Dezembro 2012

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8Associados do Sinprocan, seus dependentes e convidados, poderão usufruir das dependências de lazer do Canoas Tênis Clube neste verão; conheça as regras RETROSPECTIVA Ano de 2012 foi de muitas cobranças ARTIGO Inclusão do aluno surdo no ensino regular QUALIDADE DE VIDA Grupo de Aposentados praticam Tai Chi Chuan ARTIGO Mídia: desafio para a educação Temporada de piscinas do CTC abre no dia 15 ANO 3, NÚMERO 28 - CANOAS, DEZEMBRO DE 2012

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8Associados do Sinprocan, seus dependentes e convidados, poderão usufruir das dependências de lazer do Canoas Tênis Clube neste verão; conheça as regras

reTroSpeCTivA

Ano de 2012 foi de muitas cobranças

ArTigo

inclusão do aluno surdo no ensino regular

quAlidAde de vidA

grupo de Aposentados praticam Tai Chi Chuan

ArTigo

Mídia: desafio para a educação

Temporada de piscinas do CTC abre no dia 15

ANO 3, NÚMERO 28 - CANOAS, dEzEMbRO dE 2012

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ediToriAl

um 2013 de muita lutaO ano chega ao fim, e ao

analisarmos como ele foi, chegamos a conclusão de que ele foi repleto de início de lutas que eclodirão no próxi-mo ano. A histórica série de visitas que o Sindicato fez às escolas e as não menos im-portantes reuniões interme-diadas entre representantes de escolas e da Secretaria de Educação deixam as negocia-ções em um período determi-nante. Não há como susten-tar as negociações por muito tempo sem melhorias imedia-tas. É chegado o momento li-mite para as ações discutidas, pretendidas e, algumas, até prometidas.

Que venha 2013, então. E

que estejamos todos prepa-rados para um ano de muita luta, de muito barulho e de muitas vitórias. Que aqueles que estiverem à frente da Secretaria de Educação e da Prefeitura saibam que enfren-tarão, no ano que se aproxi-ma, todo o descontentamen-to de milhares de pais e mães que deixam, muitas vezes, suas famílias em segundo plano para se doarem de cor-po e alma a um propósito que está sendo minimizado pelos seus governantes.

Que, com a chegada de 2013, possamos renovar nos-sos votos de esperança em um país, um estado e um município que valorize a edu-

cação de suas crianças e jo-vens, começando pelo alme-jado respeito aos docentes. E que esta esperança não nos deixe desistir de lutar e cons-truir este futuro que quere-mos para nossa nação.

A Diretoria do Sinprocan deseja a todos os educado-res canoenses, em especial a seus associados, ótimas festas e momentos felizes nestas férias junto aos seus familiares. Que possamos recarregar nossas energias para o ano de muita luta que está por vir.

A Diretoria.

8Associados do Sinprocan, seus dependentes e

convidados, poderão usufruir das dependências de lazer

do Canoas Tênis Clube neste verão; conheça as regras

reTroSpeCTivA

Ano de 2012 foi de muitas cobranças

ArTigo

inclusão do aluno surdo no ensino regular

quAlidAde de vidA

grupo de Aposentados praticam Tai Chi Chuan

ArTigo

Mídia: desafio para a educação

Temporada de piscinas do CTC abre no dia 15

ANO 3, NÚMERO 28 - CANOAS, dEzEMbRO dE 2012

Envie notícias de sua escola

Envie para o e-mail [email protected] uma foto da atividade realizada em sua escola, que retrate de maneira ampla e fiel o que aconteceu. A foto deve estar com boa resolução e nitidez. Precisamos, ainda, que você envie um pequeno texto contendo as principais informações, como citamos abaixo:

- O QUÊ?- QUANDO?- COMO?- POR QUÊ?- ONDE?

Queremos sua opinião

As páginas de A Voz do Professor são veículo para a opinião dos professores canoenses. Use-as! Para participar, envie texto com cerca de 2.000 caracteres com espaços, em média. Os assuntos são de escolha do autor, assim como a responsa-bilidade pelo teor do texto. Fique atento para o prazo de fechamento da próxi-ma edição: 31 de janeiro de 2013!

Notícias por e-mailAqueles que possuem e-mail e dese-

jam receber informações sobre o Sin-dicato por meio dele, devem fazer seu cadastro através do e-mail [email protected]. Os que já possuem e não estiverem recebendo, entrem em conta-to por telefone ou e-mail para que seja verificado o motivo do não recebimento.

Outras informações e notícias podem ser acessadas no nosso site:

www.sinprocan.org.br.

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A partir do dia 15 de dezembro, estará aberta a temporada de verão do Canoas Tênis Clube e os asso-ciados do Sinprocan poderão utilizar as dependências do clube, com suas piscinas e áreas verdes com chur-rasqueiras. O convênio foi assinado pelos presidentes do Sinprocan, Jari Rosa de Oliveira, e do Canoas Tênis Clube, José Chagas Veloso.

Porém, para que isto ocorra, os associados deverão possuir a nova carteirinha do Sinprocan. Para ter a carteirinha, o associado deverá en-viar para o e-mail [email protected] ou levar à sede do Sindicato uma foto, nome completo, matrícula, nú-meros do RG e do CPF.

PisCiNAs E ChURRAsQUEiRAsSão duas as áreas de lazer que

estarão disponíveis aos associados do Sinprocan no Canoas Tênis Clube. Uma é chamada de Área Verde, e tem churrasqueiras e ampla área de uso. A outra é a das piscinas, e é onde o acesso tem mais regras. A seguir, o que pode e o que não pode em cada área, além de outras informações.

ÁREA VERDELocal restrito a frequentadores

com carteiras do Clube com exame médico dentro da validade, onde é permitida a entrada com roupas nor-mais, cadeiras de praia, isopores com bebidas e ingredientes para churras-cos. É necessário levar espetos, pra-tos e talheres. É proibida a entrada de animais.

PisCiNAsLocal junto à Área Verde, mas

separado por cerca. Só é permitida a entrada por frequentadores com carteiras do Clube com exame mé-dico dentro da validade e em trajes de banho. Bolsas e sacolas devem ser transparentes. Toalha, documen-tos e cadeiras de praia também são permitidos. O local tem chapelaria para depósito de pertences pessoais. É proibido o uso de óleos antes de entrar na piscina. O Clube não se res-ponsabiliza pelos pertences pessoais deixados nas áreas de lazer.

QUEM PODERÁ FREQUENTAR O ClUbE

- Associados portando a nova car-teira do Sinprocan;

- Dependentes de associados com

Associados do Sinprocan, seus dependentes e convidados poderão usufruir das áreas de lazer do Canoas Tênis Clube

Atenção para as regras de uso das piscinas do CTC

A voz do professor - dezeMbro/2012 - 3

t e m p o r a d a d e v e r ã o

até 18 anos;- Convidados dos associados.

COMO PROCEDER- Ir até o Canoas Tênis Clube, por-

tando a nova carteira de sócio do Sin-procan, e assinar ficha no clube. Nes-te momento, deverá informar quem são seus dependentes e convidados que irão frequentar o Clube;

- Pagar taxa e levar foto 3x4 de todos os que irão frequentar o Clube;

- Todos os frequentadores terão que realizar exame médico mensal, que podem ser realizados nas quin-tas-feiras, das 19 horas às 20h30min, e nos sábados, das 10 às 12 horas, diretamente no Clube.

QUANTO CUsTA A TAxA- Crianças com até 5 anos estão

isentos;- Associado e dependentes com

até 18 anos pagam R$ 40;- 1º e 2º convidados pagam R$

40, e do 3º em diante a taxa é R$ 60.

OBS: A taxa é mensal e nela está incluída os custos com exame médi-co. Cada frequentador receberá car-teirinha do Clube com data de vali-dade do exame médico; portanto, quem não renová-la, com pagamento de taxa e realização do exame, não poderá entrar nas áreas de lazer.

hORÁRiOs DE FUNCiONAMENTO- A temporada de verão inicia dia

15 de dezembro, as piscinas e chur-rasqueiras funcionam de terça-feira a domingo, das 10 às 20 horas.

REgUlAMENTO DAs PisCiNAs DO CANOAs TÊNis ClUbE

1 - O acesso à área de piscinas só será permitido ao associado e seus dependentes, mediante o Exame Médico, renovados a cada 30 (trinta) dias.

2 - As piscinas não poderão ser usadas por Associados portando fai-xas de gaze, algodão nos ouvidos, bem como qualquer medicamento,

substância oleosa ou bronzeador, que misturados à água prejudicam a saú-de dos banhistas.

3 - Antes do ingresso às piscinas, será obrigatório o banho de chuveiro.

4 - Para ingresso na área das pis-cinas, é obrigatório o traje de banho. Masculino: calção de banho com sun-ga. Feminino: maiô, biquíni, tanga. Podendo levar toalha.

5 - É proibido o uso de bermuda ou bermudão.

6 - Na área de piscinas é expres-samente proibido o uso de garrafas, sacolas, copos de qualquer espécie ou qualquer objeto que possa com-prometer a integridade física dos fre-quentadores.

Obs.: Estas normas são exigências da Secretaria da Saúde, sob pena de interdição das piscinas e multa, es-tando o sócio sujeito às penas esta-belecidas no Estatuto Social do Clube.

Demais dúvidas podem ser es-clarecidas com Lúcia, no telefone 3472.1635.

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Mapeamento de problemas e cobrança por soluções

Contra a diferença no tratamento dado às categorias

r e t r o s p e c t i v a4 - dezeMbro/2012 - A voz do professor

diretoria do Sinprocan fez levantamento de problemas em visitas a toda a rede de ensino e cobra melhorias do Município

2012 Ano de muitas cobranças

O ano de 2012 está terminando, e como é tradicional no jornal A Voz do Professor, relembramos alguns dos principais fatos ligados ao Sin-dicato e ao Magistério durante este período. Foi um ano de fortes e com-

pletas avaliações sobre os problemas enfrentados pelos educadores no exercício de suas funções, além de um quadro mais claro e realista de como está o ensino no município.

A diretoria do Sinprocan realizou

visitas em toda a rede municipal de ensino, ouvindo os professores e abrindo o Sindicato para a categoria poder expressar seu descontenta-mento ou buscar orientação.

Além da busca incessante por

diálogo e soluções junto à Prefei-tura, muitas foram, ainda, as lutas que tiveram como palco a Justiça, onde muitas vitórias vieram e estão por vir. Que venha 2013, ano em que as lutas serão intensificadas.

No início de 2012, a diretoria do Sinprocan visitou todas as escolas de Ensino Infantil e Fundamental, em to-dos os turnos de funcionamento.

Após ouvir as manifestações, com reclamações, críticas e elogios às condições de trabalho nas escolas, o Sindicato relacionou as dificuldades encontradas pelos professores cano-enses e encaminhou à Secretaria de Educação, além de dar publicidade à sociedade. Um dos problemas le-vantados é a falta de professores e baixos proventos, aquém do piso sa-larial da categoria determinado pelo Supremo Tribunal Federal e do que se paga nas demais cidades da Re-gião Metropolitana. Alguns proble-mas, porém, são pontuais e isolados em determinadas escolas e grupos

de profissionais.Além disso, o Sinprocan interme-

diou reuniões entre a Secretaria de Educação e os representantes das escolas que fazem parte do Conselho Político Sindical.

