Diálogo Metropolitano – Edição 21 – 21/02/2013

8
» SÁBADO, 22 DE FEVEREIRO DE 2014 | ANO 2 | NÚMERO 21 | ALPHA PRIME: 60 ANOS DE JORNALISMO DIáLOGO METROPOLITANO RIO DE JANEIRO E MAIS... Viva define equipe de transmissão do Carnaval Projeto da Fiocruz de vacina contra a esquistossomose São João de Meriti” ganha companhia destacada Senadores defendem punição para racismo Cidades litorâneas receberão mais de R$ 144 mi Benefícios: a batalha pelo leite materno Risco: Lesões na coluna vertebral DRA. LIVIA GENNARI PAG 7 SAÚDE PAG 7 SAÚDE PAG 7 GERAL PAG 6 BRASIL E MUNDO PAG 4 ECONOMIA PAG 3 A Operação Barreira Fiscal, da Secretaria de Governo, se consolida como importante ferramenta no combate à sonegação do ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços) nas rodovias fluminenses e na fiscalização do trânsito de mercadorias no estado. Desde fevereiro de 2010, a ação abordou 12,5 milhões de veículos, apreendeu 12 toneladas de produtos irregulares, recapturou 154 foragidos da Justiça e aplicou mais de R$ 634 milhões em multas por irregularidades. PAG 3 Eólicas prontas seguem desligadas DANIELLE DENNY PAG 3 » ESTA EDIÇÃO 8 PÁGINAS | CONFIRA A EDIÇÃO DIGITAL NO SITE www.dialogometropolitano.com.br OU NOS NOSSOS APLICATIVOS GERAL Fifa pede para governo garantir o direito de o público ver os jogos Principal ponto turístico do Santa Marta, o espaço Michael Jackson foi totalmente revitalizado e entregue aos morado- res no dia 14 de fevereiro. A laje onde o cantor gravou um videoclipe, em 1996, foi reformada pela empresa Tintas Co- ral, que em parceria com o Governo do Estado tem pintado a fachada das casas da comunidade pacificada. PAG 5 Barreira Fiscal se consolida no combate à sonegação CULTURA Espaço Michael Jackson no Santa Marta é reformado O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, fez na última segunda (17) a última visita de inspeção ao Estádio Nacio- nal Mané Garrincha, em Brasília, e disse esperar apoio do governo à organização da Copa para combater protestos violentos, como o que resultou na morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade. PAG 6 BRASIL E MUNDO ONS diz que alto consumo não provocou falta de energia A falta de energia que afetou consumidores no Sul, Sudeste e Centro-Oeste no dia 04 de fevereiro não foi provocada pelo excesso de demanda, apesar de o calor intenso nas últimas semanas, informou o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp. “A demanda elevada não tem relação com a ocorrência.” PAG 4 THELL DE CASTRO PAG 5 CIDADES Prefeitura divulga esquema operacional e logístico para o Carnaval de Rua 2014 A Prefeitura do Rio divulgou o esquema operacional e logístico para o Carnaval de Rua 2014, que vai levar cer- ca de 5 milhões de foliões às ruas da cidade, em 457 blocos e 700 desfiles. Este ano os desfiles serão acom- panhados também por agentes da campanha Lixo Zero, da Comlurb, que vai multar cariocas e turistas que joga- rem lixo no chão. Sete postos médicos e ambulâncias serão instalados nos bairros com maior fluxo de público: Centro (3), Ipa- nema (2) e Copacabana (2). PAG 2 PAG 8 Operação combate valores abusivos nas praias da cidade

description

Edição 21 do jornal Diálogo Metropolitano – Rio de Janeiro

Transcript of Diálogo Metropolitano – Edição 21 – 21/02/2013

Page 1: Diálogo Metropolitano – Edição 21 – 21/02/2013

» SÁBADO, 22 DE FEVEREIRO DE 2014 | ANo 2 | NÚMERo 21 | AlPHA PRiME: 60 ANoS DE JoRNAliSMo

DiálogoMetropolitanorio De Janeiro

E MAIS...

Viva defi ne equipe de transmissão do Carnaval

Projeto da Fiocruz de vacina contra a esquistossomose

São João de Meriti” ganha companhia destacada

Senadores defendem punição para racismo

Cidades litorâneas receberão mais de R$ 144 mi

Benefícios:a batalha pelo leite materno

Risco: Lesões na coluna vertebral

DRA. LIVIA GennARIPag 7

SAÚDePag 7

SAÚDePag 7

GeRALPag 6

BRASIL e MunDoPag 4

eConoMIAPag 3

A Operação Barreira Fiscal, da Secretaria de Governo, se consolida como importante ferramenta no combate à sonegação do ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços) nas rodovias fl uminenses e na fi scalização do trânsito de mercadorias no estado. Desde fevereiro de 2010, a ação abordou 12,5 milhões de veículos, apreendeu 12

toneladas de produtos irregulares, recapturou 154 foragidos da Justiça e aplicou mais de R$ 634 milhões em multas por irregularidades. Pag 3

Eólicas prontas seguem desligadasDAnIeLLe DennYPag 3

» ESTA EDiÇÃo 8 PágiNAS | CoNFiRA A EDiÇÃo DigiTAl No SiTE www.dialogometropolitano.com.br oU NoS NoSSoS APliCATiVoS

GERAL

fifa pede para governo garantir o direito de o público ver os jogos

Principal ponto turístico do Santa Marta, o espaço Michael Jackson foi totalmente revitalizado e entregue aos morado-res no dia 14 de fevereiro. A laje onde o cantor gravou um videoclipe, em 1996, foi reformada pela empresa Tintas Co-ral, que em parceria com o Governo do Estado tem pintado a fachada das casas da comunidade pacifi cada. Pag 5

barreira fiscal se consolida no combate à sonegação

CULTURA

espaço michael Jackson no santa marta é reformado

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, fez na última segunda (17) a última visita de inspeção ao Estádio Nacio-nal Mané Garrincha, em Brasília, e disse esperar apoio do governo à organização da Copa para combater protestos violentos, como o que resultou na morte do cinegrafi sta da TV Bandeirantes Santiago Andrade. Pag 6

BRASIL E MUNDO

ons diz que alto consumo não provocou falta de energia

A falta de energia que afetou consumidores no Sul, Sudeste e Centro-Oeste no dia 04 de fevereiro não foi provocada pelo excesso de demanda, apesar de o calor intenso nas últimas semanas, informou o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp. “A demanda elevada não tem relação com a ocorrência.” Pag 4

THeLL De CASTRoPag 5

CIDADES

Prefeitura divulga esquema operacional e logístico para o Carnaval de rua 2014A Prefeitura do Rio divulgou o esquema operacional e logístico para o Carnaval de Rua 2014, que vai levar cer-ca de 5 milhões de foliões às ruas da cidade, em 457 blocos e 700 desfi les. Este ano os desfi les serão acom-panhados também por agentes da campanha Lixo Zero, da Comlurb, que vai multar cariocas e turistas que joga-rem lixo no chão.

Sete postos médicos e ambulâncias serão instalados nos bairros com maior fl uxo de público: Centro (3), Ipa-nema (2) e Copacabana (2).

