Dezembro 2012

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NEB/AAC

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Páginas:

2 - Entrevistámos: Miguel Araújo

44 - Bot’, o Jardim Botânico e entrevis-ta ao jardineiro Agostinho Salgado.

6 - Algae, entrevista a Fabiana Soares sobre o seu trabalho na Algoteca.

12 - Sed Praxis, um parecer sobre a Praxe.

1313 - Reviews, uma análise sobre: livro, álbuns e lmes.

17 - Passatempos

2020 - Actividades do NEB/AAC, Descobre as atividades que o teu núcleo tem para te oferecer.

Dezembro de 2012 Numero: 02/12Coordenador: João Carlos Filipe | Edição: Tiago Gonçalves

Pelouro da Informação do Núcleo de Estudantes de Biologia da Associação Académica de Coimbra: André Carvalhais Francisco, Beatriz Abreu, Bruno Fer-nandes, Inês Amaral, João Carlos Filipe, Nuno Capela, Paulo Silva, Soa Carvalho, Tiago Gonçalves e Vasco Fontes

Página 3 - Entrevistamos José Seco sobra a sua experiên-cia na Antártica.

10 - A Guitarra de Coim-bra: Mitos e VerdadesO que torna uma guitarra co-imbrã e o que é a distingue da Guitarra de Lisboa?

Página 8 - Escolhas e PreferênciasUma análise sobre escolhas para o futuro.

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Miguel Araújo está neste momento a fazer o seu doutoramento numa investigação relacio-nada com aves migratórias, mas a paixão por estes animais cobertos de penas já vem de há muito.

“Eu entrei na Faculdade em 2003/2004 e no ano seguinte, depois de falar com o professor Jaime Ramos, que me aconselhou a começar desde de logo a investir na área que estudar, comecei a ajudar a Doutora Cláudia Norte no seu doutoramento, com Chapins- Reais no Choupal. Nessa altura comecei por ajudar a momonitorizar as caixas dos ninhos; foi onde aprendi a recolher amostras hematológicas e comecei a realizar anilhagem cientíca de aves. Esse trabalho decorreu até a Doutora Cláudia Norte acabar o trabalho de campo.”. Depois desta experiência ajudou outra aluna de douto-ramento continuando o trabalho de recolha de amostras biológicas de aves. Já em 2007, ainda em pré Bolonha, quando o curso tinha a du-ração de 5 anos, era obrigatório um estágio e o que Miguel fez foi ”(…) aproveitar os anos de trabalho com a Rita e trabalhei então com a malária aviária em zonas húmidas do centro de Portugal.” Nos anos que se seguiram trabalhou na área da Consultadoria Ambiental para em-presas privadas, mas ainda assim começou o

seu Mestrado sobre o tema "O efeito das marcas nasais no comportamento de Pato-real Anas platyrhynchos."; “(…) o trabalho decor-reu nas dunas de São Jacinto em Aveiro, com o intuito de avaliar o efeito de uma técnica de marcação de aves.” No m de defender a sua tese continuou a trabalhar em consultadoria amambiental, “(…)z parte da equipa de biólogos que trabalhou na Barragem do Sabor, na área da avifauna.”No ano de 2008, “ (…) ganhei uma bolsa de in-vestigação de parceria EDP (Energias de Por-tugal) e ISR (Instituto de Sistemas e Robótica) da Universidade que tinha como objetivo di-minuir o número de cortes na rede pública de abastecimento de energia e proteger a Ceg-onha branca. Para isso foram avaliados váriatecnologias que impediam a Cegonha branca de nidicar em postes de média tensão.”. Quanto ao trabalho que desenvolve neste mo-mento, Miguel conta-nos: “Em 2009 concorri a bolsa de doutoramento com o tema "Reed-bed passerines: living and migrating in a changing world ." e comecei o trabalho de campo em Março de 2010, que é quando os passeriformes com que trabalho começam as suas jornadas de migração, desde África até ao Norte da Europa, passando e muitos deles parando mesmo nas nossas zonas húmidas. São essas paragens, designadas stopovers, que estou a estudar e avaliar a sua importân-cia/duração. “, projeto escolhido pelo próprio e pelo Dr. Jaime Ramos, que o tem desde sempre orientado.Questionado sobre quais as perspetivas para o futuro Miguel, assim como muitos de nós mostra-se um pouco receoso, “(…) é claro que agora é tudo um bocado complicado mas o ob-jetivo é continuar na área da investigação e tentar um pós-Doc.”.Ao longo de toda a entrevista foi visível o seu conhecimento, entusiasmo e gosto pelo que faz, o que hoje em dia é fulcral para se ter sucesso no mundo do trabalho, e principal-mente em investigação.

Entrevistámos:Miguel Araújo

Soa Carvalho

Miguel Araújo em trabalho de campo

Foto: Paulo dos Quadros T.

