Diário do Comércio (18/06/2014)

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Nelson Jr/STF São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 2014 Conclusão: 23h45 www.dcomercio.com.br Jornal do empreendedor Ano 90 - Nº 24.146 R$ 1,40 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 4 1 4 6 Página 4 O STF da Copa (à esq.) perde um dos 11 juízes do Mensalão. O capitão, presidente Joaquim Barbosa, contundiu-se com a marcação cerrada de advogados de mensaleiros. Passou a bola para o vice Lewandowski, que a entregou para o ministro Barroso. O jogo deverá mudar. Pág. 5 Desfalque: Barbosa se expulsa do Mensalão. Felipe Sampaio/STF SUA DÍVIDA EM SUAVES PRESTAÇÕES Devedores de tributos estaduais podem regularizar sua situação fiscal com redução de multas e juros. O fisco estadual mantém abertos, pela primeira vez, dois programas que permitem parcelar ICMS e IPVA. A diretora de arrecadação da Secretaria da Fazenda de SP, Érika Yamada, explica como os programas vão funcionar. Pág. 13 Corrida para o jogo do Brasil congestiona trânsito e metrô. Pág. 8 Sufoco na concentração paulistana André Lucas Almeida/Estadão Conteúdo Iraque: a volta da guerra étnica? Violência nos confrontos entre forças xiitas ligadas ao governo e extremistas sunitas indicam nova guerra sectária no país. Pág.7 Alaa Al-Marjani/Reuters HAVIA UM OCHOA NO CAMINHO Para os mexicanos, goleiro foi herói (Neymar que o diga). Para a Seleção, uma muralha a ficar na memória de todos. Sinal amarelo após o 0 a 0. Copa 2014: págs. 9 e 10. Sérgio Moraes/Reuters

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Ano 90 - Nº 24.146 - São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 2014

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Nelson Jr/STF

São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 2014Conclusão: 23h45 www.dcomercio.com.br

Jornal do empreendedorAno 90 - Nº 24.146R$ 1,40

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

24146

Página 4

O STF da Copa (à esq.) perde um dos 11 juízes do Mensalão. O capitão, presidente JoaquimBarbosa, contundiu-se com a marcação cerrada de advogados de mensaleiros. Passou a bola parao vice Lewandowski, que a entregou para o ministro Barroso. O jogo deverá mudar. Pág. 5

Desfalque:Barbosa seexpulsa doMensalão.

Felipe Sampaio/STF

SUADÍVIDAEM SUAVESP R E S TA Ç Õ E SDevedores de tributos estaduais podemregularizar sua situação fiscal com redução demultas e juros. O fisco estadual mantém abertos,pela primeira vez, dois programas que permitemparcelar ICMS e IPVA. A diretora de arrecadaçãoda Secretaria da Fazenda de SP, Érika Yamada,explica como os programas vão funcionar. Pág. 13

Corrida para o jogo doBrasil congestiona

trânsito e metrô. P á g. 8

Sufoco nac o n c e n t ra ç ã o

paulistana

André Lucas Almeida/Estadão Conteúdo

Iraque: a volta daguerra étnica?Violência nos confrontos entre forças xiitasligadas ao governo e extremistas sunitasindicam nova guerra sectária no país. Pág. 7

Alaa Al-Marjani/Reuters

HAVIA UM OCHOA NO CAMINHOPara os mexicanos, goleiro foi herói (Neymar que o diga).Para a Seleção, uma muralha a ficar na memória de todos.

Sinal amarelo após o 0 a 0. Copa 2014: págs. 9 e 10.

Sérgio Moraes/Reuters

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2 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 18 de junho de 2014

A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO I N T E R NO

O Planalto e o PT já não falam a mesma linguagem política em várias circunstâncias em quadrantes.José Márcio Mendonça

TRAIR E COÇAR... O cheiro de novas"cristianizações"voltou a empestearo cenário eleitoralbrasileiro este ano,embora no planofederal aindanão existam sinaisclaros sobrepossíveis traições

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA

As expressões "cristia-

nizar" e "cristianiza-

ção" entraram no di-

cionário político bra-

sileiro nas eleições presiden-

ciais de 1950, como sinônimos

de trair e traição. O ex-ditador

Getúlio Vargas, apeado do po-

der em 1945, tentava seu pri-

meiro mandato pela via do vo-

to pelo PTB, seu partido de "es-

querda", "popular". Seu prin-

c i p a l c o n c o r re n t e e r a o

brigadeiro Eduardo Gomes,

candidato da UDN, "conserva-

dor", de "direita". Disputava

ainda o mineiro Cristiano Ma-

chado, pelo PSD, outro partido

ligado ao getulismo, "conser-

vador", de "centro-direita".

No meio da campanha, o

PSD, que tinha entre seus caci-

ques vários políticos que se fi-

zeram à sombra de Getúlio no

Estado Novo (muitos deles ex-

interventores nos estados no-

meados pelo ditador), aban-

donou gostosamente Cristia-

no Machado para derrotar o

udenista Eduardo Gomes.

Atraição sempre foi pró-

pr ia da pol í t ica, em

qualquer quadrante.

Normalmente, porém, ela se

faz à sombra, nunca escanca-

radamente e à luz do dia. No

Brasil, no plano nacional,

1950 foi a primeira vez em que

tal desfaçatez se deu, ao me-

nos em grande escala.

Depois disso tivemos ou-

tras menos visíveis, porém

não menos notáveis . Por

exemplo: em 1960, parte dos

apoiadores do candidato ge-

neral Henrique Lott, da dupla

PSD-PTB, abandonou o candi-

dato oficial e bandeou-se pa-

ra o oposicionista Jânio Qua-

dros, da UDN. Para o cargo de

vice-presidente, parte dos ja-

nistas traiu seu companheiro

Milton Campos e ajudou a ele-

ger Jango Goulart, do PTB,

parceiro de Lott. Na época era

possível o voto separado para

presidente e vice.

Mesmo em eleições indire-

tas a traição bateu ponto na

política brasileira. Paulo Maluf

elegeu-se governador de São

Paulo com os votos dissiden-

tes da Arena, cujo candidato

oficial ao Palácio dos Bandei-

rantes, era Laudo Natel, indi-

cado pelo então presidente,

general Ernesto Geisel. Tan-

credo Neves chegou (sem to-

mar posse, por doença) à pre-

sidência com a ajuda de votos

dos governistas do PFL, train-

do o "traidor" Maluf.

Na primeira eleição dire-

ta para o Palácio do Pla-

nalto depois do fim do

regime militar, em 1989, a

"cristianização" correu solta

também. Foi claro o abandono

a que foram relegados Ulysses

Guimarães (PMDB) e Aurelia-

no Chaves (PFL) por seus cor-

religionários, que correram

alegremente para os braços

de Fernando Collor, a novida-

de que se tornou o maior de-

sastre da recente história polí-

tica brasileira. Curioso – ou

mera coincidência– é que es-

sas traições acabaram de-

sembocando, de uma forma

ou de outra, em algum tipo de

tragédia política. Getúlio sui-

cidou-se no poder, Jânio re-

nunciou, Jango sofreu um gol-

pe, Tancredo não tomou pos-

se, Sarney foi um desastre no

governo e Collor sofreu um im-

peachment.

O cheiro de novas "cristiani-

zações" voltou a empestear o

LUIZ OLIVEIRA RIOS

PresidenteRogério Amato

Vice-PresidentesAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCesário Ramalho da SilvaEdy Luiz KogutJoão Bico de SouzaJosé Maria Chapina AlcazarLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesMiguel Antonio de Moura GiacummoNelson Felipe KheirallahNilton MolinaRenato AbuchamRoberto Mateus OrdineRoberto Penteado de CamargoTicoulatSérgio Belleza FilhoWalter Shindi Ilhoshi

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Fundado em 1º de julho de 1924

SXC

cenário eleitoral brasileiro es-

te ano. No plano federal ainda

não existem sinais claros so-

bre possíveis traições, embo-

ra isto não possa ser claramen-

te afastado diante de interes-

ses que vão além

de 2014 e já se

projetam pa-

r a a s e l e i-

ç õ e s d e

2018, para

a qual já há

pelo menos

um candida-

to declarado –

e já em plena

c a m p a n h a ,

com a disposi-

ção de vir a co-

mandar as come-

morações do bicente-

nário da Independên-

cia em 2022.

As conveniên-

c i a s d e s s e

c a n d i d a t o

podem, no frigir dos

ovos, d i tar certos

comportamentos partidários

já em curso e tidos agora co-

mo incompreensíveis. E di-

tam também certos temores

nascidos no Palácio do Planal-

to. O Planalto e o PT já

não falam a mes-

ma linguagem

política em vá-

r ias c i rcuns-

tâncias em di-

versos quadran-

tes. Uma dúvida se

instalou: a reeleição

pode vir a ser um

empecilho para "o

grande retorno".

No campo estadual, o cam-

po está fértil para a "cristiani-

zação", ligada naturalmente à

passagem de 2014 para 2018.

Homens serão lançados ao

mar, sem piedade.

Enfim, como diz o dito po-

pular, e título de uma peça

teatral de grande sucesso de

público no Brasil, "trair e co-

çar é só começar".

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É

J O R N A L I S TA E A N A L I S TA POLÍTICO

Milhões são

gastos em

campanhas

publicitárias de várias

empresas, apregoando

a excelência de seus

produtos. Mas, com as

exceções de praxe, pouco

tem sido feito em termos

de investimentos

no endomarketing,

que é difundir a cultura

organizacional de que

cada unidade de negócios,

dentro da própria

empresa, é cliente da outra

unidade de negócios,

e assim sucessivamente,

até a qualidade final no

atendimento aos

clientes externos.

De fato, não é possível

falar em excelência no

atendimento aos clientes

externos se, em primeiro

lugar, não falarmos na

qualidade do atendimento

interno – a saber, a quantas

anda, em termos de

qualidade, as relações

interpessoais e

interdepartamentais no

microuniverso da própria

empresa. Numa palavra: a

valorização humana do

indivíduo na empresa.

Nas modernas

organizações desta

segunda década do terceiro

milênio, não pode

mais haver divisões

estanques da empresa, ao

estilo "minha área é

finanças", "meu setor é o de

informática", "sou gerente

de vendas", isto é, cada qual

se limitando a fazer parte

de um dado setor e agindo

como tal, esquecendo-se

de que todos os setores de

qualquer empresa, de

qualquer ramo ou porte,

precisam formar um todo-

sinérgico em prol de prestar

bons serviços aos clientes.

Nessa herança gerencial

oriunda do pioneiro

Henry Ford e do estudioso

Taylor (o "pai da Teoria

Mecanicista"), quando

o foco na subdivisão do

trabalho era predominante

(funções, digamos,

"fechadas", sem uma

perspectiva do todo), o risco

está justamente na visão

estreita de que, "fazendo a

minha parte bem feito",

pronto: já fiz o melhor que

pude; portanto, os demais

colegas é que precisam

"se virar" para também se

saírem a contento.

Nos dias atuais,

pois, quando tudo está ao

alcance da mão de todos de

maneira simultânea, não

obstante a expertise

individual e o respectivo

talento continuarem

indispensáveis, cada

setor interno da

organização precisa se

integrar a uma unidade de

ação, cada qual dando

atendimento de ótima

qualidade às demandas

internas, numa cadeia

de excelência que vai do

"chão da fábrica" (uma

expressão da era fordista)

ao pós-atendimento aos

clientes externos.

Não adianta ter

uma ótima equipe de

vendas se o setor de

compras, por exemplo,

não estiver operando

no mesmo diapasão

harmonioso, ou a cobrança

tratar mal os clientes em

atraso ou inadimplentes,

ou a produção estar

desorganizada, atrasando

vários pedidos, quebrando

as promessas feitas

pelos vendedores, ou o

caixa sequer souber

dar um gostoso "bom dia!"

aos clientes que fecharam

uma compra.

Quais são os requisitos

mínimos para que uma

empresa tenha excelência

no seu atendimento

interno? Eis os essenciais:

- Líderes que deem

exemplos pela própria ação

e não chefes centralizadores

e casmurros;

- Conversas francas, com

feedbacks assertivos, e não

reuniões "caça-culpados";

- Programa continuado

de treinamento e

desenvolvimento, sendo o

treinamento para aprimorar

as habilidades técnicas

de cada colaborador

e o desenvolvimento para

fomentar a plena

potencialidade de cada

ser humano,

independentemente

do cargo que ocupe

na empresa;

- Valores compartilhados,

sendo que o principal

valor deverá ser o

comprometimento em

servir o próximo e não

o obter o lucro pelo lucro;

- Ética nas relações

humanas, nas relações

trabalhistas, sociais e nas

transações comerciais,

re f o rç a n d o

nos clientes que a empresa

não visa tão somente

ao seu dinheiro, mas

está comprometida

em bem servi-lo antes,

durante e no pós-vendas.

Construindo um

cenário assim – e isto

um bom programa de

Endomarketing definirá –

sem dúvida a empresa,

micro ou macro, terá o

melhor dos seus diferenciais

competitivos nestes

mercados hiper agressivos:

pessoas contentes, bem

integradas no clima

organizacional, dando um

show no atendimento e

fidelizando clientes.

E, reconheça-se com

justiça, foi Henry Ford,

perdoando-se algumas

de suas bizarrices, quem

lançou a semente

do pós-atendimento. Em

rede, mas sempre primando

pela qualidade total.

LUIZ OLIVEIRA RIOS É

ESPECIALIZADO EM

DE S E N VO LV I M E N TO DE RH,EMPRESÁRIO E C O N S U LTO R DE

EMPRESAS.OLIVEIRA.RIOS@H OT M A I L .COM

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Page 3: Diário do Comércio (18/06/2014)

quarta-feira, 18 de junho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 3

Máquina de fazer fumaça

O SEMEADOR DEÓDIO NO PAÍS

RESTRIÇÕES À INFORMAÇÃO PREJUDICAM COMPREENSÃO DOS AMERICANOS SOBRE GUERRA.

As definições

esquisitas de "eles"

e "nós", as acusações

às "elites", as falácias

sobre campanhas da

mídia contra o petismo

são armas que começam

a falhar.As sementes

do ódio já não

vingam facilmente.

PAULO SAAB

"A elite brasileira está

conseguindo fazer o que nós

nunca conseguimos: desper-

tar o ódio de classes".

Lula, ex-presidente do Bra-sil e atual presidente de ofício.

OBrasil é

definitivamente

um país generoso. Uma

declaração como esta, que

além de enganosa pela

imprecisa definição de

elite – da qual Lula faz

parte – representa uma

confissão de culpa que, se

o Congresso não fosse

dominado pelo petismo

populista, levaria seu autor

às barras dos tribunais.

Ninguém com capacidade

de pensar duvida mais

que o projeto de poder

perpétuo do PT no poder

está lastreado no

maniqueísmo propalado e

posto em prática de Lula,

de semear o ódio e a divisão

de classes no Brasil como

forma de garantir a

hegemonia petista.

"Eu vou te contar uma

coisa: eles não sabem o que

nós seremos capazes de

fazer, democraticamente,

para fazer com que Dilma

seja a nossa presidenta por

mais 4 anos nesse país",

disse ainda Lula. É mais

uma confissão de quem

verdadeiramente semeia

o ódio no País há décadas.

Mas que começa a

colher do próprio veneno.

Primeiro, a divisão

mentirosa, demagógica

entre "nós" (eles) e "eles"

(nós), insuflada desde

sempre. Quanto à afirmação

de que "eles" (nós) não

sabem o que os petista

serão capazes de fazer",

sabemos, sim, e por isso

Lula está, mais do que

nunca, desgovernado,

falando sandices, por ter sua

ação mentirosa finalmente

desmascarada. Não estava

ele preparado para isso,

tamanha era e ainda é a

arrogância de quem se

tornou o dono da vontade

nacional.

A palavra

"democraticamente" foi

colocada ali de propósito,

dentro de outra estratégia

populista de má fé do

petismo de, defendendo a

democracia, acabar com ela

para implantar a ditadura

permanente do partido.

Essas definições

esquisitas de "eles" e

"nós", as acusações às

"elites", as falácias sobre

campanhas da mídia contra

o petismo, são armas que

começam a falhar. É sempre

bom lembrar que o ministro

da propaganda de Hitler – e

como o PT gosta de uma

propaganda paga com

dinheiro público! – a f i rm a v a

que uma mentira dita mil

vezes virava uma verdade.

Não foi o que se viu com o

desmantelamento do III

Reich, como se começa a ver

agora o desmantelamento

da demagogia populista

petista.

Não se pode perder o

respeito pela

autoridade. Mas quem mais

tem contribuído para a

disseminação da falta de

educação, do decoro,

da ética, da moralidade, do

bom exemplo, são os

próprios petistas. E Lula não

o é o melhor exemplo de

boa educação na forma de

se referir a terceiros.

O que o então petista

(ainda o é no conchavo

interno do partido) André

Vargas fez com o presidente

do STF não foi o mesmo que

o público fez com Dilma

no Itaquerão? E por que

Dilma não discursou? Por

que Lula não compareceu?

O veneno está se voltando

contra a cobra venenosa

que está contaminando

o País, o próprio PT.

Acostumados ao

salamaleque dos puxa-

sacos e interessados no

dinheiro público, Lula e

demais companheiros, se

imaginaram acima da lei,

do bem e do mal. Fizeram e

ainda farão coisas que nem

imaginamos para não perder

o poder. Mas, quanto mais

mostrarem a verdadeira

face do PT raivoso, mais vão

espantar a própria freguesia

e não as "zelites" como

diz o apedeuta ex-

presidente ainda mandão.

A farsa está acabando. É

até possível que Dilma seja

reeleita. Mas, será, como já

começou, apenas o início

melancólico do final da era

lulista no poder, porque o

grau de corrupção, de

desentendimento na disputa

do cofre púbico, na ganância

nunca antes vista neste

País, sem nenhum pudor,

vai por si só fazer

desmoronar o I Reich petista

ou a União Soviética dos

Sonhos Petistas.

Em tempo: a Copa

do Mundo, trazida ao

Brasil para ser palanque

demagógico do lulismo, não

tem nada a ver com isso. E,

independentemente do

resultado do jogo de ontem

do Brasil, e do resultado final

da Copa, o governo Dilma

não conseguirá ser melhor

do que é nem vai piorar

do muito ruim que é.

PAU L O SAAB É J O R N A L I S TA ,PA L E S T R A N T E E E S C R I TO R

CHELSEA MANNING

Quando escolhi reve-

lar informações se-

cretas em 2010, foi

por amor ao meu

país e pelo sentido de dever

para com o próximo. Agora,

estou cumprindo uma senten-

ça de 35 anos de detenção (em

Fort Leavenworth, Kansas)

por essas revelações não au-

torizadas. Sei que minhas

ações transgrediram a lei,

mas as razões que me motiva-

ram não foram resolvidas.

Agora que o Iraque irrompe

em guerra civil e os EUA cogi-

tam nova intervenção, deve-

ria se dar nova urgência à

questão de como os militares

americanos controlaram a co-

bertura da mídia sobre seu

longo envolvimento no Iraque

e no Afeganistão. Os limites

atuais sobre a liberdade de im-

prensa e o excesso de sigilo do

governo impedem que os

americanos entendam direito

o que ocorre nas guerras que

financiamos.

Se você acompanhava as

notícias das eleições iraquia-

nas de março de 2010 talvez

lembre que a imprensa foi

inundada de reportagens de-

clarando as eleições um su-

cesso, cheias de casos positi-

vos e de fotos de mulheres exi-

bindo os dedos manchados de

tinta. As entrelinhas diziam

que os EUA tinham tido êxito

na criação de um Iraque está-

vel e democrático.

Mas as pessoas que fo-

ram enviadas para lá

tinham consciência

de uma realidade mais com-

plicada. Os relatórios militares

e diplomáticos que passaram

pela minha mesa detalhavam

uma repressão brutal contra

os dissidentes políticos por

parte do Ministério do Interior

do Iraque e da polícia federal,

em defesa do primeiro minis-

tro Nouri Al-Maliki. Os detidos

quase sempre eram tortura-

dos, ou até assassinados.

No começo de 2010, recebi

ordens para investigar 15 pes-

soas que a polícia federal ha-

via detido por suspeitas de im-

primir "material anti-iraquia-

no". Descobri que essas pes-

soas não tinham ligação com o

terrorismo; estavam publi-

cando uma crítica acadêmica

contra a administração de Al-

Maliki. Encaminhei a desco-

berta ao comandante de Bag-

dá. Ele respondeu que não

precisava dessas informações

e que eu deveria auxiliar a po-

lícia federal a localizar mais

gráficas "anti-iraquianas".

Fiquei chocado pela cum-

plicidade dos nossos mi-

litares com a corrupção

dessa eleição. Mas os deta-

lhes incômodos voaram abai-

xo do radar da mídia america-

na. Nós, analistas de inteli-

gência, e os oficiais a quem

nos reportávamos, tínhamos

acesso a um resumo minucio-

so da guerra que poucos ou-

tros tinham. Como poderia o

alto escalão dizer que o públi-

co americano apoiava o confli-

to, quando eles não sabiam

metade da história?

Quanto mais eu fazia com-

parações diárias entre as notí-

cias nos EUA e os relatórios mi-

litares e diplomáticos a que ti-

ve acesso como analista, mais

consciente ficava da discre-

pância. Em contraste às ins-

truções sólidas que criávamos

em terra, as notícias disponí-

veis ao público eram repletas

de especulações obscuras e

simplificações.

Um indício dessa discrepân-

cia encontra-se nos relatórios

de relações públicas. Perto do

topo de cada informe oficial

encontra-se o número de jor-

nalistas incorporados ligados

às unidades das forças milita-

res americanas em uma zona

de combate. Nunca vi essa

contagem ultrapassar 12. Ou

seja, em todo o Iraque, com 31

milhões de habitantes e 117

mil soldados dos EUA, não

mais de uma dúzia de jornalis-

tas americanos fazia a cober-

tura das operações militares.

Oprocesso de limitar o

acesso da imprensa a

um conflito começa

quando um repórter se inscre-

ve. Todos são cuidadosamen-

te verificados pelos oficiais de

relações públicas e o sistema

está longe de ser imparcial.

Não é de surpreender que re-

pórteres com contatos com os

militares tenham maior pro-

babilidade de obter acesso.

O que é menos conhecido é

que os jornalistas que os con-

tratantes militares classifi-

cam como produtores de co-

bertura "favorável", também

têm preferência. Essa classifi-

cação é usada para eliminar os

julgados suscetíveis de produ-

zir uma cobertura crítica.

Os repórteres que conse-

guiram a condição de incorpo-

rado no Iraque então tiveram

de assinar um acordo com as

"regras básicas" para a mídia.

Já houve inúmeros casos de

encerramento do acesso de

repórteres após uma reporta-

gem controversa. Em 2010, o

saudoso repórter da revista

Rolling Stone, Michael Has-

tings, perdeu o acesso após

uma reportagem crítica da ad-

ministração Obama feita pelo

general Stanley McChrystal e

sua equipe no Afeganistão.

Se a condição de incorpo-

rado de um repórter for

encerrada, ele ou ela en-

tra na lista negra. O programa

de limitar o acesso da impren-

sa foi contestado judicialmen-

te em 2013 por um repórter

freelancer, Wayne Anderson,

que alegou ter cumprido seu

acordo, mas foi desligado

após publicar reportagens

desfavoráveis sobre o conflito

no Afeganistão. A sentença

sustentou a posição dos mili-

tares de que a Constituição

não protegia o direito de ser

um jornalista incorporado.

