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DESENVOLVIMENTO LOCAL E INOVAÇÃO: UM OLHAR PARA O MUNICIPIO DE SCHROEDER-SC. Carla Eunice Gomes Corrêa (FURB/UNIVALI [email protected] ) Walter Henrique Fritzke (FURB [email protected]) Romero Fenili (FURB/UFSC [email protected] ) RESUMO A inovação também tem sido foco atual das discussões acadêmicas sobre o desenvolvimento local. O conhecimento e a informação tornaram-se os alicerces para a criação de novos bens e serviços, essenciais para sobrevivência das empresas perante a competitividade que se desencadeia nos dias atuais, onde a inovação está inserida trazendo mudanças que influenciam significativamente no processo de tomada de decisão. Estamos em uma época em que ao se pensar em desenvolvimento, refletimos sobre um conjunto de dimensões que vão além das questões econômicas, tais como: social, ambiental, cultural e políticas. Neste contexto, alguns municípios brasileiros vêm na inovação uma forma de alavancar o desenvolvimento local. Este artigo tem por objetivo analisar como a inovação pode ser indutora do desenvolvimento local no município de Schroeder - SC. Para alcançar os objetivos inicialmente partiu-se de uma revisão bibliográfica, visando estruturar a teoria em torno desta temática. Num segundo momento coletou-se der dados secundários sobre a formação econômica do Município de Schroeder - SC, que nos apresenta-se um panorama sobre a formação econômica do município. O município de Schroeder devido sua característica de cidade dormitório, tem enfrentado problemas de infra-estrutura urbana que contribuem diretamente neste processo de desenvolvimento. Entretanto, o município vem trabalhando para realizar investimentos que contribuam para a construção de um novo cenário. Assim, este artigo está organizado em três seções, além da introdução. Na primeira, apresentamos a definição de desenvolvimento local que orienta este trabalho. Em seguida, retomamos as principais abordagens sobre sistemas de inovação. Na terceira seção, apresentamos uma breve contextualização sobre a formação socioeconômica do município de Schroeder e as estratégias de inovação que possam influenciar nas potencialidades de desenvolvimento do município. Palavras-Chave: Desenvolvimento local; Inovação; Schroeder. 1. INTRODUÇÃO Nos últimos anos e principalmente com a globalização dos mercados, o enfoque dos sistemas de inovação tem sido o foco de atenção em diversos países, como guia para formulação de políticas publicas e também pelos empresários como instrumento de competitividade (CASSIOLATO; LASTRES; ARROIO, 2005). Entretanto, por tratar-se de uma temática complexa, esse processo de inovação tem apresentado grandes desafios para a

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DESENVOLVIMENTO LOCAL E INOVAÇÃO: UM OLHAR PARA O MUNICIPIO

DE SCHROEDER-SC.

Carla Eunice Gomes Corrêa (FURB/UNIVALI – [email protected] )

Walter Henrique Fritzke (FURB – [email protected])

Romero Fenili (FURB/UFSC – [email protected] )

RESUMO

A inovação também tem sido foco atual das discussões acadêmicas sobre o desenvolvimento

local. O conhecimento e a informação tornaram-se os alicerces para a criação de novos bens e

serviços, essenciais para sobrevivência das empresas perante a competitividade que se

desencadeia nos dias atuais, onde a inovação está inserida trazendo mudanças que influenciam

significativamente no processo de tomada de decisão. Estamos em uma época em que ao se

pensar em desenvolvimento, refletimos sobre um conjunto de dimensões que vão além das

questões econômicas, tais como: social, ambiental, cultural e políticas. Neste contexto, alguns

municípios brasileiros vêm na inovação uma forma de alavancar o desenvolvimento local.

