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INDÚSTRIA DE PANIFICAÇÃO, CONFEITARIA,CONVENIÊNCIA E FAST FOODANO 83 – Nº 830JUN/JUL 2020
puBLiCaÇÃO OFiCiaL dE pROpRiEdadE
DIA DO PANIFICADORUMA JUSTA HOMENAGEM
A QUEM TRABALHA DE SOL A SOL PELO BEM DA SOCIEDADE
ENTREVISTAO consultor Sergio Molinari
fala do momento atual e das perspectivas do setor
no pós-crise
QUEM NÃO SE COMUNICA...
PRODUTIVIDADE
Sampapão intensifi ca sua presença na internet para aumentar sua conectividade com os associados
Chegou a hora de eliminar velhos vícios que reduzem a velocidade e paralisam a evolução de seus negócios
A RETOMADA DOS NEGÓCIOS É AGORA!
Este é o momento certo para se planejar e se preparar para ela
A FEIRA DA RETOMADA
rEPLETA dE INoVAÇÃo E coNTEÚdo, VEM AÍ
EM NoVEMBro A fIPAN 2020
3Jun/Jul 2020 IPC 830
direção: João Ricardo Neves [[email protected]] / editor responsável: Marcus Frediani [[email protected]] MTb 13.953-SP / assistente de redação: Marta Frediani
revisão: Tadeu Sakagawa / colaborou nesta edição: Ana Azevedo / planejamento: Angela Pinheiro [[email protected]] / edição de arte: Nove Editorial
[[email protected]] / produção: Reginalda Nunes [[email protected]] / financeiro: Ademir P. Fernandes [[email protected]] /
atendimento: Adriana Richter [[email protected]], Alexandre Neves [[email protected]], Elisabete Santos [[email protected]], Fabiola Nese
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IPC é órgão oficial da Associação dos Industriais de Panificação e Confeitaria de São Paulo (AIPAN) e do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de São Paulo
(SINDIPAN). Revista de publicação bimestral realizada por Auction Comercial Promotora Ltda. Os artigos publicados nesta revista são de responsabilidade de seus autores, não
refletindo necessariamente a opinião de seus editores.
editorial
MUITO OBRIGADO, PANIFICADORES!
Os impactos negativos da crise gerada pela pandemia
do novo coronavírus, além da triste e inestimável
perda de vidas entre a população, se fazem sentir de for-
ma acachapante também nos negócios das padarias que
integram a base associativa do SAMPAPÃO. Eles têm sido
enormes, e nunca vistos na história contemporânea do
setor. Embora não se possa falar nos prejuízos em ter-
mos uniformes ou mesmo ainda absolutos – em função
da diversidade do mercado que atendemos, dos produtos
e serviços vendidos em cada casa, bem como da incer-
teza de quanto tempo esse cenário ainda irá perdurar –,
podemos dizer que as perdas no volume de venda delas
orbitam a faixa dos 40% a incríveis 80%.
E se não há felicidade alguma na constatação desses
índices, preocupante também é lembrar que, estimulados
pelas perspectivas positivas da economia para 2020 que
existiam no final do ano passado, muitos panificadores
assumiram riscos e investiram na atualização e na mo-
dernização de suas padarias, e hoje se encontram des-
capitalizados, sem capital de giro, com dificuldades de
acesso a crédito e fazendo grandes malabarismos para
manterem seus quadros de colaboradores.
Mas, crises, como se costuma dizer, também são si-
nônimos de oportunidades. É nos meandros delas que se
põe a nu a resistência dos fortes e se constrói a resiliência
lastreada pela busca incansável de soluções para vencer
a guerra, neste caso específico, contra um inimigo invisí-
vel, mas que nos faz tanto mal. Nesse âmbito – seguindo
a premissa de que em momentos difíceis como este que
estamos atravessando, muitas pessoas apenas choram,
enquanto outras sabiamente aproveitam seu tempo para
vender lenços –, os associados do SAMPAPÃO vêm fazen-
do a sua parte, dando, todos os dias, verdadeiros shows de
inovação e criatividade em suas casas, a fim de manter
seus negócios ativos. Por conta disso, eles estão de para-
béns, e são dignos dos mais efusivos votos de agradeci-
mento, não só das Diretorias das entidades, como tam-
bém, e sobretudo, de toda a população da capital e da
Grande São Paulo. MUITO OBRIGADO, MESMO!
Acreditem, tudo isso vai passar e, num tempo que es-
peramos curto, vai se transformar em eloquente exemplo
de capacidade para vencer desafios e em história a ser
contada aos nossos filhos e netos. Porém, como tal, deve
ser tratada como aprendizado, fonte de referência e, ain-
da, como exemplo para que, no futuro, não venhamos a
cometer os mesmos erros do passado. E, para tanto, nossa
união como categoria forte de profissionais servirá cada
vez mais como incentivo e escudo. E fique certo de que
o SAMPAPÃO, em qualquer tempo, continuará a estar ao
lado de vocês, bravos panificadores, para trilharmos jun-
tos esse caminho.
Força e vamos em frente!
Esta crise vai passar. E, em um futuro que esperamos bem próximo, vai se transformar em mais um eloquente exemplo da capacidade dos panificadores vencerem qualquer desafio.
Antero José Pereira é presidente do
SAMPAPÃO
4 IPC 830 Jun/Jul 2020
Sede: Rua Santo Amaro, 313 – Centro – São Paulo – SP – CEP 01315-001 – Fone: 11 3291-3700 – Fax: 11 3106-9867 ConSulte noSSo site: http://www.sindipan.org.br e-mailS: PreSidente: [email protected] – ViCe-PreSidente: [email protected] – Gerente exeCutiVo: [email protected] – JurídiCo CíVel: [email protected] – JurídiCo trabalhiSta: [email protected] – marketinG: [email protected] – informátiCa: [email protected] – reViSta iPC: [email protected] – SeCretaria: [email protected]
dePartamento JurídiCo
área trabalhiSta
atendimento: de segunda a sexta-feira, das 16h às 18h
Chefe de dePartamento: Marcelo Ramos de Andrade
adVoGadoS: Mirian Liviero, Cristina Valéria Salles e José Carlos Rister
dePartamento JuridiCo CíVel,
Criminal e tributário Escritório Mesquita Pereira, Marcelino, Almeida, Esteves Advogados Associados S/C
atendimento: de segunda à sexta-feira, das 9 h às 17 h.
adVoGadoS: Marco Antonio Iamnhuk e Júlio Cézar Nabas Ribeiro
hiGiene e SeGurança no trabalho:
Irineu Carlos Martins
mediCina do trabalho:
Aso-Clin – Assessoria em Saúde Ocupacional e Clínicas –
Dr. Amauri Mesquita
ConSultório odontolóGiCo:
Dr. Armênio Soares Ferreira Jr. e Dra. Angela Lullo Ferreira
aSSeSSoria de imPrenSa: Dorotéia Fragata
reGiStro de marCaS e PatenteS: Focus Marcas e Patentes –
Osvaldo Pelosi
SindiCato da indúStria de PanifiCação e
Confeitaria de São Paulo
GeStão 2015-2021
PreSidente: Antero José Pereira
1° Vice-presidente: Rui Manuel Rodrigues Gonçalves
2° Vice-presidente: Armênio Soares Ferreira
Diretor Administrativo: Julio César Dinis
Diretor Administrativo Adjunto: José Borges Pereira
Diretor Financeiro: José Augusto CaseiroDiretor Financeiro Adjunto:
José Ricardo de CaíresDiretor Social: Delcino Pedro dos Santos
Diretor Técnico: Luis Carlos de SouzaDiretor de Patrimônio:
José de Pinho dos SantosDiretor de Marketing: Wagner Vale Ferreira
Diretor Cultural: Sérgio Bartolo Manso
SuPlenteS da diretoria
Alfredo Carreira dos Santos
Fabio Roberto Mota
José Marcos Reis
Flávio Costa de Almeida Leite
Ernane de Cerqueira Cesar
Raul da Silva Gonçalves
Gilson Yochinobu Oshiro
Waldomiro Gomes da Rocha
Milton Guedes de Oliveira
Luis Severiano Pereira Ferreira
Rubens Casselhas In Memoriam
Eduardo José Manuel Machado
ConSelho fiSCal
Manoel Alves Rodrigues PereiraJair Marchini
Custódio dos Santos Rodrigues do Vale
SuPlenteS do ConSelho fiSCal
Antonio Portugal da SilvaJoão Diogo
José Simões Baeta
aSSoCiação doS induStriaiS de PanifiCação e Confeitaria
de São Paulo
GeStão 2015-2021
PreSidente: Antero José Pereira
1° Vice-presidente: Rui Manuel Rodrigues Gonçalves
2° Vice-presidente: Carlos Elias Gonçalves Perregil
Diretor Administrativo: Carlos Gonçalves Teixeira
Diretor Administrativo Adjunto: Valdeir Antonio de Jesus
Diretor Financeiro: Manuel de Oliveira MartinsDiretor Financeiro Adjunto:
Eduardo Augusto Bravo GamboaDiretor Social: João Lucas Dias Gonçalves
Diretor Técnico: Antonio Valter de Almeida Ribeiro
Diretor de Patrimônio: Delcino Pedro dos Santos
Diretor de Marketing: Antonio Carlos Stagliano
Diretor Cultural: Ricardo Jacob de Magalhães Correa
SuPlenteS da diretoriaFernando Paiva Castro e Azevedo
Benedito Francisco SeniseEduardo Gonçalves Martins
Renato Mendes de BritoJaime Gomes Pereira
Manuel Rodrigues GatoAndré dos Santos Teixeira
Rogério Alexandre de CamposFábio de Oliveira Moreira
Rogério ShimuraManoel José Vaz SaraivaNoé Coutinho Rodrigues
ConSelho fiSCalAntonio Rodrigues Ferreira
Pedro Paulo SobrinhoManuel Rodrigues Antunes Leal
SuPlenteS do ConSelho fiSCal Armênio Soares Ferreira
Ronaldo Amaro Macarrão Marcelo da Costa Fernandes
diretoreS nomeadoSHermínio Alonso BernardoAndreia Roldão Perestrelo
Antonio Manuel Teixeira Martins
fundação do deSenVolVimento da indúStria de PanifiCação e Confeitaria
GeStão 2017-2021
ConSelho de adminiStraçãoPreSidente: Antero José Pereira
ViCe PreSidente do ConSelho de adminiStração:
Carlos Elias Gonçalves Perregil
ConSelho adminiStratiVo –membroS efetiVoS
Armênio Soares FerreiraJosé Augusto Caseiro
Manoel Alves Rodrigues PereiraRui Manuel Rodrigues Gonçalves
Julio Cesar DinisFernando Paiva Castro e Azevedo
Rubens Casselhas In MemoriamAlfredo Carreira dos SantosDelcino Pedro dos Santos
ConSelho ConSultiVo membroS efetiVoSJosé Ricardo de Caires
João Lucas Dias GonçalvesEduardo Augusto Bravo Gamboa
Christian Mattar SaighJoão DiogoLuiz Martins
Luis Evanildo Tenório de Farias
ConSelho ConSultiVo membroS
SuPlenteS
Manuel Rodrigues Antunes LealJosé de Pinho dos SantosCarlos Gonçalves TeixeiraValdeir Antônio de Jesus
Eduardo José Manuel MachadoLuis Severiano Pereira Ferreira
Fábio Roberto Mota
ConSelho fiSCal membroS efetiVoS
André dos Santos TeixeiraManuel de Oliveira Martins
Jair Marchini
ConSelho fiSCal membroS SuPlenteS
Antonio Rodrigues FerreiraJosé Borges Pereira
Custódio dos Santos Rodrigues Vale
diretoria exeCutiVa
DIRETOR EXECUTIVORui Manuel Rodrigues Gonçalves
TESOUREIROCarlos Gonçalves Teixeira
SECRETÁRIOMarcelo da Costa Fernandes
Fundipan
idpC
inStituto do deSenVolVimentode PanifiCação e Confeitaria
GeStão 2017-2021
PreSidente da diretoria exeCutiVa: Antero José Pereira
ViCe PreSidente da diretoria exeCutiVa:Manoel Alves Rodrigues Pereira
diretor finanCeiro:Rui Manuel Rodrigues Gonçalves
SuPlente diretor finanCeiroEduardo Augusto Bravo Gamboa
SeCretárioJúlio César Dinis
ConSelho fiSCal – membroS efetiVoSAntonio Rodrigues Ferreira
Marcelo da Costa FernandesPedro Paulo Sobrinho
ConSelho fiSCal membroS SuPlenteSManuel Rodrigues Antunes Leal
Custódio dos Santos Rodrigues ValeJoão Diogo
ConSelho GeStorAlfredo Carreira dos Santos
André dos Santos TexeiraAntonio Valter de Almeida Ribeiro
Antero José PereiraArmenio Soares Ferreira
Carlos Elias Gonçalves Perregil
Carlos Gonçalves Texeira Eduardo Augusto Bravo Gamboa
José Augusto Caseiro José Borges Pereira
José Ricardo Augusto de CairesJulio Cesar Dinis
Luis Carlos de SouzaManoel Alves Rodrigues Pereira
Manuel de Oliveira MartinsRui Manuel Rodrigues Gonçalves
5Jun/Jul 2020 IPC 830
sUMÁrio
07 PAINEL DE NOTíCIAS27 GESTÃO32 ESCOLA IDPC35 GOURMET
seMpre na ipc...37 NUTRIÇÃO & SAÚDE39 jURíDICO TRIbUTÁRIO 41 jURíDICO TRAbALHISTA 42 CONEXÃO FIESP
44 MÁQUINAS & EQUIPAMENTOS45 IPC INTERNATIONAL46 SERvIÇOS
ACESSE A REvISTA IPC DIGITAL E LEIA ESTA E OUTRAS EDIÇõES GRATUITAMENTE
WWW.REvISTAIPC.COM.bR
14DESTAQUE / CENÁRIO PÓS-PANDEMIAEstá mais do que na hora de você mudar a sua mentalidade de negócios no que diz respeito à produtividade.
24RECURSOS HUMANOS / CONTRATAÇÃO DE FUNCIONÁRIOSPlanejamento e observação aos detalhes ajudam muito na hora de selecionar um candidato a integrar sua equipe.
21ENTREvISTA / SERGIO MOLINARI | FOOD CONSULTINGVencer a crise do coronavírus será difícil, mas possível. Mas exigirá muito mais do que altas doses de inovação.
11NEGÓCIOS / TODOS CONTRA O CORONAvíRUSOs panifi cadores precisam estar muito bem preparados para atender aos clientes em tempos do “novo normal”.
19COMUNICAÇÃO & bENCHMARK / INICIATIvAS DIGITAISSAMPAPÃO reforça sua comunicação e sua presença digital para enfrentar e vencer o coronavírus.
HOMENAGEM / DIA DO PANIFICADORDia 8 de julho é o “Dia Panifi cador”. E mesmo em tempo de COVID-19, há razões de sobra para comemorações.
FIPAN 2020 / NEGÓCIOS EM ALTARepleta de novidades, inovação e conteúdo, feira vem aí para virarmos de vez a página da COVID-19.
08 16
29LEGISLAÇÃO / NOvA NR 12nova redação da norma desburocratizou e simplifi cou obrigações, sem reduzir os requisitos de segurança.
7Jun/Jul 2020 IPC 830
painel de notícias
CAMPANHA DO DIA DAS MÃESTendo em vista o fato de que
o Dia das Mães é uma das
mais importantes datas no
calendário anual do varejo,
em maio, o SAMPAPÃO or-
ganizou uma campanha de
incentivo às vendas no perí-
odo, por meio da distribuição, em seu site na internet, de um
amplo material de divulgação às padarias associadas – ins-
truções de layotização, cartazes, posts e adesivos editáveis
(foto) –, com foco na oferta de serviços e produtos de fa-
bricação própria para presentear as mães. “Desenvolvemos
essa ação porque acreditamos que, apesar do cenário de di-
ficuldades imposto pela pandemia do novo coronavírus, ela
criaria uma oportunidade bastante interessante para a re-
tomada dos negócios com o apelo do Dia das Mães, criando
um tempo de renascimento para as nossas panificadoras.
Afinal, ser mãe é renascer em vida e ter o privilégio do amor
incondicional. Assim, aproveitamos o amor e o carinho que
existem dentro do ambiente das padarias para levar esses
sentimentos tão bonitos aos clientes. E foi um sucesso!”,
comemora Antero José Pereira, presidente do SAMPAPÃO.
FIQUE ALERTA AOS FALSOS FISCAISA Coordenadoria de Vigilância em
Saúde (COVISA) recebeu várias
denúncias de que estabelecimen-
tos têm sido vítimas da ação de falsas autoridades sani-
tárias no município de São Paulo em tempos de COVID-19.
Geralmente essas pessoas se identificam como funcio-
nários da vigilância em saúde, e cobram quantias indevi-
das desses serviços prometendo agilização de inspeção,
redução no valor de multa e até a emissão de falsos cer-
tificados de Cadastro Municipal de Vigilância em Saúde
(CMVS). A COVISA informa que já acionou a polícia para
adotar as providências cabíveis para coibir e punir essa
prática. E caso sua padaria seja vítima da ação de falsa au-
toridade sanitária, a instrução oficial do órgão é que você
contate imediatamente a Delegacia de Polícia mais próxi-
ma, para lavratura de boletim de ocorrência e comunica-
do à COVISA, pelo telefone (11) 3397-8280, ou ainda pelo
e-mail [email protected].
