Diagnóstico_DOENÇACROHN

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Diagnóstico O diagnóstico desta doença pode ser difícil e demoroso, por um lado pelo fato da doença ser multifatorial o que torna a sua etiologia pouco esclarecedora e por outro lado, por apresentar semelhanças com a Recolite Ulcerativa (RCU). A base do diagnóstico é obtida através da análise da história clínica, prestando-se especial atenção a pacientes com as seguintes características: idades compreendidas entre 20-30 anos e 50-70 anos; diarréia crônica, com ou sem sangue; dor abdominal intensa; perda de peso; febre e manifestações extra-intestinais. De seguida, procede-se a um exame físico atendendo-se a alterações como anemia, desnutrição, picos febris, dor à apalpação com ou sem massa palpável, fissuras, fistulas, abcessos perianais. Havendo a suspeita da doença, exames de imagens como enema opaco, ultrassom, tomografia, Raio- X simples do abdomen, ressonância magnética e endoscopia podem ajudar na definição diagnóstica pelo achado de ulcerações, estreitamentos e fístulas. Os pacientes aquando da realização da colonoscopia são submetidos à coleta de fragmentos de mucosa intestinal para biópsia. Em situações de casos atípicos recorre-se, através da coleta de sangue, a exames laboratoriais: contagem de hemácias e plaquetas, dosagem da hemoglobina, frações protéicas, albumina e proteína C reativa. Ainda é possível verificar se há anemia, e alta taxa de glóbulos brancos. Destaca-se a redução de eletrólitos (Na, K, Cl),

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Pequeno resuminho do diagnostico para a Doença de Crohn

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Diagnóstico

O diagnóstico desta doença pode ser difícil e demoroso, por um lado

pelo fato da doença ser multifatorial o que torna a sua etiologia pouco

esclarecedora e por outro lado, por apresentar semelhanças com a Recolite

Ulcerativa (RCU).

A base do diagnóstico é obtida através da análise da história clínica,

prestando-se especial atenção a pacientes com as seguintes características:

idades compreendidas entre 20-30 anos e 50-70 anos; diarréia crônica, com

ou sem sangue; dor abdominal intensa; perda de peso; febre e manifestações

extra-intestinais. De seguida, procede-se a um exame físico atendendo-se a

alterações como anemia, desnutrição, picos febris, dor à apalpação com ou

sem massa palpável, fissuras, fistulas, abcessos perianais. Havendo a

suspeita da doença, exames de imagens como enema opaco, ultrassom,

tomografia, Raio-X simples do abdomen, ressonância magnética e

endoscopia podem ajudar na definição diagnóstica pelo achado de

ulcerações, estreitamentos e fístulas. Os pacientes aquando da realização da

colonoscopia são submetidos à coleta de fragmentos de mucosa intestinal

para biópsia. Em situações de casos atípicos recorre-se, através da coleta de

sangue, a exames laboratoriais: contagem de hemácias e plaquetas,

dosagem da hemoglobina, frações protéicas, albumina e proteína C reativa.

Ainda é possível verificar se há anemia, e alta taxa de glóbulos brancos.

Destaca-se a redução de eletrólitos (Na, K, Cl), cálcio, magnésio, ferro, zinco.

Mais recentemente, dois exames sorológicos - ASCA e p-ANCA – que

pesquisam a doença de anticorpos podem, também ser usados no

diagnóstico da Doença de Crohn.