O programa de repórter in-

corporado, que continua no

Afeganistão e onde quer que

os Estados Unidos enviem tro-

pas, é profundamente infor-

mado pela experiência militar

de como a cobertura da im-

prensa mudou a opinião públi-

ca na Guerra do Vietnã. Os

controladores de acesso das

relações públicas têm poder

demais: os repórteres natural-

mente temem que seus aces-

sos sejam cortados, então ten-

dem a evitar reportagens con-

troversas que poderiam le-

vantar bandeiras vermelhas.

O programa existente força

os jornalistas a concorrerem

entre si por "acesso especial"

às questões vitais de política

externa e interna. Muito fre-

quentemente, isso produz re-

portagens que bajulam quem

tem o poder de decisão no alto

escalão. Uma consequência é

que o acesso do público ame-

ricano às informações fica res-

trito, o que deixa a opinião pú-

blica sem ter como avaliar a

conduta dos oficiais .

Os jornalistas têm um papel

importante a desempenhar,

exigindo reformas do sistema

de incorporação. A transpa-

rência, garantida por um ór-

gão fora do controle dos ofi-

ciais de relações públicas, de-

veria governar o processo de

credenciamento. Um órgão in-

dependente, com membros

dos funcionários das forças

militares, veteranos, civis do

Pentágono e jornalistas, pode-

ria equilibrar a necessidade de

informações com as necessi-

dades militares de segurança

operacional.

Os repórteres deveriam

ter acesso oportuno às

informações. Os mili-

tares poderiam fazer mais pa-

ra possibilitar a rápida des-

classificação das informações

que não prejudiquem as mis-

sões militares. Os Relatórios

de Atividades Significativas

dos militares, por exemplo,

fornecem um resumo rápido

das ocorrências como atenta-

dos e feridos. Frequentemen-

te confidenciais, esses resu-

mos poderiam ajudar jornalis-

tas a reportar fatos com mais

p re c i s ã o.

Pesquisas de opinião indi-

cam que a confiança do públi-

co americano em seus repre-

sentantes eleitos está em

uma baixa histórica. Melhorar

o acesso dos meios de comu-

nicação a esse aspecto crucial

da vida nacional – aonde os

EUA enviam os homens e mu-

lheres de suas forças armadas

–seria uma etapa poderosa no

sentido de restabelecer a con-

fiança entre os eleitores e os

re p re s e n t a n t e s .

CHELSEA MANNING É EX-A N A L I S TA

DE INTELIGÊNCIA DO EX É R C I TO DOS

EUA. THE NEW YORK TIMES NEWS

SE RV I C E /SY N D I C AT E .

Gary Cameron/Reutersd

Chelsea Elizabeth Manning,nascida sob o sexo

masculino e de nomeBradley Edward Manning

(1987) é uma militartranssexual do Exército dos

Estados Unidos que foipresa e processada por

acesso e divulgaçãode informações sigilosas

que resultaram noescândalo conhecido como

"Cablegate". Ela foi presaem 2010 enquanto

servia no Iraque.

SXC|

US

Arm

y/Re

uter

s

Page 4: Diário do Comércio (18/06/2014)

4 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 18 de junho de 2014

[email protected]������ ����� �����

�����

Colaboração:

Paula Rodrigues / Alexandre Favero

MAIS: e quando foi discur-sar, ninguém notou ondeescondeu o chiclete. Àsaída, mascava de novo -outro, certamente.

MISTURA FINA

Fotos: BusinessNews/Sports Illustrated

Cada umna sua

Sarah àbrasileira

��� Pela quarta vez, a atriz SarahJessica Parker, a eterna Carriede Sex and the City, estrela acampanha de lançamento dacoleção de verão da grife brasilei-

ra Maria Valentina. Ela foi fotografada em Nova York, no HotelStandard East Village por Gustavo Zilberstein. Sarah, 49 anos,tem três filhos e á casada com o ator Matthew Broderick há17 anos. A atriz, sinônimo de moda, foi a grande sensaçãode recente amfAR Gala Inspiration, usando um clássicode chiffon vintage de Elsa Schiaparelli.

Nova silhueta��� No encontro que teve, nesses dias, com aprimeira-ministra da Alemanha, Ângela Merkel, apresidente Dilma Rousseff não conseguiu escon-der sua reação diante da nova silhueta da alemã,que teria perdido dez quilos. A Chefe do Governobrasileiro, em conversa típica de mulheres,

perguntou a Merkel qual havia sido o regime que ela abraçara.A primeira-ministra não escondeu: é uma dieta rígida à base defrutas e verduras, sem quaisquer exceções. Ou seja: tirou parte decarboidratos, mas também parte de proteínas. Dilma vem fazendoa dieta do francês Pierre Dukam, o mesmo de Kate Middleton.

Musaalemã

Vira e mexe, Dilma Rousseffvolta a exibir em públicosua verdadeira mania demascar chicletes, comona convenção do PDT.

��� Depois do evento do PMDB,quando a renovação da aliançacom o PT foi aprovada, apesar de41% de votos contrários, DilmaRousseff e o vice Michel Temer

conversaram e adotaram um esquema diferente para a campanha,devido à diversificação de acordos partidários espalhados pelopaís. Cada um vai para um lado, cada um defende a reeleição dadupla do jeito que é possível defender, diante das mais surpreen-dentes alianças celebradas em vários Estados. A candidata-presidente falará de obras e manterá o tom de “ódio entre classes”por determinação expressa de Lula. O vice-presidente tentaráencarnar uma figura que misturaria talentos de Ulysses Guimarãese Orestes Quércia. Essa é a imagem que ele persegue.

Drone suspeito��������������� Há dias, voava nos céus da Granja Comary, onde fica aseleção, um drone, ou seja, um VANT – Veículo Aéreo NãoTripulado e controlado à distancia. A segurança foi todamobilizada com aviso direto ao comandante da Aeronáuti-ca, Juniti Sato, que tem autorização especial da presidenteDilma Rousseff de mandar abater qualquer aeronave nãoidentificada lá e nos estádios. O drone da Granja Comarycirculou pouco e desapareceu. Era a primeira experiênciade uma emissora de TV: tinha câmeras à bordo.

“Sempre fomos amigos. De noite e de dia. Não é só de noite, senão pode ficar feio. A gente também ia para a praia juntos.”

��� Em meio a uma seleção demusas de craques da Copa doMundo, formada Irina Shayk,namorada de Cristiano Ronaldo(Portugal), Shakira, mulher de

Gerard Piqué (Espanha) e Sara Carbonero, mulher de Iker Casillas(Espanha), a Alemanha é bem representada pela modelo SarahBrander, de 23 anos, namorada de Bastian Schweinsteiger, quejoga no Bayern e que não entrou no jogo contra Portugal. Oamor até já levou Sarah a posar nua, com o corpo pintadocom as cores da Alemanha, para a Sports Illustrated.

RONALDO NAZÁRIO // empresário e ex-jogador de futebol, sobre sua amizade com Aécio Neves.

IN OUT�

Brocados. Lisos.

Bem acompanhada��� A maioria dos ministros deDilma faz do limão uma limona-da sobre as hostilidades contra apresidente no Itaquerão: melhoragora do que na campanha. Ouseja: nada que obrigue a Chefedo Governo a não comparecerao final da Copa no Maracanã.Está decidido: ela irá e acom-panhada de diversos chefes deEstado que, de lá, embarcampara a cúpula dos Brics, emFortaleza. A nova ordem é tentaraproveitar esse período em prolda campanha e recuperar pontosperdidos nas últimas pesquisas.

FESTIVAL FAKE��� Mulheres mais atentas àsroupas, sapatos e acessóri-os de outras mulheres, o quechega a ser um comporta-mento universal, notaram,na estréia do Brasil naCopa contra a Croácia, noItaquerão, um verdadeirofestival de calçados com solavermelha, característica dofrancês Christian Louboutin,cujas criações podem chegaraté a mais de US$ 2 mil, emmédia. As mais observadoras,contudo, concluíram que agrande maioria dos sapatosde sola vermelha era forma-da por sandálias simples oumesmo mocassins dos maistriviais. Ou seja: era umfestival de Louboutins fakes.

Livro à bordo��������������� Pool de editoras de livroscolocaram em prática junto aostaxis de São Paulo, a titulo deteste, uma promoção culturaldigna de aplauso (coisa rara, hojeem dia, no país). Quando opassageiro senta no banco detrás, vê à sua frente um suportecom um livro – e, no geral, é umdos que estão nas listas dos maisvendidos nas revistas. O passa-geiro se interessa e o taxistainforma que ele pode levar, ler edepois, devolver em outro taxi.

FAMA É FAMADurante sua apresentação naúltima edição portuguesado Rock in Rio, Mick Jaggerdeclarou sua torcida pelaseleção de Portugal na Copa:na estréia, o time de CristianoRonaldo perdeu de 4 a 0 paraa Alemanha. Ele tambémdisse que a final seria entreInglaterra e Portugal: osbritânicos estrearamperdendo de 2 a 1 da Itália.

Movido a tomate��� Quem diria: o tomate, grandevilão da inflação no começo doano, pode virar material sustentá-vel para uso na fabricação deautomóveis. A Ford e a Heinz(Jorge Paulo Leman e sócios)estão pesquisando o empregode fibras da fruta com oobjetivo de criar um plástico100% à base de plantas.

Farra gay��� Depois do casal lésbicoformado pelas atrizesGiovanna Antonelli e TaináMüller na novela Em Famíliae da anunciada relação queas personagens das vetera-nas Fernanda Montenegro eNatalia Timberg terão em TrêsMulheres, de Gilberto Braga eRicardo Linhares, prevista para2015, também em O Rebu,remake da novela de BráulioPedroso (1974), agora com textode George Moura, haverá maisum casal do mesmo bloco. Seráformado pelos personagens deLaura Neiva e Mariana Lima.

MARCHA LENTA��� André Vargas pediu suadesfiliação ao PT em abril, sóque, até agora, nem ele, nem opartido, informaram oficialmen-te seu desligamento à CâmaraFederal. Durante esse tempo,fora a época em que evaporou,ele continua se sentando com abancada petista – e votandocom o líder do PT na Casa,Vicentinho, que desconversasempre que é apertado sobrea situação de Vargas. Eventu-almente, o assunto poderáser debatido na reunião daExecutiva Nacional do partido,na próxima sexta-feira.

��� A PRODUTORA 02 preparanova série para o GNT: é Lili, a ex,baseada em tira de quadrinhosde Caco Galhardo. No elenco,Milton Gonçalves, João Vicentede Castro (é o atual titular deSabrina Sato), Rosi Campos,Maria Casadevall e PriscilaFantin, que viverá uma delegada.

��� LULA voltará a falar sobre“ódio de classes”, expedienteusado quando comentou asvaias e o coro recebido porDilma Rousseff no Itaquerão.Quer recuperar a imagem de paidos pobres já usada em 2006,em sua campanha de reeleiçãoe repetida em 2010, quandoconseguiu eleger Dilma.

��� ESTÁ combinado: se aseleção brasileira conseguira vitoria na Copa do Mundo,a gratificação rateada entretodos seus integrantes seráde US$ 35 milhões, ou seja,cerca de R$ 78 milhões.

��� JOSÉ Serra, ex-governa-dor, estava no Itaquerão,quando explodiram as vaiase os três coros contra DilmaRousseff: ele jura que não abriusua boca, apesar de já ter sidovitima de vaias de petistas, emcampanhas passadas.

��� EX-presidente do PT eministro das Relações Institu-cionais, Ricardo Berzoni estácirculando pelo interior deestados brasileiros para ver comoanda a popularidade da presi-dente-candidata. No Ceará, levouum susto: não apenas a Chefe doGoverno está em baixa, como apopularidade de Lula também.

��� “DEPOIS que eu casei como Roberto é que ele teve asses-sor, resolveu se tornar apresenta-dor. Ninguém sabia quem era oRoberto, afinal ele era apenas umpublicitário. Ele virou capa deCaras por minha causa, então,ele não pode dizer que nossocasamento foi irrelevante”. EraAdriane Galisteu, no DomingoLegal, sobre seu ex-maridoRoberto Justus. O casamentodurou oito meses.

Page 5: Diário do Comércio (18/06/2014)

quarta-feira, 18 de junho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 5

Barbosa antecipasaída do timedo Mensalão

Presidente do STF deixa a relatoria do processo

Um dia após ter pedi-

do ao Ministério Pú-

blico que processe o

advogado do ex-de-

putado José Genoino, o presi-

dente do Supremo Tribunal Fe-

deral (STF), Joaquim Barbosa,

deixou ontem a relatoria de to-

das as ações e recursos rela-

cionados ao Mensalão. A deci-

são antecipou em 15 dias um

fato previsto para o final deste

mês, quando Barbosa pedirá

aposentadoria e consequen-

temente já sairia do caso, que

passará a ser relatado pelo mi-

nistro Luis Roberto Barroso.

A mudança deve ter como

principal efeito a reversão das

decisões que ele deu contrá-

rias ao trabalho externo dos

condenados, que recorreram

e pediram que o plenário to-

masse uma decisão final. Bar-

bosa estava prestes a não re-

meter a decisão aos outros mi-

nistros e tomar novamente

uma decisão individual de im-

pedir o trabalho externo. Bar-

roso, porém, deve levar os re-

cursos ao plenário que, por

sua vez, tende a liberar o tra-

b a l h o.

No despacho no qual anun-

ciou que sairia do caso, Barbo-

sa reclamou que advogados

de condenados passaram a

"atuar politicamente" e que

teriam inclusive partido para

"insultos pessoais". Ele citou o

episódio ocorrido no plenário

do STF na semana passada,

quando o advogado de Genoi-

no, Luiz Fernando Pacheco, co-

brou publicamente que fosse

julgado o pedido para que o

ex-deputado cumpra a pena

em casa. Depois de terem dis-

cutido, Barbosa determinou a

seguranças que expulsassem

Pacheco do plenário. O advo-

gado acusou-o de abuso de

autoridade.

Já fora do prédio do STF, Pa-

checo fez mais críticas a Bar-

bosa. "Ele sonega aos seus pa-

res a jurisdição. Sonega ao réu

a jurisdição. Não traz em pau-

ta o processo porque sabe que

será vencido", afirmou.

Na representação encami-

nhada na segunda-feira ao Mi-

nistério Público, o presidente

do Supremo pediu providên-

cias contra o advogado. Ele

quer que seja aberta uma

ação penal pelos supostos cri-

mes de desacato, calúnia, di-

famação e injúria. Mas um pro-

cesso somente será instaura-

do após uma eventual denún-

cia do Ministério Público. "A

atitude juridicamente mais

adequada neste momento é

afastar-me da relatoria de to-

das as execuções penais

oriundas da AP 470 e dos de-

mais processos vinculados à

mencionada ação penal", jus-

tificou ontem Barbosa ao dei-

xar o caso do Mensalão.

Internamente, colegas de

Barbosa no Supremo já vi-

nham criticando o fato de o

presidente ainda não ter leva-

do a julgamento pelo plenário

do STF o recurso de Genoino,

que alega sofrer de doença

cardíaca, e de outros réus, que

querem trabalhar fora do pre-

sídio. Parte deles já estava

dando expediente externo,

mas Barbosa cassou as autori-

zações judiciais alegando que

eles não cumpriram pelo me-

nos um sexto das penas. O

prognóstico é que o plenário

do Supremo concluirá que pa-

ra ter direito ao benefício o réu

não precisa cumprir esse pe-

ríodo mínimo da pena.

Entre os possíveis benefi-

ciados está o ex-ministro da

Casa Civil José Dirceu, que

cumpre pena no complexo pe-

nitenciário da Papuda, em

Brasília. Dirceu quer trabalhar

na biblioteca do escritório do

advogado José Gerardo Gros-

si, mas não foi autorizado por

Barbosa. Ao rejeitar o pedido,

o presidente do STF afirmou

que a oferta de emprego era

uma "ação de complacência

entre amigos". O comentário

repercutiu entre os defenso-

res e a Ordem dos Advogados

do Brasil (OAB) promoveu um

ato de desagravo.

Advogado de carreira, Barro-

so é a esperança das defesas

dos mensaleiros. Além de ser o

relator dos recursos que ques-

tionam as decisões contrárias

ao trabalho externo e à prisão

domiciliar de Genoino, será o

responsável por resolver as-

suntos relacionados às execu-

ções penais dos condenados no

Mensalão, como pedidos de

transferência de presídios e até

de cidade. (Estadão Conteúdo)

Nelson Jr/ SCO/STF

"É a atitude juridicamente mais adequada neste momento,", justifica Joaquim Barbosa.

Joe Biden tenta agradar DilmaVice-presidente dos EUA oferece documentos sobre o regime militar para a Comissão da Verdade

Depois de se encon-

trar com a presiden-

te Dilma Rousseff,

ontem pela manhã,

o vice-presidente americano,

Joe Biden, disse que teve uma

conversa franca com ela sobre

espionagem. Sem detalhar o

conteúdo, afirmou que para os

americanos este também é

um assunto importante. Ele

lembrou que logo que soube

das denúncias de espionagem

contra Dilma, seus auxiliares e

empresas brasileiras, o presi-

dente Barack Obama ordenou

uma revisão dos procedimen-

tos da Agência Nacional de Se-

gurança (ANS), responsável

pelo monitoramento feito não

apenas no Brasil, mas tam-

bém em outros países, como

Alemanha. E que uma reforma

foi feita na agência.

Segundo Biden, os dois fala-

ram sobre o esforço comum

em prol de uma Internet segu-

ra, algo que, ele reconheceu, o

Brasil vem liderando. "É claro

que discutimos o programa de

vigilância dos EUA revelados

no ano passado. Sei que o as-

sunto é bastante importante

às pessoas aqui."

PRESENTE AO BRASILDe acordo com Biden, a reu-

nião rendeu um acordo de co-

operação na área de direitos

humanos. Os EUA vão come-

çar a compartilhar documen-

tos sobre o regime militar no

Brasil, o que vai ajudar a Co-

missão da Verdade a desven-

dar fatos que ocorreram na-

quele período.

Parte desses documentos

norte-americanos referentes

ao período de 1964-1985 fo-

ram entregues ontem por ele à

Dilma. Segundo Biden, com-

preendendo melhor o passa-

do, pode haver mais tranquili-

dade quanto ao futuro. "Espe-

ro que olhando documentos

do passado, possamos focar

na imensa promessa do futu-

ro", disse.

Biden também se encon-

trou com o vice-presidente Mi-

chel Temer. O americano che-

gou ao Brasil na segunda-feira

para assistir ao jogo de estreia

da seleção dos Estados Unidos

na Copa, em Natal, onde os

americanos derrotaram Gana

por 2 a 1. Ele disse que trouxe a

neta e a filha, porque a neta o

importunou para vir com ele

assistir ao jogo da Copa. Ele

aproveitou para dizer que o

Brasil e os brasileiros estão fa-

zendo um ótimo trabalho na

realização do mundial e elo-

giou a Arena das Dunas.

Após o encontro, Biden dis-

se a jornalistas que a reunião

"foi ótima". " Foi um ótimo en-

contro. Eu gosto muito dela".

Uma jornalista perguntou

se ela também gostava dele.

"Espero que sim", respon-

deu ele, rindo.

Após a reunião, Dilma so-

brevoou as áreas atingidas pe-

las cheias no Paraná e fez um

pouso em Pirassununga (SP).

A presidente e sua comitiva se

juntaram aos cadetes da Aca-

demia da Força Aérea para as-

sistir ao 2º tempo do jogo entre

Brasil e México. (Ag. Globo)

Handout/Reuters

Joe Biden, vice-presidente dos EUA, oferece a Dilma documentos referentes ao período militar (1964-1985).

Fellipe Sampaio/SCO/STF

Barroso deverá decidir sobre o trabalho dos mensaleiros

Luis RobertoBarroso é sorteado

como relatorEle é a esperança da defesa dos mensaleiros

Vice-presidente do PT fazlista negra de jornalistas

Em artigo publicado no

site do PT na segun-

da-feira, Alberto Can-

talice, vice-presidente do

partido, faz uma relação de

jornalistas que fomenta-

riam o ódio como instru-

mento de sua luta política.

Reinaldo Azevedo, Arnal-

do Jabor, Demétrio Magnoli,

Guilherme Fiúza, Augusto

Nunes, Diogo Mainardi, Lo-

bão, Danilo Gentili e Marce-

lo Madureira, são citados

como "agentes de estímulo

de setores reacionários e

exclusivistas da sociedade

brasileira".

No texto intitulado "A

desmoralização dos pit-

bulls da mídia", Alberto

Cantalice os chama de "di-

vulgadores de uma demo-

cracia sem povo".

O artigo, segundo Reinal-

do Azevedo, é um "assunto

para a Justiça e para a Polí-

Divulgação

Cantalice, vice presidente do PT, gera polêmica com a imprensa.

Oministro Luís Roberto

Barroso foi sorteado

pelo sistema eletrôni-

co do Supremo Tribunal Fede-

ral (STF) como o novo relator

das execuções penais do pro-

cesso do Mensalão. A redistri-

buição da relatoria ocorreu

após o ministro Joaquim Bar-

bosa ter anunciado ontem que

deixaria a função.

Em despacho, o ministro Ri-

cardo Lewandowski determi-

nou que os processos fossem

sorteados para outro ministro,

excluindo Barbosa. "Conside-

rada a decisão supra, determi-

no a livre distribuição dos au-

tos. À Secretária para provi-

dências urgentes."

O relator tem a atribuição de

decidir detalhes sobre o cum-

primento das penas dos réus,

como direito ao trabalho ex-

terno ou saída no feriado.

Barbosa era relator da ação

penal 470, do Mensalão do PT,

desde 2005, quando a investi-

gação chegou ao STF. Com a pri-

são dos condenados, o proces-

so se encerrou, e se iniciou a fa-

se da execução penal, ou seja

do cumprimento das penas.

O novo relator será respon-

sável por levar ao plenário do

Supremo diversos recursos

dos advogados dos réus con-

tra decisão de Barbosa que re-

vogou benefícios de trabalho

ex t e rn o.

O ministro Luís Roberto Bar-

roso estava ontem em um

evento em Nova York, onde

discursou sobre o acesso à Jus-

tiça como uma das metas do

milênio da ONU.

Segundo o gabinete, ele

chega ao Brasil na manhã de

hoje, para participar da ses-

são ordinária do Supremo que

começa às 14h.

O ministro não deve apre-

ciar os recursos dos condena-

dos no Mensalão hoje para ter

tempo de estudar o processo.

Como amanhã é feriado de

Corpus Christi, a decisão deve

ficar para a semana que vem.

Hoje, o plenário do STF deve

retomar o julgamento das

ações que questionam a alte-

ração do número de deputa-

dos federais representantes

dos Estados e do Distrito Fede-

ral e de parlamentares esta-

duais. A mudança foi estabe-

lecida por meio da Resolução

23.389/2013, do Tribunal Su-

perior Eleitoral (TSE), e da Lei

Complementar 78/1993, que

trata da atribuição da corte

eleitoral. (Agências)

cia Federal". O colunista

anunciou em Vejaonline que

vai processar o petista por

calúnia e difamação. "Os

petistas, saibam os senho-

res, pedem a cabeça de jor-

nalistas para seus respecti-

vos patrões. O partido tem

nas mãos instrumentos pa-

ra fazê-lo: anúncios da ad-

ministração direta e propa-

ganda de estatais."