Sto
ckFr
ee
Sto
ckFr
ee
SA
MPA
PÃ
O
A FIESP e o CIESP estão promovendo o Feirão de Cré-
dito Digital, para conectar as empresas da panificação
com os bancos de relacionamento. Trata-se de uma
iniciativa para facilitar o acesso ao crédito e encontrar
as soluções financeiras mais adequadas aos negócios,
neste momento tão difícil da COVID-19, tais como fal-
ta de comunicação com os gerentes das instituições
de crédito, impossibilidade ou demora no retorno de
contatos e não justificativa clara da negativa de finan-
ciamento. A ação é articulada pela Central de Crédito
FIESP/CIESP. Para ter acesso ao Feirão, basta que o
panificador preencha uma ficha de adesão no ende-
reço https://bit.ly/3cjF2G8, que será encaminhada ao
banco de relacionamento. Depois disso, será liberado
um link exclusivo para agendamento de dia e horário
para reunião virtual entre a empresa e o banco. Mais
informações pelos telefones (11) 3549-4598/4267, ou
pelo e-mail [email protected].
AIPESP
ENCONTROS DE NEGÓCIOS TEMPORARIAMENTE SUPENSOSEm função dos impactos e das restrições im-
postas pela pandemia da COVID-19, a progra-
mação dos Encontros de Negócios e Tendên-
cias da Panificação e Food Service, promovi-
dos pela Associação da Indústria de Panifi-
cação e Confeitaria do Estado de São Paulo
(AIPESP) ao longo de diversas cidades do
interior do estado de São Paulo, encontra-se
temporariamente suspensa. O calendário
desses eventos será reformulado e comunica-
do oportunamente aos panificadores. A enti-
dade agradece a compreensão.
FEIRÃO DE CRÉDITO DIGITAL
8 IPC 830 Jun/Jul 2020
HoMenaGeM / dia do paniFicadorS
tock
Free
ão. Não dá para imaginar a vida sem padaria,
não é mesmo? Basta perguntar a qualquer mo-
rador ou moradora de São Paulo qual o tipo de
comércio que eles preferem, e a chance de ouvir
que são as padarias é enorme. Pois é, quando um consu-
midor entra numa panificadora, é como se um portal para
um delicioso mundo de maravilhas se abrisse diante dele.
Pães dos mais variados tipos, doces e bolos de dar água
na boca, tortas açucaradas ou salgadas, lanches na copa,
riquíssimos bufês de café da manhã, almoço e jantar, sem
n
Dia 8 de julho é o “Dia Panificador”. E mesmo em tempo de COVID-19, há razões de sobra para comemorações.
COM A FARINHA NA VEIA. Todo santo dia, zelosas mãos
produzem o mais sagrado dos alimentos.
PARABÉnS, BRAVOS
PAnIFICADORES!
falar nas pizzas e nas sopas, sempre saborosas e quenti-
nhas, e na infinidade de outros produtos e conveniências,
que transformaram a padaria moderna em verdadeiras
centrais de abastecimento e serviços de alimentação.
E, por trás dessa verdadeira “orquestra” capaz de to-
car múltiplas sinfonias, há sempre um maestro atencio-
so e preocupado com a satisfação de seus clientes: o pa-
nificador, cuja data máxima do ano se comemora no dia
8 de julho, dia de Santa Isabel, padroeira dessa laboriosa
categoria de profissionais. A data, que é celebrada por
10 IPC 830 Jun/Jul 2020
diversas entidades patronais em todo
o País, é sempre comemorada também
com uma grande festa organizada pelo
SAMPAPÃO, o Jantar do Panificador – re-
alizado simultaneamente à entrega da
homenagem aos “Panificadores do Ano”
–, que, este ano, em função da pande-
mia do coronavírus, tiveram que ser
canceladas. Tratou-se de uma atitude
consciente e responsável das entidades
de panificação de São Paulo, no sentido
não só de obedecer as restrições impos-
tas pelas autoridades, mas, sobretudo,
de proteger a saúde de seus associa-
dos e familiares, que invariavelmente
lotam e inundam com sua alegria o
salão da festa.
RESILIÊNCIA E ADAPTAÇÃO
Porém, a suspensão do evento não significa absolutamen-
te que o Dia do Panificador não deva ser comemorado
com muita animação neste ano de 2020. Isso porque a
data, que é uma justa homenagem a essa categoria, re-
presenta também a celebração da expressão máxima do
reconhecimento ao talento desses bravos profissionais
em vencer todo o tipo de desafio que se coloca em seu
caminho, qualquer que seja a natureza dele, como uma
espécie de dom divino que todo empresário e pessoa que,
com seu trabalho, honra diariamente o seu compromisso
de servir à população tem em seu DNA.
Sim, nesse quesito “genético”, os panificadores brasilei-
ros e, em especial os paulistas e paulistanos foram muito
bem aquinhoados. E isso não só porque ele, hoje, configura
nossas padarias como modelo e exemplo de atuação para
o mundo, como também expõe de maneira clara e inequí-
voca os atributos inesgotáveis de coragem, resiliência e
adaptação de nossa classe em face a toda e qualquer di-
ficuldade e momento de crise. Foi assim no passado – em
tristes tempos de guerras mundiais e de revoluções –, é as-
sim no presente, durante essa pandemia da COVID-19 – e,
sem dúvida alguma, será assim no futuro, quando esse ci-
clo difícil ficar para trás, e outros desafios, tomara não tão
contundentes como este que vivemos nos dias atuais, se
colocarem em nosso caminho para serem vencidos sem-
pre com muita raça, garra e ousadia.
CONFIANÇA QUE NÃO SE MEDE
O pão nunca faltará à mesa de quem
precisa da padaria. E todos os clientes
dessas casas, que precisam delas para
continuar levando suas vidas tanto em
tempos de crise quanto naqueles da
ansiada “normalidade” nos quais todos
esperarmos voltar a viver, sabem e têm
absoluta certeza disso. E isso, na prá-
tica, é só mais um motivo de honra e
orgulho para o estreitamento dos pro-
fissionais e operadores dessa valorosa
categoria no relacionamento com eles.
A conquista dessa confiança, como
diz aquela célebre propaganda, “não
tem preço”. E isso, não são apenas pala-
vras alinhadas em um discurso bonito,
mas, sim, a prática da pura realidade
que qualquer cliente ou cidadão pode
constatar, por exemplo, ao visitar as padarias associadas
ao SAMPAPÃO de qualquer bairro ou município dentro da
base territorial das entidades. E, chegando a qualquer uma
delas, também, verá que no comando dessa casa, existe o
trabalho de um grande panificador. Uma figura que, com
muita determinação, juntamente com suas motivadas
equipes de colaboradores, enfrenta os desafios do dia a dia
no negócio de alimentação, sempre em busca da melhoria
da qualidade do atendimento e do aperfeiçoamento de sua
oferta de produtos e serviços, gerando riqueza e prosperi-
dade para a economia e, o que é mais importante, satisfa-
ção em altas doses para seus clientes.
Não foi à toa, portanto, que paráfrase ao título do livro
“Bravos Panificadores” –, publicado em 2015 pelo SAMPAPÃO
para celebrar a trajetória dessa valorosa e sempre presente
categoria de profissionais, e também utilizada como título
desta reportagem – é mais do que emblemática e válida.
Por isso, panificadores, tenham sempre orgulho do pa-
pel que merecidamente ocupam na vida dos paulistanos,
paulistas e de todos os brasileiros. Vocês são VENCEDORES
(assim mesmo, em negrito e letra maiúscula), com a certeza
de que nada (nem a COVID-19) vai tirar o protagonismo de
vocês no cenário econômico e social da Nação. E comemo-
rem muito a passagem do próximo dia 8 de julho, o Dia do
Panificador, contando com o apoio, o trabalho e a parceria
do SAMPAPÃO para a conquista de dias sempre melhores!
HoMenaGeM / dia do paniFicador
PANIFICADORES,
TENHAM SEMPRE
ORGULHO DO PAPEL
QUE MERECIDAMENTE
OCUPAM NA vIDA
DOS PAULISTANOS,
PAULISTAS E DE TODOS
OS bRASILEIROS.
Sto
ckFr
ee
11Jun/Jul 2020 IPC 830
Enrijecimento das regras de controle sa-
nitário, cuidados extras com a higiene
dos estabelecimentos, dos colaborado-
res, equipamentos e acessórios, atenção
redobrada com a manipulação dos alimentos,
execução rigorosa dos procedimentos e perfeita
adequação às Boas Práticas de Fabricação, ex-
posição correta nos balcões, ilhas e vitrines, no-
vas atitudes no comportamento de atendimento
aos clientes, atenção ao distanciamento entre
eles nas filas, ampliação exponencial da oferta
de serviços de grab-and-go e delivery, criação de
Sto
ckFr
eeneGÓcios / todos contra o coronaVírUs
drive-thrus, colocação de pias para lavagem das
mãos na entrada das casas e ampla disponibiliza-
ção de álcool para todo mundo que entra nelas...
Em tempos inusitados como estes que estamos
vivendo, as providências que se fazem necessá-
rias tendem a ser impactantes, dando espaço
para situações criativas e inovadoras e, muitas
vezes, surpreendentes.
Tudo isso já se tornou rotina nas padarias da
capital e da Grande São Paulo, a fim de reduzir a
disseminação do novo coronavírus entre a popula-
ção. E todas elas, medidas de segurança eficazes de
Os panificadores precisam estar muito bem preparados para atender aos desejos dos clientes em tempos do “novo normal”.
UMA LUTA QUE PODEMOS E VAMOS VENCER
A GENTE NÃO VÊ A HORA! Logo, logo os amigos vão se encontrar de novo nas happy-hours na padaria para brindar a vida.
12 IPC 830 Jun/Jul 2020
proteção aos consumidores e à sobrevivência dos
negócios, que estão servindo de lição e deverão se
tornar cada vez mais comuns no tão esperado mo-
mento de pós-crise da COVID-19, que atestam que
“nada mais será como antes, amanhã”.
Mas, na verdade, este também é um importan-
te momento de reinvenção no modelo das panifi-
cadoras, em linha com o movimento de evolução
natural desse tipo específico do comércio, no qual,
apenas há duas ou três décadas, os consumidores
iam somente comprar pão, leite, frios e, às vezes
balas e algum bolo ou “doce de padaria”. Com
muito trabalho e dedicação, elas foram além, e
se transformaram em centrais de bem-estar, um
local onde as pessoas tomam seu café da manhã
sozinhas – e, nos finais de semana com a família
–, almoçam, jantam, usufruem de completas lojas
de conveniência nas quais encontram tudo que
precisam, compram vinhos para abastecer suas
adegas, trabalham em seus notebooks utilizando o
wi-fi grátis das casas, fazem reuniões com clientes
e o pessoal do escritório, e, ainda, têm a oportu-
nidade de compartilhar bons momentos com os
amigos em animadas happy-hours.
Tudo isso, hoje ainda no plano de um sonho
a se materializar, vai voltar em um futuro bem
próximo. E com muito mais intensidade, não só
porque a demanda do consumidor pós-COVID
tenderá a ser maior, na busca do “tempo perdido”,
mas também porque – e isso é o mais importante
– nossos clientes simplesmente AMAM padarias.
E, sem dúvida alguma, precisamos estar muito
bem preparados para atender a esses e muitos
outros desejos deles nesses novos tempos.
O “NOvO NORMAL”
Desde que teve início a crise provocada pela pan-
demia do novo coronavírus no Brasil, as vendas
neGÓcios / todos contra o coronaVírUs
O consumidor vai voltar diferente no pós-COVID, valorizando ainda mais seus recursos financeiros e questionando bastante os preços dos serviços e produtos oferecidos pelas padarias.
no varejo foram tremendamente impactadas. Só
no primeiro trimestre elas recuaram 2% em re-
lação ao quarto trimestre do ano passado, como
apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-
tística (IBGE). E, com as vendas em baixa, a que-
da na lucratividade dos negócios também está se
configurando como cada vez mais certa. Assim,
para garantir a sobrevivência da padaria, proteger
o caixa da empresa se torna prioridade máxima.
Reestruturar dívidas, buscar maior eficiência ope-
racional, reduzir estoques e adiar investimentos
não essenciais são algumas das ações tomadas
pelos panificadores atualmente.
“Não há dúvidas de que a adequação de lojas
para as novas regras de proteção e prevenção da
COVID-19 tem sido um investimento essencial,
além da segurança da própria loja. Ainda que os
canais online tenham ganhado força, há lojas físi-
cas, como as padarias, que permanecem abertas, e
viram suas perdas crescerem de maneira expressi-
va, muitas delas em função de erros operacionais
provocados pela pressão extra sobre a equipe de
funcionários. Além disso, o varejo talvez nunca te-
nha precisado tanto de liquidez. Apesar do que se
Sto
ckFr
ee
CONTATO COM OS CLIENTES. Teremos que tomar cuidados no “novo normal”, mas a cordialidade do
atendimento vai ser a mesma de antes.
13Jun/Jul 2020 IPC 830
UMA IDEIA PARCEIRA E SOLIDÁRIA
Como já foi dito inúmeras vezes, os desdobramentos
socioeconômicos gerados pelo período de quarentena,
essencial ao combate da pandemia da COVID-19 no Bra-
sil, estão operando impactos diretos no faturamento de
padarias, confeitarias e restaurantes de todo o País. E,
em um momento em que a solidariedade é fundamental
para minimizá-los, algumas empresas têm se mobilizado
no sentido de oferecer ao setor de alimentação algumas
soluções para eficientizar a operação de seus parceiros
no comércio de produtos e serviços.
Uma dessas iniciativas partiu da Bunge, que, por meio
da união de suas marcas Delícia, Primor, Soya, Salada e
Salsaretti, criou o projeto “Alimente o Bem”. A plataforma
está disponibilizando vouchers de consumo em estabe-
lecimentos, clientes ou não da empresa, para serem uti-
lizados após o período de quarentena, com o diferencial
de que padarias e confeitarias contempladas poderão
vender e gerar receita, mesmo estando fechadas ou sem
a possibilidade de atuarem no delivery.
E a ação tem, ainda, um apelo solidário: a cada vou-
cher vendido, uma refeição completa será doada pelas
marcas a instituições de São Paulo, Recife e Blume-
nau, que atuam dando apoio a pessoas em situação
de vulnerabilidade social. “Para fazer parte dela, a me-
cânica é bem simples: basta as padarias e confeitarias
interessadas se cadastrarem gratuitamente no site
www.alimenteobem.com.br e listar seus pratos e valo-
res, para que os vouchers sejam gerados”, explica João
Galoppi, gerente de Comunicação, Marca e Inteligência
de Mercado da Bunge.
noticia, mesmo com a Selic no valor mais baixo da
história, o acesso ao crédito sofreu uma enorme
restrição, fazendo com que o varejista se questio-
ne se existe alguma forma de investir e proteger o
caixa ao mesmo tempo”, pondera Gustavo Carrer,
gerente de Desenvolvimento de Negócios da Gun-
nebo, fornecedora de equipamentos de proteção
eletrônica para o varejo e referência em soluções
de tecnologia para performance de loja. E, após a
recessão, tenha certeza de que o quadro de fun-
cionários deverá se manter reduzido, em um ce-
nário em que as empresas terão preferência pela
contratação de colaboradores mais polivalentes e
com novas competências e, ainda, de forma geral,
com capacidade de gerir responsabilidades e equi-
pes à distância.
Já do lado do consumidor, as mudanças em seu
perfil deverão ser profundas. Muita gente perdeu
o emprego, as dívidas se acumularam e o dinheiro
andará curto, principalmente nos primeiros meses
da retomada do pós-crise. E tudo isso, é claro, vai
fazer com que ele valorize ainda mais os recur-
sos financeiros que tem disponíveis, poupe mais e
questione bastante os preços dos serviços e produ-
tos, inclusive aqueles oferecidos pela sua padaria.
“O fato é que, hoje, o brasileiro vive um mo-
mento de intensa reflexão e mudança de com-
portamento, inclusive, sobre consumo, finanças
e trabalho. Estamos diante do ‘novo normal’, no
qual, além de fatores como a intensificação da in-
tegração digital entre empresas e consumidores –
serviços de e-commerce e delivery, por exemplo, que
ganharam ainda mais o status de ‘estratégicos’), os
brasileiros foram forçados a enxergar a necessi-
dade de se ter um planejamento financeiro. Dessa
forma, analisar as despesas mensais e estabelecer
novos costumes de consumo nunca foi tão prio-
ritário para eles, e nem deixará de ser no futuro”,
analisa e dá a pista o professor Carlos Afonso, só-
cio do Grupo MCR – consultoria que atua nos seg-
mentos de contabilidade, auditoria e treinamentos
corporativos – e, ainda, autor do livro “Organize
suas finanças e saia do vermelho”. “Então, estar
bem preparado para esses ciclos e, consequente-
mente, para os desafios que eles vão trazer para
os clientes, certamente ajudará as empresas a
atravessarem as tempestades da melhor forma
possível. Em síntese, é preciso se adaptar ao novo
normal”, complementa, fazendo um alerta final e
especial aos panificadores.
