DIEGO -coloides

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Parte experimental

Prática um:

Foi utilizado um “saquinho” de papel vegetal e adicionado dentro dele uma solução contendo iodeto de potássio (KI) e dispersão de amido. Em seguida colocou-se esse “saquinho” em um béquer contendo água destilada. Ao final da prática recolheu-se uma amostra da água e adicionou-se peróxido de hidrogênio 3%, afim de formar iodo molecular.

Em outro procedimento os mesmos passos foram realizados, contudo o “saquinho” utilizado foi de papel celofane.

Prática dois:

Foram utilizados dois béqueres de 50mL em ambos adicionou-se aproximadamente 30ml de água destilada. Um dos béqueres foi levado ao aquecimento em uma manta de aquecimento sobre o bico de Busen. Após o aquecimento da água foram adicionados em cada um dos béqueres aproximadamente 1,5 mL de uma solução saturada de cloreto de ferro III (FeCl3). Na solução em que a água estava fria o cloreto praticamente se estagnou no fundo do béquer, já na solução com água quente o cloreto deixou a água com uma coloração escura tendendo a uma cor cobre.

Prática três:

Foram utilizados dois tubos de ensaio, em cada um foi adicionado aproximadamente 1mL de “água dura” (solução contendo íons de Mg2+, Ca2+ e So4

2-). Em um dos tubos foram adicionadas três gotas de uma solução contendo sabão comum, agitou-se a mistura e observou-se a não formação de espuma e a precipitação um sólido. No outro tubo se adicionou três gotas de uma solução de detergente, agitou-se a mistura e observou-se a formação de uma espuma moderada, mas também houve precipitação de um sólido.

Prática quatro:

Foram utilizados dois tubos de ensaio e adicionado em cada um deles aproximadamente 1mL de “água dura”. O primeiro tubo foi levado ao aquecimento no bico de Busen para que houvesse a precipitação de do sulfato de cálcio (CaSO4). Já no segundo tubo adicionou-se alguns gramas de carbonato de sódio (NaCO3) agitou-se e em seguida filtrou-se a mistura com o auxilio de um béquer, um funil e um papel de filtro. Após a filtração pegou-se a solução recolhida no béquer e adicionou-se algumas gotas de solução de sabão para observar se dessa haveria ou não formação de espuma.

Prática cinco:

Foram utilizados dois tubos de ensaio, em um deles foi colocado água e no outro uma solução de fluoresceína. Os tubos foram colocados contra um fundo escuro e se incidiu

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sobre ambos um feixe laser proveniente de uma caneta laser, para observa como que se comportava o laser ao incidir sobre cada um dos tubos.

Resultado e discussão

Prática um

Resultado (papel vegetal): Formação do complexo de iodo com amido (coloração azul) quando se adicionou peróxido de hidrogênio, evidenciando o vazamento de amido para a solução.

Quando foi adicionado peróxido de hidrogênio (H2O2), na solução recolhida após a diálise, a solução imediatamente se tornou azul. Isso provou que o amido vazou do saco de papel vegetal para a água, e quando se adicionou o peróxido o iodo molecular formado imediatamente formou um complexo com o amido.

Tal fato não era para ter ocorrido, pois o amido por estar em estado coloidal não deveria ter passado pelo papel vegetal, apenas os íons K+ e I- deveriam ter passado. Isso provavelmente ocorreu porque o “saquinho” de papel vegetal estava furado.

Com a adição de peróxido na solução recolhida, a solução deveria formar iodo molecular (I2) sem alteração aparente de cor e temperatura.

2I- + H2O2 I2 + H2O + 12

O2

Em seguida para provar que foi formado iodo molecular se acrescentaria solução de amido, pois o amido quando reage com o iodo molecular forma um complexo de cor azul. Mas como com a adição de peróxido a solução se tornou azul, não foi necessário acrescentar a solução de amido.

I2 + amido I2 – amido (complexo)

Solução do complexo de iodo e amido

Resultado (papel celofane): Não houve vazamento de iodo, portanto não houve formação do complexo iodo amido.

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O papel celofane se mostrou muito mais que uma membrana se mi, o papel celofane apresentou-se completamente impermeável, não deixando passar por ele nem o iodo nem o amido. Portanto quando adicionamos a peróxido de hidrogênio não houve formação de iodo molecular, pois não havia íons de iodo na solução. Com isso quando adicionamos a dispersão de amido, a solução se manteve incolor, pois como não havia iodo na solução não poderia ser formado o complexo azulado de iodo e amido.