Este artigo tem por objetivo analisar como a inovação pode ser indutora do desenvolvimento

local no município de Schroeder - SC. Para alcançar os objetivos inicialmente partiu-se de

uma revisão bibliográfica, visando estruturar a teoria em torno desta temática. Num segundo

momento coletou-se der dados secundários sobre a formação econômica do Município de

Schroeder - SC, que nos apresenta-se um panorama sobre a formação econômica do

município. O município de Schroeder devido sua característica de cidade dormitório, tem

enfrentado problemas de infra-estrutura urbana que contribuem diretamente neste processo de

desenvolvimento. Entretanto, o município vem trabalhando para realizar investimentos que

contribuam para a construção de um novo cenário. Assim, este artigo está organizado em três

seções, além da introdução. Na primeira, apresentamos a definição de desenvolvimento local

que orienta este trabalho. Em seguida, retomamos as principais abordagens sobre sistemas de

inovação. Na terceira seção, apresentamos uma breve contextualização sobre a formação

socioeconômica do município de Schroeder e as estratégias de inovação que possam

influenciar nas potencialidades de desenvolvimento do município.

Palavras-Chave: Desenvolvimento local; Inovação; Schroeder.

1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos e principalmente com a globalização dos mercados, o enfoque dos

sistemas de inovação tem sido o foco de atenção em diversos países, como guia para

formulação de políticas publicas e também pelos empresários como instrumento de

competitividade (CASSIOLATO; LASTRES; ARROIO, 2005). Entretanto, por tratar-se de

uma temática complexa, esse processo de inovação tem apresentado grandes desafios para a

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maioria dos países. No caso do Brasil, cujas disparidades regionais, influenciam diretamente

de forma negativa na eficácia de políticas públicas, pois, nem todas as regiões encontram-se

aptas para aproveitar as condições favoráveis das políticas nacionais, esse desafio tem sido

ainda maior.

Diante disso, o conhecimento e a informação tornaram-se os alicerces para a criação

de novos bens e serviços, essenciais para sobrevivência das empresas num ambiente de

competitividade. E, a inovação está inserida nestas mudanças de forma a influenciar

significativamente no processo de tomada de decisão, uma vez que é responsável pela

introdução de ferramentas que favorecem o desenvolvimento das empresas bem como, a

região onde está encontra-se inserida (CARVALHO, 2001).

O papel da região (território local) como indutor do desenvolvimento também tem

recebido maior destaque pelos economistas desde a década de 1980. Geralmente, os estudos

desenvolvidos por estes, tentam desenvolver metodologias que expliquem como os fatores

regionais ou locais podem potencializar o desenvolvimento econômico das regiões.

Entende-se por regiões localidades ou lugares que correspondem a uma certa área

geográfica de extensão sub-nacional. Essa área apresenta um determinado grau de

desenvolvimento, associado à presença de uma dada comunidade de indivíduos – pertencentes

a distintos grupos e classes sociais – e de suas atividades socioeconômicas (SCOTT, 1998;

CORRÊA, 2000).

Partindo deste contexto, este artigo tem por objetivo analisar como a inovação pode

ser indutora do desenvolvimento local no município de Schroeder - SC. Para alcançar os

objetivos inicialmente partiu-se de uma revisão bibliográfica, visando estruturar a teoria em

torno desta temática.

Num segundo momento coletou-se dados secundários sobre a formação econômica do

Município de Schroeder - SC, que nos apresenta-se um panorama sobre a formação

econômica do município.

Assim, este artigo está organizado em três seções, além da introdução. Na primeira,

apresentamos a definição de desenvolvimento local que orienta este trabalho. Em seguida,

retomamos as principais abordagens sobre sistemas de inovação. Na terceira seção,

apresentamos uma breve contextualização sobre a formação socioeconômica do município de

Schroeder e as estratégias de inovação que possam influenciar nas potencialidades de

desenvolvimento do município.

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2. DESENVOLVIMENTO LOCAL

A temática do desenvolvimento em nível local ganhou maior intensidade a partir dos

anos 90, devido à necessidade de se explorar estratégias de empreender as iniciativas de

desenvolvimento levando em consideração as particularidades e características de cada

localidade. Pode-se dizer que a teoria do local pode ser apresentada como o resultado do

esgotamento dos modelos tradicionais de desenvolvimento fundado no Estado nacional como

principal agente promotor do desenvolvimento, dando espaço ao território como indutor do

desenvolvimento.