14 IPC 830 Jun/Jul 2020
Sto
ckFr
eedestaQUe / cenÁrio pÓs-pandeMia
ão é preciso ser nenhum guru para saber que
a baixa produtividade da atividade econômi-
ca no Brasil – que, por tabela, afeta a nossa
competitividade – é um problema antigo. E as
consequências disso em tempos de COVID-19, vêm se tor-
nando mais evidentes e colocam a nu toda sorte de vícios
ocultos que travam o nosso desenvolvimento.
Com efeito, a crise do novo coronavírus atingiu de jeito
a economia brasileira e, em especial, a classe empresarial.
E fez isso derrubando metas detalhadamente planejadas,
pondo abaixo as perspectivas dos índices de crescimen-
to econômico, de investimentos nas mais diversas áreas,
impondo-nos um restritivo ritmo de quarentena, valida-
do, sim, por sábios parâmetros científicos, mas que já está
deixando muitas cicatrizes indeléveis em nossa socieda-
de, não apenas em face a inestimável perda de vidas de
entes queridos de milhares de famílias, como também
n
É possível tirar lições do momento da crise da COVID-19 para mudar a mentalidade de negócios no que diz respeito à produtividade.
REDEFInInDO A
PRODUTIVIDADE
pela “morte” de várias empresas e negócios, deixando
atrás de si um rastro de destruição de sonhos, ideais e de
enormes esforços para conquistá-los, além de de desem-
prego, pobreza e incerteza com o que ainda vai acontecer.
Entretanto, se para muita gente esse cenário de “ter-
ra arrasada” é motivo de paralisia, para outros pode ser
também de oportunidade para se fazer uma releitura de
nossas atitudes frente ao tema “produtividade”. Sim, ago-
ra é a hora de repensarmos algumas atitudes, não só para
nos reorganizarmos mesmo ainda em tempos de pande-
mia, para enfrentar os novos desafios do pós-crise, que
certamente virão.
EM bUSCA DO FUTURO MAIS QUE PERFEITO
Em termos de economia, produtividade traduz a capaci-
dade de realizar o máximo de trabalho possível com o
mínimo de recursos necessários. Em outras palavras,
VIRANDO O JOGO. Se os tempos dos negócios serão outros depois da pandemia, você precisa se antecipar e mudar agora para enfrentar os novos desafios da produtividade.
15Jun/Jul 2020 IPC 830
esse conceito remete à busca constante por otimização
que acompanha toda e qualquer atividade empresarial.
E, como tal, precisa, de forma obrigatória, fazer parte do
mindset (ou, mais simplesmente, “programação mental”)
de quem quer ter sucesso no mundo dos negócios.
Contudo, diante das dificuldades tangíveis e bastante
conhecidas pelos panificadores – como, ´pr exemplo, im-
possibilidade de acesso a linhas de crédito, falta de mão
de obra qualificada, excesso de burocracia e incidência de
uma carga tributária arrasadora, entre tantas outras –,
fato é que o setor produtivo, notadamente no segmento
de micro e pequenas empresas no Brasil, faixa na qual a
maciça maioria das nossas padarias se encaixa, apresen-
ta uma das menores taxas de produtividade do planeta.
Nessa hora, fazendo um desconfortável, mas necessá-
rio, “mea culpa”, talvez o principal problema nessa histó-
ria seja mesmo a boa e velha falta de conhecimento dos
empreendedores para gerenciar seus próprios negócios.
E momentos de agudização de crises econômicas, como
este que estamos vivendo em função da COVID-19, co-
locam a nu, de maneira muito clara, a existência do pro-
blema. E como fazem isso sem rodeios, também indicam
com mais clareza ainda erros cometidos pela classe em-
presarial, servindo, por isso mesmo, como estímulo para
redefinição de modelos, ferramentas e estratégias para
combater e eliminar velhos vícios que nos atrelam sem-
pre a uma espécie de “pretérito sempre imperfeito”, e, sim,
permitindo-nos a chance de ingressar num “futuro mais
que perfeito”, turbinado pelo aumento da produtividade.
MERGULHE DE CAbEÇA NA TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
E aí você diz: “OK! Mas por onde devo começar?” Bem, essa
é uma pergunta para a qual existem inúmeras opções de
respostas, cuja explanação não caberia numa única re-
portagem como esta da Revista IPC, e que poderiam se-
guramente ser dadas de forma mais apropriada por meio
da contratação de uma consultoria de negócios. Mas há
alguns pontos e dicas que podemos enfatizar no curto es-
paço que nos resta nestas páginas para você redefinir o
SEU modelo de produtividade.
O primeiro – e, talvez, o mais importante deles –, é
entender que, se a realidade de consumo está mudando,
você também precisa mudar. É hora, mais do que nunca,
de desconstruir e reconstruir seu modelo de gestão, jo-
gando fora o que não presta e abrindo sua cabeça para
as novas oportunidades que virão no pós-pandemia. Não
espere: faça isso já, para eliminar concepções antiquadas,
que não servem mais para nada, para turbinar as mudan-
ças de seu negócio que se farão necessárias nos tempos
que virão. Pode não ser o seu caso, mas, por exemplo, em
outros tempos de “normalidade”, quantos panificadores
torceram o nariz e até deixaram de lado o uso de ferra-
mentas como a internet, as vendas online, as redes sociais
e as estratégias como a do delivery – próprio ou por meio
de aplicativos – que vêm se mostrando eficazes e até
como “salvadoras da lavoura” nestes tempos de crise?
Em meio a um cenário altamente marcado pela trans-
formação digital, cada vez mais negócios têm buscado
novas estratégias para dinamizar o desenvolvimento de
produtos e serviços, não só a fim de garantir a produtivi-
dade, como também a escalada de sua competitividade
no mercado. Para isso, a busca de soluções tecnológicas –
como softwares e aplicativos – também vem crescendo em
níveis exponenciais, tornando-se foco prioritário e obriga-
tório de gestão para essas empresas.
Como consequência disso, o uso desses sistemas está
deixando de ser um fator diferencial para ser uma ne-
cessidade para ganhar da concorrência. Reforçando essa
constatação vale lembrar que, muitas vezes, os pequenos
e médios negócios, como os de padaria, convivem com
margens muito apertadas, o que transforma os ganhos ou
processos que eles conseguem otimizar em verdadeiros
motores de geração de crescimento para eles. Tanto isso é
verdade, que diversas casas no ramo de panificação já es-
tão nascendo dentro de uma geração digital, pensando de
uma forma diferente, enxergando a inclusão digital como
fator essencial.
Como resultado disso, os setores de comércio e servi-
ço, operando em diversos ramos e nichos, vêm investindo
nessas ferramentas. E, certamente, investirão nelas ainda
com mais força no período pós-pandemia, porque elas
conseguem gerar um volume de dados muito grande. Uma
simples nota fiscal, por exemplo, pode oferecer a uma pa-
daria várias informações sobre o consumidor, como qual
produto ele comprou e quanto ele gastou. Ou seja, a partir
disso, o panificador familiarizado e atualizado com as no-
vas tecnologias digitais consegue cruzar dados em benefí-
cio próprio e, por tabela, consegue conquistar um nível de
produtividade (e de vendas também, é claro) muito maior.
Pense em tudo isso com muita atenção e... saia na frente!
16 IPC 830 Jun/Jul 2020
om certeza, vai valer a pena esperar! E ainda
vai valer mais a pena participar da FIPAN 2020,
que acontecerá entre os dias 24 e 27 de novem-
bro, no Expo Center Norte, em São Paulo/SP.
E, sem dúvida alguma também, esta próxima edição do
evento já está destinada a ser um grande sucesso. Moti-
vos para isso não faltam. Mas, o principal deles é que a
FIPAN 2020 vai funcionar como a grande ferramenta do
setor para a retomada dos negócios.
“Ao contrário das outras feiras do setor de alimentos,
que também precisaram ser adiadas, a FIPAN não sofreu
e nem passou para os visitantes uma sensação de descon-
tinuidade. Além disso, sua realização no próximo mês de
novembro vai coincidir com um momento muito especial
de reabertura do mercado, marcado por uma forte deman-
Fipan 2020 / neGÓcios eM alta
C
Vem aí a FIPAN 2020, mais uma vez repleta de novidades, inovação e muito conteúdo.
da estrangulada durante o período da COVID-19, no qual
os operadores da panificação e do foodservice estarão ávidos
por renovação”, explica João Ricardo Neves, diretor da FIPAN
e da Seven, empresa organizadora da feira do SAMPAPÃO.
E, esse momento de grandes oportunidades terá ainda
a sorte de coincidir com outros eventos muito especiais
de estímulo aos negócios, bem como de importância si-
milar no calendário comercial do ano, tais como a Black
Friday, que acontecerá na mesma semana da feira, o que,
entre outras coisas, abrirá espaço para a realização de
campanhas e promoções por parte das empresas que irão
participar da FIPAN 2020.
“O evento ‘Black Friday é mundialmente famoso por
aumentar as vendas das empresas. Portanto, acreditamos
que os visitantes irão aguardar essa semana – e, por exten-
são, a feira – para enfim realizarem compras e investimen-
tos. A comunicação da FIPAN estará voltada este público,
incluindo projetos como o FIPAN PARCEIROS, de cupons de
desconto para o momento da feira, que já está ativo mes-
mo antes do evento, e cujas ofertas estão sendo divulgadas
através de e-mail marketing e pelo site da FIPAN e suas
redes sociais”, pontua ainda João Ricardo
SINERGIA PERFEITA
Aliás, para reforçar a comunicação com seus visitantes, a
organização da feira está divulgando diversos dados em
suas redes sociais, bem como pesquisas e informações
aos empresários envolvidos no evento, além de entrevis-
tas e campanhas com mensagens de reconhecidos chefs.
É o caso de influenciadores como Luiz Farias, Rogério Shi-
mura, Amélia Lino, Fernando de Oliveira e Ricardo Cam-
pos, que semanalmente enviam suas palavras de positivi-
dade por meio do Instagram da FIPAN.
A FEIRA DA
RETOMADAnovadata
24 a 27Novembro
2020
17Jun/Jul 2020 IPC 830
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18 IPC 830 Jun/Jul 2020
E para colaborar com as empresas participantes do
evento intensificou sua plataforma de interação entre
a indústria e os compradores. Na área do site chamada
“Parceiros FIPAN”, todo dia são divulgadas promoções
que os expositores estão realizando antes da feira, a fim
de impulsionar as vendas. São descontos de mais de 25%
para produtos como farinhas, EPIs, máquinas e equipa-
mentos, ofertas de garantias estendidas e muito mais.
Complementarmente, a proximidade da nova data de
realização da FIPAN 2020, quase no início de dezembro,
produzirá uma sinergia perfeita com outro evento impor-
tantíssimo para os panificadores e operadores do setor de
alimentos, que é o Natal. Essa proximidade temática, ali-
ás, é um dos pontos altos da feira, que vem sendo muito
elogiado pelos expositores, deverá objetivamente se refle-
tir na materialização de um grande volume de negócios.
“E o mesmo deverá acontecer com a Páscoa 2021: uma
vez que a FIPAN será palco dos lançamentos para aque-
la data, já que novembro é o mês em que a indústria e
os compradores das padarias e de outros segmentos aos
quais a feira está direcionada começam a se preparar
para a comemoração”, destaca, por sua vez, Antero José
Pereira, presidente do SAMPAPÃO.
CONTEÚDOS EXCLUSIvOS
Mas não será “apenas” de inúmeras inovações e novida-
des em produtos, ingredientes, máquinas e equipamentos
e serviços, entre tantos outros segmentos que, com toda
certeza, irão viabilizar e garantir a retomada do merca-
do de panificação, confeitaria e alimentação em geral no
pós-crise, que marcarão a FIPAN 2020 como um evento
emblemático e inesquecível. Vários eventos paralelos re-
alizados durante o evento também vão contribuir para a
conquista desse protagonismo.
Entre eles, merece destaque a ARENA CAMPEONATO
SENAI que, este ano, sediará o Campeonato de Panifica-
ção e Confeitaria do SENAI, o maior do Brasil. Após a se-
letiva realizada no final do ano passado e início de 2020,
profissionais de oito estados foram selecionados para
participar da competição. Outro espaço com muita ati-
vidade será a ARENA DO CONFEITEIRO, que contará com
a participação de mais de 2.000 alunos de escolas e 90
chefs renomados, ensinando seus maiores segredos aos
visitantes, com foco na confeitaria clássica, artística e no
mercado de “Faça e venda”.
Quem também estará de volta na FIPAN 2020 será a
ESTAÇÃO CAFÉ, com muitas atrações e conteúdos volta-
dos ao treinamento de baristas e à ampliação do conhe-
cimento sobre essa bebida tão tradicional entre os bra-
sileiros, considerados os maiores consumidores dela no
mundo. Será um espaço para aulas e palestras de grandes
personagens do setor, para falar sobre máquinas, acessó-
rios e tipos de café, principalmente para os operadores
de padarias, estabelecimentos nos quais os clientes cada
vez mais encontram o lugar ideal para consumir cafés de
qualidade com todo o conforto.
Finalmente, pelo quarto ano consecutivo, a feira con-
tará novamente com o FIPAN PIZZA, um espaço dedicado
exclusivamente à famosa “redonda”, com a promoção de
aulas com a curadoria do renomado Instituto ConPizza.
CENTRAL COVID-19 E MUITO MAIS NO SITE
Com 300 expositores confirmados, a FIPAn 2020
estará aberta a todos os profissionais e gestores de
padarias, confeitarias, restaurantes, pizzarias, buffets
e lanchonetes, entre outros estabelecimentos ligados
à comercialização de alimentos, muitos deles vindo
em caravanas de todas as regiões do Brasil, aguarda-
das em número ainda maior nesta edição da feira.
Consolidada como uma plataforma completa para
empresas do setor da alimentação apresentarem novi-
dades e tendências aos mais diversos agentes transfor-
madores, mais uma vez a edição deste ano do evento
promete apresentar um enorme acervo de novidades,
tendências e inúmeras atividades ligadas ao conheci-
mento e desenvolvimento apresentados pelos princi-
pais fornecedores tais como automação comercial, má-
quinas e equipamentos, matérias-primas, insumos, em-
balagens, acessórios em geral, além de produtos finais.
no site www.fipan.com.br, além de todas as infor-
mações sobre a feira e para a realização de seu creden-
ciamento antecipado para a FIPAn 2020, você também
poderá encontrar a “Central COVID”, uma área com di-
cas, soluções e documentos oficiais relacionados ao
tema, especialmente criada para guiar os empresários
neste momento delicado, trazendo informação correta
para todos, a fim de evitar a propagação de fake news e
diretrizes de fontes não confiáveis. Basta dar um clique
no ícone da régua de abertura do site.
Fipan 2020 / neGÓcios eM alta
19Jun/Jul 2020 IPC 830
Sto
ckFr
eecoMUnicaÇÃo & BencHMarK / iniciatiVas diGitais
omo já dizia o “Velho Guerreiro”, o saudoso
Chacrinha, “quem não se comunica, se es-
trumbica!” E, em tempos de COVID-19, nos
quais a necessidade de interação entre as pes-
soas – embora digital – passou a ser absolutamente fun-
damental, essa máxima ganha ainda mais peso.
Por conta disso, pensando na importância de manter
os panifi cadores informados e munidos de ferramentas
que possam auxiliá-los neste momento difícil, as entida-
des reforçaram sua presença nos meios digitais, e estão
disponibilizando diversos conteúdos relevantes em seu
site, grupos de Whatsapp e mídias sociais, bem como por
Cmeio de lives abertas à participação de todos eles.
“Como o distanciamento social tem sido o maior desa-
fi o do SAMPAPÃO ao longo da crise do novo coronavírus,
nesse ambiente digital, entre muitas outras coisas, os as-
sociados e panifi cadores de São Paulo e de todo o Brasil
podem conferir informações sobre serviços de nossas en-
tidades, acompanhar informes legais e negociações com
diversos órgãos públicos e privados, e, ainda, ter acesso
a um amplo acervo de conteúdos personalizáveis de di-
vulgação e propaganda para difusão gráfi ca e digital”, en-
fatiza Antero José Pereira, presidente do SAMPAPÃO, sem
deixar de destacar, ainda, o esquema especial de Ensino à
A COMUnICAÇÃO QUE TRANSFORMASAMPAPÃO reforça sua comunicação e sua presença digital para enfrentar e vencer a COVID-19.
FERRAMENTA SOCIAL. Iniciativas digitais do SAMPAPÃO promovem avanços sensíveis na forma de pensar e agir em tempos de pandemia.
20 IPC 830 Jun/Jul 2020
Distância, criado pela Escola IDPC, para interação e aten-
dimento dos alunos de seu Curso Técnico em Panificação
durante a pandemia, e que vem fazendo o maior sucesso.
(NE: Veja a reportagem sobre ele na seção “Escola IDPC / Aper-
feiçoamento Profissional” desta edição da Revista IPC)
LIVES DO SAMPAPÃO
Além disso, o SAMPAPÃO também encontrou na internet
espaço para a realização de lives para engajar e fortalecer
ainda mais a relação de confiança das entidades com os
panificadores associados de São Paulo, bem como com os
representantes da Família Panificadora de todo o Brasil.
