Diário do Comércio (18/06/2014)
-
Upload
diario-do-comercio -
Category
Documents
-
view
263 -
download
8
description
Transcript of Diário do Comércio (18/06/2014)
Nelson Jr/STF
São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 2014Conclusão: 23h45 www.dcomercio.com.br
Jornal do empreendedorAno 90 - Nº 24.146R$ 1,40
ISSN 1679-2688
9 771679 268008
24146
Página 4
O STF da Copa (à esq.) perde um dos 11 juízes do Mensalão. O capitão, presidente JoaquimBarbosa, contundiu-se com a marcação cerrada de advogados de mensaleiros. Passou a bola parao vice Lewandowski, que a entregou para o ministro Barroso. O jogo deverá mudar. Pág. 5
Desfalque:Barbosa seexpulsa doMensalão.
Felipe Sampaio/STF
SUADÍVIDAEM SUAVESP R E S TA Ç Õ E SDevedores de tributos estaduais podemregularizar sua situação fiscal com redução demultas e juros. O fisco estadual mantém abertos,pela primeira vez, dois programas que permitemparcelar ICMS e IPVA. A diretora de arrecadaçãoda Secretaria da Fazenda de SP, Érika Yamada,explica como os programas vão funcionar. Pág. 13
Corrida para o jogo doBrasil congestiona
trânsito e metrô. P á g. 8
Sufoco nac o n c e n t ra ç ã o
paulistana
André Lucas Almeida/Estadão Conteúdo
Iraque: a volta daguerra étnica?Violência nos confrontos entre forças xiitasligadas ao governo e extremistas sunitasindicam nova guerra sectária no país. Pág. 7
Alaa Al-Marjani/Reuters
HAVIA UM OCHOA NO CAMINHOPara os mexicanos, goleiro foi herói (Neymar que o diga).Para a Seleção, uma muralha a ficar na memória de todos.
Sinal amarelo após o 0 a 0. Copa 2014: págs. 9 e 10.
Sérgio Moraes/Reuters
2 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 18 de junho de 2014
A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO I N T E R NO
O Planalto e o PT já não falam a mesma linguagem política em várias circunstâncias em quadrantes.José Márcio Mendonça
TRAIR E COÇAR... O cheiro de novas"cristianizações"voltou a empestearo cenário eleitoralbrasileiro este ano,embora no planofederal aindanão existam sinaisclaros sobrepossíveis traições
JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA
As expressões "cristia-
nizar" e "cristianiza-
ção" entraram no di-
cionário político bra-
sileiro nas eleições presiden-
ciais de 1950, como sinônimos
de trair e traição. O ex-ditador
Getúlio Vargas, apeado do po-
der em 1945, tentava seu pri-
meiro mandato pela via do vo-
to pelo PTB, seu partido de "es-
querda", "popular". Seu prin-
c i p a l c o n c o r re n t e e r a o
brigadeiro Eduardo Gomes,
candidato da UDN, "conserva-
dor", de "direita". Disputava
ainda o mineiro Cristiano Ma-
chado, pelo PSD, outro partido
ligado ao getulismo, "conser-
vador", de "centro-direita".
No meio da campanha, o
PSD, que tinha entre seus caci-
ques vários políticos que se fi-
zeram à sombra de Getúlio no
Estado Novo (muitos deles ex-
interventores nos estados no-
meados pelo ditador), aban-
donou gostosamente Cristia-
no Machado para derrotar o
udenista Eduardo Gomes.
Atraição sempre foi pró-
pr ia da pol í t ica, em
qualquer quadrante.
Normalmente, porém, ela se
faz à sombra, nunca escanca-
radamente e à luz do dia. No
Brasil, no plano nacional,
1950 foi a primeira vez em que
tal desfaçatez se deu, ao me-
nos em grande escala.
Depois disso tivemos ou-
tras menos visíveis, porém
não menos notáveis . Por
exemplo: em 1960, parte dos
apoiadores do candidato ge-
neral Henrique Lott, da dupla
PSD-PTB, abandonou o candi-
dato oficial e bandeou-se pa-
ra o oposicionista Jânio Qua-
dros, da UDN. Para o cargo de
vice-presidente, parte dos ja-
nistas traiu seu companheiro
Milton Campos e ajudou a ele-
ger Jango Goulart, do PTB,
parceiro de Lott. Na época era
possível o voto separado para
presidente e vice.
Mesmo em eleições indire-
tas a traição bateu ponto na
política brasileira. Paulo Maluf
elegeu-se governador de São
Paulo com os votos dissiden-
tes da Arena, cujo candidato
oficial ao Palácio dos Bandei-
rantes, era Laudo Natel, indi-
cado pelo então presidente,
general Ernesto Geisel. Tan-
credo Neves chegou (sem to-
mar posse, por doença) à pre-
sidência com a ajuda de votos
dos governistas do PFL, train-
do o "traidor" Maluf.
Na primeira eleição dire-
ta para o Palácio do Pla-
nalto depois do fim do
regime militar, em 1989, a
"cristianização" correu solta
também. Foi claro o abandono
a que foram relegados Ulysses
Guimarães (PMDB) e Aurelia-
no Chaves (PFL) por seus cor-
religionários, que correram
alegremente para os braços
de Fernando Collor, a novida-
de que se tornou o maior de-
sastre da recente história polí-
tica brasileira. Curioso – ou
mera coincidência– é que es-
sas traições acabaram de-
sembocando, de uma forma
ou de outra, em algum tipo de
tragédia política. Getúlio sui-
cidou-se no poder, Jânio re-
nunciou, Jango sofreu um gol-
pe, Tancredo não tomou pos-
se, Sarney foi um desastre no
governo e Collor sofreu um im-
peachment.
O cheiro de novas "cristiani-
zações" voltou a empestear o
LUIZ OLIVEIRA RIOS
PresidenteRogério Amato
Vice-PresidentesAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCesário Ramalho da SilvaEdy Luiz KogutJoão Bico de SouzaJosé Maria Chapina AlcazarLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesMiguel Antonio de Moura GiacummoNelson Felipe KheirallahNilton MolinaRenato AbuchamRoberto Mateus OrdineRoberto Penteado de CamargoTicoulatSérgio Belleza FilhoWalter Shindi Ilhoshi
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]). Editor de Reportagem: José Maria dos Santos([email protected]). Editores Seniores: chicolelis ([email protected]), José Roberto Nassar([email protected]), Luciano de Carvalho Paço ([email protected]), Luiz Octavio Lima([email protected]), Marcus Lopes ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected]).Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Heci Regina Candiani ([email protected]), Tsuli Narimatsu([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]. Subeditores: Rejane Aguiar e Ricardo Osman.Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Jaime Matos e Sandra Manfredini. Repór teres: André de Almeida, Karina Lignelli, LúciaHelena de Camargo, Mariana Missiaggia, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Sílvia Pimentel e Victória Brotto.Editor de Fotografia: Agliberto Lima. Arte e Diagramação: José dos Santos Coelho (Editor), André Max, Evana Clicia Lisbôa Sutilo,Gerônimo Luna Junior, Hedilberto Monserrat Junior, Lino Fernandes, Paulo Zilberman e Sidnei Dourado.
E-mail para Cartas: [email protected] E-mail para Pautas: e d i t o r @ d c o m e r c i o. c o m . b rE-mail para Imagens: [email protected] E-mail para Assinantes: c i r c u l a c a o @ a c s p. c o m . b r
Publicidade Legal: 3180-3175. Fax 3180-3123 E-mail: l e g a l d c @ d c o m e r c i o. c o m . b rPublicidade Comercial: 3180-3197, 3180-3983, Fax 3180-3894
Central de Relacionamento e Assinaturas: 3180-3544, 3180-3176
REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911, São PauloPABX (011) 3180-3737 REDAÇÃO (011) 3180-3449 FAX (011) 3180-3046, (011) 3180-3983
HOME PAGE http://www.acsp.com.br E-MAIL [email protected]
CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, Marcel SolimeoDiretor de Redação Moisés Rabinovici ([email protected])
Gerente Executiva e de Publicidade Sonia Oliveira ([email protected])Gerente de Operações Valter Pereira de Souza ([email protected])Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estadão Conteúdo, Folhapress, Efe e ReutersImpressão S.A. O Estado de S. Paulo.Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60
Esta publicação é impressa em papelcertificado FSC®, garantia de manejo florestalresponsável, pela S.A. O Estado de S. Paulo.
FALE CONOSCO
Fundado em 1º de julho de 1924
SXC
cenário eleitoral brasileiro es-
te ano. No plano federal ainda
não existem sinais claros so-
bre possíveis traições, embo-
ra isto não possa ser claramen-
te afastado diante de interes-
ses que vão além
de 2014 e já se
projetam pa-
r a a s e l e i-
ç õ e s d e
2018, para
a qual já há
pelo menos
um candida-
to declarado –
e já em plena
c a m p a n h a ,
com a disposi-
ção de vir a co-
mandar as come-
morações do bicente-
nário da Independên-
cia em 2022.
As conveniên-
c i a s d e s s e
c a n d i d a t o
podem, no frigir dos
ovos, d i tar certos
comportamentos partidários
já em curso e tidos agora co-
mo incompreensíveis. E di-
tam também certos temores
nascidos no Palácio do Planal-
to. O Planalto e o PT já
não falam a mes-
ma linguagem
política em vá-
r ias c i rcuns-
tâncias em di-
versos quadran-
tes. Uma dúvida se
instalou: a reeleição
pode vir a ser um
empecilho para "o
grande retorno".
No campo estadual, o cam-
po está fértil para a "cristiani-
zação", ligada naturalmente à
passagem de 2014 para 2018.
Homens serão lançados ao
mar, sem piedade.
Enfim, como diz o dito po-
pular, e título de uma peça
teatral de grande sucesso de
público no Brasil, "trair e co-
çar é só começar".
JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É
J O R N A L I S TA E A N A L I S TA POLÍTICO
Milhões são
gastos em
campanhas
publicitárias de várias
empresas, apregoando
a excelência de seus
produtos. Mas, com as
exceções de praxe, pouco
tem sido feito em termos
de investimentos
no endomarketing,
que é difundir a cultura
organizacional de que
cada unidade de negócios,
dentro da própria
empresa, é cliente da outra
unidade de negócios,
e assim sucessivamente,
até a qualidade final no
atendimento aos
clientes externos.
De fato, não é possível
falar em excelência no
atendimento aos clientes
externos se, em primeiro
lugar, não falarmos na
qualidade do atendimento
interno – a saber, a quantas
anda, em termos de
qualidade, as relações
interpessoais e
interdepartamentais no
microuniverso da própria
empresa. Numa palavra: a
valorização humana do
indivíduo na empresa.
Nas modernas
organizações desta
segunda década do terceiro
milênio, não pode
mais haver divisões
estanques da empresa, ao
estilo "minha área é
finanças", "meu setor é o de
informática", "sou gerente
de vendas", isto é, cada qual
se limitando a fazer parte
de um dado setor e agindo
como tal, esquecendo-se
de que todos os setores de
qualquer empresa, de
qualquer ramo ou porte,
precisam formar um todo-
sinérgico em prol de prestar
bons serviços aos clientes.
Nessa herança gerencial
oriunda do pioneiro
Henry Ford e do estudioso
Taylor (o "pai da Teoria
Mecanicista"), quando
o foco na subdivisão do
trabalho era predominante
(funções, digamos,
"fechadas", sem uma
perspectiva do todo), o risco
está justamente na visão
estreita de que, "fazendo a
minha parte bem feito",
pronto: já fiz o melhor que
pude; portanto, os demais
colegas é que precisam
"se virar" para também se
saírem a contento.
Nos dias atuais,
pois, quando tudo está ao
alcance da mão de todos de
maneira simultânea, não
obstante a expertise
individual e o respectivo
talento continuarem
indispensáveis, cada
setor interno da
organização precisa se
integrar a uma unidade de
ação, cada qual dando
atendimento de ótima
qualidade às demandas
internas, numa cadeia
de excelência que vai do
"chão da fábrica" (uma
expressão da era fordista)
ao pós-atendimento aos
clientes externos.
Não adianta ter
uma ótima equipe de
vendas se o setor de
compras, por exemplo,
não estiver operando
no mesmo diapasão
harmonioso, ou a cobrança
tratar mal os clientes em
atraso ou inadimplentes,
ou a produção estar
desorganizada, atrasando
vários pedidos, quebrando
as promessas feitas
pelos vendedores, ou o
caixa sequer souber
dar um gostoso "bom dia!"
aos clientes que fecharam
uma compra.
Quais são os requisitos
mínimos para que uma
empresa tenha excelência
no seu atendimento
interno? Eis os essenciais:
- Líderes que deem
exemplos pela própria ação
e não chefes centralizadores
e casmurros;
- Conversas francas, com
feedbacks assertivos, e não
reuniões "caça-culpados";
- Programa continuado
de treinamento e
desenvolvimento, sendo o
treinamento para aprimorar
as habilidades técnicas
de cada colaborador
e o desenvolvimento para
fomentar a plena
potencialidade de cada
ser humano,
independentemente
do cargo que ocupe
na empresa;
- Valores compartilhados,
sendo que o principal
valor deverá ser o
comprometimento em
servir o próximo e não
o obter o lucro pelo lucro;
- Ética nas relações
humanas, nas relações
trabalhistas, sociais e nas
transações comerciais,
re f o rç a n d o
nos clientes que a empresa
não visa tão somente
ao seu dinheiro, mas
está comprometida
em bem servi-lo antes,
durante e no pós-vendas.
Construindo um
cenário assim – e isto
um bom programa de
Endomarketing definirá –
sem dúvida a empresa,
micro ou macro, terá o
melhor dos seus diferenciais
competitivos nestes
mercados hiper agressivos:
pessoas contentes, bem
integradas no clima
organizacional, dando um
show no atendimento e
fidelizando clientes.
E, reconheça-se com
justiça, foi Henry Ford,
perdoando-se algumas
de suas bizarrices, quem
lançou a semente
do pós-atendimento. Em
rede, mas sempre primando
pela qualidade total.
LUIZ OLIVEIRA RIOS É
ESPECIALIZADO EM
DE S E N VO LV I M E N TO DE RH,EMPRESÁRIO E C O N S U LTO R DE
EMPRESAS.OLIVEIRA.RIOS@H OT M A I L .COM
SXC
quarta-feira, 18 de junho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 3
Máquina de fazer fumaça
O SEMEADOR DEÓDIO NO PAÍS
RESTRIÇÕES À INFORMAÇÃO PREJUDICAM COMPREENSÃO DOS AMERICANOS SOBRE GUERRA.
As definições
esquisitas de "eles"
e "nós", as acusações
às "elites", as falácias
sobre campanhas da
mídia contra o petismo
são armas que começam
a falhar.As sementes
do ódio já não
vingam facilmente.
PAULO SAAB
"A elite brasileira está
conseguindo fazer o que nós
nunca conseguimos: desper-
tar o ódio de classes".
Lula, ex-presidente do Bra-sil e atual presidente de ofício.
OBrasil é
definitivamente
um país generoso. Uma
declaração como esta, que
além de enganosa pela
imprecisa definição de
elite – da qual Lula faz
parte – representa uma
confissão de culpa que, se
o Congresso não fosse
dominado pelo petismo
populista, levaria seu autor
às barras dos tribunais.
Ninguém com capacidade
de pensar duvida mais
que o projeto de poder
perpétuo do PT no poder
está lastreado no
maniqueísmo propalado e
posto em prática de Lula,
de semear o ódio e a divisão
de classes no Brasil como
forma de garantir a
hegemonia petista.
"Eu vou te contar uma
coisa: eles não sabem o que
nós seremos capazes de
fazer, democraticamente,
para fazer com que Dilma
seja a nossa presidenta por
mais 4 anos nesse país",
disse ainda Lula. É mais
uma confissão de quem
verdadeiramente semeia
o ódio no País há décadas.
Mas que começa a
colher do próprio veneno.
Primeiro, a divisão
mentirosa, demagógica
entre "nós" (eles) e "eles"
(nós), insuflada desde
sempre. Quanto à afirmação
de que "eles" (nós) não
sabem o que os petista
serão capazes de fazer",
sabemos, sim, e por isso
Lula está, mais do que
nunca, desgovernado,
falando sandices, por ter sua
ação mentirosa finalmente
desmascarada. Não estava
ele preparado para isso,
tamanha era e ainda é a
arrogância de quem se
tornou o dono da vontade
nacional.
A palavra
"democraticamente" foi
colocada ali de propósito,
dentro de outra estratégia
populista de má fé do
petismo de, defendendo a
democracia, acabar com ela
para implantar a ditadura
permanente do partido.
Essas definições
esquisitas de "eles" e
"nós", as acusações às
"elites", as falácias sobre
campanhas da mídia contra
o petismo, são armas que
começam a falhar. É sempre
bom lembrar que o ministro
da propaganda de Hitler – e
como o PT gosta de uma
propaganda paga com
dinheiro público! – a f i rm a v a
que uma mentira dita mil
vezes virava uma verdade.
Não foi o que se viu com o
desmantelamento do III
Reich, como se começa a ver
agora o desmantelamento
da demagogia populista
petista.
Não se pode perder o
respeito pela
autoridade. Mas quem mais
tem contribuído para a
disseminação da falta de
educação, do decoro,
da ética, da moralidade, do
bom exemplo, são os
próprios petistas. E Lula não
o é o melhor exemplo de
boa educação na forma de
se referir a terceiros.
O que o então petista
(ainda o é no conchavo
interno do partido) André
Vargas fez com o presidente
do STF não foi o mesmo que
o público fez com Dilma
no Itaquerão? E por que
Dilma não discursou? Por
que Lula não compareceu?
O veneno está se voltando
contra a cobra venenosa
que está contaminando
o País, o próprio PT.
Acostumados ao
salamaleque dos puxa-
sacos e interessados no
dinheiro público, Lula e
demais companheiros, se
imaginaram acima da lei,
do bem e do mal. Fizeram e
ainda farão coisas que nem
imaginamos para não perder
o poder. Mas, quanto mais
mostrarem a verdadeira
face do PT raivoso, mais vão
espantar a própria freguesia
e não as "zelites" como
diz o apedeuta ex-
presidente ainda mandão.
A farsa está acabando. É
até possível que Dilma seja
reeleita. Mas, será, como já
começou, apenas o início
melancólico do final da era
lulista no poder, porque o
grau de corrupção, de
desentendimento na disputa
do cofre púbico, na ganância
nunca antes vista neste
País, sem nenhum pudor,
vai por si só fazer
desmoronar o I Reich petista
ou a União Soviética dos
Sonhos Petistas.
Em tempo: a Copa
do Mundo, trazida ao
Brasil para ser palanque
demagógico do lulismo, não
tem nada a ver com isso. E,
independentemente do
resultado do jogo de ontem
do Brasil, e do resultado final
da Copa, o governo Dilma
não conseguirá ser melhor
do que é nem vai piorar
do muito ruim que é.
PAU L O SAAB É J O R N A L I S TA ,PA L E S T R A N T E E E S C R I TO R
CHELSEA MANNING
Quando escolhi reve-
lar informações se-
cretas em 2010, foi
por amor ao meu
país e pelo sentido de dever
para com o próximo. Agora,
estou cumprindo uma senten-
ça de 35 anos de detenção (em
Fort Leavenworth, Kansas)
por essas revelações não au-
torizadas. Sei que minhas
ações transgrediram a lei,
mas as razões que me motiva-
ram não foram resolvidas.
Agora que o Iraque irrompe
em guerra civil e os EUA cogi-
tam nova intervenção, deve-
ria se dar nova urgência à
questão de como os militares
americanos controlaram a co-
bertura da mídia sobre seu
longo envolvimento no Iraque
e no Afeganistão. Os limites
atuais sobre a liberdade de im-
prensa e o excesso de sigilo do
governo impedem que os
americanos entendam direito
o que ocorre nas guerras que
financiamos.
Se você acompanhava as
notícias das eleições iraquia-
nas de março de 2010 talvez
lembre que a imprensa foi
inundada de reportagens de-
clarando as eleições um su-
cesso, cheias de casos positi-
vos e de fotos de mulheres exi-
bindo os dedos manchados de
tinta. As entrelinhas diziam
que os EUA tinham tido êxito
na criação de um Iraque está-
vel e democrático.
Mas as pessoas que fo-
ram enviadas para lá
tinham consciência
de uma realidade mais com-
plicada. Os relatórios militares
e diplomáticos que passaram
pela minha mesa detalhavam
uma repressão brutal contra
os dissidentes políticos por
parte do Ministério do Interior
do Iraque e da polícia federal,
em defesa do primeiro minis-
tro Nouri Al-Maliki. Os detidos
quase sempre eram tortura-
dos, ou até assassinados.
No começo de 2010, recebi
ordens para investigar 15 pes-
soas que a polícia federal ha-
via detido por suspeitas de im-
primir "material anti-iraquia-
no". Descobri que essas pes-
soas não tinham ligação com o
terrorismo; estavam publi-
cando uma crítica acadêmica
contra a administração de Al-
Maliki. Encaminhei a desco-
berta ao comandante de Bag-
dá. Ele respondeu que não
precisava dessas informações
e que eu deveria auxiliar a po-
lícia federal a localizar mais
gráficas "anti-iraquianas".
Fiquei chocado pela cum-
plicidade dos nossos mi-
litares com a corrupção
dessa eleição. Mas os deta-
lhes incômodos voaram abai-
xo do radar da mídia america-
na. Nós, analistas de inteli-
gência, e os oficiais a quem
nos reportávamos, tínhamos
acesso a um resumo minucio-
so da guerra que poucos ou-
tros tinham. Como poderia o
alto escalão dizer que o públi-
co americano apoiava o confli-
to, quando eles não sabiam
metade da história?
Quanto mais eu fazia com-
parações diárias entre as notí-
cias nos EUA e os relatórios mi-
litares e diplomáticos a que ti-
ve acesso como analista, mais
consciente ficava da discre-
pância. Em contraste às ins-
truções sólidas que criávamos
em terra, as notícias disponí-
veis ao público eram repletas
de especulações obscuras e
simplificações.
Um indício dessa discrepân-
cia encontra-se nos relatórios
de relações públicas. Perto do
topo de cada informe oficial
encontra-se o número de jor-
nalistas incorporados ligados
às unidades das forças milita-
res americanas em uma zona
de combate. Nunca vi essa
contagem ultrapassar 12. Ou
seja, em todo o Iraque, com 31
milhões de habitantes e 117
mil soldados dos EUA, não
mais de uma dúzia de jornalis-
tas americanos fazia a cober-
tura das operações militares.
Oprocesso de limitar o
acesso da imprensa a
um conflito começa
quando um repórter se inscre-
ve. Todos são cuidadosamen-
te verificados pelos oficiais de
relações públicas e o sistema
está longe de ser imparcial.
Não é de surpreender que re-
pórteres com contatos com os
militares tenham maior pro-
babilidade de obter acesso.
O que é menos conhecido é
que os jornalistas que os con-
tratantes militares classifi-
cam como produtores de co-
bertura "favorável", também
têm preferência. Essa classifi-
cação é usada para eliminar os
julgados suscetíveis de produ-
zir uma cobertura crítica.
Os repórteres que conse-
guiram a condição de incorpo-
rado no Iraque então tiveram
de assinar um acordo com as
"regras básicas" para a mídia.
Já houve inúmeros casos de
encerramento do acesso de
repórteres após uma reporta-
gem controversa. Em 2010, o
saudoso repórter da revista
Rolling Stone, Michael Has-
tings, perdeu o acesso após
uma reportagem crítica da ad-
ministração Obama feita pelo
general Stanley McChrystal e
sua equipe no Afeganistão.
