Dificuldades de Aprendizagem Em Matematica

7/23/2019 Dificuldades de Aprendizagem Em Matematica

http://slidepdf.com/reader/full/dificuldades-de-aprendizagem-em-matematica 1/15

Dificuldades de aprendizagem da Matemática na escola Secundária de Salineiro



Introdução

A Matemática sempre esteve presente na vida do homem desde os tempos mais remotos em que o

homem vivia da caça e da pesca já utilizava a Matemática mesmo que de maneira intuitiva. A mesma

vem sendo inclusa ao longo do caminho da humanidade, interagindo com as transformações que

ocorreram e que continuam a ocorrer na sociedade e no próprio homem. A Matemática foi criada e

vem sendo desenvolvida pelo homem em função das suas necessidades de soreviv!ncia no meio

social.

"ptou#se por este tema, $ Dificuldades de aprendizagem da Matemática na Escola Secundária de

Salineiro”, pelo facto de perceer que o ensino#aprendizagem da Matemática na %scola &ecundária

de &alineiro tem sido motivo de preocupação dos professores e dos próprios alunos, em função dessa

prolemática procurou#se estudar estas questões atrav's de um estudo de caso caracterizada por uma

pesquisa descritiva quantitativa a luz dos pensadores da ci!ncia da Matemática para investigar os

prolemas norteadores das dificuldades no ensino#aprendizagem da Matemática.

%m função da temática a ser pesquisada, procura#se analisar criteriosamente as causas e

consequ!ncias das dificuldades e(istentes nas salas de aula entre professores e alunos, muitas vezes

ocasionadas pela falta de integração dos grupos e pelas aus!ncias de oas relações com os

educadores no processo de ensino#aprendizagem da Matemática.

Fundamentação teórica

Dimensões históricas e o ensino da matemática

A )istória da Matemática constitui um dos cap*tulos mais interessantes do conhecimento. +ermite#

nos compreender a origem das ideias que deram forma nossa cultura e oservar tam'm os

aspectos humanos do seu desenvolvimento- en(ergar os homens que criaram essas ideias e estudar ascircunstncias em que elas se desenvolveram.

Ao longo de suas tradições a Matemática usca na sua história estruturas cient*ficas que facilite os

estudantes redescorir sua história. /evido a sua comple(idade os matemáticos desenvolveram

várias teorias ao longo dos tempos resultando posteriormente em ferramenta de grande precisão para

o entendimento dos modelos dessa ci!ncia que relacionasse com outras ci!ncias, a princ*pio não

pareciam ter nenhuma relação. "s n0meros comple(os que foram introduzidos para dar sentido



e(ist!ncia de soluções de equações polinomiais conduziram ao estudo cálculos diferenciados com

n0meros comple(os.

A Matemática ' uma ci!ncia fundamental no mundo em que vivemos, emora ainda não tenhamos

perceido que dependemos diariamente da Matemática, a qual ' um dos pilares responsável pelas

informações que chegam em nossos lares, temos como e(emplo1 a televisão, as informações

telefónicas via sat'lite e outros seguimentos que engloam nosso planeta. A matemática foi uma das

primeiras descoerta do homem. Após esta descoerta, tentou#se com sucesso, descorir outras

ramificações da sua própria g'nese.

/iante destes dados históricos, onde poderia ser localizado o in*cio da matemática2 +reliminarmente,

seria 0til tentar definir o que ' matemática. +ara poupar tempo ao leitor, ' om dizer que esta questãotem inquietado os sáios há muito tempo e jamais se chegou em uma resposta aceita por todos.

+ortanto, ' evidente que de uma forma ou de outra todos concordam que o estudo das formas dos

n0meros fazem parte da Matemática e pode#se imaginar que tudo isso começou a ser feito de forma

ainda rudimentar. 3 importante salientar que alguns teóricos situam o surgimento desta história entre

45 555 a 65 555 mil anos atrás.

/iante dos factos históricos que nos são colocados, ' visto que a Matemática foi oriunda das grandescivilizações antigas, tendo como erço o %gipto e a Mesopotmia assim, destaca#se como

protagonista desta história +itágoras, 7ales de Mileto e %uclides.