O pastor Silas Malafaia

também se manifestou

contra o texto de Cantalice:

"Olha o comunismo aí gen-

te! Vice presidente do PT,

Alberto Cantalice, divulga

no site do partido lista ne-

gra de jornalistas. Jornalis-

tas independentes que não

comem na mão do PT, que

eles não suportam, e que-

rem denegrir pelas redes

sociais! Para o PT, jornalista

bom é aquele que só elogia

o que eles fazem."

Page 6: Diário do Comércio (18/06/2014)

6 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 18 de junho de 2014

Aécio diz quedentro do campo aCopa é um sucessoTucano lembra que os estádios, de responsabilidade dos Estados, estão prontos,mas alerta para a incapacidade do governo em avançar nas obras de mobilidade.

Opré-candidato à

Presidência da Re-

pública pelo PSDB,

Aécio Neves, bem

que tentou deixar as críticas

ao governo federal em segun-

do plano, ao afirmar que, ago-

ra, "é hora de os brasileiros se

unirem para torcer pela nossa

Seleção", mas não se conteve.

O senador assistiu à partida

entre Brasil e México ao lado

de ex-jogadores do Cruzeiro,

como Wilson Piazza, Nelinho e

Joãozinho, além do ídolo do vô-

lei Giovani Gávio, pré-candi-

dato a deputado estadual.

"Estamos torcendo pelo País,

hoje, no futebol e, depois, nas

eleições", disse Aécio.

Diante das perguntas dos

jornalistas, ele afirmou que,

"se dentro de campo, a Copa

do Mundo vem sendo um su-

cesso, o mesmo não se pode

dizer sobre as obras de mobili-

dade prometidas para o tor-

neio". E reformulou a frase:

"Dentro de campo, sempre

achamos que a Copa vai fun-

cionar muito bem, até porque

os estádios estão prontos, que

foram responsabilidade dos

Estados. O que sempre alerta-

mos foi para a incapacidade

do governo em avançar nas

obras de mobilidade, que fica-

ram, na maioria delas, no meio

do caminho", comentou.

"Há uma incapacidade do

governo, neste ponto, mas

não vou cair na armadilha de

dividir o Brasil em duas partes.

No dia seguinte ao final da Co-

pa do Mundo, ficarão as obras

infraestruturais paralisadas e

o fantasma da volta da infla-

ção", avaliou. "Por isso, vamos

continuar apontando os equí-

vocos deste governo, mas

através de um debate que

olha para o futuro e não que

olha pelo retrovisor".

Perguntado sobre a afirma-

ção do ex-presidente Lula, que

disse que oposição "destila

ódio" nas suas críticas, Aécio

Neves foi enfático: "Não vou

entrar em um confronto. Te-

nho uma proposta alternativa

à que aí está e quero que o Bra-

sil avance mais rápido, aca-

bando com a desconfiança

que se abateu sobre nossa

economia".

DEFINIÇÃO DO VICEO tucano confirmou para o

próximo dia 30, às 10 horas, o

anúncio do nome que irá dis-

putar a vice-Presidência ao

seu lado, pelo PSDB. "Vamos

aproveitar a reunião da execu-

tiva nacional do partido para

indicar o nome e vamos usar

todo o tempo que temos, até

lá", afirmou o senador. "Na

verdade, é uma decisão difícil

pelo grande número de pes-

soas qualificadas que se dis-

puseram a nos ajudar nessa

proposta por um novo País".

Hoje, há especulações em

torno de políticos como o se-

nador Aloysio Nunes (PSDB) e

o ex-presidente do Banco Cen-

tral Henrique Meirelles (PSD).

Sobre a sucessão estadual

em Minas, o senador enfatizou

que a pré-candidatura de Pi-

menta da Veiga representa a

continuidade de um projeto vi-

torioso. "Minas Gerais é, hoje,

referência de gestão pública

de qualidade e queremos dar

sequência nisso também", de-

clarou Aécio.

"Ao contrário do plano fede-

ral, cujos indicadores só vêm

regredindo, não podemos dei-

xar uma experiência de suces-

so sem continuidade".

PARTIDA COM AMIGOSO candidato à Presidência

da República recebeu os jor-

nalistas na sala da casa de um

amigo, em Belvedere, bairro

nobre de Belo Horizonte, onde

assistiu ao jogo. O encontro já

estava marcado bem antes do

nascimento dos gêmeos.

No local, havia ex-jogadores

do Cruzeiro, time de futebol de

Aécio, do Atlético Mineiro, e de

outros clubes, como Piazza, Lui-

zinho, Nelinho, Heleno, Cleber,

Evaldo, Procópio, Vantuir Galdi-

no, João Leite, Paulo Cruz, Batis-

ta, Dirceu Lopes, além de Gio-

vane Gávio e Henrique, do vô-

lei. "Aqui tem duas seleções

brasileiras, vim assistir ao jogo

na companhia de quem conhe-

ce, amigos que foram construí-

dos ao longo da vida. Hoje so-

mos todos brasileiros, torcendo

para ganharmos na bola, em

campo, e depois vamos traba-

lhar para ganhar fora de cam-

po", disse. O palpite dele era

uma vitória do Brasil por 3 a 0 do

México. (Estadão Conteúdo)

Ricardo Bastos/ Hoje em Dia/EC

Aécio Neves avisa que a decisão sobre o vice em sua chapa à Presidência da República sairá no dia 30

No dia seguinte aofinal da Copa doMundo, ficarão asobras infraestru-turais paralisadas eo fantasma da voltada inflação.AÉCIO NE VES

DATA F O L H A

Tucano é o preferidoentre Dilma e Campos

Ao se analisar com

mais atenção a

pesquisa Datafolha

realizada nos dias 4 e 5 de

junho, Aécio Neves (PSDB)

lidera com 29%, Dilma

Rousseff (PT) tem 23% e

Eduardo Campos (PSB) fica

com 14% dentre os

eleitores que dizem

conhecer "muito bem" os

três principais

concorrentes à Presidência

da República.

Estes que dizem

conhecer bem Aécio,

Campos e Dilma

correspondem a apenas

20% dos entrevistados.

A margem de erro é de

em 3 pontos percentuais,

para mais ou para menos.

Em abril eram apenas 17%

os que afirmaram

conhecer bem o trio

p re s i d e n c i á v e l .

É relevante considerar

em São Paulo, quando o

grau de conhecimento dos

candidatos é bem alto, o

tucano continua sendo o

melhor cotado.

Aécio Neves aparece

com 33%. Dilma Rousseff

e Eduardo Campos ficam

empatados em segundo

lugar, com 17% cada um.

Nesse caso, a margem

de erro da pesquisa

Datafolha só para os

paulistas sobe para 4

pontos percentuais.

Estratégia para conquistar eleitorfluminense já está definida

Aécio vai usar imagem de 'carioca' apesar de ter sua vida política em Minas Gerais

Embora ainda não tenha

definido para quem vai

dar o tempo de TV no

Rio, o presidenciável do PSDB,

Aécio Neves, já tem uma tropa

de choque trabalhando por

sua candidatura. Para alavan-

car a campanha de Aécio no

Estado, os aliados vão colar no

tucano a imagem de carioca,

já que, apesar de ter nascido e

construído sua vida política

em Minas Gerais, o presiden-

ciável mora no Rio.

"Ter uma pessoa do Rio sig-

nifica muito. É uma pessoa

sensível ao nosso dia a dia",

disse o presidente do PSD no

Estado, Indio da Costa, numa

demonstração de como será o

discurso apresentado ao elei-

torado fluminense.

Os aliados vão propagar

que Aécio sabe dos problemas

e necessidades do Estado,

uma vez que vive nele. O gru-

po que incorporou a campa-

nha pela chapa Aezão – numa

referência ao apoio a Aécio e

ao governador Luiz Fernando

Pezão (PMDB), que tenta ree-

leição – já programa eventos

ao lado do tucano. Na próxima

semana, deve acontecer o pri-

meiro de uma série de três.

O presidente do PMDB-RJ,

Jorge Picciani, um dos que

mais capitaneou o movimento

anti-Dilma, reservou o dia 27

de junho para uma ida de Aé-

cio ao município de Queima-

dos, na Baixada Fluminense.

O peemedebista não revela

detalhes de como será o ato

pró-Aécio. O prefeito de Quei-

mados, Max Lemos, é um dos

homens mais ligados a Piccia-

ni e, por vezes, participa das

reuniões da cúpula do PMDB.

Enquanto parte do PMDB

planeja a ida de Aécio à Baixa-

da Fluminense, Pezão deve

aparecer, poucos dias depois,

ao lado de Dilma na inaugura-

ção do Arco Metropolitano,

obra que vai ligar Itaboraí a Ita-

guaí com o objetivo de desafo-

gar o tráfego na região e faci-

litar o acesso das cargas ao

Porto de Itaguaí.

Pezão, o ex-governador Sér-

gio Cabral e o prefeito do Rio,

Eduardo Paes, falaram publica-

mente que estarão com Dilma.

Aécio ainda tem que definir

para quem vai o tempo de TV

do PSDB no Rio. O tucano tenta

convencer o vereador Cesar

Maia, ex-prefeito da capital, a

retirar a candidatura ao gover-

no do Estado. Mas, até a cúpu-

la nacional do DEM, partido de

Cesar, entrou no circuito para

confirmar que o vereador não

vai desistir da disputa.

Aécio vai gravar no Rio os

programas que irão ao ar no

horário eleitoral. (Ag. Globo)

IBOPE RIO

Garotinho, Crivella e Pezãoestão em empate técnico

Pesquisa feita pelo Ibope

sobre a intenção de

voto para governador

do Rio de Janeiro indica

empate técnico entre o

deputado federal Anthony

Garotinho (PR), com 18%, o

senador Marcelo Crivella

(PRB), com 16%, e o atual

governador, Luiz Fernando

Pezão (PMDB), com 13%. A

margem de erro é de 3 pontos

percentuais para mais ou

para menos. O senador

Lindbergh Farias (PT) tem

11% e o vereador e ex-

prefeito Cesar Maia (DEM),

8%. Miro Teixeira (PROS) e

Tarcísio Motta (PSOL) têm 1%

cada. Votos brancos ou nulos

somam 27% e 6% não sabem

ou não quiseram responder.

Em outro cenário

pesquisado, sem Cesar Maia,

Garotinho lideraria com 19%,

seguido por Crivella (17%) e

Pezão (13%). Lindbergh teria

12%, Miro Teixeira 2% e

Tarcisio Motta 1%. Com esses

candidatos, 31% votariam

em branco ou nulo e 6% não

sabem ou não responderam.

Em um eventual 2º turno

entre Garotinho e Crivella,

cada um teria 25% dos votos;

contra Pezão (20%),

Garotinho teria 30%; contra

Lindbergh (20%), Garotinho

teria 29%. Na eleição para

senador, o ex-governador

Sérgio Cabral (PMDB) teria

26%, o deputado federal

Romário (PSB) somaria 22% e

Jandira Feghali (PCdoB), 20%.

Só há uma vaga.

O desempenho de Pezão

como governador do Rio foi

considerado "ótimo ou bom"

por 16%, 35% disseram que é

"regular" e 29% avaliaram

como "ruim ou péssima".

O Ibope ouviu 1.204

eleitores, entre 7 e 11 de

junho. A pesquisa foi

encomendada pela

Federação das Indústrias do

Estado do Rio de Janeiro

(Firjan) e registrada no TRE-RJ

sob o número 00006/2014.

(Estadão Conteúdo)

Page 7: Diário do Comércio (18/06/2014)

quarta-feira, 18 de junho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 7

COMUNICADOAOS ANUNCIANTES

E AGÊNCIAS DE PUBLICIDADE

FERIADO DE CORPUS CHRISTI

CENTRAL DE ATENDIMENTO

11 3180-3197

www.dcomercio.com.br

Fechamento – Dia 18 de junho, às 18h, será o fechamento da edição do dia 20/06.

Circulação – A edição de sexta-feira circulará normal- mente com as datas de 19 e 20 de junho.

* No dia 19 de junho de 2014não haverá expediente na Publicidade

D E G E LOReino Unido vai

reabrir embaixadano Irã, fechada

desde 2011.

QUÊNIAMilitantes islâmicosda Somália atacamárea costeira pela2ª noite seguida

Forças iraquianasrespiram aliviadas.Até quando?Avanço de insurgentes sunitas é contido em Baquba, ao norte de Bagdá. Mas aviolência já chegou à capital e levou ao fechamento da maior refinaria do país.

Forças do governo ira-

quiano disseram ter

reprimido ontem uma

tentativa por parte dos

insurgentes de tomar o contro-

le de Baquba, capital da provín-

cia de Diyala, ao norte de Bag-

dá. Os pesados combates dei-

xaram dezenas de iraquianos

mortos e levaram ao fecha-

mento da principal refinaria de

petróleo, provocando o desa-

bastecimento de combustível e

energia em partes do país.

Os combatentes sunitas do

Estado Islâmico do Iraque e do

Levante (EIIL) foram expulsos,

mas o confronto em Baquba foi

o mais perto registrado de Bag-

dá desde que os insurgentes

começaram a avançar pelo

norte iraquiano, assumindo o

controle de áreas sunitas.

Membros do EIIL consegui-

ram invadir a delegacia de Al

Mefraq, no oeste da cidade, e

tentaram libertar prisioneiros

sunitas. O porta-voz do Exérci-

to, Qasem Ata, disse à TV esta-

tal que os "terroristas chega-

ram ao local com bombas e gra-

nadas em uma tentativa de li-

bertar os presos". Mas, como os

projéteis caíram na sala onde

os 52 presos se encontravam,

todos acabaram morrendo.

No entanto, há depoimentos

conflitantes sobre o que ocor-

reu na delegacia. Três policiais

disseram que milicianos xiitas

correram para defender o local

e mataram os detentos. O fun-

cionário do necrotério de Baqu-

ba disse que muitas vítimas

têm ferimentos à bala na cabe-

ça e no peito.

Nenhuma das afirmações

pode ser confirmada de forma

independente, mas a acusação

de que xiitas mataram sunitas é

a primeira indicação de um pos-

sível retorno à guerra sectária

que quase dividiu o país.

A capital iraquiana não está

livre da violência. Um carro-

bomba explodiu ontem no bair-

ro predominantemente xiita de

Sadr City, matando pelo menos

sete pessoas. Mais de 20 pes-

soas ficaram feridas.

Por causa dos confrontos, a

refinaria de Baiji, ao norte de

Bagdá, foi fechada. Com a pro-

dução suspensa, o Iraque terá

mais dificuldade na geração de

eletricidade e bombeamento

de água para sustentar as cida-

des no verão.

O objetivo do EIIL é formar

um califado islâmico nos dois

lados da fronteira Iraque-Síria.

O grupo tem o apoio de outras

facções sunitas, incluindo ex-

membros do Partido Baath, do

ditador deposto Saddam Hus-

sein, e líderes tribais, que com-

partilham da revolta generali-

zada entre a minoria sunita do

Iraque contra a opressão atri-

buída ao governo xiita do pri-

meiro-ministro Nuri al-Maliki.

O avanço repentino de mili-

tantes sunitas está remodelan-

do as alianças no Oriente Mé-

dio, e tanto os EUA como o Irã di-

zem que poderiam cooperar

contra um inimigo comum, algo

sem precedentes desde a Re-

volução Iraniana de 1979.

Ontem, diplomatas dos EUA

e do Irã se reuniram às margens

da reunião para discutir o pro-

grama nuclear iraniano em Vie-

na. Após o encontro, os EUA dis-

seram "estar abertos" a novas

conversas com Irã. (Agências)

Gleb Garanich/Reuters

Ativistas do Maidan montam o 'corredor da vergonha' para pressionar parlamentares por reformas

Militantes xiitas gritam palavras de ordem a favor do governo

Mushtaq Muhammed/Reuters

Incêndio em consulado dos EUA em Benghazi matou embaixador

Reuters - 11/09/12

Preso líder de 11 de setembro líbioO

s Estados Unidos

afirmaram ontem

terem capturado o

suposto líder do ataque de 11

de setembro de 2012 contra o

seu complexo diplomático de

Benghazi, na Líbia, que

matou quatro norte-

americanos, incluindo o

embaixador Chris Stevens, e

desencadeou uma tormenta

política em Washington.

Autoridades norte-

americanas disseram que

Ahmed Abu Khattala, um líder

sênior do grupo terrorista

Ansar al-Sharia na Líbia, será

julgado em um tribunal nos

EUA. Ele estaria detido a bordo

de um navio norte-americano

depois de ser pego, no

domingo, nos arredores de

Benghazi em uma operação

realizada por forças das

operações especiais dos EUA e

FOGO E PAZ

Apromoção da paz no OrienteMédio começa desde cedo,

mas a violência do dia a dia tornaa missão cada vez mais difícil. Nocampo de refugiados de Al-Baqaa,perto da capital jordaniana deAmã, crianças palestinas e síriasbrincam durante uma partida defutebol organizada pela ONGOxfam para promover "a amizadee as relações positivas entrecomunidades" (à dir.). Mas nãomuito longe dali, o que vale é opoder de fogo. Membros damilícia Ezz Al-Din Al Qassam, obraço armado do grupo palestinoHamas, mostram seus fuzisdurante protesto na Cidade deGaza para manifestar contra aprisão de mais de 200 palestinosem operações israelenses naCisjordânia (à esq.). Israel culpa oHamas pelo sequestro de trêsjovens, desaparecidos desde asemana passada.

Mohammed Saber/EFE Muhammad Hamed/Reuters

Jornalista: profissão perigo.Dois repórteres russos morrem durante confronto no leste da Ucrânia

Dois jornalistas da TV es-

tatal russa foram mor-

tos no leste da Ucrânia

depois que o local onde esta-

vam foi bombardeado em

confrontos entre as forças

ucranianas e separatistas

pró-Rússia, perto da cidade

oriental de Luhansk, informou o

canal Rossiya-24 ontem.

O engenheiro de som Anton

Voloshin morreu no local e o cor-

respondente Igor Kornelyuk

perdeu a vida no hospital, de-

pois que ficaram sob o fogo cru-

zado enquanto acompanha-

vam o combate perto da fron-

teira com a Rússia, afirmou a

emissora no seu site.

O cinegrafista Viktor Deni-

sov, o terceiro membro da

equipe, sobreviveu ao ataque

pois se encontrava a 200 me-

tros de seus companheiros.

Segundo Denisov, eles es-

tavam filmando refugiados

que fugiam da região norte da

cidade quando o ataque com

morteiros começou.

O Ministério das Relações Ex-

teriores russo disse que as mor-

tes demonstra-

vam a "natureza cri-

minosa" da operação militar da

Ucrânia contra os rebeldes pró-

Rússia, enquanto a agência de

investigação federal da Rússia

anunciou a abertura de um pro-

cesso criminal.

Explosão - A tensão não se li-

mita apenas ao leste ucrania-

no. Uma explosão atingiu um

gasoduto na região central da

Ucrânia, ontem, um dia depois

de a Rússia afirmar que está

cortando o fornecimento ao vi-

zinho devido a uma disputa de

pagamentos. Apesar do incên-

dio, o fluxo de gás natural do du-

to, que liga a Rússia com a Eslo-

váquia, não foi interrompido.

Maidan - Os protestos tam-

bém voltaram para a capital

Kiev. Centenas de manifestan-

tes marcharam até o parlamen-

to para exigir a reforma da lei

eleitoral, a dissolução do legis-

lativo e a convocação de elei-

ção antecipada.

Na segunda-feira, o presi-

dente ucraniano, Petro Po-

roshenko, se manifestou a fa-

vor das reivindicações dos ati-

vistas do Maidan, como é co-

nhecido o movimento popular

que derrubou o presidente

Viktor Yanukovich. (Agências)

forças de segurança locais.

Em comunicado, o

presidente norte-americano,

Barack Obama, disse que

Khattala irá enfrentar “todo o

peso do sistema de justiça

dos Estados Unidos”.

"Agora ele está sendo

transportado de volta para os

EUA... O mais importante para

nós é enviar uma mensagem

ao mundo de que quando os

norte-americanos são

atacados, não importa quanto

tempo leva, vamos encontrar

os responsáveis e vamos

trazê-los à justiça", afirmou.

A captura de Khattala pode

se transformar em uma

grande vitória para Obama,

diante das críticas dos

republicanos de que o

governo não tem sido capaz

de prender os responsáveis

pelo atentado. (Agências)

Page 8: Diário do Comércio (18/06/2014)

8 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 18 de junho de 2014

FÉ – To rce d o rbrasileiro segurauma imagemreligiosa duranteo jogo de ontemdo Brasil contra oMéxico. Eleassistiu ao jogona praia deCopacabana, noRio de Janeiro,onde a Fifamantém uma FanFest. Mas nem asorações fizeram abola passar pelamuralha dogoleiro GuillermoOchoa, do México,que fez pelomenos trêsd e fe s a sinacreditáveis. Apraia deCopacabana temrecebido torcidasdo mundo inteiro.

A COPA NAS CIDADES

No segundo jogo, o campeão foi o trânsito.Antes do apito inicial de Brasil e México, São Paulo parou com os motoristas tentando chegar, ao mesmo tempo, em casa ou nos bares. Até Pelé foi prejudicado.

Acidade parou nova-

mente na tarde de

ontem, com trânsito

lento e estações do

metrô superlotadas. Mas des-

ta vez a culpa foi a correria de

todos para assistir em casa ou

nos bares ao jogo de Brasil e

México, às 16 horas.

As empresas e parte do co-

mércio e dos serviços da capi-

tal paulista liberaram seus

funcionários na hora do almo-

ço. Como muita gente fez exa-

tamente a mesma coisa, às 15

horas, portanto uma hora an-

tes do início da partida na Are-

na Castelão,

em Fortaleza,

São Paulo re-

g is t rou 302

q u i l ô me t ro s

de lentidão,

segundo in-

f o r m o u a

C om pa nh i a

de Engenha-

ria de Tráfego

(CET), recor-

de do ano pa-

ra o horário.

Para se ter

uma ideia, a

média de len-

t idão nes te

período, às terças-feiras, va-

ria entre 25 km a 51 km.

Pe l é –Muitos torcedores não

conseguiram, porém, chegar

a seus destinos e assistiram ao

jogo dentro dos carros. Foi o

caso de Pelé, o rei do futebol,

que vinha de Santos para a Ca-

pital. Ele disse que, pela pri-

meira vez em sua vida, assis-

tiu ao primeiro tempo de um

jogo da Seleção no carro, por

causa do trânsito.

No horário do início do jogo,

às 16 horas, o congestiona-

mento na capital paulista ain-

da era de 168 quilômetros, um

número considerado alto. En-

tretanto, às 18 horas, no fim do

jogo, São Paulo não registrava

nenhum engarrafamento.

Marginais – Avenidas da zo-

na sul da Capital, da zona

oeste e do Centro ficaram to-

talmente congestionadas na

hora do almoço. Vias impor-

tantes como a Avenida 23 de

Maio, Marginal do Tietê e Pi-

nheiros chegaram a parar em

alguns momentos. Às 14 ho-

ras, a CET já apontava lenti-

dão de 218 quilômetros em

São Paulo.