Pag 2

Pag 8

Operação combate valores abusivos nas praias da cidade

Page 2: Diálogo Metropolitano – Edição 21 – 21/02/2013

DiretoraMônika Santos Ferreira

eDitor ChefeJônatas Mesquita | MTb [email protected]

reDaçãoRaul [email protected]

revisãoBianca Montagnana

DiagramaçãoRoberta Furukawa Bartholomeu

ColunistasDanielle Denny, Hamilton Rosa Jr., Hamilton Vasconcellos, Igor Quirino, Lívia Gennari, Reinaldo Costa, Renata Palmier e Thell de Castro.

Projeto gráfico e editorialnews Prime Comunicação & [email protected]

redaçãoAvenida das Américas, 3.500Bloco 05 | Sala 313 | Rio de Janeiro | RJ

imPressãoGráfica Lance

Diálogo MetropolitanoPubliCaDo Pela alPha Prime eDitora e Jornalismo ltDa.ALPHA PRIMe: 60 AnoS De JoRnALISMo

2 DiálogoMetropolitanorio De Janeiro

CIDADES

Carnaval de rua: prefeitura divulga esquema operacional e logístico

os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não refletindo, necessa-riamente, a opinião do jornal

A Prefeitura do Rio divul-gou o esquema operacional e logístico para o Carnaval de Rua 2014, que vai levar cerca de 5 milhões de foli-ões às ruas da cidade, em 457 blocos e 700 desfiles. Este ano os desfiles serão acompanhados também por agentes da campanha Lixo Zero, da Comlurb, que vai multar cariocas e turistas que jogarem lixo no chão. Sete postos médicos e am-bulâncias serão instalados nos bairros com maior fluxo de público: Centro (3), Ipa-nema (2) e Copacabana (2).

A prefeitura proibiu a ven-da de espaço público, para evitar que haja o isolamento de áreas durante os blocos, com montagem de estrutu-ras para venda de bebidas, comida e camisetas, atrapa-lhando a fluidez das pesso-as e a passagem dos blocos.

A partir do próximo fim de semana e até o fim de se-mana posterior ao carnaval, entre os dias 15/02 e 09/03, a principal recomendação da Prefeitura do Rio é que os motoristas evitem se des-locar por locais com desfiles de grande concentração de pessoas e que os foliões op-tem pelo transporte público.

- Podemos dizer que o carnaval de rua já começou e nosso objetivo é fazê-lo cada vez melhor. Por isso, entramos com o “bloco da prefeitura” e a atuação dos órgãos municipais de forma integrada para somar com os blocos de rua, buscando uma cidade mais limpa, com um trânsito mais tranquilo e um evento de muito suces-so. Para isso, contamos com a colaboração de todos, principalmente no que diz respeito à limpeza e ao xixi na rua - disse o secretário especial de Turismo, Anto-nio Pedro Figueira de Mello.

Neste ano, a Riotur está aumentando em 33% o número de posições de banheiros químicos, pas-sando de 16.200, em 2013, para 21.596. Haverá ainda 60 contêineres e mictórios acoplados aos contêineres masculinos, além de estru-turas com bolsões, como as utilizadas durante a Jornada Mundial da Juventude, em 2013.

Para preparar a cidade, a prefeitura instalou prote-ções nos canteiros e mo-numentos de praças e de locais que estarão nos traje-tos dos blocos. Outra inicia-tiva é a decoração das ave-nidas Rio Branco, no Centro, e Princesa Isabel, em Copa-cabana, além da distribui-ção de 150 mil exemplares do Guia Rio e de 500 mil guias com a programação dos blocos. Cinco mil ambu-lantes foram credenciados e treinados e atuarão durante os 20 dias de festa portando credencial, uniforme, isopor e cooler (caixa térmica) pa-dronizados.

A Secretaria Municipal de Transportes também vai tra-balhar em esquema espe-cial, monitorando as áreas dos desfiles e implantando operações especiais de trá-fego nas regiões próximas aos blocos com maior nú-mero de foliões. Também será providenciada sinaliza-ção específica para os locais onde haverá proibição de estacionamento, que este ano inclui o entorno da La-goa Rodrigo de Freitas.

Serão 1.035 agentes en-volvidos na operação diária, 102 painéis de mensagens variáveis (que informarão as condições de tráfego, as interdições e as rotas alter-nativas), 20 caminhões de reboque, 85 motocicletas e 60 veículos operacionais.

O Centro de Operações Rio fará o monitoramento de to-dos os eventos, permitindo que os técnicos da CET-Rio implantem ajustes na pro-gramação dos semáforos em função das condições do trânsito em cada mo-mento. O trabalho será feito 24h por dia, com o apoio de 600 câmeras da prefeitura e outras 400 de instituições parceiras.

- A operação é um desa-fio para a prefeitura, já que a cidade está neste mo-mento com diversas inter-dições para obras e com o fechamento da Perimetral e do Mergulhão da Praça XV. Mas, estamos preparados e com um plano de contin-gência bastante adequado e três rotas cicloviárias se-rão inauguradas no próximo domingo, facilitando o des-locamento para o Centro. Nosso objetivo é diminuir o impacto da passagem dos blocos no dia a dia da cida-de, garantindo o direito de ir e vir do cidadão e a segu-rança do folião – explicou o secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osório.

O esquema especial de monitoramento da Secre-taria Municipal de Ordem Pública (Seop) empregará 8.644 pessoas, entre guar-das municipais e agentes do Controle Urbano e do Gru-pamento de Ações espe-ciais, aumentando em 11,2% o efetivo em relação a 2013, que contou com 7.773.

Para assegurar a mobi-lidade e garantir a segu-rança dos foliões em áreas de grande concentração, a Seop decidiu não autorizar barracas de ambulantes na Cinelândia e entorno da Praça, tendo sido supri-midos do sorteio público 30 pontos de ambulantes nesta região. Também não serão permitidos acampa-mentos em vias públicas, praças, portas de merca-dos e praias. A repressão ao xixi na rua também será intensificada. Desde 2010, quando a Seop começou a atuar de forma efetiva no ordenamento dos desfiles dos blocos carnavalescos, 2.959 pessoas, sendo 224 mulheres e 37 estrangeiros, já foram encaminhados às delegacias das regiões da Central, Zonas Norte e Sul.

- Não vamos tolerar essa

atitude do folião de fazer xixi na rua e seremos bas-tante rigorosos. As pessoas têm que se conscientizar de que lugar de fazer xixi é no banheiro e, por isso, a Riotur está aumento o número de banheiros químicos. Mas é claro que sempre terá fila. O que a pessoa tem que fazer é se programar e não deixar para ir ao banheiro quando já estiver muito apertado – aconselhou o secretário de Ordem Pública, Alex Costa.

A Seop vai operar diaria-mente com 20 reboques em vários pontos da cida-de para coibir o estaciona-mento irregular durante o Carnaval 2014. A retirada de veículos apreendidos será feita normalmente durante os dias de carnaval nos ho-rários de 8h às 17h, no depó-sito da prefeitura localizado na Rua Benedito Hipólito, nº 218, no Estácio.

Para evitar o acúmulo de lixo nas ruas, a Comlurb pre-parou uma megaoperação com cerca de 1.080 garis trabalhando por dia, especí-ficos para o carnaval. Todas as vias da cidade por onde passarão os blocos serão atendidas com os serviços de limpeza, que contará com o apoio de 2.100 contê-ineres espalhados, para que o folião descarte seus resí-duos, representando uma ampliação de mais de 100 % em relação a 2013.

