Dialnet Ergonomics 4530264

14
  No 48 (2012) • http://biblios.pitt.edu/  DOI 10.5195/biblios.2012. 59 Ergonomia: estudo de caso em biblioteca universitária Daniela Capri Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina Florianópolis – CESUSC, Brasil Eliana Ma ria dos Santos Bahia  Ad il so n L ui z Pin to Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Brasil Resumo Buscou-se nesta pesquisa analisar a ergonomia real de uma Biblioteca Universitária de Florianópolis/SC e confrontá-la com a ergonomia percebida pelo usuário, para realização de um diagnóstico ergonômico. Os sujeitos pesquisados preencheram uma amostra de quinze pessoas, e ntre alunos da Biblioteca e funcion ários do local. Com o intuito de atender este ponto s, foram estabelecidos dois objetivos específicos: descrever os aspectos físico-ambientais da Biblioteca, vinculados à Ergonomia real e verificar a percepção dos usuários em relação à Biblioteca. Aspectos sobre Ergonomia e sua aplicação vinculados à Biblioteca Universitária. Analisaram-se as condições de iluminação, ruído e temperatura. Amparado por uma bibliografia, o presente estudo apresenta mercado de trabalho para o profissional de Arquivologia e Biblioteconomia. Palavras-chave Ergonomia; Ergonomia ambiental ; Biblioteca universitária Ergonomics: c ase study in a university lib rary Abstract This final paper aimed to analyze the real ergonomics of a university library from Florianópolis and compare it with the ergonomics perceived by the user to perform an ergonomic diagnosis. In order to meet this goal two specific goals were established such as: describe the physical and environmental aspects of the library related to the real ergonomics and verify the actual perception of users about the library. As a theoretical approach, aspects of ergonomics and environmental ergonomics were contextualized and linked to the library and the university library. Referring to the methodology, the Ergonomical Assessment of the Built Environment was used as a reference. The study subjects comprised a sample of 15, among students and library staff. In the results obtained, when related to the physical-environmental analysis of the library, it was found that there are some aspects that differ from the regulatory standards and that also fall short in relation to feedback from users. Aspects such as lighting and noise were cited as unsatisfactory, but the temperature factor was analyzed as satisfactory . Keywords Ergonomics; Environmental ergonomics ; University library CASE REPORT

description

Dialnet Ergonomics 4530264

Transcript of Dialnet Ergonomics 4530264

  • No 48 (2012) http://biblios.pitt.edu/ DOI 10.5195/biblios.2012.59

    Ergonomia: estudo de caso em biblioteca universitria Daniela Capri

    Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina Florianpolis CESUSC, Brasil

    Eliana Maria dos Santos Bahia Adilson Luiz Pinto

    Universidade Federal de Santa Catarina UFSC, Brasil

    Resumo

    Buscou-se nesta pesquisa analisar a ergonomia real de uma Biblioteca Universitria de Florianpolis/SC e confront-la com a ergonomia percebida pelo usurio, para realizao de um diagnstico ergonmico. Os sujeitos pesquisados preencheram uma amostra de quinze pessoas, entre alunos da Biblioteca e funcionrios do local. Com o intuito de atender este pontos, foram estabelecidos dois objetivos especficos: descrever os aspectos fsico-ambientais da Biblioteca, vinculados Ergonomia real e verificar a percepo dos usurios em relao Biblioteca. Aspectos sobre Ergonomia e sua aplicao vinculados Biblioteca Universitria. Analisaram-se as condies de iluminao, rudo e temperatura. Amparado por uma bibliografia, o presente estudo apresenta mercado de trabalho para o profissional de Arquivologia e Biblioteconomia.

    Palavras-chave

    Ergonomia; Ergonomia ambiental ; Biblioteca universitria

    Ergonomics: case study in a university library

    Abstract

    This final paper aimed to analyze the real ergonomics of a university library from Florianpolis and compare it with the ergonomics perceived by the user to perform an ergonomic diagnosis. In order to meet this goal two specific goals were established such as: describe the physical and environmental aspects of the library related to the real ergonomics and verify the actual perception of users about the library. As a theoretical approach, aspects of ergonomics and environmental ergonomics were contextualized and linked to the library and the university library. Referring to the methodology, the Ergonomical Assessment of the Built Environment was used as a reference. The study subjects comprised a sample of 15, among students and library staff. In the results obtained, when related to the physical-environmental analysis of the library, it was found that there are some aspects that differ from the regulatory standards and that also fall short in relation to feedback from users. Aspects such as lighting and noise were cited as unsatisfactory, but the temperature factor was analyzed as satisfactory.

    Keywords Ergonomics; Environmental ergonomics ; University library

    C A S E R E P O R T

  • Ergonomics: case study in a university library

    No 48 (2012) http://biblios.pitt.edu/ DOI 10.5195/biblios.2012.59 42

    1. Introduo Para atender demanda de seus usurios, as organizaes precisam se ajustar s exigncias e s mudanas que ocorrem a todo o momento. Na contemporaneidade, as cincias surgem para atender a sociedade e, dentro delas, est inserida a Ergonomia, que pode ser considerada uma cincia multidisciplinar.

    Em foco na pesquisa, tem-se uma Biblioteca Universitria em Florianpolis/SC, h a preocupao com a satisfao do usurio, no sentido dos servios disponibilizados e do encontro da informao requerida. Aspectos ambientais da Biblioteca, que envolvem iluminao, temperatura, rudos e sinalizao geralmente pouco questionados.