Por tratar-se de um modelo de desenvolvimento ainda em construção a literatura

apresenta diversos conceitos. Para Buarque (1999, p. 9) entende-se por desenvolvimento local

“um processo endógeno registrado em pequenas unidades territoriais e agrupamentos

humanos capaz de promover o dinamismo econômico e a melhoria da qualidade de vida da

população”.

Já, Bosier (2005) coloca a temática do desenvolvimento local como um processo de

mudança sociocultural, mapeado pelo território próximo, ou seja, trata-se de um processo

caracterizado pelo caráter endógeno (autonomia, reinvestimento, inovação e identidade),

pelos agentes e cultura local, que tem como resultado uma sinergia que envolve o progresso

do território com o tecido social.

“Mais do que um simples conceito, o desenvolvimento local é um ideal. Traz consigo

a promessa de um modelo alternativo de desenvolvimento, de uma solução para o problema

do desenvolvimento desigual, para o crescimento impelido por forças exteriores.” (POLÈSE.

1998, p. 217).

Desta forma, a partir das colocações desses autores observa-se que o desenvolvimento

local apresenta uma abordagem integradora das dimensões econômicas, sociais, políticas e

técnicas, ou seja, o desenvolvimento não é apenas um fenômeno econômico, mas sim,

engloba uma mudança de cultura e de relacionamentos uma vez que os agentes interagem

entre si.

A mobilização dos atores locais, de um mesmo espaço geográfico são instrumentos

que tem possibilitado aos territórios novas formas de inserção produtiva e contribui para uma

atenuação das desigualdades sociais. Neste contexto, quando enfatizamos a questão local,

estamos propondo um modelo de desenvolvimento estruturado a partir dos próprios atores

locais, a partir de uma metodologia construída de baixo para cima.

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Geralmente, neste processo “as comunidades procuram utilizar suas características

específicas e suas qualidades superiores e se especializar nos campos em que têm uma

vantagem comparativa com relação às outras regiões” (HAVERI, 1996, apud BUARQUE,

2006, p 30).

Neste sentido, Tenório (2007) apresenta algumas características que marcam esse

processo como: (a) as localidades e as instituições são as forças motoras do desenvolvimento

econômico; (b) inicia-se uma análise interdisciplinar sobre o desenvolvimento econômico; (c)

as externalidades começa a se destacar, assim como as inovações; e formação do capital social

passa a ser o novo paradigma do ambiente competitivo.

Cabe salientar que cabe ao município identificar os espaços de competitividade de

acordo com as suas condições e potencialidades, ou seja, devem se estimular que mesmos as

atividades econômicas mais simples devem ser estimuladas a alcançar produtividade e

qualidade para que se tornem competitivas a médio e longo prazo (BUARQUE, 2006).

Buarque (2006) coloca ainda que embora, na grande maioria das vezes as decisões

externas – de ordem política ou econômica – tenham um papel decisivo na reestruturação

sócio-econômica do município ou localidade, o desenvolvimento local requer sempre alguma

forma de mobilização e iniciativas dos atores locais em torno de um projeto coletivo. Quando

esse processo ocorre de ordem inversa, geralmente as mudanças não se traduzam em efetivo

desenvolvimento e não sejam internalizadas na estrutura social, econômica e cultural local,

desencadeando a elevação das oportunidades, o dinamismo econômico e aumento da

qualidade de vida de forma sustentável. Devemos lembrar que “cada lugar é um lugar, [...] na

implantação do programa, deve-se considerar e respeitar a cultura local. Dentro de uma

mesma cidade, cada região é uma região, [...] cada vila é uma vila. E os resultados precisam

ser mais discutidos e analisados [...].” (PERUSO, 2010, p. 33).

A realidade tem mostrado que, para obter sucesso nos processos de

desenvolvimento local, é preciso manter um diálogo constante e construir parcerias

efetivas entre todos esses atores, estabelecendo novos padrões de governança

territorial, que possibilitem ampliar o alcance e evitar os riscos de gerar ações

altamente meritórias do ponto de vista conceitual, mas de impacto extremamente

reduzido quando confrontadas com a dimensão dos problemas que se dispõem a

enfrentar. Como realizar essa tarefa e qual o papel das fundações comunitárias na

instituição desses novos modelos de governança são alguns dos pontos que exigem

maior discussão e aprofundamento (SETUBAL; GABRIEL LIGABUE, 2010, p.