Exemplo disso foi o encontro virtual realizado por elas
através do aplicativo Zoom no dia 12 de maio, contan-
do com a participação desse público, com o objetivo de
levantar questões e discutir tópicos preocupantes neste
momento de crise, tendo como foco a situação atual das
padarias e como o SAMPAPÃO, por meio de sua platafor-
ma de multisserviços, pode mais bem contribuir para a
oferta de soluções para equacioná-los.
Nesse âmbito, merece destaque também a live promo-
vida no dia 26 de maio, que contou com uma apresenta-
ção de Sergio Molinari, conselheiro, consultor, pesquisa-
dor, palestrante, produtor de conteúdo no Youtube e sócio
fundador da Food Consulting – uma das mais importan-
tes Consultorias especializadas no Mercado de Foodser-
vice no País –, e com a ativa participação do presidente
do SAMPAPÃO, Antero Pereira, do presidente da AIPESP,
Rui Manuel Rodrigues Gonçalves, e, ainda, de um grande
número de panificadores de São Paulo, para debater as
perspectivas para a panificação na retomada do pós-crise.
“Sem dúvida, foi uma iniciativa bastante produtiva
e uma oportunidade muito especial proporcionada pelo
SAMPAPÃO para debater o tema, tanto numa perspectiva
tanto micro quanto macro, bem como para conhecer em
detalhes a realidade que esses operadores estão viven-
do no momento atual e vislumbrar, por meio de insights,
o que eles e todo o setor alimentação e foodservice irão
vivenciar num futuro, esperamos próximo, quando o mo-
mento atual relacionado à COVID-19 passar”, pontuou
Molinari ao final da live.
INICIATIvAS DO bEM
Porém, pautas sobre o coronavírus não têm movimentado
apenas o SAMPAPÃO. Outros projetos mantidos por entes
da sociedade, como profissionais ligados à panificação e
ao foodservice, notadamente pelos meios digitais e redes
sociais, têm dado expressiva contribuição no sentido de
informar, orientar e dar dicas valiosas para os profissio-
nais desses setores.
É o que tem feito, por exemplo, o já citado Sergio
Molinari, em seu canal do Youtube, o “Foodservice com
Sergio Molinari”, no qual periodicamente divulga vídeos
trazendo conteúdos bastante atuais ligados à realidade
brasileira e que, agora, revestem-se de ainda mais re-
levância, em função das consequências da COVID-19,
que passaram a comprometer seriamente o desempe-
nho do mercado de alimentação. “Nosso objetivo é ser
um agente de transformação e melhoria do ambiente
de negócios do foodservice. Por isso, nos dispusemos a
compartilhar gratuitamente conhecimento e reflexões
sobre esse mercado, buscando contribuir com tantos
profissionais e empresários em suas decisões e ações”,
explica o consultor.
Outra iniciativa que merece destaque partiu do
premiado e renomado chef boulanger, proprietário da
famosa Levain Escola de Panificação e, também, dire-
tor do SAMPAPÃO, Rogério Shimura, que, por meio de
sua página no Instagram promoveu uma série de lives,
reunindo personalidades e empresários do setor para
discutir caminhos e soluções para minimizar os im-
pactos da atual crise do novo coronavírus. Entre elas,
algumas que geraram expressivos níveis de audiência
foram aquelas que trouxeram como personagens cen-
trais o presidente do SAMPAPÃO, Antero José Pereira; o
panificador e proprietário das padarias Saint Germain
e Bologna – e também diretor do SAMPAPÃO –, Wagner
Ferreira; o diretor da feira FIPAN, João Ricardo Neves; o
chef Luiz Farias, da Academia Bunge, e o presidente da
Bralyx, Gilberto Poleto.
Iniciativas louváveis como todas essas atestam mais
uma vez, que a comunicação não deve ser vista apenas
como transmissão de informações, mas, sim, como um
processo de produção e ressignificação de sentidos sociais,
enquanto relações interculturais, a fim de surtir efeitos po-
sitivos, para que as pessoas, de forma coletiva, mudem de
comportamento e de atitude, criando o pensamento sau-
dável e produtivo focado, sobretudo, no bem comum de
toda a sociedade, e não apenas de um grupo ou categoria,
auxiliando-a a vencer qualquer desafio.
coMUnicaÇÃo & BencHMarK / iniciatiVas diGitais
21Jun/Jul 2020 IPC 830
Vencer a crise do coronavírus será difícil, mas possível. Só que isso exigirá muito mais do que altas doses de inovação e criatividade por parte dos panificadores.
entreVista / serGio Molinari | Food consUltinG
COMPETÊnCIA
POSTA À PROVA
esta entrevista exclusiva à Revista IPC, Sergio
Molinari, conselheiro, consultor, pesquisador,
palestrante, produtor de conteúdo no Youtu-
be e sócio fundador da Food Consulting – uma
das mais importantes consultorias especializadas no
mercado de foodservice no País – fala sobre o momento
atual e fornece dicas e informações importantes e precio-
sas para ajudar os panificadores associados ao SAMPA-
PÃO a atravessarem e, mais do que isso, vencerem a crise
da COVID-19. Confira!
REvISTA IPC: SERGIO, QUE IMPACTOS A PANDEMIA DO
NOvO CORONAvíRUS GEROU NO foodSErVIcE E, MAIS
ESPECIFICAMENTE, NAS PADARIAS?
Sergio Molinari: Até o final de fevereiro, esperávamos um
ncrescimento no foodservice de 4,8% para 2020, em termos
reais, ante igual período do anterior. Para as padarias, não
víamos um cenário muito diferente disso. Uma evolução
desse patamar seria um dos três maiores crescimentos
reais em dez anos, e trazia consigo uma previsão de cres-
cer na mesma proporção em 2021 e 2022, um bom ciclo
para o mercado, tendo o crescimento do PIB e da renda
do brasileiro, bem como a queda do desemprego como
principais motores desse avanço. Com a COVID-19, esses
passaram a projetar de 5% a 6% de queda no PIB, desem-
prego superando 17% (talvez até 20%) e renda caindo uns
3% ou 4%. Isso, agravado por tantos estabelecimentos fe-
chados, pelos protocolos e limitações de operação e pela
própria retração do consumidor, mudaram radicalmente
as projeções iniciais.
SÉRGIO MOLINARI. Tanto as padarias quanto os consumidores voltarão diferentes e, de certa forma, fortalecidos e melhores no pós-crise da COVID-19.Fo
od
Co
nsu
ltin
g
22 IPC 830 Jun/Jul 2020
QUAIS SÃO AS PREvISõES DE DESEMPENHO DO SETOR
EM 2020?
A projeção hoje é que o mercado de foodservice cairá 25%
neste ano, em termos reais. No caso das padarias, cer-
tamente, bem menos, por conta de terem se mantido
abertas, mesmo que com o foodservice prejudicado, en-
tre outros impactos. Numericamente, ainda não temos
uma análise segura para as panificadoras, mas dada a
contribuição do foodservice no negócio de padarias e ou-
tras questões especialmente relacionadas aos impactos
negativos da crise no emprego e na renda do consumi-
dor desse tipo de estabelecimento, trabalhamos com um
cenário de queda de 5% a 10% em relação a 2019. Mas,
tão importante quanto projetar o resultado do ano, é crí-
tico entender que temos uma curva de recuperação do
faturamento e da saúde: abril foi o pior mês do ano: no
foodservice vendeu-se apenas 25% do que foi abril de 2019!
EM QUE RITMO SE DARÁ A RETOMADA NO PÓS-CRISE?
A partir de agora, projetamos uma recuperação gradual,
mês a mês, até novembro e dezembro, quando poderemos
ter já uns 80% ou 90% do que seria normal para esses
meses em 2019. Estimamos que o foodservice só recupere
os patamares de 2019 em 2022, e que as padarias poderão
voltar a 2019 a partir do segundo semestre de 2021. Mas,
para isso, há uma “lição de casa” sem precedentes para os
empresários fazerem. Mas vale dizer que uma coisa é vol-
tar ao faturamento de 2019, e outra é voltar à rentabilida-
de de 2019. Neste caso, não visualizamos a possibilidade
de a rentabilidade das padarias já voltarem a padrões de
2019 em 2021. Deveremos ter um certo empobrecimento
do mix de compra do consumidor, uma pressão de custos
e gastos e até uma pressão vinda de algum endividamen-
to que certamente piorará os resultados médios do setor.
QUAIS OS PRINCIPAIS TÓPICOS DESSA “LIÇÃO DE CASA”?
Um exercício importantíssimo é um planejamento finan-
ceiro realista, que considere que o faturamento será abai-
xo do esperado por vários meses, que vá se recuperando
gradativamente e no qual os custos operacionais estejam
elevados (protocolos, cuidados, limitações de espaço) ao
longo desse período. A dica para eles é: acima de tudo,
cuidem do caixa, da liquidez, da disponibilidade de recur-
sos para atravessar um período de vários meses em que
a lucratividade vai secar, ou irá até parar no vermelho.
Garantir que haverá recurso para tocar a operação numa
margem ruim por meses é fundamental para atravessar
a crise. Além disso, eles devem considerar também que
provavelmente terão que assumir algum endividamento
ou colocar dinheiro no caixa da empresa. Outra recomen-
dação importante é que esses operadores estudem o mer-
cado e a concorrência, para ver quem está “bem” e quem
está “mal”, quem está fechado ou investindo, e por aí vai.
Cenários de crise como este acabam com alguns concor-
rentes, mas também geram outros. Sobretudo, eles pre-
cisarão ser responsáveis, íntegros, justos e transparentes
com medidas duras, especialmente junto a funcionários
e fornecedores. Mas é obrigatório que eles as tomem. Dei-
xar para amanhã decisões que já são necessárias clara-
mente hoje, só piora as coisas.
E O QUE PODE OU PRECISA SER FEITO PARA PROTEGER
O EMPREGO?
No campo de pessoas, uma dica: o melhor retorno do fa-
turamento e do crescimento dependerá das pessoas que
conhecem melhor o negócio, que fazem mais diferença
na operação e no atendimento, que passam mais segu-
rança, confiança e estabilidade para o negócio. Essas pes-
soas têm que ser protegidas de alguma forma, seja com
a prioridade para a manutenção do emprego, seja na for-
ma de desligá-las dele, seja no oferecimento de trabalhos
avulsos em caso de demissão e por aí vai.
COMO vOCÊ AvALIA O NívEL DE PARCERIA ENTRE OS
OPERADORES E SEUS FORNECEDORES EM TEMPOS DE
COvID-19?
Bem, há um tremendo “efeito dominó” na relação cliente-
-fornecedor no nosso ramo. O grau e a extensão da crise
que acontece na ponta (no caso, no operador, na padaria,
por exemplo) vai refletir diretamente nos distribuidores,
principais fornecedores do ramo. Assim, se o faturamento
cai muito na ponta e compromete o fluxo de caixa, tende
a acontecer o mesmo nos canais de abastecimento. Mais
do que nunca o mix de produtos tem que ser racionaliza-
do, tem que se tornar mais eficiente. Além disso, o serviço
técnico tem que ser dirigido para ações que tragam mais
eficiência, melhor desempenho, mais rendimento. E o que
me parece mais importante neste momento é que os par-
ceiros discutam sobre como um pode ajudar a viabilizar a
liquidez do outro, tendo o caixa como ponto central.
entreVista / serGio Molinari | Food consUltinG
23Jun/Jul 2020 IPC 830
QUAL A SUA AvALIAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS QUE OS
OPERADORES DO SETOR ADOTARAM COM INOvAÇÃO E
CRIATIvIDADE, PARA DRIbLAR A CRISE ATUAL?
Delivery, take-out, drive-thru, grab-and-go, tudo isso foi super
acelerado neste momento e deverá fazer parte da estraté-
gia de agora em diante das padarias. É impossível imagi-
nar que se estas soluções foram tão incorporadas à vida
do consumidor – e não apenas em comida, mas remédios,
eletrônicos, roupas, loteria e até banho e tosa – não irão se
tornar componentes da forma de consumir mais do que
nunca! Agora, preciso discordar ligeiramente quanto às
propostas de inovação e criatividade que você enfatizou e,
de alguma forma, dar um puxãozinho de orelha nos em-
presários, gestores e em todos nós que apoiamos o setor.
COMO ASSIM?
Estamos falando desses temas todos – bem como de no-
vos formatos de vendas e novas tecnologias – com tanta
ênfase neste momento por conta da “dor” da crise. Mas há
pouco de inovação e criatividade nisso tudo: são modelos
amplamente conhecidos, testados, validados e incorpora-
dos a empresas aqui no Brasil e no mundo todo. O que que-
ro dizer é que estamos atrasados e que temos sido lentos
e um pouco negligentes com esses movimentos e tendên-
cias. Claro que há casos de empresas que já vinham pra-
ticando vários dessas ideias com sucesso, mas, na grande
maioria, temos implantado novas soluções e práticas de
forma lenta. Em tempos de transformação digital, temos
nos atualizado em ritmo analógico, enquanto a inovação e
criatividade, realmente, está acontecendo em ritmo digital!
Talvez essa deva ser uma das duas principais preocupações
que o empresário do setor tenha que ter para o futuro, que
são não se tornar ultrapassado e obsoleto pela tecnologia.
COMO, ENTÃO, ACELERAR O PROCESSO?
Com planejamento. E, considerando o medo da contamina-
ção pela COVID-19, a preocupação com o orçamento fami-
liar (além de outras com saúde, higiene e limpeza) deverá
ser tão grande e latente, que os estabelecimentos precisa-
rão se adequar taticamente – como, aliás, boa parte deles
já vem fazendo – às novas expectativas do consumidor. Em
outras palavras, esses aspectos na forma de apresentação
das casas aos clientes no pós-pandemia terão que ser prio-
rizados. Claro, com o passar do tempo, essas preocupações
deverão diminuir sua influência nos hábitos de consumo, e
poderemos voltar a colocar mais foco na experiência como
um todo para os consumidores. Acredito que esta crise dei-
xará, sim, suas “pegadas” nas mudanças de hábito do con-
sumidor, mas não de forma tão crítica como ocorre neste
exato momento. Contudo, para ser honesto, ainda não há
como saber o que voltará a ser como era, quais serão os
novos padrões, exigências e expectativas do consumidor.
Para isso, será necessário estar atento ao consumidor e re-
alizar pesquisas dentro de alguns meses, para entender as
transformações que irão permanecer.
MAS DÁ PARA ANTEvER MUDANÇAS RADICAIS NO COM-
PORTAMENTO DELE?
Olha, não acredito que o mundo e o consumo serão radi-
calmente diferentes daqui a seis meses, ou daqui a um ou
dois anos. Mas também é irresponsável imaginar que as
coisas voltarão a ser como eram após tantas e tão inten-
sas transformações ocorridas por conta da COVID-19 em
tão pouco tempo. Como eu já disse, as formas de atendi-
mento como o delivery e o take-out, bem como as tecno-
logias que permitem viabilizá-las farão parte dos novos
padrões de consumo. Nesse âmbito, aliás, o uso da tec-
nologia fará muita diferença no processo que chamamos
de “touchless/contactless” (menos toque/menos contato): o
consumidor estará mais sensível quanto ao contato físico
com as coisas e as pessoas. Assim, toda tecnologia que
puder apoiar o cliente nesse tipo de preocupação será
bem-vinda. E isso vai incluir cardápios lidos por QRCode,
menu boards mais dinâmicos, comandas eletrônicas no
celular, pagamento sem cartão e dinheiro, e muito mais.
EM SUMA, NO PÓS-CRISE, O CONSUMIDOR vAI TER UMA
NOvA “CARA”.
Sem dúvida. E a lógica que me parece adequada é a se-
guinte: o cliente voltará retraído, não só pela preocupação
com a saúde, bem como com o seu orçamento. Por conta
disso, ele vai voltar ao consumo lentamente e de forma
bem seletiva, escolhendo, como eu já disso, os locais em
que confia mais, em que se sente mais seguro e nos quais
vai encontrar os produtos e serviços que deseja. Algumas
expectativas e desejos do que encontrar nos locais em
que consome serão melhor conhecidas nos próximos me-
ses, mas é certo de que ele será mais crítico e exigente:
ele avaliará melhor para quem entregar seu dinheiro e a
destinação de seu poder aquisitivo.
24 IPC 830 Jun/Jul 2020
Na hora de contratar um novo funcionário,
planejamento e observação aos
detalhes ajudam você a selecionar o melhor
candidato.
s hoje tão populares soft skills – habilidades
comportamentais de personalidade que poten-
cializam o conhecimento “técnico”, principal-
mente no que tange ao tão almejado “pensar
fora da caixa” – refletem uma tendência do futuro do tra-
balho. Nesse contexto, a característica mais valorizada por
quem contrata pessoas hoje em dia é, sem dúvida, a cola-
boração, seguida pela habilidade de comunicação e pela
resiliência. Já do lado dos empregados, além de questões
básicas, tais como salários atraentes e pacotes de benefí-
cios idem, parece que um forte fator motivador que pas-
sará a fazer parte de sua relação produtiva com o empre-
gador será algo muito mais ligado a um fator de cunho
essencialmente emocional: nessa equação, cada vez mais,
esses profissionais buscarão um propósito que os encante
e lhes dê sentido no que diz respeito ao seu trabalho.