PRóxiMA REUNiãOA segunda rodada de reuniões

com os representantes das escolas está marcada para o dia 14 de de-zembro com os das escolas de Ensi-no Fundamental, divididas em qua-tro grupos, e no dia 20 será a vez das escolas de Ensino Infantil, divi-didas em três grupos, na Secretaria de Educação. As reuniões dão conti-nuidade aos encontros já realizados entre a Secretária e representantes das escolas.

As condições diferenciadas de tratamento que os profissionais da Educação Infantil recebem do poder público motivou o Sindicato dos Pro-fessores Municipais de Canoas (Sin-procan) a abrir campanha contra a di-ferença de tratamento existente entre os professores de Educação Infantil e os de Ensino Fundamental. No dia 23 de outubro aconteceu manifesto no prédio 6 da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), onde houve a realização de uma palestra com o tema “Infância, o fundo de reserva para toda a vida”.

“A Educação Infantil não teve reces-so em julho. Além disso, no Dia do Pro-fessor, 15 de outubro, os professores do Ensino Infantil não ganharam o dia de folga. Eles acabam tendo os mesmos deveres que os professores de Ensino Fundamental, mas não usufruem exa-tamente dos mesmos direitos. Estamos apoiando a categoria e acreditamos que há necessidade de mudanças nes-

se âmbito”, afirmou o presidente do Sindicato, Jari Rosa de Oliveira.

CURsOs DE FORMAçãOOutro problema apontado pelo Sin-

procan é a dificuldade que professores de Educação Infantil enfrentam para a participação em cursos de formação. Jari diz, ainda, que conversou com o Departamento da Educação Infantil e que houve a alegação de que os pro-fessores não poderiam ser liberados para a realização do curso/seminário. “Houve um seminário de educação. Os professores de Educação Infantil não conseguiram participar do evento, pois não receberam dispensa, já que tinham de continuar trabalhando”, dis-se Jari na época do evento.

A manifestação congregou parti-cipantes da categoria, tendo havido uma repercussão satisfatória no intui-to de alertar sobre as distinções para com professores da Educação Infantil.

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dez anos sem aumento

relatório de medidas judiciais

programa professor digital ainda está no papel

O Sinprocan fez levantamento em toda a Região Metropolitana e provou que o magistério canoense recebe o segundo pior salário entre as 12 cidades, fruto de políticas públicas que estão desmontan-do o ensino canoense. São 10 anos sem aumento salarial para todo o funcionalis-mo de Canoas.

Além disso, foram pauta nos debates, reuniões e reportagens neste informa-tivo as péssimas condições de trabalho que os canoenses estão enfrentando, com muitos colegas se afastando das escolas por problemas de saúde e mui-tos outros não querendo nem assumir seus cargos conquistados em concursos públicos, causando falta de educadores.

A voz do professor - dezeMbro/2012 - 5

r e t r o s p e c t i v a

Falta professor na rede municipal

MUNiCÍPiO NãO gRADUADO gRADUADOSão Leopoldo R$ 1.071,00 R$ 1.285,20Novo Hamburgo R$ 1.052,11 R$ 1.367,74Porto Alegre R$ 1.041,50 R$ 1.611,20Gravataí R$ 927,52 R$ 1.319,40Alvorada R$ 865,00 R$ 968,80Esteio R$ 837,00 R$ 1.171,00Sapucaia R$ 803,43 R$ 1.205,14Eldorado R$ 758,04 R$ 985,47Guaíba R$ 725,50 R$ 1.233,35Cachoeirinha R$ 719,06 R$ 1.242,45Canoas R$ 693,63 R$ 923,22Nova Santa Rita R$ 600,98 R$ 800,05

VAlOREs REFERENTEs 20 hORAs

O Sindicato dos Professores Municipais de Canoas tem procurado diversificar a área de atuação da assessoria jurídica, procurando ampliar o atendimento das necessidades que demandem atendimen-to jurídico na esfera administrativa, ju-dicial e extrajudicial de seus associados. Visando dar transparência em sua atua-ção, estamos apresentando o relatório de medidas judiciais, extrajudiciais e proce-dimentos administrativos que atuamos na defesa dos associados, relativo período de 01/12/2011 a 30/11/2012 (ao lado).

RECEssO DA JUsTiçAO Poder Judiciário fará recesso no perí-

odo compreendido entre Dezembro/2012 e Janeiro/2013, momento em que os pro-cessos que tramitam nas respectivas juris-dições estarão suspensos. No período de recesso, apenas as medidas cautelares e os processos de urgência estarão trami-tando.

Justiça FederalRecesso no período de 20/12/2012 a

06/01/2013.Justiça do TrabalhoRecesso no período de 20/12/2012 a

11/01/2013.Justiça EstadualRecesso no período de 20/12/2012 a

20/01/2013.

O projeto que daria condições fa-cilitadas de financiamento para que os educadores canoenses pudessem adquirir computadores e se aperfei-çoar ainda não saiu do papel. Ele foi criado pela Prefeitura e aprovado pelos vereadores depois que o Sin-procan sugeriu sua criação.

No entanto, por ineficiência e/ou falta de vontade política, nunca foi implementado. Enquanto isso, os professores continuam sem condi-ções de acessar a tecnologia básica.

Durante o ano de 2012, muitas foram as cobranças públicas feitas pelo Sindicato e, segundo informa-ções não oficiais, o projeto deverá ser implementado, finalmente, no próximo ano.

Continuaremos de olho!

PROCEDiMENTO ADMiNisTRATiVO QUANTiDADEProcessos Administrativos 05

PROCEDiMENTO JUDiCiAl QUANTiDADEFérias e Licença-Prêmio 58Contagem de Tempo de Serviço 10Reconhecimento Aposentadoria Especial – Bibliotecário 08Reconhecimento Aposentadoria Especial – Professor Substituto 09Reconhecimento Aposentadoria Especial – LABIN 06Diferença de FG 11Diferenças de Avanços e Adicionais 19Tempo de MOBRAL 09Diferenças de Classe 34Nível – Grau de Titulação 03Vagas em Educação Infantil 12Insalubridade 17Gratificação EJA 02Revisional Bancária 15Direito de Família 25Ações de Indenização 21Revisões de Aposentadoria 13Abono Permanência 11Isenção de Imposto de Renda 02Ações Difusas 17AÇÕES COLETIVAS – SINPROCAN 05

PROCEDiMENTO ExTRAJUDiCiAl QUANTiDADEDivórcio e Dissolução de União Estável 09Representação Conselho Regional de Medicina 03

TOTAl 324

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g r u p o d e a p o s e n t a d o s6 - dezeMbro/2012 - A voz do professor

No encontro do mês de novem-bro, dia 8, as aposentadas tiveram uma vivência de Tai Chi Chuan, que foi ministrada pela professora Rosaura Coronet, responsável pelas aulas de Tai Chi Chuan e Chi Gong no Parque Municipal Getúlio Vargas, o Capão do Corvo. Foi feito um breve relato sobre o que é e os benefícios que oferece para quem pratica esta arte milenar. O grupo praticou alguns movimentos bá-sicos. As que tiveram oportunidade de participar gostaram muito. A sugestão que ficou foi de formar um grupo para praticar na sede do Sinprocan. No pró-ximo ano, se houver interessados, há possibilidade de se organizar uma tur-ma. A professora Teresinha Kaspary, Gerente de Equipe do PMGV, acompa-nhou a professora Rosaura na oficina.

O QUE é?È uma técnica oriental antiga que

foi criada com propósitos de comba-te, como uma arte marcial, mas com o passar dos séculos ganhou ênfase no desenvolvimento da saúde e no com-bate ao estresse.

No Tai Chi Chuan, a suavidade e a flexibilidade superam a dureza e a rigi-dez. O exercício, que engloba também uma filosofia de vida, enfatiza a har-monia como um meio de melhorar o desenvolvimento da mente e das habi-lidades físicas. Também é ressaltada a importância do controle da respiração, a prática da meditação e de movimen-tos naturais do corpo.

O princípio básico do Tai Chi Chuan é aprender a relaxar, ficar calmo, com a mente limpa, seja nos movimentos, seja no trabalho ou em qualquer outra atividade.

COMO O TAi Chi COMEçOU?Há duas histórias sobre a criação

do Tai Chi. A primeira é: na Dinastia Yuan e Ming, há aproximadamente 700 anos, Chang Sanfeng, que viveu no Templo Shaolin por alguns anos, muda-se para a Montanha WuDang, onde o Tai Chi foi criado a partir da

observação de uma garça azul lutando contra uma serpente. A história con-ta que os movimentos da garça eram sempre duros, porém a serpente podia se desviar e seguir a garça. Dessa ma-neira, a cobra não perdeu a vida para a garça. Tem-se aí uma das observa-ções do Tai Chi Cuan: o duro é contro-lado pelo suave.

Outra teoria é que o Tai Chi Chuan foi criado pela Família Chen, há mais ou menos 300 anos pelo Mestre Chen Wangting. (Fonte site: Associação In-ternacional de Tai Chi Chuan).

AlgUNs bENEFÍCiOs DO TAi Chi ChUAN

- Aumento da flexibilidade;- Estímulo ao sistema imunológico;- Equilibra a pressão sanguínea;- Aumento da atenção e concentra-

ção;- Melhora o equilíbrio físico e psico-

lógico;- Oferece mais energia e disposição;- Melhora a postura;- Fortalece joelhos e articulações;- Previne distúrbios, como a insônia

e o estresse.

Evento no Auditório Sinprocan teve aula teórica e vivência da arte milenar; turma poderá ser aberta no ano de 2013

grupo de Aposentados conhece o Tai Chi Chuan

O Grupo de Aposentados reali-zou evento de final de ano, no dia 06/12, no auditório do Sin-procan. As participantes pude-ram confraternizar com muita alegria, risos, brincadeiras e troca de presentes. Foram muitos os passeios e as ativi-dades ao longo de 2012, um ano altamente positivo para o Grupo, que recebeu muitos novos participantes. Para o próximo ano, o grupo almeja a multiplicação do número de participantes nas atividades.

Confraternização

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O professor faz parte de uma das categorias profissionais que mais se comunicam oralmente durante o tra-balho. Todos os dias, fala por várias horas para cerca de 30 pessoas, fre-quentemente em um ambiente com interferências externas, o que o leva a forçar cada vez mais a voz. Sem entender os sintomas, muitos levam essas situações até o limite, quando as cordas vocais estão feridas, o que interfere na rotina de trabalho.

Segundo Leslie Ferreira, coorde-nadora do Laboratório de Voz (La-borvox), da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), cer-ca de 60% dos docentes apresentam sintomas como rouquidão, cansaço ao falar, disfonia e pigarro. Fabiana Zan-bom, fonoaudióloga do Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro), acrescenta: “Como há pouca informa-ção sobre o tema, muitos professores não procuram ajuda e a maioria chega ao consultório médico já com altera-ções de voz”. Para ela, a orientação

durante a faculdade de Pedagogia e os cursos de licenciatura poderia cola-borar para que esse tipo de problema se tornasse menos comum.