Haverá fiscalização do programa Lixo Zero, além da campanha educativa com distribuição de folhetos

e sacolas de lixo, e coleta seletiva atuando em três blocos carnavalescos: Sim-patia é Quase Amor, Bloco da Preta e Bola Preta.

Serão montados ecopon-tos com tendas, contêineres e bags para recebimento de materiais recicláveis e terão apoio de 21 garis e quatro agentes recolhendo os materiais e estimulando os foliões e os ambulantes a fazerem o descarte correto das embalagens. Todos os recicláveis serão entregues às cooperativas de catado-res cadastradas.

Para maior eficiência dos serviços, a Comlurb planejou uma nova logística de limpe-za, incorporando o sistema de manutenção permanente durante a evolução do bloco até sua dispersão, quando é realizada a remoção dos re-síduos e lavagem das pistas com água de reuso e deso-dorizante. Os acessos e as transversais do circuito dos blocos também receberão atenção da Companhia.

Os foliões que vão brincar o Carnaval de rua devem ter mais cuidado com o lixo que vão gerar. O Programa Lixo Zero, que começou a mul-tar quem joga lixo em vias públicas no dia 20/08/2013, não vai parar durante o Car-naval e os fiscais vão atu-ar, antes dos desfiles dos blocos, nas vias de acesso, alertando os foliões sobre a importância de jogar o lixo no lugar certo.

Agentes do Lixo Zero, contabilizando 235 equipes,

» SÁBADO, 22 DE FEVEREIRO DE 2014

atuarão duas horas antes dos blocos começarem e nas ruas do entorno onde estiver acontecendo festa. A Banda de Ipanema, por exemplo, que sai da Praça General Osório, no dia 1º de março, às 17 horas, terá, duas horas antes da parti-da pelas ruas do bairro, 46 equipes multando quem jo-gar lixo no chão.

Outra inovação é a instala-ção de sete Postos de Aten-dimento Médico e o apoio de ambulâncias. No Centro, serão três unidades locali-zadas no largo da carioca, Buraco do Lume e Praça Mahatma Gandhi, com oito médicos, três enfermeiros, oito técnicos e dez leitos. Em Copacabana, quatro médicos, dois enfermeiros, quatro técnicos e quatro lei-tos ficarão na Praça do Lido e na Estação do Parafuso da Cedae. Em Ipanema e Le-blon, os dois postos estarão na Praça General Osório e no Jardim de Alah, com seis médicos, dois enfermeiros, seis técnicos e oito leitos.

A organização do carnaval contará com administração de 457 blocos de rua cadas-trados pela Riotur, que so-marão cerca de 700 desfiles em sete regiões da cidade: 144 (Zona Sul); 84 (Zona Nor-te); 90 (Centro); 53 (Grande Tijuca); 35 (Barra); 25 (Zona Oeste) e 26 (Ilha). A listagem dos blocos com a progra-mação completa, incluindo datas, horários e trajetos, está disponível no site http://carnaval2014.rioguiaoficial.com.br/.

Page 3: Diálogo Metropolitano – Edição 21 – 21/02/2013

ECONOMIA

3DiálogoMetropolitanorio De Janeiro

» SÁBADO, 22 DE FEVEREIRO DE 2014

barreira fiscal se consolida no combate à sonegação

A Operação Barreira Fis-cal, da Secretaria de Go-verno, se consolida como importante ferramenta no combate à sonegação do ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços) nas rodovias fluminenses e na fiscalização do trânsito de mercadorias no estado. Desde fevereiro de 2010, a ação abordou 12,5 milhões de veículos, apreendeu 12 toneladas de produtos irre-gulares, recapturou 154 fo-ragidos da Justiça e aplicou mais de R$ 634 milhões em multas por irregularidades.

– Além de combater a so-negação fiscal, a Barreira Fiscal ajuda a coibir o trans-porte de mercadorias ilíci-tas, como drogas, materiais

falsificados e produtos con-trabandeados. A operação também verifica a condição dos caminhões, o transporte apropriado de combustíveis e ainda atua contra crimes ambientais. Desde o lan-çamento da ação, já foram abordados diversos veícu-los que carregavam animais silvestres e foram apreendi-das 576 toneladas de car-vão vegetal que circulavam ilegalmente pelas estradas do estado. É uma iniciativa fiscal que também trabalha em prol do meio ambiente e da segurança nas estradas – explicou o subsecretário de Governo e coordenador-geral da Barreira Fiscal, Rey-naldo Braga.

Atualmente, a Operação

Barreira Fiscal conta com cinco pontos fixos de fisca-lização – Nhangapí (BR-116), Levy Gasparian (BR-040), Angra dos Reis (Rio-Santos), Mato Verde (BR-101, Norte Fluminense) e Timbó (BR 356, Trevo de Itaperuna) – além das equipes volantes em todo o estado. A ação acontece durante 24 horas, sete dias por semana e atua nas divisas do Rio de Janei-ro com os estados de Minais Gerais, São Paulo e Espírito Santo.

As equipes – compostas por auditores, fiscais e poli-ciais militares – fazem visto-ria nos veículos, analisam as condições do transporte, ve-rificam documentos fiscais, revistam condutores e pe-

RAuL RAMoS

sam a carga de caminhões para verificar se está na ca-pacidade certa. Em caso de detecção de entorpecentes ou de indivíduos foragidos, os mesmos são encaminha-dos para a delegacia. Já mer-cadorias contrabandeadas são levadas para a Polícia Federal, enquanto materiais abandonados pelos proprie-tários são enviados para de-pósitos da Receita Federal.

Motorista de caminhão há 16 anos, Marcone Cavalcan-te, de 40 anos, considera a iniciativa estadual importan-te para garantir a segurança de condutores e viajantes nas estradas.

– Esse tipo de fiscalização é muito útil, porque conse-gue detectar o transporte

de substâncias ilegais ou de cargas perigosas que colo-cam em risco a segurança de todos que circulam pelas rodovias do Rio – afirmou o motorista.

Já o condutor Valdemar Barbosa, de 53 anos, desta-cou que a operação contri-bui para reduzir os acidentes na estrada:

– Os agentes param os caminhões em mau esta-do de conservação ou sem manutenção adequada. Isto certamente ajuda a preve-nir acidentes e faz com que as empresas de transporte se preocupem mais com a segurança dos motoristas – disse Valdemar, que atua no transporte de carga há qua-tro anos.

eConomia verDe

Enquanto isso as caras e sujas termelétricas es-tão com força totalO risco de apagão no Brasil beira os 20%, se-gundo a consultoria PSR, uma das principais do setor elétrico, mas há usinas eólicas pron-tas que não podem ser colocadas em funciona-mento porque ainda falta linha de transmissão.A matriz energética bra-sileira é motivo de orgu-lho, pois, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica, conta com 66% de hidreletri-cidade. Essa fonte re-novável tem seus incon-venientes, depende do ciclo de chuvas e suas usinas ficam longe dos centros urbanos, o que gera muita perda de energia durante a trans-missão.Dada à proximidade, por-tanto, as hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste podem ser considera-das as mais importantes para atender ao abaste-cimento nacional, con-tudo seus reservatórios apresentam níveis quase tão baixos quanto os de

Danielle Denny | Advogada

eólicas prontas seguem desligadas

2001, ano de racionamen-to, e esvaziaram ainda mais em janeiro, período em que deveriam encher.Em virtude disso, para su-prir a demanda alta dos sis-temas de refrigeração e de ar-condicionado, própria do verão, as termelétricas fo-ram fortemente acionadas. Mas trata-se de uma ener-gia que, além de ser cara, tem origem fóssil (carvão, petróleo e gás natural). Ou seja, polui muito e eleva o preço de energia de curto prazo, aumentando os gas-tos das distribuidoras de eletricidade e possivelmen-te a conta do consumidor.