Prática dois

Resultado: Formação de Hidróxido de ferro III (Fe(OH)3) que é um sistema coloidal, na mistura de água quente com cloreto de ferro III, uma deposição do cloreto na mistura com água fria.

Com aumento da temperatura a reação de dissociação da água é favorecida.

H2O H+ + OH-

Com isso quando se adiciona cloreto de ferro III em água ele se dissocia liberando:

FeCl3 Fe3+ + 3Cl-

Quando o Fe3+ entra em contato com a água ele reage com a hidroxila formando o hidróxido de ferro III, o que leva, portanto a formação de uma solução coloidal

Fe3+ + OH- Fe(OH)3

Já com a água fria a dissociação da água existe numa ordem muito baixa (10 -14), portanto quando o cloreto de ferro entra em contato com a água ele se dissocia, mas os íons ferro 3+ formado não encontram hidroxilas suficientes para formar hidróxido de ferro III para forma uma solução coloidal.

Béquer da esquerda solução de cloreto de ferro com água fria; Béquer da direita solução de cloreto de ferro com água quente (solução coloidal)

Prática três

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Resultado: Formação de um precipitado e não formação de espuma quando a solução de sabão foi adicionada em água dura. Já quando se adicionou solução de detergente houve uma formação de uma espuma moderada com baixa precipitação.

A água dura é um composto rico em cátions Mg2+e Ca2+ portanto quando se adiciona o sabão ou detergente em água dura esses cátions interagem com o a parte polar de ambos compostos formando um sal que é precipitado, não permitindo, portanto a formação de espuma.

A interação desses cátions com o sabão é bem maior, pois o sabão é um derivado de ácido carboxílico, portanto seu grupamento final é do tipo COO – um grupamento com baixa ressonância e altamente polar o que leva ele a ser fortemente atacado pelos cátions presentes na água dura, formando assim um sal precipitado impedindo a formação de espuma.

Já com o detergente a interação é um pouco mais baixa porque o detergente é um derivado de ácido sulfônico, portanto seu grupamento final é do tipo SO3

-, tal grupamento possui uma ressonância bem maior além de uma distribuição de cargas em torno de si bem mais homogênea o que o torna menos polar dificultando sua interação com os cátions da água dura, mas não impedindo. Por isso que em presença de detergente a água dura forma alguma espuma.

Tubo da esquerda: água dura e solução de detergente; Tubo da direita: água dura e solução de sabão (o precipitado formado não fica nítido na imagem)

Prática quatro

Resultado: Não precipitação do sulfato de cálcio (CaSO4) com o aquecimento (tubo 1). Constatação de excesso de Ca2+ mesmo após a adição de carbonato, o que a acarretou a não formação de espuma (tubo 2).

Esperava-se que com o aquecimento da água dura presente no tubo um houvesse a precipitação do sulfato de cálcio, que é um sal pouco solúvel em temperaturas mais altas. Tal sal seria o precipitado, pois além dos cátions é necessário a presença de um contra íon na água dura para que haja um equilíbrio iônico e tal contra íon é o SO4

2-. Contudo o aumento da temperatura não precipitou tal sal, a conclusão que se chega para

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que o sulfato não tenha se precipitado é que a concentração de íons de cálcio e sulfato não eram suficientes para ultrapassar o Kps do sulfato de cálcio mesmo elevando-se a temperatura.

No tubo dois esperava-se que com a adição de carbonato de sódio (NaCO3) a presença do íon carbonato reagisse com o íon de cálcio precipitando carbonato de cálcio (CaCO3), que seria recolhido com uma filtragem simples, consequentemente retirando os íons de cálcio da água permitindo a formação de espuma com a adição da solução de sabão. Contudo a precipitação de carbonato de cálcio foi insuficiente para que uma quantidade de cálcio significativa fosse retirada da água, o que resultou na não formação de espuma quando adicionamos a solução de sabão.

Prática cinco

Resultado: Houve um espalhamento do feixe de laser quando esse atravessou a solução de fluoresceína, o que não aconteceu quando o feixe passou pela água.

O feixe laser se espalha ao passar pela solução de fluoresceína por conta do chamado efeito Tyndall, que acontece em parte por conta do movimento browniano (movimento aleatório e desordenado das moléculas). A explicação do efeito Tyndall provém do fato da solução de fluoresceina ser uma solução coloidal, em tal solução as partículas do soluto são maiores do que o comprimento de onda da luz, o que acaba fazendo com que essas moléculas interajam com a onda luminosa refratando-a e espalhando o feixe luminoso. Tal fato não acontece de forma tão visível na água (a água também refrata e espalha a luz, pois tem um índice de refração diferente do índice de refração do vácuo), pois as moléculas de água possuem uma ordem de grandeza menor do que o comprimento da onda luminosa o que acaba gerando uma baixa interação com a onda luminosa refratando e espalhando-a muito pouco.