    Ao desenvolver o tema Ergonomia, o estudo de caso na Biblioteca Universitria em Florianpolis/SC pretende realizar uma avaliao ergonmica do ambiente utilizado pelos usurios, averiguando-se a satisfao dos mesmos.

    Trata-se de uma pesquisa qualitativa e utiliza Normas regulamentadoras de segurana e sade no trabalho : NR17 - Ergonomia, publicada e adotada pelo MINISTRIO DO TRABALHO e EMPREGO.

    O Posto de Trabalho da Biblioteca o instrumento base para fazer uma anlise do ambiente como um todo (salas de estudo, mobilirio, iluminao, temperatura, rudos, disposio dos mveis, layout).

    Para a unidade de informao (Arquivo e Biblioteca), trata-se de uma rea de conhecimento na aplicao da percepo da Ergonomia quanto aos fatores ambientais.

    2. Procedimentos metodolgicos A pesquisa realizada entre maro a outubro de 2011, utilizou como mtodo, a pesquisa qualitativa.

    Aplicou-se um questionrio constitudo por questes abertas e fechadas, a todos os usurios (alunos e funcionrios) da Biblioteca analisada, com o intuito de verificar o conhecimento que os alunos possuem em Ergonomia e a percepo dos colaboradores em relao mesma. A pesquisa se d com uma amostra no probabilstica de 15 usurios da biblioteca e 6 funcionrios. Para a realizao da coleta de dados foi utilizado o mtodo de avaliao ergonmica do ambiente que segundo Vasconcelos, Villarouco e Soares (2009, p. 9), [...] o mtodo aplicado a partir de trs etapas: anlise fsica, anlise da percepo de usurio e diagnstico ergonmico, conforme exposto no quadro a seguir.

    Anlise fsico-ambiental Anlise da percepo Diagnstico ergonmico

    Descrio da localizao fsica, da configurao ambiental e do layout da Biblioteca atravs de plantas arquitetnicas e observao do ambiente.

    Anlise dos questionrios com usurios para identificao de imagem de Biblioteca.

    Evidenciar os aspectos que conduzem anlise fsico-ambiental em relao anlise da percepo do usurio.

    Medio dos aspectos ergonmicos (iluminao, rudo, temperatura, umidade) da Biblioteca atravs de aparelhagem adequada.

    Anlise dos questionrios aplicados para identificao da percepo da ergonomia da Biblioteca analisada.

    Verificar se a medio dos aspectos ergonmicos (iluminao, rudo, temperatura, umidade) condiz com os indicados nas Normas de Ergonomia.

    Aplicao do questionrio com os funcionrios para coletar dados sobre conforto ambiental.

    Quadro 1 Metodologia

    Fonte: CAPRI. Daniela. Ergonomia: um estudo de caso realizado em uma biblioteca universitria de Florianpolis. 2011. 80 f. Trabalho de Concluso de Curso. (Graduao em Biblioteconomia) - Universidade

    Federal de Santa Catarina, Florianpolis, 2011. (2011)

  • Ergonomia: estudo de caso em biblioteca universitria

    No 48 (2012) http://biblios.pitt.edu/ DOI 10.5195/biblios.2012.59 43

    3. Posto de trabalho na biblioteca A Biblioteca Universitria est localizada na cidade de Florianpolis/SC, no bairro de Santo Antonio de Lisboa. Possui como pblico principal estudantes de trs cursos de Ensino Superior (Administrao, Direito, Psicologia); Tcnico em Design de Interiores; Cursos de Ps-graduao; Ensino Fundamental e Mdio, que funciona paralelamente Faculdade. Alm deste pblico, a Biblioteca tambm atende funcionrios e professores de toda a Instituio; moradores dos Bairros de Sambaqui, Santo Antonio de Lisboa, Cacup e Ratones, que podem utilizar a Biblioteca somente para consulta no local.

    A equipe composta por um bibliotecrio e sete auxiliares de biblioteca, sendo divididos em trs estudantes de Biblioteconomia, um auxiliar, formado em Psicologia e dois auxiliares de nvel mdio. O horrio de funcionamento da Biblioteca das 7h30min s 22h30min, de segunda sexta-feira, e das 9h s 13h, aos sbados. Os servios oferecidos aos usurios so: consulta on-line ao acervo; emprstimo domiciliar; reserva e renovao on-line; levantamento bibliogrfico; comutao bibliogrfica; catalogao na fonte; capacitao do usurio (programas de orientao para pesquisa, normalizao de documentao e informao, de acordo com as normas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT)); disponibiliza-se tambm um manual de normalizao de trabalhos acadmicos.

    O acervo da Biblioteca dispe de - livros, peridicos, teses, dissertaes, monografias, CD-ROMs e DVDs. Alm dos materiais fsicos, disponibiliza links em seu site para bases de dados e peridicos com acesso aberto. Quanto ao layout da Biblioteca, cada tipo de material encontra-se em ambientes distintos:

    Figura 1 Layout da biblioteca

    3.1. Configurao ambiental

    Assim, conforme figura 1, no hall de entrada, localiza-se o guarda-volumes e uma mesa para que os usurios retirem seus materiais. direita da porta de entrada est localizado o balco de emprstimo e uma divisria, junto qual se localiza o setor de tratamento tcnico. frente do balco de emprstimos, ficam as mesas de estudo. esquerda das mesas, localiza-se o acervo, dividido em setor de referncia, acervo geral, literatura e DVDs. direita das mesas de estudo, est localizado o setor de peridicos e mesa para jogo de xadrez. As duas salas de estudos coletivos esto localizadas em frente ao setor de peridicos e a de estudos individuais, ao fundo da Biblioteca.