7eles revolucionou o pensamento matemático ao estaelecer que as verdades precisam ser

demonstradas- %uclides manteve este conceito, mas faz nele uma ressalva que, por se só astaria para

imortalizá#la1 nem todas as verdades podem ser provadas- algumas delas, as mais elementares,

devem ser admitidas sem demonstração- +itágoras foi o interlocutor da matemática geom'trica, onde

moilizou todo conhecimento da antiguidade clássica 89A:;<, 4==>, p. 4?@

As teorias criadas pelos grandes teóricos da Matemática tornaram e(tremamente 0til para e(plicar os

fenómenos que dão sentidos a toda sua história, devido viver em uma sociedade estruturada, na qual

os n0meros representam um dos alicerces da soreviv!ncia humana, ' dif*cil pensar no homem sem

esses recursos. " sistema de contagem usado hoje não surgiu como algo faricado para

posteriormente colocar em prática essas ideias foram aos pouco se aperfeiçoando e ao passar dos

s'culos, medida que aumentava as necessidades do homem, as pedras, os animais, as frutas e os



seus próprios dedos ajudaram a dar origem aos pequenos grupos com cinco ojectos representados

pelos dedos da mão que foram surgindo naturalmente e grupos de dez elementos representados pelas

duas mãos, o que lemra a ase do sistema decimal.

&egundo ;arreto ilho, Bavier da &ilva 8C55D, p. EE@ $As necessidades do homem, com os mais

variados propósitos, fizeram dele, atrav's dos tempos, um estudioso dos prolemas naturais, em

como de suas causas e efeitosF. %ssa usca nos faz perceer que tudo e todos estão relacionados de

tal forma que nenhum efeito tem origem em uma 0nica causa. +or outro lado a história nos mostra

que as soluções dependem de e(perimentos, erros e acerto realizados por estudiosos da Matemática.

+ercee#se que, a ideia de depend!ncia já se tornou ao longo dos s'culos uma necessidade familiar

nos dias actuais, configurada nas interpretações da modernidade, onde sua tend!ncia ' cada vez maismatematizar o desenvolvimento de modelos matemáticos que descrevem os fenómenos

determin*sticos de maneira adequada. " ritmo intenso do desenvolvimento tecnológico dos tempos

actuais produz fenómenos cada vez mais comple(os dentro de uma teoria lógica da Matemática

utilitária e prática.

A história já mostrou, várias vezes que as soluções dependem de e(perimentos, erros e acertos por

outros, al'm disso, os matemáticos contriuem para o desenvolvimento dessa ci!ncia a qual tem

promovido uma e(pansão de e(perimento de grande utilidade para a sociedade como um todo e,

soretudo para a escola.

+odemos afirmar sem somra de d0vida que o uso da Matemática, hoje em dia, ' uma condição

necessária para o sucesso em diversas profissões. As projecções para o futuro pró(imo indicam que

esta tend!ncia tende a se intensificar.

+odemos entender toda a comple(idade do prolema e o papel central que nele joga a história da

matemática. Gma formação neste dom*nio permite realizar um recuo relativamente ao que se ensina,

descolar da apresentação do manual, mas permite tam'm a criação de novas situações didácticas

pelo material que ela fornece e dar elementos para analisar estas novas situações assim como aquelas

que as precederam. A utilização que se pode fazer da história da matemática permite analisar as

nossas práticas de ensino 89G<H)A:/, C55I, p. D@.

+ercee#se que as teorias relativas história da Matemática que hoje aparecem acaadas e elegantes

resultaram sempre de desafios que os matemáticos enfrentaram, que foram desenvolvidas com



grande esforço e, quase sempre, numa ordem em diferente daquela em que são apresentadas após

todo o processo de descoerta.

2. ! "nsino da Matemática no #onte$to %ctual

Honcee#se que a função da instituição escolar garantir o processo de transmissão, sistematização e

assimilação dos conhecimentos da matemática produzida historicamente pela humanidade, de modo

que os seres humanos possam interagir na sociedade de forma consciente.

