321.085
a,b,c 3832.828
a,b 3061.401
a,b,c 2935.308
b,c 1921.386
c
fipronil 8549007 a 6491185
b 4721746
c 12871
d 10673
d 12569
d 9426
d 8542
d,e 8026
d
irgarol 2565.59 d 1544.75
d 1316.97
d 53448.08
a,b 39468.61
b,c 68241.41
a 32200.68
c 32748.13
b,c 29342.87
c
malationa 2136.63 d 2416.44
d 2003.28
d 13554.24
a 10962.78
a,b 7623.29
b,c 5341.79
c,d 5338.04
c,d 4683.59
c,d
metalaxil-m 1364.107 b 2293.313
a 1311.410
b 2131.816
a,b 2387.453
a 2314.052
a 2065.725
a,b 2320.897
a 1724.347
a,b
metsulfurom-metílico n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
penoxsulam n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
piraclostrobina 3653.047 d 5461.725
a,b,c,d 4699.987
b,c,d 7236.961
a 6057.133
a,b,c 6441.666
a,b 4570.194
b,c,d 4052.453
c,d 4252.943
c,d
100
Médias seguidas por letras iguais, na mesma linha, não apresentam diferença estatística significativa (p≥0,05) pelo teste de Tukey com significância de 95%. *n.e. – não extraído
PPCPs / agrotóxicos
acetato de hexila/ acetona
acetato de hexila/
acetonitrila
acetato de hexila/
metanol
octanol/ acetona
octanol/ acetonitrila
octanol/ metanol
tolueno/ acetona
tolueno/
acetonitrila
tolueno/ metanol
pirazossulfurom-etílico
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
pirimifós-metílico 159.659 d 158.490
d n.e.
4716.765
a 3918.297
a,b 4255.601
a 2380.305
c 2841.917
b,c 2111.445
c
propanil 2339.455 c,d
2745.676 b,c
2614.779 b,c
3674.927 a,b
2920.842 a,b,c
3979.282 a 2455.003
c,d 2317.116
c,d 1423.938
d
propiconazol 5671.802 b 6528.356
a,b 5646.876
b 8768.458
a 6394.051
b 7885.591
a,b 5871.098
b 5953.755
b 6185.344
b
quincloraque n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
simazina 3477.820 a 2552.609
a,b,c 2445.128
a,b,c 3466.578
a 2814.542
a,b 3486.182
a 1519.241
b,c 1982.419
a,b,c 1098.621
c
tau-flavulinato 2187.742 a 2341.380
a 1225.301
b 1676.578
a,b 1577.489
a,b 1269.620
b 1643.648
a,b 1868.713
a,b 1546.543
a,b
tebuconazole 12942.82 a 10552.72
a 9789.76
a 12167.34
a 10481.10
a 13296.71
a 7599.40
a 6825.88
a 7940.27
a
trifloxistrobina 8774.50 c 12445.93
b,c 7801.06
c 20702.37
a 17076.30
a,b 20814.01
a 9107.05
c 9045.46
c 7083.26
c
101
5.4.2 Escolha do volume de solvente extrator
Nas microextrações com solventes menos densos que a água, volumes de
solventes extratores entre 8 e 145 µL tem sido usados (LIU et al., 2010; FATEMI et
al., 2012).
Neste estudo foram estudados os volumes de 50, 80, 100, 120, 140 e 200 µL.
Como solvente extrator foi utilizado o 1-octanol, como dispersor e demulsificante a
acetona com um volume de 500 µL.
Volumes maiores de solvente extrator, diminuem a polaridade da amostra
aquosa devido a dissolução do solvente na fase aquosa o que leva a uma
diminuição do coeficiente de partição podendo levar a decréscimos na eficiência de
extração dos analitos (TOLCHA et al., 2013).
Os volumes de 100 e 120 µL de 1-octanol apresentaram as melhores
respostas em termos de recuperação para os analitos. Entre estes dois volumes, o
valor de 120 µL apresentou um maior número de analitos com R% acima de 50%
(Figura 11).
Figura 11. Número de analitos que apresentaram valores de recuperação
<20%, entre 20 e 50% e >50%, após extração por SD-DLLME com diferentes
volumes de solvente extrator (10 mL de amostra fortificada com 1,25 µg L-1; pH da
amostra, 6,6; volume de dispersor, 500 µL; volume de demulsificante, 500 µL) (n=3)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
<20% 20-50% >50%
Nú
me
ro d
e a
na
lito
s
Faixa de recuperação
50 µL 80 µL 100 µL 120 µL 140 µL 200 µL
102
Além disso, foi realizado um teste de Tukey para todos os resultados obtidos
(Tabela 9). Para os valores entre 100 e 120 µL, foi encontrada diferença significativa
(p<0,05) para 7 analitos. Estes analitos apresentaram maiores valores de área com
120 µL. Baseado nestes resultados, o valor de 120 µL foi escolhido.
103
Tabela 9. Resultados em área após extração por SD-DLLME com diferentes volumes de solvente extrator
Analitos volume de solvente extrator
50 µL
80 µL
100 µL
120 µL
140 µL
200 µL
PPCPs
ácido salicílico n.e* n.e n.e n.e n.e n.e
albendazole 4585.396 b 7359.460 a 7027.703 a 7579.768 a 7310.142 a 3294.161 c
amitriptilina 369.671 c,d 644.935 b,c,d 800.494 b,c 941.685 a,b 1335.398 a 306.205 d
avobenzona 768.3823 a,b 663.4937 b,c 510.2183 c 617.7081 b,c 657.6022 b,c 825.6121 a
bisfenol-A 236.2588 c
570.2057 a,b
544.8961 b
629.1111 a,b
648.1741 a
279.3233 c
carbamazepina 460.454 c
693.720 b,c
784.965 b
813.074 b,c
1118.394 a
616.234 b,c
claritromicina 636.707 d
1937.182 b,c
1799.785 c
2221.140 a,b
2489.833 a
658.567 d
cloridrato de ditialzem 3195.23 c
8057.39 a,b
7383.68 b
7733.54 b,c
10028.67 a
4351.37 c
cloridrato de flurazepam 764.781 c
1438.604 a
1165.551 b
1535.323 a
1624.553 a
809.009 c
clorpropamida 28.0128 a
50.5360 a
75.1018 a
60.7688 a
41.5353 a
128.2166 a
diclofenaco sódico 130.4790 b
200.8303 a,b
196.7074 a,b
181.1259 a,b
283.8234 a
218.4176 a,b
eusolex 6300 951.610 a
920.943 a
1154.599 a
1163.557 a
1037.645 a
868.083 a
genfibrozila 499.149 c
916.903 b
1154.618 a,b
1438.715 a
1440.528 a
489.866 c
furosemida n.e n.e n.e n.e n.e n.e
glibenclamida 379.3874 b
425.0705 a,b
423.3491 a,b
503.8640 a
479.1067 a
358.5890 b
haloperidol 5359.696 c,d
7016.590 b,c
6932.516 b,c
8146.929 a,b
9424.822 a
3977.788 d
ibuprofeno 36.44517 b
48.80700 b,c
77.80772 a,b
67.84683 a,b
94.06533 a
53.64083 a,b
mebendazol 1260.889 b
2102.331 a
2131.558 a
2339.102 a
2226.393 a
794.542 c
metilparabeno 80.7349 c
124.4356 b
169.5406 a
154.2906 a,b
142.0626 a,b
60.9301 c
nimesulida 816.057 b
1689.991 a
1631.205 a
1646.332 a
1762.477 a
647.159 b
nitrato de miconazol 2426.667 b 3727.582 a 3506.557 a 3831.213 a 4135.788 a 1752.649 b
104
Analitos volume de solvente extrator
50 µL
80 µL
100 µL
120 µL
140 µL
200 µL
propanolol 370.7983 d 752.1346 b,c 661.3886 c 850.7480 a,b 981.2420 a 362.1261 d
propilparabeno 536.8957 b 704.3281 a,b 840.7133 a 871.9943 a 809.4659 a 287.3980 c
sulfametoxazol 9714.26 c,d 10023.62 c,d 13375.46 b,c 15464.13 a,b 19405.57 a 6111.38 d
triclocarban 1765.888 b 2559.970 a 2824.384 a 2643.558 a 2743.024 a 1328.895 b
triclosan 35.32233 b,c 31.66100 b,c 34.90067 b,c 40.27217 b 60.53400 a 24.36300 c
Agrotóxicos
2,4-D n.e n.e n.e n.e n.e n.e
atrazina 924.109 c
1441.095 b
1783.529 a,b
2037.401 a
1729.279 a,b
642.986 c
azoxistrobina 1817.676 a,b
2004.231 a
1993.857 a
2075.274 a
2068.742 a
1525.159 b
bentazone n.e n.e n.e n.e n.e n.e
bispiribaque-sódico n.e n.e n.e n.e n.e n.e
carbofurano 311.1281 b
759.4194 a
882.1056 a
984.1803 a
779.2271 a
279.8129 b
carboxina 235.2957 c
505.9257 a,b
648.5561 a
592.6837 a
481.4089 a,b
335.5428 b,c
ciproconazol 1651.037 d
2674.986 a,b
2285.145 b
3038.315 a
3071.623 a
1076.364 c
cialofope-butílico 306.0641 c,d
367.8233 b,c
471.4301 a,b
548.3483 a
461.4013 a,b
189.5828 d
clomazona 3312.835 c
4354.996 a,b
4865.065 a
5328.757 a
4670.099 a,b
3729.185 b,c
clorantraniliprole 231.2024 b 401.3753 a 316.6950 a,b 313.7848 a,b 333.4382 a,b 306.2851 a,b
diclorana 19.51783 c 36.25583 a 35.54333 a,b 36.39372 a 30.96461 a,b,c 21.80967 b,c
difenoconazol 4819.385 a 4834.430 a 4819.333 a 5020.510 a 5727.685 a 2926.667 b
diurom 291.9489 b
526.0662 a
540.4228 a
657.0300 a
527.1949 a
226.7688 b
epoxiconazole 3484.856 a,b
2930.127 a,b
3492.568 a,b
4385.712 a
3486.975 a,b
1942.762 b
fenoxaprope-p-etílico 1126.104 a 878.090 a 1186.825 a 1147.757 a 1204.022 a 730.481 a
fipronil 2234.013 b 3410.884 a 3621.910 a 3888.999 a 3865.487 a 1388.364 b
105
Analitos volume de solvente extrator
50 µL
80 µL
100 µL
120 µL
140 µL
200 µL
irgarol 9669.05 c,d 10023.62 c,d 13375.46 b,c 15464.13 a,b 19405.57 a 6066.17 d
malationa 693.024 b,c
859.238 a,b
1010.854 a
950.626 a,b
752.435 a,b,c
557.288 c
metalaxil-m 265.6790 c
466.6394 a,b
417.8617 a,b,c
331.9689 a,b,c
501.5938 a
291.7737 b,c
metsulfurom-metílico n.e n.e n.e n.e n.e n.e
penoxsulam n.e n.e n.e n.e n.e n.e
piraclostrobina 2153.942 a
1761.211 a
2088.996 a
1979.481 a
2128.559 a
1725.183 a
pirazossulfurom-etílico n.e n.e n.e n.e n.e n.e
pirimifós-metílico n.e 2286.930 a
2281.861 a
2329.368 a
2282.703 a
n.e
propanil 3048.769 a
954.664 b
1003.321 b
967.756 b
1014.993 b
1660.766 b
propiconazol 863.390 b
2685.720 a
2366.034 a
2849.561 a
2713.520 a
666.651 b
quincloraque n.e n.e n.e n.e n.e n.e
simazina 2333.402 a
696.636 c
733.879 c
667.203 c
543.258 c
1770.018 b
tau-flavulinato 217.8422 b
570.9590 a
571.4998 a
578.2898 a
611.6363 a
208.0950 b
tebuconazole 613.693 b 1889.795 a 2149.273 a 2120.259 a 2147.167 a 462.545 b
trifloxistrobina 1202.555 c
3168.400 b
3489.309 a,b
4419.370 a
4270.186 a
669.939 c
Médias seguidas por letras iguais, na mesma linha, não apresentam diferença estatística significativa (p≥0,05) pelo teste de Tukey com significância de 95%. *n.e. – não extraído
106
5.4.3 Escolha do volume de solvente dispersor
Durante a otimização do volume de solvente dispersor, foram otimizados os
volumes de 250, 500, 750 e 1000 µL (Figura 12).
Figura 12. Número de analitos que apresentaram valores de recuperação
<20%, entre 20 e 50 % e >50%, após extração por SD-DLLME com diferentes
volumes de solvente dispersor (10 mL de amostra fortificada com 1,25 µg L-1, 10 mL;
pH da amostra, 6; volume de extrator, 120 µL)
Os volumes mais empregados tem sido entre 500 e 750 µL (Tabela 1) (CHEN
et al., 2010; SEEBUNRUENG et al., 2014).
Com 250 µL as recuperações foram mais baixas do que empregando os
outros volumes.
Com um volume de 500 µL as recuperações começaram a aumentar e com
750 e 1000 µL foram atingidos os maiores valores de recuperações.
Com 1000 µL as recuperações para alguns analitos, como por exemplo:
avobenzona, malationa, tiobencarbe, fipronil e glibenclamida apresentaram um
decréscimo expressivo e por isso, o volume de 750 µL foi escolhido.
0
5
10
15
20
25
30
35
<20% 20-50% >50%
Nú
me
ro d
e a
na
lito
s
Faixa de recuperação
250 µL 500 µL 750 µL 1000 µL
107
Além disso, foi realizado um teste de Tukey para todos os resultados obtidos
(Tabela 10). Para os valores de 750 e 1000 µL, foi encontrada diferença significativa
(p<0,05) para 5 analitos. Estes analitos apresentaram maiores valores de área com
750 µL. Baseado nestes resultados, o valor de 750 µL foi escolhido.
Baixos volumes de solvente dispersor proporcionam uma pequena área de
contato entre o solvente extrator e a amostra, desfavorecendo a formação da
solução turva, e volumes muito altos, podem acarretar no aumento da solubilidade
de alguns analitos, diminuindo a distribuição deles no solvente extrator, e
consequentemente acarretando em uma menor eficiência de extração (TOLCHA et
al., 2013; SEEBUNRUENG et al., 2014).