    Em relao disposio da Biblioteca dentro da arquitetura do prdio da Instituio, essa se encontra no segundo andar, com acesso por escadas ou elevador externo. De acordo com Lemos e Paixo (1999), a localizao de uma

  • Ergonomics: case study in a university library

    No 48 (2012) http://biblios.pitt.edu/ DOI 10.5195/biblios.2012.59 44

    biblioteca deve ser muito bem pensada, pois alm de facilitar o acesso, o peso dessa unidade de informao muito elevado. Devem ser levados em conta o peso vivo1 e o peso morto2, portanto, as estruturas precisam ser bem planejadas e construdas.

    Ao avaliar o ambiente fsico interno da Biblioteca, verifica-se que as paredes e o teto so pintados de branco, o que d sensao de claridade. Tambm para auxiliar na claridade, janelas ajudam a iluminao natural. A escolha da cor apresentada pode ser justificada no texto de Souto, Marx e Pedreira (1999); determinando que neste tipo de ambiente, a pintura deve ser em cor clara, que transmite sensao de tranquilidade, concentrao e reflete melhor a luz. No devem ser usadas cores escuras, nem nas paredes, nem no mobilirio, porque estas agitam e cansam os usurios. Apenas o piso e alguma decorao devem ser de cor escura. Porm, Azevedo, Santos e Oliveira (2000), observam que as cores devem ser dosadas, pois, se utilizadas cores frias demais, estas podem deixar o ambiente com aspecto depressivo. Neste aspecto, na Biblioteca analisada, as cores denominadas frias esto predominantemente presentes em todo o ambiente, pois, piso, paredes, mesas e teto so brancos. As cores em tons mais escuros se apresentam nos estofados das cadeiras e nas portas dos guarda-volumes, tornando o local montono.

    Em relao ao ambiente de uma biblioteca, Costa, Ziegler e Rollo (1999) abordam entre outros os pontos: Adaptar cabines de estudo individual; Criar reas de silncio com devido isolamento acstico; Uso de carpete e/ou pisos sintticos para abafar o barulho dos passos; posicionamento das mesas/balces de trabalho distantes das reas de silncio; Colocar cartazes convidando ao silncio.

    No entanto, a estrutura da Biblioteca analisada no comporta espaos especficos para a distribuio das estantes de acervo, do hall de entrada, do balco de atendimento e das mesas de estudo, as nicas salas separadas so as de estudo coletivo, individuais e o setor de tratamento tcnico (este ltimo sem isolamento acstico).

    No isolamento acstico, as janelas de toda a Biblioteca no so vedadas, o que aumenta o rudo em momentos de intervalo e almoo, pois a Biblioteca localiza-se sobre a praa de alimentao e corredores que so utilizados como reas de lazer. O piso de toda a Biblioteca de cermica e no abafa o barulho dos passos e do arrastar das cadeiras, fato que interfere na concentrao dos usurios. Segundo Silvestre (1992, apud PEREIRA; SILVA; SALES 2011), os rudos chegam a provocar uma reduo de at 60% da produtividade, por dificultar a concentrao, propiciando erros, desperdcios ou acidentes. Desta maneira, a soluo est em utilizar as salas de estudos individuais que possuem isolamento acstico.

    3.2. Avaliao do ambiente no desempenho das atividades

    Para esta anlise, foram selecionados para a amostra os funcionrios da Biblioteca, pelo fato de passarem mais tempo no local. As perguntas desta etapa consistiram em avaliar o ambiente em que estes trabalham, considerando no somente a parte fsica da Biblioteca, mas tambm todos os servios voltados para aspectos ergonmicos.

    Iniciou-se questionando se a Instituio possui Programa de Qualidade de Vida para os funcionrios.

    Quatro afirmaram no existirem Programas de Qualidade de Vida. E dois funcionrios responderam que no possuem conhecimento. interessante que fosse implantado algum tipo de atividade, pois, de acordo com pesquisas realizadas pelo British Journal of Sports Medicine, funcionrios que praticam atividades fsicas melhoram sua Qualidade de Vida, produzem melhor e ficam menos doentes. (VAN, et al. 2005 apud SOUZA; CERSOSIMO; VIEBIG, 2008). Sobre o Comit Interno de Preveno de Acidentes (CIPA), trs funcionrios responderam que a empresa no possui e trs responderam que no sabem se a CIPA existe.

    Analisando o que foi pontuado pelos respondentes, percebe-se que no existem Programas de Qualidade de Vida dentro da Instituio, e nem de preveno de acidentes. No entanto, segundo More (1997), a CIPA de suma importncia no s na preveno de acidentes e na segurana do trabalho, como tambm melhora a Qualidade de Vida dos funcionrios, elaborando projetos, como Semana de Preveno de Acidentes (SEPAT), e outros eventos que so de competncia dessa comisso.

    Quando questionados sobre se a Instituio oferece servios de Ergonomia, trs usurios (50%) responderam que no oferece e trs (50%) que no conhecem esse servio. Ao serem questionados,gostariam de conhecer melhor o

  • Ergonomia: estudo de caso em biblioteca universitria

    No 48 (2012) http://biblios.pitt.edu/ DOI 10.5195/biblios.2012.59 45

    processo de organizao do trabalho: duas pessoas responderam que no lhes interessa conhecer e quatro pessoas responderam que gostariam de conhecer melhor o processo.

