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Wagner Gaby

RELAÇÕES PÚBLICAS

Para Líderes Cristãos

A Liderança Construída Pelo Relacionamento Público e Pessoal

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ÍNDICE

Dedicatória.

Prólogo.

Prefácio.

Introdução.

Primeira Unidade

Relações Humanas.

Comunicação Interpessoal.

Comunicação Intrapessoal.

Os Dez Mandamentos das Relações Humanas.

Pesquisa Psicológica.

Elementos Básicos da Comunicação.

Barreiras nas Comunicações.

Requisitos da Mensagem.

Verificação de Desempenho: "Feedback".

Estilo de Comunicação.

Você sabe ouvir?

Princípios para Ouvir Bem.

Liderança: Direção de Grupo de Pessoas.

Necessidade de Direção.

Conceitos Básicos de Liderança.

Tipos Negativos de Liderança.

Equilíbrio do Líder.

Escolha de Líderes.

Características de Liderança.

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O Jovem na Liderança.

Reunião Liderada.

Tipos de Reunião.

Preparativos para a Reunião

Mecanismo da Reunião.

Influências Inconscientes Durante a Reunião.

Importância da Linguagem na Reunião.

Motivos que levam a Reunião a um Fracasso.

Tipos de Participantes em Reunião.

Comportamento Durante a Reunião.

Reuniões de Maior Amplitude.

Segunda Unidade.

Relações Públicas.

Propaganda.

A Arte de Relações Públicas.

Alvo das Relações Públicas.

Mensagem das Relações Públicas.

Relações Públicas com a Imprensa.

Como Vencer a Dificuldade de Falar em Público.

Regras Básicas de Oratória.

A Ética nas Relações Públicas.

A Ética na Evangelização.

Apresentação Pessoal.

Regras de Comportamento.

Linguagem nas Relações Públicas.

O Telefone e as Relações Públicas.

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Atitudes Impróprias do Líder no Púlpito.

Como Enfrentar as Críticas.

Se.

Epílogo.

Bibliografia.

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Dedicatória

A Jesus Cristo, Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Ao meu pastor José Pimentel de Carvalho - Presidente da Igreja Evangélica Assembléia

de Deus em Curitiba, PR.

A minha esposa Maria Aparecida, companheira de todas as horas.

Aos meus filhos Claudia e Eliel, jóias do meu tesouro.

A você, querido leitor.

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Prólogo

"Não existe um livro tão mau, que não tenha alguma coisa útil".

(Nullum esse librum tam malum, ut nom aliqua parte prodesset - Epist. liv. 111, 5).

(Plínio, o Moço)

Do pensamento do célebre escritor romano, deriva um grande conforto intelectual para

o autor!

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Prefácio

Ao distinguir-me o pastor Wagner Tadeu dos Santos Gaby, convidando-me para

prefaciar seu novo livro Relações Públicas e Humanas Para Líderes Cristãos, fiquei

radiante de satisfação, não primeiramente pelo fato honroso de prefaciá-lo (visto que

outra pessoa também da sua escolha podia fazê-lo com mais propriedade), mas pelo fato

de ter ele (o autor) presenteado com este livro o público evangélico brasileiro, a partir

dos líderes de igrejas.

Esta é uma obra da maior necessidade e utilidade, pois do nosso bom e correto

relacionamento social com o próximo e com o grupo de nossa convivência e

interrelacionamento diverso, depende o nosso sucesso em termos humanos. Sim, como

pastor, lidando com o povo, reafirmo: o trabalho do pr. Wagner é uma grande

contribuição para o povo evangélico e a sociedade em geral, da qual ele é um segmento

distinto.

Na esfera secular, Relações Humanas e Públicas são campos com variados livros

publicados. O mesmo deveria ocorrer na Igreja, que por sua natureza e missão entre os

homens, deve conhecer na teoria e na prática o assunto em apreço.

O livro que o pr. Wagner escreveu, dado o seu conteúdo isento de filosofias humanistas

atuais que tanto desvirtuam o assunto, inclusive adaptando-o ao hedonismo, é de grande

utilidade tanto para uso da igreja, como do público em geral. Na Igreja, por exemplo,

são constantes os casos de seus membros terem espiritualidade, mas não terem

sociabilidade embasada nos sadios e construtivos princípios de Relações Públicas e

Humanas. A inobservância desses princípios, mesmo os mais elementares, resulta nos

mais diversos tipos de sociopatias, prejudicando o próprio indivíduo e aos demais à sua

volta, nos mais diversos tipos de relacionamentos.

O livro que o leitor tem em mão, discorre sobre como conhecermos melhor a nós

próprios, resultando isso em conhecermos melhor ao nosso próximo. Contém ele

definições básicas sobre o relacionamento pessoal nas principais situações da vida, bem

como aquelas envolvendo o mundo à nossa volta, especialmente o ambiente de trabalho.

Contém recomendações e conselhos de primeiríssima necessidade para o indivíduo, em

relação a si mesmo e ao grupo com o qual ele convive.

Uma vez que a missão do obreiro leva-o a sempre trabalhar com pessoas, o livro é de

grande utilidade para obreiros do Senhor de todas as categorias e em todas as situações

de trabalho: ambiente da família, gabinete pastoral, púlpito, congregação, auxiliares em

geral e o público à nossa volta.

O duplo aspecto do livro (Relações Públicas e Humanas) é pelo autor, exemplificado na

Bíblia, através de numerosas referências bíblicas, evidenciando assim a antecipação da

Bíblia ao assunto hoje tão largamente difundido na sociedade em geral.

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O homem é um ser gregário, mas para que ele integre-se e realize-se no grupo, precisa

melhorar seu relacionamento consigo mesmo, com Deus e com o seu próximo.

Dois exemplos bíblicos projetam-se singularmente nas Escrituras, um no Antigo, outro

no Novo Testamento, sobre as Relações Públicas e Humanas. No livro dos Salmos

somos ensinados a andar bem com Deus, e no livro seguinte - Provérbios - somos

ensinados a andar bem com o nosso semelhante. Por sua vez, no Novo Testamento

temos o famoso capítulo de Colossenses 3, ensinando-nos sobre o relacionamento ideal

entre marido e mulher, pais e filhos, e patrões e empregados.

Boas relações de amizade sadia e altruísta entre as pessoas, com respeito e valorização,

é uma forma de demonstrar o verdadeiro cristianismo bíblico preconizado em sua

plenitude no Novo Testamento. Isso cada leitor verá por si mesmo ao ler este tratado

que acabamos de apreciar.

António Gilberto, pastor

Diretor de Publicações da CPAD

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Introdução

O relacionamento humano surge, quando dois indivíduos se encontram.

Talvez, a mais antiga das artes seja a do relacionamento humano, pois a Bíblia Sagrada

nos ensina que quando Deus criou Eva, para ser companheira de Adão, teve início o

convívio diuturno e, em conseqüência, o amor, a solicitude, o engodo, a ira, etc.

Com o passar dos tempos, essa arte foi se aprimorando, pois o homem verificou que

havia necessidade de estruturá-la e dar-lhe normas.

Muitas mudanças se fizeram necessárias e, com a decorrência do crescimento

vertiginoso das atividades comerciais, industriais e administrativas, tornou-se mais

aguda a necessidade de se aprimorar a habilidade em lidar com as pessoas.

Pode-se dizer que o berço das Relações Públicas e Humanas, em nova roupagem, mais

prática, mais atuante, foram os Estados Unidos da América do Norte, principalmente em

função do avanço tecnológico.

O adestramento na arte de tratarmos com nossos semelhantes, a fim de evitar que

houvesse entrave ao progresso de nossas atividades, tornou-se matéria primordial.

A Igreja tomou emprestado o Know How de Relações Públicas e Humanas de outros

setores e o adaptou às suas necessidades.

Hodiernamente, não se concebe mais, tanto nos demais cursos, como no daqueles

ministrados aos cursos teológicos, a ausência dessa disciplina, a qual servirá de base

sólida à futura conduta dos novos obreiros da Igreja do Senhor, bem como na conduta

daqueles que já estão atuando no santo ministério.

RELAÇÕES PUBLICAS E HUMANAS - DISTINÇÃO

As Relações Humanas representam o gênero, de que as Relações Públicas são a espécie.

Freqüentemente Relações Humanas se confundem com Relações Públicas.

Ambas nascem na mesma fonte de conhecimento do homem e seu comportamento, mas

diferem quanto às suas finalidades.

As RELAÇÕES HUMANAS se caracterizam pela operação interior, ou seja, visam

humanizar as relações de trabalho, cada vez mais dominadas pela automatização,

tendente a transformar o trabalhador em um autômato, e suas chefias em painéis de

comando, sem alma.

As RELAÇÕES PÚBLICAS destinam-se à operação do exterior, isto é, o mundo que

nos cerca, quer sejamos um indivíduo ou uma instituição.

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Tendo em vista a distinção existente entre Relações Humanas e Relações Públicas,

passaremos a estudá-las separadamente, em duas unidades.

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Primeira Unidade

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Relações Humanas

Conceito Básico

A conceituação original de Relações Humanas origina-se dos anglo-saxões, que foram

os primeiros a usar a expressão em que "RELAÇÕES" corresponde à idéia de

"Estabelecimento ou manutenção de contatos" e ''Humanas" se aplica a''tudo o que se

refira ao homem, como ser humano".

"Relações Humanas" "significa uma orientação geral no modo de realizar relações, de

qualquer espécie, com pessoas; orientação esta baseada no princípio de que

reconhecemos estar lidando com seres humanos possuidores de personalidade própria,

que devemos respeitar" (Anibal Bomfim - "Arquivos Brasileiros de Psicotécnica", n9 4,

dezembro de 1953).

Segundo esse autor, não poderia existir um "serviço de Relações Humanas", mas deve

haver uma' 'orientação'', geral em todos os "serviços", no sentido de melhorar as

condições em que se processam os contatos entre chefes e subordinados e mesmo entre

companheiros de trabalho no mesmo nível hierárquico; esta "orientação" é a das

"Relações Humanas".

"Relações Humanas" "é a arte de se obter e conservar a cooperação e confiança dos

membros do grupo, dos indivíduos entre si, de grupos distintos, do dirigente com o

grupo e dos dirigidos com esse" (Pierre Neil).

"Relações Humanas" "é a ciência do comportamento humano, no seu relacionamento

intra e interpessoal" (Agostinho Minicucci).

As Relações Humanas têm sido compreendidas como Comunicação Interpessoal e

Intrapessoal.

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Comunicação Interpessoal

É o relacionamento entre as pessoas (Relações Interpessoais). Caracteriza-se através dos

eventos ou acontecimentos que se verificam no lar, na escola, na empresa, na Igreja.

Esse relacionamento ocorre entre:

a) Uma pessoa e outra - marido e mulher;

- vendedor e comprador;

- evangelizador e evangelizando.

b) Os membros de um grupo - os integrantes do lar;

- professor e alunos na Escola Dominical;

- pastor e membros de uma Igreja.

c) Grupos numa organização - departamentos de uma Igreja;

- equipes de estudo numa classe Bíblica.

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Comunicação Intrapessoal

É a comunicação que mantemos com nós mesmos. É o diálogo interior.

Esse relacionamento ocorre quando nós fazemos as perguntas e nós mesmos damos as

respostas.

EXEMPLO:

''Eu dizia na minha precipitação: Todo o homem é mentira.

"Que darei eu ao Senhor, por todos os benefícios que me tem feito?

"Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do Senhor.

"Pagarei os meus votos ao Senhor, agora, na presença de todo o seu povo" (Sl 116.11-

14).

Esse diálogo que o salmista manteve consigo denomina-se Comunicação Intrapessoal.

Observa-se no texto citado, relacionamento intrapessoal.

"E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu

aqui pereço de fome!

''Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante

ti;

''Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros" (Lc

15.17-19).

Na narrativa mencionada, o filho pródigo expressa o desejo de retornar à casa paterna,

após ter mantido um diálogo com ele mesmo, face à situação em que se encontrava.

Certamente, o seu diálogo interior teria sido mais extenso, mas o que nos interessa no

presente exemplo é evidenciar a importância que se deve dar a esse tipo de comunicação

intrapessoal.

"Relações Humanas" é uma ciência interdisciplinar, pois nela afluem diversas ciências

(PSICOLOGIA, SOCIOLOGIA, MORAL), enfim, as denominadas Ciências Sociais, de

um modo geral.

Por essa razão é que "Relações Humanas" é considerada como ciência do

comportamento humano.

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Os Dez Mandamentos das Relações Humanas

I - FALE com as pessoas. Nada há tão agradável e animado quanto uma palavra de

saudação, particularmente hoje em dia quando precisamos mais de "sorrisos amáveis".

II - SORRIA para as pessoas. Lembre-se de que acionamos 72 músculos para franzir a

testa e somente 14 para sorrir.

III- CHAME as pessoas pelo nome. A música mais suave para muitos ainda é ouvir o

seu próprio nome.

IV - SEJA amigo prestativo. Se você quiser ter amigos, seja amigo.

V - SEJA cordial. Fale e aja com toda a sinceridade! Tudo o que você fizer, faça-o com

todo o prazer.

VI - INTERESSE-SE sinceramente pelos outros. Lembre-se de que você sabe o que

sabe, porém você não sabe o que os outros sabem. Seja sinceramente interessado pelos

outros.

VII - SEJA generoso ao elogiar, cauteloso ao criticar. Os líderes elogiam. Sabem

encorajar, dar confiança, e elevar os outros.

VIII - SAIBA considerar os sentimentos dos outros. Existem três lados numa

controvérsia: o seu, o da outra pessoa, e o lado de quem está certo.