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Introdução

Colóides

Colóides, ou sistemas coloidais, são, na verdade misturas heterogêneas em que o diâmetro médio das partículas do disperso se encontra na faixa de 10 a 1000 ângstrons.

Note que, por se tratar de uma mistura heterogênea, usamos os seguintes termos para designar as substâncias que formam um sistema coloidal:

Disperso: Substância presente em menor quantidade.

Dispergente: Substância presente em maior quantidade.

 Os colóides apresentam dois tipos de fases:

Sol: Disperso sólido e dispergente líquido, adquirindo aspecto de solução na forma líquida. Ex: Cola.

Gel: Disperso sólido e dispergente líquido, adquirindo aspecto sólido. Ex: Geléia de frutas.

Para o uso dos sistemas coloidais é importante nos familiarizarmos com o uso dos seguintes termos:

Suspensão: É a denominação dada a um sistema coloidal de um sólido num líquido (sol). É um sistema instável e suas partículas são quase reconhecíveis ao microscópio.

Hidrossol: É a denominação dada ao sistema coloidal cujo divergente é a água.

Emulsão: É a denominação dada ao sistema coloidal que possui o dispergente e o disperso na fase líquida.

Aerossóis: O ambiente em que vivemos precisa ser limpo com regularidade, para que seja retirada a poeira que constantemente é depositada sobre os objetos. Esses grãos de poeira, de diâmetro 1000 mm, estão em suspensão e tendem a sedimentar. No entanto, há no ar alguns grãos de poeira de dimensões coloidais que nunca sedimentam. Esse tipo de colóide chama-se aerossol. Neblinas, fumaças e spray são outros exemplos de aerossóis do cotidiano. Quando observamos o rastro luminoso deixado pela luz de um projetor de slide em uma sala escura, ou quando notamos os feixes luminosos dos faróis dos carros em dias com forte neblina, devemos nos lembrar do Efeito Tyndall que a luz pode provocar quando atinge partículas coloidais sólidas existentes no ar.

Espumas: Quando um gás é borbulhado em um líquido, além das bolhas enormes e visíveis, são formadas também bolhas de dimensões coloidais. Por isso, as espumas também podem ser classificadas como colóides. Um bom exemplo é o chantilly, formado pela mistura de ar e creme de leite. Um sólido que possui poros de dimensão coloidal é classificado como espuma sólida. É o caso, por exemplo, da pedra-pome, que possui ar em microscópicos poros de dimensão coloidais.

Efeito Tyndall: Os colóides apresentam efeitos ópticos devido à luz ser refratada nas micelas. Esses efeitos não estão presentes nas soluções devido ao seu diminuto tamanho.

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Se projetarmos um feixe de luz em um colóide como o leite, verificaremos o feixe presente no líquido do corpo. É o que acontece com a luz dos faróis altos dos automóveis em dia de neblina. Essa refração de luz nas partículas do colóide recebe o nome de efeito Tyndall e não se manifesta em líquidos que não sejam coloidais.

Classificação dos sistemas coloidais

Os sistemas coloidais podem ser classificados segundo dois critérios principais: quanto à natureza das partículas do disperso e quanto à afinidade entre o disperso e o dispergente.

 Natureza das partículas do disperso

Colóide micelar: é o sistema coloidal cujo disperso é constituído por aglomerados de átomos, íons ou moléculas.

Colóide molecular: é o sistema coloidal cujo disperso é constituído de macromoléculas, normalmente polímeros.

Colóide iônico: é o sistema coloidal cujo disperso é constituído de macro íons.

 Afinidade entre o disperso e o dispergente

Colóides liófilos (lyo=solver ou dissolver, philo=amigo), ou colóides reversíveis, são sistemas coloidais que possuem grande afinidade entre o disperso e o dispergente.

Se o dispergente for a água, o sistema coloidal é denominado hidrófilo.

Devido a essa afinidade, as partículas do disperso adsorvem, isto é, fixam na sua superfície moléculas do dispergente, ficando assim envolvidas por uma película que é denominada camada de solvatação.

