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DIFERENTES MÉTODOS DE COLETA DE FEZES SOBRE OS COEFICIENTES DE DIGESTIBILIDADE APARENTE PARA O TAMBAQUI (Colossoma macropomum) Carolinne Silva da Mota Orientador: Prof. Dr. Igo Gomes Guimarães JATAÍ-GO 2012 UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS CAMPUS JATAÍ CURSO DE ZOOTECNIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS CAMPUS JATAÍ CURSO DE ZOOTECNIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

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  • DIFERENTES MTODOS DE COLETA DE FEZES SOBRE

    OS COEFICIENTES DE DIGESTIBILIDADE APARENTE

    PARA O TAMBAQUI (Colossoma macropomum)

    Carolinne Silva da Mota

    Orientador: Prof. Dr. Igo Gomes Guimares

    JATA-GO

    2012

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIS

    CAMPUS JATA

    CURSO DE ZOOTECNIA

    TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIS

    CAMPUS JATA

    CURSO DE ZOOTECNIA

    TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO

  • DIFERENTES MTODOS DE COLETA DE FEZES SOBRE OS

    COEFICIENTES DE DIGESTIBILIDADE APARENTE PARA O TAMBAQUI

    (Colossoma macropomum)

    Relatrio de projeto orientado apresentado ao Colegiado do Curso de Zootecnia, como

    parte das exigncias para a obteno do ttulo de

    Bacharel em Zootecnia.

    Orientador

    Prof. Dr. Igo Gomes Guimares

    JATA-GO

    2012

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIS

    CAMPUS JATA

    CURSO DE ZOOTECNIA

  • CAROLINNE SILVA DA MOTA

    AVALIAO DE DIFERENTES MTODOS DE COLETA DE FEZES SOBRE

    A ESTIMATIVA DOS COEFICIENTES DE DIGESTIBILIDADE APARENTE

    PARA O TAMBAQUI (Colossoma macropomum)

    Relatrio de projeto orientado apresentado

    ao Colegiado do Curso de Zootecnia, como

    parte das exigncias para a obteno do ttulo de

    Bacharel em Zootecnia.

    APROVADA em 9 de outubro de 2012.

    _____________________________________________

    Prof. Dr. Otto Mack Junqueira

    Membro da Banca

    _____________________________________________

    MS. Janana Gomes Arajo

    Membro da Banca

    _____________________________________________

    Prof. Dr Igo Gomes Guimares

    Orientador

    JATA-GO

    2012

  • Dedico ao meu pai, Sebastio Antnio da Mota,

    a minha me Jacy Silva da Mota e a meu irmo

    Jair Silva da Mota. Distncia ou tempo algum

    apagaro do meu corao o amor e dedicao,

    ensinamentos e apoio de vocs recebidos.

  • AGRADECIMENTOS

    Ao meu querido orientador, Igo Gomes Guimares, que foi durante todo esse

    tempo de orientao atencioso e dedicado, sempre me mostrando o caminho certo, e

    sendo malevel com meus exageros e ataques de loucura, voc sempre ser meu

    exemplo. O meu sincero obrigada.

    A minha querida Co-Orientadora Janana Gomes Arajo, que meu grande

    exemplo de como ser uma boa aluna, professora, orientadora, profissional, pessoa,

    amiga, me, esposa, mulher. Tenho muito orgulho de falar que trabalhei ao seu lado. O

    meu extremo obrigada.

    Universidade Federal de Gois, que me acolheu de braos abertos e me

    proporcionou um ensino de qualidade e me ensinou a ter espao na sociedade, sendo

    justa e correta. Obrigada.

    Universidade Federal Rural da Amaznia (UFRA), que me ofereceu com muito

    custo, a primeira fase da minha formao, foi em suas instalaes que descobri como a

    vida. Obrigada.

    Pontifica Universidade Catlica de Gois (PUC), que me cedeu suas instalaes,

    equipamentos, funcionrios e condio para execuo desse trabalho, me tratando de

    igual com seus alunos. Obrigada.

    Aos professores: Raquel Salgado, Josemir Gonalves, Maria do Socorro, Eduardo,

    Luiz Rennan, Kaliandra Alves, Mrcia, Vincios, Roberta de Assis, Vera Banys, Arthur,

    Karina, Mrcia, Fernando, obrigada por terem e estarem contribuindo com a minha

    formao.

    Aos meus amigos: Thalita Araujo, Fabiany Gonalves, Paulo Henrique Arruda,

    Alexandre Figueiredo, Carla Furtado, Dyulie Antunes, Murillo Machado, Nayara, que

    so meus amigos e companheiros de todas as horas.

    Aos meus colegas de graduao: Mateus, Gilberto, Eduardo, Mrcia, Thayane,

    Vanessa, Rozilda, Iracema, Nayane, Lara, Samara, Diego, Machel, Virgilho, Gabriel,

    Cigano, Hugo, Vincios, Nayana, e a todos aqueles que diretamente ou indiretamente

    me ajudaram na minha formao e na construo de um belo grupo de amizades.

    Aos meus amigos do grupo de Pesquisa em Organismos Aquticos LAPAQ-

    UFG- Jata, Thiago Quirino, Thiago Morais, Alana Lucena, CristielleColto e ao Tiago

    Aguiar quem me ajudoubastante para realizao deste trabalho. Obrigada.

    Ao Senhor Jos Neves, tcnico do Laboratrio de Solos e todos os funcionrios da

    PUC-GO Bloco G, que me ajudaram interinamente com a maior dedicao e carinho

    como dado a uma filha.

    Ao meu querido Bile (Sandro Henrique), pelo amor e compreenso oferecido

    durante todo esse trabalho, levantando de madrugada, dormindo tarde, escutando

    atentamente meus choros e desesperos, voc segurou minhas mos quando meus joelhos

    j no aguentavam mais segurar o meu corpo. Obrigada.

  • LISTA DE ILUSTRAES

    Anexo I

    Figura I. Sistema Guelph (Fonte: CHO, C.Y.; COWEY, C.B.; WATANABE, T..

    Methodological approaches to research and development. In: Cho, C.Y., Cowey, C.B.,

    Watanabe, T. (Eds.), Finfish Nutrition in Asia. IDRC, Ottawa, Canada, pp. 1080.

    1985.)

    Figura II. Coleta mecnica (Fonte: CHOUBERT, G.; DE LA NOUE Jr., J.; Luquet, P.

    Digestibility in fish: improved device for the automatic collection of feces.

    Aquaculture 29, 185189. 1982.)

    Anexo II

    Grfico 1. Coeficientes de digestibilidade aparente do fsforo nas fezes do tambaqui

    sobre diferentes tempos de coleta (60, 120, 240 e 480 minutos) pelo mtodo de

    decantao.

    Grfico 2. Coeficientes de digestibilidade aparente da matria seca nas fezes do

    tambaqui sobre diferentes tempos de coleta (60, 120, 240 e 480 minutos) pelo mtodo

    de decantao.

    Grfico 3. Coeficientes de digestibilidade aparente da energia nas fezes do tambaqui

    sobre diferentes tempos de coleta (60, 120, 240 e 480 minutos) pelo mtodo de

    decantao.

    Figura I. Aqurio de alimentao (Fonte: Arquivo Pessoal).

    Figura II. Animais experimentais (Fonte: Arquivo Pessoal).

    Figura III. Incubadoras adaptadas para coleta de fezes por decantao (Fonte: Arquivo

    Pessoal).

    Figura IV. Coleta noturna de contedo fecal (Fonte: Arquivo Pessoal).

    Figura V. Recipiente coletor de fezes acoplado a incubadora (Fonte: Arquivo Pessoal).

    Figura VI. Identificao e armazenamento das amostras fecais (Fonte: Arquivo

    Pessoal).

    Figura VII. Trato digestrio do tambaqui todo removido (Fonte: Arquivo Pessoal).

    Figura VIII. Corte longitudinal do trato digestrio at o cecos pilricos (Fonte: Hugo

    Vinicius Pereira).

    Figura IX. Remoo das fezes de dentro do trato digestrio com pincel (Fonte:Hugo

    Vinicius Pereira).

    Anexo III

    Normas para preparao de trabalhos cientficos para publicao na Revista Brasileira

    de Zootecnia.

  • LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SMBOLOS

    CDA= Coeficiente de digestibilidade aparente.

    CDAPB = Coeficiente de digestibilidade aparente da Protena Bruta.

    CDAMS = Coeficiente de digestibilidade aparente da Matria Seca.

    CDAP = Coeficiente de digestibilidade aparente do Fsforo.

    CDAEB = Coeficiente de digestibilidade aparente da Energia Bruta.

    PB = Protena bruta.

    EB = Energia bruta.

