determinação de sulfito RELATÓRIO EVA
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INTRODUÇÃO TEÓRICA
Pode-se definir como conservante toda a substância que impede ou retarda a
alteração dos alimentos provocada por microrganismos ou enzimas.
Os conservantes e os agentes antimicrobianos têm um papel importante no
abastecimento de alimentos quimicamente estáveis e seguros. A demanda
crescente para alimentos de conveniência e o shelf life razoavelmente longo exigido
pelas cadeias de distribuição, tornam imperativo o uso de conservantes em
alimentos processados. Alguns deles, tais como os sulfatos, nitratos e outros sais, já
estão sendo usados há séculos em carnes processadas e vinhos. A escolha de um
agente de conservação deve ser baseada no conhecimento do seu espectro
antimicrobiano, as propriedades químicas e físicas, tanto do alimento quanto do
conservante, as condições de manuseio, processo e estocagem e, a segurança de
uma alta qualidade inicial do alimento a ser conservado. Os conservantes não são
paliativos para falhas ou problemas sanitários no processo.
Apesar das medidas higiênicas e normas sanitárias habitualmente aplicadas
na produção de alimentos, perdem-se anualmente, no mundo todo, toneladas e
toneladas de alimentos de boa qualidade, devido ao ataque de mofos, bolores,
leveduras e bactérias. Os alimentos deteriorados prejudicam a imagem de marca de
seus fabricantes e também, muitas espécies de microorganismos produzem toxinas
potencialmente nefastas para a saúde dos consumidores. Por exemplo, uma das
substancias mais cancerígenas, a alfatoxina B1, é produzida pelo fungo Aspergillus
flavus que costuma formar-se sobre os alimentos.
Estas perdas e riscos podem ser evitados, em grande parte, aplicando-se os
métodos de conservação adequados. Em certos casos podem-se utilizar processos
físicos envolvendo o frio, o calor, a desidratação, ou outros. Esses procedimentos
não podem ser aplicados em todas as situações nem em todos os tipos de
alimentos, porque podem alterar as propriedades gustativas do produto e, muitas
vezes, são extremamente onerosos. Torna-se então necessário o uso de um
conservante e, dentro dos mais freqüentemente usados destacam-se:
O ácido benzóico e seus sais;
Os parabenos ou ésteres de PHB;
Os sulfatos;
Os nitratos e nitritos;
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O cloreto de sódio;
Os bacteriocinos;
O ácido sórbico e seus derivados.
O dióxido de enxofre é um dos aditivos de uso mais frequente na indústria de
alimentos. O termo sulfito refere-se ao dióxido de enxofre (SO2) e a diversas formas
de sulfitos inorgânicos que o liberam nas condições de uso. São adicionados em
alimentos por diversas e importantes razões técnicas, dentre as quais: controle do
escurecimento enzimático e não-enzimático; ação antimicrobiana; e como agentes
antioxidantes; redutor e clarificante (ARAÚJO, 2008).
Os sulfitos representam o grupo de compostos que incluem dióxido de
enxofre (SO2), sulfito de sódio (Na2SO3), bissulfito de sódio (NaHSO3) e
metabissulfito de sódio (Na2S2O5), os quais são comumentes utilizados como
agentes antimicrobiológicos e no controle do escurecimento de frutas e vegetais.
Possuem fracas propriedades antioxidantes, são usados como removedores de
oxigênio. Em geral, sulfitos são adicionados excesso (1,5 mol/0,5 de O2) para
garantir a completa e acelerada remoção do oxigênio. Apesar da sua ampla
utilização em alimentos, sua aplicação é questionada devido aos efeitos adversos
em indivíduos alérgicos e asmáticos (ARAÚJO, 2008).
O sulfito é efetivo na prevenção do escurecimento enzimático de frutas e de
vegetais, nas quais as enzimas não foram satisfatoriamente inativadas pela
aplicação suficiente de calor. Além desta propriedade, reduz a destruição do
caroteno e do ácido ascórbico. Reage com o oxigênio molecular, formando
correspondente sulfato. Inibe numerosas enzimas, incluindo a polifenoloxidase,
lipoxigenase e ascórbicooxidase. É também efetivo na inibição do escurecimento
não-enzimático, reagindo com carbonilas intermediárias e, deste modo, prevenindo
sua participação na reação que leva à formação de pigmentos (ARAÚJO, 2008).