A camada de solvatação permite que as partículas do disperso fiquem isoladas umas das outras e, com isso, é possível transformar o sistema coloidal em sol ou em gel, conforme se adicione ou se retire dispergente. Por isso esses colóides são ditos reversíveis.

A transformação da fase gel para a fase sol pela adição de dispergente é denominada peptização (peptos=digerido).

A transformação da fase sol para a fase gel pela retirada de dispergente é denominada pectização (pektos=coalhado).

Colóides liófobos (lyo=solver ou dissolver, phóbos=aversão), ou colóides irreversíveis, são sistemas coloidais onde praticamente não existe afinidade entre o disperso e o dispergente.

Se a fase dispergente for a água, o sistema é denominado hidrófobo.

A formação de um colóide liófobo não é espontânea e a passagem de gel a sol é muito difícil.

A estabilidade de um sistema coloidal liófobo pode ser aumentada pela adição de uma pequena quantidade de um colóide liófilo adequado, que então passa a ser denominado colóide protetor.

As partículas do colóide liófobo são envolvidas por uma película de colóide liófilo que passa a funcionar como uma camada de solvatação, dando estabilidade ao colóide liófobo.

Podemos citar como exemplo de colóides protetores a gema de ovo, que estabiliza a mistura de azeite e vinagre no preparo de maionese, e a tinta nanquim, que é um colóide liófobo protegido por um colóide liófilo de gelatina em água.

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Propriedades dos sistemas coloidais

Os sistemas coloidais possuem as seguintes propriedades principais:

 Carga elétrica

Como normalmente todas as partículas do disperso de um sistema coloidal apresentam a mesma carga elétrica, elas ficam em suspensão, uma vez que sofrem repulsão elétrica contínua.

A carga elétrica das partículas do disperso depende diretamente da quantidade de cátions ou de ânions no sistema.

Se houver excesso de cátion, as partículas do disperso irão adsorver esses cátions, adquirindo carga elétrica positiva.

Isto é o que ocorre, por exemplo, quando se prepara um colóide em meio ácido (excesso de cátions).

Se houver excesso de ânions, as partículas do disperso irão adsorver esses ânions, adquirindo carga elétrica negativa.

Isto é o que ocorre, por exemplo, quando se prepara um colóide em meio básico (excesso de ânions).

Como a carga elétrica de um colóide depende da quantidade de íons presentes no sistema, é possível transformar um colóide positivo em um colóide negativo e vice-versa, alterando a quantidade de cátions ou de ânions desse sistema.

É importante observar, no entanto, que haverá um momento durante essa transformação em que as micelas serão neutras e o colóide, descarregado; dizemos então que o colóide atingiu o seu ponto isoelétrico.

 Eletroforese

Quando um colóide é submetido a um campo elétrico, todas as partículas do disperso migram para um mesmo pólo.

Se o colóide for positivo, as partículas do disperso irão migrar para o pólo negativo, que é denominado cátodo (pólo para onde vão os cátions).

O processo é denominado cataforese.

Se o colóide for negativo, as partículas do disperso irão migrar para o pólo positivo, que é denominado ânodo (pólo para onde vão os ânions).

O processo é denominado anaforese.

Quando o colóide se encontra no seu ponto isoelétrico, as partículas do disperso não migram para nenhum dos pólos, pois estão descarregadas.

 Movimento Browniano

As partículas do dispergente (principalmente quando este se encontra na fase gasosa ou líquida) estão constantemente se chocando com as partículas do disperso. Estes choques fazem com que as partículas do disperso adquiram um movimento de ziguezague ininterrupto.

O movimento descrito foi observado pela primeira vez pelo botânico escocês Robert Brow, numa suspensão de grãos de pólen em água, e em sua homenagem é denominado movimento browniano.

Purificação de um sistema coloidal

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A purificação de um colóide consiste numa série de técnicas que visam separar as partículas do disperso das impurezas estranhas que eventualmente estejam espalhadas pelo dispergente.

 Ultra filtração

Quando o sistema coloidal está contaminado por íons ou moléculas cuja dimensão se encontra na faixa do soluto de uma mistura homogênea (menos de 1000 ângstrons), é possível separar essas impurezas do colóide usando-se um ultra filtro.

Trata-se de uma membrana que pode inclusive ser feita de material plástico, com poros estreitos o bastante para barrar a passagem de partículas coloidais, mas ainda assim permitir a passagem de partículas com diâmetro inferior a 1000 ângstrons.

A ação do ultra filtro está ligada também às condições elétricas do colóide e da membrana.