  • SUMRIO

    CAPTULO 1 - CONSIDERAES GERAIS ....................................................................................... 1

    1.2 MTODOS DE COLETA .................................................................................................. 6

    CAPTULO 2 - PROJETO ORIENTADO .......................................................................................... 15

    2.1 RESUMO .......................................................................................................................... 15

    2.2 ABSTRACT ...................................................................................................................... 16

    2.3 INTRODUO ................................................................................................................ 17

    2.4 MATERIAL E MTODOS .............................................................................................. 18

    2.4.1 rea e animais experimentais .................................................................................... 18

    2.4.2 Dieta experimental ..................................................................................................... 19

    2.4.3 Metodologia para coleta de fezes pelo mtodo de decantao ................................... 20

    2.4.4 Metodologia de coleta de fezes pelo mtodo de dissecao ...................................... 22

    2.4.5 Clculo dos CDAs e anlises qumicas ...................................................................... 22

    2.4.6 Delineamento experimental e anlise estatstica dos dados ....................................... 23

    2.5 RESULTADOS ................................................................................................................. 24

    2.6 DISCUSSO .................................................................................................................... 27

    2.7 CONCLUSO .................................................................................................................. 33

  • 1

    CAPTULO 1 - CONSIDERAES GERAIS

    Nos ltimos anos, o cultivo intensivo e semi-intensivo de peixes tem sido

    crescente no Brasil, principalmente pelo interesse nas espcies nativas tropicais, como o

    pacu (Piaractus mesopotamicus) e o tambaqui (Colossoma macropomum), que

    apresentam grande potencial para a piscicultura, uma vez que possuem carne de

    excelente qualidade, alm da facilidade na adaptao de criao em cativeiro (Abimorad

    & Carneiro, 2004).

    A produo aqucola mundial tem crescido significativamente, atingindo a marca

    de 60 milhes de toneladas em 2010. Este crescimento decorre da alta demanda por

    pescado pela populao, com crescimento mdio anual de 6,6%, chegando a um

    consumo 18,4 kg per capita/ano (The Stateof World Fisheries and Aquaculture- Sofia,

    2012).

    O tambaqui o segundo maior peixe de escamas do Brasil, sendo a principal

    espcie da Amaznia cultivada no pas, cuja produo nacional em 2008 foi de 46 mil

    toneladas (MPA, 2010b) tendo um crescimento de 66% em relao ao ano de 2007, o

    que destaca o rpido crescimento desta espcie em territrio nacional. Segundo o

    IBAMA (2008), o tambaqui o 4 pescado mais cultivado do pas, perdendo somente

    para o camaro, tilpia e carpa. Entre 2003 e 2009, a produo desta espcie cresceu

    123%, com taxa mdia anual de 14% (MPA, 2010b).

    Pertencente classe Actinopterygii, ordem Characiformes e famlia Characidae

    (Britski, 1977), o tambaqui um peixe de piracema nativo das bacias dos rios

    Amazonas e Orinoco, com alto potencial para a aquicultura. A popularidade do

    tambaqui atribuda facilidade de produo de alevinos, rpido crescimento,

    resistncia a elevadas temperaturas da gua dos viveiros, ao manuseio, e baixos nveis

    de oxignio dissolvido necessrio (Silva et al., 1986; Arajo-Lima & Gomes, 2005;

  • 2

    Porto, et al. 2005; Paula, 2009). Esta espcie, em situao de hipxia, apresenta

    adaptaes comportamentais e fisiolgicas para suportar a adversidade como: aumento

    da respirao e batimento cardaco, aumento da afinidade da hemoglobina pelo

    oxignio, reduo do metabolismo e baixa taxa de crescimento (Val & Almeida-Val,

    1995; Gomes et al., 2006).

    Durante a dcada de 80 alguns pesquisadores caracterizaram o tambaqui como

    tendo hbito alimentar onvoro com tendncia herbvoria, sendo ainda considerada

    espcie filtradora e frugvora (Goulding et al., 1980; Carvalho et al., 1981; Flamm et al.,

    1983; Machado-Allinson et al., 1982; Piedade et al., 1985; Soares et al., 1986; Goulding

    & Carvalho, 1982; Saint Paul et al., 1986).

    Mesmo estando em grande expanso produo de espcies nativas, em especial

    do tambaqui, os estudos so escassos sobre manejo alimentar, nutricional, reprodutivo e

    comportamento desta espcie, os quais so dominados por algumas instituies de

    ensino e pesquisa, e setores privados, como fbricas de rao. Mesmo assim, a

    exigncia nutricional especifica do tambaqui ainda no foi tabulada como j existem

    relatos especficos para a tilpia no Brasil e no mundo (Furuya, 2010 e NRC, 2011).

    Portanto, a criao do tambaqui depende especialmente em sistemas semi-intensivos ou

    intensivos de produo e do uso de raes balanceadas e de boa qualidade, permitindo

    melhor aproveitamento dos nutrientes pela espcie, j que os custos com alimentao

    so relativamente altos, representando o maior percentual dos custos operacionais (em

    torno de 70%).

    Do ponto de vista da aquicultura sustentvel, para a formulao ideal de rao

    deve-se levar em considerao a digestibilidade dos ingredientes, a qual pode ser

    influenciada por vrios fatores, como a densidade de estocagem, a qualidade e a

  • 3

    quantidade dos alimentos, influncia do sexo, idade, tamanho, tempo, frequncia

    alimentar e, principalmente, dos mtodos de avaliao da digestibilidade.

    A determinao doscoeficientes de digestibilidade aparente (CDA) dos nutrientes

    medida pela diferena (expressa como percentagem) entre a ingesto de nutrientes e a

    excreo de nutrientes fecais com a utilizao de marcadores indigestveis. Sendo

    assim, a melhor forma de produzir dietas nutricionalmente balanceadas, quantificando a

    capacidade desses animais de digerir e assimilar os nutrientes dos alimentos. Portanto,

    experimentos de digestibilidade tm fundamental importncia para a quantificao de

    valores nutricionais para formulao de dietas espcie-especificas nutricionalmente

    balanceada.

    A digestibilidade de uma dieta ou de um ingrediente pode ser determinada direta

    ou indiretamente. O ambiente aqutico o grande desafio para pesquisas de

    digestibilidade em peixes, pois dificulta a separao das fezes na gua, a mensurao do

    consumo de alimento, alm da contaminao com o alimento no ingerido. O mtodo

    direto, que tem como objetivo a coleta total das fezes, no tem sido utilizado

    rotineiramente para determinao dos coeficientes de digestibilidade dos alimentos para

    peixes, principalmente pelo estresse ocasionado e dificuldade de coleta, apesar de

    existirem tcnicas adaptadas para coleta total de excretas, como: cmara metablica

    (Halver et al., 1989), sistema de filtragem contnua adaptada para a coleta total de fezes

    (Choubert et al., 1979; Choubert et al., 1982) e sistema de bolsa coletora de fezes (Vidal

    Junior, 2000).

    No mtodo indireto, os coeficientes de digestibilidade aparente so estimados pela

    diferena de concentrao de um marcador indigestvel e dos nutrientes no alimento e

    nas fezes, de forma que a coleta total das fezes no necessria (Halver et al., 1989).

    Contudo, a coleta das fezes pode ser efetuada de duas maneiras: a) as excretas podem

  • 4

    ser obtidas diretamente do tanque ou aqurio de cultivo aps a defecao (coleta com o

    peixe dentro da gua); b) as amostras podem ser coletadas diretamente do intestino

    posterior antes de serem defecadas pelo peixe (coleta com o peixe fora da gua) (Portz

    et al. 2001).

    A fim de evitar a lixiviao de nutrientes na gua, vrios autores tm ressaltado

    que mtodos de coleta de fezes fora do ambiente aqutico, como o mtodo de

    dissecao (Smith & Lovell, 1971; Smith & Lovell, 1973; Austreng et al., 1978;

    Windell et al., 1978; Henken et al., 1985), ou o mtodo de compresso ou massagem

    abdominal (Inaba et al., 1962; Nose et al., 1967; Austreng et al., 1978; Windeil et al.,

    1978; Vens-Cappel et al., 1985) e de suco anal (Lovell et al., 1977; Windell et al.,

    1978; Brown et al., 1985) apresentam-se como tcnicas mais adequadas, como para o

    salmo (Salmo salar), que produz fezes que se dissipam facilmente na gua. A

    lixiviao pode ser altamente significativa no mtodo indireto por decantao, quando

    grandes instalaes so utilizadas para a manuteno destes peixes, devido distncia

    que os excrementos teriam de percorrer na gua, antes que pudessem ser recolhidos por

    decantao ou remoo fsica (Abimorad & Carneiro, 2004).

    Porm, tais mtodos requerem a manipulao frequente dos peixes, acarretando

    em estresse. Alm destes fatores, estes mtodos de coleta podem incorrer no erro de

    subestimar a digestibilidade devido aos peixes possurem a caracterstica de absorver os

    nutrientes at a regio final do intestino, ou seja, o nus.