Tabela 10. Resultados em área após extração por SD-DLLME com diferentes
volumes de solvente dispersor
Analitos Volume de solvente dispersor (µL)
250 500 750 1000
PPCPs
ácido salicílico n.e* n.e n.e n.e
albendazol 5193.028 a 7579.768
a 9976.885
a 8401.089
a
amitriptilina 530.0189 b 941.6853
a 740.6617
a,b 573.4184
b
avobenzona 547.519 b 617.708
b 1120.850
a 577.560
b
bisfenol-A 220.5026 b 629.1111
a 545.8260
a 497.8169
a
carbamazepina 1063.313 a 813.074
a 1330.030
a 1146.763
a
claritromicina 1078.070 b 2221.140
a 1551.133
a,b 1877.829
a
cloridrato de ditialzem 7237.35 a 7733.54
a 10147.05
a 7842.47
a
cloridrato de flurazepam
1344.596 a 1535.323
a 2181.885
a 1868.502
a
clorpropamida 60.7688 a 81.4768
a 94.0797
a 112.6221
a
diclofenaco sódico 204.1737 a,b
181.1259 b 319.9688
a 241.4118
a,b
eusolex 6300 614.196 b 1163.557
a 1044.324
a,b 827.367
a,b
furosemida n.e n.e n.e n.e
genfibrozila 555.681 b 1438.715
a 885.251
a,b 924.258
a,b
glibenclamida 353.1861 b 503.8640
a,b 651.7500
a 329.0155
b
haloperidol 8115.96 a 8146.93
a 13516.27
a 12011.44
a
ibuprofeno n.e
67.84683
n.e.
n.e.
mebendazol 1284.195 a 2339.102
a 2509.465
a 2423.187
a
metilparabeno 93.5872 b 154.2906
a 129.7870
a,b 125.4740
a,b
nimesulida 1111.370 a 1646.332
a 2129.176
a 1652.681
a
108
Analitos Volume de solvente dispersor (µL)
250 500 750 1000
nitrato de miconazol 1342.931 c 3831.213
a 3088.426
a,b 2167.918
b,c
propanolol 864.232 a 850.748
a 1059.525
a 1012.904
a
propilparabeno 513.4243 a 871.9943
a 783.9242
a 701.2853
a
sulfametoxazol 4675.57 b 15464.13
a 15253.93
a 14080.09
a
triclocarban 1613.141 a 2643.558
a 2665.774
a 1817.608
a
triclosan n.e
40.27217 a n.e
n.e
Agrotóxicos
2,4-D n.e n.e n.e n.e
atrazina 842.683 c 2037.401
a 1174.620
b,c 1269.995
b
azoxistrobina 1534.620 a 2075.274
a 2548.822
a 2841.783
a
bentazone n.e n.e n.e n.e
bispiribaque-sódico n.e n.e n.e n.e
carbofurano 386.6027 a 984.1803
b 456.5864
a 425.70762
a
carboxina 143.9151 c 592.6837
a 433.4709
a,b 285.4662
b,c
ciproconazol 1076.152 c 3038.315
a 2127.154
b 1642.034
b,c
cialofope-butílico 149.0947 b 548.3483
a 113.9174
b 143.9372
b
clomazona 3032.348 c 5328.757
a 3637.922
b,c 4037.361
b
clorantraniliprole 133.2923 c 313.7848
a 247.7093
a,b 177.2419
b,c
diclorana n.e. 36.39372
a n.e
n.e
difenoconazol 2914.770
b 5020.510
a 5520.909
a 5279.697
a
diurom 196.7821 b 657.0300
a 276.2342
b 314.7104
b
epoxiconazole 2169.193 b 4385.712
a 4739.262
a 3348.292
a,b
fenoxaprope-p-etílico 525.501 b 1147.757
a 1125.474
a 1108.615
a
fipronil 1840.342 b 3888.999
a 3579.900
a,b 2921.956
a,b
irgarol 4887.05 b 15464.13
a 14657.04
a 14054.34
a
malationa 296.760 b 5174.870
a 739.275
a 476.070
a
metalaxil-M 304.4057 a 331.9689
a 487.2560
b 540.9498
b
metsulfurom-metílico n.e n.e n.e n.e
penoxsulam n.e n.e n.e n.e
piraclostrobina 1535.905 a 1979.481
a 2220.138
a 2394.529
a
pirazossulfurom-etílico n.e n.e n.e n.e
pirimifós-metílico 1593.933 c 2329.368
b 2710.694
a,b 3126.689
a
propanil 416.914 b 967.756
a,b 1119.339
a 1216.307
a
propiconazol 1225.382 a 2849.561
a 2386.988
a 2045.889
a
quincloraque n.e n.e n.e n.e
simazina 210.1332 c 667.2032
a 383.0186
b,c 456.2698
a,b
tau-flavulinato 504.0497 a 578.2898
a 764.0288
a 740.9459
a
109
Analitos Volume de solvente dispersor (µL)
250 500 750 1000
tebuconazol 943.546 c 2120.259
a 1649.146
a,b 1244.216
b,c
trifloxistrobina 2345.135 b 3877.753
a 4419.370
a 5013.477
a
Médias seguidas por letras iguais, na mesma linha, não apresentam diferença estatística significativa (p≥0,05) pelo teste de Tukey com significância de 95%. *n.e – não extraído
5.4.4 Efeito do pH
O pH mostrou ser um parâmetro com influência significativa nos valores de
recuperação (Tabela 11). Como muitos analitos orgânicos contém mais de um grupo
ionizável, o pH da fase aquosa influencia na eficiência das extrações, uma vez que
espécies carregadas são mais polares, não sendo extraídas com tanta eficiência
pelo solvente orgânico (HENDRIKS et al., 2007).
110
Tabela 11. Resultados em área após extração por SD-DLLME em diferentes valores de pH
Analitos pH
1 2 4 6 8 10 12
PPCPs
ácido salicílico 283.1582 b 625.9361 a
121.9199 c n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
albendazol n.e.
2841.343 c 5769.862 b
8117.084 a,b 9128.824 a
n.e.
n.e.
amitriptilina n.e.
n.e.
n.e.
858.397 b 1145.505 b
843.537 b 1841.249 a
avobenzona n.e.
1270.337 a 723.212 b,c
605.594 c 1005.458 a,b
n.e.
n.e.
bisfenol-A 736.352 c 1417.552 a
714.165 c 838.851 c
879.355 c 384.390 b
348.263 b
carbamazepina 711.1030 a,b 727.5726 a,b
443.3551 b 555.5208 a,b
461.9248 a,b 709.4776 a,b
766.4449 a
claritromicina 443.975 c,d 217.409 d
846.049 c,d 2002.542 c,d
2575.604 c 5294.734 b
8515.383 a
cloridrato de ditialzem 375.68 c 594.99 c
757.58 c 4793.65 b,c
12680.57 a 13873.00 a
6374.18 b
cloridrato de flurazepam 213.010 d 161.167 d
168.505 d 1435.518 c
3160.220 b 3213.893 b
5488.164 a
clorpropamida 2364.241 a 2088.929 a
1527.253 a 323.401 b
159.617 b n.e.
n.e.
diclofenaco sódico 499.913 b,c 1380.639 a
1114.981 a 615.981 b
207.819 c,d
51.877 d
eusolex 6300 492.716 b 1447.455 a
1334.024 a 1454.049 a
1715.725 a 520.812 b
731.054 b
genfibrozila 208.325 d 1517.372 a,b
1079.041 b,c 1244.961 a,b
1904.345 a 341.320 c,d
22.069 d
furosemida 239.7517 c 651.1473 a
522.0803 b n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
glibenclamida 1681.912 b 3018.063 a
1452.448 b 1906.316 b
1295.628 b n.e.
n.e.
haloperidol 2802.04 c 2017.45 c
3241.15 c 7208.72 b
8943.02 b 6771.65 b
13576.45 a
ibuprofeno 145.7787 b,c 285.2604 a
228.5121 a,b 153.9947 b,c
53.2143 c,d n.e.
n.e.
mebendazol 1434.228 a,b 1056.067 b,c
1462.596 a,b 1791.783 a
1879.228 a n.e.
670.746 c
metilparabeno 99.4028 b 271.9107 a
246.7714 a 238.1490 a
272.7711 a 48.0608 b
n.e.
nimesulida 3324.612 a,b 5524.703 a
4432.268 a 4667.187 a
3548.843 a,b 1362.781 b,c
141.790 c
nitrato de miconazol 3838.223 a 4094.093 a
4592.195 a 3614.748 a
3670.433 a 3755.977 a
5400.101 a
111
Analitos pH
1 2 4 6 8 10 12
propanolol 183.143 c,d 151.505 d
299.617 c,d 750.722 b,c
918.942 b 2553.827 a
n.e.
propilparabeno 381.0898 c,d 832.8130 a,b
615.7794 b,c 803.6407 a,b
911.9049 a 75.3676 d,e
n.e.
sulfametoxazol 1179.39 c 10379.54 b,c
13187.88 a,b,c 12808.75 a,b,c
19966.64 a,b 12403.04 a,b,c
25935.89 a
triclocarban 3155.172 a,b 4958.147 a
3625.660 a,b 3911.247 a,b
4557.666 a 1872.076 b
2973.892 a,b
triclosan 26.25750 b 50.09967 a,b
37.22578 a,b 43.86089 a,b
56.76083 a n.e.
n.e.
agrotóxicos
2,4 - D 279.9206 b 547.0820 a
151.4931 b n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
atrazina 508.204 c 1782.521 a
1227.533 a,b,c 1491.697 a,b
1648.188 a 502.307 c
753.957 b,c
azoxistrobina 2212.409 a 3004.797 a
2412.343 a 3394.397 a
2934.726 a 2146.049 a
2854.984 a
bentazona 1210.586 b 3007.136 a
533.965 b,c n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
bispiribaque-sódico 485.3384 a 531.1812 a
583.7741 a n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
carbofurano 840.4546 a 720.1526 a
782.9521 a 561.1916 a,b
476.9141 a,b 757.4372 a
n.e.
carboxina 1050.208 a,b
960.801 b 1035.425 a,b
1325.852 a n.e.
n.e.
ciproconazol 3795.392 a 4656.618 a
4441.475 a 5022.999 a
5189.669 a 3494.577 a
5033.157 a
cialofope-butílico 553.1002 a 555.9846 a
520.9360 a 429.5646 a,b
628.1957 a 279.5835 a,b
0.0000
clomazona 2913.333 b 5183.811 a,b
5474.780 a,b 5207.026 a,b
6468.489 a 5648.080 a,b
5893.103 a,b
clorantraniliprole 630.6590 a,b 684.5991 a,b
558.0152 a,b 744.5011 a
658.6023 a,b 381.8690 a,b
336.0393 b
diclorana 21.80783 b 44.39344 b
42.19617 b 44.69939 b
75.96917 a 24.28800 b
30.45667 b
difenoconazol 5793.946 a 5211.645 a
4409.353 a 4528.440 a
4919.469 a 4082.299 a
5693.249 a
diurom 970.5886 a 975.4034 a
498.1403 a 475.4299 a
472.5857 a 455.3887 a
701.9864 a
epoxiconazol 4606.527 a,b 4951.509 a
2387.445 b 3449.423 a,b
5412.155 a 3734.756 a,b
4217.558 a,b
fenoxaprope-p-etílico 772.490 b 1187.252 a,b
1107.435 a,b 1112.328 a,b
1472.769 a 1060.074 a,b
n.e.
fipronil 7680.137 a 9581.422 a
7040.369 a,b 8334.247 a
9396.354 a 832.093 c
3127.146 b,c
112
Analitos pH
1 2 4 6 8 10 12
irgarol 182.98 d 10282.68 c
13204.47 b,c 13176.64 b,c
20040.82 a,b 18468.41 a,b
25934.92 a
malationa n.e.
2846.991 b 4831.156 a
2220.211 b,c 2571.822 b
1162.955 c n.e.
metalaxil-M 374.5602 a 465.3091 a
379.2436 a 389.7886 a
418.7020 a 323.2410 a
407.6111 a
metsulfurom-metilico 130.9404 a 120.8761 a
72.2532 b n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
penoxsulam 185.7122 b 200.6253 b
276.0446 a n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
piraclostrobina 1973.541 a 2957.904 a
2282.196 a 2200.999 a
2666.645 a 2026.457 a
2421.319 a
pirazossulfurom-etílico 1871.693 b 3182.997 a
2297.176 a,b 161.643 c
49.578 c n.e.
n.e.
pirimifós-metílico n.e.
878.867 b 1296.981 a,b
1344.397 a,b 1632.853 a
1351.890 a,b 1620.728 a
propanil 1200.133 a 1239.309 a,b
722.767 b 943.243 b
1088.601 b 1078.153 b
1882.526 a
propiconazol 2763.845 a 3156.138 a
1978.524 a 2202.827 a
2661.992 a 1977.812 a
2905.401 a
quincloraque 32.40183 b 88.55689 a
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
n.e.
simazina 929.0636 a 952.7290 a
423.8611 c 431.0782 b,c
515.6462 a,b,c 915.1975 a,b
823.5462 a,b,c
tau-fluvalinato 403.2430 a,b 548.6657 a
448.7192 a,b 263.5674 b,c
531.2724 a 388.4668 a,b
104.2063 c
tebuconazol 6526.921 a 5374.332 a,b
3230.580 b 4487.140 a,b
3636.590 b 3730.036 a,b
4858.936 a,b
trifloxistrobina 4187.62 b 6663.45 b
5742.05 b 7043.03 b
10610.08 a 3275.06 b,c
614.29 c
Médias seguidas por letras iguais, na mesma linha, não apresentam diferença estatística significativa (p≥0,05) pelo teste de Tukey com significância de 95%. * n.e – não extraído
113
Os analitos apresentaram comportamentos diferentes (Figura 13 e Figura 14).
Alguns analitos foram extraídos apenas em valores de pH menor ou igual a 4, como
o quincloraque (pKa 4,34), metsulfurom-metilico (pKa 3,8), pirazossulfurom-etílico
(pKa 3,7), penoxsulam (pKa 5,1), bispiribaque (pKa 3,05), bentazona (pKa 3,3),
ácido salicílico (pKa 2,975), furosemida (pKa -1,05) e o 2,4-D (pKa 2,73).
Em outro estudo, 2,4-D também mostrou melhores recuperações em baixos
valores de pH. Os autores estudaram uma faixa de pH entre 1 e 7, e definiram como
ótimo o uso de pH igual a 1,5 (FARHADI et al., 2009b).
A amitriptilina (pKa 9,4), cloridrato de ditialzem (pKa 8,18), cloridrato de
flurazepam (pKa 8,71), recuperaram apenas em valores de pH acima de 6.
Amitriptilina recuperou em valores de pH acima de 6 até o pH 12. Uma vez
que é um composto básico deve-se trabalhar em valores de pH acima do seu pKa
para garantir que a forma neutra seja predominante favorecendo a extração.
Amitriptilina foi extraída usando DLLME em outro estudo, e o pH foi avaliado na faixa
entre 10 e 13. Os autores definiram o valor de pH 12 como o ótimo para a extração
(YAZDI et al., 2008).
Carbofurano apresentou recuperações semelhantes na faixa de pH de 1 a 10.
Carbamatos foram extraídos usando a SD-DLLME em outro trabalho, e o pH foi um
dos parâmetros otimizados. Os autores avaliaram valores de pH entre 3 e 7, e
observaram que a mudança de pH não acarretou em perdas de recuperação, e por
isso escolheu o pH 7 como ótimo (CHEN et al., 2010).