IX - PREOCUPE-SE com a opinião dos outros. Três comportamentos de um

verdadeiro Líder: ouça, aprenda e saiba elogiar.

X - PROCURE apresentar um excelente serviço. O que realmente vale em nossa vida é

aquilo que fazemos para os outros. ("Exercícios Práticos de Dinâmica de Grupo e de

Relações Humanas", 4º volume, 3ª edição, página 7 - Silvino José Fritzen.)

MELHOR CONHECIMENTO DE SI PRÓPRIO GERA MELHOR CONHECIMENTO

DOS OUTROS!

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Pesquisa Psicológica

A seguir, passaremos em revista as conclusões a que chegou um grupo de psicólogos

que pesquisou acuradamente num treinamento de Relações Humanas:

1ª) Grande parte do nosso trabalho é feito por meio do contato com os outros, quer

como indivíduos, quer como grupo.

2ª) A eficiência em lidar com outras pessoas é, muitas vezes, prejudicada pela falta de

habilidade, de compreensão e de trato interpessoal.

3ª) As pessoas que têm mais habilidade em compreender os outros e em traquejo

interpessoal são mais eficazes no relacionamento humano.

4ª) A experiência tem comprovado que as pessoas podem aprender a aperfeiçoar a sua

habilidade em compreender os outros e a si próprias, adquirindo traquejo nas relações

interpessoais.

Às vezes, nós não compreendemos porque temos certos tipos de comportamento ou

atitudes. Não tentamos verificar que isso pode acontecer porque temos dentro de nós

conflitos que não conseguimos resolver. Esses conflitos íntimos impedem nossa

maneira eficiente de agir.

Se as pessoas descobrem como agem, porque agem, e tentam descobrir maneiras para

compensar tais comportamentos, isso as ajudam a agir com mais eficiência no

relacionamento interpessoal e na compreensão intrapessoal.

A compreensão dos outros (um dos aspectos mais importantes nas Relações Humanas) é

a aptidão para sentir o que os outros pensam e sentem, sem, portanto, envolver-se com

tais sentimentos. Essa aptidão denomina-se empatia.

Depois que começarmos a nos conhecer melhor, teremos mais facilidade em

compreender os outros.

"CONHECE-TE A TI MESMO!" (Sócrates)

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Elementos Básicos da Comunicação

CONCEITUAÇÃO:

Do latim communicatio, de communis = comum.

Ação de tornar algo comum a muitos.

É o estabelecimento de uma corrente de pensamento ou mensagem, dirigida de

um indivíduo a outro, com o fim de informar, persuadir ou divertir.

HISTÓRICO:

Desde os tempos mais remotos, o homem procurou comunicar-se com seus

semelhantes; e o fez não só na época em que viveu, mas também deixando informações

a seus posteriores.

Desenhou em paredes, nas cavernas: idealizou a escrita, comunicou-se tanto com sua

época, como com o futuro; sempre com uma finalidade, a de legar conhecimentos.

A evolução se fez sentir na maneira de comunicar-se, inventou e pôs em uso aparelhos

sonoros e visuais; e, nessa ânsia de se entender com seus pares, produziu uma

população sonora-visual. Mensagens em profusão, para vender produtos, ou para

recomendar que se faça ou deixe de fazer alguma coisa. Mas, a inteligência humana

aprendeu a selecioná-las: somente as mais perfeitas são recebidas, como foram

transmitidas, sem distorções.

MECANISMO:

As telecomunicações emprestaram termos de seu próprio uso. E, assim, a comunicação

apresenta como elementos básicos:

a) EMISSOR - o que transmite a mensagem.

b) RECEPTOR - o que recebe a mensagem.

c) CANAL - o meio de comunicação.

d) MENSAGEM - o fato que se relata. TIPOS:

A proliferação de tipos de mensagens é imensa, mas pode-se agrupá-las em:

Primeira - COMUNICAÇÃO VERBAL - Aquela em que a palavra é o meio usado para

canalizar a mensagem.

Segunda - COMUNICAÇÃO ESCRITA - Aquela em que a mensagem é: transmitida

por caracteres gráficos ou desenhados.

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Terceira - COMUNICAÇÃO POR GESTOS - Aquela que abrange a mímica, olhares,

posturas, onde se transmite uma mensagem visual através do corpo humano.

As comunicações podem ser: CONSCIENTES E INCONSCIENTES

COMUNICAÇÕES CONSCIENTES: São aquelas em que os gestos acompanham

aquilo que se diz. Ex: Dizer que estamos alegres, permanecendo sorridentes.

COMUNICAÇÕES INCONSCIENTES: São aquelas em que se fala alguma coisa, mas

a postura não condiz com o que se transmite. Ex: Citar que estamos descansados, mas

apresentarmo-nos curvados.

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Barreiras nas Comunicações

Não só os ruídos produzem barreiras nas comunicações, mas obstáculos muito mais

sutis. Essas barreiras são tanto mais fortes quanto mais escondidas. Pode-se apresentar

uma lista interminável daquilo que obstaculiza o entendimento nas comunicações;

porém, citaremos algumas barreiras principais:

1ª) OPINIÕES E ATITUDES DO RECEPTOR - Só entende a mensagem que queira

entender, talvez por lhe interessar ou não.

2ª) EGOCENTRISMO - Fato que impede de enxergar ou entender o ponto de vista do

emissor, pois, pelo instinto de superioridade, há uma tendência em rebater aquilo que se

diz.

3ª) PERCEPÇÃO - Certas palavras apresentam uma conotação que predispõe o receptor

a ouvir ou ver com atenção a mensagem, ou, ainda, a desinteressar-se por ela.

(Exemplos de palavras como: rico, pobre, militar, operário, branco, preto, salvação,

perdição, pecado, céu, inferno, judeu, etc.) Todas elas dizem respeito a raças, profissões,

condições financeiras, sentimentos religiosos, etc, e que levam o receptor a uma

predisposição pelo que possa pretender que se transmita e receba.

4ª) COMPETIÇÃO - Ao ser transmitida a mensagem, há uma concorrência, corta-se a

palavra, e cada um dos receptores tem o desejo de que se entenda o que pretende dizer.

Ninguém entende nada.

5ª) FRUSTRAÇÃO - Fato que leva a pessoa a não entender o que se transmite, por

levá-la a raízes diversas. Certas particularidades pessoais, como lembranças passadas, e

em sentido comparativo, são motivadoras de frustrações.

6ª) TRANSFERENCIA - Inconscientemente, os sentimentos que se têm com pessoa

parecida com o interlecutor podem ditar uma predisposição, favorável ou não.

7ª) PROJEÇÃO - Emprestamos a outrem intenção que nunca teve, mas que teríamos em

seu lugar.

8ª) INIBIÇÃO - Fator prejudicial em todos os sentidos, em que nos desvalorizamos.

Além dessas barreiras de caráter pessoal, é de se mencionar a existência de outras

barreiras coletivas.

A distância social entre chefes e subordinados, no mais baixo escalão hierárquico, induz

à existência de intermediários, como elos de ligação. Quanto maiores forem os

intermediários, em número maior serão as distorções nas comunicações.

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E óbvio que aqueles que ocupam uma posição mais próxima do emissor recebem a

mensagem mais perfeita; e na seqüência de transmissões ocorrem distorções,

produzindo com o distanciamento social uma baixa na produtividade.

As comunicações são por demais usadas em reuniões, no sentido de entrosamento, troca

de idéias, fixação de objetivos.

Karl E. Ettinger ensina que:

"A falta de informações contribui para o sentimento de confiança".

COMUNICAÇÃO ESCORREITA:

O ex-Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, General Sérvulo Mota

Lima, em aula inaugural do l2 Curso de Formação Profissional para Delegados de

Polícia, fez menção das palavras da Professora Léa Silva, que diz:

"A vida moderna nos obriga a falar com toda espécie de gente. Sejamos simples e

objetivos em nossas conversações, formulando frases com palavras vivas, facilmente

compreensíveis a todas as classes sociais".

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Requisitos da Mensagem

Uma mensagem para ser bem transmitida e bem recebida precisa apresentar os seguintes

requisitos:

1ª) estar ajustada ao destinatário;

2ª) possuir conteúdo significativo (palavras sem nexo não constituem mensagem);

3ª) Apresentar sentido claro (muitas vezes as mesmas palavras oferecem sentido diverso

para pessoas diferentes);

4ª) estar completa;

5ª) ser objetiva (inserida na realidade);

6ª) ser oportuna.

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Verificação de Desempenho:

"Feedback"

Traduzido do inglês como realimentação, consiste em verificar o próprio desempenho e

corrigi-lo, caso seja necessário.

Todo bom professor deve estar sempre atento ao comportamento de seus alunos, bem

como às suas reações, principalmente se notar que eles demonstram não estarem

entendendo o ensinamento. Nesse caso, o professor poderá formular perguntas

semelhantes a estas:

- Vocês estão me entendendo?

- Estão acompanhando o raciocínio?

- Está claro?

As respostas dos alunos, a essas indagações caracterizam o uso do "FEEDBACK".

Não é somente através de palavras que as pessoas que se comunicam realimentam-se,

mas também através da expressão física de seus ouvintes. Ex: Bocejos, olhares

dispersos, olhos fechados, semblante franzido de atenção, etc.

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Estilo de Comunicação

O obreiro cristão, o professor, o líder, deve ter muito cuidado com seu estilo de

comunicação, caso contrário, seu estilo pode ser o responsável pelo desinteresse do

grupo com o qual ele trabalha, podendo até, afastá-lo do mesmo.

Estilo de Comunicação nada mais é do que o conjunto das qualidades de expressão,

características de um emissor em comunicação.

Responda ou peça a uma pessoa que o conheça responder por você:

1.- VOCÊ É DESEMBARAÇADO? (SIM) - (NÃO)

2.- VOCÊ É QUESTIONADOR? (SIM) - (NÃO)

3.- VOCÊ USA HUMOR NA CONVERSAÇÃO? (SIM) -(NÃO)

4.- SEU TOM DE VOZ É ALTO DEMAIS? (SIM) -(NÃO)

5.- VOCÊ FALA COM GESTOS? (SIM) - (NÃO)

6.- VOCÊ USA TROCADILHOS COM FREQUÊNCIA?

(SIM) - (NÃO)

7.- SEU TOM DE VOZ PARECE AGRESSIVO? (SIM) - (NÃO)

8.- VOCÊ DEIXA OS OUTROS FALAREM?

(SIM) - (NÃO)

9.- VOCÊ FALA MUITO POUCO EM CONVERSAÇÃO?

(SIM) - (NÃO)

10.- VOCÊ SEMPRE INTERROMPE OS OUTROS?

(SIM) - (NÃO)

(In "Relações Humanas - Psicologia das Relações Interpessoais", de Agostinho

Minicucci - Editora Atlas S.A., 3êªEdição, 1982, S. Paulo).

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Você sabe ouvir?

"A maioria das pessoas pensa que ouve bem, assim como pensa que tem senso de

humor. Mas ouvir é, na verdade, a habilidade mais negligenciada na comunicação. O

problema não é conseguir que homens falem. O problema é conseguir que líderes

ouçam". (Lydia Strong)

Dentro do tema em questão, passaremos a transcrever o assunto abordado pela autora

mencionada, que fez menção de diversos trechos selecionados por F. Moscovici, do

artigo traduzido por Y. F. Balcão e L. L. Cordeiro em O Comportamento Humano na

Empresa (antologia), Rio, FGV. 1967 - Pgs. 191-198.

''A grande maioria dos dirigentes e supervisores despende a maior parte de cada dia de

trabalho tentando comunicar-se com os outros. Cerca da metade do tempo deles é gasto

em ouvir. Portanto, essa falha de compreensão causa tremenda perda de tempo e

oportunidade. Ouvir pela metade é como acelerar o motor com o câmbio em ponto

morto: gasta-se gasolina, mas não se chega a lugar algum.''

Felizmente pode-se aprender a ouvir. Poucas coisas proporcionam melhores resultados

em eficiência, produtividade e satisfação pessoal. O sucesso da administração está na

capacidade de resolver problemas. A maior parte dos problemas devem ser resolvidos

com pessoas e muito freqüentemente com pessoas que têm pontos de vista altamente

individuais. Nesse trabalho nenhum instrumento se rivaliza com o ouvir hábil e

simpático.

Os operários da Cia X disseram de supervisores de êxito, em entrevista após entrevista:

''ELE OUVE" ou ''A GENTE PODE FALAR COMELE".

Um outro operário, amargurado, disse de um certo supervisor:

"ELE SABE TUDO; MAS NÃO SABE É NADA. ELE DIZ: POR QUE VOCÊ NÃO

ME CONTA? MAS SE EU TENTO (X) MEÇAR, ELE NÃO ME DEIXA FALAR".

Jesus Cristo é um exemplo marcante de quem sabe ouvir os outros. Vejamos o seguinte

relato do Evangelho de Marcos, capítulo 10, versículos 46 a 52:

"Depois foram para Jericó com seus discípulos, e uma grande multidão. Bartimeu, o

cego, filho de Timeu, estava assentado junto do caminho, mendigando. E, ouvindo que

era Jesus de Nazaré, começou a clamar, e a dizer: Jesus, filho de Davi! tem misericórdia

de mim. E muitos o repreendiam, para que se calasse, mas ele clamava cada vez mais:

Filho de Davi! tem misericórdia de mim. E Jesus, parando, disse que o chamassem; e

chamaram o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, que ele te chama, li ele,

lançando de si a sua capa, levantou-se, e foi ter com Jesus. E Jesus, falando, disse-lhe:

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Que queres que te faça? E o cego lhe disse: Mestre, que eu tenha vista. E Jesus lhe

disse: Vai, a tua fé te salvou. E logo viu, e seguiu a Jesus pelo caminho".