    Outros autores criaram metdos que visavam a coleta das fezes dentro da gua,

    como a cmara metablica (Smith et al.,1971), pipetagem imediata das fezes (Alliot et

    al., 1978), decantao, (Cho et al., 1985) ou por filtrao contnua (Choubert et al., 1979;

    Choubert et al.,1982). Estes mtodos, mesmo sendo eficientes em diminuir a

    mortalidade e o estresse nos animais, tm como principal problema a tendncia a

  • 5

    acelerar a lixiviao (De La Noiie & Choubert, 1986), exceto a filtrao contnua, que

    o mais eficiente em minizar a lixiviao dos nutrientes na gua.

    Todos os mtodos de coleta de fezes existentes apresentam vantagens e

    desvantagens, particularmente em relao facilidadeda coleta da amostra e da natureza

    representativa das fezes recolhidas. No entanto, a coleta de amostras representativas de

    fezes em peixes menores de 1 kg problemtica, tanto no mtodo direto como no

    indireto. Como por exemplo, a utilizao de uma cmara de metabolismo (Smith et al.,

    1971) impraticvel devido ao tamanho do peixe, como tambm o mtodo dissecao,

    devido necessidade do sacrificio dos animais, bem como a dificuldade de coleta.

    Mtodos que contam coma coleta de fezes na gua so propensos a

    superestimativa do CDA como um resultado da lixiviao dos nutrientes a partir das

    fezes (Smith et al., 1980; Brown & Robinson,1989; Spyridakis et al., 1989; Hajen et al.,

    1993). Neste contexto, Cho et al.(1982) concluiram que as fezes so mais vulnerveis

    lixiviao quando os peletes fecais eram quebrados durante o processo de coleta e

    quando o tempo de contato das fezes com a gua maior, entretanto, Satoh et al. (1992)

    trabalhando com truta arco-ris (Oncorhynchus mykiss) afirmaram que o tempo de

    recuperao fecal tem pouco efeito sobre a lixiviao de nutrientes.

    Portanto, as tcnicas de coleta de fezes podem afetar os resultados do CDA.

    Windell et al. (1978) e Vens-Cappell (1985), trabalhando com truta arco-ris

    (Oncorhynchus mykiss), e Abimorad e Carneiro (2004), trabalhando com pacu

    (Piaractus mesopotamicus), demonstraram claramente que os valores de digestibilidade

    podem variar de acordo com o mtodo de coleta de fezes. Assim, erros inerentes aos

    vrios mtodos devem ser quantificados, a fim de selecionar o mtodo mais apropriado

    que gerem dados mais fidedignos de digestibilidade.

  • 6

    1.2 MTODOS DE COLETA

    A cincia da nutrio de peixes comeou quase 80 anos atrs. Muitos

    pesquisadores desde este tempo vem tentado avaliar a eficincia de alimentos para

    peixes (Belal et al., 2005), aprimorando tecnologias, metodologias e usando tcnicas

    semelhantes s utilizadas para determinao de digestibilidade em animais

    homeotrmicos (aves, ovinos, caprinos, bovinos, sunos, entre outros). Porm algumas

    destas tcnicas no poderiam ser feitas sem aceitar um nvel de erro significativo devido

    aos peixes viverem em ambiente diferente.

    Na avaliao de alimentos para animais, desejvel ter um mtodo rpido e

    simples para a determinao da digestibilidade, e para os animais domsticos ensaios de

    digesto so realizados rotineiramente. Para os peixes, o ambiente aqutico dificulta a

    medio do consumo de rao e separao das fezes na gua.

    Delmondes & Bomfim (2004), destacaram todas as metodologias de coleta de

    fezes de peixes para determinao de coeficientes de digestibilidade, relatando

    caractersticas e desvantagens de cada mtodo de coleta.

    Uma das metodologias mais utilizadas em trabalhos de digestibilidade o mtodo

    caracterizado como decantao, desenvolvido por Cho et al. (1985), sendo tambm

    chamado de Sistema Guelph. Consiste de tanque (s) com fundo inclinado ou

    afunilado e sistema (s) de drenagem comum a uma nica coluna de decantao (Anexo

    I, Figura I). Os peixes so livremente alimentados neste sistema e aps um perodo de

    alimentao, as fezes so coletadas por 9-16 h. No final do perodo, a coluna de

    sedimentao aberta e as fezes so removidas, sendo seu principal problema a

    lixiviao de nutrientes (Cho et al., 1985; Allan et al., 2000). Segundo Storebakken et

    al. (1998), o mtodo de decantao adequado para obteno de fezes de peixes

    pequenos, porm, um nmero relativamente alto de unidades animais deve ser

  • 7

    considerado, j que se tratando de uma coleta com grande quantidade de gua a perda

    principalmente por lixiviao, muito alta, superestimando os valores de

    digestibilidade.

    Mesmo sendo ainda um mtodo muito utilizado, alm do problema de lixiviao o

    mtodo de Sistema Guelph ainda tem uma desvantagem em sua metodologia, pois o

    contedo fecal acaba ficando aderido em sua estrutura (Abimorad e Carneiro, et al.

    2004), principalmente os indicadores inertes, como o xido de crmio, no expressando

    assim os valores reais de digestibilidade, j que ela calculada de acordo com a

    concentrao deste indicador nas fezes.

    Observando os problemas no Sistema Guelph, Choubert et al. (1982) criaram uma

    nova tcnica, desenvolvida com o objetivo de minimizar os efeitos estressores para os

    peixes causados pelos mtodos j existentes e diminuir as perdas ocorridas por

    movimentao do bolo fecal, denominada coleta mecnica (Anexo I, Figura II). Neste

    mtodo, a gua passa por uma tela separadora que se move atravs de esteira, separando

    todas as fezes e depositando-as em uma caixa de coleta. Porm, neste mtodo

    necessrio equipamento especializado e um sistema de drenagem projetado

    especialmente para o viveiro ou tanque (Portz et al., 2001).

    Outra tcnica desenvolvida para esse tipo de trabalho se trata da pipetagem direta

    no fundo do tanque, desenvolvida por Watanable & Ohta (1995), onde os tanques

    possuem fundo com leve declividade para acumulao das fezes em determinado ponto

    para serem removidas da gua atravs de fina mangueira de pipetagem para uma coluna

    separada do tanque. Sua desvantagem est na possibilidade de maior lixiviao dos

    componentes das fezes, em virtude do turbilhonamento proporcionado com a sifonagem

    e pelo contato direto dos peixes com as fezes possibilitando assim o consumo das

    excretas.

  • 8

    Nas tcnicas de coleta com os peixes dentro da gua, a lixiviao de materiais para

    a gua o nico erro importante, que acarreta na maior estimativa da digestibilidade

    (Percival et al.,2001). Segundo Spyridakis et al. (1989), h tendncia dos mtodos que

    utilizam material fecal naturalmente evacuado na gua apresentarem valores maiores de

    digestibilidade, em razo da lixiviao de nutrientes na gua, como se essa frao de

    nutriente tivesse sido aproveitada pelo peixe.

    Observando os problemas nas metodologias existentes, tcnicas de coleta de fezes

    com o peixe fora da gua foram desenvolvidas para superar o problema de lixiviao

    atravs da coleta de fezes diretamente a partir do trato intestinal dos peixes.

    Nose et al. (1960) desenvolveu a tcnica denominada como compresso ou

    massagem abdominal, onde o peixe previamente anestesiado e as fezes so extradas

    atravs de uma cuidadosa compresso ventral. A desvantagem deste mtodo a

    possibilidade de contaminao das fezes pela urina, estresse, coleta de fludos do

    intestino ou material no digerido ou absorvido, e necessidade de peixes de tamanho

    superior (ao redor de 100g) na quantidade mnima de 30 animais (Nose et al.,1961;

    Austreng et al., 1978; Storebakken et al., 1998; Percival et al., 2001).

    Outro mtodo testado em alguns trabalhos foi denominado suco anal (Lovell et

    al., 1977; Windell et al., 1978; Brown et al., 1985), que se trata de uma cnula

    introduzida no nus do peixe previamente anestesiado, realizando-se uma leve suco

    empregada com o auxilio de uma seringa para coleta fecal na regio posterior do

    intestino. A desvantagem desse mtodo se trata do decorrente estresse provocado pela

    manipulao excessiva dos peixes e coleta dos fluidos e/ou epitlio intestinal ou de

    material no digerido ou absorvido (Percival et al., 2001).