Outros analitos não apresentaram grande diferença no percentual de
recuperação, e foram extraídos em todos os valores de pH, como o tebuconazol,
carbofurano, azoxistrobina, nimesulida, eusolex 6300, nitrato de miconazol, etc.
114
Figura 13. Área dos picos para os PPCPs extraídos em diferentes valores de pH (10 mL de amostra fortificada com 1,25 µg
L-1, 10 mL; volume de extrator, 120 µL; volume de dispersor e demulsificante, 750 µL) (n=9 – 3 extrações e 3 injeções)
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
Áre
a d
os p
ico
s
1 2 4 6 8 8 10 12
115
Figura 14. Área dos picos para os agrotóxicos extraídos em diferentes valoresi de pH (10 mL de amostra fortificada com
1,25 µg L-1, 10 mL; volume de extrator, 120 µL; volume de dispersor e demulsificante, 750 µL) (n=9 – 3 extrações e 3 injeções)
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
10000 Á
rea
do
s p
ico
s
1 2 4 6 8 8 10 12
116
Os analitos da classe dos parabenos, metilparabeno e propilparabeno
apresentaram recuperações semelhantes na faixa de pH 1 até 8 reduzindo em pH
10 e não sendo extraídos em pH 12. Estes resultados estão de acordo com o que
vem sendo encontrado. Em outro estudo, para a extração de parabenos em
diferentes matrizes usando acetona como solvente dispersor e octanol como extrator
o pH foi avaliado entre 2 e 12. Os autores constataram extrações semelhantes do
pH 2 até o pH 6 e com decréscimo a partir de pHs mais básicos (FARAJZADEH et
al., 2010a). Os autores sugerem que devido aos valores de pKa, (metilparabeno,
pKa = 8,2 e propilparabeno pKa = 8,4), em valores de pH altos, os analitos
apresentam-se na forma iônica, não sendo extraídos pelo solvente orgânico. Além
disso, em altos valores de pH pode ocorrer a hidrólise dos parabenos (SONI et al.,
2002).
Diclofenaco apresentou o maior valor de recuperação em pH 2. No trabalho
de Zhang et al. (2013), que trabalhou com HF-LPME, valores de pH entre 1,5 e 3,5
foram avaliados e o pH 1,5 foi escolhido. Os autores justificam a escolha, devido ao
fato, que quanto menor o valor de pH, mais inibida é a ionização. Em pHs baixos, os
analitos ficam na forma neutra facilitando a extração (ZHANG et al., 2013).
Triclosan e triclocarban mostraram certa estabilidade quando avaliados em
diferentes pHs. Como mostrado em outros estudos, estes analitos são bem estáveis
em condições ácidas e básicas, diminuindo as recuperações quando valores de pH
maiores que 11 são usados (GUO et al., 2009; GUO et al., 2010).
Carbamazepina apresentou recuperações semelhantes em toda faixa de pH
testada. Isto ocorreu em outro estudo onde os autores avaliaram faixas de pH entre
4 e 10 (MASHAYEKHI et al., 2010).
Fipronil apresentou recuperações semelhantes entre o pH 1 e o 8, diminuindo
as recuperações nos valores de pH de 10 e 12. Em outro estudo onde o fipronil foi
extraído por DLLME, pequenas variações foram observadas entre os valores de pH
entre 1 e 7 (LIU et al., 2009a).
Devido a diferença nas extrações em diferentes valores de pH, foram
definidos dois valores de pH para serem utilizados.
Ácido salicílico, avobenzona, bisfenol A, clorpropamida, diclofenaco sódico,
furosemida, ibuprofeno, metilparabeno, nimesulida, nitrato de miconazol, 2,4-D,
atrazina, bentazona, bispiribaque, ciproconazol, difenoconazol, diurom,
117
epoxiconazol, metalaxil-M, metsulfurom-metílico, penoxsulam, piraclostrobina,
pirazossulfurom-etílico, propanil, propiconazol, quincloraque, simazina e tebuconazol
foram extraídos em pH 2 e albendazol, amitriptilina, carbamazepina, claritromicina,
cloridrato de ditialzem, cloridrato de flurazepam, eusolex 6300, genfibrozila,
glibenclamida, haloperidol, mebendazol, propanolol, propilparabeno, sulfametoxazol,
triclocarban, triclosan, azoxistrobina, carbofurano, carboxina, cialofope-butílico,
clomazona, clorantraniliprole, diclorana, fenoxaprope-P-etílico, fipronil, irgarol,
malationa, pirimifós-metílico, tau-fluvalinato e trifloxistrobina foram extraídos em pH
8.
5.4.5 Adição de sal
Na técnica de DLLME em geral, usualmente a adição de sal é avaliada
empregando-se NaCl em concentrações que variam 0,5 a 30%. O uso de outros sais
é pouco explorado, como por exemplo o bicarbonato de sódio, que foi empregado
em uma concentração de 3% (m/v) na extração de aminas alifáticas primárias e
secundárias de amostras de água (KAMAREI et al., 2011). Com relação específica a
SD-DLLME, alguns trabalhos avaliaram o efeito do NaCl na eficiência de extração, e
em alguns outros trabalhos a utilização de sal não foi avaliada (CHEN et al., 2010;
GUO e LEE, 2011).
Para a extração de organoclorados de amostras de água empregando SD-
DLLME, a utilização de NaCl em uma faixa de concentração entre 0 e 10% (m/v) foi
avaliada. Os autores concluíram que o aumento na concentração do sal diminuiu o
fator de enriquecimento, o que foi atribuído a diluição observada devido ao aumento
do volume da fase orgânica quando o sal foi adicionado. Além disso, quando o sal é
adicionado, a fase aquosa apresenta alta viscosidade o que resulta em uma menor
transferência de massa entre as fases (ZACHARIS et al., 2010).
Na determinação de triclosan e metil-triclosan em amostras de água, o efeito
da adição de sal foi avaliada em 4 concentrações de sal. As recuperações
diminuíram com o aumento do sal. Os autores justificam a diminuição em função do
aumento da viscosidade da amostra causada pela adição de sal, o que diminui a
taxa de transferência para analitos de baixa polaridade (MONTES et al., 2009).
118
A adição de sal em solução aquosa geralmente leva a uma diminuição da
solubilidade dos analitos em água, e por isso, tem sido estudada para um aumento
na recuperação. Quando o sal é adicionado à solução, as moléculas de água
formam uma esfera de hidratação ao redor da molécula iônica de sal. As esferas de
hidratação reduzem a quantidade de água disponível para dissolver os analitos
favorecendo a extração do analito para a fase orgânica. Esse efeito é principalmente
observado para analitos com alta polaridade (BEHBAHANI et al., 2014). Geralmente,
na maioria dos estudos, o NaCl é empregado na investigação da força iônica na SD-
DLLME. Para verificar a influência da adição de sal na eficiência de extração sulfato
de magnésio, sulfato de amônio, cloreto de cálcio e cloreto de sódio foram avaliados
em uma concentração de 1% (m/v) (Tabela 12).
119
Tabela 12. Área dos picos empregando diferente tipos de sais na SD-DLLME
Analitos Tipo de sal
MgSO4* CaCl2
** (NH4)2SO4
*** NaCl
**** sem sal
PPCPs
acido salicílico 1239 b,c
1615 a 1013
c 1474
a,b 1703
a
albendazole 32508 a 25451
a,b 28032
a,b 23176
b 31532
a
amitriptilina 12196 a 7763
b,c 10161
a,b 6430
c 7669
b,c
avobenzona 2278 a 2644
a 2254
a 2246
a 2735
a
bisfenol-A 248 b,c
321 a 215
c 294
a,b 250
b,c
carbamazepina 4718 a 4135
a 5494
a 4483
a 4797
a
claritromicina 15667 a 9381
b,c 11864
a,b 6186
c 10650
b,c
cloridrato de ditialzem 147782 a,b
143470 a,b
170244 a 107743
b 120476
b
cloridrato de flurazepam 16333 a,b
18655 a 18696
a 12425
b 14466
a,b
clorpropamida 1648 b 2324
a 1588
b 1561
b 2026
a,b
diclofenaco sódico 10019 a,b,c
11838 a 7854
c 8964
b,c 10910
a,b
eusolex 6300 1207 a 980
a 1296
a 961
a 1216
a
furosemida 1780 a,b
2091 a 1417
b 1765
a,b 2049
a
genfibrozila 1283 a 582
b 1071
a,b 1011
a,b 1377
a
glibenclamida 1579 a 712
b 1588
a 1338
a 1683
a
haloperidol 47382 a 41119
a 47093
a 33937
a 47228
a
ibuprofeno 3735 a,b
4283 a 2907
b 3321
b 3988
a,b
mebendazol 15718 a 11991
a 12855
a 12369
a 15035
a
metilparabeno 978 b,c
1301 a 793
c 1124
a,b 1233
a
nimesulida 8823 a 7959
a,b,c 6628
c 7022
b,c 8295
a,b
nitrato de miconazol 14749 b,c
20597 a 11765
c 16592
a,b 13803
b,c
propanolol 3506 a,b
4862 a 3675
a,b 2174
b 4794
a
propilparabeno 1550 a 1613
a 1701
a 1652
a 1846
a
sulfametoxazol 1625 a,b
1597 a,b
1985 a 1380
b 2125
a
triclocarban 8932 a 6461
b 9539
a 7346
a,b 8578
a,b
triclosan 123 a 74
b 109
a,b 92
a,b 126
a
agrotóxicos
2,4-D 993 a 1063
a 786
a 921
a 1045
a
atrazina 7137 a,b
8030 a 5515
b 6525
a,b 7394
a
azoxistrobina 19083 a 12957
b 16257
a,b 13849
b 17599
a,b
bentazone 5103 a,b
6084 a 4116
b 5219
a 5798
a
bispiribaque-sódico 3168 a 2350
b 1673
b 2092
b 2240
b
carbofurano 6698 a 5182
a 7063
a 4968
a 5312
a
carboxina 4343 a 3448
a 4152
a 3200
a 3150
a
cialofope-butílico 492 a 345
a 488
a 348
a 354
a
120
Analitos Tipo de sal
MgSO4* CaCl2
** (NH4)2SO4
*** NaCl
**** sem sal
ciproconazol 6704 a,b
7342 a 5277
b 7283
a 6897
a
clomazona 18089 a 15744
a 18668
a 15064
a 16916
a
clorantraniliprole 1429 a,b
1276 a,b,c
1553 a 1053
c 1255
b,c
diclorana 143 a 125
a 155
a 138
a 151
a
difenoconazol 18785 a,b
21780 a 15067
b 17992
a,b 20896
a
diurom 2203 a 2428
a 1881
a 2408
a 2485
a
epoxiconazol 17256 a,b
20298 a 14126
b 17274
a,b 19864
a
fenoxaprope-p-etílico 6209 a 4443
b 6784
a 5126
a,b 6017
a,b
fipronil 16017 a 12360
a 16797
a 12915
a 14477
a
irgarol 77894 a,b
68068 a,b
80815 a 57516
b 80209
a
malationa 43927 a 31858
a,b 42441
a,b 32986
a,b 36958
b
metalaxil-M 3253 b 5338
a 2880
b 4330
a 4705
a
metsulfurom-metílico 1050 b,c
1416 a 967
c 1123
b,c 1396
a,b
penoxsulam 158 b 232
a 207
a,b 162
a,b 202
a,b
piraclostrobina 6798 a,b,c
7840 a 5528
c 6214
b,c 7316
a,b
pirazossulfurom-etílico 9412 a,b
10927 a 7553
b 9230
a,b 10756
a,b
pirimifós-metílico 30878 a,b
25383 b 33333
a 27830
a,b 32891
a
propanil 3671 a 3815
a 2731
b 3859
a 4066
a
propiconazol 10015 a,b
12097 a 8646
b 10356
a,b 11290
a,b
quincloraque 260 a,b
301 a 178
c 233
b 295
a
simazina 2575 a 2570
a 2167
a 2218
a 2444
a
tau-flavulinato 724 a 317
b 708
a 532
a,b 629
a
tebuconazole 7662 a,b
8489 a 6184
b 7070
a,b 7783
a,b
trifloxistrobina 10423 a 7668
b 10823
a 8413
a,b 9904
a,b
Médias seguidas por letras iguais, na mesma linha, não apresentam diferença estatística significativa (p≥0,05) pelo teste de Tukey com significância de 95%. * força iônica: 12,0 ** força iônica: 33,3 *** força iônica: 39,6 **** força iônica: 5,8
Os resultados apresentaram valores em área próximos. Comparando com o
experimento sem a adição de sal, o uso do sulfato de magnésio e do cloreto de
cálcio apresentaram resultados estatisticamente semelhantes (p>0,05) ao
experimento sem sal. Os experimentos com cloreto de cálcio, embora tenham
apresentado resultados de área na mesma ordem que os outros sais, durante a
execução da parte prática, quando adicionado o sal, a amostra ficou bastante turva,
dificultando a visualização da gota, e por este motivo, este não foi escolhido. Para o
experimento empregando NaCl, os resultados foram significativamente semelhantes
121
aos empregando outros sais para 69% dos analitos, mas os valores em área foram
sempre menores quando utilizado o NaCl. Considerando o grande número de
analitos em estudo, mesmo com muita semelhança entre os resultados, optou-se por
verificar os valores de área, uma vez que, mesmo sem diferença estatística
significativa, valores maiores de área estão diretamente relacionados com a maior
detectabilidade no LC-MS/MS. Sendo assim, os melhores resultados apontam para
o uso do sulfato de magnésio e do sulfato de amônio. Para o sulfato de amônio, a
alta solubilidade em água pode ter influenciado nos resultados obtidos, uma vez que
a solubilidade do sal em água deve ser alta para garantir a máxima interação com as
moléculas de água (MATKOVICH e CHRISTIAN, 1973).
Essa informação também pode ser explicada pelos conceitos da série
liotrópica. Essa série é uma ordem empírica dos íons, baseada na habilidade dos
íons em precipitar substâncias com alta solubilidade em água. Dobry-Duclaux
reporta a seguinte ordem para os cátions: Mg2+ > Sr2+ > Ca2+ > Ba2+ > K+ > Na+ >
NH4+ > Li+ e para os ânions: SO4
2- > C2H3O2- > Cl- > NO3
- > Br- > I- > CNS
(MATKOVICH e CHRISTIAN, 1973). Como podemos observar os íons que compõem
os sais que apresentaram melhores resultados, estão entre os que possuem maior
habilidade em precipitar substâncias com alta afinidade pela água.
O sulfato de amônio tem sido empregado em algumas outras técnicas de
microextração. Na microextração líquido-líquido assistida por sal (SALLME, do inglês
salt-assisted liquid–liquid microextraction) os autores desenvolveram um métodos
rápido e simples para extração de analitos carbonílicos, no qual o sulfato de amônio
foi utilizado para separar a água da fase orgânica (GUPTA et al., 2009).