"E Jesus, parando..." - Dentro de oito dias apenas, Jesus sabia que teria que enfrentar a

cruz, no Calvário, mas, apesar disso, parou no caminho para Jerusalém, para ouvir

alguém que clamava a Ele. Muitas vezes nos desculpamos, quando não ouvimos

alguém, sob a alegação de que estamos enfrentando problemas e que estamos cansados.

Como líderes cristãos, como servos do Senhor, é aceita tal desculpa?

"Que queres que te faça?" - Jesus, pela sua onisciência, sabia perfeitamente o que o

cego queria. A primeira impressão que se tem é a de que parece uma pergunta supérflua

dirigida ao cego. Porém, houve dois propósitos nela. Primeiro: O homem foi obrigado a

definir sua necessidade, ou seja, Jesus queria ouvir explicitamente de sua boca que

ansiava receber sua vista Segundo: foi demonstrado à multidão que esta vez o cego não

estava pedindo esmolas.

"SABEIS ISTO, MEUS AMADOS IRMÃOS; MAS TODO O HOMEM SEJA

PRONTO PARA OUVIR..." (Tg 1.19).

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Princípios para Ouvir Bem

"Alguns princípios básicos foram descobertos. Desses, talvez, o mais essencial é que

ouvir é um processo ativo. Literal ou figuradamente; nós nos recostamos para ouvir".

Essa atitude pode funcionar bem para a música, mas precisamos "sentar atentos e ouvir"

quando estivermos tentando participar na comunicação. A mente de um bom ouvinte é

alerta; seu rosto e postura geralmente refletem esse fato. O bom ouvinte pode ainda

demonstrar seu interesse através de perguntas e comentários que encoragem o locutor a

expressar inteiramente suas idéias. Se você já tentou - e quem não tentou? - falar com

uma pessoa apática e aborrecida, um ouvinte silencioso e inexpressivo, pode

prontamente aquilatar a diferença.

Outro princípio essencial é desenvolver a habilidade em quatro níveis diferentes do bem

ouvir.

O primeiro é entender o sentido pelo som, isto é, distinguir as palavras do locutor.

O segundo é compreender o que ele está dizendo.

Essas duas habilidades não são tão simples quanto podem parecer à primeira vista. A

palavra falada pode ser resmungada ou mal pronunciada. A mesma palavra pode ter

significados bem diferentes para diferentes ouvintes.

O terceiro nível do bom ouvir é distinguir fatos de fantasias, ou, em outras palavras,

avaliar as afirmativas.

O quarto e mais alto é ouvir com compreensão imaginativa o ponto de vista do

interlocutor. Os psicólogos chamam a isso "ouvir com empatia". É uma habilidade

essencial à supervisão, mas que requer coragem. Conforme explica o psicólogo Cari R.

Kogers: "Se você realmente deseja compreender uma outra pessoa... penetre em seu

mundo privado e veja como a vida se apresenta para ela... Mas você corre o risco de

mudar-se a si próprio, pois, vendo as coisas da maneira pela qual ela as vê, poderá

acabar influenciando em suas atitudes e em sua personalidade".

UM EXERCÍCIO EM EMPATIA

Bem, você gostaria de se submeter a um teste final de sua qualidade de bom ouvinte?

Cari R. Rogers sugeriu que, da próxima vez que você estiver numa discussão,

simplesmente interrompa-a e institua esta regra: cada pessoa pode falar somente após

haver explicado as idéias e os sentimentos do orador anterior. Qualquer deformação

pode ser imediatamente corrigida por ele.

Isso significa, é claro, que antes de apresentar seus próprios argumentos, você deve

colocar-se dentro da estrutura de referências do orador anterior. Você precisa

compreender suas idéias suficientemente bem para poder resumi-las. Isso poderá ser

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difícil, mas compensará. Em primeiro lugar é necessário abrir os ouvidos como nunca.

Depois, é necessário considerar cuidadosamente os argumentos do outro orador. Isso

pode significar alguma mudança em seus próprios pontos de vista.

O orador também ouve o que você entendeu de suas afirmativas. É possível que ele não

tenha tentado dar ao que disse o significado que você aprendeu. Ele também pode

mudar. Subitamente o calor abandona a discussão. As diferenças são reduzidas; para as

que permanecerem, pode haver reconciliação mais fácil. No final, cada participante

sente que obteve algum benefício. Todos se retiram dizendo: "Foi uma boa reunião" em

vez de "A gente nunca consegue ganhar".

Wendel Johnson, uma das maiores autoridades em comunicação, disse: "Nossa vida

seria mais longa e rica se despendêssemos maior parte dela na tranqüilidade silenciosa

de ouvir pensativamente. Somos um bando turbulento; e daquilo que chega a ser dito

entre nós muito mais passa despercebido do que se poderia imaginar. Temos ainda de

aprender em grande escala a usar as maravilhas do falar e do ouvir em nosso próprio e

melhor interesse e para o bem dos nossos semelhantes. Essa é ainda a mais

extraordinária arte de ser dominada pelo homem".

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Liderança: Direção de Grupo de Pessoas

Não basta o título de chefe para que o grupo venha obedecer automaticamente à pessoa

por estar ela investida de autoridade. Necessário se faz uma gama de qualidades

pessoais para que a direção do grupo possa efetivamente dirigi-lo.

Existem dois caminhos, pelos quais se pode conseguir que uma pessoa faça o que se

quer: persuasão ou força. O líder, e principalmente o líder cristão, deverá sempre optar

pelo primeiro, o qual consiste em apelar à razão, ao raciocínio; produzir convicção,

tendo sempre em mente:

"NÃO POR FORÇA NEM POR VIOLÊNCIA, MAS PELO MEU ESPÍRITO, DIZ O

SENHOR DOS EXÉRCITOS" (Zc 4.6).

O poder de mando será efêmero se a pessoa não estiver capacitada a exercê-lo. Essa

capacitação envolve fatores espirituais, educacionais, intelectuais e psicológicos, dentre

outros; e mais o de observação de experiências adquiridas, ou de exemplos de outros.

Na Igreja do Senhor, onde impera o poder de Deus, o obreiro que tem um grupo de

pessoas sob sua responsabilidade deverá estar mais bem preparado que o restante do

grupo, pois a ele são reservadas as decisões finais. Para tanto, é bom recordar o

magnífico exemplo do sábio Salomão, um dos grandes líderes do passado:

"Naquela mesma noite Deus apareceu a Salomão, e disse-Ihe: Pede o que quiseres que

eu te dê. E Salomão disse a Deus: Tu usaste de grande beneficência com meu pai Davi,

e a mim me fizeste rei em seu lugar. Agora, pois, ó Senhor Deus, confirme-se a tua

palavra, dada a meu pai Davi; porque tu me fizeste rei sobre um povo numeroso como o

pó da terra. Dá-me, pois, agora, sabedoria e conhecimento, para que possa sair e entrar

perante este povo; porque quem poderia julgar a este teu tão grande povo? Então Deus

disse a Salomão: Porquanto houve isto no teu coração, e não pediste riquezas, fazenda,

ou honra, nem a morte dos que te aborrecem, nem tampouco pediste muitos dias de

vida, mas pediste para ti sabedoria e conhecimento, para poderes julgar o meu povo,

sobre o qual te pus rei, sabedoria e conhecimento te são dados; e te darei riquezas, e

fazenda, e honra, qual nenhum rei antes de ti teve, e depois de ti não haverá" (2 Cr 1.7-

12).

O apóstolo Paulo não hesitou em aconselhar o jovem pastor Timóteo no preparo para

ser um bom dirigente de Igreja:

''Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se

envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" (2 Tm 2.15).

"Persiste em ler..." (1 Tm 4.13).

Tiago empresta uma grande contribuição nessa área, como se vê na citação seguinte:

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"E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente,

e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada" (Tg 1.5).

A maioria dos dirigentes não se aproxima suficientemente das pessoas que dirigem.

Freqüentemente existe uma parede invisível entre direção e subordinados; às vezes, por

complexos de superioridade, outras vezes por medo de que seja descoberta uma

personalidade não condizente com sua função (bondoso, introvertido, etc.)

Sabe-se que um dirigente insensível pode não só aniquilar a iniciativa e o espírito de

cooperação no ambiente de trabalho, como também influir na felicidade da vida familiar

do subordinado.

A direção de grupos enfrenta o problema de eliminar tensões e atritos dentro da

organização e de ajudar a criação de um ambiente de respeito mútuo e de cooperação.

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Necessidade de Direção

Desde o grupo mais rudimentar, constituído por apenas dois indivíduos, um sempre

deverá comandar. E, partindo-se daí, quanto maior o grupo, mais sucessivas as chefias,

porém sempre existindo.

"E tu dentre o povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que

aborreçam a avareza, e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem,

maiorais de cinqüenta, e maiorais de dez" (Êx 18.21).

Vivemos num mundo que tem dependência total de uma direção, de uma maneira ou de

outra. A obediência a alguém começa na infância com a subordinação aos pais; na

escola, aos professores, e, transferindo-se, no trabalho, a superiores hierárquicos, como

na Igreja aos professores da Escola Dominical, aos líderes, aos pastores. Face a essa

transferência de autoridade, ocorre uma subordinação de pessoa a alguém,

acostumando-se em ser dirigida, que se sente mal em dirigir.

Cabe à direção criar condições para que influências comunitárias, grupais ou familiares

favoreçam o objetivo organizacional. A elevação da capacidade potencial de cada

pessoa pode ser elevada em dez vezes mais se adequadamente motivada; tarefa essa

atribuída não só ao grupo, como mais à direção.

A maioria dos dirigentes não se aproxima suficientemente das pessoas que dirigem,

parece que existe uma parede divisória, invisível. Produzir a evolução do homem,

liberando-o de uma total dependência à chefia, passá-lo da condição de autômato à de

homem consciente de suas responsabilidades é tarefa do dirigente.

Todo grupo social deve ter alguém que o comande, que o dirija não só por necessidade

psicológica, como também administrativa; alguém que coordene os esforços

individuais, dividindo as responsabilidades.

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Conceitos Básicos de Liderança

Do vocábulo inglês leader que significa guia, chefe.

Do verbo inglês to lead, cujo significado é conduzir, guiar, comandar, pilotar, levar,

governar, capitanear, mostrar o caminho, dominar-se.

Liderança é o exercício da autoridade num grupo social.

Liderança é a influência interpessoal exercida numa situação, por intermédio do

processo de comunicação, para que seja atingida uma meta.

Liderança é um tipo de direção onde a espontaneidade em participar do trabalho é lugar

comum: há confiança e cooperação. Nesse sistema, a predominância do líder é

marcante, pela personalidade em dirigir o grupo com a participação espontânea de seus

integrantes.

LÍDER:

E todo indivíduo que, graças à sua personalidade, dirige um grupo social com a

participação espontânea dos seus membros. Desse conceito destacam-se dois tópicos:

a) direção de grupo social;

b) participação espontânea do grupo.

Sem isso não haveria um perfeito equilíbrio e a existência do líder seria contestável. O

líder sempre dá o exemplo, com seu entusiasmo, cooperação, confiança e interesse pelo

trabalho. Dá mais valor ao grupo do que a ele próprio; pois sabe que decisões conjuntas

são mais perfeitas e mais fáceis de serem executadas; cada um tem uma

responsabilidade parcial, o que contagia o todo.

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Tipos Negativos de Liderança:

a) Ditatorial: Sistema em que há um comando absoluto, indiscutível, sem a participação

espontânea do grupo, a não ser em acatar ordens.

O ditador não se importa em saber o que seus subordinados pensam: as ordens devem

ser cumpridas à risca. Em geral, o sistema leva o grupo à revolta ou a um estado de

letargia.

Pessoas irritáveis, egoístas, brutais, etc, optam por esse sistema.

b) Laissez-faire: (francês - deixar fazer). Sistema em que, como o próprio nome indica,

há uma passividade total pelo dirigente; não toma decisões, nem interessa saber o que o

grupo resolveu.

Em geral, o dirigente é inseguro, com receio de assumir responsabilidades. É um

oponente natural ao sistema ditatorial; enquanto esse decide e ordena aos seus

subordinados, o tipo "laissez-faire", pela sua insegurança omite-se em mandar: deixa

que cada integrante do grupo faça o que quiser.

Pela ausência de mando, gera-se a desorganização do grupo.

c) Chefe Maquiavélico: Lideranças onde a intriga é a arma usada. Há uma divisão no

grupo, pela sistemática usada: ''cochichos",''diz-que-diz-que".

O lema desse tipo de líder é: "Dividir para reinar".

d) Chefe Vaidoso - o título de chefe é o mais importante. Não se interessa pelo grupo, a

não ser pelo fato de ter subordinados em quem mandar. Gosta de ser bajulado e, em

conseqüência, não consegue ser imparcial.

e) Chefe Instável: A instabilidade emocional lhe assegura um "modus operandi!"

idêntico: a mudança de idéia faz com que transmita uma torrente de ordens. Muito

difícil ao grupo concluir um só trabalho, visto que dá vários objetivos a serem

alcançados.

f) Chefe Paternalista: Afigura-se a um sistema caseiro e, como o próprio nome indica,

chefia em relacionamento de pai para filho. Usa a bondade em sentido lato.