Pode até parecer exagero ou “poesia romântica”, princi-
palmente em função do atual e alarmante quadro do de-
semprego no Brasil, que cria a impressão de que a busca
por trabalho, em tempos de COVID-19 e nos de pós-pan-
demia, será norteada única e basicamente pela luta pela
sobrevivência. Mas, não é. E, para os empresários, entender
recUrsos HUManos / contrataÇÃo de FUncionÁrios
Aesse propósito vai significar enxergar com mais clareza a
sinergia entre os objetivos da organização e aqueles dos
funcionários, uma compreensão já percebida como funda-
mental na atração e retenção desses colaboradores.
“O pessoal interno da empresa deve ser visto como usu-
ário. E tudo o que ela, empresa, oferece no mercado é o que
deve praticar internamente, em uma consolidação das re-
lações trabalhistas e comerciais pautadas pelo ganha-ga-
nha. Em síntese, todos devem ser felizes, realizar sonhos
e se sentirem capazes”, enfatiza a respeito Melina Alves,
CEO da DUXCoworkers, empresa que desenvolve soluções
a partir da inteligência coletiva centrada no usuário.
E vale dizer que nesse cenário, cada vez mais também,
será importante investir para tornar o trabalho em equipe
mais produtivo, porque ele é um grande potencializador
de ideias inovadoras. Quando diferentes ideias sobre um
determinado assunto são unidas, é claro, cria-se a opor-
tunidade de se gerar avanços expressivos. “Todo mundo
quer expor suas ideias. Só que muitas vezes a gente es-
quece do principal: ouvir. Duas ideias, quando juntas, po-
dem ser infinitamente mais potentes. Além disso, quando
uma pessoa compartilha suas ideias faz com que a outra
FORTALECEnDO A EQUIPE
ENTREVISTA DE EMPREGO. Encontrar e atrair um bom profissional nos dias de hoje não é tarefa fácil. Mas você consegue!
Pix
ab
ay
26 IPC 830 Jun/Jul 2020
enxergue detalhes que ela mesma não havia percebido
na hora em que a teve”, pontua Fabio Abate consultor da
Netas Treinamento e Desenvolvimento, agência especiali-
zada em aprendizado profissional.
E NA HORA DE CONTRATAR...
Um antigo provérbio diz que, para um lenhador cortar
uma árvore, primeiro ele precisa afiar o machado. Apli-
cando essa máxima ao universo da panificação, também
pode-se dizer que, para uma padaria ser bem-sucedida,
precisa antes “afiar o machado” – ou seja, contratar fun-
cionários eficientes. Porém, todo panificador sabe tam-
bém que encontrar e atrair um bom profissional nos dias
de hoje não é tarefa fácil. Então, o que fazer?
Para dar algumas dicas sobre isso, selecionamos e
adaptamos aqui algumas dicas do Grupo Fatos, empresa
paulista dedicada a oferecer serviços de reconhecida qua-
lidade na área contábil, que podem ajudar você a solucio-
nar essa questão. Confira!
1. COLOQUE SUA
PADARIA NA vITRINE
Empresas que projetam uma boa visibilidade para a pró-
pria marca costumam atrair excelentes profissionais. Es-
palhe para os quatro ventos sua política interna, isso vai
criar nos trabalhadores o desejo de serem contratados
por sua padaria.
2. DEFINA MUITO bEM O
PERFIL DO PROFISSIONAL DESEjADO
Este passo pode parecer óbvio, mas ainda é facilmente es-
quecido por quem contrata. Nessa hora, ajuda muito encon-
trar as respostas certas para as seguintes perguntas: Que
tipo de profissional estou procurando? Qual atividade ele
deverá realizar? Quanto de experiência no mercado de tra-
balho deve ter? Que nível escolar será exigido? Que qualida-
des serão essenciais para uma pessoa conquistar essa vaga?
3. PLANEjE COM CUIDADO
O PROCESSO DE SELEÇÃO
Para fazer isso, existem inúmeros métodos de seleção e
recrutamento, tais como entrevistas e testes escritos. Cer-
tifique-se que o método de recrutamento escolhido está
em conformidade com o objetivo da contratação. Além
disso, pense no que deseja extrair do seu candidato. Tal-
vez você queira um profissional que tenha entusiasmo,
por exemplo. Nesse caso, uma dinâmica de grupo poderá
ajudá-lo a identificar essa habilidade entre os avaliados.
4. USE AS REDES SOCIAIS
PARA CONTRATAR FUNCIONÁRIOS
As mídias sociais podem ajudar bastante no processo de
contratação de trabalhadores. Por exemplo, ao receber
o currículo ou indicação de um possível candidato, que
tal dar uma olhada na página dele no Facebook ou no
Twitter, que podem revelar muito sobre suas habilidades,
experiências profissionais, empresas nas quais ele traba-
lhou, bem como sobre seu estilo de vida e seu tipo de per-
sonalidade e até como ele interage com os outros.
5. vEjA SE O CANDIDATO vALORIzA
O TRAbALHO EM EQUIPE
Como dissemos lá atrás, saber trabalhar e pensar em equi-
pe é fundamental. Com certeza, no processo para contra-
tar funcionários, você encontrará currículos excelentes,
mas eles não devem ofuscar esse atributo essencial no
perfil do candidato. Por isso, “sentir” na entrevista se ele se
relaciona bem com as outras pessoas é muito importante.
6. vALORIzE
AS INDICAÇõES
Mesmo com toda a modernidade implantada nas empre-
sas, a antiga indicação ainda é muito vantajosa. Ela é im-
portante porque as pessoas que conhecem a sua padaria
– sejam elas seus amigos panificadores ou mesmo seus co-
laboradores – já conhecem também a cultura da sua casa.
E, por isso, poderão indicar pessoas que se ajustem a ela.
7. SE POSSívEL, DÊ PREFERÊNCIA à
CONTRATAÇÃO DE MÃO DE ObRA LOCAL
A prática de contratar colaboradores da sua comunidade
ajuda no desenvolvimento local por meio da geração de em-
prego e renda e é bem vista por todos, estimulando o bom re-
lacionamento com a comunidade. Além disso, ao trabalhar
perto de casa, os colaboradores geralmente faltam menos
e chegam menos cansados ao local de trabalho, tornando-
-se mais produtivos. Os custos com deslocamentos também
diminuem por causa da proximidade do local de trabalho.
recUrsos HUManos / contrataÇÃo de FUncionÁrios
27Jun/Jul 2020 IPC 830
m tempos difíceis como estes que atra-
vessamos por conta da pandemia da
COVID-19, existe uma espécie de con-
senso de que o principal é, em primeiro
lugar, sobreviver e, depois, encontrar formas para
sair da crise. Só que isso não é verdade! Na reali-
dade, para atender a essas duas exigências, pre-
cisamos analisar em primeiro lugar o que fazer
com o caixa.
A primeira medida é manter o máximo pos-
sível de liquidez, preservando o resultado, a fim
de evitar o pagamento de juros excessivos. Assim,
GestÃo / estratÉGias para a crise
E
Por Antonio Saú RodriguezS
tock
Free
PERÍODOS VARIÁVEIS. O ideal é fazer uma projeção de quanto tempo a crise pode durar, em pelo menos três versões.
Sem dúvida, a pandemia do coronavírus tornou muito mais clara a necessidade de ações severas e concretas de gestão. Mas é preciso cuidado com as definições de metas e estratégias para não errar na mão.
GESTÃO DE CAIXA, CUSTOS E PREÇOS EM TEMPOS DE COVID-19
28 IPC 830 Jun/Jul 2020
de saída, deve-se procurar negociar prazos maio-
res com os fornecedores, sempre lembrando que
eles também estão buscando fazer o mesmo. Em
seguida, o ideal é fazer uma projeção de quan-
to tempo essa crise pode durar, em pelo menos
três versões, já que o grau de incerteza é muito
grande: projetar um cenário de prazo pessimista,
um realista e um otimista. E aí só então projetar
quais medidas adotar em cada uma dessas situa-
ções possíveis, acompanhando diariamente o que
está ocorrendo com o faturamento, bem como
quais as informações que tornam provável a con-
cretização de um dos cenários projetados.
MÃO DE ObRA, CUSTOS
E RENTAbILIDADE
Outro ponto importante é aproveitar toda me-
dida de apoio que o governo esteja proporcio-
nando, mesmo sabendo que não são muitas. Há
medidas de juros subsidiados e medidas para
apoiar a manutenção dos empregados. Neste úl-
timo ponto, é importante lembrar que sua mão
de obra mais valiosa deve ser preservada, pois
uma hora essa crise vai passar e você, mais do
que nunca, precisa evidenciar a qualidade de
seus produtos, de seu atendimento e, sobretudo,
a imagem de seu negócio.
Indispensável também é analisar a rentabili-
dade de seus produtos. Para isso, é muito impor-
tante entender que seus custos fixos vão conti-
nuar no nível em que estão durante esta crise.
Portanto, incluir no custo dos seus produtos cus-
tos que não se modificam com o aumento – ou a
redução do volume de produção ou de vendas – é
completamente errado.
ANTONIO SAÚ RODRIGUEZ é professor da FGV e da Faculdade Sumaré, e assessor da Presidência do SAMPAPÃO.
ATENÇÃO COM A MARGEM
E COM A PRODUÇÃO
Então, qual o raciocínio correto para analisar
a rentabilidade de seus produtos? A resposta é:
estudar qual a contribuição unitária e total que
cada um de seus produtos deixa para, justamen-
te, pagar esses custos fixos dos quais não foi pos-
sível se livrar. Essa margem deve ser calculada
por PREÇO menos CUSTOS VARIÁVEIS.
Fundamental, ainda, é parar de produzir ou
comprar para vender produtos que gerem muitas
perdas, ou que tenham uma margem de contribui-
ção muito pequena, principalmente analisando o
volume de vendas que cada produto tem. Algumas
vezes, um produto de baixa margem de contribui-
ção unitária contribui muito para pagar o custo
fixo, porque tem grande volume de vendas.
No mais, só me resta cumprimentar os pani-
ficadores pela coragem de continuar empreen-
dendo nestes tempos difíceis, muitas vezes colo-
cando até em risco sua própria saúde, lembrando
que o SAMPAPÃO continua à sua disposição para
fazermos, juntos, essa travessia.
GestÃo / estratÉGias para a crise
“Seus custos fixos vão continuar no nível em que estão durante esta crise. Portanto, incluir no custo dos seus produtos custos que não se modificam com o aumento – ou a redução do volume de produção ou de vendas – é completamente errado.”
ESTAMOS jUNTOS!Ter uma postura proativa no momento atu-
al é tão importante quanto todos esses cuida-
dos para que a recuperação dos negócios seja
realmente efetiva. E não esqueça que o SAM-
PAPÃO está sempre ao seu lado para ajudá-lo!
29Jun/Jul 2020 IPC 830
O QUE MUDOU NA NR 12
esde sua primeira publicação, em
16/06/1978, a Norma Regulamentadora
Nº 12 (NR 12) teve 18 alterações, sendo
a mais drástica a de 17/10/2010, com
esta sua última e atual publicação realizada em
30/07/2019. A mais severa versão da norma foi
atualizada em 2010 pela Portaria MTE N.º 197, de
17/12/2010, com a finalidade de alinhar o padrão
brasileiro de segurança em máquinas e equipa-
mentos aos padrões adotados por países euro-
peus, passando por alterações que extrapolaram
seu alcance ao gerar efeitos retroativos, ocasio-
nando altos custos de adaptação de máquinas,
gerando grandes impactos no parque industrial
instalado. Na ocasião, foram acrescentados cerca
de 300 itens obrigatórios ao texto da norma.
A redação apresentava aspectos de difícil
leGislaÇÃo / MUdanÇas na nr 12
D
REVISÃO. Nova NR 12 passou a prestigiar soluções de engenharia que sejam eficazes em cumprir os princípios de segurança.S
hu
tter
sto
ck
Nova redação da norma, de julho de 2019, desburocratizou e simplificou obrigações, sem reduzir os requisitos de segurança na operação de máquinas e equipamentos.
compreensão, com informações que constavam
nos anexos, mas discordavam com o que estava
escrito no corpo da norma, gerando margem para
diferentes interpretações, exigindo alterações
retroativas às máquinas usadas, independente-
mente do modelo construtivo e da época de sua
aquisição. Desse modo, as exigências da versão
da norma de 2010 criaram insegurança jurídica,
desfavorecendo a competitividade das empresas
e demandando elevados custos para a total ade-
quação à legislação, sobretudo para as micro e
pequenas empresas.
Contudo, em meados de 2019, por meio da
Portaria ME Nº 916, de 30/07/2019, a NR 12 pas-
sou por um amplo processo de revisão, no qual se
buscou a desburocratização, simplificando obri-
gações, sem reduzir os requisitos de segurança na
Por Roberto Bilevic e Armando Taddei Junior
30 IPC 830 Jun/Jul 2020
operação de máquinas e equipamentos. Com isso,
a nova NR 12 teve uma redução aproximada de
19%, no número de exigências, passando de 504
para 410. Das 504 exigências contidas na norma
anterior, foram revogadas 123 – que criavam es-
paço para uma possível autuação, notificação e
penalidades – e mantidas 381. Entretanto, foram
acrescentados 29 itens à nova redação, sendo sete
novas exigências e 22 itens para esclarecimentos
ou que possibilitam a utilização de medidas alter-
nativas, que consideramos com vantagens.
PRINCIPAIS ALTERAÇõES
A principal evolução da nova NR 12 reside no fato
de ela não mais especificar no aspecto de “como
deve ser feito”. Em vez disso, a regra mudou o foco
para a apreciação do risco, passando a prestigiar
soluções de engenharia que sejam eficazes em
cumprir os princípios de segurança. Com isso, o
“Estado da Técnica” teve sua utilização fortaleci-
nhou maior relevância na adoção das medidas de
segurança da máquina, inclusive na adoção de
soluções alternativas, respeitando a ABNT NBR
ISO 12100:2013 – Segurança de Máquinas – Prin-
cípios Gerais de Projeto. A partir da nova redação,
máquinas fabricadas de acordo com às exigên-
cias das normas técnicas existentes à época da
sua fabricação – e que atendam os princípios de
segurança – não precisam ser adequadas às no-
vas obrigações decorrentes de normas publicadas
posteriormente à sua fabricação. Já as máquinas
certificadas pelo INMETRO (Selo de Segurança)
passaram a ser consideradas de acordo com a NR
12, e o inventário de máquinas com desenhos re-
presentando a localização de cada máquina não é
mais obrigatório. Ou seja, a empresa pode manter
apenas uma relação atualizada de máquinas.
No que diz respeito à instalação de sistema
de segurança, esta poderá ser realizada por pro-
fissional habilitado ou qualificado ou capacitado,
ROBERTO BILEVIC e ARMANDO TADDEI JUNIOR são consultores técnicos da PCRT Consultoria, empresa constituída por profissionais que transitam com conhecimento em diversas áreas relativas à Saúde e Segurança do Trabalhador.
No que diz respeito à instalação de sistema de segurança, esta poderá ser realizada por profissional habilitado ou qualificado ou capacitado, autorizado pela empresa, diferentemente da regra anterior.
leGislaÇÃo / MUdanÇas na nr 12
da, o que significa, por exemplo, que na adequa-
ção da máquina às novas medidas de segurança
devem ser levados em conta o momento constru-
tivo da máquina, suas características, bem como
as limitações tecnológicas e os custos.
No processo, máquinas importadas ou fabri-
cadas no país que opcionalmente sigam a nova e
mais exigente norma internacional de segurança
de máquinas (ABNT NBR ISO 13849) também pas-
saram a ser compatíveis com a NR 12. Além disso,
soluções técnicas alternativas de segurança que
estiverem em conformidade com as normas téc-
nicas vigentes brasileiras (ABNT/NBR) – ou com
as internacionais (ISO e IEC) ou a critério da em-
presa, com as normas técnicas harmonizadas eu-
ropeias do Tipo C – passaram a ser consideradas
de acordo com a NR 12.
Com a nova NR 12, a apreciação de risco ga-
autorizado pela empresa, diferentemente da re-
gra anterior, que estabelecia que essa atividade
somente poderia ser realizada por profissional
legalmente habilitado, qualificado e capacitado.
Complementarmente, as exigências para elabora-
ção dos manuais foram simplificadas, devendo as
máquinas, nacionais ou importadas, fabricadas a
partir de 2019, seguirem a NBR 16746 (Segurança
de Máquinas – Manual de Instruções – Princípios
Gerais de Elaboração). Finalmente, para tratar de
distâncias seguras, passou-se a utilizar a ABNT
NBRNM ISO 13.852 – Segurança de Máquinas –
Distâncias Seguras, a fim de impedir o acesso a
zonas de perigo pelos membros superiores.
32 IPC 830 Jun/Jul 2020
Escola IDPC cria plataforma digital de EAD para manter o cronograma e o ritmo das aulas de seu Curso Técnico em Panificação durante a quarentena do novo coronavírus.
e em tempos de normalidade o Ensino à Distân-
cia (EAD) já se configurava como solução super
eficiente para levar conhecimento às pessoas,
durante a quarentena da COVID-19, sua eficá-
cia e importância se multiplicaram em níveis exponen-
ciais. Contudo, o ensino remoto não deve se resumir a
plataformas de aulas online, apenas com vídeos, apresen-
tações e materiais de leitura. É possível (e fundamental!)
diversificar as experiências de aprendizagem, que podem,
inclusive, apoiar na criação de uma rotina positiva que
oferece às pessoas alguma estabilidade frente ao cenário
de muitas mudanças, cuja nuances no pós-crise já podem
e começam a ser vislumbradas.