Antes do jo-

go no Caste-

lão, a Margi-

nal do Tietê,

uma das mais

p re j u di c a da s

pela lentidão

antec ipada

do horário do

rush , reg i s-

trou, no senti-

d o Ro d o v i a

Ayrton Senna,

16 qui lôme-

tros de con-

g e s t i o n a-

m e n t o.

Segundo a

Companhia de Engenharia de

Tráfego, o índice de lentidão

de ontem ainda não entra para

a lista dos recordes totais da

cidade. O maior congestiona-

mento do ano ocorreu em 23

de maio (344 quilômetros, às

19 horas).

Neste dia, motoristas de

ônibus de São Paulo decreta-

ram greve, sem aviso prévio

às autoridades, que não tive-

ram condição de criar um pla-

no alternativo. Sem o trans-

porte público, o rodízio de car-

ros foi suspenso. (Agências)

Renato S.Cerqueira/EC

Aquecimento: tráfego intenso na Avenida 23 de Maio horas antes do início do jogo de Brasil contra o México.

Fora doc ampo,

p ro te s to sno Ceará.

Pelo menos 30 pessoas

foram detidas, sendo 11

adolescentes e 19 adul-

tos, na manifestação contra a

Copa, ontem, em Fortaleza,

antes da partida Brasil e Méxi-

co. Os números são da Secre-

taria de Segurança e Defesa

Social do Ceará. Já o movimen-

to "Na Rua", um dos organiza-

dores do protesto, informou

que 40 pessoas foram presas.

À tarde, houve confronto en-

tre manifestantes e policiais na

capital cearense. Um ônibus

de apoio da Fifa foi atingido por

pedradas. Cerca de 300 mani-

festantes chegaram a blo-

quear a Avenida Alberto Cra-

veiro e a passagem de torcedo-

res para a Arena Castelão, on-

de foi realizada a partida, foi

impedida por alguns momen-

tos. Para dispersar o grupo, fo-

ram lançadas bombas de gás e

balas de borracha, além do Ca-

minhão de Controle de Distúr-

bios Civis, fornecido pelo Minis-

tério da Justiça.

Entre os que protestavam

havia grupos diversos. Alguns

estavam caracterizados de ín-

dios e pediam "Remarcação

Já". Outros, vestidos de preto,

pediam o fim do capitalismo.

Um grupo também reclamava

das remoções feitas para a

construção das obras de mo-

bilidade em Fortaleza.

A concentração aconteceu

na BR-116. Ao longo da cami-

nhada até a barreira policial

montada próximo ao Caste-

lão, alguns manifestantes

vaiavam torcedores brasilei-

ros e faziam festa para a torci-

da mexicana.

A primeira ação do grupo

aconteceu pela manhã, com o

Marcelo Sants/Estadão Conteúdo

Manifestante mascarado durante protesto em Fortaleza: ato contra obras de mobilidade urbana.

bloqueio da Avenida Expres-

sa. Organizados pelo Movi-

mento dos Conselhos Popula-

res (MCP), 200 pessoas fecha-

ram a avenida no sentido Ave-

nida da Abolição.

Entre os manifestantes es-

tavam moradores de comuni-

dades atingidas pelas obras da

Copa, como a Alto da Paz e Raiz

da Praia.

Foram montadas barrica-

das com pneus e erguidas fai-

xas com frases de protesto:

"Chega de remoção. Quere-

mos moradia", "Quem é rico

mora na praia. Mas quem é po-

bre também pode morar".

Mina s – Em Belo Horizonte,

um forte aparato policial foi

montado para proteger a re-

gião da Savassi, um dos mais

tradicionais redutos de bares e

restaurantes da capital minei-

ra. A PM acompanhou os cerca

de 100 manifestantes anti-Co-

pa que interditaram uma via da

Avenida Getúlio Vargas. O trá-

fego teve que ser alterado.

No Rio, um protesto organi-

zado pelo Movimento Passe Li-

vre, durante o jogo do Brasil,

reuniu cerca de 50 pessoas e

terminou três horas depois

com pelo menos quinze deti-

dos. (Agências)

André Lucas Almeida/EC

Estação da Sé: correria para embarcar nos trens do metrô.

302quilômetros de

lentidão no trânsitoda capital paulistaforam registrados

pela Companhia deEngenharia de

Tráfego (CET), às 15horas da terça-feira.

T raficantemexicano é preso

no Galeão

Um traficante mexicano

procurado pela Justiça no

México e nos Estados Unidos

foi preso na noite de segunda-

feira, pela Polícia Federal bra-

sileira, no Aeroporto Interna-

cional Tom Jobim, no Rio de Ja-

neiro, quando tentava embar-

car para Fortaleza.

Procurado por tráfico de me-

tanfetaminas, o mexicano,

que não teve o nome divulga-

do, estava com ingresso para

assistir ao jogo entre Brasil e

México. Segundo a PF, o ho-

mem, de 49 anos, chegou ao

Brasil no último dia 11, um dia

antes da abertura da Copa, por

Foz de Iguaçu, "via terrestre,

procedente da Argentina".

"Como constava na difusão

vermelha da Interpol, o gover-

no dos Estados Unidos ingres-

sou com pedido de extradição

no Supremo Tribunal Federal

(STF)", informou a PF no Rio,

em nota. Agentes da Delega-

cia de Repressão a Entorpe-

centes da PF no Rio localiza-

ram o traficante hospedado

num hotel na zona sul da capi-

tal, com sua esposa e dois fi-

lhos. Ele foi preso ao tentar

embarcar no voo JJ 3254 para

Fortaleza, das 23h50, no Aero-

porto Tom Jobim. (EC)

Chilenos presospor furtos emaeropor tos

APolícia Civil prendeu an-

teontem à noite dois chile-

nos suspeitos de integrar uma

quadrilha que cometia furtos

em aeroportos e saguões de

hotéis de São Paulo há cerca

de seis meses. A dupla foi pre-

sa no Centro da Capital após a

polícia rastrear o carro aluga-

do que um deles usou para sair

do Aeroporto Internacional de

Viracopos, em Campinas.

Segundo o delegado Oswal-

do Nico, Jaime Barraza, de 43

anos, já tinha sido preso por

furto há seis meses em São

Caetano. Barraza tinha furtado

ao menos uma mala na tarde

de segunda com a ajuda de três

mulheres que ainda não foram

identificadas pela polícia.

Imagens das câmeras de

segurança do Aeroporto de Vi-

racopos registraram a ação do

grupo. Na praça de alimenta-

ção, os criminosos aproveita-

ram a distração dos passagei-

ros para atuar sem levantar

suspeita e fugiram no carro

em que chegaram.

Barraza e Michael Arias, de

31 anos, foram encontrados

com os objetos furtados no ae-

roporto, como tablet, bolsas,

óculos escuros, jaquetas e ce-

lulares. (EC)

Ant

onio

Lace

rda/

EFE

Page 9: Diário do Comércio (18/06/2014)

quarta-feira, 18 de junho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 9

PARA ELES, SANTO OCHOA.Jornais mexicanos como o E xcelsior eo El Universal, e o espanhol El País,atribuem ao goleiro da seleção doMéxico o empate de 0 a 0 com oBrasil. Santo, herói, dizem os sites.

PIMENTA AMARGABrasil vai ter que pescar Camarões

ASeleção brasileira abusou

dos erros ontem, parou naboa marcação do México –,principalmente nas boas

defesas do goleiro Ochoa –e não con-seguiu passar do 0 a 0, na Arena Cas-telão, em Fortaleza. Nem mesmo oapoio da torcida e o Hino Nacionalcantado à capela novamente, no pal-co onde a tradição surgiu na Copa dasConfederações de 2013, adiantaram.

Melhores jogadores na estreia,Neymar e Oscar não repetiram a dose.David Luiz mostrou nervosismo nasaída de bola e Paulinho cometia fa-lhas em sequência. No ataque, Fred sóapareceu em campo quando o assis-tente marcava impedimento. As mu-danças promovidas por Luiz FelipeScolari no segundo tempo tambémnão surtiram efeitos. Bernard, Jô e Wil-lian ganharam uma chance na equi-pe, mas o nervosismo nos minutos fi-nais impediu a criação de jogadas.

Com o resultado, o Brasil chegouaos quatro pontos no Grupo A e teveadiada a expectativa de antecipar aclassificação às oitavas. Agora, teráque vencer Camarões, na próxima se-gunda-feira, no estádio Nacional deBrasília (Mané Garrincha). Os mexica-nos vão enfrentar na última rodada otime da Croácia no mesmo dia, no Re-cife. De quebra, o empate encerrou asequência de oito vitórias de Felipãono comando da Seleção em Copas.

O JOGO - Como aconteceu naabertura, os torcedores se uniram aosjogadores para cantar o Hino Nacio-nal à capela. Neymar, maior esperançada equipe, não resistiu às lágrimas.Mas os fãs mexicanos, em grande pre-sença na Arena Castelão, tambémprotagonizaram bela festa. E foi nesseclima quente que a partida teve início.Lances ríspidos se seguiram logo nosprimeiros instantes – o México ano-tou as duas primeiras faltas antes deum minuto. Disposto a assustar, o Mé-xico buscava o ataque e a Seleção ten-tava acalmar o jogo. Mais contido, o ti-me de Felipão demorava para amea-

çar a defesa mexicana. Na metade daetapa inicial, o Brasil ostentava possede bola de até 70%, mas não levavaperigo. O México colocava até 11 jo-gadores atrás da linha da bola.

Tentando furar o bloqueio, Marce-lo foi até a linha de fundo para cruzar.Paulinho, no susto, mandou para fora,aos 13 minutos. Neymar, que tentavaabrir caminho na intermediária comjogadas individuais, levou mais peri-go em um lance de cabeça na área,após cruzamento de Daniel Alves.Ochoa fez linda defesa, aos 25.

A melhor chance viria aos 43. Apóslevantamento na área, Thiago Silvaescorou de peito para Paulinho, quefinalizou em cima do goleiro. O Méxi-co, sem abrir mão do ataque, levouperigo em finalizações de fora da área.Herrera, aos 23, e Vazquez, aos 40,ameaçaram o gol de Julio Cesar.

Felipão resolveu mudar para o 2ºtempo. Sacou Ramires e colocou Ber-nard. Desconcentrado, o time de Fe-lipão passou a cometer muitos errosna saída de bola. No meio, Paulinhonão conseguia dar sequência às joga-das e a bola não chegava a Oscar eBernard. O México tentava aproveitaro momento, em finalizações de longe.Foram três em 10 minutos.

Na defesa, o time mexicano con-seguia aplicar a forte marcação emNeymar, que, então, levava perigona bola parada. Aos 17 , bateu faltarente à trave direita de Ochoa.

Aos 22, Felipão trocou Fred por Jô.Um minuto depois o Brasil crescia no-vamente. Bastou um cruzamento deMarcelo e uma finalização de Neymarna área para incendiar a partida e atorcida. Jô quase abriu o placar aos 30,em jogada pela esquerda. Tentandocapitalizar o momento, o treinadorbrasileiro fez a última substituição,trocando Oscar por Willian. Aos 40,Neymar cobriu falta na área e ThiagoSilva cabeceou. Ochoa fez nova ótimadefesa. No final, Julio Cesar contoucom a má pontaria dos rivais para as-segurar o 0 a 0. (Estadão Conteúdo)

Kai Pfaffenbach/Reuters

O mexicano GuilhermoOchoa, o Memo, foi o

mais festejado ao finalda partida (no alto).

E não era para menos:ele cometeu quatro

'milagres' (um delesdefendendo cabeçadade Thiago Silva, à dir.),

assegurou o empate e o1º ponto do México

sobre o Brasil em Copas.

Ele achou melhor do quecontra a Croácia

Aseleção brasileira estreouna Copa do Mundo comuma vitória por 3 a 1 sobrea Croácia que gerou elo-

gios pelo poder de reação do time,que saiu atrás no placar. Na segundapartida, ontem, o time de Luiz FelipeScolari cometeu mais erros e ficouno 0 a 0 com o México. Mesmo as-sim, o técnico acredita que sua equi-pe teve melhor apresentação no se-gundo jogo. "Na minha opinião, o ti-me jogou melhor do que contra aCroácia. Tivemos uma evolução de10% e pode evoluir ainda mais. Es-tou satisfeito com o que vi", disse otreinador, sem apontar os aspectosda seleção que tiveram melhora naArena Castelão, em Fortaleza.

Com respostas curtas e descon-certantes, Felipão negou maiorespreocupações com a seleção. Aoser questionado sobre por que oBrasil não abafou o México, respon-deu rapidamente: "Porque o outrotime é bom". Perguntado sobre aqueda de rendimento do time, sesaiu com um "não concordo". E oque fazer contra Camarões que nãofoi feito diante do México? "Gol",respondeu, curto, o técnico.

MUR ALHA – Felipão atribuiu oempate à grande atuação do goleiroOchoa. "Só faltou fazer o gol. Chuta-

mos três a quatro bolas em situaçãode gol, só que o goleiro deles nãodeixou a bola entrar. O goleiro doMéxico é muito bom. Nós chutamosem situação de fazer o gol e o Méxi-co chutou todas de fora da área",co m p a ro u.

O técnico brasileiro se mostrouincomodado quando foi questiona-do sobre eventuais mudanças naequipe. Ele garantiu não ter dúvidassobre os titulares. "Se estou confian-do ainda? Vocês é que pensam quenão confio. Vocês podem escalarquem quiser, têm 300 opções paramexer, mas para mim não faz dife-rença. Meu time é esse. Confio ple-namente nos 11". No entanto, elenão descartou mudanças para o jo-go da última rodada do Grupo A,contra Camarões, na próxima se-gunda. "Contra Camarões posso fa-zer uma mexida de acordo com oque estou pensando", disse, sem dardicas sobre a futura escalação.

Felipão rejeitou as perguntas so-bre a suposta dependência do Brasilem relação a Neymar. "Ele não ga-nha sozinho, nem perde sozinho.Vamos continuar o trabalho para oNeymar fazer os gols e a seleçãovencer, e também continuar o traba-lho para a seleção vencer se o Ney-mar não marcar os gols". (EC)

FALA,JOGADOR.GUILHERMO OCHOA – Ogoleiro mexicano parou oBrasil. "É a partida da minhavida e fazer isso em umaCopa do Mundo, na frente detoda a torcida, é incrível",disse Ochoa, após ser eleitopela Fifa como o melhorjogador da partida eenquanto seus olhos eramtomados por lágrimas. Foramquatro grandes defesas dogoleiro do Ajaccio, da França."O cabeceio (de Neymar) foi omais complicado, umarremate seco, defendidojunto à trave. Foi o que gosteimais", ressaltou Fred.JULIO CESAR –"O goleiromexicano fez uma excelentepartida. Mesmo a gente nãoapresentando nosso melhorfutebol, tivemosoportunidades e o goleiroapareceu bem", afirmou JulioCesar, que só precisou fazeruma defesa difícil no jogo.FRED – "Não tem comodeixar de dar parabéns para ogoleiro, que fez, no mínimo,quatro milagres."JÔ – "A gente criou algumaschances claras, mas pecounas finalizações",BERNARD – " T i ve m o schances de marcar, comoeles também tiveram.Infelizmente, não fizemos.Acontece. Não podemostambém tirar o mérito dogoleiro, que foi muito bem."NEYMAR – Não conseguiubrilhar diante do México. Ocraque teve duas ótimasoportunidades, mas ambaspararam em grandes defesasdo goleiro Ochoa, uma delastirando a bola em cima dalinha, à meia altura, já do ladoda trave. "Apesar do empate,vivi uma das maioresemoções da minha vida...",escreveu o camisa 10 noFacebook ao compartilharuma imagem dele segurandoas lágrimas durante o HinoNacional. Após a partida,Neymar não falou com aimprensa porque foi sorteadopara fazer exame antidoping.HULK – "Se eu estoumelhor? Estou bem. Nãojoguei porque o Felipãoachou melhor assim. Tenhode respeitar a decisão e nãofiquei chateado. Mas estavapronto para jogar.",MIGUEL HERRERA – OMéxico conquistou o seu 1ºponto em partidas contra oBrasil na história das Copasao segurar o 0 a 0. "A equipese matou em campo paraconseguir um resultadopositivo, é um ponto que nosajuda muito. A forma é muitoimportante, a atitude, adeterminação. Foi umapartida muito bem disputada.Não ficamos extasiadosporque não ganhamos, mas éum bom resultado. Estamosconscientes de que estamosdando passos firmes, aindaque não tenhamos nosclassificado para as oitavas",disse o treinador mexicano."Jogamos contra o favorito,na sua casa, com a suatorcida e nos demos conta deque estamos de igual paraigual contra qualquer que sejao time que tenhamos pelafrente." E Ochoa?, "Otrabalho de Memo (como échamado Guilhermo Ochoa)foi extraordinário, mas nóstambém tivemos chances.Os chutes foram para fora ouno goleiro, mas a atitude e aque mostra a equipe nosdeixa tranquilos".

Correu menos, bateu mais...No empate em 0 a 0 com o México, a Seleção correu

menos e precisou fazer mais faltas do que na aber-tura da Copa do Mundo, na quinta-feira passada,diante da Croácia. Nos dois jogos, o Brasil teve maisposse de bola que o adversário, ainda que a vanta-gem no jogo desta terça tenha sido menor.

De acordo com as estatísticas da Fifa, os jogado-res brasileiros, somados, correram 97.356 metrosdurante a partida contra o México, ante 102.099metros percorridos diante da Croácia. Destaquesna vitória na estreia, Neymar e Oscar correram,respectivamente, 9.931 metros e 9.538 metros na-quele jogo. Nesta terça, os números caíram para8.093 metros e 8.839 metros.

Por conta da ausência de Hulk, com dores muscula-res, Oscar teve função diferente diante do México. Secontra a Croácia ele poucas vezes saiu da ponta direita,frente aos mexicanos o mapa de calor do jogador mos-

tra que ele ocupou todo o meio de campo, voltandomais para pegar a bola e passando um pouco mais detempo na esquerda do que na direita.

Nas estatísticas ofensivas, os números do time nosdois jogos foram parecidos. O total de finalizações foiigual (14), enquanto que os chutes corretos passaramde nove para oito. A diferença ficou no número de de-fesas do goleiro adversário: três do croata contra seisdo mexicano Ochoa, eleito o melhor da partida.

Diante de um time melhor postado, o Brasil cruzoumais (28 a 20) e teve uma queda considerável no nú-mero de passes trocados (432 a 351). Defensivamente,saiu-se pior, cedendo três finalizações a mais aos me-xicanos (13, contra 10 dos croatas). Por outro lado, osbrasileiros perderam menos bolas e fizeram quase odobro de desarmes.

Se fez só cinco faltas diante da Croácia, frente aoMéxico foram 13.

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Mike Blake/Reuters

Marcelo Del Pozo/Reuters

Page 10: Diário do Comércio (18/06/2014)

10 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 18 de junho de 2014

E HOJE...

Nossos adversários duelam na boca da noite

Ernesto Carriço/Estadão Conteúdo Euzivaldo Queiroz/Estadão Conteúdo

Oapito final do jogo de hoje, às 19 horas (de Bra-

sília), em Manaus, pode indicar a eliminação daprimeira equipe do Grupo A da Copa do Mundo.Camarões e Croácia buscam a vitória para se re-

cuperar das derrotas na estreia e evitar a queda precoce. Oempate de ontem entre Brasil e México colocou pressão ex-tra no encontro da Arena Amazônia. Quem perder estará fo-ra. Em caso de empate, será necessário jogar a última rodadapreocupado com a combinação de resultados.

Com a previsão de temperatura de 30° C durante a par-tida, as condições serão duras para os adversários tentarema recuperação, pois ambos fizeram longas viagens para che-gar até o Norte do País - os croatas saíram da Bahia e os ca-maroneses, do Espírito Santo.

Na escalação, porém, as equipes estão em situaçõesopostas quando se trata dos principais atacantes. A Croáciavolta a ter Mario Mandzukic, do Bayern de Munique, quecumpriu suspensão contra o Brasil por ter sido expulso nasEliminatórias. Já os africanos não devem ter Samuel Eto’o,com problemas no joelho direito.

O jogador do Chelsea desembarcou em Manaus com umabolsa de gelo na perna e mal conseguia andar. O substituto de-le deve ser o jovem Aboubakar, de apenas 22 anos.

O importante desfalque faz Camarões se encontrar em si-tuação muito mais complicada. Fora a Croácia, terá ainda a du-ra tarefa de conseguir somar pontos contra o Brasil, na próximasegunda-feira, em Brasília. "Nós vamos conversar bastantecom o time porque o jogo contra a Croácia é importante se qui-sermos continuar vivos", disse o técnico dos africanos, o ale-mão Volker Finke. "Eles também perderam na estreia e, comnenhum ponto somado, não há muito o que falar. Temos queganhar a qualquer custo", completou.

Sem Eto’o, Camarões perde presença de área e deve insistirmais nas jogadas pelas laterais, principalmente pelo lado di-reito. No setor está Assou-Ekotto, um dos poucos destaques daequipe na derrota para o México por 1 a 0, em Natal.

NU POLÊMICO - O ambiente na Croácia ficou carregadodepois que um jornal local fotografou três jogadores daequipe nus durante um banho na piscina da concentração.O elenco se revoltou, disse que a publicação ofendeu as suasfamílias e se recusou a dar entrevistas.

O técnico Niko Kovac reclamou que o episódio tirou o focodo time. "Se as fotos não tivessem sido publicadas, os jogado-res estariam falando de outros assuntos e, principalmente,pensando no jogo contra Camarões. Agora, estão distraídoscom elementos de fora do campo", afirmou.

A equipe teve ainda outro problema. O volante Luka Mo-dric, do Real Madrid, sentiu dores no pé e ficou sem treinar,mas se recuperou e está confirmado. A presença do jogadore a volta do principal atacante vai fazer o time atuar de formadiferente da mostrada contra o Brasil, na última quinta. "Tero retorno do Mandzukic é um grande ganho porque é umjogador ofensivo e que faz todo o time avançar dentro decampo", explicou Kovac.

Com o atacante do Bayern de Munique em campo, a equi-pe volta a ter a força máxima e formação ideal, com os velozesPerisic e Olic abertos pelos lados. Quem deixa o time para aentrada de Mandzukic é Kovacic. (Estadão Conteúdo)

CAMARÕES x CROÁCIACAMARÕES x CROÁCIAC AMARÕES - Itandje; Assou-Ekotto, Chedjou, Nkoulou e

Bedimo; Mbia, Song, Makoun e Moukandjo; Aboubaker eChoupo-Moting. T é c n i co : Volker Finke.

CR OÁCIA - Pletikosa; Srna, Corluka, Lovren e Vrsaljko;Modric, Rakitic, Perisic e Brozovic; Olic e Mandzukic. T é c n i co :

Niko Kovac.ÁRBITR O - Pedro Proença (Fifa/Portugal).

HORÁRIO - 19 horas.LOC AL - Arena Amazônia, em Manaus (AM).

Vo l u n t á r i o sintoxicados

Pelo menos 36 pessoasque prestam trabalho

voluntário para a Fifa emBrasília durante a Copa doMundo tiveram umaintoxicação alimentar,provocada por refeiçõesservidas no ginásio NilsonNelson, na tarde do últimosábado. Os voluntáriosapresentaram diarreia,vômito e dores de cabeçadurante a madrugada dedomingo. Ninguém foihospitalizado. O gerente dealimentos da VigilânciaSanitária do governo doDistrito Federal (GDF), AndréGodoy, disse que umainvestigação está em cursopara identificar as falhas quepermitiram a contaminaçãodos alimentos.