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Equilíbrio do Líder

No sistema de liderança ocorre sempre um esbanjamento de equilíbrio, confiança e

cooperação. O equilíbrio em suas orientações provém de várias qualidades que lhe são

inerentes:

a) Autocontrole - As reações são controladas pelo líder. Não se deixa levar por

impulsos, procura analisar e compreender as motivações de seus subordinados, evitando

irritações prematuras.

b) Compreensão de Outrem - O líder procura compreender os problemas de cada

integrante do grupo, e, fazendo com imparcialidade, pesa as qualidades e os defeitos,

dando às primeiras o devido valor, e, às vezes, finge desconhecer certos defeitos.

Não raramente preocupa-se com fatos estranhos aos interesses do grupo, desde que

ligados intimamente a seus integrantes; tudo fará para que a tranqüilidade da pessoa

volte ao normal.

c) Procura da Unanimidade - O consenso do grupo deve ser unânime; sabe-se que, às

vezes, a minoria está com a razão. Alerta a equipe dos problemas que surgem, e lhe dá

uma oportunidade de discutir francamente os fatos. Lançando as questões com

franqueza, provoca a participação individual dos membros. Todos devem dar suas

opiniões. E, com essa situação, cria um ambiente de camaradagem e cooperação.

d) Respeito Humano - Karl E. Ettinger, "in" RELAÇÕES HUMANAS, ensina que: "Em

todo o mundo, os homens reagem da mesma forma ante um tratamento amável ou

severo. Pode haver diferença no que se entenda por atitude amável ou severa, mas o

sentido desses termos deve ser entendido de acordo com a interpretação dos

subordinados e não do chefe..." Isso vale dizer que o grupo decide tacitamente a

maneira como quer ser tratado, desde que com dignidade.

''Respeite para ser respeitado".

A recíproca é verdadeira.

O dirigente do grupo tem uma importância fundamental no ambiente de trabalho. Suas

atitudes são refletidas em seus liderados, ocasionando o espírito de imitação. Os

psicanalistas dizem que os liderados identificam-se com os seus líderes.

A Psicologia Social ensina que, quando ocorre um desaforo por parte de uma pessoa,

por razões diversas não é retrucado; mas fica aguardando uma oportunidade, e logo que

aparece, desencadeará uma sucessão de desaforos. Este estado de tensão se transmite de

pessoa a pessoa, como se fosse um vírus. Logicamente, se houver o respeito humano,

esse será transmissível a todos os participantes do grupo e fora dele.

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e) Enfrentar as Tensões e Conflitos - Vivemos em um mundo conturbado, onde as

tensões e conflitos surgem a todo instante e com as tensões devemos estabelecer uma

maneira de convivência. "Liderar pessoas consiste ao mesmo tempo em liderar tensões",

conforme se expressou o professor Pierre Weill, da Universidade Federal de Minas

Gerais.

Quanto aos conflitos, cabe ao dirigente analisá-los em conjunto com o grupo, e a esse

cabe dar uma solução, nascendo um clima de franqueza e compreensão mútua.

f) Obtenção da Cooperação dos Dirigidos - Vários pontos devem ser adotados pelo

dirigente:

1. Recompensa ao esforço - A civilização do castigo impera em quase todos os sentidos.

Sempre há algo que nos impede de fazer o que pensamos. Numa organização, deve se

constatar a recompensa.

Estamos cônscios de que um elogio valoriza a pessoa e isso gera o desejo de melhorar

ainda mais.

2. Compreensão - O tratamento com paciência pelo líder, em ocasiões em que a

produtividade cai por motivos pessoais, é levado a uma compreensão, faz com que haja

no futuro uma compensação, em termos de rendimento.

3. Tratamento cortês - Toda a pessoa gosta de ser bem tratada, e retribuirá, tanto em

reciprocidade, como a outras pessoas.

Ocorre um desencadeamento de cortesia, o que não implica em servilismo.

4. Sentimento de importância - O desejo de ser importante está entre os mais poderosos

desejos do homem. A estima e o reconhecimento do que julgam ser seus valores é um

desejo do indivíduo. Todos são importantes na vida cotidiana, não interessando o

serviço que estejam executando. Há um valor devido.

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Escolha de Líderes

Em estudos sociométricos relativos a quatrocentos sujeitos, determinou-se que a escolha

dos líderes obedecia às seguintes razões:

I - O líder tem tendência a descarregar os outros de suas obrigações e assume a

responsabilidade a outros pertinente (a prestabilidade a que nos referimos, é sem

caracterizar o servilismo).

II - É particularmente inclinado a fazer julgamento de valores e a defender seus

comandados de todo atentado.

III - O líder se mostra especialmente apto a estabelecer rapidamente os contatos, a

apertar os laços afetivos, a ganhar a confiança das personalidades as mais diversas.

IV - Seu prestígio cresce pela imparcialidade que ele adota.

V - Ele melhora o comportamento social dos membros normais do grupo, confiando-

lhes a missão de ajudar os "isolados".

VI - Ele não manifesta sua cólera e sua reprovação, não usa medidas repressivas contra

o grupo tomado globalmente. Só as usa contra os membros que considera capazes de,

com tais medidas, produzirem um melhor rendimento.

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Características de Liderança

O segredo da liderança na vida de Jesus:

A. ATITUDES CORRETAS

Como o homem pensa, ele é. Jesus era um líder por excelência. Jesus humilhou-se e

isso não significa que Ele estava se diminuindo. Ele conseguiu manter o equilíbrio das

coisas.

Há muitas pessoas que dizem: "Eu não sei fazer nada"; entretanto, isso não significa

humildade.

O cristão nunca deve desvalorizar-se, pois ele é muito importante!

Nós, como cristãos, somos muito importantes porque:

a) somos a menina dos olhos de Deus;

b) nossos nomes estão escritos na palma de sua mão!

c) somos ossos dos seus ossos;

d) somos carne de sua carne.

Humildade não significa desgostar-se de si mesmo. As atitudes corretas se evidenciam

da seguinte forma:

1) tenho de amar a mim mesmo;

2) tenho de perdoar a mim mesmo; porque Jesus já me perdoou!

3) sou uma nova criatura; não devo ficar lembrando dos meus pecados passados, pois

eles já foram perdoados;

4) Deus criou algo dentro de mim;

5) não há ninguém no mundo como eu;

6) não devo ficar lamentando minha cor, minha nacionalidade, minha condição social;

importa é que o Senhor Jesus me aceitou, me amou;

7) Deus nos respeita como somos!

8) Deus quer nos usar!

Devemos manter uma atitude correta:

a) em relação a nós mesmos;

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b) em relação ao nosso trabalho;

c) em relação às outras pessoas.

Jesus teve uma atitude correta também em relação a outras pessoas. Ele tinha um

cuidado todo especial com cada pessoa. Ele tinha interesse por essas pessoas. Ele

respeitava essas pessoas. Jesus não queria como muitos: "a grande multidão e não as

pessoas".

B. PODER DE CULTIVAR A MENTE

Jesus cultivou o poder de cultivar a mente.

Você não pode alcançar mais do que seus objetivos.

É necessário e indispensável para o líder, tomar uma decisão.

Jesus sabia o que tinha a fazer e nisso colocou toda a sua força.

Muitos líderes não sabem para onde vão! Caem na monotonia. Ficam de um lado para

outro, porque não têm alvo, não têm propósito nem objetivo. Tais pessoas perguntam:

''Por que eu não tenho sucesso como líder?"

Todos temos o mesmo tempo e o tempo não espera ninguém.

A resposta à presente indagação pode ser sintetizada simplesmente por estas palavras:

FALTA DE PLANEJAMENTO!

A falta de planejamento é o que diferencia uma vida de sucesso de uma vida de

derrotas.

O que você quer fazer com a sua vida?

Quais são seus objetivos?

Ninguém conseguirá mais do que seus objetivos!

Em 1983, mais de 500 empresas foram à falência, nos Estados Unidos da América. Um

jornalista resolveu pesquisar sobre o assunto e as informações que conseguiu catalogar

serviram para alimentar um computador. Após a adequada programação dos dados

coletados, bem como a análise feita pelo computador, chegou-se aos seguintes

resultados:

1ª) INCAPACIDADE DE ORGANIZAR DETALHES. As coisas pequenas podem

conduzir o destino da nossa vida!

2ª) FALTA DE PROPÓSITO FIRME. Não havia prioridades nos negócios daquelas

empresas. (Escreva seus objetivos numa folha de papel e ore sobre eles!)

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3ª) SEUS LÍDERES E DIRIGENTES NÃO ESTAVAM PRONTOS PARA SERVIR.

Servir (grego): "Escravo que trabalhava numa cozinha, preso em corrente e que servia

sob as ordens de um mestre". Esse escravo não tinha vontade própria Ele era um servo,

um subordinado.

Davi serviu à sua geração!

Deus não somente levanta líderes, mas também os encosta!

Todo líder deve tomar muito cuidado com o orgulho e a leviandade (At 13.22,36).

C. PAGAR O PREÇO

Jesus estava pronto a pagar o preço!

Não há sucesso sem preço.

"A grandeza de um homem é determinada pela causa que inspira a sua vida, como

também pelo preço que ele está pronto a pagar, para alcançar a sua meta!" (Pastor Dr.

Charles Blair).

CUIDADO, PERIGO!

Poder - O poder é de Deus (na criação, em Jesus, no Espírito Santo).

Seja um líder usado por Deus!

Muitos líderes machucam as pessoas porque não deixam o poder de Deus agir através

de si mesmos.

Posição - Cada um de nós tem a sua posição. Aquilo que Deus nos deu devemos fazer

da melhor maneira possível.

Deus nunca nos dá tarefas para fazer, sem antes nos dar capacidade para cumpri-las.

Use o dom que Deus lhe deu; não fique querendo o dos outros!

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O Jovem na Liderança

Conta-se a história de certo rabugento presidente de um banco, que estava prestes a

aposentar-se. A diretoria havia deixado de lado vários homens mais velhos e escolhido

um jovem executivo como seu substituto.

Certa manhã, o jovem presidente marcou uma entrevista com seu predecessor, para

pedir-lhe conselho.

- Senhor Adams - disse ele - como sabe, faltam-me muitas das qualidades que o senhor

tem para o cargo. O senhor teve muito êxito como presidente deste Banco. Fiquei

pensando que talvez quisesse partilhar comigo algumas das noções que adquiriu aquelas

coisas que acredita terem sido a chave para o seu sucesso!

Adams olhou para ele por baixo das grossas sobrancelhas e replicou:

- Jovem apenas duas palavras: boas decisões!

- Muito obrigado, senhor Adams, mas como se tomam boas decisões?

- Uma palavra: experiência!

- Mas como se obtém experiência? - insistiu o moço.

- Duas palavras: más decisões!

O jovem na liderança deve buscar no conselho e na experiência maior qualidade em seu

desempenho. Nesse sentido, alguns elementos são indispensáveis e devem ser

procurados.

AS FASES NORMAIS DA VIDA ADULTA

Em seu livro Passagens (Dutton, New York, 1976), Gail Sheehy assinala que há fases

normais de vida adulta tão distintas umas das outras como são as fases da infância.

Movemo-nos de uma fase para outra, numa série de "passagens". As pessoas são

diferentes em diferentes fases de sua vida. Elas respondem diferentemente, vêem as

coisas diferentemente, em cada uma dessas diferentes fases.

Quando somos jovens, recusamo-nos a concordar com os outros. Na medida em que

vamos envelhecendo, percebemos que é preciso concordar. "Nossos objetivos" tomam-

se mais desejáveis do que "meus objetivos". O idealismo da juventude é o alicerce da

sabedoria na maturidade. Isso nada tem de errado. Mas a idade impõe diferenças. O

jovem líder cristão pode não ter disso nenhuma experiência, mas isso precisa ser

respeitado em outras pessoas.

MATURIDADE

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O de que mais necessita o jovem líder é superar sua própria imaturidade. Quando uma

pessoa abandona uma posição soberba e reconhece que precisa amadurecer, meio

caminho já percorreu rumo à maturidade.

Abraham Maslow afirma que uma pessoa madura ou sadia psicológica e

emocionalmente segue normalmente os seguintes critérios:

1. Percepção mais eficiente da realidade e relações mais cômodas com ela. Ao contrário

do que ocorre com pessoas imaturas, não mostram "necessidade catastrófica de certeza,

segurança, definição e ordem".

2. Aceitação do eu, dos outros e da natureza.

3. Espontaneidade.

4. Centralização no problema. Essas pessoas trabalham eficientemente e com

persistência, em tarefas objetivas.

5. Distância. Suas amizades e suas ligações com a família não são "aderentes",

possessivas e insistentes.

6. Independência com relação à cultura e ao ambiente. Uma capacidade ligada à anterior

é a de aceitar ou abandonar os ídolos do público. O elogio e a crítica não perturbam o

seu curso fundamental de desenvolvimento.

7. Contínua espontaneidade de apreciação. Ainda aqui encontramos um aspecto de

espontaneidade e capacidade de reagir a novas experiências.

8. Horizontes limitados.

9. Sentimento social. A compaixão pelos semelhantes parece ser um dos sinais de

maturidade.

10. Relações sociais profundas, mas seletivas.

11. Estrutura democrática do caráter. Sentem e mostram "respeito por qualquer ser

humano, pelo simples fato de ser uma pessoa".

12. Senso de humor não-hostil. Os trocadilhos, as piadas e a graça hostil são, entre essas

pessoas, menos freqüentes do que o humor pensado e filosófico, que, mais

freqüentemente, provoca o sorriso do que o riso, e que é intrínseco à situação não

acrescentado a esta; é espontâneo e não planejado, e muitas vezes não pode ser repetido.