10).

Sendo assim, a reflexão a escala local, deve ser realizada a partir do cotidiano das

comunidades, isto é, devem ser observados os problemas relevantes, as potencialidades de seu

entorno ou lugar, porém, sem perder de vista suas interações com outras escalas ou níveis de

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análise, pois, “o local” é o um espaço interativo dos acontecimentos, onde se desenvolvem os

fenômenos naturais e humanos e estes por sua vez, produzem seus efeitos.

3. O PAPEL DA INOVAÇÃO NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO LOCAL

Os estudos sobre inovação na manufatura tiveram como ponto de partida o trabalho de

Schumpeter que, por sua vez, associou a inovação à possibilidade de desenvolvimento no

sistema capitalista (SCHUMPETER, 1988); sobretudo, a partir da descrição, já bastante

conhecida, do que denominou o processo de “destruição criadora” (SCHUMPETER, 1988).

O argumento de que o conceito de inovação é particularmente útil para países em

desenvolvimento, vem sendo reforçado na literatura internacional, de forma a evitar que os

esforços se concentrem nos países que já se encontram em posição tecnológica avançada.

Neste sentido, autores como Lundvall (2001) e Lastres; Albagli (1999), acreditam que a

definição de SNI possa ser útil como ferramenta analítica e como instrumento para a

promoção do crescimento econômico sustentável de países menos desenvolvidos e, portanto,

que são necessárias adaptações para contemplar as situações encontradas em tais nações.

[...] embora a noção de sistemas nacionais de inovação tenha sido elaborada com

base nas experiências dos países industrializados, esta também possui relevância

para a realidade dos países menos desenvolvidos. Neste contexto, é preciso analisar

não apenas o desenvolvimento local de tecnologia, mas também os processos de

transferência internacional. Os autores enfatizam que estes sistemas são bastante

influenciados pelas políticas publicas, sejam as voltadas ao desenvolvimento

científico e tecnológico, sejam aquelas relativas à promoção de concorrência entre

as firmas domésticas. (IGLIORI, 2001).

Freemann (1995) constrói uma ampla análise evidenciando as diferenças dos sistemas

nacionais de inovação no Japão, Rússia, Leste Asiático (contempla os quatro “Tigres

Asiáticos”) e América Latina (especialmente o Brasil). Para os dois últimos grupos de países,

o autor mostra que há, nos anos 80, uma forte diferença entre os seus sistemas. Os países do

leste asiático em 1950 possuíam uma fraca base industrial se comparado com a da América

Latina. Porém, nos anos 80 esta situação se inverteu. Segundo Freeman (1995), a situação

pode ser explicada pelas mudanças sociais implementadas, com ênfase para a educação

universal e reforma agrária, que proporcionaram significativas melhorias naqueles países.

Bartsch; Antunes (2007) colocam que na América Latinas as políticas voltadas a

inovação das industriais, como de ciência e tecnologia são retóricas. Os investimentos nessas

áreas tem se desenvolvido, mas ainda há muito por se fazer. As literaturas sobre o assunto

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apontam que, inclusive o Brasil possui um SNI com estrutura fraca, que ainda não cumpre por

completo o papel de facilitador, mediador e indutor dos fluxos de conhecimento capaz de

desenvolver os processos de aprendizagem que, por sua vez, estimulam os processos de

inovação.

De acordo com Casiolato; Lastres (2007), o conceito de sistemas produtivos e

inovativos locais no Brasil, foi criado e desenvolvido pela Rede- Sist, na década de 1990 e

rapidamente incluído nas discussões acadêmicas e governamentais.

Após uma década, podemos observar no contexto brasileiro que ciência, tecnologia,

indústria e inovação, são temas que estão cada vez mais inseridos como alicerces das

sociedades atuais, que buscam incessantemente um modelo de desenvolvimento baseado na

inteligência e informação.