E é esse tipo de conexão muito especial que a Escola
IDPC vem proporcionando aos alunos de seu Curso Téc-
nico em Panificação durante a pandemia do novo corona-
vírus. Por meio da manutenção de uma plataforma online
de EAD, que, todos os dias, nos períodos da manhã e da
noite, essas turmas participam de quatro horas – carga
horária idêntica àquela das aulas presenciais diárias –,
seguidas por outras atividades didáticas, como se os alu-
nos estivessem confortavelmente acomodados numa das
salas de aula da unidade de ensino do SAMPAPÃO.
“No dia 19 de março, quando, por meio de decreto da
Prefeitura Municipal de São Paulo, foi anunciado o fecha-
mento temporário de diversas atividades na capital pau-
lista, tais como as escolas e os comércios considerados
não essenciais, de imediato a Diretoria e as equipes da
escola se mobilizaram para encontrar formas viáveis de
escola idpc / aperFeiÇoaMento proFissional
Snão interromper as aulas do Curso Técnico da Panificação
e de manter os alunos conectados, porque sabíamos que
eles iriam se sentir perdidos e se ressentiriam muito com
a ruptura de sua rotina de estudos”, conta Carla Cristina
de Sousa Venâncio, professora da disciplina de Técnicas
de Redação e Expressão (TER) da Escola IDPC.
INTERAÇÃO EM ALTAS DOSES
E foi aí que surgiu a ideia de oferecer aulas online por meio
do uso de uma ferramenta chamada Google Forms, que
permite a interação total e simultânea entre várias pesso-
as – alunos, professores e colegas de classe –, no formato
de videoconferência, posta em prática em tempo recorde,
já em 20 de março, o dia seguinte à publicação do decreto
da Prefeitura. Para efeitos didáticos, em função da impos-
sibilidade de se utilizar as oficinas, cozinhas, laboratórios
e demais dependências da escola para as aulas práticas,
optou-se por “adiantar” toda a parte teórica do curso, for-
matada em módulos, para aplicação pelo sistema de En-
sino à Distância.
O MELHOR ENSINO,AInDA QUE À DISTÂnCIA
ROTINA PRODUTIVA. A Profa. Carla e seus alunos trocaram temporariamente as aulas presenciais pelo Ensino à Distância. E a iniciativa está dando muito certo!
Ace
rvo
Pes
soa
l
33Jun/Jul 2020 IPC 830
“Como já mantínhamos um grupo de Whatsapp bas-
tante ativo para promover a conectividade dos alunos
com a gente, a fim de esclarecermos suas dúvidas, for-
necer-lhes orientações e informações, bem como entre
eles próprios – por exemplo, com troca de receitas e di-
cas sobre palestras e leitura de livros, por exemplo –, essa
UM HOBBY QUE SE TRANSFORMOU EM PAIXÃO
Conheça a história de Bárbara, uma dentista que se apaixo-
nou pela panificação e, hoje, é uma das mais compromissa-
das e participativas alunas do Curso Técnico em Panifica-
ção da Escola IDPC!
Revista IPC: Bárbara, como foi que você resolveu fa-zer cursos de panificação? Bárbara Moreira da Costa e Silva Mendonça: Bem, é
uma longa história. E curiosa também. Sou dentista, com
especialização em Endodontia, e atuo nessa área já há
duas décadas. Mas, de uns tempos para cá, refletindo so-
bre minha carreira, comecei a pensar em dar uma guina-
da na minha vida profissional. Sou carioca e vim com meu
marido para São Paulo há 11 anos, quando a empresa em
que ele trabalha o transferiu para cá. Tanto eu quanto ele
somos apaixonados por cerveja, e resolvemos fabricar
a nossa em casa, de maneira artesanal. E como a cada
produção da bebida que fazíamos, sobrava o mosto da
fermentação, tive a ideia de usá-lo para fazer pão, o que
acabou virando um hobby. A partir daí, passei pesquisar
sobre o tema e a fazer alguns cursos rápidos de pães na
internet e, quando me dei conta, a panificação tinha vira-
do uma paixão na minha vida.
E foi por meio dessas pesquisas que a Escola IDPC surgiu na sua vida?Sim. navegando na internet, um dia encontrei o site do
SAMPAPÃO e resolvi fazer alguns cursos da Escola IDPC.
O primeiro foi o Curso Básico de Panificação. Logo em
seguida, frequentei o Curso Básico de Confeitaria. E, em-
bora ambos tenham sido cursos rápidos, gostei muito do
conteúdo, da didática e dos professores da escola. Tanto
que, em busca de um aperfeiçoamento no longo prazo,
no início deste ano, me matriculei na atual turma do Cur-
so Técnico em Panificação.
Mas aí logo veio a COVID-19. Isso, de certa forma, não frustrou suas expectativas?Estamos vivendo um momento delicado. O isolamento
social imposto pelas autoridades sanitárias na tentati-
va de conter a disseminação do coronavírus, sem dúvi-
da, interrompeu nosso ciclo de
aprendizado nos moldes tidos
como “normais”. Porém, a so-
lução encontrada pelo SAM-
PAPÃO e pela equipe da Escola
IDPC, no sentido de manter o
cronograma e o ritmo das aulas
por meio da plataforma de En-
sino à Distância se mostrou pra
lá de louvável e eficiente. A ini-
ciativa foi muito bem vista pe-
los alunos, que se sentiram gra-
tificados por não terem sido deixados carentes de ensino
e à deriva durante a quarentena. Complementarmente,
deu uma injeção de ânimo e de esperança no pessoal. E
tudo isso, vale destacar, principalmente graças ao em-
penho dos professores. Mas, é claro, todos os envolvidos
estão de parabéns!
E quando você terminar o curso, de que forma pre-tende colocar em prática os conhecimentos adqui-ridos? Pretende abandonar de vez a carreira de den-tista para abraçar de vez a panificação? Sem dúvida, quero mudar e dar um rumo novo à minha
vida. Costumo brincar que no trabalho como dentis-
ta, as pessoas estão sempre reclamando, mesmo que
você tire a dor delas. (risos) E, embora no momento eu
não esteja pensando em montar um negócio como uma
padaria, uma boutique de pães ou uma empresa voltada
à comercialização de produtos de panificação e confei-
taria, na verdade já venho atuando na área, por meio da
venda de doces, como apfelstrudel e fios de ovos, e de
bolos sazonais (o meu de nozes é ótimo!) pelo Whatsapp
a alguns grupos de pessoas aqui do meu bairro. E venho
pesquisando muito sobre receitas tradicionais de pães,
como aqueles rústicos, caseiros e de fermentação natu-
ral, vendidos nas pequenas padarias da França. O resgate
dos produtos e do conceito da padaria artesanal é uma
tendência muito forte. E, quem sabe, talvez possa me in-
dicar alguns caminhos também no que diz respeito aos
próximos passos que poderei dar nessa área.
BÁRBARA. A simpática dentista com 20 anos de carreira está pensando seriamente em mudar de profissão.
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34 IPC 830 Jun/Jul 2020
Escola IDPC @escola idpc (11) 98658-4519
Maiores informações e inscrições: Secretaria – I.D.P.C.Endereço: Rua Santo Amaro,313 – Bela Vista – Centro
Telefone: (11) 3113-0166E-mail: [email protected] / Site: www.sindipan.org.br
DATAS SUJEITAS A ALTERAÇÕES, DEPENDENDO DAS DETERMINAÇÕES DAS AUTORIDADES EM RELAÇÃO AO ISOLAMENTO SOCIAL POR CONTA DA COVID-19
CONFIRA O CALENDÁRIO DE CURSOS DA ESCOLA IDPC PARA jULHO DE 2020!
MANHÃAtendimento ao Cliente (15hs) 06 à 10 9h às 12h higiene e Manipulação dos Alimentos (08hs) 06 à 07 8:30h às 12:30h Responsável Técnico (20hs) 06 à 10 8:30h às 12:30h Qualidade do Pão Francês (20hs) 06 à 10 8:30h às 12:30h Sopas e Caldos (16hs) 06 à 09 8:30h às 12:30h Variedades de Pão de Forma (12hs) 13 à 15 8:30h às 12:30h Fermentação natural (16hs) 13 à 16 8:30h às 12:30h Tortas de Vitrine (12hs) 13 à 15 8:30h às 12:30h Pães Italianos (12hs) 15 à 17 8:30h às 12:30h Petit Four Avançado (08hs) 15 à 17 8:30h às 12:30h Qualidade do Pão Francês (20hs) 20 à 24 8:30h às 12:30h Básico de Salgados (20hs) 20 à 24 8:30h às 12:30h Pães Orgânicos (12hs) 22 à 24 8:30h às 12:30h Especial de Bem Casados, nascidos e Batizados (04hs)
27 8:30h às 12:30h
TARDEFermentação natural (16hs) 06 à 09 14:30h às 18:30h Especial de Massa Folhada (15hs) 06 à 10 15h às 18hAtendimento ao Cliente 06 à 10 15h às 18hnaked Cake (09hs) 08 à 10 15h às 18hTabua de Frios (3hs) 10 15h às 18hTortas de Vitrine (12hs) 13 à 15 14:30h às 18:30h Bolo Secos (12hs) 13 à 15 14:30h às 18:30h Festival de Pães Doces (12hs) 13 à 16 15h às 18hDoces Finos (15hs) 13 à 17 14:30h às 18:30h Técnicas de Congelamento de Pães (15hs) 13 à 17 15h às 18hQualidade do Pão Francês (20hs) 20 à 24 14:30h às 18:30h
Básico de Pizza (20hs) 20 à 24 14:30h às 18:30h Pães Funcionais com Fibras (12hs) 21 à 24 15h às 18hDoces Finos (15hs) 20 à 24 15h às 18hPetit Gâteau (04hs) 27 14:30h às 18:30h Macarons (08hs) 28 à 29 14:30h às 18:30h Tabua de Frios (3hs) 30 15h às 18hNOITEBásico de Pizza (20hs) 06 à 10 17:30h às 21:30hVariedades de Pão de Forma (12hs) 13 à 15 17:30h às 21:30h Sopas e Caldos (16hs) 13 à 17 17:30h às 21:30hPetit Gâteau (04hs) 16 17:30h às 21:30h Macarons (08hs) 20 e 21 17:30h às 21:30hMassas, Recheios e Coberturas (09hs) 22 à 24 17h às 20hBolo de Rolo (08hs) 27 e 28 17:30h às 21:30h
Obs.: As datas e horários poderão sofrer alterações, e os cursos também poderão ser eventualmente cancelados, em função dos
problemas relacionados à pandemia da COVID-19. As turmas poderão ser canceladas também caso não tenham o número mínimo de alunos.
Para não perder a sua vaga, ligue já e coloque seu nome na lista de reserva. Obedecemos a ordem de ligação dos interessados.
CURSO DATA HORáRIO CURSO DATA HORáRIO
J U L H O
plataforma de EAD surgiu como uma espécie de evolução
digital de fácil acesso, uma vez que as aulas podem ser
acessadas em um PC, notebook ou mesmo aparelho celu-
lar, e em qualquer lugar, bastando apenas uma conexão à
internet”, pontua a Profa. Carla.
Além do fácil acesso e de altas doses de interativida-
de entre professores e alunos no processo de aquisição
ordenada de conhecimentos, nessa proposta de Ensino à
Distância idealizada de forma emergencial pela Escola
IDPC, merecem destaque também as questões relacio-
nadas à avaliação dos alunos, a fi m de conhecer a capa-
cidades de retenção dos ensinamentos de cada um deles
e, ainda, de garantir que esta se mantenha em índices
elevados. Assim, além de seções de perguntas e respos-
tas ao longo das atividades diárias na classe virtual, to-
dos os dias, ao fi nal das aulas, baterias de exercícios – ou
até provas valendo nota – são propostas aos alunos, o
que não só viabiliza essa mensuração, como também
ajuda o corpo docente da Escola IDPC a aperfeiçoar seus
métodos de ensino.
E os resultados dessa iniciativa: Bem, têm sido bastan-
te efetivos e, mais do que isso, podemos dizer sem medo
de errar, absolutamente surpreendentes. “Estamos rece-
bendo muitos elogios, bem como sugestões por parte dos
alunos, a fi m de aperfeiçoarmos e melhorar ainda mais o
conteúdo e o ritmo das aulas. E se de um lado a conectivi-
dade está nos permitindo gerar interação em altas doses,
de outro reforça ainda mais o nosso compromisso e o fato
de que o trabalho dos professores tem papel signifi cativo
no sentido de assegurar uma boa experiência aos alunos,
independentemente da solução utilizada, seja ela de edu-
cação presencial ou à distância. Mais do que isso, diante
do cenário atual, em que todos nós estamos sendo igual-
mente impactados pela pandemia, apoiá-los, pessoal e
profi ssionalmente, é medida absolutamente fundamen-
tal”, fi naliza a professora da Escola IDPC.
escola idpc / aperFeiÇoaMento proFissional
35Jun/Jul 2020 IPC 830
Receita desenvolvida pelo IDPC – Instituto do Desenvolvimento da Panificação e Confeitaria.
Para mais informações acesse o site: www.revistaipc.com.br
ShOW DE SABORESQuem disse que mesmo em tempo de pandemia não dá para inovar no cardápio de sua padaria? Confira estas duas deliciosas e criativas receitas, idealizadas pela Escola IDPC, para seus clientes saborearem em casa. E boas vendas!
Processo de Fabricação: 1. Pesar todos os ingredientes da receita.2. Bater as claras em neve e reservar.3. Em um bowl, adicionar o restante dos ingredientes.4. Acrescentar delicadamente as claras em neve. 5. Untar a fôrma e levar para assar em forno pré-aquecido a
180ºC, por aproximadamente 35 minutos. 6. Para a cobertura, em uma panela, colocar o leite
condensado e o suco de limão e mexer bem.7. Verter sobre o bolo e finalizar com as raspas de limão.
(*)% Valores Diários de referência com base em uma dieta de 2.000kcal ou 8.400kJ. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas. (**) VD não estabelecido.
informação Nutricional Porção com 60g
Valor Calórico 286kcal = 1.201kJ 14%Carboidratos 49,9g 17%Proteínas 9g 12%Gorduras Totais 5,8g 11%Gorduras Saturadas 2,9g 13%Gorduras Trans 0g VD**Fibra Alimentar 0,7g 3%Sódio 220mg 9%
Quantidade por porção %VD(*)
escola idpc / GoUrMet
reNdimeNto: 1 bolo Com aPRoxImaDamente 650g.
bOLO DE LIMÃO SEM GLÚTEN
cobertura
Ingredientes Porcent. (%) Quant. (g/ml)
Leite Condensado 100 395Suco de Limão 8 20Raspas de Limão 2 5
massa
Ingredientes Porcent. (%) Quant. (g/ml)
Leite de Soja 100 240Ovos 84 200Farinha de Arroz 62 150Amido de Milho 42 100Açúcar Refinado 42 100Gelatina de Limão 12 30Emulsificante 4 10Fermento em pó 4 10Raspas de Limão 1 3
Ingredientes: Leite Condensado, Leite de Soja, Ovos, Farinha de Arroz, Amido de Milho, Açúcar Refinado, Gelatina de Limão, Emulsificante, Fermento em Pó e Suco de Limão.
ALÉRGICOS: CONTÉM OVOS, DERIVADOS DE LEITE E SOJA. NÃO CONTÉM GLÚTEN.
36 IPC 830 Jun/Jul 2020
Receita desenvolvida pelo IDPC – Instituto do Desenvolvimento da Panificação e Confeitaria.
Para mais informações acesse o site: www.revistaipc.com.br
escola idpc / GoUrMet
Processo de Fabricação: 1. Pesar todos os ingredientes da receita. 2. Para a Namelaka, picar o chocolate e derreter em banho-
maria ou no micro-ondas. 3. Dissolver a gelatina em um recipiente com água fria. 4. Em uma panela, ferver o leite e acrescentar a glucose e a
gelatina dissolvida. 5. Verter metade da mistura fervente sobre o chocolate
derretido, misturar bem. Incorporar o restante da mistura fervente. Juntar o creme de leite frio e mexer bem.
6. Levar para a geladeira para cristalizar.7. Utilizar 24 horas depois. 8. Para o Sablé Breton, bater a manteiga com as gemas até o
ponto de pomada.
9. Juntar aos poucos o açúcar de confeiteiro.10. Aos poucos, acrescentar o restante dos ingredientes secos e,
por último, as amêndoas picadas. 11. Verter a mistura em uma fôrma com 50cm de comprimento
por 30cm de largura e pincelar o ovo. Levar para geladeira, por aproximadamente 1 hora, coberta com filme plástico.
12. Cortar a massa com cortadores redondos e levar para assar em forno pré-aquecido a 180ºC, por aproximadamente 20 minutos.
13. Decorar o Sablé Breton com a Namelaka e finalizar com as amêndoas laminadas.
reNdimeNto: 40 unIDaDes Com 42g CaDa.
SAbLÉ bRETON COM NAMELAKA
decoração
Ingredientes Porcent. (%) Quant. (g/ml)
Amêndoas Laminadas - q.b.
sablé bretoN
Ingredientes Porcent. (%) Quant. (g/ml)
Manteiga sem Sal 100 250Farinha de Trigo 64 160Açúcar de Confeiteiro 60 150Gemas 24 60Amêndoas Picadas 20 50Cacau em Pó 12 30Chocolate Meio Amargo 6 15Sal 1 2Ovos para Pincelar - q.b.