Quem já chegou ao limite preci-sa buscar atendimento médico, mas o melhor caminho é a prevenção. O Ministério da Educação (MEC), no en-tanto, não tem um programa voltado a evitar os distúrbios vocálicos. E, em-bora muitas redes de ensino promo-vam ações nesse sentido, a maior par-te delas é pontual e não existe mais. Faltam, portanto, programas perma-nentes que orientem os educadores.

Para tentar preencher essa lacuna, foi criado em 2011 um grupo de dis-cussão no Ministério da Saúde. A ini-ciativa não é exclusivamente para es-colas e nos próximos meses deve ser lançado um documento com indica-ções para garantir ambientes de tra-balho mais saudáveis e organizados. As orientações incluem, por exemplo, controle de ruído, ventilação correta e espaços para descanso.

PEQUENOs AJUsTEs Mudanças simples em seus hábitos podem colaborar para pre-

servar a sua voz e evitar problemas futuros.sEM RUÍDOs Feche as portas e as janelas para ajudar a man-

ter a concentração da turma e poupar sua voz da competição com o ruído que vem da rua e do corredor.

POsTURA ERETA Ao ficar em pé, você consegue se expressar com mais facilidade e tem um controle maior sobre os alunos. Evitando a bagunça, poupa a voz.

AJUDA DO sOM Converse com a coordenação da escola para que ela disponibilize microfones a todos que necessitam. Faça acordos com os alunos para eliminar os gritos.

lONgE DO QUADRO Se você usa giz, o pó pode ser inalado e secar sua garganta. Por isso, fale virado para a turma. A atitude também favorece a comunicação com a classe.

MOMENTOs DE PAUsA Quando os alunos estão fazendo um trabalho em grupos, aproveite para poupar a sua voz para a con-tinuação da aula.

UM sANTO REMéDiO Tomar água propicia intervalos e hi-drata as cordas vocais. Prefira o líquido a pastilhas, que podem fazer mal, em vez de ajudar.

Fonte: Nova Escola

Como cuidar bem da sua vozsAÚDE

A voz do professor - dezeMbro/2012 - 7

C O N D I Ç Õ E S D E T R A B A L H O

Outrora, quando estavam fora do governo, os atuais gestores prega-vam a democracia com princípios hu-manitários e éticos. Agora, a prática é outra. A forma coercitiva de como governam encantaria até carrascos da ditadura militar. Na ditadura, os gover-nantes contavam com o aparato mi-litar para reprimir. Esse requisito caiu por terra. Aperfeiçoaram os métodos! Mascaram o seu autoritarismo com belos discursos e apresentando alguns dados positivos e convenientes. Con-tam com os informantes de plantão, que monitoram nossas ações.

Em outros tempos, esses atuais governantes defendiam intransigen-temente fartos recursos para a edu-cação bem como a melhora nas con-dições de trabalho dos professores. Agora, deixam as escolas em situação calamitosa, à míngua de recursos, acentuando a precarização das con-dições de trabalho dos professores de sala de aula.

Enquanto que para as escolas mantêm a política de carência e fal-

ta de professores, por outro lado, na SME, aumentam o quadro para fun-ções burocráticas. O curioso é que integrantes da atual gestão conde-navam de forma veemente o núme-ro absurdo de profissionais na SME, agora no poder, fazem justamente mais aquilo que tanto criticavam. As-sim como também organizavam mo-vimentos pela falta de professores. Denunciavam o abandono das esco-las, a falta de manutenção dos com-putadores, a falta de internet, etc., e hoje, portanto, deixam às traças o que revindicavam e pregavam.

A política do engessamento da SME deixa, portanto, as escolas em situação ainda mais precária, na me-dida em que retira os professores da escolas e os remete para outras funções. Grande parte desses profis-sionais que vão para os cargos buro-cráticos perde a noção dos proble-mas e das carências das escolas. Em pouco tempo, parece se tornarem míopes. Não veem ou não querem ver os problemas das escolas, acre-

ditam que tudo se resolve num pas-se de mágica. E ainda, para mostrar serviço, impõem suas ordens, em geral de forma autoritária, só para mostrar que estão no poder. Ordens essas que na maior parte das vezes o fazem verbalmente e por vezes são inconsequentes e incoerentes. Também lançam mão de estratégias para criar e aumentar as obrigações da já sobrecarregada jornada dos professores. Exigem o cumprimento à risca da legislação quando se re-fere ao aumento das atribuições e obrigações dos professores. Porém, quando diz respeito às questões de responsabilidade da mantenedora, na maior parte das vezes é feita “vis-tas grossas” à legislação, então, não é cumprida e nada acontece.

Outros fatores têm contribuído para precarizar do trabalho dos pro-fessores, como, por exemplo, a per-da do status econômico pelo achata-mento salarial, o aumento do número de dias letivos de 180 para 200. Au-mento do número de alunos por sala

de aula, inclusão sem condições, falta de estrutura e espaço físico, falta de material e recursos didáticos, violên-cia, indisciplina, desrespeito, etc., le-vando assim esses humanos ao esgo-tamento.

A SME continua assim desenvol-ver a política da precarização das condições de trabalho que se reflete na qualidade de ensino. Aumentam de forma unilateral as exigências e a demanda de serviços. Dá a enten-der que para os atuais gestores não importa as precárias condições no trabalho dos professores da sala de aula, o que importa são os números e as estatísticas positivas que as esco-las devem fornecer. É a política, por-tanto, de querer e exigir resultados milagrosos.

Alerta-se assim que a Educação Municipal de Canoas está em perigo. Essa continua sendo colocada em Se-gundo plano. Mais uma vez se coloca que nos discursos que faziam outro-ra sobre educação, não corresponde com a prática que implementam hoje.

Educação em perigo 2 - Continua a desestruturação

ARTigO joSé Adelino dACAnAlProfessor municipal

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x

E N S I N O P A R A S U R D O S8 - dezeMbro/2012 - A voz do professor

A inclusão do aluno surdo no en-sino regular é uma das diretrizes fundamentais da Política Nacional de Educação.

Entretanto, no Brasil ainda são escassos os estudos preocupados com a realidade escolar dos mes-mos. São restritas as pesquisas que procuram identificar os problemas envolvidos nesta educação e apon-tar caminhos possíveis para uma prática pedagógica eficaz, uma vez que a escolarização dos surdos tem produzido resultados pouco efetivos, quando se pensa no número restrito de surdos que chegam ao ensino su-perior no país.

Percebe-se, a partir de então, a criação de mecanismos que fomen-tem pesquisas direcionadas para a qualidade da educação proposta a esses educandos e, ao mesmo tem-po, desmistifiquem alguns mitos per-petuados ao longo dos anos.

Na busca de caminhos, no contex-to do bilinguismo, a Língua de Sinais e a Língua Portuguesa são aliadas e não oponentes. O surdo é respeitado por sua especificidade linguística, e é seu direito apropriar-se do Português na modalidade gráfica e opcional na modalidade oral, como segunda lín-gua. Dessa forma, as duas línguas somam forças, aliam metodologias, compartilham culturas, enfim, apro-ximam pessoas.

EDUCAçãO DOs sURDOs: DO ORAlisMO AO biliNgUisMO

A história da educação dos surdos foi marcada por conflitos de filosofias educacionais, sendo de fundamental importância analisar a visão da sur-dez no decorrer da história.

Na antiguidade, os chineses lan-çavam as pessoas com deficiência ao mar. Na Idade Média, no Egito, os surdos eram adorados como se fos-sem deuses, sendo temidos e respei-tados pela população.

Até o fim do século XV, não havia escolas para surdos, porque os mes-mos eram considerados incapazes de serem ensinados. Muitos surdos eram excluídos somente porque não falavam, o que mostra que para os ouvintes o problema maior não era a surdez, mas sim a ausência da fala.

A partir do século XVI que surgem os primeiros educadores de surdos. Entre os primeiros educadores de surdos, alguns acreditavam que a primeira etapa da educação consistia no ensino da língua oral, que ficou conhecido como o “Método Oralista Puro”. O objetivo deste método é fazer uma realibilitação da criança surda em direção à normalidade, a não-surdez. O Oralismo é um méto-do de ensino para surdos, no qual se defende que a maneira mais eficaz de ensinar o surdo é através da lín-gua oral.

O padre Ernest Huet veio para o Brasil a convite de D. Pedro II, tra-zendo o Método Combinado (base-ando-se no princípio de que deveria ser ensinado ao surdo através da visão aquilo que as outras pessoas aprendiam por meio da audição) e fundando o INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos) no Rio de Janeiro, em 26/09/1857.

Foi a partir desse Instituto que surgiu, da mistura da língua de si-nais francesa trazida por Huet, com a língua de sinais brasileira antiga, já usada pelos surdos de várias regiões do Brasil, a LIBRAS- Língua Brasileira de Sinais.

Como o objetivo do Oralismo era permitir o desenvolvimento da linguagem oral e esse objetivo não chegou a se desenvolver satisfato-riamente, devido a mesma não ser plenamente acessível ao surdo, em 1968 surgiu no Brasil a filosofia da Comunicação Total (que combinava a língua de sinais, a língua oral, lei-tura labial, treino auditivo e alfabeto

manual). Esta filosofia preconizava que a comunicação deveria ser pri-vilegiada, utilizando todos os canais possíveis.

É importante ressaltar que a visão da surdez aqui também é diferente, pois na corrente oralista o conceito de surdez se apresenta como perda, como incapacidade física de ouvir, portanto enxerga o mesmo como deficiente auditivo. O surdo é defini-do por suas características negativas e sua educação se converte em te-rapêutica.

Em contrapartida, na corrente gestualista o conceito da surdez tem haver com o respeito às diferenças, com a aceitação social da diversida-de. O surdo passa a ser o indivíduo com identidade formada a partir das experiências visuais. Com base nas abordagens feitas até o momento é evidente que controvérsias entre as filosofias educacionais para surdos perpassaram todo o processo histó-rico educacional, mas atualmente é inegável que o Bilinguismo é a pro-posta educacional considerada mais adequada para os surdos, por ser a língua de sinais, única modalidade de linguagem acessível ao surdo, ca-paz de contribuir para seu desenvol-vimento integral.

A linguagem é responsável pela organização do pensamento (segun-do Vygostky), sendo assim, o surdo que não tiver livre acesso à sua lín-gua, muito provavelmente terá difi-culdades na constituição de seu pen-samento. Não havendo pensamento, não haverá como adquirir nenhum tipo de língua.

Por meio da LIBRAS, poderá constituir seu pensamento e sua consciência, habilitando o individuo a adquirir a Língua Portuguesa ou qualquer outra língua.

Ronice Quadros (2004) também concorda que a língua de sinais é uma expressão da capacidade na-

tural para a linguagem. Se há um dispositivo de aquisição da lingua-gem em todos os seres humanos, que deve ser acionado mediante a experiência linguística positiva, en-tão a criança surda deve ter acesso à língua de sinais o quanto antes, para ativá-lo de forma natural. O que não acontece com a língua portuguesa.