"s conhecimentos da Matemática seja t'cnica, cient*fica, ou cultural, constitui um património que a

humanidade convive a partir de seus lineares históricos como um património sociocultural que

possui dimensões universais com significados e arang!ncias representativas no mundo da

Matemática, podendo ser usufru*da pela sociedade ou comunidades.

Jesse sentido, os valores promovidos pelo ensino da Matemática nas escolas constituem um

património cultural que deve ser socializado com as novas gerações, independentemente da classe

social, raça, fai(a etária, crença religiosa, convicção ideológica e se(o.

"s conhecimentos que o aluno se apropria a partir do ensino da Matemática permitem compreender

melhor como chegamos aos conhecimentos actuais, porque ' que se ensina este ou aquele assunto.

Hom uma perspectiva cr*tica, e um olhar diferenciado para a Matemática que ' ensinada actualmente

os professores pouco a pouco devem se engajar no próprio ojecto de ensino da Matemática em vez

de ficarem promovendo conte0dos desnaturados sem qualquer sentido com a realidade do aluno.

" saer toma o aspecto de uma realidade anti#histórica, intemporal, que se impõe por si mesma e

que, sem produtor, aparecendo livre em relação a qualquer processo de produção, não se lhe pode

contestar a origem, a utilidade, a pertin!ncia e sentido do ensino da Matemática 89G<H)A:/,

C55I, p. >@

Jesse caso, percee#se que o aluno não tem noção da distncia da Matemática para sua realidade,

uma vez que eles não conhecem e poucos despertam estas caracter*sticas, em função da mesma ser

apresentada por muitos professores como a disciplina de dif*cil aprendizagem. &egundo 9uichard,

8C55I, p. ?@ $a Matemática esta inserida numa posição didáctica como um fenómeno da

transposição didáctica em que o ojecto de ensino ' o resultado de uma desconte(tualização

separado da prolemática que lhe deu origem e que faz viver a noção como saerF.



%ntende#se que ' necessário começa uma reacção para reencontrar o sentido do que se ensina na

escola, entre os conte0dos actuais figura a história da Matemática que muitos dos professores dão

pouca !nfase. Honv'm notar que apresentar o conte(to no qual nos situamos, e(plicar o sentido do

que se faz, colocar as questões numa perspectiva histórica, tudo isso não ' uma preocupação estranha

dos matemáticos, ' preciso reconstru*mos uma nova consci!ncia no que se refere ao ensino da

Matemática actual.

" ensino da história da Matemática permite recuperar sentido, e s*molo que foram ensinados tão

aritrários, seus traços, suas origens e a sua histórica permite#nos restaelecer os novos conceitos que

a mesma visa. Jeste sentido dois aspectos são fundamentais no ensino da Matemática1 tais como1 o

primeiro refere#se visão da matemática que em geral norteia o ensino. &egundo Harvalho 84==E,

p.46@ $considera#se a Matemática como uma área do conhecimento pronta, acaada, perfeita

pertencente apenas ao mundo da id'ias e cuja estrutura de sistematização serve de modelo para

outras ci!nciasF." segundo aspecto ' considerado como algo crucial, causando desgosto da maioria

dos alunos pela Matemática. +ara Harvalho 84==E, p.4I@ $ no ensino onde ' necessário sumeter#se

autoridade da Matemática, ' imposs*vel entender, pois, compreender Matemática torna#se privil'gio

das caeças mais em dotadas- acaa#se por negar todas as viv!ncias anteriores relativas

qualificação já que não se enquadram na perfeição da Matemática.F

Dificuldades de %prendizagem da Matemática& Dificuldades 'erais em Matemática

)aitualmente, os pais, assim como os professores t!m importantes questões sore discalculia.