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José Seco, estudante de mestrado em Ecolo-gia na Universidade de Coimbra, conta-nos como foi o seu percurso académico bem como o trabalho que tem vindo a desenvolver ao longo do seu mestrado. Relata-nos que entrou no curso de Biologia em 2007 e fez a sua licenciatura em quatro anos. No seu quarto ano começou à procura de temas para tese de mestrado, como também de professores para se associar. Foi nessa altura que o Professor José Xavier lhe apresentou al-gumas sugestões das quais se sentiu logo cat-ivado, especialmente por um dos temas relacio-nado com interacções presa – predador. Assim, em Março de 2011 juntou-se ao grupo de inves-tigação do Instituto do Mar (IMAR) começan-do por fazer algum trabalho laboratorial. Logo depois, em Maio o Professor Xavier, numa re-união fala-lhe sobre a remota hipótese de irAntártida e confessa-nos que “(…) foi talvez a melhor noticia que eu recebi em toda a minha vida (…)” acrescentando que “(…) a partir daí mantive os pés na terra e tentei mostrar mais trabalho para justicar aquele convite.” No ano de 2011 iniciou o mestrado em Ecologia e inte-grou o projeto “Penguin” possibilitando-lhe depois a ida à Antártica, durante dois meses, através de uma bolsa cedida pela Caixa Geral de Depósitos. Quanto ao seu projeto de tese de mestrado, admite que não esta diretamente relacionado com o trabalho que fez na ilha de Livingston uma vez que “(…) comecei este trabalho de tese antes de saber que ia a Antártica (…)”,o tema de tese é “A importância dos cefalópodes na cadeia tróca Antártica”. Explica-nos depois que “(…) os cefalópodes, a par do kriil têm um papel crucial na cadeia tró-

ca Antárctica e apesar de actualmente não serem comercialmente explorados algumas das espécies demostram o grande potencial para que isto venha a acontecer no futuro próximo. Assim é crucial perceber a biologia destes animais assim como a quantidade de stock que existe para permitir um correcta avavaliação do possível impacto das pescas.”

Foto: José Seco e exemplar de Pinguim-gentoo (Pygosce-lis papua), por José Xavier.

“Como são animais muito rápidos e esquivos a sua captura através de redes cientícas en-frenta bastantes diculdades, principalmente para os animais de maior porte.” Assim, os in-vestigadores criaram um método de captura inovador, utilizando predadores de topo (Pin-guins, Albatrozes, Focas e Peixes) para perceber a distribuição dos cefalópodes. Es-clarece-nos “Estudando a distribuição e a dieta destes predadores conseguimos perceber em que locais estes animais se andam a alimentar e assim percebemos quais as zonas de dis-persão das lulas, muito basicamente estamos a usar os predadores como linha de pesca para nos darem informações sobre a localização das lulas. No caso das lulas a identicação é feita através do bico, assim quando encontramos um bico num estômago sabemos que aquele animal algures no seu raio de dispersão se ali-mentou de uma lula.” Mas anal o que são esses bicos de que José nos fala? Colocamos-lhe essa questão “(..) os polvos e as lulas têm um bico de creatina

Entrevistámos:José Seco

Beatriz Abreu

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muito resistente e é através desse bico que eles se alimentam, este é a parte das lulas é utiliza-da para a identicação pois é a única suciente-mente dura para resistir à digestão. José Seco está a trabalhar em concreto com o bacalhau da Patagónia e do Antártico, como predador, analisando as suas dietas recolhidas em 2011 ao redor da Ilhas Sandwich do Sul, po-dendo assim avaliar a distribuição dos cefalóp-odes, através de informações do local de captu-ra dos peixes, e perceber qual a distribuição e os stocks de lulas existentes ao redor destas ilhas. Agora no seu último ano de mestrado e já a escrever a tese que irá apresentar no próximo mês de Julho, revela-nos que está a gostar muito do trabalho que está a desenvolver, uma vez que “(…) trabalhar com interação presa – predador sempre foi aquilo que quis fazer e ainda por cima trabalhar com algo tão ca-rrismático e belo como a Antártica ainda para mais ter tido a oportunidade única de visitar o mágico continente branco,.. sinto-me clara-mente realizado” No entanto, admite que não

Inês Amaral Nuno Capela

O Jardim Botânico da UC é considerado um dos mais conceituados jardins botânicos a nível mundial. Foi construído em 1772 por iniciativa do Marquês de Pombal e ocupa 13 ha de terre-no, tendo sido a maior parte doados pelos frades Beneditinos. O Jardim Botânico é membro da Associação Ibero-Macaronésia de JJardins Botânicos e da Botanical Gradens Con-servation International (BGCI). No âmbito da conservação da natureza, foi criado o banco de sementes assim como a res-petiva publicação Index Seminum (catálogo de sementes) que é anualmente actualizada. Esta

sabe o que o futuro lhe reserva, contudo acha que “(…) o facto de trabalhar com alguém que é tao bom, como o Professor Xavier pode ser algo que me venha a abrir portas (…) e como não há muita gente em Portugal a fazer ciência polar posso ter a vantagem de ser dos poucos, no entanto como os apoios para esta área aiainda são escassos poderei ter diculdades em obter um projecto nanciado... ” Finaliza depois assumindo que “(…)a única certeza que tenho é que quero continuar na investigação e quero continuar a faze-lo em ciência polar.”

inclui variedades exóticas e portuguesas muito diversicadas, permitindo-nos sal-vaguardar espécies que se encontram em risco de extinção.