Se a condição de incorpo-
rado de um repórter for
encerrada, ele ou ela en-
tra na lista negra. O programa
de limitar o acesso da impren-
sa foi contestado judicialmen-
te em 2013 por um repórter
freelancer, Wayne Anderson,
que alegou ter cumprido seu
acordo, mas foi desligado
após publicar reportagens
desfavoráveis sobre o conflito
no Afeganistão. A sentença
sustentou a posição dos mili-
tares de que a Constituição
não protegia o direito de ser
um jornalista incorporado.
O programa de repórter in-
corporado, que continua no
Afeganistão e onde quer que
os Estados Unidos enviem tro-
pas, é profundamente infor-
mado pela experiência militar
de como a cobertura da im-
prensa mudou a opinião públi-
ca na Guerra do Vietnã. Os
controladores de acesso das
relações públicas têm poder
demais: os repórteres natural-
mente temem que seus aces-
sos sejam cortados, então ten-
dem a evitar reportagens con-
troversas que poderiam le-
vantar bandeiras vermelhas.
O programa existente força
os jornalistas a concorrerem
entre si por "acesso especial"
às questões vitais de política
externa e interna. Muito fre-
quentemente, isso produz re-
portagens que bajulam quem
tem o poder de decisão no alto
escalão. Uma consequência é
que o acesso do público ame-
ricano às informações fica res-
trito, o que deixa a opinião pú-
blica sem ter como avaliar a
conduta dos oficiais .
Os jornalistas têm um papel
importante a desempenhar,
exigindo reformas do sistema
de incorporação. A transpa-
rência, garantida por um ór-
gão fora do controle dos ofi-
ciais de relações públicas, de-
veria governar o processo de
credenciamento. Um órgão in-
dependente, com membros
dos funcionários das forças
militares, veteranos, civis do
Pentágono e jornalistas, pode-
ria equilibrar a necessidade de
informações com as necessi-
dades militares de segurança
operacional.
Os repórteres deveriam
ter acesso oportuno às
informações. Os mili-
tares poderiam fazer mais pa-
ra possibilitar a rápida des-
classificação das informações
que não prejudiquem as mis-
sões militares. Os Relatórios
de Atividades Significativas
dos militares, por exemplo,
fornecem um resumo rápido
das ocorrências como atenta-
dos e feridos. Frequentemen-
te confidenciais, esses resu-
mos poderiam ajudar jornalis-
tas a reportar fatos com mais
p re c i s ã o.
Pesquisas de opinião indi-
cam que a confiança do públi-
co americano em seus repre-
sentantes eleitos está em
uma baixa histórica. Melhorar
o acesso dos meios de comu-
nicação a esse aspecto crucial
da vida nacional – aonde os
EUA enviam os homens e mu-
lheres de suas forças armadas
–seria uma etapa poderosa no
sentido de restabelecer a con-
fiança entre os eleitores e os
re p re s e n t a n t e s .
CHELSEA MANNING É EX-A N A L I S TA
DE INTELIGÊNCIA DO EX É R C I TO DOS
EUA. THE NEW YORK TIMES NEWS
SE RV I C E /SY N D I C AT E .
Gary Cameron/Reutersd
Chelsea Elizabeth Manning,nascida sob o sexo
masculino e de nomeBradley Edward Manning
(1987) é uma militartranssexual do Exército dos
Estados Unidos que foipresa e processada por
acesso e divulgaçãode informações sigilosas
que resultaram noescândalo conhecido como
"Cablegate". Ela foi presaem 2010 enquanto
servia no Iraque.
SXC|
US
Arm
y/Re
uter
s
4 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 18 de junho de 2014
[email protected]������ ����� �����
�����
Colaboração:
Paula Rodrigues / Alexandre Favero
MAIS: e quando foi discur-sar, ninguém notou ondeescondeu o chiclete. Àsaída, mascava de novo -outro, certamente.
MISTURA FINA
Fotos: BusinessNews/Sports Illustrated
Cada umna sua
Sarah àbrasileira
��� Pela quarta vez, a atriz SarahJessica Parker, a eterna Carriede Sex and the City, estrela acampanha de lançamento dacoleção de verão da grife brasilei-
ra Maria Valentina. Ela foi fotografada em Nova York, no HotelStandard East Village por Gustavo Zilberstein. Sarah, 49 anos,tem três filhos e á casada com o ator Matthew Broderick há17 anos. A atriz, sinônimo de moda, foi a grande sensaçãode recente amfAR Gala Inspiration, usando um clássicode chiffon vintage de Elsa Schiaparelli.
Nova silhueta��� No encontro que teve, nesses dias, com aprimeira-ministra da Alemanha, Ângela Merkel, apresidente Dilma Rousseff não conseguiu escon-der sua reação diante da nova silhueta da alemã,que teria perdido dez quilos. A Chefe do Governobrasileiro, em conversa típica de mulheres,
perguntou a Merkel qual havia sido o regime que ela abraçara.A primeira-ministra não escondeu: é uma dieta rígida à base defrutas e verduras, sem quaisquer exceções. Ou seja: tirou parte decarboidratos, mas também parte de proteínas. Dilma vem fazendoa dieta do francês Pierre Dukam, o mesmo de Kate Middleton.
Musaalemã
Vira e mexe, Dilma Rousseffvolta a exibir em públicosua verdadeira mania demascar chicletes, comona convenção do PDT.
��� Depois do evento do PMDB,quando a renovação da aliançacom o PT foi aprovada, apesar de41% de votos contrários, DilmaRousseff e o vice Michel Temer
conversaram e adotaram um esquema diferente para a campanha,devido à diversificação de acordos partidários espalhados pelopaís. Cada um vai para um lado, cada um defende a reeleição dadupla do jeito que é possível defender, diante das mais surpreen-dentes alianças celebradas em vários Estados. A candidata-presidente falará de obras e manterá o tom de “ódio entre classes”por determinação expressa de Lula. O vice-presidente tentaráencarnar uma figura que misturaria talentos de Ulysses Guimarãese Orestes Quércia. Essa é a imagem que ele persegue.
Drone suspeito��������������� Há dias, voava nos céus da Granja Comary, onde fica aseleção, um drone, ou seja, um VANT – Veículo Aéreo NãoTripulado e controlado à distancia. A segurança foi todamobilizada com aviso direto ao comandante da Aeronáuti-ca, Juniti Sato, que tem autorização especial da presidenteDilma Rousseff de mandar abater qualquer aeronave nãoidentificada lá e nos estádios. O drone da Granja Comarycirculou pouco e desapareceu. Era a primeira experiênciade uma emissora de TV: tinha câmeras à bordo.
“Sempre fomos amigos. De noite e de dia. Não é só de noite, senão pode ficar feio. A gente também ia para a praia juntos.”
��� Em meio a uma seleção demusas de craques da Copa doMundo, formada Irina Shayk,namorada de Cristiano Ronaldo(Portugal), Shakira, mulher de
Gerard Piqué (Espanha) e Sara Carbonero, mulher de Iker Casillas(Espanha), a Alemanha é bem representada pela modelo SarahBrander, de 23 anos, namorada de Bastian Schweinsteiger, quejoga no Bayern e que não entrou no jogo contra Portugal. Oamor até já levou Sarah a posar nua, com o corpo pintadocom as cores da Alemanha, para a Sports Illustrated.
RONALDO NAZÁRIO // empresário e ex-jogador de futebol, sobre sua amizade com Aécio Neves.
IN OUT�
�
Brocados. Lisos.
Bem acompanhada��� A maioria dos ministros deDilma faz do limão uma limona-da sobre as hostilidades contra apresidente no Itaquerão: melhoragora do que na campanha. Ouseja: nada que obrigue a Chefedo Governo a não comparecerao final da Copa no Maracanã.Está decidido: ela irá e acom-panhada de diversos chefes deEstado que, de lá, embarcampara a cúpula dos Brics, emFortaleza. A nova ordem é tentaraproveitar esse período em prolda campanha e recuperar pontosperdidos nas últimas pesquisas.
FESTIVAL FAKE��� Mulheres mais atentas àsroupas, sapatos e acessóri-os de outras mulheres, o quechega a ser um comporta-mento universal, notaram,na estréia do Brasil naCopa contra a Croácia, noItaquerão, um verdadeirofestival de calçados com solavermelha, característica dofrancês Christian Louboutin,cujas criações podem chegaraté a mais de US$ 2 mil, emmédia. As mais observadoras,contudo, concluíram que agrande maioria dos sapatosde sola vermelha era forma-da por sandálias simples oumesmo mocassins dos maistriviais. Ou seja: era umfestival de Louboutins fakes.
Livro à bordo��������������� Pool de editoras de livroscolocaram em prática junto aostaxis de São Paulo, a titulo deteste, uma promoção culturaldigna de aplauso (coisa rara, hojeem dia, no país). Quando opassageiro senta no banco detrás, vê à sua frente um suportecom um livro – e, no geral, é umdos que estão nas listas dos maisvendidos nas revistas. O passa-geiro se interessa e o taxistainforma que ele pode levar, ler edepois, devolver em outro taxi.
FAMA É FAMADurante sua apresentação naúltima edição portuguesado Rock in Rio, Mick Jaggerdeclarou sua torcida pelaseleção de Portugal na Copa:na estréia, o time de CristianoRonaldo perdeu de 4 a 0 paraa Alemanha. Ele tambémdisse que a final seria entreInglaterra e Portugal: osbritânicos estrearamperdendo de 2 a 1 da Itália.
Movido a tomate��� Quem diria: o tomate, grandevilão da inflação no começo doano, pode virar material sustentá-vel para uso na fabricação deautomóveis. A Ford e a Heinz(Jorge Paulo Leman e sócios)estão pesquisando o empregode fibras da fruta com oobjetivo de criar um plástico100% à base de plantas.
Farra gay��� Depois do casal lésbicoformado pelas atrizesGiovanna Antonelli e TaináMüller na novela Em Famíliae da anunciada relação queas personagens das vetera-nas Fernanda Montenegro eNatalia Timberg terão em TrêsMulheres, de Gilberto Braga eRicardo Linhares, prevista para2015, também em O Rebu,remake da novela de BráulioPedroso (1974), agora com textode George Moura, haverá maisum casal do mesmo bloco. Seráformado pelos personagens deLaura Neiva e Mariana Lima.
MARCHA LENTA��� André Vargas pediu suadesfiliação ao PT em abril, sóque, até agora, nem ele, nem opartido, informaram oficialmen-te seu desligamento à CâmaraFederal. Durante esse tempo,fora a época em que evaporou,ele continua se sentando com abancada petista – e votandocom o líder do PT na Casa,Vicentinho, que desconversasempre que é apertado sobrea situação de Vargas. Eventu-almente, o assunto poderáser debatido na reunião daExecutiva Nacional do partido,na próxima sexta-feira.
��� A PRODUTORA 02 preparanova série para o GNT: é Lili, a ex,baseada em tira de quadrinhosde Caco Galhardo. No elenco,Milton Gonçalves, João Vicentede Castro (é o atual titular deSabrina Sato), Rosi Campos,Maria Casadevall e PriscilaFantin, que viverá uma delegada.
��� LULA voltará a falar sobre“ódio de classes”, expedienteusado quando comentou asvaias e o coro recebido porDilma Rousseff no Itaquerão.Quer recuperar a imagem de paidos pobres já usada em 2006,em sua campanha de reeleiçãoe repetida em 2010, quandoconseguiu eleger Dilma.
��� ESTÁ combinado: se aseleção brasileira conseguira vitoria na Copa do Mundo,a gratificação rateada entretodos seus integrantes seráde US$ 35 milhões, ou seja,cerca de R$ 78 milhões.
��� JOSÉ Serra, ex-governa-dor, estava no Itaquerão,quando explodiram as vaiase os três coros contra DilmaRousseff: ele jura que não abriusua boca, apesar de já ter sidovitima de vaias de petistas, emcampanhas passadas.
��� EX-presidente do PT eministro das Relações Institu-cionais, Ricardo Berzoni estácirculando pelo interior deestados brasileiros para ver comoanda a popularidade da presi-dente-candidata. No Ceará, levouum susto: não apenas a Chefe doGoverno está em baixa, como apopularidade de Lula também.
��� “DEPOIS que eu casei como Roberto é que ele teve asses-sor, resolveu se tornar apresenta-dor. Ninguém sabia quem era oRoberto, afinal ele era apenas umpublicitário. Ele virou capa deCaras por minha causa, então,ele não pode dizer que nossocasamento foi irrelevante”. EraAdriane Galisteu, no DomingoLegal, sobre seu ex-maridoRoberto Justus. O casamentodurou oito meses.
quarta-feira, 18 de junho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 5
Barbosa antecipasaída do timedo Mensalão
Presidente do STF deixa a relatoria do processo
Um dia após ter pedi-
do ao Ministério Pú-
blico que processe o
advogado do ex-de-
putado José Genoino, o presi-
dente do Supremo Tribunal Fe-
deral (STF), Joaquim Barbosa,
deixou ontem a relatoria de to-
das as ações e recursos rela-
cionados ao Mensalão. A deci-
são antecipou em 15 dias um
fato previsto para o final deste
mês, quando Barbosa pedirá
aposentadoria e consequen-
temente já sairia do caso, que
passará a ser relatado pelo mi-
nistro Luis Roberto Barroso.
A mudança deve ter como
principal efeito a reversão das
decisões que ele deu contrá-
rias ao trabalho externo dos
condenados, que recorreram
e pediram que o plenário to-
masse uma decisão final. Bar-
bosa estava prestes a não re-
meter a decisão aos outros mi-
nistros e tomar novamente
uma decisão individual de im-
pedir o trabalho externo. Bar-
roso, porém, deve levar os re-
cursos ao plenário que, por
sua vez, tende a liberar o tra-
b a l h o.
No despacho no qual anun-
ciou que sairia do caso, Barbo-
sa reclamou que advogados
de condenados passaram a
"atuar politicamente" e que
teriam inclusive partido para
"insultos pessoais". Ele citou o
episódio ocorrido no plenário
do STF na semana passada,
quando o advogado de Genoi-
no, Luiz Fernando Pacheco, co-
brou publicamente que fosse
julgado o pedido para que o
ex-deputado cumpra a pena
em casa. Depois de terem dis-
cutido, Barbosa determinou a
seguranças que expulsassem
Pacheco do plenário. O advo-
gado acusou-o de abuso de
autoridade.
Já fora do prédio do STF, Pa-
checo fez mais críticas a Bar-
bosa. "Ele sonega aos seus pa-
res a jurisdição. Sonega ao réu
a jurisdição. Não traz em pau-
ta o processo porque sabe que
será vencido", afirmou.
Na representação encami-
nhada na segunda-feira ao Mi-
nistério Público, o presidente
do Supremo pediu providên-
cias contra o advogado. Ele
quer que seja aberta uma
ação penal pelos supostos cri-
mes de desacato, calúnia, di-
famação e injúria. Mas um pro-
cesso somente será instaura-
do após uma eventual denún-
cia do Ministério Público. "A
atitude juridicamente mais
adequada neste momento é
afastar-me da relatoria de to-
das as execuções penais
oriundas da AP 470 e dos de-
mais processos vinculados à
mencionada ação penal", jus-
tificou ontem Barbosa ao dei-
xar o caso do Mensalão.
Internamente, colegas de
Barbosa no Supremo já vi-
nham criticando o fato de o
presidente ainda não ter leva-
do a julgamento pelo plenário
do STF o recurso de Genoino,
que alega sofrer de doença
cardíaca, e de outros réus, que
querem trabalhar fora do pre-
sídio. Parte deles já estava
dando expediente externo,
mas Barbosa cassou as autori-
zações judiciais alegando que
eles não cumpriram pelo me-
nos um sexto das penas. O
prognóstico é que o plenário
do Supremo concluirá que pa-
ra ter direito ao benefício o réu
não precisa cumprir esse pe-
ríodo mínimo da pena.
Entre os possíveis benefi-
ciados está o ex-ministro da
Casa Civil José Dirceu, que
cumpre pena no complexo pe-
nitenciário da Papuda, em
Brasília. Dirceu quer trabalhar
na biblioteca do escritório do
advogado José Gerardo Gros-
si, mas não foi autorizado por
Barbosa. Ao rejeitar o pedido,
o presidente do STF afirmou
que a oferta de emprego era
uma "ação de complacência
entre amigos". O comentário
repercutiu entre os defenso-
res e a Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB) promoveu um
ato de desagravo.
Advogado de carreira, Barro-
so é a esperança das defesas
dos mensaleiros. Além de ser o
relator dos recursos que ques-
tionam as decisões contrárias
ao trabalho externo e à prisão
domiciliar de Genoino, será o
responsável por resolver as-
suntos relacionados às execu-
ções penais dos condenados no
Mensalão, como pedidos de
transferência de presídios e até
de cidade. (Estadão Conteúdo)
Nelson Jr/ SCO/STF
"É a atitude juridicamente mais adequada neste momento,", justifica Joaquim Barbosa.
Joe Biden tenta agradar DilmaVice-presidente dos EUA oferece documentos sobre o regime militar para a Comissão da Verdade
Depois de se encon-
trar com a presiden-
te Dilma Rousseff,
ontem pela manhã,
o vice-presidente americano,
Joe Biden, disse que teve uma
conversa franca com ela sobre
espionagem. Sem detalhar o
conteúdo, afirmou que para os
americanos este também é
um assunto importante. Ele
lembrou que logo que soube
das denúncias de espionagem
contra Dilma, seus auxiliares e
empresas brasileiras, o presi-
dente Barack Obama ordenou
uma revisão dos procedimen-
tos da Agência Nacional de Se-
gurança (ANS), responsável
pelo monitoramento feito não
apenas no Brasil, mas tam-
bém em outros países, como
Alemanha. E que uma reforma
foi feita na agência.
Segundo Biden, os dois fala-
ram sobre o esforço comum
em prol de uma Internet segu-
ra, algo que, ele reconheceu, o
Brasil vem liderando. "É claro
que discutimos o programa de
vigilância dos EUA revelados
no ano passado. Sei que o as-
sunto é bastante importante
às pessoas aqui."
PRESENTE AO BRASILDe acordo com Biden, a reu-
nião rendeu um acordo de co-
operação na área de direitos
humanos. Os EUA vão come-
çar a compartilhar documen-
tos sobre o regime militar no
Brasil, o que vai ajudar a Co-
missão da Verdade a desven-
dar fatos que ocorreram na-
quele período.
Parte desses documentos
norte-americanos referentes
ao período de 1964-1985 fo-
ram entregues ontem por ele à
Dilma. Segundo Biden, com-
preendendo melhor o passa-
do, pode haver mais tranquili-
dade quanto ao futuro. "Espe-
ro que olhando documentos
do passado, possamos focar
na imensa promessa do futu-
ro", disse.
Biden também se encon-
trou com o vice-presidente Mi-
chel Temer. O americano che-
gou ao Brasil na segunda-feira
para assistir ao jogo de estreia
da seleção dos Estados Unidos
na Copa, em Natal, onde os
americanos derrotaram Gana
por 2 a 1. Ele disse que trouxe a
neta e a filha, porque a neta o
importunou para vir com ele
assistir ao jogo da Copa. Ele
aproveitou para dizer que o
Brasil e os brasileiros estão fa-
zendo um ótimo trabalho na
realização do mundial e elo-
giou a Arena das Dunas.
Após o encontro, Biden dis-
se a jornalistas que a reunião
"foi ótima". " Foi um ótimo en-
contro. Eu gosto muito dela".
Uma jornalista perguntou
se ela também gostava dele.
"Espero que sim", respon-
deu ele, rindo.
Após a reunião, Dilma so-
brevoou as áreas atingidas pe-
las cheias no Paraná e fez um
pouso em Pirassununga (SP).
A presidente e sua comitiva se
juntaram aos cadetes da Aca-
demia da Força Aérea para as-
sistir ao 2º tempo do jogo entre
Brasil e México. (Ag. Globo)
Handout/Reuters
Joe Biden, vice-presidente dos EUA, oferece a Dilma documentos referentes ao período militar (1964-1985).
Fellipe Sampaio/SCO/STF
Barroso deverá decidir sobre o trabalho dos mensaleiros
Luis RobertoBarroso é sorteado
como relatorEle é a esperança da defesa dos mensaleiros
Vice-presidente do PT fazlista negra de jornalistas
Em artigo publicado no
site do PT na segun-
da-feira, Alberto Can-
talice, vice-presidente do
partido, faz uma relação de
jornalistas que fomenta-
riam o ódio como instru-
mento de sua luta política.
Reinaldo Azevedo, Arnal-
do Jabor, Demétrio Magnoli,
Guilherme Fiúza, Augusto
Nunes, Diogo Mainardi, Lo-
bão, Danilo Gentili e Marce-
lo Madureira, são citados
como "agentes de estímulo
de setores reacionários e
exclusivistas da sociedade
brasileira".
No texto intitulado "A
desmoralização dos pit-
bulls da mídia", Alberto
Cantalice os chama de "di-
vulgadores de uma demo-
cracia sem povo".
O artigo, segundo Reinal-
do Azevedo, é um "assunto
para a Justiça e para a Polí-
Divulgação
Cantalice, vice presidente do PT, gera polêmica com a imprensa.
Oministro Luís Roberto
Barroso foi sorteado
pelo sistema eletrôni-
co do Supremo Tribunal Fede-
ral (STF) como o novo relator
das execuções penais do pro-
cesso do Mensalão. A redistri-
buição da relatoria ocorreu
após o ministro Joaquim Bar-
bosa ter anunciado ontem que
deixaria a função.
Em despacho, o ministro Ri-
cardo Lewandowski determi-
nou que os processos fossem
sorteados para outro ministro,
excluindo Barbosa. "Conside-
rada a decisão supra, determi-
no a livre distribuição dos au-
tos. À Secretária para provi-
dências urgentes."
O relator tem a atribuição de
decidir detalhes sobre o cum-
primento das penas dos réus,
como direito ao trabalho ex-
terno ou saída no feriado.
Barbosa era relator da ação
penal 470, do Mensalão do PT,
desde 2005, quando a investi-
gação chegou ao STF. Com a pri-
são dos condenados, o proces-
so se encerrou, e se iniciou a fa-
se da execução penal, ou seja
do cumprimento das penas.
O novo relator será respon-
sável por levar ao plenário do
Supremo diversos recursos
dos advogados dos réus con-
tra decisão de Barbosa que re-
vogou benefícios de trabalho
ex t e rn o.
O ministro Luís Roberto Bar-
roso estava ontem em um
evento em Nova York, onde
discursou sobre o acesso à Jus-
tiça como uma das metas do
milênio da ONU.
Segundo o gabinete, ele
chega ao Brasil na manhã de
hoje, para participar da ses-
são ordinária do Supremo que
começa às 14h.
O ministro não deve apre-
ciar os recursos dos condena-
dos no Mensalão hoje para ter
tempo de estudar o processo.
Como amanhã é feriado de
Corpus Christi, a decisão deve
ficar para a semana que vem.
Hoje, o plenário do STF deve
retomar o julgamento das
ações que questionam a alte-
ração do número de deputa-
dos federais representantes
dos Estados e do Distrito Fede-
ral e de parlamentares esta-
duais. A mudança foi estabe-
lecida por meio da Resolução
23.389/2013, do Tribunal Su-
perior Eleitoral (TSE), e da Lei
Complementar 78/1993, que
trata da atribuição da corte
eleitoral. (Agências)
cia Federal". O colunista
anunciou em Vejaonline que
vai processar o petista por
calúnia e difamação. "Os
petistas, saibam os senho-
res, pedem a cabeça de jor-
nalistas para seus respecti-
vos patrões. O partido tem
nas mãos instrumentos pa-
ra fazê-lo: anúncios da ad-
ministração direta e propa-
ganda de estatais."