    Analisando os dados, percebe-se que, a Instituio no possui servios de Ergonomia. Entretanto, seria importante a aplicao de servios de Ergonomia no ambiente, pois, segundo Falzon ; Lapeyrire (1998, apud FERREIRA, 2000), estudos de Ergonomia [...] focalizam essencialmente o trabalho dos funcionrios, a hiptese de base (frequentemente implcita) que a melhoria das condies de trabalho dos funcionrios levaria 'automaticamente' ao aprimoramento do servio prestado e, por consequncia, satisfao do usurio. Portanto, oferecendo servios de cunho ergonmico para os que trabalham na Instituio, possibilitaria melhor atendimento aos usurios e funcionrios.

    Ainda sobre essa problemtica, quando perguntados - Quais os aspectos do ambiente da Biblioteca mais prejudicam o seu trabalho?- as respostam obtidas foram: a) aspectos ergonmicos, em relao altura dos mveis, que no so adaptados para pessoas com estatura baixa; b) cadeiras, altura das estantes e iluminao durante o perodo noturno; c) desconforto nas cadeiras que ficam abaixando, sem controle prvio do usurio; d) equipamentos de informtica mal instalados, mal adaptados e obsoletos; e) balco de emprstimo ser junto com o ambiente de estudo; f) sistema de busca e indexao desatualizado; falta de qualidade das ferramentas tecnolgicas utilizadas por funcionrios e usurios.

    Analisando as respostas dadas pelos funcionrios,verificam-se novamente vrias caractersticas ergonmicas includas nos aspectos que prejudicam o bom rendimento do trabalho. Segundo IIda (2005), [...] a ergonomia estuda os diversos fatores que influenciam no desempenho do sistema produtivo e procura reduzir as suas consequncias nocivas sobre o trabalhador. Pode-se ainda traar uma linha desta deficincia ergonmica com a no existncia de servios de Ergonomia apontados na questo anterior.

    Na questo seguinte - Voc mudaria alguma coisa no ambiente da Biblioteca? Qual?- as respostas vm de encontro com os aspectos que prejudicam o trabalho. Foram elas: a) modificaria a moblia do balco de atendimento e melhoraria a iluminao deste local; b) modificaria as cadeiras e a iluminao; c) d) modificaria os equipamentos de informtica; e) modificaria o local do balco de atendimento; f) modificaria os terminais de consulta e o sistema de busca. Mediante tais aspectos a serem observados, referentes moblia da Biblioteca, principalmente as cadeiras e o balco de atendimento, juntamente com a obsolescncia dos equipamentos tecnolgicos e a iluminao do local, caractersticas essas que apresentam certa insatisfao por parte da amostra e que deveriam ser repensadas no ambiente de trabalho. Apenas uma pessoa pontuou que no modificaria nada.

    A ltima questo est relacionada com o que os funcionrios acreditam referente a mudanas que poderiam implicar em uma melhoria no desempenho profissional. As respostas foram: a) ajudaria a ter uma melhor postura corporal e a iluminao no trabalho com computador e leitura; b) melhoraria a qualidade de vida no trabalho; c) no houve sugestes de mudanas; d) melhoraria o rendimento profissional; e) melhoraria a concentrao na hora de trabalhar; f) agilizaria o processo de atendimento e garantiria a aproximao do usurio com o sistema. Novamente, apenas uma pessoa no opinou sobre mudanas.

    Ao analisar as sugestes de mudanas e as possveis melhorias sugeridas pelos funcionrios, pode-se perceber que, alm de um ambiente mais agradvel para o trabalho, tambm os usurios seriam beneficiados. De acordo com Ferreira (2000, p. 5-6),o servio de atendimento constitui [...] diferentes lgicas que se inscrevem, por sua vez, dentro de determinadas condies fsico-ambientais (espao, luz, rudo, calor) e instrumentais (material, mobilirio, equipamentos), se estes estiverem bem estruturados e bem organizados, tanto o usurio quanto o funcionrio podero usufruir de melhores servios.

    3.3. Anlise da percepo e diagnstico ergonmico

    Vinculado aos aspectos fsicos ambientais, at ento pontuados, e que atendem aspectos da Ergonomia real da Biblioteca, no sentido de articular a percepo dos usurios, inicialmente buscou-se averiguar o que lhes vinha em mente ao pensarem em biblioteca, para, em seguida, verificar a percepo dos mesmos sobre aspectos ergonmicos.

  • Ergonomics: case study in a university library

    No 48 (2012) http://biblios.pitt.edu/ DOI 10.5195/biblios.2012.59 46

    Assim, o primeiro questionrio foi aplicado com a finalidade de verificar a imagem que a amostra pesquisada possui de biblioteca e da Biblioteca estudada. As respostas induziram fatores ergonmicos. A primeira pergunta deste questionrio foi - Quando voc pensa em biblioteca, qual a imagem lhe vem mente?- Por ser uma questo aberta, as respostas obtidas foram bem diversificadas. Os respondentes relataram que a primeira imagem referiu-se a estantes, livros, mesas e cadeiras, guarda-volumes, balco de atendimento, local para estudo, para ler, local de lazer, ambiente de concentrao, silncio e local iluminado.

    No grfico, podemos observar estes dados organizados. Os pontos mais distantes do centro obtiveram maior nmero de respostas; os mais prximos, menor nmero de respostas.