Foto: Paula Medeiros

Bot’

”como não há muita gente em Por-tugal a fazer ciência polar posso ter a vantagem de ser dos poucos, no entanto como os apoios para esta área ainda são escassos po-derei ter diculdades em obter um projecto nanciado...

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O Jardim Botânico promove programas de ed-ucação ambiental e cultural, sensibilizando os cidadãos para questões ligadas às temáticas ambientais, como por exemplo, Requalicação de Infra-estruturas e Apoio e Divulgação da Ciência no Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, Inquire-Novo Projeto Educativo Eu-ropeu e As Árvores do Jardim Contam Histórias Assim. Estabelece também parcerias com entidades como o Mercadinho do Botâni-co, local de venda de produtos oriundos de ag-ricultura biológica e sustentável (realiza-se às terças-feiras das 17h às 20h e sábados das 10h às 14h, junto ao portão dos Arcos) e o Sky Garden, um parque de arborismo constituído por vários percursos com diferentes obstácu-los. Este situa-se na Mata do Jardim Botânico e tem à disponibilidade dos seus visitantes ativi-dades como o valley slide e queda livre. Para além de todas as atividades promovidas pelos responsáveis pelo jardim, este é um ótimo lugar para passear e estabelecer contato com a natureza.

Fizemos uma entrevista a Agostinho Sal-gado, jardineiro do Jardim Botânico:

NEB - “Poderia falar-nos um bocado sobre a história do jardim botânico?A.S. - O Jardim Botânico foi fundado pelo Mar-quês Pombal em 1772, têm uma área de 13 hect-ares. Foi criado com intuito de cultivo e preser-vação de espécies medicinais para estudos. Ao longo dos tempos intensicou a troca de plantas e sementes com outros jardins botânicos criando um banco de sementes e sua catalogaçãoNEB - Há quantos anos trabalha aqui?A.S.- Desde Agosto de 1988, ou seja, há 24 anos.NEB - Tirou algum tipo de curso especial de jardinagem?A.S.-Não, não foi exigido algum curso especco.

Foto: Paula Medeiros

HORÁRIO DE INVERNO:1 de Outubro a 31 de Março9h00 - 17h30 (de 2ª a 6ª feira) 11h00 - 17h30 (sábados, domingos e feriados)HORÁRIO DE VERÃO:1 de Abril a 30 de Setembro (de 2ª a 6ª feira) 9h00 - 17h30h (9h00 - 17h30h (de 2ª a 6ª feira) 14h00 - 20h00 (sábados, domingos e feriados)

NEB - Quantos jardineiros trabalham consi-go?A.S. - Atualmente trabalham 5 jardineiros.NEB - Sente algum tipo de ligação especial com este jardim?A.S. - Claro que sim. Dado que trabalho neste local à 24 anos e passo grande tempo a cuidar de plantas. Para se cuidar destes seres vivos é necessário ter gosto e dedicação.NEB - Tem alguns cuidados especiais devido à grande diversidade de vegetação?AA.S. - Geralmente há um cuidado acrescido pois todas as espécies de plantas são importantes. Para a sua preservação é necessário mantê-las nas condições ideais.NEB - Alguma vez fez algo que não devia? Cortar alguma coisa que não podia, por exem-plo?

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A.S. - Dado o cuidado acrescido nunca aconteceu.NEB - Não é uma grande responsabilidade tratar do “pulmão de Coimbra”?A.S. - Obviamente que sim. Todos os dias há uma dedicação e cuidado em todas as tarefas feitas para que este jardim não perca a sua vivacidade. NEBNEB - Tem alguma história caricata que aqui se tenha passado?A.S. - A história caricata que acontece com alguma frequência, é quando o sistema de rega liga automaticamente e rega um visitante do jardim.NEBNEB - Para terminar, poderia dar uma ideia para uma actividade de promoção/divulgação do jardim botânico?A.S. - Uma ação para promover o JB poderia ser o contato direto com escolas e outras entidades, em vez de serem as escolas a ter iniciativa de visi

Inês Amaral Nuno Capela

Já todos repararam que o “Botânico” é um grande e velho edifício em que apenas há um anteatro e umas duas ou três salas de aula. Então e o resto? Num dos cantos, neste caso, no primeiro andar do edicio, existe a Algote-ca, que como o nome indica é uma biblioteca de algas. Para descobrir mais sobre esta área (al(algas), a qual a maioria dos estudantes não acha fascinante, fomos entrevistar a colega Fa-biana Soares que ainda se encontra em licencia-tura mas que trabalha (estágio) na Algoteca. Isto com o objectivo de descobrir o porquê do seu fascínio pelas algas, para que serve tal área e o que se faz por lá

NEB - Fabiana, sabendo que trabalhas com mi-croalgas, vamos lá esquecer as outras (macroal-gas) e antes de mais nada, queremos saber há

tar, ser o próprio JB a convidar com contraparti-das apetecíveis para os grupos, nomeadamente os preços. Julgo importante que todos os jovens da nossa cidade visitem o nosso jardim e o valorizem.

quanto tempo trabalhas aqui?