É evidente então a importância da criança surda estar em contato com outros usuários de sua língua natural, que no espaço escolar é o instrutor surdo. No que se refere à aquisição do português escrito por crianças surdas, atualmente, ainda é baseado no ensino do português para crianças ouvintes que adquirem o português falado. A criança surda é colocada em contato com a escrita do português para ser alfabetizada em português seguindo os mesmos passos e materiais utilizados nas escolas com as crianças falantes de português.

Várias tentativas de alfabetizar a criança surda por meio do português já foram realizadas, desde a utiliza-ção de métodos artificiais de estru-turação de linguagem até o uso do português sinalizado.

Mas como o português não é ad-quirido naturalmente por meio de diálogos espontâneos, sua aprendi-zagem acontece formalmente na es-cola através de produções escritas.Portanto, o ensino/aprendizagem do português escrito para surdos tam-bém perpassa por uma concepção sócio-interacionista.

O recurso que contribui para o aprendizado do português por sur-dos é a internet por possibilitar uma participação e interação ativa atra-vés de conversas por escrito, a rede mundial de computadores também possibilita a busca de textos e ima-gens conforme a necessidade e inte-resse do educando.

bilinguismoARTigO AurA ferreirA

Professora da Escola Especial para surdos Vitória

inclusão

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A voz do professor - dezeMbro/2012 - 9

E N S I N O P A R A S U R D O S

MAs O QUE é O biliNgUis-MO?

A filosofia Bilíngue surgiu em Pa-ris no ano de 1979, mas o enfoque bilíngue foi introduzido na educação de surdos pesquisados e registrados pela professora francesa em 1981.

Atualmente, a proposta edu-cacional Bilíngue é considerada a mais adequada para os surdos por respeitar sua especificidade lingüís-tica e proporcionar à criança surda o contato com a língua de sinais precocemente, uma vez que esta é sua língua natural e lhe possibilita a aquisição de significados. Dessa for-ma, a criança é capaz de estruturar sua linguagem interna, por meio de experiências visuais.

O Bilinguismo também preconiza o aprendizado da língua oficial do país, no caso o Brasil, a Língua Por-tuguesa na modalidade escrita como segunda língua. Porém, a Língua Brasileira de Sinais não poderá subs-tituir a modalidade escrita da língua portuguesa. Portanto, o surdo torna--se bilíngue na medida em que lhe é garantido o direito de acesso às duas línguas, utilizando ambas conforme o contexto comunicativo exigir.

A filosofia do Bilinguismo repre-senta um grande avanço na Educa-ção de Surdos, visto que no passado os surdos eram considerados como seres que não podiam ser educáveis, e hoje eles garantem e conquistam espaços.

Um grande passo para essa con-quista foi o reconhecimento da Lín-gua Brasileira de Sinais como meio

legal de comunicação e expressão, instituída pela Lei Federal nº. 10.436 de 24 de abril de 2002, e só regu-lamentada pelo Decreto Federal nº. 5.626 de 22 de dezembro de 2005. Segundo a legislação vigente, a Li-bras constitui um sistema linguísti-co de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades surdas do Brasil, na qual há uma forma de co-municação e expressão, de natureza visual-motora, com estrutura grama-tical própria.

Falar com as mãos é, portanto, combinar estes elementos que for-mam as palavras e estas formam as frases em um contexto.

Para conversar, em qualquer lín-gua, não basta conhecer as pala-vras, é preciso aprender as regras de combinação destas palavras em frases.

A Língua Brasileira de Sinais é uma língua utilizada nos espaços criados pelos próprios surdos nas as-sociações, nos pontos de encontros, nos lares, nas escolas.

COMO sE EsTRUTURAM hOJE As EsCOlAs DE sURDOs

As Escolas para Surdos permitem e tornam mais fácil o uso da Língua de Sinais e a abordagem Bilíngüe, de acordo com as necessidades dos mesmos. Para os estudantes surdos, elas não se constituem em “Institui-ções de Educação Especial”, mesmo que existam dentro do sistema de educação especial. As escolas de-vem permitir e facilitar o uso da Lín-gua de Sinais, além de utilizar uma

abordagem Bilíngue e orientada para as necessidades dos alunos.

É importante mencionar que, quando pensamos em estudantes surdos e suas necessidades, preci-samos considerar que a Língua de Sinais é a Língua Materna (L1) e pri-meira língua para uma pessoa surda. A educação na Língua de Sinais e a Língua de Sinais como disciplina do currículo escolar, portanto, não são adaptações por si, mas formam uma parte normal da educação. As crian-ças ouvintes precisam ser educadas em suas línguas maternas e preci-sam estudar tal língua, e fazer isso não significa adaptar o ensino aos alunos.

Uma educação Bilíngue para es-tudantes surdos que inclua a Língua de Sinais como a principal língua de instrução, enquanto a língua escrita do país é utilizada para ensinar a ler, significa incorporar esta mudança de paradigma. A transposição dos alunos com deficiências para a edu-cação regular deve levar em consi-deração o papel importante que o apoio de pares de outras crianças com deficiências pode desempenhar no aprendizado, como para crianças surdas, bem como promover habili-dades de liderança das crianças com deficiências.

As crianças surdas precisam ser incluídas primeiramente através da Língua e da Cultura mais apropria-da antes de serem incluídas nas di-ferentes áreas da vida em estágios posteriores, por exemplo, no ensino médio e superior, bem como na vida

profissional. O apoio de pares é ne-cessário.

Somos seres de linguagem, te-mos uma capacidade imensa de nos comunicar uns com os outros. Temos uma capacidade ilimitada de pensar, de refletir, de chegar a conclusões. Contudo, há muito que precisamos descobrir em escola, urgem mudan-ças necessárias!

Mudar só é possível para quem tenta, e para quem sonha! Os so-nhos são vontades que parecem impossíveis de realizar. Mas melhor do que falar do sonho é sonhar! So-nhar, por exemplo, que a Escola Bi-língüe vai nos ajudar a dar novos e mais acertados passos na descober-ta de uma escola diferente, assim como sonharam alguns colegas e viram este sonho realizado, como é o caso da Escola de Surdos Bilíngue Salomão Watnik, em Porto Alegre, que faz um trabalho diferenciado em termos de Pedagogia na área da Surdez.

Hoje, em nosso Estado, há um grande movimento que inclui diver-sas escolas de surdos, professores, pais, alunos, políticos e simpatizan-tes da causa lutando para que se legitime esta modalidade de ensi-no.

Assim estamos nos preparando para concretizar aqui no nosso Mu-nicípio também este sonho de trans-formar nossa escola hoje Especial para Surdos em uma Escola Bilíngue, deixando para trás o estigma de es-pecial, e por isso infelizmente sepa-rada das demais.

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e s c o l a s10 - dezeMbro/2012 - A voz do professor

Somos professores da Escola Mu-nicipal de Ensino Fundamental João Paulo I, de Canoas. Desde o início do ano, percebemos que nossos alunos estavam desmotivados: era pratica-mente impossível fazê-los ler um tex-to, ainda que de pouquíssimas linhas; fazê-los parar de se agredirem em sala de aula – ou pelo menos dimi-nuir as ocorrências; fazê-los prestar atenção nas atividades propostas.

Por isso, decidimos embarcar em um projeto, com a dúvida de que teríamos resultados positivos. Com tal projeto, intitulado “Diário de um Banana: incentivo à leitura, escrita e reflexão social”, objetivamos traba-lhar o bullying e fazer com que os alunos da turma de 6ª ano adquiris-sem o gosto pela leitura e escrita.

Primeiramente, após assistirem aos filmes “Diário de um Banana” e “Diário de um Banana 2: Rodrick é o cara”, sendo um na própria es-cola e outro no cinema, os alunos analisaram-nos e discutiram acerca do problema social ali representado – casos de bullying sofrido por um dos personagens. Dessa forma, nós ouvimos alunos relatarem o quanto

se incomodavam com as agressões verbais dos próprios colegas de sala. Com isso, nós, docentes e discentes, debatemos sobre as ações a serem adotadas para que tais episódios fos-sem minimizados na sala de aula. Em seguida, abordamos o gênero textual diário, pois o personagem principal dos filmes, Greg, escreve tudo o que acontece em sua vida num diário. Tendo em vista que muitos alunos desconheciam tal gênero, foi funda-mental estudar a sua estrutura. Tam-bém, realizamos um comparativo en-tre o diário tradicional e as formas de diário digital, como as redes sociais, nas quais os usuários relatam seus acontecimentos cotidianos para co-nhecimento de seus amigos virtuais.

Posteriormente, os alunos rece-beram um caderno, que se transfor-mou em um diário, no qual escreve-ram, e ainda escrevem, tudo o que acontece no seu dia a dia. Foi moti-vador perceber o interesse dos alu-nos na atividade de escrita do diário, no qual passaram a escrever suas alegrias, medos, angústias, possibi-litando aos professores conhecerem um pouco mais da realidade em que

Um projeto e muitos resultados

Alunos da Educação infantil conquistaram a vitória invictos da 1ª Copinha baby de Canoas

ARTigO

ARTigO

grAzielli fernAndeS / oberdAn goulArT pereS

AMAndA doS pASSoS quAdroS

Professora de língua Portuguesa e Professor de Educação Física

Professora

vivem. Concomitantemente, fez-se a leitura de páginas do livro “Diário de um Banana: a verdade nua e crua”, para que os estudantes analisassem questões estruturais, como data, personagens, assunto, característi-cas do enunciador.

Sabemos que há muito a ser feito, mas temos a convicção de que esse projeto mostrou-se relevante para a reflexão em relação ao bullying e

para despertar o gosto pela leitura e escrita.

E não pretendemos parar por aí. Com essa experiência, em 2013, im-plementaremos novos projetos, com a união de outros professores.

Apesar dos problemas que te-mos na educação, temos a certeza de que podemos transformar nossa realidade. Basta gostar de ser um professor.

Tudo começou com uma bola de jornal... Em meados do mês de abril, iniciamos os treinos para participarmos da Copinha Baby, mas não tínhamos bola, então as professoras do berçário confeccionaram bolas de jornal.Com essas treinamos.

As professoras Amanda e Cláudia, das tur-mas do Maternal II e do Jardim, treinaram juntas no campo da escola, realizando trei-nos de chute a gol, e posições dos jogado-res. Aos poucos, as coisas foram melhoran-do, ganhamos uma bola e foram aparecendo os craques, os dribles e os gols. Tivemos o apoio da torcida, na primeira fase pais, ir-mãos e os colegas do Maternal II e Jardim. Nas finais, a torcida aumentou: além dos pais, irmão e vizinhos fechamos a escola e fomos todos torcer pelos “azuizinhos da Re-

canto”. No decorrer desta caminhada, perdemos

muitas bolas pela vizinhaça, ralamos joelhos e quase enlouquecemos as professoras/téc-nicas... Mas tivemos uma mostra de tudo que o esporte pode nos proporcionar. Aprende-mos que se cada um fizer a sua parte, se pre-ocupar com seu espaço na quadra, for colega para passar a bola para quem está melhor posicionado e ser solidário com quem perde.