Enquanto isso, a Chesf - Companhia Hidro Elétri-ca do São Francisco, que venceu vários leilões de linhas de transmissão para parques eólicos no Nordeste, até hoje não concluiu seus projetos. Por essa causa, os con-sumidores pagam por algo disponível que não conseguem receber, afi-nal o investidor está sen-do remunerado desde que concluiu o parque. Assim, a energia limpa que poderia contribuir para afastar o iminen-te risco de apagão vem sendo desperdiçada.

Cidades litorâneas receberão mais de r$ 144 mi do Prodetur

As belas cidades praia-nas fluminenses vão ganhar obras de infraestrutura e empreendimentos culturais que impulsionarão a ativida-de turística na Região Me-tropolitana e no interior. O Prodetur-RJ (Programa de Desenvolvimento ao Turis-mo) já tem R$ 144,2 milhões em projetos aprovados em oito municípios do Polo Li-toral.

O interior vai contar com dois grandes empreendi-mentos: os centros culturais e de exposições de Cabo Frio e Paraty. O programa também já aprovou a cons-trução de cais turístico para a Praia dos Anjos, em Ar-raial do Cabo, a recupera-

ção do Cais dos Saveiros, em Paraty, e intervenções na Estação Hidroviária de Mangaratiba, para fortalecer a ligação com a Ilha Grande.

Com a previsão de maior número de visitantes em Ilha Grande, a Vila do Abraão receberá trabalhos de urba-nização, saneamento e dre-nagem.

Programa vai investir em qualificação

Além de obras de infraes-trutura, o Prodetur vai finan-ciar diversas ações voltadas para a promoção dos mu-nicípios e qualificação dos empregadores e trabalha-dores do setor. No plano de

capacitação, Valença será a primeira cidade a receber cursos preparatórios envol-vendo turismo e hotelaria.

- Já contratamos uma em-presa para identificar as prá-ticas da área e incentivar a formalização. Precisamos de um setor profissionaliza-do para fidelizar os visitan-tes - disse o secretário de Turismo, Ronald Ázaro.

Focada em planejamento para os próximos anos, a secretaria também já con-tratou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para desen-volver uma inédita pesqui-sa turística no interior e na Região Metropolitana. Se-rão investidos aproximada-mente R$ 5 milhões para coletar dados com amostras representativas e traçar es-tratégias, gerar indicadores e criar uma série histórica de estatísticas das deman-das. As equipes já estão sendo treinadas e o distrito de Conservatória, em Valen-ça, será o primeiro a receber a pesquisa.

- Os estudos serão fei-tos nos 23 municípios con-templados pelo Prodetur e também teremos a visão completa das seis regiões estratégicas do estado - ex-plicou Marcos Pereira, ge-rente do Prodetur.

Page 4: Diálogo Metropolitano – Edição 21 – 21/02/2013

4 DiálogoMetropolitanorio De Janeiro

BRASIL E MUNDO

ons diz que alto consumo não provocou falta de energia

A falta de energia que afetou consumidores no Sul, Sudeste e Centro-O-este no dia 04 de fevereiro não foi provocada pelo ex-cesso de demanda, apesar de o calor intenso nas últi-mas semanas, informou o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétri-co (ONS), Hermes Chipp.

“A demanda elevada não tem relação com a ocorrên-cia, porque se estava com os carregamentos das li-nhas de transmissão todos dentro dos limites. Se esse pico de consumo tivesse, por acaso, ocasionado de se operar com sobrecarga, aí podia afetar. Mas não é o caso”, explicou Chipp.

De acordo com o ONS, um primeiro curto-circuito ocorreu às 14h03 na linha de transmissão de 500 quilovolts (kV) Miracema-Colinas C3, de proprie-dade da empresa Intesa, no Tocantins. Em seguida, outro curto-circuito atingiu a linha Miracema-Colinas C2, também de 500 kV, da empresa Taesa, controlada pela Cemig. Isso acarretou o desligamento do circuito restante, de propriedade da Eletronorte. Com isso, houve o desligamento da linha de transmissão Ser-ra da Mesa-Rio das Éguas, separando fisicamente os Sistemas Norte e Nordeste do restante do Sistema In-terligado Nacional.

Segundo Chipp, a linha de transmissão Miracema-Colinas tem capacidade para até 5,1 mil megawatts e

estaria, no momento da in-terrupção, com carga abai-xo disso, “dentro de todos os limites e padrões”.

Chipp também descartou que a falha tenha ocorri-do por falta de manuten-

RAuL RAMoS

ção no sistema. “Todos os equipamentos estão ope-rando dentro dos padrões para os quais eles foram fabricados”. O diretor-ge-ral do ONS calculou que 6 milhões de pessoas foram

afetadas e disse que os cortes de energia foram se-letivos, a fim de preservar hospitais e outras unidades e serviços de utilidade pú-blica, incluindo o transporte por trens e metrô.

» SÁBADO, 22 DE FEVEREIRO DE 2014

senadores defendem endurecimento de punição para casos de racismo

Os senadores Paulo Paim (PT-RS) e João Capiberi-be (PSB-AP) lamentaram o episódio de racismo envol-vendo a australiana Louise Stefany Garcia, de 30 anos, presa em Brasília, no dia 14 de fevereiro depois de in-sultar e se recusar a fazer as unhas com uma manicu-re negra.

“Deve haver um endure-cimento no Código Penal para não permitir o relaxa-mento de prisão preventiva em caso de flagrante em delitos raciais”, disse Capi-beribe, ressaltando que só uma mobilização social e política pode impedir que se repitam situações como essa.

Paim lembrou que, tam-bém na semana passada, o jogador Tinga, do Cruzeiro, foi alvo de ataques racistas da torcida do time peruano Real Garcilaso, durante par-tida da Copa Libertadores. As situações de preconcei-

to foram lembradas durante audiência pública da Co-missão de Direitos Huma-nos do Senado para discutir a proposta de reserva de 20% das vagas em concur-sos públicos federais para negros.

A proposta (PL 6.738/13), enviada pelo Executivo ao Congresso, tramita em re-gime de urgência constitu-cional, já foi aprovada por três comissões na Câmara dos Deputados, mas como ainda não foi totalmente analisada nos 45 dias exi-gidos nesses casos, o texto engrossa a fila de matérias urgentes com pendencia de apreciação no plenário na Casa.

Até que todas essas ma-térias sejam votadas, por ordem de chegada, a pau-ta no plenário da Câmara fica trancada. O das cotas é o mais recente dentre as urgências que tem como o maior desafio no momento

a votação do Marco Civil da Internet.