Antidopingdeu negativo

A Fifa informou que todosos resultados de exames

antidoping feitos emjogadores inscritos antes doinício da Copa do Mundoderam negativo. Segundo orelatório da entidadedivulgado ontem, 800 atletasincluídos nas convocaçõesfinais de suas seleçõestiveram urina e sanguetestados nesta primeira fasedo programa que visafiscalizar com eficiênciatodos os participantes dacompetição. Duranteo mundial, dois jogadorespor equipe são sorteadosapós as partidas parapassar por testesantidoping, além de escolhasaleatórias e sem avisoprévio nas concentrações.

E os campeõesdo mundo

jogam em nomeda honra

Estreiascom muita

correria (paraquase nada).

Bélgica: virada e liderança.

'Socceroos' na panela depressão holandesa

A seleção da Holanda querlogo definir a sua presençanas oitavas de final. Para a

partida de hoje contra a Austrália,teoricamente a mais fraca equipedo Grupo B, às 13h, no estádio Bei-ra-Rio, em Porto Alegre, os holan-deses, que encantaram na primei-ra rodada ao golear a campeã Es-panha por 5 a 1, mudarão a estra-tégia. Nos treinos realizados desdea estreia, o treinador Louis vanGaal testou marcar o adversáriosob pressão. Planeja acuar a defesaaustraliana e resolver o jogo já noprimeiro tempo.

Se implantada, a tática repre-sentará uma mudança expressivaem relação ao comportamento daHolanda na espetacular vitória emSalvador. Naquele jogo, Van Gaalmontou uma equipe defensiva,que foi dominada pela Espanha namaior parte do primeiro tempo.Após o empate, que veio ao finaldaquela etapa, o treinador liberouo time – e a consequência foi omassacre no segundo tempo.

Os 'socceroos' australianos en-

tram na partida como azarão. Suaestreia foi ruim, pois perdeu para oChile por 3 a 1. A julgar pelo ren-dimento das duas seleções na pri-meira rodada, nada mais imprová-vel que uma vitória – e até mesmoum empate – da Austrália. O técni-co Ange Postecoglou disse nãoadmitir que seu time jogue retran-cado. "Só a vitória interessa."

AUSTRÁLIA xAUSTRÁLIA xHOLANDAHOLANDA

AU S T R Á L I A - Ryan;McGowan, Wilkinson,

Spiranovic e Davidson;Milligan, Jedinak, Leckie,

Bresciano e Oar; Cahill.T é c n i co : Ange Postecoglou.

HOL ANDA - Cillessen;Janmaat, Vlaar, De Vrij,Martins Indi e Blind; De

Guzmán, De Jong, Sneijder eRobben; Van Persie. T é c n i co :

Louis Van Gaal.ÁRBITR O - Djamel Haimoudi

(Fifa/A rgélia).HORÁRIO - 13 horas.

LOC AL - Estádio Beira-Rio, emPorto Alegre (RS).

E S PA N H AE S PA N H Ax CHILEx CHILE

Rússia e Coreia do Sul encerra-ram a primeira rodada da Co-pa ontem, na Arena Pantanal,

em Cuiabá, pelo Grupo H, com um jo-go bem movimentado, principal-mente na metade final do segundotempo. Apesar dos lances empol-gantes, o duelo acabou com empatepor 1 a 1, que deixou a Bélgica, quevenceu também nesta terça a Argéliapor 2 a 1, na liderança isolada da cha-ve, com três pontos.

A Rússia apostava na união para su-perar a retranca sul-coreana, já que to-dos os russos jogam no campeonatolocal. Mas nem a Rússia nem a Coreiado Sul conseguiram encaixar seu rit-mo e apenas levavam perigo com jo-gadas isoladas no início do confronto.Os gols saíram no segundo tempo.Aos 22, o lance que mudaria o rumoda partida: Lee, que tinha entrado nolugar de Park, arriscou de longe. O go-leiro Akinfeev "engoliu" o primeirofrango da Copa. Aos 28, em confusão

na área sul-coreana, Kerzhakov, quetinha entrado no lugar de Zhirkov,mandou para as redes. O russo estavaadiantado, mas o juiz Néstor Pestananão marcou o impedimento.

A Rússia agora encara a Bélgica noMaracanã, no domingo, às 13h, en-quanto a Coreia do Sul enfrenta a Ar-gélia, no mesmo dia, às 16horas, noBeira-Rio, em Porto Alegre.

RÚSSIA 1 x 1 COREIARÚSSIA 1 x 1 COREIADO SULDO SUL

RÚSSIA - Akinfeev; Yeshchenko,

Berezutski, Ignashevich e

Kombarov; Glushakov (Denisov),

Shatov (Dzagoev), Samedov eFaizulin; Kokorin e Zhirkov

(K herzakov).T é c n i co : Fábio Capello

COREIA DO SUL - Jung; LeeYoung, Hong, Kim e Yun; Han, Koo,

Ki e Lee Chung; Son (Kim-Bo) e Park(Lee). T é c n i co : Hong Myung-Bo.

GOLS - Lee, aos 22, e Kerzhakov,aos 28 minutos do segundo

tempo (foto acima).CARTÕES AMARELOS - Shatov e

Samedov (Rússia); Son, Ki e Koo(Coreia do Sul).

ÁRBITR O - Néstor Pitana(Fifa/A rgentina).

RENDA - Não disponível.P Ú B L I CO - 37.603 pessoas.

LOC AL - Arena Pantanal,em Cuiabá (MT).

ABélgica esteve perto de prota-gonizar mais uma "zebra" nes-ta Copa do Mundo. Exaltada

pela boa geração de jogadores quebrilham na Europa, a seleção belganão confirmou a alta expectativa de-positada em seu futebol, mas jogou osuficiente para vencer nesta terça-fei-ra o modesto time da Argélia, comuma suada virada, pelo placar de 2 a 1,no estádio do Mineirão, em Belo Ho-rizonte. Com a vitória, a Bélgica des-pontou na liderança do Grupo H, quetem Rússia e Coreia do Sul.

A virada só veio aos 34 minutos dosegundo tempo, depois que o técnicoMarc Wilmots corrigiu as falhas de-monstradas em um primeiro temposofrível e apático. O resultado nãoapagou a péssima impressão deixadapelos belgas no 1º tempo. Cotada co-mo a grande sensação do Mundial, aequipe europeia não correspondeu.

A Argélia fez boa atuação graças aFeghouli, seu melhor jogador. Ele so-freu e converteu o pênalti que gerou ogol argelino. A seleção africana nãomarcava em Copas desde 1986. Des-de então, só jogou o Mundial de 2010,quando passou em branco.

BÉLGICA 2 x 1 ARGÉLIABÉLGICA 2 x 1 ARGÉLIABÉLGIC A - Courtois; Alderweireld,

Kompany, Van Buyten eVertonghen; Witsel, Dembele

(Fellaini), De Bruyne, Chadli(Mertens) e Hazard; Lukaku (Origi).

T é c n i co : Marc Wilmots.AR GÉLIA - Mbolhi; Mostefa,

Bougherra, Halliche e Ghoulam;Medjani (Ghilas), Bentaleb, Taider,

Mahrez (Lacen) e Feghouli;Soudani (Slimani). T é c n i co : Vahid

Halilhodzic (foto abaixo).

GOLS - Feghouli (pênalti), aos 24minutos do primeiro tempo;

Fellaini, aos 24, e Mertens, aos 34minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS -Vertonghen (Bélgica); Bentaleb

(A rgélia).ÁRBITR O - Marco Rodriguez

( Fi f a / M é x i co ) .RENDA - Não disponível.

P Ú B L I CO - 56.800 pessoas.LOC AL - Estádio do Mineirão, em

Belo Horizonte (MG).

CamarõesCamarões

Dilma voltaráaos estádios?

A Fifa admite que, atéagora, não se sabe

quem entregará a taça daCopa do Mundo aovencedor do torneio, no dia13 de julho, no estádio doMaracanã. Por enquanto, aúnica certeza é que opresidente da entidade,Joseph Blatter, estará entreos que levarão o troféu àseleção que conquistar otítulo. Mas não há nenhumaindicação ainda se apresidente Dilma Rousseffparticipará do momento,que é o auge do mundial.Dilma não discursou naabertura da Copa e foixingada no Itaquerão.

X

Depois da humilhante golea-da diante da Holanda na es-treia (5 a 1), a Espanha está

sob pressão na Copa. Contra o Chile,hoje, às 16h, no Maracanã, os cam-peões do mundo não têm alternativa:é vencer ou vencer. Em caso de novaderrota, podem ser eliminados comuma rodada de antecipação. Para issoacontecer, basta que a Holanda, umpouco mais cedo, tenha ao menosempatado com a Austrália no outrojogo do Grupo B.

Para evitar um vexame histórico, otécnico Vicente Del Bosque prometemudanças. Ele vai reforçar a marcaçãono meio de campo e deixar o ataquemais leve. O meia David Silva deveperder a vaga para Pedro. No meio,Xavi pode ser substituído por Koke.Outra alteração que pode melhorar odesempenho ofensivo da equipe é a troca de Pi-qué por Javi Martínez. Del Bosque, inclusive,mostra-se bastante preocupado com a defesa,que foi muito mal contra a Holanda. "O Chile temum futebol muito ativo, valente e ofensivo. Elesvão com tudo para cima da gente e precisamosencontrar o ponto fraco deles." .

O Chile promete não ficar só na defesa. Otécnico Jorge Sampaoli acredita ser possíveldividir o protagonismo da partida com os es-panhóis. Ele confia na criatividade de Valdiviae nos bons passes do meia Arturo Vidal parasurpreender a defesa espanhola, que se mos-trou bastante frágil contra a Holanda.

Mar

celo

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EspanhaEspanha

CroáciaCroácia

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ChileChile

E S PA N H ACa s i l l a s ;A zpilicueta,Javi Martínez(Piqué), SergioRamos e JordiA lba;Busquets, XabiAlonso, Koke(Xavi) eIniesta; Pedroe Diego Costa.T é c n i co :Vicente delB osque.CHILEBravo; Isla,Medel, Jara eMena; Diaz,Vi d a l ,Aránguiz eVa l d i v i a ;Vargas eA lexisS á n c h ez .T é c n i co :J orgeS ampaoli.ÁRBITR OMark Geiger(Fifa/E stadosUnidos).HORÁRIO16 horas.LOC ALEstádio doM a ra ca n ã ,no Rio deJaneiro (RJ).

Page 11: Diário do Comércio (18/06/2014)

quarta-feira, 18 de junho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 11

Domingo sangrentoSegundo a HBO, o violento último capítulo da quarta

temporada da série hit Game of Thrones , bateu mais recordes:7, 1 milhões de telespectadores no domingo passado (15).

O FAB FOUR ESTÁ EM CARTAZ NA EXPO BEATLES – 50 ANOS DE HISTÓRIA, NO CENTRO BRASILEIRO BRITÂNICO. ATÉ 16 DE JULHO.

CINEMA

Como é bom ser hipster

Parece que o MIS (Museu da

Imagem e do Som) encon-

trou um nicho bem interes-

sante. Uma vez por mês, o museu

sedia a festa Green Sunset, que lo-

ta o espaço de jovens estilosos e

loucos por indie rock. Neste feria-

do não vai ter festa, porém, esse

público irá se esbaldar com a pro-

gramação de cinema, feita sob

medida para eles, que está capri-

chada. O festival Cine Cool ex i b e

longas-metragens cheios de refe-

rência pop, dirigidos por nomes

renomados e considerados "cult",

de hoje até domingo (22).

Na lista, destaque para os des-

colados Wes Anderson (M o on r i s eKi ng do m), Spike Jonze (El a), Sofia

Coppola (Encontros e Desencon-tros) e Michel Gondry (Brilho Eternode uma Mente sem Lembranças).

Sopia Coppola -Entre os longas-

metragens da filha do cineasta

Francis Ford Copolla, estão seu fil-

me de estreia, As Virgens Suicídas(1999) (hoje, às 21h), e o aclamado

Encontros e Desen-contros (com Bill Mur-ray e Scarlett Johan-sonn, de 2009), do-

mingo (22).

Wes Anderson -

O cineasta queridi-

nho da tribo hipster

tem quatro filmes

na mostra, entre

eles, Os ExcêntricosT e n e n b a u m s (2 0 0 1 ) ( h o j e , à s

19h) e a ótima ani-

mação em stop mo-

tion que Anderson

produz com Francis

Ford Coppola, O Fantástico SenhorRaposo (2009)( amanhã, às 19h).

Spike Jonze - Ela (2013), o último

filme de Jonze, acabou de sair dos ci-

nemas. Já no Cine Cool, entram em

cartaz Quero ser John Malkovich(1999) (sexta (20), às 21h) e Adap -t a ç ã o (2002) (amanhã, às 21h).

Destaque para Onde Vivem os Mons-tros(2009) (sábado (21), às 16h).

Michel Gondry - O cineasta

francês está com duas comé-

dias na mostra. O pastelão,

Rebobine, por Favor (2008)

(hoje, às 19h) e ao dramático

Brilho Eterno de uma Mentesem Lembranças (2004), do-

mingo (22), às 20h), com Jim

Carrey e Kate Winslet.

Bill e Scarlett: Encontros e Desencontros.

Antes como locutor de rádio, depois co-

mo narrador de televisão, Osmar San-

tos se destacava pela voz vibrante e pe-

las expressões criativas durante as partidas de

futebol. Uma delas é, até hoje, lembrada e in-

substituível: “Pimba na gorduchinha!”. Entre

as estrelas da TV que ainda militam como

narradores, são sempre lembrados

por jargões como: “Que beleza!”

(Milton Leite, SportTV); “Ha j a

co raç ão !” (Galvão Bueno);

“Vamos arrumar a cozinha!”,

no sentido de ordenar a defesa (Síl-

vio Luiz, TV Banderirantes).

Estas são apenas algumas das mui-

tas conexões lembradas na exposição Fu t e b o lna Ponta da Língua, criada pelo Museu da da Lín-

gua Portuguesa em parceria com o Museu do

Futebol. Em cartaz até o 7 de setembro, a mos-

tra promete guiar o público através de uma via-

gem pelas expressões de locutores, sotaques,

bordões e frases memoráveis de jogadores.

A ideia é colocar todo mundo em campo para

conhecer melhor o vocabulário técnico e meta-

fórico da paixão nacional. A exposição tam-

bém estabelece uma relação entre literatura e

futebol, ao lembrar obras de Mário de An-

drade, Carlos Drummond de Andrade,

José Lins do Rego,entre outros.

Conforme o diretor da DBrasil,

organização que administra o mu-

seu, a exposição é divertida e pro-

va a riqueza da nossa língua, que

quando associada ao popular fu-

tebol, é capaz de criar um delicio-

so modo de falar.

Futebol na Ponta da Língua.Museu da Língua-

Portuguesa. Praça da Luz, s/nº, Centro. Até 7/9.

Grátis

ES

TR

EIA

O estiloargentino de fazer

comédiaLúcia Helena de Camargo

Ser diferente não é fácil em sociedade algu-

ma. Aqueles com aparência fora dos pa-

drões são discriminados e passam por ve-

xações diversas. No filme Coração de Leão –O AmorNão Tem Tamanho (Corazón de León, 2012, 100 mi-

nutos) quem enfrenta os olhares curiosos em to-

dos os lugares aonde vai é León Godoy (Guillermo

Francella), homem que mede 1,36 metro. Ele é um

arquiteto talentoso, divertido, inteligente. Mas

não lhe deixam esquecer nem por um instante a

falta de 40 centímetros na sua altura.

A comédia romântica argentina estreou por lá

em agosto de 2013. Já vista por mais de 1,7 mi-

lhão de espectadores, chegando aos cinemas

brasileiros nesta quinta (19).

Com direção de Marcos Carnevale, traz Julieta

Díaz no papel de Ivana Cornejo, advogada recém-

divorciada que perde seu celular depois de uma

briga com o ex-marido. León encontra o apare-

lho, telefona para a moça e marcam um almoço

para que seja feita a entrega.

Além de muito bonita, ela é alta. Galanteador,

León é um perfeito cavalheiro e ela começa a se

encantar. Um salto de paraquedas e muitas afini-

dades descobertas depois, chegará o momento

no qual o casal voltará à primeira questão que

passa pela cabeça de quem os vê juntos: a dife-

rença de altura. Amor e preconceito travam a dis-

puta. Será que 40 centímetros colocarão tudo a

p e rd e r ?

Embalando as cenas românticas, a trilha sono-

ra conta com uma canção conhecida da voz de El-

vis Presley, Always on my Mind, interpretada John

Mc Inerny.

Co-produção entre Argentina e Brasil, o filme

contou com apoio da Agência Nacional do Cine-

ma e do governo do Rio de Janeiro –há até uma ce-

na gravada no Rio, na Praia de São Conrado.

O roteiro foi baseado na história real entre Car-

nevale e Betiana Blum. Natural da região de Cór-

doba, o diretor tem no currículo longas-metra-

gens como Elsa & Fred - Um Amor de Paixão (2005) eViúvas (2011). "Faz 15 anos que eu quero fazer es-

se filme, mas não existia tecnologia no país para

f a z ê - l o”, disse no lançamento. O problema de or-

dem técnica foi resolvido com computação grá-

fica. O ator Guillermo Francella, de altura normal,

teve as pernas “cortadas” digitalmente.

Na ponta do pée da línguaAna Barella

T E AT RO

O bardo inglês cai na foliaSérgio Roveri

Escrita por Shakespeare pro-

vavelmente entre os anos

de 1601 e 1602, a comédia

Noite de Reis extrai grande parte

do seu inegável encanto das con-

fusões criadas a partir do momen-

to em que uma das protagonistas

da história, a bela e jovem Viola,

decide se passar por homem para

começar uma nova vida no reino

fictício de Illrya, onde foi dar após

o naufrágio do navio em que viaja-

va em companhia do irmão gêmeo

Sebastian, que ela acredita ter

morrido na tragédia. Na nova ter-

ra, a jovem, que muda de nome

para Cesário, arruma um empre-

go de mensageiro a serviço do du-

que de Orsino –sua principal, e tal-

vez única missão, é carregar car-

tas de amor de Orsino para Lady

Olívia que, além de desprezar so-

lenemente as missivas do nobre,

ainda cai de amores pelo mensa-

geiro Cesário, por acreditar que

ele é um homem. Dito isso, esque-

ça as cartas de amor, os pesados

trajes medievais e os suspiros

confusos e apaixonados. A peça

Noite de Reis – Unidos do Carnaval,que estreia no sábado (21), joga

os personagens de Shakespeare

sem dó nem piedade no mundo da

folia. Nesta adaptação do clássi-

co, há sim um casal de gêmeos

que sofre um naufrágio, mas num

mar de foliões a caminho do car-

naval de Ilíria, região onde o sam-

ba teria nascido. Separados, os

gêmeos vão enfrentar uma série

de adversidades em um mundo

povoado por passistas, mestres-

salas, ritmistas e porta-bandei-

ras. Neste ziriguidum todo, o du-

que de Orsino é dono de uma esco-

la de samba, enquanto sua amada

Olivia virou rainha de bateria. Os

demais personagens da trama

abandonam seu RG original para

se transformar em pierrôs, colom-

binas e porta-estandartes. A mon-

tagem conta com o reforço de uma

percussão executada ao vivo e

imagens do carnaval de verdade

transmitidas em um telão. A nova

tradução deste clássico adaptada

à avenida leva a assinatura de

Marcos Daud, uma das grandes

autoridades no universo do dra-

maturgo inglês.

Noite de Reis –Unidos do Carnavalfica em cartaz até 27 de julho no

Teatro MuBE Cultural. Rua Alema-

nha, 221. Tel.: 4301-7521.Sába-

dos,18h. Domingos, 20h30. R$ 50.

Onde Vivem os Monstros (2009), de Spike Jonze, em cartaz no MIS.

Pabl

o de

Sou

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gaçã

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Foto

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ivul

gaçã

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Page 12: Diário do Comércio (18/06/2014)

12 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 18 de junho de 2014

.I..NTERNET

Música no YouTube,em versão paga.

O YouTube informou

ontem que planeja

lançar um serviço pago

de transmissão de

música. Sem dar

detalhes sobre valor, a

empresa, controlada

pelo Google, disse que

fez parcerias com

"centenas de grandes

gravadoras e selos

independentes" para o

novo produto. O anúncio

ocorre depois de

circularem na internet

comentários de que o

YouTube planeja

bloquear o conteúdo

gratuito de selos com os

quais não tiver acordos.

.A..R TE

Telas de Banksy vão a leilãoCinco telas do artista

britânico Banksy, incluindo

"Bomb Hugger" (ao lado),

serão leiloadas na próxima

semana pela casa Julien's,

em Beverly Hills. Algumas

das telas são avaliadas em

mais de US$ 150 mil.

Banksy é o pseudônimo de

um grafiteiro de Bristol,

Inglaterra, que faz parte de

um grupo de artistas de

rua e esconde sua

identidade. O mistério é

parte da popularidade do

artista.

.H..ISTÓRIA

Selo Magenta é leiloado por US$ 9,5 miO raro selo Magenta do século XIX, de um centavo,

pertencente à ex-colônia britânica da Guiana, foi leiloado

ontem em Nova York, por US$ 9,5 milhões - um novo

recorde mundial. Os lances partiram de US$ 4,5 milhões

e levou apenas dois minutos para que o objeto fosse

vendido para um comprador anônimo.

.C..IÊNCIA

Cores do malCom suas imagens

aumentadas 50 mil vezes e

expostas a contrastes para

melhor serem observadas,

bactérias, vírus e tumores

revelam suas cores

intensas e brilhantes.

http://goo.gl/q3nkf f

.C..R I AT I V I D A D E

Desenhando em 3DO desenhista Nagai

Hideyuki ganhou fama na

internet ao postar vídeos

em que ensina a desenhar

em 3D. Aprenda também.

http://youtu.be/1lao6krDJq8

.L..OTERIAS

Concurso 1290 da DUPLA-SENA

Primeiro sorteio

02 22 25 26 34 40

.S..EGURANÇA

O drone que ataca manifestantesA

sul-afr icana Desert

Wolf criou um drone pa-

ra dispersar manifesta-

ções, o Skunk. O veículo lança

balas de tinta e borracha, libe-

ra gás de pimenta, emite luz

estroboscópica e possui alto-

falantes para transmitir men-

sagens aos manifestantes,

além de filmar a multidão.

Cada drone pode carregar

até 25 quilos de munição mas,

com a estrutura, chega a pe-

sar 40 quilos. Segundo a fabri-

cante, que cobra o equivalen-

te a R$ 105 mil por cada unida-

de, o Skunk não coloca vidas

em risco.

Os primeiros clientes da De-

sert Wolf a adquirir o produto

foram donos de mineradoras

da África do Sul. Dispostos a

enfrentar os grevistas, enco-

mendaram 25 unidades que

começam a operar até julho.

www.deser t-wolf.com/dw/

Arie

l Mar

inko

vic/

EFE

TELESCÓPIO - Chegou ontem ao deserto do Atacama, no Chile, a última das 66 antenas que

podem ser vistas na imagem acima. As antenas integram a estrutura do maior radiotelescópio do

mundo, o ALMA. Segundo os cientistas, o telescópio permitirá escutar a origem do universo.

s

.R..EDES SOCIAIS

Facebook lança o app SlingshotO Facebook lançou

ontem o Slingshot, que

permite trocar fotos e

vídeos sem ter conta na

rede social. O app permite

que os usuários assinem o

serviço com seus números

de celular e se conectem a

seus contatos ou amigos

do Facebook. As fotos

somem dos celulares logo

depois de vistas, refletindo

uma ansiedade crescente

com a privacidade.