    A dissecao outro mtodo de coleta de fezes bastante utilizado, porm a

    desvantagem de se ter que sacrificar os animais torna o mtodo invivel, do ponto de

  • 9

    vista tico. Os peixes so previamente anestesiados e sacrificados, realizando corte

    longitudinal sob a cavidade abdominal para a coleta do contedo fecal na parte terminal

    do intestino. O problema desse mtodo est relacionado com a possibilidade de ocorrer

    redistribuio de material fecal no trato intestinal aps a eutansia, passando material

    menos digerido para o intestino posterior, alm de ser necessria uma quantidade alta de

    animais para a coleta de amostras suficiente para anlises (Austreng et al., 1978;

    Storebakken et al., 1998; Allan et al., 1999; Percival et al., 2001). Este mtodo pode ser

    realizado sem que os peixes passem um perodo de adaptao dieta, possibilitando a

    utilizao dos animais imediatamente aps o ensaio de crescimento, quando o estresse

    j no prejudicial para o desempenho do peixe.

    Cho et al.(1985), trabalhando com truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss),

    avaliaram a suco anal, extruso e dissecao e observaram que houve subestimao

    da digestibilidade dos nutrientes por contaminao com fluido corporal, epitlio

    intestinal, e as enzimas em excesso.

    Henken et al. (1985) com o objetivo de comparar metodologias de coleta de fezes

    com o bagre africano (Aquamonstrus devastadorus), obtiveram material para anlise a

    partir das seguintes tcnicas: coleta total (fezes por sedimentao e sem o uso de

    marcador); pela dissecao do tero final do intestino dos peixes, a partir de rao

    marcada com o Cr2O3, e coleta por sedimentao tambm com rao marcada com o

    Cr2O3. Concluram que os valores dos coeficientes de digestibilidade obtidos pelo

    ltimo mtodo foram mais seguros.

    Portz et al. (2001) observaram que as estimativas de digestibilidade dos

    ingredientes da trutas arco-ris (Oncrhynchus mykiss) obtidos a partir de anlises de

    fezes coletadas por decantao, teriam valores cerca de 10% inferiores aos da anlise

  • 10

    das fezes coletadas diretamente do peixe, o que indica que alguns nutrientes so

    lixiviados na gua.

    A determinao de um mtodo de coleta de fezes eficiente e que demostre os

    valores reais de digestibilidade dos nutrientes no tem s importncia na piscicultura, e

    sim para todos os organismos aquticos, como relatado por Mourio et al. (2006), que

    trabalharam com diferentes mtodos de coleta de fezes para determinao da

    digestibilidade proteica r-touro (Rana catesbeiana), concluram que as informaes

    obtidas com uma espcie no devem ser generalizadas exatamente para outras, devido a

    fatores especficos como comportamento e consistncia das fezes. Portanto, novos

    estudos deveriam ser realizados e podem ser to importantes a ponto de impedir a

    utilizao de determinados mtodos.

    Desta forma, a coleta de fezes a atividade que exige maior ateno e preciso em

    experimentos de digestibilidade, independentemente da escolha do mtodo. Em

    trabalhos com a truta arco-ris, Smith et al. (1980) mostraram que significativa

    quantidade de nitrognio fecal pode ser lixiviada na gua antes da coleta,

    superestimando os coeficientes de digestibilidade. Portanto, um mtodo de coleta de

    fezes mais adequado para os estudos de digestibilidade em peixes indispensvel para

    que se obtenha preciso nos resultados (Austreng et al., 1978; Smith et al., 1980).

  • 11

    2. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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  • 15

    CAPTULO 2 - DIFERENTES MTODOS DE COLETA DE FEZES SOBRE OS

    COEFICIENTES DE DIGESTIBILIDADE APARENTE PARA O TAMBAQUI

    (Colossoma macropomum)

    2.1 RESUMO

    O presente estudo teve como objetivo determinar o melhor mtodo de coleta de

    fezes do tambaqui, comparando os mtodos de decantao em diferentes tempos de

    coleta (60, 120, 240 e 480 minutos) e o mtodo de dissecao. Foram utilizados oitenta

    juvenis de tambaqui (167,546,71g), distribudos em quatro tanques experimentais.

    Aps a coleta de fezes pelo mtodo de decantao, os peixes foram sacrificados depois

    de receberem cinco refeies com intervalos de duas horas um dia antes do sacrifcio,

    sendo o material fecal recolhido aps os cecos pilricos. As variveis avaliadas foram

    coeficiente de digestibilidade aparente da protena bruta (CDAPB), matria seca

    (CDAMS), fsforo (CDAP) e da energia bruta (CDAEB). Conclui-se que o CDAPB dos

    tempos de coleta por decantao no tiveram diferena, porm em comparao entre os

    mtodos, o CDAPB foi menor no mtodo de dissecao. Houve diferena significativa

    (P

  • 16

    2.2 ABSTRACT

    The present study aimed to determine the best faeces collection method for

    tambaqui by comparing the sedimentation method at different sampling times (60, 120,

    240 and 480 minutes) and the dissection method. Eighty tambaqui juveniles (167,54

    6,71g) were randomly stocked into four experimental aquaria. After the collection of

    faeces by sedimentation, fishes were sacrificed after receiving five meals with intervals

    of two hours a day before the sacrifice, and fecal material being collected after the

    pyloric caeca. The variables evaluated were apparent digestibility coefficients of crude

    protein (ADCCP), dry matter (ADCDM), phosphorus (ADCP) and gross energy (ADCGE).

    ADCCP were not affected by sampling time in the sedimentation method. However,

    ADCCP were lower in the dissection method compared to sedimentation. There were

    significant differences (P

  • 17

    2.3 INTRODUO

    Vrias metodologias tm sido utilizadas para determinar os coeficientes de

    digestibilidade dos nutrientes em ingredientes e raes para peixes. Dentre os mtodos

    mais empregados, destacam-se: a) pipetagem direta no fundo do tanque (Watanable &

    Ohta, 1995), b) filtragem contnua (Choubert et al., 1979), c) coleta mecnica (Choubert

    et al., 1982), d) decantao (Cho et al., 1985), e) extruso (Nose et al., 1960), f) suco

    anal (Lovell et al., 1977) e g) dissecao (Austreng et al., 1978).

    Trabalhos recentes (Delmondes & Bomfim, 2004), tm demonstrado preocupao

    com o estresse a que so submetidos os peixes independente do mtodo utilizado, e

    principalmente sobre a confiabilidade de cada mtodo, j que problemas como

    contaminao das fezes e lixiviao dos nutrientes podem interferir nos valores reais

    dos coeficientes de digestibilidade dos alimentos contidos nas dietas.

    Estudos sobre a digestibilidade da protena, energia, matria seca e de minerais

    dos principais produtos e subprodutos produzidos no Brasil utilizados na elaborao de

    raes so de fundamental importncia nos aspectos nutricional e econmico,

    resultando em maior preciso no balanceamento das dietas para organismos aquticos.

    Portanto, para determinar a exigncias de peixes, e principalmente do tambaqui

    (Colossoma macropomum), fundamental que se conhea o nvel de aproveitamento

    dos ingredientes da dieta.

    Experimentos de digestibilidade realizados com peixes, especialmente com o

    tambaqui (principal espcie nativa do Brasil), ainda so escassos, principalmente no que

    diz respeito ao mtodo de coleta que minimize o efeito do ambiente aqutico nos dados

    de digestibilidade dos nutrientes. Devido importncia desta espcie para aquicultura

    nacional e o reduzido volume de trabalhos que avaliem um mtodo preciso de

    determinao da digestibilidade dos nutrientes para o tambaqui. Desta forma, o presente

  • 18

    trabalho teve como objetivo determinar a lixiviao dos nutrientes das fezes do

    tambaqui e qual o melhor tempo de coleta de fezes. Assim como, comparar dois

    mtodos de coleta distintos (decantao e dissecao).

    2.4 MATERIAL E MTODOS

    2.4.1 rea e animais experimentais

    O experimento foi conduzido na Pontifcia Universidade Catlica de Gois

    PUC- Campus II, Goinia, no Laboratrio de Produo de Organismos Aquticos -

    LAPOA, nos perodos de janeiro a maio de 2012 com durao do perodo experimental

    de 30 dias mais sete dias de perodo de adaptao.

    Foram utilizados 80 juvenis de tambaqui com peso mdio inicial de

    167,546,71g, provenientes do setor de piscicultura da UFG, Campus Samambaia

    Goinia GO, onde foi realizada a alevinagem em tanques escavados. Antes do

    alojamento, os peixes foram tratados com banhos profilticos de imerso em

    permanganato de potssio (KMnO4), com a diluio de um grama/50L de gua, onde

    os peixes permaneceram por uma hora segundo a recomendao de Pavanelli (1998).

    Aps o banho profiltico, os peixes foram anestesiados com uma soluo de

    benzocana (ethyil-p-aminobenzoato) na proporo de 100mg/L de gua (Roubach, et

    al. 2001) para efetiva pesagem dos grupos, que foram distribudos aleatoriamente em

    grupos de 20 peixes em quatro aqurios com capacidade para 310L cada, abastecidos

    com gua de poo artesiano, termostatizados e com aerao constante por turbina de ar,

    instalados em sistema de recirculao fechado (Anexo 2, Figura 1), sendo a vazo de

    gua das caixas reguladas para 2,5L/min., e troca diria de 30% da gua do sistema.