 Ultra centrifugação

Quando o sistema coloidal está contaminado por partículas de maior porte, ou quando é necessário separar partículas coloidais de tamanhos diferentes, utilizam-se centrífugas de altíssima rotação.

Esse processo é amplamente usado nos laboratórios de análises clínicas para separar as várias proteínas existentes no sangue.

Diálise

O processo conhecido por diálise é usado especificamente para separar impurezas altamente solúveis no dispergente.

Baseia-se na diferença de velocidade com que ocorre a difusão de uma solução e de um colóide através de uma membrana permeável.

A diálise é feita da seguinte maneira:

Coloca-se o colóide dentro de um recipiente de vidro denominado dialisador, cujo fundo é constituído de porcelana porosa, que age como uma membrana permeável.

O dialisador é imerso numa cuba de vidro que contém o dispergente puro em constante circulação.

O dispergente atravessa facilmente a porcelana porosa do dialisador e arrasta as impurezas para fora purificando o colóide, como mostra o esquema abaixo:

 Eletrodiálise

Caso as impurezas que contaminam o colóide sejam de natureza iônica, é possível acelerar a difusão dessas impurezas pelo dializador aplicando-se um campo elétrico através de eletrodos acoplados à cuba de vidro, como mostra o esquema a seguir.

A estabilidade e a destruição de um colóide

As cargas elétricas

O fato de as partículas do disperso possuírem a mesma carga elétrica e, portanto, sofrerem repulsão, evita que elas formem aglomerados e sofram precipitação. As cargas elétricas iguais mantêm o colóide estável.

Se, de algum modo, eliminarmos a carga elétrica das partículas do colóide, o que pode ser feito facilmente pela adição de um eletrólito, por eletroforese ou pela adição de um colóide de carga oposta, a partículas do disperso irão se precipitar e o colóide será destruído.

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 A camada de solvatação

A absorção de moléculas do dispergente pelas partículas do disperso, formando a denominada camada de solvatação, evita o contato direto entre as partículas do disperso e, portanto, a sua aglomeração e precipitação.

Se essa camada de solvatação for eliminada, o colóide será destruído.

Normalmente elimina-se a camada de solvatação adicionando-se ao colóide substâncias dessolvatantes. Se o disperso for a água, por exemplo, adiciona-se um desidratante.

Água dura

O termo água dura foi originado em razão da dificuldade de lavagem de roupas, com águas contendo elevada concentração de certos íons minerais. Esses íons reagem com sabões formando precipitados e evitam a formação de espuma.Os íons são provenientes de depósitos subterrâneos, como o calcário (CaCO3) ou a dolomita (CaCO3. MgCO3) que agregam à composição da água uma quantidade excessiva de íons Ca2+ e Mg2+, na forma de bicarbonatos (HCO3-), nitratos (NO3-), cloretos (Cl-) e sulfatos (SO42-).Dependendo da concentração deles, a água passa a ser classificada da seguinte maneira: água branda (com teores entre 0 e 40 mg/L), água moderada (com teores entre 40 e 100 mg/L), água dura (com teores entre 100 e 300 mg/L), água muito dura (com teores entre 300 e 500 mg/L) e água extremamente dura (com teores acima de 500 mg/L).Essa água é imprópria para o abastecimento de equipamentos geradores de vapor. As caldeiras indústrias requerem o uso de água com baixa dureza, pois o cálcio e magnésio possuem características naturais de se agregarem nas paredes das tubulações. Em altas temperaturas cristalizam-se formando incrustações, causando sérios danos às caldeiras, tais como: diminuição da eficiência na geração do vapor e aumento da temperatura de película do metal, além da possibilidade de rompimento de tubos e explosões.

Abrandamento

O tratamento da água dura para a retirada de Ca2+ e Mg2+ é conhecido por abrandamento e pode ser realizado de duas maneiras: Precipitação química e troca iônica.

Abrandamento por precipitação química.O processo se dá por adição de cal (CaO) e carbonato de sódio (Na2CO3).A cal é utilizada para elevar o pH da água fornecendo a alcalinidade necessária, enquanto o carbonato de sódio pode fornecer a alcalinidade para a reação e também os íons carbonato necessários.