Segundo sorteio

16 24 31 32 35 41

Volta ao mundoem imagens

AirPano é um projeto não

comercial criado para

registrar, em imagens de

altíssima resolução, a vista

panorãmica de diversas

cidades do mundo. A

intenção é transformar os

registros em imagens em

3D, de modo que o público

possa realizar uma volta ao

mundo e ter a sensação de

estar em cada cidade.

Criado por fotógrafos

russos aventureiros, o

projeto conta com uma

tecnologia especial que

permite registrar

panorâmicas de 360° a

partir de helicópteros,

aviões, dirigíveis e balões.

Ao lado, você vê algumas

das imagens feitas de Rio

de Janeiro (no alto) e Paris.

w w w. a i r p a n o . c o m

Repr

oduç

ão

EFE

Page 13: Diário do Comércio (18/06/2014)

quarta-feira, 18 de junho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 13

Nova chance de quitar as dívidasO fisco estadual mantém abertos, pela primeira vez, dois programas que permitem parcelar ICMS e IPVA, entre outros impostos e taxas.

Silvia Pimentel

Paulo Pampolin/Hype

Diante de umaplatéia atenta,

Ordine, vice-presidente da

ACSP, destacouas dificuldades

que asempresas têm

paracumprirem as

obrigaçõesacessórias,

que sãoexcessivas e

o n e ro s a s .

Dicas paraquem querentrar

De 19 de maio a

12 de junho

deste ano,

período da última

prorrogação do prazo

de adesão, o PEP

computou 7.187

adesões, com a

recuperação de

R$ 1,86 bilhão de ICMS.

Na primeira fase do

programa, de março

de 2013 a agosto do

mesmo ano, foram

feitas 49 mil adesões,

com um valor total

de R$ 17,31 bilhões.

Os pagamentos em

parcela única, que já

entraram nos cofres

do estado, somam

R$ 5,85 bilhões, e

lideram o número de

adesões: 29.397.

Do total parcelado,

R$ 9,28 bilhões

correspondem à opção

de parcelamento

de 61 a 120 vezes.

O PEP do ICMS 2014

permanecerá aberto à

inclusão de débitos até

30 de junho. Para se

inscrever, as empresas

devem acessar o site

w w w. p e p d o i c m s . s p .g o v. b r e efetuar o

login no sistema com

a mesma senha

de acesso utilizada

no Posto Fiscal

Eletrônico (PFE).

No PPD, programa

relativo a débitos de

IPVA, ITCMD, taxas e

multas, foram

registradas 13,9 mil

adesões na

modalidade de parcela

única, totalizando

R$ 24 milhões. Houve

4,9 mil adesões para o

pagamento da dívida

em até dois anos,

totalizando R$ 21

milhões. Para ingressar

nesse parcelamento,

tanto as pessoas

físicas como jurídicas

devem utilizar a

mesma senha da Nota

Fiscal Paulista. A

adesão ao PPD pode

ser realizada até 29 de

agosto de 2014 pelo

e n d e re ç o

w w w. p p d 2 0 1 4 . s p . g o v. b r .O login deve ser

realizado com o CPF e a

senha utilizada no

sistema da Nota Fiscal

Paulista – caso o

contribuinte não seja

participante do

programa, deverá se

cadastrar por meio do

endereço w w w. n f p .f a z e n d a . s p . g o v. b r .

O fisco elaborou uma

cartilha com perguntas

e respostas para os

dois programas de

parcelamento. O guia

pode ser acessado no

link h t t p : / / w w w.f a z e n d a . s p . g o v. b r / p p d_perguntas_e_respostas.pdf. (SP)

A falta depagamento dequatro ou maisparcelasexclui aempresa dosprogramasÉRIK A YAMADA, DA SE FA Z -SP

Devedores de tribu-

tos estaduais ga-

nharam a oportuni-

dade de regularizar

a sua situação fiscal com redu-

ção de multas e juros. Pela pri-

meira vez, o fisco estadual

paulista mantém dois progra-

mas simultâneos de parcela-

mento de débitos. O Programa

Especial de Parcelamento

(PEP), em sua segunda ver-

são, abrange os débitos do Im-

posto sobre Circulação de

M e rc a d o r i a s e S e r v i ç o s

(ICMS), inclusive inscritos na

Dívida Ativa, para fatos gera-

dores até o dia 30 de dezem-

bro de 2013. As dívidas com

esse tributo podem ser parce-

ladas em até 10 anos. O prazo

final para adesão do contri-

buinte vence no próximo dia

30, mas pode ser prorrogado.

De acordo com a diretora de

arrecadação da Secretaria da

Fazenda de São Paulo (Sefaz-

SP), Érika Yamada, o Conse-

lho Nacional de Política Fa-

zendária (Confaz) acatou

proposta feita por São Paulo

para prorrogar o prazo de

adesão ao programa. Mas o

adiamento depende da apro-

vação dos estados, o que po-

de ocorrer na próxima reu-

nião dos secretários de fazen-

da, daqui a quinze dias. Como

não haverá tempo hábil para

editar decreto confirmando a

possível prorrogação, ela re-

comenda aos contribuintes

interessados em regularizar

seus débitos a aderirem até o

dia 30 de junho.

D E S C O N TO S

As regras dos dois progra-

mas de parcelamento foram

detalhadas em palestra reali-

zada na última segunda-feira

na Associação Comercial de

São Paulo (ACSP), com a pre-

sença de fiscais e procurado-

res do estado. Caso a prorro-

gação do PEP seja confirmada,

o prazo será esticado para o

dia 29 de agosto, a data limite

para a adesão ao Programa de

Parcelamento de Débitos

(PPD), aberto para os devedo-

res do Imposto sobre Proprie-

dade de Veículos Automotores

(IPVA), do Imposto de Trans-

missão Causa Mortis (ITCMD)

e de multas administrativas,

como aquelas aplicadas pelo

Procon. Multas de trânsito

também poderão ser selecio-

nadas pelo contribuinte. Nes-

te caso, poderão ser parcela-

dos os débitos tributários, ou

não, com fato gerador ou ven-

cimento até 30 de junho de

2013. Essas dívidas poderão

ser diluídas em até 24 meses.

Para o pagamento à vista, ha-

verá desconto de 75% no valor

da multa e de 60% no valor dos

juros. O contribuinte que qui-

ser regularizar em até dois

anos terá um desconto de 50%

na multa e de 40% nos juros.

Os valores mínimos de cada

parcela são de R$ 200 para

pessoa física e de R$ 500 para

as pessoas jurídicas.

ADESÃO

As regras para a adesão nos

dois programas são seme-

lhantes. O contribuinte que fi-

zer a opção na primeira quin-

zena do mês deve pagar a pri-

meira parcela ou a parcela úni-

ca no dia 25 do mesmo mês. Se

a opção ocorrer na segunda

quinzena, o pagamento deve

ser feito no dia 10 do mês se-

guinte. Nos dois casos, a con-

firmação de entrada no parce-

lamento ocorre com o paga-

mento da primeira parcela. “É

importante acompanhar o ex-

trato do parcelamento porque

a falta de pagamento de qua-

tro ou mais parcelas, consecu-

tivas ou não, implica no rompi-

m e n t o”, ressaltou Érika Yama-

da. Nos casos de débitos em

discussão, o contribuinte po-

derá selecionar somente

aqueles que não resultariam

em ganho de causa numa de-

manda judicial contra o fisco.

O valor constante das par-

celas é outro ponto em co-

mum nos dois parcelamen-

tos. “Sabe-se o valor da parce-

la do começo ao fim do progra-

ma. E caso o contribuinte

queira antecipar uma parce-

la, será retirado o juro embuti-

d o”, explicou o subprocurador

geral do contencioso tributá-

rio, Eduardo José Fagundes.

Durante a palestra para em-

presários, Fagundes ressal-

tou que o contribuinte deverá

recolher as custas judiciais e

despesas processuais caso

queira incluir no parcelamen-

to os débitos ajuizados. Nesse

caso, não há mais espaço para

a rediscussão da dívida. De

acordo com ele, há decisões

favoráveis ao fisco no Tribunal

de Impostos e Taxas (TIT), em

casos semelhantes levados

por contribuintes que ques-

tionaram o débito após a sua

inclusão no programa de par-

celamento. Para incluir esses

débitos, o contribuinte deve

comprovar que desistiu das

ações com a apresentação de

cópia protocolada das peti-

ções de desistência no prazo

de 60 dias contados a partir do

recolhimento da primeira par-

cela ou parcela única.

O contribuinte interessado

em aderir aos programas de-

verá ficar atento à forma de

recolhimento das parcelas.

Os procuradores ressaltaram

que o pagamento deve ser fei-

to por meio de uma GARE,

com o código específico de ca-

da programa de parcelamen-

to. Outro ponto importante do

programa de parcelamento

relativo ao ICMS é a possibili-

dade de usar créditos acumu-

lados ou valores do imposto a

ser ressarcido ao contribuin-

te. Nesse caso, os valores de-

vem ser oferecidos no site pa-

ra pagamento da primeira

parcela ou parcela única an-

tes do vencimento.

I P VA

Mais simples que o PEP pelo

fato de ser voltado às pessoas

físicas, o PPD abrange os dé-

bitos de IPVA relativos a veí-

culos que estiverem inclusive

no nome dos bancos. De acor-

do com o Procurador do Esta-

do e Coordenador da Dívida

Ativa, Renato Peixoto Pieda-

de Bicudo, o contribuinte po-

de ter acesso ao valor dos dé-

bitos, incluindo aqueles ins-

critos em Dívida Ativa, por

meio do Renavam. “A transfe-

rência da propriedade, entre-

tanto, será feita só depois de

quitada a dívida”, ressaltou.

Nesse programa de parcela-

mento, dívidas de uma mes-

ma execução fiscal poderão

ser somadas e incluídas num

único parcelamento. Caso

contrário, o contribuinte de-

verá solicitar um parcela-

mento para cada débito.

Para o vice-presidente da

ACSP, Roberto Mateus Ordi-

ne, que coordenou a palestra

com uma “s e l e ç ã o” de fiscais

e procuradores, o diálogo

com o fisco em encontros co-

mo o que foi realizado na últi-

ma segunda-feira são impor-

tantes para o esclarecimen-

tos de dúvidas dos associa-

dos. “É muito difícil para as

empresas cumprirem com to-

das as obrigações, sobretudo

as acessórias. A complexida-

de da legislação tributária

traz dificuldades inclusive pa-

ra o Estado no acompanha-

mento e gerenciamento dos

impostos”, concluiu.

Page 14: Diário do Comércio (18/06/2014)

14 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 18 de junho de 2014

Page 15: Diário do Comércio (18/06/2014)

quarta-feira, 18 de junho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 15

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Assessoria Comercial e EmpresarialEmpresas • Indústrias • Contabilidades

Governo faz hoje um afago à indústriaPresidente Dilma reúne empresários hoje para anunciar prorrogação de alguns programas e novos estímulos para a atividade

Apedido da presiden-

te Dilma Rousseff, a

Confederação Nacio-

nal da Indústria (CNI)

transferiu para hoje, às 15 ho-

ras, no Palácio do Planalto a

reunião do Fórum Nacional da

Indústria que estava marcada

para sua sede em Brasília.

A mudança de endereço do

evento é um claro sinal de que

a presidente anunciará aos in-

dustriais a prorrogação de al-

guns programas que agradam

ao setor além de outras bon-

dades. O ministro da Fazenda,

Guido Mantega, que participa-

rá da reunião apenas confir-

mou o encontro. “Não posso

adiantar nada. Ainda estamos

elaborando as medidas", afir-

mou ontem, logo ao chegar ao

Ministério, pela manhã.

A expectativa é de que o go-

verno anunciará vários bene-

fícios para a indústria, inclusi-

ve mudanças em condições

do Refis e a volta do Reintegra.

A equipe econômica passou

os últimos dias alinhavando as

medidas que podem incluir o

aumento dos prazos para o re-

colhimento de tributos e a

prorrogação de programas co-

mo o Programa de Sustenta-

ção do Investimento (PSI), do

BNDES, e o Reintegra, que per-

mite o ressarcimento de parte

dos tributos incidentes na ca-

deia de produtos exportados.

Também podem ser anun-

ciadas ações de estímulo ao

crédito. Para o governo, um

dos motivos do baixo cresci-

mento é o fato de haver uma

escassez de crédito para o

consumo. Se depender do em-

presariado brasileiro e do pró-

prio MDIC, o PSI passará a ser

permanente, como uma linha

regular do BNDES. O progra-

ma foi criado como resposta à

crise financeira internacional

nos anos de 2008 e 2009, que

teve como consequência o

cancelamento ou a posterga-

ção de investimentos. O obje-

tivo é financiar a produção e a

compra de bens de capital no-

vos, o capital de giro associa-

do à aquisição, projetos de

inovação e pré embarque das

ex p o r t a ç õ e s .

Outro programa que deve

se tornar permanente é o Regi-

me Especial de Reintegração

de Valores Tributários para as

Empresas Expor tadoras

(Reintegra), criado em 2011 e

prorrogado até 31 de dezem-

bro deste ano. Também está

sobre a mesa a ampliação dos

prazos para o pagamento de

impostos e contribuições, co-

mo PIS/Pasep, Cofins, IPI e

ICMS.

Outra proposta em estudo,

mas que tem menos chance

de ser anunciada amanhã, é a

adoção de novas normas de

segurança no trabalho, princi-

palmente par a operação de

máquinas. O setor produtivo

está pedindo mais tempo para

se adequar às regras que se-

rão estabelecidas até setem-

bro de 2014.

O encontro com empresários

de hoje ocorre dois dias depois

de a CNI anunciar que o Índice

de Confiança do Empresário In-

dustrial caiu para 47,5 pontos

em junho – o menor nível em

mais de quatro anos. Com o re-

sultado, o indicador está no

mesmo nível de janeiro de

2009, auge da crise financeira

internacional. De acordo com a

CNI, a desconfiança só não é

menor do que a registrada em

janeiro de 1999, quando o País

enfrentava a crise cambial pro-

vocada pela desvalorização do

real. Naquele mês, o índice che-

gou a 46,5 pontos. (Agências)

Renato Costa

Mantega nada adiantou das medidas a serem anunciadas: "Ainda estamos elaborando".

Números do setor atestamtendência de queda

Serviços com fôlego menor

Ademanda das famí-

l i a s p e r m a n e c e

aquecida, mas não

deu conta, em abril,

de compensar a retração da

indústria e do comércio, de

forma a que o setor de Servi-

ços continuou perdendo fôle-

go. Na passagem de março pa-

ra abril, o crescimento da re-

ceita bruta nominal dos servi-

ços caiu de 6,8% para 6,2%,

informa o Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística (IB-

GE). No período, as vendas do

comércio varejista caíram

0,4% e a produção industrial

recuou 0,3%.

"Os serviços atuam de for-

ma complementar a esses

s e g m e n to s ”, explica Roberto

Saldanha, técnico da Coorde-

nação de Serviços e Comércio

do IBGE.

A perda de força corrobora a

expectativa de que o PIB neste

ano será baixo, com alta de

1%, comenta a economista-

chefe da ARX Investimentos,

Solange Srour. "Com a perda

de vigor de Serviços, que é um

reflexo da fraqueza generali-

zada do nível de atividade, é

possível esperar que o segun-

do trimestre apresente um re-

sultado nulo ou talvez ligeira-

mente negativo", afirma.

O crescimento da receita do

segmento em abril foi o mais

fraco desde março de 2013. A

taxa acumulada em 12 meses,

de 8,3%, também foi a menor

da série histórica, iniciada em

janeiro do ano passado.

"Os serviços de informa-

ção e os serviços profissio-

nais foram os que contribuí-

ram para esse crescimento

menor do setor de serviços",

conta Saldanha. "Os seg-

mentos que têm maior peso

na estrutura do setor de ser-

viços são os de informação,

profissionais e transportes.

Os que são mais pesados são

justamente os mais sensí-

veis às demandas empresa-

riais", acrescentou.

O segmento de transportes,

embora tenha crescido 8% em

março e abril, vinha de uma al-

ta de 14,7% em fevereiro. O

transporte terrestre, que res-

ponde sozinho por 17,5% de

toda a pesquisa, cresceu ape-

nas 3,6% em abril. A queda na

produção industrial brasileira

foi o que prejudicou o resulta-

do do transporte terrestre, se-

gundo o IBGE.

"Uma vez que ocorre uma

retração na indústria, a ten-

dência desse segmento é se

retrair também, porque tem

menor demanda de matéria-

prima como também menor

volume da produção indus-

trial", explicou Saldanha.

Na passagem de março pa-

ra abril, os serviços prestados

às famílias mantiveram o rit-

mo de expansão em 10%, mas

sua contribuição para o total

do setor é modesta.

O IBGE divulga apenas a re-

ceita nominal dos serviços

porque ainda não há um defla-

tor oficial para os dados levan-

tados pela pesquisa. Mas a

Tendências Consultoria Inte-

grada calcula que a receita

real, que exclui a inflação do

período, recuou pelo segundo

mês consecutivo: a queda foi

de 2,3% em abril, após já ter di-

minuído 2,0% em março. "O

desempenho da pesquisa é

compatível com os principais

condicionantes de demanda,

dos quais sobressai a trajetó-

ria de queda da confiança dos

consumidores", avalia Rafael

Bacciotti, economista da Ten-

dências.

Já a LCA Consultores calcula

a receita com ajuste sazonal, o

que também não é realizado

pelo IBGE sob o argumento de

que é necessária uma série

histórica de aproximadamen-

te quatro anos. Segundo a

consultoria, o faturamento

dos serviços apresentou em

abril uma alta de 0,4% em re-

lação ao mês anterior, depois

de ter ficado estável em março

e fevereiro. "A PMS de abril

avançou devido a serviços

vinculados à Copa, como pas-

sagens aéreas e do setor de

audiovisual", disse o econo-

mista-chefe da LCA, Braulio

Borges. (Estadão Conteúdo)

Valte

rci S

anto

s/G

azet

a do

Pov

o

O transporteterrestre cresceuapenas 3,6% emabril, prejudicadotanto pela menor

demanda dematéria-primacomo também

menor volume dap ro d u ç ã oindustrial.

No agronegócio, umleve crescimento.

OProduto Interno Bruto

(PIB) do agronegócio

apresentou leve cres-

cimento de 0,62% no primeiro

trimestre deste ano na com-

paração com o mesmo perío-

do de 2013, com destaque pa-

ra a pecuária, que cresceu

0,98%. O estudo realizado pe-

la Confederação da Agricultu-

ra e Pecuária do Brasil (CNA) e

Centro de Estudos Avançados

em Economia Aplicada (Ce-

pea/Esalq/USP) mostra que o

desempenho do segmento

primário da pecuária foi im-

pulsionando pela valorização

dos preços na maioria das ati-

vidades, quando comparado

com os três primeiros meses

do ano passado.

A associação entre preços e

produção da atividade leiteira

também contribuiu para o de-

sempenho do agronegócio da

pecuária. Para 2014, a alta es-

perada no faturamento do se-

tor leiteiro é de 19,27%, resulta-

do de perspectivas positivas

para as cotações (4,85%) e pa-

ra a produção (13,76%). Se-

gundo a CNA, a menor produ-

ção de leite entre fevereiro e

março, decorrente da seca nas

regiões produtoras e do início

da entressafra na região Sul,

explica a elevação dos preços.

Em março, o PIB da agricul-

tura cresceu 0,38%, com des-

taque para o segmento primá-

rio, que expandiu 0,75% no

mês. Esse desempenho refle-

te a expectativa de aumento

de 3,21% da safra nacional em

2014, considerando as esti-

mativas disponíveis no perío-

do avaliado. Em termos de

preço, no entanto, foi registra-

da queda de 1,45% na compa-

ração entre os primeiros tri-

mestres de 2014 e de 2013.

Para o ano, a expectativa é

de elevação no faturamento

anual do cacau (53,57%), da la-

ranja (51,56%), do algodão

( 4 0 , 4 5 % ) , d a b a n a n a

( 3 9 , 6 5 % ) , d a m a n d i o c a

(30,46%), da uva (28,58%), do

t r i g o ( 2 0 , 3 7 % ) , d a s o j a

(11,07%) e do feijão (2,60%). A

CNA também prevê aumento

de 6,47% no faturamento do

arroz, cultura que sofreu com

as condições climáticas adver-

sas – chuvas frequentes asso-

ciadas a períodos de sol quente

e noites frias –, o que pode pre-

judicar a qualidade do cereal e

a produtividade das lavouras.

(Estadão Conteúdo)

Divulgação/Nestlé

Atividade leiteira contribuiu fortemente para o bom desempenho

Com estoques

acima do

planejado e, pelo

segundo mês seguido, a

produção industrial

mantém tendência de

queda, segundo pesquisa

divulgada ontem pela

CNI. O índice de evolução

da produção registrou

48,4 pontos em maio: é o

sétimo mês consecutivo

em que o índice fica

abaixo dos 50 pontos, em

uma escala de 0 a 100. A

CNI considera que, acima

de 50 pontos, há alta na

produção, e abaixo,

queda. A estabilidade da

Utilização Média da

Capacidade Instalada

(UCI) ficou em 71%.

O cenário é

considerado de “grande

dificuldade” para o setor,

informou a CNI, e se

agravou porque, com

queda de produção e

estoques altos, há

tendência de queda no

emprego. O indicador de

estoque efetivo em

relação ao planejado

ficou em 51 pontos.

Nesse caso, a marca de

50 pontos representa o

que se esperava para o

período. Estando acima,

conclui-se que o estoque

está maior do que o

previsto. De acordo com a

entidade, o problema é

maior nas grandes

e m p re s a s ,

onde o estoque efetivo

em relação ao

planejado alcançou

53,1 pontos.

Com isso, o índice de

evolução do número de

empregados recuou de

47,8 para 46,8 pontos. O

indicador está abaixo dos

50 pontos para empresas

de todos os portes,

informou a CNI: 46,4

pontos nas pequenas,

45,8 nas médias e 47,5

nas grandes. "A

expectativa é que haja

manutenção da queda no

número de empregados",

conclui o estudo.

Segundo a sondagem,

o indicador que mede a

expectativa de evolução

do número de

empregados, em junho,

para os próximos seis

meses ficou em 48,5

pontos. A Sondagem

Industrial de maio foi feita

entre os dias 2 e 11 de

junho com 2.077

empresas, das quais 813

são pequenas, 758,

médias e 506, grandes.

(Agência Brasil)

Page 16: Diário do Comércio (18/06/2014)

16 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 18 de junho de 2014

Passageiro Vip

Contatos com oautor pelo e-mail: [email protected]

Quero-quero apronta,urubu leva a fama.

Há uma guerra não de-

clarada no céu. Tra-

va-se uma batalha

desigual entre possantes

aeronaves invasoras e pás-

saros por um espaço antes

exclusivo aos últimos. A bri-

ga não é recente. Em setem-

bro de 1905, um dos irmãos

Wright, que disputam com

Santos Dumont a invenção

do avião, reportou ter perse-

guido e acertado uma ave.