    Estas caixas foram utilizadas somente para alimentao dos peixes.

  • 19

    A gua era proveniente de poo artesiano, sendo tratada por filtros fsicos,

    ultravioleta e biolgico antes de retornar s caixas. Os parmetros de qualidade de gua

    como temperatura, oxignio dissolvido e pH foram monitorados diariamente com

    auxlio de oxmetro digital e pHmetro, e, semanalmente, monitorados amnia, nitrito e

    nitrato por kit comercial (Alfakit). A temperatura da gua dos aqurios foi mantida

    dentro da faixa de conforto para a espcie (27,0 2,0C), sendo aferida s 8:00 e 16:00

    horas.

    2.4.2 Dieta experimental

    A dieta experimental foi confeccionada com ingredientes convencionais de forma

    a atender as exigncias nutricionais da espcie, com 28%PB g/kg-1

    e 4.300 cal/g/ EB

    (Tabela 1). Os valores digestveis da protena e da energia de cada alimento foram

    calculados de acordo com os valores de coeficiente de digestibilidade aparente obtidos

    para tilpia por Pezzato et al. (2002) e Guimares (2008). Os ingredientes foram modos

    em moinho de facas, com peneira apresentando dimetro menor que 0,5mm,

    posteriormente foram homogeneizados em misturador automtico, e para confeco dos

    grnulos experimentais a mistura recebeu cerca de 40% de gua com temperatura de

    aproximadamente 65C, sendo assim imediatamente granulada por meio de um moinho

    de carne, empregando-se matrizes para obteno de grnulos com os dimetros de

    3,5mm. Aps a peletizao, os grnulos foram desidratados a 55,0C por 24 horas em

    estufa com circulao de ar forada, posteriormente, trituradas e o tamanho do grnulo

    ajustado ao tamanho da boca do peixe, sendo armazenados por resfriamento a -5,0C.

  • 20

    Tabela 1. Composio percentual e proximal da rao experimentala

    Ingredientes g kg-1

    Farelo de Soja 490

    Farinha de Peixe 50

    Fub de Milho 270

    Farelo de Trigo 60

    DL-metionina 1

    Cr2O3 1

    leo de Soja 65

    Fosfto Biclcico 56

    Vitamina C 0.8

    Sal Comum 1

    Premix Vitamnicob 5

    BHTc 0.2

    Total 1000

    28%PB g/kg-1 e 4.300 cal/g/ EB; bPremix vitamnico, nveis de garantia por kg da dieta: vitamina A, 16060 UI; vitamina D3, 4510 UI;

    vitamina E, 250 UI; vitamina K, 30 mg; vitamina B1, 32 mg; vitamina B2, 32 mg; pantotenato de

    clcio, 80 mg; niacina, 170 mg; biotina, 10 mg; cido flico, 10 mg; vitamina B12, 32 g; vitamina

    B6, 32 mg.cAntioxidante Butil Hidroxitolueno.

    2.4.3 Metodologia para coleta de fezes pelo mtodo de decantao

    Foi avaliada a digestibilidade da matria seca, protena, energia bruta e do

    fsforo de uma dieta referncia para o tambaqui de acordo com o procedimento descrito

    por Guimares et al. (2008), em que os peixes so alimentados em aqurios fora do

    sistema coletor de fezes.

    Cada grupo de 20 peixes foi considerado uma unidade experimental, totalizando

    quatro repeties. Estes quatro grupos de peixes foram transferidos dos aqurios de

    alimentao para os aqurios de coletas por um perodo de cinco dias, necessrio para

    obteno de amostras suficientes para realizao das anlises. Os tratamentos foram:

    (T1) primeiro perodo (60 min. aps a primeira sedimentao dos pletes fecais); (T2)

    segundo perodo (120 min. aps sedimentao dos primeiros pletes fecais); (T3)

    terceiro perodo (240 min. aps sedimentao dos primeiros pletes fecais); (T4) quarto

  • 21

    perodo (480 min. aps sedimentao dos primeiros pletes fecais). A coleta ocorreu no

    perodo noturno aps os peixes terem recebido rao durante o dia.

    Os peixes foram alimentados trs vezes ao dia, prximo saciedade, nos

    horrios de 8:00, 12:00 e 16:00, durante os sete dias de adaptao. No dia de coleta a

    frequncia foi elevada para quatro vezes (9h, 11h, 14h e 17h). Em seguida, com auxlio

    de pu, os 20 peixes de cada grupo, eram transferidos para os quatro aqurios de

    coleta, permanecendo das 18h00min at 8h00min do dia seguinte.

    O sistema de coleta de fezes, com capacidade para 200L de gua, apresentando

    formato cnico, que possibilitam a coleta das fezes por gravidade, as quais

    sedimentavam em recipiente de rosca acoplado a um registro de esfera no fundo de cada

    aqurio (Anexo 2, Figura 3, e 5). Os mesmos eram equipados com termostatos

    regulados para 28C e mangueiras acopladas com pedras porosas para aerao, por

    turbina de ar comprimido.

    Esta transferncia possibilitou a obteno de fezes sem contaminao por

    sobras de rao ou acmulo de nutrientes na gua dos aqurios de coleta, pois se

    realizava sifonamento das caixas de alimentao antes da transferncia e descartavam-se

    os sedimentos dos coletores de fezes aps 30 minutos de permanncia dos peixes nos

    coletores. Toda a gua utilizada nos aqurios de coleta foi substituda para evitar

    contaminao nas coletas seguintes.

    Aps a sedimentao dos primeiros grnulos fecais era observado o horrio para

    marcar o tempo de coleta (tratamentos) assim, realiza-se o fechamento do registro e

    retirada do recipiente de acrlico, retirando-se o excedente de gua e transferindo para

    recipientes de vidro estreis devidamente identificados com os horrios da primeira

    visualizao das fezes e do horrio da retirada (correspondente ao tratamento) e

    simultaneamente das quatro unidades experimentais (Anexo 2, Figuras 4 e 6), e

  • 22

    imediatamente as amostras eram conservadas em freezer (-20C). Com a obteno de

    trs pools de amostras por tratamento, realizou-se a pr-secagem (65 C) e as amostras

    de fezes foram modas com pistilo de vidro separadamente, sendo retiradas escamas

    com auxlio de pina.

    Foram obtidas quatro amostras de fezes de cada tratamento por unidade

    experimental, das quais foi avaliado o teor de protena bruta (PB), energia bruta (EB),

    crmio e do fsforo, determinando a digestibilidade da PB, matria seca, energia e

    disponibilidade de fsforo pelo tambaqui.

    2.4.4 Metodologia de coleta de fezes pelo mtodo de dissecao

    Esta etapa do experimento ocorreu aps o perodo de coleta de fezes por

    decantao. Os peixes de todos os grupos passaram por um perodo de reabilitao de

    cinco dias recebendo a dieta sem manejo que promovesse estresse e comprometesse o

    trnsito gastrointestinal. Aps esse perodo, intensificou o fornecimento da dieta

    recebendo 6 refeies com intervalos de 2 horas um dia antes do sacrifcio. No dia do

    sacrifcio, os animais foram novamente alimentados para estimulao do bolo fecal 2

    horas antes do sacrifcio. A eutansia dos peixes foi realizada por meio de

    aprofundamento do plano anestsico com alta dose de benzocana e corte da medula,

    posteriormente eviscerados e o trato digestrio dissecado cuidadosamente para a

    retirada do material fecal aps os cecos pilricos. As fezes foram identificadas e

    congeladas para posterior anlise como descrito anteriormente (Anexo 2, Figura 7, 8 e

    9).

    2.4.5 Clculo dos CDAs e anlises qumicas

    Os CDAs foram determinados por meio do mtodo de coleta parcial de fezes,

    utilizando-se o xido de crmio como indicador inerte na concentrao de 0,1%, crmio

  • 23

    recomendado por Bremer-Neto et al. (2005). Aps a realizao da anlise quantitativa

    do xido de crmio, e de posse dos valores de protena e energia presentes nas dietas e

    nas fezes, os CDA dos nutrientes foram calculados pela frmula proposta por Nose

    (1966):

    CDA (%) = 100100

    %Cr2O3 na dieta

    X

    % de nutrientes ou EB nas fezes

    % Cr2O3 nas fezes % de nutrientes ou EB na dieta

    A determinao da digestibilidade da matria seca foi efetuada de acordo com a

    frmula apresentada abaixo:

    CDA MS (%) = 100 x (1 - % Cr2O3 na dieta / % Cr2O3 nas fezes)

    As anlises qumico-bromatolgicas foram realizadas no Laboratrio de Solos e

    Limnologia da PUC-GO e no Laboratrio de Bromatologia do Departamento de

    Produo Animal da Escola de Veterinria UFG, Campus Samambaia, segundo os

    protocolos do A.O.A.C. (1995), sendo a protena pelo mtodo de Kjeldhal, o fsforo e

    crmio por espectrofotometria de luz a 420 e 550 mm, respectivamente. A concentrao

    de crmio nas raes e nas fezes foram realizadas de acordo com Bremer-Neto et al.

