Desertificação

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Desertificao

Desertificao:Definio;Processo;Causas;Consequncias;Mapeamento da rea em Portugal suscetvel;Medidas de combate e preveno em Portugal.PONTOS A ABORDAR2A desertificao um processo de degradao da terra com reduo ou perda da produtividade biolgica e econmica que ocorre sobretudo em zonas ridas e semi-ridas. Resulta de fatores como a eroso do solo e degradao da vegetao, podendo ser exacerbada por alteraes climticas e presso humana. WWF (2008)

Definio de DesertificaoFigura 1 Desertification, de James Lyons.

Nos ecossistemas em regies mais ridas, a vegetao est mais dispersa, e consequentemente, o solo fica mais exposto aos raios solares, ao impacto direto da chuva e a matria orgnica apresentasse em menor quantidade. Aliado a condies climatricas extremas, como longos perodos de seca, ocorre a dissecao do solo e formada uma camada impermevel, j em ocasies de chuva intensa, a superfcie do solo rapidamente coberta de gua, e eventualmente acaba por se perder atravs da evaporao e do escoamento superficial.Num ecossistema em equilbrio, podem ocorrer perturbaes causadas pelo homem. A existncia de gado leva reduo da vegetao, acrescendo ainda o facto de que o sucessivo pisoteio poder levar perda total do coberto vegetal e compactao do solo. Processo de desertificaoAs causas associadas ao fenmeno da desertificao, tm na sua origem a interao entre os fatores naturais e antrpicos.Causas de Desertificao:Eroso do solo;Incndios;Mau uso da gua;Salinizao;Abandono da Terra;Mudanas Climticas.

Causas de Desertificao

Figura 2 - Seca

Figura 3 - Fogos florestaisFigura 4 Abandono de terrasEroso do solo;Pode ser classificada como eroso elica e eroso hdrica.

Causas de desertificaoFigura 5 - Eroso do solo pelo vento, EuroGeoSurveys The Geological Surveys of Europe; http://www.eurogeosurveys.org/soils1a.html A eroso elica est relacionada com a ao exercida pelo vento sobre o solo. A intensidade da eroso varia consoante a fora do vento e a durao exercidas sobre determinado local entre outros factores (A. Imesonet al, 2008)

A eroso hdrica atua atravs de vrios processos, entre eles destacam-se:Causas de desertificAOA eroso laminar resulta da escorrncia superficial e remoo de uma camada de solo fina bastante uniforme, causada pelas guas das chuvas;A eroso em sulcos ocorre quando em zonas declivosas se formam diversos canais, de forma aleatria, resultantes do transporte de sedimentos pela gua das chuvas;A eroso em barrancos resulta da acumulao de gua num curto perodo de tempo. A presso da gua origina canais estreitos atravs da remoo do solo, podendo atingir os 50cm e os 30m de profundidade;

A eroso de splash que causada pelo impacto das gotas da chuva no solo, sem coberto vegetal, deslocando e movimentando pequenas partculas;

Incndios;Perda do coberto vegetal;As alteraes na estrutura dos solos modificam a interaco com o impacto da chuva e sua infiltrao e evapotranspirao, transformando os fluxos de gua devido ao aumento da escorrncia (R.Vallejo, 2008);As medidas de proteo e conservao do solo como a remoo de rvores queimadas e a replantao de rvores favorecem a compactao e o pisoteio do solo;Se a vegetao que surge aps o incndio servir para pastoreio, ter impacto directo devido ao pisoteio e compactao pelo gado, favorecendo mais uma vez a actuao da escorrncia.Causas de desertificao

Figura 10 Parque Natural da Serra da Estrela, Nelson GarridoMau uso da gua;Em Pases como os do Norte do Mediterrneo a irrigao essencial para assegurar a produo agrcola. As prticas incorrectas de regadio do muitas vezes origem a eroso por uso excessivo da gua. A utilizao dos aquferos subterrneos, resultante da escassez de gua, pode levar ao processo de degradao do solo, a salinizao. Pois a utilizao desses aquiferos podem conter elevados nveis de sais.Causas de desertificao

Figura 11 - Sistemas de regadio no MontijoSalinizao a concentrao de sais, superfcie, causada pela evapotranspirao intensa, principalmente em locais de climas ridos ou semi-ridos, onde normalmente existe drenagem insuficiente.O processo de salinizao s ocorre quando os nveis de transpirao e de evapotraspirao so superiores aos nveis de precipitao e infiltrao.A agricultura contribui em grande escala para a propagao deste fenmeno devido aos elevados consumos de gua e degradao qumica resultante.Em resultado deste processo, a vegetao pode ver o seu crescimento reduzido ou at mesmo estagnado.