O pastor Silas Malafaia
também se manifestou
contra o texto de Cantalice:
"Olha o comunismo aí gen-
te! Vice presidente do PT,
Alberto Cantalice, divulga
no site do partido lista ne-
gra de jornalistas. Jornalis-
tas independentes que não
comem na mão do PT, que
eles não suportam, e que-
rem denegrir pelas redes
sociais! Para o PT, jornalista
bom é aquele que só elogia
o que eles fazem."
6 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 18 de junho de 2014
Aécio diz quedentro do campo aCopa é um sucessoTucano lembra que os estádios, de responsabilidade dos Estados, estão prontos,mas alerta para a incapacidade do governo em avançar nas obras de mobilidade.
Opré-candidato à
Presidência da Re-
pública pelo PSDB,
Aécio Neves, bem
que tentou deixar as críticas
ao governo federal em segun-
do plano, ao afirmar que, ago-
ra, "é hora de os brasileiros se
unirem para torcer pela nossa
Seleção", mas não se conteve.
O senador assistiu à partida
entre Brasil e México ao lado
de ex-jogadores do Cruzeiro,
como Wilson Piazza, Nelinho e
Joãozinho, além do ídolo do vô-
lei Giovani Gávio, pré-candi-
dato a deputado estadual.
"Estamos torcendo pelo País,
hoje, no futebol e, depois, nas
eleições", disse Aécio.
Diante das perguntas dos
jornalistas, ele afirmou que,
"se dentro de campo, a Copa
do Mundo vem sendo um su-
cesso, o mesmo não se pode
dizer sobre as obras de mobili-
dade prometidas para o tor-
neio". E reformulou a frase:
"Dentro de campo, sempre
achamos que a Copa vai fun-
cionar muito bem, até porque
os estádios estão prontos, que
foram responsabilidade dos
Estados. O que sempre alerta-
mos foi para a incapacidade
do governo em avançar nas
obras de mobilidade, que fica-
ram, na maioria delas, no meio
do caminho", comentou.
"Há uma incapacidade do
governo, neste ponto, mas
não vou cair na armadilha de
dividir o Brasil em duas partes.
No dia seguinte ao final da Co-
pa do Mundo, ficarão as obras
infraestruturais paralisadas e
o fantasma da volta da infla-
ção", avaliou. "Por isso, vamos
continuar apontando os equí-
vocos deste governo, mas
através de um debate que
olha para o futuro e não que
olha pelo retrovisor".
Perguntado sobre a afirma-
ção do ex-presidente Lula, que
disse que oposição "destila
ódio" nas suas críticas, Aécio
Neves foi enfático: "Não vou
entrar em um confronto. Te-
nho uma proposta alternativa
à que aí está e quero que o Bra-
sil avance mais rápido, aca-
bando com a desconfiança
que se abateu sobre nossa
economia".
DEFINIÇÃO DO VICEO tucano confirmou para o
próximo dia 30, às 10 horas, o
anúncio do nome que irá dis-
putar a vice-Presidência ao
seu lado, pelo PSDB. "Vamos
aproveitar a reunião da execu-
tiva nacional do partido para
indicar o nome e vamos usar
todo o tempo que temos, até
lá", afirmou o senador. "Na
verdade, é uma decisão difícil
pelo grande número de pes-
soas qualificadas que se dis-
puseram a nos ajudar nessa
proposta por um novo País".
Hoje, há especulações em
torno de políticos como o se-
nador Aloysio Nunes (PSDB) e
o ex-presidente do Banco Cen-
tral Henrique Meirelles (PSD).
Sobre a sucessão estadual
em Minas, o senador enfatizou
que a pré-candidatura de Pi-
menta da Veiga representa a
continuidade de um projeto vi-
torioso. "Minas Gerais é, hoje,
referência de gestão pública
de qualidade e queremos dar
sequência nisso também", de-
clarou Aécio.
"Ao contrário do plano fede-
ral, cujos indicadores só vêm
regredindo, não podemos dei-
xar uma experiência de suces-
so sem continuidade".
PARTIDA COM AMIGOSO candidato à Presidência
da República recebeu os jor-
nalistas na sala da casa de um
amigo, em Belvedere, bairro
nobre de Belo Horizonte, onde
assistiu ao jogo. O encontro já
estava marcado bem antes do
nascimento dos gêmeos.
No local, havia ex-jogadores
do Cruzeiro, time de futebol de
Aécio, do Atlético Mineiro, e de
outros clubes, como Piazza, Lui-
zinho, Nelinho, Heleno, Cleber,
Evaldo, Procópio, Vantuir Galdi-
no, João Leite, Paulo Cruz, Batis-
ta, Dirceu Lopes, além de Gio-
vane Gávio e Henrique, do vô-
lei. "Aqui tem duas seleções
brasileiras, vim assistir ao jogo
na companhia de quem conhe-
ce, amigos que foram construí-
dos ao longo da vida. Hoje so-
mos todos brasileiros, torcendo
para ganharmos na bola, em
campo, e depois vamos traba-
lhar para ganhar fora de cam-
po", disse. O palpite dele era
uma vitória do Brasil por 3 a 0 do
México. (Estadão Conteúdo)
Ricardo Bastos/ Hoje em Dia/EC
Aécio Neves avisa que a decisão sobre o vice em sua chapa à Presidência da República sairá no dia 30
No dia seguinte aofinal da Copa doMundo, ficarão asobras infraestru-turais paralisadas eo fantasma da voltada inflação.AÉCIO NE VES
DATA F O L H A
Tucano é o preferidoentre Dilma e Campos
Ao se analisar com
mais atenção a
pesquisa Datafolha
realizada nos dias 4 e 5 de
junho, Aécio Neves (PSDB)
lidera com 29%, Dilma
Rousseff (PT) tem 23% e
Eduardo Campos (PSB) fica
com 14% dentre os
eleitores que dizem
conhecer "muito bem" os
três principais
concorrentes à Presidência
da República.
Estes que dizem
conhecer bem Aécio,
Campos e Dilma
correspondem a apenas
20% dos entrevistados.
A margem de erro é de
em 3 pontos percentuais,
para mais ou para menos.
Em abril eram apenas 17%
os que afirmaram
conhecer bem o trio
p re s i d e n c i á v e l .
É relevante considerar
em São Paulo, quando o
grau de conhecimento dos
candidatos é bem alto, o
tucano continua sendo o
melhor cotado.
Aécio Neves aparece
com 33%. Dilma Rousseff
e Eduardo Campos ficam
empatados em segundo
lugar, com 17% cada um.
Nesse caso, a margem
de erro da pesquisa
Datafolha só para os
paulistas sobe para 4
pontos percentuais.
Estratégia para conquistar eleitorfluminense já está definida
Aécio vai usar imagem de 'carioca' apesar de ter sua vida política em Minas Gerais
Embora ainda não tenha
definido para quem vai
dar o tempo de TV no
Rio, o presidenciável do PSDB,
Aécio Neves, já tem uma tropa
de choque trabalhando por
sua candidatura. Para alavan-
car a campanha de Aécio no
Estado, os aliados vão colar no
tucano a imagem de carioca,
já que, apesar de ter nascido e
construído sua vida política
em Minas Gerais, o presiden-
ciável mora no Rio.
"Ter uma pessoa do Rio sig-
nifica muito. É uma pessoa
sensível ao nosso dia a dia",
disse o presidente do PSD no
Estado, Indio da Costa, numa
demonstração de como será o
discurso apresentado ao elei-
torado fluminense.
Os aliados vão propagar
que Aécio sabe dos problemas
e necessidades do Estado,
uma vez que vive nele. O gru-
po que incorporou a campa-
nha pela chapa Aezão – numa
referência ao apoio a Aécio e
ao governador Luiz Fernando
Pezão (PMDB), que tenta ree-
leição – já programa eventos
ao lado do tucano. Na próxima
semana, deve acontecer o pri-
meiro de uma série de três.
O presidente do PMDB-RJ,
Jorge Picciani, um dos que
mais capitaneou o movimento
anti-Dilma, reservou o dia 27
de junho para uma ida de Aé-
cio ao município de Queima-
dos, na Baixada Fluminense.
O peemedebista não revela
detalhes de como será o ato
pró-Aécio. O prefeito de Quei-
mados, Max Lemos, é um dos
homens mais ligados a Piccia-
ni e, por vezes, participa das
reuniões da cúpula do PMDB.
Enquanto parte do PMDB
planeja a ida de Aécio à Baixa-
da Fluminense, Pezão deve
aparecer, poucos dias depois,
ao lado de Dilma na inaugura-
ção do Arco Metropolitano,
obra que vai ligar Itaboraí a Ita-
guaí com o objetivo de desafo-
gar o tráfego na região e faci-
litar o acesso das cargas ao
Porto de Itaguaí.
Pezão, o ex-governador Sér-
gio Cabral e o prefeito do Rio,
Eduardo Paes, falaram publica-
mente que estarão com Dilma.
Aécio ainda tem que definir
para quem vai o tempo de TV
do PSDB no Rio. O tucano tenta
convencer o vereador Cesar
Maia, ex-prefeito da capital, a
retirar a candidatura ao gover-
no do Estado. Mas, até a cúpu-
la nacional do DEM, partido de
Cesar, entrou no circuito para
confirmar que o vereador não
vai desistir da disputa.
Aécio vai gravar no Rio os
programas que irão ao ar no
horário eleitoral. (Ag. Globo)
IBOPE RIO
Garotinho, Crivella e Pezãoestão em empate técnico
Pesquisa feita pelo Ibope
sobre a intenção de
voto para governador
do Rio de Janeiro indica
empate técnico entre o
deputado federal Anthony
Garotinho (PR), com 18%, o
senador Marcelo Crivella
(PRB), com 16%, e o atual
governador, Luiz Fernando
Pezão (PMDB), com 13%. A
margem de erro é de 3 pontos
percentuais para mais ou
para menos. O senador
Lindbergh Farias (PT) tem
11% e o vereador e ex-
prefeito Cesar Maia (DEM),
8%. Miro Teixeira (PROS) e
Tarcísio Motta (PSOL) têm 1%
cada. Votos brancos ou nulos
somam 27% e 6% não sabem
ou não quiseram responder.
Em outro cenário
pesquisado, sem Cesar Maia,
Garotinho lideraria com 19%,
seguido por Crivella (17%) e
Pezão (13%). Lindbergh teria
12%, Miro Teixeira 2% e
Tarcisio Motta 1%. Com esses
candidatos, 31% votariam
em branco ou nulo e 6% não
sabem ou não responderam.
Em um eventual 2º turno
entre Garotinho e Crivella,
cada um teria 25% dos votos;
contra Pezão (20%),
Garotinho teria 30%; contra
Lindbergh (20%), Garotinho
teria 29%. Na eleição para
senador, o ex-governador
Sérgio Cabral (PMDB) teria
26%, o deputado federal
Romário (PSB) somaria 22% e
Jandira Feghali (PCdoB), 20%.
Só há uma vaga.
O desempenho de Pezão
como governador do Rio foi
considerado "ótimo ou bom"
por 16%, 35% disseram que é
"regular" e 29% avaliaram
como "ruim ou péssima".
O Ibope ouviu 1.204
eleitores, entre 7 e 11 de
junho. A pesquisa foi
encomendada pela
Federação das Indústrias do
Estado do Rio de Janeiro
(Firjan) e registrada no TRE-RJ
sob o número 00006/2014.
(Estadão Conteúdo)
quarta-feira, 18 de junho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 7
COMUNICADOAOS ANUNCIANTES
E AGÊNCIAS DE PUBLICIDADE
FERIADO DE CORPUS CHRISTI
CENTRAL DE ATENDIMENTO
11 3180-3197
www.dcomercio.com.br
Fechamento – Dia 18 de junho, às 18h, será o fechamento da edição do dia 20/06.
Circulação – A edição de sexta-feira circulará normal- mente com as datas de 19 e 20 de junho.
* No dia 19 de junho de 2014não haverá expediente na Publicidade
D E G E LOReino Unido vai
reabrir embaixadano Irã, fechada
desde 2011.
QUÊNIAMilitantes islâmicosda Somália atacamárea costeira pela2ª noite seguida
Forças iraquianasrespiram aliviadas.Até quando?Avanço de insurgentes sunitas é contido em Baquba, ao norte de Bagdá. Mas aviolência já chegou à capital e levou ao fechamento da maior refinaria do país.
Forças do governo ira-
quiano disseram ter
reprimido ontem uma
tentativa por parte dos
insurgentes de tomar o contro-
le de Baquba, capital da provín-
cia de Diyala, ao norte de Bag-
dá. Os pesados combates dei-
xaram dezenas de iraquianos
mortos e levaram ao fecha-
mento da principal refinaria de
petróleo, provocando o desa-
bastecimento de combustível e
energia em partes do país.
Os combatentes sunitas do
Estado Islâmico do Iraque e do
Levante (EIIL) foram expulsos,
mas o confronto em Baquba foi
o mais perto registrado de Bag-
dá desde que os insurgentes
começaram a avançar pelo
norte iraquiano, assumindo o
controle de áreas sunitas.
Membros do EIIL consegui-
ram invadir a delegacia de Al
Mefraq, no oeste da cidade, e
tentaram libertar prisioneiros
sunitas. O porta-voz do Exérci-
to, Qasem Ata, disse à TV esta-
tal que os "terroristas chega-
ram ao local com bombas e gra-
nadas em uma tentativa de li-
bertar os presos". Mas, como os
projéteis caíram na sala onde
os 52 presos se encontravam,
todos acabaram morrendo.
No entanto, há depoimentos
conflitantes sobre o que ocor-
reu na delegacia. Três policiais
disseram que milicianos xiitas
correram para defender o local
e mataram os detentos. O fun-
cionário do necrotério de Baqu-
ba disse que muitas vítimas
têm ferimentos à bala na cabe-
ça e no peito.
Nenhuma das afirmações
pode ser confirmada de forma
independente, mas a acusação
de que xiitas mataram sunitas é
a primeira indicação de um pos-
sível retorno à guerra sectária
que quase dividiu o país.
A capital iraquiana não está
livre da violência. Um carro-
bomba explodiu ontem no bair-
ro predominantemente xiita de
Sadr City, matando pelo menos
sete pessoas. Mais de 20 pes-
soas ficaram feridas.
Por causa dos confrontos, a
refinaria de Baiji, ao norte de
Bagdá, foi fechada. Com a pro-
dução suspensa, o Iraque terá
mais dificuldade na geração de
eletricidade e bombeamento
de água para sustentar as cida-
des no verão.
O objetivo do EIIL é formar
um califado islâmico nos dois
lados da fronteira Iraque-Síria.
O grupo tem o apoio de outras
facções sunitas, incluindo ex-
membros do Partido Baath, do
ditador deposto Saddam Hus-
sein, e líderes tribais, que com-
partilham da revolta generali-
zada entre a minoria sunita do
Iraque contra a opressão atri-
buída ao governo xiita do pri-
meiro-ministro Nuri al-Maliki.
O avanço repentino de mili-
tantes sunitas está remodelan-
do as alianças no Oriente Mé-
dio, e tanto os EUA como o Irã di-
zem que poderiam cooperar
contra um inimigo comum, algo
sem precedentes desde a Re-
volução Iraniana de 1979.
Ontem, diplomatas dos EUA
e do Irã se reuniram às margens
da reunião para discutir o pro-
grama nuclear iraniano em Vie-
na. Após o encontro, os EUA dis-
seram "estar abertos" a novas
conversas com Irã. (Agências)
Gleb Garanich/Reuters
Ativistas do Maidan montam o 'corredor da vergonha' para pressionar parlamentares por reformas
Militantes xiitas gritam palavras de ordem a favor do governo
Mushtaq Muhammed/Reuters
Incêndio em consulado dos EUA em Benghazi matou embaixador
Reuters - 11/09/12
Preso líder de 11 de setembro líbioO
s Estados Unidos
afirmaram ontem
terem capturado o
suposto líder do ataque de 11
de setembro de 2012 contra o
seu complexo diplomático de
Benghazi, na Líbia, que
matou quatro norte-
americanos, incluindo o
embaixador Chris Stevens, e
desencadeou uma tormenta
política em Washington.
Autoridades norte-
americanas disseram que
Ahmed Abu Khattala, um líder
sênior do grupo terrorista
Ansar al-Sharia na Líbia, será
julgado em um tribunal nos
EUA. Ele estaria detido a bordo
de um navio norte-americano
depois de ser pego, no
domingo, nos arredores de
Benghazi em uma operação
realizada por forças das
operações especiais dos EUA e
FOGO E PAZ
Apromoção da paz no OrienteMédio começa desde cedo,
mas a violência do dia a dia tornaa missão cada vez mais difícil. Nocampo de refugiados de Al-Baqaa,perto da capital jordaniana deAmã, crianças palestinas e síriasbrincam durante uma partida defutebol organizada pela ONGOxfam para promover "a amizadee as relações positivas entrecomunidades" (à dir.). Mas nãomuito longe dali, o que vale é opoder de fogo. Membros damilícia Ezz Al-Din Al Qassam, obraço armado do grupo palestinoHamas, mostram seus fuzisdurante protesto na Cidade deGaza para manifestar contra aprisão de mais de 200 palestinosem operações israelenses naCisjordânia (à esq.). Israel culpa oHamas pelo sequestro de trêsjovens, desaparecidos desde asemana passada.
Mohammed Saber/EFE Muhammad Hamed/Reuters
Jornalista: profissão perigo.Dois repórteres russos morrem durante confronto no leste da Ucrânia
Dois jornalistas da TV es-
tatal russa foram mor-
tos no leste da Ucrânia
depois que o local onde esta-
vam foi bombardeado em
confrontos entre as forças
ucranianas e separatistas
pró-Rússia, perto da cidade
oriental de Luhansk, informou o
canal Rossiya-24 ontem.
O engenheiro de som Anton
Voloshin morreu no local e o cor-
respondente Igor Kornelyuk
perdeu a vida no hospital, de-
pois que ficaram sob o fogo cru-
zado enquanto acompanha-
vam o combate perto da fron-
teira com a Rússia, afirmou a
emissora no seu site.
O cinegrafista Viktor Deni-
sov, o terceiro membro da
equipe, sobreviveu ao ataque
pois se encontrava a 200 me-
tros de seus companheiros.
Segundo Denisov, eles es-
tavam filmando refugiados
que fugiam da região norte da
cidade quando o ataque com
morteiros começou.
O Ministério das Relações Ex-
teriores russo disse que as mor-
tes demonstra-
vam a "natureza cri-
minosa" da operação militar da
Ucrânia contra os rebeldes pró-
Rússia, enquanto a agência de
investigação federal da Rússia
anunciou a abertura de um pro-
cesso criminal.
Explosão - A tensão não se li-
mita apenas ao leste ucrania-
no. Uma explosão atingiu um
gasoduto na região central da
Ucrânia, ontem, um dia depois
de a Rússia afirmar que está
cortando o fornecimento ao vi-
zinho devido a uma disputa de
pagamentos. Apesar do incên-
dio, o fluxo de gás natural do du-
to, que liga a Rússia com a Eslo-
váquia, não foi interrompido.
Maidan - Os protestos tam-
bém voltaram para a capital
Kiev. Centenas de manifestan-
tes marcharam até o parlamen-
to para exigir a reforma da lei
eleitoral, a dissolução do legis-
lativo e a convocação de elei-
ção antecipada.
Na segunda-feira, o presi-
dente ucraniano, Petro Po-
roshenko, se manifestou a fa-
vor das reivindicações dos ati-
vistas do Maidan, como é co-
nhecido o movimento popular
que derrubou o presidente
Viktor Yanukovich. (Agências)
forças de segurança locais.
Em comunicado, o
presidente norte-americano,
Barack Obama, disse que
Khattala irá enfrentar “todo o
peso do sistema de justiça
dos Estados Unidos”.
"Agora ele está sendo
transportado de volta para os
EUA... O mais importante para
nós é enviar uma mensagem
ao mundo de que quando os
norte-americanos são
atacados, não importa quanto
tempo leva, vamos encontrar
os responsáveis e vamos
trazê-los à justiça", afirmou.
A captura de Khattala pode
se transformar em uma
grande vitória para Obama,
diante das críticas dos
republicanos de que o
governo não tem sido capaz
de prender os responsáveis
pelo atentado. (Agências)
8 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 18 de junho de 2014
FÉ – To rce d o rbrasileiro segurauma imagemreligiosa duranteo jogo de ontemdo Brasil contra oMéxico. Eleassistiu ao jogona praia deCopacabana, noRio de Janeiro,onde a Fifamantém uma FanFest. Mas nem asorações fizeram abola passar pelamuralha dogoleiro GuillermoOchoa, do México,que fez pelomenos trêsd e fe s a sinacreditáveis. Apraia deCopacabana temrecebido torcidasdo mundo inteiro.
A COPA NAS CIDADES
No segundo jogo, o campeão foi o trânsito.Antes do apito inicial de Brasil e México, São Paulo parou com os motoristas tentando chegar, ao mesmo tempo, em casa ou nos bares. Até Pelé foi prejudicado.
Acidade parou nova-
mente na tarde de
ontem, com trânsito
lento e estações do
metrô superlotadas. Mas des-
ta vez a culpa foi a correria de
todos para assistir em casa ou
nos bares ao jogo de Brasil e
México, às 16 horas.
As empresas e parte do co-
mércio e dos serviços da capi-
tal paulista liberaram seus
funcionários na hora do almo-
ço. Como muita gente fez exa-
tamente a mesma coisa, às 15
horas, portanto uma hora an-
tes do início da partida na Are-
na Castelão,
em Fortaleza,
São Paulo re-
g is t rou 302
q u i l ô me t ro s
de lentidão,
segundo in-
f o r m o u a
C om pa nh i a
de Engenha-
ria de Tráfego
(CET), recor-
de do ano pa-
ra o horário.
Para se ter
uma ideia, a
média de len-
t idão nes te
período, às terças-feiras, va-
ria entre 25 km a 51 km.
Pe l é –Muitos torcedores não
conseguiram, porém, chegar
a seus destinos e assistiram ao
jogo dentro dos carros. Foi o
caso de Pelé, o rei do futebol,
que vinha de Santos para a Ca-
pital. Ele disse que, pela pri-
meira vez em sua vida, assis-
tiu ao primeiro tempo de um
jogo da Seleção no carro, por
causa do trânsito.
No horário do início do jogo,
às 16 horas, o congestiona-
mento na capital paulista ain-
da era de 168 quilômetros, um
número considerado alto. En-
tretanto, às 18 horas, no fim do
jogo, São Paulo não registrava
nenhum engarrafamento.
Marginais – Avenidas da zo-
na sul da Capital, da zona
oeste e do Centro ficaram to-
talmente congestionadas na
hora do almoço. Vias impor-
tantes como a Avenida 23 de
Maio, Marginal do Tietê e Pi-
nheiros chegaram a parar em
alguns momentos. Às 14 ho-
ras, a CET já apontava lenti-
dão de 218 quilômetros em
São Paulo.
Antes do jo-
go no Caste-
lão, a Margi-
nal do Tietê,
uma das mais
p re j u di c a da s
pela lentidão
antec ipada
do horário do
rush , reg i s-
trou, no senti-
d o Ro d o v i a
Ayrton Senna,
16 qui lôme-
tros de con-
g e s t i o n a-
m e n t o.