Namelaka
Ingredientes Porcent. (%) Quant. (g/ml)
Creme de Leite 100 400Chocolate ao Leite 87 350Leite Integral 50 200Glucose 2 10Gelatina Incolor 1 5
PRODUÇÃO DAS RECEITAS – Equipe Técnica da Escola IDPC. Fotos: Cláudio Lira.
informação Nutricional Porção com 60g
(*)% Valores Diários de referência com base em uma dieta de 2.000kcal ou 8.400kJ. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas.(**) VD não estabelecido.
Valor Calórico 235kcal = 987kJ 12%Carboidratos 20g 7%Proteínas 3,3g 4%Gorduras Totais 16,6g 30%Gorduras Saturadas 9,6g 44%Gorduras Trans 0g VD n**Fibra Alimentar 0,7g 3%Sódio 50,6mg 2%
Quantidade por porção %VD(*)
Ingredientes: Creme de Leite, Manteiga sem Sal, Chocolate ao Leite, Farinha de Trigo, Açúcar de Confeiteiro, Leite Integral, Gemas, Amêndoas, Cacau em Pó, Chocolate Meio Amargo, Glucose, Gelatina Incolor e Sal.
ALÉRGICOS: CONTÉM OVOS, AMÊNDOAS, DERIVADOS DE TRIGO E LEITE. CONTÉM GLÚTEN.
37Jun/Jul 2020 IPC 830
nUtriÇÃo & saÚde / coVid-19
nESCUTE SEMPRE A NUTRICIONISTA. Ela vai ajudar você a adequar seu cardápio e a orientar
com segurança os clientes da sua padaria, para vencermos, juntos, esses tempos de coronavírus.
Manter uma dieta saudável e balanceada é uma das formas mais efi cazes de se garantir a correta absorção de
nutrientes e, ainda, de aumentar a nossa
imunidade.
ALIMEnTAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA
ão é segredo que a manutenção de uma alimen-
tação saudável e equilibrada é fator essencial
para a manutenção de uma boa condição de
saúde, para a ampliação da imunidade e para
a prevenção de inúmeras doenças, o que, é claro, também
se aplica ao novo coronavírus. E, em tempos de COVID-19,
mais do que nunca, precisamos estar atentos à alimenta-
ção que servimos aos clientes das nossas padarias por meio
da adequação dos cardápios, e mesmo orientando-os sobre
as melhores opções para consumo durante a pandemia.
Um estudo publicado recentemente pelo EAT-Lancet,
grupo que conta com a participação de 37 cientistas de
ponta nas áreas de saúde, nutrição, agricultura e meio
ambiente, que vivem em todas as regiões do planeta, des-
taca, por exemplo, a importância das nozes e castanhas
– ingredientes facilmente assimiláveis a uma infi nidade
de receitas de pães e doces – para a ampliação da imu-
nidade, destacando-os como substâncias fundamentais
para a manutenção da saúde.
“Ricas em zinco e proteínas vegetais, as castanhas e
as nozes auxiliam no desenvolvimento e na diferenciação
das células do sistema imunológico e anticorpos, desem-
penhando um papel fundamental para que o organismo
possa se proteger de diversas doenças, mantendo-se ou
sendo menos agredido por organismos estranhos e pre-
judiciais”, explica José Eduardo Mendes de Camargo, pre-
sidente da Associação Brasileira de Nozes e Castanhas
(ABNC) e diretor do Departamento de Agronegócios da
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).
Ainda citando a pesquisa do EAT-Lancet, José Eduar-
do reforça também a necessidade neste momento de se
estimular a redução em mais de 50% de alimentos não
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38 IPC 830 Jun/Jul 2020
saudáveis na dieta da população – tais como a carne ver-
melha, os adoçantes artificiais e os grãos refinados –, am-
pliando em mais que o dobro o consumo de alimentos
saudáveis, grupo em que se incluem, além das nozes e
castanhas, itens como frutas, vegetais e legumes, o que,
naturalmente, vai exigir mudanças dos padrões atuais de
produção de alimentos.
bALANCEAR É PRECISO
Mais do que nunca, precisamos estar atentos à alimen-
tação dos nossos clientes. Porém, ainda existe muita de-
sinformação e dúvida sobre a origem dos alimentos e sua
qualidade nutricional. Mas qual são esses alimentos ricos
em nutrientes?
Bem, basicamente, eles se enquadram em três catego-
rias distintas. A primeira delas é a dos Alimentos In Natu-
ra e Minimamente Processados. “Como já indica o nome,
os alimentos in natura são aqueles obtidos de plantas ou
animais que chegam ao consumidor sem terem passado
por nenhum tipo de processamento, enquanto que os mi-
nimamente processados, são os alimentos in natura que
sofreram alterações mínimas na indústria por meio de
processos como secagem, pasteurização, fermentação ou
congelamento para torná-los mais acessíveis e seguros.
No entanto, a eles ainda não foram adicionados sal, açú-
car ou outra substância. Nessa categoria se enquadram
alimentos como frutas, legumes, verduras, hortaliças,
grãos, nozes, leite (sem aditivos e açúcar) e ovos”, expli-
ca a Dra. Marcella Garcez, médica nutróloga, professora e
diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
“Essa alimentação está ligada à manutenção do sistema
imunológico em dia. As pessoas com sistema imunoló-
gico mais forte vão enfrentar o novo vírus com maior
destreza. Existem inúmeras vitaminas importantes nesse
processo, dentre elas a vitamina C, presente na laranja,
limão, mexerica, abacaxi, goiaba, maçã, repolho, acelga,
espinafre, berinjela, entre outros”, afirma o Dr. Mário Fa-
rinazzo, membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirur-
gia Plástica e médico voluntário no atendimento a casos
suspeitos de COVID-19 no Hospital São Paulo.
A segunda categoria é a dos Alimentos Processados.
Estes são produtos derivados diretamente de alimentos in
natura, mas que passaram por um processo de adição de
sal, açúcar, óleo ou vinagre para torná-los mais duráveis
e agradáveis ao paladar. “Por ser um processo que altera
a qualidade nutricional dos alimentos, o consumo exage-
rado de produtos processados pode aumentar o risco de
doenças cardiovasculares, diabetes e obesidade”, ressalta
a Dra. Marcella. São exemplos de alimentos processados
produtos como legumes em salmoura ou pratos congela-
dos, extrato de tomate, carne seca, frutas em calda, quei-
jo e, claro, os pães.
Finalmente, vem a categoria dos Alimentos Ultrapro-
cessados, que são formulações industriais fabricadas a
partir de substâncias extraídas ou derivadas de outros
alimentos (sal, açúcar, óleos, proteínas e gorduras) e sin-
tetizadas em laboratório (corantes, aromatizantes, con-
servantes e aditivos). “No geral, os alimentos ultraproces-
sados – como bolachas, guloseimas, sorvetes, salgadinhos
de pacote, refrigerantes e bolos prontos para o consumo
– possuem sabor mais agradável e um grande prazo de
validade, mas são pobres nutricionalmente e ricos em
calorias, gorduras e aditivos químicos, favorecendo, en-
tão, a ocorrência de deficiências nutricionais, doenças
do coração, diabetes, colesterol e obesidade”, alerta a
especialista.
Então, ainda segundo a Dra. Marcella, o “segredo”
em qualquer tempo – mas, principalmente, durante a
COVID-19 – é a alimentação balanceada. “A regra de ouro
para uma alimentação adequada e saudável é optar sem-
pre pelos alimentos in natura ou minimamente processa-
dos, assim como as preparações culinárias, evitar os ali-
mentos processados e restringir ao máximo o consumo
dos alimentos ultraprocessados”, finaliza a nutróloga.
nUtriÇÃo & saÚde / coVid-19
DÚvIDAS? Fale com a equipe de nutricionistas da Fundipan/SAMPAPÃO e das consultorias parceiras
das entidades, para esclarecê-las e encontrar as melhores soluções técnicas para a sua padaria!
Ligue para (11) 3113-0166, ou envie um e-mail para [email protected].
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39Jun/Jul 2020 IPC 830
Por Renan Clemente Gutierrez
O Poder Executivo editou a Lei nº 13.988, de 14/04/2020
– que altera as Leis nº 13.464/2017 e 10.522/2002 – e
que estabelece requisitos para a realização de transação
resolutiva de litígio relativo à cobrança de créditos da Fa-
zenda Pública, de natureza tributária ou não tributária,
observando-se o juízo de oportunidade e conveniência
visando ao interesse público. As partes envolvidas são a
União, suas autarquias e fundações, bem como os deve-
dores e as partes adversas.
Os créditos tributários contemplados por essa Lei
são aqueles não judicializados sob a administração da
Secretaria da Receita Federal do Brasil e do Ministério
da Economia; Dívida Ativa da União (DAU) administrada
Em 14 de abril de 2020, foi publicada na edição Extra do DOU a Lei nº 13.988, em conversão à Medida Provisória nº 899/2019, que estabeleceu os requisitos para que a União, as suas autarquias e fundações, e os devedores ou as partes adversas realizem transação resolutiva de litígio relativo à cobrança de créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, nos termos do Código Tributário Nacional (CTN).
JUrídico triBUtÁrio / lei nº 13.988/2020
ONO. Nova Lei altera as Leis nº 13.464/2017 e 10.522/2002 e traz mudanças relativas à cobrança de créditos da Fazenda Pública.
DA TRANSAÇÃO APROVADAPELA LEI Nº 13.988/2020
pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e, no que
couber, às dívidas ativas das autarquias e fundações pú-
blicas federais, cuja cobrança seja competência da Pro-
curadoria Federal.
A transação cuja Lei disciplina contemplará os se-
guintes benefícios: concessão de descontos nas multas,
juros de mora, encargos legais a créditos transacionados
que sejam classificados como irrecuperáveis ou de difí-
cil recuperação; oferecimento de prazos e formas de pa-
gamento especiais, incluídos diferimento e moratória; e
oferecimento, substituição ou alienação de garantias e
constrições, podendo ser cumulados mais de uma das
modalidades descritas.
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40 IPC 830 Jun/Jul 2020
São vedadas as transações que resultem em: redução
do montante principal do crédito, redução superior a 50%
do valor total dos créditos transacionados; concessão de
prazo superior a 84 meses; envolvimento de créditos não
inscritos na DAU da União, exceto os demais créditos admi-
nistrados pela PGFN; redução de multas de natureza penal
e que concedam descontos concernentes ao Simples Na-
cional e FGTS, bem como que envolvam devedor contumaz.
É vedado também o acúmulo de reduções oferecidas pelo
edital, com quaisquer outras asseguradas na legislação em
relação aos créditos abrangidos pela proposta de transação.
As partes poderão realizar a transação por meio de
proposta individual ou adesão, no caso de créditos ad-
ministrados pela PGFN; por adesão, no contencioso judi-
cial ou administrativo tributário e, por fim; por adesão,
no contencioso tributário de pequeno valor. As duas últi-
mas modalidades resultam em aceitação expressa, pelo
devedor, de todas as condições fixadas no edital que as
propõem. Configura-se, portanto, confissão irrevogável de
todas as condições previstas pela Lei.
Será defesa ao devedor a utilização da transação de
forma abusiva, que é aquela aplicada visando a limitar,
falsear ou prejudicar os institutos da livre concorrência
ou livre iniciativa; utilização da pessoa natural ou jurí-
dica interposta para ocultar ou dissimular a origem ou a
destinação de bens, direitos ou valores, em prejuízo da Fa-
zenda Nacional, e alienar ou onerar bens ou direitos sem
comunicação ao órgão competente, quando exigido em
Lei. Também ocorre, quando da aceitação da transação, a
desistência das impugnações ou recursos administrativos
que tenham por objeto os créditos transacionados.
A transação será rescindida nos casos de falência ou de
extinção pela liquidação da pessoa jurídica, pela compro-
vação de prevaricação, concussão ou de corrupção passiva
na sua formação, ocorrência de dolo, fraude e simulação
ou de erro essencial quanto à pessoa ou quanto ao objeto
do conflito. Insta reforçar que a rescisão será notificada,
com o afastamento dos benefícios e cobrança integral das
dívidas, bem como o impedimento de efetuar novas tran-
sações pelo prazo de dois anos. Nesse cenário, é aberto à
parte prazo de 30 dias corridos para a impugnação.
Importante ressaltar que, para esta Lei, considera-se
microempresa ou empresa de pequeno porte a pessoa
jurídica cuja receita bruta esteja nos limites fixados nos
incisos I e II do caput do art. 3º da Lei que Disciplina o
Simples Nacional. A proposta de transação não engloba
verbas pagas, compensadas ou incluídas nos parcela-
mentos pelos quais tenham optado antes da celebração
do termo, bem como também a proposta não importa em
novação dos créditos por ela abrangidos, nem suspende a
exigibilidade dos créditos por ela abrangidos e nem o an-
damento das execuções fiscais, sendo defeso às partes ce-
lebrarem a suspensão do processo. É o Procurador Geral
da Fazenda Nacional quem disciplinará os procedimen-
tos necessários à transação, bem como a possibilidade de
condicioná-la ao pagamento de entrada, à apresentação
de garantia e à manutenção das garantias já existentes e
demais critérios expostos na Lei.
Nos casos tributários ou aduaneiros de controvérsia
jurídica relevante e disseminada, assim compreendidas
aquelas que ultrapassem os interesses subjetivos da
causa, o Ministro de Estado de Economia poderá propor
aos sujeitos passivos transação resolutiva, com base em
manifestação do Procurador Geral da Fazenda Nacional,
Receita Federal e Ministério da Economia, sendo defeso à
parte contribuinte alegar a proposta de adesão como tese
jurídica nos autos judiciais.
Também há transação por adesão no contencioso tri-
butário de pequeno valor, com benefícios de concessão
de descontos de 50% do valor total do crédito transacio-
nado, prazos de 60 meses para quitação e oferecimento,
substituição ou alienação de garantias e de constrições. É
permitido cumular todos os requisitos. Tais garantias são
disciplinadas entre os artigos 23 e 27.
A Lei observará os princípios da isonomia, capacidade
contributiva, transparência, moralidade, razoável dura-
ção do processo, eficiência e da publicidade, observadas
as restrições do sigilo. Ela entrou em vigor na data de sua
publicação, exceto no caso do inciso I do caput e parágra-
fo único do art. 23.
O Departamento Jurídico Cível/Criminal/Tributário do
SAMPAPÃO está à disposição para esclarecimentos dos
demais dispositivos dessa Lei.
RENAN CLEMENTE GUTIERREZ (OAB/SP 371.140) é advogado tributarista associado da Mesquita Pereira, Almeida, Almeida e Esteves Sociedade de Advogados, escritório responsável pelo Departamento Jurídico Cível, Criminal e Tributário do SAMPAPÃO.
JUrídico triBUtÁrio / lei nº 13.988/2020
41Jun/Jul 2020 IPC 830
O artigo 486 da CLT, sugerido pelo Presidente Bolsona-
ro, que trata do “fato do príncipe” é inaplicável ao
caso, uma vez que a empresa deverá provar que a inter-
rupção das atividades por ordem do Estado suscitou o tér-
mino das atividades de forma definitiva. Da mesma for-
ma, na maioria dos casos, aplicar os artigos 501 a 504 da
CLT que tratam de “força maior” exigirá a demonstração
de extinção da empresa.
Observamos que as MPs 927 e 936 deram diversas
alternativas para contornar a crise provocada pela Co-
vid-19, e até mesmo permitem a criação de soluções
combinadas. Assim, como exemplo, o empregador poderá
dar férias coletivas, adiantar feriados e reduzir salários e
jornada. Além disso, ele ainda poderá reduzir salários em
até 70%, reduzindo a jornada e simultaneamente deixar
os 30% da jornada em banco de horas. Por isso, as empre-
sas manterão o empregado em casa adquirindo direito de
utilizar as horas acumuladas em crédito futuramente.
MAS NÃO É SÓ
Dispensando o empregado agora, ele envolverá o governo
do estado e do município no polo devedor de uma prová-
vel ação trabalhista. O Estado certamente arguirá em de-
fesa tudo e muito mais do exposto neste artigo, que havia
ferramentas legais para evitar a dispensa e que a empre-
sa não demonstrou a inviabilidade do negócio.
Como consequência, a empresa será condenada a pa-
gar a multa do art. 467 da CLT de 50% sobre as verbas res-
cisórias se não pagar as verbas incontroversas em primei-
ra audiência. Além disso, pagará a multa do parágrafo 8º
do artigo 477 da CLT no importe de um salário do empre-
gado, por não pagar as verbas rescisórias no prazo legal.
E se a dispensa gerar inscrição do empregado em ór-
gãos de proteção ao crédito por falta do pagamento das
verbas rescisórias, a empresa poderá ser condenada em
danos morais se houver pedido nesse sentido na ação.
Será, ainda, condenada em custas e honorários de su-
cumbência.
Portanto, a dispensa impensada poderá gerar um pre-
juízo financeiro maior, sem deixar de mencionar o prejuí-
zo humano.
MUITO CUIDADO COM ASDEMISSÕES IMPENSADAS
JUrídico traBalHista / opiniÃoS
tock
Free
Empresas que estão demitindo e mandando a conta para o governo pagar terão maiores prejuízos quando a conta chegar.