Se for aprovada na Câma-ra, a matéria ainda precisará ser apreciada no Senado, onde Paulo Paim espera que a votação seja rápida. “Hoje à tarde, vamos fazer uma visita ao presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) para pedir que ele dê uma ligada ao presidente da Câ-mara [Henrique Alves (PM-DB-RN)] para dar agilidade à votação da proposta na Casa”. Ainda segundo Paim, quando chegar ao Senado, o mérito da proposta deve ser debatido em audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Entidades que defendem a proposta, como a organi-zação não governamental (ONG) Educafro, também fizeram um apelo para que o presidente da Câmara convença os líderes a vo-tar logo a proposta. (Karine Melo / Agência Brasil)

horário de verãoA maioria dos estados

economizou energia acima da média de consumo na-cional, de 4,1%, na demanda do horário de ponta nos 120 dias de vigência do horá-

rio de verão. A informação é do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Uma exceção foi Minas Ge-rais, um dos grandes cen-tros consumidores do Bra-sil, que, com uma economia de 4%, o que equivale a 319 megawatts (MW), registrou consumo abaixo da média nacional.

Goiás foi, percentualmen-te, o que menos economi-zou energia na demanda do horário de ponta: 3,5% - o equivalente a 72 MW. O Rio de Janeiro - também um dos grandes centros consumi-dores – foi o segundo esta-do que menos economizou energia percentualmente: 3,8%, embora tenha sido o segundo maior estado em volume de demanda econo-mizada – 300 MW.

O maior centro consumi-dor de energia elétrica do país, o estado de São Pau-lo, foi o que mais reduziu o consumo: 1.027 MW, o equi-valente a 4,8% - 0,7 ponto percentual acima da deman-da média do sistema.

Em volume, Rio Gran-de do Sul, Paraná e Santa Catarina - todos no Sub-sistema Sul – também re-gistraram uma redução de consumo significativa no horário de ponta: 270 MW (4,3%); 205 MW (também 4,3%); e 175 MW (4,4%), res-pectivamente.

Como um todo, o Sub-sistema Sudeste/Centro Oeste economizou 1.915 MW (4,1%) e o Sul 650 MW (4,3%). (Nielmar de Oliveira / Agência Brasil)

Page 5: Diálogo Metropolitano – Edição 21 – 21/02/2013

5DiálogoMetropolitanorio De Janeiro

CULTURA

thell vÊ tv Thell de Castro | Jornalista

viva define equipe de transmissão do Carnaval

O canal Viva estreia na avenida este ano e traz um time experiente, di-versificado e irreverente na transmissão do carna-val do Rio de Janeiro e de São Paulo.A cobertura no Rio de Janeiro conta com repór-teres para lá de conheci-dos do grande público: Tais Araújo, Betty Lago, Bruno de Luca e Saman-tha Schmütz apresentam as seis escolas campeãs de 2014.Já Alexandre Araújo e Vanessa Riche (foto), consagrados no espor-te, outra paixão nacional, comandam a narração dos desfiles. O carna-valesco Max Lopes e a cantora Teresa Cristina reforçam o time como comentaristas.Em São Paulo, a narração fica a cargo do radialis-ta Roberto Nonato e da apresentadora Cuca Laz-zarotto. Entre os comen-taristas estão os músicos Luciana Mello e Rappin Hood, e Dona Leia, ex-presidente da Liga das Escolas de Samba de São Paulo.Na equipe de repórteres

estão: Mariane Salerno e Júlia Bandeira, que repetem a parceria de “Profissão Re-pórter”; Renata Simões, que traz na bagagem experiên-cias como o “Vídeo Show”, Multishow e TV Cultura; Alê Primo, que atuou durante oito anos como diretor e re-pórter no SporTV; e Paulo Vinicius, ex-repórter da TV Cultura e atual apresentador da Vivo TV.

O Viva transmitirá ao vivo e em HD os desfi-les do grupo de aces-so de São Paulo e das campeãs paulistanas e cariocas. Na cober-tura carnavalesca, que acontece nos dias 2, 7 e 8 de março, o canal mostrará a maior fes-ta brasileira direto do Anhembi e da Marquês de Sapucaí.

espaço michael Jackson no santa marta é reformado

Principal ponto turístico do Santa Marta, o espaço Michael Jackson foi total-mente revitalizado e en-tregue aos moradores no dia 14 de fevereiro. A laje onde o cantor gravou um videoclipe, em 1996, foi re-formada pela empresa Tin-tas Coral, que em parceria com o Governo do Estado tem pintado a fachada das casas da comunidade pa-cificada. Mais de 200 edifi-cações já ganharam novos tons pelo projeto Tudo de cor para você.

O espaço de 110 metros quadrados, que tem vista panorâmica da Zona Sul, teve o piso e os guarda-corpos reformados, além de ganhar banheiros, lixei-ras e nova iluminação. As obras dedicadas ao astro norte-americano – a está-tua de bronze e o painel de pastilhas coloridas de Romero Britto – também receberam um tratamento especial. As casas do en-torno também tiveram suas fachadas pintadas com co-res diferentes.

Donos de um trailer onde vendem souvenirs no espaço, o casal Pau-lo Roberto Lopes, de 46 anos, e Andreia Miranda, de 30, estão radiantes com a construção de uma loja física para demonstrar as peças que levam as estam-pas criadas pelo filho Igor, de 11 anos.

– Para mim é a realização

de um sonho ter este es-paço. Os produtos já fica-ram em cima de madeiras e tínhamos que carregar tudo. Agora será só abrir e fechar, por que vai ficar tudo arrumadinho. Tenho certeza de que as vendas

vão aumentar – afirmou Andreia.

As melhorias do espaço eram demanda dos guias de turismo da comunida-de, pois a laje já recebeu cerca de 20 mil visitantes brasileiros e estrangeiros.

» SÁBADO, 22 DE FEVEREIRO DE 2014

Dona da agência Brazili-dade, Sheila Souza, de 40 anos, destacou que a re-forma foi importante para resgatar a história do es-paço e do Santa Marta.

– A laje abriga a Casa de Cultura Dedé, que foi um líder comunitário que fez mutirão para construir o Santa Marta. A revitali-zação vai ajudar a manter nossa identidade, além de ser excelente para o turis-mo local. Trouxe mais infra-estrutura e as pessoas vão se sentir bem melhores aqui – disse Sheila, que leva cerca de 100 turistas por mês para visitar o es-paço.

Projeto renova fachada de casas da comunidade

Em parceria com o Go-verno do Estado, a Tintas Coral está pintando a fa-chada dos cerca de 640 imóveis, que podem ter mais de uma moradia, do Santa Marta. A Emop (Em-presa de Obras Públicas do Estado do Rio) é res-ponsável por deixar o lado externo das edificações pronto para receber a tin-ta.

– Estamos preparando as casas com embolso, an-daime e esquadrias para a Tintas Coral pintá-las. Até o fim de ano devemos ter-minar o embolso de todos

os prédios – explicou Íca-ro Moreno, presidente da Emop.

Em um ano e meio de projeto, 204 edificações – 32% da comunidade – ganharam novas cores. Cerca de 300 mil litros de tintas serão utilizados no total, em 24 diferentes to-nalidades.

– O Santa Marta é um lu-gar central, que atrai pela vista e pela segurança. Tem uma energia especial e, quando cuidados, esta-mos estimulando os mo-radores a cuidarem bem da comunidade também – disse o presidente da Tin-tas Coral, Jaap Kuiper.

Page 6: Diálogo Metropolitano – Edição 21 – 21/02/2013

6 DiálogoMetropolitanorio De Janeiro

GERAL

fifa pede para governo garantir o direito de o público ver os jogos

segurança: são João de meriti ganha companhia destacada

O município de São João de Meriti, na Baixada Flumi-nense, ganhou na segun-da-feira (17/2) uma compa-nhia destacada, com base na Rua Javali, no bairro Vila Ruth. A nova unidade ficará sob a administração do 21° Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Vilar dos Teles, e contará com efetivo de 60 homens, que reforçará o patrulhamento em Jardim Íris, Jardim Botânico, Vila Ruth e Praça da bandeira.

