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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ-UESPI LICENCIATURA EM LETRAS-PORTUGUÊS DISCIPLINA: ESTRUTURALISMO PROFESSOR: FRANKLIN ALUNO: DIEGO DE SOUSA FUNCIONALISMO

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ-UESPILICENCIATURA EM LETRAS-PORTUGUÊS

DISCIPLINA: ESTRUTURALISMOPROFESSOR: FRANKLIN

ALUNO: DIEGO DE SOUSA

FUNCIONALISMO

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FUNCIONALISMO

MARTELOTTA, Mário Eduardo. Manual de Linguística. 1. Ed.,

2ª reimpressão. - São Paulo: Contexto, 2009.

O funcionalismo é uma corrente linguística que, em oposição ao estruturalismo e ao gerativismo, se preocupa em estudar a relação entre a estrutura gramatical das línguas e os diferentes contextos comunicativos em que elas são usadas. (p.157).

“Os funcionalistas concebem a linguagem como um instrumento de interação social, alinhando-se, assim, à tendência que analisa a relação entre linguagem e sociedade”. (p.157).

Funcionalistas e gerativistas divergem também com relação ao processo de aquisição da linguagem. Os funcionalistas tendem a explicá-lo em termos do desenvolvimento das necessidades e habilidades comunicativas da criança na sociedade. [...]. Os gerativistas, por outro lado, explicam a aquisição da linguagem em termos de uma capacidade humana específica para a aprendizagem língua. (p. 158).

O FUNCIONALISMO EUROPEU

Embora frequentemente contrastado ao estruturalismo, o funcionalismo surge como um movimento particular dentro do estruturalismo, enfatizando a função das unidades linguísticas: [...]. Atribui-se aos membros da Escola de Praga, que se originou no Círculo Linguístico de Praga fundado em 1926 pelo linguista tcheco Vilém Mathesius, as primeiras análises na linha funcionalista. (p. 159).

“Foi na área dos estudos fonológicos, principalmente, que a Escola de Praga obteve maior projeção. Entre seus principais representantes, destacam-se Nikolaj Truberzkoy e Roman Jakobson, ambos de origem russa”. (p.159).

“De acordo com fonologia desenvolvida em Praga, os fonemas, definidos como elementos mínimos do sistema linguístico, não são elementos mínimos em si, mas feixes ou conjunto de traços distintivos simultâneos. [...]”. (p. 160).

“Jacobson, por sua vez, é responsável pela introdução do conceito de marcação na morfologia .[...]”. (p. 160).

Os linguistas da Escola de Praga estenderam o funcionalismo para além da fonologia. Com relação à estrutura gramatical das línguas, Mathesius antecipou uma concepção funcional da sentença, que deu origem, mais tarde, à teoria da perspectiva funcional da sentença, um tipo de análise em termos da informação transmitida pela organização das palavras. (p. 160).

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O funcionalismo também se faz representar em algumas outras correntes linguísticas pós-saussurianas da Europa no século xx. Saussure influenciou mais de perto a chamada Escola de Genebra, cujos principais representantes são Charles Bally, Albert Sechehaye e Henry Frei. (p. 162).

“Outra manifestação funcionalista podemos ver na Escola de Londres, sobretudo, através das ideias Michael K. Halliday.[...]”. (p. 162).

A tendência de analisar a língua de um ponto de vista funcional está também presente no chamado grupo holandês. No final da década de 1970, o linguista holandês Simon Dik e seus seguidores desenvolveram um modelo de sintaxe funcional em que as funções em uma sentença são analisadas em três níveis distintos. (p.162).

O FUNCIONALISMO NORTE-AMERICANO

“[...]. Entretanto, paralelamente foi se desenvolvendo uma tendência para o funcionalismo sob a influência dos trabalhos de etnolinguistas, como Franz Boas, Edward Sapir e Benjamin Lee Whorf”. (p.163).

Dwight Bolinger é frequentemente apontado como um dos precursores da abordagem funcionalista norte-americana. Ainda durante o predomínio das teorias formais, Bolinger chamava a atenção para o fato de que fatores pragmáticos operavam em determinados fenômenos linguísticos estudados pelos estruturalistas e gerativistas. (p. 163)

É por volta de 1975 que as análises linguísticas explicitamente classificadas como funcionalistas começam a proliferar na literatura norte-americana. [...]. Os funcionalistas norte-americanos advogam que uma dada estrutura da língua não pode ser proveitosamente estudada, descrita ou explicada sem referência à sua função comunicativa, o que, aliás, caracteriza todos os funcionalismos até

aqui mencionados. (p. 163)

“O texto considerado pioneiro no desenvolvimento das ideias da escola funcionalista norte-americana é The Origins of Syntax in Discourse, publicado por Gillian Sankoff e Penelope Brown em 1976”. (p. 164).

No panorama brasileiro, os estudos de cunho funcionalista ganham impulso a partir da década de 1980 com a constituição de grupos de pesquisadores que propõem fatores de natureza comunicativa e cognitiva para interpretar o funcionamento de tópicos morfossintáticos em textos falados e escritos.(p.165).

INFORMATIVIDADE

O princípio de informatividade focaliza o conhecimento que os interlocutores compartilham, ou supõem que compartilham, na interação verbal. [...]. Desse modo, um sintagma nominal pode ser classificado como dado, novo, disponível e inferível.

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ICONICIDADE

O princípio de iconicidade é definido como a correlação natural e motivada entre forma e função, isto é, entre o código linguístico (expressão) e seu significado (conteúdo). Os linguistas funcionais defendem a ideia de que a estrutura da língua reflete, de algum modo, a estrutura da experiência. Como a linguagem é uma faculdade humana, a suposição geral é a de que a estrutura linguística revela o funcionamento da mente, bem como as propriedades da conceitualização humana do mundo. (p. 167)

MARCAÇÃO.

Os termos “marcados” e “não marcado” foram introduzidos na linguística pela Escola de Praga. Aqui a ideia-chave é a de contraste entre dois elementos de uma dada categoria linguística, seja ela fonológica, morfológica ou sintática. [...]. Assim no campo da morfologia, por exemplo, é interessante observar, nesse sentido, a categoria de número: a forma “meninos” [+ plural] é marcada em oposição a “menino” [- plural] , forma não- marcada. (p. 170).