    Grfico 1 Percepo: bibliotecas no geral

    Fonte: Capri, 2011

    Para traar um paralelo entre a ideia geral de biblioteca e a imagem da Biblioteca analisada, foi perguntado: -Quando voc pensa na Biblioteca desta Instituio quais as imagens que lhe vem cabea- foram obtidas mais opes de respostas, sendo elas: atendentes, mesas, cadeiras, estantes, conforto, claridade, livros, guarda-volumes, salas de estudo, silncio, estudo, concentrao, organizao, variedade do acervo, local amplo, banheiros, bebedouros, xadrez, usurios, peridicos e DVDs. podem-se observar estes resultados no grfico:

  • Ergonomia: estudo de caso em biblioteca universitria

    No 48 (2012) http://biblios.pitt.edu/ DOI 10.5195/biblios.2012.59 47

    Grfico 2 Percepo da Biblioteca analisada

    Fonte: Capri, 2011

    Realizando a comparao entre os dois grficos, percebe-se que a maioria das respostas se fazem presentes. Apenas conhecimentos e ler/lazer no aparecem em ambos. A resposta livros obteve maior frequncia em ambos os grficos, tendo uma pontuao de sete respostas no primeiro e cinco no segundo. Os termos estantes, livros, mesas/ cadeiras, guarda-volumes, atendentes/atendimento, estudo/concentrao, silncio e claridade/iluminao aparecem em ambos os grficos. Infere-se ento que a percepo dos usurios sobre a Biblioteca estudada no difere muito da percepo de uma biblioteca comum.

    Com o intuito de reforar o que se refere a fatores ergonmicos, entende-se Ergonomia como prtica que [...] compreende a aplicao de tecnologia da interface homem-sistema a projeto ou modificaes de sistemas para aumentar a segurana, conforto e eficincia do sistema e da qualidade de vida. (MORAES; MONTALVO, 2000). E tambm segundo a NR 17, o mobilirio do ambiente - iluminao, rudos, ventilao, temperatura, so identificados como fatores ergonmicos.

    Tendo como parmetro os conceitos citados, consideram-se fatores que envolvem a rea da Ergonomia: silncio (que na Ergonomia tratado como rudo), iluminao e mesas/cadeiras, pontuados nos grficos 1 e 2.

    No segundo grfico, ainda so identificados termos que podem ser relacionadas Ergonomia,ainda no abordados no primeiro, como, salas de estudo, banheiro, bebedouro, organizao, conforto e local amplo.

    Mediante tais dados, identifica-se que os usurios percebem a presena de aspectos Ergonmicos dentro da Biblioteca. Foi perguntado ainda: O que voc entende por ergonomia?

    As respostas obtidas foram bastante amplas, porm,no houve respostas em branco; apenas duas responderam que no tinham nenhum conhecimento sobre o tema. As caractersticas que mais apareceram nas respostas foram que a Ergonomia est relacionada ao estudo do mobilirio para melhor adaptao e conforto do trabalhador durante o expediente. Alm disso, a maioria dos usurios apontaram a Ergonomia relacionada ao ambiente de trabalho; outros apresentaram a Ergonomia relacionada a normas. A relao que os usurios fizeram entre Ergonomia e ambiente de trabalho, conforto, mobilirio adequado, est diretamente aplicado ao que prescreve a Norma Regulamentadora de Ergonomia - NR 17 (2007) que [...] visa a estabelecer parmetros que permitam a adaptao das condies de trabalho s caractersticas psicofisiolgicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um

  • Ergonomics: case study in a university library

    No 48 (2012) http://biblios.pitt.edu/ DOI 10.5195/biblios.2012.59 48

    mximo de conforto, segurana e desempenho eficiente. Apenas uma pessoa citou Ergonomia em residncias, fora do mbito profissional.

    Pode-se verificar que quase todos os usurios entrevistados possuem alguma noo do que poderia ser Ergonomia. Entretanto, vale ressaltar que parte desses usurios possuem conhecimentos mais especficos de Ergonomia, pois cursam Tecnlogo em Design de Interiores.Neste sentido, Pheasant (1997, apud MORAES, MONTALVO, 2000) comentam o princpio do design centrado no usurio, onde, se o objeto, ambiente ou sistema projetado para uso humano, suas caractersticas e design devem adaptar-se s caractersticas fsicas e mentais de quem vier a utiliz-lo. Portanto, a Ergonomia uma cincia que tem como objetivo adaptar no s o trabalho ao homem, mas o produto ao usurio, independente do ambiente em que est inserida.

    Para verificar qual a percepo que os usurios tm do ambiente, aplicou-se um questionrio para observar como estes classificavam aspectos ergonmicos, como iluminao, temperatura e rudo. Foi questionado tambm qual o perodo do dia em que os usurios frequentavam a Biblioteca e quanto tempo costumavam permanecer no local, com o intuito de averiguar uma possvel confiabilidade dos dados.

    Referente ao turno em que frequentam a Biblioteca, oito, entre os quinze usurios, frequentavam a Biblioteca durante a tarde; dois, na parte da manh e cinco, no perodo da noite. Quando questionados quanto tempo costumavam ficar dentro da Biblioteca, seis responderam at uma hora, sete responderam de uma a trs horas e dois, mais de trs horas. Os grficos ilustram esses resultados.

    Grfico 3 Qual o perodo do dia costuma frequentar a Biblioteca/Quantas horas em mdia costuma ficar na Biblioteca

    Fonte: Capri, 2011

    Percebe-se, segundo a amostra,que a frequncia Biblioteca, em maior proporo,d-se no perodo da tarde, possivelmente por ser um dos perodos mais silenciosos, pois apenas o Colgio possui aula e o movimento concentra-se no horrio de intervalo.

    Na sequncia, foi questionado como estes usurios classificam a iluminao do local: cinco pessoas classificam como bem iluminado; oito, iluminado, e dois classificaram como mal-iluminado; ningum classificou a Biblioteca como escura ou muito escura. Questionou-se tambm qual o local considerado com a iluminao mais falha e, como respostas, apontaram: salas de estudo coletivo, mesas de leitura do salo principal da Biblioteca e o setor dos peridicos.