13. Capacidade criadora. Sem exceção, seu estilo de viver tem certa intensidade e

individualidade que se imprime em tudo que fazem, seja escrever, compor, fazer sapatos

ou trabalho doméstico.

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Não é preciso esperar que todas essas características cheguem para se ser um líder,

talvez a maior parte delas surgirá no processo. É preciso, entretanto, atentar para esses

pontos.

PARADOXO

Nossa sociedade se orienta para soluções. Nosso avanço tecnológico produz a ilusão de

que temos muito mais controle sobre os destinos humanos do que na verdade temos. O

jovem cristão quase nunca vive os paradoxos da vida que a Bíblia relata tão claramente.

O maior desses paradoxos, naturalmente, é o que existe entre a soberania de Deus e

nossa liberdade. Ambos são verdadeiros. Deus é soberano. Sua vontade há de ser

cumprida. Mesmo assim o homem e a mulher são livres. Somos responsáveis. A''lógica"

afirma que essas duas idéias não podem coexistir entre si. A maturidade nos ensina que

podemos viver e trabalhar com ambas sendo verdadeiras.

Aprendam logo a viver à luz da fé!

CORAGEM

Exercer uma boa liderança não é fácil. Assumir uma posição de liderança deixa o líder

quase sempre isolado. Chega um momento em que você precisa tomar uma decisão,

quase sempre uma decisão impopular. De maneira que é preciso coragem.

Mas é fácil confundir coragem com dogmatismo, com indisposição para ouvir, para se

curvar. A mania de só querer pensar em si mesmo pode levar a uma estreiteza de

pensamento. Em seu livro "The Courage to Create (Norton, New York, 1975), Rollo

May assinala que não é preciso muita coragem para ir adiante com aquilo em que a

pessoa tem completa confiança. A verdadeira coragem vai em frente com plena

consciência de que o fracasso é possível.

AMOR

Jesus nos diz que o teste básico de nosso compromisso com Ele é nosso amor de uns

para com os outros (Jo 13.35). O amor é uma questão de relacionamento. Há umas

pessoas tão consumidas em suas tarefas, no cumprimento de suas obrigações, que só

lhes sobra um tempo muito escasso para outras pessoas. Mas o amor, sem foco, sem

propósito de compartilhar, pode crescer para dentro.

Amem com intensidade, mas amem com propósito.

FRACASSO

Precisamos reconhecer que podemos aprender o máximo com aquilo que chamamos de

fracasso. Muitos fracassos podem e devem ser encarados como situações de

aprendizagem. Não existe nada de errado em fracassar. Nada de errado em cometer um

engano. Vamos apenas nos prevenir para não cometermos o mesmo erro duas ou três

vezes seguidas, de modo a não fracassarmos pela mesma razão. Quando vocês

fracassarem, levantem-se, sacudam a poeira e vão em frente, buscando construir em

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cima de experiência. Não fiquem lamentando o fracasso, mas peçam a Deus para usar

de novo, redentoramente, essa experiência em sua vida e ministério.

PROPÓSITO

A liderança cristã exige um propósito. Sob a excelência de Cristo, precisamos decidir

por que estamos aqui e para onde estamos indo; dúvidas virão. Num mundo onde a

possibilidade de que as coisas dêem errado excede de muito a possibilidade de que

dêem certo, podemos sem dificuldade considerar-nos fracassados. É por isso que

devemos continuamente reafirmar nosso propósito.

ORAÇÃO

Quem pode explicar isso? Temos acesso direto ao Construtor do Universo. Ele foi na

frente e vai atrás. Peça ajuda a Ele. Aconselhe-se com Ele. Deus, em sua palavra,

chama-nos continuamente à sua presença: "Invocai o meu nome..." "Temos um

advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo". A maneira de Deus agir é em forma de

resposta à oração do crente!

Nosso Deus é um Deus por nós! Ele não brinca. Confiem sua vida a Ele diariamente.

"Os passos do justo são ordenados pelo Senhor". O versículo certo para nossas vidas é

Salmo 32.8: ''Instruir-te-ei, e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas

vistas, te darei conselho". Façam uma experiência, que funciona!

EXPERIÊNCIA

Sua experiência começou agora mesmo. Diante de vocês assoma a "Escola das Cabeças

Dolorosas". Para o eficiente líder do futuro haverá sempre mais e mais treinamento.

Introduzam isso em seus objetivos.

Quase todo mundo se surpreende com seu primeiro emprego, depois que deixa a escola.

Não importa quão bem a empresa se esforçou para explicá-lo, o cargo raramente é o que

esperávamos. Volta e meia seminaristas recém-formados estão reclamando: ''Não estou

usando nem 10% do que aprendi!'' Tenham paciência. Vocês vão usar. Não tudo, é

claro, mas uma boa parcela. Uma boa educação nos ensina a aprender. Uma vez

aprendido isso, o mundo inteiro se abre para nós.

Novamente o paradoxo. Quanto mais aprendemos, mais humildes nos encontramos em

nossa ignorância. Mas com isso adquirimos também, um senso de correção. Contem

com ele.

MODELOS

Quanta gratidão podemos sentir pelo fato de que a Palavra de Deus nos fornece vários

modelos de vida, sendo o melhor exemplo o modelo de nosso Senhor Jesus Cristo! Em

nosso ministério, precisamos procurar modelos entre nossos colegas e companheiros de

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trabalho. Era isso que o apóstolo Paulo tinha em mente quando escreveu: "Sede também

meus imitadores, irmãos, e observai os que andam segundo o modelo que tendes em

nós" (Fp 3.17).

Os pensamentos positivos podem produzir sucesso, mesmo onde os empreendimentos

anteriores fracassaram. O segredo do sucesso está em não nos determos demoradamente

diante de situações desvantajosas, mas procurar imediatamente outras que nos tragam

vantagem. (Extraído do jornal Liderança Cristã.)

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Reunião Liderada

As reuniões são a chave das comunicações e relações humanas dentro de uma

organização. Nelas são apreciados os objetivos a que o grupo se propõe concretizar,

como também são oportunidades excelentes para serem analisadas as queixas,

reclamações e "arestas" entre os membros e resolvê-las.

Nas reuniões pode-se aquilatar o temperamento de cada um dos membros, onde suas

aspirações, tendências e inibições afluem. Algumas técnicas de direção visam

especificamente obter relações humanas satisfatórias, e, especialmente, quando o grupo

se encontra reunido. Deve ser feita uma programação prévia onde fique perfeitamente

delineado o objetivo a ser analisado, para que todos os participantes tenham

oportunidades de se preparar, programando perguntas, exemplos e experiências.

Uma das preocupações mais importantes do dirigente de uma reunião é programá-la

dentro de grau de hierarquia idêntico ou próximo, em que o nível cultural seja

assemelhado. O desnível onde há participantes de hierarquias diversas e culturas

diferentes, acarretaria um fracasso, ou predominância de determinadas pessoas, em

detrimento daqueles portadores de baixa hierarquia funcional, os quais ficariam

inibidos.

Tem a reunião um valor tanto administrativo, como educativo. A participação de

reunião, por parte do membro do grupo, lhe dá um sentimento de importância e de

responsabilidade, pois é uma ocasião de apresentar-se como cooperador pelos planos ou

sugestões apresentados. Quem coopera produz mais! Isso é lógico. Mas deve existir

confiança, fator importante para a finalidade de uma organização e sobrevivência do

grupo. Tal situação também é válida para a reunião.

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Tipos de Reunião

Earle S. Hannaford classifica em quatro tipos, as reuniões mais importantes:

1ª) Reunião Informativa - E aquela em que a decisão já foi tomada. Aquela em que se

transmite a decisão prévia. É geralmente usada no meio militar, onde as informações

são feitas e não se admite contestação.

2ª) Reunião Coletora de Opiniões - É aquela em que se recebem as opiniões do grupo.

Após a reunião o dirigente toma a decisão.

3ª) Reunião Explicativa - Persuasiva - É aquela onde a explicação precede a persuasão,

para que a decisão seja levada ao conhecimento dos integrantes da reunião, pelo

dirigente.

4ª) Reunião Opinativa-Deliberativa - Reunião em que as opiniões, como a deliberação,

cabem aos participantes. Há o diálogo espontâneo, contestações em sentido elucidativo,

em que o grupo resolve os problemas.

Segundo entende Pierre Weil, "quem participa de uma conclusão, tem de aceitá-la e

quem aceita coopera. A participação gera a aceitação, que traz consigo a cooperação".

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Preparativos para a Reunião

Alguns cuidados devem ser observados por parte de quem organiza uma reunião. São

eles:

1. As cadeiras devem estar bem próximas, a fim de que seja possível ouvir sem

despender muitos esforços:

a) face a face: para uma entrevista;

b) em círculo ou em linha: para uma conferência.

2. Procure eliminar toda espécie de ruídos e interrupções que venham tirar a atenção dos

participantes da reunião.

3. Ter sempre papel, lápis ou caneta, livro de ata, para as devidas anotações.

4. Elaborar a pauta dos assuntos a serem discutidos.

5. Preparar- se mental e emocionalmente para ouvir os demais participantes.

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Mecanismo da Reunião

Como em todas as coisas ou ações que se processam, há um mecanismo, que é

desenvolvido, uma reunião também possui o seu mecanismo.

Há um processamento quando uma pessoa tenta resolver um problema. Primeiro ela

define, depois procura as causas, faz um esboço das soluções, ou seja, conclusões

provisórias, para chegar às conclusões definitivas, após analisar todos os pontos

favoráveis ou desfavoráveis.

O pensamento humano é extremamente importante para a seqüência de uma reunião

liderada.

Hannaford fez um quadro comparativo das fases normais do pensamento e das fases de

reunião liderada.

FASES DO PENSAMENTO: FASES DE REUNIÃO LIDERADA:

1. Definir o problema; 1. Definição do assunto ou do problema.

2. Analisar o problema e procurar 2. Debate do problema ou do assunto as causas.

3. Conclusão provisória; 3. Aceitação;

4. Conclusão definitiva 4. Redação da conclusão.

Dessa orientação abalizada, pode-se concluir que em toda reunião há unia seqüência

imutável:

1ª) FASE: DEFINIÇÃO - O problema deve ser explicitado, se possível escrito, para que

haja uma gravação audiovisual.

2ª) FASE: DEBATER - Cada participante tem a oportunidade em citar exemplos,

experiências, analisar o que foi proposto.

3ª) FASE: ACEITAÇÃO - Procuram os participantes uma solução, embora que

provisória, debatendo a que parecer ser a melhor.

4ª) FASE: CONCLUSÃO - Há uma solução definitiva, e tal como: a primeira, deve ter

um caráter audiovisual. Se ocorrer discordância, a reunião deve fazer uma regressão à

fase anterior.

A todas as reuniões em que se objetive um bom entendimento e uma cooperação futura,

deve seguir a seqüência, sem pressa, pois a pressa é inimiga da perfeição.

A reunião tem o sentido educativo, pelo fato de os participantes estarem adquirindo

experiências, completando sua formação profissional.

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Influências Inconscientes Durante a Reunião

Vários fenômenos psicológicos se passam inconscientemente nas pessoas que

participam de uma reunião.

Passaremos em revista alguns dos mais importantes:

A) CATARSE - Denominação dada pelos psicanalistas, àquilo que todos nós

conhecemos como desabafo. A carga de tensões que as pessoas sofrem vai-se

armazenando, e em qualquer ocasião pode haver uma explosão em que haja desabafo.

Como exemplo típico, aqueles que dirigem veículos automotores são propensos a

catarses; constantemente são vítimas de impropérios, de ameaças de abalroamentos, de

uma poluição sonora motivada por buzinas estridentes e vão catalizando as tensões.

Num repente, às vezes sem um motivo, desabafam em outra pessoa. A catarse provoca

um alívio de tensões, porém a causa que a gerou deve ser removida: "Lançando sobre

ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós" (1 Pe 5.7).

B) TRANSFERÊNCIA DE SENTIMENTO - Geralmente, com origens na infância:

ciúme de irmãos ou colegas, onde um complexo de inferioridade foi se acentuando

gradativamente. Na ocasião em que se realiza uma reunião, certas pessoas querem

aparecer, tentando competir com seus colegas, pela produção íntima do fenômeno.

C) IDENTIFICAÇÃO - Imitação do dirigente pelos participantes da reunião. Todos,

inconscientemente, procuram se espelhar pelo dirigente, adquirindo sua personalidade,

atitudes e maneiras. Daí, a grande responsabilidade que pesa sobre os ombros do

dirigente de uma reunião. Os exemplos sempre vêm de cima!

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Importância da Linguagem na Reunião

Sendo a palavra a arma mais importante nas comunicações e que leva os indivíduos a se

entenderem, a ocorrência de uma má interpretação por emprego de palavra de duplo

significado é comum, e, a conseqüência: o surgimento de conflito.

Ao líder cabe apreciar o desenvolvimento da reunião, procurando ficar calado. "A

linguagem ideal para o líder, por incrível que pareça, é o silêncio!"

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Motivos que Levam a Reunião a um Fracasso

lª) TIPO INADEQUADO DE REUNIÃO - Escolha de reunião que não é adaptável. Por

exemplo: Reunião em que se deve levar uma decisão já tomada (reunião informativa) e

o dirigente deixa que o grupo opine e delibere (reunião opinativa-deliberativa). A

conclusão pode não ser coincidente com aquela já tomada.

2ª) FALTA DE EXPERIÊNCIA DO LÍDER - Não sabendo, o líder pode provocar uma

participação atuante das pessoas, correndo o risco de ser, a reunião, levada ao fracasso.