As perguntas mais frequentes são1

• Kue tipo de dificuldades a dislcalculia se refere2• Kue tipo de ajuda ' necessária2•

A discalculia pode ser curada2

3 importante que estas questões sejam respondidas na fase inicial, para se evitar ansiedade

desnecessária. "viamente, os pais querem saer qual o tipo de dificuldades a criança tem. %les

muitas vezes perguntam ao profissional se ele conhece determinado tipo de dificuldade. &e o

profissional ainda não tratou crianças com determinado tipo de dificuldades, os pais devem ser

informados. " importante que se conheça a dificuldade de aprendizagem e formas de tratamentos

estudados.



Muitos pais se sentem culpados. Honsideram ter feito alguma coisa errada, ou talvez por não ter feito

o suficiente, mas estas questões não podem ser encaradas dessa forma. A criança precisa dos pais

para se sentir segura e conseguir e seguir o tratamento com sucesso. Lorcaro 8C55>@

Gma das principais questões que se coloca ' se a discalculia pode ser curada2 A resposta ' simples1

sim " diagnóstico discalculia ' sempre apenas uma descrição do actual estádio de desenvolvimento,

aplicável por um per*odo má(imo de um ano. Homo a criança desenvolve, as dificuldades que

e(istiam no ano anterior podem ter minimizado ou quase desaparecem. Lorcaro 8C55>@

&e a criança está a receer um tratamento adequado, a possiilidade de desenvolvimento da

capacidade matemática ' grande. Jo entanto, muitas vezes algumas partes das dificuldades

permanecem de uma formaFsutilF, como por e(emplo, as dificuldades em recordar factos

num'ricos. 3 haitual que os estudantes continuem, mesmo que sutilmente, a ter caracter*sticas

destas dificuldades em toda a sua vida adulta.

Lorcaro 8C55>@ considera, no entanto, que a capacidade de concentração, no entanto, geralmente

melhora consideravelmente, e que muitas vezes vem com a compreensão de conceitos matemáticos e

s*molos.

+ara Lorcaro 8C55>@, uma criança com dificuldades gerais de aprendizagem em matemática

manifesta dificuldade em todas as disciplinas e não apenas em matemática.

Homo uma regra, essas crianças levam mais tempo para aprender que as outras.

"s testes de intelig!ncia realizados com crianças com dificuldades gerais demonstram que elas

haitualmente t!m um rendimento aai(o da m'dia, mas com resultado constante.

+or outras palavras, essas crianças são regulares em suas dificuldades, de uma disciplina para outra e

tam'm de um dia para outro.

Lorcaro 8C55>@ refere ainda que as crianças com dificuldades gerais em matemática, não

e(perimentam o sentimento de frustração quando não aprendem que um discalc0lico sente. %las

entendem que apenas precisam de mais tempo para aprender as coisas.

! diagnóstico da discalculia

)á uma grande urg!ncia para se descorir cada vez mais cedo a discalculia nas crianças. Gm

diagnóstico completo não pode ser feito antes dos 45#4C anos de idade, mas por causa disso não

devemos dei(ar de tentar descorir as dificuldades particulares em matemática que a criançamanifesta. Lorcaro 8C55>@



&egundo a autora, há um deate sore o $valor realF dos diagnósticos de disle(ia, de discalculia, ou

do transtorno de d'fice de atençãoNhiperactividade. +ensa#se que esta preocupação tem algum

fundamento, dado pode ser prejudicial diagnosticar todos as de dificuldades matemáticas como

discalculia, e do mesmo modo todas as dificuldades com concentração como transtorno de d'fice de

atençãoNhiperactividade. Jo entanto, a d0vida não deve conduzir recusa para fazer um diagnóstico

espec*fico.

%(istem crianças e adolescentes que t!m dificuldades matemáticas, ou dificuldades com leitura, e

gradualmente adquirem uma imagem muito negativa de si mesmos- a sua auto#estima e confiança

são afectadas negativamente. Alguns e(pressam at' pensamentos suicidas. %stas crianças devem ser

a razão de se justificar a necessidade para diagnósticos e(actos e espec*ficos.

Lorcaro 8C55>@ refere que um diagnóstico e(acto afecta diversos indiv*duos e grupos positivamente1

• a criança-• os pais-• os professores-• os psicólogos e m'dicos-• a sociedade.