Segundo a
Companhia de Engenharia de
Tráfego, o índice de lentidão
de ontem ainda não entra para
a lista dos recordes totais da
cidade. O maior congestiona-
mento do ano ocorreu em 23
de maio (344 quilômetros, às
19 horas).
Neste dia, motoristas de
ônibus de São Paulo decreta-
ram greve, sem aviso prévio
às autoridades, que não tive-
ram condição de criar um pla-
no alternativo. Sem o trans-
porte público, o rodízio de car-
ros foi suspenso. (Agências)
Renato S.Cerqueira/EC
Aquecimento: tráfego intenso na Avenida 23 de Maio horas antes do início do jogo de Brasil contra o México.
Fora doc ampo,
p ro te s to sno Ceará.
Pelo menos 30 pessoas
foram detidas, sendo 11
adolescentes e 19 adul-
tos, na manifestação contra a
Copa, ontem, em Fortaleza,
antes da partida Brasil e Méxi-
co. Os números são da Secre-
taria de Segurança e Defesa
Social do Ceará. Já o movimen-
to "Na Rua", um dos organiza-
dores do protesto, informou
que 40 pessoas foram presas.
À tarde, houve confronto en-
tre manifestantes e policiais na
capital cearense. Um ônibus
de apoio da Fifa foi atingido por
pedradas. Cerca de 300 mani-
festantes chegaram a blo-
quear a Avenida Alberto Cra-
veiro e a passagem de torcedo-
res para a Arena Castelão, on-
de foi realizada a partida, foi
impedida por alguns momen-
tos. Para dispersar o grupo, fo-
ram lançadas bombas de gás e
balas de borracha, além do Ca-
minhão de Controle de Distúr-
bios Civis, fornecido pelo Minis-
tério da Justiça.
Entre os que protestavam
havia grupos diversos. Alguns
estavam caracterizados de ín-
dios e pediam "Remarcação
Já". Outros, vestidos de preto,
pediam o fim do capitalismo.
Um grupo também reclamava
das remoções feitas para a
construção das obras de mo-
bilidade em Fortaleza.
A concentração aconteceu
na BR-116. Ao longo da cami-
nhada até a barreira policial
montada próximo ao Caste-
lão, alguns manifestantes
vaiavam torcedores brasilei-
ros e faziam festa para a torci-
da mexicana.
A primeira ação do grupo
aconteceu pela manhã, com o
Marcelo Sants/Estadão Conteúdo
Manifestante mascarado durante protesto em Fortaleza: ato contra obras de mobilidade urbana.
bloqueio da Avenida Expres-
sa. Organizados pelo Movi-
mento dos Conselhos Popula-
res (MCP), 200 pessoas fecha-
ram a avenida no sentido Ave-
nida da Abolição.
Entre os manifestantes es-
tavam moradores de comuni-
dades atingidas pelas obras da
Copa, como a Alto da Paz e Raiz
da Praia.
Foram montadas barrica-
das com pneus e erguidas fai-
xas com frases de protesto:
"Chega de remoção. Quere-
mos moradia", "Quem é rico
mora na praia. Mas quem é po-
bre também pode morar".
Mina s – Em Belo Horizonte,
um forte aparato policial foi
montado para proteger a re-
gião da Savassi, um dos mais
tradicionais redutos de bares e
restaurantes da capital minei-
ra. A PM acompanhou os cerca
de 100 manifestantes anti-Co-
pa que interditaram uma via da
Avenida Getúlio Vargas. O trá-
fego teve que ser alterado.
No Rio, um protesto organi-
zado pelo Movimento Passe Li-
vre, durante o jogo do Brasil,
reuniu cerca de 50 pessoas e
terminou três horas depois
com pelo menos quinze deti-
dos. (Agências)
André Lucas Almeida/EC
Estação da Sé: correria para embarcar nos trens do metrô.
302quilômetros de
lentidão no trânsitoda capital paulistaforam registrados
pela Companhia deEngenharia de
Tráfego (CET), às 15horas da terça-feira.
T raficantemexicano é preso
no Galeão
Um traficante mexicano
procurado pela Justiça no
México e nos Estados Unidos
foi preso na noite de segunda-
feira, pela Polícia Federal bra-
sileira, no Aeroporto Interna-
cional Tom Jobim, no Rio de Ja-
neiro, quando tentava embar-
car para Fortaleza.
Procurado por tráfico de me-
tanfetaminas, o mexicano,
que não teve o nome divulga-
do, estava com ingresso para
assistir ao jogo entre Brasil e
México. Segundo a PF, o ho-
mem, de 49 anos, chegou ao
Brasil no último dia 11, um dia
antes da abertura da Copa, por
Foz de Iguaçu, "via terrestre,
procedente da Argentina".
"Como constava na difusão
vermelha da Interpol, o gover-
no dos Estados Unidos ingres-
sou com pedido de extradição
no Supremo Tribunal Federal
(STF)", informou a PF no Rio,
em nota. Agentes da Delega-
cia de Repressão a Entorpe-
centes da PF no Rio localiza-
ram o traficante hospedado
num hotel na zona sul da capi-
tal, com sua esposa e dois fi-
lhos. Ele foi preso ao tentar
embarcar no voo JJ 3254 para
Fortaleza, das 23h50, no Aero-
porto Tom Jobim. (EC)
Chilenos presospor furtos emaeropor tos
APolícia Civil prendeu an-
teontem à noite dois chile-
nos suspeitos de integrar uma
quadrilha que cometia furtos
em aeroportos e saguões de
hotéis de São Paulo há cerca
de seis meses. A dupla foi pre-
sa no Centro da Capital após a
polícia rastrear o carro aluga-
do que um deles usou para sair
do Aeroporto Internacional de
Viracopos, em Campinas.
Segundo o delegado Oswal-
do Nico, Jaime Barraza, de 43
anos, já tinha sido preso por
furto há seis meses em São
Caetano. Barraza tinha furtado
ao menos uma mala na tarde
de segunda com a ajuda de três
mulheres que ainda não foram
identificadas pela polícia.
Imagens das câmeras de
segurança do Aeroporto de Vi-
racopos registraram a ação do
grupo. Na praça de alimenta-
ção, os criminosos aproveita-
ram a distração dos passagei-
ros para atuar sem levantar
suspeita e fugiram no carro
em que chegaram.
Barraza e Michael Arias, de
31 anos, foram encontrados
com os objetos furtados no ae-
roporto, como tablet, bolsas,
óculos escuros, jaquetas e ce-
lulares. (EC)
Ant
onio
Lace
rda/
EFE
quarta-feira, 18 de junho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 9
PARA ELES, SANTO OCHOA.Jornais mexicanos como o E xcelsior eo El Universal, e o espanhol El País,atribuem ao goleiro da seleção doMéxico o empate de 0 a 0 com oBrasil. Santo, herói, dizem os sites.
PIMENTA AMARGABrasil vai ter que pescar Camarões
ASeleção brasileira abusou
dos erros ontem, parou naboa marcação do México –,principalmente nas boas
defesas do goleiro Ochoa –e não con-seguiu passar do 0 a 0, na Arena Cas-telão, em Fortaleza. Nem mesmo oapoio da torcida e o Hino Nacionalcantado à capela novamente, no pal-co onde a tradição surgiu na Copa dasConfederações de 2013, adiantaram.
Melhores jogadores na estreia,Neymar e Oscar não repetiram a dose.David Luiz mostrou nervosismo nasaída de bola e Paulinho cometia fa-lhas em sequência. No ataque, Fred sóapareceu em campo quando o assis-tente marcava impedimento. As mu-danças promovidas por Luiz FelipeScolari no segundo tempo tambémnão surtiram efeitos. Bernard, Jô e Wil-lian ganharam uma chance na equi-pe, mas o nervosismo nos minutos fi-nais impediu a criação de jogadas.
Com o resultado, o Brasil chegouaos quatro pontos no Grupo A e teveadiada a expectativa de antecipar aclassificação às oitavas. Agora, teráque vencer Camarões, na próxima se-gunda-feira, no estádio Nacional deBrasília (Mané Garrincha). Os mexica-nos vão enfrentar na última rodada otime da Croácia no mesmo dia, no Re-cife. De quebra, o empate encerrou asequência de oito vitórias de Felipãono comando da Seleção em Copas.
O JOGO - Como aconteceu naabertura, os torcedores se uniram aosjogadores para cantar o Hino Nacio-nal à capela. Neymar, maior esperançada equipe, não resistiu às lágrimas.Mas os fãs mexicanos, em grande pre-sença na Arena Castelão, tambémprotagonizaram bela festa. E foi nesseclima quente que a partida teve início.Lances ríspidos se seguiram logo nosprimeiros instantes – o México ano-tou as duas primeiras faltas antes deum minuto. Disposto a assustar, o Mé-xico buscava o ataque e a Seleção ten-tava acalmar o jogo. Mais contido, o ti-me de Felipão demorava para amea-
çar a defesa mexicana. Na metade daetapa inicial, o Brasil ostentava possede bola de até 70%, mas não levavaperigo. O México colocava até 11 jo-gadores atrás da linha da bola.
Tentando furar o bloqueio, Marce-lo foi até a linha de fundo para cruzar.Paulinho, no susto, mandou para fora,aos 13 minutos. Neymar, que tentavaabrir caminho na intermediária comjogadas individuais, levou mais peri-go em um lance de cabeça na área,após cruzamento de Daniel Alves.Ochoa fez linda defesa, aos 25.
A melhor chance viria aos 43. Apóslevantamento na área, Thiago Silvaescorou de peito para Paulinho, quefinalizou em cima do goleiro. O Méxi-co, sem abrir mão do ataque, levouperigo em finalizações de fora da área.Herrera, aos 23, e Vazquez, aos 40,ameaçaram o gol de Julio Cesar.
Felipão resolveu mudar para o 2ºtempo. Sacou Ramires e colocou Ber-nard. Desconcentrado, o time de Fe-lipão passou a cometer muitos errosna saída de bola. No meio, Paulinhonão conseguia dar sequência às joga-das e a bola não chegava a Oscar eBernard. O México tentava aproveitaro momento, em finalizações de longe.Foram três em 10 minutos.
Na defesa, o time mexicano con-seguia aplicar a forte marcação emNeymar, que, então, levava perigona bola parada. Aos 17 , bateu faltarente à trave direita de Ochoa.
Aos 22, Felipão trocou Fred por Jô.Um minuto depois o Brasil crescia no-vamente. Bastou um cruzamento deMarcelo e uma finalização de Neymarna área para incendiar a partida e atorcida. Jô quase abriu o placar aos 30,em jogada pela esquerda. Tentandocapitalizar o momento, o treinadorbrasileiro fez a última substituição,trocando Oscar por Willian. Aos 40,Neymar cobriu falta na área e ThiagoSilva cabeceou. Ochoa fez nova ótimadefesa. No final, Julio Cesar contoucom a má pontaria dos rivais para as-segurar o 0 a 0. (Estadão Conteúdo)
Kai Pfaffenbach/Reuters
O mexicano GuilhermoOchoa, o Memo, foi o
mais festejado ao finalda partida (no alto).
E não era para menos:ele cometeu quatro
'milagres' (um delesdefendendo cabeçadade Thiago Silva, à dir.),
assegurou o empate e o1º ponto do México
sobre o Brasil em Copas.
Ele achou melhor do quecontra a Croácia
Aseleção brasileira estreouna Copa do Mundo comuma vitória por 3 a 1 sobrea Croácia que gerou elo-
gios pelo poder de reação do time,que saiu atrás no placar. Na segundapartida, ontem, o time de Luiz FelipeScolari cometeu mais erros e ficouno 0 a 0 com o México. Mesmo as-sim, o técnico acredita que sua equi-pe teve melhor apresentação no se-gundo jogo. "Na minha opinião, o ti-me jogou melhor do que contra aCroácia. Tivemos uma evolução de10% e pode evoluir ainda mais. Es-tou satisfeito com o que vi", disse otreinador, sem apontar os aspectosda seleção que tiveram melhora naArena Castelão, em Fortaleza.
Com respostas curtas e descon-certantes, Felipão negou maiorespreocupações com a seleção. Aoser questionado sobre por que oBrasil não abafou o México, respon-deu rapidamente: "Porque o outrotime é bom". Perguntado sobre aqueda de rendimento do time, sesaiu com um "não concordo". E oque fazer contra Camarões que nãofoi feito diante do México? "Gol",respondeu, curto, o técnico.
MUR ALHA – Felipão atribuiu oempate à grande atuação do goleiroOchoa. "Só faltou fazer o gol. Chuta-
mos três a quatro bolas em situaçãode gol, só que o goleiro deles nãodeixou a bola entrar. O goleiro doMéxico é muito bom. Nós chutamosem situação de fazer o gol e o Méxi-co chutou todas de fora da área",co m p a ro u.
O técnico brasileiro se mostrouincomodado quando foi questiona-do sobre eventuais mudanças naequipe. Ele garantiu não ter dúvidassobre os titulares. "Se estou confian-do ainda? Vocês é que pensam quenão confio. Vocês podem escalarquem quiser, têm 300 opções paramexer, mas para mim não faz dife-rença. Meu time é esse. Confio ple-namente nos 11". No entanto, elenão descartou mudanças para o jo-go da última rodada do Grupo A,contra Camarões, na próxima se-gunda. "Contra Camarões posso fa-zer uma mexida de acordo com oque estou pensando", disse, sem dardicas sobre a futura escalação.
Felipão rejeitou as perguntas so-bre a suposta dependência do Brasilem relação a Neymar. "Ele não ga-nha sozinho, nem perde sozinho.Vamos continuar o trabalho para oNeymar fazer os gols e a seleçãovencer, e também continuar o traba-lho para a seleção vencer se o Ney-mar não marcar os gols". (EC)
FALA,JOGADOR.GUILHERMO OCHOA – Ogoleiro mexicano parou oBrasil. "É a partida da minhavida e fazer isso em umaCopa do Mundo, na frente detoda a torcida, é incrível",disse Ochoa, após ser eleitopela Fifa como o melhorjogador da partida eenquanto seus olhos eramtomados por lágrimas. Foramquatro grandes defesas dogoleiro do Ajaccio, da França."O cabeceio (de Neymar) foi omais complicado, umarremate seco, defendidojunto à trave. Foi o que gosteimais", ressaltou Fred.JULIO CESAR –"O goleiromexicano fez uma excelentepartida. Mesmo a gente nãoapresentando nosso melhorfutebol, tivemosoportunidades e o goleiroapareceu bem", afirmou JulioCesar, que só precisou fazeruma defesa difícil no jogo.FRED – "Não tem comodeixar de dar parabéns para ogoleiro, que fez, no mínimo,quatro milagres."JÔ – "A gente criou algumaschances claras, mas pecounas finalizações",BERNARD – " T i ve m o schances de marcar, comoeles também tiveram.Infelizmente, não fizemos.Acontece. Não podemostambém tirar o mérito dogoleiro, que foi muito bem."NEYMAR – Não conseguiubrilhar diante do México. Ocraque teve duas ótimasoportunidades, mas ambaspararam em grandes defesasdo goleiro Ochoa, uma delastirando a bola em cima dalinha, à meia altura, já do ladoda trave. "Apesar do empate,vivi uma das maioresemoções da minha vida...",escreveu o camisa 10 noFacebook ao compartilharuma imagem dele segurandoas lágrimas durante o HinoNacional. Após a partida,Neymar não falou com aimprensa porque foi sorteadopara fazer exame antidoping.HULK – "Se eu estoumelhor? Estou bem. Nãojoguei porque o Felipãoachou melhor assim. Tenhode respeitar a decisão e nãofiquei chateado. Mas estavapronto para jogar.",MIGUEL HERRERA – OMéxico conquistou o seu 1ºponto em partidas contra oBrasil na história das Copasao segurar o 0 a 0. "A equipese matou em campo paraconseguir um resultadopositivo, é um ponto que nosajuda muito. A forma é muitoimportante, a atitude, adeterminação. Foi umapartida muito bem disputada.Não ficamos extasiadosporque não ganhamos, mas éum bom resultado. Estamosconscientes de que estamosdando passos firmes, aindaque não tenhamos nosclassificado para as oitavas",disse o treinador mexicano."Jogamos contra o favorito,na sua casa, com a suatorcida e nos demos conta deque estamos de igual paraigual contra qualquer que sejao time que tenhamos pelafrente." E Ochoa?, "Otrabalho de Memo (como échamado Guilhermo Ochoa)foi extraordinário, mas nóstambém tivemos chances.Os chutes foram para fora ouno goleiro, mas a atitude e aque mostra a equipe nosdeixa tranquilos".
Correu menos, bateu mais...No empate em 0 a 0 com o México, a Seleção correu
menos e precisou fazer mais faltas do que na aber-tura da Copa do Mundo, na quinta-feira passada,diante da Croácia. Nos dois jogos, o Brasil teve maisposse de bola que o adversário, ainda que a vanta-gem no jogo desta terça tenha sido menor.
De acordo com as estatísticas da Fifa, os jogado-res brasileiros, somados, correram 97.356 metrosdurante a partida contra o México, ante 102.099metros percorridos diante da Croácia. Destaquesna vitória na estreia, Neymar e Oscar correram,respectivamente, 9.931 metros e 9.538 metros na-quele jogo. Nesta terça, os números caíram para8.093 metros e 8.839 metros.
Por conta da ausência de Hulk, com dores muscula-res, Oscar teve função diferente diante do México. Secontra a Croácia ele poucas vezes saiu da ponta direita,frente aos mexicanos o mapa de calor do jogador mos-
tra que ele ocupou todo o meio de campo, voltandomais para pegar a bola e passando um pouco mais detempo na esquerda do que na direita.
Nas estatísticas ofensivas, os números do time nosdois jogos foram parecidos. O total de finalizações foiigual (14), enquanto que os chutes corretos passaramde nove para oito. A diferença ficou no número de de-fesas do goleiro adversário: três do croata contra seisdo mexicano Ochoa, eleito o melhor da partida.
Diante de um time melhor postado, o Brasil cruzoumais (28 a 20) e teve uma queda considerável no nú-mero de passes trocados (432 a 351). Defensivamente,saiu-se pior, cedendo três finalizações a mais aos me-xicanos (13, contra 10 dos croatas). Por outro lado, osbrasileiros perderam menos bolas e fizeram quase odobro de desarmes.
Se fez só cinco faltas diante da Croácia, frente aoMéxico foram 13.
����������������� ������������������������������������������ ���������������������������� ��� �!"������#��$�%� ��!& �� �#�
' ��!�(#��)*%� +��,�����-������'��.������ �+������������ %�� ������' ��������$�� /�����$�0����� 1���
2��� ��� ��������������� ��2��� �2 ��!'�3���#����� ����� ��������������4��1������������*�����������������������!��%,��#�� �3� �����!���� �5����� ���5�2 �6���#+��,�����-�������2 �+
��� ���������������$�%� ����������������!& ����#������� ��4��1���!�,7���#+
���� �����8�*��9�:� �!'�0�;�� 1���#+��������)<�����.��/��+
����������=>+?@A�.������+��������� �������<���%�'� ������!B#+
�����������������Marcelo Del Pozo/Reuters
Mike Blake/Reuters
Marcelo Del Pozo/Reuters
10 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 18 de junho de 2014
E HOJE...
Nossos adversários duelam na boca da noite
Ernesto Carriço/Estadão Conteúdo Euzivaldo Queiroz/Estadão Conteúdo
Oapito final do jogo de hoje, às 19 horas (de Bra-
sília), em Manaus, pode indicar a eliminação daprimeira equipe do Grupo A da Copa do Mundo.Camarões e Croácia buscam a vitória para se re-
cuperar das derrotas na estreia e evitar a queda precoce. Oempate de ontem entre Brasil e México colocou pressão ex-tra no encontro da Arena Amazônia. Quem perder estará fo-ra. Em caso de empate, será necessário jogar a última rodadapreocupado com a combinação de resultados.
Com a previsão de temperatura de 30° C durante a par-tida, as condições serão duras para os adversários tentarema recuperação, pois ambos fizeram longas viagens para che-gar até o Norte do País - os croatas saíram da Bahia e os ca-maroneses, do Espírito Santo.
Na escalação, porém, as equipes estão em situaçõesopostas quando se trata dos principais atacantes. A Croáciavolta a ter Mario Mandzukic, do Bayern de Munique, quecumpriu suspensão contra o Brasil por ter sido expulso nasEliminatórias. Já os africanos não devem ter Samuel Eto’o,com problemas no joelho direito.
O jogador do Chelsea desembarcou em Manaus com umabolsa de gelo na perna e mal conseguia andar. O substituto de-le deve ser o jovem Aboubakar, de apenas 22 anos.
O importante desfalque faz Camarões se encontrar em si-tuação muito mais complicada. Fora a Croácia, terá ainda a du-ra tarefa de conseguir somar pontos contra o Brasil, na próximasegunda-feira, em Brasília. "Nós vamos conversar bastantecom o time porque o jogo contra a Croácia é importante se qui-sermos continuar vivos", disse o técnico dos africanos, o ale-mão Volker Finke. "Eles também perderam na estreia e, comnenhum ponto somado, não há muito o que falar. Temos queganhar a qualquer custo", completou.
Sem Eto’o, Camarões perde presença de área e deve insistirmais nas jogadas pelas laterais, principalmente pelo lado di-reito. No setor está Assou-Ekotto, um dos poucos destaques daequipe na derrota para o México por 1 a 0, em Natal.
NU POLÊMICO - O ambiente na Croácia ficou carregadodepois que um jornal local fotografou três jogadores daequipe nus durante um banho na piscina da concentração.O elenco se revoltou, disse que a publicação ofendeu as suasfamílias e se recusou a dar entrevistas.
O técnico Niko Kovac reclamou que o episódio tirou o focodo time. "Se as fotos não tivessem sido publicadas, os jogado-res estariam falando de outros assuntos e, principalmente,pensando no jogo contra Camarões. Agora, estão distraídoscom elementos de fora do campo", afirmou.
A equipe teve ainda outro problema. O volante Luka Mo-dric, do Real Madrid, sentiu dores no pé e ficou sem treinar,mas se recuperou e está confirmado. A presença do jogadore a volta do principal atacante vai fazer o time atuar de formadiferente da mostrada contra o Brasil, na última quinta. "Tero retorno do Mandzukic é um grande ganho porque é umjogador ofensivo e que faz todo o time avançar dentro decampo", explicou Kovac.
Com o atacante do Bayern de Munique em campo, a equi-pe volta a ter a força máxima e formação ideal, com os velozesPerisic e Olic abertos pelos lados. Quem deixa o time para aentrada de Mandzukic é Kovacic. (Estadão Conteúdo)
CAMARÕES x CROÁCIACAMARÕES x CROÁCIAC AMARÕES - Itandje; Assou-Ekotto, Chedjou, Nkoulou e
Bedimo; Mbia, Song, Makoun e Moukandjo; Aboubaker eChoupo-Moting. T é c n i co : Volker Finke.
CR OÁCIA - Pletikosa; Srna, Corluka, Lovren e Vrsaljko;Modric, Rakitic, Perisic e Brozovic; Olic e Mandzukic. T é c n i co :
Niko Kovac.ÁRBITR O - Pedro Proença (Fifa/Portugal).
HORÁRIO - 19 horas.LOC AL - Arena Amazônia, em Manaus (AM).
Vo l u n t á r i o sintoxicados
Pelo menos 36 pessoasque prestam trabalho
voluntário para a Fifa emBrasília durante a Copa doMundo tiveram umaintoxicação alimentar,provocada por refeiçõesservidas no ginásio NilsonNelson, na tarde do últimosábado. Os voluntáriosapresentaram diarreia,vômito e dores de cabeçadurante a madrugada dedomingo. Ninguém foihospitalizado. O gerente dealimentos da VigilânciaSanitária do governo doDistrito Federal (GDF), AndréGodoy, disse que umainvestigação está em cursopara identificar as falhas quepermitiram a contaminaçãodos alimentos.
