DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA 5ª SÉRIE: Conhecer...
Transcript of DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA 5ª SÉRIE: Conhecer...
RUPTURA E AÇÃO: POSSIBILIDADES DE SUPERAÇÃO DAS DIFICULDADES DE
APRENDIZAGEM NA 5ª SÉRIE/6º. ANO
MARIA LÍDIA SICA SZYMANSKI1
ENEIDE LANE CRISPIM FURLAN2
1.Introdução
O ser humano é complexo fruto de suas múltiplas determinações sejam elas:
pedagógicas, psicológicas, sociais, econômicas políticas etc. Portanto, diagnosticar uma
criança com dificuldades de aprendizagem requer uma visão crítica da construção histórica
desse ser, contextualizando-o, não descartando os aspectos intra e extra-escolares interferentes
em seu processo ensino-aprendizagem.
Na perspectiva dessa complexidade, as dificuldades de aprendizagem, assumem
muitas formas, com diferentes causas. Sabe-se que são muitos os casos de alunos que
fracassam na escola e alguns saem dela com um “diagnóstico” de dificuldades de
aprendizagem ou distúrbios de aprendizagem. Raramente esses diagnósticos ocorrem como
deveriam, pois não se encontra na escola pública, estrutura adequada para uma avaliação
multiprofissional. Por vezes o professor, ao encaminhar o aluno que “não aprende”, baseia-
se nos sintomas que ele observa: aluno que não corresponde às propostas de trabalho em
sala de aula e/ou que apresenta atitudes indisciplinadas. Esses sintomas são trazidos ao
pedagogo como queixa. Na verdade, o professor desconhece o que está subjacente a esses
comportamentos, isto é, as causas do baixo rendimento na aprendizagem.
Por não enxergar o fenômeno educativo em sua totalidade, a escola acaba por
responsabilizar o aluno pelo seu fracasso. Porém, o psicólogo escolar pode propiciar
condições para que o coletivo docente e administrativo da escola, supere as falsas crenças
1 Profª. Orientadora - Mestre e Doutora em Psicologia pela USP e Pós-Doutora em Psicologia, Desenvolvimento Humano e Educação pela FE-UNICAMP [email protected]. 2 Pedagoga, Especialista em Metodologia do Ensino, Gestão Escolar e Psicopedagogia Unipar e Educação Especial/ IBEPEX, Professora da rede pública estadual – NRE/Toledo/Paraná. Professora do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE/SEED/SETI/IES – [email protected]
associadas a essa questão, as quais como Patto(1985) revela foram historicamente
construídas e fazer a mediação entre os processos de ensino e de aprendizagem, contribuindo
para desmistificar as causas de dificuldades de aprendizagem que enfocam apenas o aluno,
levantando outros aspectos do processo pedagógico que interferem diretamente no seu
sucesso ou fracasso.
O diagnóstico precoce dos motivos que levam à não aprendizagem, poderá em uma
etapa posterior, subsidiar ações planejadas no coletivo escolar, apoiando esse aluno na
superação de suas dificuldades.
A presente pesquisa buscou verificar se um acompanhamento diferenciado,
começando antes mesmo dos alunos entrarem na 5ª série/ 6º ano, ao longo do ano letivo,
pode contribuir para que alunos com dificuldade de aprendizagem avancem no processo de
aquisição de conhecimento, superando-as.
2 Fundamentação Teórica
Gadotti (SEED, 2007) coloca que a educação é uma ação que supõe transformar e
não há transformação pacífica. Ela é sempre conflituosa. É sempre ruptura com alguma
coisa, com preconceitos, com hábitos, com comportamentos, frente aos desafios da escola
pública, objetivando atender alunos provenientes da classe trabalhadora, quando não já
trabalhadores, os quais esperam que a escola contribua para mudanças em sua realidade
profissional.
Nesse mister, enfrentam-se grandes conflitos para romper com preconceitos, vícios
arraigados e práticas pedagógicas apoiadas em princípios ainda tradicionais, não
considerando que a interação social é fundamental no processo de ensino-aprendizagem.
Patto (2000) faz uma breve retrospectiva histórica, refletindo sobre os aspectos
interferentes no contexto educacional brasileiro. A intenção de “republicanizar a República”
assumiu várias formas, entre as quais os movimentos nacionalistas, o tenentismo, o
modernismo, o entusiasmo e otimismo pedagógico, dando algum impulso nas décadas de 30
a 60, do século XX, às oportunidades das classes populares de acesso à educação escolar.
Mas ainda não era suficiente. No caso específico do discurso educacional, a representação
social do homem do campo, por volta de meados desse século, transparece na falsa crença
generalizada e duradoura da indiferença ou aversão da população rural pela escola,
apontando-a, em conjunto com a verminose, como causas principais do fracasso escolar.
Na década de 60, as implicações do fracasso escolar, mais especificamente das
dificuldades de aprendizagem são buscadas no aluno da classe menos favorecida, com a
teoria da carência cultural cuja explicação se dá em função das inúmeras deficiências nas
várias áreas do seu desenvolvimento biopsicossocial.
As causas dos problemas de aprendizagem escolar encontravam-se na criança, porque ela era portadora de atraso no desenvolvimento psicomotor, perceptivo, lingüístico, cognitivo, emocional. Essas deficiências a levariam a não ter a prontidão necessária à alfabetização no momento do ingresso na escola. Levariam-na, também, a se sair mal nos testes de inteligência. Planta-se assim, no pensamento educacional de uma maneira acrítica, a concepção de que estamos diante de carentes ou deficientes culturais (PATTO, 1985, p.54).
Essa concepção de que as crianças que não estão aprendendo no mesmo ritmo que as
demais têm problemas por serem “portadoras” de algum tipo de atraso, persiste ainda hoje,
contribuindo para que os professores muitas vezes desistam de ensiná-las. Abandonadas, vão
se distanciando cada vez mais do nível em que deveriam estar, se considerada a sala de aula
que freqüentam.
Outro argumento recorrente no contexto escolar, é o de que as crianças das camadas
populares apresentam deficiências de linguagem. Patto(1985) esclarece que na verdade, não
se trata de deficiência, e sim que elas falam uma linguagem diferente, resolvem problemas
de forma diferente e têm toda uma experiência de vida diferente daquela da criança de classe
média e alta. As dificuldades de aprendizagem, neste contexto, devem-se, basicamente, ao
fato de que a escola não estaria levando em conta essas diferenças. Espera-se a presença de
uma criança idealizada, típica da classe média alta, quando na realidade, a maioria dos
educandos não são provenientes dessa classe social, isto é vivem em uma outra realidade.
Neste nível de entendimento o que se coloca é a necessidade da adequação da escola à
realidade das crianças que nela se encontram.
Na década de 70, algumas teorias propuseram reflexões sobre a dependência
estrutural da Educação em relação à sociedade, mostrando como as dificuldades, os
problemas situados no âmbito educacional, portanto no âmbito da aprendizagem, são
problemas derivados, isto é, reflexos da estrutura social. Disseminava-se entre os educadores
a crença de que condições precárias, como a desnutrição ou a carência alimentar, o desajuste
familiar, o desemprego, impediriam o aluno de aprender.
Essa idéia denominada teoria da carência cultural acabava - e talvez até hoje, acabe -
por se constituir em uma “profecia auto-realizável”, que consiste nas expectativas do
professor sobre o desempenho dos alunos funcionando como uma profecia educacional que
se auto realiza. O professor consegue um péssimo desempenho de alguns alunos porque é
isso que na verdade ele espera. A baixa expectativa dos professores determina uma
aprendizagem medíocre, assim como uma boa expectativa dos professores determina uma
aprendizagem eficaz.
Para enfrentar os problemas de aprendizagem constatados, as instituições educativas
foram se organizando com programas assistencialistas, principalmente voltados à questão da
desnutrição, e até mesmo envolvendo a atuação de outros profissionais que viessem
amenizar as dificuldades de aprendizagem encontradas.
Entretanto, Dantas (1979), em importante pesquisa envolvendo um trabalho com crianças
com três quadros nutricionais diferentes, mostrou que o estado nutricional não afeta a
capacidade cognitiva dos indivíduos submetidos a uma estimulação rica e variada.
Não se trata, entretanto, de negar os graves problemas sociais enfrentados pelas
crianças das classes populares, mas de ressaltar que esses problemas não impedem que a
criança, em um contexto adequado, aprenda.
Patto (1985) coloca que os estudos sobre as dificuldades de aprendizagem sempre
estiveram atrelados a uma área da psicologia: a Psicologia das Diferenças Individuais ou
Psicologia Diferencial, postura da qual discorda. Essa teoria explica as diferenças de
desempenho, existentes entre os integrantes de um todo social, em termos de diferenças
individuais de personalidade, de rendimento intelectual, de habilidades perceptivo-motoras
ou de acordo com as diferenças grupais, culturais, étnicas etc. Portanto, essas crianças não
poderiam aprender por estarem prejudicadas devido a características suas, pessoais ou
étnico-culturais, atreladas à precária condição sócio-econômica.
Dorneles (1987) reforça a ideia de Patto, ao analisar o problema numa perspectiva
antropológica, colocando que o fracasso não é produto da família, nem somente da escola,
mas de fatores externos que atingem a ambos. São as relações de classe social que regulam
os processos internos da escola, da família, bem como as relações entre os grupos sociais.
Segundo Saviani (1991), o trabalho envolvendo a relação entre sociedade e educação
vai possibilitar melhor compreensão do que sejam os problemas sociais e como se articulam
com os problemas de aprendizagem. Para esse autor, as teorias pedagógicas: tradicional, nova
e tecnicista, constituir-se-iam em tentativas de resolver os problemas de aprendizagem,
visando solucionar os problemas sociais. A pedagogia tradicional aparece para resolver os
problemas da ignorância e do analfabetismo, buscando garantir assim, a assimilação dos
conhecimentos por parte da população. Já a pedagogia nova, procura através de técnicas de
socialização, adaptar e integrar o indivíduo na sociedade. Enquanto que a pedagogia
tecnicista aparece para resolver os problemas da ineficiência, incompetência e a falta de
habilidade operacional, capacitando os indivíduos a serem membros, no âmbito da sociedade,
na busca de resolver o problema técnico. Porém, essas diferentes abordagens não
conseguiram resolver os problemas de aprendizagem, até porque estavam descoladas da
sociedade enquanto base material na qual a Educação se concretiza.
Nesse sentido, Mészáros (2005) propõe uma educação para além do capital a qual
deve andar de mãos dadas com a luta por uma transformação radical do atual modelo
econômico e político hegemônico, em um processo contínuo e permanente,
(...) uma reformulação significativa da educação é inconcebível sem a correspondente transformação do quadro social no qual as práticas educacionais da sociedade devem cumprir as suas vitais e historicamente importantes funções de mudança. (MÉSZÁROS, 2005, p.25)
O compromisso com essa transformação exige o preparo do aluno para uma leitura
crítica de mundo, e das relações sociais, de forma a inserir-se enquanto cidadão, contribuindo
para essa transformação.
O alerta de Saviani (1985, p.28) aos pedagogos, pode ser estendido aos psicólogos
escolares:
Empenhem-se no domínio das formas que possam garantir às camadas populares o ingresso na cultura letrada, vale dizer a apropriação dos conhecimentos sistematizados. E, no interior das escolas, lembrem-se sempre de que o papel próprio de vocês será provê-las de uma organização tal que cada criança, cada educando, em especial aquela das camadas trabalhadoras, não veja frustrada a sua aspiração de assimilar os conhecimentos metódicos, incorporando-os como instrumento irreversível a partir do qual será possível conferir uma nova qualidade às suas lutas no seio da sociedade ( SAVIANI, 1985, p.28).
Saviani deixa claro, portanto, a importância da busca de alternativas para
organização dos conteúdos de forma a torná-los assimiláveis. Os conteúdos fora da realidade
dos alunos, aparecem como fator dificultador da aprendizagem (SAMPAIO, 2004). Portanto,
descobrir a relação entre os conteúdos mais valorizados no currículo e as dificuldades de
aprendizagem pode contribuir para que se entenda melhor como acontece o insucesso dos
alunos.
Entende-se que, quando o trabalho pedagógico está de acordo com a realidade do
educando, aproximando-o de situações significativas, a aprendizagem torna-se prazerosa e
instiga o desejo de aprender. Segundo Bossa (2000), o desejo de aprender é a energia
fundamental ao bom funcionamento cognitivo.
Para Matos e Pereira Jr. (2006, p.34) o desejo de alcançar o conhecimento implica
um investimento do outro como ensinante, e as possibilidades de construir a aprendizagem
dependem da natureza desse investimento. Nesse contexto, ressalta-se a importância da
relação afetiva entre o professor e o aluno, visto que o professor assume o papel de ensinante,
ainda que seja também aprendente. Esta relação perpassa o coletivo escolar interferindo na
construção do conhecimento científico, relacionando-se assim, com o interesse pela escola.
Compreender o homem como um ser social que procura revelar as particularidades
intelectuais que lhes são inerentes, na história da sociedade, traduz uma concepção histórica e
sociológica da psicologia (LEONTIEV,1972).
As notáveis investigações de Jean Piaget, consagradas ao desenvolvimento psíquico da criança, tem uma significação particular, dupla em minha opinião, por um lado, na manutenção, na sua teoria geral do desenvolvimento, dos conceitos de organização, de assimilação e de acomodação como conceitos de base, e, por outro lado, no fato de ele considerar o desenvolvimento psíquico como produto do desenvolvimento das relações do indivíduo com as pessoas que o rodeiam, com a sociedade, relações que transformam e reorganizam a estrutura dos processos de cognição iniciais da criança ( ibidem, p.149).
Vygotski, estudioso russo, teve sua contribuição ao colocar a mediação como uma
característica da consciência humana que permite ao homem, estabelecer conexões indiretas
entre a estimulação que recebe e as várias respostas que pode emitir. Para o autor, três
elementos são fundamentais no processo de conhecimento humano, o contexto social, a
história e a linguagem. Efetuou a crítica teórica às concepções biológicas naturalistas do
homem, às quais opôs a sua teoria do desenvolvimento histórico e cultural. Introduziu, na
investigação psicológica concreta, a ideia do caráter de historicidade na constituição do
psiquismo humano e a concepção de reorganização dos mecanismos naturais dos processos
psíquicos no decurso da evolução sócio-histórica e ontogênica.
Enquanto sujeito ativo, o aluno vem com uma história que o constituiu, e que o
marcará ao iniciar uma nova etapa em seu processo de escolarização, ao passar da 4ª. para a
5ª. série. Considerar aspectos dessa história, na perspectiva pedagógica, e desenvolver ações
buscando amparar alunos com dificuldades de aprendizagem a superá-las, poderá contribuir
nesse processo?
3. Pesquisa de Campo
Para compreender e propor formas para superação da situação encontrada, a princípio,
buscaram-se suas possíveis causas, por meio da análise das experiências escolares anteriores
desses alunos, envolvendo as relações com o ambiente escolar e familiar.
O primeiro momento caracterizou-se pelo levantamento dos alunos que tiveram
acompanhamento psicológico e pedagógico na série anterior (4ª série), em todas as escolas
públicas com séries iniciais, sediadas no município. Entendia-se que esses alunos por
necessitarem de um apoio extra, poderiam ao passar para a 5ª série, novamente o
necessitarem.
A antecipação do diagnóstico, antes mesmo da entrada dos alunos na escola, permitiu
verificar as condições de aprendizagem desses alunos logo no início do período letivo, pois,
quando se constatam as dificuldades de aprendizagens no Conselho de Classe no segundo
bimestre ou posteriormente, pouco tempo resta para superá-las. O que acaba acontecendo é o
desestímulo de aprender pelo aluno e o de ensinar pelo professor, levando assim ao fracasso
escolar discente como evasão ou repetência, causando ainda, frustrações quanto à
aprendizagem.
Para consecução dessa 1ª Fase, foram utilizados três instrumentos, dos quais dois
elaborados especificamente para a presente pesquisa. O primeiro, Levantamento de alunos
com dificuldades de aprendizagem (Anexo1), investigava, além dos dados pessoais de cada
aluno, se ele recebia algum tipo de acompanhamento (pedagógico, psicológico, neurológico
etc) e ainda, o motivo desse acompanhamento (queixa), as suas características sócio afetivas e
os resultados que esses alunos vinham obtendo nesse processo. Essa ficha individual, já era
utilizada pelas escolas municipais, e o que se fez foi analisá-las.
O segundo instrumento consistia em uma ficha coletiva para cada turma:
Levantamento de alunos com baixo rendimento na aprendizagem (Anexo2), na qual
anotavam-se os nomes dos alunos, de cada 4ª série, que apresentavam baixo rendimento
escolar.
O terceiro instrumento consistiu em um Parecer descritivo emitido pela escola
municipal e anexado à matrícula do aluno na escola estadual.
O segundo momento consistiu na análise dos dados levantados com base nos
instrumentos 1,2 e 3.3 , buscando-se elementos diagnósticos na série anterior que dessem um
suporte para o planejamento da ação pedagógica na 5ª série/6º ano.
Sucintamente, nas fichas dos 28 alunos(as) das quartas séries que apresentavam baixo
rendimento escolar, registravam-se as seguintes características pessoais: depressão (7%),
imaturidade (17%), desinteresse, preguiça e desorganização (24%) timidez e insegurança
(14%), irritação (7%), conflitos com colegas (10%), alunos que conversavam muito (14%),
alunos com saúde frágil, sempre com gripe, febre, dor de cabeça (7%).
Em 21% desses casos, a família estava presente na escola. Entretanto, em 32%
registravam-se problemas tais como: ausência dos pais, superproteção, não aceitação da
retenção do filho (a). E, em 47% dos casos a família não era citada nos relatórios e fichas de
acompanhamento.
Ainda, quanto aos aspectos pedagógicos, os dados coletados revelavam: aluno(a)
considerados lentos (17%), dificuldades em cálculo e tabuada (39%), dificuldades em leitura,
interpretação e produção de textos (46%), ortografia (14%), letra ilegível (10%), dificuldade
de concentração e atenção (7%). Quanto aos alunos que apresentam necessidades especiais,
esta característica bastava para nomeá-los e para descrever sua situação de aprendizagem,
isto é, nada mais foi colocado em suas fichas além dessa indicação.
Essa análise foi apresentada ao corpo docente, direção e professores da sala de apoio e
da sala de recursos para elaboração do Projeto de Intervenção no sentido de apoiarem os
alunos novos nos aspectos que poderiam interferir na aprendizagem escolar, fossem eles
afetivo, cognitivo, psicomotor, estrutura familiar, estrutura da escola, questões pedagógicas
etc.
Assim já ao ingressarem na 2ª etapa, do Ensino Fundamental, a pesquisa de campo
efetuada, possibilitou a elaboração de um programa extra de apoio, que caracterizou o Projeto
de Intervenção, no início dessa nova fase, em outra escola: aquela das séries finais do Ensino
Fundamental, a qual apresentava outras peculiaridades, como por exemplo, vários professores
com perfil bem diferente, do apresentado pelos professores das séries iniciais, horários
fragmentados e convivência com alunos mais velhos.
3 Os dados coletados encontram-se explicados no Portal Dia a dia educação, pagina (PDE/Unioeste/2009/ Produção Didática/Orientadora Maria Lídia Sica Szymanski e Orientanda Eneide Lane Crispim Furlan).
4. Ações de Intervenção na Escola
O Projeto de Intervenção Pedagógica elaborado no início do ano letivo, envolveu o coletivo
escolar com a proposta de seis ações principais, descritas a seguir.
1ª Ação:
Envolvimento da Direção e Equipe Pedagógica no processo de intervenção e
estabelecimento de critérios para seleção do docente que assumiria a sala de apoio, pois
muitos professores, por questões particulares, acabavam assumindo a sala de apoio, sem o
perfil ideal para este trabalho, ou seja uma compreensão do processo de ensino e
aprendizagem do aluno nas séries anteriores( 1ª a 4ª séries ). Como é da competência do
Diretor escolher o (a) professor (a) para a sala de apoio, o Diretor reuniu a Equipe
Pedagógica para indicação desse nome.
2ª Ação:
Reunião com o corpo docente das 5ª séries/6º ano, Equipe Pedagógica e Direção, logo
no início do período letivo, para apresentação da pesquisa inicial relativa aos alunos com
dificuldades de aprendizagem. Analisaram-se os gráficos que sintetizavam os resultados e
com base nessa discussão elaborou-se uma proposta pedagógica para estes alunos.
Conforme discussão no coletivo escolar decidiu-se que competiria à Direção da
escola propiciar condições adequadas de espaço físico para acolher os alunos da 5ª série do
Ensino Fundamental, visto que um dos objetivos do projeto seria melhorar o ambiente
escolar. Destinou-se, para a 5ª série, uma sala de aula com melhor estrutura física, mais
aconchegante. A professora de Arte se propôs a deixar o ambiente mais acolhedor utilizando
cartazes de boas vindas.
Com os professores da sala de aula, a princípio, fez-se uma avaliação diagnóstica dos
conhecimentos adquiridos pelos alunos e decidiu-se retomar os conhecimentos nos casos em
que houvesse necessidade. Diante dos dados apresentados quanto às dificuldades, os
professores das diferentes disciplinas se propuseram a fazer um planejamento, elaborando
atividades para sanar tais dificuldades, procurando trabalhar, metodologicamente, os
conteúdos de forma diferenciada das demais séries, utilizando jogos, materiais concretos,
dinâmicas, enfim estratégias que estimulassem e facilitassem a aprendizagem.
Ainda, no Conselho de Classe, os professores sugeriram uma proposta de registro de
avaliação semestral, possibilitando um tempo maior para conhecer o aluno e recuperar notas
inicialmente baixas que poderiam desestimulá-lo.
3ª Ação:
Organização de um Grupo de Apoio ao Projeto com a carga horária de 32 horas,
desenvolvido em 8 encontros com 4 h de duração(aos sábados), envolvendo a equipe técnico-
pedagógica e os professores.
Essas discussões serviam como suporte para o professor fazer o planejamento das
atividades em sala de aula, desmistificando algumas idéias quanto às dificuldades de
aprendizagem. Foram abordados os seguintes temas:
Relações cognitivo afetivas professor aluno e o processo de ensino aprendizagem; -
Ensinar e aprender; -Como lidar com crianças que tem dificuldade em aprender; -
Dificuldades de aprendizado na leitura e na escrita; - Fracasso Escolar, Patologia do Nosso
Tempo/ A Demanda e o Desejo; - Abordagem Fenomenológica de Algumas Situações de
Fracasso Escolar; -Alternativa metodológica, para lidar com a indiferença do aluno frente à
aprendizagem.
Após leitura e discussão dos textos, utilizando como recurso o projetor multimídia
(data show) o grupo fazia reflexão teórico/prática relacionado ao tema do Projeto
implementado na escola, propondo alternativas para o enriquecimento do trabalho docente.
Os docentes utilizavam-se das reflexões a partir dos textos, para se auto-avaliarem,
analisando a ação pedagógica, propondo novas estratégias de trabalho em sala de aula, de
relacionamento com os alunos, e de avaliação, modificando assim, algumas práticas até então
aceitas como normais.
4ª Ação:
Avaliação diagnóstica na disciplina de Língua Portuguesa para verificar o nível de
conhecimento dos alunos da 5ª série e a partir daí elaborar o planejamento. Os resultados
foram organizados em fichas, as quais, ao final do Projeto, foram comparadas com as fichas
iniciais (Anexo4). Para esta atividade utilizou-se a Ficha elaborada pela SEED - PR para
encaminhar o aluno para Sala de Apoio.
5ª Ação:
Esta ação envolveu os pais ou responsáveis não só pelos alunos que apresentavam
dificuldades de aprendizagem como pelos demais alunos matriculados nas 5ª. séries/6º. ano:
Logo no início do período letivo, realizou-se uma reunião com objetivo de
estabelecer uma relação de confiança e colaboração com os pais no sentido de amenizar ou
superar as dificuldades dos filhos(as). Buscou-se, ainda, orientá-los quanto à importância de
acompanharem seu filho (a) na escola e em relação às tarefas de casa, horários de estudos,
realização de trabalhos etc.
Ainda, ao final de cada bimestre, foram realizados encontros para analisar e propor
algumas ações relativas ao processo de aprendizagem dos alunos.
6ª Ação:
Após análise dos resultados de cada Conselho de Classe e durante o bimestre,
conforme as queixas apresentadas pelos professores, desenvolveram-se encontros com os
alunos das 5ª séries para trabalhar questões, tais como: falta de organização para estudar,
indisciplina, falta de autonomia por parte do aluno, baixa-estima etc.
As atividades foram desenvolvidas através de dinâmicas, utilizando como recurso
projetor multimídia, vídeos, barbante e papel. Os alunos se motivaram a participarem das
atividades, fazendo comentários sobre suas atitudes e dos colegas em sala de aula.
7ª Ação:
Reaplicação das fichas de avaliação para diagnóstico das dificuldades de Aprendizagem na
aquisição da leitura, linguagem oral e linguagem escrita, objetivando verificar os avanços dos
alunos que inicialmente apresentavam dificuldades de aporendizagem.
4. Resultados: Síntese das Fichas de Avaliação Inicial e Final
No início do período letivo, para fazer o levantamento das dificuldades de
aprendizagem foi utilizada a Ficha de Indicação de Conteúdos Básicos da Língua Portuguesa
(Anexo 4) para diagnosticar a situação de aprendizagem dos 23 alunos que apresentavam
dificuldades de aprendizagem conforme relatórios emitidos pela escola da 4ª série. Ao final do
período letivo utilizou-se a mesma ficha, comparando os resultados de aprendizagem destes
alunos. Para melhor entendimento e análise dos dados a Ficha foi desmembrada em três com
os dados referentes as práticas sociais da Língua Portuguesa (oralidade, leitura e escrita).
O primeiro fato que ficou evidente nesta pesquisa foi o progresso dos alunos em
relação às práticas de Língua Portuguesa. Quanto à oralidade, dos 23 alunos pesquisados no
início do período apenas 02 alunos tinham o domínio das noções básicas de argumentação,
número que ao final subiu para 06. Já o domínio parcial, no início apresentado por 17 alunos,
reduziu-se para 15 no final, sendo que também o número dos que não tinham domínio,
reduziu-se de 04 para 02.
O progresso dos alunos na leitura também ficou evidente. Por exemplo, no início
apenas dois alunos interpretavam o texto escrito, sendo que, ao final, esse número subiu para
10. Ao mesmo tempo, o número dos interpretavam a leitura parcialmente reduziu-se de 18
para 13, e dos que não conseguiam interpretar o texto escrito reduziu-se de três para zero.
Pode-se constatar que, em relação à escrita, as dificuldades, no início do período
letivo, eram bem maiores. No início do ano letivo, nem um aluno escrevia com clareza,
coerência e utilizando a argumentação. Ao final, dois já apresentavam esse domínio. O
número dos que dominavam parcialmente a escrita avançou de 14 para 18, e o número dos
que não escreviam sequer parcialmente diminuiu de nove para três.
O preenchimento da ficha de cada aluno(a) que apresentava dificuldades de
aprendizagem teve como objetivo fazer uma intervenção precoce, encaminhando-o para sala
de apoio, sala de recursos, acompanhamento em sala de aula, evitando assim o fracasso
escolar.
Após trabalhar durante o período letivo com estes alunos (as) constatou-se que, os
alunos que tiveram acompanhamento na sala de apoio ou sala de recursos e uma intervenção
pedagógica por parte dos professores de sala de aula regular, conseguiram avanços em relação
à aprendizagem.
5– CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ressalta-se a importância de conhecer antecipadamente as fragilidades dos alunos da
5ª série, e a importância da avaliação precoce, de forma a prevenir, e não apenas considerar
tardiamente o problema quando já não há muito a fazer, pois transcorreu metade do período
letivo, dificultando a intervenção objetivando reverter o quadro.
A entrada dos alunos na quinta série tem sido marcada por dificuldades de integração
às novas exigências, nem sempre explícitas pela escola, que muitas vezes acabam
interferindo no seu desempenho escolar. Basicamente dois fatores concorrem para tais fatos.
Por um, lado, os alunos, em sua maioria, são pré-adolescentes, vivendo grandes
transformações e procurando construir sua identidade. Por outro lado, diferentes professores
tratam especificamente das disciplinas que lecionam, sem preocupação com outras questões
presentes no cotidiano escolar, levando os alunos, progressivamente, a perderem o vínculo
com a escola, desistindo de aprender.
O psicólogo escolar, atento ao processo de aprendizagem do aluno, pode contribuir
com a equipe técnico-pedqagógica, buscando alternativas no coletivo para que os que
apresentarem as dificuldades de aprendizagem sejam “acolhidos” de maneira a não se
sentirem excluídos do processo ou ainda como os únicos culpados pelo fracasso.
As reflexões indicam que é preciso romper com práticas educativas inflexíveis, que
utilizam os mesmos recursos pedagógicos para trabalhar com os alunos independentes de
suas características, tratando-os de forma homogênea. É necessário, considerar os distintos
aspectos: psicológicos, pedagógicos, sociais, culturais etc. que concorrem para a formação do
aluno, compreendendo que a ruptura da 4ª/5º ano para a 5ª série/6º ano, deve ser levada em
consideração.
Trata-se de perceber o aluno como sujeito em desenvolvimento, produto das
interações sociais, respeitar sua diversidade, o que implica em uma postura pedagógica de
comprometimento, por todos os envolvidos no processo educativo.
Os dados apresentados evidenciaram os desafios a serem enfrentados pelo coletivo
escolar, de modo particular, pelos professores, no sentido de conhecerem melhor o aluno e
trabalhar conforme sua especificidade. E ainda, de estarem investindo na sua própria
formação continuada, buscando adequar o ensino à aprendizagem.
O psicólogo escolar pode contribuir para que a equipe escolar reveja a dinâmica do
trabalho pedagógico, priorizando um “olhar” mais atento aos alunos da 5ª série/6º ano, dando
suporte pedagógico ao professor, levando ao seu conhecimento quem são estes alunos que
estão chegando, suas limitações e situações de aprendizagem.
Além disso, poderá propiciar possibilidades de ampliação dos conhecimentos
docentes, por meio de momentos de reflexão e discussão teórica, desmistificando muitos
conceitos arraigados na prática pedagógica, quando ao buscarem culpados, eximem-se da
análise criteriosa dos fatores intervenientes no sucesso ou fracasso escolar.
6- REFERÊNCIAS BOSSA, N. A. (2000.) A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artes Médicas,
DANTAS, J.B. (1979.) Efeitos da estimulação escolar na realização de crianças em vários estados nutricionais. Caderno de Pesquisa. São Paulo (nº29):97-109 DEWEY, J. (1959.) Democracia e educação. Tradução de Godofredo Rangel e Anísio Teixeira. 3° ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, (Atualidades Pedagógicas, vol. 21) DORNELES, B.V. (1987.) Mecanismos da escola pública: um estudo etnográfico. In SCOZ, B. L et al, O caráter interdisciplinar na formação e atuação profissional. Porto Alegre: Artes Médicas, HEIDRICH, G. (2009) A escola da Família. In: Revista Nova Escola. Ed. 003. nº 9,. http://revistaescola.abril.com.br. Acesso em: 05/07/2010. LA TAILLE, YVES de et al. (1992.) Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus Ed. Lei nº. 11.274 (de 06.02.06). http://www.cibersaude.com.br/revistas. Acesso em 13/06/2010. LEFEVRE, F. e LEFEVRE, A. M. (2003.) O sujeito coletivo que fala. INTERFACE, Comunicação, Saúde e Educação. Acesso em 20/01/2010. LEONTIEV, A, (1972.) O Desenvolvimento do Psiquismo. Lisboa, Horizonte, MACEDO, L de. (1994.) Para uma Psicopedagogia construtivista. São Paulo: Cortez, MÉSZÁROS, I. (2005.) A Educação para Além do Capital. Tradução de Isa Tavares. São Paulo, Boitempo, MEC/SEF, (2001.) Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução, Brasília PATTO, M.H.S. (1985.) A criança da escola pública, deficiente, diferente ou mal trabalhada? Texto extraído da palestra proferida por Maria Helena Souza Patto no Encontro do Ciclo Básico, São Paulo. __________, (2000.) A produção do fracasso escolar: histórias de submissão e rebeldia. 2º ed. São Paulo: Livraria e Editora Ltda. RAMPIM, Mª do C.de J.B.T. e SZYMANSKI, Mª L.S. (2008.) Conselho de Classe: Uma Proposta de Pesquisa, http://www.pde.pr.gov.br. Acesso. 07/07/2010. SAMPAIO, Mª das M. F. (2004) Um gosto amargo de escola: relações entre currículo, ensino e fracasso escolar, 2ª ed. São Paulo: Iglu. SAVIANI, D. (1991.) Problemas de sociais e problemas de aprendizagem. In: Revista da ANDE (17): 5-12, Ano 10. São Paulo, SP: Autores Associados __________, (1985.) Sentido da pedagogia e papel do pedagogo. In: Revista da ANDE, São Paulo, nº 9, p 27-28
SZYMANSKI, Mª LS, E PEREIRA JR. ANTONIO A. (2006. ) Diagnóstico e intervenção psicopedagógica: reflexões sobre relato de experiências. Cascavel: Edunioeste, WEISZ, T. (2006.) O diálogo entre o ensino e a aprendizagem. 2ª ed. São Paulo, Ática,
ANEXO 1 LEVANTAMENTO DE ALUNOS (AS) QUE TEM ACOMPANHAMENTO
POR APRESENTAR DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM.
Estabelecimento de Ensino ____________________________________________ Aluno(a) ____________________________________________________________ Idade:________Série:______série e nº de reprovações :______________________ Professora da série:___________________________________________________ Equipe pedagógica:___________________________________________________ 1) Tipo de acompanhamento (pedagógico,psicológico,neurológico,fono. etc.) descrever: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2) Motivo do acompanhamento (queixa) _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 3) Comportamento sócio afetivo. _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4) Resultados Obtidos. _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Responsável pelo preenchimento da ficha:_________________________________ Data:_______/___________/__________.
ANEXO 2
LEVANTAMENTO DE ALUNOS COM BAIXO RENDIMENTO NA
APRENDIZAGEM
Estabelecimento de Ensino: ___________________________________________________
Série: _______ Turma: _____________ Data: _____/_______/_______
Professora: _________________________________________________________________
Equipe pedagógica: ___________________________________________________________
Aluno (a) Idade
nº de rep. na
série.
Queixa
ANEXO 3
ESCOLA MUNICIPAL:
ENDEREÇO:
RELATÓRIO
ALUNA(o):
A aluna _______________________ tem 10 anos e cursou a 4ª série
neste estabelecimento de ensino.
Apresenta um comportamento excelente. É respeitosa, mas é bem
retraída. Quase não há conversa dela com os demais alunos.
É caprichosa com seus materiais escolares. Sua letra é muito boa e de fácil
compreensão.
Apresenta muitas dificuldades em Matemática. Na disciplina de Português
__________apresenta certa compreensão e sempre se sai bem nas atividades.
Sua socialização com os demais colegas é bem reservada. Conversa muito
pouco e sempre procura ficar isolada dos demais.
Os profissionais que emitiram o presente relatório colocam-se a disposição
para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessário.
_____________________ _________________ ___________________
Orientadora educacional Coord. Pedagógica Professor (a)
ANEXO 4
LEVANTAMENTO INICIAL DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DA 5ª SÉRIE.
ALUNO (A)
INDICAÇÃO DE CONTEÚDOS BÁSICOS – LÍNGUA PORTUGUESA
PARCIAL
01 Tem noções básicas de argumentação, atendendo aos objetivos do texto e aos do interlocutor.
02 Observa a concordância verbal e nominal, nos casos mais comuns, levando em conta o contexto de produção.
03 Tem adequação vocabular, considerando as o contexto de uso e as variantes lingüísticas.
04 É capaz de recontar o que leu ou ouviu, mantendo a seqüência na exposição das idéias.
O R A L I D A D E
05 Percebe as diferenças básicas entre a oralidade e a escrita.
06 Lê com relativa fluência, entonação e ritmo, observando os sinais de pontuação.
07 Reconhece a idéia central de um texto.
08 Localiza informações explícitas no texto.
09 Percebe informações implícitas no texto.
10 Reconhece os efeitos de sentido do uso da linguagem figurada.
11 Identifica a finalidade e os objetivos dos textos de diferentes gêneros.
12 É capaz de fazer relações de um texto com novos textos e/ou textos já lidos.
L E I T U R A
13 Interpreta linguagem não verbal.
14 Escreve com clareza, coerência e utiliza a argumentação .
15 Escreve conforme a norma padrão, utilizando as regras ortográficas vigentes.
16 Tem noções básicas de utilização dos sinais de pontuação.
17 Tem noções básicas de acentuação.
E S C R I T A
18 Reconhece maiúsculas e minúsculas, empregando-as na escrita.