Neste sentido, Bartsch; Antunes (2007) colocam que cada vez mais, a busca pelo

desenvolvimento tem evidenciado que este caminho tem como pontos fundamentais a ciência,

a tecnologia e a inovação. Para esses autores, trata-se de uma relação complexa, que vai além

de questão de fazer ciência para depois se alcançar patamares tecnológicos, é necessário

compreender que o processo de inovação e construção da competitividade local, envolve uma

série de fatores tais como: financiamento, condições macroeconômicas, além do

desenvolvimento científico e tecnológico.

De acordo com Rodrigues; Salmi (2008) o investimento público em pesquisa necessita

ser precisa ser mais eficiente, não apenas para produzir mais conhecimento e tecnologia, mas

para criar uma infra-estrutura que possibilite comercializar e disseminar esse novo

conhecimento.

4. CARACTERIZAÇÃO HISTÓRICA, GEOGRÁFICA E ECONÔMICA DE SCHROEDER

O município de Schroeder está localizado ao norte do estado de Santa Catarina. O

município possui uma área territorial de 143,4 Km², e faz divisa com os municípios de

Joinville, Jaraguá do Sul e Guaramirim (Figura1). Em 2010 a população era de 15,3mil

habitantes e o município contava com 16,2 mil habitantes, sendo que a e teve a grande

maioria em área urbana, ou seja, cerca de 80% da população.

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Figura 1 – Mapa de Localização do Município e Schroeder-SC.

A colonização do município iniciou no início do século XX com os imigrantes

alemães. Até nos dias atuais, ainda podemos encontrar os traços germânicos no povo e na

cultura do município.

O nome do município tem origem com o senador alemão Christian Mathias Schroeder,

de Hamburgo, que recebeu as terras onde hoje está localizada Schroeder, para que fossem

colonizadas. Desde o início o município teve sua economia baseada na subsistência, tendo na

agricultura o principal segmento econômico do município na época, até os tempos recentes.

O minifúndio sempre havia sido a principal fonte de renda da população, mas com o

passar dos tempos, a concorrência dos produtores agrícolas, e a divisão das terras entre as

novas gerações, o Schroedense (gentílico da população de Schroeder), sentiu-se obrigado a

procurar por novas fontes de renda.

Devido ao município estar localizado entre duas cidades industrializadas, Joinville e

Jaraguá do Sul, este passou a ser denominada como cidade dormitório, pois, com a ausência

de postos de trabalho, que absorva a população economicamente ativa, a população começou

a buscar emprego nas cidades vizinhas e, retornavam a cidade a noite para dormir.

Com isso, desde então se observa um êxodo da população para as regiões urbanas da

cidade, e a agricultura passou a representar cada vez menos a economia de Schroeder. Isso se

comprova ao se observar o PIB da agricultura que atualmente é de R$ 6,6 milhões, enquanto

que a indústria apresenta um PIB de R$ 70,3 milhões.

Dados recentes, disponibilizados pelo Ministério do Trabalho observa-se que, de Julho

de 2010 a julho de 2012, surgiram na cidade 1,25% mais empregos, ou seja, mais do que a

média estadual do período (0,2%). A maioria das vagas surgiu na indústria de transformação,

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que, em 31 meses, aumentou em 1,99% a quantidade de empregos formais criados pelo setor.

Mas este cenário ainda não é o suficiente para que a cidade deixe de ser cidade dormitório.

A taxa de crescimento demográfico do município foi de 3,5%, ultrapassando a média

de crescimento nacional que foi de 1.6%.

4.2 – DESAFIOS AO PROCESSO DE INOVAÇÃO NO MUNICIPIO DE SCHROEDER

O município de Schroeder, assim como outros municípios da região do Vale do

Itapocu1, apresentam potencialidades ao desenvolvimento local, porém enfrentam ainda vários

obstáculos que influenciam diretamente neste processo. Desta forma, podemos observar

diversos fatores contribuem de forma positiva ou negativamente para esse desenvolvimento,

por exemplo, a mão-de-obra. O alto crescimento demográfico possibilitou a concorrência

entre mão-de-obra e por consequência a necessidade de qualificação profissional por parte do

proletariado.