    Ainda quanto aos aspectos de anlise fsico-ambientais, mais especificamente, configurao ambiental, buscou-se verificar se a percepo dos usurios condiz com a realidade do ambiente da Biblioteca representada, por meio de uma medio com aparelhos especficos e com acompanhamento de um profissional da rea pelo Doutorando

  • Ergonomia: estudo de caso em biblioteca universitria

    No 48 (2012) http://biblios.pitt.edu/ DOI 10.5195/biblios.2012.59 49

    em Engenharia Civil, realizada no dia 29 de outubro de 2011, no horrio entre 19 horas e 15 minutos e 19 horas e 30 minutos, horrio brasileiro de vero.

    A medio da iluminao foi realizada com um luxmetro3, a cerca de 80 cm de altura do piso, quando a medio foi realizada onde no existiam mesas e sobre as mesas de estudo quando existiam, seguindo o estabelecido pela Norma NBR 5382. As medies foram feitas em 13 pontos da Biblioteca, sendo eles: P1, P2 e P3, localizados no hall de entrada; P4, P5 e P6, localizados na sala de estudos individuais; P7, na sala de estudos coletivos; P8, nas mesas do setor de peridicos. Nestes pontos, o aparelho de medio foi posicionado sobre as mesas de estudo; P9, no sof de leitura; P10, no setor de referncia; P11e P12 nas estantes. Nestes pontos, o aparelho foi posicionado a 80 cm do piso, que foi mantido sobre a mo da pessoa que estava realizando a medio. P13, no balco de atendimento, onde o aparelho foi posicionado para realizar a medio sobre a parte mais baixa do balco. Os pontos onde foram realizadas as medies so apresentados na figura que segue.

    Figura 2 Pontos de medio da biblioteca

    No Quadro 1 so apresentados os resultados obtidos das medies.

    Vinculado ainda aos aspectos de anlise fsico-ambientais, mais especificamente configurao ambiental, buscou-se verificar a percepo dos usurios condizente com a realidade do ambiente da Biblioteca, representada por meio de uma medio com aparelhos em Engenharia Civil.

    Percebe-se que o ambiente no pode ser considerado silencioso, pois a maioria das pessoas assinalaram os itens pouco barulhento e barulhento, porm, estas so opinies individuais, o que pode no ser silencioso para uns pode ser para outros. Iida (2005) afirma que as pessoas apresentam muitas diferenas individuais quanto tolerncia aos rudos.[...] entre 70 e 90 dB dificultam a conversao e a concentrao em ambiente de trabalho; o ideal conservar o nvel de rudo ambiental abaixo de 70dB, para manter um ambiente agradvel. No entanto, dentro de bibliotecas, NBR10152 (nveis de rudos para conforto acstico) recomenda que o nvel de rudo esteja ente 35 e 45 dB, o que estaria apropriado para ambientes de estudo.

    Para observar se o nvel de rudo da Biblioteca estava de acordo com os padres estabelecidos pela Norma foi realizada a medio com um decibelmetro digital4 em dois pontos da Biblioteca, (P1 e P2). Assim pode-se realizar uma comparao com o que foi dito pelos alunos.Obteve-se como resultado o Quadro 2.

  • Ergonomics: case study in a university library

    No 48 (2012) http://biblios.pitt.edu/ DOI 10.5195/biblios.2012.59 50

    Pontos da Biblioteca

    Medio (lux-unidade de medida))

    Recomendao NBR5413 Norma de

    Iluminao

    Horrio entre 19:15 a 19:30 (lux)

    P1 274 500

    P2 248 500

    P3 136 500

    P4 374 500

    P5 180 500

    P6 600 500

    P7 260 500

    P8 180 500

    P9 290 500

    P10 570 500

    P11 334 300

    P12 195 300

    Quadro 1 Pontos de medio de iluminao

    Fonte: Capri, 2011

    Pontos da Biblioteca Medio acstica Recomendao

    P1 62 dB 35-45dB

    P2 52 a 74 dB 35-45dB

    Quadro 2 Nvel de rudo da Biblioteca

    Fonte: Capri, 2011

    Observa-se no quadro, que em P1, onde esto localizadas as mesas de estudo e o balco de emprstimo, o nvel de rudo foi de 62 dB, sendo que o recomendado pela Norma e de, no mximo, 45dB, mostrando assim que os alunos esto corretos quando apontam o ambiente como barulhento, pois, como j citado, a partir de 70 dB, o rudo atrapalha a concentrao.

    Na medio realizada no P2, verificou-se uma baixa de 10 dB, indicando o nvel de rudo em 52dB. Neste ambiente, durante a medio, houve uma variao de 52dB, enquanto todos estavam em silncio, 74dB; quando um aluno saiu da sala, mexeu cadeiras e bateu a porta, aps o silncio se restabelecer, o nvel voltou a 52dB. Porm, ainda est acima dos valores estabelecidos pela Norma.

    Referente aos barulhos que mais incomodam os usurios, so eles: conversas causadas pelos prprios usurios, som do salto dos sapatos, rudos externos e barulho ao abrir e fechar a porta de entrada. Estes fatores esto

  • Ergonomia: estudo de caso em biblioteca universitria

    No 48 (2012) http://biblios.pitt.edu/ DOI 10.5195/biblios.2012.59 51

    diretamente ligados primeira etapa do trabalho - a anlise fsico- ambiental, onde foi verificado que o piso no favorecia o silncio, a localizao do balco de emprstimo e as mesas de estudo no mesmo ambiente prejudicavam a questo do silncio e tambm por estar em cima da praa de alimentao e do local de integrao dos alunos, o nvel de rudos muito elevado.