    (2005) A energia foi determinada com bomba calorimtrica realizada pelo Laboratrio

    de Enzimologia e anlises bromatolgicas do Instituto de Qumica e Biotecnologia da

    UFAL,

    2.4.6 Delineamento experimental e anlise estatstica dos dados

    O delineamento estatstico utilizado no experimento foi o inteiramente

    casualisado com cinco tratamentos (mtodos de coleta e tempo de coleta) e quatro

    repeties. Os resultados dos estudos foram avaliados por meio da tcnica da anlise de

  • 24

    varincia e, quando significativo, foi aplicado o teste de comparaes mltiplas de

    mdias de Student Newman Kews (SNK). Para determinar o comportamento das

    variveis frente aos diferentes perodos de coleta, foi utilizada a anlise de regresso,

    excluindo para esta anlise os dados do mtodo de dissecao. Todas as anlises foram

    realizadas utilizando o procedimento GLM do pacote computacional SAS, ao nvel de

    5,0% de significncia.

    2.5 RESULTADOS

    Os valores mdios dos coeficientes de digestibilidade aparente das fezes do

    tambaqui sobre diferentes tempos de coleta (60, 120, 240 e 480 minutos) pelo mtodo

    de decantao e dissecao esto apresentados na Tabela 2.

    Tabela 2. Valores mdios de coeficiente de digestibilidade aparente dos nutrientes

    obtidos pelos mtodos de dissecao e decantao para o tambaqui1

    Mtodos de

    coleta

    Coeficientes de Digestibilidade2

    CDAMS

    (%)

    CDAPB

    (%)

    CDAP

    (%)

    CDAEB

    (%)

    Dissecao 68,62 2,61 d 86,77 1,27 b 54,21 3,37 a 70,45 1,14 d

    Decantao

    60 min 77,64 2,06 a 89,84 1,36ab 19,59 2,83 d 84,62 0,93 a

    120 min 75,81 0,99 ab 91,10 1,33 a 39,56 2,51 b 82,72 0,54 ab

    240 min 72,82 2,13 bc 87,71 1,93 ab 30,38 3,01 c 78,57 1,91 c

    480 min 71,11 2,41 dc 90,74 2,51 a 59,34 3,25 a 81,15 2,60 b

    Linear P < 0,0001 ns P < 0,0001 ns

    Quadrtico P < 0,0001 ns ns P < 0,0001

    1 Teste linear e quadrtico apenas avaliado nos intervalos de coleta do mtodo de decantao

    ns No significativo ao nvel de 5% de probabilidade, SNK

    2Coeficiente de digestibilidade aparente da protena bruta (CDAPB), fsforo (CDAP), matria seca (CDAMS) e energia bruta

    (CDAEB).

    Neste trabalho, os mtodos de coleta e o tempo de permanncia das fezes na gua

    no mtodo de decantao influenciaram significativamente os coeficientes de

  • 25

    digestibilidade (P

  • 26

    Os valores do CDAP no ltimo horrio de coleta por decantao (480 minutos)

    (59,34%) no diferiu do mtodo de dissecao (54,21%) (P

  • 27

    Grfico 3. Coeficientes de digestibilidade aparente da energia bruta nas fezes do Tambaqui sobre diferentes tempos

    de coleta (60, 120, 240 e 480 minutos) pelo mtodo de decantao.

    2.6 DISCUSSO

    Os mtodos de determinao da digestibilidade so utilizados pelos nutricionistas

    como forma de avaliar o valor nutricional dos alimentos, sendo ferramenta importante

    para a seleo de ingredientes que possam compor a dieta, e ainda, um dado

    extremamente importante quando se pretende formular dietas ambientalmente corretas.

    Entretanto, dependendo do mtodo de coleta de fezes utilizado para avaliao da

    digestibilidade, pode apresentar maior ou menor discrepncia dos resultados.

    Apesar da importncia da digestibilidade, poucos so os estudos que avaliam

    essas metodologias para espcies de peixes nativas do Brasil ou da Amrica Latina,

    principalmente o tambaqui. At o presente momento, apenas trs trabalhos contriburam

    para a determinao da digestibilidade e a velocidade de trnsito pelo trato

    gastrointestinal do tambaqui (Silva et al., 1999; Silva et al., 2000; Silva et al., 2003).

    Portanto, a utilizao de referncias metodolgicas de coleta de fezes para o tambaqui

    so baseadas em atribuies a diferentes espcies de peixes. Segundo Mourin et al.

    0 100 200 300 400 500 600

    78

    79

    80

    81

    82

    83

    84

    85

    86

    87

    88

    Y =88.45-0.06473 X+1.03002E-4 X2

    R2 = 0.975

    CD

    A d

    a e

    ne

    rgia

    bru

    ta (

    %)

    Intervalos de coleta (minutos)

  • 28

    (2006), Informaes obtidas com uma espcie no devem ser generalizadas exatamente

    para outras, devido a fatores especficos como comportamento e consistncia das fezes.

    Novos estudos deveriam ser realizados a ponto de evitar a utilizao de determinados

    mtodos, e apontar metodologias que comprovem de forma fidedigna os CDA dos

    nutrientes (protena, matria seca, energia bruta e fsforo) com uma maior preciso para

    a formulao de dietas especificas para o tambaqui.

    possvel observar uma queda dos valores de CDA da MS medida que o tempo

    de coleta foi aumentado, afirmando assim, a influncia do tempo de coleta sobre o teor

    de matria seca das fezes. Este resultado est diretamente relacionado com a

    concentrao de crmio nas fezes, que foi diminuindo gradativamente no contedo

    fecal. Este fato pode ser explicado pelo possvel efeito residual do crmio no recipiente

    coletor de fezes, j que este no era lavado entre uma coleta e outra. Essa possibilidade

    foi relatada por Percival et al. (2001) que observaram que o crmio apresenta afinidade

    por materiais plsticos e acrlicos, podendo assim interferir nos valores de

    digestibilidade.

    O CDAMS da dissecao (68,62%) foi menor que o encontrado para o CDA da MS

    pelo mtodo de decantao. Esse resultado pode ser explicado pelo fato do alimento no

    ter sido completamente digerido e absorvido dentro do trato digestrio, conforme

    relatado por Austreng et al. (1978).

    Comparando-se com os resultados de digestibilidade da protena da dieta obtida

    pelo mtodo de decantao em relao ao mtodo de dissecao, os valores

    apresentaram-se pouco divergentes. Por outro lado, os valores mdios sugerem que, no

    sistema de decantao de fezes os intervalos de coleta podem no influenciar nos

    valores de CDAPB, sendo esse nutriente pouco influenciado pela lixiviao. Entretanto

    observou-se uma reduo do valor mdio do CDAPB do mtodo de dissecao em

  • 29

    comparao aos valores mdios do mtodo de decantao. Resultado que pode ser

    atribudo segundo Inaba et al. (1962) ao nitrognio presente nas fezes, proveniente de

    enzimas digestivas ou de clulas da descamao da parede do intestino e, ainda, do

    alimento que seria digerido ao longo do trato digestrio. Assim, este fato pode explicar

    os menores valores de CDAPB que reduz o valor de digestibilidade da protena bruta.

    No presente estudo, quanto maior o intervalo de coleta, maior o CDA do fsforo,

    comprovando assim que este elemento, por ser um mineral solvel (Gillis et al.,1962;

    Sullivan et al., 1992) pode sofrer influncia do tempo de coleta, aumentando a

    lixiviao do mesmo para a gua.

    Os dados do CDAP foram similares no mtodo de dissecao e no mtodo de

    decantao no intervalo de 480 min. Estes resultados no podem ser explicados

    logicamente, j que, bem conhecido que o aumento da permanncia das fezes na gua

    promove maior lixiviao de compostos solveis, aumentando desta forma o CDA dos

    nutrientes (Potrich, 2011; Bueno, 2011; Diemer et al., 2011). Entretanto, o fsforo

    apresentou maior digestibilidade quando coletado no trato digestrio, fato este, que no

    era esperado.

    O fsforo absorvido tanto em processo passivo como ativo nos peixes,

    entretanto, seu local de absoro varia entre as espcies, podendo ocorrer ao longo de

    todo o trato digestrio, assim como em compartimentos especializados como nos cecos

    pilricos dos salmondeos (Sugiura & Ferraris, 2004; Hua & Bureau, 2010). A alta

    digestibilidade observada no mtodo de dissecao pode estar relacionada com uma

    eficiente absoro deste mineral nos cecos pilricos do tambaqui, entretanto so

    necessrios maiores estudos sobre a fisiologia digestiva desta espcie para confirmar

    esta hiptese. Deve-se ressaltar, ainda, que devido ao pequeno volume de fezes

    produzidos pelos peixes no perodo de 60 min de permanncia na gua possa ainda ter

  • 30

    afetado a concentrao de crmio nas fezes coletadas, podendo indicar que este

    marcador possa no ser um indicador adequado para estudos de digestibilidade com o

    tambaqui, ou mesmo que o nvel de 0,1% de crmio nas dietas no seja o mais

    adequado.