Sim, vencemos todos os jogos, jogamos um bolão! Mas muito mais do que isso, mos-tramos a força que um grupo tem, a força que a Equipe da Recanto do Filhote tem. Aprendemos que querer é poder, e que se ti-vermos uma oportunidade só usaremos todo o nosso talento e mudaremos a história de nossas vidas.

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A voz do professor - dezeMbro/2012 - 11

e s c o l a s

Quem educa, para educar alguém, tem que se comunicar. Ao buscarmos a etimologia das palavras Educação e Comunicação, encontramos a se-guinte definição, segundo o dicioná-rio Houaiss: a) Educação, do latim, EDUCAT, tem por definição ‘ação de criar, de nutrir; cultura, cultivo’; b) Comunicação, do latim, COMMUNI-CAT, ‘ação de comunicar, de partilhar, de dividir’.

A comunicação é o canal que pos-sibilita a troca de experiências e de saberes. Quando falamos em comu-nicação, estamos falando de lingua-gens verbais e não verbais que par-tilham informações. Reconhecemos que a escola é um lugar que abriga todos os tipos de linguagem. O edu-cador tem suas formas de comunicar, o estudante também tem as suas e nessa relação são estabelecidas as condições que propiciam ou não as aprendizagens.

A escola nunca esteve sozinha no exercício da educação, historica-mente, podemos constatar que ela sempre dividiu esta tarefa, principal-mente com a família, as organizações religiosas e a cultura. Estes três, as-sim como a escola, comunicam ao sujeito e interferem, através da sua perspectiva, na percepção e capaci-dade de julgamento dos indivíduos. A educação então pode ser entendi-da como um somatório de todas as vivências e interações que temos e o significado que damos a elas, cons-truindo assim nossa visão de mundo. No entanto, nas últimas décadas, po-demos observar que um quarto ele-mento vem disputando espaço edu-cativo de crianças e jovens: a mídia.

Em tempos em que se fala cada vez mais em sustentabilidade e em consumo consciente, nos parece que na contramão e sem freios, surge um comportamento compulsivo de uma sociedade cada vez mais globalizada e capitalista, que tende a seduzir a população aliando o conceito de pro-gresso e ascensão ao conceito de consumo compulsivo. Nossa socie-dade vive sob a pressão constante da mídia, das propagandas: qual-quer espaço é um ponto de venda, estimulando o consumo exacerbado. Dentro desta lógica, as empresas pu-

Mídia: de canal de comunicação a desafio para a educação

ARTigO AdriAnA SilvA dA CoSTA / fábio guAdAgninProfessores

blicitárias encontraram, nos últimos anos, um consumidor em potencial: a criança. Durante o ano, as “datas comerciais” são disfarçadas de datas comemorativas, para que se crie a im-pressão de que temos de presentear de alguma forma. As crianças estão, cada vez mais, imersas no mundo do consumo, e os adultos, por sua vez, sustentam essa relação, cedendo às seduções do mercado.

Não há como negar a influência da mídia no estabelecimento de mo-delos, modas, regras, e também na forma de educar. A mídia encontra na televisão um espaço confortável, um álibi, onde pode comunicar para qualquer pessoa, independente da idade, sexo ou condição social. Esta comunicação baseia-se fundamen-talmente na mensagem de que “se você quer, você pode”, dando poder ao telespectador, associando ima-gens de poder, status, elegância ao produto vendido. Essas qualidades

ainda transmitem a mensagem de que se você possuir determinado produto você será mais feliz, de que se você não tem, deveria ter, porque você é aquilo que você consome e se você pode comprar é porque tem autonomia suficiente para escolher.

Cabe, porém, o questionamento: que autonomia é esta que vem de fora? A autonomia pode se transfor-mar em subordinação quando traves-tida, ou seja, quando a mídia impõe modelos, dita regras e diz o que as pessoas devem ou não fazer, dando a falsa sensação ao telespectador de autogoverno, de que ele decide o que é melhor, que ele tem o direito de escolha, quando na realidade a mídia busca uniformizar pensamen-tos e ações, travestindo para isso a noção de autonomia.

O que mais chama a atenção é que cada vez mais o grupo consi-derado “telespectador autônomo”, aquele capaz de decidir, é formado

por crianças e adolescentes. Sem fil-tro nenhum, estão à mercê de todo e qualquer tipo de informação e de apelos de consumo. Se a criança está substituindo companhias reais por virtuais, ela pode perder a noção da realidade e cria modelos ilusórios de mundo.

Em contrapartida, a escola é um lugar de socialização constituída de pessoas reais, e então a criança se vê tendo que lidar com a realidade. Como possui muitas referências ilu-sórias, para se sentir segura e aceita no grupo de outras crianças, que as-sim como ela recebem o bombardeio de informações, toma para si a certe-za de que para ser alguém ela preci-sa assumir as identidades das perso-nagens que assiste na televisão, por exemplo.

A escola encontra um novo desa-fio a partir daqui, o de desconstruir modelos, decifrar mensagens ocultas e comunicar às crianças e aos ado-lescentes a noção de que o mundo é muito mais complexo e real do que a mídia apresenta. A escola hoje, aci-ma de tudo, tem de impor o limite que a família, paulatinamente, vem deixando de impor. Professores as-sumem o papel de comunicadores conscientizadores, mediadores e tra-dutores destas verdades impostas.

Em tempo: será que a escola está conseguindo dar conta desta deman-da? Estaria a escola perdendo autori-dade e a função de educação para a mídia? Há efetivamente comunicação entre professores e aprendentes? E a escola, possui um currículo que abre espaço para este canal de diálogo? Há muitas questões além destas para se pensar e talvez as respostas não sejam tão facilmente encontradas. O importante é que, identificado o de-safio, há de se refletir sobre a prática pedagógica em busca de mais clare-za na percepção e, em um segundo momento, na ação sobre estes fenô-menos da relação mídia e educação.

A nós, gestores, educadores e porque não dizer comunicadores, resta lutar por uma educação de qualidade e libertária. Educar para a vida, educar para ter um mundo mais sustentável e crítico. Educar para for-mar consumidores, mas de saberes.

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E N S I N O D E J O V E N S E A D U L T O S12 -dezeMbro/2012 - A voz do professor

O presente levantamento procura elencar algumas das mais importantes ações no campo da Educação de Jovens e Adultos em nosso município. Retoma um pouco da trajetória das atividades ao longo destes quatro anos. Trata-se da retrospectiva de um trabalho coletivo, que contou com a participação de diferentes gestores, assessores e profissionais que de uma forma ou outra estiveram envolvidos na proposição e cons-trução de políticas públicas voltadas para o segmento.

PROJETO OAb VAi À EsCOlAAtravés do “Projeto OAB Vai à Escola”, os educan-

dos da EJA recebem palestras a cerca de seus direitos e deveres. Temas como Direito do Trabalho, Direito do Consumidor, Direito de Família e Estatuto da Criança e do Adolescente, já atingiram centenas de alunos(as). O “Projeto OAB Vai à Escola” está vinculado à Unidade de Educação de Jovens e Adultos da Diretoria de Edu-cação Continuada e Diversidade da SME e atende tam-bém o Ensino Fundamental, dito Regular, do diurno. Todas as escolas com a modalidade EJA já receberam o Projeto, algumas em mais de uma oportunidade com temas diferentes.

PROJETO CARAVANA DA CiDADANiA E DA PREVENçãO sPE/EJA – PARCERiA COM A sEC. MUN. DA sÁUDE, sEC. MUN. DE DEsENV. sO-CiAl E COORDENADORiAs DA DiVERsiDADE E DA MUlhER E PROgRAMA CANOAs ViVA

A Caravana da Cidadania e da Prevenção é uma parceria entre o Programa Saúde e Prevenção nas Escolas e a Unidade EJA. O SPE realizou a formação de educadores articuladores e de pesquisa e incenti-vo à leitura, os quais foram multiplicadores em suas escolas. Após a formação houve a certificação destes mesmos educadores. Posteriormente estruturou-se o Projeto de visita às escolas com a Caravana da Cida-dania e da Prevenção, através da organização de qua-tro oficinas que ministram aulas/palestras sobre DST/AIDS, Tuberculose, Planejamento Familiar, Homofobia, Prevenção à Violência Contra à Mulher, Prevenção ao uso de Álcool e Drogas e orientação sobre a Rede de Assistência Social/CRAS no município. A Caravana já visitou 5 escolas (Duque de Caxias, Erna Würth, João Paulo I, Irmão Pedro e Odette Freitas) e ainda atende-rá mais 3 (Thiago Würth, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul) até o final do ano com proposta de manuten-ção em 2013.

ENsiNO MéDiO NA EJA – PARCERiA COM gOVERNO DO EsTADO DO Rgs – 27ª CRE E iNsTiTUTO DE CiÊNCiA E TECNOlOgiA – iFRs (CAMPUs CANOAs)

Um dos grandes gargalos para os educandos da EJA do ensino fundamental é o acesso ao Ensino Mé-dio dentro da mesma modalidade para educandos com idade de 18 anos pra cima. Até o ano passado somen-te a Esc. Est. Guarani atendia toda a demanda em ter-mos de Ensino Médio, o que evidentemente era insu-ficiente, levando centenas de alunos a migrarem para

o Ensino Médio Regular com uma proposta tradicional de 3 anos e diferente da modalidade EJA. Atualmente, as EEs Cônego Leão Hartmann e Miguel Lampert, jun-tamente com a EE Guarani ofertam a modalidade EJA dentro da mesma proposta teórico-metodológica ba-seada em Temas Geradores (educação popular) e em um ano e meio, conforme orientação da SEDUC. Duas outras escolas (Tereza Francescutti e Carlos Chagas) finalizam seus processos para ministrarem o Ensino Médio na EJA em 2013. Portanto, todos os quadrantes do município disporão da oferta na modalidade.

Além do Estado, desde o ano de 2011, após di-versas reuniões, o IFRS abriu o PROEJA Ensino Mé-dio. Duas turmas já estão funcionando atendendo alunos(as) considerados(as) em situação de vulnerabi-lidade social, e agora se prepara em conjunto o edital para a terceira turma proporcionando mais 30 vagas. Neste curso de três anos, pois soma-se o profissiona-lizante ao médio, estão presentes educandos oriundos da Rede Municipal formados no fundamental através do PROEJA Fic, PROJOVEM e EJA, dita Regular. Em breve, representantes do IFRS estarão visitando as es-colas para realizarem pré-inscrições de educandos da EJA para posterior seleção e matrículas.

ATENDENDO Os DiFERENTEs sUJEiTOs DA EJA:

1) TURMA DAS MULHERES NO BAIRRO GUAJUVI-RAS – PARCERIA COM A SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA E CIDADANIA E ASSOCIAÇÃO DE MORADO-RES DO BAIRRO.