Além da nova Companhia Destacada, já foram inau-guradas unidades em Pen-dotiba e nos Morros do Es-tado e Palácio, em Niterói; no Jóquei, em São Gon-çalo; no Cabuçu, em Nova Iguaçu; além de Covanca, Praça Seca e Pavuna, no Rio de Janeiro. Também já funcionam Companhias no Morro Azul, no Flamengo, na Chatuba, em Mesquita e em Mangueirinhas, em Du-que de Caxias.

– Vila Ruth passará a ter uma vida em paz. As Com-panhias Destacadas têm dado resultados significa-tivos em Niterói, São Gon-çalo e outras regiões. Estas

unidades são importantes porque representam a pre-sença dia e noite da polícia na região, e significa tran-quilidade para a popula-ção. Estamos escrevendo um novo capítulo em São João de Meriti e pedimos à comunidade parceria com a polícia, e que a polícia

seja parceira da comuni-dade – disse o governador Sérgio Cabral.

O secretário de Seguran-ça, José Mariano Beltra-me, destacou que a nova Companhia foi instalada no bairro de Vila Ruth por con-ta de estudos técnicos que apontaram a necessidade

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, fez na últi-ma segunda (17) a última vi-sita de inspeção ao Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, e disse esperar apoio do governo à organi-zação da Copa para com-bater protestos violentos, como o que resultou na morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade. Valcke comentou que a Copa é um evento enorme para qualquer país e que requer do governo cuidado com a segurança e garantia do direito de os torcedores de chegar aos estádios.

“Só há uma maneira de lutar contra isso, é usar a polícia para garantir que as pessoas estarão sobre con-trole”, respondeu Valcke à pergunta de um jornalista estrangeiro sobre a atuação de black blocs nos protes-tos. O secretário-geral da Fifa disse que as manifesta-ções pacíficas são legítimas em qualquer democracia, mas quando há violência, a polícia deve atuar. “O pú-blico tem o direito de ver os jogos”.

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse que, as-sim como as manifestações pacíficas são um direito

constitucional, as manifesta-ções violentas, que atentam contra a vida e depredam patrimônio público e priva-do, têm também tratamento previsto em lei. “Portanto, com Copa ou sem Copa, em qualquer circunstância, bas-ta a aplicação da lei”, disse. O ministro lembrou o caso do cinegrafista morto e dis-se que a lei aplicada levou à prisão dos responsáveis que serão processados e julgados. “Não há porque cogitar medidas que não aquelas previstas em lei”.

Outro ponto de apreen-são, faltando quatro meses para o início da competição,

de se reforçar o policia-mento no local.

– Sessenta policiais atu-arão nesta área específica de São João de Meriti, que foi escolhida porque es-tudos técnicos feitos pelo ISP (Instituto de Segurança Pública) e pelas polícias Mi-litar e Civil mostraram que

os índices de criminalida-de no local estavam altos. Este é um pequeno passo na segurança do municí-pio. A Segurança Pública é uma construção, esta-mos começando com esta companhia, vamos analisar a situação e, se for o caso, poderemos transformá-la

em uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). Mas tudo precisa ser feito em seu tempo. Esta Compa-nhia Destacada vai bene-ficiar muito a comunidade – explicou Beltrame.

Para o comandante-geral da Polícia Militar, José Luís Castro, a unidade de São João de Meriti vai ajudar a combater a criminalidade no local.

– A polícia marca sua presença nessas comuni-dades de São João de Me-riti e a expectativa é que os índices de criminalidade na região diminuam – afirmou Castro.

Moradora do bairro Jar-dim Íris há três décadas, a costureira Alnazizia de Souza, de 39 anos, ficou satisfeita com a instalação de uma Companhia Desta-cada na região.

– Gostei da iniciativa por-que acho que vai melhorar a segurança nos bairros e vai permitir que nossos fi-lhos possam transitar pelas ruas com mais tranquilida-de. Esta é a preocupação de todas as mães – disse a costureira.

» SÁBADO, 22 DE FEVEREIRO DE 2014

é o laudo sobre as obras da Arena da Baixada, em Curi-tiba. Valcke garantiu que a decisão sobre a confirma-ção do estádio paranaense como sede da Copa será conhecida amanhã. Ele dis-se que a espera é porque uma equipe técnica da Fifa fará uma visita ao estádio amanhã para o último rela-tório que embasará a deci-são. Em dezembro, a Fifa manifestou preocupação com o atraso na construção da arena.

Sobre o Estádio Nacional Mané Garrincha. Valcke dis-se que não há muito o que dizer, pois é um de seus pre-

feridos. O chefe do Comitê Organizador Local da Copa, Ricardo Trade, disse estar satisfeito com os impactos percebidos com o estádio de Brasília. “Foram 28 even-tos no ano passado com 640 mil pessoas, quase o dobro do público do antigo estádio em 36 anos. Mais de 2 mil empregos diretos criados, impactando a economia lo-cal. Isso também é motivo de alegria para nós no senti-do de deixar um legado mui-to bom”, afirmou sobre o es-tádio que recebe críticas por ser o mais caro entre os que receberão os jogos da Copa e corre o risco de se tornar

um elefante branco, por não haver nenhum grande time na cidade.

O governador Agnelo Queiroz garantiu que todas as obras em curso estarão prontas antes da Copa, in-cluindo o aeroporto, as vias de acesso ao centro da cida-de, além das melhorias de mobilidade no entorno do estádio. “Não vai ter nenhu-ma obra e máquinas aqui no período da Copa, com cer-teza absoluta, mas acesso confortável, seguro, facili-tado que, graças a Deus, a cidade planejada [Brasília] pode oferecer”. (Danilo Ma-cedo / Agência Brasil)

Page 7: Diálogo Metropolitano – Edição 21 – 21/02/2013

7DiálogoMetropolitanorio De Janeiro

SAÚDE

Dra. Lívia Maria Gennari | Médica CRM-SP 132267

a viDa É frágil. viva Com saÚDe

a batalha pelo leite ma-ternoTrabalhar em Unidade Básica de Saúde é uma grande aventura. A ro-tina é repleta de todos os tipos de queixas, sin-tomas e intercorrências curiosas. Verminoses, cabecinhas com piolho, desnutridos e gordinhos, sapecas e comportados, todos fazem parte do dia a dia de um postinho de periferia. Mas, mesmo com tan-tos temas a serem abor-dados, algo se destaca pela gravidade e impor-tância para o futuro dos

meus pequenos pacientes: a amamentação.Infelizmen-te, os tempos são sombrios, e grande parte dos recém nascidos que entram na mi-nha sala já trocaram o pre-cioso leite materno pelas fórmulas, ou pior, pelo leite integral.Insegurança, medos, cren-ças populares, opiniões e pressões de avós, pais, so-gras, muitos são os motivos que levam uma mãe a desis-tir da amamentação, mas o que mais chama a atenção são as muitas orientações de profissionais da área de saúde que desestimulam e amedrontam a lactente. Ain-

da na maternidade, mui-tos bebês recebem a fór-mula láctea pela primeira vez, pois estimular o con-tato mãe-bebê e ensinar a nova mãe a amamentar dá muito mais trabalho do que preparar uma ma-madeira.Estimular e acolher a nova mãe no consultório é dever não só dos pro-fissionais de saúde, mas de todas as pessoas pró-ximas da família. Os be-nefícios de leite materno são tantos que as pesqui-sas recentes já colocam a amamentação como uma das medidas mais impor-tantes na prevenção de doenças como alergias, obesidade, problemas posturais e até diversos tipos de câncer.No meu cantinho de pe-riferia, a batalha continua e o caminho é longo e lento, mas a satisfação de ver meus pequenos mamando no peito até os 2 anos de idade é gratifi-cante. Negar esse direito a uma criança é condena-la a uma saúde mais frá-gil para toda a vida.