Antidopingdeu negativo
A Fifa informou que todosos resultados de exames
antidoping feitos emjogadores inscritos antes doinício da Copa do Mundoderam negativo. Segundo orelatório da entidadedivulgado ontem, 800 atletasincluídos nas convocaçõesfinais de suas seleçõestiveram urina e sanguetestados nesta primeira fasedo programa que visafiscalizar com eficiênciatodos os participantes dacompetição. Duranteo mundial, dois jogadorespor equipe são sorteadosapós as partidas parapassar por testesantidoping, além de escolhasaleatórias e sem avisoprévio nas concentrações.
E os campeõesdo mundo
jogam em nomeda honra
Estreiascom muita
correria (paraquase nada).
Bélgica: virada e liderança.
'Socceroos' na panela depressão holandesa
A seleção da Holanda querlogo definir a sua presençanas oitavas de final. Para a
partida de hoje contra a Austrália,teoricamente a mais fraca equipedo Grupo B, às 13h, no estádio Bei-ra-Rio, em Porto Alegre, os holan-deses, que encantaram na primei-ra rodada ao golear a campeã Es-panha por 5 a 1, mudarão a estra-tégia. Nos treinos realizados desdea estreia, o treinador Louis vanGaal testou marcar o adversáriosob pressão. Planeja acuar a defesaaustraliana e resolver o jogo já noprimeiro tempo.
Se implantada, a tática repre-sentará uma mudança expressivaem relação ao comportamento daHolanda na espetacular vitória emSalvador. Naquele jogo, Van Gaalmontou uma equipe defensiva,que foi dominada pela Espanha namaior parte do primeiro tempo.Após o empate, que veio ao finaldaquela etapa, o treinador liberouo time – e a consequência foi omassacre no segundo tempo.
Os 'socceroos' australianos en-
tram na partida como azarão. Suaestreia foi ruim, pois perdeu para oChile por 3 a 1. A julgar pelo ren-dimento das duas seleções na pri-meira rodada, nada mais imprová-vel que uma vitória – e até mesmoum empate – da Austrália. O técni-co Ange Postecoglou disse nãoadmitir que seu time jogue retran-cado. "Só a vitória interessa."
AUSTRÁLIA xAUSTRÁLIA xHOLANDAHOLANDA
AU S T R Á L I A - Ryan;McGowan, Wilkinson,
Spiranovic e Davidson;Milligan, Jedinak, Leckie,
Bresciano e Oar; Cahill.T é c n i co : Ange Postecoglou.
HOL ANDA - Cillessen;Janmaat, Vlaar, De Vrij,Martins Indi e Blind; De
Guzmán, De Jong, Sneijder eRobben; Van Persie. T é c n i co :
Louis Van Gaal.ÁRBITR O - Djamel Haimoudi
(Fifa/A rgélia).HORÁRIO - 13 horas.
LOC AL - Estádio Beira-Rio, emPorto Alegre (RS).
E S PA N H AE S PA N H Ax CHILEx CHILE
Rússia e Coreia do Sul encerra-ram a primeira rodada da Co-pa ontem, na Arena Pantanal,
em Cuiabá, pelo Grupo H, com um jo-go bem movimentado, principal-mente na metade final do segundotempo. Apesar dos lances empol-gantes, o duelo acabou com empatepor 1 a 1, que deixou a Bélgica, quevenceu também nesta terça a Argéliapor 2 a 1, na liderança isolada da cha-ve, com três pontos.
A Rússia apostava na união para su-perar a retranca sul-coreana, já que to-dos os russos jogam no campeonatolocal. Mas nem a Rússia nem a Coreiado Sul conseguiram encaixar seu rit-mo e apenas levavam perigo com jo-gadas isoladas no início do confronto.Os gols saíram no segundo tempo.Aos 22, o lance que mudaria o rumoda partida: Lee, que tinha entrado nolugar de Park, arriscou de longe. O go-leiro Akinfeev "engoliu" o primeirofrango da Copa. Aos 28, em confusão
na área sul-coreana, Kerzhakov, quetinha entrado no lugar de Zhirkov,mandou para as redes. O russo estavaadiantado, mas o juiz Néstor Pestananão marcou o impedimento.
A Rússia agora encara a Bélgica noMaracanã, no domingo, às 13h, en-quanto a Coreia do Sul enfrenta a Ar-gélia, no mesmo dia, às 16horas, noBeira-Rio, em Porto Alegre.
RÚSSIA 1 x 1 COREIARÚSSIA 1 x 1 COREIADO SULDO SUL
RÚSSIA - Akinfeev; Yeshchenko,
Berezutski, Ignashevich e
Kombarov; Glushakov (Denisov),
Shatov (Dzagoev), Samedov eFaizulin; Kokorin e Zhirkov
(K herzakov).T é c n i co : Fábio Capello
COREIA DO SUL - Jung; LeeYoung, Hong, Kim e Yun; Han, Koo,
Ki e Lee Chung; Son (Kim-Bo) e Park(Lee). T é c n i co : Hong Myung-Bo.
GOLS - Lee, aos 22, e Kerzhakov,aos 28 minutos do segundo
tempo (foto acima).CARTÕES AMARELOS - Shatov e
Samedov (Rússia); Son, Ki e Koo(Coreia do Sul).
ÁRBITR O - Néstor Pitana(Fifa/A rgentina).
RENDA - Não disponível.P Ú B L I CO - 37.603 pessoas.
LOC AL - Arena Pantanal,em Cuiabá (MT).
ABélgica esteve perto de prota-gonizar mais uma "zebra" nes-ta Copa do Mundo. Exaltada
pela boa geração de jogadores quebrilham na Europa, a seleção belganão confirmou a alta expectativa de-positada em seu futebol, mas jogou osuficiente para vencer nesta terça-fei-ra o modesto time da Argélia, comuma suada virada, pelo placar de 2 a 1,no estádio do Mineirão, em Belo Ho-rizonte. Com a vitória, a Bélgica des-pontou na liderança do Grupo H, quetem Rússia e Coreia do Sul.
A virada só veio aos 34 minutos dosegundo tempo, depois que o técnicoMarc Wilmots corrigiu as falhas de-monstradas em um primeiro temposofrível e apático. O resultado nãoapagou a péssima impressão deixadapelos belgas no 1º tempo. Cotada co-mo a grande sensação do Mundial, aequipe europeia não correspondeu.
A Argélia fez boa atuação graças aFeghouli, seu melhor jogador. Ele so-freu e converteu o pênalti que gerou ogol argelino. A seleção africana nãomarcava em Copas desde 1986. Des-de então, só jogou o Mundial de 2010,quando passou em branco.
BÉLGICA 2 x 1 ARGÉLIABÉLGICA 2 x 1 ARGÉLIABÉLGIC A - Courtois; Alderweireld,
Kompany, Van Buyten eVertonghen; Witsel, Dembele
(Fellaini), De Bruyne, Chadli(Mertens) e Hazard; Lukaku (Origi).
T é c n i co : Marc Wilmots.AR GÉLIA - Mbolhi; Mostefa,
Bougherra, Halliche e Ghoulam;Medjani (Ghilas), Bentaleb, Taider,
Mahrez (Lacen) e Feghouli;Soudani (Slimani). T é c n i co : Vahid
Halilhodzic (foto abaixo).
GOLS - Feghouli (pênalti), aos 24minutos do primeiro tempo;
Fellaini, aos 24, e Mertens, aos 34minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS -Vertonghen (Bélgica); Bentaleb
(A rgélia).ÁRBITR O - Marco Rodriguez
( Fi f a / M é x i co ) .RENDA - Não disponível.
P Ú B L I CO - 56.800 pessoas.LOC AL - Estádio do Mineirão, em
Belo Horizonte (MG).
CamarõesCamarões
Dilma voltaráaos estádios?
A Fifa admite que, atéagora, não se sabe
quem entregará a taça daCopa do Mundo aovencedor do torneio, no dia13 de julho, no estádio doMaracanã. Por enquanto, aúnica certeza é que opresidente da entidade,Joseph Blatter, estará entreos que levarão o troféu àseleção que conquistar otítulo. Mas não há nenhumaindicação ainda se apresidente Dilma Rousseffparticipará do momento,que é o auge do mundial.Dilma não discursou naabertura da Copa e foixingada no Itaquerão.
X
Depois da humilhante golea-da diante da Holanda na es-treia (5 a 1), a Espanha está
sob pressão na Copa. Contra o Chile,hoje, às 16h, no Maracanã, os cam-peões do mundo não têm alternativa:é vencer ou vencer. Em caso de novaderrota, podem ser eliminados comuma rodada de antecipação. Para issoacontecer, basta que a Holanda, umpouco mais cedo, tenha ao menosempatado com a Austrália no outrojogo do Grupo B.
Para evitar um vexame histórico, otécnico Vicente Del Bosque prometemudanças. Ele vai reforçar a marcaçãono meio de campo e deixar o ataquemais leve. O meia David Silva deveperder a vaga para Pedro. No meio,Xavi pode ser substituído por Koke.Outra alteração que pode melhorar odesempenho ofensivo da equipe é a troca de Pi-qué por Javi Martínez. Del Bosque, inclusive,mostra-se bastante preocupado com a defesa,que foi muito mal contra a Holanda. "O Chile temum futebol muito ativo, valente e ofensivo. Elesvão com tudo para cima da gente e precisamosencontrar o ponto fraco deles." .
O Chile promete não ficar só na defesa. Otécnico Jorge Sampaoli acredita ser possíveldividir o protagonismo da partida com os es-panhóis. Ele confia na criatividade de Valdiviae nos bons passes do meia Arturo Vidal parasurpreender a defesa espanhola, que se mos-trou bastante frágil contra a Holanda.
Mar
celo
Mac
hado
de
Mel
o/Es
tadã
o C
onte
údo
Dom
inic
Ebe
nbic
hler
/Reu
ters
Fern
ando
Sou
tello
/Esta
dão
Con
teúd
o
EspanhaEspanha
CroáciaCroácia
X
Felip
e Tr
ueba
/Efe
ChileChile
E S PA N H ACa s i l l a s ;A zpilicueta,Javi Martínez(Piqué), SergioRamos e JordiA lba;Busquets, XabiAlonso, Koke(Xavi) eIniesta; Pedroe Diego Costa.T é c n i co :Vicente delB osque.CHILEBravo; Isla,Medel, Jara eMena; Diaz,Vi d a l ,Aránguiz eVa l d i v i a ;Vargas eA lexisS á n c h ez .T é c n i co :J orgeS ampaoli.ÁRBITR OMark Geiger(Fifa/E stadosUnidos).HORÁRIO16 horas.LOC ALEstádio doM a ra ca n ã ,no Rio deJaneiro (RJ).
quarta-feira, 18 de junho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 11
Domingo sangrentoSegundo a HBO, o violento último capítulo da quarta
temporada da série hit Game of Thrones , bateu mais recordes:7, 1 milhões de telespectadores no domingo passado (15).
O FAB FOUR ESTÁ EM CARTAZ NA EXPO BEATLES – 50 ANOS DE HISTÓRIA, NO CENTRO BRASILEIRO BRITÂNICO. ATÉ 16 DE JULHO.
CINEMA
Como é bom ser hipster
Parece que o MIS (Museu da
Imagem e do Som) encon-
trou um nicho bem interes-
sante. Uma vez por mês, o museu
sedia a festa Green Sunset, que lo-
ta o espaço de jovens estilosos e
loucos por indie rock. Neste feria-
do não vai ter festa, porém, esse
público irá se esbaldar com a pro-
gramação de cinema, feita sob
medida para eles, que está capri-
chada. O festival Cine Cool ex i b e
longas-metragens cheios de refe-
rência pop, dirigidos por nomes
renomados e considerados "cult",
de hoje até domingo (22).
Na lista, destaque para os des-
colados Wes Anderson (M o on r i s eKi ng do m), Spike Jonze (El a), Sofia
Coppola (Encontros e Desencon-tros) e Michel Gondry (Brilho Eternode uma Mente sem Lembranças).
Sopia Coppola -Entre os longas-
metragens da filha do cineasta
Francis Ford Copolla, estão seu fil-
me de estreia, As Virgens Suicídas(1999) (hoje, às 21h), e o aclamado
Encontros e Desen-contros (com Bill Mur-ray e Scarlett Johan-sonn, de 2009), do-
mingo (22).
Wes Anderson -
O cineasta queridi-
nho da tribo hipster
tem quatro filmes
na mostra, entre
eles, Os ExcêntricosT e n e n b a u m s (2 0 0 1 ) ( h o j e , à s
19h) e a ótima ani-
mação em stop mo-
tion que Anderson
produz com Francis
Ford Coppola, O Fantástico SenhorRaposo (2009)( amanhã, às 19h).
Spike Jonze - Ela (2013), o último
filme de Jonze, acabou de sair dos ci-
nemas. Já no Cine Cool, entram em
cartaz Quero ser John Malkovich(1999) (sexta (20), às 21h) e Adap -t a ç ã o (2002) (amanhã, às 21h).
Destaque para Onde Vivem os Mons-tros(2009) (sábado (21), às 16h).
Michel Gondry - O cineasta
francês está com duas comé-
dias na mostra. O pastelão,
Rebobine, por Favor (2008)
(hoje, às 19h) e ao dramático
Brilho Eterno de uma Mentesem Lembranças (2004), do-
mingo (22), às 20h), com Jim
Carrey e Kate Winslet.
Bill e Scarlett: Encontros e Desencontros.
Antes como locutor de rádio, depois co-
mo narrador de televisão, Osmar San-
tos se destacava pela voz vibrante e pe-
las expressões criativas durante as partidas de
futebol. Uma delas é, até hoje, lembrada e in-
substituível: “Pimba na gorduchinha!”. Entre
as estrelas da TV que ainda militam como
narradores, são sempre lembrados
por jargões como: “Que beleza!”
(Milton Leite, SportTV); “Ha j a
co raç ão !” (Galvão Bueno);
“Vamos arrumar a cozinha!”,
no sentido de ordenar a defesa (Síl-
vio Luiz, TV Banderirantes).
Estas são apenas algumas das mui-
tas conexões lembradas na exposição Fu t e b o lna Ponta da Língua, criada pelo Museu da da Lín-
gua Portuguesa em parceria com o Museu do
Futebol. Em cartaz até o 7 de setembro, a mos-
tra promete guiar o público através de uma via-
gem pelas expressões de locutores, sotaques,
bordões e frases memoráveis de jogadores.
A ideia é colocar todo mundo em campo para
conhecer melhor o vocabulário técnico e meta-
fórico da paixão nacional. A exposição tam-
bém estabelece uma relação entre literatura e
futebol, ao lembrar obras de Mário de An-
drade, Carlos Drummond de Andrade,
José Lins do Rego,entre outros.
Conforme o diretor da DBrasil,
organização que administra o mu-
seu, a exposição é divertida e pro-
va a riqueza da nossa língua, que
quando associada ao popular fu-
tebol, é capaz de criar um delicio-
so modo de falar.
Futebol na Ponta da Língua.Museu da Língua-
Portuguesa. Praça da Luz, s/nº, Centro. Até 7/9.
Grátis
ES
TR
EIA
O estiloargentino de fazer
comédiaLúcia Helena de Camargo
Ser diferente não é fácil em sociedade algu-
ma. Aqueles com aparência fora dos pa-
drões são discriminados e passam por ve-
xações diversas. No filme Coração de Leão –O AmorNão Tem Tamanho (Corazón de León, 2012, 100 mi-
nutos) quem enfrenta os olhares curiosos em to-
dos os lugares aonde vai é León Godoy (Guillermo
Francella), homem que mede 1,36 metro. Ele é um
arquiteto talentoso, divertido, inteligente. Mas
não lhe deixam esquecer nem por um instante a
falta de 40 centímetros na sua altura.
A comédia romântica argentina estreou por lá
em agosto de 2013. Já vista por mais de 1,7 mi-
lhão de espectadores, chegando aos cinemas
brasileiros nesta quinta (19).
Com direção de Marcos Carnevale, traz Julieta
Díaz no papel de Ivana Cornejo, advogada recém-
divorciada que perde seu celular depois de uma
briga com o ex-marido. León encontra o apare-
lho, telefona para a moça e marcam um almoço
para que seja feita a entrega.
Além de muito bonita, ela é alta. Galanteador,
León é um perfeito cavalheiro e ela começa a se
encantar. Um salto de paraquedas e muitas afini-
dades descobertas depois, chegará o momento
no qual o casal voltará à primeira questão que
passa pela cabeça de quem os vê juntos: a dife-
rença de altura. Amor e preconceito travam a dis-
puta. Será que 40 centímetros colocarão tudo a
p e rd e r ?
Embalando as cenas românticas, a trilha sono-
ra conta com uma canção conhecida da voz de El-
vis Presley, Always on my Mind, interpretada John
Mc Inerny.
Co-produção entre Argentina e Brasil, o filme
contou com apoio da Agência Nacional do Cine-
ma e do governo do Rio de Janeiro –há até uma ce-
na gravada no Rio, na Praia de São Conrado.
O roteiro foi baseado na história real entre Car-
nevale e Betiana Blum. Natural da região de Cór-
doba, o diretor tem no currículo longas-metra-
gens como Elsa & Fred - Um Amor de Paixão (2005) eViúvas (2011). "Faz 15 anos que eu quero fazer es-
se filme, mas não existia tecnologia no país para
f a z ê - l o”, disse no lançamento. O problema de or-
dem técnica foi resolvido com computação grá-
fica. O ator Guillermo Francella, de altura normal,
teve as pernas “cortadas” digitalmente.
Na ponta do pée da línguaAna Barella
T E AT RO
O bardo inglês cai na foliaSérgio Roveri
Escrita por Shakespeare pro-
vavelmente entre os anos
de 1601 e 1602, a comédia
Noite de Reis extrai grande parte
do seu inegável encanto das con-
fusões criadas a partir do momen-
to em que uma das protagonistas
da história, a bela e jovem Viola,
decide se passar por homem para
começar uma nova vida no reino
fictício de Illrya, onde foi dar após
o naufrágio do navio em que viaja-
va em companhia do irmão gêmeo
Sebastian, que ela acredita ter
morrido na tragédia. Na nova ter-
ra, a jovem, que muda de nome
para Cesário, arruma um empre-
go de mensageiro a serviço do du-
que de Orsino –sua principal, e tal-
vez única missão, é carregar car-
tas de amor de Orsino para Lady
Olívia que, além de desprezar so-
lenemente as missivas do nobre,
ainda cai de amores pelo mensa-
geiro Cesário, por acreditar que
ele é um homem. Dito isso, esque-
ça as cartas de amor, os pesados
trajes medievais e os suspiros
confusos e apaixonados. A peça
Noite de Reis – Unidos do Carnaval,que estreia no sábado (21), joga
os personagens de Shakespeare
sem dó nem piedade no mundo da
folia. Nesta adaptação do clássi-
co, há sim um casal de gêmeos
que sofre um naufrágio, mas num
mar de foliões a caminho do car-
naval de Ilíria, região onde o sam-
ba teria nascido. Separados, os
gêmeos vão enfrentar uma série
de adversidades em um mundo
povoado por passistas, mestres-
salas, ritmistas e porta-bandei-
ras. Neste ziriguidum todo, o du-
que de Orsino é dono de uma esco-
la de samba, enquanto sua amada
Olivia virou rainha de bateria. Os
demais personagens da trama
abandonam seu RG original para
se transformar em pierrôs, colom-
binas e porta-estandartes. A mon-
tagem conta com o reforço de uma
percussão executada ao vivo e
imagens do carnaval de verdade
transmitidas em um telão. A nova
tradução deste clássico adaptada
à avenida leva a assinatura de
Marcos Daud, uma das grandes
autoridades no universo do dra-
maturgo inglês.
Noite de Reis –Unidos do Carnavalfica em cartaz até 27 de julho no
Teatro MuBE Cultural. Rua Alema-
nha, 221. Tel.: 4301-7521.Sába-
dos,18h. Domingos, 20h30. R$ 50.
Onde Vivem os Monstros (2009), de Spike Jonze, em cartaz no MIS.
Pabl
o de
Sou
sa/D
ivul
gaçã
o
Foto
s: D
ivul
gaçã
o
12 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 18 de junho de 2014
.I..NTERNET
Música no YouTube,em versão paga.
O YouTube informou
ontem que planeja
lançar um serviço pago
de transmissão de
música. Sem dar
detalhes sobre valor, a
empresa, controlada
pelo Google, disse que
fez parcerias com
"centenas de grandes
gravadoras e selos
independentes" para o
novo produto. O anúncio
ocorre depois de
circularem na internet
comentários de que o
YouTube planeja
bloquear o conteúdo
gratuito de selos com os
quais não tiver acordos.
.A..R TE
Telas de Banksy vão a leilãoCinco telas do artista
britânico Banksy, incluindo
"Bomb Hugger" (ao lado),
serão leiloadas na próxima
semana pela casa Julien's,
em Beverly Hills. Algumas
das telas são avaliadas em
mais de US$ 150 mil.
Banksy é o pseudônimo de
um grafiteiro de Bristol,
Inglaterra, que faz parte de
um grupo de artistas de
rua e esconde sua
identidade. O mistério é
parte da popularidade do
artista.
.H..ISTÓRIA
Selo Magenta é leiloado por US$ 9,5 miO raro selo Magenta do século XIX, de um centavo,
pertencente à ex-colônia britânica da Guiana, foi leiloado
ontem em Nova York, por US$ 9,5 milhões - um novo
recorde mundial. Os lances partiram de US$ 4,5 milhões
e levou apenas dois minutos para que o objeto fosse
vendido para um comprador anônimo.
.C..IÊNCIA
Cores do malCom suas imagens
aumentadas 50 mil vezes e
expostas a contrastes para
melhor serem observadas,
bactérias, vírus e tumores
revelam suas cores
intensas e brilhantes.
http://goo.gl/q3nkf f
.C..R I AT I V I D A D E
Desenhando em 3DO desenhista Nagai
Hideyuki ganhou fama na
internet ao postar vídeos
em que ensina a desenhar
em 3D. Aprenda também.
http://youtu.be/1lao6krDJq8
.L..OTERIAS
Concurso 1290 da DUPLA-SENA
Primeiro sorteio
02 22 25 26 34 40
.S..EGURANÇA
O drone que ataca manifestantesA
sul-afr icana Desert
Wolf criou um drone pa-
ra dispersar manifesta-
ções, o Skunk. O veículo lança
balas de tinta e borracha, libe-
ra gás de pimenta, emite luz
estroboscópica e possui alto-
falantes para transmitir men-
sagens aos manifestantes,
além de filmar a multidão.
Cada drone pode carregar
até 25 quilos de munição mas,
com a estrutura, chega a pe-
sar 40 quilos. Segundo a fabri-
cante, que cobra o equivalen-
te a R$ 105 mil por cada unida-
de, o Skunk não coloca vidas
em risco.