Com a expansão da indús-

tria, este tipo de colisão se

expandiu. Atualmente nos

Estados Unidos a aviação

enfrenta 18 mil choques do

gênero por ano, com prejuí-

zos estimados em US$ 650

milhões. Um exemplo foi o

encontro no ar em janeiro de

2009 de um Airbus 320 com

gansos, o que levou a um

pouso forçado de 155 passa-

geiros no gélido rio Hudson.

Como é possível estragos,

alguns fatais, provocados

pelo encontro inesperado de

tão inofensivas aves com gi-

gantescas aeronaves? A res-

posta vem através da física.

Em função da velocidade, o

impacto de um avião que voa

a 650 quilômetros por hora

com um pássaro de uns 2 qui-

los equivale a enfrentar uma

batida contra 45 toneladas.

“No Brasil, todas as com-

panhias aéreas sofrem com o

p ro bl em a ”, comenta o dire-

tor da ABEAR Ronaldo Jen-

kins. Em 2012, o Centro de In-

vestigação e Prevenção de

Acidentes Aeronáuticos (CE-

NIPA) registrou 1.604 coli-

sões com aves, 276 delas

a t i ng i n do mo to re s d os

aviões. Os incidentes ocorre-

ram em todas as regiões,

com maiores índices em Join-

ville, Santa Catarina, segui-

do de perto por Teresina, no

Piauí. Uma das principais em-

presas brasileiras reportou

em quatro anos 1.257 encon-

tros com aves com perdas de

US$ 30 milhões. Diferente do

que a maioria imagina, 21%

destes choques ocorrem

contra o pequeno quero-

quero, o triplo do provocado

por urubus, segundo lugar

nos enfrentamentos.

Pesam decisivamente co-

mo causas os aterros sanitá-

rios (“l i xõ e s ”) a céu aberto e

próximos a aeroportos. Ex-

plica-se: em um raio de 20

quilômetros, com aeronaves

a 3.500 pés de altura, ocor-

rem mais de 90% das coli-

sões. “As pistas da maioria

dos aeroportos brasileiros fo-

ram construídas há mais de

40 anos em locais, à época,

distantes dos centros urba-

no s”, revela estudo sobre a

relação entre risco aviário e

resíduos urbanos, feito pelos

especialistas em segurança

de aviação Rubens de Olivei-

ra e Fernando Pontes. Para

eles, a falta de planejamento

e fiscalização e interesses

políticos sitiaram a maioria

dos terminais.

Qual a solução? Começa

pela conscientização de que

municípios não podem man-

ter lixões próximos aos aero-

portos. “A questão tem a ver

com limitações ao uso do so-

lo, uma medida impopular de

responsabilidade legal das

Pre f e i t u r a s ” lembra o consul-

tor Adalberto Febeliano. “Um

passo importante foi dado

pela ANAC em maio de 2014

com a regulamentação da

gestão de riscos de fauna pe-

los operadores de aeródro-

mos”, destaca o consultor

Paulo Roberto Alonso. Cabe

ainda às companhias aéreas

iniciativas como instalar nas

aeronaves equipamentos

como o Pulselite, que por

apenas US$ 10 mil por aero-

nave produz pulsos intermi-

tentes de luz que afugentam

aves. Foi assim que a austra-

liana Qantas reduziu o pro-

blema cerca de 35%.

Ricardo Aparecido

Miguel, presidente da

Abesata, associação que

reúne as empresas de

serviços auxiliares de

transporte aéreo, é paulista

de Junqueirópolis. Fez sua

carreira na FAB, onde atuou

durante 15 anos, chegando

ao posto de Tenente-

Aviador. Em paralelo,

formou-se em Direito.

Depois de passar pelo

antigo Departamento de

Aviação Civil (DAC), já na

reserva trabalhou na

Agência Nacional de

Aviação Civil (ANAC) e foi

professor de Direito

Aeronáutico até ocupar a

posição atual. Especializado

em investigações de

acidentes aeronáuticos, é

pai coruja de Ricardo Barone

e Giovani.

“O crescimento do

transporte aéreo não tem

limite, com a penetração

deste modal em todas as

faixas da população”,

comenta Miguel. E destaca a

enorme importância e o

grande sacrifício do

segmento dos serviços

auxiliares (as ESATAs) neste

processo de crescimento. “É

isto que pretendo

demonstrar para a

sociedade”, afirma.

Para o futuro, além de

fazer da Abesata referência

internacional, acalenta um

sonho: “Quero retornar o

mais breve possível para a

docência, para mim um

s a c e rd ó c i o”, Miguel conclui.

Div

ulga

ção Ricardo Aparecido

Miguel

Preços em alta com a CopaEm São Paulo, a inflação de bares e restaurantes foi de 1,02% na primeira semana de junho do IPC-S.

Nas últimas duas se-

manas, a inflação

em São Paulo, Rio de

Janeiro e Porto Ale-

gre tem sido puxada, entre ou-

tros itens, pela variação dos

preços em bares e restauran-

tes. Com a Copa do Mundo e a

maior movimentação de pes-

soas assistindo aos jogos fora

de casa, os preços podem

avançar ainda mais.

Em São Paulo, a inflação de

bares e restaurantes foi de

1,02% na pesquisa da primei-

ra semana de junho e 0,9% na

da segunda semana, segun-

do o Índice de Preços ao Con-

sumidor Semanal (IPC-S), di-

vulgado pela Fundação Getu-

lio Vargas (FGV). A variação

apurada se refere ao aumen-

to de preços registrado nas úl-

timas quatro semanas ante-

riores à divulgação, tecnica-

mente chamada de inflação

quadrissemanal.

No caso do Rio de Janeiro, os

preços subiram 0,68% na pri-

meira semana e 0,59% na se-

gunda semana. As refeições

em bares e restaurantes de

Porto Alegre registraram infla-

ção de 0,28% na primeira se-

mana e 0,83% na segunda se-

mana. À primeira vista, o nú-

mero pode parecer baixo, mas

segundo a FGV o item aparece

entre os principais que contri-

buíram para a inflação no pe-

ríodo. Por isso, ao sair para as-

sistir aos jogos da Copa cuida-

do com a empolgação, pois ela

pode custar caro.

O índice oficial de inflação

(Índice de Preços ao Consumi-

dor Amplo - IPCA) de junho

ainda não foi divulgado, mas

até maio acumula alta de

3,33%. As refeições fora de

casa sofreram aumento de

preços um ponto percentual

acima do IPCA (4,33%). A ali-

mentação fora de domicílio,

que também inclui o consumo

de bebidas, doces e outros,

sobe 4,46% no ano.

Tu r i st a s – Turistas brasilei-

ros e estrangeiros devem gas-

tar um total de R$ 6,7 bilhões

nas 12 cidades sede da Copa

do Mundo, com o Rio de Janeiro

sendo o principal foco dos gas-

tos, segundo o Ministério de

Turismo do Brasil. A cifra inclui

gastos com hotéis, transpor-

tes, restaurantes e bares, in-

formou o ministro de Turismo,

Vinicius Lages.

Somente no Rio, os gastos

devem chegar a R$ 1 bilhão,

enquanto Curitiba deve ser a

cidade a receber menos gas-

tos: R$ 297 milhões. O Mun-

dial vai gerar um fluxo de 3,7

milhões de visitantes para as

12 cidades sede, incluindo

600 mil turistas estrangeiros,

de acordo com informações

do Ministério.

"O País tem uma enorme ja-

nela de oportunidade (com a

Copa do Mundo). Estamos pre-

parando uma campanha para

reforçar nossa imagem de

destino para turistas. Recebe-

mos 6 milhões de turistas por

ano e isso é nada comparado

ao nosso potencial", disse o

ministro. (Estadão Conteúdo)

Luis Ceber/Estadão Conteúdo

Turistas brasileiros e estrangeiros devem gastar R$ 6,7 bilhões nas cidades sede da Copa do Mundo

Quanto aumenta o mixetanol-gasolina?

Oaumento da mistu-

ra do etanol anidro à

gasolina de 25% pa-

ra 26%, que pode ser anun-

ciado pelo governo em bre-

ve, foi recebida com surpre-

sa pelo setor sucroenergé-

tico. A hipótese, porém,

segue desalinhada com a

proposta do setor, que

mantém o pleito de eleva-

ção da mistura para 27,5%

de etanol. Na visão de parti-

cipantes do setor, um au-

mento para 26% criaria

uma demanda apenas mar-

ginal pelo combustível de

c a n a - d e - a ç ú c a r.

Cálculos apontam que

para suprir o aumento de 1

ponto percentual na mistu-

ra seriam necessários 400

milhões de litros por ano de

etanol, volume pequeno se

comparado ao total de 1 bi-

lhão de litros se o aumento

fosse de 2,5 pontos percen-

tuais, como reivindicam os

usineiros. "É um volume

que naturalmente já esta-

ria aqui no País por conta da

redução das exportações

previstas para os Estados

Unidos e não vai alterar

muita coisa", afirmou o pre-

sidente da Associação Bra-

s i le i ra do Agronegócio

(Abag) e conselheiro da

União da Indústria de Cana-

de-açúcar (Unica), Luiz Car-

los Corrêa Carvalho.

De acordo com ele, não

houve pressão do setor jun-

to ao governo para o au-

mento da mistura nesse pa-

tamar de 26% e a Unica se-

quer foi comunicada da

possível medida.

Um dos usineiros descon-

tentes com o governo clas-

sificou o possível aumento

da mistura em 1 ponto per-

centual como uma medida

"de desespero" do governo

para se reaproximar do se-

tor em ano eleitoral. "É

uma medida política para

fazer média", informou o

usineiro que preferiu não se

i d e n t i f i c a r.

O presidente do Fórum

Nacional Sucroenergéti-

co, André Rocha, também

disse não ter sido informa-

do pelo governo da possi-

bilidade do aumento para

26% na mistura do anidro à

gasolina.

"Nossa proposta é fazer

os testes e tentar os 2,5

pontos percentuais para

ver se é possível. Governo

sinalizou que, se tecnica-

mente for possível, aprova-

ria", disse. "Não houve con-

versa de solução interme-

diária. Qualquer medida

que atenda o setor é bem-

vinda, mas há diferença en-

tre uma medida que resol-

ve, uma que amenize, e ou-

tras que, às vezes, aten-

dam apenas um ou outro

grupo". (Estadão Conteúdo)

Page 17: Diário do Comércio (18/06/2014)

quarta-feira, 18 de junho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 17

PREFEITURA MUNICIPAL DE

PINDAMONHANGABA

EDITAL RESUMIDOPREGÃO Nº 104/2014

A Prefeitura torna público que se acha reaberto no Depto. de Licitações e Compras, sitona Av. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 104/14,referente à “Aquisição de materiais para atender o programa de “MelhoramentoGenético” desenvolvido pelo Departamento de Agricultura para atender a demandade pedidos dos produtores rurais do município de Pindamonhangaba”, comencerramento dia 07/07/2014, às 14h, e abertura às 14h30. O edital estará disponívelno site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas noendereço supra das 8h às 17h ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 17 de junho de 2014.

PREFEITURA MUNICIPAL DE

PINDAMONHANGABA

EDITAL RESUMIDOPREGÃO Nº 155/2014

A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito naAv. N. Sra. do Bom Sucesso, n° 1.400, Bairro Alto do Cardoso, o PP nº 155/14, referenteà “Aquisição de materiais de borracharia a serem aplicados nas viaturas e máquinasdesta municipalidade, visando atender as necessidades de manutenção econservação dos veículos pertencentes à frota municipal, conforme especificações,condições e quantitativos estabelecidos no Termo de Referência”, com encerramentodia 01/07/2014, às 14h, e abertura às 14h30. O edital estará disponível no sitewww.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas no endereçosupra das 8h às 17h ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 16 de junho de 2014.

PREFEITURA MUNICIPAL DE

PINDAMONHANGABA

CONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 006/2014A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito naAv. N. Sra. do Bom Sucesso, nº 1.400, Bairro Alto do Cardoso, a CP nº 06/14, referenteà “CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA, COM FORNECIMENTO DEMATERIAL E MÃO DE OBRA, PARA CONSTRUÇÃO DE UNIDADE DE PRONTOATENDIMENTO (UPA 24 HORAS) – PORTE I, NO ARARETAMA”, com encerramento dia22/07/2014, às 9h, e abertura às 9h30. A garantia deverá ser feita até o dia 21/07/2014,às 15 horas, na Tesouraria no valor total de R$ 42.915,00. O edital estará disponível nosite www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão ser obtidas noendereço supra das 8h00 às 17h00 ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 16 de junho de 2014.

PREFEITURA MUNICIPAL DE

PINDAMONHANGABA

CONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 007/2014A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito naAv. N. Sra. do Bom Sucesso, nº 1.400, Bairro Alto do Cardoso, a CP nº 07/14, referenteà “CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA, COM FORNECIMENTO DEMATERIAL E MÃO DE OBRA, PARA CONSTRUÇÃO DE UNIDADE DE PRONTOATENDIMENTO (UPA 24 HORAS) – PORTE I, NO LOTEAMENTO SÃO VICENTE DEPAULO EM MOREIRA CESAR”, com encerramento dia 22/07/2014, às 14h, e abertura às14h30. A garantia deverá ser feita até o dia 21/07/2014, às 15 horas, na Tesouraria, novalor de R$ 41.979,00. O edital estará disponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br.Maiores informações poderão ser obtidas no endereço supra das 8h00 às 17h00 ouatravés do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 16 de junho de 2014.

PREFEITURA MUNICIPAL DE

PINDAMONHANGABA

CONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 008/2014A Prefeitura torna público que se acha aberto no Depto. de Licitações e Compras, sito naAv. N. Sra. do Bom Sucesso, nº 1.400, Bairro Alto do Cardoso, a CP nº 08/14, referenteà “CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA, COM FORNECIMENTO DEMATERIAL E MÃO DE OBRA, PARA CONSTRUÇÃO DE UNIDADE DE PRONTOATENDIMENTO (UPA 24 HORAS) – PORTE I, NO LOTEAMENTO CIDADE NOVA”, comencerramento dia 23/07/14 às 14h, e abertura às 14h30. A garantia deverá ser feita atéo dia 22/07/2014, às 15 horas, na Tesouraria, no valor de R$ 38.183,00. O edital estarádisponível no site www.pindamonhangaba.sp.gov.br. Maiores informações poderão serobtidas no endereço supra das 8h00 às 17h00 ou através do tel.: (12) 3644-5600.Pindamonhangaba, 13 de junho de 2014.

Pregão Eletrônico nº 378/2013Processo nº 23039.000350/2013-69

O Hospital Universitário de Brasília – HUB/EBSERH, inscrito no CNPJ sob onº 00.038.174/0006-58, torna público que realizará licitação, na modalidade dePREGÃO ELETRÔNICO SRP, sob o número 378/2013, do tipo MENOR PREÇOPORITEM, cujoobjetoéAQUISIÇÃODEEQUIPAMENTOSPARAAREALIZAÇÃODE RTU DE PRÓSTATA E BEXIGA E NEFROLITOTRIPSIA PERCUTÂNEA NOHUB. A abertura da sessão pública para a formulação dos lances está prevista paraocorrer às 09:00 horas do dia 01/07/2014. A DISPONIBILIZAÇÃO DO EDITAL sedará a partir do dia 18/06/2014, nos siteswww.comprasnet.gov.br ou no endereço:SGAN, Quadras 604/605 Anexo III sala 24 - Brasília-DF.

Brasília, 12 de junho de 2014MELISSA EMMANUELE ALEXANDRE MATOS

Pregoeiro

AVISO DE ABERTURA DE LICITAÇÃO

EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOSHOSPITALARES – EBSERH

Base Metals Exploration Do Brasil S.A.CNPJ/MFNº 08.472.038/0001-79 - NIRE 3530033648-8

ATADAASSEMBLEIAGERALORDINÁRIAEEXTRAORDINÁRIA,REALIZADAEM30DEABRILDE20141. HORÁRIO E LOCAL - às 10:00 horas, na Rua Amauri, nº 255, 13º andar, cj “A”, Capital do Estado de São Paulo. 2. PRESENÇA - Acionistasrepresentando a totalidade do capital social, conformeassinaturas lançadas no livro “Presença deAcionistas”3. MESADIRIGENTE–PauloHenriquede Oliveira Santos, Presidente e Luiz Marcelo Pinheiro Fins, Secretário. 4. CONVOCAÇÃO - Dispensada em virtude da presença da totalidade dosacionistas. 5. PUBLICAÇÕES – a) Os presentes consideraram sanada a falta da publicação dos anúncios de “Aviso aos Acionistas”, conforme odisposto no § 4º do art. 133 da Lei nº 6.404/76 e do Balanço Patrimonial, conforme o disposto no art. 294, inciso II da Lei nº 6.404/76;b)O presidentedeclarou regular a Assembleia, tendo em vista o disposto no § 4º do art. 124 da Lei n.º 6.404/76. 6.ORDEM DO DIA - EM AGO: I – deliberaçãosobre as matérias de que tratam o inciso I a III do art. 132 da Lei n.º 6.404/76, referentes ao exercício social encerrado em 31/12/2013; II – Reeleiçãoda Diretoria e fixação da remuneração global dos administradores. EMAGE: I) aprovação do aumento do capital social e do competente Boletim deSubscrição; II) alteração doArt.5º do Estatuto Social, a fim de expressar o novo valor do capital social.7.DELIBERAÇÕES - submetidos os assuntosconstantes da ordemdo dia à discussão e, logo depois, à votação, os presentes, semo voto dos legalmente impedidos e à unanimidade, deliberaram:EMAGO:–a)ForamaprovadasasDemonstraçõesFinanceiras referentesaoexercícioencerradoem31.12.2013.b)TendoemvistaqueaCompanhianão apurou lucro no exercício social encerrado, não há deliberação a ser proferida acerca da distribuição de dividendos.c) Foi aprovada a importânciaglobal de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais) para ser distribuída a título de honorários entre os membros da Diretoria, para o corrente exercício social.d) Foram reeleitos os membros da Diretoria, commandato de 01 (um) ano, mas permanecendo em seus cargos até a nova eleição, os Srs.:PAULOHENRIQUE DE OLIVEIRA SANTOS, brasileiro, casado, Engenheiro, portador da Cédula de Identidade RG nº 7.746.455 SSP/SP e do CPF/MF nº034.880.428-80, comoDiretor Presidente e LUIZMARCELOPINHEIRO FINS,brasileiro, casado, Advogado, portador da Cédula de Identidade RGn.º 16.496.462SSP/SP, inscrito noCPF/MF sob n.º 086.985.768-18, comoDiretor.Osdiretores declaramque não estão impedidos por lei especial oucondenados por pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou processo falimentar, de prevaricação, peita ou suborno,concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, contra asrelações de consumo, a fé pública ou a propriedade.EMAGE – I) aprovar o aumento do capital social no valor deR$ 210.007,00 (duzentos e dezmile sete reais), mediante a emissão de 210.007 (duzentos e dezmil e sete) ações ordinárias nominativas sem valor nominal.Elevando-se dito capital deR$26.347.284,00 (vinte e seismilhões, trezentos e quarenta e setemil, duzentos e oitenta e quatro reais) paraR$26.557.291,00 (vinte e seismilhões,quinhentos e cinquenta e sete mil, duzentos e noventa e um reais) divididos em 27.710.721 (vinte e sete milhões, setecentas e dez mil, setecentase vinte e uma) ações ordinárias e sem valor nominal. A acionista Votorantim Novos Negócios Ltda., neste ato subscreve a totalidade das 210.007(duzentos e dez mil e sete) novas ações ordinárias e as integraliza mediante a capitalização de recursos por ela conferidos a Companhia a titulo deAdiantamento para Futuro Aumento de Capital – AFAC, no montante total de R$ R$ 210.006,30 (duzentos e dez mil e seis reais e trinta centavos),sendoosaldo restantenovalor deR$0,70 (setenta centavosde reais) serão transferidosmediantedepósitoBancário, conformeBoletimdeSubscriçãoque passa a fazer parte integrante desta ata como seu Anexo I. Os demais acionistas da Companhia, neste ato, renunciam expressamente ao seudireito de preferencia para subscrição das novas ações emitidas, declarando nada a ter a reclamar, a qualquer titulo e a qualquer tempo, com relaçãoà subscrição e integralização das mesmas pela acionista VOTORANTIM NOVOS NEGÓCIOS LTDA. II - face às deliberações tomadas acima, osacionistas aprovam a alteração do artigo 4º do Estatuto Social da Companhia, o qual passa a vigorar com a seguinte nova redação: “Artigo 4º - OCapital social da Sociedade é deR$ 26.557.291,00 (vinte e seis milhões, quinhentos e cinquenta e sete mil, duzentos e noventa e um reais) divididosem 27.710.721 (vinte e sete milhões, setecentas e dez mil, setecentas e vinte e uma) ações sem valor nominal.”7. ENCERRAMENTO: nada maishavendo a tratar. Foi aprovada a presente ata, que lida e achada conforme, vai assinada pelo Presidente, Secretário e demais acionistas presentes.(a.a.) Paulo Henrique de Oliveira Santos, Presidente e Luiz Marcelo Pinheiro Fins, Secretário; p.Votorantim Novos Negócios Ltda., João CarvalhodeMiranda ePaulo Henrique deOliveira Santos;p.LitTele LLC.Paulo Henrique deOliveira Santos e Alexandre Silva D’Ambrosio;p.ENServiços deGerenciamentodeMateriais Ltda., PauloHenrique deOliveira Santos e LuizMarceloPinheiro Fins. A presente transcrição é cópia fiel da ata lavradano livropróprio.SãoPaulo,30deabril de2014.PauloHenriquedeOliveiraSantos -Presidente -LuizMarceloPinheiroFins -Secretário.CERTIDÃO- JUCESP -Registrado sob nº 220.553/14-2 em14/06/2014.Flávia Regina Britto - SecretáriaGeral emExercício.

Blue Interactive Group (Brasil) Investimentos e Participações S.A.CNPJ/MF n° 10.423.889/0001-73 - NIRE 35300390750 - (a “Cia.”)

Ata da AGOE realizada em 30 de Abril de 2012Data,Horário e Local:30/4/2012, 10hs, reuniram-se na sede social.Presença:Acionistas representando aproximadamente63,90%do capital social da Cia..Convocação:Edital de Convocação publicado nos dias 20/04/2012, 21/04/2012 e 24/04/2012no DOESP e no Jornal “Diário Comercial do Estado de São Paulo”, conforme dispõe o Art. 124 da Lei 6.404/76. Compo-sição da Mesa: Pres.: Marcelo Pavão Lacerda; Secr.: Jorge Eduardo Heck.Ordem do Dia: AGO: (i) tomar as contas dosadministradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras da Companhia referente ao exercício social findoem 31/12/2011; e (ii) deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos, se houver; eAGE: (iii) tendo em vista o disposto no Art. 12º, item “viii”, do Estatuto Social, deliberar sobre a contratação de mútuo pelaCompanhia, no valor de R$ 4.000.000,00, e celebração do respectivo contrato de mútuo entre a Companhia, na condição demutuária, e Marcelo Pavão Lacerda, na condição de mutuante.DeliberaçõesTomadas por Unanimidade dos Presentes:AGO: (i) estando sobre a mesa para apreciação dos presentes e, após exame, discussão e votação, foram aprovadas nasua íntegra, sem ressalvas ou restrições, a prestação das contas dos administradores e as demonstrações financeiras daCompanhia relativas ao exercício social encerrado em 31/12/2011, as quais deixaram de ser publicadas nos termos doArt. 294 da Lei nº 6.404/76; e (ii) deixam de deliberar sobre a distribuição de lucros pois a Companhia apurou prejuízo noexercício social encerrado em 31/12/2011; e, AGE: (iii) tendo em vista o disposto no Art. 12º, item “viii”, do Estatuto Social,fica aprovado a contratação de mútuo pela Companhia, no valor de R$ 4.000.000,00, e celebração do respectivo contrato demútuo entre a Companhia, na condição de mutuária, e Marcelo Pavão Lacerda, na condição de mutuante.Encerramento:Nada mais. São Paulo, 30/4/12.Mesa: Pres.:Marcelo Pavão Lacerda; Secr.: Jorge Eduardo Heck; Acionistas:Marcelo PavãoLacerda, Silvia Nora Berno de Jesus e Jorge Eduardo Heck. Pres. da Mesa: Marcelo Pavão Lacerda e Secr. da Mesa: JorgeEduardo Heck. Jucesp nº 223.452/12-9 em 28/05/2012.Gisela Simiema Ceschin-Secretária Geral.