CaO + H2O Ca(OH)2

Ca(OH)2 + H2CO3 CaCO3 + 2 H2O

Ca(HCO3)2 + Ca(OH)2 2 CaCO3 + 2 H2O

Mg(HCO3)2 + Ca(OH)2 CaCO3 + MgCO3 + 2 H2O

MgCO3 + Ca(OH)2 Mg(OH)2 + CaCO3

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MgSO4 + Ca(OH)2 Mg(OH)2 + CaSO4

CaSO4 + Na2CO3 CaCO3 + Na2SO4

Vantagens:_ Geralmente aplicado para águas com dureza elevada;_ Possibilita remover da água contaminantes tais como metais pesados e outros_ Tecnologia bem estabelecida.

Desvantagens:_ Utilização de produtos químicos;_ Produção de lodo;_ Necessidade de ajustes finais, pois a água abrandada ainda possui dureza-cálcio em torno de 30 PPM de CaCO3.

Abrandamento por Troca catiônica:Consiste em fazer a água atravessar uma resina catiônica que captura os íons Ca2+ e Mg2+, substituindo-os por íons que formarão compostos solúveis e não prejudiciais ao homem, tais como o Na+.

R(-SO3Na)2 + Ca2+ R (-SO3)2Ca + 2Na+

R(-SO3Na)2 + Mg2+ R (-SO3)2Mg + 2Na+

Vantagens:_ Alta eficiência para remoção dos íons responsáveis pela dureza. Para remoção de Ca2+ a dureza resultante atinge valores menores que 1mg/L de CaCO3;_ As resinas podem ser regeneradas;_ Não há formação de lodo no processo.

Desvantagens:_ Requer um pré-tratamento da água;_ Ocorre saturação da resina, exigindo a sua regeneração;_ Requer o tratamento do efluente da regeneração.

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Conclusão:

As práticas permitiram observar o como as soluções coloidais se comportam de forma diferente de acordo com as condições do ambiente.

Prática um:

Para se obter os resultados esperados, um papel vegetal novo deveria ter sido usado, ou no caso do outro experimento um papel celofane de melhor qualidade deveria ser usado. Dessa forma a dispersão de amido seria retida por se tratar de um colóide e ter um tamanho maior do que as membranas semipermeável do celofane ou papel vegetal permitem passagem, e os íons de potássio e iodo passariam, podendo ser convertido em iodo molecular e depois a formação de complexo de iodo e amido para provar a presença de iodo molecular.

Prática dois:

A formação do colóide apenas na prática feita com água quente feita (coloração castanha) foi caracterizado pela sua coloração em relação ao a prática feita com água fria (coloração amarela) e poderia ser avaliado também pela dispersão da luz nos dois sistemas. Sua carga não pode ser avaliada, pois a “Prática quatro de eletroforese” não pode ser realizada.

Prática três:

A formação de espuma apenas na solução que continha o detergente permitiu avaliar uma diferença entre esse e o sabão além de provar a presença de pelo menos um dos cátions característicos da água dura. O fenômeno de ressonância explica de maneira eficiente os fatos ocorridos.

Prática quatro:

O procedimento realizado no tubo um se mostraria eficiente, se tivéssemos utilizado uma solução saturada de com sulfato de cálcio. Já o procedimento realizado no tubo dois poderia ter sido melhorado com a adição de excesso de carbonato de sódio, assim todo o Ca2+ teria sido precipitado e seriam obtidos os resultados de forma satisfatória.

Prática cinco:

Essa prática demonstrou de forma eficiente a ocorrência da dispersão da luz em um sistema coloidal, o chamado efeito Tyndall.

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Bibliografia:

http://www.danielbruno.hpg.ig.com.br/coloides.html 23 de abril de 2010 - 21:00hr

RUSSEL, JONH B. Química geral. 2 ed. São Paulo: Ed. Makron Books, 1994.

http://educar.sc.usp.br/quimapoio/coloides.html 28 de abril de 2010 – 20:00hr

http://www.kurita.com.br/adm/download/agua_dura_e_Abrandamento.pdf 28

de abril - 23:00hr

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Objetivo:

Prática um: a tentativa da prática é provar que soluções coloidais, por terem seu disperso num tamanho maior que o disperso de uma solução verdadeira, ficam retidas em filtros que tenham porosidade adequada para tal e que soluções verdadeiras conseguem passar por essas porosidades.

Prática dois: o objetivo da prática é mostrar que uma mesma solução pode ou não ser um colóide com uma simples mudança de temperatura do meio.

Prática três: a prática tem o objetivo de evidenciar a diferença do comportamento do sabão e do detergente em presença de água dura.

Prática quatro: a tentativa da prática é o abrandamento da água dura.

Prática cinco: o objetivo da prática é mostrar que soluções coloidais tem um poder alto de dispersão da luz.

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