Tabela 1 – Número de Empresas e Trabalhadores por segmento econômico.

Segmentos Econômicos Nº

Emp.

Trab. %

Rem. Média

mensal

Extrativa mineral 1 1 0,0% 1.381,67

Indústria de transformação 112 2.583 68,2% 1.292,53

Serviços industriais de utilidade pública 1 3 0,1% 1.001,46

Construção civil 7 54 1,4% 813,54

Comércio 77 451 11,9% 1.072,95

Serviços 61 252 6,7% 1.343,70

Administração pública 2 384 10,1% 1.474,24

Agropecuária, extrativa vegetal, caça e

pesca 20 61 1,6% 737,84

Total 281 3.789 100,00% 1.272,25

Fonte: RAIS-2010/SENAI-2010.

Observa-se na tabela 1 que em 2010 o município empregou um total de 3.789 pessoas

nos principais segmentos econômicos. Deste total a indústria de transformação foi

responsável por absorver 68% desta mão-de-obra, ou seja, 2.583 pessoas. Entende-se que

1 O Vale do Itapocu é uma região que abrange politicamente sete municípios: Barra Velha, São João do Itaperiú,

Massaranduba, Guaramirim, Schroeder, Jaraguá do Sul e Corupá.

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qualificação da mão-de-obra é um fator primordial para o desenvolvimento local, com relação

ao processo de inovação.

O Município de Schroeder tem um bom potencial de mão-de-obra a ser explorado,

mas para tanto, assim como em todo o território brasileiro, é necessário que sejam criadas

novas vagas de trabalho, para que seja possível realocar a mão-de-obra qualificada em

funções que demandem maior produtividade e necessidade de inovação.

O fato de o município estar localizado entre dois pólos industriais, e a razão de

Schroeder oferecer excelente qualidade de vida, foram fatores decisivos para esse aumento

populacional. Hoje já existe mão-de-obra abundante no município, mas que por certas razões

não está sendo aproveitada pelas empresas de Schroeder. Notam-se dois principais aspectos

que contribuem para que o município ainda tenha a fama de “cidade dormitório”, são eles:

baixa criação de vagas de trabalho em Schroeder, e a renda real média ser maior nas cidades

vizinhas.

O primeiro aspecto pode apresentar incoerência, considerando que ocorre também que

as empresas do municio empregam mão-de-obra de outras cidades, mas esse fenômeno pode

ser explicado pela qualificação da mão-de-obra que ocorre em maior grau nas cidades

vizinhas, considerando que as mesmas possuem mais opções de ensino e qualificações.

Outro fator a se destacar a infra-estrutura urbana do município. A ausência de

infraestrutura urbana, do município tem dificultado a comercialização de terrenos e com isso,

as novas famílias que chegam ao município já não conseguem mais o acesso de moradias.

Essa falta de infra-estrutura, principalmente em relação a energia elétrica e saneamento

também é um fator que impede a expansão das atividades econômicas, pois, para instalar suas

unidades fabris, a empresas necessitam realizar um alto investimento na compra de geradores

o que torna a implantação no município inviável economicamente.

Desde 1988 com a Constituição Federal, os municípios adquirem a autonomia política,

com a escolha direta de seus governantes e para elaboração da lei orgânica e demais leis

necessárias para a gestão municipal (TEXEIRA, 2002). Isso faz com que suas competências

sejam ampliadas em áreas prioritárias como: a política urbana e transportes coletivos. Assim,

a literatura aponta a gestão publica como um dos fomentadores do desenvolvimento local, e

cabe as prefeituras, através de políticas públicas, criar os mecanismos necessários.