3 e(tremamente raro encontrarmos com uma criança no inicio de sua vida escolar que peça para ser

e(aminada por estar com dificuldades de matemática. %ntretanto, os mais velhos o fazem, porque

continuam a OfalharO na matemática, e querem saer o porqu!1OKual ' a razão real para minhas

dificuldades em matemáticas2 Homo posso ser om em muitos outros assuntos e não na

matemática2F %ssa situação torna#se frustrante e incompreens*vel. +ara Lorcaro 8C55>@, um

diagnóstico permite que a maioria de crianças mais velhas compreendam a razão para suas

dificuldades. <sto ajuda tam'm aos pais a procurar uma especializada que possa fornecer recursos

correctivos apropriados 8o que no caso de Hao Lerde, pensamos que ainda terá de ser realizado fora

do pa*s@.

+ara professores e psicólogos escolares o diagnóstico ' valioso porque os permite planear o traalho

correctivo e(acto, melhorando sucesso das aulas. " diagnóstico indica formalmente os tipos de

recursos que devem ser utilizados para a dificuldade.

Ps vezes os professores e(pressam preocupações sore um diagnóstico. icam receosos que a

criança se torne despreocupada com a sua aprendizagem e pare de tentar traalhar activamente com a

matemática, pensando1 $;em, eu tenho o discalculia %ntão eu não posso fazer os e(erc*cios de

matemática de qualquer maneiraF As d0vidas dispersam#se geralmente uma vez que o professor

começa um diálogo com a criança e seus pais. Hom um om diálogo as dificuldades da criança são

mais facilmente superadas, mostrando as maneiras poss*veis traalhar com matemática, garantindo



assim, que a criança recea o tratamento apropriado. &imultaneamente ' eliminado o risco de que ela

desenvolva sintomas psiquiátricos como a depressão e pensamentos suicidas. Lorcaro 8C55>@

Gm diagnóstico ' de grande importncia s escolas e a sociedade em geral. "s responsáveis pelas

decisões e os l*deres de comunidade necessitam saer que o grupo de pessoas com discalculia '

grande. %ste conhecimento ' actualmente muito deficiente. " que as investigações haitualmente

mostram ' que muitos estudantes t!m prolemas em matemática, uma proporção muito maior do que

aqueles que t!m dificuldades com l*nguas, o que deveria levar a um e(ame particular da situação.

Lorcaro 8iidem@

oi mencionado acima que um diagnóstico final 8completo@ não pode ser feito antes que a criança

esteja apro(imadamente 45#4C anos de idade. %ntretanto, isto não deve nos fazer parar com o

traalho correctivo apropriado antes dessa idade. )á necessidade de aprendermos a comunicar

aertamente com a criança sore suas dificuldades e e(peri!ncias. "s prolemas que relatam não

podem ser os mesmos que suas próprias percepções de seus prolemas.

%mora nós não possamos estar certos sore a natureza e(acta de suas dificuldades, ' necessário

começar imediatamente o traalho correctivo. &e se esperar at' que a criança esteja velha para

realizar um diagnóstico apropriado, pode#se ter desperdiçado tempo precioso e ter causado criança

muitos anos desnecessários de esforço e de insucessos. Apesar de a ajuda ser indispensável e

necessária, alertamos ainda para o facto de que os e(erc*cios de matemática do tipo errado podem

piorar a situação de uma criança com discalculia. Lorcaro 8C55>@

A autora relemra que E # IQ da população mundial são discalc0licos e a maioria das pessoas não

sae disso, da* a necessidade de se realizar um diagnóstico atempado e tam'm sensiilizar todos os

agentes educativos.

Homo se pode compreender, quando mais cedo a dificuldade de aprendizagem, a discalculia ou outro

prolema qualquer, for diagnosticado, mais cedo a criança terá possiilidade de ficar curada e

prosseguir normalmente com os seus estudos, com a sua vida.