Na extração de seis fluoroquinolinonas de diferentes amostras, o sulfato de
magnésio foi utilizado na técnica de Microextração Líquido-Líquido induzida pela
adição de sal (SILLME, do inglês salting-out induced liquid–liquid microextraction).
Os autores investigaram diferentes combinações de solventes extratores e sais, e o
sistema contendo acetonitrila e sulfato de magnésio mostrou melhor eficiência de
extração (DU et al., 2014).
Devido a diferença significativa estatística (p<0,05) entre o sulfato de amônio
e o sulfato de magnésio; este último na concentração de 1% (m/v) foi escolhido.
122
5.4.6 Volume e tipo de solvente demulsificante
Neste trabalho, a razão (1:1, v/v) de solvente dispersor e solvente
demulsificante foi utilizada, ou seja, quando 500 µL de acetona foi utilizado como
dispersor, 500 µL de acetona foi usado como demulsificante. Essa razão tem sido
empregada na SD-DLLME por outros autores (CHEN et al., 2010; ZACHARIS et al.,
2010; GUO e LEE, 2011; MAJIDI e SHEMIRANI, 2012).
Na técnica de SD-DLLME, um volume do solvente dispersor é injetado para
separar a emulsão em duas fases. No primeiro trabalho publicado empregando esta
técnica, metanol e acetonitrila foram introduzidos como demulsificante para quebrar
a emulsão devido as suas características de baixa tensão superficial. Os autores
observaram que a emulsão se divide em duas fases rapidamente. Nesse sentido, a
separação das fases é obtida sem a necessidade da etapa de centrifugação.
Nos outros trabalhos publicados empregando a técnica, o solvente
demulsificante empregado foi sempre o mesmo que foi selecionado como solvente
dispersor, geralmente acetonitrila ou acetona. Buscando-se reduzir o uso de
solventes orgânicos, tornando assim a técnica proposta menos agressiva ao meio
ambiente, e causando menor exposição do analista, foi avaliado neste trabalho,
além do solvente dispersor (acetona), o uso da água como solvente demulsificante.
Utilizando a água, não foi encontrada diferença significativa para 53 analitos
(p<0,05). Para 4 analitos (clorpropamida, haloperidol, propanolol e atrazina) valores
maiores de área foram obtidos empregando a água, e apenas para o bisfenol-A
maiores valores de área foram encontrados usando a acetona como solvente
demulsificante (Tabela 13).
Tabela 13. Área dos analitos empregando acetona e água como solvente
demulsificante
Analitos acetona água
PPCPs
ácido salicílico 1749 a 1875
a
albendazol 34245 a 34771
a
amitriptilina 18937 a 18637
a
avobenzona 4035 a 4260
a
bisfenol A 706 a 391
b
123
Analitos acetona água
carbamazepina 7707 a 9884
a
claritromicina 21455 a 28780
a
cloridrato de ditialzem 243183 a 254855
a
cloridrato de flurazepam 28797 a 30967
a
clorpropamida 3140 b 3553
a
diclofenaco sódico 11641 a 12654
a
eusolex 6300 1431 a 1455
a
furosemida 2430 a 2605
a
genfibrozila 1621 a 1663
a
glibenclamida 1849 a 1669
b
haloperidol 69330 b 73213
a
ibuprofeno 3713 a 3818
a
mebendazol 17706 a 17288
a
metilparabeno 1496 a 1583
a
nimesulida 10916 a 9665
a
nitrato de miconazol 21217 a 23398
a
propanolol 4489 b 6303
a
propilparabeno 2289 a 2439
a
sulfametoxazol 1887 a 1439
a
triclocarban 12868 a 13310
a
triclosan 237 a 277
a
agrotóxicos
2,4-D 1727 a 1720
a
atrazina 10423 b 13788
a
azoxistrobina 23641 a 24020
a
bentazona 8966 a 9286
a
bispiribaque-sódico 3282 a 3384
a
carbofurano 8583 a 9343
a
carboxina 7985 a 8229
a
cialofope-butílico 631 a 631
a
ciproconazol 10125 a 10253
a
clomazona 26571 a 29511
a
clorantraniliprole 2215 a 2418
a
diclorana 193 a 165
a
difenoconazol 33932 a 37396
a
diurom 4187 a 2934
a
epoxiconazol 29511 a 32242
a
fenoxaprope-p-etílico 7460 a 8075
a
124
Analitos acetona água
fipronil 17809 a 18804
a
irgarol 96524 a 112942
a
malationa 55044 a 59757
a
metalaxil-M 4913 a 4845
a
metsulfurom-metilico 792 a 940
a
penoxsulam 383 a 485
a
piraclostrobina 8801 a 9583
a
pirazossulfurom-etílico 13627 a 15140
a
pirimifós-metílico 31318 a 33188
a
propanil 7957 a 7716
a
propiconazol 19070 a 19710
a
quincloraque 232 a 241
a
simazina 4635 a 5308
a
tau-fluvalinato 1560 a 1480
a
tebuconazol 11440 a 11429
a
trifloxistrobina 13489 a 14713
a
Médias seguidas por letras iguais, na mesma linha, não apresentam diferença estatística significativa (p≥0,05) pelo teste de Tukey com significância de 95%.
A pequena diferença entre as recuperações pode ser atribuída devido a
diferença de solubilidade do 1-octanol em água e em acetona. Quando a acetona é
injetada na solução, a emulsão é quebrada, mas uma pequena solubilização do
extrator pode ocorrer, levando a pequenas perdas na recuperação. Uma vez que
uma das características desejáveis do solvente extrator é ser insolúvel em água,
quando a água é adicionada como demulsificante, as perdas pela redissolução do
analito são minimizadas, alcançando maiores recuperações. Então, a água foi
escolhida como solvente demulsificante.
A adição de água ao invés da acetona torna o método menos agressivo ao
meio ambiente e mais barato que os previamente publicados.
5.5 Condições da SD-DLLME otimizada
A partir dos testes realizados e conforme os resultados apresentados, o
procedimento de extração mais adequado para a extração e determinação de
agrotóxicos, e PPCPs de amostras de água, está representado na Figura 15.
125
Figura 15. Etapas empregadas na SD-DLLME otimizada
O procedimento otimizado empregou duas alíquotas de 10 mL de amostra
contendo 1% (m/v) de MgSO4. Uma das alíquotas foi acidificada a pH 2 com HCl
25% (v/v) e a segunda alcalinizada a pH 8 com NaOH 0,1 M. Após, em cada
alíquota foram adicionados 120 µL de 1-octanol como solvente extrator e 0,75 mL de
acetona como solvente dispersor. Após formação da solução turva, 0,75 mL de água
foram adicionados para quebra da emulsão e separação das fases. Após, a gota
contendo 1-octanol (~120±10 µL) ficou na região superior do balão e foi retirada com
o auxílio de uma seringa. A gota foi colocada em um tubo eppendorf de 2 mL e o
volume foi ajustado a 250 µL com metanol. Logo após, o extrato foi tranferido para
inserts de vidro, e os extratos das duas alíquotas extraídas (pH 2 e pH 8) foram
injetados separadamente no LC-MS/MS.
5.6 Validação do método empregando SD-DLLME e LC-MS/MS
5.6.1 Limite de detecção e quantificação
A partir das injeções de padrões preparados no extrato da matriz foram
avaliadas as razões sinal/ruído, sendo considerado o valor de s/n 10 como LOQ e
s/n 3 de LOD.
126
Os valores de LOQi para todos os analitos variaram entre 0,5 e 50 µg L−1
(Tabela 14). Uma vez definidos os LOQs instrumentais, amostras de água foram
fortificadas em concentração equivalente para verificar a eficiência de extração
nestes níveis. Uma vez alcançados valores de R (%) entre 70 e 120% com RSDs
inferiores a 20%, os valores de LOQm ficaram entre 0,0125 e 1,25 µg L−1.
Com relação aos agrotóxicos, os valores de LOQ são inferiores aos limites
máximos de resíduos (LMR) permitidos pela legislação europeia que é de 0,1 µg L−1
para cada composto individualmente e 0,5 µg L−1 para a soma total (EU, 1998),
exceto para o 2,4-D, clorantraniliprole, diurom, penoxsulam, pirimifós-metílico,
quincloraque e simazina para os quais foram 0,25 µg L−1 e para o cialofope-butílico e
diclorana que foi de 1,25 µg L−1. Com relação aos fármacos e PPCPs, não existem
LMRs descritos na literatura.
Os valores reportados na Tabela 14, são similares, ou menores que aqueles
que tem sido obtidos em outras aplicações da DLLME (CALDAS et al., 2010;
ZGOŁA-GRZEŚKOWIAK, 2010; ZHAO et al., 2011b).
Além disso, os valores de LOQ estão na mesma faixa de concentração que os
agrotóxicos e PPCPs tem sido detectados em amostras ambientais (CALDAS et al.,
2013; SILVEIRA et al., 2013; CARMONA et al., 2014)
Tabela 14. Limite de detecção instrumental (LODi), Limite de Quantificação
instrumental (LOQi), limite de detecção do método (LODm) e limite de quantificação
do método (LOQm)
Analitos LODi LOQi LODm LOQm
(µg L-1
) (µg L-1
) (µg L-1
) (µg L-1
)
PPCPs
ácido salicílico
3,0
10,0
0,08
0,25
albendazol
0,3
1,0
0,01
0,025
amitriptilina
1,5
5,0
0,04
0,125
avobenzona
3,0
10,0
0,08
0,25
bisfenol-A
3,0
10,0
0,08
0,25
carbamazepina
0,3
1,0
0,01
0,025
claritromicina
1,5
5,0
0,04
0,125
cloridrato de ditialzem
0,15
0,5
0,004
0,0125
cloridrato de flurazepam
0,3
1,0
0,008
0,025
clorpropamida
1,5
5,0
0,04
0,125
127
Analitos LODi LOQi LODm LOQm
(µg L-1
) (µg L-1
) (µg L-1
) (µg L-1
)
diclofenaco sódico
0,15
0,5
0,004
0,0125
eusolex 6300
15,2
50,0
0,4
1,25
furosemida
1,5
5,0
0,04
0,125
gemfibrozil
3,0
10,0
0,08
0,25
glibenclamida
3,0
10,0
0,08
0,25
haloperidol
0,15
0,5
0,004
0,0125
ibuprofeno
1,5
5,0
0,04
0,125
mebendazol
0,3
1,0
0,008
0,025
metilparabeno
3,0
10,0
0,08
0,25
nimesulida
1,5
5,0
0,04
0,125
nitrato de miconazol
1,5
5,0
0,04
0,125
propilparabeno
1,5
5,0
0,04
0,125
propranolol
0,3
1,0
0,008
0,025
sulfametoxazol
15,2
50,0
0,4
1,25
triclocarban
0,3
1,0
0,008
0,025
triclosan
15,2
50,0
0,4
1,25
agrotóxicos
2,4-D
3,0
10,0
0,08
0,25
atrazina
1,5
5,0
0,04
0,125
azoxistrobina
0,15
0,5
0,004
0,0125
bentazona
1,5
5,0
0,04
0,125
bispiribaque-sódico
1,5
5,0
0,04
0,125
carbofurano
1,5
5,0
0,04
0,125
carboxin
1,5
5,0
0,04
0,125
cialofope-butílico
15,2
50,0
0,4
1,25
ciproconazol
1,5
5,0
0,04
0,125
clomazona
1,5
5,0
0,04
0,125
clorantraniliprole
3,0
10,0
0,08
0,25
diclorana
15,2
50,0
0,4
1,25
difenoconazol
1,5
5,0
0,04
0,125
diuron
3,0
10,0
0,08
0,25
epoxiconazol
1,5
5,0
0,04
0,125
fenoxaprope-p-etílico
1,5
5,0
0,04
0,125
fipronil
0,3
1,0
0,008
0,025
irgarol
0,15
0,5
0,004
0,0125
malationa
0,3
1,0
0,008
0,025
metalaxil-m
1,5
5,0
0,04
0,125
128
Analitos LODi LOQi LODm LOQm
(µg L-1
) (µg L-1
) (µg L-1
) (µg L-1
)
metsulfurom-metílico
1,5
5,0
0,04
0,125
penoxsulam
3,0
10,0
0,08
0,25
piraclostrobina
1,5
5,0
0,04
0,125
pirazossulfurom-etílico
0,3
1,0
0,008
0,025
pirimifós-metílico
3,0
10,0
0,08
0,25
propanil
1,5
5,0
0,04
0,125
propiconazol
1,5
5,0
0,04
0,125
quincloraque
3,0
10,0
0,08
0,25
simazina
3,0
10,0
0,08
0,25
tau-fluvalinato
1,5
5,0
0,04
0,125
tebuconazol
1,5
5,0
0,04
0,125
trifloxistrobina 1,5
5,0
0,04
0,125
5.6.2 Curva analítica e linearidade
De acordo com as características de cada analito, as curvas analíticas
responderam em diferentes faixas de concentração. Por isso, as curvas analíticas no
solvente e por sobreposição na matriz tiveram como primeiro ponto o valor
equivalente ao LOQ e como último ponto a concentração de 1000 µg L -1, sempre
garantindo que todas as curvas tivessem no mínimo 5 níveis de concentração. Já a
curva trabalho, devido ao fato de passar por todo processo de extração e levando
em consideração o fator de concentração de 40 vezes, teve como primeiro ponto a
concentração equivalente ao LOQ de cada analito até 25 µg L-1.
A Figura 16 e a Figura 17 apresentam exemplos das curvas de linearidade
obtidas através das médias das áreas sobre a concentração (eixo y), pela
concentração (eixo x) para um fármaco (cloridrato de ditialzem) e um agrotóxico
(fipronil) em estudo. Através da aplicação do teste de Huber, foram consideradas as
médias dos fatores de resposta estabelecendo-se um limite inferior e um superior
(retas destacadas em vermelho nos gráficos).
129
Figura 16. Exemplo do gráfico de linearidade para o cloridrato de ditialzem
Figura 17. Exemplo do gráfico de linearidade para o fipronil
Os pontos situados entre estes limites pertencem ao intervalo linear dinâmico
e foram utilizados para a construção da curva analítica. As curvas analíticas para os
analitos foram construídas utilizando os pontos que efetivamente encontravam-se no
intervalo de linearidade.
600000
700000
800000
900000
1000000
1100000
1200000
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Áre
a/C
on
ce
ntr
aç
ão
Concentração (µg L-1)
5000000
5500000
6000000
6500000
7000000
7500000
8000000
8500000
9000000
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Áre
a/C
on
ce
ntr
aç
ão
Concentração (µg L-1)
130
Os resultados para as curvas analíticas preparadas no solvente e no extrato
podem ser observadas na Tabela 15. Os coeficientes de correlação (r) variaram
entre 0,9787 e 0,9996, estando dentro da faixa recomendada pelo INMETRO
(r>0,90) para todos os analitos na faixa entre o LOQi e 1000 µg L-1. A linearidade do
método empregando a SD-DLLME e LC-MS/MS também foi avaliada (curva
trabalho).