Os primeiros clientes da De-
sert Wolf a adquirir o produto
foram donos de mineradoras
da África do Sul. Dispostos a
enfrentar os grevistas, enco-
mendaram 25 unidades que
começam a operar até julho.
www.deser t-wolf.com/dw/
Arie
l Mar
inko
vic/
EFE
TELESCÓPIO - Chegou ontem ao deserto do Atacama, no Chile, a última das 66 antenas que
podem ser vistas na imagem acima. As antenas integram a estrutura do maior radiotelescópio do
mundo, o ALMA. Segundo os cientistas, o telescópio permitirá escutar a origem do universo.
s
.R..EDES SOCIAIS
Facebook lança o app SlingshotO Facebook lançou
ontem o Slingshot, que
permite trocar fotos e
vídeos sem ter conta na
rede social. O app permite
que os usuários assinem o
serviço com seus números
de celular e se conectem a
seus contatos ou amigos
do Facebook. As fotos
somem dos celulares logo
depois de vistas, refletindo
uma ansiedade crescente
com a privacidade.
Segundo sorteio
16 24 31 32 35 41
Volta ao mundoem imagens
AirPano é um projeto não
comercial criado para
registrar, em imagens de
altíssima resolução, a vista
panorãmica de diversas
cidades do mundo. A
intenção é transformar os
registros em imagens em
3D, de modo que o público
possa realizar uma volta ao
mundo e ter a sensação de
estar em cada cidade.
Criado por fotógrafos
russos aventureiros, o
projeto conta com uma
tecnologia especial que
permite registrar
panorâmicas de 360° a
partir de helicópteros,
aviões, dirigíveis e balões.
Ao lado, você vê algumas
das imagens feitas de Rio
de Janeiro (no alto) e Paris.
w w w. a i r p a n o . c o m
Repr
oduç
ão
EFE
quarta-feira, 18 de junho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 13
Nova chance de quitar as dívidasO fisco estadual mantém abertos, pela primeira vez, dois programas que permitem parcelar ICMS e IPVA, entre outros impostos e taxas.
Silvia Pimentel
Paulo Pampolin/Hype
Diante de umaplatéia atenta,
Ordine, vice-presidente da
ACSP, destacouas dificuldades
que asempresas têm
paracumprirem as
obrigaçõesacessórias,
que sãoexcessivas e
o n e ro s a s .
Dicas paraquem querentrar
De 19 de maio a
12 de junho
deste ano,
período da última
prorrogação do prazo
de adesão, o PEP
computou 7.187
adesões, com a
recuperação de
R$ 1,86 bilhão de ICMS.
Na primeira fase do
programa, de março
de 2013 a agosto do
mesmo ano, foram
feitas 49 mil adesões,
com um valor total
de R$ 17,31 bilhões.
Os pagamentos em
parcela única, que já
entraram nos cofres
do estado, somam
R$ 5,85 bilhões, e
lideram o número de
adesões: 29.397.
Do total parcelado,
R$ 9,28 bilhões
correspondem à opção
de parcelamento
de 61 a 120 vezes.
O PEP do ICMS 2014
permanecerá aberto à
inclusão de débitos até
30 de junho. Para se
inscrever, as empresas
devem acessar o site
w w w. p e p d o i c m s . s p .g o v. b r e efetuar o
login no sistema com
a mesma senha
de acesso utilizada
no Posto Fiscal
Eletrônico (PFE).
No PPD, programa
relativo a débitos de
IPVA, ITCMD, taxas e
multas, foram
registradas 13,9 mil
adesões na
modalidade de parcela
única, totalizando
R$ 24 milhões. Houve
4,9 mil adesões para o
pagamento da dívida
em até dois anos,
totalizando R$ 21
milhões. Para ingressar
nesse parcelamento,
tanto as pessoas
físicas como jurídicas
devem utilizar a
mesma senha da Nota
Fiscal Paulista. A
adesão ao PPD pode
ser realizada até 29 de
agosto de 2014 pelo
e n d e re ç o
w w w. p p d 2 0 1 4 . s p . g o v. b r .O login deve ser
realizado com o CPF e a
senha utilizada no
sistema da Nota Fiscal
Paulista – caso o
contribuinte não seja
participante do
programa, deverá se
cadastrar por meio do
endereço w w w. n f p .f a z e n d a . s p . g o v. b r .
O fisco elaborou uma
cartilha com perguntas
e respostas para os
dois programas de
parcelamento. O guia
pode ser acessado no
link h t t p : / / w w w.f a z e n d a . s p . g o v. b r / p p d_perguntas_e_respostas.pdf. (SP)
A falta depagamento dequatro ou maisparcelasexclui aempresa dosprogramasÉRIK A YAMADA, DA SE FA Z -SP
Devedores de tribu-
tos estaduais ga-
nharam a oportuni-
dade de regularizar
a sua situação fiscal com redu-
ção de multas e juros. Pela pri-
meira vez, o fisco estadual
paulista mantém dois progra-
mas simultâneos de parcela-
mento de débitos. O Programa
Especial de Parcelamento
(PEP), em sua segunda ver-
são, abrange os débitos do Im-
posto sobre Circulação de
M e rc a d o r i a s e S e r v i ç o s
(ICMS), inclusive inscritos na
Dívida Ativa, para fatos gera-
dores até o dia 30 de dezem-
bro de 2013. As dívidas com
esse tributo podem ser parce-
ladas em até 10 anos. O prazo
final para adesão do contri-
buinte vence no próximo dia
30, mas pode ser prorrogado.
De acordo com a diretora de
arrecadação da Secretaria da
Fazenda de São Paulo (Sefaz-
SP), Érika Yamada, o Conse-
lho Nacional de Política Fa-
zendária (Confaz) acatou
proposta feita por São Paulo
para prorrogar o prazo de
adesão ao programa. Mas o
adiamento depende da apro-
vação dos estados, o que po-
de ocorrer na próxima reu-
nião dos secretários de fazen-
da, daqui a quinze dias. Como
não haverá tempo hábil para
editar decreto confirmando a
possível prorrogação, ela re-
comenda aos contribuintes
interessados em regularizar
seus débitos a aderirem até o
dia 30 de junho.
D E S C O N TO S
As regras dos dois progra-
mas de parcelamento foram
detalhadas em palestra reali-
zada na última segunda-feira
na Associação Comercial de
São Paulo (ACSP), com a pre-
sença de fiscais e procurado-
res do estado. Caso a prorro-
gação do PEP seja confirmada,
o prazo será esticado para o
dia 29 de agosto, a data limite
para a adesão ao Programa de
Parcelamento de Débitos
(PPD), aberto para os devedo-
res do Imposto sobre Proprie-
dade de Veículos Automotores
(IPVA), do Imposto de Trans-
missão Causa Mortis (ITCMD)
e de multas administrativas,
como aquelas aplicadas pelo
Procon. Multas de trânsito
também poderão ser selecio-
nadas pelo contribuinte. Nes-
te caso, poderão ser parcela-
dos os débitos tributários, ou
não, com fato gerador ou ven-
cimento até 30 de junho de
2013. Essas dívidas poderão
ser diluídas em até 24 meses.
Para o pagamento à vista, ha-
verá desconto de 75% no valor
da multa e de 60% no valor dos
juros. O contribuinte que qui-
ser regularizar em até dois
anos terá um desconto de 50%
na multa e de 40% nos juros.
Os valores mínimos de cada
parcela são de R$ 200 para
pessoa física e de R$ 500 para
as pessoas jurídicas.
ADESÃO
As regras para a adesão nos
dois programas são seme-
lhantes. O contribuinte que fi-
zer a opção na primeira quin-
zena do mês deve pagar a pri-
meira parcela ou a parcela úni-
ca no dia 25 do mesmo mês. Se
a opção ocorrer na segunda
quinzena, o pagamento deve
ser feito no dia 10 do mês se-
guinte. Nos dois casos, a con-
firmação de entrada no parce-
lamento ocorre com o paga-
mento da primeira parcela. “É
importante acompanhar o ex-
trato do parcelamento porque
a falta de pagamento de qua-
tro ou mais parcelas, consecu-
tivas ou não, implica no rompi-
m e n t o”, ressaltou Érika Yama-
da. Nos casos de débitos em
discussão, o contribuinte po-
derá selecionar somente
aqueles que não resultariam
em ganho de causa numa de-
manda judicial contra o fisco.
O valor constante das par-
celas é outro ponto em co-
mum nos dois parcelamen-
tos. “Sabe-se o valor da parce-
la do começo ao fim do progra-
ma. E caso o contribuinte
queira antecipar uma parce-
la, será retirado o juro embuti-
d o”, explicou o subprocurador
geral do contencioso tributá-
rio, Eduardo José Fagundes.
Durante a palestra para em-
presários, Fagundes ressal-
tou que o contribuinte deverá
recolher as custas judiciais e
despesas processuais caso
queira incluir no parcelamen-
to os débitos ajuizados. Nesse
caso, não há mais espaço para
a rediscussão da dívida. De
acordo com ele, há decisões
favoráveis ao fisco no Tribunal
de Impostos e Taxas (TIT), em
casos semelhantes levados
por contribuintes que ques-
tionaram o débito após a sua
inclusão no programa de par-
celamento. Para incluir esses
débitos, o contribuinte deve
comprovar que desistiu das
ações com a apresentação de
cópia protocolada das peti-
ções de desistência no prazo
de 60 dias contados a partir do
recolhimento da primeira par-
cela ou parcela única.
O contribuinte interessado
em aderir aos programas de-
verá ficar atento à forma de
recolhimento das parcelas.
Os procuradores ressaltaram
que o pagamento deve ser fei-
to por meio de uma GARE,
com o código específico de ca-
da programa de parcelamen-
to. Outro ponto importante do
programa de parcelamento
relativo ao ICMS é a possibili-
dade de usar créditos acumu-
lados ou valores do imposto a
ser ressarcido ao contribuin-
te. Nesse caso, os valores de-
vem ser oferecidos no site pa-
ra pagamento da primeira
parcela ou parcela única an-
tes do vencimento.
I P VA
Mais simples que o PEP pelo
fato de ser voltado às pessoas
físicas, o PPD abrange os dé-
bitos de IPVA relativos a veí-
culos que estiverem inclusive
no nome dos bancos. De acor-
do com o Procurador do Esta-
do e Coordenador da Dívida
Ativa, Renato Peixoto Pieda-
de Bicudo, o contribuinte po-
de ter acesso ao valor dos dé-
bitos, incluindo aqueles ins-
critos em Dívida Ativa, por
meio do Renavam. “A transfe-
rência da propriedade, entre-
tanto, será feita só depois de
quitada a dívida”, ressaltou.
Nesse programa de parcela-
mento, dívidas de uma mes-
ma execução fiscal poderão
ser somadas e incluídas num
único parcelamento. Caso
contrário, o contribuinte de-
verá solicitar um parcela-
mento para cada débito.
Para o vice-presidente da
ACSP, Roberto Mateus Ordi-
ne, que coordenou a palestra
com uma “s e l e ç ã o” de fiscais
e procuradores, o diálogo
com o fisco em encontros co-
mo o que foi realizado na últi-
ma segunda-feira são impor-
tantes para o esclarecimen-
tos de dúvidas dos associa-
dos. “É muito difícil para as
empresas cumprirem com to-
das as obrigações, sobretudo
as acessórias. A complexida-
de da legislação tributária
traz dificuldades inclusive pa-
ra o Estado no acompanha-
mento e gerenciamento dos
impostos”, concluiu.
14 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 18 de junho de 2014
quarta-feira, 18 de junho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 15
TRATAR COM PROPRIETÁRIO - 7880-4714
500 m² DE ÁREA CONSTRUÍDA4 VAGAS FECHADAS – 2 VAGAS ABERTAS
OPORTUNIDADE PARA ESCRITÓRIOVENDA OU LOCAÇÃO
PRÓXIMO DO AEROPORTO DE CONGONHAS ESQUINA DA AV. PROF. VICENTE RAO COM WASHINGTON LUIZ
RUA JOÃO PEDRO PEROTTI Nº 164 - JARDIM PETRÓPOLIS
Rua Silva Bueno, 2.719Ipiranga - São Paulo/SP
www.casacruzferramentas.webstorelw.com.br
www.casacruzferramentas.com.br
CORTE:
MANUAL:
QUÍMICOS:
ABRASIVOS: MUITO MAIS.
Bedame, Bits, Serra Circular, Fresa, Macho, Broca;
Lima, Algarismo/Alfabeto, Chapa;
Marcador Industrial, Pasta Ajuste e Trava Rosca;
Rebolos, Pedras, Discos e
Corneta
11 2215-5422 / 5244
Fone: (11) [email protected] Capitão João Cesário, 78, 4º andar,
Penha de França, São Paulo, SPwww.augustoduarteadvogados.com.br
Assessoria Comercial e EmpresarialEmpresas • Indústrias • Contabilidades
Governo faz hoje um afago à indústriaPresidente Dilma reúne empresários hoje para anunciar prorrogação de alguns programas e novos estímulos para a atividade
Apedido da presiden-
te Dilma Rousseff, a
Confederação Nacio-
nal da Indústria (CNI)
transferiu para hoje, às 15 ho-
ras, no Palácio do Planalto a
reunião do Fórum Nacional da
Indústria que estava marcada
para sua sede em Brasília.
A mudança de endereço do
evento é um claro sinal de que
a presidente anunciará aos in-
dustriais a prorrogação de al-
guns programas que agradam
ao setor além de outras bon-
dades. O ministro da Fazenda,
Guido Mantega, que participa-
rá da reunião apenas confir-
mou o encontro. “Não posso
adiantar nada. Ainda estamos
elaborando as medidas", afir-
mou ontem, logo ao chegar ao
Ministério, pela manhã.
A expectativa é de que o go-
verno anunciará vários bene-
fícios para a indústria, inclusi-
ve mudanças em condições
do Refis e a volta do Reintegra.
A equipe econômica passou
os últimos dias alinhavando as
medidas que podem incluir o
aumento dos prazos para o re-
colhimento de tributos e a
prorrogação de programas co-
mo o Programa de Sustenta-
ção do Investimento (PSI), do
BNDES, e o Reintegra, que per-
mite o ressarcimento de parte
dos tributos incidentes na ca-
deia de produtos exportados.
Também podem ser anun-
ciadas ações de estímulo ao
crédito. Para o governo, um
dos motivos do baixo cresci-
mento é o fato de haver uma
escassez de crédito para o
consumo. Se depender do em-
presariado brasileiro e do pró-
prio MDIC, o PSI passará a ser
permanente, como uma linha
regular do BNDES. O progra-
ma foi criado como resposta à
crise financeira internacional
nos anos de 2008 e 2009, que
teve como consequência o
cancelamento ou a posterga-
ção de investimentos. O obje-
tivo é financiar a produção e a
compra de bens de capital no-
vos, o capital de giro associa-
do à aquisição, projetos de
inovação e pré embarque das
ex p o r t a ç õ e s .
Outro programa que deve
se tornar permanente é o Regi-
me Especial de Reintegração
de Valores Tributários para as
Empresas Expor tadoras
(Reintegra), criado em 2011 e
prorrogado até 31 de dezem-
bro deste ano. Também está
sobre a mesa a ampliação dos
prazos para o pagamento de
impostos e contribuições, co-
mo PIS/Pasep, Cofins, IPI e
ICMS.
Outra proposta em estudo,
mas que tem menos chance
de ser anunciada amanhã, é a
adoção de novas normas de
segurança no trabalho, princi-
palmente par a operação de
máquinas. O setor produtivo
está pedindo mais tempo para
se adequar às regras que se-
rão estabelecidas até setem-
bro de 2014.
O encontro com empresários
de hoje ocorre dois dias depois
de a CNI anunciar que o Índice
de Confiança do Empresário In-
dustrial caiu para 47,5 pontos
em junho – o menor nível em
mais de quatro anos. Com o re-
sultado, o indicador está no
mesmo nível de janeiro de
2009, auge da crise financeira
internacional. De acordo com a
CNI, a desconfiança só não é
menor do que a registrada em
janeiro de 1999, quando o País
enfrentava a crise cambial pro-
vocada pela desvalorização do
real. Naquele mês, o índice che-
gou a 46,5 pontos. (Agências)
Renato Costa
Mantega nada adiantou das medidas a serem anunciadas: "Ainda estamos elaborando".
Números do setor atestamtendência de queda
Serviços com fôlego menor
Ademanda das famí-
l i a s p e r m a n e c e
aquecida, mas não
deu conta, em abril,
de compensar a retração da
indústria e do comércio, de
forma a que o setor de Servi-
ços continuou perdendo fôle-
go. Na passagem de março pa-
ra abril, o crescimento da re-
ceita bruta nominal dos servi-
ços caiu de 6,8% para 6,2%,
informa o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IB-
GE). No período, as vendas do
comércio varejista caíram
0,4% e a produção industrial
recuou 0,3%.
"Os serviços atuam de for-
ma complementar a esses
s e g m e n to s ”, explica Roberto
Saldanha, técnico da Coorde-
nação de Serviços e Comércio
do IBGE.
A perda de força corrobora a
expectativa de que o PIB neste
ano será baixo, com alta de
1%, comenta a economista-
chefe da ARX Investimentos,
Solange Srour. "Com a perda
de vigor de Serviços, que é um
reflexo da fraqueza generali-
zada do nível de atividade, é
possível esperar que o segun-
do trimestre apresente um re-
sultado nulo ou talvez ligeira-
mente negativo", afirma.
O crescimento da receita do
segmento em abril foi o mais
fraco desde março de 2013. A
taxa acumulada em 12 meses,
de 8,3%, também foi a menor
da série histórica, iniciada em
janeiro do ano passado.
"Os serviços de informa-
ção e os serviços profissio-
nais foram os que contribuí-
ram para esse crescimento
menor do setor de serviços",
conta Saldanha. "Os seg-
mentos que têm maior peso
na estrutura do setor de ser-
viços são os de informação,
profissionais e transportes.
Os que são mais pesados são
justamente os mais sensí-
veis às demandas empresa-
riais", acrescentou.
O segmento de transportes,
embora tenha crescido 8% em
março e abril, vinha de uma al-
ta de 14,7% em fevereiro. O
transporte terrestre, que res-
ponde sozinho por 17,5% de
toda a pesquisa, cresceu ape-
nas 3,6% em abril. A queda na
produção industrial brasileira
foi o que prejudicou o resulta-
do do transporte terrestre, se-
gundo o IBGE.
"Uma vez que ocorre uma
retração na indústria, a ten-
dência desse segmento é se
retrair também, porque tem
menor demanda de matéria-
prima como também menor
volume da produção indus-
trial", explicou Saldanha.
Na passagem de março pa-
ra abril, os serviços prestados
às famílias mantiveram o rit-
mo de expansão em 10%, mas
sua contribuição para o total
do setor é modesta.
O IBGE divulga apenas a re-
ceita nominal dos serviços
porque ainda não há um defla-
tor oficial para os dados levan-
tados pela pesquisa. Mas a
Tendências Consultoria Inte-
grada calcula que a receita
real, que exclui a inflação do
período, recuou pelo segundo
mês consecutivo: a queda foi
de 2,3% em abril, após já ter di-
minuído 2,0% em março. "O
desempenho da pesquisa é
compatível com os principais
condicionantes de demanda,
dos quais sobressai a trajetó-
ria de queda da confiança dos
consumidores", avalia Rafael
Bacciotti, economista da Ten-
dências.
Já a LCA Consultores calcula
a receita com ajuste sazonal, o
que também não é realizado
pelo IBGE sob o argumento de
que é necessária uma série
histórica de aproximadamen-
te quatro anos. Segundo a
consultoria, o faturamento
dos serviços apresentou em
abril uma alta de 0,4% em re-
lação ao mês anterior, depois
de ter ficado estável em março
e fevereiro. "A PMS de abril
avançou devido a serviços
vinculados à Copa, como pas-
sagens aéreas e do setor de
audiovisual", disse o econo-
mista-chefe da LCA, Braulio
Borges. (Estadão Conteúdo)
Valte
rci S
anto
s/G
azet
a do
Pov
o
O transporteterrestre cresceuapenas 3,6% emabril, prejudicadotanto pela menor
demanda dematéria-primacomo também
menor volume dap ro d u ç ã oindustrial.
No agronegócio, umleve crescimento.
OProduto Interno Bruto
(PIB) do agronegócio
apresentou leve cres-
cimento de 0,62% no primeiro
trimestre deste ano na com-
paração com o mesmo perío-
do de 2013, com destaque pa-
ra a pecuária, que cresceu
0,98%. O estudo realizado pe-
la Confederação da Agricultu-
ra e Pecuária do Brasil (CNA) e
Centro de Estudos Avançados
em Economia Aplicada (Ce-
pea/Esalq/USP) mostra que o
desempenho do segmento
primário da pecuária foi im-
pulsionando pela valorização
dos preços na maioria das ati-
vidades, quando comparado
com os três primeiros meses
do ano passado.
A associação entre preços e
produção da atividade leiteira
também contribuiu para o de-
sempenho do agronegócio da
pecuária. Para 2014, a alta es-
perada no faturamento do se-
tor leiteiro é de 19,27%, resulta-
do de perspectivas positivas
para as cotações (4,85%) e pa-
ra a produção (13,76%). Se-
gundo a CNA, a menor produ-
ção de leite entre fevereiro e
março, decorrente da seca nas
regiões produtoras e do início
da entressafra na região Sul,
explica a elevação dos preços.
Em março, o PIB da agricul-
tura cresceu 0,38%, com des-
taque para o segmento primá-
rio, que expandiu 0,75% no
mês. Esse desempenho refle-
te a expectativa de aumento
de 3,21% da safra nacional em
2014, considerando as esti-
mativas disponíveis no perío-
do avaliado. Em termos de
preço, no entanto, foi registra-
da queda de 1,45% na compa-
ração entre os primeiros tri-
mestres de 2014 e de 2013.
Para o ano, a expectativa é
de elevação no faturamento
anual do cacau (53,57%), da la-
ranja (51,56%), do algodão
( 4 0 , 4 5 % ) , d a b a n a n a
( 3 9 , 6 5 % ) , d a m a n d i o c a
(30,46%), da uva (28,58%), do
t r i g o ( 2 0 , 3 7 % ) , d a s o j a
(11,07%) e do feijão (2,60%). A
CNA também prevê aumento
de 6,47% no faturamento do
arroz, cultura que sofreu com
as condições climáticas adver-
sas – chuvas frequentes asso-
ciadas a períodos de sol quente
e noites frias –, o que pode pre-
judicar a qualidade do cereal e
a produtividade das lavouras.
(Estadão Conteúdo)
Divulgação/Nestlé
Atividade leiteira contribuiu fortemente para o bom desempenho
Com estoques
acima do
planejado e, pelo
segundo mês seguido, a
produção industrial
mantém tendência de
queda, segundo pesquisa
divulgada ontem pela
CNI. O índice de evolução
da produção registrou
48,4 pontos em maio: é o
sétimo mês consecutivo
em que o índice fica
abaixo dos 50 pontos, em
uma escala de 0 a 100. A
CNI considera que, acima
de 50 pontos, há alta na
produção, e abaixo,
queda. A estabilidade da
Utilização Média da
Capacidade Instalada
(UCI) ficou em 71%.
O cenário é
considerado de “grande
dificuldade” para o setor,
informou a CNI, e se
agravou porque, com
queda de produção e
estoques altos, há
tendência de queda no
emprego. O indicador de
estoque efetivo em
relação ao planejado
ficou em 51 pontos.
Nesse caso, a marca de
50 pontos representa o
que se esperava para o
período. Estando acima,
conclui-se que o estoque
está maior do que o
previsto. De acordo com a
entidade, o problema é
maior nas grandes
e m p re s a s ,
onde o estoque efetivo
em relação ao
planejado alcançou
53,1 pontos.
Com isso, o índice de
evolução do número de
empregados recuou de
47,8 para 46,8 pontos. O
indicador está abaixo dos
50 pontos para empresas
de todos os portes,
informou a CNI: 46,4
pontos nas pequenas,
45,8 nas médias e 47,5
nas grandes. "A
expectativa é que haja
manutenção da queda no
número de empregados",
conclui o estudo.