Acontece que em Hao Lerde as instituições que traalham com estas questões são praticamente

ine(istentes. Assim, como ainda não dispomos de especialistas na área e consequentemente os nossos

professores ainda não t!m a formação necessária para diagnosticar estes casos. %sta situação

dramática faz com que as crianças que tenham algum tipo de dificuldade de aprendizagem, mesmo

que continuem no sistema educativo, continuam a reprovar. +ensamos que desta forma a criança fica

com o seu percurso escolar afectado, dado que tem um prolema que haitualmente não ' tratado e

que a impossiilita de continuar normalmente os seus estudos.

!utros tipos de Dificuldades de %prendizagem da Matemática& %calculia



&egundo Lorcaro 8iidem@, as pessoas com essa dificuldade de aprendizagem manifestam total falta

de hailidade para desenvolver qualquer tarefa matemática. %ssa falta de hailidade geralmente

indica um dano cereral. " prolema aparece quando a criança ' incapaz de aprender os princ*pios

ásicos de contagem. %ssa falta de hailidade torna#se mais evidente quando vai aprender a ordem

dos n0meros de 4 #45 ou quando vai resolver uma simples adição de E R C S I. " grupo de pessoas

com acalculia representa menos de 4Q da população.

% refle$ão na disciplina de matemática& #ontri(utos para a construção de uma aprendizagem

significati)a

A prática ' sustentada em teorias da educação em relação s quais o professor mant'm uma

perspectiva cr*tica. /este modo, a prática ' sujeita a um processo constante de vaiv'm que conduz a

transformações e a investigações futuras. Ja nossa vida pessoal e profissional a refle(ão constitui um

elemento importante do processo de aprendizagem, &chTn 84=?>, p.C6@.

+odemos dizer que o ensino refle(ivo requer uma permanente auto#análise por parte do professor, o

que implica aertura de esp*rito, análise rigorosa e consci!ncia social. +or e(emplo, quando se fala

em ensino da Matemática, o professor, inserido na equipa de professores com que traalha, deve

tentar perceer os alunos com que está a traalhar, o que se espera que eles aprendam em

Matemática, o que se entende hoje por aprender e ensinar Matemática e o seu papel na formação

pessoal e social do aluno, de entre outras questões.

3 este processo investigativo realizado pelo professor, em termos individuais e colectivos, que o leva

a acção. +ara que este processo tenha lugar ' necessário que o professor questione e reflicta sore

situações de sala de aula e que o faça não só individualmente, mas tam'm no conte(to da sua

equipa, 8Uiston, 4==I@.

" professor de Matemática pode ser um agente criativo e inovador no processo de questionamento,

caracter*stico das práticas refle(ivas, mas o foco desse questionamento deve estar enraizado nos

prolemas que afectam o ensino e a aprendizagem. Assim, a matemática ' uma das disciplinas em

que o grau de e(ig!ncia parece ser cada vez maior visto que ajuda#nos na tomada de certas decisões

devido da sua rigorosidade. " estudo da matemática faz com que os desenvolvamos a nossa

capacidade de refle(ão, da organização no decorrer das actividades e da nossa cognição. 3 essa

refle(ão e rigorosidade aplicada na matemática que tam'm contriui para a ocorr!ncia da

aprendizagem significativa.

+ara a avaliação consistente da aprendizagem significativa, o m'todo válido e prático, consiste em

procurar soluções de prolemas diversos atrav's de testes de compreensão, recorrendo a recursosdiferentes daqueles, utilizados anteriormente no material instrucional para que se possa constatar, de



facto, se o aluno desenvolveu ou não, as hailidades necessárias aquisição da aprendizagem

significativa. reire 84==I@.

% import*ncia da a)aliação como forma de construção de uma aprendizagem significati)a

A avaliação constitui um grande desafio para os professores que desenvolvem a sua prática nas

diferentes disciplinas, em especial, para os professores de matemática, já que essa área se apro(ima

da racionalidade das verdades asolutas, preconizada pelo paradigma da modernidade, hoje em crise

+hilippe 84===@.

A intenção de uma aprendizagem significativa, e(ige uma avaliação a favor do aluno, que contriua

para torná#lo consciente de seus avanços e necessidades fazendo com que se sinta responsável por

suas atitudes e sua aprendizagem.

/e acordo com +hilippe, modificar a perspectiva sore o conhecimento e a intelig!ncia para o

alcance de uma aprendizagem significativa tem consequ!ncias directas e profundas na concepção e

organização da vida em aula, supondo um desafio didáctico que envolve muito mais do que novas

estrat'gias didácticas. 7rata#se de uma mudança na concepção de todos os elementos que interferem

e determinam a vida e o traalho na aula e muito particularmente, a avaliação.

+ode#se afirmar que a situação de ensino ' tam'm uma situação direccionada pela avaliação, que

estaelece parmetros de actuação de professores e alunos. &e considerarmos verdadeiramente que a

aprendizagem deve ser significativa, e fundamentada em novas metáforas para o conhecimento e a

intelig!ncia, a avaliação necessita formar parte desse processo de aprender, servindo para mediar

tomadas de decisão no processo de ensino e aprendizagem, ou seja, para corrigir os rumos das acções

atrav's da refle(ão sore a prática docente. +hilippe 84===@.

Jesse sentido, a intenção de uma aprendizagem significativa, e(ige uma avaliação a favor do aluno,

que contriua para torná#lo consciente de seus avanços e necessidades fazendo com que se sinta

responsável por suas atitudes e sua aprendizagem. A avaliação no conte(to de uma aprendizagem

significativa deveria ocorrer no próprio processo de traalho dos alunos, no dia#a#dia da sala de aula,

no momento das discussões colectivas, da realização de tarefas em grupos ou individuais.

!(+ecti)os

"s ojectivos propostos para este estudo visam estudar as dificuldades no processo de ensino#

aprendizagem da Matemática na %.&.& são1

• Analisar as teorias e práticas da Matemática no conte(to escolar-



• <dentificar as principais causas das dificuldades nesse processo-

• <dentificar os factores que afectam a aprendizagem da Matemática-

• &aer como são tratados ou aordados os conte0dos programáticos na disciplina de

matemática na %scola &ecundária de &alineiro-• Honte(tualizar as dificuldades da aprendizagem na disciplina de Matemática para melhor

solucioná#las-• /efinir estrat'gias e metodologias que visem superar e qualificar o processo de ensino e

de aprendizagem-• <dentificar e classificar os factores que impedem o ensino e a aprendizagem da

matemática-

• +ropor soluções viáveis para resolver o prolema da aprendizagem da matemática dos

alunos na %.&.&.

Metodologia

Jeste traalho, tentamos investigar se os alunos do >V, ?V, =V e 45V ano, apresentam dificuldades de

aprendizagem na matemática. +ropusemo#nos a investigar os factores que estão na ase dessas

dificuldades de aprendizagem, recorrendo para a nossa amostra a alguns alunos de diferentes turmas

e n*veis.

&erá feito um estudo de caso porque o prolema a ser estudado ' espec*fico, ou seja, dentro do

universo será estudada num conte(to próprio que ' na %scola &ecundária de &alineiro. %sse estudo

visa descorir principalmente a forma como os alunos encaram a leccionação do conte0do e '

sustentado pelas questões orientadoras, ou pelo prolema de estudo.

Ja recolha de dados será usada as seguintes metodologias1

• <nqu'ritos por questionários aos alunos escolhidos com vista a recolher impressões

8informações@ e opiniões sore as dificuldades de aprendizagem em matemática-• "servação participante e naturalista onde serão oservados algumas anomalias tanto nos

dias normais, como nos dias de testes para uma descrição mais precisa e detalhada dos

factos oservados-• Algumas pesquisas iliográficas para encaminhar e sustentar o estudo-



• A análise de dados será feita de acordo com a preparação do material de estudo e os dados

serão seleccionados de acordo com a sua relevncia para o desenvolvimento do traalho.