Tabela 15. Coeficiente angular (a), intercepto (b) e coeficiente de correlação (r) para
as curvas analíticas no solvente e no extrato
Analitos Solvente
matriz
a b r
a b r
PPCPs
ácido salicílico 43117,5 40,287 0,9993
41825,5 70,2582 0,9969
albendazol 747058 100,609 0,9980
773305 17,3543 0,9987
amitriptilina 322008 47,1326 0,9986
315898 224,169 0,9980
avobenzona 44407 334,097 0,9963
40756,7 243,639 0,9951
bisfenol 7689,5 43,357 0,9961
6928,84 46,7468 0,9952
carbamazepina 274312 83,7142 0,9987
246943 64,8114 0,9988
claritromicina 966043 298,769 0,9976
721695 106,628 0,9973
cloridrato de ditialzem 6,24E+06 1678,79 0,9991
5,96E+06 1990,2 0,9996
cloridrato de flurazepam
550517 106,138 0,9990
555024 120,88 0,9996
clorpropamida 76940,2 157,967 0,9987
67006,3 135,091 0,9963
diclofenaco sódico 308471 11,7871 0,9996
258880 177,866 0,9941
eusolex 6300 30419,5 11,9771 0,9985
28298,9 12,5305 0,9981
furosemida 95029,5 22,1068 0,9995
83852,8 53,8767 0,9960
gemfibrozil 46567,2 36,1276 0,9992
41746,4 31,7285 0,9988
glibenclamida 154988 329,358 0,9971
119081 119,333 0,9974
haloperidol 1.34E+06 895,453 0,9981
1,21E+06 727,162 0,9983
ibuprofeno 85902,8 40,9775 0,9992
68003,8 87,9626 0,9934
mebendazol 413003 4,10616 0,9985
433436 136,741 0,9979
metilparabeno 48962,9 41,1516 0,9993
45813 45,7173 0,9968
nimesulida 264175 293,049 0,9857
223382 317,672 0,9900
nitrato de miconazol 498723 222,322 0,9995
449900 405,97 0,9970
propilparabeno 48392,2 28,2522 0,9992
44168,1 43,7894 0,9978
propranolol 376092 92,732 0,9988
343914 181,102 0,9991
sulfametoxazol 17136,7 17,1644 0,9937
15893 37,8028 0,9974
triclocarban 407710 403,656 0,9967
376532 365,503 0,9962
131
Analitos Solvente
matriz
a b r
a b r
triclosan 2502,06 51,8209 0,9787
1503,81 39,0416 0,9887
Agrotóxicos
2,4-D 34732,8 12,8854 0,9988
31070,1 25,1036 0,9938
atrazina 238123 68,384 0,9988
223412 82,8531 0,9963
azoxistrobina 441764 261,847 0,9985
365991 244,91 0,9942
bentazona 128984 134,585 0,9925
119260 139,932 0,9876
bispiribaque-sódico 328437 241,925 0,9937
239207 268,642 0,9900
carbofurano 290235 129,828 0,9986
281794 150,584 0,9994
carboxin 228738 177,475 0,9984
201920 62,6734 0,9987
clorantraniliprole 65114,3 43,2554 0,9983
56305 98,5393 0,9977
clomazona 419062 50,6414 0,9990
395844 360,108 0,9967
cialofope-butílico 19902,5 136,779 0,9917
15122,6 110,789 0,9852
ciproconazol 271399 34,648 0,9967
240635 130,12 0,9931
diclorana 2011,53 12,934 0,9932
1785,32 12,5396 0,9945
difenoconazol 363418 89,8542 0,9994
327668 360,017 0,9966
diuron 53326,7 171,346 0,9976
50703,9 183,738 0,9946
epoxiconazol 314658 253,753 0,9977
284021 693,557 0,9952
fenoxaprope-p-etílico 94622,2 58,1125 0,9981
90913,9 106,641 0,9967
fipronil 847267 100,531 0,9993
757628 80,941 0,9951
irgarol 1.67E+06 281,37 0,9973
1,61E+06 289,739 0,9974
malationa 4.92E+06 2977,79 0,9924
3,77E+06 2895,49 0,9926
metalaxil-M 228358 91,7955 0,9996
200740 145,691 0,9963
metsulfurom-metílico 84251,9 18,6323 0,9994
68595,7 30,2914 0,9942
penoxsulam 20288 17,7606 0,9972
17932 18,4362 0,9950
pirimifós-metílico 441296 1245,77 0,9975
432204 1435,89 0,9969
propanil 60590 38,5425 0,9958
57993,7 11,3197 0,9942
propiconazol 272270 110,132 0,9978
236467 318,317 0,9958
piraclostrobina 140355 190,218 0,9969
119155 202,441 0,9917
pirazossulfurom-etílico 286414 4,61584 0,9972
244858 30,026 0,9923
quincloraque 7750,8 0,912524 0,9993
5983,81 13,7731 0,9910
simazina 45953,6 31,3609 0,9951
46522,1 1,01533 0,9950
tau-fluvalinato 29021,4 16,5584 0,9993
23819,4 15,5418 0,9977
tebuconazol 84895,2 1,14719 0,9947
78189,7 58,1691 0,9924
trifloxistrobina 263615 310,779 0,9974
240404 391,59 0,9970
As amostras fortificadas (curva trabalho) apresentaram valores de r variando
entre 0,9846 e 0,9979 na faixa entre o LOQm e 25 µg L-1. Através destas, pode-se
132
verificar que a linearidade do instrumento e do método são adequadas, uma vez que
valores de coeficiente de correlação próximo de um foram obtidos, o que, segundo o
INMETRO, ANVISA e SANCO são considerados adequados.
5.6.3 Exatidão e precisão
A avaliação da eficiência de extração pela SD-DLLME foi acompanhada pela
recuperação (R%). Recuperações na faixa de 70 a 120% para a repetibilidade foram
obtidos para a maioria dos analitos (Tabela 16). Apenas cloridrato de ditialzem e
azoxistrobina (nível 0,025 µg L-1), nimesulida, carbofurano, epoxiconazol e metalaxil-
M (nível 0,125 µg L-1), avobenzona e propiconazol (nível 0,25 µg L-1), malationa
(nível 1,25 µg L-1) nimesulida e penoxsulam (nível 2,5 µg L-1) e albendazol,
propilparabeno e sulfametoxazol (nível 12,5 µg L-1) apresentaram valores abaixo fora
da faixa entre 70 e 120%. Para a precisão intermediária, a maioria dos compostos
apresentou valores dentro da faixa aceitável, ficando fora da faixa entre 70 e 120%
apenas furosemida (nível 0,125 µg L-1), nitrato de miconazol, penoxsulam, propanil e
tebuconazol (nível 0,25 µg L-1), gemfibrozil, ácido salicílico, bentazona e pirimifós-
metílico (nível 1,25 µg L-1) e gemfibrozil (nível 2,5 µg L-1).
Os padrões de recuperação também foram avaliados, em uma concentração
de 0,25 µg L-1. Recuperações entre 70 e 120% com RSD (%) inferiores a 20% foram
obtidos.
Cromatogramas no modo TIC do branco e da amostra fortificada em uma
concentração de 2,5 µg L-1 em pH 2 e em pH 8 podem ser observados nas Figuras
18 e 19.
133
Tabela 16. Recuperações e desvio padrão relativo (RSD) para as amostras de água fortificadas em diferentes níveis
PPCPs
Repetibilidade Precisão intermediária
0.0125 0.025 0.125 0.25 1.25 2.5 12.5 0.125 0.25 1.25 2.5 12.5
R (%)
RSD R
(%) RSD
R (%)
RSD R
(%) RSD
R (%)
RSD R
(%) RSD
R (%)
RSD R
(%) RSD
R (%)
RSD R
(%) RSD
R (%)
RSD R
(%) RSD
Albendazol <LOQ 94 16 96 17 87 14 90 8 81 9 68 5 80 12 72 10 72 18 78 9 87 7
amitriptilina <LOQ <LOQ 110 13 96 10 105 5 94 11 70 15 115 10 86 14 94 17 89 9 96 9
Avobenzona <LOQ <LOQ <LOQ 121 9 117 13 108 19 74 13 <LOQ 117 12 102 16 105 19 93 13
bisfenol-A <LOQ <LOQ <LOQ 79 18 115 13 117 14 90 16 <LOQ 92 21 97 20 88 13 81 12
Carbamazepina <LOQ 117 22 104 20 96 22 118 7 116 21 84 13 75 19 100 19 99 11 99 10 94 12
clorpropamida <LOQ <LOQ 112 12 91 22 99 12 108 12 86 17 <LOQ 98 17 91 20 75 17 85 8
claritromicina <LOQ <LOQ 94 11 83 11 118 5 119 14 91 13 108 12 108 18 119 14 113 6 118 6
Cloridrato de ditialzem 88 17 68 7 99 9 91 9 118 3 110 15 75 14 96 11 97 13 103 15 99 8 99 10
eusolex 6300 <LOQ <LOQ <LOQ <LOQ 105 19 79 20 73 3 <LOQ <LOQ 81 19 72 9 72 11
Cloridrato de flurazepam
<LOQ 77 8 89 17 86 11 113 7 107 13 76 5 93 17 93 16 94 16 94 8 99 9
Furosemida <LOQ <LOQ 80 12 72 15 98 6 111 9 91 19 125 2 89 12 119 13 96 14 91 10
Gemfibrozil <LOQ <LOQ <LOQ 84 12 89 10 89 18 70 9 <LOQ 72 10 68 14 69 6 64 4
Glibenclamida <LOQ <LOQ <LOQ 99 13 88 12 86 13 73 19 <LOQ 106 15 80 18 75 14 90 9
Haloperidol 108 21 73 8 101 18 88 9 109 7 104 15 71 15 97 14 92 15 105 16 95 7 95 12
Ibuprofeno <LOQ <LOQ 106 14 83 13 118 5 116 2 99 19 106 19 93 12 120 13 111 20 95 8
Mebendazol <LOQ 120 8 80 11 81 14 92 8 84 4 67 3 74 17 70 14 78 15 75 7 85 6
134
PPCPs
Repetibilidade Precisão intermediária
0.0125 0.025 0.125 0.25 1.25 2.5 12.5 0.125 0.25 1.25 2.5 12.5
R (%)
RSD R
(%) RSD
R (%)
RSD R
(%) RSD
R (%)
RSD R
(%) RSD
R (%)
RSD R
(%) RSD
R (%)
RSD R
(%) RSD
R (%)
RSD R
(%) RSD
metilparabeno <LOQ <LOQ <LOQ 84 15 100 7 112 7 100 19 <LOQ 119 10 106 15 107 8 117 7
nitrato de miconazol <LOQ <LOQ 94 11 75 18 97 11 104 11 84 21 84 20 69 16 87 19 74 16 84 12
nimesulida <LOQ <LOQ 125 5 100 21 115 11 126 3 105 11 106 12 95 12 125 4 111 5 97 5
propranolol <LOQ 85 8 102 22 97 25 114 7 114 16 82 15 118 20 108 13 116 16 119 10 117 9
propilparabeno <LOQ <LOQ 73 23 77 25 88 13 82 8 65 9 86 19 71 15 76 18 75 8 81 8
ácido salicílico <LOQ <LOQ <LOQ 110 14 112 8 116 11 103 18 <LOQ <LOQ 147 12 120 4 107 13
diclofenaco sódico 116 19 80 11 118 10 93 19 116 3 119 10 92 20 99 9 82 16 101 12 99 19 89 11
sulfametoxazol <LOQ <LOQ <LOQ <LOQ 120 10 100 13 69 18 <LOQ <LOQ 118 12 98 18 96 13
triclocarban <LOQ 120 12 113 12 111 13 118 13 98 12 74 6 99 11 100 12 104 6 106 5 79 9
triclosan <LOQ <LOQ <LOQ <LOQ 85 26 106 14 87 3 <LOQ <LOQ 108 16 117 18 88 9
Agrotóxicos
2,4-D <LOQ <LOQ <LOQ 73 19 97 10 104 10 102 17 <LOQ 118 12 118 19 99 19 96 11
atrazina <LOQ <LOQ 92 17 84 18 97 10 103 8 88 18 <LOQ 99 19 109 20 87 15 90 7
azoxistrobina 80 25 126 14 114 19 89 11 118 8 109 10 78 15 99 20 97 19 103 18 98 9 102 11
bentazona <LOQ <LOQ 120 11 108 20 111 4 120 6 101 16 119 5 108 17 126 3 120 12 101 5
bispiribaque-sódico <LOQ <LOQ 108 19 99 16 120 15 107 7 99 19 118 9 79 12 77 7 72 22 70 17
carbofurano <LOQ <LOQ 121 13 100 19 103 13 104 20 86 7 112 25 85 23 86 16 94 8 96 10
carboxina <LOQ <LOQ 114 16 94 19 106 10 99 14 78 5 89 20 105 19 94 15 89 11 91 8
135
PPCPs
Repetibilidade Precisão intermediária
0.0125 0.025 0.125 0.25 1.25 2.5 12.5 0.125 0.25 1.25 2.5 12.5
R (%)
RSD R
(%) RSD
R (%)
RSD R
(%) RSD
R (%)
RSD R
(%) RSD
R (%)
RSD R
(%) RSD
R (%)
RSD R
(%) RSD
R (%)
RSD R
(%) RSD
bentazona <LOQ <LOQ 120 11 108 20 111 4 120 6 101 16 119 5 108 17 126 3 120 12 101 5
bispiribaque-sódico <LOQ <LOQ 108 19 99 16 120 15 107 7 99 19 118 9 79 12 77 7 72 22 70 17
carbofurano <LOQ <LOQ 121 13 100 19 103 13 104 20 86 7 112 25 85 23 86 16 94 8 96 10
carboxina <LOQ <LOQ 114 16 94 19 106 10 99 14 78 5 89 20 105 19 94 15 89 11 91 8
clorantraniliprole <LOQ <LOQ <LOQ 115 7 115 15 99 15 73 8 <LOQ 107 18 88 14 91 9 100 7
clomazona <LOQ <LOQ 89 15 73 25 94 7 102 10 90 19 98 19 79 20 100 15 97 20 95 7
cialofope-butílico <LOQ <LOQ <LOQ <LOQ 92 25 106 22 77 3 <LOQ <LOQ 75 21 85 13 84 13
ciproconazol <LOQ <LOQ 86 9 70 11 70 7 81 9 71 16 <LOQ 119 3 83 18 74 17 70 11
diclorana <LOQ <LOQ <LOQ <LOQ 106 21 109 19 72 13 <LOQ <LOQ 107 17 97 16 84 14
difenoconazol <LOQ <LOQ 93 14 74 19 96 3 104 11 89 19 116 21 84 11 119 10 104 16 102 8
diuron <LOQ <LOQ <LOQ 78 29 97 16 110 18 85 19 <LOQ 103 20 79 9 91 20 72 11
epoxiconazol <LOQ <LOQ 124 11 106 10 94 16 90 22 72 17 <LOQ 93 15 71 16 72 18 96 9
fenoxaprope-p-etílico <LOQ <LOQ 100 26 97 18 108 8 93 20 70 2 83 17 85 17 95 9 92 7 81 10
fipronil <LOQ 90 17 118 7 87 16 105 5 112 10 87 18 82 13 70 12 90 17 73 16 70 10
irgarol 114 13 102 18 87 15 77 7 90 8 80 7 71 1 77 14 72 5 76 15 78 10 90 5
malationa <LOQ 107 11 105 11 92 7 123 4 119 5 87 6 94 18 107 11 116 15 111 9 112 14
metalaxil-m <LOQ <LOQ 61 14 73 20 89 12 91 10 83 19 <LOQ 116 13 120 9 104 14 97 9
metsulfurom-metílico <LOQ <LOQ 111 10 88 20 105 5 113 10 93 18 108 15 82 17 117 14 99 16 88 10
136
<LOQ – menor que o limite de quantificação
PPCPs
Repetibilidade Precisão intermediária
0.0125 0.025 0.125 0.25 1.25 2.5 12.5 0.125 0.25 1.25 2.5 12.5
R (%)
RSD R
(%) RSD
R (%)
RSD R
(%) RSD
R (%)
RSD R
(%) RSD
R (%)
RSD R
(%) RSD
R (%)
RSD R
(%) RSD
R (%)
RSD R
(%) RSD
penoxsulam <LOQ <LOQ <LOQ 95 20 108 9 130 7 104 20 <LOQ 121 6 105 17 108 13 102 9
pirimifós-metílico <LOQ <LOQ <LOQ 117 10 84 11 75 16 74 4 <LOQ 84 10 56 7 72 7 79 11
propanil <LOQ <LOQ 89 21 82 13 109 15 113 7 90 16 <LOQ 135 3 95 20 97 12 99 11
propiconazol <LOQ <LOQ 104 9 66 13 112 12 118 8 100 19 120 18 93 13 89 8 118 10 94 4
piraclostrobina <LOQ <LOQ 114 2 70 12 88 6 90 15 74 15 108 19 73 12 109 12 91 10 94 4
pirazossulfurom-etílico <LOQ 106 19 119 10 92 17 109 5 119 9 88 14 94 12 71 14 87 8 76 16 73 15
quincloraque <LOQ <LOQ <LOQ 106 11 99 7 101 10 84 16 <LOQ n.a 117 11 116 13 87 15
simazina <LOQ <LOQ <LOQ 76 25 90 16 102 19 89 19 <LOQ 119 16 98 20 83 18 114 11
tau-fluvalinato <LOQ <LOQ 105 13 112 16 119 4 114 6 86 18 78 23 118 8 115 4 118 5 93 5
tebuconazol <LOQ <LOQ 85 14 87 14 85 11 107 14 93 20 <LOQ 155 2 86 9 71 16 101 12
trifloxistrobina <LOQ <LOQ 108 10 107 17 112 11 103 17 73 3 100 18 97 10 96 8 97 5 86 9
137
Figura 18. Cromatograma no modo TIC para as seis funções monitoradas da matriz (água potável) extraida em pH 2
(esquerda) e da matriz fortificada na concentração de 2,5 µg L-1 (direita)
138
Figura 19. Cromatograma no modo TIC para as seis funções monitoradas da matriz (água potável) extraida em pH 8
(esquerda) e da matriz fortificada na concentração de 2,5 µg L-1 (direita)
139
A precisão do método foi expressa em RSD. O método demonstrou boa
precisão uma vez que os valores de RSD ficaram entre 1 e 29% para a
repetibilidade e entre 2 e 23% para a precisão intermediaria.