    Tambm considerando o local onde a Biblioteca localiza-se (sobre a praa de alimentao da Universidade), alguns odores podem ser sentidos ao longo do dia. Questionou-se ento se esses odores atrapalham os estudos dos alunos. Apenas um aluno assinalou a resposta incomodam; o restante da amostra assinalou a alternativa no incomodam; as alternativas incomodam pouco e incomodam muito no foram assinaladas. Segundo Triska (2003, p. 11), assim como nossas impresses digitais, nossa identidade odorfera nica, portanto, como quando trata-se de rudo, o que pode ser incmodo para uns, no necessariamente incomoda outros.

    Ao serem questionados sobre a temperatura da biblioteca, dois usurios responderam que esto muito satisfeitos e treze que esto satisfeitos, nenhum se mostrou insatisfeito. O grfico ilustra estes resultados

    Grfico 4 Em relao temperatura do ambiente

    Fonte: Capri, 2011

    Para verificar se a percepo dos usurios em relao temperatura da Biblioteca vem de encontro com a temperatura real, foi realizada a medio em dois pontos: P1(onde esto as mesas e o balco de emprstimo) e P2. O quadro apresenta o resultado obtido

    Pontos da Biblioteca Temperatura Recomendao

    P1 24,5C 20-23C

    P2 24,6C 20-23C

    Quadro 3 Temperatura da Biblioteca

    Fonte: Capri, 2011

  • Ergonomics: case study in a university library

    No 48 (2012) http://biblios.pitt.edu/ DOI 10.5195/biblios.2012.59 52

    A medio foi realizada no final do ms de outubro de 2011, aproximadamente um ms aps a aplicao dos questionrios. Percebe-se que no h grande oscilao de temperatura, pois o ambiente climatizado, com aparelhos de ar condicionado nas salas de estudos coletivos e individual e tambm no salo geral. Ressalta-se que usurios possuem liberdade de solicitar aos que funcionrios liguem e desliguem os aparelhos de ar condicionado, tanto nas salas de estudos, quanto no hall.

    As temperaturas obtidas na medio, tanto no P1 quanto no P2, esto em torno de 24C. A recomendao da - NR17- que o ambiente mantenha-se entre 20C e 23C para que o ambiente proporcione conforto para quem est utilizando a Biblioteca.Logo, 24C estaria dentro da faixa de temperatura agradvel para o conforto dos usurios, principalmente se for considerado o questionrio, onde ningum est insatisfeito com a temperatura.

    4. Concluso No incio da pesquisa foi iada a questo acerca da importncia de um trabalho inter e multidisciplinar entre os Bibliotecrios responsveis pela implantao do Programa da Percepo da Ergonomia, fatores ambientais na Biblioteca Universitria - cidade de Florianpolis/SC.

    Ao realizar o diagnstico ergonmico, os fatores analisados, como iluminao e rudo esto parcialmente de acordo com a - NR 17- normas estabelecidas pelos agentes regulamentadores. Em relao aos usurios, cinco pessoas de quinze consideram a iluminao suficiente, e seis de quinze consideram que o rudo deveria ser melhor controlado.

    Referente diviso dos ambientes dentro da Biblioteca, percebe-se que no existe uma separao entre o local do acervo, balco de emprstimo e mesas de estudo. Esta ambientao deveria ser repensada, uma vez que o nico local, onde os usurios podem obter maior aproveitamento de seus estudos resume-se s salas de estudos individuais e salas de estudos coletivos. No que se refere ambientao da Biblioteca dentro da Universidade, esta se encontra em um local centralizado, o que facilita o acesso dos alunos.

    No entanto, a questo do rudo que constou como muito importante nesta pesquisa, importante em relao a toda a comunidade de estudantes,usurios da Biblioteca, sendo que seis de quinze consideraram que o rudo deveria ser melhor controlado, principalmente no que concerne a horrios de intervalo, o que foi confirmado ao ser realizada a medio, quando foram obtidas medidas bem acima das estabelecidas pela Norma Regulamentadora - NR17-. A maioria dos usurios e funcionrios considerou a temperatura adequada ao ambiente analisado, indo ao encontro do que foi verificado na medio realizada no local. Sobre a iluminao, embora a maioria da amostra de usurios tenha se mostrado satisfeita, apenas trs lugares apresentaram medio superior ao indicado pela Norma.

    Compreende-se que os estudos de Ergonomia podem auxiliar tanto os funcionrios quanto os usurios da Biblioteca, pois estes, estando satisfeitos com o ambiente, podem produzir, quanto trabalhar de forma mais adequada s suas necessidades. Os resultados obtidos atravs desta pesquisa podem servir na criao de Diretrizes de Poltica Ergonmica para bibliotecas.

  • Ergonomia: estudo de caso em biblioteca universitria

    No 48 (2012) http://biblios.pitt.edu/ DOI 10.5195/biblios.2012.59 53

    Referncias AZEVEDO, M. de F. M. de; SANTOS, M. S. dos; OLIVEIRA, R. de. A cor no ambiente de trabalho: ergonomia da percepo. Ensaios de Ergonomia. Florianpolis, Jun, 2000. Disponvel em:. Acesso em: 13 nov 2011.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 5413: Iluminncia de interiores. 1992.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 5382: Verificao de Iluminncia de Interiores. 1992.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 10152: Nvel de rudo para conforto acstico. 1987.