F.S. - Estou aqui há quase um ano e meio. Inicial-mente era um estágio de Verão. Contudo, demon-strei o meu interesse em continuar lá e a professo-ra Lília Santos ofereceu-me um projecto, o qual eu aceitei. Apesar de saber que a maior parte do meu tempo livre seria passado lá

NEB - Deduzo que este projeto requer muita dedicação e até perda daquele tempinho que era para estar com os amigos, certo?

FF.S. - Claro, é necessário fazeres investigação e ler vários artigos. Nem sempre se pode chegar lá e fazer a experiência conforme está no protocolo. Preciso de ler artigos para procurar melhorar os protocolos de modo a aumentar o sucesso das ex-periências realizadas.

Algae

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NEB - Que tipo de experiências são essas? O que fazes exactamente?

F.S. - No projeto trabalho com duas algas que pro-duzem polissacarídeos, sendo que neste momento estou a fazer a extração, caracterização e quanti-cação dos mesmos.

NEB - E fora do projecto?

F.S. - Faço repicagens, meios de cultura, soluções, marcação de tubos, tudo o que for preciso!

NEB - Pensas que o estudo das microalgas é uma importante área da biologia?

F.S. - Sim, é importante e interessante porque tem várias aplicações.

NEB - Que tipo de aplicações?

FF.S. - Desde cosmética, indústria farmacêutica, biocombustiveis...

NEB - Com tanto trabalho e tempo ocupado com este projecto, consegues ter tempo para estudar o que devias?

F.S. - É óbvio que não tenho tanto tempo, mas consigo dar a volta e conciliar as coisas.

NEB - NEB - Vale a pena esse esforço?

FF.S. - Sim, vale a pena, claro! Vale porque eu sinto que estou a ganhar experiência laboratorial, sinto que estou a crescer e começo a denir os meus ob-jectivos para o futuro, e isso acaba por alimentar o sonho de fazer algo de útil na Ciência. Descobrir por exemplo a cura para uma doença. Não por uma questão de fama mas por saber que posso dar o memeu contributo.

Cartoon: Joana Lopes

NEB - Quando é que descobriste esta paixão pelas microalgas, que te faz dedicar tardes da tua vida?

FF.S. - O bichinho começou quando vi um anúncio super pequenino, numa porta do botânico, a dizer que se podia produzir biocombustível utilizando microalgas. Depois, mal cheguei a casa, fui pesquisar sobre o assunto e mandei um e-mail à professora a mostrar o meu interesse. A paixão a sério surgiu quando integrei o projecto.

NEBNEB - Para concluir, do ponto de vista de in-vestigadora, o que nos podes dizer sobre a ex-periência?

F.S. - A ciência não é facil! Não basta seguir um protocolo e obténs logo aquilo que queres! Por vezes estás meses a trabalhar numa coisa e quando chegas ao nal não tens o resultado esper-ado. É nestes momentos que se perde a motivação e te questionas se é isso que queres. Quando per-cebes que é isso que realmente queres, vais à luta e a motivação vai voltar, porque não há nada mais motivador do que trabalhar naquilo que mais gostas.

Terminamos assim a nossa entrevista com um conselho bem útil: Procura a tua paixão porque assim terás motivação para continuar mesmo que as coisas deem para o torto. No nal, todo o esforço vale a pena.

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Vasco Fontes

Dos Mestrados..

Existe uma variedade de mestrados que po-demos escolher quando formos já licenciados em Biologia e para conhecer melhor um dos mestrados possíveis que a UC oferece, entrev-istei 3 colegas que integram, de momento, o 1º ano do mestrado em Biodiversidade e Biotec-nologia Vegetal. Essas colegas são Ana Rita Carvalho, Patrícia Fernandes e Mariana Cor-reia. Perguntei-lhes porque tinham escolhido este mestrado e a resposta foi precisamente esta: ‘O mestrado tem várias aplicações’. Então, como aluno de primeiro ano, quis saber mais ainda sobre essas várias aplicações. O mestrado de Biotecnologia Vegetal consiste, bruscamente falando, em eu usar as plantas para uma vasta área de utilidades. Por exemplo, as nossas 3 colegas tinham três diferentes tipos de teses. Eram essas: Biogénese Somática; Medicina a partir das plantas e Óleos Essenciais (proprie-dades fungicidas etc.) e Perfumaria, respetiva-mente. O Homem usa imensas máquinas para chegar aos seus objetivos, máquinas essas que estão a poluir o Ambiente. Um dos objetivos basais deste mestrado é precisamente a busca de alternativas a essa agressão ambiental. Genial não é? Bem, mas isto deve dar um tra-balhão! Pois, no primeiro ano do mestrado es-colhem-se os módulos que se querem e no se-gundo ano é para o desenvolvimento da tese. Atenção, se já estás a pensar integrar este me-strado podes e deves já preparar a tua tese nos anos de licenciatura. Para isso tens uma equipfantástica de pedagogos que te poderão ajudar. É de frisar que o coordenador do mestrado, o Dr. Jorge Canhoto recebeu bastantes elogios por parte das nossas colegas, sendo a ajuda do mesmo crucial para o trabalho desenvolvido.