Segundo a sondagem,
o indicador que mede a
expectativa de evolução
do número de
empregados, em junho,
para os próximos seis
meses ficou em 48,5
pontos. A Sondagem
Industrial de maio foi feita
entre os dias 2 e 11 de
junho com 2.077
empresas, das quais 813
são pequenas, 758,
médias e 506, grandes.
(Agência Brasil)
16 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 18 de junho de 2014
Passageiro Vip
Contatos com oautor pelo e-mail: [email protected]
Quero-quero apronta,urubu leva a fama.
Há uma guerra não de-
clarada no céu. Tra-
va-se uma batalha
desigual entre possantes
aeronaves invasoras e pás-
saros por um espaço antes
exclusivo aos últimos. A bri-
ga não é recente. Em setem-
bro de 1905, um dos irmãos
Wright, que disputam com
Santos Dumont a invenção
do avião, reportou ter perse-
guido e acertado uma ave.
Com a expansão da indús-
tria, este tipo de colisão se
expandiu. Atualmente nos
Estados Unidos a aviação
enfrenta 18 mil choques do
gênero por ano, com prejuí-
zos estimados em US$ 650
milhões. Um exemplo foi o
encontro no ar em janeiro de
2009 de um Airbus 320 com
gansos, o que levou a um
pouso forçado de 155 passa-
geiros no gélido rio Hudson.
Como é possível estragos,
alguns fatais, provocados
pelo encontro inesperado de
tão inofensivas aves com gi-
gantescas aeronaves? A res-
posta vem através da física.
Em função da velocidade, o
impacto de um avião que voa
a 650 quilômetros por hora
com um pássaro de uns 2 qui-
los equivale a enfrentar uma
batida contra 45 toneladas.
“No Brasil, todas as com-
panhias aéreas sofrem com o
p ro bl em a ”, comenta o dire-
tor da ABEAR Ronaldo Jen-
kins. Em 2012, o Centro de In-
vestigação e Prevenção de
Acidentes Aeronáuticos (CE-
NIPA) registrou 1.604 coli-
sões com aves, 276 delas
a t i ng i n do mo to re s d os
aviões. Os incidentes ocorre-
ram em todas as regiões,
com maiores índices em Join-
ville, Santa Catarina, segui-
do de perto por Teresina, no
Piauí. Uma das principais em-
presas brasileiras reportou
em quatro anos 1.257 encon-
tros com aves com perdas de
US$ 30 milhões. Diferente do
que a maioria imagina, 21%
destes choques ocorrem
contra o pequeno quero-
quero, o triplo do provocado
por urubus, segundo lugar
nos enfrentamentos.
Pesam decisivamente co-
mo causas os aterros sanitá-
rios (“l i xõ e s ”) a céu aberto e
próximos a aeroportos. Ex-
plica-se: em um raio de 20
quilômetros, com aeronaves
a 3.500 pés de altura, ocor-
rem mais de 90% das coli-
sões. “As pistas da maioria
dos aeroportos brasileiros fo-
ram construídas há mais de
40 anos em locais, à época,
distantes dos centros urba-
no s”, revela estudo sobre a
relação entre risco aviário e
resíduos urbanos, feito pelos
especialistas em segurança
de aviação Rubens de Olivei-
ra e Fernando Pontes. Para
eles, a falta de planejamento
e fiscalização e interesses
políticos sitiaram a maioria
dos terminais.
Qual a solução? Começa
pela conscientização de que
municípios não podem man-
ter lixões próximos aos aero-
portos. “A questão tem a ver
com limitações ao uso do so-
lo, uma medida impopular de
responsabilidade legal das
Pre f e i t u r a s ” lembra o consul-
tor Adalberto Febeliano. “Um
passo importante foi dado
pela ANAC em maio de 2014
com a regulamentação da
gestão de riscos de fauna pe-
los operadores de aeródro-
mos”, destaca o consultor
Paulo Roberto Alonso. Cabe
ainda às companhias aéreas
iniciativas como instalar nas
aeronaves equipamentos
como o Pulselite, que por
apenas US$ 10 mil por aero-
nave produz pulsos intermi-
tentes de luz que afugentam
aves. Foi assim que a austra-
liana Qantas reduziu o pro-
blema cerca de 35%.
Ricardo Aparecido
Miguel, presidente da
Abesata, associação que
reúne as empresas de
serviços auxiliares de
transporte aéreo, é paulista
de Junqueirópolis. Fez sua
carreira na FAB, onde atuou
durante 15 anos, chegando
ao posto de Tenente-
Aviador. Em paralelo,
formou-se em Direito.
Depois de passar pelo
antigo Departamento de
Aviação Civil (DAC), já na
reserva trabalhou na
Agência Nacional de
Aviação Civil (ANAC) e foi
professor de Direito
Aeronáutico até ocupar a
posição atual. Especializado
em investigações de
acidentes aeronáuticos, é
pai coruja de Ricardo Barone
e Giovani.
“O crescimento do
transporte aéreo não tem
limite, com a penetração
deste modal em todas as
faixas da população”,
comenta Miguel. E destaca a
enorme importância e o
grande sacrifício do
segmento dos serviços
auxiliares (as ESATAs) neste
processo de crescimento. “É
isto que pretendo
demonstrar para a
sociedade”, afirma.
Para o futuro, além de
fazer da Abesata referência
internacional, acalenta um
sonho: “Quero retornar o
mais breve possível para a
docência, para mim um
s a c e rd ó c i o”, Miguel conclui.
Div
ulga
ção Ricardo Aparecido
Miguel
Preços em alta com a CopaEm São Paulo, a inflação de bares e restaurantes foi de 1,02% na primeira semana de junho do IPC-S.
Nas últimas duas se-
manas, a inflação
em São Paulo, Rio de
Janeiro e Porto Ale-
gre tem sido puxada, entre ou-
tros itens, pela variação dos
preços em bares e restauran-
tes. Com a Copa do Mundo e a
maior movimentação de pes-
soas assistindo aos jogos fora
de casa, os preços podem
avançar ainda mais.
Em São Paulo, a inflação de
bares e restaurantes foi de
1,02% na pesquisa da primei-
ra semana de junho e 0,9% na
da segunda semana, segun-
do o Índice de Preços ao Con-
sumidor Semanal (IPC-S), di-
vulgado pela Fundação Getu-
lio Vargas (FGV). A variação
apurada se refere ao aumen-
to de preços registrado nas úl-
timas quatro semanas ante-
riores à divulgação, tecnica-
mente chamada de inflação
quadrissemanal.
No caso do Rio de Janeiro, os
preços subiram 0,68% na pri-
meira semana e 0,59% na se-
gunda semana. As refeições
em bares e restaurantes de
Porto Alegre registraram infla-
ção de 0,28% na primeira se-
mana e 0,83% na segunda se-
mana. À primeira vista, o nú-
mero pode parecer baixo, mas
segundo a FGV o item aparece
entre os principais que contri-
buíram para a inflação no pe-
ríodo. Por isso, ao sair para as-
sistir aos jogos da Copa cuida-
do com a empolgação, pois ela
pode custar caro.
O índice oficial de inflação
(Índice de Preços ao Consumi-
dor Amplo - IPCA) de junho
ainda não foi divulgado, mas
até maio acumula alta de
3,33%. As refeições fora de
casa sofreram aumento de
preços um ponto percentual
acima do IPCA (4,33%). A ali-
mentação fora de domicílio,
que também inclui o consumo
de bebidas, doces e outros,
sobe 4,46% no ano.
Tu r i st a s – Turistas brasilei-
ros e estrangeiros devem gas-
tar um total de R$ 6,7 bilhões
nas 12 cidades sede da Copa
do Mundo, com o Rio de Janeiro
sendo o principal foco dos gas-
tos, segundo o Ministério de
Turismo do Brasil. A cifra inclui
gastos com hotéis, transpor-
tes, restaurantes e bares, in-
formou o ministro de Turismo,
Vinicius Lages.
Somente no Rio, os gastos
devem chegar a R$ 1 bilhão,
enquanto Curitiba deve ser a
cidade a receber menos gas-
tos: R$ 297 milhões. O Mun-
dial vai gerar um fluxo de 3,7
milhões de visitantes para as
12 cidades sede, incluindo
600 mil turistas estrangeiros,
de acordo com informações
do Ministério.
"O País tem uma enorme ja-
nela de oportunidade (com a
Copa do Mundo). Estamos pre-
parando uma campanha para
reforçar nossa imagem de
destino para turistas. Recebe-
mos 6 milhões de turistas por
ano e isso é nada comparado
ao nosso potencial", disse o
ministro. (Estadão Conteúdo)
Luis Ceber/Estadão Conteúdo
Turistas brasileiros e estrangeiros devem gastar R$ 6,7 bilhões nas cidades sede da Copa do Mundo
Quanto aumenta o mixetanol-gasolina?
Oaumento da mistu-
ra do etanol anidro à
gasolina de 25% pa-
ra 26%, que pode ser anun-
ciado pelo governo em bre-
ve, foi recebida com surpre-
sa pelo setor sucroenergé-
tico. A hipótese, porém,
segue desalinhada com a
proposta do setor, que
mantém o pleito de eleva-
ção da mistura para 27,5%
de etanol. Na visão de parti-
cipantes do setor, um au-
mento para 26% criaria
uma demanda apenas mar-
ginal pelo combustível de
c a n a - d e - a ç ú c a r.
Cálculos apontam que
para suprir o aumento de 1
ponto percentual na mistu-
ra seriam necessários 400
milhões de litros por ano de
etanol, volume pequeno se
comparado ao total de 1 bi-
lhão de litros se o aumento
fosse de 2,5 pontos percen-
tuais, como reivindicam os
usineiros. "É um volume
que naturalmente já esta-
ria aqui no País por conta da
redução das exportações
previstas para os Estados
Unidos e não vai alterar
muita coisa", afirmou o pre-
sidente da Associação Bra-
s i le i ra do Agronegócio
(Abag) e conselheiro da
União da Indústria de Cana-
de-açúcar (Unica), Luiz Car-
los Corrêa Carvalho.
De acordo com ele, não
houve pressão do setor jun-
to ao governo para o au-
mento da mistura nesse pa-
tamar de 26% e a Unica se-
quer foi comunicada da
possível medida.
Um dos usineiros descon-
tentes com o governo clas-
sificou o possível aumento
da mistura em 1 ponto per-
centual como uma medida
"de desespero" do governo
para se reaproximar do se-
tor em ano eleitoral. "É
uma medida política para
fazer média", informou o
usineiro que preferiu não se
i d e n t i f i c a r.
O presidente do Fórum
Nacional Sucroenergéti-
co, André Rocha, também
disse não ter sido informa-
do pelo governo da possi-
bilidade do aumento para
26% na mistura do anidro à
gasolina.
"Nossa proposta é fazer
os testes e tentar os 2,5
pontos percentuais para
ver se é possível. Governo
sinalizou que, se tecnica-
mente for possível, aprova-
ria", disse. "Não houve con-
versa de solução interme-
diária. Qualquer medida
que atenda o setor é bem-
vinda, mas há diferença en-
tre uma medida que resol-
ve, uma que amenize, e ou-
tras que, às vezes, aten-
dam apenas um ou outro
grupo". (Estadão Conteúdo)
quarta-feira, 18 de junho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 17
PREFEITURA MUNICIPAL DE
PINDAMONHANGABA
EDITAL RESUMIDOPREGÃO Nº 104/2014
A Prefeitura torna público que se acha reaberto no Depto. de Licitações e Compras, sitona Av. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 104/14,referente à “Aquisição de materiais para atender o programa de “MelhoramentoGenético” desenvolvido pelo Departamento de Agricultura para atender a demandade pedidos dos produtores rurais do município de Pindamonhangaba”, comencerramento dia 07/07/2014, às 14h, e abertura às 14h30. O edital estará disponívelno site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas noendereço supra das 8h às 17h ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 17 de junho de 2014.
PREFEITURA MUNICIPAL DE
PINDAMONHANGABA
EDITAL RESUMIDOPREGÃO Nº 155/2014
A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito naAv. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 155/14, referenteà “Aquisição de materiais de borracharia a serem aplicados nas viaturas e máquinasdesta municipalidade, visando atender as necessidades de manutenção econservação dos veículos pertencentes à frota municipal, conforme especificações,condições e quantitativos estabelecidos no Termo de Referência”, com encerramentodia 01/07/2014, às 14h, e abertura às 14h30. O edital estará disponível no sitewww.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereçosupra das 8h às 17h ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 16 de junho de 2014.
PREFEITURA MUNICIPAL DE
PINDAMONHANGABA
CONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 006/2014A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito naAv. N. Sra. do Bom Sucesso, nº 1.400, Bairro Alto do Cardoso, a CP nº 06/14, referenteà “CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA, COM FORNECIMENTO DEMATERIAL E MÃO DE OBRA, PARA CONSTRUÇÃO DE UNIDADE DE PRONTOATENDIMENTO (UPA 24 HORAS) – PORTE I, NO ARARETAMA”, com encerramento dia22/07/2014, às 9h, e abertura às 9h30. A garantia deverá ser feita até o dia 21/07/2014,às 15 horas, na Tesouraria no valor total de R$ 42.915,00. O edital estará disponível nosite www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas noendereço supra das 8h00 às 17h00 ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 16 de junho de 2014.
PREFEITURA MUNICIPAL DE
PINDAMONHANGABA
CONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 007/2014A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito naAv. N. Sra. do Bom Sucesso, nº 1.400, Bairro Alto do Cardoso, a CP nº 07/14, referenteà “CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA, COM FORNECIMENTO DEMATERIAL E MÃO DE OBRA, PARA CONSTRUÇÃO DE UNIDADE DE PRONTOATENDIMENTO (UPA 24 HORAS) – PORTE I, NO LOTEAMENTO SÃO VICENTE DEPAULO EM MOREIRA CESAR”, com encerramento dia 22/07/2014, às 14h, e abertura às14h30. A garantia deverá ser feita até o dia 21/07/2014, às 15 horas, na Tesouraria, novalor de R$ 41.979,00. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br.Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra das 8h00 às 17h00 ouatravés do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 16 de junho de 2014.
PREFEITURA MUNICIPAL DE
PINDAMONHANGABA
CONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 008/2014A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito naAv. N. Sra. do Bom Sucesso, nº 1.400, Bairro Alto do Cardoso, a CP nº 08/14, referenteà “CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA, COM FORNECIMENTO DEMATERIAL E MÃO DE OBRA, PARA CONSTRUÇÃO DE UNIDADE DE PRONTOATENDIMENTO (UPA 24 HORAS) – PORTE I, NO LOTEAMENTO CIDADE NOVA”, comencerramento dia 23/07/14 às 14h, e abertura às 14h30. A garantia deverá ser feita atéo dia 22/07/2014, às 15 horas, na Tesouraria, no valor de R$ 38.183,00. O edital estarádisponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão serobtidas no endereço supra das 8h00 às 17h00 ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 13 de junho de 2014.
Pregão Eletrônico nº 378/2013Processo nº 23039.000350/2013-69
O Hospital Universitário de Brasília – HUB/EBSERH, inscrito no CNPJ sob onº 00.038.174/0006-58, torna público que realizará licitação, na modalidade dePREGÃO ELETRÔNICO SRP, sob o número 378/2013, do tipo MENOR PREÇOPORITEM, cujoobjetoéAQUISIÇÃODEEQUIPAMENTOSPARAAREALIZAÇÃODE RTU DE PRÓSTATA E BEXIGA E NEFROLITOTRIPSIA PERCUTÂNEA NOHUB. A abertura da sessão pública para a formulação dos lances está prevista paraocorrer às 09:00 horas do dia 01/07/2014. A DISPONIBILIZAÇÃO DO EDITAL sedará a partir do dia 18/06/2014, nos siteswww.comprasnet.gov.br ou no endereço:SGAN, Quadras 604/605 Anexo III sala 24 - Brasília-DF.
Brasília, 12 de junho de 2014MELISSA EMMANUELE ALEXANDRE MATOS
Pregoeiro
AVISO DE ABERTURA DE LICITAÇÃO
EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOSHOSPITALARES – EBSERH
Base Metals Exploration Do Brasil S.A.CNPJ/MFNº 08.472.038/0001-79 - NIRE 3530033648-8
ATADAASSEMBLEIAGERALORDINÁRIAEEXTRAORDINÁRIA,REALIZADAEM30DEABRILDE20141. HORÁRIO E LOCAL - às 10:00 horas, na Rua Amauri, nº 255, 13º andar, cj “A”, Capital do Estado de São Paulo. 2. PRESENÇA - Acionistasrepresentando a totalidade do capital social, conformeassinaturas lançadas no livro “Presença deAcionistas”3. MESADIRIGENTE–PauloHenriquede Oliveira Santos, Presidente e Luiz Marcelo Pinheiro Fins, Secretário. 4. CONVOCAÇÃO - Dispensada em virtude da presença da totalidade dosacionistas. 5. PUBLICAÇÕES – a) Os presentes consideraram sanada a falta da publicação dos anúncios de “Aviso aos Acionistas”, conforme odisposto no § 4º do art. 133 da Lei nº 6.404/76 e do Balanço Patrimonial, conforme o disposto no art. 294, inciso II da Lei nº 6.404/76;b)O presidentedeclarou regular a Assembleia, tendo em vista o disposto no § 4º do art. 124 da Lei n.º 6.404/76. 6.ORDEM DO DIA - EM AGO: I – deliberaçãosobre as matérias de que tratam o inciso I a III do art. 132 da Lei n.º 6.404/76, referentes ao exercício social encerrado em 31/12/2013; II – Reeleiçãoda Diretoria e fixação da remuneração global dos administradores. EMAGE: I) aprovação do aumento do capital social e do competente Boletim deSubscrição; II) alteração doArt.5º do Estatuto Social, a fim de expressar o novo valor do capital social.7.DELIBERAÇÕES - submetidos os assuntosconstantes da ordemdo dia à discussão e, logo depois, à votação, os presentes, semo voto dos legalmente impedidos e à unanimidade, deliberaram:EMAGO:–a)ForamaprovadasasDemonstraçõesFinanceiras referentesaoexercícioencerradoem31.12.2013.b)TendoemvistaqueaCompanhianão apurou lucro no exercício social encerrado, não há deliberação a ser proferida acerca da distribuição de dividendos.c) Foi aprovada a importânciaglobal de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais) para ser distribuída a título de honorários entre os membros da Diretoria, para o corrente exercício social.d) Foram reeleitos os membros da Diretoria, commandato de 01 (um) ano, mas permanecendo em seus cargos até a nova eleição, os Srs.:PAULOHENRIQUE DE OLIVEIRA SANTOS, brasileiro, casado, Engenheiro, portador da Cédula de Identidade RG nº 7.746.455 SSP/SP e do CPF/MF nº034.880.428-80, comoDiretor Presidente e LUIZMARCELOPINHEIRO FINS,brasileiro, casado, Advogado, portador da Cédula de Identidade RGn.º 16.496.462SSP/SP, inscrito noCPF/MF sob n.º 086.985.768-18, comoDiretor.Osdiretores declaramque não estão impedidos por lei especial oucondenados por pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou processo falimentar, de prevaricação, peita ou suborno,concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra asrelações de consumo, a fé pública ou a propriedade.EMAGE – I) aprovar o aumento do capital social no valor deR$ 210.007,00 (duzentos e dezmile sete reais), mediante a emissão de 210.007 (duzentos e dezmil e sete) ações ordinárias nominativas sem valor nominal.Elevando-se dito capital deR$26.347.284,00 (vinte e seismilhões, trezentos e quarenta e setemil, duzentos e oitenta e quatro reais) paraR$26.557.291,00 (vinte e seismilhões,quinhentos e cinquenta e sete mil, duzentos e noventa e um reais) divididos em 27.710.721 (vinte e sete milhões, setecentas e dez mil, setecentase vinte e uma) ações ordinárias e sem valor nominal. A acionista Votorantim Novos Negócios Ltda., neste ato subscreve a totalidade das 210.007(duzentos e dez mil e sete) novas ações ordinárias e as integraliza mediante a capitalização de recursos por ela conferidos a Companhia a titulo deAdiantamento para Futuro Aumento de Capital – AFAC, no montante total de R$ R$ 210.006,30 (duzentos e dez mil e seis reais e trinta centavos),sendoosaldo restantenovalor deR$0,70 (setenta centavosde reais) serão transferidosmediantedepósitoBancário, conformeBoletimdeSubscriçãoque passa a fazer parte integrante desta ata como seu Anexo I. Os demais acionistas da Companhia, neste ato, renunciam expressamente ao seudireito de preferencia para subscrição das novas ações emitidas, declarando nada a ter a reclamar, a qualquer titulo e a qualquer tempo, com relaçãoà subscrição e integralização das mesmas pela acionista VOTORANTIM NOVOS NEGÓCIOS LTDA. II - face às deliberações tomadas acima, osacionistas aprovam a alteração do artigo 4º do Estatuto Social da Companhia, o qual passa a vigorar com a seguinte nova redação: “Artigo 4º - OCapital social da Sociedade é deR$ 26.557.291,00 (vinte e seis milhões, quinhentos e cinquenta e sete mil, duzentos e noventa e um reais) divididosem 27.710.721 (vinte e sete milhões, setecentas e dez mil, setecentas e vinte e uma) ações sem valor nominal.”7. ENCERRAMENTO: nada maishavendo a tratar. Foi aprovada a presente ata, que lida e achada conforme, vai assinada pelo Presidente, Secretário e demais acionistas presentes.(a.a.) Paulo Henrique de Oliveira Santos, Presidente e Luiz Marcelo Pinheiro Fins, Secretário; p.Votorantim Novos Negócios Ltda., João CarvalhodeMiranda ePaulo Henrique deOliveira Santos;p.LitTele LLC.Paulo Henrique deOliveira Santos e Alexandre Silva D’Ambrosio;p.ENServiços deGerenciamentodeMateriais Ltda., PauloHenrique deOliveira Santos e LuizMarceloPinheiro Fins. A presente transcrição é cópia fiel da ata lavradano livropróprio.SãoPaulo,30deabril de2014.PauloHenriquedeOliveiraSantos -Presidente -LuizMarceloPinheiroFins -Secretário.CERTIDÃO- JUCESP -Registrado sob nº 220.553/14-2 em14/06/2014.Flávia Regina Britto - SecretáriaGeral emExercício.
Blue Interactive Group (Brasil) Investimentos e Participações S.A.CNPJ/MF n° 10.423.889/0001-73 - NIRE 35300390750 - (a “Cia.”)