Causas de desertificaoAbandono de TerraA transformao do uso do solo de uma rea de floresta ou outro tipo de vegetao natural em rea agrcola vai expor o solo, ficando este mais expostos eroso;Quando o solo se mostra incapaz de produzir, d origem s migraes da populao das reas rurais para as reas urbanas;

A mudana de uso do solo de uma rea agrcola para uma rea de pastagens, pode, devido ao sobrepastoreio dar origem desertificao Kosmas, C. et al. (2008)Causas de desertificao

Figura 12 Abandono de Terras na Serra da Estrela, foto de Paulo Lucas Mudanas ClimticasDiminuio da precipitao anual, e perodos de seca mais prolongados conduzem a um aumento da suscetibilidade do risco de incndio.Forte impacto nos ecossistemas naturais assim como nas actividades humanas na regio.Decrscimo da produo agrcola alado a uma maior presso sobre o uso da gua.

Causas de desertificaoFigura 13 Seca em Portugal, fonte: http://noticias.sapo.pt/fotos/seca-em-portugal_205800/4f79da207138a57804000004/#verfoto

Num Pas em Desenvolvimento as consequncias mais visveis so a fome, a doena por m nutrio (sarampo, tracoma, bilharziose), a emigrao e morte prematura, causadas pelas colheitas sucessivamente insuficientes, e a perda de gado (F.K. Hare, 1992);Em Pases Desenvolvidos as consequncias mais visveis da desertificao so a diminuio do rendimento dos agricultores e consequente abandono das terras, como se tem verificado nos Pases do Mediterrneo (Kosmas, C. et al. 2008);Pobreza e desemprego;Perda de biodiversidade.CONSEQUNCIAS Da DESERTIFICAOPortugal um dos pases da Europa onde a desertificao tem j uma grande relevncia, com cerca de 68% do territrio sujeito desertificao.

Mapeamento da rea em Portugal suscetvel a desertificao

Figura 14 Indice de susceptibilidade dos solos desertificao (IDRHa & EAN 2003)Mapeamento da rea em Portugal suscetvel a desertificao

Figura 15 - Carta da Susceptibilidade Desertificao (Clima x Solos x Vegetao xx Uso do Solo) (DISMED 2003)Figura 16 Percentagem de reas suscetveis a desertificao em PortugalMapeamento da rea em Portugal suscetvel a desertificao

Figura 18 - Crescimento populacional negativo dos concelhos para Portugal Continental 1990 / 2000 (DISMED 2003)Figura 17 - Densidade populacional das freguesias do Continente 2000 (DISMED 2003)A desertificao um processo fortemente influenciado pelo homem, como tal, a este que compete tomar medidas, para evitar todos os processos que possam facilitar a sua propagao.Segundo o PANCD as medidas que devem ser tomadas so:Conservao do solo e da gua;Manuteno da populao ativa nos meios rurais;Recuperao das reas mais afetadas pela desertificao;Investigao, experimentao e divulgao;Integrao da Desertificao nas polticas de desenvolvimento.

Medidas de combate e prevenodo processo de desertificao em portugal

Figura 19 Exemplos da qualidade da gua nos solosFigura 20 Terraos de videiras no DouroFigura 21 Cultivo em deserto no Chile

Conservao do solo e da guaGarantir a aplicao de boas prticas agrcolas e silvcolas;Ampliao dos apoios agricultura biolgica e certificao de produtos de qualidade;Reforo dos apoios agricultura familiar;Ampliao das ajudas manuteno de macios de espcies autctones;Reforar os apoios manuteno de reas agrcolas no interior da floresta;Reforo dos sistemas de deteo e preveno de incndios;Elaborao de planos de emergncia para situaes de seca;Considerao dos contributos dos planos de bacias hidrogrficas na problemtica da desertificao;Ampliao da limpeza e conservao das linhas de gua;Monitorizao da poluio urbano-industrial;Apoio reutilizao de guas residuais.

Medidas de combate e prevenodo processo de desertificao em portugalManuteno da populao ativa nos meios ruraisGarantir o correto ordenamento e gesto do territrio;Promover a reconverso da agricultura, de modo, a incentivar a sua multifuncionalidade (sistema silvoagropastoril);Encorajar a manuteno da produo tradicional que em termos ambientais gera efeitos positivos;Apoiar a atividade florestal e garantir a gesto sustentvel da floresta;Garantir o desenvolvimento e consolidao das cidades, vilas e outros centros populacionais de pequena e mdia dimenso;Apoiar a reabilitao imobiliria e a recuperao do patrimnio.