A análise do resíduo de sulfito em alimentos é complicada pelo fato de
ocorrerem rápidas interações entre o sulfito e os vários componentes do alimento. O
sulfito reage prontamente com açúcares redutores, aldeídos, cetonas, antocianinas e
proteínas, formando uma grande variedade de sulfitos orgânicos combinados. A
extensão da reação é dependente de pH, temperatura, concentração de sulfito e
componentes reativos presentes no produto. Em face da rápida reação do sulfito
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com os componentes do alimento, espera-se encontrar muito pouco sulfito livre no
produto no momento do consumo (ARAÚJO, 2008).
Como fortes agentes redutores, os sulfitos podem ser incorporados aos
alimentos na forma de gás ou de sais de sulfito, bissulfito ou metabissulfito (Tabela
1), os quais liberam o sulfito nas condições de uso. A forma de gás do dióxido de
enxofre é utilizada na preservação de frutas e de vegetais desidratados, enquanto as
soluções de sulfito são empregadas em alimentos líquidos.
Tabela 1. (ARAÚJO, 2008).
Além das propriedades antimicrobianas, o dióxido de enxofre é efetivo inibidor
da reação de escurecimento não-enzimático. O mecanismo desta inibição
provavelmente envolve a interação do sulfito com grupos carbonílicos ativos,
impedindo a formação de pigmentos escuros.
Alimentos contendo sulfito (Tabela 2) não devem ser consumidos pelos
asmáticos (dores de cabeça e abdominais, náuseas, urticárias, tonteiras etc.). O
sulfito não tem seu uso recomendado em alimentos considerados como fonte de
vitamina B1, pois causa sua destruição (ARAÚJO, 2008).
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OBJETIVO
O objetivo da prática foi determinação de ácido sulfuroso livre e sulfito total de
vinho branco.
MATERIAL E MÉTODOS
Material:
Papel filtro;
Elásticos;
Proveta de 100 mL;
Água destilada;
Manta aquecedora;
Ácido clorídrico concentrado;
Dicromato de potássio 0,1N;
2 erlenmeyers de 500 mL
Becker de 250 mL
Pipetas de 10 mL
Suco de caixa;
Biscoitos;
Procedimento:
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Na identificação de sulfitos no suco, foi transferido 50 mL da amostra de suco
para erlenmeyer de 500 mL e adicionado 150 mL de água destilada, depois a
solução foi agitada, na cabine de proteção foi adicionado a ela 10 gotas de H2SO4
PA, em seguida o erlenmaeyer foi tampada com papel filtro, preso com elástico,
adicionada três gotas de solução de dicromato de potássio 0,1 N no papel filtro.
Levada a manta aquecedora e aquecida até a fervura.
Foi preparada simultaneamente a identificação de sulfitos no biscoito, foi
pesado 10 gramas do produto, triturado e edicionado 100 mL de água destilada em
um Becker de 250 mL. Foi transferido 50 mL dessa amostra para erlenmeyer de 500
mL e adicionado 150 mL de água destilada, depois a solução foi agitada, na cabine
de proteção foi adicionado a ela 10 gotas de H2SO4 PA, em seguida o erlenmaeyer
foi tampada com papel filtro, preso com elástico, adicionada três gotas de solução de
dicromato de potássio 0,1 N no papel filtro. Levada a manta aquecedora e aquecida
até a fervura.
RESULTADOS E DISCURSSÃO
A reação do ácido clorídrico (HCl) com sulfito de sódio (NaSO3) pode ser
percebida pela formação de um precipitado gasoso.
Esse gás em contato com o dicromato de potássio no papel filtro que está
tampando o erlenmaeyer reagi, obtendo-se uma coloração azul esverdeada, devido
a redução do cromo diante da presença de sulfito de sódio.
Amostras analisadas:
Suco – Informações do rótulo – Nome: barbie; Marca: Ebba; Data de
Validade: 11/07/2014; Lote: 3071105B, SEM CONSERVANTES.