Exemplo de respeito aos diferentes sujeitos que compõem a EJA, foi a criação da turma alternativa somente para mulheres, de Totalidade 2, em horá-rio vespertino, localizada nas dependências da As-sociação de Moradores do Bairro Guajuviras. Cria-da em 2011, com base na proposta unidocente do Instituto Integrar (EJA Educação Cidadã), está em sua segunda edição. Foi tema de divulgação e aná-lise na Revista do Instituto e no Seminário realizado pelo próprio Integrar, ambos de caráter nacional. A SSPC disponibilizou o laboratório de informática da Casa da Juventude. Já formou mães, donas de casa, trabalhadoras e mulheres, que em função de suas circunstâncias de vida não podiam estudar à noite.

2) TURMA DAS MULHERES DO PONTO POPULAR DE TRABALHO – PARCERIA COM A UFRGS, IFRS (Cam-pus Restinga), MOVIMENTO DOS TRABALHADORES DESEMPREGADOS – MTD E SMDS.

Visando a qualificação das mulheres do PPT em suas atividades produtivas (panificação e costura), neste segundo semestre foi criada a turma de EJA do 1º Segmento (alfabetização e pós) que funciona no espaço do Ponto, localizado no bairro Mathias Velho, e que está atrelada à EMEF Prof. Thiago Würth. Junto com a alfabetização e a pós pela manhã, as mulhe-res recebem curso profissionalizante (oficinas técnicas sobre produção, comercialização e gestão) no turno inverso. A atividade desenvolvida por essas mulheres seria impensável sem a EJA.

Coordenação da EJA faz balanço

ARTigOAlexAndre rAfAel dA roSA

profª. SAndrA frozzA, profª. zenAide roChA, profª SirlândiA gheller

prof. luiz AuguSTo fArofA dA SilvA

gestor da Unidade EJA

Assessoria Pedagógica

Diretor DECD

3) TURMA DE EDUCAÇÃO QUILOMBOLA/DA DI-VERSIDADE – PARCERIA COM A ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO QUILOMBO CHÁCARA DAS ROSAS.

Instalada na EMEF Duque de Caxias funciona a tur-ma de EJA voltada para a educação quilombola. Aten-dendo diferentes educandos, o objetivo da turma é o foco nas Leis 10.639/03 e 11.645/08. Estruturada com base na Educação Cidadã, unidocência e conhecimen-to integral, de Totalidade 2, a turma visa resgatar um direito da comunidade quilombola dentro da política de integração e educação étnico-racial.

4) EJA EDUCAÇÃO CIDADÃ – PARCERIA COM O INSTITUTO INTEGRAR.

Desde 2009, com exceção deste último ano de 2012, o Instituto Integrar foi parceiro na concretiza-ção das turmas de Educação Cidadã. Voltadas para um público de Totalidade 2 do 2º Segmento, com base na unidocência e no conhecimento integral de orien-tação freireana, essas turmas atenderam inicialmente educandos acima de 25 anos de idade, reduzindo-se posteriormente para 18 anos de idade. O objetivo era atender uma demanda com maior tempo de afasta-mento da escola, preparando-os não só para o mer-cado de trabalho como também para o exercício da cidadania.

5) POLÍTICA DE INCLUSÃO – PARCERIA COM O CEIA

É crescente o número de alunos na EJA portadores de necessidades especiais. Em uma parceria com o Centro de Educação Inclusiva e Acessibilidade, a EJA está proporcionando visitas periódicas de profissionais da área às escolas no noturno para avaliar e acompa-nhar os casos de inclusão. O trabalho permite orientar melhor o educador no sentido de como desenvolver as atividades e avaliar melhor os alunos com neces-sidades especiais. Agora estamos realizando reuniões com o Instituto Pestalozzi, o Grupo Chimarrão da Ami-zade e a Associação Legato, para estruturação de uma parceria visando a formação de turmas de EJA e/ou acompanhamento escolar/pedagógico junto à Rede para portadores de necessidades especiais na modali-dade de jovens e adultos 2013.

DiVERsiDADEDesenvolvimento de atividades voltadas para a

questão étnico-racial. Aplicação das Leis 10.639/03 e 11.645/08. Visita às comunidades, formação de pro-fessores, participação em encontros e seminários, par-cerias entre SME e segmentos associados à diversida-de no município como a integração com os Pontos de Cultura através do teatro. No campo da Diversidade foi criado o blog www.diversidadecanoas.sme.blogs-pot.com para divulgar as ações desenvolvidas nesta temática.

PROgRAMAs FEDERAis: PROJOVEM, PROE-JA FiC E PbA

Os três Programas citados fazem parte do conjun-to de políticas públicas lançadas pelo governo federal para a modalidade de Educação de Jovens e Adultos. Em nosso município já tivemos duas edições do PRO-JOVEM, uma do PROEJA Fic (Escolas Arthur O. Jochins, Nelson Paim Terra e Rio Grande do Sul) em parceria com o IFRS de Bento Gonçalves e mais duas edições do PBA – Programa Brasil Alfabetizado. Com exceção do PBA, são Programas que visam a qualificação pro-fissional além da conclusão do ensino fundamental.

PRONATEC – PARCERiA ENTRE sME(UEJA/DECD)/sMDs/sENAi/gOVERNO EsTADUAl E gOVERNO FEDERAl

A EJA está inserida dentro da proposta do Pacto Gaúcho pela Educação. Tendo em vista o projeto de expansão da Celulose Riograndense e a consequente necessidade de qualificação profissional, foi elaborado um plano de visitas por parte de educandos da moda-lidade ao SENAI/Canoas, bem como, foi montado um cronograma de divulgação dos cursos oferecidos junto às escolas no noturno. Estar cursando a EJA passou a ser um dos critérios de prioridade de acesso aos nove cursos criados para formarem profissionais na área da construção civil, totalizando uma oferta de 340 vagas

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A voz do professor - dezeMbro/2012 - 13

E N S I N O D E J O V E N S E A D U L T O Sem nosso município.

FORMAçãO CONTiNUADA1) REUNIÕES PERIÓDICAS COM EDUCADORESDesde 2009 a Mantenedora vem investindo na for-

mação continuada dos educadores da EJA. Acompa-nhado da proposta de mudança na orientação didático--pedagógica-metodológica da modalidade, o Instituto Integrar firmou parceria com a SME para desenvolver oficinas por área do conhecimento, encontros, debates e palestras, várias delas na AABB, trazendo profissio-nais qualificados para trocar experiências e apresentar novas propostas fornecendo um manancial de possibi-lidades para aplicabilidade das mesmas.

Em 2012 não ocorreu a renovação do acordo. Nem por isso a UEJA deixou de promover a formação, rea-lizando encontro por quadrantes com apresentação de experiências, reunião com debates de propostas com professores do 1º segmento, além de visitas periódi-cas às escolas para debater os mais diversos assuntos pertinentes à modalidade.

2) ENCONTROS E SEMINÁRIOSI Seminário Internacional de Educação Continua-

da e Diversidade – anexo ao VIII Seminário A Escola Faz a Diferença. Abordou pela primeira vez a questão Étnico-Racial (Leis 10.639/03 e 11.645/08). Realizado em outubro/2010.

Encontrão da EJA – Ensaio para o I Encontro Mu-nicipal. Realizado na AABB, em duas noites, contou com a troca de experiências das EJAs da região me-tropolitana (Sapucaia e Esteio), além de palestras dos educadores Liana Borges e Marcos Mello.

II Seminário Nacional de Educação Continuada e Diversidade – simultâneo ao IX Seminário A Escola Faz a Diferença. Na segunda noite do evento foram abor-dadas exclusivamente as questões relativas à Diversi-dade Étnico-Racial e Educação de Jovens e Adultos. “Políticas de EJA”, foi ministrada pela Coordenadora Geral da EJA/SECADI/MEC e Dra. em Educação Car-mem Gatto. A Diversidade foi abordada pela Dra. Glá-dis Kaercher da UFRGS. Ela discorreu sobre o tema: “Educação e Diversidade: entre a Lei e a Ética”. Reali-zado em outubro/2011.

I Encontro Municipal da EJA – Pela primeira vez, de forma independente, realizamos o I Encontro, prepa-ratório para os Encontros Estaduais, Regional e Nacio-nal da modalidade, com professores e educandos elei-tos integrando as delegações. A temática do encontro foi “A Educação e/ou o Ensino de Jovens e Adultos: a busca pela emancipação humana”, abordado pela pro-fessora Luciani Paz Comerlatto, mestre em educação e doutoranda da UFRGS. Abril /2012.

Seminário Educação, Diversidade e Relações Inter-culturais – Resultado do Curso de Extensão ministrado pela EST, os professores das redes municipal e estadu-al apresentaram seus trabalhos de conclusão acompa-nhados de uma exposição. Maio/2012.

III Seminário Nacional de Educação Continuada e Diversidade / X Seminário A Escola Faz a Diferença – Participação da educação de jovens e adultos com relatos sobre: A inclusão e o mercado de trabalho na EJA: A Experiência de Gravataí, com o relato da profª e psicóloga Jaqueline Reis, e Itinerância na Educação de Jovens Adultos: a Experiência de Canoas, relator Prof. Alexandre Rafael da Rosa. Outubro/2012

I Seminário Municipal da Educação de Jovens e Adultos – Agora, teremos o primeiro seminário mu-nicipal voltado exclusivamente para a abordagem dos temas relativos à modalidade.

3) PARTICIPAÇÃO EM ENCONTROS E SEMINÁRIOSAlém de ter promovido, a EJA de Canoas tem par-

ticipado de Encontros Estaduais, Regionais (EREJAs) e Nacionais (EREJAs), integrando a Coordenação do Fó-rum Estadual da Educação de Jovens e Adultos do RS. Participou ainda da CONFINTEA, dos Seminários no segmento Profissionalizante do PROEJA Fic, em Bento Gonçalves, e do Instituto Integrar. Essas participações, além de promoverem investimento e capacitação na gestão, permitem o intercâmbio e o acesso ao que existe de mais avançado em termos de metodologias de educação do ponto de vista didático e pedagógico sendo desenvolvido pelo país no campo da modalida-

de.4) CURSO DE EXTENSÃO – PARCERIA SME(UEJA/

DECD) / 27ª CRE / FACULDADES ESTPoucos sabem que a Unidade EJA também é res-

ponsável pela Diversidade na SME. Em atendimento às leis 10.639/03 e 11.645/08 e a crescente demanda na área da diversidade, foi estruturado o primeiro curso de extensão envolvendo Estado e município, o qual foi ministrado pelas Faculdades EST. Foram dezenas de trabalhos apresentados pelos professores que se for-maram e se capacitaram a colocarem em prática ações na área da diversidade étnico-racial.

5) PROMOVENDO A COOPERAÇÃO ENTRE OS EDUCADORES

Inicialmente postados no blog da UEJA, os educa-dores passaram a ter a oportunidade de contribuírem de forma mútua divulgando seus planos de aula e de trabalho através da criação da ferramenta da wiki (www.uejacanoas.wikispaces.com). Com isso, criou-se um banco de propostas de atividades associadas aos diferentes segmentos e totalidades para serem com-partilhadas e aplicadas junto aos educandos.

6) FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO – O BLOG DA EJAAinda em 2009 foi criado o Blog (www.reestrutu-

raeja-canoas.blogspot.com) da Unidade de Educação de Jovens e Adultos. Por seu intermédio criou-se a ideia de unidade e de identidade. Foram exatas 100 postagens até sua interrupção no aguardo da criação do hotsite por parte da SECOM, chegando seu link a figurar no site do Fórum da EJA, de acesso nacional. O blog publicou sugestões de atividades, relatou ex-periências pedagógicas e atividades desenvolvidas nas escolas de forma constante para outros segmentos li-gados à EJA no Estado e no país. Nosso trabalho foi mostrado e respeitado, sendo considerado como des-taque por vários especialistas na modalidade.

7) EDUCAÇÃO CIDADÃ / JUVENTUDE CIDADÃ / PRIMEIRO SEGMENTO

Acompanhamento do grupo de professores da Edu-cação Cidadã e Juventude Cidadã. Auxílio na formação e no planejamento com sugestões de atividades para todas as áreas do conhecimento. Formações específi-cas para o 1º Segmento (CEIA e SME).

8) PLANEJAMENTONa medida em que a nova proposta da EJA traz

desde 2009 mudanças nas concepções metodológicas no campo didático e político-pedagógico, as reuniões de planejamento passaram a ter papel relevante na formação dos educadores. Conforme Resoluções CNE/CEB e CME, vinte por cento da carga horária da jor-nada escolar da EJA, ou seja, cerca de 160h, pode ser não presencial com atividades à distância. Parte deste tempo, conforme calendário fica destinado aos encon-tros, seminários e eventos promovidos pela SME/UEJA e a critério desta. Porém, a maior parte, destina-se ao planejamento coletivo, distribuído em noites de 4h e 2h, alternadamente, podendo ser utilizado de maneira flexível e conforme os interesses da escola. Essa au-tonomia, por sugestão dos próprios educadores, é no sentido de respeitar a realidade de cada escola e as características do contexto em que está inserida para um melhor planejamento associado à construção dos eixos, subeixos e temas. O planejamento coletivo não interfere no planejamento individual (“folga”). Como envolve interdisciplinaridade, pesquisa, debate, plano de trabalho, plano de aula e execução compartilhada, exigindo uma visão pedagógica diferenciada, pode ser considerado auto formação.

9) CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E PRIVADOS DE LIBERDADE – UFRGS

Articulação dos municípios junto à UFRGS e MEC. Financiado pela SECADI/FNDE/MEC. Reuniões com a Coordenadoria do Curso e agilização dos tramites em Brasília para a criação das turmas, pleiteando um maior número de vagas para Canoas. Formação de sete pro-fessores de Canoas numa primeira edição, mais um na segunda turma e agora, mais três professores listam do Curso de Aperfeiçoamento em EJA, ministrado pelo NIEPE EJA/UFRGS.

10) I SCHOOL / PERSEUSInclusão da EJA no Programa de Gestão Escolar.

Inserção de dados e emissão de relatórios. Formação para as equipes pedagógicas. Formação para secretá-rios de escolas.

DiÁlOgO CONsTANTE – REUNiÕEs DE CO-ORDENADOREs

Foram inúmeras as reuniões com os coordenadores e supervisores da EJA ao longo destes quatro anos com uma escuta sensível das necessidades e inquieta-ções do grupo docente para, posteriormente, auxiliar no processo de construção de uma política pedagógica para a EJA. Nos encontros realizados são debatidos elementos sobre a organização da modalidade no que se refere a currículo por eixos temáticos, conceitos, trabalho por áreas do conhecimento, processo avalia-tivo na nova organização curricular, linguagens peda-gógicas, entre outros assuntos que são demandados pelo grupo de coordenadoras, inclusive de caráter ad-ministrativo. Os encontros também têm proporcionado a troca de experiências entre as escolas e o fortale-cimento das ações da EJA. O papel dos coordenado-res é fundamental na interlocução entre UEJA/SME e escolas.

sEgURANçA NAs EsCOlAs – PARCERiA UEJA(sME) E sECRETARiA DE sEgURANçA E CiDADANiA

Desde setembro de 2011 se intensificaram as ações em busca de maior segurança junto às escolas que disponibilizam a modalidade EJA no noturno. A GM participou de reuniões com os coordenadores da EJA, onde foi estruturado um calendário de visitas às esco-las para a realização de palestras, orientações sobre o ROVE e o aumento da “sensação de segurança” junto aos educandos e professores, denominado “Plano de Ações – EJA. Mesmo dentro de um plano de raciona-mento na área, foram preservadas as vigilâncias nas escolas à noite, e agora o objetivo é disponibilizar a atenção de quatro viaturas, uma por quadrante, para o atendimento das demandas da EJA em questões de segurança. A parceria tem possibilitado um rápido atendimento da GM toda vez que for solicitada pelas equipes pedagógicas das escolas.

REgiMENTO E PPP – CONsTRUçãO COlETi-VA

No dia 14 de outubro de 2011, coordenadoras das escolas que disponibilizam a modalidade Educação de Jovens e Adultos, reuniram-se para elaborar a Propos-ta Pedagógica e o Regimento da EJA a vigorar a partir do ano de 2012. Depois de um esboço debateram a proposta visando padronizar uma metodologia peda-gógica e administrativa. O Conselho Municipal de Edu-cação aprovou o novo Regimento que hoje serve de orientação para as políticas desenvolvidas nas escolas referentes à Educação de Jovens e Adultos.

PROJETO JUVENTUDE CiDADãEJA Diurno para adolescentes (15 a 17 anos). Cor-

reção da distorção idade-série. Bianual. Restringir mi-gração de adolescentes para o noturno. Amparo no Regimento da EJA

PARTiCiPAçãO NA COORDENAçãO EsTADU-Al DO FóRUM DE EJA

A UEJA/SME faz parte da Coordenação Estadual do Fórum de EJA. Representa o segmento dos gestores municipais. O Fórum acompanha tudo que está se de-senrolando no campo da educação de jovens e adul-tos. Elabora políticas públicas para a área. Promove encontros e seminários para o debate em torno dos mais variados temas sobre a EJA, além de desenvolver uma interlocução junto ao governo federal (SECADI/MEC).

“Parabéns! O trabalho participativo, de equipe e de qualidade política e pedagógica, realizado pelas esco-las foi um exemplo de que é possível mudar!”

Profa. Jussara Loch – PUC / RSNúcleo de Educação de Jovens e Adultos / Coorde-

nadora Estadual do Fórum EJA

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a t i v i d a d e s n a s e s c o l a s14 - dezeMbro/2012 - A voz do professor

A Escola Sete de Setembro foi inaugurada em 09/11/1943, com o nome de Escola Unitária 10 de No-vembro; somente em janeiro de 1979 recebeu o nome de 7 de Setembro, que permanece até os dias de hoje.

Localizada no limite dos bairros Guajuviras e Estância Velha e na es-quina de duas importantes avenidas da cidade (Boqueirão e Nazário), a escola se dedica a formação cons-tante de crianças, lutando por uma educação de qualidade. A escola, que ainda é de madeira, conquistou no OP de 2011 sua reconstrução que está prevista para o ano de 2013.

FOME DE lERA EMEF Sete de Setembro rece-

beu o escritor Dilan Camargo, autor escolhido para o Projeto Fome de Ler. Na visita, houve apresentação dos alunos sobre os livros e músicas do autor. Exposição dos trabalhos, con-versa e contação de histórias com o autor que atendeu todas as pergun-tas dos alunos.

69 anos da EMEF sete de setembro

50 anos da EMEF Rondônia

ARTigO

ARTigO

SilMArA Coelho

eMef rondÔniA

supervisora

Em de março de 1962 iniciaram-se as atividades na Escola Rondônia. São 50 anos de história colaborando com a educação de nossa cidade.

Para comemorar esta data tão importante o grupo de professores juntamente com a direção organizou um Jan-tar Dançante que ocorreu no dia 9 de novembro na AABB.

O evento contou com a participação da Secretária de Educação, do Presidente do Sinprocan, Assessora Peda-gógica, professores, funcionários, suas famílias, ex-pro-fessores, ex-alunos e toda comunidade escolar.

A festa iniciou com a lindíssima apresentação de dança dos alunos do “Mais Educação”.

Foram realizadas homenagens às ex-diretoras e al-guns ex- alunos. Houve também a entrega das faixas e premiação aos alunos vencedores do concurso “Garoto e Garota Rondônia/2012”.

O “parabéns a você” foi entoado ao som do saxofo-nista Inácio. Em seguida a festa foi animada pela banda Back on the Road e por DJ.

A Direção da Escola agradece a todos que prestigiaram o evento e faz um agradecimento especial ao seu grupo de professores e funcionários pelo empenho, dedicação e participação.

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Dados da Prova Brasil 2011 mostram que 46% dos do-centes da rede pública brasileira estão em sala de aula há mais de 15 anos. Deveria ser uma boa notícia. Afinal, o aprendizado acumulado nos anos de prática os municia com um repertório didático para enfrentar a complexidade do processo de ensino e os credencia a atuarem como um modelo para os mais jovens. Mestres experientes sa-bem quais são as questões que os alunos levantam e os problemas que costumam enfrentar. Mas a realidade das escolas apresenta um panorama um tanto diferente. Parte do grupo com muitos anos de carreira demonstra desgas-te e baixa motivação. O que explica esse quadro? O mais importante: como revertê-lo?

A primeira constatação é a de que falta reconhecimen-to aos veteranos. Quando as formações em serviço privile-giam os novatos - e pior: quando desconsideram o conhe-cimento do corpo docente da própria escola -, é comum que os professores experientes sintam-se desprestigiados. Acreditando estar desatualizados - o que pode ser o caso, mas não a regra geral -, acabam se retraindo.

Felizmente, esse problema tem solução. Existem várias maneiras de aproximar novatos e veteranos e estimular o intercâmbio de informações. Uma das soluções apontadas por Ana Benedita Guedes Brentano, coordenadora de pro-jetos do Instituto Avisa Lá, é criar uma espécie de tutoria: “Por meio de encontros entre o gestor, um professor mais experiente e outro recém-chegado, é possível construir atividades e propostas juntos”. Um cuidado básico, po-rém, é evitar a sobrecarga. Por isso, veteranos que co-laborarem com a formação dos colegas precisam ter seu tempo em sala diminuído (sem, é claro, que seja preciso abandoná-la).

Também é válido promover a criação de um banco de projetos e planos de aula já testados pelos professores mais experientes ou organizar formações pelas quais eles repassem seu conhecimento para os novatos que atuam na mesma área. “É importante que esse espaço seja de cooperação: o recém-chegado pode contribuir com ques-tões e textos discutidos no ambiente universitário que são novidade para quem já não frequenta o ambiente acadê-mico, atualizando os veteranos”, explica Ana Amélia Inoue, Diretora do Centro de Estudar Acaia Sagarana do Instituto Acaia, em São Paulo, SP. Outro caminho para promover a atualização é o próprio programa de formação em serviço, desde que ele contemple atividades para as necessidades específicas dos docentes mais antigos.