Políticas públicas são diretrizes, princípios norteadores de ação do poder público;

regras e procedimentos para as relações entre poder público e sociedade, mediações

entre atores da sociedade e do Estado. São, nesse caso, políticas explicitadas,

sistematizadas ou formuladas em documentos (leis, programas, linhas de

financiamentos) que orientam ações que normalmente envolvem aplicações de

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recursos públicos. Nem sempre porém, há compatibilidade entre as intervenções e

declarações de vontade e as ações desenvolvidas. Devem ser consideradas também

as “não-ações”, as omissões, como formas de manifestação de políticas, pois

representam opções e orientações dos que ocupam cargos (TEXEIRA, 2002, p. 2).

Sendo assim, observa-se que cada vez mais aumenta a responsabilidade do município

em relação em relação às iniciativas voltadas para a melhoria das condições de vida e à busca

de soluções dos problemas urbanos e, enfim, da gestão local (VITTE, 2006).

É importante enfatizar que nos pequenos municípios a cobranca por parte da sociedade

em relação a esta responsabilidade é maior, pois, de acordo com as colocações de Bacelar

(2005, p. 6) “Na pequena com a cidade, os endereços não têm a menor importância. Conhece-

se a pessoa pelos apelidos ou filiação.” Neste espaço, a cultura ainda apresenta pequenos

detalhes e sentimentos, que não percebemos nas médias e grandes dos centros urbanos.

Outro aspecto que não favorece ao desenvolvimento do município está no fato de que

a media salarial paga pelas empresas dos municípios vizinhos, faz com que os munícipes

venham a se deslocar em busca de colocação profissional.

1033,18

1682,49

1724,95

999,24

2379,62

929,65

1350,081263,69

813,54

770,85

1001,46

680,73

1381,67

R$ -

R$ 500,00

R$ 1.000,00

R$ 1.500,00

R$ 2.000,00

R$ 2.500,00

Renda Média Mensal por Segmento

Renda Média Mensal

Figura 2 – Média salarial paga pelos segmentos econômicos – Jan/2010.

Fonte: Rais 2010

A média salarial do município de Schroeder está em R$ 1.282,44. O segmento que

possui a maior média salarial é a eletroeletrônica com uma média de R$ 2.379,00. Seguido do

metalmecânico com R$ 1.724,25 e da Metalurgia R$ 1.682,00.

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Embora os segmentos que trabalham com maior nível de salários sejam os que

também investem em tecnologia e inovação, traçar perspectivas futuras para o município

através do processo de inovação ainda é um desafio e parece ser uma realidade muito distante.

4.3 – POTENCIALIDADES DO MUNICÍPIO COM RELAÇÃO AO

DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO

Schroeder apresenta muito potencial imobiliário a ser explorado, o fim do minifúndio

deu lugar a áreas para construir indústrias, e esse fenômeno já está podendo ser notado em

algumas regiões do município que antes eram conhecidas pela agricultura, e hoje já abrigam

plantas industriais.

O potencial logístico onde o município está se enquadrando pode, e certamente será,

um dos fatores primordiais para a expansão da indústria e inovação. Esse potencial logístico

que agregará valor ao desenvolvimento de Schroeder diz respeito à duplicação da rodovia BR-

280, no trecho de São Francisco do Sul a Jaraguá do Sul, onde Schroeder será contemplada. A

rodovia, que hoje não passa pelo município de Schroeder, irá contornar a cidade de Jaraguá do

Sul e, portanto, irá adentrar no município de Guaramirim, e passar por Schroeder.

O bairro por onde irá passar o novo trecho da rodovia (o bairro Schroeder I), já está

sentindo os fenômenos econômicos que essa obra está proporcionando. Como por exemplo, a

valorização imobiliária e a procura de lotes industriais por empresas que pretendem se

estabelecer próximo à rodovia.

O segundo fenômeno que se espera com a alocação de novas indústrias no município é

o investimento de capital pela iniciativa privada, que irá gerar novas oportunidades de

trabalho em Schroeder, o que por sua vez irá proporcionar uma “guerra-salarial” entre as

empresas para conseguirem mão-de-obra.

Se os dois fatores supracitados atenderem as expectativas, é possível que então a renda

média mensal de Schroeder eleve-se a um nível competitivo das cidades vizinhas, fazendo

com que Schroeder tenha em suas fábricas a mão-de-obra que supostamente lhe pertence.