Acabo com um aviso vindo da parte das nossas colegas, ‘se queres fazer este mestrado tens que ter muita vontade visto que a licenci-atura dá pouco conhecimento’. Mas já como o Sr. Einstein dizia ‘o único sitio onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário’.

Deram-me também a conhecer a nossa colega Belisa Russo, que está neste momento a fazer o mestrado de Biologia Celular e Molecu-lar, na especialização de neurobiologia. Neste momento encontra-se fora do país, estando a desenvolver a sua tese de mestrado na Bélgica, na Janssen Pharmaceutica, que faz parte do ggrupo Johnson&Johnson. Então em que é que o seu trabalho consiste? Durante a conversa a Belisa disse-me “o meu trabalho propriamente dito, esta relacionado com a caracterização de um determinado rece-tor (mGluR2) que está envolvido em doenças como esquizofrenia, depressão e ansiedade, com determinados compostos (possíveis fár-macos), o objetivo é então saber os aminoáci-dos especícos envolvidos na ligação de com-postos ao tal recetor, para poderem haver tar-gets mais especícos.”Em relação à opção de estudar fora, diz-nos que sempre o quis fazer e já que podia fazer Erasmus na Bélgica, aprove-itou. “Uma melhor maneira de conhecermundo de trabalho e outras perspetivas fora de Portugal”, arma. Frisa também que a nível de condições de trabalho é excelente (ninguém diria), “o facto de poder ter oportunidade de trabalho no mundo empresarial também me despertou a curiosidade porque é sempre dif-erente do mundo académico”, disse entusiasmada.

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Recomenda a todos os que estão interessa-dos porque será, de certeza, uma experiencia inovadora e muito boa. Acabo por desejar a melhor sorte para a nossa colega, e tu? De que estás à espera para percorrer esse mundo fora?

Dos Estágios..

Desta vez fui entrevistar os nossos caros co-legas que decidiram fazer um estágio de verão. Esses estágios têm valência de preencher currí-culo e quanto mais formação apresentarmos no currículo, melhor em vários aspetos. O primeiro entrevistado foi o colega Rui Ro-drigues que trabalhou no Centro de Neurociên-cias da UC com o Dr Carlos Duarte, estudando as diferentes maneiras que uma proteína reagia a vários estímulos.‘ Motivou-me porque estava interessado na área e como era de Verão aproveitei’, diz ele. Arma também que ‘trouxe-me conhecimento e posso colocar no meu currículo. Não perdem nada, só horas de sono’, acabando por recomendar a todos os interessados. A segunda colega a ser entrevistada foi a Susana Comprido, que trabalhou na área de Biotecnologia Vegetal no nosso querido Insti-tuto Botânico, juntamente com o coordenar do mestrado de Biotecnologia Vegetal, o Professor Jorge Canhoto.

Cartoon: Joana Lopes

Trabalhou com embriogénese polínica, com o objetivo da criação de meios de cultura para obter novas plantas de arroz.

‘Usei bem o meu tempo livre, aprendi como funciona um laboratório' e é bom para os pro-fessores te conhecerem', foram as frases mais frisadas pela nossa colega Susana.

A colega Rita Pereira esteve no IPO a tra-balhar e arma que fez de tudo mas principal-mente trabalhou com e análises de DNA e a sua relação com os tumores. “Eu queria en-riquecer o currículo e queria mesmo trabalhar no IPO' disse, frisando também que gostava de ter continuado por mais tempo, acabando a entrevista com a frase: ‘aprendi muita coisa nova, que nas aulas teóricas não se aprendem’.

A última colega, Carolina Gonçalves tra-balhou no IBILI. Desenvolveu o seu estágio ao serviço da biofísica celular trabalhando com isótopos radioativos em ratinhos. Dá-nos também a informação que ‘Sim, limpei gaiolas de ratos’. Mas no nal adorou porque o horário era exível e o estágio, no geral, foi mmuito bom.

Estes foram os testemunhos de apenas 4 co-legas, imaginas-te a estagiar no Verão e ter uma oportunidade única de desenvolver de-streza numa área que gostes? Não custa nada e ainda tens benefícios

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Hugo Paiva de Carvalho

Continua a ser frequente algumas pessoas, ligadas ao Fado, à academia ou simples leigos na matéria, terem dúvidas acerca do instru-mento tão impar como é a Guitarra de Coim-bra. As questões mais colocadas são aquelas relativas à origem do instrumento, à correta denominação do instrumento (i.e., se se chama guitarra de Coimbra ou guitarra Portuguesa), qual é a sua ligação com o Fado de Coimbra ou, também chamada, Canção de Coimbra. Sendo assim, tentarei então responder as estas questões, de modo a tentar desfazer quaisquer dúvidas ou mitos acerca do instrumento.

A Guitarra de Coimbra como instrumento musical é considerada um cordofone, isto é, faz parte do conjunto de instrumentos musicais cuja fonte primária de som é a vibração duma corda tensionada quando percutida ou friccio-nada.