Mais complicada é a desmotivação gerada pela ausên-cia de um plano de carreira consistente. Em grande parte das redes, o avanço é regulado apenas pelo tempo de serviço, o que acarreta acomodação. É fundamental que gestores públicos busquem mecanismos que incentivem incrementos na formação.

Já existem alguns bons exemplos. No Paraná, a Secre-taria de Estado da Educação tem, desde 2008, uma estra-tégia de formação que atrela a progressão na carreira à titulação. São três níveis: o primeiro para os docentes com licenciatura, o segundo para os que possuem especiali-zação e o terceiro para quem participa do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE). Esses últimos têm direito a um ano de afastamento para estudar na univer-sidade e, ao retornar, a carga horária é reduzida para que se dediquem à produção de um artigo científico ou projeto didático. Casos de sucesso têm surgido tanto no âmbi-to das escolas quanto no das secretarias de Educação. É necessário que deixem de ser iniciativas pontuais e se disseminem cada vez mais. O Brasil não pode abrir mão do saber de seus professores mais experientes.

01 - Ana Maria Weiber Lauermann, Maristela Chiela Gonçalves; 02 - Ángeli Machado da Silva, Evanir Rodrigues Figueiredo, Márcia Ignês Endres Schmidt;03 – Andréia Capitani dos Santos, Francisca Que-rol Flores, Jaqueline Oliveira da Silva, Márcia Au-rélia Machado Pinho, Neusa de Fátima F. Martins, Rogério Borba da Silva, Rosaura Maria Mecabô; 04 - Eliane Terezinha Piereson Camargo, Jaci Ma-ria Schenato Dal Pizzol, Lílian Silva Przygodzinski, Patricia Santos do Prado, Tânia Oliveira de Britto; 05 - Andressa Ubatuba Ribeiro, Maria Helena Franco, Maria Margarete da Silva, Teresinha M. Knewitz da Silva, Vanderlei de Araújo;06 - Dina Mara Jardim Paim, Joseane Klein Per-feito, Maria Lúcia Santiago, Marta Regina Naud Rech, Noeli Zangalli, Ruth Regina F. Grandini da Silva; 07 - Emilia Elisabeth Paulan da Costa;08 - Minéia Ilha Delgau;09 - Alessandro Rafael Guilardi, Rochele Vargas Soares, Stela Steyer;10 - Doroti Ferreira da Silva, Karla Cecília Regert, Maria Angelica Lima Forster, Vanderlei Arnaldo Pinzetta, Vera Lucia Moscheta; 11 - Carin Cristina Alves Frias, Emília Maria do Nascimento, Miriam Goldani de Medeiros, Valéria Lima Breyer Gonçalves;12 - Adriana Viegas Lovato, Joice da Silva Gutier-res, Leida Maria Dias Winck ;13 - Anete Mara Michelon, Cássia Isabel Godoy Batista, Daiane Bayer Rodrigues, Jari Rosa de Oli-veira, Liane Verônica Leote, Patrícia Marin Lisboa, Roselaine Cândido Pereira; 14 - Rosa Maria Caceres Monteiro, Silvana de Araújo; 15 - Adriano Weirich da Rosa, Hungria Mara dos Reis, Luza Elizabeth Toyo Machado; 16 - Lorena Görgen, Marisa Fontoura de Oliveira; 17 - Carmen Regina Cezar Costa, Iolanda Wawri-ck, Janice Margarida da Silva Ribeiro; 18 - Annina Feroleto, Anita Azambuja Rocha, Diva Wecker Caruso; 19 - Adenilde Mendes Freitas, Isar Ligia Trindade Gomes, Vera Regina Lorensi Viana; 20 - Fernando da Costa Fortes, Simone Carvalho; 21 - Maria Luisa Schulz, Silvia Regina Farofa da Silva; 22 - Elisabete Rosa Rodrigues, Maria Inês da Silva Raupp; 23 - Angela Silveira da Silva, Geraldo Francisco Recktenvald, Maria Luiza Schneiders Silveira, Miri-ca Maria Bezerra, Ricarda Freitas Kuhn;25 - Aida Terezinha Dutra Medeiros, Alice Beatriz Ritter, Alaide Cristina Martins Marques, Andréia Simioni De Ávila, Ângela Nascimento Nunes, Da-niela Bolzan, Linda Rejane da Cunha; 26 - Marissandra Hoisler Valença;27 - Dalva Jussara Laidens Machado, Emileine Burtet Karwinski, Rejane M. Scherolt Pizzato; 28 - Magali Ivete Silva, Nuria Gil Vera Bertschin-ger, Ulli Darcí Arend;29 - Denise da Rosa Wedman, Marisa Philippsen Lima;30 - Renato Avellar de Albuquerque, Virgínia Flores.

01 - Ana Maria Silveira, Flávia Melchiades Baltezan, Guimarães Mandú, Mirângela Manfroi, Vanice Lopes da Costa;02 - Elisabeth Regina da Silva, Marta Luíza Baruja Tróis, Mário José Borba Bahlis, Michele Borges Ei-telvam, Michele Maria Machado Martins, Rosa Maria Gerhardt, Sahoala Moura dos Santos, Traudimar Duarte Garcia;03 - Denise Moraes Stumpf, Maria Helena Carriço Canto, Maria Nienov Selbach, Marilei Panassal da Silva;04 - Dini Keli Barro Leal, Elisabeth Regina Terra Tonatto;05 - Cármen Letice Guimarães Simon, Cláudia Fer-nandes da Costa, Márcia Angelita da Silveira;06 - Ana Eliza Goessel da Silva, Gislise de Moraes, Sandra Lilian Silveira Grohe;07 - Carmem Teresinha Oliveira Garay, Cristina P. Krauthein, Iclêdi da Rosa Wollenhauptt, Liria Fabris Lanner, Maria Ernestina B. Carvalho, Marta Cátia Siegle Bosack, Rosimari Vargas de Araújo, Rosmari-na Pereira Duarte, Ursula Carina Segala;08 - Angela Maria Dias Nunes, Ione Teresinha Bar-bosa, Rosana Berwanger Ferreira;09 - Beatriz Cristina Alves da Silva, Eva Antonia de Moura da Rosa, Silvia Adriane Ribeiro Angst;10 - Maria Fernanda Omielchuk Barbosa, Renata Silva dos Santos, Zelmira Leonel Favero;11 - Evelise Vieira dos Santos, Rosalia Steffen Trois Salines ;12 - Maria Angélica M. de Azevedo, Marisa Mendon-ça Musskopf;13 - Leila Rosenstengel do Prado, Lenita Hickmann, Rosinete da Rocha;14 - Clarilene Beatris Weschenfelder Bourscheidt, Eloisa Menotti de Souza, João Francisco da Costa, Neuza Martins Rufatto;15 - Carla Rosane Lanner, Carmen Regina Cardoso;16 - Liziane Araújo da Silva, Mariangela Siqueira Lopes, Nilvaidara Rocha Ribeiro;17 - Anelise Machado Badin, Maribel Corrêa Braz Vargas, Roberta Candido Vargas, Valdemira de Oliveira;18 - Ione Bruhn Gutierres, Lucimar Busi, Maria Salete Vasaconcelos Almeida, Sandra Mara Motta R. dos Santos, Tânia Márcia Tomaszewski;19 - Cristine Strobelt, Fabiana de Oliveira Machado, Rafaela Ribeiro Campos de Araújo, Rosemeri Viana Dias;21 - Israel Tavares Boff;22 - Ana Izaura Butori, Dulce Ana Pessi, Elisabe-te Martins Alves, Fabiane da Silva Machado, Lilian Piedade Viana, Neiva Santos de Oliveira, Rosane Beatriz Teixeira Dias, Rosele Jardim Martins, Zeni Santos Doyle;23 - Cátia Soares Bonneau, Ivone Teresinha Martins dos Santos;24 - Andressa Bierhals Schaefer, Luciana Müller Mo-reno, Mariana Grandini de Oliveira, Nêmora Rocha dos Santos;25 - Carine Santos Furlan, Lisiane Mallmann, Míriam Finkler Dias, Nilza Mallet Guimarães;26 - Glória Oliveira Pires, Silvia Sinara dos Santos Bois;27 - Rosangela Job dos Santos;28 - Bernadete de Lurdes Durzynski, Eliane Saibel da Silva, Márcia Regina Duarte Carneiro, Nilza Adir Molz.

FEVEREiRO 2013JANEiRO 2013

A voz do professor - dezeMbro/2012 - 15

é hora de valorizar os veteranos

s i n d i c a t o

ARTigOWellingTon SoAreSnovaescola.com.br

Page 16: Dezembro 2012

Pais reclamam da falta de vagas em es-colas e o tempo que seus filhos ficam no pá-tio sem aula, ou ainda dos fatos de que pro-fessores de uma dis-ciplica ensinam outras totalmente diferente. O ensino está sendo des-montado há décadas e os resultados destas políticas estão apare-cendo.

Para alertar a socie-dade para o perigo real da extinção dos pro-fessores pela falta de motivação em continu-ar na carreira e, princi-palmente, dos jovens em iniciá-la, o Sinpro-can reeditou campanha promovida na década de 90 lançando camise-tas que estão à venda na sede do Sindicato.

SindiCATo

sinprocan lança campanha de valorização dos professores

Camisetas buscam alertar sociedade sobre perigo da desvalorização da profissão de docente

A professora Mara Terezinha Bor-ba organizou e ensaiou uma apre-sentação de canto e dança na EMEF Paulo VI no dia 18/10/2012, em comemoração ao Mês da Criança. A atividade foi representada pelas merendeiras Rosângela Lemos, Ro-sangela Peres e Elisandra e as pro-fessoras Angela, Mara, Márcia, Ma-ristela, Maurilia e Samanta, que foi denominada as Merendetes e Fre-néticas, baseado no clipe de novela veiculado pela Rede Globo.

eMef pAulo vi

Atividades do Mês da Criança

A diretoria do Sinprocan agrade-ce a todos os que têm colaborado para que façamos este informativo cada vez mais cheio de notícias das escolas e artigos que expressam a opinião daqueles que são a razão de ser deste Sindicato: os professores.

O Conselho Político Sindical, com-posto por representantes das esco-las, realizará sua próxima reunião no dia 20/12. às 17h30min é o ho-rário das Fundamentais e 19h30min o das Infantis.

inTerATividAde

ConSelho políTiCo

Agradecimento

reunião

Nova campanha (acima) alerta sociedade que se

não valorizar, vai acabar; ao lado, a camiseta feita

na década de 1990

ANO 3, NÚMERO 28 - CANOAS, dEzEMbRO dE 2012

MUNICIPAIS DE CANOAS

SINPROCANSINDICATO DOS PROFESSORES

A melhor mensagem de Natal e de Ano Novo é aquela que sai em silêncio de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida.

Aos colegas, nosso desejo de que tenham boas festas ao lado de seus familiares e que nossos corações andem lado a lado em 2013!

Feliz Natal e Ano Novo!

Diretoria do Sinprocan