determinação de acido acetico em vinagre

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Resumo O vinagre é uma solução aquosa diluída onde predomina o ácido acético proveniente da oxidação bacteriana do etanol da cana, das uvas ou de outras frutas. Por ser um produto amplamente utilizado e de fácil comercialização, é de extrema importância que este produto esteja dentro dos padrões exigidos pela legislação. Para consumo, esta solução deve ter entre 4% e 6% (m/v) de ácido acético, uma vez que a legislação brasileira estabelece em 4% o teor mínimo de ácido acético para o vinagre comercial. Nesse experimento procurou-se determinar o teor de ácido acético encontrado em uma amostra, por meio de titulação. Vale ressaltar que a escala de medida no final será expressa em porcentagem (%). Pela razão do ácido acético ser um ácido fraco (Ka = 1,753 x 10 -5 ), foi utilizada a técnica de titulação com uma solução padronizada de NaOH (Hidróxido de sódio) base forte, usando fenolftaleína como indicador. Alguns conhecimentos serão abordados a fim de estabelecermos uma ponte ao resultado final, tais como, concentração em mol/L e a acidez total do vinagre em % m/V. PALAVRAS CHAVES: Vinagre; Ácido acético; Titulação

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Resumo

O vinagre é uma solução aquosa diluída onde predomina o ácido acético

proveniente da oxidação bacteriana do etanol da cana, das uvas ou de outras

frutas. Por ser um produto amplamente utilizado e de fácil comercialização, é

de extrema importância que este produto esteja dentro dos padrões exigidos

pela legislação. Para consumo, esta solução deve ter entre 4% e 6% (m/v) de

ácido acético, uma vez que a legislação brasileira estabelece em 4% o teor

mínimo de ácido acético para o vinagre comercial. Nesse experimento

procurou-se determinar o teor de ácido acético encontrado em uma amostra,

por meio de titulação. Vale ressaltar que a escala de medida no final será

expressa em porcentagem (%). Pela razão do ácido acético ser um ácido fraco

(Ka = 1,753 x 10-5 ), foi utilizada a técnica de titulação com uma solução

padronizada de NaOH (Hidróxido de sódio) base forte, usando fenolftaleína

como indicador. Alguns conhecimentos serão abordados a fim de

estabelecermos uma ponte ao resultado final, tais como, concentração em

mol/L e a acidez total do vinagre em % m/V.

PALAVRAS CHAVES: Vinagre; Ácido acético; Titulação

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INTRODUÇÃO

O vinagre é um condimento de largo uso produzido pela fermentação de

matérias amilosas. O vinagre comestível é uma solução aquosa diluída onde

predomina o ácido acético proveniente da oxidação bacteriana do etanol da

cana, das uvas ou de outras frutas. Embora o vinagre contenha outros ácidos

orgânicos o teor de acidez é expresso em termos de ácido acético. A solução

contém de 4 a 8% m/v de ácido acético.[1]

O ácido acético, bem como a maioria dos ácidos orgânicos, é um ácido fraco e

deve ser determinado por reação com uma base forte com a qual reage rápida

e completamente sendo, portanto, compatível com o método volumétrico. O

titulante utilizado foi a solução padronizada de hidróxido de sódio com

concentração em torno de 0,1 mol/L, colocado em uma bureta de 10,00 mL. [1]

Através da titulação acido-base, é possível determinar a quantidade de uma

substancia acida ou básica, presente na amostra. Assim, a titulação de uma

solução ácida ou com uma solução básica é a determinação exata de base que

é quimicamente equivalente à quantidade de acido presente. O ponto em que

isso ocorre é o ponto de equivalência, a solução resultante contém o sal

correspondente. [2]

O ácido acético (CH3COOH) é um ácido fraco (Ka = 1,753 x 10-5), monoprótico,

ele é amplamente usado em química industrial na forma de ácido acético

glacial 99,8% (m/m) (densidade de 1,051gcm-3) ou em soluções de diferentes

concentrações, cuja concentração pode ser determinada facilmente por

titulação com uma solução de base forte, usando fenolftaleína como indicador,

pois sua viragem acontece em um intervalo de pH: 8,3 a 10. Utilizando

hidróxido de sódio como a base forte, a reação que se processa na titulação é:

[2]

CH3COOH (aq) + NaOH (aq) ↔ CH3COONa (aq) + H2O (l)

A acidez do vinagre comercial corresponde ao teor de ácido acético, que

é seu componente mais importante da oxidação do álcool no processo de

acetificação. O vinagre para consumo deve ter entre 4% e 6% (m/v) de ácido

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acético. A legislação brasileira estabelece em 4% o teor mínimo de ácido

acético para o vinagre comercial.[2]

A legislação brasileira estabelece em 4% o teor mínimo de ácido acético

para vinagre, como demonstrado na tabela 1:

Variáveis Vinagre (Branco)

Vinagre (Tinto)

Intervalo de Confiança

Média Intervalo de Confiança

Média

Acidez total (g % em ácido acético)

4,34 - 4,63 4,49 4,40 - 4,79 4,59

Acidez volátil (g % em ácido acético)

4,24 - 4,44 4.34 4,20 - 4,62 4,40

Acidez fixa (g % em ácido acético)

0,10 - 0,20 0,15 0,14 - 0,23 0,18

Tabela 1: Características Analíticas de Acidez do Vinagre.

Os vinagres são geralmente coloridos, mas após as diluições a cor não é

suficientemente intensa que possa prejudicar a valorizações do ponto final da

titulação. Também, as pequenas quantidades de outros ácidos presentes são

simultaneamente tituladas com o ácido acético e a acidez total é expressa em

termo do ácido acético. [3]

O “vinagre de álcool” distribuído comercialmente em sua essência é

basicamente uma solução de ácido acético diluído (com menores quantidades

de outros componentes) e, é produzido pela oxidação bacteriana aeróbica (do

gênero Acetobacter) do álcool etílico a ácido acético diluído, conforme indicado

nas reações a seguir: [2]

1ª Reação: 2CH3CH2OH + O2 2CH3CHO + 2H2O

2ª Reação: 2CH3CHO + O2 2CH3COOH

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Materiais e métodos

Materiais:

Erlenmeyer de 125 ml;

Béquer de 50 ml;

Pipetas volumétricas de 5 ml;

Bureta de 10 ml;

Proveta;

Balão volumétrico de 50 ml;

Reagentes:

Fenolftaleína (indicador do ponto final da titulação);

Soluçao de NaOH (padronizada).

Procedimento:

Pipetou-se 5 ml de vinagre e transferiu-se para o balão volumétrico de

50 ml, completou-se assim o volume até a marca com água destilada e agitou-

se até a homogeneização.

Figura 1:

Figura 1: Preparo da amostra (vinagre) por meio de diluição.

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Pipetou-se 5 ml da solução de amostra diluída (vinagre diluído que foi

preparado no balão volumétrico) e transferiu-se para o erlenmeyer de 125 ml.

Adicionou-se aproximadamente 40 ml de água destilada (proveta) e

duas gotas da solução de fenolftaleína ao erlenmeyer.

Titulou-se com solução padronizada de hidróxido de sódio (0,100, mol/L,

aquela que foi calculada no experimento anterior) até o aparecimento de uma

leve coloração rosa, que persistiu depois de 30 segundos AP;os a agitação.

Figura 2:

Figura 2: Determinação de ácido acético em vinagre.

Anotou-se o volume de NaOH gasto e repetiu-se o mesmo procedimento

para mais duas amostras.

Calculo-se a acidez total do vinagre expressando-o o resultado em

porcentagem (%) m/L de ácido acético e também a sua concentração em

mol/L.

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BIBLIOGRAFIA

[1] “APLICAÇÕES DE VOLUMETRIA DE NEUTRALIZAÇÃO”. Disponível em: < http://www.ufjf.br/baccan/files/2011/05/Aula_pratica_4.pdf>. Acesso em 16 de março de 2015.

[2] “Relatório de Determinação de Ácido Acético em Vinagre”. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABtZcAJ/relatorio-determinacao-acido-acetico-vinagre>. Acesso em 16 de março de 2015.

[3] “Padronização do NaOH e Determinação de Ácido Acético em Vinagre”. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAu3cAG/padronizacao-naoh-determinacao-acido-acetico-vinagre>. Acesso em 16 de março de 2015.