Medidas de combate e prevenodo processo de desertificao em portugal

Figura 22 Aldeia de Santa Marinha em Chaves, foto de Fernando RibeiroRecuperao das reas mais ameaadas pela desertificaoPromover a drenagem e a conservao dos solos;Incentivar e apoiar a requalificao ambiental;Reforar os apoios florestao e beneficiao florestal de proteo;Ampliar e adaptar as medidas agro-ambientais aos objetivos de combate desertificao;Promover e garantir a defesa dos montados;Modular o tipo e o nvel dos apoios agricultura e silvicultura em funo do grau de suscetibilidade desertificao;Qualificar e valorizar os territrios.Medidas de combate e prevenodo processo de desertificao em portugalInvestigao, experimentao e divulgaoInvestigao das causas das secas e da desertificao;Investigao e aplicao de meios de combate seca;Harmonizao das cartas de solos portuguesas e da Unio Europeia;Projetos-piloto sobre a defesa e valorizao dos montados;Enriquecimento dos programas escolares e universitrios;Formao de tcnicos especializados;Organizao de campanhas pblicas de divulgao sobre a desertificao;Divulgao do PANCD.Medidas de combate e prevenodo processo de desertificao em portugal

Figura 23 Esta terra a tua terra Fonte:http://www.earthaction.org/20-years-of-achievements.htmlIntegrao da Desertificao nas polticas de desenvolvimentoPonderao das necessidades associadas luta contra a desertificao e seca no mbito dos trabalhos de ordenamento e gesto do territrio;Considerao dos objetivos estratgicos e especficos do PANCD nas medidas e nos instrumentos de poltica para o desenvolvimento econmico e social;Refletir os objetivos do PANCD nos exerccios de programao associados a apoios comunitrios, nomeadamente no mbito do ambiente, da agricultura, do desenvolvimento rural e das infra-estruturas.Medidas de combate e prevenodo processo de desertificao em portugalCounti, J.B. 2008. O conceito de desertificao. Climatologia e Estudos da Paisagem. 3(2): 39-52Imeson. A. Introduo geral degradao da terra e desertificao. LUCINDA. Disponvel em http://geografia.fcsh.unl.pt/lucinda/booklets/A1_Booklet_Final_PT.pdf Rosado. L. 2004. Indicadores de Desertificao para Portugal Continental. Direco-Geral dos Recursos FlorestaisIMESON, A., CURFS, M. (2008), Eroso do Solo, LUCINDA. Disponvel em http://geografia.fcsh.unl.pt/lucinda/booklets/B1_Booklet_Final_PT.pdfVALLEJO, V.R. VALDECANTOS, A. (2008), Incndios, LUCINDA. Disponivel em http://geografia.fcsh.unl.pt/lucinda/booklets/B2_Booklet_Final_PT.pdfIANNETTA, M., COLONNA, N. (2008), Salinizao, LUCINDA. Disponvel em http://geografia.fcsh.unl.pt/lucinda/booklets/B3_Booklet_Final_PT.pdfKOSMAS, C. YASSOGLOU, N., KOUNALAKI, A., KAIRIS, O. (2008), Abandono de Terra, LUCINDA. Dispovvel em http://geografia.fcsh.unl.pt/lucinda/booklets/B4_Booklet_Final_PT.pdfKATAVITIS, C.A. (2008), Uso da gua, LUCINDA. Disponvel em http://geografia.fcsh.unl.pt/lucinda/booklets/B5_Booklet_Final_PT.pdfZDRULI, P. 2008, Litoralizao, LUCINDA. Disponvel em http://geografia.fcsh.unl.pt/lucinda/booklets/B6_Booklet_Final_PT.pdfGOODESS, C. (2008), Alteraes climticas, Desertification processes, LUCINDA. Disponvel em http://geografia.fcsh.unl.pt/lucinda/booklets/B7_Booklet_Final_PT.pdfPANCD (1998). Disponvel em http://www.afn.min-agricultura.pt/portal/pancd/resource/ficheiros/cnccd/PAN%20UNCCD%20portugal-eng.pdf/viewVAN BUREN COUNTY COMMUNITY CENTER (2003), Major Categories of Erosion, Land Use Planning Information, Soil Erosion. [Online] Disponvel em: http://www.vbco.org/planningeduc0042.aspbibliografia