A origem do instrumento é um pouco incer-ta. Crê-se que tenha evoluído a partir das cítaras e de outros cordofones europeus da época renascentista (como a guitarra inglesa ou alemã). Noutros paises da Europa, com a

evolução das sociedades na nova era industrial (séc. XVIII e XIX), a execução destes instru-mentos caiu em desuso, ao contrário de Portu-gal que, cujo avanço industrial e tecnológico foi mais tardio, acabou sempre por existir um certo número de executantes e construtores que o zeram permanacer até hoje. É importante referir também que aquele que executa ou toca o instrumento denomina-se guitarris-ta, enquanto aquele que as constrói é regular-mente chamado de guitarreiro ou violeiro (pois além de guitarras, geralmente também constrói violas e outros instrumentos de corda).

Acontece que o nosso país é particular-mente caraterizado pela diversidade de cordo-fones por cada diferente região. Desde a viola toeira, à viola braguesa, ao cavaquinho possuí-mos uma cultura folclórica destes intrumen-tos ainda considerável, destacando-se sempre mais a guitarra Portuguesa por estar intrinsicamente ligada ao género musical português mais conhecido: o Fado.

A guitarra Portuguesa possui atualmente dois tipos de instrumentos diferentes: a gui-tarra de Lisboa e a guitarra de Coimbra. A gui-tarra de Lisboa (Fig. 1) possui uma “caixa de som” mais larga, um braço mais curto, possuí uma terminação em enrolamento junto às cravelhas (onde se procede à anação das cordas) e as suas cordas estão anadas pelo tom natural (Lá). A guitarra de Lisboa é, geral-mente, a guitarra característica do Fado de Lisboa. Já a guitarra de Coimbra (Fig. 2) car-ateriza-se por possuir uma “caixa de som” mais estreita, um braço mais comprido, possuí uma terminação em lágrima junto às cravelhas e está anada um tom abaixo do tom natural

A Guitarra de Coimbra:Mitos e Verdades

Foto: Julien Mota

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(em(em Sol, portanto). Além disso a guitarra de Coimbra é o instrumento característico do Fado de Coimbra, usualmente tocada apenas, até há algum tempo atrás, por um grupo selec-to de pessoas: os estudantes de Coimbra! No entanto, nos tempos correntes, alguns guitar-ristas pertencentes a grupos de certos fadistas de Lisboa (como Camané, Mariza ou Carmin-ho) utilizam guitarras de Coimbra só que estão anadas para os estilos de Lisboa, o que pode confundir alguns nos leigos no assunto. É também importante referir que em ambos os estilos o guitarrista é sempre acompanhado por uma viola de acompanhamento. Na verdade este último toca numa guitarra clássica mas como no Fado, quer de Coimbra quer de Lisboa, associamos o termo guitarra à guitarra de Coimbra ou de Lisboa e como

este só tem a função de acompanhar o guitar-rista, e não de solista (não executa solos, por-tanto), denomina-se o instrumento por viola.

Para concluir, há que desfazer uma dúvida bastante pertinente neste assunto. Quando estamos perante uma guitarra de Coimbra ou de Lisboa, não está incorreto dizer que é uma guitarra Portuguesa. No entanto, uma vez que há diferenças em ambos os instrumentos e nas suas técnicas de execução, os seus cultores e exexecutantes pautam-se sempre por chamar a atenção em denominar o mais corretamente possivel o instrumento em causa.

Figura 1 - Exemplar de guitarra de Lisboa. Figura 2- Exemplar de guitarra de Coimbra.

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Patrícia Singéis de Sousa

Quase no nal das aulas do primeiro semes-tre deixo aqui a minha opinião sobre alguns acontecimentos relativamente recentes. Começando pela Serenata da Festa das Latas e Imposição de Insígnias, da qual saí extrema-mente incomodada e dececionada pelo cenário que lá encontrei. É realmente triste e vergon-hoso ver que na Cidade dos Estudantes já são muito poucos os que respeitam a Canção de Co-imbra e tudo o que ela simboliza. O barulho era constante, as conversas imensas, e acredito que bastaria mudar o sonoro e iria parecer que es-távamos num “convívio das químicas” e não na Sé Nova a ouvir a Serenata. É com pesar que constato que já poucos dão importância a este acontecimento, e consequentemente é essa pouca importância que transmitem aos seus alhados, uma vez que vão para aquele espaço de garrafa na mão, conviver com outros colegas como se de um bar se tratasse. A serenata não é um evento de presença obrigatória, por isso ddeixo aqui o meu apelo para que não vão per-turbar um momento bonito e digno de se ver e ouvir que muitos fazem questão de presenciar com respeito e em silêncio. Outro ponto que queria aqui referir, e também ele relacionado com a Festa das Latas e Imposição de Insígnias, é o facto de após o Cortejo da mesma ter visto muitos colegas a usar o seu Grelo na Pasta (supostamente assinalando que se tratava de um candeeiro ou duplo candeeiro grelado), mas

ssem estar a usar Capa e Batina. Esta questão resolvia-se muito facilmente se todos fossem consultar o Código de Praxe antes de usarem as suas Insígnias pessoais e para quem ainda não o fez aqui ca o Artigo 264º do Código da Praxe da Universidade de Coimbra: “As Insíg-nias Pessoais só podem ser usadas estando os sseus portadores na PRAXE”. Outros factos em relação à utilização do Grelo que me parecem persistentes são a dúvida de muitos quanto ao poder ou não mobilizar caloiros usando Grelo e o número de nós que tem que ser dado no mesmo. Quanto à utilização do Grelo durante a Praxe de mobilização e gozo do caloiro, não hhá nada referido no Código da Praxe que nos impeça de o fazer, e quanto ao número de nós dado, este não deve exceder os 3 nós.