Seguindo-se a orientação para validação de métodos cromatográficos, no
qual os valores de recuperação devem estar entre 70 e 120% com valores de RSD ≤
20% (RIBANI et al., 2004), os resultados foram considerados satisfatórios. Apenas
4% das fortificações realizadas apresentaram recuperações fora dessa faixa. Com
relação a precisão, valores acima de 20% foram encontrados para 18 analitos e em
alguns níveis de fortificação, mas estes valores nunca foram superiores a 29%.
Cabe salientar, que de acordo com o guia SANCO de validação, uma faixa de
recuperações entre 60 e 140 % pode ser aceita para recuperações individuais em
analises multirresíduo de rotina (SANCO, 2013).
5.6.4 Efeito Matriz
O efeito matriz, avaliado pela comparação da inclinação das curvas analíticas
preparadas no solvente e no extrato, demonstrou ser médio para apenas 8 analitos
(Figura 20). Claritromicina, glibenclamida, ibuprofeno, triclosan, bispiribaque-sódico,
cialofope-butílico, malationa e quincloraque foram influenciados negativamente pela
matriz (supressão do sinal durante a ionização). Resultados da avaliação do EM por
DLLME em outro estudo também encontrou supressão para os analitos
(SALGUEIRO-GONZÁLEZ et al., 2012). Em comum com os analitos em estudo,
apenas o bisfenol-A, o qual também apresentou supressão de sinal.
140
Figura 20. Efeito matriz (água potável) para os analitos em estudo , calculado pela inclinação das curvas analíticas
preparadas no solvente e no extrato da matriz
-45
-40
-35
-30
-25
-20
-15
-10
-5
0
5
10
AC
IDO
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Efe
ito
Ma
triz
(%
)
141
5.6.5 Aplicabilidade
O método proposto foi aplicado na análise de amostras de água de superfície
para verificação da ocorrência dos 58 PPCPs e agrotóxicos em três locais da cidade
de Rio Grande, RS, Brasil. A quantificação foi realizada empregando a quantificação
por adição de padrão, com mínimo 5 níveis de concentração, para compensar
qualquer efeito de matriz. Atrazina-d5 e ibuprofeno-d3 foram adicionados nas
amostras como padrões de recuperação para avaliar a eficiência de extração
durante o preparo das amostras. Na Tabela 17 são apresentados os dados de pH e
turbidez de cada amostra coletada.
Tabela 17. Dados de pH e turbidez para as amostras coletadas para verificar
a aplicabilidade do método
Uma amostra de cada ponto foi coletada em maio e agosto de 2014. Os
resultados estão apresentados na Tabela 18.
O ponto de coleta (Canal São Gonçalo) é próximo a uma área agrícola e sua
água é captada para abastecimento público após tratamento. Os resultados
demonstram uma forte influência da agricultura nesta região, e pouca influência por
esgotos sanitários, uma vez que a maioria dos contaminantes detectados foram
agrotóxicos. Azoxistrobina, bentazona, clomazona, ciproconazol, difenoconazol,
irgarol, malationa, propiconazol e tebuconazol foram detectados, em concentrações
de <LOQ a 0,81 µg L-1. Os agrotóxicos são indicados para a cultura do arroz, a qual
Local da coleta Mês da coleta pH Turbidez
(NTU)
Canalete Maio 2014 8,1 7,0
Agosto 2014 7,3 8,1
Riacho do gelo Maio 2014 7,8 24,0
Agosto 2014 7,4 3,7
São Gonçalo Maio 2014 6,5 117,0
Agosto 2014 6,3 34,3
142
é a atividade agrícola predominante na região. Amostras coletadas entre os anos de
2008 e 2009 , neste mesmo local, indicaram a presença de diuron, irgarol,
imazetapir, imazapique, fipronil, clomazona, tebuconazol, atrazina, pirazossulfurom-
etílico, simazina e dos metabólitos 3-hidróxi –carbofurano e 3,4-DCA (DEMOLINER
et al., 2010). Em outro estudo, também realizado neste mesmo local, em novembro
de 2011 e janeiro de 2012, alguns PPCPs foram investigados, e haloperidol,
metilparabeno e nimesulida foram detectados (SILVEIRA et al., 2013).
O ponto de coleta Canalete, esta localizado no centro da cidade de Rio
Grande. A água coletada é resultante do escoamento superficial e efluentes
sanitários são descartados ilegalmente junto deste canal.
Nesse ponto de coleta, foram detectados bisfenol-A, claritromicina,
diclofenaco sódico, haloperidol, metilparabeno, nitrato de miconazol e triclocarban,
demonstrando a influência de descartes sanitários na água.
O ponto de coleta Riacho do Gelo, é um canal de drenagem onde é escoada
a água da chuva e também recebe o descarte de efluentes sanitários. Ácido
salicílico, avobenzona, bisfenol-A, diclofenaco sódico, nitrato de miconazol e
triclocarban foram detectados.
Nesses canais, a influência da presença de descartes sanitários é confirmada
pela detecção de alguns PPCPs.
Bisfenol-A foi detectado nos pontos de coleta que tem influência de descartes
sanitários. Este composto é uma das matérias primas chave usado na produção de
plásticos do tipo policarbonato e resinas epóxi. Sua detecção no meio ambiente
pode ter como fonte os efluentes sanitários, lixiviação de aterros, devido a hidrólise
de plásticos e/ou a degradação natural de policarbonatos (CRAIN et al., 2007). Este
composto vem sendo detectado em amostras de águas de superfície em diferentes
países (AZEVEDO et al., 2001; RODRIGUEZ-MOZAZ et al., 2004).
Outro analito detectado, que merece destaque, é o metilparabeno. Este
composto é um antimicrobiano usado como conservante em cosméticos e alimentos.
Este composto tem sido detectado em amostras de água, inclusive no Brasil, em
diferentes trabalhos e em concentrações que variam de ng L-1 a µg L-1 (GONZÁLEZ-
MARIÑO et al., 2011; GRACIA-LOR et al., 2012; CALDAS et al., 2013).
.
143
Tabela 18. Concentrações dos analitos detectados nas amostras coletadas (μg L−1) (n=3)
*n.d. – não detectado
AGROTÓXICOS E PPCPs LOQm
RIACHO DO GELO SÃO GONÇALO CANALETE
maio agosto maio agosto maio agosto
(µg L-1
) Conc
(µg L-1
) RSD (%)
Conc (µg L
-1)
RSD (%) Conc
(µg L-1
) RSD (%)
Conc (µg L
-1)
RSD (%) Conc
(µg L-1
) RSD (%)
Conc (µg L
-1)
RSD (%)
ácido salicílico 0,25 1,67 9 n.d.*
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
avobenzona 0,25 5,93 18 n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
bisfenol-A 0,25 n.d.
0,42 22 n.d.
n.d.
n.d.
4,42 34
claritromicina 0,125 n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
0,07 9 n.d.
cloridrato de ditialzem 0,0125 n.d.
n.d.
0,07 29 n.d.
n.d.
n.d.
diclofenaco sódico 0,0125 0,94 9 0,04 17 n.d.
n.d.
n.d.
0,02 11
haloperidol 0,0125 n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
0,04 12
metilparabeno 0,25 n.d.
n.d.
n.d.
0,81 17 n.d.
0,32 24
nimesulida 0,125 n.d.
n.d.
n.d.
<LOQ
n.d.
n.d.
nitrato de miconazol 0,125 0,27 21 n.d.
n.d.
n.d.
0,21 12 n.d.
triclocarban 0,025 0,58 21 <LOQ
n.d.
n.d.
<LOQ
n.d.
azoxistrobina 0,0125 n.d.
n.d.
0,07 20 n.d.
n.d.
n.d.
bentazona 0,125 n.d.
<LOQ
n.d.
<LOQ
6,7 9 <LOQ
ciproconazol 0,125 n.d.
n.d.
n.d.
<LOQ
n.d.
n.d.
clomazona 0,125 n.d.
n.d.
n.d.
<LOQ
n.d.
n.d.
difenoconazol 0,125 n.d.
n.d.
n.d.
<LOQ
n.d.
n.d.
fipronil 0,025 0,03 35 n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
n.d.
irgarol 0,0125 n.d.
n.d.
n.d.
0,25 20 n.d.
n.d.
malationa 0,025 n.d.
n.d.
n.d.
<LOQ
n.d.
n.d.
propiconazol 0,125 n.d.
n.d.
n.d.
<LOQ
n.d.
n.d.
tebuconazol 0,125 n.d.
n.d.
n.d.
<LOQ
n.d.
n.d.
144
Para demonstrar que o método proposto é apropriado para o monitoramento
ambiental da presença de PPCPs e agrotóxicos em águas de superfície, as
amostras foram fortificadas em um nível de concentração de 1,25 µg L-1, e após os
valores de recuperação e RSD (%) foram calculados. Também foi calculado o EM
para cada amostra, empregando-se a equação 6. Os resultados são apresentados
na Tabela 19.
Para as amostras do Canalete, R (%) entre 70 e 120% foram obtidas para
95% dos analitos, com valores de RSD (%) entre 1 e 22%. Com relação ao efeito
matriz, 19 analitos apresentaram valores superiores a ± 20%.
Para o Riacho de Gelo, as recuperações ficaram entre 68 e 120% para todos
os analitos, com valores de RSD (%) entre 9 e 20%. Já para o EM, 34 dos 58
analitos apresentaram valores de EM superiores a ± 20%.
Os valores de R (%) para as amostras do Canal São Gonçalo foram entre 70
e 120% para 88% dos analitos, com valores de RSD (%) ente 1 e 28%. Os valores
de EM foram superiores a ± 20% para 12 analitos.
O EM variou bastante entre as amostras, fato que pode ser observado na
Figura 21, uma vez que alguns analitos apresentaram efeito de supressão para
algumas amostras e de enriquecimento para outras. Trabalhos na literatura
demonstram a necessidade de se estudar o EM para cada tipo de matriz, uma vez
que este efeito é dependente da amostra e do analito (MARÍN et al., 2009). Como
pode ser obervado, analitos da mesma classe, como a atrazina, apresentaram
comportamento diferente. A simazina apresentou enriquecimento para todas as
amostras enquanto que a atrazina apresentou enriquecimento para duas amostras e
supressão para outra. Esse comportamento heterogêneo ressalta a necessidade de
avaliação do efeito matriz e a correção de forma correta quando se esta trabalhando
com determinação multiclasse em diferentes matrizes ambientais.
Mesmo quando o LC–MS/MS é utilizado, o qual é altamente seletivo no modo
SRM, o EM deve ser levado em consideração, uma vez que a
supressão/enriquecimento ocorrem na fonte de ionização (KRUVE et al., 2008). Uma
vez observado o EM, procedimentos para compensar este efeito devem ser
realizados, uma vez que a quantificação baseada em um padrão preparado com
solvente puro não vai ser apropriada.