Ata da AGOE realizada em 30 de Abril de 2012Data,Horário e Local:30/4/2012, 10hs, reuniram-se na sede social.Presença:Acionistas representando aproximadamente63,90%do capital social da Cia..Convocação:Edital de Convocação publicado nos dias 20/04/2012, 21/04/2012 e 24/04/2012no DOESP e no Jornal “Diário Comercial do Estado de São Paulo”, conforme dispõe o Art. 124 da Lei 6.404/76. Compo-sição da Mesa: Pres.: Marcelo Pavão Lacerda; Secr.: Jorge Eduardo Heck.Ordem do Dia: AGO: (i) tomar as contas dosadministradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras da Companhia referente ao exercício social findoem 31/12/2011; e (ii) deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos, se houver; eAGE: (iii) tendo em vista o disposto no Art. 12º, item “viii”, do Estatuto Social, deliberar sobre a contratação de mútuo pelaCompanhia, no valor de R$ 4.000.000,00, e celebração do respectivo contrato de mútuo entre a Companhia, na condição demutuária, e Marcelo Pavão Lacerda, na condição de mutuante.DeliberaçõesTomadas por Unanimidade dos Presentes:AGO: (i) estando sobre a mesa para apreciação dos presentes e, após exame, discussão e votação, foram aprovadas nasua íntegra, sem ressalvas ou restrições, a prestação das contas dos administradores e as demonstrações financeiras daCompanhia relativas ao exercício social encerrado em 31/12/2011, as quais deixaram de ser publicadas nos termos doArt. 294 da Lei nº 6.404/76; e (ii) deixam de deliberar sobre a distribuição de lucros pois a Companhia apurou prejuízo noexercício social encerrado em 31/12/2011; e, AGE: (iii) tendo em vista o disposto no Art. 12º, item “viii”, do Estatuto Social,fica aprovado a contratação de mútuo pela Companhia, no valor de R$ 4.000.000,00, e celebração do respectivo contrato demútuo entre a Companhia, na condição de mutuária, e Marcelo Pavão Lacerda, na condição de mutuante.Encerramento:Nada mais. São Paulo, 30/4/12.Mesa: Pres.:Marcelo Pavão Lacerda; Secr.: Jorge Eduardo Heck; Acionistas:Marcelo PavãoLacerda, Silvia Nora Berno de Jesus e Jorge Eduardo Heck. Pres. da Mesa: Marcelo Pavão Lacerda e Secr. da Mesa: JorgeEduardo Heck. Jucesp nº 223.452/12-9 em 28/05/2012.Gisela Simiema Ceschin-Secretária Geral.
PREFEITURA DA ESTÂNCIA
BALNEÁRIA DE MONGAGUÁ/SPAVISO DE EDITAL
PROCESSO Nº 082/2014EDITAL DA TOMADA DE PREÇOS Nº 014/2014
Objeto: Ampliação da USAFA da Vila Atlântica, sita à Avenida Costa e Silva, s/nº, Vila Atlântica,Mongaguá/SP, conforme Memorial Descritivo, Planilhas Orçamentárias, Cronograma Físico-Financeiro,e Projeto Arquitetônico Básico. Encerramento no dia 03/07/2014, às 9:00 horas; Abertura: 03/07/2014,às 9:30 horas. O edital, na íntegra, encontra-se à disposição dos interessados, no endereçoeletrônico www.mongaguá.sp.gov.br, através do aplicativo “Licitações” Tomada de Preços”.Esclarecimento, contato: telefone (13) 3445-3067, telefax (13) 3445-3082.
Artur Parada Prócida - Prefeito.
PREFEITURA MUNICIPAL DE
CASTILHO/SP
PROCESSO LICITATÓRIO 37/14 - PREGÃO 16/14Acha-se aberto, na Prefeitura do Município de Castilho, o Processo Licitatório 37/14, na modalidade de Pregão16/14, na forma presencial, para a aquisição de 10 (dez) veículos automotores, zero quilômetro, tipo motocicleta,para atender os Agentes Comunitários de Saúde que compõem as equipes de Estratégia da Saúde da Família(ESF). Data: 03 de julho de 2014, às 09 horas. O edital, na íntegra, encontra-se à disposição dos interessadosna Praça da Matriz, 247, Castilho. Informações complementares serão fornecidas pelo telefone (18) 3741-9000,ramal 9034 e pelo e-mail: [email protected] A Debitar (18.06.14)
PREFEITURA MUNICIPAL DE
CASTILHO/SP
PROCESSO LICITATÓRIO 38/14 - PREGÃO 17/14Acha-se aberto, na Prefeitura do Município de Castilho, o Processo Licitatório 38/14, na modalidade dePregão 17/14, na forma presencial, para a aquisição de veículo automotor, zero quilômetro, tipo pick-up(caminhonete), cabine dupla, para atender as equipes de Estratégia da Saúde da Família (ESF). Data: 04de julho de 2014, às 09 horas. O edital, na íntegra, encontra-se à disposição dos interessados na Praçada Matriz, 247, Castilho. Informações complementares serão fornecidas pelo telefone (18) 3741-9000,ramal 9034 e pelo e-mail: [email protected] A Debitar (18.06.14)
Gigantes brigam, França intervém.A alemã Siemens e a japonesa Mitsubishi disputam com a americana General Electric a divisão de energia da francesa Alstom; bilhões de euros em jogo.
Ogoverno francês
elevou as apostas
na disputa pelo gru-
po de engenharia
Alstom e disse ontem às em-
presas interessadas no negó-
cio, General Electric (GE) e
Siemens, para melhorarem
suas ofertas. O governo do
presidente François Hollande
deu a si o poder de vetar um
acordo com a justificativa de
não querer que a Alstom, em-
presa inovadora e grande em-
pregadora, venda a maior par-
te de seus negócios para uma
empresa estrangeira sem que
o Estado possa opinar.
Em uma semana chave com
a aproximação da data limite
para a oferta da GE, em 23 de
junho, a alemã Siemens apre-
sentou ontem ao presidente
Hollande uma proposta con-
junta com a japonesa Mitsu-
bishi Heavy Industries (MHI),
que avaliou o braço de energia
da Alstom em 14,2 bilhões de
euros (US$ 19,3 bilhões), aci-
ma da oferta de 12,4 bilhões
de euros da GE.
Mas o governo de Hollande
respondeu dizendo que espe-
rava melhores ofertas de am-
bas as empresas. "As negocia-
ções entre o Estado e as dife-
rentes empresas vão conti-
nuar esta semana", disse uma
fonte do gabinete de Hollande
depois do encontro com o pre-
sidente-executivo da Sie-
mens, Joe Kaeser, e com o CEO
da Mitsubishi Heavy Indus-
tries, Shunichi Miyanaga. "As
ofertas devem ser melhora-
das", disse a fonte.
Kaeser, descrevendo a ofer-
ta Siemens-MHI para jornalis-
tas em Paris, disse que não vê
razão para discutir a melhora
da melhor oferta sobre a me-
sa. "Não há nenhuma razão
para discutirmos essa ques-
tão neste momento", afirmou
ele em uma coletiva de im-
prensa conjunta com Miyana-
ga, da MHI.
Uma fonte próxima à GE dis-
se que o grupo ainda estava
discutindo partes do acordo
com o governo francês, parti-
cularmente as que envolvem
os ativos ferroviários, de ener-
gia nuclear e renovável da Als-
tom, mas afirmou que a pro-
posta também não iria au-
mentar o componente em di-
nheiro. "A GE não entrará em
uma guerra de lances em di-
nheiro e não vai mudar a data
limite 23 de junho", disse a
fonte.
Pela proposta da Siemens-
MHI, a Siemens compraria o
negócio de turbinas a gás da
Alstom por 3,9 bilhões de eu-
Philippe Wojazer/Reuters
O presidente François Hollande sai em defesa da "empresa nacional"
Recalls custam muito caro à GMRena Laverty/EFE
A presidente Mary Barra terá de ir novamente ao Congresso
AGeneral Motors come-
çou a realizar ontem o
recall de mais 3,36 mi-
lhões de veículos devido a fa-
lhas de ignição, que podem
provocar a parada repentina
do motor, o que deverá elevar
para US$ 700 milhões os cus-
tos com as convocações neste
segundo trimestre. São sete
modelos os modelos incluídos
no recall, todos de largo curso
e grande aceitação: Buick La-
crosse, Chevrolet Impala, Ca-
dillac Deville, Cadillac DTS,
Buick Lucerne, Buick Regal LS
e GS, e Chevy Monte Carlo.
Segundo a montadora, a
chave de ignição pode, inad-
vertidamente, sair da posição
de funcionamento caso esteja
carregando peso extra e seja
sacudida. A empresa disse ter
conhecimento de oito aciden-
tes relacionados ao problema
até agora, com um total de
seis feridos. A GM substituirá
as chaves dos carros para evi-
tar a possibilidade de que "um
evento de estremecimento,
como bater num buraco" pos-
sa provocar a parada repenti-
na do motor. Além disso, a
montadora adicionará uma
fenda ou emitirá uma chave
nova para lidar melhor com o
peso extra. A empresa está
prevenindo os proprietários
de veículos para que dirijam
apenas com a chave de igni-
ção no interruptor até que os
consertos sejam realizados.
Desde o início do ano, a GM
já fez o recall de 20 milhões de
veículos na América do Norte
para consertos diversos, mais
que o dobro da quantidade de
carros e caminhões que ven-
deu em todo o mundo no ano
passado. Em comparação, es-
ros em dinheiro, enquanto a
MHI compraria fatias minori-
tárias em vários negócios de
energia da Alstom, por 3,1 bi-
lhões de euros em dinheiro. A
MHI também ofereceu assu-
mir uma fatia de até 10% na
empresa francesa, parte dos
29% detidos pela acionista
Bouygues.
Nesta operação, o governo
francês pode entrar ao lado da
Mitsubishi Heavy Industries
(MHI), disse à Reuters um re-
presentante sindical da Als-
tom. O presidente-executivo
da MHI, Shunichi Miyanaga, já
havia dito a parlamentares
franceses querer "fortemen-
te" que o governo comprasse
uma fatia de 10%, igual à que a
MHI ofereceu comprar, para
reforçar que o grupo de enge-
nharia continuaria francês.
O sindicalista, que estava
participando de uma confe-
rência com o ministro francês
da Economia, Arnaud Monte-
bourg, disse que o governo es-
tava tentando comprar uma
fatia na Alstom via o banco es-
tatal BPI. Um porta-voz da
Bouygues disse mais cedo que
a empresa foi contatada pela
MHI sobre a compra da partici-
pação, mas que ainda não foi
abordada pelo governo fran-
cês ou pelo BPI.(Reuters)
tima-se que os americanos
comprarão 16,1 milhões de
novos carros e caminhões em
todo o setor neste ano, de
acordo com a média das esti-
mativas dos analistas compi-
ladas pela Bloomberg.
A presidente executiva da
montadora, Mary Barra, está
se preparando para testemu-
nhar novamente perante o
Congresso, nesta semana, pa-
ra lidar com questões não re-
solvidas sobre por que a GM
esperou anos para iniciar, em
fevereiro, o recall de 2,59 mi-
lhões de carros com ignições
que poderiam sair da posição
de funcionamento, desativan-
do assim os airbags.
Os novos recalls, junto com
o da semana passada, para
consertar o design da chave
do Chevrolet Camaro, indicam
uma mudança no pensamen-
to na GM, disse Karl Brauer,
analista sênior da Kelley Blue
Book. O recall do último dia 13,
envolvendo mais de 500 mil
carros, atingiu uma das meni-
nas dos olhos da montadora, o
Chevy Camaro. A GM admitiu
que um golpe de joelho do mo-
torista poderia tirar a ignição
do modo de funcionamento.
Custo alto - A General Mo-
tors calcula estar gastando
US$ 2 bilhões, ao longo do pri-
meiro semestre fiscal, para
cobrir os seus custos de recall -
são US$ 700 milhões num tri-
mestre mais US$ 1,3 bilhão no
trimestre anterior. Funcioná-
rios da empresa dizem que a
GM está trabalhando para
"limpar o terreno" de todos os
problemas, em uma demons-
tração de boa-fé a legislado-
res que estão investigando a
montadora.(Agências)
18 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 18 de junho de 2014
O DR. DAVI CAPELATTO, MM. JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DA FAMÍLIA E SUCESSÕES DO FORO REGIONAL DE SANTANADA COMARCA DE SÃO PAULO/SP, no uso de suas atribuições legais, FAZ SABER, pelo presente EDITAL DE INTERDIÇÃO,que fora decretada no processo judicial nº 0017748-91.2013.8.26.0001, em trâmite na referida vara, a interdição deRONALDO SOUZA RIBEIRO, brasileiro, RG nº 4.945.064, CPF nº 403.022.298-68, residente e domiciliado na Rua Quedas,402, Parada Inglesa, São Paulo/SP, acometido de acidente vascular cerebral, restrito ao leito, conforme CID I64, nomeandodefinitivamente como Curadora a Sra. RAQUEL SOUZA RIBEIRO, brasileira, RG nº 29.100.304-7 e CPF nº 291.704.528-06, residente e domiciliada na Rua Santa Leocácia, 140, Parada Inglesa, São Paulo/SP, com finalidade de reger o interditandoem todos os atos de sua vida civil, por tempo indeterminado. O presente edital será publicado pela imprensa local e peloórgão oficial por três vezes, com intervalo de dez dias, nos termos do artigo 1.184, do Código de Processo Civil. São Paulo,23 de maio de 2014.
YouTube quer cobrar por músicas
OYouTube afirmou ontem
que planeja lançar um ser-
viço pago de transmissão
de música. A companhia, controla-
da pelo Google, fez parceria com
"centenas de grandes gravadoras
e selos independentes" para o no-
vo produto.
O anúncio ocorre em meio a crí-
ticas de alguns grupos que afir-
mam que o YouTube planeja blo-
quear o conteúdo de certos selos
de aparecer em seu site gratuito
de vídeos, a menos que assinem
acordos para participar do novo
serviço de música.
Os acordos sendo oferecidos pelo
YouTube são "altamente desfavorá-
veis e com termos não negociáveis",
informou a Rede Mundial da Indús-
tria Fonográfica Independente.
O YouTube afirmou que o servi-
ço vai gerar nova fonte de receita
para a indústria da música. "Es-
tamos adicionando recursos ba-
seados em assinatura no YouTu-
be para gerar a nossos parceiros
da indústria fonográfica fontes
de receita além das centenas de
milhões de dólares que o YouTu-
be já gera para eles a cada ano".
O novo serviço deve ser lança-
do até meados de setembro e
permitirá aos usuários acessar
música sem anúncios publicitá-
rios. Entre outros recursos espe-
rados está a capacidade de ouvir
música offline e um álbum intei-
ro de um artista em vez de ape-
nas faixas individuais, como
acontece atualmente no YouTu-
be. (Reuters)
OFacebook lan-
çou um aplicati-
vo para smart-
phone ontem
que irá permitir aos consu-
midores trocar fotos e ví-
deos que desaparecem
sem a exigência de uma
conta na rede social, no
mais recente esforço da
empresa para desenvol-
ver serviços móveis além
de seu negócio principal
de rede social.
O novo app, batizado de
Slingshot, permite aos
usuários que assinem o ser-
viço com seus números de
celulares e se conectem
com amigos de sua lista de
contatos, ou se quiserem,
buscando amigos de suas
listas do Facebook.
Pr iv ac id ad e – As fotos no
Slingshot desaparecem dos
celulares dos usuários logo
após serem vistas, refletin-
do uma ansiedade crescen-
te sobre privacidade.
O lançamento do aplica-
tivo Slingshot chega ao
mercado em um momento
em que uma nova safra de
serviços de mensagens
móveis ganha popularida-
de e ameaça afastar os
usuários mais jovens da
rede social de 1,28 bilhão
de usuários.
Para ajudar a mitigar a
ameaça, o Facebook está
desenvolvendo uma va-
riedade de aplicativos e
adquirindo rivais de rápi-
do crescimento. Em 2012,
a empresa comprou o ser-
viço de compartilhamento
de fotos Instagram e em
fevereiro anunciou planos
de adquirir o aplicativo de
mensagens WhatsApp por
US$ 19 bilhões.
O Snapchat, um aplica-
tivo que permite aos usuá-
rios enviar mensagens
que desaparecem auto-
maticamente após alguns
segundos, recusou uma
oferta de aquisição de US$
3 bilhões feita pelo Face-
book no ano passado, de
acordo com notícias na mí-
dia na época.
O Slingshot está dispo-
nível nos Estados Unidos
desde ontem para disposi-
tivos com os sistemas An-
droid ou iOS. (Reuters)
Slingshot, do Facebook,faz as fotos desaparecerem.
quarta-feira, 18 de junho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ECONOMIA/LEGAIS - 19
20 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 18 de junho de 2014
Deflação, novo temor europeu.Economistas temem que o surto de inflação ultrabaixa registrado nas 18 nações da zona do euro esteja fazendo mais mal do que bem pela recuperação econômica
Liz AldermanThe New York Times
Em seu salão de beleza
refinado instalado em
um prédio de três an-
dares num subúrbio
de classe média da capital gre-
ga, Atenas, Doria Tsirigotis co-
brava 30 euros por corte de ca-
belo. Quando a recessão vio-
lenta se instalou, contudo, os
concorrentes começaram a
cortar os preços: para 20, a se-
guir para dez e, enfim, a cinco
euros. Doria tentou manter
seu preço, mas terminou dimi-
nuindo-o, pois as clientes per-
deram os empregos ou tive-
ram os salários cortados. Em
pouco tempo, as receitas min-
guaram, as dívidas se acumu-
laram, e foi preciso cortar 11
dos 13 funcionários. Em maio,
ele se mudou para um salão
minúsculo do outro lado da
rua, rebatizado "Barato e Chi-
que" – mais adequado aos
tempos atuais.
"Quando os preços caem
tanto, é preciso seguir a ten-
dência", afirmou Doria, olhan-
do o salão agora abandonado
que comandou durante 20
anos. "Porém, num ambiente
assim, ninguém ganha".
Embora os consumidores
recebam os preços baixos de
braços abertos, os economis-
tas temem que o surto de infla-
ção ultrabaixa registrado nas
18 nações da zona do euro es-
teja fazendo mais mal do que
bem pela recuperação econô-
mica do bloco.
A agência de estatísticas da
Europa relatou há pouco tem-
po que a inflação anual da zo-
na do euro caiu de 0,7% em
abril para 0,5% em maio, fi-
cando muito abaixo do nível
de 2% que o Banco Central Eu-
ropeu (BCE) considera saudá-
vel. Até na Alemanha, a econo-
mia mais robusta da Europa, a
inflação abaixou para 0,9%
em maio, menor patamar em
quatro anos.
A situação ficou tão alar-
mante que o BCE adotou medi-
das extraordinárias para ten-
tar estimular a economia, cor-
tando a principal taxa de juros
para o nível mais baixo já re-
gistrado, além de começar a
cobrar juros dos depósitos que
mantém.
As medidas do BCE desti-
nam-se a impedir que a inflação
baixa vire deflação pura e sim-
ples: um desabar de preços e
salários do qual as economias
podem ter dificuldades para se
recuperar. Nesse ambiente,
consumidores e empresas
atrasam os gastos prevendo
que os preços cairão ainda
mais, o que somente iria piorar
os problemas econômicos.
Essa dificuldade assolou a
economia moribunda do Ja-
pão durante duas décadas, e
as autoridades mal começa-
ram a deter o declínio dos
p re ç o s .
RISCO GREGODepois de anos de crise da
dívida pública, uma série de
países na área do euro está
atacando os efeitos da letar-
gia econômica. Em lojas de
roupa, operadoras de celular e
fábricas de artigos tão diferen-
tes quanto alumínio e telhas,
os proprietários que enfrenta-
ram a demanda em queda fo-
ram pressionados a cortar pre-
ços. Em países muito afeta-
dos, os salários também caí-
ram abruptamente a níveis
anteriores à crise.
Principalmente nas econo-
mias mais frágeis, a dinâmica
prejudica o crescimento e afe-
ta as tentativas governamen-
tais de pagar a dívida, recupe-
rar a competitividade e atacar
o desemprego.
"O quadro geral é que com a
inflação baixa, é mais difícil
para a dívida cair e o cresci-
mento econômico retornar,
então é possível ocorrer um
período de estagnação", ensi-
na Reza Moghadam, diretor do
departamento europeu do
Fundo Monetário Internacio-
nal, em Washington. Recente-
mente ele cunhou o termo
"baixaflação" para descrever
o dilema da zona do euro.
Críticos dizem que o BCE de-
morou tanto a agir que a eco-
nomia da zona do euro corre o
risco de estagnar como a japo-
nesa – acusação contestada
pelo presidente do banco, Ma-
rio Draghi.
A deflação já perturba qua-
tro países da área do euro: Por-
tugal, Chipre, Eslováquia e
principalmente a Grécia, que
sofreu uma queda de 18% nos
salários desde 2008. Nesses
países o desemprego elevado
contribuiu para um declínio
nos preços durante mais de
criam a maioria dos empre-
gos pela zona do euro.
"Assim, as economias não
estão crescendo o quanto po-
deriam. Recursos humanos e
físicos não estão sendo em-
pregados, arrastando os pre-
ços ainda mais para baixo",
diz Tilford.
SEM DINHEIRO"A Grécia pode ser o exem-
Fotos: Angelos Tzortzinis/ The New York Times
um ano. Em outros lugares da
zona do euro a inflação é in-
quietantemente baixa.
Segundo Simon Ti lford,
subdiretor do Centro para Re-
forma Europeia, de Londres,
"a inflação está tão baixa por-
que os salários caíram acen-
tuadamente enquanto a de-
manda do consumidor e os in-
vestimentos têm sido enfra-
quecidos". Além disso, os
bancos brecaram a conces-
são de empréstimos, sufo-
cando milhares de pequenas
e médias empresas , que
plo de possíveis cenários em
outros países da zona do euro
sujeitos à baixaflação, con-
frontando um futuro defla-
cionário", declarou Jens Bas-
tian, economista que inte-
grou a força-tarefa da Comis-
são Europeia para a Grécia
até este ano.
A inflação grega caiu abaixo
de zero há mais de um ano. A
deflação coloca em risco a ca-
pacidade de o país pagar o ser-
viço de sua impressionante dí-
vida pública de 318 bilhões de
euros, em parte porque o di-
duzir os juros pagos pela na-
ção sobre o débito, a deflação
tornou mais pesado o fardo
dos juros.
O efeito dominó da deflação
é sentido em toda a economia
grega. Lefteris Potamianos,
corretor imobiliário veterano,
estava prestes a realizar a
venda rara de um apartamen-
to no centro ateniense em
maio quando a negociação pa-
rou. O valor dos imóveis caiu
entre 40% e 60% desde 2008.
O preço do apartamento, de
aproximadamente um milhão
de euros, despencou para 400
mil. Porém, o comprador se
afastou para ver se cairia ain-
da mais, um reflexo da psicolo-
gia deflacionária.
Potamianos perdeu uma co-
missão importante, também
afetando tabeliães, advoga-
dos e pedreiros que fariam a
reforma do imóvel. Segundo
ele, o governo grego deixará
de embolsar perto de 70 mil
euros em impostos sobre a
t r a n s a ç ã o.
Do outro lado da cidade, Ni-
kolas Varelas, proprietário de
uma casa de materiais de
construção, reduziu entre
45% e 60% os preços de azule-
jos decorativos, torneiras chi-
ques e outros artigos de deco-
ração. Mesmo com esse gran-
de desconto, "as vendas conti-
n u a m b a i x a s p o r q u e a s
pessoas não têm dinheiro".
Com arecessão, acabelereiraDoria viu asclientessumindo, porperda deemprego oupor sofreremcor tessalariais. Teveque adaptarseu salão aotamanho dacrise.
nheiro utilizado pela Grécia
para quitar o empréstimo vale
menos do que o tomado em-
p re s t a d o.
A economia encolheu perto
de 25% nos últ imos cinco
anos, elevando a dívida em
comparação com o PIB. Hoje, a
dívida grega passou a 175%
do produto interno bruto, con-
tra 130% em 2010. Embora a
inflação pudesse ajudar a re-
Com inflação baixa,é mais difícil adívida cair e ocrescimentoretornar. Então, épossível ocorrerestagnação.REZ A MOGHADAM, FMI
O desemprego elevado em alguns países contribui para o declínio nos preços durante mais de um ano.
As vendas, de quaisquer artigos, estão suspensas, pois o consumidor espera que preços caiam ainda mais.