Outro motivo que pode ocorrer também é pela falta de seqüência das fases da reunião.

3ª) PESSOAS ESTRANHAS - A visita ou participação de pessoa estranha em reunião

pode produzir uma inibição geral, criando um constrangimento. A reunião vai

"esfriando".

4ª) FALTA DE PLANEJAMENTO - A ausência de ordenação nos debates, provoca

perda de tempo.

5ª) TELEFONE - Durante uma reunião deve ser evitado o uso de telefone. Por vezes,

em momentos importantes, uma "chamada telefônica" muda o ritmo de uma reunião.

6ª) TEMPERAMENTO - O temperamento do dirigente é elemento motivador de

fracasso. A agressividade é um dos exemplos que fazem com que a reunião fracasse.

"Ninguém gosta de ser maltratado", é algo que permanece dentro do ser humano, como

objetivo de vivência; e o contrário também é verdadeiro.

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Tipos de Participantes em Reunião

1. O BELICOSO - Não retruque. Fique calmo. Impeça que ele monopolize a discussão.

2. O POSITIVO - De grande auxílio na discussão. Permita que ele faça uso da palavra

muitas vezes. Utilize-se dele freqüentemente.

3. O SABE-TUDO - Deixe-o por conta do grupo.

4. O FALANTE - Interrompa-o com tato. Limite o tempo que ele tem para falar.

5. O ACANHADO - Faça-lhe perguntas fáceis. Aumente a sua confiança em si próprio.

Quando possível, elogie a sua contribuição.

6. O QUE NÃO COOPERA, NÃO ACEITA - Explore a sua ambição, reconheça e use

o seu conhecimento e sua experiência.

7. O DESINTERESSADO - Dirija-lhe perguntas sobre suas atividades; faça com que

ele dê exemplos do trabalho em que está interessado.

8. O DESDENHOSO - Não o critique. Use a técnica "sim, mas..."

9. O PERGUNTADOR PERSISTENTE - Procura desconsertar o líder. Passe suas

perguntas para o grupo.

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Comportamento Durante a Reunião

Reuniões periódicas, onde a franqueza e a sinceridade se fazem necessárias. A

permissão de que cada um emita suas opiniões sobre os objetivos, propósitos e maneiras

diversas de equacionar os problemas, é de grande valia ao grupo de trabalho.

A participação de uma reunião não é tão fácil como parece. Os interesses pessoais são

uma constante perigosa, em ambiente coletivo. As agressões orais se verificam, ou

então, uma apatia completa.

José Arthur Rios adaptou sugestões do Departamento Norte Americano de Agricultura,

para os membros, participantes da reunião:

lª) Fale francamente. Diga o que pensa, as idéias de cada um têm o seu valor.

2ª) Ouça cuidadosamente o que os outros dizem. Procure compreender, mesmo que

discorde.

3ª) Fique sentado durante todo o tempo. O ato de levantar-se leva a reunião a um

fracasso.

4ª) Nunca interrompa quem estiver com a palavra. Espere que seja terminado o

pensamento.

5ª) Não monopolize a discussão. Fale pouco, com sentido, dando ênfase à importância

do que pretende dizer.

6ª) Não fuja à discussão. Jamais fique apático ou indiferente. Se não entender, pergunte.

7ª) Se discorda de alguma coisa, diga. Explique o ponto de vista.

8ª) Não deixe sua observação para depois. Na oportunidade, esclareça os pontos

obscuros. Não espere que lhe peçam para falar.

9ª) Traga perguntas para a reunião, material ilustrativo e experiências próprias.

10ª) Leve os problemas para casa. Estude-os. A discussão é a primeira etapa de um

longo processo educacional que deve terminar no foro íntimo de cada um, pela reflexão

sobre o que foi dito.

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Reuniões de Maior Amplitude

Além da reunião tradicional que conhecemos, existem outros tipos de reuniões mais

abrangentes. A seguir passaremos a conhecer algumas delas, na conceituação do

eminente professor, pastor António Gilberto:

1. SIMPÓSIO - Série de reuniões em que especialistas são especialmente convidados

(técnicos, cientistas, prelados, escritores, profissionais, etc). Apresentam temas distintos

para posterior discussão. Podem os preletores abordar também um tema único ou temas

relacionados entre si.

2. SEMINÁRIOS - Série de reuniões em que diferentes oradores apresentam

geralmente uma mesma matéria para debate ou não dos participantes. Pode a matéria em

foco ser exposta por apenas um conferencista. De qualquer maneira, a exposição feita

por um ou mais oradores deve ser a mais completa possível.

3. CONGRESSO - Série de reuniões que implicam uma assembléia de delegados para

tratar de assunto de importância para sua organização. Um congresso requer apropriado

planejamento e organização. Implica um ternário, comissões, grupos de trabalho,

proposições, moções, resoluções, tudo visando ao melhoramento de algo que se fez. São

reuniões de natureza mais técnica, aperfeiçoamento, melhoramento, pioneirismo, etc.

4. ENCONTRO - Reuniões destinadas ao compartilhamento de experiências adquiridas

em campos diversos de atividades. Num encontro o objetivo principal é repartir

experiências e explorar a potencialidade de determinado campo de atividade ou de ação.

São reuniões altamente importantes, quando bem planejadas.

5. CONFRATERNIZAÇÃO - Série de reuniões em que o objetivo principal é o

aprofundamento da vida espiritual, da fraternidade cristã. Pode ser de leigos, de

ministros, de jovens, de especialistas, etc. A confraternização é marcada pela boa

música, bons pregadores, bons expositores das Sagradas Escrituras, períodos de oração,

períodos devocionais, estudos bíblicos.

6. MARATONA - Reuniões destinadas a concursos, competições, consecussão de

alvos ante padrões estabelecidos, visam estimular, encorajar, explorar potencialidades;

descobrir valores, talentos, dar oportunidade, revelar fatos, expor necessidades, etc.

7. CURSO - Estudos seguidos, lógicos, sobre qualquer área que se queira. Pode ser

parte de qualquer das modalidades de reuniões e conclaves acima enumerados.

8. CONFERENCIA - É uma forma diferente de seminário, sem contudo haver debate.

Os oradores são especialmente convidados.

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Obs. As atividades que integram ou governam esses diferentes tipos de reuniões

dependem do seu objetivo, duração, natureza, como parlamento, laboratório,

experimentos, dinâmica de grupo, etc.

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Segunda Unidade

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Relações Públicas

Conceitos Básicos e Origem

Hodiernamente, em decorrência do acentuado desenvolvimento tecnológico, a grande

empresa, o agente de propaganda, o diretor de jornal, o vendedor de produtos

farmacêuticos, etc, desejam, cada dia mais, conhecer e influenciar a opinião pública.

Daí a importância de Relações Públicas, responsável pelo sucesso das organizações

seculares que fazem uso desse método.

Agora, mais do que nunca a Igreja deve voltar suas atenções para Relações Públicas,

utilizando seus métodos, a fim de melhor disseminar a mensagem da salvação ao povo

em geral, aprimorando sensivelmente os meios empregados no cumprimento do "IDE!"

de Jesus.

Afinal, o que significa Relações Públicas?

Vejamos alguns conceitos mais importantes.

"Relações Públicas são uma atividade sócio-técnica-administrativa, mediante a qual se

pesquisa e se avalia a opinião e o comportamento do público e se empreende um

programa de ação planificado, contínuo e de comunicação recíproca no interesse da

comunidade e destinado a manter uma infinidade e compreensão da mesma para com as

entidades de qualquer natureza". (Federação Interamericana de Relações Públicas.)

"Relações Públicas" é o método de integrar na opinião pública conceitos favoráveis a

uma pessoa ou instituição". (Professor Walter Ramos Poyares.)

"Relações Públicas é a arte que se traduz no trato com cortesia a todos, indistintamente,

para que se sintam no mesmo plano de igualdade". (Joel Cardoso de Melo.)

"Relações Públicas são um instrumento vital de ajuste, interpretação e integração entre

indivíduos, grupos e a sociedade''. (EdwardL. Bernays.)

"Relações Públicas são uma tentativa de, pela informação, persuasão e ajuste, granjear o

apoio público para uma atividade, causa, movimento ou instituição". (Edward L.

Bernays, em sua obra "The Engineering of Consent".)

"Relações Públicas, como função administrativa, é o procedimento mediante o qual

determinada empresa procura deliberadamente criar em seu favor um crédito de

confiança e de estima na respectiva clientela, contra o qual pode sacar em proveito tanto

de seu programa de trabalho como de seus interesses institucionais". (Professor

Benedito Silva, da Escola Brasileira de Administração Pública, da Fundação Getúlio

Vargas, em seu opúsculo "Relações Públicas, Divulgação e Propaganda".)

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Desses e de outros conceitos, concluímos que a função diretiva das Relações Públicas é

conquistar a aceitação e o respeito do público. Pode-se aduzir que Relações Públicas

seria uma complementação, em sentido amplo, do relacionamento humano, quando se

extravasa do grupo social para a comunidade.

Remontam as Relações Públicas aos primórdios da civilização, com o surgimento do

comércio. Quando apareceram as trocas, se fez necessário o início de uma maneira mais

fácil de se apregoar as qualidades das mercadorias. Dali para cá, o aprimoramento foi

um imperativo.

Para alguns, as Relações Públicas tiveram início no Monte Sinai, quando o Senhor

entregou os mandamentos a Moisés (Êx 20); o que não deixa de ser um ordenamento de

princípios básicos da existência comunitária.

Devem ser examinados os desejos, as necessidades e as atitudes do público que

permitirão o desenvolvimento de um programa de ação no interesse comum da

organização, no caso, da Igreja e da sociedade. Para se descobrir quais são as pretensões

do público em relação à Igreja, a pesquisa é a arma principal. Procurar o que uma

coletividade almeja, para em seguida, colocar isso a seu alcance, é a finalidade de

Relações Públicas. Por outro lado, devem-se informar ao público os serviços prestados,

com absoluta sinceridade.

"Aqueles que o conhecem, pensarão bem de você", diz o adágio popular; e se houver

uma consciência de que a dependência é mútua, infalivelmente existirá uma cooperação

de ambas as partes: Igreja e público.

A boa vontade nunca é oferecida como dádiva - ela tem de ser desenvolvida e merecida.

A Igreja, com seu relacionamento íntimo com o público, tem o dever de prestar um bom

serviço à comunidade; para tanto, precisa se esmerar nessa área.

A versatilidade do líder cristão obriga que ele mantenha relacionamento com as mais

diversas camadas sociais e nelas penetre sempre com a mesma solicitude e educação,

porém sem acepção de pessoas.

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Propaganda

"A propaganda é o principal instrumento das Relações Públicas. E o esforço para

interpretar uma empresa perante o público, de modo que esse compreenda a natureza do

negócio e o modo em que serve a sociedade". (Ettinger, in "Pesquisas e Relações

Públicas").

Propaganda é a ação ou efeito de propagar ou difundir idéias, princípios, teorias, etc.

(Mt 28.19,20.)

Pelas Relações Públicas, pode-se obter formação de opinião pública favorável. Os

líderes da Igreja Primitiva faziam uso constante desse método, principalmente da

utilização do instrumento da propaganda. "Não podemos deixar de anunciar aquilo que

vimos e ouvimos'' (At 4.20). A simples leitura do livro de Atos nos possibilita uma

visão clara do efeito das Relações Públicas na novel igreja, a qual "caía na graça de todo

o povo". Muitas igrejas encontram-se inertes atualmente, sem conversões, pois ainda

não descobriram os resultados que poderão ser obtidos através das Relações Públicas.

Em muitos lugares, a comunidade não sabe e nem conhece determinadas igrejas

evangélicas ali existentes, pois as mesmas ficam enclausuradas nas quatro paredes de

seus templos, os quais, na maioria das vezes, aparentam até uma forma das chamadas

"sociedades secretas". Nesses lugares, o público desconhece que pessoas anteriormente

perdidas, sem salvação, drogados, bêbados, meretrizes, criminosos, enfim, homens e

mulheres considerados irrecuperáveis, foram salvos em Cristo Jesus, pela pregação do

Evangelho e transformados em novas criaturas. O público desconhece o trabalho

assistencial desenvolvido pelas entidades filantrópicas sustentadas por essas igrejas, as

quais contribuem com parcela considerável nessa área. Esse mesmo público

desconhece, na maioria das vezes, as entidades educacionais mantidas por essas igrejas.

E por que não falar do desconhecimento, por parte da população, das curas divinas, dos

milagres, das maravilhas operadas por Jesus Cristo, em suas reuniões? Enquanto a

Igreja está estacionada nessa área, os "filhos das trevas" estão utilizando em todos os

setores a propaganda para difundirem suas heresias, seus pecados, sua literatura imoral,

sua música profana, suas doutrinas malignas e vícios dos mais diversos.

A propósito, como está a imagem da sua Igreja perante ó público local, prezado leitor?

É claro que algumas pessoas exageram na propaganda, anunciando acontecimentos que

não correspondem com a realidade, todavia, é necessário considerar que, sem base na

verdade, os resultados obtidos serão precários. Abraham Lincooln (1809-1865),

formulou a básica necessidade da veracidade no tratamento com o público:

"Quem perde, uma vez sequer, a confiança de seus concidadãos, jamais poderá

recuperar o respeito e a estima deles. Pode enganar-se todo o povo durante algum

tempo; pode mesmo enganar-se parte do povo durante todo o tempo; mas não é possível

enganar todo o povo durante todo o tempo".