PREFEITURA DA ESTÂNCIA

BALNEÁRIA DE MONGAGUÁ/SPAVISO DE EDITAL

PROCESSO Nº 082/2014EDITAL DA TOMADA DE PREÇOS Nº 014/2014

Objeto: Ampliação da USAFA da Vila Atlântica, sita à Avenida Costa e Silva, s/nº, Vila Atlântica,Mongaguá/SP, conforme Memorial Descritivo, Planilhas Orçamentárias, Cronograma Físico-Financeiro,e Projeto Arquitetônico Básico. Encerramento no dia 03/07/2014, às 9:00 horas; Abertura: 03/07/2014,às 9:30 horas. O edital, na íntegra, encontra-se à disposição dos interessados, no endereçoeletrônico www.mongaguá.sp.gov.br, através do aplicativo “Licitações” Tomada de Preços”.Esclarecimento, contato: telefone (13) 3445-3067, telefax (13) 3445-3082.

Artur Parada Prócida - Prefeito.

PREFEITURA MUNICIPAL DE

CASTILHO/SP

PROCESSO LICITATÓRIO 37/14 - PREGÃO 16/14Acha-se aberto, na Prefeitura do Município de Castilho, o Processo Licitatório 37/14, na modalidade de Pregão16/14, na forma presencial, para a aquisição de 10 (dez) veículos automotores, zero quilômetro, tipo motocicleta,para atender os Agentes Comunitários de Saúde que compõem as equipes de Estratégia da Saúde da Família(ESF). Data: 03 de julho de 2014, às 09 horas. O edital, na íntegra, encontra-se à disposição dos interessadosna Praça da Matriz, 247, Castilho. Informações complementares serão fornecidas pelo telefone (18) 3741-9000,ramal 9034 e pelo e-mail: [email protected] A Debitar (18.06.14)

PREFEITURA MUNICIPAL DE

CASTILHO/SP

PROCESSO LICITATÓRIO 38/14 - PREGÃO 17/14Acha-se aberto, na Prefeitura do Município de Castilho, o Processo Licitatório 38/14, na modalidade dePregão 17/14, na forma presencial, para a aquisição de veículo automotor, zero quilômetro, tipo pick-up(caminhonete), cabine dupla, para atender as equipes de Estratégia da Saúde da Família (ESF). Data: 04de julho de 2014, às 09 horas. O edital, na íntegra, encontra-se à disposição dos interessados na Praçada Matriz, 247, Castilho. Informações complementares serão fornecidas pelo telefone (18) 3741-9000,ramal 9034 e pelo e-mail: [email protected] A Debitar (18.06.14)

Gigantes brigam, França intervém.A alemã Siemens e a japonesa Mitsubishi disputam com a americana General Electric a divisão de energia da francesa Alstom; bilhões de euros em jogo.

Ogoverno francês

elevou as apostas

na disputa pelo gru-

po de engenharia

Alstom e disse ontem às em-

presas interessadas no negó-

cio, General Electric (GE) e

Siemens, para melhorarem

suas ofertas. O governo do

presidente François Hollande

deu a si o poder de vetar um

acordo com a justificativa de

não querer que a Alstom, em-

presa inovadora e grande em-

pregadora, venda a maior par-

te de seus negócios para uma

empresa estrangeira sem que

o Estado possa opinar.

Em uma semana chave com

a aproximação da data limite

para a oferta da GE, em 23 de

junho, a alemã Siemens apre-

sentou ontem ao presidente

Hollande uma proposta con-

junta com a japonesa Mitsu-

bishi Heavy Industries (MHI),

que avaliou o braço de energia

da Alstom em 14,2 bilhões de

euros (US$ 19,3 bilhões), aci-

ma da oferta de 12,4 bilhões

de euros da GE.

Mas o governo de Hollande

respondeu dizendo que espe-

rava melhores ofertas de am-

bas as empresas. "As negocia-

ções entre o Estado e as dife-

rentes empresas vão conti-

nuar esta semana", disse uma

fonte do gabinete de Hollande

depois do encontro com o pre-

sidente-executivo da Sie-

mens, Joe Kaeser, e com o CEO

da Mitsubishi Heavy Indus-

tries, Shunichi Miyanaga. "As

ofertas devem ser melhora-

das", disse a fonte.

Kaeser, descrevendo a ofer-

ta Siemens-MHI para jornalis-

tas em Paris, disse que não vê

razão para discutir a melhora

da melhor oferta sobre a me-

sa. "Não há nenhuma razão

para discutirmos essa ques-

tão neste momento", afirmou

ele em uma coletiva de im-

prensa conjunta com Miyana-

ga, da MHI.

Uma fonte próxima à GE dis-

se que o grupo ainda estava

discutindo partes do acordo

com o governo francês, parti-

cularmente as que envolvem

os ativos ferroviários, de ener-

gia nuclear e renovável da Als-

tom, mas afirmou que a pro-

posta também não iria au-

mentar o componente em di-

nheiro. "A GE não entrará em

uma guerra de lances em di-

nheiro e não vai mudar a data

limite 23 de junho", disse a

fonte.

Pela proposta da Siemens-

MHI, a Siemens compraria o

negócio de turbinas a gás da

Alstom por 3,9 bilhões de eu-

Philippe Wojazer/Reuters

O presidente François Hollande sai em defesa da "empresa nacional"

Recalls custam muito caro à GMRena Laverty/EFE

A presidente Mary Barra terá de ir novamente ao Congresso

AGeneral Motors come-

çou a realizar ontem o

recall de mais 3,36 mi-

lhões de veículos devido a fa-

lhas de ignição, que podem

provocar a parada repentina

do motor, o que deverá elevar

para US$ 700 milhões os cus-

tos com as convocações neste

segundo trimestre. São sete

modelos os modelos incluídos

no recall, todos de largo curso

e grande aceitação: Buick La-

crosse, Chevrolet Impala, Ca-

dillac Deville, Cadillac DTS,

Buick Lucerne, Buick Regal LS

e GS, e Chevy Monte Carlo.

Segundo a montadora, a

chave de ignição pode, inad-

vertidamente, sair da posição

de funcionamento caso esteja

carregando peso extra e seja

sacudida. A empresa disse ter

conhecimento de oito aciden-

tes relacionados ao problema

até agora, com um total de

seis feridos. A GM substituirá

as chaves dos carros para evi-

tar a possibilidade de que "um

evento de estremecimento,

como bater num buraco" pos-

sa provocar a parada repenti-

na do motor. Além disso, a

montadora adicionará uma

fenda ou emitirá uma chave

nova para lidar melhor com o

peso extra. A empresa está

prevenindo os proprietários

de veículos para que dirijam

apenas com a chave de igni-

ção no interruptor até que os

consertos sejam realizados.

Desde o início do ano, a GM

já fez o recall de 20 milhões de

veículos na América do Norte

para consertos diversos, mais

que o dobro da quantidade de

carros e caminhões que ven-

deu em todo o mundo no ano

passado. Em comparação, es-

ros em dinheiro, enquanto a

MHI compraria fatias minori-

tárias em vários negócios de

energia da Alstom, por 3,1 bi-

lhões de euros em dinheiro. A

MHI também ofereceu assu-

mir uma fatia de até 10% na

empresa francesa, parte dos

29% detidos pela acionista

Bouygues.

Nesta operação, o governo

francês pode entrar ao lado da

Mitsubishi Heavy Industries

(MHI), disse à Reuters um re-

presentante sindical da Als-

tom. O presidente-executivo

da MHI, Shunichi Miyanaga, já

havia dito a parlamentares

franceses querer "fortemen-

te" que o governo comprasse

uma fatia de 10%, igual à que a

MHI ofereceu comprar, para

reforçar que o grupo de enge-

nharia continuaria francês.

O sindicalista, que estava

participando de uma confe-

rência com o ministro francês

da Economia, Arnaud Monte-

bourg, disse que o governo es-

tava tentando comprar uma

fatia na Alstom via o banco es-

tatal BPI. Um porta-voz da

Bouygues disse mais cedo que

a empresa foi contatada pela

MHI sobre a compra da partici-

pação, mas que ainda não foi

abordada pelo governo fran-

cês ou pelo BPI.(Reuters)

tima-se que os americanos

comprarão 16,1 milhões de

novos carros e caminhões em

todo o setor neste ano, de

acordo com a média das esti-

mativas dos analistas compi-

ladas pela Bloomberg.

A presidente executiva da

montadora, Mary Barra, está

se preparando para testemu-

nhar novamente perante o

Congresso, nesta semana, pa-

ra lidar com questões não re-

solvidas sobre por que a GM

esperou anos para iniciar, em

fevereiro, o recall de 2,59 mi-

lhões de carros com ignições

que poderiam sair da posição

de funcionamento, desativan-

do assim os airbags.

Os novos recalls, junto com

o da semana passada, para

consertar o design da chave

do Chevrolet Camaro, indicam

uma mudança no pensamen-

to na GM, disse Karl Brauer,

analista sênior da Kelley Blue

Book. O recall do último dia 13,

envolvendo mais de 500 mil

carros, atingiu uma das meni-

nas dos olhos da montadora, o

Chevy Camaro. A GM admitiu

que um golpe de joelho do mo-

torista poderia tirar a ignição

do modo de funcionamento.

Custo alto - A General Mo-

tors calcula estar gastando

US$ 2 bilhões, ao longo do pri-

meiro semestre fiscal, para

cobrir os seus custos de recall -

são US$ 700 milhões num tri-

mestre mais US$ 1,3 bilhão no

trimestre anterior. Funcioná-

rios da empresa dizem que a

GM está trabalhando para

"limpar o terreno" de todos os

problemas, em uma demons-

tração de boa-fé a legislado-

res que estão investigando a

montadora.(Agências)

Page 18: Diário do Comércio (18/06/2014)

18 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 18 de junho de 2014

O DR. DAVI CAPELATTO, MM. JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DA FAMÍLIA E SUCESSÕES DO FORO REGIONAL DE SANTANADA COMARCA DE SÃO PAULO/SP, no uso de suas atribuições legais, FAZ SABER, pelo presente EDITAL DE INTERDIÇÃO,que fora decretada no processo judicial nº 0017748-91.2013.8.26.0001, em trâmite na referida vara, a interdição deRONALDO SOUZA RIBEIRO, brasileiro, RG nº 4.945.064, CPF nº 403.022.298-68, residente e domiciliado na Rua Quedas,402, Parada Inglesa, São Paulo/SP, acometido de acidente vascular cerebral, restrito ao leito, conforme CID I64, nomeandodefinitivamente como Curadora a Sra. RAQUEL SOUZA RIBEIRO, brasileira, RG nº 29.100.304-7 e CPF nº 291.704.528-06, residente e domiciliada na Rua Santa Leocácia, 140, Parada Inglesa, São Paulo/SP, com finalidade de reger o interditandoem todos os atos de sua vida civil, por tempo indeterminado. O presente edital será publicado pela imprensa local e peloórgão oficial por três vezes, com intervalo de dez dias, nos termos do artigo 1.184, do Código de Processo Civil. São Paulo,23 de maio de 2014.

YouTube quer cobrar por músicas

OYouTube afirmou ontem

que planeja lançar um ser-

viço pago de transmissão

de música. A companhia, controla-

da pelo Google, fez parceria com

"centenas de grandes gravadoras

e selos independentes" para o no-

vo produto.

O anúncio ocorre em meio a crí-

ticas de alguns grupos que afir-

mam que o YouTube planeja blo-

quear o conteúdo de certos selos

de aparecer em seu site gratuito

de vídeos, a menos que assinem

acordos para participar do novo

serviço de música.

Os acordos sendo oferecidos pelo

YouTube são "altamente desfavorá-

veis e com termos não negociáveis",

informou a Rede Mundial da Indús-

tria Fonográfica Independente.

O YouTube afirmou que o servi-

ço vai gerar nova fonte de receita

para a indústria da música. "Es-

tamos adicionando recursos ba-

seados em assinatura no YouTu-

be para gerar a nossos parceiros

da indústria fonográfica fontes

de receita além das centenas de

milhões de dólares que o YouTu-

be já gera para eles a cada ano".

O novo serviço deve ser lança-

do até meados de setembro e

permitirá aos usuários acessar

música sem anúncios publicitá-

rios. Entre outros recursos espe-

rados está a capacidade de ouvir

música offline e um álbum intei-

ro de um artista em vez de ape-

nas faixas individuais, como

acontece atualmente no YouTu-

be. (Reuters)

OFacebook lan-

çou um aplicati-

vo para smart-

phone ontem

que irá permitir aos consu-

midores trocar fotos e ví-

deos que desaparecem

sem a exigência de uma

conta na rede social, no

mais recente esforço da

empresa para desenvol-

ver serviços móveis além

de seu negócio principal

de rede social.

O novo app, batizado de

Slingshot, permite aos

usuários que assinem o ser-

viço com seus números de

celulares e se conectem

com amigos de sua lista de

contatos, ou se quiserem,

buscando amigos de suas

listas do Facebook.

Pr iv ac id ad e – As fotos no

Slingshot desaparecem dos

celulares dos usuários logo

após serem vistas, refletin-

do uma ansiedade crescen-

te sobre privacidade.

O lançamento do aplica-

tivo Slingshot chega ao

mercado em um momento

em que uma nova safra de

serviços de mensagens

móveis ganha popularida-

de e ameaça afastar os

usuários mais jovens da

rede social de 1,28 bilhão

de usuários.

Para ajudar a mitigar a

ameaça, o Facebook está

desenvolvendo uma va-

riedade de aplicativos e

adquirindo rivais de rápi-

do crescimento. Em 2012,

a empresa comprou o ser-

viço de compartilhamento

de fotos Instagram e em

fevereiro anunciou planos

de adquirir o aplicativo de

mensagens WhatsApp por

US$ 19 bilhões.

O Snapchat, um aplica-

tivo que permite aos usuá-

rios enviar mensagens

que desaparecem auto-

maticamente após alguns

segundos, recusou uma

oferta de aquisição de US$

3 bilhões feita pelo Face-

book no ano passado, de

acordo com notícias na mí-

dia na época.

O Slingshot está dispo-

nível nos Estados Unidos

desde ontem para disposi-

tivos com os sistemas An-

droid ou iOS. (Reuters)

Slingshot, do Facebook,faz as fotos desaparecerem.

Page 19: Diário do Comércio (18/06/2014)

quarta-feira, 18 de junho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ECONOMIA/LEGAIS - 19

Page 20: Diário do Comércio (18/06/2014)

20 DIÁRIO DO COMÉRCIO quarta-feira, 18 de junho de 2014

Deflação, novo temor europeu.Economistas temem que o surto de inflação ultrabaixa registrado nas 18 nações da zona do euro esteja fazendo mais mal do que bem pela recuperação econômica

Liz AldermanThe New York Times

Em seu salão de beleza

refinado instalado em

um prédio de três an-

dares num subúrbio

de classe média da capital gre-

ga, Atenas, Doria Tsirigotis co-

brava 30 euros por corte de ca-

belo. Quando a recessão vio-

lenta se instalou, contudo, os

concorrentes começaram a

cortar os preços: para 20, a se-

guir para dez e, enfim, a cinco

euros. Doria tentou manter

seu preço, mas terminou dimi-

nuindo-o, pois as clientes per-

deram os empregos ou tive-

ram os salários cortados. Em

pouco tempo, as receitas min-

guaram, as dívidas se acumu-

laram, e foi preciso cortar 11

dos 13 funcionários. Em maio,

ele se mudou para um salão

minúsculo do outro lado da

rua, rebatizado "Barato e Chi-

que" – mais adequado aos

tempos atuais.

"Quando os preços caem

tanto, é preciso seguir a ten-

dência", afirmou Doria, olhan-

do o salão agora abandonado

que comandou durante 20

anos. "Porém, num ambiente

assim, ninguém ganha".

Embora os consumidores

recebam os preços baixos de

braços abertos, os economis-

tas temem que o surto de infla-

ção ultrabaixa registrado nas

18 nações da zona do euro es-

teja fazendo mais mal do que

bem pela recuperação econô-

mica do bloco.

A agência de estatísticas da

Europa relatou há pouco tem-

po que a inflação anual da zo-

na do euro caiu de 0,7% em

abril para 0,5% em maio, fi-

cando muito abaixo do nível

de 2% que o Banco Central Eu-

ropeu (BCE) considera saudá-

vel. Até na Alemanha, a econo-

mia mais robusta da Europa, a

inflação abaixou para 0,9%

em maio, menor patamar em

quatro anos.

A situação ficou tão alar-

mante que o BCE adotou medi-

das extraordinárias para ten-

tar estimular a economia, cor-

tando a principal taxa de juros

para o nível mais baixo já re-

gistrado, além de começar a

cobrar juros dos depósitos que

mantém.

As medidas do BCE desti-

nam-se a impedir que a inflação

baixa vire deflação pura e sim-

ples: um desabar de preços e

salários do qual as economias

podem ter dificuldades para se

recuperar. Nesse ambiente,

consumidores e empresas

atrasam os gastos prevendo

que os preços cairão ainda

mais, o que somente iria piorar

os problemas econômicos.

Essa dificuldade assolou a

economia moribunda do Ja-

pão durante duas décadas, e

as autoridades mal começa-

ram a deter o declínio dos

p re ç o s .

RISCO GREGODepois de anos de crise da

dívida pública, uma série de

países na área do euro está

atacando os efeitos da letar-

gia econômica. Em lojas de

roupa, operadoras de celular e

fábricas de artigos tão diferen-

tes quanto alumínio e telhas,

os proprietários que enfrenta-

ram a demanda em queda fo-

ram pressionados a cortar pre-

ços. Em países muito afeta-

dos, os salários também caí-

ram abruptamente a níveis

anteriores à crise.

Principalmente nas econo-

mias mais frágeis, a dinâmica

prejudica o crescimento e afe-

ta as tentativas governamen-

tais de pagar a dívida, recupe-

rar a competitividade e atacar

o desemprego.

"O quadro geral é que com a

inflação baixa, é mais difícil

para a dívida cair e o cresci-

mento econômico retornar,

então é possível ocorrer um

período de estagnação", ensi-

na Reza Moghadam, diretor do

departamento europeu do

Fundo Monetário Internacio-

nal, em Washington. Recente-

mente ele cunhou o termo

"baixaflação" para descrever

o dilema da zona do euro.

Críticos dizem que o BCE de-

morou tanto a agir que a eco-

nomia da zona do euro corre o

risco de estagnar como a japo-

nesa – acusação contestada

pelo presidente do banco, Ma-

rio Draghi.

A deflação já perturba qua-

tro países da área do euro: Por-

tugal, Chipre, Eslováquia e

principalmente a Grécia, que

sofreu uma queda de 18% nos

salários desde 2008. Nesses

países o desemprego elevado

contribuiu para um declínio

nos preços durante mais de

criam a maioria dos empre-

gos pela zona do euro.

"Assim, as economias não

estão crescendo o quanto po-

deriam. Recursos humanos e

físicos não estão sendo em-

pregados, arrastando os pre-

ços ainda mais para baixo",

diz Tilford.

SEM DINHEIRO"A Grécia pode ser o exem-

Fotos: Angelos Tzortzinis/ The New York Times

um ano. Em outros lugares da

zona do euro a inflação é in-

quietantemente baixa.

Segundo Simon Ti lford,

subdiretor do Centro para Re-

forma Europeia, de Londres,

"a inflação está tão baixa por-

que os salários caíram acen-

tuadamente enquanto a de-

manda do consumidor e os in-

vestimentos têm sido enfra-

quecidos". Além disso, os

bancos brecaram a conces-

são de empréstimos, sufo-

cando milhares de pequenas

e médias empresas , que

plo de possíveis cenários em

outros países da zona do euro

sujeitos à baixaflação, con-

frontando um futuro defla-

cionário", declarou Jens Bas-

tian, economista que inte-

grou a força-tarefa da Comis-

são Europeia para a Grécia

até este ano.

A inflação grega caiu abaixo

de zero há mais de um ano. A

deflação coloca em risco a ca-

pacidade de o país pagar o ser-

viço de sua impressionante dí-

vida pública de 318 bilhões de

euros, em parte porque o di-

duzir os juros pagos pela na-

ção sobre o débito, a deflação

tornou mais pesado o fardo

dos juros.

O efeito dominó da deflação

é sentido em toda a economia

grega. Lefteris Potamianos,

corretor imobiliário veterano,

estava prestes a realizar a

venda rara de um apartamen-

to no centro ateniense em

maio quando a negociação pa-

rou. O valor dos imóveis caiu

entre 40% e 60% desde 2008.

O preço do apartamento, de

aproximadamente um milhão

de euros, despencou para 400

mil. Porém, o comprador se

afastou para ver se cairia ain-

da mais, um reflexo da psicolo-

gia deflacionária.

Potamianos perdeu uma co-

missão importante, também

afetando tabeliães, advoga-

dos e pedreiros que fariam a

reforma do imóvel. Segundo

ele, o governo grego deixará

de embolsar perto de 70 mil

euros em impostos sobre a

t r a n s a ç ã o.

Do outro lado da cidade, Ni-

kolas Varelas, proprietário de

uma casa de materiais de

construção, reduziu entre

45% e 60% os preços de azule-

jos decorativos, torneiras chi-

ques e outros artigos de deco-

ração. Mesmo com esse gran-

de desconto, "as vendas conti-

n u a m b a i x a s p o r q u e a s

pessoas não têm dinheiro".

Com arecessão, acabelereiraDoria viu asclientessumindo, porperda deemprego oupor sofreremcor tessalariais. Teveque adaptarseu salão aotamanho dacrise.

nheiro utilizado pela Grécia

para quitar o empréstimo vale

menos do que o tomado em-

p re s t a d o.

A economia encolheu perto

de 25% nos últ imos cinco

anos, elevando a dívida em

comparação com o PIB. Hoje, a

dívida grega passou a 175%

do produto interno bruto, con-

tra 130% em 2010. Embora a

inflação pudesse ajudar a re-

Com inflação baixa,é mais difícil adívida cair e ocrescimentoretornar. Então, épossível ocorrerestagnação.REZ A MOGHADAM, FMI

O desemprego elevado em alguns países contribui para o declínio nos preços durante mais de um ano.

As vendas, de quaisquer artigos, estão suspensas, pois o consumidor espera que preços caiam ainda mais.