Resultado: Areação do cromo à presença do Sulfito foi negativa, de acordo
com esse teste, esta amostra não contém sulfito de sódio.
Biscoito – Informações do rótulo – Nome Spantoo; Marca: Itamaraty; Data de
validade: 19/09/2014; Lote: L1B09:31; SEM CONSERVANTES.
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Resultado: Areação do cromo à presença do Sulfito foi negativa, de acordo
com esse teste, esta amostra não contém sulfito de sódio.
O uso de conservadores e outros aditivos alimentares em diferentes países
são limitados por legislações específicas, estabelecidas com base na segurança de
uso e necessidade tecnológica. O Brasil, assim como muitos outros países, segue
as recomendações do JECFA (Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives
and Contaminants) na utilização segura dos aditivos em alimentos. De acordo com o
JECFA, o uso seguro de um aditivo pode ser expresso em termos de sua IDA
(Ingestão Diária Aceitável), que representa a quantidade de uma substância,
expressa em mg/kg peso corpóreo, que pode ser ingerida diariamente, por toda a
vida, sem afetar a saúde humana, com base em informações toxicológicas
disponíveis na época da avaliação. Em 1974, o JECFA estabeleceu uma IDA de
grupo para sulfitos, expressa como dióxido de enxofre, de 0,7 mg/kg p. c., que foi
mantida durante o último encontro realizado pelo comitê em 1999 (MACHADO,
TOLEDO, 2007)
De acordo com a legislação brasileira para conservantes químicos em
alimentos, dióxido de enxofre e seus sais são classificados como aditivos
alimentares e seu emprego está restrito a alguns alimentos. Em vinhos a legislação
brasileira é de 350 mg/L. (MACHADO, 2007). Logo, pode-se notar que a média dos
valores encontrados na determinação de SO2 realizado na aula prática é menor do
que o valor máximo permitido, ou seja, trata-se de um vinho que esta dentro das
normas estabelecidas para concentração de sulfito, porém este alimento deve ser
consumido com cautela da mesma forma, para que se evite ultrapassar o valor de
IDA para sulfito.
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CONCLUSÃO
Com a determinação de sulfito em suco e biscoito, pode-se constatar que as
amostras utilizadas na determinação estão dentro das normas da legislação
brasileira, pois teve a determinação ausente.
Os procedimentos práticos foram realizados corretamente e os resultados,
estavam de acordo com o esperado.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, J. M. A.; Química de Alimentos – Teoria e Prática. 4. ed. Viçosa:
editora: UFV, 2008.
MACHADO, R. M. D. Determinação dos níveis de sulfitos em vinhos e em sucos
de frutas e estimativa de sua ingestão. 2007. 121f. Tese (Doutorado em Ciências)
- Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia de Alimentos –
Campinas, SP, 2007.
MACHADO, R. M. D.; TOLEDO, M. C. F. Sulfitos em Alimentos. Braz. J. Food
Technol., v. 9, n. 4, p. 265-275, out./dez. 2006
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE – UNINORTEESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CURSO DE FARMÁCIA
ABRAIM FARIASANDREA LIMA
MARINA QUEIROZRAFAEL CORTEZRENATA SEIXAS
ROSENILDA ELIASWELLYNGTON LOPES
WESLEY BARRETO
PRÁTICA DE ANÁLISES TOXICOLOGICA
Manaus-Am 20/09/2013
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE – UNINORTEESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CURSO DE FARMÁCIA
ABRAIM FARIASANDREA LIMA
MARINA QUEIROZRAFAEL CORTEZRENATA SEIXAS
ROSENILDA ELIASWELLYNGTON LOPES
WESLEY BARRETO
IDENTIFICAÇÃO DE SULFITO EM ALIMENTOS
Manaus-Am 20/09/2013
Relatório apresentado a mestre Eva Batista, que predomina a disciplina de análises toxicológicas, do curso de farmácia, 5º Período, como obtenção de nota parcial para este bimestre.
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ÍNDICE
IntroduçãoTeórica.............................................................................................................3
Objetivos...........................................................................................................................7
Procedimentos...................................................................................................................8
Resultados e Discurssão....................................................................................................8
Conclusão........................................................................................................................10
Referências Bibliográficas...............................................................................................12