Mas não são apenas as ações do governo federal que interferem no desenvolvimento

de Schroeder. O governo do município também tem suas metas e ambições que favorecem o

crescimento do município, como a expansão da urbanização de Schroeder, que pode ser

verificada com os projetos de expansão das vias, entre elas a tão esperada Avenida dos

Imigrantes, que trará maior visibilidade ao município.

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De acordo com o Prefeito Municipal de Schroeder, o Exmo. Sr. Osvaldo Jurck, as

empresas também serão diretamente afetadas positivamente por novos incentivos que o

município de Schroeder irá oferecer. Ele também afirma que num futuro bem próximo

empresas de grande potencial na região irão se estabelecer na cidade.

5. CONCLUSÃO

Observou-se no desenvolvimento deste trabalho que o município de Schroeder

apresenta um crescimento contínuo, porém, por questões históricas, políticas e até mesmo

geográficas, fizeram com que este pequeno município localizado ao norte do Estado de Santa

Catarina tivesse um desenvolvimento menor comparado às cidades próximas, como Joinville

e Jaraguá do Sul, porem, nunca um crescimento nulo.

Como descreve o artigo, o desenvolvimento local é tratado como um processo de

iniciativas endógenas, cujos traços socioculturais são fatores que influenciaram no resultado

final. E a integração de agentes econômicos (tal como, órgãos públicos, iniciativa privada e

comunidade), é de extrema importância para o processo desenvolvimento local, seja, no caso

o município de Schroeder ou outra localidade.

Por conseqüência do desenvolvimento latente do município, observa-se que o grau de

inovações e processos inovativos em Schroeder é bastante baixo. Identificamos como maiores

gargalos de desenvolvimento e da inovação no município, a falta de mão-de-obra qualificada

e a saturação da infraestrutura urbana, o que limitam o avanço na região.

Conclui-se que sem o investimento na qualificação profissional, o desenvolvimento

local fica restrito a iniciativas externas. Atualmente, encontramos poucos agentes

qualificadores de mão-de-obra no município. Um dos principais agentes que atua como

formador de mão-de-obra qualificada é a unidade de Serviço Nacional de Aprendizagem

Industrial (SENAI), de Schroeder, que nos últimos anos vem formando profissionais

qualificados para o mercado de trabalho.

Também é possível estimar que o crescimento de Schroeder deve passar por um

período mais intenso, considerando que haverá no município alto potencial logístico, e

aumento no número de indústrias. E com isso a demanda de empregos tende a crescer, e com

isso o nível de renda. Mas para que haja maior desenvolvimento logo, mais inovação, é

necessário que as empresas possuam o discernimento de realocar a mão-de-obra qualificada

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para funções de maior produtividade, e com isso também incentivar o aprimoramento

profissional com níveis superiores de renda.

Espera-se do município, portanto, atuar como um agente facilitador do

desenvolvimento endógeno, a atuar mais forte nas vantagens comparativas que o município

detém. E, principalmente desenvolver a infraestrutura, para que o crescimento não seja

impedido por questões de infraestrutura urbana como o caso da capacidade energética, ou de

saneamento, fatores estes que não só inibem o crescimento demográfico, como também,

impedem a alocação e expansão de novas plantas industriais em Schroeder.

Contudo, não são apenas ações estruturalistas que o município pode tomar para

desenvolver, pode também, por exemplo, incentivar as empresas mais inovadoras e produtivas

e também facilitar o acesso de profissionais para conseguirem atingir maior grau de

qualificação.

O município de Schroeder certamente tem muito potencial, e irá crescer muito nos

próximos anos. A cidade está localizada em uma região próspera, e de grande valor

sociocultural. Mas o desenvolvimento local se depara com desafios, tanto para a gestão

pública municipal, como para a iniciativa privada. E dado o tamanho do município, qualquer

iniciativa tem reações para a população. Entende-se, portanto, não ser papel exclusivo do

governo municipal o desenvolvimento do município, e sim de todos os agentes que interagem

nesse mesmo sistema econômico e cultural.

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