    A energia bruta est relacionada diretamente com concentrao de compostos

    orgnicos presentes nos alimentos, ou seja, protena, lipdeos e carboidratos que

    compem a matria seca. Estes compostos apresentam diferentes graus de combusto,

    os quais fornecem energia em maior ou menor grau aos animais. Portanto, o CDA da

    MS possui alta correlao com o CDA da EB. Desta forma, a reduo no CDA da EB

    com o aumento do tempo de coleta de fezes apresentou comportamento similar aos

    dados do CDA da MS do presente estudo. Entretanto, uma leve diferena no

    comportamento das variveis foi observada aps 314 min, com o aumento no CDA da

    EB (Grfico 3). Este fato pode estar relacionado com a possvel lixiviao de alguns

    compostos que no foram avaliados, como lipdeos e carboidratos, reduzindo o teor de

    EB nas fezes e assim, aumentado o CDA da EB.

    Neste estudo foi observado que os diferentes mtodos de coleta de fezes avaliados

    apresentaram baixos coeficientes de variao, indicando a possibilidade de utilizao

    destas metodologias para a coleta de fezes do tambaqui. Como pode ser observado, o

    tambaqui apresenta fezes de formato granular sem cobertura mucosa. Este fato inerente

    espcie pode influenciar os resultados de digestibilidade, pois a perda dos compostos

    orgnicos pode ser maior pela estrutura fsica das fezes.

    Todos os nutrientes esto sujeitos ao processo de lixiviao quando as fezes

    permanecem por curtos perodos no corpo aqutico. Este fato pde ser observado com

    diversas espcies de peixes como tilpia do Nilo, truta, salmo, pacu, e peixes

    siluriformes (De La Noue&Choubert, 1986; Hajen et al., 1993a; Watanabe et al.,1996;

  • 31

    Storebakken et al., 1999; Pezzato et al., 2002; Abimorad & Carneiro, 2004) e tambm

    em anfbios, como descrito por Mourin et al. (2006) que trabalharam com diferentes

    mtodos de coleta de fezes para determinao da digestibilidade protica em alimentos

    para r-touro (Rana catesbeiana). Afirmaram que as diferentes metodologias

    influenciaram os valores dos coeficientes de digestibilidade aparente da frao protica

    da dieta.

    Silva et al. (1999) no encontraram diferenas significativas avaliando os mtodos

    de decantao e o mtodo de dissecao para a determinao da digestibilidade de

    alimentos para o tambaqui, o que contradiz com o resultado encontrado no presente

    estudo.

    Os CDAs apresentados para a MS (68,62%) e EB (70,45%) no mtodo de

    dissecao demostram a possvel digesto parcial destes nutrientes. Resultados de

    pesquisa com o salmo e truta arco-ris (Inaba et al., 1962; Hajen et al., 1993;

    Storebakken et al., 1998), tem indicado que o alimento presente na poro posterior do

    intestino mostra-se parcialmente digerido, sendo a digestibilidade obtida pelo mtodo

    de dissecao subestimada , uma vez que a digesto e a absoro ocorre at o final do

    intestino.

    As diferenas encontradas nesse estudo confirmam os resultados obtidos por

    Windell et al.(1978) com juvenis de trutas arco-ris. Esses autores tambm compararam

    esses dois mtodos para estudo de digestibilidade e encontraram coeficientes de

    digestibilidade significativamente menores para a matria seca, protena bruta e extrato

    etreo pelo mtodo de dissecao, possivelmente pela provvel contaminao da

    amostra por secrees naturais do animal. Pode-se inferir, portanto, que tais secrees

    digestrias aumentaram a concentrao de MS, PB e EB, diluram o marcador externo

    (Cr2O3) e possibilitaram essas distores nos resultados.

  • 32

    Colaborando com os resultados do presente trabalho, Spyridakis et al. (1989)

    concluram que o mtodo de coleta de fezes com sistema de decantao foi o mais

    apropriado para trabalhos com digestibilidade para peixes, pois no havia manipulao

    dos peixes, no provocando estresse, e as fezes eram coletadas automaticamente,

    medida que eram evacuadas.

    Estudo realizado por Abimorad et al. (2004), foram avaliados quatro mtodos de

    coleta de fezes (dissecao, extruso, sistema Ghelph e sistema de Guelph modificado)

    para o pacu. Relataram que todos os mtodos estudados podem ser adotados com

    segurana para a espcie estudada, desde que sejam rigorosamente aplicados, e o

    intervalo de tempo entre as coletas de fezes em estudos de digestibilidade, por

    intermdio dos sistemas de Guelph, no ultrapasse 30 minutos.

    Resultado semelhante foi encontrado por Hajen et al. (1993a), que determinaram a

    digestibilidade de diferentes ingredientes por meio da obteno de fezes pelo Sistema

    Guelphe por dissecao, para o chinook salmon (Oncorhincus tshawytscha), e no

    encontraram diferenas significativas entre os valores obtidos pelos dois mtodos.

    Apesar de ter sido encontrado diferena nos CDAs dos nutrientes entre os

    mtodos de coleta, a diferena numrica no foi to acentuada, demostrando assim a

    possvel utilizao de ambos os mtodos. Um dos fatores que podem contribuir para a

    reduo dos nveis de lixiviao dos nutrientes pode ser a incluso de aglutinantes nas

    dietas para determinao da digestibilidade de modo a melhorar a consistncia das fezes

    dessa espcie. Estudos esto sendo focados nesta rea (Cantelmo et al., 1999; Cantelmo

    et al., 2002), comprovando que a adio de aglutinantes melhora significativamente a

    resistncia fsica dos grnulos fecais, sendo necessrio assim maiores estudos sobre as

    concentraes e eficincia sobre a utilizao deste aditivo para cada espcie, como

    alternativa para minimizar os efeitos da lixiviao.

  • 33

    2.7 CONCLUSO

    Ambos os mtodos de coleta de fezes estudados podem ser adotados, desde que

    usados de forma criteriosa. A coleta que tem por objetivo determinar macros nutrientes

    (protena, energia bruta e matria seca) pelo mtodo de decantao no deve ultrapassar

    314 minutos. Enquanto para o fsforo, o ideal que sejam coletadas as fezes por

    decantao at 60 minutos ou pelo mtodo de dissecao utilizando o tero final do

    trato gastrointestinal.

  • 34

    2.8 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ABIMORAD, E.G.; CARNEIRO, D.J. Mtodos de Coleta de Fezes e Determinao dos

    Coeficientes de Digestibilidade da Frao Protica e da Energia de Alimentos para o

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    http://www.fag.edu.br/graduacao/agronomia/csvolume43/09.pdf

  • 36

    WINDELL, J.T. et al. Effect of fish size, temperature, and amount digestibility of a

    pelletet diet by rainbow trout (Salmo gairdneri). Trans. Am. Fish. Soc., Bethesda, v.

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    WINDELL, J.T.; FOLTZ, J.W.; SAROKAN, J.A. Methods of fecal collection and

    nutrient leaching in digestibility studies. ProgressiveFishCulturist 49, 5155,

    1978.

  • 37

    Anexo I

    Figura I. Sistema Guelph: (Fonte: CHO, C.Y., COWEY, C.B., WATANABE, T.,

    1985.Methodological approaches to research and development. In: Cho, C.Y., Cowey,

    C.B., Watanabe, T. (Eds.), Finfish Nutrition in Asia. IDRC, Ottawa, Canada, pp. 1080.

    Figura II. Coleta mecnica: (Fonte: CHOUBERT, G., DE LA NOUE Jr., J.,Luquet, P.,

    1982. Digestibility in fish: improved device for the automatic collection of feces.

    Aquaculture 29, 185189.)

  • 38

    Anexo II

    Figura I. Aqurio de alimentao (Fonte: Arquivo Pessoal).

    Figura II. Animais experimentais (Fonte: Arquivo Pessoal).

    Figura III. Incubadoras adaptadas para coleta de fezes por decantao (Fonte: Arquivo

    Pessoal).

    Figura IV. Coleta noturna de contedo fecal (Fonte: Arquivo Pessoal).

    Figura V. Recipiente coletor de fezes acoplado a incubadora (Fonte: Arquivo Pessoal).

    Figura VI. Identificao e armazenamento das amostras fecais (Fonte: Arquivo

    Pessoal).

    I II III

    IV V VI

    VII VIII IV

  • 39

    Figura VII. Trato digestrio do tambaqui todo removido (Fonte: Arquivo Pessoal).