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Com honestidade de propósitos, deve-se chegar ao público relatando o que se está

processando na Igreja, utilizando-se a imprensa e as oportunidades específicas,

apresentando a Igreja como corpo de Cristo aqui neste mundo, a qual encontra-se à

disposição de tantos quantos dela necessitarem.

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A Arte de Relações Públicas

O público está composto de muitos tipos de pessoas. Para impressioná-las, ou seja, para

alcançá-las com receptividade é preciso que usemos uma linguagem que elas possam

entender, isto é, devemos nos identificar com as mesmas.

A propaganda deve utilizar todos os caminhos possíveis, a fim de que o público seja

informado sobre a contribuição da Igreja em prol do bem-estar de todos. Essa

propaganda deve se estribar em veracidade, usando de toda simplicidade nas

mensagens, a fim de que possa ser inteligível.

O ponto máximo na arte de Relações Públicas reside no sentido de se preservar uma boa

imagem da organização a que se pertença. No nosso caso, cabe ao líder cristão, como

aos crentes de um modo geral, contatar com o povo e difundir uma boa impressão

acerca da Igreja.

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Alvo das Relações Públicas

Atingir o público com uma boa receptividade à Igreja deve ser a preocupação de cada

líder, de cada cristão. Para tal, devem ser selecionados os alvos mais importantes,

ordenando-os pelo grau de importância.

A sondagem da opinião pública facilita a descoberta do que o povo mais almeja em

relação à Igreja, então, devem-se fixar parâmetros do que mais esse público pretende. O

público, por sua vez, deve receber contínua atenção por parte da Igreja.

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Mensagem das Relações Públicas

Toda mensagem deve estar repleta de sinceridade. Não se deve falar em virtudes, mas é

preciso demonstrá-las quando e onde houver observadores.

A estrutura física da igreja deve cativar a opinião pública. As instalações da igreja

devem sempre ser apresentadas limpas e com ordem. Isso não significa que elas devem

ser requintadas de forma luxuosa, mas que se observem os princípios básicos da higiene

e da conservação. Existem certos templos, que, ao invés de se constituírem em louvou a

Deus perante a comunidade, tornam-se motivo de murmuração pelo desleixo com que

são tratados. Isso depõe contra a atuação da Igreja do Senhor junto à população. E o

Espírito Santo se agradaria em operar onde há desleixo? Lembremo-nos de que o

Espírito Santo é muito sensível, e somente opera com liberdade, através das

manifestações espirituais, onde haja ordem. Além do mais, não é somente o público

externo que observa esse aspecto. Os membros da Igreja compõem o público interno e,

como contribuintes na obra do Senhor, desejam saber como e onde estão sendo

aplicadas as suas contribuições. O líder cristão deve cuidar muito dessa área. Cumpre

salientar a importância do cuidado que o líder cristão deve tomar no que tange à sua

apresentação pessoal, a qual pode ser relegada. Sobre isso, abordaremos mais adiante.

As atividades pessoais são uma forma de mensagem, que mais atingem a população. O

líder cristão não possui, praticamente, uma identidade civil, pois representa a Igreja.

Ninguém o distingue como uma pessoa isolada. Para o público ele é um cristão.

Portanto, o líder cristão, deve ser ímpar, pois está sendo observado por todos, a todo o

tempo.

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Relações Públicas com a Imprensa

Como a imprensa é um meio de comunicação mais rápido que atinge o público, o

relacionamento deve ser o melhor possível.

As informações a repórteres devem ser filtradas, ou seja, devem ser fornecidas com a

máxima cautela e convicção.

É de bom alvitre que cada Igreja tenha um Serviço de Relações Públicas, a fim de que o

relacionamento com a Imprensa seja facilitado.

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Como Vencer a Dificuldade de

Falar em Público

É comum o líder ser convidado para participar de solenidades de caráter cívico-

religiosas, culturais ou sociais, ocasiões em que deverá proferir palestras ou discursos.

Nesses casos, o líder cristão que se preza deve observar algumas regras de oratória.

No entanto, antes de abordarmos tais regras, vejamos os três problemas fundamentais

que o orador enfrenta:

1ª) IR ATÉ A FRENTE E ENCARAR O AUDITÓRIO.

2ª) FALAR AO PÚBLICO.

3ª) PARAR DE FALAR.

O primeiro problema poderá ser resolvido da seguinte maneira: o orador deve

apresentar-se limpo, cabelos em ordem e penteados, barba feita, botões abotoados,

gravata bem alinhada, paletó fechado, nada aparecendo nos bolsos; olhar franco de

frente para o auditório.

A postura para os homens deve ser semimilitar, com os pés ligeiramente afastados, em

posição de descanso militar.

As senhoras, por sua vez, deverão, sempre, ter um dos pés em frente ao outro.

O segundo problema será vencido desta forma: o orador deverá falar dizendo alguma

coisa. Falar somente o suficiente. Falar com conhecimento do assunto e com

honestidade. O orador deve fazer um exórdio (introdução) para tornar a assistência

atenta, dócil e benévola. Não deve esquecer a saudação inicial devida aos presentes,

começando sempre pela importância do cargo ou função do mesmo. Exemplo:

''Excelentíssimo Senhor, Doutor Fulano de Tal, Digníssimo Prefeito Municipal;

Excelentíssimo Senhor Professor Beltrano de Tal, Digníssimo Vice-Prefeito;

Ilustríssimo Senhor Cicrano de Tal, Mui Digno ou Digníssimo Diretor do Colégio

Estadual...; demais autoridades presentes; Caros Alunos; Minhas Senhoras; Meus

Senhores".

O terceiro problema, o eterno problema de oradores principiantes e de tribunos

tarimbados, consiste no parar de falar. Tenta-se vencê-lo do modo a seguir. Assim como

um rojão tem seu estouro, deve o orador, após atingir o clímax do discurso, resumir as

razões da sua afirmação inicial, reafirmar sua idéia central e, se for o caso, reforçá-la,

apelando para as emoções do auditório. O final deve impressionar os ouvintes e precisa

ser vigoroso e persuasivo.

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Regras Básicas de Oratória

1ª) ASSUNTO:

a) basear-se em fatos;

b) dominar os fatos;

c) separar os fatos interessantes;

d) durante a fala, responder: Quê, Onde, Por quê, Quando e Como;' 'Tenho comigo seis

servos leais (que me ensinaram tudo o que aprendi); Os seus nomes são Quê, Por quê e

Quando, Como, Onde e Quem". (Rudyard Kipling.)

2ª) AUDITÓRIO:

a) qual o público?

b) qual seu interesse?

c) qual sua cultura?

3ª) SEQUÊNCIA:

a) captar a atenção desde o início;

b) manter a expectativa e curiosidade;

c) somente citar casos relacionados com o assunto.

4ª) PALAVRAS:

a) acessíveis ao público;

b) evitar termos técnicos, abreviaturas e termos estrangeiros;

c) correção lingüística.

5ª) POSTURA:

Não é recomendada: a) rígida;

b) negligente. Ideal: em pé, com naturalidade; mão e braços pendurados ao longo do

corpo.

6ª) MÃOS E BRAÇOS:

Não se recomenda:

a) mãos nos bolsos;

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b) braços cruzados;

c) corpo apoiado sobre a mesa ou cadeira;

d) dar socos na mesa ou na tribuna;

e) gesticulação exagerada.

Recursos permitidos desde que moderados: dedo em riste; estalar os dedos; acenar a

mão; levantar ambas as mãos.

7ª) OLHAR:

Não se recomenda:

a) fixar-se em um só ponto ou objeto;

b) fixar uma determinada pessoa;

c) vacilar o olhar, como quem procura algo. Ideal: dividir o auditório em quatro partes

para uma completa visualização; procurar fixar os componentes do auditório nos olhos.

8ª) TIMBRE DE VOZ:

Evitar:

a) eloqüência exagerada;

b) monotonia;

c) repetir a mesma ênfase;

d) pausas acentuadas. Ideal: falar com clareza (boa pronúncia); efetuar variação na

cadência, entonação e energia; voz agradável.

9ª) ERROS COMUNS A SEREM EVITADOS:

a) iniciar a "fala" com justificativas (Não sei falar, não sou orador, etc);

b) excesso de austeridade;

c) ser presunçoso ou arrogante;

d) Resmungos: Ah..., Hum..., Bem..., Aí..., E daí..., Né, etc;

e) cacoetes.

10ª) QUEM FALA DEVE ESTAR SEGURO DE SI E CONFIAR QUE SERÁ BEM-

SUCEDIDO NA SUA PRELEÇÃO.

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A Ética nas Relações Públicas

Não se confunde o estudo da Etiqueta com o das Relações Públicas e Humanas, mas

quando se trata do relacionamento do líder cristão com o público, o conhecimento e a

aplicação de tais normas são de fundamental importância.

Ética origina-se do grego ethos que significa costume e tem uma etimologia

significativa, idêntica ao radical latino mos, donde se origina a expressão moral. Ambas

significam costume ou hábito.

''Ética é a parte da Moral que trata da moralidade dos atos humanos".

''Ética é a parte da Filosofia que estuda os deveres do homem para com Deus e a

sociedade".

"Ética pode ser definida como o estudo crítico da moralidade. Consiste na análise da

natureza da vida moral humana, incluindo os padrões do certo e do errado, pelos quais

sua conduta possa ser guiada e dirigida. Em resumo: Ética é, na prática, aquilo que você

pensa e faz". (Pastor Raimundo F. de Oliveira, in Ética Cristã, EETAD.)

' 'Ética Cristã é um somatório de princípios que formam e dão sentido à vida cristã

normal. É a marca registrada de cada crente. É o que cada crente é, pensa e faz. Por

aquilo que o crente é e faz, evidencia a sua dependência de Deus e do seu próximo".

(Autor e obra citada.)

"Ética Bíblica é a maneira de vida que a Bíblia prescreve e aprova. A Ética que é

requerida pela Bíblia diz respeito ao coração do homem, porque 'dele procedem as

saídas (fontes) da vida' e "como imagina em sua alma, assim ele é" (Confira Provérbio

4.23; 23.7; Marcos7.18-21; Lucas 16.15eHebreus4.12). (O Novo Dicionário da Bíblia

Edições Vida Nova, São Paulo.)

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A Ética na Evangelização

A Bíblia Sagrada declara, em 2 Coríntios 5.18-20, que somos embaixadores de Cristo.

Isso vale dizer que estamos num país estrangeiro e que nele temos a elevada missão de

representar bem a nação à qual pertencemos, a saber, a pátria celestial.

Embaixador significa, a categoria mais alta de representante diplomático de um país,

junto de outro país.

Como diplomatas, temos a incumbência de representar o governo pátrio e transmitir

suas mensagens ao país onde atualmente vivemos.

Como ocorre com os embaixadores das nações do mundo em que vivemos, as nossas

palavras e ações terão grande significado, pois elas refletirão as palavras e ações da

pátria que representamos.

Assim sendo, convém que o líder esteja atento quanto ao falar, sua postura e conduta, a

fim de estampar uma imagem favorável da pátria que representa.

Outrossim, em decorrência da alta distinção que nos foi dada de representar o reino

celestial neste mundo, cumpre ressaltar que temos de nos preparar para a sublime tarefa

de evangelizar as pessoas, preparo esse fundamentado nestes dois pilares:

PREPARO ESPIRITUAL: que consiste na consagração individual, através da oração e

do jejum.

PREPARO INTELECTUAL: que consiste no estudo sistemático da Bíblia Sagrada, a

fim de conhecer as doutrinas fundamentais; o preparo teológico propriamente dito.

Outrossim, urge observar certos cuidados com o nosso físico, pois o Espírito e a Alma

residem no corpo.

Podemos estar perfeitamente consagrados e preparados espiritual e mentalmente, mas se

o nosso corpo físico estiver enfermo ou incapacitado, todo o nosso ser se torna incapaz.

"Nosso corpo é o veículo através do qual funciona todo o nosso ministério" (Pastor

Ralph M. Riggs, "in memoriam").

Se esse veículo estiver em mau estado de conservação, o nosso trabalho,

indiscutivelmente, será prejudicado.

A seguir passaremos em revista alguns aspectos práticos relacionados com a nossa

apresentação pessoal, comportamento e linguagem, os quais devem ser levados a sério

pelos líderes cristãos.

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Apresentação Pessoal

lª) Cuide de sua apresentação pessoal, pois a primeira impressão é a que fica!

2ª) Uma pessoa não precisa estar ricamente trajada para estar bem vestida. Quanto à

maneira de vestir-se, é importante que a pessoa esteja sempre bem cuidada.

3ª) Interprete-se por ' 'bem cuidada'' a pessoa que traz:

a) unhas sempre limpas e bem aparadas;

b) cabelos em ordem e penteados;

c) sapatos limpos e lustrados;

d) asseio corporal (banho, desodorante, barbear-se, dentes . escovados, etc);

e) dentes cuidados (naturais ou postiços) proporcionam sorrisos sem constrangimento;

f) trajes sóbrios e decentes, combinados com bom gosto.

4ª) Mantenha sua aparência sempre em ordem. Se você tem dificuldades financeiras,

não use isso como desculpa para desleixo e falta de asseio. A roupa usada, porém lavada

e bem passada, compõe melhor quem a veste, do que a melhor roupa que não esteja bem

lavada e bem passada.

EVITE:

Comer alho e cebola em certas ocasiões!

Falar muito em cima das pessoas, principalmente se você sabe que tem mau hálito!

Neste caso, procure um dentista ou um médico.

5ª) A primeira impressão é muito importante. Se essa impressão for boa, as pessoas, os

visitantes, formarão uma idéia favorável da igreja a que você pertence e,

conseqüentemente, estarão propensas a aceitar a doutrina que pregamos.

LEMBRE-SE: "O nosso corpo é o templo do Espírito Santo" (l Co 6.19,20).

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Regras de Comportamento

O líder cristão, ao tratar com o público, deve comportar-se de maneira simples e correta:

a) agradável;

b) cuidadosa;

c) inteligente.

Deve dirigir-se às pessoas, de maneira rápida e precisa.

Evite maneiras ostensivas e antipáticas.

O público de qualquer categoria deve ser tratado com respeito e consideração.

As pessoas são diferentes umas das outras, portanto, procure tratá-las conforme suas

características pessoais.

As pessoas nada têm a ver com os seus problemas; portanto, controle sua agressividade,

não seja indelicado ou irônico.

Seja agradável.

Procure sorrir! Nós acionamos 72 músculos para franzir a testa! Entretanto, acionamos

apenas 14 músculos para sorrir!

"SORRIA, JESUS O AMA!"

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Linguagem nas Relações Públicas

Você sabe falar com as pessoas?

As palavras podem construir ou destruir. Use-as para CONSTRUIR!

''Aguarde um momentinho, já vou atender ao senhor''.

Esta frase simples pode ser dita de três maneiras:

a) áspera; b) irônica; c) amável.

Use-a com amabilidade, de preferência com um sorriso.

A palavra é um arma poderosa que o homem possui!

E com a palavra que nós nos comunicamos.

Uma palavra pode: agradar, ferir, convencer, criticar ou aborrecer as pessoas a quem for

dirigida.

Cuide de sua linguagem, falando no momento oportuno, utilizando os termos adequados

à situação e o tom de voz à altura do que se pretender obter.

Não se esqueça desta assertiva: "QUANTO MELHOR AFINADOESTIVER O

INSTRUMENTO, MAIS SUAVE SERÁ A MÚSICA QUE ELE PRODUZIRÁ".

Assim, também, acontecerá com o líder cristão: "QUANTO MELHOR PUDER SE

EXPRESSAR, MAIS VALERÁ A PENA OUVI-LO!"

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O Telefone e as Relações Públicas

O telefone constitui um dos instrumentos mais importantes nas telecomunicações, em

nossa era. Atualmente, o telefone tem sido utilizado em larga escala no meio

evangélico.

No momento em que alguém fala no telefone, esse alguém passa a ser a própria igreja

na mente da pessoa que se encontra do outro lado da linha.

A propósito, como é a sua voz no telefone?

A voz deve ser agradável e atenciosa!

"Oi, não... Alô!"

Sempre que se fala no telefone, deixa-se no interlocutor uma boa impressão ou uma

impressão indiferente. A boa impressão fica se ele for atendido.

Ao atender a um chamado telefônico deve lembrar-se de que está na igreja para

colaborar. A tolerância e a cortesia devem prevalecer em quaisquer circunstâncias.

Assim estará contribuindo para que a igreja à qual pertence desfrute do melhor conceito

na sociedade.

Ao atender ao telefone, comece a dizer o nome da igreja, o seu nome, acompanhado de

uma saudação.

O telefone é um instrumento tão útil, tão necessário e tão agradável, que até nos

esquecemos de que há certas regras fundamentais, sem as quais ele perde muito de sua

eficiência:

REGRAS BÁSICAS DE ATENDIMENTO

1ª) atenda prontamente;

2ª) coloque-se no lugar de quem está tentando falar;

3ª) identifique-se;

4ª) fale claramente;

5ª) tenha lápis e papel à mão;

6ª) não use termos de gíria;

7ª) seja eficiente;

8ª) seja breve: fale somente o necessário;

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9ª) seja sempre cortês: use um tom de voz agradável;

10ª) dê ao interlocutor a chance de desligar primeiro.

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Atitudes Impróprias do Líder no Púlpito

1. Contar gracejos, anedotas. Usar vocabulário vulgar. (Não confundir isto com

ilustrações).

2. Manter as mãos nos bolsos o tempo todo, na cintura, ou para trás.

3. Coçar-se, especialmente de modo inconveniente.

4. Exibir lenços sujos, especialmente por ocasião da Santa Ceia do Senhor.

5. Falar de olhos fechados ou arregalados, bem como olhar demoradamente para cima

ou para o piso como se tivesse perdido algo...

6. Falar gritando o tempo todo. (Para que serve então o microfone?).

7. Molhar o dedo na língua para virar as páginas da Bíblia, ou soprá-las com a mesma

finalidade.

8. Fazer gestos impróprios sem se dar conta disso.

9. Ficar parado no púlpito igual a um poste. Não se sabe se o pregador está vivo ou

morto...

10. Não pular nem gesticular demasiadamente. Dosar os movimentos e os gestos

conforme a dinâmica do sermão. Movimentos e gestos dão vida, expressão e dimensão à

pregação, quando devidamente dosados e no devido tempo.

11. Limpar as narinas no púlpito. (Enxugar lágrimas, sim!).

12. Bater o pé no chão com força repetidamente e dar murros na plataforma com

estardalhaço.

13. Fazer a leitura da Bíblia, conforme anunciado, e não mais voltar a ela.

14. Fazer cacoetes ou tiques mímicos ou fanicos. Exemplos de tiques fônicos: "Eh",

"Há", quando em dúvida, pausa, indecisão ou dificuldade.

15. Ao subir à plataforma, apertar a mão de todos. (O fato de ser convidado a falar,

dispensa o ato de apertar a mão de quem quer que seja. Basta, neste caso, um leve aceno

para todos da plataforma, com a cabeça ou com a mão).

16. Não aplicar truques aos pecadores durante o convite. Muitas pessoas não voltarão

mais aos cultos por causa de truques ou artifícios sofridos em público por parte de

pregadores. O convite deve ser feito estando os crentes com suas cabeças curvadas, em

oração.

17. Evitar o uso indébito, descabido e intempestivo de expressões sagradas.

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18. Dosar o tempo! TESTEMUNHO: até 05 (cinco minutos). UMA PALAVRA: até 10

(dez) minutos. UMA SAUDAÇÃO: Até 05 (cinco) minutos. PREGAÇÃO: até 40

(quarenta) minutos.

19. Escorar-se no púlpito ou segurá-lo, exceto para completar a mensagem, isto é, dar-

lhe dimensão mediante a linguagem gestual.

20. Orações longas no púlpito! Orações muito longas no púlpito podem ser indicação

de pouca oração em casa.

21. Arrumar o cabelo, a gravata e a roupa em geral, quando no púlpito.

22. Não copiar o modelo de outros preletores, porque nunca dá certo. Procure melhorar,

mas sendo sempre o que você é de fato. O problema começa quando você tenta mostrar

ser o que não é. e

23. Quanto ao traje, quem fala deve cuidar bem disso. E assunto indiscutível.

Relações Públicas, segundo o Professor Walter Ramos Poyares, é o método de integrar

na opinião pública conceitos favoráveis a uma pessoa ou instituição. Ignorar tais

atitudes, significa estar exposto completamente a sérias críticas.

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Como Enfrentar as Críticas

lª) ACEITE-AS COM CALMA

Não se irrite. Não fique nervoso. Se você atua na vida pública... Escritor, professor,

pastor, prefeito ou presidente de alguma comissão..., ser criticado faz parte do seu

trabalho. Esta crítica pode ser verdadeira ou falsa, justa ou imerecida, mas você não

poderá dizer de que classe é, até que respire fundo, acalme-se, e analise com frieza.

2ª) ACEITE-AS SEM ÓDIO

Não se apresse em tirar a conclusão de que se alguém critica é porque o odeia. A pessoa

que mais o ama e deseja o melhor para você pode ser o seu crítico mais severo. E ainda

que a crítica seja inspirada pelo ódio, inveja ou mesquinharia, como freqüentemente

acontece, não lhe fará bem algum retrucar com ódio. Ainda que venha do seu pior

inimigo, não tem que odiá-lo, porque então o seu inimigo terá conseguido o seu

objetivo: fazê-lo sentir-se mal, e torná-lo pior, ao invés de melhor.

3ª) ACEITE-AS SEM SE OFENDER

Não seja derrotado por uma crítica adversa. Todas as pessoas, todos os grandes homens

foram criticados. Você não é um pária. Se fosse, não se preocuparia com coisa alguma.

Se fosse, ninguém se preocuparia com você, nem lhe diria nada. Ter fracassado uma vez

não significa que seja um incapaz. Você pode erguer a cabeça outra vez. Não se sinta,

pois, humilhado e nem ofendido.

4ª) ACEITE-AS COM HUMILDADE

Resistir às críticas significa que você se considera perfeito. Porém, a verdade é que não

é. E enquanto continuar pensando que é perfeito, não pode melhorar em nada, nunca

será melhor do que é agora. Nunca aprenderá nada se não quiser aprender.

5ª) ACEITE-AS COM HONESTIDADE

Isto é, olhe-as de frente. Analise-as. O crítico talvez não soubesse o que estava falando,

talvez não tivesse um tal propósito ao criticá-lo. Neste caso, tudo bem; alegremente

você esquecerá tudo. Mas se é honesto, estará disposto a admitir com toda franqueza

que seu crítico estava com a razão. Dê graças por isto. Terá ocasião de verificar seus

defeitos, o que o ajudará a se corrigir.

6ª) ACEITE-AS COM UM SORRISO

Ainda supondo má intenção em seus críticos, se receber as críticas com raiva, duplicará

o dano que seus inimigos pensavam fazer-lhe. Se é dos seus amigos que provêm as

críticas, os ferirá injustamente se receber mal suas observações, e perderá seus melhores

ajudantes para melhorar sua vida. Aceite, pois, as críticas sem prejuízo nem apreensões;

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aceite-as com naturalidade, aceite-as com um sorriso; e ponha todo o bom humor que

puder nas suas respostas.

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SE...

(Douglas Malloch)

Se você não puder ser um pinheiro no topo da colina, seja um arbusto no vale - mas seja

O melhor arbusto à margem do regato.

Seja um ramo, se não puder ser uma árvore.

Se não puder ser um ramo, seja um pouco de relva,

E dê alegria a algum caminho. Se não puder ser almíscar, seja então, apenas uma tília -

Mas a tília mais viva do lago!

Não podemos ser todos capitães, temos de ser tripulação.

Há alguma coisa para todos nós aqui. Há grandes obras e outras menores a realizar.

E é a próxima a tarefa que devemos empreender.

Se você não puder ser uma estrada, seja apenas uma senda,

Se não puder ser Sol, seja um satélite; Não é pelo tamanho que terá êxito ou fracasso -

Mas seja o melhor do que quer que você seja!

Gentileza gera gentileza. Você sempre gosta de ser bem recebido e bem tratado; não se

esqueça então de que os outros esperam receber o mesmo tratamento de você! Você fica

feliz quando seus familiares são bem atendidos. A recíproca é verdadeira no caso dos

outros!

O bom atendimento educa o público. Entenda as pessoas. Elas ficarão suas amigas.

A satisfação do público é o objetivo do trabalho de Relações Humanas.

Não se esqueça: "O PÚBLICO SE CONQUISTA!"

Na realidade, o relacionamento Igreja e Público, muitas vezes não constitui o que

realmente se espera, através da atividade das Relações Públicas, em virtude de ser a

Igreja um organismo espiritual e possuir uma missão peculiar no mundo em que

vivemos, não sendo compreendida senão através da fé.

Todavia, as boas ações desenvolvidas pelos líderes cristãos e pelos crentes em geral,

sempre ficarão gravadas nas mentes das pessoas que venham tomar ciência de tais

comportamentos. Contudo, o que mais importa é que a conseqüência natural redundará

sem dúvida alguma, no engrandecimento e fortalecimento da Igreja aqui na Terra.

Conseqüentemente, no somatório dos esforços conjugados pelos líderes cristãos, através

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da aplicação das técnicas essenciais das Relações Públicas e Humanas, o nome do

Senhor Jesus Cristo será magnificentemente exaltado e glorificado.

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Epílogo

Se você deseja ser um líder bem sucedido, atente seriamente para este requisito

indispensável, infinitamente mais essencial do que quaisquer normas ou técnicas:

Procure encontrar-se e ser você mesmo. Saiba que não há ninguém mais na terra como

você. Aconteça o que acontecer, seja sempre você mesmo!

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Bibliografia

BARCELLOS, Fernanda Augusta Vieira Ferreira. Relações Humanas. Editora Aurora.

BLAIR, Charles. Palestra na Escola de Evangelismo.

CARNEGIE, Dale. Como Falar em Público e Influenciar Pessoas no Mundo dos

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FILHO, Aguinaldo Schmal. Apostila de Relações Públicas.

FRITZEN, Silvino José. Exercícios Práticos de Dinâmica de

Grupo e de Relações Humanas. 4º Volume, 3ª Edição. GAB Y, Wagner Tadeu dos

Santos. Apostila Relações Públicas e Evangelismo.

GILBERTO, António. Revista Jovem Cristão. CPAD, Rio de Janeiro, RJ.

LICHTENSTEIN, Emanuel Jorge. Como Enfrentar as Críticas.

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MOSCOVICI, F. O Comportamento Humano na Empresa

(Antologia). FGV, Rio de Janeiro, RJ, 1967.

___________. A Desburocratização do Serviço Público. A Experiência do Estado do

Paraná. Secretaria de Estado da administração, 1979.

___________. Arquivos Brasileiros de Psicotécnica nº 4, dezembro de 1959.

___________. Jornal Liderança Cristã.

___________. O Novo Dicionário da Bíblia. Edições Vida Nova, São Paulo.