Falando agora de uma forma geral da Praxe da nossa Universidade, é com muita tristeza que tenho observado que o nosso curso, Biologia, é dos poucos, se não o único, que continua a exercer Praxe de mobilização e gozo ao caloiro regularmente e tenho imensa pena que para muitos a nossa Praxe esteja a tornar-se na comcomum “praxadela” que existe em muitas Uni-versidades: a praxe da primeira semana de aulas, e a praxe em que os caloiros têm muitas vezes de faltar às aulas para poderem partici-par nela. Isto faz-me crer que muita da essên-cia da Praxe se está a perder na nossa Univer-sidade, mas por outro lado continuo descanda e agradada ao ver que no nosso curso tudo, ou quase tudo, se está a fazer para que esta es-sência se mantenha viva e que o nosso legado continue a ser transmitido em todo o seu ser aos mais novos

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Sed Praxis

Foto: Inês Martins

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Livro:

O Evangelho Segundo Jesus Cristo,José Saramago ““Então Jesus compreendeu que viera trazido ao engano como se leva o cordeiro ao sacrifício, que a sua vida fora traçada para morrer assim desde o princípio dos princípios, e, subindo-lhe à lembrança o rio de sangue e de sofrimento que do seu lado irá nascer e alagar toda a terra, clamou para o céu aberto onde Deus sorria, HomHomens, perdoai-lhe, porque ele não sabe o que fez.”

Provocante e controverso, é considerado por muitos como dos melhores livros do único vencedor português do Prémio Nobel da Liter-atura até à data; lançado em 1991, envolto em polémica e críticas por parte da Igreja Católica que culminaram no “auto-exílio” do autor na ilha de Lanzarote. Já todos conhecem a escrita dde Saramago: uma linguagem por vezes não tão acessível, parágrafos e frases bastante exten-sas, que pode não ser muito convidativo para o leitor, mas cujo conteúdo não deixa espaço para aborrecimento nem indiferença.

Nesta obra, Saramago tenta recriar a história dos evangelhos bíblicos, de uma forma moder-na e mais humana. Jesus deixa de ser Deus e passa a ser apenas um homem, com as dúvidas e incertezas, qualidades e defeitos, forças e fra-quezas, inerentes a qualquer um de nós. Deus é tornado personagem; um ser omnipotente que no decorrer da história aparece a Jesus e revela ser seu pai; mas aqui surge o grande twist, porque Deus revela-se uma personagem ma-nipuladora, fútil e sedenta de poder, capaz de

trazer guerra ao mundo apenas para aumentar a sua inuência.

O livro está repleto de simbolismos e cenas do Novo Testamento e requer um conheci-mento básico de alguns acontecimentos gerais da vida de Jesus Cristo, relatados na Bíblia para poder ser aproveitado ao máximo. É uma viagem entusiasmante e viciante ao longo das cerca de 500 páginas (que se tornam poucas), rrepleta de metáforas, de losoa e ideias que podem fazer estremecer as crenças mais con-servadoras. Um livro inteligente, que dá um rumo diferente a uma história por todos con-hecida

Reviewspor Paulo Silva

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Música:

Ellie Goulding – Halcyon

Género – Synthpop / Dream popAno – 2012

À primeira vista poderia parecer apenas uma aspirante a princesa pop pré fabricada, mas Ellie Goulding tem vindo a mostrar que é muito mais que aquilo que a primeira impressão nos diz. Vencedora do Critics' Choice Award nos Brit Awards em 2010 pelo seu primeiro álbum, Lights, Ellie viu desde então a sua música (e vovoz) muito mais reconhecida diante do público, especialmente norte-americano. O seu novo trabalho, Halcyon mostra uma vertente dis-tinta de Ellie, mais focada no seu trabalho vocal, o elemento mais característico da sua música. A mudança, no entanto, pode ser muito bem vinda, como Halcyon mostra. Trata-se de um álbum coeso, com um “encaixe” ex-celente entre a parte electrónica e a voz de Ellie; voz essa, extremamente aguda e que pode afastar alguns ouvintes. O álbum conta com alguns (poucos, infelizmente) momentos etéreos, que explodem dando algum cariz épico a algumas faixas como My Blood; é também rico em refrões e ritmos viciantes que exigem ser ouvidos vezes sem conta no mínimo tempo possível. É de salientar que apesar de bem con-struído no geral, o álbum também tem a sua quota parte de faixas mais fraquinhas. Um tra-balho mais direccionado para quem gosta do género musical e que dicilmente conquista quem não gosta.