145
Tabela 19. Recuperação (R), desvio padrão relativo (RSD) e efeito matriz (EM) para
as amostras de água de superfície coletadas durante a aplicabilidade do método
(n=3)
Analitos Canalete
Riacho do Gelo
São Gonçalo
R (%)
RSD (%)
EM (%)
R (%)
RSD (%)
EM (%)
R (%)
RSD (%)
EM (%)
PPCPs
acido salicílico 81 11 22
107 13 -15
68 2 17
albendazol 104 12 -25
108 13 -57
109 10 23
amitriptilina 99 11 -26
108 17 33
117 20 -7
avobenzona 89 20 74
100 13 -20
105 15 50
bisfenol-A 93 16 60
116 15 35
81 8 3
carbamazepina 109 11 19
103 15 32
130 3 42
claritromicina 118 7 -6
86 14 -32
103 9 15
cloridrato de ditialzem 118 9 1
104 13 -25
99 7 -15 cloridrato de flurazepam 118 11 8
114 14 -31
125 2 106
clorpropamida 114 22 6
105 17 20
117 9 27
diclofenaco sódico 90 14 1
104 14 -24
82 9 -3
eusolex 6300 110 12 -13
68 12 -38
87 16 -19
furosemida 94 9 -1
104 17 -25
71 8 8
genfibrozila 104 14 -62
97 15 -52
104 15 -15
glibenclamida 103 10 4
97 19 -37
108 15 21
haloperidol 120 3 0
117 14 -36
122 12 10
ibuprofeno 146 4 -7
102 16 -20
81 8 -11
mebendazol 101 12 40
97 14 42
90 16 -27
metilparabeno 84 7 -1
106 14 -29
85 2 11
nimesulida 108 20 -11
120 10 -11
74 15 8
nitrato de miconazol 74 10 -13
104 9 -23
90 20 -17
propanolol 109 8 -1
114 11 -39
92 18 -25
propilparabeno 108 10 47
107 15 25
121 5 35
sulfametoxazol 118 20 9
117 9 -3
116 13 16
triclocarban 119 13 -7
107 15 -40
109 10 -10
triclosan 116 15 -13
105 19 -31
142 21 -17
agrotóxicos
2,4-D 99 17 21
112 16 -18
71 6 2
atrazina 94 16 11
117 20 -15
99 20 10
azoxistrobina 116 12 11
98 13 6
112 7 -8
bentazona 73 24 27
118 14 -10
82 28 7
bispiribaque-sódico 113 8 -21
86 18 -55
105 11 0
146
Analitos Canalete
Riacho do Gelo
São Gonçalo
R (%)
RSD (%)
EM (%)
R (%)
RSD (%)
EM (%)
R (%)
RSD (%)
EM (%)
carbofurano 114 11 18
104 18 -25
100 13 5
carboxina 119 15 46
95 19 35
108 11 17
cialofope-butílico 107 20 -37
116 16 -46
93 17 -11
ciproconazol 117 17 -16
86 19 -9
71 17 2
clomazona 115 7 -4
108 17 -33
67 5 6
clorantraniliprole 93 15 -17
91 16 -15
107 13 10
diclorana 94 20 -21
115 20 -23
128 9 -13
difenoconazol 99 9 8
108 16 -13
71 3 -10
diurom 68 8 25
89 16 -23
75 19 9
epoxiconazol 91 16 11
101 16 2
95 18 19
fenoxaprope-p-etílico 115 10 -9
116 15 -21
103 6 -5
fipronil 104 12 -25
105 17 5
74 1 10
irgarol 106 11 6
106 15 -36
93 17 9
malationa 100 10 -34
98 17 -25
117 4 -14
metalaxil-m 106 16 114
103 0 8
88 22 -19
metsulfurom-metilico 107 13 4
106 17 -11
81 19 13
penoxsulam 103 21 -37
107 14 -39
70 13 54
piraclostrobina 96 14 10
114 13 -24
82 20 5
pirazossulfurom-etílico 94 9 20
95 18 -5
92 12 15
pirimifós-metílico 117 9 9
107 9 6
93 10 -7
propanil 120 13 14
92 15 -14
101 9 8
propiconazol 84 21 19
105 12 -6
70 2 21
quincloraque 103 1 20
101 12 -21
83 19 7
simazina 113 20 49
116 13 22
80 18 5
tau-fluvalinato 110 14 -12
92 12 0
115 18 -35
tebuconazol 61 19 22
108 13 -1
70 1 18
trifloxistrobina 113 10 -2
107 17 -3
104 15 2
Os resultados demonstram que o método proposto é adequado para
aplicação em amostras de água de superfície, uma vez que valores de exatidão e
precisão dentro da faixa aceitável foram obtidos. Com relação ao EM, ficou claro a
diferença de comportamento de cada analito em cada amostra, demonstrando a
necessidade de realizar a quantificação empregando-se o método de adição padrão,
para correção do efeito matriz nos valores de concentração.
Poucos analitos apresentaram EM superior a 20% em todas as três amostras.
Entre estes, podemos citar o albendazol, mebendazol, propilparabeno e o
147
penoxsulam. Em outros estudos, valores de EM acima de 20% também foram
encontrados para analitos anti-helmínticos da classe dos benzimidazóis em água de
superfície (ZRNČIĆ et al., 2014).
Quando comparado com outros trabalhos, nos quais a técnica de extração
empregada foi a SPE, os valores baixos de EM encontrados apresentam o mesmo
perfil, ou seja, existe uma grande variação entre as amostras. Na extração de 31
fármacos de amostras de água de abastecimento público, de superfície e
subterrânea empregando SPE e UPLC-MS/MS, o EM foi estudado para todas as
matrizes e valores acima de ±20% foram encontrados para 23 compostos em água
de abastecimento público, 27 compostos em água superficial e 7 compostos em
água subterrânea (GAFFNEY et al., 2014). Em outro estudo, 400 compostos
emergentes, entre eles, agrotóxicos e PPCPs foram extraídos de amostras de água
e efluentes empregando SPE, e o efeito matriz para as amostras foi acima de ±20%
para 20,7% dos analitos e acima de ±50% para 21,9% (ROBLES-MOLINA et al.,
2014).
148
Figura 21. Efeito Matriz (EM) para os analitos em estudo para as três diferentes amostras estudadas, avaliado na
concentração de 1,25 µg L-1
-80
-60
-40
-20
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149
5.7 Comparação da SD-DLLME proposta com outros métodos empregados
para extração de agrotóxicos e PPCPs de amostras de água com
determinação por LC-MS/MS
Na Tabela 20, o método proposto neste trabalho é comparado com outras
técnicas que vem sendo empregadas para extração multiclasses de agrotóxicos e/ou
PPCPs de amostras de águas com determinação por LC-MS/MS.
Pode-se observar que a técnica proposta apresenta as vantagens de ser mais
rápida e utilizar menor volume de solvente, apresentando exatidão, precisão e efeito
matriz semelhante ao que vem sendo encontrado quando se utiliza outras técnicas.
Além disso, muitas destas outras técnicas tem no final da extração um etapa de
evaporação (não é apresentado na tabela) o que aumenta em mais uma etapa a
extração e introduz fontes de erros, enquanto que a técnica proposta tem no final de
sua extração apenas a solubilização do volume de octanol da gota a 250 µL com
metanol.
150
Tabela 20. Comparação da SD-DLLME proposta com outros métodos empregados para extração de agrotóxicos e PPCPs de
amostras de água com determinação por LC-MS/MS
Técnica de extração
Analitos Volume de
amostra
Solvente extrator (volume)
Tempo de extração
Exatidão (%)
Precisão (%)
Faixa de LOQ
(ng L-1
)
EM (%)
Referências
SBSE 15
agrotóxicos 20 mL água filtrada
10 % NaCl
acetonitrila:metanol
(50:50, v/v) 200 µL
3 h – 800 rpm 15 min - ultrasom
93 - 101 <17 20 -1000 ≤13 (MARGOUM et al., 2013)
SPE
24 PPCPs, EDCs, e
adoçantes artificiais
250 mL efluente 500 mL água
subterrânea e de superfície
pH 2
metanol 10 mL
55 – 80 min 94,5 - 116 1 – 12 0,1 – 50 -46 a
85 (TRAN et al.,
2013)
Ultrasom
48 agrotóxicos
e 19 metabólitos
10 mL água de
abastecimento, de esgoto e de escoamento superficial 2 g NaCl
acetonitrila 10 mL
15 min – ultrasom 10 min -
centrifugação 74,6 – 107,5 <8,9 50 – 5000
-11,6 a 95
(FENOLL et al., 2011)
SD-DLLME 58
agrotóxicos e PPCPs
10 mL pH 2 e pH 8 1% MgSO4
1-octanol 120 µL
10 min 70 – 120* ≤20* 12,5 – 1250
-40 a 5
Método proposto
* faixa de recuperação para 96% das fortificações realizadas
151
5.8 Comparação da técnica proposta com o método de referência para
extração de analitos orgânicos de amostra de água
A técnica de SPE é a técnica de referência sugerida pela agência de proteção
ambiental dos Estados Unidos (US-EPA) para extração de agrotóxicos e PPCPs de
amostras de água. Esta técnica têm sido a mais empregada para extração de
analitos orgânicos de amostras de água com determinação por LC-MS, uma vez que
ela oferece menor custo e maior rapidez que a LLE, a qual foi a técnica mais
empregada no passado. Outra vantagem da SPE, é que além de extrair o analito, a
técnica permite a pré-concentração e limpeza da amostra (PRIMEL et al., 2012).
O método proposto neste estudo, empregando a técnica de SD-DLLME e LC-
MS/MS, permitiu a pré-concentração e extração de agrotóxicos e PPCPs
simultaneamente, e atingiu eficiência de extração e precisão semelhantes ao que
vem sendo publicado na literatura utilizando SPE.
No trabalho de Wick et al. (2010) 26 biocidas, 5 filtros UV e 5 benzotiazóis
foram extraídos simultaneamente empregando SPE de águas subterrâneas, de
superfície, tratadas e não tratadas. O método proposto empregando SPE e LC-
MS/MS atingiu R (%) entre 70 e 130%. Analitos semelhantes aos estudados neste
trabalho também foram extraídos (diuron, propiconazol, tebuconazol, carbendazim,
irgarol, triclosan e triclocarban) e os resultados obtidos ficaram entre 82 e 102%;
valores estes semelhantes ao obtidos empregando a SD-DLLME (WICK et al.,
2010).
Em outro estudo, os autores propuseram o uso da técnica de SPE em
conjunto com a determinação por LC-MS/MS, e agrotóxicos de 14 diferentes grupos
químicos foram extraídos em um único procedimento (CARVALHO et al., 2008).
Atrazina, bentazona, carbofuran, 2,4-D, diuron, metalaxil, propanil, simazina e
tebuconazol foram extraídos com R(%) entre 56 e 82%. No estudo proposto neste
trabalho, estes mesmos analitos apresentaram R (%) entre 71 e 119 (%).
O método oficial (método 1694) para extração de PPCPs proposto pela US-
EPA indica a separação da amostra em duas alíquotas, uma básica e outra ácida. A
fração ácida é acidificada com HCl a pH 2 e a fração básica a pH 10 com NH4OH.
Os cartuchos empregados na SPE contém fase estacionária polimérica (Oasis HLB)
152
e o condicionamento deles é realizado com 20 mL de metanol e 6 mL de água.
Depois, 1 L de amostra é percolado a 5-10 mL min-1 resultando num tempo de
percolação da amostra de 100-200 min. Para a fração ácida a eluição é realizada
com 12 mL de metanol, e se os analitos triclosan e triclocarban fizerem parte do
estudo, 6 mL de acetona:metanol (1:1, v/v) também são percolados no cartucho para
eluição. Para a eluição da fração básica, 6 mL de metanol seguidos de 9 mL de uma
solução 2% de ácido fórmico em metanol:água (75:25, v/v). Depois, as frações são
secas separadamente com auxílio de nitrogênio e redissolvidas com 4 mL utilizando
metanol 0,1% ácido fórmico. Uma alíquota de 1 mL de cada extrato é colocada em
um frasco do LC-MS/MS e estas são injetadas separadamente (ENGLERT, 2007a).
Para a extração de agrotóxicos a técnica indicada no método de referência da
EPA (método 1699) é a SPE em discos ou a LLE em funil de separação. Para a
SPE, os discos são condicionados com 20 mL de metanol e 20 mL de água. A
eluição é realizada com 4-5 mL de acetona, seguido de 2 replicatas com 20 mL de
diclorometano. Para a LLE, são empregadas 3 replicatas de 100 mL de
diclorometano. Para ambas as técnicas é indicado, se necessária, mais uma etapa
de “back extraction” e depois a etapa de concentração do extrato (ENGLERT,
2007b).
Traçando uma comparação entre os métodos de referência e o proposto
neste trabalho (Tabela 21), verifica-se que é possível com a SD-DLLME a extração
de classes semelhantes de analitos aos propostos pelos métodos de referência com
as vantagens de utilizar um menor volume de solvente, menor tempo de extração,
menor custo e menor número de etapas, mantendo a eficiência de extração dentro
dos valores aceitáveis.
153
Tabela 21. Comparação entre os métodos de referência sugeridos pela EPA para extração de agrotóxicos e PPCPs com a técnica
proposta neste estudo
Volume de
amostra (mL)
pH da amostra Volume de solvente na
extração
Tempo de extração
Etapa de evaporação
Técnica Recuperação
(%) RSD (%) Método
1000 Duas alíquotas – pH 2 e pH 10
Condicionamento – 20 mL de
metanol eluição fração ácida – 12 mL
metanol eluição fração
básica - 6 mL de metanol e 9 mL metanol:água (75:25, v/v).
100 - 200 min
sim
SPE 21 - 171 0.9 – 37.8 1694
1000 Sem
modificações
Condicionamento – 20 mL de
metanol Eluição - 5 mL
acetona 2 x 20 mL
diclorometano.
10- 60 min sim SPE em discos
21 - 651 0.7 - 260 1699
1000 Sem
modificações 3 x 100 mL
diclorometano 60 min sim LLE
10 Duas alíquotas – pH 2 e pH 8
Dispersor – 0,75 mL acetona
Extrator - 0,12 mL 1-octanol
10 min não SD-
DLLME 61 - 155 1 - 29
Método proposto
154
6 CONCLUSÕES
O método proposto, empregando 10 mL de amostra, 120 µL de 1-octanol e
750 µL de acetona para a extração de 58 PPCPs e agrotóxicos de 10 mL de
amostra, usando 750 µL de água como solvente demulsificante apresentou valores
dentro dos sugeridos pelos guias de validação para todas as figuras de mérito
avaliadas, demonstrando exatidão (70-120%) e precisão (RSD<20%) aceitáveis e
LOQs na faixa de µg L-1, adequada aos LMRs estipulados nas legislações vigentes.
O estudo do efeito matriz indicou a necessidade da correção do mesmo, que neste
caso foi realizado pelo método de adição padrão.
O trabalho desenvolvido apresenta caráter inovador, uma vez que não foram
relatados na literatura trabalhos que estudassem a técnica de SD-DLLME para
extração de agrotóxicos e PPCPs em nenhum tipo de matriz.