Por Cassio Faeddo
CASSIO FAEDDO (OAB/SP 138.882) é advogado, mestre em Direitos Funda-mentais e MBA em Relações Internacionais | FGV/SP.
42 IPC 830 Jun/Jul 2020
Omundo enfrenta o maior desafio de sua his-
tória recente: a pandemia do novo corona-
vírus. Essa crise está impactando toda a socieda-
de. E desde o primeiro momento, a indústria tem
atuado com coragem e determinação para pro-
teger a saúde de todos os brasileiros e reduzir o
impacto sobre empresas e empregos.
Em face a tal cenário, a Federação das Indústrias
do Estado de São Paulo (FIESP), o Centro das Indús-
trias do Estado de São Paulo (CIESP), o Serviço Social
da Indústria (SESI), o Serviço Nacional de Aprendi-
zagem Industrial (SENAI) e o Instituto Roberto Si-
monsen (IRS) assumiram o protagonismo nessa
luta contra a COVID-19. Suas muitas frentes de atu-
ação vvêm servindo de balizamento para empresas
e Poder Público, neste momento de pandemia.
SEGURANÇA EMPRESARIAL
Nas áreas de defesa e segurança, as entidades
mobilizaram sua rede de parceiros para criar um
Comitê de Crise, a fim de pensar, discutir e pro-
por medidas capazes de minimizar os riscos e os
impactos da pandemia do Coronavírus na segu-
rança dos ativos de indústrias e empreendimen-
tos. E um dos resultados dessa iniciativa se ma-
terializou na edição, por meio do Departamento
de Defesa e Segurança da FIESP, do “Guia Prático
de Ações de Segurança Empresarial Frente à CO-
VID-19”, uma publicação que apresenta uma su-
cessão de conteúdos voltados para profissionais
de todas as cadeias produtivas da indústria, tra-
tados em 40 páginas com muita informação.
Como o próprio nome sugere, a cartilha tem
DEFENDA O SEU NEGÓCIO!
Guia Prático da FIESP ensina gestores a adotarem medidas de segurança empresarial durante a pandemia da COVID-19.
coneXÃo Fiesp / indÚstria & coronaVírUs
INFORMAÇÃO CLARA E OBJETIVA. Documento
produzido pela FIESP, em parceria com especialistas em
segurança, propõe sugestões capazes de
minimizar os impactos causados pela crise do
novo coronavírus. FIE
SP
43Jun/Jul 2020 IPC 830
como objetivo ensinar gestores de todo o Brasil a
tomarem as medidas de segurança empresarial
necessárias para minimizar os impactos causa-
dos pela crise desencadeada pela pandemia.
Dessa forma, os textos de seus 13 artigos jo-
gam luz sobre temas pertinentes à realidade que
que a indústria paulista e brasileira tem enfren-
tado – como segurança de instalações, arma-
zenamento e distribuição de insumos e, ainda,
gestão de continuidade de negócios –, com di-
cas valiosas de como reforçar a segurança das
empresas em uma época marcada por grande
instabilidade. E, ao final de cada artigo, foram
disponibilizados dados de contato dos autores,
proporcionando aos leitores acesso direto a cada
um deles, caso deseje se aprofundar em qual-
quer uma das questões tratadas
“Entendemos que as circunstâncias geradas
pela pandemia da Covid-19 são excepcionais e
demandam a integração de esforços para que
contribuições sejam realizadas e experiências e
conhecimentos sejam trocados. É com esse obje-
tivo que disponibilizamos essa série de conteúdos
produzidos por especialistas que são autoridades
em suas áreas de atuação”, explica Paulo Skaf,
presidente de todas as entidades mencionadas.
“Esperamos que esses conteúdos possam trazer
esclarecimentos e orientações sobre como cada
um de nós, colaborador da indústria, pode en-
frentar esse momento de dúvidas e inquietações”,
complementa o executivo.
Acerca disso, Paulo Skaf ainda registra que,
embora São Paulo e o Brasil ainda não tenham
chegado ao fim dessa jornada tão desafiadora,
ele e suas diretorias têm a convicção de que es-
tamos no caminho certo para atravessar a tem-
pestade. “Porém, mais do que isso, estamos cer-
tos de que estamos fazendo tudo ao nosso alcan-
ce para ajudar nosso País e todos os brasileiros a
fazerem o mesmo. Essa é a missão da indústria
contra o coronavírus”, finaliza.
Uma das ferramentas de resposta mais eficazes a
uma crise, como é o caso da atual imposta pela pande-
mia do novo coronavírus – no geral, independentemente
do grau de gravidade dela –, é a criação de um Comitê
de Crises. Ele costuma ser o primeiro recurso acionado
em momentos críticos e faz parte do Plano de Gerencia-
mento de Crises, recurso indispensável para empresas e
organizações de qualquer porte.
O funcionamento do Comitê de Crises é simples. Ele
deve ser composto por um pequeno grupo de profissio-
nais da empresa, com a participação de seus principais
líderes, que será responsável pela tomada de decisões.
Caberá a cada integrante direcionar sua respectiva ex-
pertise às áreas afetadas e, eventualmente, solicitar apoio
externo, a fim de enfrentar com rapidez não apenas os im-
pactos causados pelo momento crítico, como também os
desdobramentos que surgirão durante o pós-crise.
Todos os membros do comitê devem conhecer bem
as suas funções em cenários de anormalidade e serem
acionáveis a qualquer tempo, devendo haver para isso um
aplicativo ou uma lista com a chamada “Árvore de Acio-
namento”. Se a empresa for pequena ou média, como é o
caso da maioria das padarias e indústria de panificação,
esse grupo pode ser ainda mais reduzido. Mas, o impor-
tante é manter um núcleo que possa pautar decisões e
ações, da forma mais rápida e imediata possível.
COMITÊ DE GERENCIAMENTO DE CRISE: O QUE É, E PORQUE ELE É TÃO IMPORTANTE
ACESSE O GUIA PRáTICO DE AÇÕES DE SEGURANÇA EMPRESARIAL FRENTE à
COVID-19 NO SITE DA FIESP: www.FIESP.COM.BR.
E TENHA UMA BOA LEITURA!
44 IPC 830 Jun/Jul 2020
Pix
ab
ay
No dia 29 de abril, a CSMPAN-ABIEPAN – sigla que
congrega a Câmara Setorial de Máquinas e Equipa-
mentos para Panificação e Food Service e a Associação
Brasileira das Indústrias de Equipamentos, Ingredientes
e Acessórios para Alimentos – realizou mais uma reunião
ordinária online a partir da sede da Associação Brasileira
da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ).
O encontro virtual foi aberto com a participação da
Dra. Camilla Toledo, do Departamento Jurídico Traba-
lhista da ABIMAQ, que respondeu diversas perguntas e
esclareceu as dúvidas dos associados relacionadas tanto
aos impactos da COVID-19 nos negócios, como também
no âmbito das medidas de afastamento social e econô-
micas que a crise sanitária está impondo à atividade
industrial, notadamente no que diz respeito à questão
do emprego.
De acordo com a legislação atual, os empregadores
são obrigados a tomar providências emergenciais para
proteger sua força de trabalho contra o risco de con-
trair a doença. Nesse contexto, a especialista reforçou a
importância de os operadores do setor realizarem uma
revisão completa dos riscos quanto a continuidade do
seu negócio e tomar todas as medidas, razoavelmente
praticáveis, para eliminá-los ou reduzi-los, sendo reco-
mendável o envolvimento da equipe técnica de saúde
e segurança nas práticas preventivas que estão sendo
implementadas.
MÁQUinas & eQUipaMentos / encontro de associados
PANDEMIA EM FOCO
PROvIDÊNCIAS MAIS DO QUE NECESSÁRIAS
Na ocasião, os associados deram depoimentos sobre como
vêm se adaptando à situação atual com o COVID-19. De
modo geral, eles enfatizaram que o impacto que a pande-
mia está causando é grande, e as empresas têm sofrido
as consequências, sendo que muitas delas deram férias a
seus funcionários e, aos poucos, estão retomando as ati-
vidades, enquanto outras, infelizmente, tiveram que dis-
pensar parte de seu quadro de pessoal.
De maneira unânime, eles informaram que estão se-
guindo à risca as regras estabelecidas pelo governo no
que tange à adoção das medidas que foram adotadas.
Contudo, revelaram o dano nada positivo de que parte de
seus negócios tiveram uma queda de aproximadamente
50% do faturamento.
As empresas associadas à CSMPAN-ABIEPAN estão
esperando por mais informações para poder retomar a
rotina normal. Por enquanto, algumas se encontram tra-
balhando no regime de home office. E aquelas que não ado-
taram esse sistema, vêm seguindo todos os cuidados para
a proteção e segurança dos seus funcionários.
CSMPAN-ABIEPAN promove
encontro virtual com associados
para discutir os impactos da
COVID-19 no setor.
Se você, associado da CSMPAn/ABIEPAn, não teve a oportunidade de estar presente ou de assistir a
transmissão online da última reunião das entidades, peça informações sobre como ter acesso a esse conteúdo
ligando para o número (11) 5582-5706.
EM TELA. Encontro de associados reforçou o sentimento de que impactos
do coronavírus são grandes na indústria.
45Jun/Jul 2020 IPC 830
ipc international
FIPAN 2020 POSTPONED TO NOvEMbERDue to lockdown developments and restrictions imposed by health agencies on the circulation and gathering concentration of people in closed spaces in response to the pandemic of the new coronavirus, SAMPAPÃO has announced the postponement of FIPAN 2020, from its original date in July, to the period of November 24th to 27th November, at Expo Center Norte, in São Paulo/SP. The FIPAN CONGRESS, which was to be held along together with the exhibition, was postponed to 2021. “More than a simple business maintenance strategy, it was a measure of common sense in order to preserve the health of exhibitors and FIPAN’s visitors, as well as the entire population of São Paulo, Brazil and the world, since the event has a wide international participation”, highlights Antero José Pereira, president of SAMPAPÃO. “And we also believe that the holding of the fair in November – which is one of the four largest in the world – will certainly take place at a very important moment for the resumption of the bakery, confectionery and food business in general in the ‘after-crisis’, both in Brazil and in the world”, adds Antero.
FIPAN 2020 SE POSPONE A NOvIEMbREDebido a los desarrollos y restricciones impuestas por las agencias de salud a la circulación y concentración de personas en ambientes cerrados debido a la pandemia del nuevo coronavirus, SAMPAPÃO anunció el aplazamiento de FIPAN 2020, desde su fecha original en julio, hasta el período del 24 de noviembre al 27 de noviembre, en Expo Center Norte, en São Paulo/SP. El CONGRESO FIPAN, que se iba a celebrar junto con la exposición, se pospuso para 2021. “Más que una simple estrategia de mantenimiento comercial, fue una medida de sentido común para preservar la salud de los expositores y visitantes de FIPAN, como así como a toda la población de São Paulo, Brasil y el mundo, ya que el evento tiene una gran participación internacional”, destaca Antero José Pereira, presidente de SAMPAPÃO. “Y también creemos que la celebración de la feria en noviembre – que ya se encuentra entre las cuatro más grandes del mundo – sin duda tendrá lugar en un momento muy importante para la reanudación del negocio de panadería, confitería y alimentos en general en el” ‘después de la crisis’, tanto en Brasil como en el mundo”, agrega Antero.
SAMPAPÃO STRENGTHENS ITS DIGITAL PRESENCEIn COVID-19 times, social distance has been SAMPAPÃO’s greatest challenge. Bearing in mind the importance of keeping bakers informed and provided with tools that can assist them in this difficult time, the entities have reinforced their presence in digital media, and are making available several relevant contents on their website, Whatsapp groups and social media, as well as by lives open to all. “In this digital environment, among many other things, our associates can check information about the services of our entities, follow legal reports and negotiations with many public and private bodies, and also have access to a wide range of customizable content for disclosure and advertising, in graphics and digital media disseminations”, highlights Antero José Pereira, president of SAMPAPÃO.
SAMPAPÃO FORTALECE SU PRESENCIA DIGITALEn COVID-19 tiempos, la distancia social ha sido el mayor desafío de SAMPAPÃO. Pensando en la importancia de mantener informados a los panaderos y proporcionándoles herramientas que puedan ayudarlos en este momento difícil, las entidades han reforzado su presencia en los medios digitales y están poniendo a disposición varios contenidos relevantes en su sitio web, grupos de Whatsapp y redes sociales, también. como por lives abiertas a todos ellos. “En este entorno digital, entre muchas otras cosas, nuestros asociados pueden verificar informaciones sobre los servicios de nuestras entidades, seguir informes legales y negociaciones con diversos organismos públicos y privados, y también tener acceso a una amplia colección de contenido personalizable para divulgación y publicidad, en difusiónes gráficas y digitales”, destaca Antero José Pereira, presidente de SAMPAPÃO.
MOTHER’S DAY CAMPAIGNConsidering the fact that Mother’s Day is one of the most important dates in the annual retail calendar, in May, SAMPAPÃO has organized a sales incentive campaign with the distribution, through its website, of a wide promotional material to the associated bakeries – layout instructions, posters, posts and editable stickers –, with a focus on offering services and products its own manufacture to be given as gifts to mothers. “We developed this action because we believe that, despite the hardships scenario imposed by the pandemic of the new coronavirus, it would create a very interesting opportunity for the resumption of business with the appeal of Mother’s Day, creating a time of rebirth for our bakeries. After all, being a mother means to being reborn in life and to have the privilege of unconditional love. Thus, we take advantage of the love and affection that exist within the bakery environment to bring these beautiful feelings to customers. And it was a success!”, celebrates Antero José Pereira, president of SAMPAPÃO.
CAMPAÑA DEL DIA DE LA MADREEn vista del hecho de que el Día de la Madre es una de las fechas más importantes en el calendario minorista anual, en mayo, SAMPAPÃO organizó una campaña de incentivos de ventas con la distribución, a través de su sitio web, de un amplio material promocional para las panaderías asociadas – instrucciones de layout , carteles, publicaciones y pegatinas editables, con el objetivo de ofrecer servicios y productos de fabricación propia para obsequiar a las madres. “Desarrollamos esta acción porque creemos que, a pesar del difícil escenario impuesto por la pandemia del nuevo coronavirus, crearía una oportunidad muy interesante para la reanudación de los negocios con el atractivo del Día de la Madre, creando un momento de renacimiento para nuestras panaderías. Después de todo, ser madre significa renacer en la vida y tener el privilegio del amor incondicional. Por lo tanto, aprovechamos el amor y el afecto que existe dentro del ambiente de la panadería para llevar estos hermosos sentimientos a los clientes. ¡Y fue un éxito!”, celebra Antero José Pereira, presidente de SAMPAPÃO.
46 IPC 830 Jun/Jul 2020
bEM-vINDOS NOvOS ASSOCIADOS DO SAMPAPÃO!
Conheça, agora, mais um grande número de padarias que passaram a fazer parte do time de sucesso do
SAMPAPÃO!
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PAnIFICADORA GUILhERME GIORGI LTDA. Av. Guilherme Giorgi, 251 - Vila Carrão – São Paulo/SP
Quando pensamos em proteger nossa padaria, vem logo
à mente a contratação de um seguro empresarial clás-
sico, que cobre a preservação da estrutura física da empresa,
tais como aqueles contra incêndios, assistência e reparos de
danos à rede elétrica e de telefonia, além de conserto de ar
condicionado e de equipamentos de refrigeração.
Mas, no dia a dia, sabemos que não é só isso: é funda-
mental contratar também um seguro de vida empresarial,
seja qual for o momento do mercado. Aliás, em termos de
COVID-19 dá para entender mais ainda a necessidade dele,
porque um seguro desse tipo proporciona proteção e cobertu-
ra tanto dos proprietários da padaria quanto de seus colabo-
radores. Além disso, também pode incluir cobertura aos filhos
e cônjuges e até despesas com verbas rescisórias.
Complementarmente, há, ainda, outras opções interessan-
tes e complementares a essas, como seguros para proteção
de eventos, seguros destinado à cobertura de prestamistas e
seguros para profissionais de motofrete/delivery, entre outros,
cuja importância, nem precisa dizer, é ainda maior em tem-
pos atípicos, como estes que estamos vivendo, nos quais o pla-
nejamento financeiro se transformou em forte realidade para
enfrentar a paralisação obrigatória das atividades comerciais.
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SEGUROS: FERRAMENTAS DE PROTEÇÃO CONTRA A CRISE
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Congelamento de Pães (Pães Congelados) (12h)
Cup Cake de Páscoa (8h)
Cup Cake natalino (8h)
Doces Finos (15h)
Especial de natal (15h)
Especial de Panetones (12h)
Especial de Páscoa (9h)
Festa Junina (9h)
Glaçagem (9h)
higiene e Manipulação dos Alimentos (6h)
Laudos de Farinha (16h)
Massa Folhada (20h)
Massas, Recheios e Coberturas para Bolos (9h)
naked Cake (7h)
Pães de Fibras (15)
Pães Orgânicos (17h)
Pães Rústicos (15h)
Pães Rústicos Avançado (15h)
Pasta Americana (12h)
Responsável Técnico (15h)
Rotulagem nutricional (3h)
Salgados (20h)
Sopas (15h)
Tábuas de Frios (3h)
Técnicas com Bicos de Confeitar (09h)
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