Projeto da fiocruz de vacina contra a esquistossomose é selecionado

O projeto da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) para o desenvol-vimento da vacina contra a esquistossomose é um dos sete selecionados para ser incluído pela Organização Mundial da Saúde no gru-po de projetos prioritários para ser apresentado à As-sembleia Mundial da Saú-de, que ocorrerá em maio.

Uma conquista da Fio-cruz no campo de inova-ção em saúde, o projeto de desenvolvimento da vacina é baseado na molé-cula Sm14 – obtida a partir do Schistosoma mansoni, agente causador da en-fermidade –, e foi isolado pela Fiocruz na década de 1990.

Na avaliação da pesqui-sadora da Fiocruz, Miriam Tendler, do Laboratório de Equistossomose Experi-mental do instituto e líder da pesquisa, o fato do pro-jeto ter sido escolhido pela OMS decorreu do reconhe-cimento da importância da descoberta da vacina no combate às doenças endê-micas nos países pobres e em desenvolvimento e na melhoria da qualidade de vida das populações des-ses países.

“Não trata-se de apenas mais uma simples desco-berta. Se fosse apenas isso - uma coisa acadê-mica e científica – ele [o projeto] não estaria no pro-grama da OMS. O mérito

do projeto é garantir aos países que precisam aces-sibilidade à viabilidade e à qualidade de uma vacina humanitária. Não adianta você gastar uma fortuna, ter uma tecnologia e os pa-íses que precisam não ter acesso à ela”.

Em entrevista à Agência Brasil, a pesquisadora res-saltou o fato de que o Brasil foi, até agora, o único país incluído com este tipo de experiência neste projeto. “Ter reconhecido e selecio-nado um produto do Brasil para um programa que não é regular, ter reconhecido a sua importância para as populações pobres do Bra-sil e da África é de grande importância para o país. É a primeira vez que isto ocor-re dentro da OMS - não é uma rotina”.

O anúncio da indica-ção do projeto da Fiocruz como um dos sete selecio-nados pela OMS e que se-rão apresentados na pró-xima Assembleia Mundial da Saúde foi feito no final de janeiro pelo Conselho Executivo da organização. Concorriam 22 projetos, dos quais sete foram sele-cionados.

Os projetos demonstrati-vos submetidos à OMS de-veriam ter como objetivo o desenvolvimento de tecno-logias em saúde (medica-mentos, diagnósticos, vaci-nas, entre outros) voltadas a doenças que afetam de

forma desproporcional pa-íses em desenvolvimento, onde as lacunas no campo de pesquisa e desenvolvi-mento permanecem sem solução devido a falhas do mercado. As propos-tas, enviadas pelas seis regiões da OMS, deveriam demonstrar alternativas no uso da pesquisa e de-senvolvimento que levem a resultados concretos de inovação.

“Foram aprovados sete projetos nos quais o Sm14 se destaca muito. Porque os outros projetos são mais de organização, de metodologia e logística, de levantamento de dados e de rastreamento. Tem um para leishmaniose, diag-nóstico de estados febris, rastreamento de todos os genomas de parasitas - são projetos mais amplos e menos direcionados como o nosso”, disse.

Em sua avaliação, “o Brasil está diante de uma oportunidade inédita para exercer um papel funda-mental de gerar e atender a demandas tecnológicas que beneficiem diretamen-te os países endêmicos das doenças parasitárias, que não estão inseridas no cenário dos mercados co-merciais explorados pelas indústrias”.

Miriam Tendler salientou que o país tem um parque científico bastante grande, com reconhecimento inter-

serviços domésticos contribuem para o surgimento de lesões na coluna vertebral

Diariamente a manutenção de uma residência exige a força muscular: lavar roupas e louças, limpar o chão e os móveis, organizar a cozinha, o quarto, a sala, o banheiro, a garagem, as áreas de lazer e de churrasco, só de pensar em tudo já ficamos exaustos. Um problema sério é que muitas pessoas praticam to-dos esses serviços sem os devidos cuidados com o cor-po, sem o preparo físico ideal e, geralmente, em um tempo recorde para poder dar conta do recado.

Segundo o fisioterapeuta Giuliano Martins, diretor re-gional da Associação Brasi-leira de Reabilitação de Colu-na (ABRColuna), proprietário do ITC Vertebral Ribeirão e

ITC Vertebral Curitiba e peri-to judicial do trabalho, a má postura associada ao des-gaste muscular durante a pratica dos trabalhos domés-ticos causam danos, princi-palmente, à coluna vertebral. “Os movimentos inadequa-dos de flexão e de torção da coluna geram, ao longo dos anos, desvios posturais, lombalgias e cervicalgias que evoluem para abaulamen-to discais, espondilolisteses – que é o deslizamento de uma vértebra sobre a outra – e hérnias de disco”, explica.

De acordo com o especia-lista passar roupas exceden-do o limite corporal pode de-sencadear em uma lesão por esforço repetitivo, por exem-plo. “Ficar horas em pé, com

a cabeça flexionada olhando para a tábua gera cansaço e, consequentemente, dores na região lombar e no pes-coço. Meu aconselhamento é alternar a atividade a cada vinte minutos, procurando fa-zer outra função como orga-nizar o armário ou uma prate-leira”, ressalta.

Para Giuliano Martins mu-danças simples de hábitos podem prevenir o surgimen-to de lesões. “A primeira coi-sa é praticar atividades físicas regularmente para fortalecer os músculos. Em casa deve-se, sempre, dividir o peso com as duas mãos ao se car-regar um balde, agachar até o solo para pegar utensílios no chão, preferir cabos mais longos em rodos e vassouras para manter a coluna reta e evitar arrastar móveis sozi-nho”, destaca.

E mesmo depois da missão cumprida, o especialista cha-ma a atenção para o momen-to de descanso. “O repouso no lar deve ter seus cuidados também. É importante deitar com as costas totalmente apoiadas no sofá, se possível com as pernas acomodadas sobre um pufe. Dormir sem-pre na posição lateral com um travesseiro entre os jo-elhos e conferir o prazo de validade do colchão”, finaliza.

nacional, mas com baixíssi-ma produção tecnológica. “Temos no país um parque científico bastante grande, com reconhecimento inter-nacional, mas com baixíssi-ma produção tecnológica. Temos tido um avanço mui-to grande na ciência, mas há ainda dificuldade em transformar essa ciência de boa qualidade em pro-duto”, admitiu.

A vacina para esquis-tossomose, desenvolvida e patenteada pelo IOC/Fiocruz, é o primeiro imu-nizante para a doença no mundo. O projeto finalizou, no ano passado, a etapa de testes clínicos de fase

1, em seres humanos, que mostraram segurança e eficácia de proteção con-tra a doença. Para sua pro-dução, os pesquisadores utilizaram a proteína Sm14 – obtida do Schistosoma mansoni, agente causador da enfermidade –, isolada no instituto ainda na déca-da de 1990.