    Figura VIII. Corte longitudinal do trato digestrio at o cecos pilricos (Fonte: Hugo

    Vinicius Pereira).

    Figura IX. Remoo das fezes de dentro do trato digestrio com pincel (Fonte: Hugo

    Vinicius Pereira).

  • 7

    Anexo III

    Normas para preparao de trabalhos cientficos para

    publicao na Revista Brasileira de Zootecnia

    Estrutura do artigo (artigo completo)

    O artigo deve ser dividido em

    sees com ttulo centralizado, em

    negrito, na seguinte ordem: Abstract,

    Introduction, Material and Methods,

    Results and Discussion, Conclusions,

    Acknowledgments (opcional) e

    References.

    No so aceitos subttulos. Os

    pargrafos devem iniciar a 1,0 cm da

    margem esquerda.

    Formatao de texto

    O texto deve ser digitado em fonte

    Times New Roman 12, espao duplo

    (exceto Abstract e Tabelas, que devem ser

    elaborados em espao 1,5), margens

    superior, inferior, esquerda e direita de

    2,5; 2,5; 3,5; e 2,5 cm, respectivamente.

    O manuscrito pode conter at 25

    pginas. As linhas devem ser numeradas

    da seguinte forma: Menu ARQUIVO/

    CONFIGURARPGINA/LAYOUT/N

    MEROS DE LINHA.../ NUMERAR

    LINHAS (numerao contnua) e a

    paginao deve ser contnua, em

    algarismos arbicos, centralizada no

    rodap.

    O arquivo dever ser enviado

    utilizando a extenso.doc. No enviar

    arquivos nos formatos pdf, docx, zip ou

    rar.

    Manuscritos com nmero de pginas

    superior a 25 (acatando-se o mximo de

    30 pginas) podero ser submetidos

    acompanhados de carta encaminhada ao

    Editor-chefe contendo justificativa para o

    nmero de pginas excedentes. Em caso

    de aceite da justificativa, a tramitao

    ocorrer normalmente e, uma vez

    aprovado o manuscrito, os autores devero

    arcar com o custo adicional de publicao

    por pginas excedentes. Caso no haja

    concordncia com a justificativa por parte

    do Editor-chefe, o manuscrito ser

    reencaminhado aos autores para

    adequao s normas, a qual dever ser

    realizada no prazo mximo de 30 dias. Em

    caso do no-recebimento da verso neste

    prazo, proceder-se- ao cancelamento da

    tramitao (no haver devoluo da taxa

    de tramitao).

    Ttulo

    Deve ser preciso, sucinto e

    informativo, com 20 palavras no mximo.

    Digit-lo em negrito e centralizado,

    segundo o exemplo: Valor nutritivo da

    cana-de-acar para bovinos. Deve

    apresentar chamada de rodap 1

    somente quando a pesquisa foi financiada.

    No citar parte da tese...

    Autores

    A RBZ permite at oito autores. A

    primeira letra de cada nome/sobrenome

    deve ser maiscula (Ex.: Anacleto Jos

    Benevenutto). No list-los apenas com as

    iniciais e o ltimo sobrenome (Ex.: A.J.

    Benevenutto).

    Digitar os nomes dos autores

    separados por vrgula, centralizado e em

    negrito, com chamadas de rodap

  • 7

    numeradas e em sobrescrito, indicando

    apenas a instituio qual estavam

    vinculados poca de realizao da

    pesquisa (instituio de origem), e no a

    atual. No citar vnculo empregatcio,

    profisso e titulao dos autores. Informar

    o endereo eletrnico somente do

    responsvel pelo artigo.

    Abstract

    Deve conter no mximo 1.800

    caracteres com espaos. As informaes

    do abstract devem ser precisas. Abstracts

    extensos sero devolvidos para adequao

    s normas.

    Deve sumarizar objetivos, material e

    mtodos, resultados e concluses. No

    deve conter introduo nem referncias

    bibliogrficas.

    O texto deve ser justificado e

    digitado em pargrafo nico e espao 1,5,

    comeando por ABSTRACT, iniciado a

    1,0 cm da margem esquerda.

    Key Words

    Apresentar at seis (6) Key Words

    imediatamente aps o abstract, em ordem

    alfabtica. Devem ser elaboradas de modo

    que o trabalho seja rapidamente resgatado

    nas pesquisas bibliogrficas. No podem

    ser retiradas do ttulo do artigo. Digit-las

    em letras minsculas, com alinhamento

    justificado e separadas por vrgulas. No

    devem conter ponto-final.

    Introduction

    Deve conter no mximo 2.500

    caracteres com espaos, resumindo a

    contextualizao breve do assunto, as

    justificativas para a realizao da pesquisa

    e os objetivos do trabalho. Evitar

    discusso da literatura na introduo. A

    comparao de hipteses e resultados

    deve ser feita na discusso.

    Trabalhos com introduo extensa

    sero devolvidos para adequao s

    normas.

    Material and Methods

    Se for pertinente, descrever no

    incio da seo que o trabalho foi

    conduzido de acordo com as normas ticas

    e aprovado pela Comisso de tica e

    Biossegurana da instituio.

    Descrio clara e com referncia

    especfica original para todos os

    procedimentos biolgicos, analticos e

    estatsticos. Todas as modificaes de

    procedimentos devem ser explicadas.

    Results and Discussion

    facultada ao autor a feitura desta

    seo combinando-se os resultados com a

    discusso ou em separado, redigindo duas

    sees, com separao de resultados e

    discusso.

    Dados suficientes, todos com algum

    ndice de variao, devem ser

    apresentados para permitir ao leitor a

    interpretao dos resultados do

    experimento. Na seo discusso deve-se

    interpretar clara e concisamente os

    resultados e integr-los aos resultados de

    literatura para proporcionar ao leitor uma

    base ampla na qual possa aceitar ou

    rejeitar as hipteses testadas.

    Evitar pargrafos soltos, citaes

    pouco relacionadas ao assunto e

    cotejamentos extensos.

  • 8

    Conclusions

    Devem ser redigidas em pargrafo

    nico e conter no mximo 1.000

    caracteres com espao.

    Resuma claramente, sem

    abreviaes ou citaes, as inferncias

    feitas com base nos resultados obtidos

    pela pesquisa. O importante buscar

    entender as generalizaes que governam

    os fenmenos naturais, e no

    particularidades destes fenmenos.

    As concluses so apresentadas

    usando o presente do indicativo.

    Acknowledgments

    Esta seo opcional. Deve iniciar

    logo aps as Concluses.

    Abreviaturas, smbolos e unidades

    Abreviaturas, smbolos e unidades

    devem ser listados conforme indicado na

    pgina da RBZ, link Instrues aos

    autores, Abreviaturas.

    Deve-se evitar o uso de abreviaes

    no consagradas, como por exemplo: o

    T3 foi maior que o T4, que no diferiu do

    T5 e do T6. Este tipo de redao muito

    cmoda para o autor, mas de difcil

    compreenso para o leitor.

    Os autores devem consultar as

    diretrizes estabelecidas regularmente pela

    RBZ quanto ao uso de unidades.

    Estrutura do artigo (comunicao e

    nota tcnica)

    Devem apresentar antes do ttulo a

    indicao da natureza do manuscrito

    (Short Communication ou Technical

    Note) centralizada e em negrito.

    As estruturas de comunicaes e

    notas tcnicas seguiro as diretrizes

    definidas para os artigos completos,

    limitando-se, contudo, a 14 pginas de

    tamanho mximo.

    As taxas de tramitao e de

    publicao aplicadas a comunicaes e

    notas tcnicas sero as mesmas destinadas

    a artigos completos, considerando-se,

    porm, o limite de 4 pginas no formato

    final. A partir deste, proceder-se-

    cobrana de taxa de publicao por pgina

    adicional.

    Tabelas e Figuras

    imprescindvel que todas as

    tabelas sejam digitadas segundo menu do

    Microsoft Word Inserir Tabela, em

    clulas distintas (no sero aceitas tabelas

    com valores separados pelo recurso

    ENTER ou coladas como figura). Tabelas

    e figuras enviadas fora de normas sero

    devolvidas para adequao.

    Devem ser numeradas

    sequencialmente em algarismos arbicos e

    apresentadas logo aps a chamada no

    texto.

    O ttulo das tabelas e figuras deve

    ser curto e informativo, evitando a

    descrio das variveis constantes no

    corpo da tabela.

    Nos grficos, as designaes das

    variveis dos eixos X e Y devem ter

    iniciais maisculas e unidades entre

    parnteses.

    Figuras no originais devem conter,

    aps o ttulo, a fonte de onde foram

    extradas, que deve ser referenciada.

    As unidades, a fonte (Times New

    Roman) e o corpo das letras em todas as

    figuras devem ser padronizados.

    Os pontos das curvas devem ser

    represen