Uma vez que um dos objetivos deste trabalho estava em propor uma técnica
alternativa a SPE (método de referência), alguns aspectos do método merecem
destaque, como o baixo volume de solvente orgânico empregado na extração, a
pouca instrumentação necessária e a rapidez do processo.
Pela comparação com os métodos que empregam a técnica de DLLME, a SD-
DLLME tem demonstrado algumas vantagens, como facilidade, rapidez e baixo
custo. A modificação de adicionar água para separar as fases, trouxe vantagens
com relação aos trabalhos empregando SD-DLLME que têm sido publicados, uma
vez que diminui o volume de solvente orgânico utilizado.
Além disso, o método proposto não possui nenhuma etapa de evaporação do
extrato final, nem troca de solvente, o que diminui mais uma etapa geralmente
empregada na SPE.
Enfim, o estudo demonstrou que a técnica de SD-DLLME em conjunto com a
determinação por LC-MS/MS pode ser considerada uma técnica importante e
inovadora para a extração de PPCPs e agrotóxicos de amostras de água. Além
disso, o método foi aplicado com sucesso na determinação dos analitos em estudo
em amostras de água de superfície.
155
7 TRATAMENTO DOS RESÍDUOS GERADOS
As atividades laboratoriais normalmente geram consideráveis quantidades de
resíduos líquidos e sólidos proveniente dos ensaios analíticos, que devem ser
tratados e descartados de forma adequada.
Neste trabalho, os resíduos líquidos foram recolhidos, colocados em
recipientes de vidro ambar, rotulados de acordo com as normas definidas pela
comissão de resíduos da Escola de Química e Alimentos, e armazenados para
posterior recolhimento e tratamento por empresa contratada pela Universidade.
156
8 SUGESTÃO PARA TRABALHOS FUTUROS
Avaliar a possibilidade de aplicação da técnica de SD-DLLME a outras
matrizes ambientais, como sedimentos e matrizes biológicas;
157
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Participação em eventos
2014 - 1ª Escola Brasileira de Espectrometria de Massas. Sociedade Brasileira de Espectrometria de Massas, Natal, Brasil.
2014 – 3er Congreso Uruguayo de Química Analitica, Montevidéu, Uruguai.
2014 - Simpósio Brasileiro de Cromatografia e técnicas afins, Campos do Jordão,
Brasil.
2013 - 15th International Symposium on Advances in Extraction Technologies -
ExTech 2013. João Pessoa, Brasil.
2013 - XII Mostra da Produção Universitária. Universidade Federal do Rio Grande-
FURG, Rio Grande, Brasil.
2012 - Congresso Latino-Americano de Cromatografia e Técnicas Relacionadas
(COLACRO XIV). Florianópolis, Brasil.
Trabalhos publicados em anais de eventos
SOARES, K. L., CERQUEIRA, M. B. R., MARTINS, A. F., CALDAS, S. S., PRIMEL, E. G. Desenvolvimento de método para determinação de agrotóxicos em lodo de ETA empregando GC-MS In: Simpósio Brasileiro de Cromatografia e Técnicas Afins, 2014, Campos do Jordão.
SOARES, K. L., ROMBALDI, C., HERTZOG, G. I., CALDAS, S. S., PRIMEL, E. G. Emprego da MSPD para extração de fármacos de peixes empregando diferentes suportes sólidos In: Simpósio Brasileiro de Cromatografia e Técnicas Afins, 2014, Campos do Jordão.
CALDAS, S. S., ARIAS, J. L. O., ROMBALDI, C., FURLONG, E. B., Primel, E.G. HPAs em grãos de arroz beneficiados com diferentes processos e secos com diferentes combustíveis In: Simpósio Brasileiro de Cromatografia e Técnicas Afins, 2014, Campos do Jordão.
SANTOS, E. O., MARUBE, L. C., CALDAS, S. S., SOARES, K. L., PRIMEL, E. G. Otimização da DLLME para determinação simultânea de agrotóxicos e PPCPs em amostras de água In: Simpósio Brasileiro de Cromatografia e Técnicas Afins, 2014, Campos do Jordão.
ROMBALDI, C., PRIMEL, E.G., ARIAS, J. L. O., CALDAS, S. S., CASTRO, I. B., FILLMANN, G. A vortex-assisted MSPD method for the extraction of biocides residues from sediment with determination by LC-ESI-MS/MS In: 15th International Symposium on Advances in Extraction Technologies - ExTech 2013, 2013, João Pessoa.
HERTZOG, G. I., ESCARRONE, A. L. V., CALDAS, S. S., NERY, L. E. M.,
MARTINS, S. E. G., PRIMEL, E.G. Determination of triclosan in fish muscle tissue using matrix solid-phase dispersion and liquid chromatography tandem mass spectrometry In: 15th International Symposium on Advances in Extraction Technologies - ExTech 2013, 2013, João Pessoa.
MARUBE, L. C., ESCARRONE, A. L. V., BOLZAN, C. M., CABRERA, L. C.,
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CERQUEIRA, M. B. R., CALDAS, S. S., PRIMEL, E.G. DEVELOPMENT OF A
METHOD EMPLOYING SPE AND LC-ESI-MS/MS FOR SIMULTANEOUS DETERMINATION OF ANTIMICROBIAL PRODUCTS IN DRINKING WATER In: 15th International Symposium on Advances in Extraction Technologies - ExTech 2013, 2013, João Pessoa.
CERQUEIRA, M. B. R., SALCEDO, G. M., MARUBE, L. C., CALDAS, S. S., PRIMEL, E. G. Optimization of the QuEChERS method for the determination of pesticides, pharmaceuticals and personal care products in drinking water treatment sludge by LC-ESI-MS/MS In: 15th International Symposium on Advances in Extraction Technologies - ExTech 2013, 2013, João Pessoa.
CALDAS, S. S., ROMBALDI, C., ARIAS, J. L. O., MARUBE, L. C., PRIMEL, E.G.
Solvent de-emulsification dispersive liquid-liquid microextraction for the determination of pharmaceutical, personal care products and pesticides in water samples In: 15th International Symposium on Advances in Extraction Technologies - ExTech 2013, 2013, João Pessoa.
CERQUEIRA, M. B., CALDAS, S. S., DUARTE, F. A., PRIMEL, E. G. Aplicação do método QuEChERS modificado para a extração de contaminantes emergentes em lodo de estação de tratamento de água In: 35ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química, 2012, Águas de Lindóia.
PEREIRA, E. R., SOARES, B. M., VIEIRA, A. A., MACIEL, J. V., SCARIOT, F., CALDAS, S. S., PRIMEL, E.G., DUARTE, F. A. Avaliação da microextração líquido-
líquido dispersiva para a extração e pré-concentração de espécies de mercúrio em amostras de água In: 3º Encontro Brasileiro sobre Especiação Química - EspeQBrasil, 2012, Bento Gonçalves.
ARAUJO, G. A., CALDAS, S. S., COSTA, P. G., PRIMEL, E.G., FILLMANN, G.
AVALICÃO DA OCORRÊNCIA DE POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES (POPs) EM ELEFANTE-MARINHO DO SUL, Mirounga leonina, EM AMOSTRAS DO BANCO DE AMOSTRAS DE MAMÍFEROS, AVES EQUELÔNIOS MARINHOS (BAMM) In: Congresso Latino-Americano de Cromatografia e Técnicas Relacionadas (COLACRO XIV), 2012, Florianópolis.
MARUBE, L. C., ESCARRONE, A. L. V., BOLZAN, C. M., GUILHERME, J. R., CERQUEIRA, M. B. R., CALDAS, S. S., GONCALVES, F. F., PRIMEL, E.G. DESENVOLVIMENTO DE UM MÉTODO EMPREGANDO SPE E LC-ESI-MS/MS PARA DETERMINAÇÃO SIMULTÂNEA DE DIFERENTES CLASSES DE ANTIBIÓTICOS EM ÁGUA POTÁVEL In: Congresso Latino-Americano de Cromatografia e Técnicas Relacionadas (COLACRO XIV), 2012, Florianópolis.
CALDAS, S. S., BOLZAN, C. M., GUILHERME, J. R., ARIAS, J. L. O.,
ESCARRONE, A. L. V., SCHEER, G. G., PRIMEL, E.G. DETERMINAÇÃO DE AGROTÓXICOS EM AMOSTRAS DE ÁGUA DE IRRIGAÇÃO DE ARROZ In: Congresso Latino-Americano de Cromatografia e Técnicas Relacionadas (COLACRO XIV), 2012, Florianópolis.
CERQUEIRA, M. B. R., GUILHERME, J. R., BOLZAN, C. M., ARIAS, J. L. O., CALDAS, S. S., MUNARETTO, J. S., MARTINS, M. L., ZANELLA, R., PRIMEL, E.G.
DETERMINAÇÃO DE PPCPS EM LODO DE ETA EMPREGANDO QUECHERS E UPLC-MS/MS In: Congresso Latino-Americano de Cromatografia e Técnicas
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Relacionadas (COLACRO XIV), 2012, Florianópolis.
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FARMACÊUTICOS, COSMÉTICOS E DE HIGIENE PESSOAL (PPCPS) E AGROTÓXICOS EM ÁGUA In: XI Mostra de Produção Universitária - XXI Congresso de Iniciação Científica, 2012, Rio Grande.
MELLO, L. L., ESCARRONE, A. L. V., ARIAS, J. L. O., GUILHERME, J. R., KLEEMANN, N., CALDAS, S. S., Primel, E.G. Determinação de Produtos Farmacêuticos, Cosméticos e de Higiene Pessoal (PPCPs) e agrotóxicos em água In: XIX Encontro de Química da Região Sul, 2012, Tubarão.
SOARES, B. M., VIEIRA, A. A., PEREIRA, E. R., MACIEL, J. V., CALDAS, S. S.,
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ESTUDO DE MÉTODO EMPREGANDO A MICRO EXTRAÇÃOLÍQUIDO-LÍQUIDO DISPERSIVA (DLLME) PARA A DETERMINAÇÃO DE AGROTÓXICOS MULTICLASSES EM AMOSTRAS DE ÁGUA In: Congresso Latino-Americano de Cromatografia e Técnicas Relacionadas (COLACRO XIV), 2012, Florianópolis.
ARIAS, J. L. O., GUILHERME, J. R., CERQUEIRA, M. B. R., CALDAS, S. S., SCHEER, G. G., KALSING, A., PRIMEL, E. G. ESTUDO DE MÉTODO MULTIRESÍDUO PARA EXTRAÇÃO DE AGROTÓXICOS EM AMOSTRAS DE SOLO EMPREGANDO QUECHERS E DETERMINAÇÃO POR LC-MS/MS In: Congresso Latino-Americano de Cromatografia e Técnicas Relacionadas (COLACRO XIV), 2012, Florianópolis.
ARIAS, J. L. O., CARDOSO, L. V., ESCARRONE, A. L. V., CALDAS, S. S., BOLZAN, C. M., GUILHERME, J. R., PRIMEL, E.G. ESTUDO DE MÉTODO MULTIRRESÍDUO PARA EXTRAÇÃO DE AGROTÓXICOS EM AMOSTRAS DE SOLO EMPREGANDO QUECHERS E DETERMINAÇÃO POR LC-MS/MS In: XI Mostra da Produção Universitária - XXI Congresso de Iniciação Científica, 2012, Rio Grande.
Escarrone, Ana L. V., CALDAS, S. S., GUILHERME, J. R., ARIAS, J. L. O., COSTA, P. G., MENEGHETTI, V. L., AMARAL, J. S., FAGUNDES, C. A. A., PRIMEL, E.G. ESTUDO DE MÉTODO PARA DETERMINAÇÃO DE HIDROCARBONETOS POLICÍCLICOS AROMÁTICOS EM GRÃOS DE ARROZ POR QUECHERS E GC-MS In: Congresso Latino-Americano de Cromatografia e Técnicas Relacionadas (COLACRO XIV), 2012, Florianópolis.
CERQUEIRA, M. B. R., GUILHERME, J. R., CALDAS, S. S., CARDOSO, L. V., PRIMEL, E.G. ESTUDO DO MÉTODO QUECHERS E LC-ESI-MS/MS NA EXTRAÇÃO DE AGROTÓXICOS, FÁRMACOS E PCPS EM LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA In: XI Mostra de Produção Universitária - XIV
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Encontro de Pós Graduação, 2012, Rio Grande.
CERQUEIRA, M. B. R., GUILHERME, J. R., ARIAS, J. L. O., MELLO, L. L., CARDOSO, L. V., CALDAS, S. S., PRIMEL, E.G. ESTUDO DO MÉTODO
QUECHERS E LC-ESI-MS/MS NA EXTRAÇÃO DE AGROTÓXICOS, FÁRMACOS E PCPS EM LODO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA In: Congresso Latino-Americano de Cromatografia e Técnicas Relacionadas (COLACRO XIV), 2012, Florianópolis.
COSTA, F. P., GUILHERME, J. R., SILVEIRA, M. A. K., GUIMARAES, B. S., CALDAS, S. S., PRIMEL, E. G. ESTUDO DO MÉTODO QUECHERS PARA
DETERMINAÇÃO MULTIRRESÍDUO DE AGROTÓXICOS EM PÊSSEGO EM CALDA In: Congresso Latino-Americano de Cromatografia e Técnicas Relacionadas (COLACRO XIV), 2012, Florianópolis.
ARIAS, J. L. O., BOLZAN, C. M., GUILHERME, J. R., CARDOSO, L. V., ESCARRONE, A. L. V., CALDAS, S. S., PRIMEL, E.G. Extração de agrotóxicos em amostras de solo empregando QuEChERS e determinação por LC-MS/MS In: XIX Encontro de Química da Região Sul, 2012, Tubarão
ARIAS, J. L. O., BOLZAN, C. M., GUILHERME, J. R., CARDOSO, L. V., ESCARRONE, A. L. V., CALDAS, S. S., PRIMEL, E.G. Extração de agrotóxicos em amostras de solo empregando QuEChERS e determinação por LC-MS/MS In: XIX Encontro de Química da Região Sul, 2012, Tubarão.
ARAUJO, G. A., CALDAS, S. S., COSTA, P. G., PRIMEL, E.G., FILLMANN, G.
MONITORAMENTO ATMOSFÉRICO DE POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES (POPS) ATRAVÉS DE AMOSTRADORES ATMOSFÉRCIOS PASSIVOS (PAS) In: Congresso Latino-Americano de Cromatografia e Técnicas Relacionadas (COLACRO XIV), 2012, Florianópolis.
GUILHERME, J. R., SILVEIRA, M. A. K., COSTA, F. P., GUIMARAES, B. S., SOARES, B. M., CERQUEIRA, M. B. R., CALDAS, S. S., PRIMEL, E.G.
OTIMIZAÇÃO DE MÉTODO PARA DETERMINAÇÃO DE PPCPS EM ÁGUA EMPREGANDO SPE E LC-ESI-MS/MS In: Congresso Latino-Americano de Cromatografia e Técnicas Relacionadas (COLACRO XIV), 2012, Florianópolis.