Segundo a Fiocruz, o imunizante também se mostrou eficaz para a fas-ciolose (verminose que afeta o gado), além de abrir espaço para o desenvolvi-mento de vacinas voltadas a outras doenças humanas provocadas por helmintos.

O modelo de pesquisa

da Sm14 é também inédito na Fundação, pois é fruto da primeira parceria públi-co-privada desenvolvida pela instituição, firmada com a empresa Ourofino Agronegócios. O anúncio da eficácia e segurança da vacina foi feito em junho do ano passado. O estudo foi apoiado financeiramente pelo IOC e pelos mecanis-mos de financiamento de pesquisas científicas como Conselho Nacional de De-senvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fi-nanciadora de Estudos e Projetos (Finep), entre ou-tros. (Nielmar de Oliveira / Âgencia Brasil)

» SÁBADO, 22 DE FEVEREIRO DE 2014

Page 8: Diálogo Metropolitano – Edição 21 – 21/02/2013

8 DiálogoMetropolitanorio De Janeiro

RIO TOTAL EDIÇÃO: THELL DE CASTROCIDADES

operação combate valores abusivos nas praias da cidade

A Prefeitura do Rio lan-çou no dia 12 de fevereiro a operação “Consumidor, essa é a sua praia”, uma série de iniciativas que visa à fiscalização de pre-ços e ao combate de valo-res abusivos nas praias da cidade. Preocupado com os preços altos no Rio, o prefeito Eduardo Paes publicou no Diário Oficial do Município decreto que institui a Frente Municipal de Combate às práticas abusivas previstas no Có-digo de Defesa do Con-sumidor e dispõe sobre a intervenção conjunta da Secretaria Extraordinária de Proteção e Defesa do Consumidor/Procon Ca-rioca e a Secretaria de Ordem Pública nas ope-

rações de fiscalização na orla da cidade.

As operações perma-nentes serão realizadas em 23 pontos da orla, do Flamengo ao Recreio dos Bandeirantes. O objetivo é que o projeto – que co-íbe o aumento exagerado de preços e exige que tabelas com os valores cobrados sejam exibidas em local público – seja estendido em breve para o restante da cidade.

Nesta primeira ação, “Consumidor, essa é sua praia!”, fiscais e agentes da prefeitura distribuirão exemplares do Código de Defesa do Consumidor (Lei Federal 8.078/90) e entregarão panfletos edu-cativos com orientações

aos comerciantes e con-sumidores sobre eleva-ção de preços sem justa causa; cobrança abusiva; venda casada; valores di-ferenciados para consu-midores locais e turistas, tabelas de preços rasu-radas, dentre outras prá-ticas.

De acordo com a secre-tária municipal de Defesa do Consumidor e coor-denadora do Procon Ca-rioca, Solange Amaral, a partir do próximo sábado, quem for flagrado na orla com práticas que prejudi-quem o consumidor será notificado, multado, ou, em casos mais graves, po-derá perder a licença con-cedida pela prefeitura:

- Pela primeira vez, o

Código de Defesa do Consumidor vai à praia. Nosso objetivo é estimu-lar uma melhor convivên-cia entre consumidores e fornecedores.

O decreto visa ao cum-primento do Código de Defesa do Consumidor, que considera que oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegu-rar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garan-tia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentem à saúde e segurança dos consumido-res. O texto veda ainda ao fornecedor de produtos ou serviços elevar sem justa causa o preço de produtos

e serviços, exigir vantagem manifestamente excessiva do consumidor, entre ou-tras práticas abusivas.

De acordo com o Có-digo, é proibido elevar sem justa causa ou cobrar preços muito altos e abu-sivos; oferecer produto ou serviço sem antes in-formar o preço de forma clara e ostensiva ao con-sumidor; condicionar a venda de um produto à aquisição de outro, como alugar barraca ou cadeira somente se houver com-pra de bebida ou alimento no mesmo local; e cobrar preços diferenciados para consumidores locais e tu-ristas. Entre as obrigações dos comerciantes estão a exposição de cardápios, tabelas de preços e todas as formas de pagamento de forma clara, ostensiva

e atualizada na entrada dos estabelecimentos ou junto aos produtos anun-ciados; e cobrança de couvert artístico somen-te com música ao vivo e com os valores afixados de forma visível. De acor-do com a lei municipal é proibida ainda a cobrança de consumação mínima e os estabelecimentos situ-ados em áreas turísticas são obrigados a disponi-bilizar cardápios em por-tuguês, inglês e espanhol.

Reclamações e denún-cias podem ser realizadas através da Central 1746 ou pelos canais de aten-dimento do Procon Cario-ca: www.facebook.com/proconcarioca; twitter.com/ProconCarioca; [email protected] e www.rio.rj.gov.br/web/proconcarioca.

bombeiros recebem veículo para reduzir tempo de combate a incêndio

O Corpo de Bombei-ros recebeu no dia 14 de fevereiro um veículo de combate a incêndio com tecnologia inédita base-ada em jatos de dióxido de carbono (CO2) vapori-zado, mantido liquefeito à baixa temperatura.

O projeto foi desenvol-vido pelo Grupo de Aná-lise de Risco Tecnológico e Ambiental da Coppe/UFRJ (Universidade Fede-ral do Rio de Janeiro) em parceria com a empresa Cdiox Engenharia, e atua com descarga massiva de CO2 em estado líquido, à baixa temperatura e alta pressão.

O veículo será testado nas próximas semanas em situações reais de comba-te a incêndio e a expecta-tiva é de que a tecnologia seja capaz de controlar as chamas em tempo menor que os tradicionais cami-nhões-pipa.

Além disto, o equipa-mento é uma alternativa eficaz para debelar incên-

dios em locais sensíveis ao uso da água, como mu-seus, bibliotecas e igrejas, que abrigam obras de arte e patrimônios históricos, e também centros de pro-cessamentos de dados e centrais de telefonia, cujos equipamentos se danifi-cam com a ação da água.

– Esta nova tecnologia se apresenta como um divisor de águas na história do combate a incêndios, cujo procedimento é mais sim-plificado e oferecerá mais segurança para os bombei-ros que vão operar o equi-pamento. Ajudará a salvar vidas, combater incêndios e a minimizar danos em locais que preservam pa-trimônios históricos – expli-cou o secretário de Defesa Civil e comandante dos Bombeiros, coronel Sérgio Simões, durante a soleni-dade de demonstração do novo caminhão, que acon-teceu no Complexo de En-sino Coronel Sarmento do Corpo de Bombeiros, em Guadalupe.

Quatorze bombeiros re-ceberam treinamento prá-tico para operar o veículo, que tem capacidade para conduzir de 12 a 20 tonela-das de CO2. A quantidade mínima já é considerada

» SÁBADO, 22 DE FEVEREIRO DE 2014

suficiente para controlar incêndios em casas e escri-tórios.

Orçado em R$ 5,5 mi-lhões, o projeto foi financia-do pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e

contou com o apoio da em-presa White Martins, que customizou o caminhão para o uso da tecnologia.

– A tecnologia tem capa-cidade para atingir locais de difícil acesso e pode

ajudar a conter incêndios em comunidades situadas em morros e em locais sem redes de distribuição de água – disse o diretor da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa.