DIFICULDADES DE LEITURA EM SALA DE AULA NO ENSINO … · dos alunos e também dos professores. Os...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBACENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
CURSO DE LETRAS À DISTÂNCIA
JOSINETE TAVARES DA SILVA
DIFICULDADES DE LEITURA EM SALA DE AULA NO ENSINO MÉDIO
LUCENA
2
DEZEMBRO DE 2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBACENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
CURSO DE LETRAS À DISTÂNCIA
JOSINETE TAVARES DA SILVA
DIFICULDADES DE LEITURA EM SALA DE AULA NO ENSINO MÉDIO
Artigo apresentado ao curso de letras a distância da universidade federal da Paraíba, como requisito para obtenção do grau licenciado em letras
Professora: Me. Angélica Vilar Torres, orientadora
LUCENA
DEZEMBRO DE 2013
3
JOSINETE TAVARES DA SILVA
DIFICULDADES DE LEITURA EM SALA DE AULA NO ENSINO MÉDIO
Artigo apresentado ao curso de letras a distância da Universidade Federal da Paraíba, como requisito para obtenção do grau licenciado em letras.
Data da aprovação: ____/____/____
Banca examinadora:
___________________________________________________________________________Profa. Me. Angélica Torres Vilar de Farias - Orientadora
___________________________________________________________________________Profª Drª. Maria do Socorro Paz e Albuquerque - Examinadora
___________________________________________________________________________Profª Me. Naiara Ferraz Bandeira Alves - Examinadora
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Dedicatória
Em especial a minha família, meus pais, José Tavares a minha mãe Maria Bernadete, e a minha filha Jhessyca que tanto me incentivou e me apoiou que sorriu e chorou comigo durante todo o curso, que participou de toda minha angustia e que me fortalecia com seu sorriso. E aos meus três irmãos que perderam horas me conduzindo ao pólo para que meu sonho se concretizasse.
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AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, agradeço a Deus que permitiu que meu sonho se realizasse, a minha família e aos meus amigos que tiveram sempre ao meu lado.
A minha vó, Maria da Penha, que me incentivava com suas palavras.
Aos meus professores, tutores virtuais, à minha tutora presencial Kátia Falcão e minha orientadora Angélica Vilar.
À todos os demais que de alguma forma contribuíram para completar minha trajetória.
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ResumoA leitura ocupa lugar de grande importância na vida do indivíduo, no entanto, o ensino da mesma enfrenta sérios problemas, pois em muitos casos, vem sendo trabalhada de uma forma mecânica. Durante os estágios realizados em turmas do ensino fundamental II e do ensino médio de escolas públicas na cidade de Santa Rita e na cidade de Lucena, percebemos uma grande problemática quanto à proposição de exercícios de leitura em sala de aula, pois há grande repulsa por parte dos alunos e também dos professores. Sendo assim, o presente trabalho consiste em analisarmos as dificuldades de leitura em sala de aula. Objetivamos em linhas gerais, contribuir para as reflexões acerca das dificuldades no aprendizado da leitura. Especificamente objetivamos: refletir sobre práticas de leituras; compreender as possíveis causas do desinteresse pelo ato da leitura; evidenciar a importância da leitura na vida do indivíduo; refletir sobre a importância da utilização de gêneros textuais como promotores da leitura. Para alcançar os objetivos propostos lançamos mão de uma pesquisa de caráter qualitativo onde os dados analisados foram coletados através de aplicação de questionários contendo um total de 12 questões objetivas e subjetivas. Concluímos que o professor deverá agir como um condutor, um guia fazendo uso de estratégias e levando para os ambientes escolares textos que circulam no meio social, fazendo uso de diferentes tipos textuais. Havendo uma interação entre professores e alunos poderão desenvolver melhor o hábito da leitura.
Palavras-chave: Leitura; Ensino; práticas de leitura
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................07
2. REFERENCIAL TEÓRICO.............................................................................................09
2.1 A importância da leitura na vida do indivíduo..........................................................09
2.2 Leitura e Escola............................................................................................................11
2.3 Gêneros textuais como perspectiva de incentivo à leitura........................................13
3. METODOLOGIA...............................................................................................................15
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS........................................................................................16
5. CONCLUSÕES...................................................................................................................19
REFERÊNCIAS......................................................................................................................21
APÊNDICES............................................................................................................................22
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1. INTRODUÇÃO
As discussões em torno do processo de aquisição e apropriação da leitura não são
recentes. Na atualidade esse tema vem se destacando cada vez mais em discussões realizadas
em Congressos, palestras, encontros pedagógicos, universidades, etc, dada a sua grande
importância para a vida de um indivíduo.
É através da leitura que o indivíduo se expressa melhor, melhora sua escrita e conhece
outras culturas. A leitura é uma atividade bem mais complexa do que parece, não é apenas um
ato de mera decodificação ou feita de forma sintagmática, ela deve ser prazerosa e válida. É
através dela que se fundamenta todo o processo educacional, é a extensão da escola na vida
das pessoas. Tudo que se ensina na escola está diretamente ligado à leitura e depende dela
para se manter e se desenvolver. A leitura é tão importante para a vida que a escola toma
como base para a aprendizagem de outros conteúdos, (geografia, história, matemática etc.).
Não se pode negar a importância e o valor das habilidades de leitura para o ser humano.
Se a leitura é tão importante na vida de indivíduo agindo como um meio de transformação e
de mudança, a escola é a instituição principal responsável por essa tarefa. No entanto durante
os estágios realizados em turmas do ensino fundamental II e do ensino médio de escolas
públicas na cidade de Santa Rita e na cidade de Lucena, percebi uma grande problemática
quando proposto exercícios de leitura ou produção textual, pois há grande repulsa por parte
dos alunos e também dos professores. Os alunos fazem uma leitura totalmente sintagmática,
não havendo prazer ou interesse, enquanto que os professores também não motivam a leitura e
as escolas não oferecem recursos para essas práticas de leitura.
Diante dessa problemática surgiram os questionamentos: É dever de a sociedade formar
leitores críticos e reflexivos, a escola é vista como principal formador, mas esta tarefa está
sendo feita de forma satisfatória? Na tentativa de responder este e outros questionamentos é
que se justifica a importância da realização deste trabalho, uma vez que o mesmo se propõe a
discutir aspectos relevantes no que diz respeito à temática em questão “Dificuldades de leitura
em sala de aula”.
Ao realizarmos a presente pesquisa, objetivamos em linhas gerais, contribuir para as
reflexões acerca das dificuldades no aprendizado da leitura. Especificamente objetivamos:
refletir sobre práticas de leituras; compreender as possíveis causas do desinteresse pelo ato da
leitura; evidenciar a importância da leitura na vida do indivíduo; refletir sobre a importância
da utilização de gêneros textuais como promotores da leitura.
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Para alcançar os objetivos propostos lançamos mão de uma pesquisa de caráter
qualitativo onde o eixo metodológico está fundamentado nas teorias de pesquisadores como:
Kleiman (1998), Freire (1997), Koch (2010), Silva (1995), Geraldi (2001), bem como os
Parâmetros Curriculares Nacionais (2001) e outros que foram considerados necessários e
significativos na elaboração do mesmo. Os dados analisados foram coletados através de
aplicação de questionários contendo um total de 12 questões objetivas e subjetivas. A
pesquisa foi realizada na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Izaura Falcão de
Carvalho, localizada na cidade de Lucena, PB. Participou de presente pesquisa, 20 alunos do
2º ano do Ensino Médio da referida escola.
O presente artigo está divido em tópicos. No primeiro tópico refletimos sobre a
importância da leitura na vida do individuo. Procuramos também analisar a participação do
individuo hoje numa sociedade totalmente letrada, a postura como leitor e membro ativo,
participativo no meio social em que está inserido.
No segundo tópico, tratamos da leitura e escola, já que essa é vista como instituição
principal pelo o desenvolvimento e o ato da leitura, analisando a importância da mesma no
processo de formação de leitores e incentivo à leitura. No terceiro tópico abordamos a
importância do trabalho com gêneros na escola como favorecedores de práticas de leituras
desenvolvidas para estimular o prazer pelo o hábito de ler.
No quarto tópico detalhamos a metodologia utilizada para alcançar os objetivos
propostos, bem como a análise dos resultados observando durante a presente pesquisa. Por
fim, concluímos o presente artigo apresentando reflexões significativas a respeito do tema em
questão.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 A importância da leitura na vida do indivíduo
Na atualidade, o domínio da leitura significa participação ativa na sociedade. Não
pretendemos aqui falar da leitura de códigos, ler por ler, juntar símbolos, falamos do ato de
conseguir ler, interpretar e entender o que lê, já que ler é tão ou mais importante que escrever.
Sobre a leitura, os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa, nos asseveram
que:
Não se trata simplesmente de extrair informação da escrita, decodificando-a letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica, necessariamente, compreensão na qual os sentidos começam a ser constituídos antes da leitura propriamente dita (BRASIL, 1997, p. 41).
A palavra ler-lego, em latim significa colher tudo quanto vem escrito, interpretar e
eleger. Esta definição da palavra ler traduz exatamente a concepção de leitura que vem sendo
bastante discutida na atualidade em pesquisas, congressos, universidades, etc. Questões
ligadas à leitura se destacam nos discursos de inúmeros pesquisadores. Nesse sentido, é
necessário e imprescindível, refletirmos sobre a importância que tem a leitura na vida do ser
humano.
A respeito da leitura, Cagliari (2004, p148) declara que ”a atividade fundamental
desenvolvida pela escola para a formação dos alunos é a leitura, é muito mais importante
saber ler do que escrever...”, pois através da leitura o aluno desenvolve o raciocínio, podendo
se sair bem em outras disciplinas e será capaz de interpretar um problema de matemática, ou
formular uma questão de geografia, e em conseqüência dominará a escrita.
Ainda de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa, “A
leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado
do texto, a partir dos seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de
tudo o que sabe sobre a língua” (BRASIL, 1997, p. 41).
Sendo assim, o leitor seleciona o que lhe interessa, é capaz de entender, questionar e
debater o que está lendo, fazendo comparações com outros textos ou com situações
vivenciadas, fazendo inferências a outros textos ou situações vividas pelo leitor, já que a
leitura trata-se de um processo comunicativo.
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Quem ler bem é capaz de se comunicar, interagir e inferir no que está lendo, sem falar
que é capaz de ter uma visão diferente de mundo e é capaz de formar sua própria opinião.
Sobre isto, os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa asseveram que:
Um leitor competente é alguém que, por iniciativa própria, é capaz de selecionar, dentre os trechos que circulam socialmente, aqueles que podem atender a uma necessidade sua. Que consegue utilizar estratégias de leitura adequada para abordá-los de forma a atender a essa necessidade (BRASIL, 1997, p. 41).
O leitor competente é capaz de selecionar o que mais é adequado e lhe interessa na
ocasião, fazendo uso das estratégias de leituras para entender, fazer análise do que lhe
interessa, não apenas fazendo uso do que lhe é imposto como certo ou errado, ele tem sua
própria opinião e senso crítico.
De acordo com Bencini (2003, p48) “Ao dominar a leitura abrimos a possibilidade de
adquirir conhecimentos, desenvolver raciocínios, participar ativamente da vida social, alargar
a visão de mundo, do outro e de si mesmo...”. Sendo assim, quem lê, consegue trilhar novos
caminhos, ser bem mais ativo em seu meio social e se sair melhor em qualquer função que
exerce, pois a leitura é uma prática social e através dela o indivíduo é capaz de questionar,
opinar e fazer relação com outros contextos.
A leitura é uma atividade bem mais ampla e complexa do que se imagina, já que o ato
de ler começa com o olhar como afirma Freire (1981, p.09): “A leitura do mundo precede a
leitura da palavra”. Então o indivíduo já chega à escola com o sentindo do ler e vem aprender
os códigos e devemos levar em conta toda bagagem que o leitor traz, ou seja, a sua leitura de
mundo. Ao ler, o indivíduo soma a sua bagagem que já leva de sua vida cotidiana à escola, à
nova bagagem encontrada nos livros e assim, poderá construir uma nova visão de mundo,
efetivando assim, a construção de sentidos através da leitura.
Silva (1987, p.80) diz que “o exercício de sua consciência sobre o material escrito não
visa apenas o ato de reter ou memorizar, mas compreender e criticar”. Nesse sentido, a leitura
não deve ser apenas memorização ou simplesmente ler por ler, mas que seja exercida em
forma participativa, a leitura não deve ser sintagmática e obrigatória, mas sim prazerosa e
como forma de adquirir conhecimentos culturais, vocabulário e principalmente que estimule
um senso crítico e ativo do cidadão.
Kleimam (1993, p.10) assegura que a leitura é “uma prática social que remete a outras
leituras...” quer dizer, quando lemos colocamos em ação todos os nossos valores, então
reflete a forma de como fomos criados, e em qual grupo social estamos inseridos. A leitura
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não é apenas uma atividade individual, mas uma atividade social que influência de maneira
positiva ou negativa no meio o qual o indivíduo atua.
2.2 Leitura e Escola
Se a leitura é tão importante na vida de indivíduo agindo como um meio de
transformação e de mudança, a escola é a instituição principal responsável por essa tarefa.
Cagliari (2004, p.148), responsabiliza a escola como a principal instituição responsável por
essa tarefa, mas a leitura deveria ser exemplo vivenciado em casa já que trazemos uma
bagagem para a leitura, lemos no nosso cotidiano e então a primeira instituição responsável
pela leitura deveria ser a família, mas como o analfabetismo faz parte das famílias brasileiras,
essa função é atribuída às escolas como sua principal função.
Percebo que na prática, a escola dá mais ênfase à escrita, do que à leitura, exige-se mais
do aluno com a escrita do que com a leitura, ainda hoje as atividades de leituras em sala de
aula são conduzidas a permitir como certa uma única forma de leitura. Mas a leitura depende
do meio social em que o leitor foi criado e de sua história de vida, sendo um grande erro
levando em conta tal consideração. Essa compreensão de leitura é ainda um difícil problema,
por que as práticas de leituras não condizem com a realidade atual.
Abreu (2001, p.155) declara que “o trabalho escolar tem difundido o discurso da não
leitura muito mais que contribuído para as reflexões das práticas de leituras.” A escola
preocupa-se mais com a leitura como forma de codificação de signos lingüísticos não
conseguindo sair da superfície do texto, resolvendo apenas atividades mecânicas, com
respostas objetivas. Quando a leitura acontece é geralmente para avaliação da pronúncia, da
entonação, não havendo uma real preocupação com que se está lendo.
Ainda com essa mesma convicção Antunes (2003, p.27) ressalta que “não há leitura,
porque não há “encontro” com ninguém do outro lado do texto”. A escola não leva em
consideração o leitor, incentiva o aluno a ler apenas o que vem imposto nos livros didáticos
que muitas vezes não tem importância ou interesse nenhum para o aluno. O processo autor-
texto-leitor, não é levado em consideração.
A leitura como forma avaliativa inibe a formação do leitor, travando-o e levando a um
processo de repúdio ao ato de ler, já que muitas vezes os alunos sentem envergonhados por
não pronunciarem ou entoarem de acordo com o que exige cada tipo textual.
As práticas de leituras na escola resumem-se a leitura silenciosa, leitura em voz alta e
depois o professor faz algumas perguntas objetivas. Coracini (1995) critica essa postura da
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escola que trata o texto como um objeto uno, completo que tem fim em si mesmo. Já que o
texto é um ato social comunicativo não tem um só sentido nem um único fim.
A prática de leitura para ser eficiente precisa despertar e cultivar o desejo de ler. Mais
do que ensinar a ler é preciso ensinar a gostar de ler, é uma missão um pouco complicada já
que temos professores que ensinam um hábito que não possuem a leitura não precisa ser só
um hábito mais necessita ser um prazer.
Num país onde quem ensina a ler, lê pouco ou lê apenas por obrigação, fica difícil a
promoção da prática da leitura como uma atividade prazerosa. Conforme Sousa (2008, p.04)
“A própria sociedade define a escola como lugar da aprendizagem da leitura e o professor
como promotor dessa ação...”. A escola é vista como principal instituição responsável pelo
aprendizado da leitura, e o professor o principal promotor dessa ação, mas em algumas
mentes permanece a idéia que o único responsável por isso é o professor de português ou de
literatura. Esse fato atrapalha o processo de ensino aprendizagem, já que os alunos precisam
ler em todas as disciplinas, o ensino da leitura tem que acontecer de forma contextualizada e
transdisciplinar
O professor deverá agir como um condutor, um guia fazendo uso de estratégias, para
que os alunos sejam capazes de fazer usos das suas próprias e dominem progressivamente o
ato da leitura. Solé (1998, p.114), esclarece que as estratégias de leituras têm como finalidade
ajudar o leitor na escolha de outros caminhos quando se deparar com problemas na leitura.
Uma excelente estratégia de leitura é a biblioteca escolar.
A biblioteca escolar é para ser uma motivadora de leitura, mas em algumas escolas é
fechada e mantida a chave guardada como um tesouro, que os alunos não podem ter acesso,
mas um erro, ela deve ser lugar de consulta, prazer e ter os mais variados gêneros e os alunos
devem ser estimulados a conhecerem todos os tipos, ter acesso indeterminado e serem
estimulados a visitar a biblioteca.
Em algumas escolas tem apenas os livros didáticos que ficam empilhados e não há
nenhuma motivação em ler tais livros. Os textos que circulam no meio social devem fazer
parte do contexto escolar, pondo o aluno em contato com a linguagem social e cotidiana.
Inserir a biblioteca no processo de ensino é ofertar aos alunos a possibilidade de ampliar o
conhecimento através dos diversos materiais disponíveis no acervo.
Sendo assim, é necessário que a biblioteca disponibilize de profissionais habilitados
para o desenvolvimento de práticas pedagógicas que incentivem os alunos no uso dos
materiais disponíveis para pesquisa, incentivando-os não só o uso para fins de pesquisa como
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também desenvolvendo práticas que lhes ensine o gosto pela leitura literária e demais
gêneros.
2.3 Gêneros textuais como perspectiva de incentivo à leitura
A leitura na escola deve ser feita no entendimento de interpretação onde o principal seja
o texto e não a decodificação de códigos lingüísticos, para tanto, os gêneros textuais se
constituem como instrumentos bastante pertinentes.
Sobre os gêneros textuais Marcushi (2002, p.22-23) esclarece “Usamos a expressão
gênero textual como uma noção propositalmente vaga para referir os textos materializados
que encontramos em nossa vida diária e que representam características sócio-comunicativas
definidas...”. Os gêneros são inúmeros e materializam-se em nosso cotidiano, a exemplo de
um bilhete, um telefonema, uma notícia e assim por diante.
Nesse processo de contextualização, o professor deve buscar atividades significativas de
trabalho com a leitura, a fim de formar leitores e não apenas meros decodificadores de
palavras. A idéia de que a leitura é pura responsabilidade do professor de Português deve ser
totalmente exterminada, pois a partir das diversidades de gêneros é que o leitor se tornará
crítico.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa ressaltam que “o texto
como unidade e diversidade dos gêneros textuais compõem as condições para o tratamento do
objeto de ensino de língua portuguesa (BRASIL1998, p.23).
Os gêneros estão incorporados na nossa vida, na sociedade, e deverão estar presentes na
sala de aula, no ambiente escolar numa grande diversidade e não apenas só meia dúzia.
Trabalhar com gêneros e com sua diversidade comunicativa atende às exigências de
diversificar a leitura e escrita e de criar situações autênticas de comunicação.
O trabalho com gêneros no contexto escolar se faz necessário na medida em que traz
(ou tenta trazer) as práticas sociais para dentro da sala de aula, funcionando como instrumento
eficaz de mediação no processo de apropriação do uso da leitura e conseqüentemente da
escrita. No entanto, a eficiência depende de um bom planejamento didático criterioso e
comprometido com a aprendizagem dos alunos por parte do professor.
Os gêneros de textos evidenciam essa natureza altamente complexa das realizações lingüísticas: elas são diferentes, multiformes, mutáveis em atendimento á variação dos valores contextuais e dos valores pragmáticos que incluem, por outro lado, são prototípicos, são padronizados, são estáveis atendendo a natureza social das instituições a que servem (Antunes, 2004, p.50)
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A atividade textual realmente se realiza e ganha identidade em função das diferentes
situações de uso, os enunciados vão se organizando de acordo com a finalidade a que se
propõem. De acordo com Kleimam (2002) “as práticas sociais de uso da escrita são
situacional e culturalmente determinadas...” Isso quer dizer que não há sentindo algum inserir
um gênero numa sala de aula de uma comunidade que não conheça ou nunca teve acesso
prévio a tal gênero, vamos supor que a comunidade nunca teve acesso a internet, você vai
ensinar a ler ou produzir um email?
Outro aspecto que não pode ser esquecido na seleção do que vai ou não ser trabalhado
diz respeito à pluralidade de gêneros de textos socialmente disponíveis. Antunes (2004, p.40)
observa que a maturidade de escrever textos adequados e relevantes “é uma conquista, uma
aquisição, isto é não acontece por acaso, sem ensino, sem esforço, sem persistência, supõe
orientação, vontade e determinação exercício, prática tentativas (com rasuras), aprendizagem
exige tempo.”
Os gêneros são um termo intermediário para aprendizagem. A escolha dos mesmos se faz de acordo com a necessidade sócio comunicativa em que o aprendiz se encontra, em função da situação. Os textos que circulam socialmente servem com repertório, para expandir o processo comunicativo. Com a intertextualidade existente nos gêneros, os alunos se apropriam do desenvolvimento da capacidade de escrita, e as atividades orais e escritas podem ser organizadas em torno de um gênero.
Todo texto pertence a um determinado gênero, com uma forma própria, que se pode aprender. Quando entram na escola, os textos que circulam socialmente cumprem um papel modalizador, servindo como fonte de referência, repertório textual, suporte da atividade intertextual. A diversidade textual que existe fora da escola pode e deve estar a serviço da expansão do conhecimento letrado do aluno (BRASIL 1997, p. 28)
Para escrever bem, ler de forma crítica e participativa precisa-se de tempo e dedicação.
Havendo uma boa orientação (professor-educador), levando em consideração o meio social e
adotando estratégias certas, podendo haver rigorosas mudanças no atual contexto social e
escolar que encontramos atualmente.
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3. METODOLOGIA
Buscando uma melhor compreensão sobre as dificuldades de leitura em sala de aula,
realizamos uma pesquisa de campo através da aplicação de questionários em uma turma do 2º
ano do ensino médio da referida escola. Os questionários (ver APÊNDICE A) foram
aplicados no mês de outubro de 2013 e eram compostos por 12 perguntas do tipo objetivas e
do tipo subjetivas.
A presente pesquisa foi realizada na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio
Izaura Falcão de Carvalho, localizada no município de Lucena. A escola é composta por
novecentos alunos e funciona nos três turnos: manhã, tarde e noite. Além do ensino
fundamental e médio também funciona com Educação de Jovens e adultos.
A escola conta com 21 professores dos quais, 6 são de Língua Portuguesa. Para a
realização da pesquisa, participaram apenas os alunos pertencentes ao 2º ano do ensino médio
no turno da tarde. A turma é composta por 32 alunos, dos quais para a presente pesquisa,
participaram 20 alunos. Dos participantes da pesquisa, 11 são do sexo masculino e 9 do sexo
feminino, com faixa etária de idade entre 15 e 18 anos, todos estão dentro da idade adequada
não havendo nenhum repetente. Os alunos ficaram meio inquietos e apreensivos quanto a
realização da pesquisa.
A metodologia utilizada para a respectiva pesquisa foi de abordagem qualitativa, que se
preocupa em analisar e interpretar os dados em seu conteúdo psicosocial. Considera que há
uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o
mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzida em números. Na
pesquisa qualitativa, a interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são
fundamentais. É descritiva e não requer utilização de métodos e técnicas estatísticas. O
pesquisador considera instrumento chave, tende a analisar seus dados indutivamente, no
ambiente natural, o processo e seu significado são os focos principais de abordagem. As
pesquisas qualitativas oferecem contribuições em diferentes campos de estudo, como, por
exemplo, à antropologia, sociologia, psicologia, educação (ASSIS 2009).
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4 ANÁLISE DOS RESULTADOS
De acordo com a pesquisa realizada e com as respostas obtidas através dos
questionários, evidenciou-se a importância que a leitura tem na vida do indivíduo, mas que,
por outro lado, vem sendo trabalhada talvez de uma forma mecânica, onde as atividades de
leitura resumem-se à leitura e interpretação de um texto trazido pelo livro didático, não
levando em consideração os gostos ou hábitos de leitura que o aluno tem.
Também constatamos a dificuldade que os alunos têm de interpretar, entender o que
lêem, pois no momento da aplicação do questionário, fizeram várias perguntas, dizendo não
entender o que pedia a questão. É um problema sério que nós professores de língua
portuguesa temos que estar atentos e tentar melhorar tal situação. As respostas dadas pelos
alunos visam responder os objetivos propostos nessa pesquisa.
Quando questionados sobre o que é leitura, em sua maioria, os alunos concordaram em
dizer que é um ato de grande importância para a aprendizagem e formação do individuo.
Confirmando tal constatação a respeito da leitura, Cagliari (2004, p148) declara que ”a
atividade fundamental desenvolvida pela escola para a formação dos alunos é a leitura, é
muito mais importante saber ler do que escrever...”, pois através da leitura o aluno desenvolve
o raciocínio, podendo se sair bem em outras disciplinas e será capaz de interpretar um
problema de matemática, ou formular uma questão de geografia, e em consequência dominará
a escrita.
Sobre o gosto dos alunos pela leitura, constatamos que a maioria (12 alunos) gosta de
ler, os mesmos alegam que gostam de ler porque a leitura acalma e distrai. Já os alunos que
afirmaram não gostar de ler, alegaram que acham a leitura uma perda de tempo ou
simplesmente não gostam. Silva (1987, p.80) diz que “o exercício de sua consciência sobre o
material escrito não visa apenas o ato de reter ou memorizar, mas compreender e criticar”.
Assim fica claro que deve-se compreender, criticar, opinar sobre o que se está lendo, fazendo
inferências sobre o material lido.
Constatamos através da presente pesquisa que a maioria não costuma ler, a não ser
leituras presentes no livro didático e demonstraram a preferência por histórias em quadrinhos,
romance (meninas) e livros de ação. Kleimam (1993, p.10) assegura que a leitura é “uma
prática social que remete a outras leituras, quer dizer, quando lemos colocamos em ação todo
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os nossos valores, então reflete a forma de como fomos criados, e em qual grupo social
estamos inseridos.
As respostas dos alunos foram unânimes em afirmar que escolhem os seus livros para
leitura de acordo com suas preferências, ou seja, não lêem por indicação de ninguém e sim, o
que preferem. Essa constatação nos remete à citação de Freire (1981, p.09) que nos diz o
seguinte: “A leitura do mundo precede a leitura da palavra”. Sendo assim, o indivíduo já
chega à escola com o sentindo do ler e vem aprender os códigos e devemos levar em conta
toda bagagem que o leitor traz, ou seja, a sua leitura de mundo. Ao ler, o indivíduo soma a sua
bagagem que já leva de sua vida cotidiana à escola, à nova bagagem encontrada nos livros e
assim, poderá construir uma nova visão de mundo, efetivando assim, a construção de sentidos
através da leitura.
Sobre o hábito de leitura, constatamos que os alunos em questão, em sua maioria
resumem este hábito à leitura na sala de aula. Uma quantidade mínima de alunos (05)
afirmaram estar lendo algum tipo de livro atualmente. Cagliari (2004, p.148), responsabiliza a
escola como a principal instituição responsável por essa tarefa, mas a leitura deveria ser
exemplo vivenciado em casa já que trazemos uma bagagem para a leitura, lemos no nosso
cotidiano e então a primeira instituição responsável pela leitura deveria ser a família, mas
como o analfabetismo faz parte das famílias brasileiras, essa função é atribuída às escolas
como sua principal função.
Sobre as leituras realizadas pelos alunos, entre as meninas prevalece o gênero romance e
poesia já entre os meninos prevalece os conteúdos escolares e texto eletrônicos como forma
de pesquisa. Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa ressaltam que ”O
texto como unidade e diversidade dos gêneros textuais compõe as condições para o tratamento
do objeto de ensino de Língua Portuguesa (Brasil 1998, p.23). A diversidade de gêneros traz
condições para trabalhar em sala de aula de acordo com o interesse apresentado pelos alunos,
seja a gramática ou a linguagem de acordo com a região.
Quando perguntados se há atividade de leitura nas aulas de língua portuguesa, todos
responderam que sim. Constatamos que, em sua maioria, 17 dos alunos, disseram que as
atividades desenvolvidas são de leitura e interpretação de texto, geralmente dos livros
didáticos. Coracini (1995) critica essa postura da escola que trata o texto como um objeto uno,
completo que tem fim em si mesmo. Já que o texto é um ato social comunicativo não tem um
só sentido nem um único fim.
Os alunos afirmam unanimemente que se sentem estimulados (as) pelo professor de
Língua Portuguesa a buscar outras leituras além daquelas direcionadas pelo mesmo em sala de
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aula. Solé (1998, p.114), esclarece que as estratégias de leituras têm como finalidade ajudar o
leitor na escolha de outros caminhos quando se deparar com problemas na leitura. Vejamos o
que os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa nos dizem a respeito de
outras leituras:
Na biblioteca escolar é necessário que sejam colocados à disposição dos alunos textos dos mais variados gêneros, respeitados os seus portadores: livros de contos, romances, poesia, enciclopédias, dicionários, jornais, revistas (infantis, em quadrinhos, de palavras cruzadas e outros jogos), livros de consulta das diversas áreas do conhecimento, almanaques, revistas de literatura de cordel, textos gravados em áudio e em vídeo, entre outros (BRASIL, 1997 ,p.61).
É preciso ser colocado á disposição dos alunos textos dos mais variados e que fiquem
posicionados de forma que despertem o interesse do aluno, que possam ser realizados
pesquisas, que esses alunos possam ter acesso a esses gêneros.
Sobre os textos (gêneros) trabalhados em sala de aula pelo professor de língua
portuguesa, a maioria dos alunos (17 alunos) afirma que gostam porque estimulam a procurar
outros gêneros, já 03 alunos não gostam. Os alunos citaram por sua preferência, diversos
textos (gêneros) que, na sua opinião, deveriam ser trabalhados em sala de aula, a exemplo de
poesia, romance, música e textos em quadrinhos.
Os gêneros de textos evidenciam essa natureza altamente complexa das realizações
lingüísticas: elas são diferentes, multiformes, mutáveis em atendimento á variação dos valores
contextuais e dos valores pragmáticos que incluem, por outro lado, são prototípicos, são
padronizados, são estáveis atendendo a natureza social das instituições a que servem
(Antunes, 2004, p.50)
É em diferentes situações de uso que os gêneros se realizam , pois servem de subsídios
para a realização que se propões dentro da instituição social, que se esta trabalhando.
Todo texto pertence a um determinado gênero, com uma forma própria, que se pode aprender. Quando entram na escola, os textos que circulam socialmente cumprem um papel modelizador, servindo como fonte de referência, repertório textual, suporte da atividade intertextual. A diversidade textual que existe fora da escola pode e deve estar a serviço da expansão do conhecimento letrado do aluno (BRASIL 1997, p. 28)
Se faz necessário trazer ou tentar trazer as práticas sociais para dentro da sala de aula,
trabalhando com a diversidade comunicativa, atendendo as exigências de diversificar a escrita
de criar situações autênticas de comunicação.
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5. CONCLUSÕES
Diante do que foi observado, evidenciou-se a importância que a leitura tem na vida do
indivíduo. No entanto, observamos que a mesma vem sendo trabalhada talvez de uma forma
mecânica, onde as atividades de leitura resumem-se à leitura e interpretação de um texto
trazido pelo livro didático, não levando em consideração os gostos ou hábitos de leitura que o
aluno tem.
Os gostos dos alunos por diferentes gêneros não são levados em consideração, que é
trabalhado um mesmo tema para todos os alunos imposto pelo professor, que muitas vezes
não fazem uso de estratégias de leitura deixando uma atividade chata e cansativa. A escola
deve estimular no aluno o gosto e o prazer pela leitura não apenas na instituição, mas fora
dela também, pois os mesmos não se sentem estimulados a realizarem outros tipos de leitura
que não aquelas leituras chatas e obrigatórias realizadas na escola.
Os hábitos de leitura apresentados pelos alunos resumem-se praticamente aos textos que
vem no material didático, poucos lêem o que não é obrigatório. O gosto dos alunos pela
leitura se apresenta de maneira bastante diferenciada a exemplo de romances e claros os
textos em quadrinhos, o uso da rede social foi sem dúvida o único meio pelo o qual eles têm
de leitura prazerosa. Mas muitos não sabem identificar se tem ou não algum gênero nas redes
sociais. Observa-se, pois, que a tecnologia pode se tornar uma grande aliada para o incentivo
à leitura, e as redes sociais que já fazem parte da nossa vida escolar, são importantes.
Diante do que foi observado, o professor deverá agir como um condutor, um guia
fazendo uso das mais variadas estratégias, para que os alunos sejam capazes de fazer usos das
suas próprias e dominem progressivamente o ato da leitura. Então diante de tantos problemas,
a escola que é vista como órgão principal de desenvolvimento de leitura tem que se modificar
bastante e dar mais ênfase a essa prática desde o ensino fundamental para que assim
futuramente tenhamos bons leitores e produtores de textos.
Nesse sentido, a escola deve fazer uso de diferentes e inovadoras estratégias de leitura,
levando para dentro do ambientes escolares textos que circulam no meio social, fazendo com
que os alunos tenham acesso a diferentes tipos textuais. Pode ser gêneros uma linguagem bem
mais formal, fazendo despertar seu conhecimento e senso de curiosidade por descobrir outros
mundos.
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Uma boa biblioteca escolar tem grande importância como promotora da leitura, já que
ela dever ser parte integrante da escola, como uma ação de incentivo a criação do gosto e
hábito de ler. Com um material de grande diversidade, oferecendo um suporte pedagógico,
para orientar as atividades propostas em sala de aula. Uma boa biblioteca também pode
promover atividades culturais que possibilitem a interação da escola, professores, alunos com
a participação da comunidade em geral.
Havendo uma interação entre professores e alunos o hábito de leitura pode ser
desenvolvido melhor, com rodas de leitura, sarau, debates, tentando fugir do tradicionalismo
de ler e interpretar em exercícios escritos. É importante trazer para o ambiente escolar,
gêneros diversos que os alunos gostem e eles podem trazer esses gêneros para a própria sala,
havendo um acordo entre ambos os professor e aluno, dessa forma poderemos conseguir fazer
da leitura um hábito prazeroso, um hábito de verdade e conseguir formar cidadãos ativos e
participativos no nosso meio social.
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REFERÊNCIAS
ASSIS, Maria Cristina Assis. Metodologia do Trabalho Científico. João Pessoa: Editora Universitária UFPB. 2009.
ANTUNES, Celso. Educação: 40 lições da sala de aula. Curitiba: Positivo. 2004.
ANTUNES, Irandé. Aula de Português: Encontro e Interação. São Paulo: Parábola editorial, 2003.
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: língua portuguesa. v. 2, 3. Ed. Brasília: 1997.
BENCINI, Roberto. Hora da leitura. Revista Nova Escola. São Paulo. Março de 2003.
CAGLIARI, Carlos Luiz. Alfabetização e lingüística. São Paulo: Scipione, 2004.
CORACINI, Maria José Rodrigues Faria (org.). O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua estrangeira. Campinas, SP: Pontes, 1995.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez, 1981.
KLEIMAM, Ângela. Oficina de leitura: Teoria e prática. Campinas: Pontes, 1993.
______. Texto e leitor : Aspectos cognitivos da leitura.Campinas, SP: Pontes,2002.
MARCUSHI, Luiz Antônio. O livro didático de português: múltiplos olhares. Rio de Janeiro: Lucerna. 2002.
SILVA, Ezequiel Theodoro Da. A produção da leitura na escola. São Paulo: Ática, 1997.
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APÊNDICES
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APÊNDICE A
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA – UFPBCENTRO DE CIENCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS A DISTANCIA
Caro aluno (a),Estamos realizando uma pesquisa intitulada Leitura e produção textual, Dificuldades de
leitura e produção textual em sala de aula no âmbito do curso de Letras oferecido pela UFPB Virtual, para tanto, solicitamos que você responda ao questionário a seguir.
Informamos que você não será identificado em nenhum momento da pesquisa. O anonimato está garantido e será de total responsabilidade da pesquisadora: JOSINETE TAVARES DA SILVA. Contamos com sua preciosa colaboração, tendo em vista o êxito de nosso trabalho de pesquisa, visando a conclusão do curso de Letras.
PERFIL DO ALUNO: NOME (FICTÍCIO): ____________________________________________________SÉRIE/ANO: __________ IDADE: ________ SEXO: ( ) M ( ) FDATA: ___/___/____
QUESTÕES RELACIONADAS AO TEMA:Questionário1 O que é leitura para você?______________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2. Você gosta de ler?( ) Sim ( ) NãoComente sua resposta______________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2 Quantos livros costuma ler por ano?___________________________________________________________________________ 3. Você costumar ler outro tipo de livro que não seja o livro didático? Qual (is)?______________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4. Caso você tenha o hábito de ler, como costuma escolher seu livro?
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( ) indicação dos professores( ) indicação de amigos ou familiares( ) de acordo com suas preferências( ) não tenho o hábito de ler( ) Outro. Especifique: ____________________________________________ 5. Qual seu hábito de leitura?______________________________________________________________________________________________________________________________________________________
6. Está lendo atualmente, que livro?_____________________________________________________________________
7. Dentre as opções abaixo, marque - as de acordo suas leituras: ( ) jornal ( ) revistas de entretenimento ( ) revistas ou livros teóricos ( ) romances ( ) livros de literatura( ) poesia ( ) textos eletrônicos como forma de pesquisa ( ) Livros de conteúdos escolares( ) Nenhum( ) outros. Especifique: _____________________________________________
8. Há atividade de leitura nas aulas de língua portuguesa? ( ) Sim ( ) Não
9) Como são desenvolvidas essas atividades? Se a resposta for não, como você avalia esse descaso com a leitura? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
10. Você se sente estimulado (a) pelo professor de Língua Portuguesa a buscar outras leituras além daquelas direcionadas pelo mesmo em sala de aula?( ) Sim ( ) Não
11. Você gosta dos textos (gêneros) trabalhados em sala de aula pelo professor de língua portuguesa? Por quê?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
12. Cite alguns textos (gêneros) que, na sua opinião, deveriam ser trabalhados em sala de aula? Por quê?______________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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APÊNDICE B