Crystal Castles – (III)

Género – Experimental / Electronic

Ano - 2012

Já lá vão os tempos simples do primeiro álbum, de faixas poderosas como Alice Prac-tice e Love and Caring que incitavam uma re-belião na nossa mente. Ethan Kath e Alice Glass cresceram e aprenderam que a vida traz alguns dissabores. Este último álbum tem um carácter bastante pessoal e sério e tem, todo ele, uma nuvem de pessimismo a pairar. A música não perdeu a beleza (antes pelo con-trário), mas é uma beleza triste e pálida, com o seu lado obscuro (como já nos habituaram). Há um sentimento de desespero/desânimo pendente em todo o álbum, que por vezes entra em conito com alguns jorros de emoção e energia que surgem pelo meio (muito bem vindos, diga-se), às vezes meio desenquadra-dos. Ouvir com atenção: Sad Eyes, Plague (1º single)

Os Crystal Castles cresceram e evoluíram mas não estão necessariamente diferentes; apenas seguiram o caminho que era suposto seguirem. E a sua música nunca foi tão “saudável” de ouvir.

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e Vaccines – Come of Age

Filmes:

Moonrise Kingdom

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Muito Difícil

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ou habitante da Sardenha. Biscoito com a forma de letra. 10 - Rio auente do Zêzere, que at-ravessa a cidade de Tomar. Conjunto de animais próprios de uma região ou período. 11 - Agastamento. Palpitar.

VERTICAIS: 1 - Remoinho de água (prov.). Impossibilitado de falar, por defeito orgânico ou por acidente. Contracção de “em” com “a”. 2 - Erva rasteira e na. Queimam. 3 - Giba ou cur-vatura anormal da coluna vertebral de convexidade posterior. Aquilo que não pode ser dis-cutido ou em que não se pode tocar (g.). 4 - Actuar. Serrano. 5 - Metade de um batalhão. Es-pécie de sedeiro, em que os cardadores recardam a lã. 6 - Plural (abrev.). Administre diligente-mente. 7 - Assunto. Interjeição que designa nojo ou desprezo. 8 - Nocivo. Que oresce no In-verno. 9 - Fêmea do javali quando já desenvolvida completamente ou velha. Coragem! (interj.). 10 - Aprecio o merecimento de. Burra. 11 - Capital da Itália. Tornar-se raro.

HORIZONTAIS: 1 - Vaso pequeno de barro, do feitio de ânfora. Expelir pus ou maus hu-mores. 2 - Relativo a leigo. Grito prolongado e lamentoso do cão. 3 - Peça representativa do elefante no jogo do xadrez, agora chamada bispo. Andam à roda. 4 - Que consome com avidez. Peça elástica, de metal ou outra sub-stância, destinada a reagir, depois de haver sido dobrada, vergada, distendida ou com-primida. 5 - Senão. Extraterrestre (abrev.). Nome da letra grega correspondente a n. 6 - Brilho intenso. 7 - Direcção Assistida (abrev.). Boa qualidade de sangue. 8 - Género de moluscos acéfalos hermafroditas que vivem encerrados numa concha bivalve. Avenida (abrev.). Aspecto (g.). 9 - Natural

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Palavras Cruzadaspor Paulo Freixinho em http://palavrascruzadas-paulofreixinho.blogspot.pt

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Fragata

Botes

Dispõe os teus barcos numa das grelhas em baixo, e desaa o colega mais próximo. Por turnos tentem acertar nas localizações dos barcos do adversário. O primeiro a acertar todos ganha.

Navios

Submarinos

Batalha Naval BIÓTOPO Dezembro de 2012 | 19

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Associação de Amigos do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra

A Associação de Amigos do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra pretende promover e divulgar o Jardim Botânico, dinamizando e valorizando o seu património Histórico e Cultural.

Para que esta associação consiga auxiliar, de forma voluntária, as actividades cientícas, técni-cas, educacionais e culturais desenvolvidas pelo JBUC necessita de voluntários interessados em ajudar.

Os sócios desta associação beneciam de descontos em todas as actividades desenvolvidas pelo JBUC, e acesso prioritário às mesmas. Para te tornares sócio da associação, terás como custo uma quota mensal de 1€ e basta inscre-veres-te através do email [email protected] ou presencialmente no quiosque do Jardim, entre as 9h e as 17h30.

Se te interessas pelo futuro do nosso Jardim Botânico e sentes que podes contribuir, in-screve-te na Associação de Amigos do JBUC.

Para mais informações contacta o pelouro da cultura através do [email protected]

Bio-Curriculum

O Bio-Curriculum é um certicado que vai abarcar todas as actividades do NEB/AAC em que participares e vai dar-lhes o devido valor, sendo credenciado por instituições com essa capaci-dade. Com o Bio-Curriculum:

-Credencias todas as actividades desenvolvidas pelo NEB/AAC em que participares;

-Valorizas a tua participação nas actividades do NEB/AAC;

-Enriqueces o teu Curriculum Vitae e o teu percurso académico.

2º Semestre

Recolha de materiais para doação à Fundação Agir Pelos Animais (cobertores, panos, almofadas, brinquedos, etc). Começa já a recolher!

Espaço NEB20 | Dezembro de 2012 BIÓTOPO