    BRASIL. Ministrio do Trabalho e Emprego. NR 17 Ergonomia. Portaria MTPS n. 3.751, de 23 de novembro de 1990. Disponvel em: . Acesso em: 5 jun 2011.

    CAPRI, Daniela. Ergonomia: um estudo de caso realizado em uma biblioteca universitria de Florianpolis. 2011. 80 f. Trabalho de Concluso de Curso. (Graduao em Biblioteconomia) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianpolis, 2011.

    COSTA, A; ZIEGLER, A; ROLLO, F. Acstica. 1999. Disponvel em: . Acesso em: 14 nov 2011.

    DUL, J.; WEERDMEESTER, B. Ergonomia prtica. 2. ed. So Paulo: Edgard Blucher, 2004. 137 p.

    FERREIRA, Mrio Csar. Servio de Atendimento ao Pblico: O que ? Como analis-lo? Esboo de uma Abordagem Terico-Metodolgica em Ergonomia. Revista Multitemas, n. 16, mai, 2000. Disponvel em: . Acesso em: 15 nov 2011.

    GIL, Antonio Carlos.Mtodos e tcnicas de pesquisa social. 6. ed. So Paulo: Atlas, 2008. 200 p.

    IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produo. 2. ed. rev. e ampl. So Paulo: Blucher, 2005.

    LEMOS, A. PAIXO, R. Planejamento de bibliotecas em relao ao peso. 1999. Disponvel em: . Acesso em 15 nov 2011.

    MORAES, A. de; MONT'ALVO, C. . Ergonomia: conceitos e aplicaes. 2. ed. amp. Rio de Janeiro: 2AB, 2000. 132p.

    MORE, L. F. A CIPA analisada sob a tica da ergonomia e da organizao do trabalho: proposta de criao da comisso de estudos do trabalho CET. 1997. Dissertao (Mestrado em Engenharia de Produo), Universidade Federal de Santa Catarina, 1997. Disponvel em: . Acesso em: 15 nov 2011.

    PEREIRA C. A. S; SILVA L. C. S.; SALES F. H. S. Anlise do nvel de conforto acstico na biblioteca de uma escola pblica. Holos, ano 27, v. 4, set. 2011. Disponvel em: . Acesso em: 16 nov 2011.

    SOUTO, G; MARX,R.; PEDREIRA, Z. Cores para bibliotecas. 1999. Disponvel em: . Acesso em: 15 nov 2011.

    SOUZA, G. M.; CERSOSIMO, P.; VIEBIG, R. F. A importncia de programas de qualidade de vida em instituies corporativas. Revistadigital Efdeportes.com. Buenos Aires, ano 13 n. 124, set, 2008. Disponvel em: . Acesso em: 15 nov 2011.

    TRISKA, L. N. S. Prazer e bem estar no ambiente de trabalho: a importncia do olfato na ergonomia. Dissertao (Mestrado em Engenharia de Produo). 2003, Universidade Federal de Santa Catarina, 2003.

    VASCONCELOS, C. S. F e; VILLAROUCO, V.; SOARES, M. M. Avaliao ergonmica do ambiente construdo: estudo de caso em uma biblioteca universitria. Ao ergonmica: revista brasileira de ergonomia, v.4, n.1, 2009. Disponvel em: . Acesso em: 15 nov 2011.

  • Ergonomics: case study in a university library

    No 48 (2012) http://biblios.pitt.edu/ DOI 10.5195/biblios.2012.59 54

    Dados das autoras Daniela Capri Formada em Biblioteconomia pela Universidade Federal de Santa Catarina 2011/2. Atualmente Cursa Design de Interiores na Instituio de Ensino Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina (CESUSC). Trabalha como auxiliar de biblioteca no Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina (CESUSC). [email protected]

    Eliana Maria dos Santos Bahia Graduao em Biblioteconomia e Documentao pela Universidade do Estado de Santa Catarina- UDESC (1980) Especializao em Organizao e Administrao de Arquivos Pblicos e Empresariais pela Universidade Federal de Santa Catarina (1988) e Mestra em Histria do Brasil Meridional pela Universidade Federal de Santa Catarina (1994). Atualmente professora adjunto IV do Centro de Cincia da Educao lotada no Departamento de Cincia da Informao desde 1993, Coordenadora de Estgio do Departamento de Cincia da Informao da Universidade Federal de Santa Catarina. [email protected]

    Adilson Luiz Pinto Possui graduao em Biblioteconomia pela Pontifcia Universidade Catlica de Campinas (2000), mestrado em Cincia da Informao pela Pontifcia Universidade Catlica de Campinas (2004) e doutorado em Documentacin pela Universidad Carlos III de Madrid (2007). Tem experincia na rea de Cincia da Informao, com nfase em Representao e Organizao da Informao, atuando principalmente nos seguintes temas: Estudos Mtricos da Informao (bibliometria, cienciometria, informetria e webometria) e da Documentao (Arquivometria), base de dados, recuperao de informao, fontes de informao voltados a minerao de dados para os estudos mtricos e anlise de redes sociais. [email protected]

    Recebido Received : 2012-08-23

    Aceito Accepted : 2012-12-30

    1 Considerar peso vivo como peso das pessoas. 2 Considerar peso morto como peso dos livros. 3 Digital Lux Meter - Itld 260 - Instrutemp. 4 Digital Sound Level Meter - Itdec 4000 - Instrutemp 1-Thermometer - Itht 22100 -Instrutemp;

    New articles in this journal are licensed under a Creative Commons Attribution 3.0

    United States License.

    This journal is published by the University Library System of the University of Pittsburgh as part of its D-Scribe Digital Publishing Program and is cosponsored by the University of Pittsburgh Press.