,ecomendações

Jão há d0vidas, que ' necessário que o professor se proponha a conhecer o aluno e aceitar suas

dificuldades, preocupando#se com ele em vários aspectos, principalmente quando ele não está a

aprender. Acreditar que os alunos são inteligentes e capazes de aprender, ' fundamental para

estaelecer condições para motivá#los, arranjando manuais adequados aos conte0dos, fle(iilizando

os m'todos e t'cnicas de ensino e de aprendizagem, promovendo os traalhos de grupo, em como

os traalhos e aprendizagens colaorativas e cooperativasWMuitas vezes, os professores t!m uma tend!ncia de dar especial atenção queles que compreendem

moderadamente os conte0dos, dei(ando de lado os mais fracos. " professor deverá evitar realizar

este tipo de acções, dado que consideramos que influencia negativamente a aprendizagem e que

contriui para que os alunos tenham a sua auto#estima afectada, podendo influenciar negativamente

todo o seu percurso escolar.

%ste estudo traz#nos novas perspectivas quanto s poss*veis caracter*sticas que uma aula de

matemática deve ter e como devem as relações entre professores e alunos para a promoção daaprendizagem significativa. Honstatámos que para que estas aprendizagens ocorram ' indispensável

que o professor desenvolva os conte0dos, estaelecendo uma ligação com os outros assuntos que o

aluno já tem ou conhece. &ó assim, ' que o aluno conseguirá mais facilmente dar um significado a

um novo conte0do, tornando#o significativo.

Jo entanto seria ideal que tanto os professores como os alunos encarassem a matemática como

qualquer outra disciplina, lutando sempre para atingirem os fins preconizados que, no nosso

entender, será a aprendizagem significativa por parte dos discentes.+areceXnos importante que se reveja o programa do ensino ásico e implementar outro que se adapte

realidade dos nossos alunos.

Jingu'm nasceu com a saedoria, mas sim, o processo de aprendizagem ' cont*nuo, não significa

que $o que aprendo hojeF vai ser esquecido, mas sim continua a acrescentar, inovar. +ortanto, há que

adquirir uma compet!ncia mais ampla, que prepare o indiv*duo para enfrentar numerosas situações.



#onclusão%ste traalho proporcionou#nos a refle(ão sore a dif*cil tarefa que ' ser professor de Matemática em

Hao Lerde. /izemos dif*cil, porque consideramos que ainda e(istem muitos preconceitos negativosassociados disciplina e consequentemente aos professores.

+ara nós, a elaoração deste traalho causou#nos um enorme crescimento e valorização no papel de

educador. oi poss*vel constatar tam'm que enquanto docentes muito nos escapa na sala de aula e

que isto não deve servir de elemento desmotivador mas sim, o contrário, visto que quanto mais

ultrapassarmos as dificuldades mais ficamos com a vontade de superá#las.

Hom este estudo, constatamos que alguns alunos manifestavam, de facto, dificuldades de

aprendizagem em matemática. Jum processo tão comple(o não ' poss*vel identificar de quem ' a

$culpaF dessas dificuldades, mas devemos ter a consci!ncia que temos de agir num conte(to gloal

8escola#meio@ para melhorarmos os comportamentos, os recursos económicos e outros.

+rovavelmente estes alunos necessitam apenas de uma atenção individualizada e cont*nua do

professor. "u provavelmente estes alunos necessitam apenas de um espaço cond*gno e recursos para

que possam estudar. As d0vidas são muitas, mas o necessário ' que algu'm se interesse por este

assunto e se empenhe em melhorar estas situações, quer a n*vel da prevenção, quer a n*vel da

remediação.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASAusubel, D. P. (1982) A aprendizagem signifcativa: a teoria de David Ausubel. SãoPaulo: Moraes.Carvalho, M .C. et al (2005) Introdução à educação: Textos de Apoio. Lsboa: !"sttutoPa#et.$rere, P. (199%). Pedagogia da Autonomia& saberes necessárias á prática educativa('5 *+ão). São Paulo: Corte.-oraro, N. (200/). Dul*a*es *e Are"*a#e *a Mate3ta: Dsalula,Aalula e Pseu*o4Dsalula. (o"4l"e) Dso"vel ehtt:66*salulos.blo#sot.o)

Dificuldades de Aprendizagem Em Matematica

Documents

Transcript of Dificuldades de Aprendizagem Em Matematica